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O Congo e Os Portugueses
O Congo e Os Portugueses
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COMPLEXO ESCOLAR ANA KARINA
TRABALHO DE HISTÓRIA
Turno: Tarde
Turma: A
Grupo: A
Classe: 10ª
PROFESSOR
Sala: 8 ______________________
Nzunzi Paulo
2022
Integrantes do grupo
1. Gilsa Matias
2. Pedro Pembele
3. Judilson Rafael
4. Wilson Eduardo
ÍNDICE
1. Introdução.................................................................................................................. 1
2.7. 2.3. O Início do Tráfico de Escravos, Papel dos colonos de São Tomé ............ 4
A sociedade colonial portuguesa teve o seu início com a chegada dos portugueses
no Reino do Congo, nos finais do século XV (1482) caracterizada por uma dominação
colonial.
2º OCUPAÇÃO – Esta fase teve início em 1575, com a fundação da capitania de São
Paulo de Loanda, hoje cidade de Luanda, pelo capitão português Paulo Dias de Novais e
termina a 11 de Novembro de 1975 ano da proclamação da independência de Angola.
- Motivos políticos (vontade de afirmar o seu poder e força militar através da ocupação
de regiões e zonas estratégicas);
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O delta do Níger, o Congo e Angola serão grandes exportadores nos séculos XVIII
e XIX. Quantos escravos foram afinal transportados pelo Atlântico? Há muita divergência
entre os historiadores, alguns chegaram a projectar 50 milhões, mas os censos de 1969
estimam entre 9 a 10 milhões, a metade deles da África Ocidental, sendo que o apogeu
do tráfico ocorreu entre 1750 a 1820, quando os traficantes carregaram em média uns 60
mil por ano. O tráfico foi o principal responsável pelo vazio demográfico que acometeu
a África no século XIX.
O número de pessoas trazidas foi tão grande que, antes do final do século XVIII, os
africanos que vieram por meio do comércio de escravos tornaram-se os mais numerosos
imigrantes do Velho Mundo tanto no Norte quanto no Sul da América. Uma quantidade
muito maior de escravos foi levada para a América do Sul em relação ao norte. O sistema
económico do Atlântico Sul era centrado na produção de culturas de comanditeis e
produtos têxteis para vender na Europa. Aumentar o número de escravos africanos
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trazidos para o Novo Mundo foi crucial para os países da Europa Ocidental que, nos
séculos XVII e XVIII disputavam entre si a criação de impérios ultramarinos o comércio
de escravos é às vezes chamado de Maafa por estudiosos afro-americanos, o que significa
"grande desastre" em suaíli. Outros, como Marimba Ani e Maulana Karenga, usam os
termos Holocausto Africano ou Holocausto da Escravidão para se referir ao período.
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teve a notícia, pela primeira vez no Congo da existência de europeus vindos de um reino
chamado Portugal.
O Ntotela, rei do Congo Nzinga Nkuvu, foi baptizado em 1491 em Mbanza Congo,
tendo adoptado o nome cristão de D. João I do Congo. Muitos bakongos foram mandados
para Portugal, para receberem instrução portuguesa.
2.7. 2.3. O Início do Tráfico de Escravos, Papel dos colonos de São Tomé
São Tomé tornou-se também um ponto de escala (trânsito) na rota das Índias e das
Américas, depósito de escravos e prisão dos condenados. Mais tarde os contratados eram
enviados para esta Ilha, servindo de mão de obra escrava. O cultivo da cana-de-açúcar
provocou o enriquecimento rápido dos colonos (desterrados) ali fixados.
Em 1575, Paulo Dias de Novais funda Luanda com a designação de São Paulo da
Assunção de Loanda. Dispondo de cerca de 100 famílias e 400 soldados, Novais
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estabelece uma "praça-forte" essencialmente destinada ao tráfico de escravos. Em 1605,
a coroa portuguesa atribui o estatuto de cidade a Luanda. Várias infraestruturas
como fortes e portos foram construídas e mantidas pelos portugueses que, no entanto, não
procederam à ocupação de um território maior, fixando-se apenas em certos pontos do
interior imediato. Benguela, um forte desde 1587, passando a cidade em 1617, foi outro
ponto estratégico fundado e administrado por Portugal.
A presença portuguesa nestes pontos do litoral foi marcada por uma série de
conflitos, tratados e disputas com as unidades políticas próximas, nomeadamente o Reino
do Kongo, Reino do Ndongo e do Reino da Matamba.
África passa a ser uma região a explorar dados os seus recursos naturais, algumas
importantes para o desenvolvimento industrial na Europa. Esta viragem deu origem, na
segunda metade do século XIX, a uma "Corrida para a África" em que cada uma das
potências europeias tentou assegurar-se o domínio de parcelas territoriais do continente.
Ao fim de fortes disputas entre europeus, e depois de vencida a resistência oferecida por
boa parte das unidades políticas africanas, África ficou, em inícios do século XX, dividida
em colónias europeias, com a excepção da Etiópia.
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Os Imbangalas
Suas origens ainda são controversas. Geralmente estão incluídos entre os jagas, que
atacaram o reino do Congo durante o reinado de Álvaro I.
Na década de 1960, foi estabelecido que as tradições orais do reino Lunda sugerem
que ambos os jagas citados acima se originaram no reino Lunda e de lá saíram durante
o século XVII. Outra teoria sugere que os imbangalas se originaram no Planalto Central
de Angola ou na região litorânea subjacente.
O primeiro registro escrito sobre os imbangalas foi feito pelo navegante inglês
Andrew Battell, que viveu com eles por dezesseis meses por volta de 1600-1601. O relato
localiza os imbangalas no litoral e no planalto angolanos, ao sul do rio Cuanza. Os líderes
imbangalas teriam dito a Battell que eles teriam vindo de um lugar chamado Elembê. A
história de Battell foi publicada por Samuel Purchas parcialmente em 1614 e
integralmente em 1625. Os portugueses se interessaram pelos imbangalas mais ou menos
na mesma época em que Battell viveu inicialmente entre eles. Battell foi para o território
bangala em companhia de comerciantes portugueses que compravam os prisioneiros de
guerra dos imbangalas para vendê-los como escravos. Nessa época, os imbangalas
atuavam como saqueadores, pilhando o país em busca de vinho de palma.
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Mendes de Vasconcelos empregou três esquadrões de imbangalas mas logo percebeu
que eles não tinham disciplina suficiente para integrar as forças portuguesas. O esquadrão
liderado por Cassange, em particular, se livrou do controle português e iniciou uma
jornada de pilhagem que resultou na formação do reino de Cassange, na bacia do rio
Cuango. Essa foi a origem da atual etnia dos imbangalas, que renunciou a seus costumes
militares no final do século XVII.
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Entre outras coisas, devido ao fato de a perda através da emigração forçada ter sido
extremamente alta, talvez proporcionalmente mais alta que em qualquer outra zona de
tráfico atlântico de escravos.6 Ainda de acordo com o autor esta perda demográfica teria
sido acentuada por outros fatores, entre eles o fato de as baixas centrarem-se nos membros
mais jovens da população, uma vez que os mercadores de escravos valorizavam homens
e mulheres com menos de trinta anos. Outro agravador da situação seria o fato de a área
de maior drenagem de escravos ter sido a região central dos Mbundu, dado que as guerras
de conquista portuguesa eram uma fonte direta de fornecimento, o que contrastava com a
prática normal do tráfico de escravos na qual a captura ocorria na periferia de fortes
reinos. Além disso, o tráfico de escravos angolano teria representado uma muito mais
violenta e arbitrária exigência de vítimas do que o tráfico de outras regiões, onde os chefes
africanos permaneciam senhores de sua própria casa e podiam tomar decisões acerca de
sua participação no tráfico.
Em 1618, Luís Mendes de Vasconcelos teria feito uma incursão no próprio planalto
e invadido o coração do reino. Já no momento em que os portugueses apostavam no
retorno ao comércio como principal meio para a obtenção de escravos, abandonando a
estratégia de guerra, o reino do Ndongo mantinha uma política de contração e resistência.
Pois, ao contrário do Congo, o Ndongo teve dificuldade em absorver, controlar e usar em
benefício próprio, uma comunidade mercantil estrangeira. Com o tempo, da mesma forma
que falhou no estancamento da hemorragia interna provocada pelo tráfico de escravos, o
Ndongo perdeu, cada vez mais, a autonomia governativa, à medida que os fortes e
guarnições portuguesas avançavam pelo seu território. Além disso, os portugueses
expulsaram Nzinga Mbandi, pretendente ao título de soberana do Ndongo após a morte
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do último ngola em 1617, decididos a governar o reino de forma indireta. Por isso,
concederam o título de ngola a um chefe chamado Aire Kiluanji, para que este pudesse
cooperar com a política portuguesa para a região.
No caso dos estados governados por africanos, o principal titular de cada bando
Imbangala estabelecia-se como um rei Mbundu que substituía, na maioria dos casos ao
norte do Kwanza, alguma espécie de domínio exercido pelo ngola a kiluanje, criando um
novo estado baseado no recrutamento dos varões locais para a associação ao quilombo.
O que privava a parte mais produtiva da população local de sua anterior pertença às
linhagens Mbundu, além de sujeitá-la à direta autoridade do rei Imbangala e aos vunga
(chefes menores) por ele nomeados.
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portuguesa eram dominados por guerreiros especializados que, em tempos normais,
capturavam agricultores locais para vender como escravo e que, em tempos de guerras,
se juntavam às expedições portuguesas para combater. Assim como podiam se juntar a
traficantes não ligados à coroa portuguesa.
Desde 1576, as trocas comerciais foram regulares entre Luangu e Luanda. Eram
enviados tecidos, tapetes, espelhos e missangas para trocar tácula de Maiombe, marfim,
peles de elefante e sobretudo panos de ráfia, usados como moeda de troca com os
Mbundu. Então, em 1611, o volume das trocas aumentou porque holandeses pagavam
melhor os escravos e o marfim e os seus agentes afastavam os pombeiros de Angola.
Entretanto, estabelecem novas vias de escoamento de produtos de Kassai, ligando
Mpumbu e Luangu; do Kuango ao Mbanza Congo, Cabinda e o Planalto do Bié até
Benguela.
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O historiador Walter Rodney afirma que foi uma queda na rentabilidade das
operações triangulares que tornou possível que certos sentimentos humanos básicos para
se consolidar as críticas contra o tráfico negreiro no Atlântico. Rodney afirma que as
mudanças na produtividade, na tecnologia e nos padrões de intercâmbio na Europa e na
América impulsionou a decisão dos britânicos de acabar com a sua participação no
comércio de escravos em 1807.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
137201-Texto%20do%20artigo-264787-1-10-20170818.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imbangalas
https://vieiramiguelmanuel.blogspot.com/2016/05/angola-abertura-ao-atlantico-o-impacto.html
https://view.publitas.com/p222-10650/angola-a-abertura-ao-atlantico-o-impacto-inicial-por-
vieira-miguel-manuel/page/7
http://juniorzolua.blogspot.com/2018/04/angola-abertura-ao-atlantico-impacto.html
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