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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

1. Matrizes
1.1 Sumário da licção
 Definição e conceitos de matrizes
 Operações com matrizes
 Cálculo da matriz inversa: Método de Jordan e Adjunta
 Calcular determinantes
 Característica de uma matriz

1.2 Objectivos da licção:


No fim da unidade o aluno será capaz de:
 Definir e reconhecer diferentes tipos de matrizes
 Efectuar operações com matrizes na forma algébrica e na forma
trigonométrica
 Determinar a inversa pelos métodos da Adjunta e Jordan
 Efectuar operações elementares sobre as linhas de uma matriz
 Encontrar matrizes equivalentes
 Escrever matriz na forma escalonada

1.3 Definição de matrizes


Definição 2.1 (matriz): Uma matriz A é uma tabela rectangular de escalares de mn
números reais distribuídos por m linhas horizontais e n colunas verticais:

[ ]

Exemplo 2.1:

* + é uma matriz , as suas linhas são e e as

suas colunas são ( ), ( )e( ).Tipos especiais de matrizes

1.4 Tipo de Matrizes


1) Matriz rectangular
Uma matriz na qual é denominada matriz rectangular.

2) Matriz Coluna
A matriz de ordem por é ma matriz-coluna.

[ ]

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3) Matriz linha
A matriz de ordem por é uma matriz linha.
[ ]

4) Matriz quadrada
Quando o número de linhas é igual ao número de colunas, tem-se uma
matriz quadrada.

A=[ ]

Nota: A matriz quadrada de ordem por é simplesmente designada por matriz de


ordem .
5) Matriz Diagonal
Matriz diagonal é uma matriz quadrada em que os elementos que não estão
na diagonal principal são iguais a zeros, isto é, para .

A=[ ]

6) Matriz Escalar
Uma matriz escalar é a matriz diagonal, tal que os elementos são todos
iguais.

Exemplo 2.2: A [ ]

7) Matriz Identidade
Uma matriz identidade é uma matriz diagonal, cujos elementos são todos
iguais a 1.

A [ ]

8) Matriz Nula ou Matriz Zero


Uma matriz é dito ser nula se todas entradas são zeros.
* +

9) Matriz simétrica
Uma matriz quadrada de ordem n é dito ser simétrica se .
Exemplo 2.3:

[ ]

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10) Matrizes especiais


a) Matriz triangular superior

É uma matriz quadrada onde todos os elementos abaixo da diagonal


principal são nulos, isto é, e , para

[ ]

b) Matriz triangular inferior


É uma matriz quadrada onde todos os elementos acima da diagonal
principal são nulos, isto é, e para

[ ]

1.5 Igualdade de matrizes


Duas matrizes [ ] e [ ] são iguais se os elementos
correspondentes são iguais, isto é: .

1.6 Operações com matrizes


Sejam [ ]e [ ] duas matrizes de tamanho .

1) Soma de Matrizes:
A soma de A e B denotada por é a soma obtida pela soma dos
elementos correspondentes de e , ou seja:

[ ]

Exemplo 2.4: Dadas [ ]e [ ]

[ ]=[ ]

2) Multiplicação de Uma Matriz Por Escalar


A multiplicação matriz por um escalar k, denotando por , é obtida
pelo produto de cada elemento de por .

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[ ]= [ ]

Exemplo 2.5:

Seja [ ]e um escalar, encontre

[ ] [ ] [ ]

Notação de Somatório:
Para definir a multiplicação de matrizes convém introduzir o símbolo de somatório,
denotada por letra grega maiúscula sigma.
Supõe que seja uma expressão algébrica a uma variável . Então a expressão
∑ , Significa:
 Tomando em , obtem-se
 Tomando em , obtém-se
 Tomando em obtém-se

Exemplo 2.6:

a) ∑

b) ∑

c) ∑

3) Multiplicação de Matrizes
Só podemos efectuar o produto de duas matrizes A e B se o número de
colunas da primeira matriz for igual ao número de linhas da segunda matriz.
Assim, consideremos dois casos:
1º Caso: Multiplicação de uma matriz linha por uma matriz coluna.

Sejam [ ]e [ ]. Então

[ ][ ] [ ]

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2º Caso – Geral: Sejam [ ] e [ ] . O produto de por


é uma matriz [ ] que se obtém considerando para elemento
o produto da linha de pela coluna de .
Deste modo, definimos o produto de por da seguinte forma:
[ ]
onde ∑ .

[ ] [ ]
[ ]
Exemplo 2.7:

Sejam as matrizes * +e * +, encontre .

Como A é de ordem e B é de ordem , então AB é da ordem .

* + * +

Exemplo 2.8: Sejam [ ]e [ ], calcule e .

 [ ][ ] [ ]

 [ ][ ] [ ]

Nota:
 Em geral, a multiplicação de matrizes não é comutativa, isto é, .
 O produto , sem que ou .

Propriedades (multiplicação de matrizes). Desde que sejam possíveis as operações,


as seguintes propriedades são válidas:
P1. A multiplicação de matrizes não é comutativa:
P2. A multiplicação de matrizes é associativa:
P3. A multiplicação de matrizes é distributiva em relação a adição:
 Distributividade a esquerda:
 Distributividade a direita:
P4. Multiplicação de um escalar por uma matriz:
P5. Multiplicação pela matriz identidade:
P6. Multiplicação pela matriz nula:

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P7. Transposta de produto de duas matrizes:

1.7 Operações Elementares Sobre as Linhas de uma Matriz


Definição 2.2 (Operações Elementares Sobre as Linhas de uma Matriz). Chamamos
operações elementares, sobre as linhas de uma matriz a operações de forma:
1. Trocar de linhas: (linha i troca com linha j);
2. Multiplicar uma linha por um escalar não nulo: ;
3. Adicionar a uma linha um múltiplo de outra linha: .

Definição 2.3 (Matrizes Equivalentes). Uma matriz é equivalente a se pode ser


obtida por meio de uma sequência finita de operações elementares. Denotamos .

Definição 2.4 (Matriz Escalonada). Uma matriz escalonada é uma matriz triangular
superior que obedece o seguinte:
1. Se há linhas nulas elas são as últimas;
2. O primeiro elemento não nulo de cada linha (com excepção da primeira) situa-se
a direita do primeiro elemento não nulo da linha anterior.
3. Os elementares que se situam por baixo do primeiro elemento não nulo de cada
linha (com excepção da última) são todos nulos.

Exemplos 2.10:

a) A matriz [ ] não é escalonada pois não satisfaz a 1ª condição.

b) A matriz [ ] não é escalonada pois a 2ª condição não é satisfeita.

c) A matriz [ ] não é escalonada pois não satisfaz a 2ª e a 4ª condições.

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Exemplo: Alguns exemplos de matrizes escalonadas

a) * +
c) [ ]

b) [ ]

Definição 2.5 (Pivôs). Chama-se pivôs aso primeiros elementos não nulos de cada linha de
uma matriz escalonada.
Exemplo:

a) A matriz [ ] tem como pivôs os números 1; 2 e 3.

b) A matriz [ ] tem como pivôs os números 1 e 7.

c) A matriz [ ] tem como pivôs os números 2 e 4.

Definição 2.6 (Característica de uma matriz). A característica ou posto de uma matriz A é


o número de pivôs (ou de linhas não nulas) de uma qualquer matriz escalonada obtida de A
por aplicação sucessiva de um número finito de operações elementares sobre as linhas da
matriz A. Denota-se por Car(A) ou r(A).

Algoritmo de Eliminação de Gauss


Para produzir uma matriz escalonada usamos o seguinte algoritmo:
Passo 1: Se a matriz tiver todos os elementos nulos, pare. A matriz já está na forma de
escada;
Passo 2: Caso contrário, encontre a primeira coluna, vinda da esquerda, que contém
um elemento não nulo . Mova a linha que contém esse elemento para o topo da
matriz;

Passo 3: Multiplicar por a linha no topo. Obtém-se assim um pivô; (este passo pode
se omitido e apenas ser feito no fim)
Passo 4: Anula-se cada elemento abaixo do pivô adicionando as linhas às linhas
abaixo múltiplo adequados da linha no topo;
Isto completa o processo no que diz respeito à primeira linha. No que se segue
esqueça a linha no topo e use as restantes.
Passo 5: Repita os passos 1 a 4 para a matriz formada pelas restantantes linhas:

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Exemplo 2.11: Transforme as matrizes abaixo em matrizes escalonadas

a) [ ]

b) [ ]

c) [ ]

Resolução: Aplicando o algoritmo de Gauss, tem-se:

a) [ ] [ ] [ ]

Logo, Car(A)=3 pois a matriz escalonada tem 3 linhas nulas.

b) [ ] [ ]

[ ] [ ]

Logo, Car(B)=3 pois a matriz escalonada tem 3 linhas não nulas.

c) [ ] [ ] [ ] [ ]

[ ]

Desta forma tem-se Car(B)=3 pois a matriz escalonada tem 3 linhas não nulas.

Definição 2.7 (Matriz na Forma Escalonada Reduzida). Dizemos que uma matriz está na
forma escalonada reduzida, se o único elemento não nulo de cada coluna, é o pivô e é igual a
unidade (1).

Algoritmo de Eliminação de Gauss – Jordan


Este algoritmo serve para produzir uma matriz escalonada reduzida:
1ª Fase: Algoritmo de Gauss até produzir uma matriz na forma escalonada;

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2ª Fase: Aplicar o algoritmo de Gauss de baixo para cima por forma a anular todos os
elementos da matriz situados acima (e na mesma coluna) dos pivôs. Para isso, bastará
começar na última linha não nula e, de baixo para cima adicionar a cada linha
múltiplos adequados das linhas inferiores.
Exemplo 2.12: Encontre as formas escalonadas reduzidas das matrizes dadas no exemplo
2.11.
Resolução: A primeira fase do algoritmo de Gauss-Jordan já foi feita no exemplo anterior,
vamos aproveitar estes resultados para executar a segunda fase. Assim, temos:

a) [ ] [ ] [ ] [ ]

[ ] [ ]

b) [ ] [ ] [ ]

[ ] [ ]

c) [ ] [ ] [ ] [ ]

[ ]

1.8 Determinante de uma Matriz


Definição 2.8 (Determinante). Chama-se determinante de uma matriz quadrada a soma
algébrica dos produtos que se obtém efectuando todas as permutações dos segundos índices
do termo principal, fixando os primeiros índices, e fazendo-se preceder os produtos do sinal
 ou  , conforme a permutação dos segundos índices seja da classe par ou impar.
 Matriz de ordem 1: [ ] .
 Matriz de ordem 2: * + .

Exemplos 2.13:
a) [ ]

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b) * +

1.8.1 Regra de Sarrus


O Determinante de uma matriz de terceira ordem pode ser calculado utilizado a Regra de
Sarrus que consistem em:
1º Passo: Repetir ao lado da matriz as duas primeiras colunas.
2º Passo: Multiplicamos os elementos da diagonal principal de . Seguindo a
direcção da diagonal principal, multiplicamos, separadamente, os elementos das
outras diagonais paralelas à diagonal principal. Observe que todas as diagonais devem
ter 3 elementos (tamanho da matriz).
3º Passo: Multiplicamos os elementos da diagonal secundário de , trocando o sinal
do produto obtido. Seguindo a direcção da diagonal secundária, multiplicamos,
separadamente, os elementos das outras diagonais paralelas à diagonal secundária,
também trocando o sinal dos produtos.
4º Passo: Somamos todos os resultados obtidos.

| | | |

Exemplo 2.14: Aplicando a regra de Sarrus, calcule o determinante de [ ].

Resolução:

| | | |

Nota: A Regra de Sarrus só é aplicável nas matrizes de ordem 3.

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1.8.2 Regra de Laplace


Teorema 2.1 (Expansão de Laplace): Seja dada uma matriz [ ] de ordem
superior ( . O determinante da matriz [ ] define-se recursivamente por

onde é uma matriz de A obtida eliminando-se a linha e a coluna

Na expansão de Laplace para o cálculo do determinante de , não é obrigatório fazermos


o somatório ao longo da primeira linha de , podemos ir ao longo de qualquer linha ou
qualquer coluna de , de preferência aquela que tiver mais zeros. Assim,

 Fixando a -ésima linha:

 Fixando a j-ésima coluna:

Exemplo 2.15: Aplicando a Regra de Laplace, calcule os determinantes das seguintes matrizes:

a) [ ]

b) [ ]

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Resolução:
a) Usando a expansão de Laplace obtemos:

| | | | | | | |

| | | | | |

b) Pela expansão de Laplace, vamos calcular os determinantes das submatrizes:

 | | | | | | | |

 | | | | | | | |

 | | | | | | | |

 | | | | | | | |

Portanto, o determinante da matriz será dado por:

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1.9 Matriz Inversa


Definição 2.9 (Matriz invertível, Inversa). Uma matriz quadrada , de ordem , é
invertível se existe uma matriz quadrada , de ordem , tal que

A matriz chamamos inversa de .

Exemplo 2.16:
Seja * +. Esta matriz é invertível pois existe * + tal que
. De facto, temos
 * +* + * + * +

 * +* + * + * +.

Proposição (Unicidade da Inversa). A inversa de uma matriz, se existir, é única.


Notação: A inversa de uma matriz A denota-se por
Propriedades. No que se segue considere as matrizes envolvidas todas quadradas.
(i) A matriz identidade é invertível e
(ii) Se é invertível então também é invertível e
(iii) Se e são invertíveis, então é invertível e
(iv) Se é invertível então também é invertível e
(v) Se é invertível e então também é invertível e

1.9.1 Método de Gauss - Jordan


Para determinar a matriz inversa de uma matriz utlizando o método de Gauss,
reduz-se a matriz a uma matriz identidade e a matriz , identidade transforma-se na
matriz na matriz inversa, utilizando operações elementares do seguinte modo:
Dada uma matriz quadrada de dimensão n:
Passo 1: Formar a matriz aumentada [ ]
Passo 2: Aplicando a [ ] o algorítmo de Gauss – Jordan, reduzir a matriz A à
matriz identidade, lembando que cada operação deve ser efectuada
simultaneamente na parte direita (que corresponde a ). Se nesta fase aparecer
uma linha só com elementos nulos, paramos pois significa que A não admite
inversa.
Passo 3: Concluída a fase anterior obtemos [ ]:

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(i) Se então é invertível e


(ii) Se então não admite inversa.

Exemplo 2.17: Calcule a inversa da matriz [ ].

Resolução: Considerando a matriz aumentada [ ] e consequente método de Gauss –


Jordan, obtemos:

[ | ] [ | ]

[ | ] [ | ]

Logo, [ ].

Exemplo 2.18: Determine, se possível, a inversa da matriz [ ].

Resolução: Montando a matriz aumentada [ ] e consequente eliminação de Gauss-


Jordan:

[ | ] [ | ]

[ | ] [ | ]


[ | ] ⁄ |

[ ]

Portanto, a matriz admite inversa e .

[ ]

Exemplo 2.20: Encontre a matriz inversa de [ ].

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[ ] [ ] [ ]

[ ] [ ]

[ ] [ ].

Logo, a matriz é invertível e [ ].

1.9.2 Método da Adjunta


Definição 2.10 (Cofactor). Chama-se cofactor do elemento da matriz ⟦ ⟧ ,o
número real

( )
onde é uma matriz obtida de eliminando-se a linha e coluna .

Definição 2.11 (Matriz Adjunta). Seja uma matriz . Definimos a matriz


adjunta de A, denotada por , como a trasposta da matriz formada pelos
cofatores de , ou seja,

[ ] [ ]

em que ( ) é o cofator do elemento , para

Teorema 2.2 (Cálculo da Matriz Inversa pelo Método da Matriz Adjunta). Uma
matriz quadrada é invertível se, e somente se . Neste caso:

Este resultado nos fornece um novo método de calcular a inversa de uma matriz.

Nota: Uma matriz possui inversa se o seu determinante for diferente de zero.

Exemplo 2.21: Determinemos a inversa da matriz * +.


Resolução: Tem-se ( ) e, portanto, existe a inversa
de A. Calculemos sua inversa pela matriz adjunta.

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[ ] * + * +.
Então

* + [ ]

Exemplo 2.22: Se possível, encontre a inversa da matriz [ ].

Resolução: Primeiro vamos calcular o determinante da matriz. Assim,

( ) | | | |

Como ( ) então existe a inversa de . Calculemos os cofatores da matriz:


| |

| |

| |

| |

| |

| |

| |

| |

| |
A matriz adjunta é a matriz transposta da matriz dos cofactores:

[ ] [ ] [ ]

Assim, a matriz inversa será dada por:

[ ] [ ]

1.10 Exercícios Propostos


1. Seja:

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3 8 -2 0 a) Qual é a ordem de ?
 
7 3 1 1 b) Escreva os elementos da segunda linha.
M  0 4 5 0 c) Escreva os elementos da quarta coluna.
  d) Escreva o elemento (3,4) , o elemento (1,4) , e o
9 3 7 3
12 0 
elemento (3,1) .
 1 -7

2. a)Quantos elementos há numa matriz 1 1 ?


b) Quantos elementos há numa matriz 3 5 ?
c) Quantos elementos há numa matriz m n ?
d) Quantos elementos há numa matriz r  r ?

 x y mn   8 6
3. Sendo as matrizes A    e B    , achar os valores de
 x  2 y 3m  n    1 10 
para que se tenha .

4. Escreva a matriz cujos elementos são a soma dos elementos correspondentes das
  2 1  6 0
   
matrizes , onde: A   3 4  e B   3 4  .
 6 0  2 1
   

5. Sejam:
 1
1 2 3  2 0 1
A  , B , C   2 e D  2  1
2 1  1  3 0 1  4
Encontre: a) b) A c) B d)
e) f) g) h)
6. Se é uma matriz diagonal então

2 5  x  y x  y
7. Sendo as matrizes A    e B    , calcule e de modo
12  1  2y  5  1 
que A  Bt .
x  y 4 2   5 4  2
   
 3 2z 3   3 2 3 
8. Sejam as matrizes A   e B . Se
0 4 x  y 0 4 1
   
 6 z t   6  3 1 
 1   
At  Bt , determine .
9. Sejam as matrizes e e , de mesma ordem . Demonstre que:
 A  Bt  At  Bt .
 a b  4  2 1 2
10. Seja         . Determine o valor de .
 c d   1 5  0  4 

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11. Mostre que a equação x  5 x  4 I 2  0 é satisfeita por cada uma das seguintes
2

matrizes:
1 0 4 0  3  2
a)   , b)   , c)  
0 1 0 4  1 2 

 1 0 2 1 3 0 6 5 7 
     
12. Dadas as matrizes: A   0 1 1  , B  0 4 1  e X  2 2 4 .
2 0 2 2 3 0  3 3 6
    
13. Mostre que AX  BX , embora A  B .
1 1  2 3   2 3  1 1
14. Verifique que:           
1 1  3 2   3 2  1 1
 2 x2 
15. Seja A =   . Se , então
 2 x 1 0 
16. Diga se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas:
a)
b)
c) Se , então ou
d)
 2
2
1
17. Se , então    ________
 3 2 
18. Dadas matrizes:
1 3 2 1 4 1 0  2 1 1  2
     
A  2 1  3 , B  2 1 1 1 , C   3  2  1  1
4  3  1 1  2 2   2  5 1 0 
  1  

Mostre que
19. Calcule:
1 0 1 2 1 2 1    2 3 0 1 3
       
a) 2  3 2    0 5 0 1  ; b) 0 3 4   1 4 2  4 0 ;
3 1 2 0  5 0 0   5 0 7   0  1 
 

1 2 1    2 3 0 1 3
   
c)  0 3 4  1 4 2 4 0 .
5 0 0   5 0 7 0  1 

20. Determine quais das seguintes matrizes são simétricas, explique porquê:
 1 2  2 3 7  0 2 3 3 1 6 0 1 3
         
a)  2 1  ; b)  3 2  5  ; c)   2 0 2 ; d)  1 5 5  ; e)  1 2 2
5 4  7 2   3  2 0 6 5 7  3 2 0 
   5     

0 1 0 
 
21. Seja A   0 0 1  . Mostre que A  5  I3 .
3
1 0 0
 

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22. Escreva a matriz A  (aij ) 23 tal que aij  3i 2  2 j .


23. Se é uma matriz triangular superior, qual é a transposta de ?
24. Se é uma matriz triangular inferior, qual é a transposta de ?
 3 2b 
25. Determine o número b  R, para que a matriz A   2  , seja simétrica.
b b 
aii  0

 
26. Seja a matriz A  aij 4 x 4 , para a qual aij  a ji .

aij  i  j , se1  i  j  4
Determine e . é simétrica?

 sen 2 sen   cos  2   1 


27. Se  = b  , determine os números .
 cos 4 sen 3   cos 3    2 
   a c
28. Seja a matriz A, quadrada de ordem . Demonstre que é simétrica.

Determinante e Matriz Inversa

8 5 1
 
1. Dada a matriz A   0 9 3  . Obtenha a matriz dos cofactores
4 6 2 

2 1 3
 
2. Dada a matriz A   0 2 1  Calcule: a) Adj A ; b) | A | ; c) A 1 .
5 1 3 

2 1  3 
 
3. Dada a matriz A =  0 2 1  Calcule: a) b) c)
5 1 3 
 
4. Em cada caso determinar a inversa da matriz dada e verificar o resultado
 4 2 2
 3 5  1   cos   sen   
a)   b) 
3
 c)   d)   2  4 4  e)
1   5 2   sen cos    4
 2
 2 8 
0 0 1 0 1 0   3 1 1  5 1 5  4 0 0
         
 0 1 0  f)  1 0 0  g)   15 6 5  h)  0 2 0  i)  0 0.2 0 j)
1 0 0 0 0 1  5 2 2   5 3  15   0 0  3 
     
4 1 2  2
1 1 1 1 1 0    1 0 1 1 1 3 5 7
     3 1 0 0   
3 

 0 1 0 1  o)  0 1 2
 2 3 2  l)  0 1 1  m)  n) p)
 4 7 5 0 0 1 2 3 1 0 0 0 1 0  0 0 1 2
        
0

0 7 1 1 

0 0 0 1

 0 0 1 

1 0 0  4 2 1 
1 0 7 7     
A  q) B    r) C   0 0 1  s) D   7 3 3 
 0 2  3 1 0 1 0   2 0 1
  

Elaborado por Marta Macufa com participação de Alberto Daniel, Mário Getimane & Ribas Guambe 19
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

 3 6 1
 
5. Verifique se as matrizes e são inversas, uma da outra: A   0 1 8  é
 2 4 1
 
  31  2 47 
 
B   16 1  24  . Caso não sejam, determine a inversa da matriz A.
 2 3 
 0
6. Reduza as matrizes à forma escada reduzida por linhas:
 0 2 2
 1 2 3 1    1 3  5
  1 1 3   
A 2 1 2 3  B  C 4 2 7
 3 3 4 2
 1 2 3  
2  3
 0
 6 9 
 1
7. Reduzir cada matriz seguinte à forma escalonada e depois à sua forma canónica por
linhas. Calcule também o posto r ( A) de cada uma
1 2 1 2 1 2 3 2 5 1 1 3 1 2 0 1 3 2
       
0 4  c)  0 11  5 3 0 1 3
a)  2 4 1  2 3  b)  3  1 2
2
d) 4
3 6 5 3 1 0 1
2  6 5  4  5 6  5 7 
0 2
     
4 1 5  0 3 4 
 1  5

8. Determine o posto das seguintes matrizes para os diferentes valores do parâmetro


.
 3  1 2  1 2 1 1 1
   
a) A   1 4 7 2  b) A     1 1  1  1
 1 10 17 4   1  0 1 1
   
4 3   1 1 1 
 1 3  2 2

Elaborado por Marta Macufa com participação de Alberto Daniel, Mário Getimane & Ribas Guambe 20

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