Você está na página 1de 169

Projeto nº: POISE-01-3524-FSE-003236

Modular/UFCD:0678- Recursos Humanos - processamento de vencimentos


FORMADOR:BRA868_Pedro Morais
ANO: 2022

M.PF.15 .01
A palavra Trabalho vem do latim tripalium, instrumento de tortura, ou mais precisamente,
“instrumento feito de três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de pontas de
ferro, nas quais agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho, o linho, para rasgá-
los e esfiapá-los”

O significado de trabalho foi associado a fardo e sacrifício, e na Grécia Antiga, o


trabalho era desprezado pelos denominados cidadãos livres.
Nos primeiros tempos do cristianismo, o trabalho era visto como algo penoso e
humilhante, como punição para o pecado.

A concepção de trabalho como fonte de auto-realização humana,


foi constituída a partir do Renascimento. O trabalho adquire então um significado
intrínseco, “as razões para trabalhar estão no próprio trabalho e não fora dele ou em
qualquer de suas conseqüências”. Longe de escravizar o homem, entende-se que
permite o seu desenvolvimento, preenche a sua vida, transforma-se em condição
necessária para a sua liberdade e riqueza.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Noção de Retribuição.

De acordo com o CT, considera-se retribuição a prestação, pecuniária, a que, nos termos do contrato,

das normas que o regem ou dos usos, o trabalhador tem direito em contrapartida do seu trabalho - Artigo 258º.

Ou seja, a retribuição é o que o trabalhador ( a pessoa ) recebe, como contrapartida pelo Seu trabalho.

Ajudas de Custo e Mapas de “Deslocação em Viatura Própria” não são retribuição mas,

constituem “remuneração”.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Noção de Remuneração

A remuneração base é o montante pecuniário correspondente ao nível remuneratório


da posição remuneratória onde o trabalhador se encontra, na categoria de que é titular
ou do cargo exercido em comissão de serviço.

A remuneração base anual é paga em 14 “mensalidades”, correspondendo uma delas


ao subsídio de Natal e outra ao subsídio de Férias, nos termos da lei.

Artigo 150º. CT

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Salário - é um elemento base do contrato
de trabalho, dado que todo o trabalhador
tem direito a receber, como contrapartida
do seu trabalho, retribuição. A obrigação
da retribuição é da entidade empregadora

Nem sempre uma contraprestação tem por


base trabalho prestado, vidé férias, feriados,
entre outros.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


De uma forma simples, toda e qualquer “subvenção” está sujeita a I.R.S., a
menos que o CIRS preveja a sua não sujeição e ou isenção.

São disso exemplo :

1. Subsídio de Refeição, dentro de certos limites;


2. Ajudas de Custo, idem ponto anterior;
3. Indemnizações, também dentro de certos limites;
4. etc;

O Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares é progressivo, varia,


por exemplo, com o facto de ser solteiro ou casado, o número de dependentes,
número de titulares de rendimentos, e naturalmente o rendimento, entre outros.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Também toda e qualquer “subvenção”, que tenha caráter regular,
está sujeita a S.S. e T.S.U., a menos que a “L.G.S.S.”, nunca entrou em vigor,
preveja a sua não sujeição e ou isenção.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Prestação como contrapartida do trabalho prestado :

1. Remuneração base, em dinheiro ou em espécie;

2. Diuturnidades e outros valores fixados em função da antiguidade;

3. Comissões, bónus e outras prestações de natureza análoga;

4. Prémios de rendimento, produtividade, assiduidade, cobrança, condução,


economia e outros análogos com caráter regular;

5. Remuneração pela prestação de trabalho suplementar;

6. Remuneração por trabalho noturno;

7. Remuneração correspondente ao período de férias;

8. Subsídios de natal, de férias, de páscoa e outros de natureza análoga;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


9. Subsídios por penosidade, perigo ou outras condições especiais de prestação de
trabalho;

10. Subsídios de compensação por isenção de horário de trabalho ou situações


equiparadas;

11. Subsídios de refeição atribuídos em dinheiro ou em títulos;

12. Subsídios de residência, de renda de casa e outros de natureza análoga, com


caráter regular;

13. Valores devidos a título de despesas de representação pré-determinados e dos


quais não tenham sido prestadas contas até ao fim do exercício;

14. Gratificações devidas por contrato, ainda que condicionadas aos bons serviços do
trabalhador e as de caráter regular;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


15. Ajudas de custo, abonos de viagem, despesas de transporte e outras equivalentes,
na parte em que excedam os limites legais ou quando não sejam cumpridas as regras
de atribuição aos servidores do Estado;

16. Abonos para falhas;

17. Despesas resultantes da utilização pessoal, pelo trabalhador, de viatura automóvel


que gere encargos para a entidade empregadora;

18. Despesas de transporte, suportadas pela entidade empregadora para custear as


deslocações em benefício dos trabalhadores, desde que estas não resultem da
utilização de transporte disponibilizado pela entidade empregadora ou excedam o valor
do passe social ou a utilização de transportes coletivos;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


19. Retribuições a cujo recebimento os trabalhadores não tenham direito em
consequência de sanção disciplinar;

20. Compensação por cessação do contrato de trabalho por acordo apenas nas
situações com direito a prestações de desemprego;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


21. Importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço da entidade
empregadora desde que preencham os condicionalismos previstos;

22. O valor mensal atribuído pela entidade patronal ao trabalhador em "vales de


transportes públicos coletivos”;

23 . ainda, todas as prestações em dinheiro ou em espécie atribuídas ao trabalhador,


direta ou indiretamente como contrapartida da prestação do trabalho, com caráter
regular (a sua atribuição constitui direito do trabalhador por se encontrar pré-
estabelecida segundo critérios de objetividade e por forma a que este possa contar
com o seu recebimento, independentemente da frequência da concessão);

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Não integram a base de incidência contributiva:

a) Valores compensatórios pela não concessão de férias ou de dias de folga;

b) Importâncias atribuídas a título de complemento de prestações do regime geral de


Segurança Social;

c) Subsídios concedidos a trabalhadores para compensação de encargos familiares


(frequência de creches, jardins de infância, estabelecimentos de educação, lares de
idosos e outros serviços ou estabelecimentos de apoio social) - CIRC;

d) Subsídios eventuais para pagamento de despesas com assistência médica e


medicamentosa do trabalhador e seus familiares;

e) Valores das refeições tomadas pelos trabalhadores em refeitórios das respetivas


entidades empregadoras - referir exemplo face ao S.A.;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


f) Indemnização devida por força de declaração judicial da ilicitude do despedimento;

g) Compensação por cessação do contrato de trabalho por despedimento coletivo,


extinção do posto de trabalho, não concessão de aviso prévio, caducidade e resolução
por parte do trabalhador;

h) Indemnização por cessação, antes de findo o prazo convencional, do contrato de


trabalho a prazo;

i) Descontos concedidos aos trabalhadores na aquisição de ações da própria entidade


empregadora ou de sociedades dos grupos empresariais da entidade empregadora;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 396º. C.T.

Indemnização ou compensação devida ao trabalhador

Em caso de resolução do contrato, o trabalhador tem direito a indemnização, a determinar entre

15 e 45 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo de antiguidade, atendendo ao valor da
retribuição e ao grau da ilicitude do comportamento do empregador.

Nunca poderá ser inferior a três meses de retribuição base e diuturnidades.

No caso de fração de ano de antiguidade, o valor da indemnização é calculado proporcionalmente.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 343º. C.T.
Caducidade do Contrato

a) Terminús do contrato;

b) Reforma;

c) Impossibilidade da E.E. receber a prestação e ou do trabalhador


prestar o serviço;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 344º. C.T.

Contrato a Termo Certo

1. Pré-aviso da E.E. - 15 dias;

2. Pré-aviso do trabalhador - 8 dias;

3. Indemnização - 18 dias por cada ano;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 345º. C.T.
Contrato a Termo Incerto

1. Se o contrato for por menos de 6 meses - pré-aviso = 7 dias;


2. Se o prazo for superior a 6 meses e inferior a 2 anos - pré-aviso = 30 dias;
3. Prazo superior ou igual a 2 anos - pré-aviso = 60 dias;

4. Indemnização - 18 dias / ano - até aos 3 primeiros anos e 12 dias para o ano
4 e seguintes;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Contrato a Termo Incerto

Regime da Troika
Artigo 345º. C.T.
Até 31.10.2012

1. Se o contrato for por menos de 6 meses - Indemnização= 3 dias / Mês;


2. Se o prazo for superior a 6 meses - Indemnização = 2 dias / Mês;
3. Prazo superior ou igual a 2 anos - pré-aviso = 60 dias;

4. Indemnização - 20 dias / ano - entre 1.11.2012 e 30.9.2013;


5. Indemnização - 18 dias / ano ( 3 primeiros anos ) e 12 dias / ano para os
seguintes - a partir de 1.10.2013;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Fim da Empresa e ou da Atividade
Artigo 346º. e 347º. C.T.

Quer seja por insolvência e outra modalidade, os trabalhadores têm direito


a ser ressarcidos mas, na prática, depende do ativo da sociedade.

Certo é apenas para os A.J..

No limite, e até a um determinado montante, os colaboradores podem


solicitar ao Fundo de Compensação o pagamento máximo de cerca de
6.000,00 euros

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 391º. C.T.

Em caso de ilícito no despedimento,


haverá lugar ao pagamento de indemnização,
que,consoante a gravidade, dará origem ao
pagamento de 15 a 45 dias / ano trabalhado.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Descrição Trabalhador Empresa
Trabalhador por 11% 23,75%
conta de outrem
Jovens em - 26,10%
férias escolares
Deficientes com 11% 11,90%
contrato a tempo
indeterminado
Desempregados 11% (2) e (3)
e 1º. emprego

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


(2) Dispensado por um período de três anos - Desemprego de Muito Longa Duração

(3) Redução temporária de 50% da taxa contributiva da responsabilidade da entidade


empregadora relativamente à contratação de jovens à procura do primeiro emprego,
durante um período de cinco anos, e por três anos relativamente à contratação de
desempregados de longa duração, mediante cumprimento de determinados requisitos e
condições - Primeiro Emprego e Desemprego de Longa Duração

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Subsídios

Subsídio de Férias e de Natal são prestações regulares e periódicas, logo são


consideradas retribuição.

O subsídio de Natal deverá ser pago até ao dia 15 de Dezembro. O mesmo


é uma retribuição anual, pese embora nada obste que seja paga em duodécimos.

O subsídio de Férias, salvo acordo em contrário, deverá ser pago no final do mês
anterior ao gozo das férias. também poderá ser equacionado o pagamento em
duodécimos.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Direito a Subsídio de Natal

Este vence-se por cada mês de trabalho prestado, isto é, se trabalhar


10 meses, recebe 10/12 VB.

Esta subvenção não varia consoante o tipo de contrato de trabalho.

Artigo 263º. CT

“O subsídio de Natal previsto no artigo 263.o do Código do Trabalho,

aprovado em anexo à Lei n.o 7/2009, de 12 de fevereiro, na sua atual redação,

deve ser pago na seguinte forma:

- 50% até 15 de dezembro;

- Os restantes 50% em duodécimos ao longo do ano."

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Férias

Em média, o direito a férias é gozado no


ano seguinte, e calcula-se pela regra de
2 dias, por cada mês de trabalho, com o
máximo de “22” dias, depois de 6 meses
de trabalho efetivo.

Em contratos inferiores a 6 meses, o gozo


das férias deve acontecer antes do terminus
do contrato. A regra de calculo é igual à anterior.

No máximo, o limite de dias a gozar no ano,


é de 30 dias.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Outros Abonos / Subvenções

1. Subsídio de Alimentação - pago por cada dia útil, excluindo feriados e fins
de semana. Não é pago no gozo de férias, nem nas baixas, isto é, só conta
para dia de trabalho efetivamente pago;

2. Ajudas de Custo - visam essencialmente cobrir os encargos com as


deslocações anormais dos trabalhadores, na prossecução das suas funções.
Não são aceites entre o local de trabalho e o domicílio do trabalhador.

Decreto-Lei n.º 106/98 - Artigo 8º.

As A.C. devem ser tratadas, processadas no recibo de vencimento, e ser


objeto de mapa. As mesmas têm implicações fiscais, caso sejam, ou não
debitadas a terceiros.

Há setores de atividade onde é normal debitar A.C. a clientes e outros onde é


proibido.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Normalmente são divididas, o seu montante, consoante a “profissão” e o
período do dia.

Assim,

2 - Nas deslocações diárias, abonam-se as seguintes percentagens da A.C. diária:

a) Se a deslocação abranger, mesmo parcialmente, o período entre as 13 e as 14 h. -


25%;

b) Se a deslocação abranger, mesmo parcialmente, o período entre as 20 e as 21 h. -


25%;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


c) Se a deslocação implicar alojamento - 50%.

3 - As despesas de alojamento só são consideradas nas deslocações diárias que se não


prolonguem para o dia seguinte, quando o funcionário não dispuser de transportes
colectivos regulares que lhe permitam regressar à sua residência até às 22 horas.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


E nestas deslocações existem três categorias de custos mais comuns:

Transporte: Pode englobar os custos com a deslocação na viatura do trabalhador,


combustível, portagens, parquímetros, despesas com aluguer de carro, bilhetes de
transportes públicos, entre outros;

Alojamento: Despesas relacionadas com estadias, como por exemplo os custos da


estadia num hotel ou outro tipo de alojamento;

Refeições consequentes da deslocação;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Empresa: AJUDAS DE CUSTO
Soc... Recibo
Rua... Mês Ano:
CP Nº Contribuinte:

Serviço efectuado Localidade SAÍDA CHEGADA Percen-


Dia VALOR ( € )
com direito a Ajudas de Custo onde foi prestado HH,MM 13 21 HH,MM tagem
1 0 -100% 25% 25% 50% 0 FALSO FALSO 0% 0,00 €
2 0 -100% 25% 25% 50% 0 FALSO FALSO 0% 0,00 €
29 0 -100% 25% 25% 50% 0 FALSO FALSO 0% 0,00 €
30 0 -100% 25% 25% 50% 0 FALSO FALSO 0% 0,00 €
31 0 -100% 25% 25% 50% 0 FALSO FALSO 0% 0,00 €
Mod. ORGA Valor Total ( EUROS ): 0,00 €

Identificação do Empregado:
Nome: Valor Diário de Ajudas de Custo:
Conforme Tabela
Morada:
Nº Fiscal de contribuinte:

Recebi a importância supra, referente a Ajudas de Custo.


_________________________________________________________________
Assinatura: Data:

Dia da Saída: Antes das 13h:100% / Entre as 13h e as 21h:75% /Após as 21h:50%; Dia da Chegada: Entre as 13h e as 20h:25% / Após as 20h:50%

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE PARA O CONTINENTE - 2022

TABELA I - TRABALHO DEPENDENTE

NÃO CASADO

Número de dependentes
Remuneração Mensal Euros
0 1 2 3 4 5 ou mais
Até 710,00 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 720,00 1,8% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 740,00 4,5% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 754,00 6,3% 0,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 822,00 7,9% 4,5% 1,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 931,00 10,1% 6,7% 3,5% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 1 015,00 11,3% 7,9% 5,7% 1,4% 0,0% 0,0%
Até 1 075,00 12,1% 8,8% 6,5% 3,3% 0,0% 0,0%
Até 1 154,00 13,1% 10,7% 8,3% 5,1% 2,7% 0,2%
Até 1 237,00 14,1% 11,8% 9,3% 6,1% 3,6% 1,2%
Até 1 333,00 15,2% 12,8% 10,5% 7,0% 4,6% 2,2%
Até 1 437,00 16,2% 13,8% 11,4% 8,0% 6,5% 4,0%

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exemplo Prático:

Um trabalhador auferiu um vencimento base, em maio, no montante de


1.000,00 euros.

O mês em questão teve 22 dias úteis, e o mesmo não faltou, e trabalhou


sempre das 9-17h00, de segunda a sexta.

Considere 11% S.S., 23,75% T.S.U., e uma taxa de I.R.S. de 9%.

Considerando o S.A. diário, em numerário, no valor de 4,77 euros,


calcule Vencimento Líquido

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução do Exemplo Prático:

1.000,00 x 0,11 = 110,00


1.000,00 x 0,09 = 90,00
22 x 4,77 = 104,94

1.000,00 x 0,2375 = 237,50

Encargos Totais para a E.E. - 1.000,00 + 237,50 = 1.237,50 euros

V.L. - 1.000,00 - 110,00 - 90,00 + 104,94 = 904,94 euros

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Assiduidade

Artigo 248.º

Noção de falta

1 - Considera-se falta a ausência de trabalhador do local em que devia desempenhar a


actividade durante o período normal de trabalho diário.

2 - Em caso de ausência do trabalhador por períodos inferiores ao período normal de


trabalho diário, os respectivos tempos são adicionados para determinação da falta.

3 - Caso a duração do período normal de trabalho diário não seja uniforme, considera-
se a duração média para efeito do disposto no número anterior.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

faltas justificadas:
1) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casamento;
b) A motivada por falecimento de cônjuge, parente ou afim; -artigo 251.º CT
c) A motivada pela prestação de prova em estabelecimento de ensino; - artigo 91.º CT
d) A motivada por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto não imputável ao
trabalhador, nomeadamente observância de prescrição médica no seguimento de
recurso a técnica de procriação medicamente assistida, doença, acidente ou
cumprimento de obrigação legal;
e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho, a neto ou
a membro do agregado familiar de trabalhador; artigos 49.º, 50.º ou 252.º CT
f) A motivada pelo acompanhamento de grávida que se desloque a unidade hospitalar
localizada fora da ilha de residência para realização de parto;
g) A motivada por deslocação a estabelecimento de ensino de responsável pela
educação de menor por motivo da situação educativa deste, pelo tempo estritamente
necessário, até quatro horas por trimestre, por cada um;
h) A de trabalhador eleito para estrutura de representação colectiva dos trabalhadores; -
artigo 409.º

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


j) A autorizada ou aprovada pelo empregador;

k) A que por lei seja como tal considerada.

3 - É considerada injustificada qualquer falta não prevista no número anterior.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Uma falta injustificada, praticada numa sexta-feira, em bom rigor dá origem ao
desconto do fim de semana, isto é, 3 dias.

Faltas não justificadas ao trabalho que determinem diretamente prejuízos ou riscos graves para a empresa,

ou cujo número atinja, em cada ano civil, cinco seguidas ou 10 interpoladas, independentemente de prejuízo

ou risco;

Artigo 351º. do C.T.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Comissões

As mesmas serão objeto de retenção na fonte, consoante o montante, e


assumindo o carácter regular, objeto de S.S. e T.S.U..

Assim, também relevam para efeito de cálculo de pagamento de S.Férias.

No que concerne ao S.Natal, as comissões são irrelevantes, mantendo-se


as regras de cálculo anteriormente mencionadas.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Contrato de trabalho a termo certo

O contrato a termo certo, ou a termo resolutivo, tem, como o nome indica, um


prazo definido.

Deve ser apenas utilizado para satisfazer necessidades


temporárias da empresa, como substituir um colaborador ausente ou para
integrar um projeto perfeitamente definido no tempo.

O contrato a termo certo tem uma duração máxima de dois anos, com um
limite de três renovações, sendo que a duração total das renovações não pode
exceder a do período inicial daquele. Além disso, este tipo de contrato só pode
ter uma duração inferior a seis meses se se tratar de uma atividade sazonal ou
outra muito específica no que diz respeito ao tempo.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Contrato de trabalho sem termo
Por outro lado, o contrato sem termo tem uma duração incerta, uma vez que pode
durar por tempo indeterminado, não sendo fixada previamente uma data de
cessação. É o que dá mais segurança ao trabalhador. Isto porque, através deste
contrato, torna-se efetivo na empresa.

Pode surgir a seguir ao contrato a termo certo, quando é excedido o prazo de


duração do anterior ou o número de renovações.

Contrato a tempo parcial


O contrato a tempo parcial rege as condições de um emprego cujo período normal
de trabalho semanal é inferior ao praticado a tempo completo em situação
comparável - também conhecido como trabalho a part-time.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Por exemplo, se a norma é 40 horas / semana, neste contrato a part-time, o número de
horas de trabalho é inferior a essa dita norma.

É um contrato que é obrigatório ser feito por escrito e os dias de trabalho são
acordados entre o empregado e o empregador.

Contrato de trabalho a termo incerto

O contrato de trabalho a tempo incerto tem como objetivo garantir as necessidades


específicas e temporárias de uma empresa, assim como acontece com um contrato a
termo certo.

Mas a grande diferença é que o termo incerto não estipula uma data de cessação de
contrato.

A duração de um contrato a tempo incerto vai depender da situação em questão, isto é,


da quantidade de tempo que a empresa vai precisar do trabalhador para concluir
determinado projeto.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


A duração deste tipo de contrato não pode exceder os quatro anos.

Trabalho temporário

Este regime de trabalho é celebrado entre o trabalhador e uma empresa de trabalho


temporário que realiza um serviço para um cliente. Neste caso, é a empresa de
trabalho temporário, a entidade empregadora, assumindo responsabilidades como
pagamento, seguro de acidentes de trabalho e todos os restantes direitos previstos no
contrato.

O contrato de trabalho temporário segue as mesmas normas legais que os contratos a


termo, ou seja, tem de haver necessidades temporárias definidas para que possa ser
celebrado.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Na prática, o trabalhador temporário tem os mesmos direitos que os restantes
trabalhadores que têm contratos diretamente com a entidade empregadora.

No entanto, o contrato é celebrado com uma empresa ou agência de recrutamento e


não diretamente com a entidade para a qual vai trabalhar, da qual depende
hierarquicamente, no dia-a-dia, e está sob gestão.

Contrato de muita curta duração

O contrato de muita curta duração é usado em situações muito específicas, tais como
atividade agrícola sazonal ou realização de algum evento turístico, por exemplo.

Não é obrigatório existir mesmo um contrato escrito, mas, a empresa é obrigada a


comunicar a realização do mesmo à Segurança Social através de um formulário
eletrónico que pode encontrar na Segurança Social Direta.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Este tipo de contrato não pode ter uma duração superior a 35 dias e, apesar de ser
possível celebrar outros contratos entre o mesmo colaborador e a mesma empresa,
a duração total não pode exceder os 70 dias de trabalho do ano civil.

Caso ocorra incumprimento do ponto anterior, o contrato passa automaticamente a


ter o prazo de seis meses.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


1. Calcular o valor de uma hora de trabalho normal

Imaginemos que tem um salário bruto de mil euros e um horário semanal de 40 horas. O
primeiro passo é saber quanto ganha por hora.

Para calcular o valor de uma hora de trabalho normal utiliza-se a seguinte fórmula:

Valor hora = (salário bruto x 12 meses) / (52 semanas x número de horas de trabalho)

No seu caso: (1 000 x 12) / (52 x 40) = 5,77€. O valor que recebe por cada hora de
trabalho normal é de 5,77€.

2. Calcular o valor de uma hora extraordinária

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 208º. e 208º.A - C.T.

Banco de Horas

Visa aumentar o período normal de trabalho estabelecendo limites diários,


semanais e anuais.

1. Banco de horas fixado por regulamentação coletiva

O período normal de trabalho pode ser aumentado até aos seguintes limites:

4 horas/dia;
60 horas/semana;
200 horas/ano;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Pode ser afastado por instrumento de regulamentação coletiva para evitar a redução do
número de trabalhadores - período máximo de 12 meses.

O instrumento de regulamentação coletiva deve regular:

A compensação do trabalho prestado em acréscimo, mediante:

Redução equivalente no tempo de trabalho;

Alargamento do período de férias;

Pagamento em dinheiro

O prazo de antecedência da comunicação da necessidade de prestação de trabalho;

O período em que terá lugar a redução de tempo de trabalho para compensar o trabalho
prestado em acréscimo;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Banco de horas grupal

O instrumento de regulamentação coletiva que institua o regime do banco de horas


pode prever que o empregador possa aplicá-lo ao conjunto dos trabalhadores de uma
equipa secção ou unidade orgânica, nas seguintes situações:

Pelo menos, 60% dos trabalhadores dessa estrutura sejam abrangidos, mediante
filiação em associação sindical celebrante do acordo coletivo de trabalho e por escolha
dessa convenção como aplicável:

Enquanto os trabalhadores em causa forem em número igual ou superior ao


correspondente à percentagem indicada no referido acordo.

A proposta seja aprovada, em referendo, pelos trabalhadores a abranger.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Banco de horas grupal

2. Dispensa de prestar a atividade em regime de banco de horas:

Trabalhadora grávida, puérpera ou lactante;


Trabalhador-estudante (quando coincidir com o horário escolar ou provas de avaliação);
Trabalhador com deficiência ou doença crónica, quando se revele prejudicial para a
saúde ou para a sua saúde e segurança no trabalho;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Com base no valor da hora de trabalho normal, já pode calcular quanto vale cada hora
extraordinária. Basta somar o devido acréscimo, que varia em função do dia em que o
trabalho suplementar é prestado.

Neste caso temos :

Valor da 1ª hora extra em dia útil (1 hora + 25%) = 7,21€;


Valor das horas extra seguintes num dia útil (1 hora + 37,5%) = 7,93€/hora;
Valor da hora extra em dia de descanso: (1 hora + 50%) = 8,66€/hora

3.º Passo:Somar o valor das horas extraordinárias que trabalhou no mês

Suponhamos que, num mês, teve duas quartas-feiras em que trabalhou mais duas
horas por dia. Por essas horas receberia: (7,21€ x 2) + (7,93€ x 2) = 30,28€.

Se essas quatro horas tivessem sido trabalhadas ao domingo, o valor seria de 8,66€ x 4
= 34,64€.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


As horas suplementares, ditas extras, começam a contar após o horário normal.

A empresa só pode pedir horas extra em caso de acréscimo anómalo de trabalho que
não justifique admissão de um novo trabalhador, por motivos de força maior, para
prevenir, reparar prejuízos graves ou permitir a viabilidade.

Em regra, o trabalhador deve atender ao pedido da empresa, mas pode pedir dispensa.

Por exemplo, por haver risco para a sua saúde ou ter de assistir a familiares.

Deficientes, grávidas ou trabalhadores com filhos até um ano, trabalhadores menores e


trabalhadores estudantes não são obrigados, a fazer horas extras.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Cada trabalhador pode fazer até duas horas extra diárias ou o número de horas normal
em dia de descanso - vidé banco de horas.

O limite anual é de 150 (empresas com, pelo menos, 50 funcionários) ou 175 horas
(empresas com menos de 50 trabalhadores).

Pode chegar a 200 horas anuais se constar de um instrumento de regulamentação


coletiva - vidé médicos.

Os limites anuais podem ser excedidos, mas apenas em casos de força maior ou
quando o trabalho suplementar seja indispensável para prevenir ou reparar um prejuízo
grave para a empresa ou para procurar assegurar a sua viabilidade.

O trabalho semanal não deve ultrapassar a média de 48 horas num intervalo que pode
chegar a quatro meses ou, se constante de um instrumento de regulamentação coletiva,
no que aí esteja previsto (máximo de 12 meses).

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


O trabalho suplementar em dia útil, feriado ou de descanso complementar
(normalmente, o sábado) não dá direito a descanso extra equivalente, a não ser que
impeça o descanso diário.

Já o trabalho em dia de descanso obrigatório (em regra, o domingo) origina descanso


num dos três dias úteis seguintes.

O descanso compensatório é combinado com a empresa ou decidido por esta, na falta


de acordo.

Artigos 226º. a 231º. do C.T.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Remuneração Bruta

A remuneração “em bruto” é aquela sobre a qual se fazem os cálculos, isto é,


consoante o tipo de retribuição ou abono, irá incidir sobre o mesmo a retenção
na fonte de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares, vulgo, IRS, e
a taxa de Segurança Social.

A remuneração bruta dará origem à remuneração líquida, após a primeira ser


expurgada do IRS e SS.

VL=VB-SS-IRS ( remuneração líquida )

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Recibos de Vencimento

Devem descriminar todas as subvenções e abonos, indicando o IRS retido, SS


aplicada, dados do trabalhador e da empresa, data, etc.

No que concerne à empresa, deve constar o número da apólice de seguro de


acidentes de trabalho, e menção à seguradora.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Segurança Social

Pessoas abrangidas

As contribuições para a segurança social incidem sobre as remunerações dos:

1. trabalhadores por conta de outrem;

2. membros dos órgãos sociais;

3 .trabalhadores independentes/ empresários.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Prestações excluídas de Segurança Social

1. Ajudas de custo até aos limites previstos para efeitos de IRS;

2. Complemento de pensões;

3. Complementos de subsídios de doença;

4. Despesas de transporte, usualmente, mapa de kms de utilização de viatura própria;

5. Distribuição de lucros, vulgo gratificações de balanço;

6. Indemnização pela não concessão de férias ou de dias de folga;

7. Compensação pela cessação do contrato de trabalho; (2)

8. Subsídios de alimentação até aos limites previstos para efeitos de IRS e valor das refeições tomadas nos refeitórios das entidades
empregadoras;

9. Subsídios eventuais para assistência médica e medicamentos a trabalhador e seus familiares;

10. Subsídios para compensação de encargos familiares;

11. Descontos concedidos aos trabalhadores na aquisição de ações da própria entidade empregadora. aviso prévio, por caducidade e por
resolução por parte do trabalhador;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


(1) Caso se traduzam na utilização de meios de transporte disponibilizado pela entidade patronal e não excedam o valor de passe social ou, na
inexistência deste, o que resultaria da utilização de transportes coletivos, desde que quer a disponibilização daquele, quer a atribuição destas
tenha caráter geral.

(2) A exclusão de tributação aplica-se nas seguintes situações:

i) por força de declaração judicial da ilicitude do despedimento;

ii) por despedimento coletivo, por extinção do posto de trabalho, por inadaptação, por não concessão de aviso prévio, por caducidade e por
resolução por parte do trabalhador;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Isenções de IRS e SS

1. Subsídio de Refeição - até ao limite € 4,77, se pago em dinheiro, e até € 7,63,


se pago em vale de refeição - isentos de IRS e SS;

2. Pagamento de Kms em Viatura Própria - Limite máximo € 0,36 / km;

3. Ajudas de Custo / Dia

Ajudas custo - Território nacional - Membros do governo .................. € 69,19


Ajudas custo - Território nacional - Restantes trabalhadores............... € 50,20
Ajudas custo - Estrangeiro - Membros do governo.............................. € 100,24
Ajudas custo - Estrangeiro - Restantes trabalhadores ......................... € 89,35

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Deslocação em Viatura Própria - Mapa de Kms
Recibo 002/2013
Nome : DATA 9/30/13
Morada : Mês Ano
NIF : SETEMBRO 2013
Viatura : SEAT ALHAMBRA Matricula : 76 - 09 - QP Apólice : 7010151845 LOGO
Dia Origem Destino Motivo Kms Percorridos
1
3
4 Fátima Lavena - Marselha Auditoria - C.I. 1 599,00
5 Naphtachimie
15
16
17 Lavena - Marselha Fátima Auditoria - C.I. 1 600,00
18
30
31
Total Kms 3 199,00
Pagamento efectuado por : Preço / Km 0,36
Total Recebido 1 151,64 € euros
Empresa :
Morada : Fátima
NIF :
Pagamento : TRBANC

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Mapas de Kms

1. Devem ser objeto de elaboração de mapa, conforme minuta anterior;


2. Não vão para o recibo;
3. Não devem conter trajetos tipo casa - trabalho - trabalho - casa;
4. São objeto de Tributação Autónoma;
5. Podem existir mapas para deslocações a pé e ou em transportes públicos

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


4. Gratificações de Balanço

Por enquanto estão isentos de S.S. e estão sujeitos a I.R.S.. No caso de M.O.E.s,
existe limite máximo até 2 “salários” - 14VB/12.

Perderam o tratamento como variação patrimonial negativa, isto é, diminuição da


matéria coletável, em sede de I.R.C..

São tratados como uma espécie de 15º. mês.

Naturalmente que só podem ser atribuídas em caso de lucros, resultados positivos.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Sujeições a S.S. / T.S.U.

1. Gratificações Regulares

2. S.Natal;

3. Férias e Subs. Férias;

4. Subsídio de Renda

5. Uso de Viatura da Empresa - *

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Seguro de Acidentes de Trabalho

A Entidade Empregadora deve ter um seguro de acidentes de trabalho que


cubra a totalidade dos trabalhadores, dependentes, que estão ao serviço
da empresa.

Esse seguro deve cobrir todo e qualquer tipo de acidente, decorrente da


função exercida pelo trabalhador, no posto de trabalho e ou onde o colaborador
esteja a prestar o trabalho.

O trajeto casa-trabalho-trabalho-casa está coberto pelo seguro de acidentes de


trabalho.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Um trabalhador temporário, dado que não é colaborador da empresa onde se
encontra, mas sim da empresa de trabalho temporário, não se encontra coberto
pelo seguro de acidentes de trabalho da empresa.

Os emitentes de “recibos verdes” também não são trabalhadores da empresa,


devendo possuir eles mesmos um seguro de acidentes, não estando também
cobertos pelo ante mencionado seguro da empresa.

Os Revisores Oficiais de Contas, emitentes de “recibos verdes” têm tratamento


idêntico ao mencionado no parágrafo anterior.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Formação

O trabalhador tem direito, em cada ano, a um número mínimo de quarenta horas de formação contínua ou, sendo
contratado a termo por período igual ou superior a três meses, a um número mínimo de horas

proporcional à duração do contrato nesse ano.

A formação referida no número anterior pode ser desenvolvida pelo empregador, por entidade formadora certificada
para o efeito ou por estabelecimento de ensino reconhecido pelo ministério competente e dá lugar à emissão de
certificado e a registo na Caderneta Individual de Competências nos termos do regime jurídico do Sistema Nacional
de Qualificações.

O empregador deve assegurar, em cada ano, formação contínua a pelo menos 10 % dos trabalhadores da

empresa.

Caso o trabalhador se recuse a frequentar ação de formação, deve o Dep. de R.H. ficar com prova de tal

recusa.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


O trabalhador é obrigado a frequentar a formação profissional oferecida pela empresa?

Sim. Os deveres do trabalhador estão previstos no artigo 128º do Código de Trabalho e incluem a obrigação de
participar de modo diligente nas ações de formação profissional proporcionadas pelo empregador.

Caso o trabalhador se recuse a frequentar ação de formação, deve o Dep. de R.H. ficar com prova de tal

recusa.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


1 - Sem prejuízo de outras obrigações, o trabalhador deve:

a) Respeitar e tratar o empregador, os superiores hierárquicos, os companheiros de


trabalho e as pessoas que se relacionem com a empresa, com urbanidade e probidade;

b) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;

c) Realizar o trabalho com zelo e diligência;

d) Participar de modo diligente em acções de formação profissional que lhe sejam


proporcionadas pelo empregador;

e) Cumprir as ordens e instruções do empregador respeitantes a execução ou disciplina


do trabalho, bem como a segurança e saúde no trabalho, que não sejam contrárias aos
seus direitos ou garantias;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


f) Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não negociando por conta própria
ou alheia em concorrência com ele, nem divulgando informações referentes à sua
organização, métodos de produção ou negócios;

g) Velar pela conservação e boa utilização de bens relacionados com o trabalho que lhe
forem confiados pelo empregador;

h) Promover ou executar os actos tendentes à melhoria da produtividade da empresa;

i) Cooperar para a melhoria da segurança e saúde no trabalho, nomeadamente por


intermédio dos representantes dos trabalhadores eleitos para esse fim;

j) Cumprir as prescrições sobre segurança e saúde no trabalho que decorram de lei ou


instrumento de regulamentação colectiva de trabalho.

2 - O dever de obediência respeita tanto a ordens ou instruções do empregador como


de superior hierárquico do trabalhador, dentro dos poderes que por aquele lhe forem
atribuídos.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


extrato do Artigo 128º. do C.T.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Se a minha empresa não me der formação, posso usar as minhas horas para ter
formação profissional externa?

Sim mas, em primeiro lugar deve saber que caso as suas horas de formação não sejam
asseguradas pela sua empresa até dois anos, estas são convertidas em crédito de
horas.

Quando o trabalhador passa a ter crédito de horas para formação, essas horas são
vistas como período normal de trabalho e dão direito a retribuição e contam como tempo
de serviço efetivo. Isto quer dizer que caso um dia seja despedido estas horas são
contabilizadas e convertidas no valor equivalente à sua remuneração.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Se eu frequentar as formações, essas horas vão ser descontadas do meu ordenado?

Não. Como a lei prevê a obrigatoriedade de formação contínua no local de trabalho, as


40 horas previstas anualmente são remuneradas como períodos normais de trabalho.

Ou seja, o trabalhador não será prejudicado na sua remuneração por estar em


formação.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


TABELAS DE RETENÇÃO NA FONTE PARA O CONTINENTE - 2022

T A B E L A II - TRABALHO DEPENDENTE

CASADO UNICO TITULAR

Número de dependentes
Remuneração Mensal Euros
0 1 2 3 4 5 ou mais

Até 710,00 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%


Até 740,00 3,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 761,00 3,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 802,00 4,7% 0,9% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 844,00 5,6% 1,8% 0,9% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 894,00 6,5% 3,7% 1,2% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 983,00 7,3% 4,6% 2,9% 0,0% 0,0% 0,0%
Até 1 091,00 8,1% 5,5% 3,7% 1,0% 0,0% 0,0%
Até 1 237,00 9,2% 6,9% 4,7% 2,0% 0,0% 0,0%
Até 1 417,00 10,7% 8,9% 7,1% 4,3% 2,6% 1,7%
Até 1 644,00 11,7% 10,0% 8,1% 6,3% 4,5% 2,7%
Até 1 749,00 13,1% 11,4% 10,6% 7,7% 5,9% 5,1%
Até 1 866,00 14,0% 12,4% 11,7% 9,0% 7,3% 6,5%
Até 2 016,00 15,0% 13,3% 12,5% 10,0% 9,2% 7,4%
Até 2 177,00 16,0% 14,3% 13,5% 10,9% 10,2% 8,5%
Até 2 369,00 17,0% 16,3% 14,6% 11,9% 11,1% 9,5%
Até 2 590,00 17,8% 17,2% 15,6% 13,8% 12,1% 11,4%

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 1

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
Sem S.A.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 1

Rendimento tributável €750,00


Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€82,50
Vencimento líquido €667,50
Custo total para a empresa €928,13

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 2

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. - 22 dias a 4,77

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 2

Rendimento tributável €750,00


Subs. de alimentação +€104,94
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€82,50
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €772,44
Custo total para a empresa €1.033,07

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 3

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. - 22 dias a 4,77
S.F. - 22 dias

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 3

Rendimento tributável €750,00


Retribuição Extra - S.F. +€750,00
Subs. de alimentação +€104,94
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€165,00
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €1.439,94

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 4

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. - 22 dias a 4,77
S.Natal - 1 Mês

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 4

Rendimento tributável €750,00


Retribuição Extra - S.N. +€750,00
Subs. de alimentação +€104,94
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€165,00
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €1.439,94

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 5

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. - 22 dias a 4,77
S.Natal - 1 Mês
S.F. - 22 dias

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 5

Rendimento tributável €750,00


Retribuição extra +€1.500,00
Subs. de alimentação +€104,94
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€247,50
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €2.107,44
Custo total para a empresa €2.889,32

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 6

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. - 22 dias a 4,77
Faltou 1 dia ( quarta-feira );

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução do Exercício 6

Valor Hora : (RB x 12):(52 x N) = 750 x 12 /52 x 40 = 4,33

1 dia = 8 x 4,33 = 34,64

1 dia a menos para efeito de S.A. logo 21 x 4,77 = 100,17

(750,00 -34,64) x 0,89 + 100,17 = 736,84 euros

SS - 78,69 euros ; TSU - 169,90 euros ; E.E.P. - 985,43 euros

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 7

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. - 22 dias a 4,77
H.E. Semana - 1 por dia = Total de 4 horas;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução do Exercício 7

Valor Hora : (RB x 12):(52 x N) = 750 x 12 /52 x 40 = 4,33 euros

1 H.E. Semana = 4,33 X 1,25 = 5,41 X 4 = 21,64 euros

S.A. logo 22 x 4,77 = 104,94 euros

(750,00 + 21,64) x 0,89 + 104,94 = 791,70 euros

SS - 84,88 euros ; TSU - 183,26 euros ; E.E.P. - 1059,84 euros

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 8

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. - 22 dias a 4,77
H.E. Semana - 2 por dia = Total de 4 horas em dois dias;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução do Exercício 8

Valor Hora : (RB x 12):(52 x N) = 750 x 12 /52 x 40 = 4,33 euros

1 H.E. Semana = 4,33 X 1,25 = 5,41 X 2 = 10,82 euros

1 H.E. Semana = 4,33 X 1,375 = 5,95 X 2 = 11,90 euros

S.A. logo 22 x 4,77 = 104,94 euros

(750,00 + 22,72) x 0,89 + 104,94 = 792,66 euros

SS - 84,99 euros ; TSU - 183,52 euros ; E.E.P. - 1061,18 euros

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 9

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
Sem S.A.
Faltou 1 dia - Falta Justificada;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 9

Rendimento tributável €750,00


Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€82,50
Vencimento líquido €667,50
Custo total para a empresa €928,13

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 10

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. 22 dias a 4,77 euros / dia;
Faltou 2 dias - Falta Justificada;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 10

Rendimento tributável €750,00


Subs. de alimentação +€95,40
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€82,50
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €762,90
Custo total para a empresa €1.023,53

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 11

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
Mês de Férias;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 11

Rendimento tributável €750,00


Subs. de alimentação
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€82,50
Vencimento líquido €667,50
Custo total para a empresa €928,13

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 12

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
Segundo Mês de Baixa Médica - CIT ;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 12

Rendimento tributável €0,00


Subs. de alimentação
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€0,00
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €0,00
Custo total para a empresa €0,00

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 13

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
Mapa de Kms - 100 kms a 0,36 km ;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 13

Rendimento tributável €750,00


Subs. de alimentação
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€82,50
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €667,50
Custo total para a empresa €928,13

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 14

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
Distribuição de Lucros : 2.000,00 euros - irs passa a 18,2% ;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 14

Rendimento tributável € 750,00


Gratificações de Balanço €2.000,00
Taxa retenção irs (rendimentos) 18,20%
Retenção irs (rendimentos) -€500,50
Contribuição para Segurança Social -€ 82,50
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €2.167,00
Custo total para a empresa €2.928,13

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 15

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. 22 dias 4,77 euros;
Ajudas de Custo a 25% - sobre 50,20 euros - 5 dias úteis
( engloba até às 14h00 );

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 15
Rendimento tributável € 750,00
Ajudas de Custo 5 dias x 0,25 x 50,20 = € 62,75
S.A. 22-5 x 4,77 = € 81,09
Taxa de retenção irs (rendimentos) 0%
Retenção irs (rendimentos) -€0
Contribuição para Segurança Social -€ 82,50
Vencimento líquido € 811,34
Custo total para a empresa €1.071,97

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 16

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. 22 dias 4,77 euros;
Ajudas de Custo a 100% - sobre 50,20 euros - 5 dias úteis;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 16

Rendimento tributável € 750,00


Ajudas de Custo 5 dias x 1,00 x 50,20 = € 251,00
S.A. 22-5 x 4,77 = € 81,09
Taxa de retenção irs (rendimentos) 0%
Retenção irs (rendimentos) -€0
Contribuição para Segurança Social -€ 82,50
Vencimento líquido € 999,59
Custo total para a empresa €1.260,22

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 17

Casado, único titular, um dependente;


- irs é 18,2% - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
2.000,00 euros de prémio produtividade - caráter regular;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 17

Rendimento tributável € 750,00


Prémio €2.000,00
Taxa retenção irs (rendimentos) 18,20%
Retenção irs (rendimentos) -€500,50
Contribuição para Segurança Social -€ 302,50
Vencimento líquido €1.947,00
Custo total para a empresa €3.403,13

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 18

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
120,00 euros de diuturnidades - irs 3,7%;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 18

Rendimento tributável € 750,00


Diuturnidades € 120,00
Taxa retenção irs (rendimentos) 3,70%
Retenção irs (rendimentos) -€32,19
Contribuição para Segurança Social -€ 95,70
Vencimento líquido € 742,11
Custo total para a empresa €1.076,63

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 19

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
108,17 euros de isenção de horário - irs 3,7%;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 19

Rendimento tributável € 750,00


Isenção de Horário 20 horas a 25% € 108,17
Taxa retenção irs (rendimentos) 3,70%
Retenção irs (rendimentos) -€31,75
Contribuição para Segurança Social -€ 94,40
Vencimento líquido € 732,02
Custo total para a empresa €1.061,99

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 20

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
5 dias de CIT;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 20

Rendimento tributável € 750,00


CIT 5 dias - desconta apenas 2 4,33 x 16 € 69,28
Taxa retenção irs (rendimentos) 0%
Retenção irs (rendimentos) -€
Contribuição para Segurança Social -€ 74,88
Vencimento líquido € 605,84
Custo total para a empresa € 842,39

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 21

Casado, único titular, um dependente;


- irs 0 - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
5 dias de ajudas de custo a 100% - 50,20 euros;
22 dias úteis, S.A. - 4,77 euros;
Neste processamento esteve de férias o mês todo;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 21

Rendimento tributável € 750,00


( mês de férias - sem A.C. e sem S.A. )
Taxa retenção irs (rendimentos) 0%
Retenção irs (rendimentos) -€
Contribuição para Segurança Social -€ 82,50
Vencimento líquido € 667,50
Custo total para a empresa € 928,13

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 22

Casado, único titular, um dependente;


- irs 0 ou 10% - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.Férias 22 dias úteis;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 22

Rendimento tributável € 750,00


Sub. Férias na totalidade € 750,00
Taxa retenção irs (rendimentos) 0%
Retenção irs (rendimentos) -€
Contribuição para Segurança Social -€ 165,00
Vencimento líquido € 1.335,00
Custo total para a empresa € 1.856,25

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 23

Casado, único titular, um dependente;


- irs 0 ou 18,2% - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
Distribuição de Lucros : 2.000,00 euros;
50% S.Natal;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 23

Rendimento tributável € 750,00


Gratificações de Balanço €2.000,00
S. Natal € 375,00
Taxa retenção irs (rendimentos) 18,20%
Retenção irs (rendimentos) -€500,50
Contribuição para Segurança Social -€ 123,75
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €2.500,75
Custo total para a empresa €3.392,19

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 24

Casado, único titular, um dependente;


- irs 0 - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. 22 dias 4,77 euros;
Ajudas de Custo a 25% - sobre 50,20 euros - 5 dias úteis
( engloba o período até às 14h00 )
10 dias de S. Férias;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 24
Rendimento tributável € 750,00
S. Férias - 750,00 / 22 x 10 = € 340,91
Ajudas de Custo 5 dias x 0,25 x 50,20 = € 62,75
S.A. 22-5 x 4,77 = € 81,09
Taxa de retenção irs (rendimentos) 0%
Retenção irs (rendimentos) -€0
Contribuição para Segurança Social -€ 120,00
Vencimento líquido € 1.114,75
Custo total para a empresa €1.493,84

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 25

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. - 22 dias a 4,77;
Gozou 11 dias de Férias;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 25

Rendimento tributável €750,00


Subs. de alimentação +€52,47
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€82,50
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €719,97
Custo total para a empresa €980,60

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 26

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. 22 dias 4,77 euros;
Ajudas de Custo a 100% - sobre 50,20 euros - fim-de-semana
de 3 dias, isto é, inclui um feriado à sexta-feira;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 26

Rendimento tributável € 750,00


Ajudas de Custo 3 dias x 1,00 x 50,20 = € 150,60
S.A. 22-1 x 4,77 = € 100,17
Taxa de retenção irs (rendimentos) 0%
Retenção irs (rendimentos) -€0
Contribuição para Segurança Social -€ 82,50
Vencimento líquido € 918,27
Custo total para a empresa €1.178,90

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 27

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
S.A. - 22 dias a 4,77;
Almoçou todos os dias úteis com a E.E. e Ela custeou a refeição;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 27

Rendimento tributável €750,00


Subs. de alimentação
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€82,50
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €667,50
Custo total para a empresa €928,13

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 28

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
Contrato a Termo Certo - 6 meses;
Recebe 18 dias de compensação e F. + S.F. + S.N.;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 28

Rendimento tributável €750,00


S.F. e Férias 2 dias por cada mês 750,00/22x12x2 €818,18
S.N. 2 dias e meio por cada mês €375,00
Compensação 18 dias por ano €225,00
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€213,75
Vencimento líquido €1.954,43
Custo total para a empresa €2.629,69

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Exercício 29

Casado, único titular, um dependente;


- irs é zero - ss 11% - tsu - 23,75%
Vencimento base : 750,00 euros;
Contrato a Termo Incerto - 6 meses;
Recebe 18 dias de compensação e F. + S.F. + S.N.;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resolução Exercício 29

Rendimento tributável €750,00


S.F. e Férias 2 dias por cada mês 750,00/22x12x2 €818,18
S.N. 2 dias e meio por cada mês €375,00
Compensação 18 dias por ano €225,00
Taxa retenção irs (rendimentos) 0,00%
Retenção irs (rendimentos) -€0,00
Contribuição para Segurança Social -€213,75
Vencimento líquido (com subsídio alimentação) €1.954,43
Custo total para a empresa €2.629,69

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 255.º C.T.

Efeitos de falta justificada

1 - A falta justificada não afecta qualquer direito do trabalhador, salvo o disposto no número seguinte.

2 - Sem prejuízo de outras disposições legais, determinam a perda de retribuição as seguintes faltas justificadas:

a) Por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie de um regime de segurança social de protecção na doença;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


b) Por motivo de acidente no trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer
subsídio ou seguro;

c) A prevista no artigo 252.º;

d) As previstas nas alíneas f) e k) do n.º 2 do artigo 249.º quando excedam 30 dias por ano;

e) A autorizada ou aprovada pelo empregador.

3 - A falta prevista no artigo 252.º é considerada como prestação efectiva de trabalho.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 256.º C.T.

Efeitos de falta injustificada

1 - A falta injustificada constitui violação do dever de assiduidade e determina perda da retribuição


correspondente ao período de ausência, que não é contado na antiguidade do trabalhador.

2 - A falta injustificada a um ou meio período normal de trabalho diário, imediatamente anterior ou posterior a dia
ou meio dia de descanso ou a feriado, constitui infracção grave.

3 - Na situação referida no número anterior, o período de ausência a considerar para efeitos da perda de
retribuição prevista no n.º 1 abrange os dias ou meios-dias de descanso ou feriados imediatamente anteriores ou
posteriores ao dia de falta.

4 - No caso de apresentação de trabalhador com atraso injustificado:

a) Sendo superior a sessenta minutos e para início do trabalho diário, o empregador pode não aceitar a prestação
de trabalho durante todo o período normal de trabalho;

b) Sendo superior a trinta minutos, o empregador pode não aceitar a prestação de trabalho durante essa parte do
período normal de trabalho.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 257.º C.T.

Substituição da perda de retribuição por motivo de falta

1 - A perda de retribuição por motivo de faltas pode ser substituída:

a) Por renúncia a dias de férias em igual número, até ao permitido pelo n.º 5 do artigo 238.º, mediante declaração
expressa do trabalhador comunicada ao empregador;

b) Por prestação de trabalho em acréscimo ao período normal, dentro dos limites previstos no artigo 204.º quando
o instrumento de regulamentação colectiva de trabalho o permita.

2 - O disposto no número anterior não implica redução do subsídio de férias correspondente ao período de férias
vencido.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Resumo :

Dado que a segurança social, por diversos motivos, nomeadamente, para


evitar que o trabalhador não use a baixa de uma forma abusiva e desprovida
de senso, não cobre os três primeiros dias de baixa, e tendo por base o
estatuído no artigo 255º. nº. 2 a), deverá a E.E. assumir o pagamento da
falta, isto é, considerar a falta justificada e sem perda de remuneração.

Nada obsta a que a E.E. exija prova da efetiva justificação da falta, podendo
apenas cobrir as horas / dias explicitados na “justificação médica”.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


No caso de a C.C.T. estatuir de forma diversa, da anteriormente explicitada,
é preciso não esquecer a Lei Geral, em bom rigor, deve sobrepor-se à C.C.T..

Ainda considerando que a “baixa” está sujeita a cobertura pela S.S., o facto é
que a mesma não é objeto de “cobertura” / pagamento na prática, não devendo
o trabalhador ser penalizado por tal.

Acresce referir que, ainda que aconteça tal “falta”, a mesma não valida qualquer
perda de direitos, nomeadamente férias e ou natal, e se assim é, porque é que
deveria originar a diminuição do pagamento ?

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Auditoria Financeira

Visa verificar se se está a seguir os “princípios contabilisticos geralmente aceites”, e


conferir que os movimentos financeiros estão de acordo com a contabilidade,
nomeadamente, se as reconciliações bancárias estão efetivamente realizadas e
espelham a realidade.

Caso não haja materialidade, ainda que errado o tratamento, o mesmo é descartado,
e não dá origem a qualquer tipo de correção.

Neste sentido, o que interessa à P é verificar o movimento financeiro, e no que toca


aos recibos, apenas em caso de “extinção” de contrato, é que verificam se os mesmos
estão assinados.

Mas, porque é que os recibos devem estar assinados ?

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


O envio que não por CRCAR não comporta qualquer evidência de prova, e,
em termos “judiciários” é descartado.

Anteriormente, pese embora a antiguidade, e não uso, aceitava-se o


comprovativo de envio via fax.

Os Tribunais, pese embora a evidência, não aceitam os e-mails, como meio


de prova.

O RJPD - Regulamento Geral de Proteção de Dados - veio de certa forma


amplificar esta questão. A contabilidade recebe uma listagem global do
processamento de salários e não tem acesso a informação especificada.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Mesmo as empresas que têm plataformas de gestão de R.H., estas
não comprovam a “utilização” / uso e o RGPD também obsta a essa prova.

No limite, pode-se sempre arguir que não se teve acesso à informação


sobre o recibo.

A “assinatura” do recibo poderá, eventualmente, ser a única prova de que


o trabalhador teve acesso ao processamento.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Prova do cumprimento da obrigação retributiva.

Recibo de Vencimento.

A exigência prevista no artigo 276º. do C.T. de que o empregador,


até ao pagamento da retribuição, entregue ao trabalhador documento com as
especificações aí descritas, mormente com a indicação da retribuição base e das
demais prestações, bem como do período a que respeitam, os descontos ou
deduções e o montante líquido a receber.

A lei não exige documento escrito para a prova do pagamento da retribuição,


vidé faturas, isto é, não exigibilidade de emissão de recibo, apenas quando
exigido.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


“….Na altura em que os recibos foram emitidos e assinados pelo Autor, e em que, portanto,
se constituiu o meio de prova, aquele estava ao serviço da Ré, a declaração que lhes
subjaz de que o Autor recebeu as quantias ali referidas, que incluiriam a retribuição
de férias e o subsídio de Natal, não faz prova plena desse facto, não tendo valor
confessório, face à indisponibilidade destes direitos durante a vigência do contrato de
trabalho, havendo que analisar a demais prova produzida.”

- ACRL de 19-04-2017 -

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Em suma :

1. O comprovativo de que existiu o processamento individual deve ser inequívoco, e


assente em prova;

2. Essa prova poderá ter de ser corroborada com outros elementos, por exemplo,
transferência bancária, entrega em espécie, etc;

3. O recibo em si mesmo, e mormente seja um documento “particular” é em si


mesmo prova;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Relatório Único

As E.E. que tenham trabalhadores ao serviço, e que estejam


abrangidas pelo Código de Trabalho, são obrigadas a entregar o relatório único.

Um trabalhador independente apenas está obrigado à entrega desta declaração se


tiver trabalhadores ao seu serviço.

O mesmo acontece com as E.E. sem trabalhadores por conta de outrem ao seu
serviço.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Assim, as entidades sem trabalhadores estão isentas da entrega do mesmo.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


O que visa o R.U. ?

O RU permite a identificação do empregador, dos estabelecimentos, volume de


negócios, Valor Acrescentado Bruto (VAB), pessoas ao serviço, filiação sindical,
prestação de trabalho suplementar, recurso a trabalhadores temporários e a
prestadores de serviços.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Como é constituído o Relatório Único?

É constituído pela parte principal e por 6 ( seis ) anexos, nomeadamente:

Anexo A – Quadro de pessoal;

Anexo B – Fluxo de entrada e saída de trabalhadores;

Anexo C – Relatório anual de formação contínua;

Anexo D – Relatório anual das atividades do serviço de Segurança e Saúde no


trabalho;

Anexo E – Greves;

Anexo F – Prestadores de Serviços (opcional).

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Como é entregue o R.U. ?

Só pode ser entregue via eletrónica, após a E.E. se cadastrar, junto de:

http://www.gep.mtsss.gov.pt/relatorio-unico

Em 2022 o prazo de entrega inicial era até 15/4 e foi prorrogado até 15/5.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 337.º - Prescrição e prova de crédito

1 - O crédito de empregador ou de trabalhador emergente de contrato de


trabalho, da sua violação ou cessação prescreve decorrido um ano a partir do dia
seguinte àquele em que cessou o contrato de trabalho.

2 - O crédito correspondente a compensação por violação do direito a férias,


indemnização por aplicação de sanção abusiva ou pagamento de trabalho
suplementar, vencido há mais de cinco anos, só pode ser provado por documento
idóneo.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 132º. C.T.

Crédito de horas e subsídio para formação contínua

1 - As horas de formação previstas no n.º 2 do artigo anterior, que não sejam


asseguradas pelo empregador até ao termo dos dois anos posteriores ao seu
vencimento, transformam-se em crédito de horas em igual número para formação por
iniciativa do trabalhador.

2 - O crédito de horas para formação é referido ao período normal de trabalho, confere


direito a retribuição e conta como tempo de serviço efectivo.

3 - O trabalhador pode utilizar o crédito de horas para a frequência de acções de


formação, mediante comunicação ao empregador com a antecedência mínima de 10
dias.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


4 - Por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho ou acordo individual,
pode ser estabelecido um subsídio para pagamento do custo da formação, até ao
valor da retribuição do período de crédito de horas utilizado.

5 - Em caso de cumulação de créditos de horas, a formação realizada é imputada ao


crédito vencido há mais tempo.

6 - O crédito de horas para formação que não seja utilizado cessa passados três anos
sobre a sua constituição.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


“Uma trabalhadora teve de se deslocar ao médico com uma filha, tendo
de tirar uma hora para assistência a menor”.

O artigo 249º. C.T. reconhece, inequivocamente, o direito a que a trabalhadora


falte para assistência à filha:
Artigo 249.º

Tipos de falta

1 – A falta pode ser justificada ou injustificada.

2 – São consideradas faltas justificadas:


e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho,
a neto ou a membro do agregado familiar de trabalhador, nos termos dos
artigos 49.º, 50.º ou 252.º, respetivamente;

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


No pressuposto do cumprimento do artigo 49º. do C.T., isto é, que a
trabalhadora ainda está dentro do limite permitido para esse tipo de
faltas - cerca de 15 dias - e que o marido não tirou também essa hora e que
comprovou, inequivocamente, a ante citada falta, a dita falta é justificada.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 65.º
Regime de licenças, faltas e dispensas

1 – Não determinam perda de quaisquer direitos, salvo quanto à retribuição, e são


consideradas como
prestação efetiva de trabalho as ausências ao trabalho resultantes de:

f) Falta para assistência a filho;

6 – A licença para assistência a filho ou para assistência a filho com deficiência ou


doença crónica suspende
os direitos, deveres e garantias das partes na medida em que pressuponham a efetiva
prestação de trabalho, designadamente a retribuição, mas não prejudica os benefícios
complementares de assistência médica e medicamentosa a que o trabalhador tenha
direito.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


GUIA PRÁTICO
SUBSÍDIO PARA ASSISTÊNCIA A FILHO
INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

A partir de quando se tem direito a receber?

A partir do primeiro dia em que não trabalha para prestar assistência ao filho e não é
pago.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Artigo 135.º
Faltas por conta do período de férias
4 - Nos casos em que as faltas determinem perda de remuneração, as ausências
podem ser substituídas, se o trabalhador assim o preferir, por dias de férias,…..

Sugestão :

Que a falta seja considerada para efeitos de férias, de modo a não originar
perda de retribuição.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Limite ao valor máximo de vencimento

Anteriormente, existia limite ao valor máximo de vencimento, para efeitos


de descontos e ou reforma.

Esse montante ascendia a cerca de 5.030,00 euros.

Com diversas alterações à Lei, e nomeadamente às regras de reforma,


o mesmo caiu por terra, não existindo qualquer limite.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Trabalhadores Independentes - Regime de Segurança Social
Os descontos dos trabalhadores independentes para a Segurança Social (SS) são
calculados numa base trimestral, isto é, com base no rendimento auferido no trimestre
anterior.

Têm de entregar um montante que resulta da aplicação da taxa contributiva de 21,4%,


aplicada diretamente a 70% do rendimento médio dos últimos três meses.

Se o rendimento total de um trabalhador no trimestre for de 6.000,00 euros,


paga 299,60 euros (€ 6000 x 70%: 3 x 21,4%).

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Taxa contributiva

A taxa contributiva a cargo dos trabalhadores independentes é fixada em 21,4%.

A taxa contributiva a cargo dos empresários em nome individual e dos titulares de


estabelecimento individual de responsabilidade limitada e respetivos cônjuges é fixada
em 25,2%.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


A contribuição tem de ser paga pelos meios habituais, entre os dias 10 e 20 do mês
seguinte àquele a que respeitam os rendimentos.

O rendimento apurado pode ser ajustado a pedido do trabalhador até 25% (para cima
ou para baixo).

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


As entidades às quais os trabalhadores prestem, pelo menos, metade da sua atividade durante
um ano também têm de pagar uma contribuição anual à Segurança Social.

Esta corresponde a 7% dos valores pagos, quando o trabalhador lhe tenha prestado entre 50% e
80% da sua atividade;

A taxa passa a10%, quando a colaboração tenha representado mais de 80%, do total da faturação
do trabalhador.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Quem trabalhe simultaneamente por conta de outrem e como independente está, em
princípio, isento do pagamento de contribuições e também da apresentação da
declaração trimestral, desde que:

1. ambas as atividades sejam prestadas a entidades diferentes e que não façam parte
do mesmo grupo económico;

2. o trabalho dependente renda, pelo menos, o correspondente ao valor do indexante


dos apoios sociais (IAS), que é de 443,20 euros em 2022;

3.o rendimento relevante médio mensal (correspondente a 70% do total dos ganhos)
enquanto trabalhador independente não supere o quádruplo do valor do IAS (1772,80
euros, em 2022).

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Nos casos em que tem de pagar devido ao volume dos seus rendimentos como
independente, a taxa contributiva incidirá apenas sobre o valor que ultrapasse o
quádruplo do IAS.

Por exemplo, em 2022, um rendimento mensal relevante de 2.500,00 euros


implicará o pagamento de uma contribuição mensal de 155,62 euros:

[€ 2500 - € 1772,80] x 21,4%

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Para quem termina um período de isenção ou (re)inicia a atividade, as primeiras
contribuições são de 20 euros por mês. Assim que o trabalhador apresentar a primeira
declaração trimestral, a contribuição é ajustada.

O trabalhador pode pagar mais ou menos do que o valor definido à partida face ao seu
rendimento. Pode optar por um rendimento relevante superior ou inferior, até ao limite
de 25% e em intervalos de 5 por cento.

Assim, se o rendimento mensal relevante apurado a partir da declaração trimestral for


de 1000 euros, pode ir de um mínimo de 750 euros até um máximo de 1250 euros, em
parcelas de 50 euros. Na prática, a contribuição mensal poderá oscilar entre 160,50 e
267,50 euros.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


A isenção aplica-se a pensionistas por velhice, invalidez ou risco profissional de que
tenha resultado incapacidade para o trabalho superior a 70 por cento.

Se o trabalhador estiver a receber subsídio por doença ou parentalidade (por licença


parental ou assistência a filhos), fica também dispensado de contribuir.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Determinação do rendimento relevante

Trabalhador não abrangido pelo regime de contabilidade organizada:

O rendimento relevante é determinado com base nos rendimentos obtidos nos três
meses imediatamente anteriores ao mês da Declaração Trimestral, correspondendo a
70 % do valor total de prestação de serviços ou a 20 % dos rendimentos associados à
produção e venda de bens.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Trabalhador independente abrangido pelo regime de contabilidade organizada, previsto
no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares:

O rendimento relevante corresponde ao valor do lucro tributável apurado no ano civil


imediatamente anterior.

Base de incidência contributiva

A base de incidência contributiva mensal, que é o valor sobre o qual é aplicada a taxa
contributiva, corresponde a 1/3 do rendimento relevante apurado em cada período
declarativo, produzindo efeitos no próprio mês e nos dois meses seguintes.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01


Fixação /alteração da base de incidência contributiva

Inexistência de rendimentos ou se o valor das contribuições devidas, pela aplicação


do rendimento relevante apurado for inferior a 20 € - é fixada a base de incidência que
corresponda ao montante das contribuições naquele valor.

Trabalhador abrangido pelo regime de contabilidade organizada - a base de incidência


mensal corresponde ao duodécimo do lucro tributável, com o limite mínimo de 664,80 €
(1,5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais - IAS), sendo fixada em outubro
para produzir efeitos no ano seguinte.

Pedro Morais | Junho 2022 M.PF.15 .01

Você também pode gostar