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SHAWN MORRIS

Como Tocar (TAP) a

GLÓRIA
de DEUS
Princípios Ungidos para Liberar
O PODER DE DEUS EM SUA VIDA.

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RECOMENDAÇÕES

Se você quer que sua vida seja radicalmente transformada, leia T.A.P. de capa a
capa. Prepare-se para ver Milagres Sobrenaturais manifestados, ouvir a Voz de
Deus mais claramente e mudar a atmosfera onde quer que você vá! Shawn Morris
compartilha revelações Profundas e Princípios que irão mudar radicalmente sua vida
e daqueles ao seu redor.
Depois de ler este livro, sei que minha vida nunca mais foi a mesma!

JANIE DUVALL
Palestrante, Compositora Musical
Produtora de TV
Produtora do Programa “It's Supernatural” de Sid Roth!

T.A.P. é um livro interessante e instigante. Ele desafiará sua caminhada com Deus,
abrirá seus olhos para o Sobrenatural e o atrairá para o Santo. Ele contém a jor-
nada de Shawn Morris no Sobrenatural, bem como Princípios que podem mudar
sua vida. Leia agora e comece a entrar no Poder de Deus para sua vida.

JOAN HUNTER
Autora, Evangelista
Presidente, Joan Hunter Ministries

O novo livro da Shawn Morris, T.A.P., é um testemunho inspirador. T.A.P. aju-


dará o leitor a explorar o Reino.
KEVIN BASCONI
Autor
Presidente dos Ministérios
Internacionais King of Glory

Se você é sério sobre o Reino Profético e quer entender como viver e operar em seus
Dons Proféticos, então este é o livro que você precisa.
KATHIE WALTERS
Good News Ministries

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Este é um ótimo livro sobre a Unção de Deus e como ela opera. Eu recomendo muito
este trabalho escrito do Profeta Shawn Morris, conduzido e totalmente ungido pelo
Espírito Santo. Eu endosso totalmente este livro escrito por um poderoso e verdadeiro
profeta de Deus. Isso realmente inspirou minha vida. Este livro é uma obrigação
para esta geração, e eu recomendaria totalmente a todos os ministros do Evangelho.
Todas as igrejas devem usar este poderoso livro como auxílio de ensino para suas
aulas. O Profeta Shawn é um homem poderoso de oração e se move na Unção do
Espírito Santo; ele é descendente de William J. Seymour, do Revivamento da Rua
Azusa. Ele é verdadeiramente uma herança divina. O Poder de Deus governa a
sua vida.
GLENDA JACKSON
Se você realmente quer conhecer alguém, viaje com ele, especialmente em Israel.
Quando passei tempo com o Profeta Shawn Morris em tal viagem e em reuniões
posteriores, eu rapidamente vi que ele é o verdadeiro assunto. Ele anda o que ele fala
e ele fala o que ele anda. Essa é a verdadeira integridade. No livro T.A.P., você
conhece o homem que ensina com suas palavras e ações. Neste trabalho altamente
confessional, você verá como cada Princípio foi elaborado em sua vida e seu ministé-
rio. Este livro é um tesouro de princípios testados e verdadeiros para caminhar e
trabalhar na Glória de Deus. Sei que esses princípios enriquecerão sua caminhada
ao aplicá-los em seu espírito, alma e corpo.
JAMES DURHAM
Autor / pastor
Presidente, Higher Calling Ministries

T.A.P. é um livro que ajudará os leitores a aprender com mais profundidade as


suas identidades em Cristo e como operar plenamente no Reino Sobrenatural para
promover o Reino de Deus na Terra. Eu creio que você será ricamente abençoado
pela história e insight neste livro.
MUNDAY MARTIN
Contagious Love International Ministries

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© Copyright 2017 - Shawn Morris
Todos os direitos reservados. Este livro é protegido pelas leis de direitos autorais dos Estados
Unidos da América. Este livro não pode ser copiado ou reimpresso para ganho comercial
ou lucro. O uso de citações curtas ou cópias de páginas ocasionais para estudo pessoal ou em
grupo é permitido e incentivado. A permissão será concedida mediante solicitação. Salvo
indicação em contrário, as citações da Escritura são tiradas da Versão do Rei Jaime. As
citações da escritura marcadas NKJV são retiradas da Nova Versão King James. Co-
pyright © 1982 por Thomas Nelson, Inc. Usado com permissão. Todos os direitos reser-
vados. As citações das Escrituras marcadas como NVI são extraídas da Bíblia Universal,
Nova Versão Internacional, Copyright © 1973, 1978, 1984, 2011 International Bible
Society. Usado com permissão de Zondervan. Todos os direitos reservados. Toda ênfase nas
citações das Escrituras é do próprio autor. Observe que o estilo de publicação do Destiny
Image capitaliza determinados pronomes nas Escrituras que se referem ao Pai, Filho e
Espírito Santo, e podem diferir dos estilos de alguns editores. Tome nota que o nome satan
e nomes relacionados não são capitalizados. Nós escolhemos não reconhecê-lo, até ao ponto
de violar as regras gramaticais.
DESTINY IMAGE® PUBLISHERS, INC
P.O. Box 310, Shippensburg, PA 17257-0310
“Promovendo Vidas Inspiradas”.
Anteriormente publicado como
T.A.P.: The Angointed Principles
Anterior ISBN: 978-0615895062
Este livro e todos os outros livros da Destiny Image e Destiny Image Fiction estão
disponíveis em livrarias e distribuidores cristãos em todo o mundo.
Design da capa por Eileen Rockwell Design de interiores por Terry Clifton
Para mais informações sobre distribuidores estrangeiros, ligue para 717-532-3040. En-
tre em contato conosco pela Internet: www.destinyimage.com.
ISBN 13 TP: 978-0-7684-1195-9
ISBN 13 eBook: 978-0-7684-1196-6
ISBN 13 LP: 978-0-7684-1540-7
ISBN 13 HC: 978-0-7684-1541-4

Para Distribuição Mundial, Impresso nos EUA.


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DEDICATÓRIA

Este
livro
é
dedicado
para
“O corpo perdido e sofredor de Cristo”
TOQUE! (T.A.P.!)

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AGRADECIMENTOS
Primeiramente, meu reconhecimento ao meu Deus por governar e reinar so-
bre a minha vida. Segundo, eu adoraria honrar e reconhecer Jesus Cristo - meu
Senhor, meu Salvador, meu Rei, meu Grande Irmão, meu Amigo e meu Deus. Sem
você, eu nunca teria conseguido. Obrigado mais uma vez por salvar minha alma.
Terceiro, eu adoraria honrar uma das Pessoas mais importantes da minha vida, uma
que muito poucos reconhecem. Sim, você Espírito Santo. Você é meu Professor,
meu Consolador, meu Orientador e meu Guia ao longo da vida. Sem você, eu es-
taria perdido neste mundo caído. Obrigado por ser a Voz da razão em um reino de
incerteza. Para minha esposa, Tora, você é a mulher mais linda e ungida que já
conheci. Agradeço a Deus diariamente por trazê-la para a minha vida e para este
ministério. Quando te encontrei, soube que era um homem abençoado. Obrigado
por ser minha parceira, minha intercessora, minha vigia, minha alma gêmea e minha
melhor amiga. Obrigado por me motivar e acreditar em mim mesmo quando eu
não acreditava em mim mesmo. Nós somos Bonnie e Clyde no Reino Espiritual.
Te amo sempre. Lembre-se, não podemos perder.

Eu gostaria de homenagear aqueles que me orientaram ao longo da minha


jornada: Pastor Benny Hinn, Tony Kemp, Bispo Lester Love, James Durham, Pastor Manuel
Mukes, Dr. E. Woodie Mathis, David Herzog e Sid Roth, de quem eu aprendi muito
sobre o Sobrenatural por ser um fiel observador de arquivos de sua transmissão
televisiva. Essas pessoas foram os instrumentos que Deus usou para meu progresso
no Reino Espiritual. Eu sou muito grato por todos vocês. Um reconhecimento final
vai para a minha família SMI. Quero agradecer ao evangelista J.J. Simmons por me
conduzir ao Senhor e por me obrigar a escrever este livro. Obrigado por ser um
amigo e irmão da vida. Vejo você no topo. Para Justin e Rachael Eldred, do Ministério
AHOP, por apoiarem este projeto - vocês são os melhores protegidos que qualquer
mentor poderia ter. E por último, mas não menos importante, gostaria de agradecer
a Angela Trippi por ser uma grande parte do sucesso deste ministério. Obrigado por
me ajudar a digitar e pré-editar o livro. Agradeço a Deus por me enviar uma humilde
serva de Cristo. Mantenha o bom trabalho. Isto é apenas o começo. Nós não po-
demos perder!

PROFETA SHAWN MORRIS

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CONTEÚDO

RECOMENDAÇÕES ...................................................................3
DEDICATÓRIA ...........................................................................6
AGRADECIMENTOS..................................................................7
CONTEÚDO ................................................................................8
PREFÁCIO ...................................................................................9
APRESENTAÇÃO...................................................................... 10
INTRODUÇÃO .......................................................................... 16
1. CAÇADORES DA GLÓRIA ................................................... 19
2. MISÉRIA EM UM MINISTÉRIO ......................................... 37
3. COMO TOCAR (TAP) ........................................................... 62
4. PRINCÍPIOS DA COMUNHÃO........................................... 76
5. PRINCÍPIOS DA ADORAÇÃO ............................................. 85
6. OS PRINCÍPIOS DE ISRAEL ............................................... 93
7. NÃO TOQUE (TAP) FORA! ............................................... 104
8. QUEBRANDO PAREDES INVISÍVEIS ............................ 119
9. DICAS PARA TOCAR (TAP) ............................................... 138
SOBRE SHAWN MORRIS ...................................................... 148

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PREFÁCIO
Shawn Morris é uma daquelas pessoas incomuns que experimentam ocorrên-
cias Sobrenaturais e Manifestações da Graça em suas vidas e ministérios por causa
da bondade de Deus e da Presença do Senhor Jesus Cristo. Através de seu desejo
de conhecer a Pessoa de Deus Pai, ele recebeu a habilidade de receber Revelações
Divinas que trazem Manifestações visíveis da Presença de Jesus no presente. Ao ler
as páginas deste livro, sua fome pelo Senhor Jesus será aumentada. Sua sede pelo
Espírito e pela Unção de Deus será aprofundada, e seu entendimento de como
tocar a Unção de Deus será afiado. Você será capaz de experimentar Jesus de ma-
neiras que nunca teve antes.

A Revelação da Palavra que Shawn compartilha permitirá que você veja, ouça
e conheça a Jesus no nível em que você pode liberar a Unção e o Poder de Deus.
Como a Luz de Deus brilha sobre o seu espírito e alma, você aprenderá como
tornar Jesus conhecido para os outros e trazer o Céu para a terra para que outros
possam experimentar tanto o amor quanto a vida do Deus vivo. Jesus disse: “A
menos que vejam sinais e maravilhas, vocês não crerão”. Essa “geração mostre-me” deve ver
Sinais, Maravilhas e Milagres que são tão profundos no natural que serão levados a
genuíno arrependimento, Fé sincera, e profunda Intimidade com o Senhor Jesus.
Através de como Tocar (“TAP”, em inglês) na Glória de Deus, você encontrará
informações, inspiração, revelação, manifestação e glorificação final do Senhor Je-
sus.

Querido seguidor de Deus, é hora de você se levantar e Brilhar porque a sua


Luz chegou e a Glória do Senhor se levantou sobre você. Esteja preparado para
entrar em Sua Luz e Sua Glória. Ao ler as páginas deste livro, você pode Conhecer
a Jesus mais intimamente e manifestá-lo mais evidentemente em sua vida e minis-
tério. A Deus seja a Glória!
PASTOR TONY KEMP
Presidente da TONY KEMP MINISTRIES
e da EMBASSY CHRISTIAN CENTER
Hannibal, Missouri

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APRESENTAÇÃO
O AVIVAMENTO DE AVONSHIRE
O seguinte evento histórico ocorreu em uma igreja no lado sudoeste de
Houston, Texas. O evento não recebeu a atenção do público, mas deveria ter sido
escrito nos livros de história como um dos maiores reavivamentos em casas dos
tempos modernos.

Estes eventos verdadeiros ocorreram em 2010 na minha sala de estar da


13319 Avonshire Street. Eu tinha um desejo ardente que um reavivamento viesse a
minha cidade. Eu não tinha experiência ou treinamento sobre o assunto, então co-
mecei uma jornada para estudar e descobrir a receita para um grande desperta-
mento. Minha esposa e eu queríamos mais do que apenas uma rotina de domingo
semana após semana. Nós queríamos a Deus!

Comecei um estudo bíblico em minha casa que gradualmente se transformou


em uma igreja pequena. Nos primeiros dias das reuniões da igreja, tudo que eu
pregava era arrependimento. O Senhor usava-me muitas vezes para profetizar sobre
o povo e eles diziam aos seus amigos: “Venha e veja este pastor que me contou sobre toda
a minha vida”. A igreja cresceu para um bom e sólido grupo de vinte membros. En-
quanto eu profetizava, as pessoas ficaram.

No entanto, quando o Senhor começou a me dizer para pregar sobre as ques-


tões do pecado, a participação na igreja diminuiu. Em um domingo em particular,
ninguém apareceu. Foi apenas minha esposa, nossos filhos e eu no culto. Eu estava
desanimado e devastado. Eu senti como se tivesse deixado Deus e minha família
para baixo. No entanto, minha esposa me pediu para pregar para ela e as crianças
como se fossem para uma multidão. Embora tenha sido encorajador o que minha
esposa disse, eu precisava de uma nova direção e precisava disso rápido.
O PRÓXIMO MOVIMENTO
A igreja foi desmantelada, mas eu tive que me recompor. Eu inventei em
minha mente que Deus me havia prometido o reavivamento, então eu não iria parar
de procurá-lo até que eu o recebesse. Eu era como Jacó lutando com o anjo pela
bênção. Então, eu fui ao programa televisivo “Supernatural!” de Sid Roth, e eu en-
contrei uma apresentação em seus arquivos sobre o Reavivamento da Rua Azusa.

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O autor do livro foi Tommy Welchel, e o nome do livro foi They Told Me Their
Stories. Era sobre os jovens que tinham sido usados por Deus no grande reaviva-
mento da Rua Azusa. Fui comprar o livro on-line no site de Sid Roth, mas não
havia mais em estoque.

Fui ao site de Tommy Welchel e ele me orientou a comprar o livro direta-


mente da gráfica. O nome do homem que imprimiu o livro foi o Dr. J. Edward
Morris. Eu achei irônico que nós dois compartilhamos o mesmo sobrenome. Para
completar, ele também morava em Houston. Eu disse ao Senhor: “Você deve estar
fazendo algo aqui”. O Dr. Morris e eu rapidamente nos tornamos bons amigos. Saí-
mos para almoçar e ele levou minha esposa e eu para a casa dele. Ele nos deu duas
cópias do livro. Ele continuou insistindo que eu precisava escrever um livro. No
entanto, eu só queria ler sobre como essas pessoas ungidas tinham introduzido um
reavivamento.

Quando li o livro, minha Fé disparou para outro nível. Eu ansiava por ver
esses tipos de Milagres em minha própria vida. Eu tinha a Unção na época até certo
ponto, mas não estava no nível que este livro estava se referindo. Eu sabia que
precisava ver mais do que o Senhor tinha a oferecer. Eu não estava satisfeito com
uma pequena porção de Sua Presença e Poder. Eu queria a Plenitude do Seu Espí-
rito ou então nada.
ORAÇÕES RESPONDIDAS
Várias semanas se passaram e eu li o livro várias vezes. Eu gritava no altar
em nossa sala de estar para o Espírito se Mover como Ele fez na Rua Azusa. Eu
disse ao Senhor que não queria o fardo do avivamento se não fosse como o da
Azusa ou melhor. Eu não queria mais fazer a obra do ministério se a Presença dEle
não se Manifestasse. Tornou-se um desespero implacável para mim ver o reaviva-
mento. Eu não era mais pastor naquele momento; Eu havia me conformado em ser
um revivalista Cheio de Fogo.

Começamos a convidar as pessoas para nossas reuniões mensais de reaviva-


mento em casa. Muitos vieram porque não se sentiam obrigados a se juntar à nossa
igreja. Em Houston, se você não tiver um prédio, você não é uma igreja. Um dia,
fui levado a fazer um jejum seco de três dias, que não incluía água nem comida; nós
chamamos de “o jejum de Ester”. Minha esposa estava fazendo recados de última hora

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antes da reunião, e ela me deixou sozinha em casa para que eu pudesse buscar ao
Senhor.

Deitei-me prostrado no chão e tentei entrar no Santo dos Santos. Comecei a


adormecer e ouvi uma voz dizer: “Hoje à noite, o avivamento estará chegando”. Permaneci
no chão e tive visões de nuvens. Meus olhos estavam fechados e meu corpo ficou
dormente quando vi uma luz brilhante. De repente, minha esposa entrou na porta
e disse: “O que você fez?”

Abri os olhos e respondi: “O que eu fiz?” A casa estava cheia de uma névoa
espessa que cobria todo o chão. Achamos que alguém deixara alguma coisa no fo-
gão queimando porque a casa inteira estava embaçada. Levantei-me para ver clara-
mente e, assim que levantei a mão, minha esposa atravessou a sala. Ela caiu toda
vez que eu cheguei perto dela. Isso é algo que nunca experimentamos antes. Eu
sabia que em meu espírito algo havia sido liberado para nós, mas qual era a grande
questão. Naquela noite, eu estava esperando para ver o que aconteceria. Eu sabia
que minha esposa havia sentido o Poder de Deus, mas, e as reações das pessoas?
Eu não sabia quanto tempo a neblina permaneceria. Eu estava pensando que talvez
apenas minha esposa que estivesse sendo afetada por isso. Eu me sentia muito sen-
sível ao Espírito como no passado. No entanto, desta vez os meus olhos e ouvidos
estavam mais claros do que o habitual e a manifestação visual do nevoeiro na minha
casa surpreendeu-me totalmente. Naquele momento, eu não tinha ideia do que es-
tava acontecendo e o medo do nevoeiro me deixou nervoso durante todo o dia.

Eram 7:00 da noite de sexta-feira; as pessoas começaram a chegar em nossa


casa. Alguns mal podiam ver por causa da nuvem; a névoa ainda estava em nosso
meio. Pessoas foram prostradas no Espírito ao atravessarem a porta da frente. Eles
nem se machucaram quando caíram no chão de mármore em seus rostos. Eu já
tinha visto pessoas caírem antes, mas nunca para a frente. Era tudo novo para mim.
Muitos caíam de suas cadeiras enquanto eu pregava mensagens de arrependimento.
Alguns não conseguiam sair do chão porque suas pernas estavam pesadas pela Gló-
ria Shekinah que enchia a casa. Naquela noite, soube que havíamos encontrado o
reavivamento e minhas orações foram finalmente respondidas. Nos primeiros dias
do avivamento, ninguém poderia se aproximar de mim porque eu tinha Calor e
Glória extremos que pulsavam do meu corpo. Minha esposa me fez dormir no sofá
só para que ela pudesse descansar. Fiquei acordado por três dias e três noites segui-
das sem dormir. Eu pedi ao Senhor que Ele pudesse, por favor, deixar isso sair de

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mim ou então eu iria morrer. A Glória era tão forte que eu tinha Ondas Elétricas
Percorrendo meu corpo a cada trinta minutos. Meus olhos estavam tão dilatados
que pensei que eu poderia ter que ser internado em um hospital. No entanto, no
quarto dia do reavivamento, o Senhor levantou a Unção de mim para que eu pu-
desse voltar a funcionar normalmente.

Durante meses, o óleo do Céu gotejou do nosso teto em todos os nossos


quartos.
As pessoas não deixavam as reuniões até as quatro ou cinco da manhã. Pó de
ouro apareceu dentro e fora dos carros que se alinhavam na nossa rua. Aquilo cobria
os rostos das pessoas, especialmente as crianças. As pessoas estavam sendo Curadas
de todos os tipos de doenças incuráveis. Muitos flutuavam do solo durante os cultos
de libertação. Tumores cancerosos caíam do corpo das pessoas para o chão. Aque-
les em cadeiras de rodas se levantavam sem hesitação. Toda Cura e Milagre veio
com facilidade. Muitas Curas ocorreram sem que estivéssemos colocando um dedo.
A atmosfera era tão Ungida que assim que você entrasse pela porta, o que quer que
você precisasse se manifestaria instantaneamente. Penas de anjo caíam do ar du-
rante as reuniões de nossos filhos pela manhã. Eu acredito que o Senhor deu a eles
essa Manifestação porque eles eram tão inocentes. Os vizinhos relataram ter visto
uma neblina nublada em volta da nossa casa em todos os momentos durante o dia.
Em algumas das reuniões, as pessoas disseram que viram arco-íris e flashes de luz
no nosso púlpito. Muitos relataram que viram Fogo sair da minha boca quando eu
pregava. Eu nunca vi eu mesmo, mas outros o viram. Na verdade, chovia dentro
da casa quando adorávamos a Deus. Muitas pessoas entraram em transe e tiveram
visitas celestiais. Foi como se o Céu invadisse a nossa casa.

As pessoas vieram de outras cidades para ver a Manifestação e o Movimento


de Deus em nossa igreja pequena. O que tornou isso interessante foi o fato de que
não tínhamos equipe promocional, nem panfletos para anunciar - nem estávamos
na mídia social naquela época. Tudo foi feito de boca em boca. A convicção era tão
pesada que homens e mulheres homossexuais se convertiam instantaneamente e
começavam a falar em Línguas. Os travestis voltariam no dia seguinte vestidos com
roupas de seu gênero. Homens se vestiam como homens e mulheres se vestiam
como mulheres. Nunca haveria um olho seco em um culto; mesmo durante a minha
mensagem as pessoas iriam sair em uma labuta e eu não consegui terminar o ser-
mão. Um forte senso de convicção e anseio por Deus estava naquele lugar.

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O Senhor também usou a juventude para profetizar. Minha filha Ida, de onze
anos, ficava na frente das pessoas e dizia palavras precisas de conhecimento. Ho-
mens e mulheres crescidos caíam e irrompiam em lágrimas por causa da exatidão
da palavra profética. Houve milagres de perda de peso instantâneo; dinheiro apare-
cia em contas bancárias, bolsas e carteiras; e muitas Curas Milagrosas e visitações
celestiais aconteceram. Deus nos Visitou de maneiras poderosas. Minhas orações
foram respondidas. O avivamento havia chegado, mas quanto tempo ficaria? Essa
foi a questão que me assombrou toda a duração do reavivamento. Tanta Fé que tive
durante o reavivamento para operar em Milagres, que o pensamento de isso desa-
parecer foi o meu maior medo.
O FOGO QUEIMA
O avivamento na Avonshire Street durou cerca de oito a nove meses. Eu e mi-
nha esposa sendo jovens na Fé, permitimos que alguns dos chamados pastores ex-
perientes entrassem e nos ajudassem com o reavivamento. Nós estávamos procu-
rando por mentores espirituais que pudessem nos ajudar a entender o que tínhamos
feito para tocar (T.A.P.). Então, eles vieram e tentaram trazer ordem e estrutura
para as reuniões. Eles nos pressionaram sobre a obtenção de um edifício. Eles que-
riam que nos tornássemos mais organizados. Então, comecei a tentar me estruturar
e organizar como me foi dito por aqueles anciãos sábios da Fé. Uma vez que isso
aconteceu, a Névoa começou a diminuir, as Curas diminuíram, o atendimento di-
minuiu e até mesmo a Profecia começou a desaparecer. Ninguém entendeu como
veio ou como se foi. No entanto, minha esposa e eu sabíamos. A mídia nunca se
envolveu ou cobriu a história. No entanto, aqueles que foram tocados por ele nunca
esquecerão seu impacto. O síndico e a associação do bairro nos proibiram de ter
reuniões em casa. Eles nos disseram que estávamos operando um negócio comer-
cial em uma área residencial, então eles nos fecharam. A verdade é que os vizinhos
ficaram chateados conosco porque as pessoas estavam estacionando em seus esta-
cionamentos durante o avivamento. A unidade de CA e muitos outros aparelhos
domésticos começaram a se romper, e o óleo que pingava do teto secou. Tinha
acabado; o Fogo tinha desaparecido, e qualquer esperança de que isso se espalhasse
pelo mundo provou ser um sonho. Durante o avivamento, muitos profetas vieram
e profetizaram que éramos portadores do reavivamento. Um profeta disse que eu
tinha o manto de William J. Seymour, sem saber que eu estivera estudando sobre
ele antes do reavivamento de Avonshire.

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A profetisa Glenda Jackson, que é sobrinha de Maria Wood-worth-Etter,
contou-me que um dia ela estava lendo meu livro e que Deus disse que o profeta
Shawn era descendente de William J. Seymour, do Reavivamento da Rua Azusa. Ela
disse que o Senhor disse a ela que eu carregava a profecia de cem anos que foi dita
por Seymour por volta de 1910. Ela disse que o reavivamento viria através do meu
ministério para cumprir a profecia dos meus antepassados. Quando a Profetisa
Glenda compartilhou isso comigo, o Espírito Santo me atingiu como um relâm-
pago. Fiquei impactado com o Poder de Deus e Ondas de Glória passaram pelo
meu corpo. Outros profetas disseram isso para mim antes, mas quando esta mulher
de Deus disse que o Senhor confirmou a palavra com os Sinais seguintes. Eu vi
porque o Senhor nos deu essa Graça. Eu fazia parte da linhagem de reavivamento
dos generais de Deus, assim como Glenda. Mesmo que o reavivamento de Avons-
hire não estivesse no nível da Rua Azusa, o Espírito Santo nos agraciou com um
gostinho do que estava por vir. Se o Senhor tivesse me permitiu experimentar essa
medida de Seu Espírito em Avonshire, quando eu era espiritualmente imaturo, ima-
gine o que acontecerá nos dias vindouros quando começarmos a entrar nos poços
do avivamento.

SENHOR, EU ORO PARA QUE VOCÊ DERRAME SEU ES-


PÍRITO EM GRANDE MEDIDA. ABRA OS POÇOS FECHA-
DOS DO AVIVAMENTO DE NOSSOS ANCESTRAIS E EN-
VIE ÁGUA PARA UMA TERRA SECA E SEDENTA. ENVIE
CONVICÇÃO À OVELHAS PERDIDAS E AJUDE-NOS A
NOS DESVIAR DOS NOSSOS MAUS CAMINHOS. PERMITA
QUE AS PROFECIAS DOS GENERAIS DE DEUS, COMO
WILLIAM J. SEYMOUR E OUTROS, ACONTEÇAM AGORA!
NÓS RECEBEMOS REAVIVAMENTO, RENOVAÇÃO, RE-
ESTRUTURAÇÃO, RESTAURAÇÃO E DESPERTAR, EM
NOME DE JESUS.

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INTRODUÇÃO

O QUE É T.A.P. (“TOCAR”, EM INGLÊS)

Vamos explicar o significado de T.A.P.

T.A.P. (“The Anointed Principles”) representa os Princípios Ungidos de Deus. Esses


princípios ungidos são o Dom da Glória ou da Unção de Deus para mover-se em
Sua Glória. A palavra Dom é traduzida da palavra grega CARISMA, que significa
“doação de graça” ou “favor imerecido” ou “Dom espiritual”. 1

Podemos estar nos perguntando, o que é uma doação? Bem, doar é fornecer
uma renda permanente ou uma propriedade produtora de renda. 2 Um presente
(Dom) é um investimento ou doação do Senhor que constantemente produz renda.
Ao trabalharmos com o Senhor, veremos um aumento resultante. Trabalhamos
para o Senhor e com o Senhor para produzir frutos no reino terreno.

Em Mateus 25:14, 15, vemos a seguinte Escritura:

Porque o reino dos céus é como um homem que viaja a um país longínquo, que chama os
seus próprios servos, e lhes entrega os seus bens. E a um ele deu cinco talentos, para outros dois e
para outro; a todo homem de acordo com suas várias habilidades; e logo seguiu sua jornada.

Nesta parábola, Jesus explica como diferentes pessoas recebem diferentes


medidas ou quantidades da Unção. Muitas pessoas acham que todos nós temos o
mesmo nível de Unção, Dons ou Talentos. Por exemplo, em Efésios 4:8, as Escri-
turas dizem: “Por isso ele diz. Quando subiu ao alto, levou cativo o cativeiro e deu Dons aos
homens”. O verso 11 da mesma passagem lista os Dons que Ele deu: “E deu uns para
apóstolos; e uns profetas; e outros, evangelistas, pastores e mestres.” (Efésios 4:11). Observe
que o escritor usou a palavra uns, não todos. Note também que ele nomeou cinco
Dons, assim como os cinco talentos que Jesus mencionou em Mateus 25:15: “E a
um ele deu cinco talentos, a outros dois e a outro; a cada homem de acordo com suas diversas

1 Todas as definições hebraicas e gregas são do Dicionário Completo de Palavras da Bíblia de The
New Strong, de James Strong (Thomas Nelson, 1996).
2 As definições em inglês são do Webster's Pocket Dictionary e Thesaurus of the English Language,

nova revista. ed. por V. Nichols (Nichols Publishing, 1999).

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habilidades.” O significado bíblico do número cinco é a Graça, que é o Poder Capa-
citador de Deus.3
Creio que os cinco talentos nesta parábola representam o ministério quíntu-
plo de Jesus sobre o qual Paulo escreveu em Efésios 4:8-11.

Ele diz em Mateus 25:15, foi “de acordo com suas várias habilidades”. Capacidade
é definida como possuindo as qualidades necessárias para realizar uma ação. Tam-
bém pode significar “competência, habilidade ou um talento particular”. Uau! Então isso
coincide com a parábola dos talentos. Todos não têm o mesmo talento ou Dom.
No entanto, alguns podem se mover em todos os cinco, alguns em dois e alguns
em apenas um Dom. Lembre-se, todos nós recebemos algum tipo de Dom ou ta-
lento para produzir mais renda para o Senhor.

O Senhor nos dá esses Dons para o lucro de todos. Isso é feito para que Ele
possa obter um retorno sobre Seus investimentos. A Unção é a moeda de Deus
com o homem, e é por isso que em Mateus 25:18 Jesus disse: “Mas aquele que recebera
um foi e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor [Dom ou talento]”. Serão bons
mordomos ou investidores de Sua Unção. Então, se não temos a Unção, é muito
provável que precisemos aumentar nossas habilidades de investimento.

Podemos estar nos perguntando, como podemos aumentar nossas habilida-


des de investimento? Eu tenho uma resposta para você. O último capítulo do livro
se chama princípios. A palavra princípio em hebraico tem vários significados dife-
rentes, como a palavra RESHITH, que significa princípio, chefe ou primeiro fruto. Ela
deriva da palavra ROSH, que significa cabeça, o primeiro no lugar, hora, ordem ou classifi-
cação. Outra palavra hebraica que a define perfeitamente é a palavra MOETSAH,
que significa propósito, conselho, planos ou dispositivos. Princípios existem para cumprir
os propósitos de Deus na terra. Também é definido como planos ou dispositivos.
O Senhor nos dá estratégias para melhorar nossa qualidade de vida seguindo esses
princípios. Princípios são o conselho de Deus para nos guiar ao nosso destino di-
vino. Veja, Deus não faz acepção de pessoas. No entanto, Ele faz acepção de Prin-
cípios. Quando se trata da Unção, assim como na faculdade, temos nossos maiores
e menores. No entanto, temos muitas pessoas se especializando em ser menores e

3As referências bíblicas são do Compact Bible Dictionary de Zondervan, de T. Alton Bryant, (Zon-
dervan, 1994), e Smith's Bible Dictionary, de William Smith (Thomas Nelson, 1964).

17
menores em seus caminhos. Temos pastores tentando ser profetas e profetas ten-
tando ser pastores. Esta é a razão pela qual não estamos recebendo a Plenitude de
Deus. Porque estamos fora de posição e, fora de posição, nos falta entendimento
sobre o método do governo de Deus.

Outro significado de princípio é uma lei fundamental ou verdade sobre a qual os


outros se baseiam - um padrão moral. Quando algo é fundamental, é de grande impor-
tância e a principal origem de tudo o que surge dele. Princípios são significativos
para a caminhada de um crente. Quando seguimos os princípios de Deus, podemos
encontrar o “Príncipe” no princípio. O Senhor nos mostra quem Ele é, através de
Seus atributos. Se seguirmos os princípios descritos neste livro, podemos obter to-
das as promessas e possuir todo Dom, Talento e Unção que Deus tenha guardado
para nós que somos bons mordomos. Então vamos nos preparar para a T.A.P.
(Toque)!

18
CAPÍTULO 1

CAÇADORES DA GLÓRIA
A UNÇÃO VERSUS A GLÓRIA: O QUE É A UNÇÃO?
A origem da palavra Unção era de uma prática de pastores durante os tempos
bíblicos. Os piolhos e outros insetos freqüentemente entravam na lã das ovelhas.
Essas pragas se aproximavam da cabeça das ovelhas e escavariam para entrar nas
orelhas das ovelhas. Eles infectariam tanto as ovelhas que elas ficariam doentes e
acabariam morrendo. Então, os pastores antigos derramaram óleo sobre a cabeça
da ovelha, tornando a lã escorregadia. Isso foi feito para tornar impossível que os
insetos se aproximassem do ouvido das ovelhas porque eles deslizariam direto do
óleo. A partir disso, a Unção, ou o verdadeiro óleo da Unção que eu deveria dizer,
tornou-se um símbolo de bênção, proteção e fortalecimento.

A Unção de Deus é para um propósito similar. Está lá para remover quais-


quer insetos espirituais do inimigo que tentem entrar em nossos ouvidos e eventu-
almente nos matar. Pode não nos matar fisicamente. No entanto, pode matar nossa
colheita financeira, nosso testemunho, nossa credibilidade como um crente em
Cristo, e o pior de tudo, pode matar nossa visão para o propósito de Deus. Se
Satanás pode chegar à nossa visão, ele pode nos destruir. Ele sabe que “onde não há
visão, o povo perece” (Provérbios 29:18). A Unção é o código de acesso para a Glória
de Deus. Muitas pessoas pensam que os dois são diferentes. No entanto, não po-
demos ter um sem o outro. A palavra grega do Novo Testamento para a Unção é a
palavra CHRIO, que significa “ungir ou consagrar com fricção ou derramamento de óleo”.
Por implicação, este era o processo para consagrar alguém para o cargo ou como
um rei, profeta, ou para se tornar um construtor.

Isso também significava a bênção de Deus ou o chamado à vida dessa pessoa.


A Unção é de vital importância por muitas razões, sendo a principal delas porque
dá ao crente sua identidade em Cristo. Há multidões de crentes que sabem como
entrar na Presença de Deus. No entanto, uma vez que ele sobe ainda estão perdidos
sobre quem eles são nEle. Muitos se desviam porque não têm senso de direção em
seu chamado a Deus. Eles não entendem sua colocação na igreja, o ministério quín-
tuplo ou sua missão para o Reino de Deus. Essa é a razão pela qual um grande

19
número de pessoas pula de igreja em igreja e se reúne para encontrar a validação de
seu chamado.

Eu quero abordar alguns equívocos sobre a Unção. Foi ensinado que, quando
operamos sob a Glória, não devemos impôr as mãos, porque então ele se torna o
reino da Unção, não o reino da Glória de Deus. Esta afirmação está muito longe da
verdade. Impôr as mãos não significa que estamos nos movendo sob a Unção em
vez da Glória. Em vez disso, significa que fizemos a transição para o ponto de
posição de contato na Glória de Deus. A razão pela qual muitos se cansam ao impor
as mãos é devido ao fato de estarem operando desde o começo. Jesus colocou as
mãos em milhares de pessoas e nunca se cansou. Explico isso com mais detalhes
no Capítulo 3, sob o subtítulo “Treinamento Prático”.

Muitos se perguntaram: Jesus estava operando na Unção ou na glória quando colocou


as mãos sobre o povo? Apresento o argumento de que os dois são um e o mesmo. De
acordo com Lucas 4:18, Jesus disse: “O Espírito do Senhor [ou a Glória de Deus] está
sobre mim, porque ele me ungiu”, e então Ele listou as coisas que Ele foi ungido para
fazer. Lembre-se, a Unção significa sujar, esfregar ou derramar. Isso significa que vem
sobre nós como a Glória faz. Portanto, os jugos são destruídos por causa do Óleo
da Unção ou Unção (veja Isaías 10:27). Sem o uso da Unção, as pessoas ficarão
presas no cativeiro. Eu fui a muitas reuniões de Glória e vi pessoas experimentarem
Sinais e Maravilhas e algumas Curas. Eu também vi muitos deixarem as mesmas
reuniões ainda quebradas, oprimidas, deprimidas e insatisfeitas. Alguém me per-
guntou um dia: “Por que isso é assim?” Eu disse a eles que as pessoas saíam inalteradas
porque experimentaram um toque atmosférico. No entanto, eles não foram Ungi-
dos para receber um preenchimento que teria permitido que eles permanecessem
nesse Reino. Quando voltaram para suas casas, a experiência que estava na reunião
foi suspensa porque a atmosfera em casa era totalmente diferente
.
Atmosferas de reino de Glória podem ser suspensas ou prejudicadas por vá-
rias razões. Entretanto, uma concessão da Unção permanece, seja na forma de se-
mente ou plena medida dentro daquele indivíduo. Se alguém recebe o batismo do
Espírito Santo, está neles para sempre. Por outro lado, uma Glória atmosférica,
como muitos se referem a ela, pode ser removida através de obstáculos no culto.
Pode ser porque a igreja na qual estamos ministrando não entende esse reino. Pode
ser porque as pessoas estão tão acostumadas a impôr as mãos sobre elas para edifi-
car sua Fé de que receberam algo. Pode ser porque eles não têm paciência para

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permanecer na Glória até que algo se manifeste. Na maioria dos casos, a atmosfera
não é propícia para a Nuvem de Glória entrar ou se manifestar. Muitas igrejas po-
dem obter uma Nuvem, mas não têm paciência para esperar pela Chuva. Isto barra
a Unção.

Não há registro de Jesus esperando que a atmosfera esteja certa antes de Ele
se mover em Curas, Libertação ou Milagres Criativos. Muitas pessoas usam as Es-
crituras em Lucas 5:17 para argumentar essa afirmação porque menciona “O poder
do Senhor estava presente para curá-las”, o que é verdade. No entanto, isso estava real-
mente falando sobre a forte Unção sobre Jesus para demonstrar a cura. Por exem-
plo, o apóstolo Pedro estava tão ungido que irradiava através de seu corpo a uma
distância tão grande, até que até mesmo sua própria sombra Curou os enfermos.
Essa Manifestação não foi atmosférica, porque se esse fosse o caso, eles não preci-
sariam de Pedro ou de sua sombra para receber sua Cura. Lembre-se, eles estavam
vivendo em uma área onde o Milagre era abundante. No entanto, ocorreu não por
causa da atmosfera, mas a Unção sobre a vida de Pedro criou esse fenômeno. As
pessoas até reconheceram que foi através de sua sombra que esses Milagres ocor-
reram (veja Atos 5:15).

Jesus nunca esperou por qualquer momento oportuno para administrar o Po-
der de Deus; em vez disso, Ele apenas entrou no reino do Espírito através da Unção
que estava sobre Ele, e Milagres aconteceram. Jesus foi chamado “o Cristo”, que
significa Unção, não a Glória. Se quisermos ser como Cristo, devemos procurar ser
ungidos e nos mover em Sua Unção. Eu não faço essa próxima declaração para me
gabar ou me exaltar. No entanto, eu mudo muito fortemente no reino da Glória ou
na Unção atmosférica da Presença de Deus, por um termo melhor. O que eu notei
é que a maioria das pessoas que operam neste reino não pode funcionar em qual-
quer outra faceta da Unção. Eles são tão co-dependentes no fluxo atmosférico que
não conseguem nem mesmo impôr as mãos em uma simples dor de cabeça e fazê-
la desaparecer. Se nós apenas operarmos nesta única posição da Unção, nós inca-
pacitamos nossas capacidades para fazer mais no Reino Espiritual. Muitos no
Corpo de Cristo se tornaram preguiçosos e com medo de sair para ministrar porque
estão esperando por uma certa temperatura no espírito surgir.

Se você notar, Jesus nunca esperou que uma equipe de adoração ou louvor
estivesse lá para estabelecer a atmosfera para Ele ministrar. Jesus estava tão acostu-
mado a entrar em contato com a Unção até que o centurião romano precisou insistir

21
para que ele não se levantasse para ir à sua casa. No entanto, ele exortou Jesus a
apenas enviar Sua Palavra e seu servo seria Curado (veja Mt. 8: 5-13). A Fé Suprema
é o Princípio que devemos colocar em ação para operar efetivamente no Reino sem
o ponto de contato. Jesus respondeu ao centurião romano dizendo: “Nunca vi tanta
Fé em todo o Israel”. Esse tipo de Milagre ou Manifestação não ocorrerá em uma
atmosfera conducente. No entanto, ele se manifestará em um ambiente de Fé Su-
prema. Jesus nunca repreendeu os discípulos por não terem Glória suficiente ou
Unção suficiente. No entanto, ele os repreendeu por falta de Fé. À medida que
vamos de Glória em Glória, nossa Fé deve surgir a cada novo nível de Glória. É
por isso que as Escrituras dizem “de Fé para a Fé” e “de glória em glória” (Rm. 1:17; 2
Coríntios 3:18).

A Unção revela nosso verdadeiro relacionamento com Deus. A medida de


Poder que flui através de nós revela o quanto procuramos por Deus. Na Glória, há
menos trabalho e guerra. No entanto, tenho visto muitas pessoas tornarem-se tão
preguiçosas e dependentes da Glória que, quando ela sobe, não podem trazer qual-
quer forma de libertação aos cativos. Quando dependemos constantemente de uma
faceta de Deus, começamos a perder terreno em outros Reinos do Espírito. Na
Glória, o Pai luta por nós. Na Unção, Ele nos permite levantar e lutar por nós
mesmos. Isso constrói nossa ética de trabalho e resistência como soldados em Seu
Reino. Com a Unção, somos mais que civis. Portanto, precisamos manter uma men-
talidade militar e nos lembrarmos diariamente que não somos apenas filhos e filhas
de Deus - somos também soldados em Seu exército.

O ponto principal é que a Unção de Deus é tão importante quanto se mover


no Reino da Glória, se não mais. Muitos não têm paciência para esperar para se
mover na glória ou esperar que a atmosfera seja propícia. No entanto, muitos acei-
taram Jesus e receberam o batismo e a Unção de Deus. Nós apenas temos que
mexer, sair na Fé, e o Espírito Santo fará o resto. Eu gostaria de enfatizar que este
tópico não tem a intenção de desrespeitar ou desacreditar aqueles que acreditam
apenas no reino soberano da Glória de Deus. No entanto, isso foi para dar ao corpo
de crentes uma faceta diferente sobre como ministrar. Nós já estamos totalmente
equipados; nós só precisamos olhar para dentro de nós mesmos, e nós nos encon-
traremos e T.A.P.! (“Toque” em inglês).

22
O QUE É A GLÓRIA?
Eu decidi que queria todas as diferentes facetas da Unção de Deus. Então,
na minha busca, encontrei este novo termo chamado Reino da Glória. Eu tinha
ouvido falar da Unção de Deus antes, mas nunca ouvi falar do Reino da Glória.
Comecei a pesquisar as Escrituras sobre a palavra Glória e encontrei muitas defini-
ções, traduções e explicações.

O que é Glória? A palavra traduzida como “Glória” em nossa Bíblia em in-


glês vem de várias palavras hebraicas e gregas com vários significados. Por exemplo,
muitas pessoas estão familiarizadas com a palavra hebraica KABOD, que significa
“esplendor”, “honra”, “reverência”, “abundância”, “peso ou peso”. A palavra grega DOXA
significa “renome”, “louvor”. “Opinião” ou “a manifestação não dita de Deus”. Todas essas
palavras foram traduzidas como “Glória” em vários lugares da Bíblia.

A palavra hebraica SHEKINAH não está na Bíblia, mas é usada na teologia


judaica para se referir à Presença de Deus e também é encontrada nos escritos de
targumim. Os escritos targumim ou targum foram falados como paráfrases, expli-
cações e expansões das escrituras judaicas que o rabino daria na linguagem comum
dos ouvintes. SHEKINAH refere-se à Majestosa Presença de Deus; significa “habi-
tar ou se estabelecer” entre os homens. Eu sabia que era disso que eu precisava, então
a caçada estava acontecendo. Isso tudo era novo para mim, então eu tive que me
tornar um estudante daqueles que se moviam na Glória. Eu tive que começar do
começo e seguir meu caminho.

QUAL É A DIFERENÇA?
Na minha jornada para descobrir este novo reino da Unção de Deus cha-
mado reino da Glória, eu precisava primeiro entender qual era a diferença entre o
reino da Glória e a Unção. Abaixo estão listadas as diferenças que encontrei em
minha pesquisa para entender as duas dimensões dos modos de demonstrar o Poder
de Deus. Deixe-me explicar:
A UNÇÃO
1. Na Unção é como subir as escadas, mas estar na glória é como pegar o elevador.
Tudo se acelera na glória.

23
2. Na Unção, pode levar algum tempo para ver um resultado, enquanto na glória
é instantâneo, porque o tempo é removido da equação.

3. Na Unção eu vi mais curas e libertações acontecerem, mas no reino da glória eu


vi milagres e sinais e maravilhas mais criativos se manifestarem.

4. Na Unção existem níveis e medidas, mas na glória existem dimensões e domínios.

5. Na Unção há um enchimento, mas na glória há mais de uma efusão.

6. Na Unção, temos que trabalhar nossa Fé. No entanto, na glória, apenas des-
cansamos e declaramos e decretamos de um céu aberto.

7. Na Unção, Deus trabalha conosco de acordo com Marcos 16:20. Mas na glória,
Deus faz o trabalho para nós através da assistência angélica de um céu aberto.

Através desta jornada parecia que o reino da Glória era muito mais fácil e exigia
menos ética de trabalho da minha parte. No entanto, quando comecei a operar nesta
recente descoberta, chamada de reino da Glória, também vi alguns efeitos colaterais
por operar somente neste Reino.
A GLÓRIA
1. A Glória mostra quão poderoso Deus é, mas a Unção mostra quão poderosos
somos em Deus. A Unção expõe o quanto nós temos Deus em nós, não apenas em
torno de nós através da Ajuda Atmosférica de cima.

2. No reino da Glória, há descanso. No entanto, ainda há trabalho para entrar


nesse descanso antes de podermos ordenar ou decretar coisas desse reino. No entanto,
na Unção, podemos simplesmente entrar em ação através da Fé ou do despertar do
espírito, sem ter de esperar uma Atmosfera surgir.

3. Na Glória, podemos obter uma nuvem, mas isso não garante que a chuva caia
sobre o povo e a manifestação acontecerá. Na Unção, nos acostumamos ao nosso
Dom, seja uma Unção de Cura, a Libertação profética, etc. Então, sabemos como
trabalhar esse Dom, através da Unção e vivificação do Espírito Santo, a ponto de
garantir resultados sempre. Isso acontece porque agora o Espírito Santo nos confia
este Dom através da Unção e da oração pelas pessoas.

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4. A maior parte do tempo, o reino da Glória é exibido em conferências, reuniões
da igreja e atividades espirituais. A razão disso é que temos que estabelecer uma
Atmosfera através de uma equipe de adoração ou louvor antes de administrar as
Manifestações da Glória de Deus. Quando estamos operando na Unção, podemos
ir a qualquer lugar e mostrar Seu Poder nas ruas, mercearias, cabeleireiros, etc.

Minha esposa vai à manicure e aos salões de beleza com freqüência e as pessoas
saem com a maquiagem escorrendo pelo rosto e o cabelo todo fora do lugar porque
ela administrou a Unção. Pessoas lá foram Curadas ou Libertas de forças demoní-
acas. Ela faz isso em todos os lugares que ela vai; ela não está limitada porque a
atmosfera não era propícia ou porque ela não tinha uma banda ou rádio para co-
meçar. É a Unção nela que faz acontecer.

A Unção e a Glória têm seus efeitos colaterais. No entanto, ambos são neces-
sários e ambos trabalham juntos para o propósito de Deus e planejam o povo. Não
podemos ter um sem o outro. Meu maior problema é quando vejo um ministro
desacreditando a Unção ou minimizando-a, como se fosse uma versão mais fraca
do Poder de Deus. Eu também discordo de ministros que ensinam sobre a Unção
como se fosse uma versão antiga da escola do reino da Glória. Em toda a realidade,
eles são um e o mesmo. Um é atmosférico e o outro é através de um ponto de
contato, e se nos lembrarmos, Jesus se moveu em ambos. Se Jesus nosso Senhor se
moveu em ambos em Seu ministério terrestre, nós também deveríamos.
A INTRODUÇÃO NA GLÓRIA
Eu estava em Dallas para um reavivamento liderado por um pastor que eu
conhecia. O pastor tinha oradores convidados vindos de fora da cidade - Sito e
Lucy Rael. Eu só estava acostumado com os ministros que vi na televisão cristã.
Eu ouvi falar sobre esse negócio de Glória por vários meses. Eu vi vídeos do You-
Tube de pessoas como Joshua Mills que testemunharam Manifestações de pó de
ouro. No entanto, eu não tinha certeza se isso era real ou não. Eu queria a Glória,
mas eu realmente não sabia o que estava pedindo.

Eu sentei na terceira fila desta reunião. Eu assisti a poeira de ouro cair das
páginas da Bíblia de Lucy Rael. Eu também vi óleo começar a pingar de suas mãos.
A cereja no topo do bolo foi quando o sangue começou a fluir de sua mão como a

25
crucificação de Jesus. Eu disse ao meu amigo: “Esta senhora é uma bruxa ou tudo isso é
encenado.”

Então, ela andou pelos corredores e falou palavras de conhecimento sobre


as pessoas. No começo, ela passou por mim, mas depois voltou para mim e disse:
“Você é o profeta de Deus e não questione mais quem você é.” Foi a confirmação da ligação
que eu ouvi o tempo todo. De repente, pó de ouro grosso apareceu na minha mão,
e toda a multidão começou a tirar fotos. Lucy colocou as mãos em mim, mas apenas
no meu ombro. Eu finalmente tive uma experiência no reino da Glória. Agora,
lembre-se, eu ainda não tinha certeza sobre a irmã Lucy porque tinha ouvido ru-
mores de que ela era falsa e que a manifestação era toda uma farsa. Eu ouvi que ela
estava sob a cobertura do ministério de T.L. Osborn, e, ao mesmo tempo, mesmo
era considerada como uma de suas filhas espirituais. No entanto, eu disse ao Espí-
rito Santo: “Se isso não for real, ainda quero a autenticidade dessa manifestação”.

Eu acredito que por causa da minha oração e do fato de que minha fome era
tão forte pela Glória e as coisas Sobrenaturais de Deus, que Ele honrou o meu
pedido. Mesmo se pensarmos que algo é do inimigo porque é estranho para a nossa
teologia ou aparentemente uma farsa, ainda devemos orar e pedir a autenticidade
da manifestação. Devemos orar e crer que Deus fará Sua demonstração de Poder
mais potente do que a do inimigo. É importante notar que Satanás é apenas um
imitador da Unção de Deus. Moisés realizou milagres semelhantes aos magos egíp-
cios. No entanto, a cobra de Moisés era mais potente do que as cobras e feitiçaria
dos egípcios. Por que achamos que o Senhor escolheu o Milagre da cobra como
um sinal? Bem, a resposta é: Ele testou esse espírito de acordo com 1 João 4:1.
Veja, Deus previu que os egípcios manifestariam esse milagre de cobra como um
sinal mágico para desafiar Moisés. O Senhor decidiu manifestar primeiro Seu Sinal,
sabendo que venceria a competição. Elias também desafiou os profetas de Baal
com o mesmo milagre, com a intenção de mostrar de quem era o deus maior.

A manifestação não é o problema, mas é a divindade por trás disso que faz a
diferença. Se um ministro moderno realiza um milagre de cobra ou um milagre de
fogo nos tempos de hoje, as pessoas vão prendê-lo e gritar que ele é do diabo. Nós,
como crentes, devemos parar de ter medo de manifestações que não entendemos.
Basta perguntar ao Espírito Santo: “Se isto é de Deus, dê para mim; se não, me dê a versão
original e piedosa dessa manifestação”. É simples assim. A única coisa que realmente
temo é fazer declarações críticas contra um movimento do Espírito Santo. Não

26
queremos nos encontrar blasfemando contra o Espírito de Deus porque não en-
tendemos certas coisas. Na próxima vez em que nos encontrarmos questionando
uma certa manifestação, basta orar essa oração e observar Deus trazer o verdadeiro
fruto daquele encontro.

Mais tarde, quando voltei a Houston daquela reunião, pó de ouro começou a


se manifestar em nossas reuniões. Pedi ao Senhor que me mostrasse uma escritura
que confirmava que as manifestações do pó de ouro eram dele. Ele me deu Jó 28:
6: “As pedras são o lugar das safiras; e tem pó de ouro”. Uau! Estava bem ali nas Escrituras,
embora o contexto estivesse se referindo à sabedoria. A revelação foi que quando
obtemos a sabedoria de Deus, a poeira de ouro aparecerá. Uma vez que Deus me
deu sabedoria sobre as manifestações, o ouro começou a derramar e a verter. Eu
compartilho esta sabedoria com você agora, então deixe o ouro de Glória de ouro
cair. A Irmã Lucy me apresentou a Glória de uma maneira que eu nunca havia
experimentado. Eu sabia então que o melhor ainda estava por vir; Eu tinha entrado
agora no reino da Glória.
COMO TOCAR NO REINO DA GLÓRIA
Aqui estão algumas dicas que uso para a T.A.P. (“Tocar” em inglês) no reino
da Glória de Deus.
FALAR DA GLÓRIA
Nos Salmos 145:11,12, as Escrituras nos dizem: “Eles falarão da glória do teu
reino e falarão do teu poder; para dar a conhecer aos filhos dos homens os seus atos poderosos e a
gloriosa majestade do seu reino.”

Para nos movermos nos reinos de Glória, devemos falar da Glória de Deus.
Eu aprendi que quanto mais eu falo sobre o assunto da Glória de Deus, mais ela se
manifesta em nossas reuniões. Tudo o que nós abordamos se manifestará; isso vale
para qualquer assunto relacionado à Manifestação de Deus. É por isso que eu digo
às pessoas para realmente ponderarem sobre o que elas vão nomear suas conferên-
cias e eventos; Ter o nome certo para o evento será um dos fatores determinantes
do que irá se manifestar. Quando alguém me convida para uma conferência de Gló-
ria, agora sei o que preparar. É o mesmo quando se trata de escolas ou conferências
proféticas. Eu sintonizo minha Fé para essa Unção específica porque é onde a Fé
das pessoas estará quando eu chegar. As Escrituras dizem assim em Romanos 12:

27
6: “Tendo, então, Dons que diferem de acordo com a graça que nos é dada, seja profecia, profeti-
zemos segundo a proporção da Fé”. Onde quer que esteja nosso nível de Fé, é isso que
manifestar quando ministramos ao povo. Eu também aprendi que não podemos
manifestar o que a nossa mente não está prestando mais atenção. Não podemos
demonstrar o que não estamos dispostos a articular. Articular significa “a capacidade
de falar fluente e coerentemente em uma base consistente”. Se fizermos um esforço para expor
sobre o assunto da Glória de Deus, atrairemos Sua Presença em nossas vidas e
saturaremos nossas atmosferas com o esplendor de Sua Vida e Majestade. Precisa-
mos falar de Sua Presença para trazer isso a existência. Bocas fechadas não são
alimentadas.

Outra chave principal é falar de Seu Poder diariamente. Conversas diárias do


Poder de Deus nos colocarão em posição de receber mais autoridade dEle. Muitos
crentes pensam que a Glória de Deus é o Seu Poder. No entanto, isso não é verdade.
A Glória de Deus é a Sua presença e a Sua pessoa. No entanto, Seu Poder é uma
entidade separada da Glória de Deus. Isso é o que veremos nas Escrituras como:
“Não por força nem por poder, mas pelo meu espírito, diz o Senhor” (Zacarias 4: 6), ou assim:
“Pois teu é o reino, o poder e a glória, para sempre. Amém.” (Mateus 6:13). Esses versículos
mostram a diferença entre Sua Glória, Seu Poder e Seu Espírito. O Poder de Deus
no grego é a palavra DUNAMIS, que significa poder, força, obras maravilhosas e a capa-
cidade de executar. O Poder de DUNAMIS de Deus tem o propósito de aumentar o
crente na santificação e prepará-los para a glorificação do Céu. Seu Poder nos ajuda
a nos identificar com nossa natureza divina. Isso também permite que experimen-
temos simultaneamente medidas desse Poder no reino da terra.

Sem o Poder de Deus, somos indefesos contra as ciladas do diabo. É impor-


tante confessar o Poder de Deus diariamente, seja demonstrado na Bíblia ou em
nossos próprios encontros pessoais. Quando começamos a falar sobre isso, esse
reino se abrirá e representará as mesmas demonstrações de Poder. Por exemplo,
quando Eliseu, o aprendiz, obteve o manto de seu mestre Elias, ele foi ao leito do
rio onde seu mestre uma vez realizou um milagre e gritou: “Onde está o Senhor Deus
de Elias?” Então o leito do rio se dividiu, como fez antes seu mestre (2 Reis 2:14).
O aprendiz Eliseu quis recriar o que seu líder demonstrou antes dele e os resultados
foram os mesmos. Precisamos revisitar as demonstrações de Poder que Deus rea-
lizou em Sua palavra e lembrá-lo desses Milagres. Se Ele fez isso no passado, pode-
mos experimentá-lo novamente em nossa atualidade. Então, da próxima vez que
precisarmos de um Milagre impossível, precisamos encontrar uma Escritura ou uma

28
lembrança passada de um Milagre para demonstrar nossa Fé. Então nós gritaremos:
“Onde está o Senhor Deus de Elias?”

JEJUM
Outra dica para tocar na Glória é encontrada em Isaías 58:8: “Então a tua luz
irromperá como a manhã, e a tua saúde brotará rapidamente, e a tua justiça irá adiante de ti; a
glória do Senhor será a tua recompensa.”. No texto hebraico original, significa “a glória de
Adonai seguir-te-á”. Note que a Glória de Deus se ligará a nós quando seguirmos este
Princípio. O contexto desta Escritura estava se referindo aos princípios do jejum.

Agora, antes de fechar o livro e jogá-lo na prateleira para coletar poeira, por
favor, me ouça. Eu sei que o assunto do jejum não é o princípio ou a prática mais
procurada no Corpo de Cristo. No entanto, é um dos princípios mais importantes
se queremos ver a Glória de Deus na terra como no céu. É um dos principais se-
gredos do sucesso e das realizações do nosso ministério.

Deixe-me expor sobre o assunto. Em Isaías 58:8, o autor escreve sobre os


benefícios do jejum para atrair o apetite do leitor por esse princípio antigo. A razão
pela qual uso a palavra apetite é porque o jejum não é fome. Na verdade, é um
banquete. Quando nos engajamos nos princípios do jejum, na verdade estamos tro-
cando um alimento por outro. Devemos fazer a transição do banquete na comida
terrena para banquetear-se com a pessoa de Jesus. João 6:55, Jesus nos diz: “Porque
a minha carne é comida, e o meu sangue é verdadeiramente bebida”. Jesus é o único alimento
de que precisamos durante o tempo do jejum. João 6:55 também se refere a Cristo
sofrendo Seu próprio corpo para que possamos participar de Sua glória.

O jejum não é sofrimento; em vez disso, está contribuindo para a Glória de


Deus. A razão pela qual o jejum obtém uma reputação tão ruim é que requer uma
mentalidade altruísta. É para nós rejeitarmos nosso apetite natural para satisfazer o
apetite de Deus. É um tempo para que Deus Pai se banhe de nossas orações e
louvores. Em seguida, gostaria de fazer uma declaração através de experiências pas-
sadas com toda a humildade: “O jejum traz nossas respostas mais rapidamente.” Agora, a
maioria dos professores em jejum discordará dessa afirmação e fará afirmações al-
ternativas como: “Jejum muda sua mentalidade, mas não são de Deus.” Eles fazem essas
declarações parecerem mais espirituais e humildes. No entanto, esta é uma falsa
declaração de humildade e antibíblica.

29
Em toda a Bíblia, quando o jejum foi implementado, Deus fez o seguinte:

1. Deus Curou as terras e perdoou cidades pecaminosas como Nínive através do


arrependimento e jejum (ver Jonas 3: 5).

2. Ele salvou o povo escolhido através do jejum de Ester (ver Ester 4:16).

3. Duas vezes, Ele deu a Sua palavra através do jejum de Moisés (veja Êxodo
24:18; 34:28).

4. Capacitou Jesus para o Seu ministério terreno quando Ele jejuou (ver Lucas 4:
1-14).

5. Ele ouviu a oração de Daniel no primeiro dia em que ele decidiu jejuar (veja Dn.
10:12).

Cornélio era um gentio que apoiava a comunidade judaica através de orações


e dava esmolas. No entanto, um dia ele incorporou o jejum em sua rotina. Depois
disso um anjo apareceu para ele, e essa ocorrência em si posicionou a ele e toda a
sua família para se tornarem os primeiros crentes gentios a receberem o batismo do
Espírito Santo (veja At. 10:30). Dos poucos exemplos nas Escrituras que acabei de
dar, parece que Deus teve uma mudança de coração em relação a um assunto, sem-
pre que um povo se humilhar com oração e jejum.

Eu já vi vítimas de derrame cerebral que estavam paralisadas em um lado de


seus corpos ficar completamente Curadas. Eles correram em volta da igreja como
resultado de eu fazer um jejum de água por três dias e três noites. Eu testemunhei
os olhos cegos completamente abertos somente após um jejum de cinco dias, todo
líquido. Além desses Milagres, depois de um jejum de vinte e um dias de água e
suco, vi muitas pessoas aleijadas andando e tumores completamente dissolvidos.
Eu até vi o dinheiro se materializar nas carteiras, bolsas e contas bancárias das pes-
soas depois que orei. Eu só tinha jejuado por meio dia durante esse tempo. Você
pode estar se perguntando, a que ponto ele está tentando chegar? Bem, basicamente, meu
ponto é que nós não temos que nos matar para ver Deus Mover-se poderosamente
através de nós. Para ser honesto com você, eu não fiz muitos jejuns de quarenta
dias. Os períodos mais longos de jejum que fiz consistentemente foram muitos je-
juns de vinte e um dias, apenas com água. Depois, há os três a cinco dias de vinte e
30
quatro horas por dia em jejum seco que faço com frequência, que são decisivos.
Nesses jejuns, não como alimento ou não bebo água dia e noite. Esses são os jejuns
que eu mais pratico.

Quero enfatizar que não precisamos fazer um jejum de quarenta dias para
fazer Milagres como Jesus. Eu tenho visto esses tipos de Milagres apenas em um
jejum de três ou cinco dias. Jejuns de quarenta dias são poderosos, não me entenda
mal; Eu já fiz vários. No entanto, o princípio fundamental aqui é que o jejum bem-
sucedido é realizado por uma determinação consistente de aplicá-lo ao nosso estilo
de vida, não uma prática única. Deve se tornar um ritual de relacionamento, não
uma rotina religiosa. Depois de ler esta parte do livro, no seu tempo livre, peça ao
Senhor para lhe dar um tipo específico de jejum que será adequado para você. Além
disso, é importante verificar com seu médico se o seu corpo pode lidar com certos
tipos de jejum, especialmente se estiver tomando algum medicamento prescrito.
Assim que entrarmos no princípio do jejum, a Glória de Adonai nos seguirá.
O PRINCÍPIO DO DESEJO
Aqui está uma das minhas dicas favoritas para a T.A.P. (“Tocar”, em inglês)
na Glória - basicamente resume todo este livro. Esse Princípio ao qual estou me
referindo é mais uma mentalidade do que uma prática real. Esse assunto de que
estou falando é o “princípio do desejo”. Deixe-me explicar. Desejo é um forte senti-
mento de querer ter algo ou desejar que algo aconteça. Em hebraico, “desejo” é a
palavra AVAH, que significa anseio, inclinação ou desejo. Quando estamos tentando
nos aproximar de Deus e experimentar a Sua Glória, um desejo deve acontecer. Eu
aprendi que, seja o que for que eu queira da vida, ela deve ser originada através do
desejo antes que eu possa ver os resultados. Marcos 11:24 nos diz: “Por isso vos digo
que, quando quereis, quando orardes, crê que os recebereis e os recebereis”. A principal coisa
que se destaca aqui é que as coisas assim sempre desejo. Precisamos saber que Deus
não se importa em desejar as coisas. As Escrituras dizem que as coisas que deseja-
mos serão concedidas. A falsa doutrina da humildade nos ensinou a não desejar
coisas de Deus - apenas desejar a Deus.

A razão pela qual não vemos grandes Manifestações em nossos dias é porque
pensamos que é errado desejá-las. Nosso desejo Pelas Bênçãos e Manifestações de
Deus não tira nosso desejo de conhecê-lO. De fato, é através de Suas Bênçãos e
Manifestações que aprendemos sobre o Seu amor incondicional por nós. A princi-
pal razão pela qual nós, como crentes modernos, não vemos os Dons do Espírito

31
em pleno funcionamento, como a igreja primitiva fez, é devido à falta de desejo. 1
Coríntios 14:1 diz: “Siga o caminho do amor e ansiosamente deseje Dons do Espírito, especi-
almente profecia” (NVI). Precisamos ansiosamente desejar Dons espirituais.

Eu ouvi muitas pessoas, até mesmo ministros ungidos na Fé, fazer declara-
ções antibíblicas como “não desejem os Dons; só desejo o Doador de Dons”. Mesmo que
isso pareça sagrado e humilde, ainda é antibíblico. O apóstolo Paulo estava incen-
tivando-nos a perseguir estas Manifestações do Espírito Santo, especialmente o
Dom de Profecia. Qualquer que seja o Dom que desejamos, esse presente acabará
se atraindo para nós. Paulo então disse em 1 Coríntios 14:39: “Portanto, irmãos, desejai
sinceramente profetizar, e não proibais falar em línguas” (NKJV). Novamente, vemos o
apóstolo Paulo nos levando a desejar os Dons ou Manifestações do Espírito de
Deus. Nós não temos, porque nós não pedimos. Provérbios 11:23 diz: “O desejo do
justo é somente bom, mas o desejo do ímpio é ira”. Se fomos feitos justos em Cristo Jesus,
nosso Senhor, então tudo o que desejamos é considerado bom à Sua vista. Quanto
mais desejamos coisas dEle, isso mostra nossa dependência e confiança nEle como
nosso provedor. Deuteronômio 14:26 diz: “E darás esse dinheiro por tudo o que tua alma
desejar, por bois, ou por ovelhas, ou por vinho, ou por bebida forte, ou por qualquer que seja a tua
alma que deseje: e ali comerás antes da Senhor teu Deus, e te alegrarás tu e a tua casa.” Este
texto referia-se às Bênçãos que advinham ao obedecer aos Princípios do Dízimo.
Eu não estou aqui para enfatizar o Dízimo, então não fique nervoso. Estou aqui
para nos fazer perceber o quanto o Senhor deseja que desejemos coisas materiais.

Quando não desejamos as Bênçãos do Senhor ou até mesmo os desejos de


nossas almas, é como uma criança batendo na mão de um pai que está tentando
alimentá-los. Lembre-se, nesta passagem, Deus ordenou que gastassem o dinheiro
em si mesmos. Quando não aproveitamos as Bênçãos, rejeitamos a Fonte da qual
elas vêm. O Senhor quer que nos deleitemos em Sua provisão. Salmos 37:4 diz:
“Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá os desejos do teu coração.” Quanto mais nos
deleitarmos no Senhor, Ele nos concederá os desejos do nosso coração. Isso nos
mostra novamente que o Senhor não se importa em ter nossas metas pessoais, so-
nhos e desejos cumpridos. Salmos 21:1,2 diz: “O rei se alegra em tua força, ó Senhor; e
na tua salvação quão grandemente se regozijará! Tu lhe deste o desejo do seu coração, e não impe-
diste o pedido dos seus lábios”. Vemos novamente que quando há alegria e alegria no
Senhor, nossos pedidos de oração e desejos do coração são respondidos.

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O problema com a maioria dos crentes é que não temos alegria suficiente em
nossas vidas. Nós estamos estressados, preocupados ou deprimidos com relação a
certos fatores em nossas vidas que não mudarão até que aprendamos a nos alegrar
no meio de tudo isso. Peço a todos que estão lendo esta parte do livro para que seja
uma tarefa urgente se alegrar, independentemente de suas circunstâncias. Quero
que também comecemos a desejar mais coisas de Deus. Desejem Dons Espirituais,
desejem Dons materiais e observem como o Senhor começa a nos engolir com Sua
Bondade e Glória.
COMO SE TORNAR UM CAÇADOR DA GLÓRIA
Para se tornar um caçador de glória, existem várias Leis ou Princípios que de-
vemos aplicar.

1. UM CAÇADOR DEVE APRENDER E ESTUDAR O QUE ELE ESTÁ


PERSEGUINDO.
O estudo intenso de um assunto ativará o que gosto de chamar de lei da atra-
ção. Nesta lei, descobriremos Princípios que inevitavelmente nos levam ao nosso
objetivo desejado. Quando nós, como caçador de sementes de interesse, vamos
colher a atenção do nosso alvo. Isso desencadeará uma reação em cadeia que os
atrairá ou a nós.

Aqui está uma referência bíblica: “Aproxima-te de Deus, e ele se aproximará de ti”
(Tiago 4:8). Aproximar é definido como uma atração gravitacional ou um ímã que
força duas contrapartes a se conectarem. Eu digo às pessoas o tempo todo que
todos os grandes homens e mulheres de Deus que tive o privilégio de entrar em
contato não tiveram escolha a não ser me encontrar. Você pode dizer: “Como é isso?”
Bem, eu sou um estudante curioso, e esse princípio influenciou seus julgamentos
sobre mim e fez com que eles abaixassem suas guardas e me aceitassem em seu
círculo.

Você pode dizer: “Eu não quero perseguir um homem; Eu quero correr atrás de Deus”.
Bem, o mesmo Princípio se aplica, quer estejamos perseguindo um homem ou
Deus. Se estivermos operando de acordo com a lei do aluno, isso fará com que o
professor nos ensine. Há um velho ditado: “Quando o aluno está pronto, o professor virá.”
Lembre-se, a perseguição é sempre para fins de aprendizagem, seja diretamente de

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Deus ou de um mentor ungido. Então prepare-se, porque o professor está che-
gando. Quanto mais depressa aprendemos a perseguir, menos esperamos pela nossa
grande oportunidade.

2. TORNE-SE UM BUSCADOR DILIGENTE.


Em Hebreus 11: 6, a Escritura diz: “Mas sem Fé é impossível agradar a ele; pois aquele
que vem a Deus deve crer que ele é e que é galardoador dos que o buscam diligentemente”. Sistema
de recompensa por diligência, e uma vez implementado, as possibilidades são infi-
nitas. A palavra diligente é da palavra grega SPOUDE, que significa “alerta”, “enér-
gico”, “velocidade”. Significa “esforçar-se por algo” ou “rapidez para mostrar ações zelosas”.
Devemos agir prontamente nas coisas do espírito. Muitos crentes precisam de mil
revelações e um milhão de confirmações antes de fazerem a inscrição. É por isso
que vemos pouca ou nenhuma Manifestação que desejamos.

Me entristece quando ouço os crentes dizerem: “Essa é a terceira ou quarta confir-


mação que recebi”. Deus lhes disse para começar um negócio ou escrever um livro,
mas porque estão esperando por outra confirmação, eles acabam perdendo a Pro-
messa que foi anexada à Bênção original. Agora, quando essa pessoa finalmente
começa a perseguir sua visão, eles encontram forte resistência porque a Unção não
está mais nessa palavra de Promessa como antes. O inimigo teve tempo de desco-
brir o plano e a proteção que havia naquela palavra Rhema. Uma vez que o diabo
percebe que a proteção foi retirada, ele tem acesso para destruir nossos planos e
propósitos. Quando isso acontece, a única solução é ligar o inimigo e soltar palavras
de Bênção para recuperar a promessa. Obediência rápida é a chave para a Manifes-
tação da Promessa.

Jesus disse em Mateus 12:29: “Ou, então, como pode alguém entrar na casa de um
homem forte e roubar seus bens, a menos que primeiro amarre o homem forte? e então ele estragará
a casa dele.” A falta de diligência nos forçará ao papel de um policial. Agora devemos
invadir a casa do homem forte, prendê-lo(a) e proceder para reaver os bens e pro-
messas que ele nos roubou. Lembre-se, o homem forte é um ladrão e os únicos
bens que ele possui são aqueles que ele roubou de nós. Se falharmos em ser dili-
gentes quando Deus nos der uma bênção para buscá-Lo, o inimigo obterá os códi-
gos de acesso de todas as nossas bênçãos e os roubará diretamente de nós sem ser
detectado.

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O buscador deve fazer mais do que tentar receber sua recompensa. Nós tam-
bém devemos ser diligentes. Para ser diligente, devemos ser enérgicos. Isso significa
que devemos ser rápidos, rápidos e cheios de zelo. Uma pessoa com zelo, mas sem
Revelação, vai além de alguém com revelação e sem zelo. A pessoa com revelação
acha que dominou isto por causa de seu conhecimento obtido sobre o assunto.
Essa pessoa se sente confortável porque acredita que a Revelação deles selará sua
posição nesse reino. Em toda a atualidade, o conhecimento excessivo da cabeça
inibe nossa capacidade de concluir um projeto. É por isso que Deus quer que vol-
temos ao nosso primeiro amor e recuperemos a simplicidade de um relacionamento
com Ele (veja Apocalipse 2:4).

O Corpo de Cristo transformou a obtenção de Deus em um processo com-


plexo. Na realidade, requer apenas Fé simples para recebê-lo. Agora, a pessoa com
zelo alcançará resultados mais rápidos por causa de sua persistência, o que significa
“continuar firme apesar dos obstáculos”. A pessoa com zelo enfrentará mais guerras por
falta de conhecimento. No entanto, a experiência se torna seu melhor professor.
Vitórias consistentes aumentam sua confiança e as compelem a continuar da Glória
em Glória. Quando nos tornamos caçadores diligentes de Deus, nenhum demônio
ou o inferno poderá bloquear nossas Bênçãos.

3. RESISTÊNCIA
Por último, mas não menos importante, na lei ou no princípio de se tornar
um caçador da Glória, está o Princípio da resistência. No decorrer de nossa jornada,
encontraremos obstáculos e dificuldades. Em 2 Timóteo 2:3, diz: “Tu, portanto, su-
portas o combate, como um bom soldado de Jesus Cristo”. Nossa perseverança nas dificul-
dades determinará se somos bons soldados para o Senhor ou não. O crente dos dias
modernos quer a cerca branca, a casa grande e nenhum julgamento ou problema.
Povo de Deus, esta é uma falsa esperança. Quando nos tornamos um crente nascido
de novo, a luta continua. A maioria dos crentes quer ser civis e não soldados. De
acordo com o dicionário de Webster, a definição de um civil é “uma pessoa que não
está servindo nas forças armadas, como bombeiro ou policial”. Quando somos civis e não
somos um soldado para Cristo, não podemos lutar contra os dardos inflamados do
inimigo. Quando somos civis e não somos um soldado, não podemos prender ou
prender o diabo porque não temos a autoridade de um policial espiritual ou de um
militar. Quando somos civis e não somos um soldado no exército de Deus, basica-
mente ficamos indefesos.

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Assim como o treinamento militar constrói os músculos de um soldado, ter
resistência aumentará nossa autoridade espiritual. O objetivo do treinamento ou
dificuldade é quebrar os elementos fracos dentro de um indivíduo. Isso é feito para
que ele ou ela possa ser reconfigurado em uma máquina bem-disciplinada, equipada
com combate e demolidora. Eu não sei sobre você, mas eu me recuso a ter meu
destino roubado de mim. Não tenho medo de enfrentar minhas provações e difi-
culdades. Eu ouvi histórias de homens e mulheres ungidos de Deus que não que-
riam expulsar demônios porque eles retaliaram contra eles. Jesus disse em Marcos
16:17: “E estes sinais seguirão aos que crerem; Em meu nome expulsarão demônios”. Isto é um
comando, não uma escolha ou sugestão. Se não manifestarmos estes sinais, não
fomos atribuídos. Vamos aprender a ir onde Deus nos diz para irmos, fazer o que
Ele nos diz para fazer, e seremos o que Ele quer que sejamos, e isso é um caçador
da Glória.

EU ORO PARA QUE TODOS QUE LEREM ESTE CAPÍTU-


LO E ESTAS ORAÇÕES SE TORNEM UM CAÇADOR DA
GLÓRIA. PAI DEUS, DEIXE SEU ZELO SE ALINHAR COM
SUA VONTADE. ABENÇOE SEUS PÉS ENQUANTO PER-
SEGUEM A NUVEM DE SUA GLÓRIA. QUE O REI DA GLÓ-
RIA ENTRE E VIVA COM ELES EM SEUS LARES, EMPRE-
GOS, RELACIONAMENTOS, CORPOS E FAMÍLIAS EM
NOME DE JESUS. AMÉM.

36
CAPÍTULO 2

MISÉRIA EM UM MINISTÉRIO
As histórias da minha conversão são todos fatos e nenhuma ficção. Começa
com a tragédia, mas termina em triunfo. Pode parecer crua e sem cortes. No en-
tanto, ele descreve a dura realidade das fortalezas que o diabo tem em certas partes
da sociedade hoje. Eu lhe darei a versão PG-13 da história para proteger a identi-
dade e a vida de algumas pessoas. Certas informações eu não vou omitir. Estas
declarações não podem ser usadas para reabrir quaisquer processos judiciais crimi-
nais que tenham sido encerrados. Isso é um duplo risco, de acordo com a lei. Então,
vamos começar.

Meu nome é Shawn Anthony Morris. Nasci em Nova Orleans, Louisiana, em


10 de dezembro de 1979, de Audrill Morris e Bill Hurst. Desde o primeiro dia, meu
pai biológico negou que eu fosse dele. Ele e sua mãe, irmãos e irmãs eram conhe-
cidos traficantes de drogas e assassinos na cidade. O lado da minha mãe da família
era um pouco diferente, embora eles vivessem em torno dos projetos Calliope in-
festados pelo crime. Minha mãe cresceu em uma casa bastante decente com a mãe
e o pai em casa. Havia um problema - meus avós tinham seis filhos, mas minha mãe
era a única que tinha pele escura, além do meu tio Percy. O resto de seus irmãos
eram de pele clara com olhos azuis ou verdes e pareciam caucasianos.

A família da minha mãe estava misturada com heranças judaicas, francesas,


indianas e africanas. O lado do meu pai era nativo americano, irlandês, italiano e
africano. Por causa da pele escura da minha mãe, seus irmãos a provocaram e insis-
tiam que ela era adotada. Ela era a ovelha negra da família. Então, minha mãe cres-
ceu amargurada, e ela foi atormentada por um espírito de rejeição que a abriu para
um espírito maníaco-depressivo mais tarde na vida.
MEU NASCIMENTO
Eu nasci prematuramente com um buraco no coração e os médicos pensaram
que eu não iria conseguir sobreviver. Mas sobrevivi! O diabo tenta matar muitos
profetas no nascimento porque ele tem um vislumbre de seu futuro e destino. Ele
tenta ao máximo abortar a bênção antes que ela esteja totalmente desenvolvida. Ele
tentou matar Moisés no nascimento (ver Êxodo 1:16), bem como nosso Messias

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Jesus Cristo (ver Mateus 2:16-18). Quando eu tinha dois anos, um dos namorados
da minha mãe tentou me queimar com ácido porque minha mãe se recusou a ficar
com ele. Então ela conheceu meu padrasto, Reginald Thompson, que tinha um
metro e noventa de altura e duzentos quilos. Ele correu o outro cara. Não muito
tempo depois, minha mãe se casou com Reginald.

Quando nasci, meu pai biológico me negou e negligenciou suas responsabi-


lidades. Minha mãe ficou amargurada com ele e acabou passando isso para mim.
Como meu pai biológico me rejeitou como filho dele, o espírito de rejeição e de-
pressão pesou em minha mãe ainda mais. Ela começou a abusar de mim fisicamente
me queimando com cigarros ou me batendo com qualquer objeto que pudesse en-
contrar. Toda vez que ela olhava para mim, ela me lembrava que eu parecia meu
pai. Ela me humilhava na frente dos meus irmãos e parentes; os insultos seriam
considerados piadas. Então, eu cresci como a ovelha negra da família, assim como
ela. Esse abuso verbal durou ao longo da minha infância e idade adulta.
O SAGA COMEÇA
Casar-se com Reginald deu à minha mãe uma breve forma de aceitação, uma
maneira de escapar de sua infância de rejeição e as dificuldades de criar um filho
sozinha. Meu pai caladão negou um filho (eu) que se parecia com ele. Eles o levaram
ao tribunal de apoio infantil uma vez; o juiz iria prendê-lo por me negar porque eu
parecia muito com ele. Eu não tinha figura de pai ou modelo masculino para admi-
rar. Eu só tinha os caras nas ruas e meu padrasto para preencher esse vazio. No
entanto, havia um pequeno segredo que o marido da minha mãe estava escondendo.
Ele era viciado em crack, uma droga que atingiu as cidades dos Estados Unidos
como uma peste incontrolável. Eu não tive chances de crescer. Eu tinha uma mãe
maníaco-depressiva que tomava pílulas de vez em quando para fugir da realidade.
Eu também tive um traficante de crack preso por um pai e um viciado em crack
por um padrasto. Então, basicamente, as ruas me educaram. O dopado do bairro
era meu irmão mais velho e eu era meu próprio pai.
O SAGA CONTINUA
Eu peguei alguns maus hábitos e maldições geracionais de crescer em um
ambiente tão hostil. Aos onze anos, comecei a usar maconha e álcool, o que abriu
a porta para mais vícios demoníacos. Aos quatorze anos, comecei a usar cocaína e
rapidamente desenvolvi um vício em heroína aos dezesseis anos. A heroína é uma
das drogas mais viciantes, ainda mais viciante do que a cocaína ou crack. Como

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qualquer fortaleza poderosa, se alguém tentar parar o peru frio, causará efeitos dra-
máticos tanto mental quanto fisicamente.

Através da minha adolescência, desenvolvi um estilo de vida criminoso. Eu


roubei carros, roubei pessoas e invadi as casas deles. Fiz tiroteios com gangues rivais
e desenvolvi a reputação de uma pessoa com quem você não queria mexer. Fui
preso muitas vezes, uma vez por bater em um policial. Eu tive cinco anos de prisão
por essa acusação porque eu tinha quebrado o braço do oficial e sua mandíbula
quando ele tentou me prender. Mas, pela Graça de Deus, essas acusações foram
retiradas. Quando a polícia soube que eu agredi um dos seus, eu me tornei um alvo.
Naquela noite fui preso, eles me bateram muito. Os médicos escreveram algo no
relatório que meio que me ajudou com o meu caso. Minha mãe me levou para casa
para a minha segurança, e mesmo que eu não estivesse salvo, eu sabia que Deus
tinha algo a ver com isso. A misericórdia de Deus estava em minha vida, mesmo
em meu estado pecaminoso.

Meu primeiro encontro Sobrenatural ocorreu quando eu tinha quatorze anos.


Eu estava indo para o Mississippi para uma reunião de família. Antes de sair, um
amigo meu me disse que eu precisava ir mais devagar. Ele estava se referindo ao
meu hábito de roubar carros e executar roubos. Enquanto no Mississippi, eu me
encontrei com meus primos. Nós roubamos o carro do nosso parente e fizemos
um passeio. De repente, nós voltamos para uma estrada de terra vermelha onde
ficava essa ravina de vinte a trinta pés. O carro saiu do controle e deu um salto.
Quando estávamos no ar, tudo entrou em câmera lenta. O carro finalmente pousou
no chão, saltou várias vezes e bateu em uma árvore que dividiu o capô do carro ao
meio. Meu rosto atravessou o para-brisa. O vidro cortou minhas pálpebras em dois,
arrancou carne do meu rosto e cortou meu pescoço. Após a colisão, minha impres-
são facial foi deixada no para-brisa com um par de asas de anjo sangrentas ao redor.

Quando eles tiraram o carro dos destroços, assustava a todos que o viram. O
que tornou ainda mais estranho foi o fato de que eu era o único que se machucou
no carro; todos os outros saíram sem um arranhão. Os médicos disseram que, se
eu virasse a cabeça ligeiramente para a esquerda ou para a direita quando atraves-
sasse o vidro, minha cabeça teria sido completamente cortada. Todos disseram que
foi um milagre que tenhamos vivido um desastre. No entanto, tudo o que eu con-
seguia pensar eram as asas de anjo sangrentas com o meu rosto impresso. Esse foi

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o primeiro encontro Sobrenatural que me lembro; Eu sabia pelo acidente que Deus
estava comigo.

Alguns anos mais tarde, quando eu tinha vinte e poucos anos, estava enfren-
tando noventa e nove anos de prisão por assalto a mão armada e agressão com arma
mortal. Eles queriam me dar uma tentativa de homicídio, que carregava uma sen-
tença mais pesada. Quando eu estava reservado, essa foi a acusação dada. Eu estive
envolvido em um tiroteio com um cara por causa de dinheiro. O evento chegou a
ser noticiado nos jornais. Eu estava prestes a perder tudo, e minha vida estava pres-
tes a acabar.
MEU ENCONTRO DE PRISÃO
Quando a maioria das pessoas fica trancafiada na prisão, uma das duas coisas
acontece - ou elas se metem em mais problemas ou encontram Deus. Eu não sabia
nada sobre Deus, mas eu sabia sobre a igreja. Minha mãe me fez ir a uma igreja
batista tradicional quando eu estava crescendo. Cada vez que fui à igreja, adormeci
automaticamente. Até hoje, não acredito que tenha sido o diabo que me fez fazer
isso. Creio que foi a maneira de Deus manter meu espírito livre de alimentar-se e
digerir espíritos religiosos.

Enquanto estava na prisão, conheci alguns caras que sabiam sobre Jesus. Eles
cantavam hinos e tinham uma alegria sobre eles, mesmo no meio de suas terríveis
situações. Eu tinha uma escolha a fazer - eu poderia sentar-me miserável na prisão
pelo resto da minha vida, ou eu poderia encontrar alegria no meio da minha tristeza.
Então, comecei a frequentar as reuniões de oração deles. Eu aceitei Jesus como meu
Salvador, e meu vício em heroína me deixou instantaneamente. Eu não sofri sinto-
mas de abstinência; Era como se eu fosse novo em folha.

Eu prometi a Deus que se ele me tirasse da prisão, eu nunca usaria heroína


novamente. Em vez disso, eu seria totalmente dedicado a serví-lO. Bem, Deus é
um guardião da aliança, e Ele me tirou da prisão. Eles me deixaram ir porque não
havia testemunhas e o réu nem apareceu para depor. O registro de prisão que eu
tinha, não havia como eles deveriam me deixar ir tão fácil. Minha mãe achava que
era por causa de uma carta que enviara ao juiz. No entanto, foi realmente minha
petição para o Juiz que vive acima do que fez isso. Obrigado, Jesus, por me libertar.

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QUEBRA DE CONTRATO
Quando fui libertado da prisão, a primeira coisa que fiz foi beijar o chão e
gritar: “Eu estou livre!” Bem, pelo menos eu pensei que estava. Eu estava livre de
drogas, mas ainda tinha laços de alma antigos com minha família de rua e vizi-
nhança. Eu me distanciei de meus amigos por uma tempo para poder permanecer
no caminho certo e ficar longe das drogas. No entanto, acabei desenvolvendo um
novo hábito - minha carreira musical.

Um amigo do bairro que eu conhecia era um cara direito. Ele e eu começa-


mos uma gravadora chamada “Kings of the Round Table”. Foi um sucesso. Nós éramos
bem conhecidos localmente no círculo subterrâneo de Nova Orleans. No entanto,
não tínhamos status nacional. Naquela época, eu tinha três filhos e uma esposa. Eu
já tinha desperdiçado muitos anos perseguindo aspirações de ser o maior gangster
que já viveu. Agora, mais uma vez, coloquei minha família em segundo plano, e
desta vez foi para seguir uma carreira musical. Apesar de seus gritos, permaneci
diligente em minha busca pelo sonho americano.

Assim como encontrei Deus na prisão, também o deixei lá. O estilo de vida
que eu estava liderando não poderia coexistir com Seu Plano e Propósito para mi-
nha vida. É difícil ser um anjo quando você está cercado por demônios. Voltei a
contrabandear drogas e, na minha própria imaginação distorcida, imaginei que,
desde que não as usasse, estava bem. Minha música se tornou meu novo vício, e eu
não deixaria ninguém parar meu sonho. Eu estava determinado.
A TEMPESTADE APÓS MINHAS TEMPESTADES
Em agosto de 2005, o furacão Katrina atingiu a costa do golfo da Louisiana.
Foi uma tempestade de categoria cinco com ventos de até 175 quilômetros por
hora. Ele violou as taxas da Cidade Crescente. Os preços do gás dispararam e não
desceram desde então. Essa tempestade danificou muitas plataformas de petróleo
no golfo e as casas estavam debaixo d'água. Centenas morreram na enchente, e
muitos mais morreram por causa da resposta tardia do nosso governo. Muitas mu-
lheres e crianças morreram por causa da desidratação e falta de comida.

Muitos viram o furacão Katrina como um desastre catastrófico de propor-


ções bíblicas, e foi. Foi o julgamento de Deus em uma cidade perversa. Antes da
tempestade, a cidade de Nova Orleans teve a maior taxa de homicídios nos Estados
Unidos. Nós tivemos mais assassinatos do que grandes cidades como Los Angeles,

41
Detroit, Chicago e Nova York. Muitas pessoas a chamavam de Las Vegas Sin City.
No entanto, Las Vegas era como um parque temático de subúrbio seguro em com-
paração com Nova Orleans, também conhecida como “The Big Easy”. Com sua he-
rança demoníaca de posse de vodu, o comércio de drogas da French Connection,
negócios controlados pela máfia, jogos de barco e um sistema nos Estados Unidos,
era de fato Sin City. Também serviu como a primeira cidade onde a máfia siciliana
desembarcou na América. Eles foram chamados de “mão negra”. Antes de começa-
rem as cinco famílias em Nova York e Chicago, tudo começou aqui em New Orle-
ans.

Enquanto outros viram esta tempestade como uma tragédia, eu a vi como


uma fuga do Egito. O faraó desta terra era o sistema de justiça econômica e criminal.
Mantinha as pessoas em escravidão. Antes do furacão Katrina, estudos mostraram
que 85% de todos os homens afro-americanos no distrito paroquial de Orleans
teriam sido encarcerados mais de quinze vezes e possivelmente assassinados antes
do vigésimo primeiro ano de idade. Onde há alta pobreza e educação de baixa qua-
lidade, a atividade criminal também será alta. Assim, as chances de sair desse tipo
de ambiente como um homem afro-americano eram quase nulas. Eu era um candi-
dato perfeito para essas estatísticas. Alguma coisa tinha que mudar.
À TERRA PROMETIDA
Muitas pessoas da Louisiana migraram para o Texas depois do furacão, prin-
cipalmente para as áreas de Houston e Dallas. Durante a tempestade, me separei da
minha esposa e do meu parceiro de negócios de música. Eu escapei da tempestade
e fui com minha mãe e filhos para Baton Rouge. A essa altura, pude entrar em
contato com meu parceiro na indústria musical. Ele tinha fugido para Houston e
ele me disse como poderíamos ganhar algum dinheiro com a música e outros vícios
por aí. Embora eu não estivesse mais drogado, ainda tinha uma mentalidade de
tráfico de drogas. Então, mais uma vez deixei meus filhos para perseguir um sonho.
Quando fui a Houston, parecia uma mina de ouro. As mulheres pareciam mais
atraentes, os traficantes pareciam mais relaxados e menos confusos, e eu era um
predador à espreita. Eu pensei que tinha acertado o jogo. No entanto, tive uma
grande surpresa.
O JOGO NÃO É O MESMO
Vários traficantes de drogas de Nova Orleans vieram para Houston com a
mesma mentalidade que tinham no Big Easy. Essa mentalidade era: “Se você não der,

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nós tiraremos”. No entanto, Houston teve um despertar rude para aquelas pessoas.
Os traficantes de drogas em Houston já haviam ouvido falar da reputação do povo
de Nova Orleans por assassinato e roubo. Eles já se prepararam para qualquer rea-
ção que possa vir com a fusão das duas cidades. Por causa disso, muitos conflitos
surgiram. Os traficantes de Houston se recusaram a cortar os traficantes de Nova
Orleans no comércio de drogas, então a guerra começou. A mídia começou a se
referir aos evacuados de Nova Orleans como “refugiados”, como se fossemos de um
país diferente ou de uma terra distante. Isso alimentou a ira de muitos nativos de
Nova Orleans. Nós estávamos sendo perfilados como animais, não apenas de uma
certa raça. Também recebemos insultos de outros grupos minoritários. Para ser ho-
nesto com você, quem poderia culpá-los? A maioria dos jovens do centro da cidade
de Nova Orleans tinha aquela mentalidade destrutiva que era prejudicial à socie-
dade.

A taxa de homicídios aumentou em Houston e a violência irrompeu nas es-


colas entre as crianças de Nova Orleans e as crianças de Houston. Os traficantes de
drogas de Houston cometeram crimes sabendo que o departamento de polícia cul-
paria os evacuados de Nova Orleans. Foi um desastre, e eu estava no meio disso.
Parecia que a “terra prometida” não era tão promissora quanto eu pensava. Esse es-
pírito de assassinato, venda de drogas e outros vícios me seguiram de Nova Orleans.
Eu tinha deixado a terra do Egito, mas parecia que a mentalidade egípcia não dei-
xaria meu povo ir. Eu ainda era uma escravo da minha própria escravidão auto-
afligida. Eu precisava me libertar.
MINHA CONVERSÃO
O que é uma conversão? A palavra conversão significa “o ato ou estado de mudar
para adotar novas opiniões ou crenças”. Em Houston, eu tinha começado um anel de
prostituição, fazendo as mulheres venderem seus corpos por dinheiro. Eu também
estava vendendo drogas ao lado para pagar aluguel e manter minha gravadora fun-
cionando. Meu amigo Joel estava fazendo coisas semelhantes. Depois de um tempo,
ele e eu nos desentendemos e nos separamos. Meus sonhos musicais foram colo-
cados em espera porque ele e eu estávamos indo em direções diferentes. No en-
tanto, Joel continuou perseguindo a carreira musical sem mim.

Eu estava focado em encontrar uma maneira de chegar e assumir Houston.


Eu tinha todas as mulheres, carros, drogas e armas que eu queria. No entanto, eu
ainda me sentia vazio por dentro. Perdi o relacionamento que tive com meus filhos

43
em Nova Orleans. Eu estava separado da minha esposa neste momento. Eu tinha
realmente atingido o fundo do poço, e estava sobrevivendo apenas de satisfações
temporárias. Eu estava à beira de um colapso volátil e eu nem sabia disso. Eu pre-
cisava de algo novo, e precisava disso rapidamente.
UM NOVO AMIGO
Antes da tempestade aparecer, Joel e eu éramos amigos muito próximos. An-
tes de nossa amizade começar a desaparecer, nós vendíamos drogas juntos, roubá-
vamos juntos e fazíamos música juntos. Perder minha amizade com ele foi um
grande golpe para mim. Eu sempre pensei que se houvesse alguém que tivesse mi-
nhas costas, seria Joel. Agora, com ele fora de cena, eu não confiava em ninguém e
meu coração ficou mais frio a cada dia.

Um dia, ouvi uma batida na porta da frente. Para minha surpresa, foi Joel.
Parte de mim queria literalmente atirar nele. No entanto, eu ainda tinha amor por
ele como irmão. Desta vez, algo foi diferente sobre ele. Ele me disse que tinha sido
salvo e que estava revirando sua vida. Eu tive um encontro com Deus antes na
cadeia, mas a maioria das pessoas faz. Quando eles saem, é como se esse encontro
nunca tivesse acontecido. No entanto, algo foi diferente na conversão de Joel. Ele
era humilde e seu rosto parecia mais brilhante. Ele até falou em um tom mais suave.
Isso não foi Joel em tudo! Eu tinha um amigo “novo”.
O PODER DA PALAVRA
Joel entrou na minha casa como um novo homem. Eu já havia ouvido todas
essas coisas de Jesus antes das pessoas da igreja, da minha ex-esposa e outras pes-
soas. Para ser franco com você, eu não queria ouvir de novo. Eu senti como se
tivesse violado meu contrato com Deus e eu iria estragar tudo de novo. Além disso,
eu estava entranhado tão profundamente no pecado, como eu poderia mudar? Eu
estava convencido de que Deus não poderia perdoar um assassino, cafetão, trafi-
cante de drogas e ladrão como eu.

Como Joel falou, ele não me pregou sobre meus pecados. O Espírito Santo
sabia que eu julgaria Joel por seu passado e não o receberia por causa disso. Então,
ele fez algo muito sábio. O Espírito Santo disse a Joel para que eu lesse em voz alta
Segunda Timóteo 3:1-7:

44
Isto também sabe que nos últimos dias virão tempos perigosos. Pois os homens serão
amantes de si mesmos, cobiçosos, orgulhosos, blasfemos, desobedientes aos pais, in-
gratos, profanos, sem afeição natural, quebradores de caminho, falsos acusadores,
incontinentes, ferozes, desprezadores daqueles que são bons, traidores, inebriantes,
altiva, mais amantes de prazeres que amantes de Deus; tendo uma forma de piedade,
mas negando o seu poder: se desvie de tal pessoa. Para este tipo são eles que rastejam
em casas, e levam mulheres tolas presas carregadas de pecados, levadas com várias
concupiscências, sempre aprendendo, e nunca capazes de chegar ao conhecimento da
verdade.

Então Joel disse: “Agora me diga, onde você se encontra naquela Escritura?”

De repente, um sentimento pesado de convicção caiu sobre mim. Comecei a


chorar e a dizer: “Não consigo encontrar nada nessa Escritura que não me descreva”. Eu me
encontrei em todo o capítulo. Então, caí de joelhos e senti uma Eletricidade per-
correr todo o meu corpo. Chorei por horas no chão e entreguei minha vida a Jesus
Cristo. Eu estava feito. Eu comecei a dar meus carros e jóias. Eu disse às mulheres
que estava cedendo que deixei o negócio. Eu toquei todas as drogas que eu estava
vendendo no banheiro. Os vícios que sobraram de outras drogas, como maconha
e ecstasy, também me deixaram.

Eu tinha feito todo o possível para ter sucesso na vida, mas todos esses em-
preendimentos falharam. Quando finalmente fui “preso” pelo Espírito Santo. Eu
sabia que seria um prisioneiro de Cristo para sempre. Eu estava livre, mas agora sob
um novo e melhor jugo. Isso foi diferente da minha experiência na prisão. Na pri-
são, só queria liberdade para poder voltar às ruas. Agora, eu só queria liberdade do
pecado. Eu realmente nasci de novo.

Depois da minha conversão, muitas pessoas no meu trabalho e complexo de


apartamentos também foram salvas e entregues. Nós orávamos pelas pessoas e a
convicção caia instantâneamente sobre elas. Os gerentes do meu trabalho tinham
medo de me escrever quando eu estava atrasado para o trabalho. Eles acreditavam
que Deus os pegaria se eles o fizessem. As pessoas foram imediatamente preenchi-
das com o Espírito Santo e falaram em línguas. Foi glorioso; pessoas no meu prédio
de apartamentos se referiam a isso como o Westridge Revival. Eu finalmente havia
descoberto a peça mais importante no quebra-cabeça da vida. Obrigado, Jesus, por
salvar minha alma.

45
Em 3 de março de 2008, Shawn Anthony Morris renasceu!

EU ORO EM NOME DE JESUS CRISTO PARA QUE TODA


PESSOA QUE LER ESTE TESTEMUNHO NASÇA DE
NOVO, SEJA LIBERTADA E ENTREGUE! SENHOR, DE
ACORDO COM APOCALIPSE 12:11: “E ELES O VENCERAM
PELO SANGUE DO CORDEIRO E PELA PALAVRA DO SEU
TESTEMUNHO; E ELES NÃO AMARAM SUAS VIDAS ATÉ
A MORTE “, EM NOME DE JESUS EU ORO PARA QUE
TODO VENCEDOR QUE FALE SEU TESTEMUNHO RE-
CEBA O PODER DO ALTO PARA DESTRUIR O ACAMPA-
MENTO DO INIMIGO E RECEBER RECOMPENSA POR
TUDO O QUE FOI ROUBADO DELE OU DELA. NO PODE-
ROSO NOME DE JESUS, ISSO ESTÁ FEITO.

ENCONTRO DE BENNY HINN


Quando eu fui salvo pela primeira vez, tudo que eu queria que as pessoas
fizessem era se arrepender. Eu não tinha uma igreja ou um pastor, então Joel e eu
começamos nossos próprios estudos bíblicos em nosso complexo de apartamentos.
Assistiríamos aos programas cristãos da TBN ou da Daystar na televisão e ouviría-
mos pregadores conhecidos por informações. No entanto, não tivemos nenhuma
revelação sobre como fazer o que eles estavam fazendo.

Nós fomos particularmente atraídos por Benny Hinn. No começo, achei que
sua Unção era falsa. No entanto, por alguma razão eu ainda queria o que ele tinha.
Eu li vários de seus livros. O que mais me ajudou foi Bom Dia, o Espírito Santo. Eu
sabia que minha vida seria diferente se eu pudesse encontrar o Espírito Santo como
o Pastor Benny.

Eu encontrei pela primeira vez o Pastor Benny no espírito através de uma


visão noturna. Em meu sonho, o pastor Benny e eu estávamos em um barco flutu-
ando em um riacho. À minha esquerda, vi a igreja que frequentava na época. A terra
era linda e a igreja a que assisti parecia a Casa Branca em Washington, DC. Eu vi
os membros da igreja, e eles estavam gesticulando para eu me juntar a eles. De

46
repente, o pastor Benny gritou para mim com uma voz severa: “Não ouça essas pessoas!
Você vai construir a igreja de Deus na água.” Então eu acordei.

No começo, fiquei intrigado com o meu sonho. Mais tarde, o Espírito Santo
explicou-me que a igreja que eu frequentava tinha sua fundação na terra, que foi
construída sobre a ênfase da Palavra e da Fé e é isso que a linda grama verde repre-
sentava. Ele disse que meu ministério seria construído sobre a ênfase do Espírito
Santo, que é o que a água representava. Não foi para dizer que minha igreja estava
errada ou não ungida. No entanto, estava me deixando saber que minha graça mi-
nisterial seria diferente da deles. Esse sonho aconteceu, e eu sei que foi Deus quem
enviou o aviso inicial para mim através do pastor Benny.

O segundo encontro com o pastor Benny.

Joel me ligou um dia e disse: “Bro! Benny Hinn está na cidade!”

Eu perguntei: “Onde?” Ele me disse que ia estar na Igreja de Santa Inês, em


Houston. Então, eu disse a Joel que iria.

Quando chegamos, a igreja estava lotada com cinco mil pessoas em dois pré-
dios diferentes. Infelizmente, nossos assentos estavam no segundo prédio, e vimos
uma transmissão ao vivo do evento acontecendo no prédio principal. De repente,
minha esposa começou a ficar com sono e doente. Eu não queria sair, mesmo que
minha única escolha fosse assistir Benny Hinn em uma tela.

Várias horas se passaram e eu comecei a me cansar também. No entanto,


algo me dizia para ficar, apesar dos apelos da minha mulher para ir para casa. Então,
foi anunciado que Benny Hinn estava chegando ao segundo prédio onde estáva-
mos. A multidão ficou louca. Quando ele chegou, ainda estava muito cheio para
chegar à frente onde ele estava.

Então Benny disse: “Eu quero que todos os pastores e ministros venham para a frente.”
Eu estava tentando ser um bom marido e ficar com minha esposa doente, então eu
não fui. De repente, ouvi uma voz dizer: “Vá! Agora!” Então, fui em frente, mas a
multidão ainda era grande demais para eu alcançar a frente.

47
Então ouvi Benny dizer: “Você! Venha aqui!” Todos olharam ao redor, e eu
também. Ele estava apontando diretamente para mim, nesse ponto meu coração
começou a disparar. Eu orei por isso, por meses. Eu não tinha ideia do que estava
prestes a acontecer. O tempo diminuiu, e tudo a partir daquele ponto progrediu em
câmera lenta. Eu não sabia o que estava prestes a acontecer. De uma coisa eu sabia
com certeza - era um momento que Kairós estava sendo escrito nos Céus.
A PROFECIA DE BENNY HINN
Uma vez que eu estava no palco, Benny olhou para mim e acenou com a
mão. De repente, senti como se um forte vento tivesse me atingido, e minhas pernas
ficaram fracas. Eu bati no chão e comecei a chorar incontrolavelmente. Só para
você saber, eu não faço nada por ninguém, nem mesmo por Benny Hinn. Se eu não
cair, eu simplesmente não caio. Lembre-se, eu ainda era um cético sobre todo esse
desentendimento no espírito desde o início. Então eu o ouvi chamar alguém para
subir ao palco para me pegar. Quando olhei para cima, Joel estava de pé em cima
de mim. Benny tinha chamado ele de uma multidão de cerca de três mil pessoas
para vir me buscar. Fora de si, Joel continuou dizendo: “Cachorro! Benny Hinn! Cão!
Benny Hinn!”

Eles me pegaram, então Benny acenou com a mão novamente, e eu bati no


chão pela segunda vez. Ele então se levantou sobre mim e disse: “Este homem tem
uma grande Unção em sua vida, deixe-me dizer, ele fará o que eu faço.” Eu não podia acreditar
no que ele acabara de dizer. Alguém como eu para fazer o que Benny Hinn faz? De
jeito nenhum! Fiquei feliz em conhecê-lo e experimentar o que mais tarde aprendi
foi ser morto no espírito. Quando me levantei, me senti diferente, mas ainda não
entendi o conceito completo disso. Eu recebi muitas profecias no passado. No en-
tanto, isso foi diferente. Não foi porque foi Benny Hinn, foi devido ao fato de eu
sentir um toque tangível. Minha esposa na época não queria admitir isso, mas soube
daquele dia em diante que fui escolhido por Deus para fazer grandes façanhas pelo
Seu Reino.
EU RECEBI REALMENTE?
Alguns dias se passaram e a empolgação começou a diminuir. Eu me pergun-
tei se eu realmente recebera alguma coisa ou se Benny acabara de falar palavras
encorajadoras para mim. Uma coisa que eu sabia com certeza era que experimentei
ser prostrado no espírito. Replicando o que Benny disse parecia um pouco distante
lá fora. Não havia como fazer o que ele fazia. Eu não conseguia entender nada.

48
Então comecei a orar profundamente sobre isso. Fechei os olhos com força e co-
mecei a orar até me sentir relaxado. Eu comecei a me sentir leve. Levantei minhas
mãos para o meu rosto e, para meu choque, minhas mãos foram engolidas por
chamas azuis. Eu fiquei alarmado, mas não com medo. Eu sabia que era de Deus.
Isso não era apenas uma visão - que eu podia ver chamas com meus olhos naturais,
estavam realmente em minhas mãos. As chamas eram de um azul elétrico, como
um relâmpago, mas mais brilhante. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas era
celestial. Essa foi a minha primeira vez vendo no Reino Espiritual, e foi incrível.

Quando olhei, as chamas azuis em minhas mãos desapareceram. Mas algo


incomum ainda estava lá. Minhas mãos estavam quentes, e quero dizer queimando
quente, mas não o suficiente para me machucar. Vários dias depois, perguntei às
pessoas na minha igreja o que estava acontecendo com minhas mãos. No entanto,
ninguém teve uma resposta. Eu pensei que poderia ter tido artrite ou síndrome do
túnel do carpo. Eu não sabia o que fazer.

Um dia encontrei um pastor e contei o que havia acontecido com Benny


Hinn e as chamas azuis em minhas mãos. Ele me disse: “Irmão Shawn, Deus lhe deu a
Unção de cura”. Ele me disse que pessoas como William Branham, Oral Roberts,
A.A. Allen e John G. Lake sentiram sensações ardentes em suas mãos quando mi-
nistraram sob esta Unção de cura. Daquele ponto em diante eu entendi o que recebi.
Eu tive a explicação da transferência de T.A.P. e recebi um Dom, Talento ou Un-
ção. Eu agora desejo o mesmo por você. Então, vamos continuar a tocar (“TAP”,
em inglês)
IMPARTIÇÃO MAS NÃO ATIVAÇÃO
Eu acabara de receber este maravilhoso Dom do homem de Deus. Quando
eu disse às pessoas, elas me diziam que Deus recebe todo o crédito, o homem não
recebe nenhuma glória. Eu entendi que Deus recebe a glória. No entanto, eu ainda
me perguntei por que não recebi esse Dom até que o homem de Deus impusesse
as mãos sobre mim. Então vi nas Escrituras: “Não negligencies o Dom que está em ti, o
qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbítero” (1 Timóteo 4:14 NKJV).

Isso é o que o pastor Benny fez comigo; ele profetizou e então colocou as
mãos sobre mim como um ancião na Fé. Não foi até que um homem colocou as
mãos que o Dom foi liberado para mim. Antes desta transmissão do Pastor Benny,
eu não tinha conhecimento ou experiência com os Dons do Espírito. No entanto,

49
assim como as Escrituras dizem, eu não devo negligenciar o Dom. Negligenciar
algo significa ignorá-lo ou não realizá-lo. Eu estava em uma igreja que não me per-
mitia operar nesses Dons a menos que eu fosse comissionado pelos pastores ou
pelo bispo ou devidamente ordenado. Em outras palavras, eu tive que passar pelo
protocolo adequado. Infelizmente, para seguir o protocolo da minha igreja, tive que
negligenciar meu Dom. Eu recebi o chamado, mas não tinha lugar nem ninguém
para me ajudar a ativá-lo.
FIEL MAS MORRENDO
Eu fui fiel à minha igreja e ao meu pastor. Ele era realmente um homem real
de Deus. Ele me ensinou os padrões morais que eu precisava para ser um homem
de verdade, assim como um homem de Deus. No entanto, meu desejo por mais do
Espírito Santo estava me comendo vivo. As mulheres da igreja tiveram o batismo
do Espírito Santo e falaram em línguas. No entanto, os homens da igreja não fala-
vam em línguas, nem mesmo o meu pastor. Eu sabia que isso não era o melhor de
Deus. Eu disse ao Senhor que Ele poderia muito bem ter me mantido no mundo
do que ter sofrido assim enquanto tentava servi-Lo. Eu disse para Ele: “Eu quero o
Seu melhor ou nada”.

Minha família da igreja me pediu para ser paciente e permanecer humilde. No


entanto, é difícil ficar paciente quando você está com fome de mais de Deus. Então,
pedi ao Senhor que deixasse meu zelo se alinhar com a Sua Vontade. A igreja teve
uma aula de “Treinamento de Ministério” que eu aprendi. No entanto, não vi nenhuma
demonstração do Poder de Deus como eu vi com Benny Hinn ou como li nas
Escrituras sobre Jesus. Naquela época, a maior demonstração do Espírito que fluía
através da minha igreja era profecia, e isso parecia elementar para mim, mesmo que
eu nunca tenha feito isso sozinho.

Eu estava em guerra entre a minha fidelidade à igreja e a minha obediência a


Deus. Algo tinha que dar porque eu estava morrendo na videira. Muitos crentes são
mais obrigados à sua igreja do que à designação de Deus para suas vidas. O espírito
agradável ao homem e o medo da desaprovação do homem impediram muitos de
falar a verdade de Deus e passar para o próximo nível em sua caminhada. Não
devemos nos limitar à opinião do homem. No entanto, devemos obter o supri-
mento ilimitado do Favor de Deus para nossa obediência a Ele. Não deve ser ba-
seado em nossa obediência às regras do homem. Por favor, não me entenda mal -

50
eu acredito em orientação e em ter responsabilidade espiritual, desde que essa res-
ponsabilidade seja ouvida por Deus e não movida por sua própria carne e por suas
ambições. Uma vez que percebo que o líder está ouvindo de Deus para minha vida,
então estou em total submissão à sua autoridade.
SAIR DA IGREJA E ENTRAR NO REINO
Fazia algumas semanas desde que ouvi essa voz na reunião do Pastor Benny
Hinn. Então, um dia eu estava indo para o trabalho, e a mesma voz disse: “Ministério
de tempo integral”.

Eu disse a mim mesmo: “Eu sei que isso não é Deus”. Eu mal conseguia pagar
o aluguel. Eu estava trabalhando com meu pastor em um caminhão da FedEx en-
tregando pacotes. Eu também trabalhei no Popeye como cozinheiro. Então, eu
disse a voz: “Se isso é realmente você, Deus, mostre-me!”

E a voz respondeu: “Eu vou”.

Naquela segunda-feira, peguei o caminhão com meu pastor, como de cos-


tume, para fazer entregas. Ele me disse que a FedEx estava conduzindo verificações
profundas de todos os funcionários, incluindo os auxiliares. Por causa do meu his-
tórico criminal, o pastor teria que me deixar ir. Eu estava devastado. Como eu iria
encarar minha esposa e dizer a ela que eu teria que depender do Popeye como mi-
nha principal fonte de renda? Mas ela não se importou. Ela me disse que estava me
deixando assim que recebesse sua declaração de imposto de renda. Mais uma vez,
fiquei arrasado. Eu não sabia o que fazer ou para onde ir. Todos que eu conhecia
estavam em Nova Orleans. Eu não queria voltar para lá porque sabia que Deus
havia me chamado para Houston.

Eu tentei fazer o pastor nos dar sessões de aconselhamento matrimonial, mas


minha esposa disse a ele que ela não queria mais ficar comigo. O abuso físico e
verbal entre a minha mulher e eu tornou-se tão insuportável que eu recorri a dormir
na minha van e tomar banho no ginásio onde eu tinha uma adesão. O pastor fez o
possível para manter segredo, porque ambos tínhamos posições de liderança na
igreja. No entanto, um dia minha mulher roubou a van de mim enquanto eu estava
em uma entrevista de emprego. Eu tive que andar vários quilômetros até a igreja
para pegar minha van. Entrei na igreja enfurecido e minha esposa e eu começamos
a lutar fisicamente no escritório do pastor antes do culto. Toda a igreja ouviu a

51
discussão. Quando a luta foi interrompida, minha esposa me deu um sorriso ma-
ligno e sussurrou: “Eu tenho você”. Ela me colocou em constrangimento na frente do
pastor e sua esposa. Eu fui humilhado. Eu sabia que minha reputação na igreja só
diminuiria daquele dia em diante. Meu tempo acabou.

Parecia que as coisas não poderiam piorar. Eu estava indo trabalhar no Po-
peye quando a voz apareceu novamente e disse: “Eu disse a você o ministério de tempo
integral.”

Mais uma vez eu disse: “Mostre-me!”

Mais uma vez, a voz respondeu: “Eu vou”.

Assim que entrei no meu local de trabalho naquela noite, descobri que meu
nome estava faltando no horário semanal. Eles me disseram que estavam treinando
novos funcionários de outra loja e me ligariam se precisassem de mim. Então eu
disse,

“OK! Agora eu entendi!”

Joel me disse: “Por que você não vende suas músicas de rap cristão nas ruas para pagar
suas contas?”

Eu respondi: “Amém! Essa é uma boa idéia!” Então eu pressionei cinquenta


CDs e anunciei ao meu pastor e à igreja que eu estava indo para o ministério de
tempo integral. Houve silêncio no santuário.

O pastor olhou para a congregação e disse: “Eu sei que alguns de vocês não enten-
dem o que o irmão está fazendo. No entanto, vamos apoiá-lo de qualquer maneira. Um dia você
pode vê-lo aqui, e no dia seguinte na TV em algum lugar.” Sem perceber, o pastor estava
profetizando minha saída para fora da igreja e minha entrada no Reino. Deus nos
equipa para o trabalho do ministério, não para o trabalho da igreja (veja Efésios
4:12). Senti que estava sendo puxado mais e mais para longe da igreja. Até mesmo
meu pastor, a quem eu considerava como um mentor e pai espiritual, parecia dis-
tante também para mim porque me recusei a desistir da visão que Deus estava me
dando e focar unicamente na visão da igreja. Eu então me tornei um pária, um
rebelde sem causa aos olhos dos outros membros da congregação.

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Essa sucessão de eventos me fez desistir de convencer a igreja de que eu era
leal. Eu pensei que teria ganho mais apoio da minha igreja com relação à minha
decisão do ministério em tempo integral, mas eu não. Parecia que eles tomavam o
lado da minha esposa mais do que o meu. Eu pensei que era devido ao fato de que
ela tinha estado com eles por mais tempo. Eu era apenas um marido recém-con-
vertido, então, o que eu sabia? Os pastores sabiam de seu temperamento rápido,
mas desculpavam-se com as Escrituras, dizendo que ela era um vaso mais fraco.
Basicamente, eles me disseram que eu deveria ter sido capaz de suportar o abuso
porque eu sou um homem. Como o homem, se algo deu errado no meu casamento,
finanças, filhos, etc., foi devido à minha falta de liderança. Esta foi uma pílula difícil
de engolir porque é preciso que ambas as partes façam certo ou errado. No entanto,
o abuso verbal foi tão ruim quanto o abuso físico. Eu sabia que o último incidente
na igreja foi a última gota. Eu terminei. Era hora de sair do Egito pela segunda vez.
Mais uma vez, gostaria de dizer que não foi tanto o meu pastor e sua esposa que
foram o problema. Foi principalmente os olhares e sussurros da congregação de
crentes na igreja que me empurrou para longe. Eu amava meu pastor e sua esposa;
eles eram como família para mim e ainda são. No entanto, naquele tempo Deus
estava me atraindo para o deserto para aprender diretamente com Ele.
ESTA É A MINHA VOZ
Havia um WallMart do outro lado da rua do complexo de apartamentos onde
minha esposa e eu morávamos. Ela estava tão cansada da minha presença que ela
entrou no outro corredor quando eu entrei. Ela não mostrou sinais de sair, apesar
de constantemente me dizer que estava me deixando. Na época, ela era a única que
trabalhava porque eu acabara de perder os dois empregos. Então, decidi entrar no
ministério de tempo integral. Esta foi uma linguagem da igreja e ela não entendeu.
O único qualificado para o ministério de tempo integral era o pastor, aos olhos do
povo. No entanto, o pastor ainda não tinha saído em Fé para fazer esse movimento
sozinho. Então, quem era eu para fazer uma declaração tão ousada? Eu não era o
pastor, nem sequer fui ministro ordenado. Na mente da congregação, somente o
pastor tinha esse tipo de Fé e razão para o ministério de tempo integral. Muitos
pensaram que eu estava apenas usando uma desculpa para não trabalhar. Eu só
sabia o que Deus tinha me dito, e não importava o que os outros dissessem. Minha
esposa continuou salientando que ela queria que eu fosse embora. Eu sabia que não
demoraria muito para ela me expulsar de casa novamente. Então, para pagar minhas
contas, decidi vender meus CDs de rap Gospel na frente do WallMart, do outro

53
lado da rua. Eu não era um vendedor de rua muito bom. Um dia eu tinha feito
apenas três dólares em vendas de CD. Então aquela voz veio a mim novamente e
disse: “Vá ao banheiro e ore”. Então eu entrei na loja e fui ao banheiro para orar.

De repente, um cara entrou e a voz disse: “Ore por James”.

Então eu me virei para o cara e disse: “Senhor, eu sei que você não me conhece. Mas
Deus apenas me disse para orar por James.”

Ele olhou para mim com uma expressão de surpresa no rosto e respondeu:
“James? Eu sou James.”

Então calafrios percorreram meu corpo. Eu contei a ele tudo sobre sua vida
e família. Ele caiu de joelhos no banheiro e deu sua vida a Jesus. Nós dois saímos
do banheiro chorando. As pessoas nos deram olhares estranhos. Afinal, éramos
dois homens adultos saindo do banheiro chorando. Foi o Espírito Santo que me
disse para orar por James. Se eu não tivesse obedecido e abrisse minha boca, James
não teria recebido a Salvação naquele dia. A voz que agora sei ser o Espírito Santo
disse: “De agora em diante, quando você ouvir essa voz, você sabe que sou Eu falando com você.”

Eu sabia que Deus estava comigo definitivamente. Eu agora tinha confirma-


ção do chamado profético que Deus colocou em minha vida. Eu finalmente tinha
tocado. (“TAP”, em inglês)
UMA VISITAÇÃO PARA AS NAÇÕES
Era inverno e eu agora estava dormindo de casa em casa. Uma noite, tive um
encontro. Não foi um mero sonho; foi uma visitação. Eu estava na frente de um
hospital e eu tinha duas malas comigo. Então, peguei minhas malas e parei em frente
a um ponto de ônibus. Esse enorme ônibus que parecia um ônibus da Greyhound
parou. Eu entrei e percebi que eu era o único no ônibus. Eu estava com medo
porque eu tinha visto algo assim em um filme de terror antes. Eu gritei para o mo-
torista do ônibus: “Onde você está me levando?”

Quando o motorista do ônibus se virou e tirou o chapéu, ele tinha uma coroa
de espinhos na cabeça. Eu vi seus olhos e sangue escorrendo pelo seu rosto. Foi
Jesus!

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Quando acordei, eu estava pálido como um fantasma. Eu sou um cara de
pele escura, mas eu estava branco como a neve naquele momento.

Quando eu contava às pessoas sobre a minha visita, elas ficavam arrepiadas


e ficavam bêbadas no espírito. Na semana seguinte à visitação, fui a uma igreja pro-
fética e fiquei na fila para orar. O pastor orou por todos. Quando ele veio para mim,
ele fez uma pausa e olhou para mim. Ele disse: “Ele está lhe dando os olhos”.

Imediatamente o encontro passou diante dos meus olhos e eu fui prostrado


no espírito. Perguntei a algumas pessoas que sabiam interpretar sonhos e visões;
essa foi a interpretação deles. O hospital em que eu estava na frente representou a
igreja porque está cheio de pessoas doentes. As malas indicaram que eu estava pres-
tes a viajar. O ônibus representou o tamanho do meu ministério. A parte sobre me
mostrar Seus olhos era para me deixar saber que tipo de ministério eu teria. Os
olhos representavam o vidente e a Unção profética. O sangue pingando era para
me deixar saber que eu precisava viver um estilo de vida sacrificial. Esta foi também
uma indicação de que eu sofreria pelo amor de Seu Nome a fim de receber e manter
essa Unção.

Essa profecia na Visão se cumpriu. Eu agora viajo pelo mundo pregando,


profetizando e impondo as mãos sobre os enfermos e eles se recuperam com Sinais
seguindo. Imagine se eu não tivesse saído em Fé para perseguir a Glória de Deus.
Eu não estaria escrevendo para você hoje. Siga o Senhor, povo de Deus, ouça a voz
dEle sobre as vozes da carne e de T.A.P..
DESCOBRINDO MEU DESTINO
A miséria para a saga do ministério estava chegando ao fim. Por esta altura,
a minha mulher e eu decidimos que estávamos acabados. O amor não estava mais
lá, éramos muito abusivos um com o outro. Nós só ficamos juntos tanto tempo por
causa do ministério, não por causa do casamento. Foi um relacionamento muito
tóxico e doentio, então decidimos que era melhor nos separarmos. Agradeço a Deus
por suas orações que me conduziram ao Reino de Deus. Foram suas orações ao
longo dos anos, quando eu não fui salvo, que permitiram que o Espírito Santo me
puxasse para um momento como este. Eu serei eternamente grato a ela por isso. O
Senhor tem seu Boaz que é designado para ela, e sei que ela fará grandes coisas pelo
Reino. Agora, de volta à história - uma vez que a decisão foi tomada para nos sepa-

55
rarmos, fiquei sem lar. Eu não tinha um emprego e não podia pagar por um apar-
tamento - o ministério em tempo integral não gerava renda suficiente. Dormi nas
casas de vários amigos do meu ministério. Ser um homem de Deus que estava pas-
sando por um divórcio não era uma marca popular no mundo da igreja.

A mulher no poço se divorciou cinco vezes. Ela viu Jesus e ajudou a inaugu-
rar um reavivamento em sua cidade. Então, eu tive que me perdoar e não me pre-
ocupar com o julgamento de outras pessoas. Se Deus pudesse perdoar a mulher no
poço por cinco divórcios, Ele poderia me perdoar pelo meu. Eu cometi outros
pecados durante a minha vida que Ele poderia ter me condenado, mas Ele não
tinha. Naquela época da minha vida, quando todo mundo queria me apedrejar, ele
me pegou e me perdoou. Ele então me colocou em posição de fazer Sua Vontade,
sem o peso da culpa nas minhas costas. Agradeço a Deus por ser um Deus de
segundas chances. No entanto, o homem não foi tão indulgente; as calorosas boas-
vindas que recebi foram de curta duração devido à minha situação. Embora tenha
sido nossa decisão, recebi a maior parte da culpa. Ela recebeu consolo por sua
perda. No entanto, saí sabendo que tentei o meu melhor para que funcionasse. Eu
era vulnerável sem uma esposa, emprego, lugar para morar ou família no Texas. Eu
tinha atingido o fundo do poço.

Era 2010. Eu disse ao Senhor que se Ele me permitisse profetizar que o novo
time de futebol americano Orleans Saints iria para o Super Bowl (e eles levaram o título
para casa), então eu também poderia profetizar meu futuro. Eu era jovem na Fé e
ninguém me ordenava. Eu não estava querendo começar uma igreja. No entanto,
as pessoas que vieram para minhas pequenas reuniões de reavivamento queriam
minha liderança. Então, decidi que precisava do licenciamento e credenciais ade-
quados para pastorear uma igreja. Eu era jovem na Fé e não tinha afiliação com um
grupo e orientação adequada. Muitos pastores se recusaram a ordenar-me, apesar
de terem visto Deus trabalhando através de mim. Então, pedi a esses bispos que eu
conhecia para ordenar-me como pastor; por sua vez, eles me disseram que eu pre-
cisava ser experiente. No entanto, um dia Deus veio aos bispos em seus sonhos.
Ele lhes disse para ordenar o profeta (eu) como pastor no ministério quíntuplo. É
importante notar que quando temos um propósito na vida, nada pode perder nosso
sucesso. Nunca aceite não como resposta quando um sim está ao virar da esquina.
Eu finalmente encontrei um jeito de entrar no meu destino. Agora era hora de en-
sinar os outros a fazer o mesmo.

56
Eu finalmente comecei a entender minha jornada. Eu sabia que Deus tinha
um plano para minha vida, e Sua existência era mais real do que qualquer coisa que
eu pudesse imaginar.

Um dia Reinhard Bonnke, um evangelista de Curas da África, teria um culto


de comunhão nos Estados Unidos. Ele estava programado para estar em Houston
para um evento de três dias. Minha nova esposa, Tora, e eu decidimos ir porque
não tínhamos nenhum mentor pessoal na época. Decidimos que conseguiríamos
tudo o que pudéssemos de Deus, de qualquer maneira. Adotamos um menino cha-
mado Isaiah, cuja mãe estava encarcerada. A criança tinha dois pequenos tumores,
um no olho e outro sob a língua do tamanho de um níquel. Isaías tinha apenas
várias semanas de idade quando foi operado para remover os tumores. Antes da
reunião, minha esposa se virou para mim e disse: “Baby, eu acredito que se você orar por
ele, ele será curado”.

Eu concordei. Eu peguei o bebê Isaías e levantei-o no ar, proclamei sua Cura


e soprei sobre ele. O bebê começou a vomitar. Quinze minutos depois, quando
estávamos saindo para a reunião, checamos o bebê e o tumor no olho desapareceu.
Tinha desaparecido totalmente, mas o que estava debaixo da língua ainda estava lá.
Eu disse à minha esposa quando saímos pela porta: “Não se preocupe. Quando voltarmos,
o outro também desaparecerá.”

Finalmente chegamos ao culto; estava cheio de mais de centenas de pessoas.


Tivemos o privilégio de nos sentarmos na seção dos pastores da reunião. Para mi-
nha surpresa, veio um pastor coreano, em cadeira de rodas, sendo levado por sua
esposa. Eles se sentaram ao nosso lado. Vários pastores africanos tentaram orar por
ele, mas sem sucesso.

De repente, ouvi a voz de Deus dizer: “Puxe-o para fora da cadeira”.

Fiz o meu melhor para ignorar a Voz dEle. Comecei a raciocinar com o Se-
nhor, explicando a Ele como eu não estava jejuando e orando muito.

O Senhor educadamente repetiu novamente: “Retire-o da cadeira.”

Então, decidi perguntar à esposa do pastor se eu poderia orar por seu marido,
esperando que ela dissesse não. Ela concordou em permitir que eu orasse por ele,

57
então comecei a tirá-lo da cadeira de rodas. Sua esposa de repente disse: “O que você
está fazendo?”

Eu disse a ela: “Apenas confie em mim”, então comecei a andar com o pastor,
segurando-o pela cintura em busca de apoio.

Então ouvi o Espírito Santo dizer: “Deixe-o ir”, assim eu fiz. A princípio suas
pernas tremeram, e de repente ele começou a andar sozinho.

A multidão ficou louca. Os seguranças do evento me apressaram por causa


do pandemônio. Eles disseram: “O que você está fazendo?”

Eu respondi: “Estou apenas fazendo o que Reinhard faria”.

Então o anfitrião do evento disse: “Deixe-o ir e deixe-o orar pelo povo”.

Enquanto orava, as pessoas foram tocadas por Deus. Foi glorioso. Depois,
as pessoas vieram até Tora e eu e pediram para tirar fotos conosco. É assim que a
palavra do nosso ministério em Houston se espalhou. Damos a Deus a Glória por
essa Manifestação. Para completar, quando chegamos em casa, o tumor embaixo
da língua do bebê de Isaías tinha desaparecido completamente, assim como eu havia
falado. Nós não tivemos que levar este bebê recém-nascido para a cirurgia. Agra-
decemos a Deus muitas vezes por esse Milagre.
NA GLÓRIA
Esta próxima seção destaca mais alguns encontros que experimentei na Gló-
ria. Eu não posso listar todos eles porque isso ocuparia todo o livro.

Houve uma reunião de reavivamento de três dias em Nova Orleans, Louisi-


ana. Essa era minha cidade natal. Eu sabia que um profeta não seria honrado em
sua própria casa ou cidade, mas decidi ir mesmo assim. Quando chegamos a Nova
Orleans, desde o primeiro dia da reunião, a oposição era evidente. O organizador
do evento desistiu no último minuto, então não tivemos um local para a reunião.
Felizmente, um pastor amigo da minha irmã nos permitiu usar sua igreja. Na pri-
meira noite da reunião, muito poucas pessoas apareceram, nenhuma Manifestação
aconteceu e eu fiquei desanimado. Minha esposa me encorajou naquela noite após
o culto e disse:

58
“Baby, Deus não nos trouxe aqui para nada. Ele vai aparecer.”

Na noite seguinte, mais pessoas apareceram, incluindo muitos membros da


minha família. Quando vi minha família, fiquei ainda mais desesperado para que
Deus se mostrasse. Eu sabia que esta era uma oportunidade para o inimigo me fazer
parecer falso na frente deles. O culto começou, e enquanto eu segurava um altar, a
calça da minha avó começou a cair. Ela experimentou perda de peso instantâneo.
Então, uma senhora levantou-se, gritando que tinha visto dinheiro aparecer em sua
bolsa. Eu já tinha visto Milagres como este em Houston antes. No entanto, eu pen-
sei que Deus teria que descer do Seu Trono para que os Milagres acontecessem em
uma cidade como Nova Orleans. Esses Sinais e Maravilhas eram ótimos, mas eu
sabia que seria preciso mais do que calças e dinheiro aparecendo para convencer
minha família.

Sem aviso, uma mulher cujo marido a atropelou com um carro apenas alguns
instantes rastejou até o santuário. Ela estava sangrando por causa das várias lacera-
ções em sua carne; o braço dela também estava quebrado. Para completar, ela tinha
um forte cheiro de drogas por usar crack. Quando o pastor a viu, ele me chamou e
disse: “Profeta, por favor, ajude esta senhora”. Fui orar por ela e disse ao povo que aju-
dasse a levantá-la.

O que você está prestes a ouvir a seguir é um Milagre. Eu nunca vi nada assim
desde então. De repente, a senhora começou a olhar nos meus olhos como se visse
algo ou alguém. Seus braços estalaram e se endireitaram. A pele ao redor de suas
feridas voltou a sua cor original quando olhamos para ela. Ela então falou em lín-
guas fluentes e o cheiro de crack e cocaína desapareceu. Ela foi totalmente restau-
rada.

Minha família se apavorou e se afastou de mim. Daquele dia em diante, alguns


membros da minha família temiam falar comigo. No entanto, não fui eu - foi o
Poder de Deus que Curou aquela dama e a Libertou de sua escravidão. Obrigado
Senhor Jesus Isso é o que eu chamo de Milagre.

Vou contar-lhes mais um encontro que tive durante a transição da miséria


para o ministério. Eu gostaria de lhe dizer mais, mas eu precisaria escrever mais
cinco livros apenas para cobrir tudo.

59
A igreja de um amigo estava tendo uma grande inauguração. Então, minha
esposa e eu decidimos fazer uma visita. A esposa do pastor fez um chamado ao
altar e perguntou às pessoas que desejavam um toque de Deus para que chegassem
à frente. Ela pediu a minha esposa e a mim para virmos e orarmos pelo povo. Co-
meçamos a orar e veio uma mulher com um andador que ficou paralisada por um
derrame. Eu orei por ela, e bem diante de nossos olhos a mulher endireitou seus
braços e pernas e correu ao redor da igreja. Minha esposa, Tora, orou pelo pianista
e ele caiu sob o poder de Deus. O reavivamento irrompeu; os adolescentes da sala
começaram a chorar sem motivo. O Poder de Deus é sempre reconhecível quando
os jovens são tocados. A juventude de hoje não vai fingir ou ser cortês. Eles não
mostrarão suas emoções a menos que seja real. Nesse serviço, os jovens eram tão
tocados quanto os adultos.

Havia uma mulher com um braço contraído - nenhum sangue circulava na


área afetada de seu corpo

. Seus médicos foram programaram realizar uma cirurgia de amputação na


semana seguinte. Depois que ela viu a mulher paralisada receber seu Milagre, ela foi
encorajada em sua Fé e quis receber seu próprio milagre. Pela Graça e Unção de
Deus, o braço dela se soltou e se endireitou. Ela recuperou o uso completo de seu
braço e ficou totalmente Curada.

Nós vimos Deus se mover de muitas maneiras Miraculosas. Vimos uma mu-
lher Curada de doze tumores no pâncreas; ela recebera prognóstico de apenas três
meses de vida, mas Deus teve a palavra final. Nós vimos muitos bebês nascidos de
úteros estéreis. Um homem cego desde o nascimento recebeu sua Cura depois que
a Unção de Deus o atingiu em um dos nossos cultos. Ouvidos de surdos se rege-
neraram em nossas reuniões. Os aleijados andaram e as pessoas foram Curadas de
várias doenças. Uma senhora estava tendo uma convulsão na reunião e Deus a Cu-
rou; ela tinha um tumor do tamanho de um ovo cozido na perna e desapareceu.

Tivemos pessoas que receberam as quantias de dinheiro a seguir em nossas


reuniões enquanto eu liberava Milagres de dinheiro na atmosfera: $ 287.000,00; US
$ 100.000,00; US $ 84.000,00; US $ 50.000,00 em muitas ocasiões. Uma senhora
veio ao nosso encontro apenas para desacreditar quem eu era no Senhor. Ela disse
que estava lá para provar que eu era um falso profeta. Comecei a liberar Milagres
de dinheiro no culto e disse a todos para verificarem suas bolsas e carteiras. Então,

60
ela verificou sua bolsa e nada estava lá. Então, antes que o culto terminasse, pedi a
todos que revistassem suas bolsas e carteiras novamente. A senhora começou a
checar e encontrou várias notas de cem dólares na forma de aviõezinhos em sua
bolsa. Ela contou seu testemunho e tem acompanhado o ministério desde então.
Se Deus nos usa, Ele pode usar qualquer um. Ele transformará toda a sua miséria
em um ministério.

SENHOR, NÓS TE AGRADECEMOS POR TRANSFORMAR


NOSSA MISÉRIA EM UM MINISTÉRIO. EU ORDENO QUE
TUDO O QUE O INIMIGO NOS ROUBOU DESDE O NOS-
SO NASCIMENTO SEJA LIBERADO AGORA EM NO-ME
DE JESUS. DINHEIRO, SEJA SOLTO E ENVIE PROSPERI-
DADE AGORA! OBRIGADO PELA NOSSA SALVAÇÃO E LI-
BERTAÇÃO E PODER PAZ DE SHALOM PAZ SEJA LIBE-
RADA, EM NOME DE JESUS!

61
CAPÍTULO 3

COMO TOCAR (TAP)


T.A.P. (TOQUE) ATRAVÉS DA BEBIDA
Quando digo T.A.P. (toque) através da bebida, não estou me referindo a be-
bidas alcoólicas ou bebidas intoxicantes. Neste segmento, estou me dirigindo ao
vinho novo do Espírito de Deus.

No reino físico, o vinho é uma bebida alcoólica criada a partir de uvas fer-
mentadas. No reino espiritual, o vinho é o derramamento da Unção de Deus. Uma
passagem da Escritura descreve o vinho como tal: “Nem põem vinho novo em odres
velhos, senão os odres quebram, o vinho é derramado e os odres são arruinados. Mas eles colocam
vinho novo em odres novos, e ambos são preservados.” (Mt 9:17 NKJV). Um dos problemas
da igreja é que eles querem que a nova Unção seja derramada em vasos antigos.
Esta Escritura em particular é uma explicação sobre o jejum (veja Mt 9:14-16). No
entanto, também descreve uma estratégia para olhar as coisas de maneira diferente.
Para obter Vinho Novo, temos que nos livrar de nossos velhos hábitos, velhas tra-
dições e métodos antigos. Uma mensagem dos anos 30 não será eficaz no novo
milênio. A igreja moderna não está alcançando a juventude da América hoje. A
razão é que estamos pregando uma mensagem de oito faixas para uma geração de
iPad. Precisamos aprender a tornar-se todas as coisas para todos os homens, a fim
de ganhar algumas almas para o Senhor (ver 1 Coríntios 9:22).

Muitas vezes, quando o vinho está envolvido há uma festa ou celebração


acontecendo. Somos tão apegados à rotina e à religião que negligenciamos nosso
relacionamento com Deus e Seu povo. Como lemos em Lucas 2:52, “Jesus cresceu em
sabedoria e estatura e em favor de Deus e do homem”. Um aumento na Unção traz favor a
Deus e ao homem. Muitos de nós sabem como ser bons filhos e filhas para Deus.
No entanto, somos terríveis irmãos e irmãs uns dos outros. Podemos ter favor com
Deus e estarmos ligados ao Céu. Contudo, sem favorecer com o homem, não sere-
mos bons humanos. O próprio Jesus, que era Deus na carne, precisava de favor
também do homem. Podemos ser altamente ungidos, mas sem a Unção da influên-
cia com o homem ninguém apoiará nossa causa. Jesus nos disse que as pessoas
saberão que somos dEle pelo amor que mostramos uns aos outros (ver João 13:35).

62
Precisamos aprender a nos “embriagar” no Espírito com bondade, compaixão, per-
dão e unidade (ver Efésios 4:32).

Muitas igrejas organizam reuniões ou conferências de avivamento quando


estão espiritualmente ressecadas. Eles dizem: “Venha como você está!” Infelizmente, a
maioria dos participantes sai da mesma forma que entrou. A única coisa que é revi-
vida e renovada é o mesmo espírito morno e aguado. Precisamos de algo além de
um reavivamento. Precisamos de uma reestruturação. Os reavivalistas de hoje estão
procurando o Espírito de Deus para se Mover da maneira que Ele fez em reaviva-
mentos passados. No entanto, o Senhor quer fazer uma coisa nova e derramar Vi-
nho Novo.

Aqueles com espírito fariseu adoram manter o modo tradicional de fazer as


coisas. Eles não conseguem envolver suas mentes em torno dos novos conceitos
de Deus. Qualquer coisa que pareça estranha ao seu protocolo é descartada como
feitiçaria, emocionalismo ou simplesmente “não é de Deus”. A Bíblia diz que somos
um povo peculiar (veja 1 Pe. 2: 9). Eu preferiria parecer peculiar ao homem do que
ser peculiar por causa do homem.
A PRENSA DO LAGAR E COMO O VINHO É FEITO
O lagar de vinho consistia de uma área chamada de “área de pisar”. Era fre-
qüentemente cortado de pedra e incluía um buraco de drenagem perto do fundo,
de forma que os sucos de uva pudessem fluir para a piscina coletora sob o chão. As
uvas foram então colocadas na “área de pisar” onde os homens usavam os pés para
esmagá-los. Nas Escrituras, este processo é frequentemente associado com a exe-
cução da ira de Deus. Apocalipse 19:15 diz: “E da sua boca saí uma forte palavra, para
ferir com ela as nações; ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho
do furor da ira do Deus Todo-Poderoso”. Todo mundo quer o novo vinho do Espírito
de Deus. No entanto, eles não querem o julgamento e o espírito de arrependimento
que vem junto.

No processo de vinificação, temos que escolher as uvas, então temos que


pisar nelas para extrair o suco. O Espírito Santo está dizendo à igreja a mesma coisa.
Primeiro, precisamos ser escolhidos, depois precisamos ser apanhados, pisoteados
e pisoteados. Deus vai ter que nos espremer até que toda a escória, secura e morte
do espírito sejam tiradas de nós. Outro motivo pelo qual não podemos receber
Vinho Novo é que ainda não usamos adequadamente o vinho antigo. Alguns de

63
nós recebemos comunicados que não acessamos nem usamos. A maioria das trans-
missões vem em forma de semente, então devemos nos tornar um caçador da Gló-
ria para aumentarmos nessa Unção em particular.

Algumas transmissões vêm totalmente formadas. Depois que uma comuni-


cação é recebida, o trabalho do destinatário é o de exercer o Dom. Muitas pessoas
pensam que exercitar o Dom significa sair e ministrar, impor as mãos e profetizar
sobre o povo. Esse não é o caso. Exercitar o Dom envolve edificar e desenvolver
a Unção através do jejum, da oração, do falar em línguas e da adoração. Esses prin-
cípios enviam hormônios de crescimento para o nosso bebê espiritual (Dom) para
ajudar no parto.

Podemos estar nos perguntando, como podemos obter o novo vinho?


Abaixo está um padrão bíblico para nos ajudar a descobrir isso. João 2:3 diz: “E,
quando eles queriam vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: 'Eles não têm vinho.'” Primeiro, temos
que desejar e ter sede para receber o novo vinho. Em segundo lugar, devemos re-
conhecer que acabamos o vinho. Muitos pastores, profetas e evangelistas ainda es-
tão ativos no trabalho ministerial. No entanto, eles foram demitidos há muito
tempo.

Este é o único trabalho que nos permite trabalhar depois que nos demitimos.
As pessoas não estão sendo Curadas, Salvas ou Libertas porque o ministro está com
o tanque de gasolina baixo. Não podemos levar as pessoas para longe no espírito
quando estamos correndo em “E.” Temos que encher nosso tanque antes de ofe-
recermos uma carona no espírito.

Agora, é importante passar para o próximo passo na obtenção de novos vi-


nhos. João 2:5 diz: “Sua mãe disse aos servos: Façam o que ele lhes disser”. Quero salientar
dois pontos-chave aqui. Primeiro, a mãe de Jesus falou aos servos - para obter o
vinho novo, precisamos ter o coração e a mentalidade de um servo. Essa mentali-
dade era “Tudo o que ele diz a você, faça”. Alguns de nós podem dizer: “sirvo em minha
igreja e ministério”. Isso pode ser verdade, mas você serve sem questionar e sem
seus próprios motivos ou agendas? Esses servos seguiram os mandamentos da mãe
de Jesus sem buscar reconhecimento de Jesus. Maria, a mãe de Jesus, não era nem
mesmo o mestre dos criados neste casamento. No entanto, porque eles tinham o
coração dos servos, eles ouviram e responderam à autoridade, mesmo quando eles
não precisaram.

64
Em segundo lugar, Maria disse aos servos para fazer o que Jesus lhes dissesse
para fazer. Na sociedade atual, os indivíduos aderem aos mandamentos de seus
pastores mais do que aderem aos mandamentos de Deus. Isso também prova que
Maria não pôde salvar o casamento nem realizar nenhum Milagre. Ela simplesmente
direcionou os servos para a primeira e única fonte principal - Jesus. Então, para
aquelas religiões que encorajam a oração para Maria ou outros santos a falarem com
Deus por eles, lembre-se - Maria encaminhou as pessoas de volta a Jesus, não a ela
mesma.

Jesus disse: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14: 6). Indo mais adiante,
em João 2, diz-nos no verso 6 que “Ali foram colocadas seis talhas de pedra, à maneira da
purificação dos judeus, contendo duas ou três abetos cada.” Lembre-se, a água estava lá para
purificação. Nós devemos nos purificar; diante de Deus pode transformar nossa
água em novo vinho. Devemos ser consagrados, santificados e vivendo santos di-
ante do Senhor. Em 2 Timóteo 2:21, lemos: “Se um homem, portanto, se purificar deles,
será um vaso para honra, santificado e [útil] para uso do mestre, e preparado para toda boa obra.”

O Senhor quer que demonstremos Seu Poder poderosamente sobre a terra.


No entanto, devemos primeiro ser expurgados. A palavra purgar significa “extrair”
ou “limpar completamente”. Devemos encontrar todos os pecados conhecidos e des-
conhecidos e extraí-los à força. O Corpo de Cristo deve se forçar a sair do pecado
e entrar em um estilo de vida de santidade. Comprometer-se no reino do pecado
não é mais uma opção.

Por último, mas não menos importante, João 2: 7 diz: “Disse-lhes Jesus: Encha
as talhas com água. E os encheram até a borda.” Água significa o Espírito. Jesus queria
que os servos enchessem estes vasos com água (o Espírito). Precisamos aprender a
manter nossos vasos cheios do Espírito Santo. Orar em línguas é uma maneira de
fazer isso. Judas 1:20 diz: “Mas vós, amados, edificai-vos na vossa santíssima Fé, orando no
Espírito Santo”. Portanto, vamos nos embebedar no Espírito Santo!

Se você não foi batizado no Espírito Santo, por favor, repita esta oração:

JESUS, EU ACEITO VOCÊ COMO MEU SENHOR E SALVA-


DOR. EU ACREDITO QUE VOCÊ MORREU EM UMA
CRUZ E RESSUSCITOU DOS MORTOS. ENTRE NO MEU

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CORAÇÃO E ME FAÇA LIMPO DE TODOS OS MEUS PE-
CADOS. EU RENUNCIO A SATANÁS E A TODA ALIANÇA
MALIGNA QUE FIZ COM ELE POR ME ENTREGAR AO
PECADO. ME PERDOE. EU ME ARREPENDO DOS MEUS
CAMINHOS MAUS E DESOBEDIENTES. AGORA, ESPÍ-
RITO SANTO, EU TE RECEBO EM MINHA VIDA. BATIZE-
ME COM O SEU ESPÍRITO E FOGO, E ME DÊ A EVIDÊN-
CIA DE FALAR EM LÍNGUAS, PORQUE A SUA PALAVRA
DISSE: “SE VÓS, SENDO MAUS, SAIBAIS DAR BONS PRE-
SENTES A VOSSOS FILHOS: QUANTO MAIS O VOSSO PAI
CELESTIAL DARÁ AO SANTO? ESPÍRITO AOS QUE LHE
PERGUNTAM? “(LUCAS 11:13). ENTÃO, NÓS DECLARA-
MOS E DECRETAMOS QUE ISSO ESTÁ FEITO NO PODE-
ROSO NOME DE JESUS CRISTO!
T.A.P. (TOQUE) ATRAVÉS DA MENTORIA
A orientação é uma parte intrigante da caminhada cristã. Um mentor é um
conselheiro que ensina e orienta. Um mentor lida com o mental - sim, a mentali-
dade. Mentalidade significa “um hábito da mente”. Um bom mentor ajudará seu sujeito
a reformular e redirecionar os hábitos da mente. Um mentor irá moldar e estruturar
a informação certa ou revelação para beneficiar esse indivíduo. Os mentores nos
ajudam a crescer e a tornar-se frutíferos.

Existe uma doutrina que diz que não precisamos escutar o homem, apenas a
Deus. Isso é verdade em um sentido, mas não é verdade em outro. Vejamos o que
a Bíblia diz sobre essa doutrina: “E ele deu alguns apóstolos; e alguns profetas; e alguns,
evangelistas; e alguns pastores e professores; para o aperfeiçoamento [equipar] dos santos, para a
obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo.” (Efésios 4:11,12). Muitas pessoas
interpretam mal esta escritura. O ministério quíntuplo equipa os santos para o tra-
balho do ministério; os santos não se equipam ou se aperfeiçoam. Alguns podem
dizer: “O Espírito Santo me ensina todas as coisas” (veja 1 João 2:27). É absolutamente
verdade que o Espírito Santo nos ensina todas as coisas; devemos também lembrar
que Ele freqüentemente o faz através do ministério quíntuplo. Se o Espírito Santo
nos ensinou todas as coisas apenas, explique por que não recebemos certas revela-
ções ou informações até que um homem fale conosco. Seja através do ensino ou da
profecia, recebemos através de um homem. Se não precisarmos da contribuição do

66
homem, poderemos simplesmente acabar com igrejas, pastores, estudos bíblicos,
etc. Podemos ficar em casa e deixar que o Espírito Santo nos ensine tudo.

O Espírito Santo é um Dom que nos foi dado. No entanto, o ministério


quíntuplo também é um Dom. Efésios 4:7,8 diz: “A cada um de nós é dada graça segundo
a medida do Dom de Cristo. Portanto ele diz: Quando ele [Jesus] subiu às alturas, levou cativo o
cativeiro e deu Dons aos homens”. Notamos que Paulo fala no plural quando diz “Dons”.
Alguns versículos depois, ele lista esses Dons— apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres. Assim, além do enchimento do Espírito Santo, Jesus dá o Corpo
de Cristo, que é outro ser humano na terra, como ferramentas para nos ajudar a
terminar a obra da cruz. Eu gostaria de enfatizar que quando Ele (Jesus) disse “e deu
Dons aos homens” isso não significa que os homens receberam Dons. O que real-
mente significava era que os homens eram os Dons dados à humanidade por Deus.
Nós somos o Dom.

Muitas pessoas eliminam a importância dos outros de sua caminhada cristã


por várias razões. Alguns podem ter experimentado relacionamentos ruins na in-
fância ou mais tarde na vida por meio de um casamento ou amizade abusivos. Pior
ainda, eles podem ter encontrado fariseus religiosos na igreja que os deixaram com
mágoa e desconfiança em seus corações. Essa pessoa pode ser reconhecida por sua
insistência de que alguém está tentando controlá-la. Esta declaração é dita com
medo de ser ferida. Muitas pessoas confundem ordem de controle e confiança por
serem arrogantes. A verdade é que Deus nos deu regras e protocolos a seguir. Isso
mantém o propósito de Seu Reino decente e em funcionamento. Podemos encon-
trar desculpas e até Escrituras para justificar porque não devemos confiar no ho-
mem. No final do dia, eles não enfrentam um estudo abrangente sobre o assunto.
Lembre-se, Jesus teve que se tornar um homem para salvar a humanidade.

Existem outros exemplos bíblicos de relacionamentos de orientação, como


Timóteo seguindo Paulo. Ele não seguiu Pedro, Tiago, João ou os outros apóstolos.
Paulo era seu único mentor. Os discípulos seguiram a Jesus. Josué seguiu Moisés.
Eliseu seguiu Elias somente; Segundo Reis 2 conta a história de como Elias tentou
deixar Eliseu três vezes - quando ele foi para Betel, Jericó e depois para o Jordão.
No entanto, o protegido, Eliseu, disse algo poderoso para Elias, o mentor, toda vez:
“Como o Senhor vive, e como vive a tua alma, eu não te deixarei” (2 Reis 2:2,4,6). Essa
devoção singular foi a chave que levou Eliseu a receber a dupla Unção de Elias.

67
A fidelidade é a chave para a dupla Unção. Eliseu sabia que Elias seria aceito;
assim fizeram os filhos dos profetas. Elias queria testar a fidelidade de Eliseu para
servi-lo. A fidelidade é um dos frutos do espírito encontrado em Gálatas 5:22. Se o
Corpo de Cristo aprender como continuar com seus líderes até o fim, poderemos
receber o manto desse líder. No entanto, somos uma geração de microondas que
quer colocar as mãos sobre nós hoje, para depois ir e fazer cruzadas de Curas ama-
nhã. Não funciona assim. Devemos servir e ser fiéis ao líder e ao seu ministério
para receber o que ele tem.

Alguns de nós estão dizendo: “Bem, eu não preciso esperar pelo homem. O Espírito
Santo me ungirá.” Sim, o Espírito Santo nos ungirá; mas lembre-se, Eliseu pediu uma
porção dupla do espírito de Elias, não o Espírito Santo:

E assim foi quando eles atravessaram, que Elias disse a Eliseu: “Pergunte! O que
posso fazer por você, antes que eu seja tirado de você? “Eliseu disse:” Por favor,
deixe uma porção dupla do seu espírito estar sobre mim. “Então ele
disse:” Você pediu uma coisa difícil. Todavia, se me vires quando eu for
tirado de ti, assim será para ti; mas se não, não será assim “(2 Reis 2:9,10
NKJV).

Nosso espírito individual vive dentro de nós junto com o Espírito Santo.
Eliseu queria os atributos e traços de seu mentor. Ele desejou o espírito de Elias. É
exatamente por isso que Eliseu começou a realizar Milagres semelhantes aos que
seu professor Elias fez durante seu ministério terreno. Todos podemos ter o Espí-
rito Santo, mas também temos diferentes Manifestações dos Dons. 1 Coríntios 12:
4 nos diz: “Agora há diversidades de Dons, mas é o mesmo Espírito.” Então, sim, podemos
ter alguns Dons, mas não todos. Todo ministério tem sua própria Unção particular.
1 Coríntios 14:32 nos diz: “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”. Se somos
chamados a ser profetas, precisamos não apenas do Espírito Santo, mas também
do espírito dos profetas. De acordo com a escritura profética, João Batista tinha o
espírito de Elias (ver Malaquias 4:5; Lucas 1:11-17). Podemos ter o espírito de pro-
fecia e profetizar. No entanto, isso não significa que temos o espírito do profeta
que nos permite caminhar no ofício do profeta. Isto é o que Eliseu recebeu do
profeta Elias - o espírito do profeta. Há uma grande diferença entre os Dons e os
ofícios ou mantos.

68
Em um capítulo anterior, mencionei que temos nossos maiores e menores
no ministério. Um dos principais ministérios pode ser Curas, enquanto o outro
pode ser profecia ou operar em Milagres. Ministérios que possuem cursos similares
ainda produzirão Manifestações diversas desses Dons. Alguns podem experimentar
pó de ouro pesado em suas reuniões, enquanto outros podem experimentar perda
de peso instantânea em suas reuniões. Alguns podem ter muitos doentes Curados
em seus cultos. Outros ainda verão manifestações de múltiplos Dons, enquanto
outros experimentam alguns deles.

Seja qual for o caso, se estivermos sob a cobertura de um ministério, recebe-


remos sua Unção particular. Lembre-se, o manto está no homem, não no Espírito
Santo. Em 1 Coríntios 12:7 lemos: “Mas a manifestação do Espírito é dada a todo homem
para tirar proveito disso”. Mesmo que o manto venha de Deus, ele ainda é atribuído a
um indivíduo ou ministério em particular.

Seguir o “Sr” do ministério nos ajudará a discernir se estamos seguindo o


ministério correto. Ele deve ser um homem 1) com um manto, 2) com uma men-
sagem, 3) com um mandato, 4) com uma manifestação, 5) com um ministério, isto
é 6) em uma missão, quem sabe 7) como administrar seu dinheiro. Se não vermos
todas essas qualificações no líder do ministério, então seguiremos o líder errado.

Antes de fechar este assunto, quero abordar um último ponto vital. Para evi-
tar ser ferido, mal utilizado ou mentido, evite esse erro. Não procure uma igreja ou
um mentor. Deixe-os encontrar você. Lembre-se, Jesus escolheu Seus discípulos.
Em João 15:16, Jesus disse: “Vocês não me escolheram, mas eu te escolhi e te ordenei”. Paulo
escolheu Timóteo (ver Atos 16:1-3). Elias escolheu Eliseu: “Então [Elias] partiu dali,
e encontrou Eliseu, filho de Safate, que lavrava com doze juntas de bois antes dele, e ele com o
décimo segundo; e Elias passou por ele e lançou sobre ele o seu manto.” (1 Reis 19:19).

Nosso mentor ou pastor deve nos encontrar arando. Ele deve ver se somos
dignos da Unção. Observe que Elias lançou o manto em Eliseu antes de realmente
recebê-lo. Eu acredito que foi porque ele queria ver se caberia Eliseu. Alguns de
nós estão tentando colocar sapatos e mantos que não cabem. Digo a todos os meus
protegidos: “Você pode fazer perguntas, mas não questione”. É bem simples: se sabemos
o que estamos fazendo, não precisamos de um mentor. É como dizer a um mecâ-
nico que conserta carros há anos como consertar nosso veículo. Devemos praticar
a lei do aluno e aprender a ouvir a autoridade. Se pudermos entender esse princípio

69
e a importância da orientação, podemos receber uma Unção dobrada. Então, vamos
abrir nossos corações para este princípio e para T.A.P. .
TREINAMENTO PRÁTICO
O seguinte princípio foi mal entendido e mal utilizado. Diminuiu ao longo
dos anos por causa de uma má interpretação sobre o reino de Glória ou Glória de
Deus. O princípio de que falo é a “imposição de mãos”. “Mão” nas Escrituras é comu-
mente usada e é geralmente traduzida da palavra hebraica YAD, que significa poder.

As mãos têm um uso literal, mas também são faladas em sentido figurado.
Em Gênesis 9: 2, a palavra mão infere força ou poder: “E o temor de vós e o terror de
vós serão sobre todos os animais da terra e sobre todas as aves do céu, sobre todos os que se movem
sobre a terra, e sobre todos os peixes do mar; nas tuas mãos eles são libertos.” A libertação está
no poder da mão, seja mão de Deus ou mãos humanas. Gênesis 48:14 ilustra outro
uso de mãos: “E Israel estendeu a mão direita e a colocou sobre a cabeça de Efraim, que era o
mais novo, e com a mão esquerda sobre a cabeça de Manassés, guiando suas mãos conscientemente;
porque Manassés era o primogênito.” Esta imposição das mãos significa bênçãos e orde-
nação. Sem a imposição de mãos no Antigo e no Novo Testamento, uma pessoa
não era oficialmente ungida ou nomeada pelos anciãos para essa posição, ofício ou
Dom. Encontramos um exemplo claro disso em 1 Timóteo 4:14: “Não negligencies o
Dom que há em ti, que te foi dado por meio de profecia, com a imposição das mãos do presbitério”.
Um Dom do Espírito foi dado pelo contato físico através da imposição das mãos.
Não foi dado apenas por pedir, mas pelo ponto de contato das mãos dos anciãos
para liberar a transmissão.

Neste verso, o Dom também foi dado através da profecia. Nós podemos
profetizar sobre alguém. No entanto, sem a imposição de mãos, a cerimônia, a or-
denação ou o presente não é completo. Também vemos isso em Atos 13:2,3: “Ao
ministrarem ao Senhor e jejuaram, o Espírito Santo disse: Separai-me Barnabé e Saulo para a
obra a que os tenho chamado. E quando eles jejuaram e oraram, e colocaram as mãos neles, eles
os mandaram embora”.

Saulo e Barnabé não se tornaram grandes apóstolos da Fé até que a oração,


o jejum e a imposição de mãos lhes foram administrados. O Espírito Santo falou o
chamado, mas o homem os comissionou pela imposição das mãos. Eu vejo muitas
mulheres e homens de Deus que se afastaram dessa prática. Há ministros que estão
convencidos de que a adoração e a atmosfera de Glória farão Milagres acontecerem.

70
Isso é verdade até certo ponto. No entanto, também observei muitos que compa-
receram a uma reunião de Curas e deixaram a reunião ainda doente, cega, em cadei-
ras de rodas e não entregues. Esses ministros dão desculpas dizendo que o Senhor
não está com eles para Curar ou que a atmosfera de adoração não era a certa.

Como mencionado anteriormente, quando Jesus andou na terra Ele não teve
um culto de adoração antes de administrar a Cura. Ele freqüentemente impunha as
mãos nas pessoas. Mateus 17:16, 17 nos fala de um pai clamando a Jesus para liber-
tar seu filho: “E eu o trouxe aos teus discípulos, e eles não puderam curá-lo. Então Jesus,
respondendo, disse: Ó geração perversa e perversa, até quando poderei estar convosco? quanto tempo
devo sofrer você? traga-o aqui para mim.” Se Jesus repreendeu os discípulos por não se-
rem capazes de expulsar demônios durante Seu ministério terreno, eu me pergunto
o que Ele pensa da igreja moderna. Quando alguém não é Curado, muitas vezes
passamos a culpa para Deus. No entanto, é a vontade de Deus que todos sejam
Curados, libertados e salvos. Nós, como cristãos, devemos começar a nos apropriar
da parte que desempenhamos na Libertação, na Cura e na integridade do povo. Se
levássemos mais tempo para ministrar às pessoas através da imposição de mãos,
veríamos mais Curas acontecendo. Jesus nos deu um bom exemplo em Lucas 4:40:
“Quando o sol estava se pondo, todos os que estavam doentes com diversas doenças os levaram até
ele; e pôs as mãos sobre cada um deles e os curou”.

Muitas vezes usamos a desculpa de que não podemos colocar as mãos em


todos, especialmente quando temos grandes multidões. No entanto, Jesus fez isso.
Alguns estimam que a multidão mencionada em Lucas 4:40 consistia em vários mi-
lhares de pessoas. Eu entendo que as circunstâncias às vezes nos impedem de impôr
as mãos em todos. No entanto, se tivermos a oportunidade, devemos impôr as
mãos naqueles que realmente precisam de oração.

Então, por que devemos impôr as mãos nas pessoas? “Não imponha as mãos de
repente sobre ninguém, nem participe dos pecados de outros homens: mantenha-se puro” (1 Timó-
teo 5:22). Muitos pensam que esta Escritura significa que não devemos ser rápidos
em colocar as mãos em alguém, o que é verdade. No entanto, no contexto, significa
não ser tão rápido em comissionar ninguém, especialmente aqueles que estão em
pecado. Isso não se refere àqueles que precisam de Cura administrada a eles. Jesus
também não impôs as mãos em todos, alguns apenas receberam sua Cura através
de sua Fé implacável (veja Mateus 15:22-28). Mas na maior parte do tempo, Ele
impôs as mãos em milhares de pessoas.

71
Foi através da imposição das mãos dos apóstolos que o Espírito Santo foi
dado e o povo recebeu o Dom de línguas. Simão o feiticeiro percebeu isso e erro-
neamente desejou comprar o Dom gratuito de Deus. Jesus disse a Seus discípulos
que se lembrassem: “De graça recebestes, de graça dai” (Mt. 10:8). Simão, o feiticeiro,
queria comprar o Dom dos apóstolos, dizendo: “Dá-me também esse poder, para que
aquele sobre quem eu impuser as mãos, ele receba o Espírito Santo” (Atos 8:19).

Simão o feiticeiro até pegou a revelação de que o poder era administrado


através da imposição das mãos dos apóstolos. Se um feiticeiro pode entender esse
princípio, por que não podemos? Pense nisso. Em muitas igrejas, muitas pessoas
nascem de novo, mas nunca recebem o Espírito Santo. Se o fizerem, será através
de outro ministério ou de um evangelista convidado. Talvez seja porque temos cha-
mados de altar sem impor as mãos para o batismo do Espírito Santo. Hoje em dia,
as pessoas se adaptaram para permitir que a atmosfera soberana faça tudo por elas.
Jesus disse que o poder está nas mãos, então por que não usamos esse ponto de
contato para Curas, Milagres, Sinais e Maravilhas?

Como falei anteriormente, a palavra hebraica YAD, que é mais frequente-


mente traduzida como “mão”, significa Força ou Poder. Para entender essa teoria,
precisamos primeiro entender o que a mão de Deus faz: “Tua destra, ó Senhor, é gloriosa
em poder; a tua destra, ó Senhor, despedaçou o inimigo” (Êxodo 15:6). Nós vemos aqui que
a mão direita de Deus é onde está o Seu poder. Lucas 22:69 confirma isto: “Daqui
por diante o Filho do homem se assentará à destra do poder de Deus.” A mão direita de Deus
é a fonte de Seu poder, e o Filho do homem senta daquele lado. Quem é aquele
filho do homem? Não é outro senão Jesus, claro. Mais uma vez, eu não estou di-
zendo que o Senhor não Cura sem colocar as mãos. Temos visto multidões de Mi-
lagres, Curas e Libertações sem tocar em uma única pessoa. No entanto, também
vimos muitos não serem Curados porque o ministro se recusou a impôr as mãos.
Se alguém não é Curado, eles dizem que não era o momento de Deus ou culpam a
atmosfera por não ser forte o suficiente. Então alguns dizem que as pessoas não
têm Fé. Quando olhamos para Marcos 6:5,6, afirma que mesmo Jesus teve que
aplicar este princípio quando o nível de Fé não era propício. Ele diz: “Ele [Jesus] não
pôde fazer nenhum milagre ali, exceto colocar as mãos em algumas pessoas doentes e curá-las. Ele
ficou surpreso com sua falta de Fé.” (NVI).

72
Jesus sabia que sua Fé não estava no nível para receber Milagres soberanos.
No entanto, ele não recusou as pessoas a Sua Cura, porque ele se recusou a impôr
as mãos. Ele passou para a segunda marcha e começou a administrar a Glória atra-
vés do ponto de contato com as mãos. Muitos acreditam que quando os ministros
impõem as mãos, eles operam na Unção, não na Glória de Deus. Isso está longe da
verdade. A imposição das mãos é apenas outra maneira de ministrar na Glória. A
razão pela qual muitas pessoas se cansam quando administram a Glória pela impo-
sição das mãos é porque elas ministram através da carne, não do espírito. Por este
motivo, a imposição de mãos recebeu uma má reputação.

Eu ministrei sob a Glória com imposição de mãos a centenas e até milhares


de pessoas em uma noite sem me cansar. Para colocar isso em perspectiva, perce-
bemos que devemos pedir ao Senhor que estenda Suas mãos para impôr o Poder
dEle sobre nossos inimigos (veja Atos 4:29,30). Também sabemos que permitir a
Cura Soberana do Senhor é sempre melhor. No entanto, quero que olhemos para
dentro de nós mesmos e vejamos se estamos fazendo a nossa parte também. Pode
chegar um momento em que não podemos esperar para fazer Milagres até que uma
banda ou líder de louvor cante as músicas certas.

O Espírito Santo não ministra a Glória ou Unção da mesma forma o tempo


todo. Um dia, Ele poderia nos dizer para impôr as mãos; no dia seguinte, Ele po-
deria dizer: “Apenas proclame a Palavra escrita”. Ninguém tem uma patente sobre o
Espírito Santo. Mesmo Jesus não ministrou da mesma forma o tempo todo. Lem-
bre-se: “Mas tudo isso produz esse e o mesmo Espírito, dividindo a cada homem o que quiser”
(1 Coríntios 12:11). É a vontade dEle, não a nossa vontade, então não determina-
mos como ele irá realizá-la. Devemos sair da nossa rotina e voltar à simplicidade do
Evangelho. Não importa quantas novas revelações recebamos sobre o reino da
Glória ou outros reinos. Nunca podemos tirar os métodos e mandamentos de Jesus
de como devemos administrar Milagres como crentes. Ele é o melhor exemplo de
como realizar Milagres. Leia Marcos 16:15-18 e T.A.P. .

Novamente, esta seção do livro não pretende insultar ou minar alguém que
não administra a imposição de mãos. O objetivo é encorajar-nos a voltar aos dias
do nosso primeiro Amor, antes de aprendermos sobre os reinos atmosféricos. Os
dias em que nós ungíamos a tudo o que víamos e estávamos dispostos a impôr as
mãos em nossos animais de estimação. Esta seção também não foi feita para dar

73
elogios a qualquer homem. O objetivo é nos ajudar a reconhecer o papel que de-
sempenhamos nos Dons do Espírito sendo liberados. O Senhor não pode quebrar
a jurisdição que Ele nos deu. Jurisdição significa o direito legal ou poder de inter-
pretar e aplicar a lei do território no qual esse poder é exercido. Deus nos deu do-
mínio nesta jurisdição (ver Gn. 1:26-28). Ele teve que se tornar homem para salvar
o homem. O trabalho depende de nós; nós temos o Poder e esse Poder está em
nossas mãos.
T.A.P. (TOQUE) ATRAVÉS DA TV
Eu amo assistir televisão cristã. Eu era um novo crente com uma ofício So-
brenatural, então eu precisava de um mentor que se movesse no Sobrenatural. Era
raro encontrar pessoas na minha cidade que se moviam na Glória. Muitas igrejas
tiveram um bom entretenimento, mas não tiveram a revelação sobre a Unção at-
mosférica. Eu costumava aparecer nas igrejas falando sobre Manifestações de pó
de ouro, e eles achavam que eu tinha saído do fundo do poço. Então, fui forçado a
assistir televisão cristã e a Internet para aprender mais sobre o Sobrenatural.

O programa “It’s Supernatural!” com Sid Roth chamou minha atenção mais do
que o restante dos programas. Eu assisti ao programa e vi pessoas comuns se mo-
vendo na Unção e fazendo com que parecessem tão fácil. Eu me tornei um fã fiel,
assistindo o programa toda vez que ia ao ar. Então, eu iria na internet e assistia aos
arquivos. Um dia, assisti ao pastor Tony Kemp no programa. Ele disse que assistiu
a programas arquivados como eu. Ele então teve a chance de conhecer alguém do
programa que lhe deu uma orientação aprofundada sobre o Sobrenatural. Antes
que ele percebesse, ele estava no programa falando sobre seus próprios encontros
no Sobrenatural. Eu disse a mim mesmo: “Eu vou fazer a mesma coisa que o cara fez.”

Meses se passaram e meu amigo me disse que teve um sonho que Sid Roth
veio até ele e disse: “Shawn tem um livro que ele precisa escrever sobre o Sobrenatural”.
Quando ele me contou sobre o sonho, fiquei animado. No entanto, ignorei porque
não sabia coisa alguma sobre como escrever um livro. Eu mal conseguia ler, então
sabia que era apenas outro sonho. Dois anos se passaram e meu ministério começou
a progredir. Eu comecei a encontrar pessoas em conferências que eram ex-convi-
dados do “It’s Supernatural!” com Sid Roth.

Um dia, eu estava em uma reunião em Dallas com David Herzog, e o Espírito


Santo me deu um acrônimo. Ele disse: “T.A.P. - os princípios ungidos”. A eletricidade

74
passou pelo meu corpo. Ele disse: “Este é o livro que quero que você escreva. Comece agora!”
Meu amigo Joel esteve comigo durante o encontro, e o Senhor nos lembrou do
sonho que teve dois anos antes.

Então, conheci Kathie Walters. Ela andou até mim, tocou-me com o dedo
indicador direito e disse: “Oh, um profeta!” Eu quase fui derrubado. As pessoas atrás
de mim sentiram o aumento de Energia. Ela me disse: “Se eu tocar você com a mão
esquerda, significa que você está apenas entrando no Dom. No entanto, se eu tocar você com a mão
direita, você está andando naquele ofício do Dom.” Então, ela me repreendeu por ter um
espírito religioso. Eu levei com amor. Ela é uma mulher tão engraçada.

Mahesh Chavda profetizou sobre minha esposa e eu sobre o nosso ministério


e meu livro. Ele também falou sobre o quão poderoso seria nosso ministério e disse
que queria a primeira cópia do meu livro quando estivesse terminado. Leif Hetland
profetizou que eu iria para as nações. John Kilpatrick profetizou sobre mim e disse:
“Quando você pregar, você terá fogo em seu coração e lágrimas em seus olhos.” Glenda Jackson
e eu estamos trabalhando juntos para abrir os poços do avivamento. Joan Hunter e
eu nos tornamos bons amigos. Ela é uma mulher incrível de Deus e eu fui ordenado
sob seu ministério de Cura. Tony Kemp e eu finalmente nos conhecemos. Era
como se a história se repetisse. Ele concordou em ser um mentor espiritual para
mim e me ensinou muito. Por último, mas não menos importante, o pastor James
e Gloria Durham se tornaram como pais espirituais para mim. Eles têm muita sa-
bedoria e amor a Deus. Eu os amo e agradeço-lhes por me ajudarem a tocar!
(“TAP” em inglês).

SENHOR, EU ORO POR AQUELES QUE LERAM ESTES


DESSES PRINCÍPIOS QUE EU TENHO USADO PARA TO-
CAR (TAP) EM SUAS BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS, POSSAM
RECEBÊ-LOS COM FACILIDADE E GUIÁ-LOS EM TODA
A VERDADE EM SUA JORNADA ESPIRITUAL PARA OB-
TER A PLENITUDE DE DEUS.

TOQUE! (TAP!)

75
CAPÍTULO 4

PRINCÍPIOS DA COMUNHÃO
O PODER DA COMUNHÃO
Neste capítulo, explicarei a importância da comunhão ou comunicação com
o Espírito Santo. Também elaborarei o papel vital do Espírito Santo nas atividades
do dia-a-dia na caminhada de um crente com o Senhor. Durante este processo de
avaliação do Espírito, receberemos uma comunicação por mais da presença do Es-
pírito Santo em nossas vidas. Nesta seção, nós tocaremos no mundo do Espírito
Santo.

A palavra “comunhão” é traduzida da palavra grega KOINONIA, e é defi-


nida como “parceria ou associação, comunhão espiritual ou intimidade” ou “beneficência”. Uma
benção é uma doação ou um presente de caridade. A comunhão com o Espírito
Santo não é apenas compartilhar palavras; também é um Dom. Portanto, devemos
retribuir o Dom de comunhão ou comunicação para mostrar nosso apreço por Ele.
A comunhão também significa uma “partilha mútua de sentimentos e pensamentos”. Na
língua grega, KOINONIA também significa “parceria”. A palavra parceria significa
“duas ou mais pessoas que administram um negócio juntas e compartilham os lucros e perdas”.
Uau! Então, isso significa que somos parceiros de negócios e co-CEOs com o Es-
pírito Santo. Ajudamos a supervisionar as operações diárias dos negócios do Pai
Deus com Ele. Marcos 16:20 diz: “E saíram e pregaram em todo lugar, o Senhor traba-
lhando com eles e confirmando a palavra com sinais a seguir”. Essa passagem nos diz que o
Senhor estava trabalhando com eles, não para eles. Trabalhamos com o Senhor
como parceiros de negócios, não como empregados. Quando entendermos nossa
posição correta no Reino, veremos os benefícios dessa posição.

O Corpo de Cristo tem um espírito preguiçoso. Eles esperam que o Senhor


faça negócios do reino por eles. Há uma desculpa que eles adoram usar para explicar
esse dilema: “Eu estou apenas esperando no Senhor”. Eu odeio ser um destruidor de
responsabilidades, mas o Senhor está nos esperando para começar a trabalhar. O
Corpo de Cristo não entende este conceito porque as tradições dos homens nos
ensinaram que não podemos fazer com que Deus se mova quando queremos que
Ele o faça. Ao crescer, aprendi que não podemos falar com Deus do jeito errado
porque Ele pode nos derrubar. Mas, uma vez que eu estava cheio do Espírito Santo

76
e comecei a cavar a Palavra para mim, percebi que Deus permite que as pessoas
expressem seus sentimentos a Ele e negociem com Ele.

Aqui estão alguns exemplos das Escrituras.


ABRAÃO
E o Senhor disse: Esconderei de Abraão aquilo que faço (Gênesis 18:17).

Nesta passagem, o Senhor estava prestes a destruir Sodoma e Gomorra por


seus pecados. No entanto, antes de tomar uma decisão na Terra, ele consultou pri-
meiro seu parceiro de negócios - sim, Abraão - que, em resposta, começou a nego-
ciar com Deus. O seguinte versículo nos fala sobre o fim dessas negociações.

E ele disse: “Não se enfureça o Senhor, e eu ainda falarei desta vez; porventura dez serão
achados ali. E ele disse, eu não vou destruí-lo por dez justos. E o Senhor foi o seu caminho, logo
que ele saiu comungando com Abraão: e Abraão voltou ao seu lugar.” (Gênesis 18:32,33).

Isso enfatiza o poder da comunicação ou comunhão. Abraão negociou com


Deus em nome de Sodoma e Gomorra. Com a força de Abraão, o Senhor teria
poupado essas cidades, se Ele tivesse encontrado justiça.
A MULHER GENTIA
Mas ele respondeu e disse: “Não é justo pegar o pão das crianças e lançá-lo aos cães.
E ela disse: Sim, Senhor, mas os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa do seu
mestre. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: ç mulher, grande é a tua Fé; seja-te feito como queres.
E sua filha foi curada desde aquela mesma hora.” (Mateus 15: 26-28).

Esta mulher gentia não estava nem no pacto com Deus. No entanto, sua Fé
abriu a porta da comunicação e ela começou a negociar com Deus. Mesmo que não
estivesse em seu desejo de alcançá-la, a Fé implacável lhe deu uma audiência com
Jesus. Em Mateus 15:24, Ele declarou: “Eu não fui enviado senão às ovelhas perdi-
das da casa de Israel”. Essa mulher gentia sabia como se comunicar com Deus
através do princípio da Fé; ela foi capaz de mudar o coração, a mente e a designação
de Deus.

77
EZEQUIAS
Ezequias orou trinta palavras e o Senhor mudou de idéia e deu-lhe mais
quinze anos de vida. Podemos encontrar essa história em II Reis 20:1-6. Se enten-
dermos que o Senhor quer que nos comuniquemos com Ele de maneira honesta e
emocional em espírito, então, e somente então, veremos mais Manifestações do
Espírito no reino da terra. Então vamos tocar! (“TAP” em inglês)
QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
Antes de embarcarmos na jornada de descobrir as origens e atributos do Es-
pírito Santo, vou definir o que Ele não é. Eu gosto desta descrição do Espírito
Santo:

Ele não é água (Ele refresca como a), vento (Ele ' Ele se move como o), fogo
(Ele purifica como o) ou pomba branca (Ele é gentil como uma); Ele não é “isso”,
mas sim um Ele. Ele é uma Pessoa, não uma Presença.4

Ele é uma Pessoa real com uma Presença.

Muitos vêem o Espírito Santo como uma força de energia de Deus que é
liberada na atmosfera quando estamos em um culto na igreja. Alguns o identificam
como arrepios ou reações emocionais que as pessoas recebem durante um período
de adoração. Eu cresci com um histórico tradicional batista. Quando alguém “pegava
o Espírito Santo” em um culto, os contínuos começavam a abaná-lo. Eles escoltariam
essa pessoa para fora do prédio se ele ou ela se tornasse uma grande distração. As
pessoas, eu inclusive, se virariam em nossos assentos olhando para essa pessoa
como se ela tivesse acabado de morrer. Mas, mesmo quando menino, eu questionei:
“Se esse é o Espírito Santo, por que eles escoltam Deus para fora do edifício?” Eu me perguntei:
“Se isso não é o Espírito Santo e é apenas emocionalismo”, eu queria saber “Quem era o
Espírito Santo e como Ele opera?”
PRECISANDO CONHECÊ-LO
No segmento anterior, expliquei quem é o Espírito Santo. Então, deixe-me
compartilhar o que aprendi sobre quem Ele é do meu próprio conhecimento, ex-
periências e encontros com Ele. O Espírito Santo é a terceira pessoa da divindade

4 Timothy Kyara, “As 3 coisas mais importantes da sua vida: Mike Murdock”, A caminho da liberdade
financeira, 16 de fevereiro de 2011, https://timkyara.wordpress.com/books-i-am-reading/the-3 -
coisas mais importantes em sua vida - mike-murdock.

78
trina. Mateus 28:19 e 2 Coríntios 13:14 falam dos três: Pai, Filho e Espírito Santo.
A palavra Espírito no Antigo Testamento é quase sempre a tradução da palavra
hebraica RUACH, como em Zacarias 4:6: “Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel,
dizendo: Não por força nem por poder, mas pelo meu espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” A
palavra RUACH significa “sopro, vento, tato “ou” para fazer uma rápida compreensão”. No
Novo Testamento, “espírito” é traduzido da palavra grega PNEUMA, semelhante
no sentido de RUACH no hebraico.

Eu entendo agora por que ministros sopram o fôlego na platéia e dizem pa-
lavras como “toque”, e a multidão sente uma reação tangível do Espírito se manifes-
tando em uma matéria Sobrenatural. É possível que o Espírito Santo esteja usando
o ministro como anfitrião para fazer esses gestos e declarações, tais como “toque”,
para que Ele possa se apresentar ao povo. Devemos entender que o Espírito Santo
não é apenas o espírito comum que podemos ver em um filme de terror ou em um
programa de atividade paranormal. O que faz o Espírito Santo se destacar em uma
classificação própria? A resposta é: Ele é Santo!

O que é Santo? “Santo” é traduzido de uma palavra hebraica QADOSH, que


significa “observar como limpo, para consagrar, purificar ou santificar-se totalmente.” Da
mesma forma, no Novo Testamento, a palavra grega HAGIOS significa “sagrado e
separado para Deus”. Todas as definições pintam uma bela imagem do que o Espírito
Santo significa para nós em nossa caminhada com Deus. O preenchimento e a co-
munhão com o Espírito Santo é uma parte vital de nossas vidas quando recebemos
Jesus Cristo como nosso Salvador. De fato, é somente através da santificação pelo
Espírito do Pai, com o Espírito Santo, que podemos chegar a Jesus. Em João 6:44,
Jesus disse: “Ninguém pode vir a mim, a menos que o Pai, que me enviou, o atraia; e eu vou
levantá-lo no último dia.”

Como Ele nos atrairá e nos elevará? Claro, Ele só pode nos atrair através do
Espírito Santo. Romanos 8:11 diz: “Mas se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a
Jesus habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo dentre os mortos também vivificará os vossos
corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós”.

É o Espírito Santo que nos ressuscita dos mortos. Estas são algumas das
muitas referências bíblicas que mostram a importância do Espírito Santo antes e
depois da conversão do novo nascimento. A maioria dos ministros do Evangelho
prega sobre Jesus, e é isso que eles devem pregar. No entanto, uma vez que isso

79
acontece, devemos enfatizar a importância do Espírito Santo. Isso deve ser feito
para que possamos acessar o Poder de Jesus que permitirá que o novo crente per-
maneça no caminho. O Espírito Santo é como o amigo imaginário invisível que
tínhamos quando éramos criancinhas. A única diferença é que Ele é real e responde
quando nós comungamos com ele. O Espírito Santo quer nos alimentar os nutri-
entes da Presença de Deus. No entanto, devemos ter comunhão e participar desta
refeição através da comunicação. Lembre-se, uma boca fechada não é alimentada.
DEUS, O ESPÍRITO SANTO E JESUS
Nós somos seres de três partes, assim como Deus está de acordo com Pri-
meira Tessalonicenses 5:23: “Eu oro a Deus que todo o seu espírito, alma e corpo sejam
preservados inculpáveis.” Fomos feitos à imagem de Deus segundo Gênesis 1:26, 27. O
início do versículo 26 diz: “E Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem, à nossa seme-
lhança.” Observe que Deus disse “nosso” e “nós”. Ele se referiu a si mesmo em um
sentido plural. Aqueles que participaram desta reunião foram Deus Pai, Deus Filho
e Deus Espírito Santo. Ele estava conversando com todos os três, embora estivesse
falando para Si mesmo.

Mateus 28:19 diz: “Ide, pois, e ensina a todas as nações, batizando-as em nome do Pai
e do Filho e do Espírito Santo”. Ele disse para batizá-las no “nome”, não “nomes”. Essa
palavra é singular, não plural. O Senhor está fazendo a afirmação de que Ele tem
apenas um Nome, mas três personalidades. Bem, que Nome devemos usar então -
Deus, Jesus ou o Espírito Santo?

“Pelo que Deus o exaltou [Jesus] e lhe deu um nome que está acima
de todo nome. Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho das coisas
do céu, e da terra, e debaixo da terra; e que toda língua confesse para a Glória
de Deus Pai” (Filipenses 2:9-11).

Atos 2:38 nos diz: “Então Pedro lhes disse: Arrependei-vos, e cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo, para a remissão de pecados, e recebereis o Dom do Espírito
Santo”. O que o apóstolo Pedro fez - ele recebeu a comissão de Jesus para batizar
em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Então, por que ele batizou essas pessoas
em Atos 2:38 somente em nome de Jesus e não de Deus ou do Espírito Santo?
Pedro estava retrocedendo e se rebelando contra Deus? A resposta é não. Veja,
Pedro captou a revelação de que Jesus Cristo era todos os três da Divindade em um

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de acordo com Colossenses 2: 9, “Nele habita toda a plenitude da divindade corporalmente”.
Jesus era Deus o Pai, Deus Filho e Deus o Espírito em um só corpo.
Em Romanos 13:14, Ele é referido como o “Senhor Jesus Cristo”. O Senhor é
uma tradução do grego KURIOS, que significa “senhor, senhor ou dono”. Jesus no
grego é IESOUS, que é traduzido do hebraico A palavra YEHOSHUA /
JEHOSHUA - contrabalançada com Joshua significa que “Jeová/Yahweh salva”.
Cristo é da palavra grega CHRISTOS, que significa “o ungido” ou “o Messias”, uma
descrição do Espírito de Deus. Acima, eu referenciei Atos 2:38, que diz: “E recebereis
o Dom do Espírito Santo”. Portanto, se formos batizados em nome de Jesus Cristo
para a remissão de pecados, receberemos o Dom do Espírito Santo. Por que preci-
samos do Espírito Santo se já temos a plenitude da Divindade quando recebemos
Jesus? A resposta é que recebemos a Deus em nosso coração quando recebemos
Jesus. No entanto, quando recebemos o enchimento do Espírito Santo, aceitando
o Dom de Deus, recebemos Poder para operar da maneira que Jesus fez na Terra.
É a cereja no topo do bolo.
JESUS PRECISOU DELE
Na sociedade de hoje, o Novo Testamento, os crentes modernos sabem que
não podemos expulsar demônios ou fazer grandes façanhas para Deus a menos que
seja através do Nome de Jesus Cristo. No entanto, gostaria de propor uma pergunta:
que Nome Jesus usou para expulsar demônios e Curar os enfermos durante Seu
ministério terrestre? Não há indicação em nenhum dos Evangelhos de que Ele usou
um nome ao realizar milagres. Também não há indicação de um nome que os pro-
fetas do Antigo Testamento possam ter usado. Profetas antigos não tinham conhe-
cimento do nome de Jesus durante o tempo deles. Jesus não usou o próprio nome
ao expulsar espíritos. Devemos nos perguntar: de onde veio a fonte de Poder para
realizar Milagres sem o uso de um nome?

Veja Mateus 12:28, onde Jesus faz esta afirmação: “Mas se eu expulso demônios
pelo Espírito de Deus, então o reino de Deus vem a vós”. Jesus realizou Milagres através do
Poder do Espírito Santo. Ele revelou o Espírito de Deus como Sua Fonte de Poder.
Infelizmente, na sociedade moderna, tendemos a ignorar a suficiência do Espírito
Santo. Jesus estava dizendo: “Eu tenho meu Poder e meu ministério por causa do Espírito
de Deus”. Jesus estava dizendo que quando o Espírito de Deus se Move, todo o
Reino de Deus se move. Nós entendemos isso? Quando o Espírito de Deus se
move, todo o Reino de Deus se move.

81
Marcos 1:10-12 nos diz:

“E, logo que saiu da água, viu os céus se abrirem, e o Espírito desceu como pomba
sobre ele; e saiu uma voz do céu, dizendo: Tu és meu Filho amado, em quem me
comprazo. E imediatamente o Espírito levou-o [Jesus] para o deserto.”

Não foi até que o Espírito desceu como uma pomba que João ouviu a Voz
que clamava Jesus como Seu Filho. Foi a Voz do Espírito. Nós, como humanos,
não podemos lidar com a voz de Deus Pai. Deve ser filtrada através da voz do
Espírito Santo para nos manejarmos no natural. Sua Voz é trovejante e suas obras
são tão grandes que não podemos compreendê-las (ver Jó 37: 5). A Voz de Deus é
tão poderosa que os filhos de Israel pensaram que morreriam se continuassem a
ouví-la (veja Êx 20:18). É por isso que precisamos ter o Espírito Santo - Ele é aquela
voz ainda pequena em Primeiros Reis 19:12. Lembre-se, é uma voz ainda pequena,
e não uma voz alta de corrida que estamos acostumados. Veja, nós devemos ficar
quietos e quietos para ouvir Sua voz nessa capacidade. Devemos aprender a romper
com as ocupações da vida, a gastar esse tempo em sintonia com a frequência do
Céu. Deus está sempre falando. No entanto, estamos muito ocupados para ouvir.
Podemos ser guiados pelo ministério e não movidos pela Sua Voz. Se obedecermos
fielmente à Voz de Deus e fizermos tudo o que Ele nos ordenar, essas Bênçãos
virão sobre nós e nos alcançarão (ver Deuteronômio 28: 1-2). Quanto mais sinto-
nizamos a estação de comunicação do Espírito de Deus, mais abençoados nos tor-
namos na Terra. Então, como podemos ouvir a Voz de Deus mais claramente, além
de ficarmos quietos? Fico feliz que você tenha perguntado.
ORE AO PAI
João 14:16 é uma passagem muito interessante das Escrituras que diz: “E eu
vou orar o Pai, e ele lhe dará outro Consolador, para que ele possa permanecer com você para
sempre.” Eu amo a primeira parte deste verso. Jesus disse: “Vou orar ao Pai “. Esse
versículo está se referindo a uma oração em particular que Jesus iria ministrar a Seus
discípulos. No entanto, por que ele declarou dessa maneira? Um dia, perguntei ao
Espírito Santo o que Jesus estava dizendo aqui. O Espírito Santo revelou-me que a
declaração “Eu vou orar o Pai” significa que Ele oraria no Espírito Santo. Orar no
Espírito Santo é orar diretamente ao Pai (veja 1 Co. 14:2).

Para explicar mais, Jesus estava ciente do Dom de línguas, porque em Marcos
16:17 se lê: “E estes sinais seguirão aos que crerem; Em meu nome expulsarão demônios; eles

82
falarão com novas línguas.” Antes de Sua ascensão, Jesus estava explicando a seus dis-
cípulos a detalhada manifestação de um verdadeiro crente. Lembre-se de que os
discípulos já estavam operando em certos Dons, tais como expulsar demônios e
curar os enfermos (ver Mateus 10: 1-8). Contudo, a manifestação de falar em línguas
não lhes havia sido revelada ainda. Em Atos 2:38, Pedro disse à multidão que se
arrependesse e fosse batizada e recebesse o Espírito Santo. Pedro sabia que Jesus
havia dito a eles como seria um crente do Novo Testamento em Marcos 16:17.
Além disso, vemos isso em Atos 19:2, onde Paulo perguntou a certos discípulos em
Éfeso se eles haviam recebido o Espírito Santo depois de crerem. Paulo estava per-
guntando se eles haviam sido batizados no Espírito Santo. O batismo era o assunto
em questão (veja Atos 19:3). Era costume naquele tempo que um crente do Novo
Testamento recebesse o batismo do Espírito Santo. Durante esse encontro, uma
experiência aconteceu. Atos 19:6 nos diz: “E quando Paulo impôs as mãos sobre eles, o
Espírito Santo desceu sobre eles; e eles falaram em línguas e profetizaram”.

Falar em línguas era a linguagem de oração da qual Jesus falou em Marcos


16:17. Contudo, note que Jesus não gostaria que tivéssemos algo que Ele não co-
nhecesse ou fizesse a Si mesmo. Em 1 Pedro 2:21, diz: “Pois mesmo assim fostes cha-
mados, porque também Cristo padeceu por nós, deixando-nos um exemplo, para que seguisses os
seus passos.” Esta Escritura diz-nos que Ele nos deixou um exemplo. Em Marcos 16,
Ele deixou uma explicação do Sinal que diferenciaria entre aqueles que eram Dele
e aqueles que não eram. No entanto, existe um exemplo terreno de Jesus usando as
línguas nas Escrituras? Sim existe. Em João 11:33, a Escritura diz: “Quando, pois,
Jesus a viu chorar, e também os judeus chorando, que vinham com ela, gemeu no espírito e ficou
perturbado”. Uau! Jesus gemeu no espírito, não na carne. Existe outra Escritura do
Novo Testamento que descreve este gemido no encontro do Espírito?

Se examinarmos Romanos 8:26, veremos a seguinte Escritura: “Da mesma


forma, o Espírito também ajuda nossas fraquezas, porque não sabemos o que devemos orar como
devemos, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser entendidos”.
Este versículo indica-nos que o gemido está ligado à oração, ao Espírito Santo e à
intercessão. Ele até se liga a Efésios 6:18, que afirma: “Orando sempre com toda oração
e súplica no Espírito, e vigiando ali com toda a perseverança e súplica por todos os santos”.

No Antigo Testamento, “súplica” é freqüentemente traduzida da palavra he-


braica TECHINNAH, que se origina da palavra CHANAN, que significa “pedir, mos-

83
trar favor ou ter misericórdia”. Portanto, faria sentido que Jesus estivesse fazendo sú-
plica. Como Ele gemeu no Espírito por Lázaro. Ele favoreceu-o e mostrou-lhe mi-
sericórdia. Doeu Jesus quando Lázaro morreu; a Bíblia nos diz: “Jesus chorou” (João
11:35). Em João 11:33, Jesus gemeu no espírito e depois disso chorou em João
11:35. Portanto, não podemos associar o gemido e o choro como a mesma coisa.
Lembre-se, ambos foram feitos em intervalos de tempo separados das Escrituras.
Depois que Jesus gemeu no Espírito, na frase seguinte ele disse: “Onde o puseste?”
(João 11:34). Imediatamente depois que Ele gemeu no Espírito, Ele estava pronto
para ressuscitar os mortos.

Judas 1:20 fala desse tipo de ação. Ela diz: “Mas vós, amados, edificais-vos na vossa
santíssima Fé, orando no Espírito Santo”. É preciso o Dom da Fé para ressuscitar os
mortos, que é desencadeado pela oração ou gemidos no Espírito. Este foi o mesmo
Dom da Fé que o apóstolo da Fé Smith Wigglesworth era conhecido em seu minis-
tério. Ele levantou muitas pessoas dentre os mortos. Smith era um homem que
constantemente orava no Espírito. Jesus nos deu um princípio a seguir para que
possamos realizar grandes milagres. Se pudermos olhar além de nossas mentalida-
des teológicas, então talvez, apenas talvez, possamos ver como a oração no Espírito
Santo foi aplicada por Jesus no túmulo de Lázaro. Então, quando “oramos ao Pai”,
devemos começar a ver a ressurreição de mortos em nossas igrejas, hospitais, ruas,
bairros e comunidades.

Vamos aprender a comungar com o Espírito Santo e entender Sua importân-


cia vital para nossas vidas. Então, de acordo com 2 Coríntios 13:14: “A graça do
Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós”
(NIV). Obrigado, Espírito Santo - você é a força orientadora em nossas vidas e, a
partir de hoje, nós os honraremos mais, em Nome de Jesus, oramos.

EU ORO EM NOME DE JESUS CRISTO PARA QUE TODOS


QUE LEREM ESTE CAPÍTULO E ORAREM SEJAM BATI-
ZADOS NO ESPÍRITO SANTO E FOGO! SENHOR, DE
ACORDO COM LUCAS 11:13: “SE, POIS, SENDO MAUS, SA-
BES COMO DAR BOAS DÁDIVAS AO SEUS FILHOS:
QUANTO MAIS O VOSSO PAI CELESTIAL DARÁ O ESPÍ-
RITO SANTO ÀQUELES QUE O PEDIREM?” RECEBA O
ESPÍRITO SANTO, E COMECE A FALAR EM LÍNGUAS
COMO O ESPÍRITO DÁ EXPRESSÃO.

84
CAPÍTULO 5

PRINCÍPIOS DA ADORAÇÃO
O QUE SÃO NÍVEIS DE ADORAÇÃO?
Existem diferentes níveis de adoração que podemos experimentar no reino
da Presença de Deus. Cada nível nos dará uma visão diferente e compreensão dos
princípios da adoração.

Um nível é uma posição a partir da qual outras alturas e profundidades são


medidas. Existem medições no mundo espiritual que determinam o acesso aos rei-
nos invisíveis.

Para acessar o espírito de Fé, por exemplo, Judas 1:20 nos diz: “Edifique-se na
sua mais santa Fé, orando no Espírito Santo”. Construir significa “moldar ou criar; para
desenvolver ou adicionar.” O Corpo de Cristo usa o termo edifício do Reino. Nós de-
vemos primeiro construir aquele lugar onde o Rei está. Então, eu faço a pergunta:
“Onde está o rei?” Bem, de acordo com Lucas 17:21, “nem dirão: Eis aqui! ou lá! pois eis
que o reino de Deus está dentro de vós”. Devemos considerar a verdade de que o Reino
de Deus está dentro de nós. Se nos despedaçarmos por dentro, o Reino de Deus
dentro de nós também será destruído. Portanto, devemos reconstruir o templo de
Deus (ver 1 Coríntios 6:19). Então devemos descobrir a profundidade, largura e
altura de como reconstruir o Seu Reino. Então, como fazemos isso? A resposta é
através da adoração. Deixe-me explicar por quê.
ONDE ADORAR
João 4: 20-21 nos diz: “Nossos pais adoraram neste monte; e dizeis que em Jerusalém
é o lugar onde os homens devem adorar. Disse-lhe Jesus: As mulheres, creiam-me, vem a hora em
que, no monte, e em Jerusalém, não adorareis o Pai.” Vemos nesta Escritura que o culto a
Deus não se limita a uma estrutura ou a um ponto geográfico. Muitas vezes, pasto-
res e líderes de todo o mundo acreditam que seu edifício ou igreja é a morada do
Espírito Santo. Contudo, a verdade é que Ele habita nos vasos que O adoram “em
espírito e em verdade” (João 4:23). Não é um edifício feito pelas mãos do homem. É a
estrutura individual do Reino dentro de nós que determina o nível de adoração ao
qual Deus manifestará Sua Presença na terra.

85
Muitas pessoas adoram emocionalmente e não em espírito e verdade. Qual-
quer um pode louvar a Deus, mas somente um verdadeiro adorador pode adorar a
Deus. Posso dar um dólar a um sem-teto e ele gritará louvores ao Senhor. No en-
tanto, isso não significa que ele tenha as credenciais de um adorador ou tenha um
relacionamento com Deus. Salmos 150:6 diz: “Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor.
Louvai ao Senhor.” Qualquer pessoa ou qualquer coisa que possa respirar louvará a
Deus eventualmente. No entanto, nem tudo ou todos vão adorá-lo. É preciso um
certo tipo de indivíduo para adorar a Deus. Essa pessoa deve ter um relacionamento
pessoal com Deus para ter acesso a esse tipo de comunicação. Nem todo mundo
comunga com Deus nesse nível. No entanto, todos podem se colocar em posição.
Um verdadeiro adorador pode ser reconhecido pelo aroma do Céu que eles carre-
gam em suas vidas. Sua descrição de Deus é um ponto de vista totalmente diferente
do que um crente comum. Podemos ouvir em sua conversa o nível de intimidade
que eles têm para Deus, especialmente quando surge um assunto sobre Ele. Os
verdadeiros adoradores são crianças choronas. Uma pessoa que esteve por trás do
véu e entrou no Santo dos Santos com Deus carrega um anseio no coração para
estar com Ele novamente. Nada mais importa para eles. Eles vão chorar pela queda
de um chapéu apenas mencionando-o.

Em João 4:23, vemos que as Escrituras nos dizem que “o Pai busca tais pessoas
para adorá-lo”. Na adoração, podemos buscar a Deus. No entanto, não é adoração
verdadeira até que Deus Pai comece a nos procurar. Quando procuramos o Pai,
inflama uma reação em cadeia espiritual que Ele não pode resistir. Quando estamos
buscando a Deus em adoração, é quase como se estivéssemos cortejando-o. Deus
então acha difícil não responder ou participar do namoro. É semelhante a experi-
mentar uma energia que é idêntica ao amor que uma mãe concede a seus filhos. Ou
como recém-casados em lua de mel que estão profundamente apaixonados. Agora,
não somos mais apenas nós buscando o Pai; Ele está procurando por nós.

Pense em como é importante estar em um relacionamento de dois lados. Um


sinal de que alcançamos o ponto vital no auge da adoração é quando nosso ser físico
experimenta uma sensação de entorpecimento. Durante este processo, a atmosfera
se tornará silenciosa e nós desligaremos os sons das atividades terrenas. O peso da
Glória de Deus vai pesar sobre nossos corpos até que não possamos nos mexer.
Começaremos a passar por Gloriosas Nuvens de Luz e as Correntes Elétricas pas-
sarão pelo nosso corpo físico. Nossa consciência do tempo cronológico diminuirá
à medida que embarcarmos nessa jornada para um momento KAIRÓS com Deus.

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É quando sabemos que atravessamos a barreira da carne e entramos nesse lugar
sagrado. Quanto mais profunda e intensa a adoração é, mais o Senhor revela a Sua
Glória para nós. Quando entramos no espaço pessoal de Deus através da adoração,
Ele então entra em nossos assuntos pessoais por meio de bênçãos.
FACETAS DIFERENTES
Nesta seção do capítulo, discutiremos as diferentes facetas da adoração. Fa-
cetas são aspectos ou visões diferentes de uma pessoa ou assunto. Nosso assunto
particular é a adoração. A palavra adoração significa “reverência por um objeto sagrado”
ou “alta estima ou devoção por uma pessoa”. De acordo com a visão bíblica e espiritual,
culto significa “curvar-se, prostrar-se ou obedecer”, “honrar”, “reverência” ou “homenagear
seres ou poderes superiores, como homens, anjos ou Deus”. É mais frequentemente usado
como um sistema de honra pago a uma divindade, seja Deus ou Satanás (o diabo).
Também pode ser um reconhecimento privado ou público dessa presença divina.

Na Bíblia, os patriarcas israelitas demonstraram os vários estágios da adora-


ção quando eles reverenciavam a Deus e se sacrificavam a ele. Eles avançaram dos
altares do Tabernáculo e finalmente construíram o Templo. Os altares foram cons-
truídos em pedra e usados por indivíduos e grupos em simples atos de adoração e
reverência. Tanto no Tabernáculo como no Templo, a adoração era organizada com
um complexo sistema de rituais e sacrifícios que Deus delineou para Moisés no
Monte Sinai. O templo foi construído durante o reinado do rei Salomão. O Taber-
náculo era um santuário portátil, ou tenda, que servia como um local de adoração
para os israelitas enquanto vagavam pelo deserto. Tanto o Tabernáculo como o
Templo tipificaram a morada de Deus com o Seu povo.

O Tabernáculo, criado especificamente a partir das instruções de Deus para


Moisés, estava em uma quadra de 50 metros de comprimento e 15 metros de lar-
gura. Os lados estavam cobertos com cortinas de linho presas a sessenta pilares de
bronze. Na corte havia o altar de ofertas queimadas e a pia de bronze que era usada
pelos sacerdotes para a limpeza ritual. O Tabernáculo de madeira de 45 por 15 pés
ficava no extremo oeste da corte. Dentro havia um véu que o dividiu em duas partes
- o Santo Lugar e o Santo dos Santos. O Senhor me explicou um dia porque Ele
apareceu tão poderosamente no início de 1900 e nos reavivamentos dos anos 40 e
50. Essas reuniões foram tão grandes porque foram realizadas em tendas. O Senhor
disse: “Eu sempre habitei em tendas”. Agora ele mora nas tendas do coração do homem.
Ele me mostrou como os lençóis do Tabernáculo se assemelhavam a lençóis king-

87
size, tipificando o tempo íntimo e privado que Ele passa com Sua noiva através da
adoração.

O Senhor me disse que sem essa intimidade com o noivo, não podemos pro-
duzir um avanço ou um mover de Deus. Além disso, não podemos dar origem a
ministérios poderosos sem esse encontro. Ele me explicou quantas pessoas adoram
o “casamento” de nascer de novo. No entanto, eles não gastam tempo em adoração
para serem santificados para a “lua de mel”. O casamento é uma ocasião única, mas
a lua de mel deve ser um evento contínuo. É por isso que a passagem familiar em
Efésios 5:25-27 diz: “Maridos, amai vossas mulheres, assim como também Cristo amou a
igreja, e se entregou por ela; que ele possa santificá-lo e limpá-lo com a lavagem da água pela
palavra, para que ele possa apresentar a si mesmo uma igreja gloriosa, não tendo mancha, nem
ruga, ou qualquer coisa semelhante; mas que deve ser santo e sem defeito”.

Eu disse a mim mesmo quando li esta Escritura: “O Senhor está voltando para
uma esposa supermodelo!”

Então eu perguntei ao Senhor: “Como posso me tornar esse tipo de noiva para você?”

Ele respondeu: “Tornando-se um adorador”.

Hebreus 10: 2 diz: “Pois então [sacrifícios] não deixariam de ser oferecidos? porque os
adoradores, uma vez purgados, não deveriam ter mais consciência dos pecados.” Uau! Há uma
purificação através da adoração e uma remoção da consciência do pecado. Por me
tornar um verdadeiro adorador, posso desenvolver as características e a imagem da
noiva descrita em Efésios 5:25-27. Tornar-se um adorador é uma mudança de estilo
de vida. Um verdadeiro adorador não pode ter os mesmos compromissos que um
crente comum, e nenhum crente deve ter qualquer comprometimento em suas vi-
das de qualquer maneira. No entanto, um adorador é mantido com um alto grau de
responsabilidade. Adoradores são aqueles que provaram a essência de Sua Presença.
Então, quando o pecado está ao redor, eles sentem o vazio ou a elevação de Sua
Presença em suas vidas. Eles são os portadores da atmosfera de Sua Presença na
Terra. Sem adoradores em nossas igrejas, as Manifestações de Deus secam. Uma
vez que isso acontece, nossos locais de reunião tornam-se cemitérios em vez de
santuários.

88
ABORDAGENS DIFERENTES
A palavra abordagem significa “achegar-se ou aproximar-se”. Nas próximas sen-
tenças, vou definir e nos dar revelação sobre diferentes abordagens para o culto.
Mateus 4:9,10 diz: “E disse-lhe: Todas estas coisas te darei, se tu caíres e me adorares. Então
disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele
servirás”. Adoração nesta passagem é traduzida da palavra grega PROSKUNEO,
que significa “prostrar-se”, “em reverência à”. Seu significado é similar à palavra hebraica
SAGAD, traduzida como “adoração” na maioria das referências do Antigo Testa-
mento; significa “prostrar-se”, “dobrar-se, agachar-se ou inclinar-se” ou “humilhar-se”.

SAGAD é um ato físico na adoração que mostra respeito. Por exemplo, os


jovens de alguns países estrangeiros honram um ancião ou alguém em autoridade
com reverência física, curvando-se e prostrando-se em homenagem a esse líder.
Durante os tempos medievais, essa reverência física era frequentemente necessária
quando se aproximava de um rei ou de algum tipo de realeza. Um exemplo bíblico
é dado em Daniel 3:10,11:

“Tu, ó rei, fizeste um decreto, para que todo homem que ouça o som do cornetim,
flauta, harpa, saco, saltério e saltador, e todo tipo de musiquinha, caia e adore a
imagem de ouro; e aquele que não descer e adorar, é para lançar no meio
de uma fornalha de fogo ardente.”

Nabucodonosor não era um rei piedoso. No entanto, ele sabia da importân-


cia vital da abordagem SAGAD da adoração. Ele usou para determinar se alguém
viveria ou morreria. Sadraque, Mesaque e Abednego recusaram-se a adorar este rei.
Este ato de desafio colocou-os em uma fornalha ardente. Eu me pergunto se nossa
falta de SAGAD (adoração) poderia nos aterrar na fornalha ardente do inferno. É
essa abordagem de adorar que o diabo queria que Jesus participasse (veja Mt. 4:9).
O diabo sabe que através desta forma de adoração nós entregamos nossos direitos
e poderes a qualquer divindade que nós estamos prestando homenagem. É uma
declaração que diz que prometemos lealdade, que significa “lealdade a uma nação, causa
ou entidade soberana”. Durante os dias medievais, uma vez que um rei, príncipe ou
cavaleiro fosse empossado, eles os curvam e juram juramento de lealdade. Esta prá-
tica ainda está sendo feita até hoje em alguns países. Veja, satanás sabia que se ele
conseguisse que Jesus se curvasse e adorasse, ele teria acesso a um controle parcial
sobre o céu. O princípio de aprender aqui é que, à medida que o Corpo de Cristo
passa mais tempo ajoelhado em adoração sagrada para com o Senhor, obteremos
89
mais Poder em nossas vidas. Então, vamos nos ajoelhar e chegar batendo! (“TAP-
ping”, em inglês)
CANTANDO
A segunda forma de adoração é exemplificada no Salmo 100:2, que nos diz
para “servir [o adorador] ao Senhor com alegria: precedendo a sua presença com cânticos”. Essa
passagem nos ensina diretamente como servir/adorar ao Senhor. É através da ado-
ração cantada. Não podemos nos aproximar de Deus sem esse método de adoração.
Quando refletimos novamente sobre Daniel 3:10, vemos onde o rei fez um decreto
de que qualquer um que ouvisse “o som do corneta, flauta, harpa, saco, saltério e saltador,
e todo tipo de música se prostrará e adorará a imagem de ouro.” Observe primeiro o padrão
profético da música, depois a homenagem física da adoração. Muitos de nós nos
aproximamos de Deus com a oração primeiro. Salmos 100: 2 nos diz que devemos
nos aproximar dEle cantando antes de podermos começar a pedir por coisas. Para
anunciar Sua Presença, o canto deve ser aplicado ao processo de comunicação de
se aproximar de Deus. Quando nos aproximamos do Senhor com cânticos, é a
melhor forma de servir que podemos administrar a Ele.

Adorar ou servir através desta abordagem é o ingrediente chave para inaugu-


rar a Glória de Deus. No grego, “servir” é a palavra LATREUO, que significa “adorar
ou ministrar a Deus” ou “prestar serviço ao adorador”. Os reis gostam de se divertir, es-
pecialmente através da música. Foram os sons cheios de espírito da harpa de Davi
que afastaram o espírito maligno do rei Saul (ver 1 Sm. 16:23). Grande parte do
livro dos Salmos é composto de canções proféticas dadas a Davi pelo Espírito
Santo. Essas canções de Davi profetizaram a morte e ressurreição de Jesus. Salmos
22:16-18 diz:

“Porque os cães me cercaram; a congregação dos ímpios me cercou; traspassaram


as minhas mãos e os meus pés. Eu posso contar todos os meus ossos: eles
olham e me encaram. Eles separam minhas vestes entre eles e lançam minhas
roupas em minha vestimenta.”

Esta é uma descrição da crucificação de Jesus Cristo. O rei Davi não foi cru-
cificado, então ele não estava se referindo a si mesmo. A única pessoa que se encaixa
nesses detalhes específicos nas Escrituras é Jesus Cristo.

90
Outra das canções proféticas do rei Davi foi cumprida por Jesus quando Ele
estava morrendo na cruz no Calvário, conforme registrado em Mateus 27:46: “E na
nona hora, Jesus clamou com grande voz, dizendo: Eli, Eli, lama sabactani? isto é, meu Deus,
meu Deus, por que me abandonaste?”. A última parte é uma citação exata de um dos
cânticos de Davi: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?” (Salmo 22: 1). Esta
canção foi escrita várias gerações antes da aparição de Jesus na Terra em forma
humana. Cantar ao Senhor em adoração introduz a Unção profética. No hebraico,
“cantar” é a palavra SHIR, que significa “cantar”.

Há poder nas músicas. Música e canto são as principais ferramentas para


inaugurar a Presença de Deus e a melhor maneira de servi-lo. Hebreus 2:12 nos diz:
“Eu declararei o teu nome aos meus irmãos, no meio da igreja cantarei louvores a ti.” Toda
igreja precisa ser uma igreja de louvor e cantar ao Senhor. Lembre-se, o Senhor
habita os louvores do Seu povo (veja Salmos 22: 3). Devemos fazer louvar nosso
hábito, não nosso hobby. Quando louvamos e depois adoramos, estamos minis-
trando a Deus como uma congregação. Muitas vezes, as pessoas não entendem que
o Senhor gosta de ser ministrado. Quando cantamos ao Senhor em adoração, isso
atrai a atividade angélica. O diabo (Lúcifer) conhecia bem esse princípio e usava
esse princípio para atrair os anjos caídos do céu para segui-lo. Devemos seguir este
princípio de culto, bem como ativar a atividade angélica em nossas vidas.
JULGAMENTO NA ADORAÇÃO
Lembre-se, na adoração, julgamos a nós mesmos e a nossa conduta antes de
nos apresentarmos diante da Presença do Senhor. Quando entramos em Sua Pre-
sença, a convicção acontece por causa das áreas que esquecemos de julgar.

Convicção é julgamento pela Graça de Deus. Quando alguém é condenado


à prisão, ele já foi condenado por um crime. Pode não parecer, mas a convicção é
um bom julgamento. A Graça é o período de experiência antes do julgamento final.
Nós somos salvos pela Graça através da Fé, certo? No entanto, do que somos sal-
vos? Você adivinhou - julgamento súbito. É por isso que podemos chegar corajo-
samente ao Trono de Deus através da adoração pedindo Graça em um momento
de necessidade. Deus é o amante da nossa alma, mas também é o juiz dela. Deve-
mos lembrar que toda vez que nos aproximamos do juiz, estamos sendo julgados,
não condenados. Confie em mim, é uma grande diferença. Adore o Senhor em
espírito e verdade, e teremos a liberdade da prisão do pecado e da falta. Quando

91
nós adoramos em espírito, essa é a parte da intimidade; mas, para adorar em ver-
dade, o julgamento de si mesmo deve ocorrer através do processo de buscarmos
Sua Face. Então, vamos tocar (“TAP” em inglês).

EU ORO AGORA MESMO, EM NOME DE JESUS, O FILHO


DA JUSTIÇA, PARA QUE TODOS QUE LEREM ESSAS
ABORDAGENS PARA ADORAÇÃO RECEBAM CURA EM
SEUS CORPOS NO NOME SAGRADO DE JESUS CRISTO.
QUE ELES SE TORNEM ADORADORES SANTIFICADOS E
CRESÇAM EM INTIMIDADE COM O NOIVO (JESUS) DE
UMA MANEIRA MAIS INTENSA. DEIXE QUE O AROMA
DE CULTO ADOCICADO VENHA DOS LÁBIOS DE CADA
PESSOA QUANDO ELE OU ELA LEREM ISSO. EM NOME
DE JESUS NÓS ORAMOS!

92
CAPÍTULO 6

OS PRINCÍPIOS DE ISRAEL
O QUE É ISRAEL?
A palavra Israel é uma transliteração da palavra hebraica YISRAEL, repre-
sentando a frase “o príncipe que prevaleceu com Deus”. Também é outro nome para Jacó
e seus descendentes. Este nome foi dado a Jacó depois que ele lutou com o anjo
em Gênesis 32:28: “E ele disse: Teu nome não será mais chamado Jacó, mas Israel: pois como
o príncipe tens poder com Deus e com os homens, e tu prevaleceu.” Tornou-se o nome nacional
coletivo dos doze filhos de Jacó, ou as doze tribos. Mais tarde foi usado em um
sentido mais restrito como o título do reino do norte, diferenciando-o de Judá, o
reino do sul. Após o cativeiro babilônico, os exilados que retornaram designaram
Israel como o nome de sua nação. Israel é a menina dos olhos de Deus, e seria tolice
não focar naquilo em que os olhos de Deus estão.

Israel é uma nação onde o neto de Abraão, Jacó, revisitado em 1909 a.C. Foi
posteriormente escravizado pelo Império Egípcio. Essa política anti-semita levou
os filhos de Israel a uma opressão de quatrocentos anos. Na primavera de 1446
a.C., os filhos da promessa receberam seu êxodo do Egito. No verão de 1446 a.C.,
os filhos de Israel alcançaram o Monte Sinai e uma aliança foi dada a Moisés. Isso
foi chamado de Torá ou Lei Mosaica. Nesta lei, Deus estabeleceu as regras e dire-
trizes que as pessoas daquela nação tinham que seguir para obter e manter a pro-
messa. A lei que foi criada para os filhos de Israel era apenas uma sombra do que
estava por vir quando o Messias chegou. O Messias viria e cumpriria todo o pacto.
Israel não é apenas uma terra, mas uma promessa de aliança entre Deus e Seu povo.
A próxima seção do livro permite ao leitor descobrir esta terra e suas promessas
comprovadas.
A BÊNÇÃO LIGADA A ISRAEL
Eu estava vendo maravilhosas e gloriosas Curas e Milagres no meu ministé-
rio, mas eu queria ver mais. Eu começo a assistir a arquivos de programas de tele-
visão do Supernatural! com Sid Roth na Internet. Eu encontrei um convidado es-
pecial que eu gostava de assistir uma e outra vez. Seu nome era David Herzog; ele
não era como a maioria dos ministros que eu encontrei. Ele era jovem e parecia
realista e, o mais importante, parecia alguém com quem eu pudesse me identificar.

93
Ele teve um impacto tão grande em mim que eu comprei alguns livros e materiais
que ele publicou. Ele cobriu vários tópicos que eu já tinha recebido revelação sobre
a Glória, todos, exceto por um. Este foi sobre ampliar seu ministério apoiando Is-
rael. Magnificar significa “aumentar de tamanho; parecer mais importante ou maior; glorificar
ou elogiar alguém ou alguma coisa.” Herzog fez essa afirmação e fui forçado a procurar
os princípios em sua declaração.

Eu já tive uma revelação sobre aprender a herança judaica. No entanto, eu


não sabia o significado da localização geográfica de Israel. Fiquei com a impressão
de que Israel havia quebrado a aliança e a igreja era a nova Israel criada para ocupar
o seu lugar. Eu não tinha ideia de que estava operando sob o espírito da teologia da
substituição. Depois de ouvir David Herzog, eu me arrependi e comecei uma jor-
nada para ajudar esses ancestrais nativos.
ABRAÇAR A CULTURA JUDAICA
Para aprender mais sobre a herança judaica, eu tive que seguir um crente
judeu no Messias. Mesmo que eu tivesse ascendência judaica na minha linhagem,
eu ainda não era um judeu puro-sangue. Então Herzog era perfeito, apesar de ser
meio judeu. David foi legal.

Minha esposa, Tora, e eu viajamos pelos Estados Unidos para participar de


suas reuniões. Um dia estávamos em Dallas em uma de suas reuniões. De repente,
David disse: “Esses caras me seguem em todos os lugares, e eles estão vindo comigo para Israel”.

Olhei para minha esposa e disse: “Eu me pergunto quem vai pagar por aquele in-
gresso”. No entanto, eu balancei a cabeça em concordância e disse: “Sim, eu estou
indo!” Eu sabia que tudo o que eu me ligava acabaria se conectando para mim.

Eu segui o princípio de: “Como o Senhor Deus vive e a tua alma vive, não te deixarei.”
(veja 2 Reis 2:4). Eu sabia que, ao seguir David ao redor, eu me transformaria em
um reino do espírito que beneficiaria meu ministério.

Foi Rosh Hashaná 2012, e David Herzog estava tendo um “New Beginnings
Festival” junto com Robert Sterns, Sid Roth e Paul Wilbur. Eu prometi a ele em uma
reunião em San Antonio que eu iria apoiá-lo. Então, eu voei para Sedona, Arizona
e o tempo estava muito diferente. Fazia calor durante o dia e frio à noite. Em uma
das noites, Robert Sterns me chamou da multidão e profetizou sobre mim. Ele

94
disse: “Você fica perguntando: 'Quando eu serei o próximo?' Mas Deus te segurou por um tempo
como este. E em seis meses, prepare-se!” Essa profecia aconteceu, porque dentro de seis
meses o reavivamento e o aumento financeiro irromperam em nosso ministério.

Ao celebrar os dias santos de Deus com vários amigos judeus e apoiadores


de Israel, eu sabia que este era o ingrediente chave para tocar (“TAP” em inglês),
para o próximo nível da Glória.

Na última noite da conferência, David disse a todos: “Este é um dos meus amigos
desde o Texas, e ele vem conosco para Israel”.

Mais uma vez eu balancei a cabeça, e com um grande sorriso no rosto eu


disse a mim mesmo: “Sim, eu sou.” Eu sabia que se eu continuasse seguindo os prin-
cípios de ser um caçador de Glória, eventualmente eu iria atingir o petróleo. No
entanto, tive que esquecer que não estava perseguindo o homem, mas me aproxi-
mando de Deus. Eu também aprendi como tocar no mesmo portal que estava na-
quele vaso de Deus. Devemos nos tornar estudantes da veia da Unção em que es-
tamos tentando entrar, simplesmente seguindo aqueles que nela andam. Estar lá
com Sid Roth, David Herzog e outros foi uma época de divulgação e revelação.
Tocando na veia judaica da Unção trouxe uma totalidade para a minha caminhada
espiritual e uma bênção da aliança para o meu ministério. Eu realmente acredito
que esse foi o quebra-cabeça que faltava para eu entrar na plenitude dessa nova
dimensão chamada reino da glória.
VIAGEM À TERRA SANTA
Alguns de meses antes da viagem de Israel, eu disse ao povo em meu minis-
tério que se Deus quisesse que eu fosse para Israel, Ele teria que providenciar e me
mostrar Sinais e Maravilhas nos céus e na terra. Foi num sábado de agosto, durante
uma de nossas reuniões do Dia do Senhor, que o Senhor me deu uma palavra pro-
fética. Ele disse: “Haverá um desastre natural que atingirá os Estados Unidos no final de
outubro. Nos meses seguintes, o reavivamento virá ao seu ministério”. Nossa viagem a Israel
foi marcada para aquela época. Assim como o Senhor disse, o furacão Sandy atingiu
a costa leste em 29 de outubro de 2012. Foi considerado uma tempestade violenta.
Também atingiu Newark, New Jersey. Foi perto do aeroporto que tivemos que voar
de nossa viagem a Tel Aviv em novembro. Eu estava tão ocupado me preparando
para outro trabalho ministerial que desisti da ideia de ir para Israel. Minha equipe,

95
em seguida, lembrou-me da profecia que eu tinha falado em agosto sobre o desastre
natural que atingiu os Estados Unidos no final de outubro.

Vários dias depois, alguém me deu o resto do dinheiro para a viagem de Is-
rael. Deus definitivamente me deu um Sinal e me fez pensar. Então minha esposa
me deu uma escritura profética: “E que o arrependimento e a remissão de pecados sejam
pregados em seu nome entre todas as nações, começando em Jerusalém” (Lucas 24:47). Foi exa-
tamente o que a viagem foi. Arrependimento e remissão de pecados sendo pregados
em Israel e nas outras nações. Eu observei que muitas pessoas na igreja não pregam
sobre as questões do pecado. Suas mensagens estão cheias do que eu gosto de cha-
mar de “graça gordurosa, risos, cócegas e contos de fadas celestiais”. Eu não estou me refe-
rindo ao riso real e a alegria do Senhor ou a verdadeiros encontros da sala do trono
do Céu. Estou me referindo às mensagens apimentadas que encobrem a realidade
de que estamos em guerra demoníaca real. Não podemos ter Milagres de Jesus sem
primeiro ter uma mensagem de João Batista. A mensagem de João abriu o caminho
para o ministério de Milagres de Jesus chegar. Este é o princípio para a Manifestação
Milagrosa a ser exibida. Nós pregamos Graça à igreja e arrependimento ao pecador
- isso é para o começo. Devemos pregar Graça aos pecadores, para que eles saibam
que Jesus pode salvá-los apesar de seus erros. Contudo, devemos pregar arrependi-
mento à igreja porque sabemos melhor. Essa foi a grande comissão de Jesus Cristo
antes de Sua ascensão. Precisamos aprender a seguir o protocolo bíblico.
EU ESTOU AQUI, Ó ISRAEL
Um muçulmano faz uma peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.
Eu acredito que os cristãos deveriam fazer o mesmo com Israel. Para magnificar
meu ministério como David mencionara, eu tinha que entender por que ir a Israel
ajudaria. Então, as Escrituras apareceram em meu espírito: “Orem pela paz de Jerusa-
lém: prosperarão e te amam” (Sl 122: 6). Eu me perguntei: eu realmente amava Israel e,
em caso afirmativo, estava orando por um coração genuíno ou simplesmente por
um princípio? Então me arrependi de meus motivos e ações em direção a este lugar
sagrado. Um princípio não funcionará se não tivermos o motivo certo para perse-
guir esse desejo específico.

Quando nosso grupo chegou a Israel, foi durante um período de guerra. Mui-
tos outros grupos de excursão tinham cancelado suas viagens, mas não nós.
Quando o alarme de mísseis disparou, eles nos disseram para entrar no museu do
Holocausto, o que parecia bastante irônico. Durante dois dias, oramos pelo cessar-

96
fogo durante a turnê. Eu disse a Kevin Basconi, que também era convidado do
programa Sid Roth, que haveria um cessar-fogo no dia seguinte. Com certeza, no
dia seguinte o Channel 2 News em Israel informou que havia um cessar-fogo. Kevin
olhou para mim e disse: “Você ligou”.

Quando desembarcamos em Israel, uma consciência de santidade me atingiu,


apesar do atrito e do conflito que nos cercava. Durante a viagem, senti em meu
espírito orar mais por Israel. Minha alma continuou gritando: “Eu estou aqui, ó Israel,
estou aqui”. Há uma atração para ajudar Israel quando você visitar. Israel é tão forte
que parece o mais seguro dos países estrangeiros devastados pela guerra. Eu estive
em Israel recentemente, em 2015, com um grupo de turistas com Sid Roth. En-
quanto estava lá, eu estava orando na parede oeste e tive uma visita. Jesus saiu da
parede e me tocou na testa e disse: “Eu estou aumentando sua vida de oração”, então ele
voltou para a parede. Eu estava procurando por uma forte Unção profética e cura-
dora. Contudo, o Senhor estava me mostrando que um aumento em minha vida de
oração era vital nesta próxima temporada.

Ele estava basicamente me dizendo que, para qualquer um que chegasse


àquela parede e orasse, haveria um aumento em sua vida de oração. Ele me mostrou
que era assim que homens e mulheres de Deus no começo dos dezoito e dezenove
anos e também os reavivamentos dos quarenta e cinquenta anos podiam orar por
oito a dez horas sem nenhum problema. Eles oraram por horas sem cair em fatores
carnais de distração devido à liberação do espírito de oração. O Senhor estava me
mostrando que o muro ocidental contém as orações de santos ungidos que vieram
antes de nós. As profecias e orações que eles não viveram para ver acontecer agora
temos acesso a. Também temos acesso ao espírito de oração que estava em suas
vidas. No natural, nenhum ser humano pode orar passado uma hora ou até menos
de uma hora sem que a carne tome conta (veja Marcos 14:37,38). É por isso que
precisamos do espírito de oração. A parede ocidental é um desses pontos de contato
para receber essa Unção. Israel é o portal espiritual para receber as ferramentas
espirituais. É a chave para ajudar a combater a batalha espiritual contra o diabo e a
carne. É neste lugar onde nosso Senhor Jesus estabelecerá o Seu Reino. Eu quero
estar lá quando ele faz. E quanto a você?

97
ANJOS ASSOCIADOS UMA VEZ ALINHAMOS
Conheci alguns novos amigos enquanto estava em Israel. Esses amigos in-
cluíam James Durham e sua esposa, Gloria. Tiago tem uma Unção de vidente pe-
sado. Um dia ele olhou para mim e disse: “Durante esta viagem, se ninguém mais receber,
você irá. Deus designou cinco novos anjos para o seu ministério, e Ele os revelará a você com o
passar dos dias.”

Na manhã seguinte, fui até o refeitório tomar café da manhã e vi Kevin Bas-
coni. Eu fui e sentei-me à mesa com ele. De repente, senti a Presença pesada de
Deus fluir pelo meu corpo como correntes elétricas - eram ondas de Glória.

Kevin Basconi começou a profetizar: “Uau, vejo vários anjos ao seu redor. Uma é
para milagres, sinais e maravilhas. Uma é para multiplicação de dinheiro, e uma é para a cura”.

Fiquei tão impressionado com o Poder de Deus que nem sequer ouvi os ou-
tros anjos que ele nomeou.

Todos que se sentaram ao meu lado foram tocados pelos anjos que me cer-
caram. Note que Kevin não estava por perto quando James profetizou sobre os
cinco anjos que foram designados para mim. Então no dia seguinte, bam! Eu tenho
essa incrível confirmação e manifestação. Deus é tão incrível; mesmo que eu não
tenha visto os anjos, senti eles me tocarem e todos ao meu redor também os senti-
ram.

Foi o quarto dia da viagem. No dia anterior, Kevin havia chamado os anjos
que foram designados para o meu ministério. No entanto, esse dia foi diferente.
Deus começou a me dar a revelação para este livro. Eu também orei por curas de
várias pessoas e elas foram curadas. Naquela noite, no jantar, várias pessoas me
pediram para orar por elas. Um casal da Austrália se destacou mais. Orei pela esposa
e o óleo começou a pingar da mão dela. Então, ela começou a tremer e eu disse a
ela que Deus estava lhe dando o espírito de conselho. Ela começou a ficar alta e
começou a chorar.

Sua amiga me disse: “Você sabe o que acabou de dizer?”

Eu respondi: “Não, o que eu disse?”

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Ela começou a me dizer: “Você mencionou o espírito do conselho. Você sabia que eles
são ambos conselheiros reais?”, “Não, eu não fiz”, respondi.

Muitas pessoas se aproximaram dela para pegar um pouco do óleo que pin-
gava de sua mão. Esta ocorrência foi mais uma confirmação de que eu havia aca-
bado de ter um princípio ungido apoiando e alinhando com Israel.

No dia em que estávamos programados para ir ao Upper Room, paramos no


Pool of Bethesda. Pastor James me disse que eu tinha um anjo de santidade ao meu
lado. Anteriormente, minha equipe e eu oramos para que o espírito de santidade
estivesse em nosso meio. Pastor James acabara de dar outra palavra de confirmação.

Nós fomos para o quarto superior. No entanto, houve outros grupos de tu-
rismo lá também. Então, não tivemos muito tempo para terminar a turnê lá. Nós
decidimos então ir para o telhado do edifício para terminar a excursão. De repente,
o Espírito Santo me disse que Ele estava liberando um anjo de chuva. Eu imedia-
tamente disse a David Herzog e aos outros.

David respondeu: “Legal, o anjo da chuva”.

Eu perguntei ao Senhor: “O que é um anjo de chuva?” O Senhor me disse que


era um anjo da colheita. Agora note, neste momento, Israel estava em uma tempo-
rada de seca e precisava de chuva. Eles geralmente recebiam apenas dois centíme-
tros de chuva durante toda a temporada, então as chances de chuva eram de um
milhão para um.

No dia seguinte, estávamos a caminho de evangelizar para as ovelhas perdi-


das de Israel sobre o seu Messias. Nós estávamos prestes a entrar no ônibus quando
começou a chover. As pessoas no ônibus da excursão olhavam para mim enquanto
se serviam.

David veio até mim e disse: “Bem, você orou por chuva. Agora, ore para que pare
para que possamos terminar essa turnê!” Ele brincou.

Nós tínhamos chegado ao nosso destino e estávamos nos preparando para


descer do ônibus quando a chuva parou de repente. Eu levei mais pessoas a Jesus
do que qualquer um em toda a turnê. As pessoas se arrependeram com lágrimas

99
fluindo de seus olhos. Quando voltamos para o ônibus, começou a chover nova-
mente. O Senhor havia parado a chuva para que pudéssemos conquistar almas, e
então Ele terminou de derramar o Seu Espírito. Lembre-se, o que acontece no na-
tural também está acontecendo no espírito.

Nos próximos dias, choveu até começar a inundar. Nosso guia turístico, Mo-
okie, disse: “Eu não sei o que vocês fizeram, mas se um grupo de americanos vem para Israel e
começa a chover, então sabemos que eles são de Deus. Se não, então sabemos que eles não são,
especialmente nesta temporada porque não vemos chuva nesta temporada assim.”

Deus havia confirmado Sua palavra para mim mais uma vez com Sinais se-
guindo. Ele também me confirmou sobre o outro anjo que foi designado para o
nosso ministério. Sim, o anjo da chuva. Foi então que eu sabia que nosso ministério
estava sendo alinhado para andar no divino.

Eu finalmente cheguei de volta aos Estados Unidos, e todos estavam tão


animados para ouvir as histórias de tudo que eu recebera. Eu estava realmente can-
sado da viagem, então eu descansei.

Tivemos uma reunião para participar em Austin, Texas, com Mahesh Cha-
vda. Quando chegamos em Austin, vários membros da igreja começaram a conver-
sar conosco. Eu disse a eles que acabara de voltar de Israel e contei as diferentes
histórias sobre os anjos. Então o Espírito Santo me disse para liberar o anjo da
chuva em Austin. Então, eu disse ao povo que eu estava liberando o anjo da chuva
para eles.

Assim que eu disse isso, todos aqueles que estavam naquele círculo começa-
ram a cheirar um aroma cítrico. Eles ficaram embriagados no espírito. Logo depois,
uma jovem que não estava nem perto do grupo veio até nós com um desenho do
que iria acontecer no culto naquela noite. Todos ficaram chocados - era um desenho
de uma mão com chuva caindo nela. A Unção ficou mais forte quando ela revelou
essa foto. Coloquei as mãos nos olhos das pessoas e elas começaram a enxergar no
espírito, e algumas começaram a profetizar. As pessoas sentiram que gotas de chuva
caem dentro do prédio. Não era visível ao olho humano; no entanto, eles poderiam
fisicamente sentir isso.

100
A PROFECIA DE MAHESH
O homem de Deus começou a ensinar. Então ele parou por um momento e
começou a profetizar. Ele se virou e olhou diretamente para mim e começou a me
contar sobre como eu ia escrever um livro. Ele me perguntou o nome dele.

Eu respondi: “T.A.P. - Os Princípios Ungidos de Deus”.

Então Mahesh disse: “Termine o livro; Eu quero uma cópia.” Ele colocou as mãos
em minha esposa e em mim e disse: “Você tem um ministério de libertação poderoso. Vá
em frente e faça grandes façanhas.”

Era então hora de orar pelos doentes. Havia uma senhora surda ao meu lado
com seu tradutor. Mahesh disse à igreja: “Se você tem o Dom da cura, vá colocar as mãos
sobre os surdos e eles ouvirão”. Então eu me voltei para a senhora tradutora e perguntei
se podia orar pela mulher que era surda; ela insistiu que eu orasse. Eu orei e suas
orelhas ficaram quentes, então ela ouviu um som de estalo. De repente, ela conse-
guiu ouvir cem por cento. Ela pulou de alegria; foi um Milagre instantâneo. Depois
daquele Milagre, nós saímos e nosso carro estava encharcado de água. O engraçado
é que nenhum outro veículo no estacionamento tinha água nele. Aqueles que esta-
vam no encontro conosco disseram que não choveu naquele dia. As pessoas fica-
ram surpresas com a Manifestação. Eles sabiam sem sombra de dúvida que isso era
uma manifestação de Deus. O povo disse: “Eu quero ir para Israel na próxima vez que
você for.”

Deixamos Austin animado com o que aconteceu. No entanto, ainda não aca-
bou.
NÓS REALMENTE RECEBEMOS
Na semana seguinte à nossa viagem a Austin, eu ainda não tinha certeza do
que recebera ou se recebera qualquer coisa. Já vimos os olhos dos cegos se abrirem,
os surdos ganharem a audição, os aleijados andarem e os doentes curados. O óleo
escorrendo dos corpos e das paredes da minha casa, penas de anjo e pó de ouro
apareceram antes da minha viagem a Israel. No entanto, eu queria ver mais do So-
brenatural. Às vezes, ficamos tão familiarizados com o Sobrenatural que começa a
parecer natural para nós, o que é bom em certo sentido. Mas antes que saibamos, a
emoção diminui. Quando isso acontece, perdemos nossa fome espiritual por mais
do Impossível.

101
No dia seguinte, minha esposa, sogra e filha estavam todas no carro depois
de sair de uma loja. De repente, o pé da minha esposa escorregou do freio e ela
acelerou em direção ao tráfego. Os carros estavam chegando a setenta a oitenta
quilômetros por hora, então ela entrou na terceira pista. Naquele momento, um
carro bateu diretamente no lado esquerdo. A próxima coisa que você está prestes a
ouvir é nada menos que um Milagre de Deus. Duas testemunhas oculares viram
isso acontecer. Minha sogra disse que o tempo parecia parar e tudo correu em câ-
mera lenta. Minha esposa gritou: “Oh meu Deus!” Em vez de acertá-los, o carro en-
trou no banco de trás do lado do motorista, passou pelo carro e viajou pelo corpo
da minha filha. Minha esposa viu o outro carro dentro do nosso carro pelo espelho
retrovisor. Então saiu pelo lado oposto do nosso carro e seguiu em frente. Não
houve danos ou vidro quebrado, nem mesmo um arranhão. Este era o Sinal Sobre-
natural que eu estava procurando. Esta foi a introdução do segundo anjo designado,
que era o anjo dos Milagres, Sinais e Maravilhas. Este foi o Sinal de ativação da
comunicação de Israel.

Então naquela véspera de Natal, havia muito tráfego de compradores de úl-


tima hora nas ruas. Minha esposa e eu dirigimos para o Humble, Texas área do lado
sudoeste de Houston. São cerca de uma hora de carro de onde vivemos. Nós está-
vamos pegando os filhos de um amigo para que eles pudessem passar a noite em
nossa casa. Nós a deixamos em casa às 19h50.

Enquanto dirigíamos, tocamos duas músicas de adoração, que duravam cerca


de cinco minutos cada. O nevoeiro cobria as janelas e minha esposa lutava para
limpá-lo. As crianças disseram que se sentiram tontas. Eles não sabiam sobre sentir
a Presença de Deus dessa maneira. Então eu olhei pela janela e vi que os arredores
eram diferentes. Eu vi o sinal da saída que nos levaria à nossa rua. Ligamos para a
mãe das crianças e perguntamos quanto tempo fazia desde que saímos de casa. Ela
disse cerca de quinze minutos. Dissemos a ela que já estávamos do outro lado da
cidade, na rua da nossa casa. As crianças disseram: “Isso é estranho!” Chegamos em
casa em quinze minutos, quando normalmente leva uma hora ou mais para chegar
lá.

Nós realmente fomos transportados no espírito. Isso nos aconteceu uma vez
antes em Brazoria, Texas também. Eu tive uma reunião para ir, mas nosso sistema
de GPS disse que levaria uma hora e quarenta e cinco minutos para chegarmos lá.
Então começamos a adorar. De repente, um diamante caiu no nosso painel. Nós

102
estávamos no trânsito em uma parte da estrada onde não havia saídas por milhas.
Quando o diamante caiu, olhamos em volta e não havia carros à vista.

As crianças perguntaram: “Para onde foram os carros?” Dissemos a eles que não
sabíamos. Então vimos uma placa que dizia: “Próxima parada: Brazoria, Texas.” Essa
foi a nossa saída; o GPS havia dito que nos levaria uma hora e vinte e cinco minutos.
Nós fomos traduzidos na Glória uma hora e cinco minutos antes do tempo. Nós
tínhamos viajado por apenas vinte minutos.

Por que estou contando essas histórias? Para mostrar-lhe o benefício Sobre-
natural de apoiar e amar Israel. Ore pela paz de Jerusalém. Deus promete abençoar
aqueles que abençoam Israel e amaldiçoam aqueles que os amaldiçoam (ver Gn. 12:
3). Que isso seja mais do que um mero princípio a seguir; vamos fazer disso um
hábito, não um hobby. Eu realmente recebi, e acredito que você também pode.
Apenas toque! (“TAP” em inglês).

SENHOR JESUS, QUE TODOS QUE LEREM ISSO AGORA


RECEBAM UMA VISÃO PROFÉTICA SOBRE O APOIO A IS-
RAEL E AO POVO JUDEU. VAMOS NOS LEVANTAR E FI-
CAR COM ELES NESTES TEMPOS DIFÍCEIS. NÃO NOS
ESQUEÇAMOS DE QUE SOMOS ENXERTADOS E SERVI-
MOS A UM REI JUDEU. QUE TANTO O JUDEU QUANTO
OS GENTIOS RECEBAM AS BÊNÇÃOS DE ABRAÃO E AS
PROMESSAS DA NOVA ALIANÇA DO MESSIAS JUDAICO
JESUS CRISTO. SHALOM, SHALOM, SHALOM!

103
CAPÍTULO 7

NÃO TOQUE (TAP) FORA!


COMO FAZER E COMO NÃO FAZER
Espero que, neste ponto do livro, você tenha aprendido como tocar (“TAP”
em inglês). Agora vou compartilhar o como “não fazer” ou o “não-sei-tudo” sobre
tocar (“TAP” em inglês). Vou apontar alguns obstáculos que nos impedem de en-
trar ou permanecer na Presença de Deus. Há algumas perguntas que responderei,
como: “Por que ficar na Presença de Deus é tão importante?” “Podemos ter uma vida fora de
Deus?” “Se somos muito celestiais, não somos bons na Terra?” Para responder a última
pergunta, francamente, eu preferiria ter uma mentalidade celestial e nenhum bem
terreno em qualquer dia da semana.

Habitar na Presença de Deus é de vital importância para o nosso caminhar


cristão, e aqui está o porquê. Jó 2:7 diz: “Então saiu Satanás da presença do Senhor, e
feriu Jó com feridas doloridas, desde a planta do pé até a sua coroa”. O Senhor acabara de
entregar Jó às mãos de Satanás. No entanto, Deus o proibiu de matar Jó. Note que
satanás não atingiu Jó com furúnculos até depois que ele partiu da Presença de
Deus. Enquanto permanecermos na Presença de Deus, o inimigo não poderá nos
afetar. Ele deve esperar até que não estejamos sob a sombra do Todo-Poderoso
para nos atacar, mesmo que Deus tenha lhe dado permissão (veja Salmo 91:1). Do-
ença, pobreza ou ataque demoníaco não podem penetrar em nossas vidas enquanto
estivermos sob a Presença e proteção de Deus.

Salmos 16:11 afirma claramente: “Tu me mostras o caminho da vida: na tua presença
há plenitude de alegria; na tua mão direita há prazeres para todo o sempre.” Se não temos
plenitude de alegria, então não estamos na Presença de Deus. Se estamos doentes
ou se nossos relacionamentos estão azedando, estes são indícios de que há falta ou
escassez da Presença de Deus em nossas vidas. Devemos lutar por Sua Presença
como Moisés fez: “E ele [Deus] disse: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso.
E ele [Moisés] disse-lhe: Se a tua presença não for comigo, não nos transportes para cima.”
(Êxodo 33:14,15). Esta Escritura indica que sem a Presença de Deus não há des-
canso físico, mental ou espiritual. Moisés também informou ao Senhor que, se a
Sua Presença não estivesse lá, ele não queria ir mais longe em sua jornada. Muitos
de nós estão em uma jornada. No entanto, a Presença do Senhor não está conosco.

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Nós vemos isso em muitas igrejas - os edifícios estão sendo ampliados, mas a Unção
está diminuindo. É sobre qualidade de espírito, não sobre a quantidade de pessoas
que podemos acumular em nossas igrejas. As igrejas dos dias atuais desfilam o cres-
cimento de membros e notoriedade no mundo da mídia como um sinal de maturi-
dade espiritual. Esse ponto de vista está longe dos requisitos que o Senhor está
procurando de nós como representantes de Seu corpo.

Muitas igrejas, ministérios e sinagogas em todo o mundo enfatizam a dou-


trina, os estudos teológicos e os sistemas de crenças. No entanto, muito poucas
dessas igrejas ensinam e demonstram a prática de entrar na Presença de Deus. Este
princípio é fundamental na manutenção diária do nosso estilo de vida cristão. Pre-
cisamos voltar ao básico.
NÃO SUJE A GRAÇA
A Graça é um assunto delicado que a maioria dos cristãos não gosta de de-
bater. Eu acredito que a Graça é o Poder de não pecar, não uma licença para pecar.
Jesus não pregou Graça. Ele acabou de demonstrar misericórdia ao povo. Muitos
recebem a Graça de Deus e a misericórdia de Deus misturada.

Uma definição de Graça é uma extensão do tempo concedido após uma data
definida, como o pagamento de uma dívida. Jesus pagou nossa dívida por meio de
Sua morte. Ele nos deu uma extensão de tempo para renovar nossa comunhão com
Deus Pai, aceitando-O como nosso Salvador. No entanto, o que Jesus nos salvou?
Ele nos salvou do pecado, é claro. Jesus não nos salvou do inferno. Ele nos salvou
do poder do pecado que nos leva ao inferno. Deus teve misericórdia da humanidade
e enviou Seu Filho para nos dar Graça.

Quando a remoção do pecado ou a obediência aos mandamentos de Deus é


mencionada na igreja moderna, a primeira coisa que uma pessoa operando com
excessiva falsa graça dirá é que estamos operando no legalismo. Essa pessoa está
sob o espírito de compromisso. Até mesmo o apóstolo da Graça (Paulo) menciona
em Romanos 7:12: “Portanto, a lei é santa, e o mandamento, santo e justo e bom.” Esta é
uma Escritura do Novo Testamento que mostra a lei e os mandamentos da Antiga
Aliança são perfeitos e a santidade está ligada a eles. Em outra Escritura, o apóstolo
da Graça menciona: “Porque sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido sob o
pecado” (Rm. 7:14). O apóstolo Paulo diz que a lei é espiritual, mas nós somos carnais

105
- não a lei. Esta é outra Escritura que mostra os bons atributos da lei no Novo
Testamento.

Então nós vamos mais além nessa passagem. O apóstolo Paulo faz uma de-
claração que soa como uma contradição à sua doutrina da Graça, mas não é. Em
Romanos 7:25, ele diz: “Agradeço a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Então, com a
mente, eu mesmo sirvo a lei de Deus; mas com a carne a lei do pecado”. Esse versículo nos
mostra que há duas leis diferentes às quais Paulo está se referindo. Paulo diz com a
mente que ele quer servir a lei de Deus, que é a lei do Antigo Testamento. No
entanto, o carne quer servir a lei do pecado, que leva à morte.

Não houve Novo Testamento nos dias de Paulo. Havia apenas um testa-
mento, que era o Antigo Testamento. A segunda lei que ele mencionou foi a lei do
pecado, ou a lei do pecado e da morte. Jesus nos salvou da maldição da lei (veja
Gálatas 5:13,14). Jesus não nos salvou de obedecer à lei. Isso estaria indo contra as
regras e a palavra do Pai. Paulo disse em Romanos 7:7: “O que diremos então? A lei é
pecado? Deus me livre. Não, eu não conhecia o pecado, mas pela lei; porque eu não conhecera a
luxúria, a não ser que a lei dissesse: Não cobiçarás.”

Na América, muitos convertidos são salvos através da mensagem da Graça,


o que é bom. No entanto, oitenta por cento ainda continuam em pecado por meio
de linguagem suja, fornicação, adultério e todo tipo de pecado conhecido. Se deci-
dirmos corrigi-los nesses assuntos, a primeira coisa que sai da boca deles é: “Você
não pode me julgar”. Esse absurdo é causado por ninguém enfatizar que essas questões
não estão corretas aos olhos de Deus. Esta é a razão pela qual temos muitos líderes
homossexuais em nossas equipes de adoração, casamentos homossexuais legais,
crianças fora do casamento, crianças em gangues e em drogas. Então nós temos
pastores sentados sem fazer nada para corrigir o problema. Eles também não que-
rem perder membros ou têm muito medo de ofender a carne. Deus ama o pecador.
No entanto, ele odeia o pecado. Se alguém fosse para o inferno, quem iria para o
inferno - o pecado ou o pecador? Exatamente - o pecador vai para o inferno, não
para o pecado. Mesmo que Deus ame o pecador, Ele não pode ir contra a Sua
Palavra. Então, o Senhor nos amará, mas Ele nos amará até o inferno se decidirmos
não mudar. O amor de Deus e o julgamento de Deus são duas facetas diferentes
dEle. Não podemos aceitar a Sua Graça como garantida.

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A pregação da cruz e a remissão de pecados é ofensiva para aqueles que estão
perecendo no pecado (veja 1Co 1:18). Nós devemos mostrar às pessoas onde suas
transgressões particulares são delineadas na Bíblia (a lei). Esta é a razão pela qual
algumas pessoas acham que seus estilos de vida não são pecaminosos ou que Deus
não tem um problema com elas. Esta é a razão pela qual devemos comer todo o
Cordeiro de Deus. Precisamos conhecer as leis do Antigo Testamento para ver o
cumprimento do Novo Testamento que Jesus morreu para termos. A salvação vem
somente pela Graça através da Fé, não pela lei. No entanto, como a Graça é para a
salvação, a Palavra de Deus (lei) é para a santificação. Nosso espírito homem nasce
de novo. Contudo, nossa alma e corpo precisam ser transformados após a experi-
ência de salvação. É aqui que a Palavra (lei) entra em jogo. Paulo nos diz em Ro-
manos 7:7: “O que diremos então? A lei é pecaminosa? Certamente não! No entanto, eu não
teria conhecido o pecado se não fosse pela lei. Pois eu não saberia o que a cobiça realmente era se a
lei não tivesse dito: ‘Não cobiçarás’” (NIV). Mesmo que tenhamos a Graça, as questões
do pecado que são encontradas na Palavra de Deus precisam ser abordadas. Paulo
estava basicamente dizendo que a lei ou a Palavra de Deus está lá para nos lembrar
da natureza pecaminosa do homem. O apóstolo da Graça estava dizendo que pre-
cisamos manter nossa carne sob sujeição, independentemente de nosso novo favor
imerecido.

O Salmo 119:153,154 diz: “Olha para a minha aflição, e livra-me, porque não me
esqueço da tua lei. Pleiteie a minha causa e livra-me: vivifica-me segundo a tua palavra.” É atra-
vés da Palavra de Deus (a lei) que a libertação, vivificação ou reavivamento do es-
pírito acontece. Você diz: “Profeta, isso é o Antigo Testamento”. Bem, vamos ver o que
Jesus disse em João 15:10: “Se guardares os meus mandamentos, permanecereis no meu amor;
assim como guardei os mandamentos do meu Pai [a lei] e permaneço no seu amor.” Isso nos
mostra que o próprio Jesus obedeceu à lei de Deus.

As pessoas do falso movimento da Graça excessiva adoram enfatizar o amor


do Pai ao obedecer aos Seus mandamentos. No entanto, se não houver verdadeira
obediência, então não há amor verdadeiro. Podemos estar apaixonados por Deus,
mas não estamos permanecendo em Seu amor. Permanecer significa “permanecer; se
conformar; para cumprir.” Quando não somos obedientes aos mandamentos de Deus
(a lei), não estamos em conformidade com o Seu amor. A palavra cumprir significa
“concordar, consentir ou obedecer a um mandamento ou desejo”. Essa definição diz “obedeça
um mandamento”. Portanto, se não estamos obedecendo aos princípios de Deus, se

107
estamos sob Graça ou não, não podemos reivindicar ter o amor verdadeiro de
Deus.

A mensagem do falso movimento da Graça excessiva tem atormentado o


Corpo de Cristo. Ela aleijou os santos e fez com que muitos deles comprometessem
sua caminhada. Eles desistiram de avançar em direção à marca do prêmio do cha-
mado alto (veja Fp 3:14). Isaías 26:10 diz: “Seja dada a graça ao ímpio, mas ele não
aprenderá a justiça; na terra da retidão ele fará injustamente, e não verá a majestade do Senhor”
(NKJV). A Graça não nos ensina justiça. No entanto, nos ensina a misericórdia de
Deus. Durante o seu ministério terreno, Jesus pregou o arrependimento e o Reino
de Deus. Ele nunca pregou Graça, Ele apenas mostrou misericórdia.

Muitos crentes querem ver o reavivamento. No entanto, eles não querem


ouvir a mensagem que vem com ela. Não podemos receber a manifestação sem a
mensagem. Que mensagem? A mensagem que Jesus pregou à igreja e ao mundo
durante o Seu ministério terreno. A mesma mensagem que Ele espera que nós,
crentes do Novo Testamento, preguemos: “Arrependam-se, porque o reino dos céus está
próximo” (Mt. 4:17).

Se é para isso que Jesus foi chamado a fazer, por que estamos perdendo isso?
A igreja tem isso para trás. Mais uma vez, pregamos graça à congregação da igreja
e arrependimento às pessoas fora dos muros. Na realidade, devemos pregar graça
aos pecadores que não conhecem melhor e arrependimento à igreja, porque sabe-
mos a verdade. Jesus exemplificou isso quando ele repreendeu os fariseus (igreja)
de seus dias.

A doutrina do arrependimento foi demonizada no cristianismo dos dias mo-


dernos como uma forma de legalismo e condenação. Romanos 8: 1 declara: “Agora,
portanto, não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne,
mas depois do Espírito.” Se alguém menciona arrependimento e nos sentimos conde-
nados, então é possível que seja carne. Se um ministro entrega uma mensagem sobre
a lei ou corrige um assunto e ficamos ofendidos, então estamos na carne. Se nos
sentimos ofendidos e condenados, é porque a carne não quer morrer.

As Escrituras dizem no Salmo 119: 165: “Grandes são os que amam a tua lei, e
nada os ofenderá”. Quando amamos a lei de Deus, temos paz. Além disso, não ficare-

108
mos ofendidos quando a lei for mencionada. Em Mateus 8:4, Jesus disse a um ho-
mem depois que Ele o curou: “Mas vai, mostra-te ao sacerdote, e apresenta a oferta que
Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.” Jesus disse ao homem que obedecesse
Lei de Moisés, porque a Lei de Moisés é a Palavra de Seu Pai. Jesus não veio para
contradizer a Palavra de Seu Pai; em vez disso, Ele veio para trazer vida a isso. Em
Mateus 5:17, Jesus disse: “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para
destruir, mas para cumprir.” Jesus enfatizou que Ele veio para cumprir a lei, não para
destruir ou acabar com isso. Essa foi a mesma má interpretação que os fariseus
tiveram sobre a mensagem de Jesus. Eles pensaram que ele estava condenando a
lei. Mas na realidade, tudo o que Ele estava fazendo era trazer vida para a lei através
do Seu espírito (veja 2 Coríntios 3:6).

Ninguém na terra, nem mesmo os santos que já foram para o Céu, foi ima-
culado o suficiente para cumprir toda a lei como Jesus fez. Ele morreu para que,
por Sua verdadeira Graça, pudéssemos cumprir a lei também. “Para que a justiça da
lei se cumpra em nós” (Rom. 8:4). Deus quer cumprir a justiça da lei em nós e remover
a maldição da lei de nós.

Quando aceitamos a Jesus como nosso Senhor e Salvador, nascemos de


novo. Este é um trabalho regenerativo do Espírito Santo em nosso espírito hu-
mano. No entanto, ainda não estamos salvos. Mesmo que as pessoas geralmente
usem a palavra “salvo” para se classificarem quando aceitam a Jesus, o fato é: elas
nascem de novo na salvação e estão sendo salvas. Quando recebem Jesus, seus es-
píritos são salvos - aquele lugar profundo e invisível de quem alguém é transfor-
mado sobrenaturalmente. Mesmo que no novo nascimento nós somos salvos, tam-
bém é importante notar o que Jesus diz em Mateus 10:22 - “Mas aquele que perseverar
até o fim será salvo.” A obra consumada de Jesus na cruz aconteceu quando Sua missão
na terra foi cumprida na cruz. Nós aceitamos isso e somos salvos. No entanto,
nossa missão está apenas começando. Aqueles que atribuem à doutrina de que nas-
cer de novo é igual a salvação, muitas vezes não vêem libertações, curas ou salva-
ções verdadeiras ocorrem dentro de suas congregações. Ser salvo e nascer de novo
são, na verdade, duas coisas diferentes. João 3:7 diz: “Não se maravilhe de que eu te
disse: Você deve nascer de novo”. “Nascido” é traduzido da palavra grega ANAGEN-
NAO, que significa “gerar novamente” ou “gerar uma nova vida”.

109
Nascer de novo significa recomeçar desde o começo. Isso tem a ver com o
tempo. A graça também tem a ver com o tempo. Quando aceitamos a Jesus como
nosso Salvador do pecado, nosso relógio de tempo começa de novo. Nós começa-
mos um novo começo para acertar com Deus.

Se a obra de Jesus na cruz está realmente terminada, por que tantos cristãos
nascidos de novo ainda pecam? Filipenses 2:12 nos diz: “Portanto, meu amado, como a
Jeová sempre obedeceu, não somente como em minha presença, mas agora muito mais em minha
ausência, trabalhe com sua própria salvação com temor e tremor”. Paulo escreveu esta carta
para a igreja do Novo Testamento em Filipos. Ele lhes disse que a salvação era um
trabalho em progresso. Então, onde obtemos a doutrina “uma vez salvo, sempre salvo”?
Além disso, de onde veio a obra acabada da doutrina da cruz? Se tudo foi feito na
cruz, explique por que as pessoas ainda sofrem em certas áreas pelas quais Jesus
morreu. A resposta é que o sacrifício terreno de Jesus para romper o Poder do
pecado sobre nós e restaurar a humanidade de volta ao Pai Deus foi feita na cruz.
O ato de paixão na cruz foi um exemplo real e vivo de como nós, Seu corpo, deve-
mos continuar em Sua obra. No entanto, devemos terminar o resto do trabalho
aqui na terra. É por isso que Deus enviou outro Professor para nos ajudar a termi-
nar o trabalho, que é o Espírito Santo (ver João 14:26). Se o trabalho fosse feito na
cruz, por que Deus enviaria outro Professor ou Ajudante? Se não houvesse mais
trabalho a ser feito, por que Deus enviou um preenchimento para Jesus após Sua
ressurreição? O sacrifício terrestre de Jesus por nossa expiação foi concluído na
cruz. No entanto, o processo de liberação da Salvação e Libertação continua através
da dispensação do Espírito Santo. Observe em Filipenses 2:12 que o processo de
salvação é marcado com temor e tremor, e não Graça. As pessoas confundem a
misericórdia de Deus com a Sua Graça. Hebreus discute isso em profundidade.

Hebreus 10:28 diz: “Aquele que desprezou a lei de Moisés morreu sem misericórdia sob
duas ou três testemunhas”. Essa Escritura usa a palavra misericórdia, não a Graça. A
palavra misericórdia refere-se à compaixão e simpatia que Deus tem por nós. O
versículo seguinte, Hebreus 10:29, declara: “De quão pior castigo, você acha, ele será con-
siderado digno de quem pisoteou o Filho de Deus sob os pés, contou o sangue da aliança pela qual
ele foi santificado uma coisa comum? e insultou o Espírito da graça?” (NKJV). Hebreus 10:28
explica que não havia misericórdia sob a Lei de Moisés. Se pecássemos, morrería-
mos - sem perguntas. No entanto, Hebreus 10:29 nos diz o quão pior a punição
será para um crente da Nova Aliança que insulta o Espírito da Graça. Por exemplo,
se continuarmos atrasados para o trabalho depois que nosso chefe nos der muitos

110
períodos de tempo, eventualmente seremos corrigidos e depois demitidos. O mes-
mo vale para Deus. Nós podemos tomar seu Favor Imerecido como certo, e então,
quando o Dia do Juízo chegar, seremos demitidos, literalmente.

Hebreus 10:26 diz: “Porque se pecamos voluntariamente depois que recebemos o conhe-
cimento da verdade, não resta mais sacrifício pelos pecados.” Uma vez que aceitamos a Jesus
como nosso Salvador do pecado, não podemos voltar ao que foi entregue a partir
de. Uma vez que sabemos a verdade, pecar voluntariamente traz julgamento. He-
breus 6: 6 diz: “Se eles caírem, para renová-los novamente para arrependimento; vendo que eles
crucificam para si mesmos o Filho de Deus, e o colocam em vergonha”. Este é um dos meus
versículos favoritos na Bíblia. Afirma que estamos crucificando Jesus e colocando-
o novamente envergonhado quando voltarmos ao pecado. Quando pecamos e não
nos arrependemos, Jesus tem que ser cuspido, espancado, chicoteado, crucificado
e esfaqueado no seu lado mais uma vez.

Nós somos o Seu corpo sendo crucificado na terra diariamente. Romanos


8:17 diz: “E se filhos, então herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se assim
formos, sofreremos com ele, para que também possamos ser glorificados juntos”.

Somos co-herdeiros com Jesus com uma promessa de Glória. Somos iguais
de acordo com essa passagem. Não podemos obter a herança igual se não partici-
pamos da mesma quantidade de sofrimento. Basta perguntar a Paulo e Pedro e ao
restante dos discípulos que vieram após ele. Então, se nós sofremos crucificando a
carne e pegando nossas cruzes diariamente através da negação do eu, então nós
receberemos um corpo glorificado com Ele. O sacrifício finalmente terminará na-
quele dia. Esta escritura usa o tempo futuro. Ele descreve o que Deus nos prome-
teu, se continuarmos na rotina diária de matar a carne e andar no Espírito. Eu gos-
taria de nos iluminar com um versículo bíblico do Novo Testamento. Romanos 6:
22-23 diz: “Mas agora, sendo libertos do pecado e tornados servos de Deus, tendes o teu fruto
para a santidade e o fim da vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte; mas o Dom de
Deus é a vida eterna através de Jesus Cristo, nosso Senhor.” Vamos parar de pagar por nossa
morte com a moeda do pecado e dar o fruto da santidade. Vamos fazer de Jesus
nosso Senhor. Lembre-se, se Ele não é o Senhor de todos, então Ele não é o Senhor
de forma alguma. O objetivo deste capítulo não foi converter as pessoas ao lega-
lismo ou ao judaísmo. Lembre-se, Jesus veio com mais do que apenas Graça. Jesus
veio com Graça e Verdade (ver João 1:17). Precisamos enfatizar a Verdade tanto

111
quanto enfatizamos a Graça. A Verdade e somente a Verdade nos libertarão. TO-
QUE!
O AVISO DE EZEQUIEL
Ezequiel foi um sacerdote e um profeta usado por Deus durante os dias som-
brios do cativeiro de setenta anos de Judá na Babilônia. As profecias, parábolas,
sinais e símbolos de Ezequiel dramatizaram e transmitiram a mensagem de Deus
ao Seu povo exilado. Os israelitas eram ossos secos ao sol. No entanto, Deus logo
iria remontá-los e devolver a vida àquela nação. O nome hebraico para Ezequiel é
YECHEZQEL, que significa “Deus fortalece” ou “fortalecido por Deus”. O aviso de
Ezequiel está localizado em Ezequiel 16:49, que diz: “Eis que esta foi a iniqüidade de
tua irmã Sodoma, orgulho, plenitude de pão, e a abundância de ociosidade estava nela e em suas
filhas, nem ela fortaleceu a mão dos pobres e necessitados”. Minha oração é que nós sejamos
fortalecidos por esta advertência.
INIQÜIDADE
Ezequiel primeiro aborda “a iniqüidade de tua irmã Sodoma”. “Iniqüidade” nesta
passagem é traduzida da palavra hebraica AVON, que significa “mal moral” ou
“culpa”. Na iniqüidade, não há percepção de certo ou errado ou senso de valor mo-
ral. O pecado intencional deixa tudo em desordem.

A iniqüidade tem tudo a ver com nossos próprios personagens e comporta-


mentos pessoais e nada a ver com a influência de forças demoníacas. Como eu
mencionei anteriormente, o diabo acusa os irmãos porque os irmãos continuam
acusando-o. A iniquidade é voluntariosa e auto-afligida. É a principal causa dos
julgamentos, tribulações, pobreza e doenças que encontramos na vida.

Salmos 103: 2-3 diz: “Abençoa o Senhor, ó minha alma, e não se esqueça de todos os
seus benefícios; quem perdoa todas as tuas iniqüidades; que cura todas as tuas doenças.” Veja a
ordem profética - uma vez que a iniquidade é perdoada, a Cura acontece. Esse pa-
drão profético também aparece em uma das profecias do Antigo Testamento de
Isaías. Ele descreve a expiação do Messias pelo mundo em Isaías 53:5: “Mas ele foi
ferido pelas nossas transgressões, moído pelas nossas iniqüidades; o castigo da nossa paz estava
sobre ele; e com suas feridas somos curados.”
Nós vemos o padrão profético novamente? Jesus foi ferido e ferido pelas
nossas transgressões e iniqüidades primeiro. Então a Cura aconteceu por Suas cha-
gas. Ambos os escritores são claros sobre este ponto. As transgressões e iniqüidades

112
são nossas, não as do diabo. Transgressão é rebelião. Em hebraico, transgressão é
a palavra PESHA, que significa “quebra de confiança ou ato rebelde”. A palavra grega
PARABASIS é traduzida como “transgressão”, significando “ultrapassar ou deixar de lado,
desconsiderar ou violar uma ordem”. Quando transgredimos Deus, nós ultrapassamos
nossos limites. Jesus disse em João 14:15, “Se me amais, guardai meus mandamentos”. Se
estamos violando os mandamentos do Senhor e vivendo em iniquidade ou trans-
gressão, então não amamos a Deus como professamos.

Vamos abordar outro ponto em Isaías 53:5, que diz: “O castigo da nossa paz
estava sobre ele.” O castigo deve ocorrer para que recebamos a paz. “Castigo” aqui é
traduzido da palavra hebraica MUSAR, derivada de uma palavra que significa “cor-
rigir, disciplinar, punir, advertir e instruir”. O fardo de corrigir pessoas com uma religi-
osidade atrasada foi colocado sobre Jesus. Os escribas e fariseus conspiraram para
matá-lo porque não podiam lidar com a sua correção.

Se o Senhor trouxe correção ao mundo e aos filhos de Deus naquela época,


o que nos faz pensar que Ele não faria isso agora? Talvez nossa iniqüidade nos
tenha cegado para a verdade de Sua Palavra. Em 2 Coríntios 4:3,4, Paulo nos diz:
“Mas, se o nosso evangelho for escondido, está escondido para os que estão perdidos: em quem o
deus deste mundo cegou a mente dos que não crêem”. Uma pessoa perdida é um crente que
se desviou. Suas mentes são do mundo, de modo que o deus deste mundo pode
cegar suas mentes. A iniquidade revela a carnalidade e o mundanismo da pessoa. Se
você é um amigo do mundo, você é um inimigo de Deus (ver Tiago 4:4). Isaías 53:5
nos diz o que acontece quando a iniqüidade é resolvida: “Com suas feridas somos cura-
dos.” A Virtude Curadora é administrada quando a iniqüidade é destruída. Vamos
remover a iniqüidade para que possamos obter todos os benefícios de Sua Pro-
messa.
ORGULHO
Agora que entendemos o que é a iniqüidade e a seriedade dela, podemos olhar
para o resto do aviso de Ezequiel. O aviso descreve iniquidades específicas. O or-
gulho é o primeiro da lista. O orgulho é perigoso porque é difícil de detectar em si
mesmo.
Se tirarmos a letra “e” e a letra “p” da palavra orgulho (“pride”, em inglês), a
palavra fica sendo “livra-se” (“rid”, em inglês). O orgulho nos livrará das bênçãos do
Senhor. Tire apenas a letra “p” da palavra orgulho (“pride”, em inglês), e teremos a
palavra passeio (“ride”, em inglês). O orgulho nos leva a uma jornada de caos e

113
destruição que não vamos notar até que seja tarde demais. O orgulho é o elemento
principal no pecado que impede as pessoas de virem a Cristo e o servirem. Provér-
bios 16:18 nos diz: “A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda”.
O orgulho e o espírito altivo são colaboradores na destruição e na queda da huma-
nidade.

Como o orgulho e a soberba causaram nossa queda, devemos examinar a


maior queda de todas e ver se há algum exemplo de orgulho encontrado na passa-
gem.

Vamos para Gênesis 3:5,6:

“Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e
sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal. E quando a mulher viu que a
árvore era boa para comida, e que era agradável aos olhos, e uma árvore a
desejar para se tornar um sábio, ela tomou do seu fruto, e comeu, e deu
também ao seu marido com ela; e ele comeu.”

Primeiro, a serpente (satanás) disse a Eva que “sereis como deuses”. Agora, essa
afirmação era verdadeira porque Deus dera à humanidade domínio para ser os deu-
ses desta terra. O trabalho do inimigo é nos oferecer promessas que já estão em
nosso contrato com Deus. Então, satanás torceu aquela declaração e semeou a se-
mente do orgulho dentro dela. Essa mesma semente de orgulho se enraizou em
satanás antes de ele cair, fazendo-o pensar que poderia se elevar acima do Deus
Todo-Poderoso (veja Is.14:14). Em Gênesis 3:6, vemos a semente do orgulho cres-
cendo. Isto é o que a Escritura declara: “E quando a mulher viu que a árvore era boa para
comida, e que era agradável aos olhos, e uma árvore a desejar para tornar um sábio.” O diabo
enganou Eva para querer ser tão sábio quanto Deus. Às vezes, na busca de conhe-
cimento e sabedoria, podemos ter um espírito de orgulho se não formos cuidado-
sos. Devemos ter as intenções certas ao obter certo conhecimento. Obter novas
informações pode distorcer nosso caráter ao nos convencermos totalmente de que
estamos corretos. Por sua vez, nos tornamos defensivos para qualquer um que se
oponha à nossa teoria sobre qualquer assunto.
Quando colocada em mãos erradas, a revelação pode trazer desastre. Através
das ações de Eva e da fraqueza de Adão, a humanidade perdeu sua posição de au-

114
toridade no reino da terra. Logo depois, as limitações dos seres humanos descober-
tos começam a surgir. Quando o orgulho nos faz cair, nossas limitações se tornam
expostas e nosso fracasso se torna nossa realidade.
PLENITUDE DE ALIMENTOS
Ezequiel 16:49 lista a “plenitude do pão” como a próxima iniqüidade. O pri-
meiro pecado cometido pela humanidade foi comer uma comida proibida. Um dos
principais problemas dos Estados Unidos é a abundância de alimentos. O país tem
uma das maiores taxas de obesidade do mundo. O Corpo de Cristo sofre de um
espírito de gula, especialmente nesta cultura consumista. Nós comemos sem mo-
deração e raramente nos apressamos. Como resultado, nossa sensibilidade ao Espí-
rito e nossa capacidade de ouvir a Deus é prejudicada.

Em toda a Bíblia, quando um país se afasta de Deus, o Senhor poupa o povo


quando jejuam, se arrependem e se afastam de seus caminhos iníquos. A comida é
destinada a nutrir o corpo, não por excesso de indulgência. O Senhor quer que
desfrutemos de comida. No entanto, Ele não quer que destruamos nosso corpo
comendo demais. Esta é a advertência em Filipenses 3:19: “Cujo fim é a destruição, cujo
Deus é o seu ventre, e cuja glória está na vergonha deles, que se importam com as coisas terrenas.”
Quando comemos demais, estamos tornando nossos ventres nosso deus. Nós de-
vemos comer para viver e não viver para comer. Certos alimentos são feitos com o
propósito de Cura, como ervas cruas, vegetais e frutas. Êxodo 23:25 diz: “Adore o
Senhor seu Deus e suas bênçãos estarão sobre sua comida e água. Tirarei a doença dentre vós.”
(NIV). O Senhor quer que nossa comida e nossa água sejam uma bênção, não um
fardo. É para ser apreciado e usado como um agente de Dura nesta terra plena de
minerais e nutrientes vitais que precisamos para sobreviver. Então lembre-se, às
vezes temos que empurrar a placa antes que seja tarde demais. Não deixemos a
comida controlar nosso destino.
OCIOSIDADE
A próxima iniquidade na lista de Ezequiel é uma “abundância de ociosidade” (Ez
16:49). A palavra ociosa significa “preguiçosa e inútil”, “inativa e desempregada”, “baixa
velocidade e fora de marcha”. Quando estamos ociosos, diminuímos o fluxo de nossas
bênçãos. Nós caímos fora de marcha e desafinamos Deus. Nesse ponto, nossa jor-
nada de descobrir o mundo invisível chega a um impasse. O movimento do Espírito
pára completamente quando há tempo ocioso. O tempo ocioso é a oficina do diabo;

115
ele está trabalhando muito para nos atormentar com o espírito de distração. A pa-
lavra ociosa em grego é ARGOS, que significa “inativa” ou “estéril”. Quando estamos
ociosos, somos estéreis, inativos e improdutivos. A ociosidade abortará no reino
natural as visões, sonhos e Dons espirituais que Deus nos dá. Não deixe que a
ociosidade nos impeça de sermos frutíferos. Então, eu declaro que a ociosidade é
quebrada e abortada de nossas vidas e destino em Nome de Jesus.
FORTALECER OS POBRES
O último aviso em Ezequiel 16:49 diz: “Nem ela fortaleceu a mão dos pobres e
necessitados”. A maioria das pessoas sabe que os pobres precisam ser alimentados.
Até mesmo organizações não cristãs entendem esse conceito. No entanto, se apenas
alimentarmos os pobres, não os fortaleceremos. Em vez disso, reforçamos sua co-
dependência ao auxílio do homem e não a Provisão Divina de Deus. O Senhor usa
o homem para ajudar a ajudar os necessitados. No entanto, Ele quer que ajudemos,
não os aleijamos. A Escritura diz para fortalecer a mão dos pobres, não apenas
alimentá-los. Como fortalecemos os pobres? Podemos capacitá-los através de opor-
tunidades de educação e emprego, ensiná-los princípios financeiros bíblicos e tratá-
los como cidadãos de primeira classe, e não casos de caridade sem esperança.

A Bíblia afirma claramente em Provérbios 14:20: “O pobre é odiado até do seu


próximo, mas o rico tem muitos amigos”. Devemos tratar os pobres e necessitados com
o mesmo respeito e honra que uma pessoa rica. Tocar os pobres é o primeiro na
lista de prioridades do Espírito Santo quando Ele nos unge. Jesus disse em Lucas
4:18: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar o evangelho aos
pobres.” O Espírito do Senhor ungiu Jesus para pregar aos pobres. Nunca foi a in-
tenção de Deus que o Seu povo fosse pobre. Portanto, antes de podermos Curar
os quebrantados de coração, recuperar a visão dos cegos e libertar os oprimidos,
devemos primeiro abordar as questões da pobreza. Quando as pessoas mencionam
o evangelho da prosperidade, elas estão absolutamente certas. Isso é um comple-
mento, não um insulto. A primeira coisa que o Espírito Santo nos ungiu é espalhar
as boas novas, o que significa evangelho, para as pessoas pobres. O que é uma boa
notícia para um homem pobre? Bem, ele “não precisa mais estar na pobreza”, é claro.
Então, a partir deste dia em diante, devemos gritar dos telhados: “Eu sou um pregador
da prosperidade!”

116
A pobreza é um pecado do diabo. Provérbios 10:15 diz: “A riqueza do rico é
sua cidade forte: a destruição dos pobres é a pobreza deles.” A pobreza é resultado da des-
truição de uma pessoa com uma mentalidade de falta. Nunca é uma coisa boa ou
santa ser pobre. De fato, é o extremo oposto. Isso realmente representa uma mal-
dição, de acordo com antigos costumes e leis judaicas. Não entenda mal o que estou
dizendo: Deus definitivamente ama os pobres. No entanto, o juízo chegará aos po-
bres e àqueles que enganarem os pobres.

Isaías 11:4 nos diz: “Mas com justiça julgará os pobres.” Os pobres serão julgados
com justiça. Tudo o que fazemos nesta vida conta na vida após a morte. Jesus diz
em Apocalipse 22:12: “E eis que cedo venho; e a minha recompensa é comigo, para dar a cada
homem segundo a sua obra.” A nossa recompensa no Céu será dada de acordo com o
trabalho que fizemos na terra. Nós devemos ajudar os pobres e necessitados. No
entanto, eles também devem estar dispostos a ajudar a si mesmos.

Deus abençoará as mãos que fortalecem as mãos dos pobres. O Senhor pro-
mete em Provérbios 28:27: “O que dá ao pobre não terá falta; mas o que esconde os seus
olhos terá muitas maldições.” Nossa falta espiritual e financeira será tirada quando do-
armos aos pobres. Além disso, dar aos pobres é um comando, não uma sugestão.
Quando temos o poder de suprir uma necessidade e não a destruição, chegaremos
às nossas próprias situações. É sobre isso que Ezequiel tentava alertar as pessoas.
Há consequências por não ajudar os pobres. Se não recebemos a Bênção Plena Das
Promessas de Deus, podemos considerar a intensificação de nossos esforços para
ajudar os necessitados. Dar aos pobres nos torna perfeitos aos olhos de Deus. Ele
acessa a moeda do Céu. Vamos olhar para o jovem rico.

Mateus 19: 16-22 conta toda a história. Mateus 19:21 diz: “Disse-lhe Jesus: Se
queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem,
e segue-me.” O jovem governador tinha já guardava os mandamentos desde o nasci-
mento. No entanto, através do princípio de dar aos pobres, isso criaria um tesouro
no céu para ele. Seguir este princípio teria o aperfeiçoado aos olhos de Deus.
Mesmo que o jovem governante tivesse tesouros terrenos, ele não tinha tesouros
celestiais. O Tesouro Celestial não é apenas para a vida além; Ele também nos ajuda
a realizar explorações Sobrenaturais enquanto estivermos na Terra.

Em Filipenses 4:19, Paulo diz: “Mas o meu Deus suprirá todas as vossas necessidades
de acordo com suas riquezas na glória em Cristo Jesus”. As riquezas e os tesouros de Deus

117
estão em seus Reinos Celestiais prontos para serem disponíveis às nossas necessi-
dades terrenas. Lembre-se, o Tesouro no Céu acessa a moeda do Céu na terra. Por
exemplo, Jesus acessou Sua Conta Celestial para multiplicar os dois peixes e cinco
pães para alimentar os cinco mil (ver João 6:1-6).

Antes que Paulo declarasse que Deus supriria nossas necessidades através das
riquezas de Jesus em Glória, ele primeiro pediu uma oferta terrena para ter acesso
àquela bênção celestial. Em Filipenses 4:17 ele diz: “Não porque eu deseje um Dom, mas
eu desejo frutos que possam abundar em sua conta”. Paulo estava dizendo que através da
dádiva terrestre, os necessitados poderiam retirar a moeda do Reino do Céu.

Eu levanto a questão, o que temos em nossa conta? A nossa conta é negativa


ou está prosperando? O sistema bancário do Céu está a nosso favor quando damos
aos pobres. As Escrituras dizem em Provérbios 19:17: “Quem se compadece do que o
pobre empresta ao Senhor; e o que ele deu, ele lhe pagará novamente”. Quando temos com-
paixão dos pobres, damos por compaixão. A palavra piedade significa “um sentimento
de compaixão ou tristeza pelo infortúnio do outro”. Não dê aos pobres em nome de meros
princípios ou obras. Vamos dar de compaixão. Compaixão acessa as bênçãos. As
Escrituras dizem que quando fazemos isso, emprestamos ao Senhor.

Conhecemos alguém que possa dizer que eles emprestam dinheiro ao Se-
nhor? De acordo com Provérbios 22:7, “o mutuário é servo do credor”. Assim, quando
emprestamos a Deus dando aos pobres. Deus, de acordo com a Sua Palavra, é obri-
gado a nos servir. Quando isso acontece, temos o céu à nossa disposição. Por úl-
timo, mas não menos importante, Provérbios 19:17 nos diz que o que temos dado
será pago com juros. Não só podemos acessar o Céu, mas também seremos reem-
bolsados pelo nosso investimento inicial com ainda mais adicionado a ele.

No meio da advertência de Ezequiel, podemos encontrar uma fresta de es-


perança se nós tocarmos (“TAP”, em inglês) o princípio de remover o pecado de
nosso meio e destruir o espírito orgulhoso. Não devemos mais nos entregar à nossa
alimentação; nós devemos jejuar frequentemente. Também precisamos evitar a oci-
osidade e permanecer ocupados no Senhor. Finalmente, devemos fortalecer os po-
bres através da semeadura de sementes, educação, revelação e compaixão por suas
necessidades.

TOQUE! (TAP!)

118
CAPÍTULO 8

QUEBRANDO PAREDES INVISÍVEIS


Neste capítulo, discutirei algumas questões que precisam ser abordadas no
Corpo de Cristo e no mundo. Algumas pessoas podem ficar ofendidas. No entanto,
outros irão considerar isso como uma chamada de despertamento espiritual.
O QUE SÃO PAREDES?
O assunto que estamos abordando hoje é sobre muros invisíveis. Quais são
as paredes invisíveis? Bem, primeiro deixe-me explicar o que esses termos signifi-
cam. A palavra invisível significa “não capaz de ser visto”, “não visível” ou “oculto”. Há
uma parede que a maioria das pessoas não pode ver ou reconhecer. É simplesmente
porque essa parede específica é uma força invisível que cega nosso intelecto e dis-
cernimento espiritual. Seu principal objetivo é ser uma armadilha em nossa integri-
dade. Uma parede é uma estrutura vertical usada para separar ou delimitar uma área.
Quando há uma parede invisível em nossas vidas, seu objetivo principal é fechar
certas áreas de nossas vidas. Isso proíbe as Bênçãos do Senhor de entrar. Nada pode
entrar, nada pode sair. É uma estrutura que tenta controlar nossas vidas.

Agora, essa estrutura - seja ela construída por nós, nosso ambiente, influência
social, origem cultural ou uma entidade desconhecida - seu trabalho é limitar nossas
capacidades. Nossa capacidade, que é a quantidade total de dados ou informações
que podem ser processadas, armazenadas ou geradas, está agora prejudicada. Uma
palavra hebraica traduzida como “parede” é GADER, que pode significar “entrinchei-
ramento” ou “sebes”. Entrincheiramento significa “cavar uma vala ou buraco com o propó-
sito de defesa”. Então, quando colocamos uma parede, obtemos um espírito defensivo
que está cavando buracos em nosso homem interior.

Em 1 Tessalonicenses 5:23, lemos: “E o próprio Deus da paz santifica você comple-


tamente; e rogo a Deus que todo o seu espírito, alma e corpo sejam preservados irrepreensíveis até
a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” Uau! Se uma parede é um entrincheiramento que
escava buracos em nosso homem interior por causa de um espírito defensivo, isso
significa que o homem todo é afetado. Nosso espírito deve estar inteiro, não tendo
buracos. Se existem buracos em nosso espírito, não podemos mais ser irrepreensí-
veis diante do Senhor. Consequentemente, devido à desordem do homem espiritual

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por causa desta parede, nosso corpo e alma serão afetados também. Portanto, limi-
tamos nosso acesso aos céus. A outra palavra para parede é a palavra sebes. Quando
usado como um verbo, é um sinônimo que significa “cercar, delimitar, delimitar e vin-
cular”. O muro invisível nos envolve das Bênçãos de Deus e nos liga às nossas pró-
prias capacidades limitadas.

Alguns de nós ainda podem estar fazendo a pergunta: “O que são paredes invi-
síveis?” Bem, vamos tocar (“TAP” em inglês) e descobrir as forças que estão man-
tendo o Corpo de Cristo e o mundo longe de serem preservados sem culpa diante
do Senhor - em todo o espírito, alma e corpo.
A PAREDE RACIAL
Agora, antes de ficarmos desconfortáveis e fechar o livro, deixe-me primeiro
explicar o que quero dizer com parede racial. Estamos prestes a tocar em um as-
sunto que tem sido uma das principais paredes de separação desde o início dos
tempos. O muro de que falo tem um espírito de apatia e indiferença que dividiu
nações, famílias e filhos de Deus por gerações. Este muro foi escondido pela igno-
rância, negação e negligência. Racismo é o pensamento ou crença de que uma raça
ou cultura é melhor ou superior a outra. A parede do racismo é originada do espírito
de divisão. É maior que um problema de cor. O racismo é um problema do pecado,
não um problema de pele; deixe-me explicar porquê.

Eu acredito que este espírito de divisão foi o primeiro espírito que assumiu
o arcanjo de Lúcifer. Esse espírito fez com que ele se tornasse orgulhoso e acabasse
caindo do céu. Sim, o orgulho era o principal problema de Lúcifer. No entanto,
acredito que o orgulho nasceu do espírito de divisão. Veja, o orgulho vem da divisão
porque é um espírito que reflete em si mesmo. Isso faz com que alguém discorde
dos outros por causa do egoísmo. Este espírito levou à primeira guerra racial entre
os anjos que permaneceram fiéis a Deus e os anjos que seguiram a Lúcifer (Satanás)
e se tornaram demônios. Antes daqueles demônios se tornarem demônios, eles já
foram anjos. A maioria das pessoas tem opiniões diferentes sobre se os demônios
são anjos caídos ou não. No entanto, os fatos permanecem que Lúcifer, que é sata-
nás, era um anjo. Quando temos um espírito de racismo, passamos de algo angelical
a algo demoníaco, assim como Lúcifer. Quando o espírito de divisão entra em jogo,
a separação entre diferentes grupos começa. Quero enfatizar que o racismo não é
apenas sobre cor. Trata-se de diferenças de opinião entre grupos sobre certas esco-
lhas de estilo de vida, cultura, política e lealdade espiritual que causam a distinção.

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É uma parede invisível que nos faz focar na diferença óbvia nos tons de cores em
vez da agenda espiritual de satanás.

A guerra racial com os anjos não era sobre diferenças de cor. Lembre-se, eles
eram todos seres espirituais de Deus, assim como todos nós somos seres humanos
de Deus. Havia diferentes formas, tamanhos e cores de anjos que desempenhavam
certos deveres e tarefas para o Senhor. Alguns eram mensageiros, alguns eram guer-
reiros, alguns eram apenas adoradores. Não importa quais as diferenças, todos eles
eram apenas anjos. Então, não foi um problema de cor, forma, tamanho ou tarefa;
foi uma questão de pecado e obediência. Eles estavam com Deus Todo-Poderoso
ou Lúcifer. Então, racismo não é sobre cor; é sobre causar divisão entre as criações
espirituais de Deus. O racismo é realmente uma guerra entre o bem e o mal. Se
pudermos olhar além da pele, todos poderemos vencer.

Então, o racismo estava aqui antes da criação do homem.

Quando o homem foi formado, Deus criou um jardim para ele, e naquele
jardim havia uma árvore do conhecimento do bem e do mal. Dentro desse conhe-
cimento estava uma compreensão do espírito de divisão ou racismo que foi dispu-
tado no Céu antes da queda do homem. Aquela árvore era a lembrança de Deus da
traição que ocorreu no céu com outro de Seus seres criados, os anjos. Gênesis
2:16,17 diz:

“E o Senhor Deus ordenou ao homem, dizendo: De toda árvore no jardim podes


comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal,
dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, tu deverás certamente
morrer.”

O que é esse conhecimento do bem e do mal? A palavra conhecimento no


Novo Testamento é freqüentemente traduzida da palavra grega EPIGNOSIS, que
significa “reconhecimento”, “percepção”, ou “discernimento”. Discernimento, ou discerni-
mento de espíritos, é um dos Dons do Espírito Santo listados em Primeiro Lugar.
Coríntios 12:10. O conhecimento é um Dom do Espírito que reconhece, percebe
ou discerne um espírito, seja ele bom ou mau. Aqui está o meu ponto - Deus não
queria que nós reconhecêssemos, percebêssemos ou discerníssemos aquele espírito
de divisão, que é a mãe do racismo. Deus entendeu que, uma vez que discernimos
ou reconhecemos esse espírito, podemos nos tornar participantes de seu fruto. A

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curiosidade do livre arbítrio do homem gosta de desafiar as regras da autoridade.
Isso se deve ao simples fato de termos liberdade de escolha. Foi isso que o Senhor
tentou nos proteger no jardim. Esta é também a principal coisa que Satanás tenta
nos fazer reconhecer. Ele quer que reconheçamos nossa liberdade de opinião e livre
arbítrio em vez da vontade de Deus para nossas vidas.

A razão pela qual precisamos do Dom de Discernimento agora é porque o


problema seja dispensado. Agora, precisamos conhecer os planos e estratégias de
Satanás que nos levarão a repetir a queda do homem. Como Cristo nos redimiu de
volta ao estado puro do jardim, precisamos ter certeza de que não repetiremos a
história, e precisamos discernir a voz por trás da cobra em vez da aparência externa
do vaso que está falando. Isso é o mesmo com uma pessoa, não importa sua naci-
onalidade ou etnia - devemos discernir a voz por trás das declarações que eles fa-
zem. Quando entendermos que é um espírito e um comportamento aprendido de
sua criação cultural, não estaremos mais em conflito com o tom de pele um do
outro. No entanto, saberemos como derrubar o muro de separação entre nossos
irmãos e irmãs no Senhor.

Gênesis 3:5 diz: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes, vossos olhos se
abrirão e sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal”. A tática do diabo era fazer com
que Eva a usasse os olhos para reconhecer esse espírito de divisão. Uma vez que
ela reconheceu a diferença, seu livre arbítrio começou a cobiçar as coisas proibidas
de Deus. Depois que o pecado foi cometido, causou uma separação entre o Criador
e Sua criação, que resultou do espírito de divisão. Então o homem foi forçado a sair
do jardim por causa disso, porque a desobediência traz separação ou divisão (veja
Gênesis 3:24).

Eu posso ler a Bíblia e apontar exemplos históricos da guerra de racismo ou


divisão - Sara e Agar, Isaque e Ismael, Jacó e Esaú, egípcios e judeus, judeus e gen-
tios, e a lista continua indefinidamente. Esse espírito tem sido o motivo de conflitos
no Oriente Médio e em todo o mundo desde o início dos tempos. O Corpo de
Cristo deve quebrar o muro do racismo, ou nunca veremos renovação, reaviva-
mento ou um grande despertamento. A transferência de riqueza sobre a qual muitas
pessoas falam não acontecerá até que essa parede seja quebrada para sempre. Pro-
vérbios 13:22 nos diz: “A riqueza do pecador é guardada para os justos” (NKJV). Mas se
nós, o Corpo de Cristo, estamos agindo como pecadores devido ao racismo, como
podemos então receber essa transferência? O pecado é da palavra hebraica

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CHATA, que significa “errar o alvo” ou “perder”. Quando estamos operando sob um
espírito de racismo ou divisão, a grande transferência de riqueza não acontecerá.
Isso nos fará perder a marca e perder nossas bênçãos.

Quando há uma multidão diversificada de pessoas e uma corrida está sen-


tando junto com a própria raça deles, como eu começo minha reunião eu educada-
mente peço todo o mundo para sair das suas cadeiras e se sentar próximo a alguém
de um grupo de raça diferente. Eu digo de maneira brincalhona: “Nós faremos isso até
que todos nós pareçamos com sorvete napolitano ou biscoitos Oreo aqui.” A multidão ri, e esse
espírito é quebrado durante a reunião. Se não resolvermos este problema, nunca
poderemos ser entregues a partir dele. Se não misturarmos as culturas e raças, indi-
camos a Deus que ainda estamos comendo da árvore do conhecimento do bem e
do mal. Isso gera o espírito de divisão, a mãe do racismo. Peço a cada um de nós
que não seja expulso do nosso Jardim do Éden porque continuamos a comer desta
árvore.

Com isso dito, creio que Deus não derramará o Seu Espírito sobre uma igreja
toda branca, uma igreja toda branca, ou mesmo uma igreja totalmente espanhola
ou toda asiática. Eu descobri que cada raça tem sua própria Unção específica. Pre-
cisamos abraçar as diferenças uns dos outros e nos unir. Semelhante ao que ocorreu
em Atos 2, creio que quando todas as nações e tribos estiverem reunidas e ouvirem
suas línguas nativas sendo ditas, o último grande mover do Espírito de Deus ocor-
rerá. Esta unidade abrirá o caminho para o retorno do Messias. Essa passagem da
Escritura em Atos 2 é uma sombra profética do que está por vir. Então prepare-se,
quebre essa parede hoje e vamos tocar (“TAP” em inglês).
PAREDE DE STATUS SOCIAL
A próxima parede invisível que vou abordar é tão venenosa quanto a parede
do racismo. Esse muro de que falo é o muro do status social. Esse muro em parti-
cular não tem barreiras raciais, culturais, econômicas, denominacionais ou étnicas.
Ela prospera de desejos mundanos e ganhos materiais. Essas coisas não têm nada
a ver com a construção do Reino. O mundo foi tratado injustamente por aqueles
que colocaram as imagens atuais do status social ideal e dos estilos de vida populares
em nossa psique. Há um fardo para a humanidade viver de acordo com os padrões
da opinião pública. Este muro é tão estranho que poucos conseguem obtê-lo. En-
tão, por sua vez, faz com que as pessoas se tornem rejeições sociais.

123
O Senhor quer nos dar desejos do nosso coração, desde que não nos desvie-
mos dos negócios do Reino. Mateus 6:33 declara: “Mas buscai primeiro o reino de Deus
e sua justiça; e todas estas coisas serão acrescentadas a você.” Os negócios do Reino e a Justiça
de Deus devem ser nossa principal prioridade. Devemos operar adequadamente de
acordo com esses Princípios poderosos. Buscando o Reino primeiro é o princípio
ungido para tocar em sua Glória Divina. Este princípio ajuda-nos a satisfazer as
nossas necessidades e desejos. Precisamos nos posicionar para receber nossas pos-
ses.

Hoje, buscamos as últimas tendências, modas, estilos, dispositivos tecnológi-


cos e truques, enquanto o Reino sofre de maneira tremenda. O que o Corpo de
Cristo não entende é que podemos ser um guru social de acordo com os padrões
da sociedade. No entanto, podemos nos tornar um desajustado social de acordo
com os padrões de Deus. Eu não estou anunciando que Deus não quer que tenha-
mos bênçãos materiais ou mesmo ricos amigos mundanos. Jesus disse em Lucas
16:9: “E eu vos digo: Fazei amigos das riquezas da injustiça”. Podemos ter amigos do
mundo, mas não ser amigos do mundo. Confie em mim, há uma diferença enorme.
José fez amizade com o Faraó, Daniel é amigo do rei Dario, e a lista continua.

É por isso que Jesus também declarou em Mateus 5:29: “E, se o olho direito te
faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que
todo o teu corpo deva ser lançado no inferno.” Portanto, se a nossa vida social está nos
levando a pecar intencionalmente, pare com isso. Não está nos beneficiando de
nenhuma maneira. Não permitamos que nossas vidas pessoais afetem nossa cami-
nhada espiritual. Quando somos afetados pela sociedade, somos ineficazes no
Reino de Deus.

Este muro levou ao fechamento de muitas igrejas simplesmente porque elas


estão “do lado errado da cidade”. Outros pastores e igrejas se recusam a ajudar esses
ministérios porque eles são considerados inadequados pelo ponto de vista da soci-
edade. No entanto, eu sempre digo: “Conhecê-los pelo seu fruto, não pelo seu terno.” Ho-
mens e mulheres não podem encontrar companhias adequadas, porque a sociedade
diz: “Ele deve gastar muito dinheiro”, e “Isso terá um custo.” A preocupação com a imagem
corporal é a causa da anorexia nervosa, um distúrbio visto principalmente em me-
ninas adolescentes. Isto é caracterizado por uma recusa prolongada de comer, ex-
trema perda de peso e um medo anormal de ser obeso. Centenas de meninas mor-
rem a cada ano por causa dessa parede invisível que a sociedade construiu em torno

124
da auto-imagem. Deus quer que tenhamos reconhecimento e riqueza material. Ele
também quer que sejamos saudáveis e tenhamos um espírito de excelência e pres-
tígio. No entanto, Ele não quer que a gente roube, durma, caia em depressão ou
morra de fome para obter essas coisas. Vamos quebrar o muro do status social e
ser um verdadeiro mundo, mudar, ser diferente, ser nós mesmos e Tocar! (“TAP”
em inglês)
A PAREDE ECONÔMICA
O muro econômico é o terceiro assassino da Unção. É certamente uma das
mais mortais das paredes discutidas neste capítulo. Economia é a ciência relacio-
nada ao desenvolvimento, produção e gestão da riqueza material. Uma visão bíblica
da economia é encontrada em Deuteronômio 8:18: “Mas te lembrarás do Senhor teu
Deus; porque é ele que te dá poder para obter riqueza”. Eu costumava me perguntar como
e por que Deus faria isso por alguém como eu. Minha ignorância do sistema eco-
nômico de Deus versus o sistema mundial me deixou em uma espiral financeira nos
primeiros anos da minha caminhada cristã.

Antes de fazer de Jesus o Senhor da minha vida, eu tinha a mentalidade mun-


dana comum. Eu achava que a educação, o status social, os empregos com altos
salários e o trabalho árduo me proporcionariam riqueza. Quando recebi o Senhor
em minha vida, rejeitei essa mentalidade mundana. Eu percebi que Jesus queria que
eu vivesse pobre para viver santo. Eu não entendi bem como ou por que ele me
daria o “poder de obter riqueza” quando eu deveria ser pobre. O restante do décimo
oitavo verso em Deuteronômio 8 nos diz por que Ele queria que fôssemos ricos:
“para que ele possa estabelecer o seu pacto que juraste a teus pais como é neste dia”. Deus de-
senvolveu um sistema econômico chamado “Seu pacto”. É através desta Aliança que
recebemos nossas necessidades materiais para a vida e o sucesso.

O muro econômico cresceu ao longo dos séculos. A epidemia se tornou ca-


tastrófica; a moeda tornou-se o ponto de contato na troca de bens e serviços. A
estrutura de poder do muro econômico construiu impérios e destruiu casas em um
só assopro. A guerra entre ricos e pobres é outro dos dispositivos malignos de Sa-
tanás para nos manter em conflito uns com os outros. É triste dizer, mas a única
cor que pode unir as diferentes raças é a cor verde. O dinheiro não é a raiz do mal;
a luxúria do dinheiro ou as ações para obtê-lo são a raiz do mal (veja 1Tm 6:10). O
diabo até incorporou esse desejo pelo poder econômico no Corpo de Cristo.

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Muitas vezes, pastores, evangelistas, profetas e reavivalistas se recusam a
comparecer a reuniões ou cultos, a menos que haja um honorário envolvido. Eles
querem saber quantas pessoas se encaixariam na igreja para que possam determinar
o valor da oferta. O que aconteceu com a mentalidade de Atos 2:43-47? Quando as
pessoas tinham todas as coisas em comum, vendiam seus bens e bens para ajudar
toda a comunidade. Eles partiram o pão de casa em casa e foram um em coração.
Eles louvavam a Deus diariamente, não apenas quando eram convidados a minis-
trar, mas também se ministravam sem procurar nada em troca. Foi por causa disso
que Deus acrescentou à igreja diariamente e muitos foram salvos.

Por favor, não me entenda mal. O Senhor “ordenou que os que pregam o evangelho
devem viver do evangelho” (1 Coríntios 9:14). Também é verdade que “se lhes tivermos as
coisas espirituais, será grande se colhermos as vossas coisas carnais?” (1 Coríntios 9:11). No
entanto, custa dinheiro fazer o trabalho do ministério. Acredito firmemente em
abençoar aqueles que vêm e ministram o Evangelho.

No entanto, Paulo também escreveu em 1 Coríntios 9:16: “Embora pregue o


evangelho, não tenho nada a gloriar: pois a necessidade me é imposta; sim, ai de mim, se não pregar
o evangelho!” Veja, creio que há aflição para aqueles ministros itinerantes que se re-
cusam a vir a uma cidade, nação ou igreja por causa da falta de uma promessa de
que receberão uma oferta adequada. Se o Senhor provê os meios para nós irmos,
então iremos. O próprio Senhor nos disse para “Cure os enfermos, purifique os leprosos,
ressuscite os mortos, expulse os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não dê nem ouro, nem
prata, nem latão nas tuas bolsas, nem alforje para a tua viagem, nem duas túnicas, nem sapatos,
nem ainda cajados; porque o trabalhador é digno das suas comidas”. (Mateus 10:8-10). É
importante entender o que o Senhor Jesus estava comissionando os discípulos e
nós a fazer.

As lutas dos ministérios tradicionais levaram a igreja a colocar um preço no


Evangelho. Pastores e líderes tomaram o foco do desenvolvimento e discipulado
das almas para o desenvolvimento e crescimento das instalações da igreja. Seu foco
principal é financiar edifícios e aumentar a adesão. Jesus disse para fazer discípulos,
não membros da igreja (veja Mt. 28:19). Mateus 10: 9 diz para não trazer nada em
nossa jornada. Mateus 10:10 diz que “o trabalhador é digno da sua carne [salários]”. É
triste dizer, mas nós, como o corpo, mal cumprimos Mateus 10:8 (“Cure os enfer-
mos, purifique os leprosos, ressuscite os mortos, demônios”), mas esperamos um
retorno de Mateus 10:10. Se não estamos fornecendo totalmente Mateus 10:8, por

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favor, não espere a colheita discutida em Mateus 10:10. Devemos provar que somos
dignos do nosso salário. Então, da próxima vez que um ministro itinerante pedir
uma grande quantia de dinheiro para vir pregar, diga a eles para certificar-se de que
eles apresentem Mateus 10:8 antes de receberem salários por seus serviços. Vamos
quebrar a fortaleza do muro econômico antes que ele nos destrua.
IDENTIDADE FALSA E PAREDE DE HUMILDADE FALSA
O que é uma identidade? Logicamente, é a composição de quem somos como
pessoa. De acordo com o dicionário Webster, o significado da palavra identidade é
“a condição ou estado de ser uma pessoa ou coisa específica que é reconhecível como tal” ou “a
condição ou fato de ser o mesmo que algo”. Agora, essa é uma definição forte.

Existem vários pontos-chave da definição que se destacam. O primeiro que


gostaria de destacar é a condição ou estado de ser uma pessoa específica. O que é
uma condição? Uma condição é o modo ou estado de existência de uma pessoa,
coisa ou circunstância. Seja qual for o modo ou estado de espírito em que estamos,
é isso que nos tornaremos. As Escrituras chegam a declarar: “Como ele pensa no seu
coração, assim é ele” (Provérbios 23:7). Nós determinaremos nosso futuro pela ma-
neira como processamos os dados.

Como nosso estado de espírito determina nosso futuro, não devemos nos
concentrar em nosso futuro. No entanto, devemos nos concentrar na renovação de
nossas mentalidades. Aqui está outra referência bíblica: “E não sejais conformados a este
mundo, mas transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que provai o que é essa boa,
agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm. 12:2).

Antes que possamos renovar nossas mentes com a verdade, devemos desa-
prender as mentiras que o diabo nos alimentou ao longo dos anos. Renovar a mente
nos faz provar qual é a boa, aceitável e perfeita Vontade de Deus para nossas vidas.
É por isso que devemos derrubar a parede invisível da falsa identidade. O Corpo
de Cristo foi infectado com uma falsa doutrina de identidade e humildade por algum
tempo agora. As seguintes afirmações são comuns. Contudo, seu ponto de vista é
uma doutrina falsa e anti-bíblica de humildade. Por favor, perceba, se fizemos essas
declarações, não é nossa culpa. Eles resultam de tradições de defeitos religiosos,
sociais e culturais. Aqui está a lista dessas declarações.

Eu não tive nada a ver com isso; foi tudo Deus.

127
Deus recebe toda a glória; Eu não tenho glória.

Eu não sou nada; Ele é tudo.

Em certo sentido, essas declarações são muito verdadeiras porque Deus é


tudo. No entanto, ao humilhar nossas próprias identidades, estamos dando ao
Corpo de Cristo uma mentalidade derrotada. A maioria considerará essas declara-
ções como reverências sagradas a Deus, mas na verdade é um insulto a Ele e a Seu
relacionamento com Sua criação.

Vamos começar com a afirmação “Deus recebe toda a glória”. Essa afirmação é
verdadeira. No entanto, também é antibíblico. Romanos 8:16,17 diz: “O próprio Es-
pírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; e se filhos, então herdeiros; herdeiros
de Deus e co-herdeiros com Cristo; se assim formos, sofreremos com ele, para que também possamos
ser glorificados juntos”. Uau! Este versículo dá ao Corpo de Cristo a sua verificação de
identificação. Este versículo mostra nossa união e nível de autoridade em Cristo,
chamando-nos herdeiros conjuntos. Não diz que toda a glória vai para Deus ou é
tirada de Deus. No entanto, diz que seremos glorificados juntos. Deus quer que nos
vejamos como um com Ele. É por isso que em João 17:22 Ele diz: “E eu lhes dei a
glória que tu me deste; que eles sejam um, assim como nós somos um”.

Veja, Jesus quer que compreendamos e abracemos nossa unidade com Deus.
Jesus disse que a Glória que foi dada a Ele, Ele agora deu essa Glória para nós. A
maioria dos cristãos pensa que, se eles se vêem assim, isso tirará algum poder ou
autoridade de Deus. Isso está longe de ser verdade. Muitos também acham que esse
tipo de ideologia se transformará em orgulho. Lembre-se, Lúcifer queria ser maior
que Deus, não igual a ele; é uma grande diferença do que estou explicando. Devido
à queda da graça de satanás, muitos crentes renegam sua posição ou unidade com
Deus por medo de entrar no lugar de Lúcifer. No entanto, existe uma enorme di-
ferença entre o orgulho e o reconhecimento de nossa identidade no Reino de Deus.
É uma grande diferença entre pensar bem em nós mesmos e conhecer nossos eus
superiores. Quando entendermos nosso relacionamento e nos classificarmos com
nosso Criador, começaremos a ver Milagres Criativos.

1 Coríntios 1:29 diz: “Para que a carne não se glorie na sua presença”. Essa forma
de glória estava se referindo a ostentação. Vangloriar-se e receber glória ou elogios

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de outros não é a mesma coisa. “Deixa outro homem te louvar, e não a tua própria boca;
um estranho, e não os teus próprios lábios.” (Provérbios 27: 2). Deus não disse que não
podemos dar ao homem qualquer crédito ou glória ou mesmo elogiá-lo. No en-
tanto, o próprio homem não pode se gloriar ou glorificar a si mesmo. Devemos
deixar que os outros falem da nossa grandeza e devemos nos manter em silêncio e
apenas recebê-lo. Na maior parte do tempo, nós, como ministros do Evangelho,
tendemos a desacreditar nosso envolvimento nas obras de Deus aqui na terra. Ao
fazer isso, enviamos sinais ao diabo de que somos impotentes. Por sua vez, isso nos
deixa abertos a retaliações demoníacas. Deixe-me explicar por quê. Atos 19:15 diz
algo muito interessante. Ele diz: “E o espírito maligno respondeu e disse: Jesus eu sei, e Paulo
eu sei, mas quem são vocês?” Vemos aqui que o espírito demoníaco não só sabia quem
era Jesus, mas também sabia quem era Paulo. Isso nos mostra que não apenas o
Nome de Jesus recebe crédito no inferno pelo fim dos demônios. Mostra-nos que
o apóstolo Paulo foi creditado por sua destruição também. Quando reconhecemos
nossa participação nas Obras Miraculosas de Deus, isso coloca todos os demônios
no inferno em alerta de que não devemos ser confundidos.

Os sete filhos de Sceva tentaram expulsar demônios em Nome de Jesus. No


entanto, porque eles não tinham um relacionamento com Cristo ou sabiam quem
eles eram em Deus, os demônios usaram essa oportunidade para retaliar contra eles.
Os demônios sabem quando não sabemos quem somos. Eles podem reconhecer se
estamos operando sob uma Unção de segunda mão ou não. Eles conhecem a posi-
ção de um crente em Deus mais do que os crentes se conhecem. Os demônios
disseram a Jesus: “Eu sei quem você é, o Santo de Deus” (ver Lucas 4:34). É triste dizer,
mas até os demônios sabem quem somos no espírito mais do que nós. Se nossos
nomes não são famosos no inferno, então não estamos fazendo nosso trabalho
corretamente pelo Reino de Deus aqui na terra. Devemos ter o crédito pela parte
que desempenhamos na destruição de satanás e seu reino. Paulo disse que estava
de acordo com o seu Evangelho (veja 2 Timóteo 2:8). Os primeiros apóstolos cha-
mavam isso de doutrina de que o povo seguia (veja Atos 2:42). Veja, o Senhor não
se importa se Seus vasos escolhidos que trabalham na doutrina e Fé receberem
honra e crédito pelo trabalho cooperativo em Sua obra (veja 1Tm 5:17).
TIPOS DE GLÓRIA
Há uma diferença entre a glória do homem e a Glória de Deus. Deixe-me
quebrar. Mateus 6:29 diz: “E contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória
se vestiu como um deles”. Nesta passagem, Jesus afirma que o rei Salomão tinha glória.

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Esta declaração não tirou o status divino de Deus. No entanto, demonstrou o re-
conhecimento de Deus da autoridade divina do homem na Terra. Isaías 42: 8 diz:
“Eu sou o Senhor; esse é meu nome! Não entregarei a minha glória a outro nem o meu louvor aos
ídolos.” (NIV). Note que Deus disse a Minha glória, então isso nos diz que há uma
distinção entre a glória do Rei Salomão e a glória do Deus Todo-Poderoso. Deus
Pai compartilhou Sua glória com Jesus. João 8:54 diz: “Jesus respondeu: 'Se eu me glori-
fico, minha glória não significa nada. Meu Pai, a quem você reivindica como seu Deus, é aquele
que me glorifica.” (NIV). Esta passagem mostra que Jesus tinha sua própria Glória
individual separada da Glória do Pai. Contudo, Jesus também afirmou que o Pai o
glorifica. Isso nos diz que, embora o Pai não compartilhe Sua Glória com outra,
Ele glorifica ou glorifica a Glória que está sobre Seu Filho manifesto. É por isso
que Jesus mencionou a Glória de Salomão em Mateus 6:29 e Paulo escreveu sobre
nós sermos glorificados juntamente com Ele em Romanos 8:16,17. Deus quer que
entendamos nosso domínio como governantes ou deuses da Terra, assim como
Adão fez antes da queda. Esta foi a razão pela qual a serpente foi capaz de enganar
Eva no jardim. Deixe-me explicar.

Em Gênesis 3:5, a serpente fez Eva questionar sua identidade em Deus fa-
zendo esta afirmação: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes, vossos olhos se
abrirão e sereis como deuses, sabendo o bem e maldade.” A serpente tentou convencer Eva
de que Deus estava escondendo algo dela. A serpente a fez acreditar que ela não
tinha unidade com Deus. A maior mentira foi que a serpente a fez acreditar que ela
não era uma figura divina quando o tempo todo Deus já havia dado a ela e a Adão
aquele domínio. Deus lhes deu poder para serem os deuses da terra. Como Eva não
estava segura em sua identidade em Deus, Ele removeu sua autoridade de domínio
e colocou-a nas mãos de seu marido (ver Gênesis 3:16). Não saber quem somos em
Deus ou o Poder que Ele já colocou em nós nos fará perder nossa autoridade de
domínio na terra como Adão e Eva fizeram.

A maioria das pessoas (especialmente pessoas religiosas) diria: “Bem, você não
é Jesus”. No entanto, de acordo com as Escrituras, somos o Corpo de Cristo (ver
Efésios 5:30). Ninguém anda por aí separado do seu próprio corpo. Então, nesse
sentido, somos um com Jesus. Nós somos Ele e Ele somos nós.

Em João 14:20, Jesus diz: “Naquele dia sabereis que eu estou no Pai e vós em mim e
eu em vós”. Muitos de nós compreenderam o conceito de Jesus em nós. No entanto,
não chegamos ao entendimento de que também estamos NEle. É por isso que em

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João 15:7 Jesus disse: “Se vós permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós,
perguntareis o que quiserdes e ser-vos-á feito.” Mais uma vez, isso enfatiza que não somente
Jesus está em nós, mas nós estamos nEle. Essa pode ser a razão pela qual a maioria
de nós não consegue responder às nossas orações. Pode ser devido ao fato de que
nós não pegamos a revelação da parte “Se nós permanecermos em Jesus e Sua palavra
permaneçam em nós” ainda. Uma vez que entendamos este princípio, tudo o que pe-
dimos será concedido a nós.

Jesus é a Palavra Viva dentro de nós. No entanto, somos também uma pala-
vra viva dentro dele. No começo, Deus criou tudo com Suas palavras. Ele falou o
mundo em existência (veja Sl. 33: 6; Gn. 1; Hb. 11: 3). As palavras que Deus falou
se tornaram seres vivos. Nós viemos dos pensamentos de Deus. Gênesis 1:27 nos
diz claramente: “Assim Deus criou o homem à sua própria imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.” Deus plantou uma palavra-semente na mãe terra e soprou
Seu fôlego nela, e a humanidade nasceu. Lembre-se, somos também uma palavra
que se fez carne. Essa palavra veio dos pensamentos e boca de Deus.

Alguns de nós ainda podem estar lutando com a parte do “não somos Jesus”.
Mesmo que seja verdade, podemos pelo menos concordar que temos o mesmo
acesso, direitos e Unção que ele. Romanos 8:17 afirma isso muito claramente: “E se
filhos, então herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo”. O Corpo de Cristo tem
dificuldade em andar em filiação. Isto é devido ao fato de que eles não podem tomar
esta Escritura literalmente. Nós somos herdeiros de Deus. Um herdeiro é uma pes-
soa que herdará propriedade ou título de outra pessoa. As Escrituras dizem que
somos co-herdeiros com Cristo. É semelhante a um marido e mulher que compar-
tilham uma conta bancária conjunta. Uma parte tem tanto acesso à conta quanto a
outra.

Mais uma vez, a palavra herdeiro significa “uma pessoa que herda a propriedade de
outra pessoa ou título”. Como somos co-herdeiros com Cristo, é seguro dizer que tam-
bém compartilhamos o título de Cristo? Eu sinto no espírito que o falso espírito de
humildade quer se levantar e me apedrejar neste momento. No entanto, para apoiar
minha teoria, Salmos 105:15 diz: “Não toques os Meus ungidos, nem prejudicareis os meus
profetas”. A Escritura diz “ungidos”, e isso é plural, não singular. Há mais de um Cristo
(que significa “ungido”) de acordo com esta Escritura. Somos co-herdeiros e isso
significa que temos a mesma propriedade e título que Cristo.

131
Ter essa compreensão aumentará nosso nível de Fé e confiança de quem
somos em Deus. Quando isso acontecer, poderemos acessar os milagres do céu à
terra. Uma vez que temos o conhecimento de que também somos Ungidos de Deus,
veremos os Céus Abertos. Jesus é meu irmão mais velho e meu rei. No entanto, eu
também sou rei. Apocalipse 1:6 nos diz: “[Jesus Cristo] nos fez reis e sacerdotes para Deus
e seu Pai”. O Corpo de Cristo recebeu a Unção sacerdotal. No entanto, estamos
ficando para trás na Unção Real. Nossos corações e mentes devem mudar para
aceitar ambas as posições. A Unção sacerdotal permite que as pessoas recebam do
Senhor. Um policial e um ladrão podem ter uma arma. No entanto, aquele com o
crachá de autoridade fará o outro se render. A diferença entre os dois é que o poli-
cial está conectado ao governo (reino) daquela cidade ou estado. No entanto, o
ladrão limitou seus direitos tomando o que não lhe pertence. O único direito que
ele (o diabo) tem é o direito de “permanecer em silêncio”. Entenda!

Devemos mostrar nossa autoridade do Reino e prender o ladrão. A razão


pela qual Jesus é chamado de “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap. 19:16) é pelo
simples fato de que existem outros reis e outros senhores. Portanto, Deus não se
importa em nos definirmos como reis e senhores. Lembre-se, o rei Davi não foi
abordado apenas como Davi, mas como rei Davi.

Outra crença que contribui para a falsa identidade e falsa parede de humil-
dade é “Tudo de Deus e nada de mim”. Novamente, temos uma afirmação que parece
verdadeira. No entanto, isso não é bíblico. João 14:12 diz: “Em verdade, em verdade eu
te digo: Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço; e maiores obras do que estas
ele fará; porque eu vou para meu Pai.” Jesus reconhece nesta passagem que nós seremos
os que farão o trabalho, e obras ainda maiores do que Ele fez. O Senhor quer que
compreendamos e reconheçamos o papel vital que desempenhamos como partici-
pantes do trabalho dos Milagres. O Senhor não quer que fiquemos à margem tor-
cendo enquanto Ele está jogando no jogo. A menos que o quarterback tenha uma
linha ofensiva, receptores ou running backs para passar a bola, como essa equipe pode
chegar ao touchdown? O trabalho em equipe faz o sonho funcionar. Nós até vemos
isso no ministério terreno de Jesus. Ele contratou 12 assistentes para ajudar a cum-
prir Sua missão. Foram os discípulos fazendo o batismo, não Jesus (ver João 4:2).
Devemos entender que há ética de trabalho de nossa parte que devemos cumprir.

Marcos 16:20 diz: “E saíram e pregaram por todo lado, o Senhor operando com eles e
confirmando a palavra com sinais seguidos”. Lembre-se de que o Senhor trabalhava com

132
eles, não para eles. O Espírito Santo é chamado de “Ajudador” (João 14:26). Somos
nós que temos que fazer o trabalho; Ele apenas ajuda. Então, quando as pessoas
dizem palavras como “eu não tive nada a ver com isso”, eu entendo o coração delas. No
entanto, isso nos coloca em uma mentalidade inútil. Isso faz parecer que somos
fantoches. Um boneco não tem voz, livre arbítrio ou escolha. Então, não é possível
que nós, como seres humanos, possamos ter uma imagem de nós mesmos como
fantoche. Não é assim que Deus criou o caráter humano. Ele quer que nos sintamos
como parceiros com Ele - não apenas trabalhar para Ele, mas trabalhar com Ele
(ver Marcos 16:20). É por isso que Ele nos deu livre arbítrio ou liberdade de escolha.

A Bíblia diz em Lucas 2:52: “Jesus cresceu em sabedoria e estatura, e favoreceu a favor
de Deus e do homem.” Através do aumento da sabedoria, Jesus obteve favor não so-
mente com Deus, mas também com o homem. Nós precisamos de ambos. Ser fa-
vorecido somente por Deus não é suficiente para o trabalho do Reino aqui na terra.
O fato de muitos não entenderem a importância do favor com o homem em nossa
caminhada cristã tem impedido o fluxo do Espírito por séculos. As pessoas não
conseguem entender o fato de que Deus deu ao homem tanta autoridade na Terra.
Esta é a razão pela qual eles crucificaram Cristo - porque eles não puderam reco-
nhecer Sua divindade. A Bíblia diz em Atos 2:43: “E veio temor sobre toda alma; e muitas
maravilhas e sinais foram feitos pelos apóstolos”. Essa passagem afirma que os apóstolos
realizaram os sinais e maravilhas. Jesus disse na cruz que Seu trabalho estava termi-
nado (ver João 19:30). Então agora é nossa hora de fazer o trabalho na terra. O
trabalho terreno de Jesus está feito. O verdadeiro propósito da obra consumada na
cruz, no dia da ressurreição e no dia de Pentecostes era delegar poder a Seus discí-
pulos. A bola está agora no nosso campo.

Esta noção é esclarecida em 1 Coríntios 12:4-12:

“Agora existem diversidades de Dons, mas o mesmo Espírito. E há diferenças de


administrações, mas o mesmo Senhor. E há diversidades de operações, mas é o
mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a
todo homem para se beneficiar disso. Pois a um é dado pelo Espírito a
palavra de sabedoria; para outro a palavra de conhecimento pelo mesmo Espírito; a
outra Fé pelo mesmo Espírito; para outro, os Dons da cura pelo mesmo Espírito;
para outro, a operação de milagres; para outra profecia; para outro discernimento de
espíritos; para outros tipos diferentes de línguas; a outro a interpretação de línguas;
mas todas estas coisas operam aquele e o mesmo Espírito, dividindo-o a cada

133
um dos homens como quiser. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos
membros, e todos os membros daquele corpo, sendo muitos, são um só corpo: assim
também é Cristo.”

Esta passagem nos diz que as manifestações ou Dons do Espírito são dadas
aos homens. Eles são do Espírito, mas o Espírito espera que trabalhemos os Dons.
Um dos Dons, o de Operação de Milagres, é um bom exemplo disso. Em 1 Corín-
tios 12:29,30, diz: “São todos apóstolos? são todos profetas? são todos professores? todos são
trabalhadores de milagres? tem todos os Dons de cura? todos falam em línguas? todos interpre-
tam?” A resposta é não. Esses Dons ou Ofícios são dados apenas a certos indivíduos
que construíram uma grande ética de trabalho com Deus. O Espírito Santo deve
confiar-nos Manifestações específicas. O Espírito Santo dá como Ele quer (veja 1
Co 12:11). O Dom do Espírito Santo nos é dado livremente. Contudo, as nove
Manifestações do Dom do Espírito devem ser confiadas a nós. Isso aumenta atra-
vés do trabalho que colocamos com um ou dois Dons que Ele já nos confiou.
Lembre-se, o Dom do Espírito é livre (referindo-se a Línguas). No entanto, certas
Manifestações e Cargos exigem qualificações e trabalho (veja 1Tm 3:1-13). Se este
não fosse o caso, então todo crente estaria andando em todos os Dons do Espírito,
não apenas em alguns deles.
NOSSO TRABALHO
Muitos pregadores e professores hoje em dia não ensinam que devemos nos
qualificar antes de andar em certas Manifestações. As Escrituras até nos dizem: “Es-
tudo para mostrar-se aprovado” (2 Timóteo 2:15). Esta é a razão pela qual a igreja é
impotente - devido à falta de ênfase neste princípio. Só porque recebemos uma
comunicação não significa que recebemos ativação. Existe um processo de prepa-
ração envolvido. Toda comunicação vem em forma de semente. No entanto, mui-
tos não ficam por perto o tempo suficiente para ver o desenvolvimento completo.
É também por isso que as pessoas desanimam e começam a seguir fogos estranhos
e falsos movimentos de Deus. Não temos ninguém no púlpito treinando-os sobre
as qualificações para obter as verdadeiras Manifestações de Deus.

Paulo, o apóstolo, usou a palavra “obreiros” (1 Coríntios 12:29). Jesus usou


essa mesma verbosidade quando enviou os discípulos em Mateus 10:10; Ele disse:
“O trabalhador é digno da sua carne [salários]”. Somos os trabalhadores; somos coope-
radores de Cristo. “A colheita é verdadeiramente abundante, mas os trabalhadores são poucos”
(Mt. 9:37). Temos que deixar de ser preguiçosos e assumir responsabilidade pessoal.

134
Precisamos parar de esperar que Deus faça tudo por nós. Precisamos trabalhar e
trabalhar no Espírito por nós mesmos. Eu não estou falando de obras mortas. Es-
tou me referindo aos esforços espirituais para ajudar a desenvolver e fortalecer
nosso homem interior. Eu gostaria de levantar esta questão para todos os meus
pregadores itinerantes, evangelistas e pastores semanais da igreja. Se não temos nada
a ver com as Obras de Deus aqui na terra, então por que ainda recebemos dízimos,
ofertas de amor, salários e promoções por trabalhos que supostamente não fize-
mos? Porque eu disse dessa maneira, espero que possamos ver como isso não faria
sentido. Novamente, em Mateus 10:10, Jesus disse aos discípulos que eles eram
dignos de receber o pagamento pelo trabalho espiritual que realizaram em Mateus
10:8. Esse trabalho foi Curar os doentes, Limpar os leprosos, Ressuscitar os mortos
e Expulsar demônios. Jesus disse a Seus discípulos (nós) que faríamos essas Obras,
não Ele. O ponto que estou fazendo é isto - se não somos nós que estamos fazendo
o trabalho, então não devemos aceitar qualquer forma de salário financeiro, certo?
Eu pensei assim. Veja, todos nós somos colaboradores com o Espírito Santo. Ele
é nosso Sócio Sênior e nós somos membros do conselho nos Negócios do Pai.

Devemos entender que somos inseparáveis de Deus. Vamos abrir nossas


mentes e receber a verdade de que somos deuses. Até mesmo satanás é considerado
nas Escrituras como sendo o deus deste mundo (veja 2 Coríntios 4:4). Agora, se
Satanás é reconhecido como um deus nas Escrituras, por que não nos identificamos
com nossa natureza divina? Nós não merecemos esse título mais do que ele? Afinal,
essa era a nossa posição até que ele roubou de nós durante a queda de Adão. Nós
éramos os deuses deste mundo; agora é hora de caminhar no que Cristo recuperou
para nós na cruz. Deus Todo-Poderoso habita em nós, e nós somos Seus filhos e
não apenas meros humanos. Nós, como o Corpo de Cristo que opera sob uma
Aliança e Promessas melhores do que os santos do Antigo Testamento, precisamos
entender quem somos em Deus. Recuse-se a aceitar o espírito fariseu que tenta nos
enlaçar com falsa humildade e falsos espíritos de identificação. Este espírito tenta
impedir-nos de reconhecer nossa posição e lugar em Deus. Isso é feito para que
não tenhamos acesso à fonte de energia conhecendo nossa identidade espiritual.

Salmos 82:6 diz: “Eu disse: Vós sois deuses; e todos vocês são filhos do Altíssimo”.
Nesta Escritura do Antigo Testamento, Deus nos deu nossa identidade nEle. Tam-
bém é importante examinar as seguintes Escrituras relevantes do Novo Testamento
encontradas em João 10:33-35:

135
Responderam-lhe os judeus: Por uma boa obra não te apedrejamos; mas por blasfê-
mia; e porque tu, sendo homem, te fazes Deus. Jesus lhes respondeu:
Não está escrito na tua lei: Eu disse: Vós sois deuses? Se ele os chamou
deuses, aos quais veio a palavra de Deus, e a Escritura não pode ser que-
brada.

Jesus estava dizendo aos fariseus, se a lei diz que somos deuses, então somos
deuses. Quem quer que a palavra venha é considerado como tal. A Palavra de Deus
nos chama deuses. Jesus estava dizendo que a lei de Deus não pode ser quebrada;
se está nas Escrituras, então não pode ser mudado. Precisamos nos encontrar nas
Escrituras e falar nossa identidade de acordo com a Palavra de Deus. Se a Escritura
diz que podemos andar sobre a água, então podemos andar sobre a água. Se a Es-
critura diz que podemos desaparecer e reaparecer em outros lugares, então pode-
mos fazer isso. Nunca deixe um espírito fariseu nos dizer o que não podemos al-
cançar. Nós podemos fazer todas as coisas através de Cristo que nos fortalece (veja
Fp. 4:13). Ao quebrar a falsa humildade e o muro de identidade, começaremos a ter
acesso ilimitado ao reino impossível.

O trabalho do espírito fariseu é levar-nos a desacreditar nossa identidade e


posição em Deus. Os fariseus não queriam matar Jesus por causa de suas obras.
Eles queriam matá-lo por conhecer e reconhecer sua identidade em Deus (ver João
10:33). Saber o que somos e quem somos é a chave para entrar no departamento
de Recursos do Céu. Sabendo que “sois deuses” nos habilitará a andar em nosso cha-
mado completo. Quando percebemos nossa identidade, seremos “conformes à imagem
de seu Filho” (Rom. 8:29). Prepare-se para uma nova perspectiva sobre a vida, à me-
dida que quebramos a falsa identidade e o falso muro da humildade.

Eu gostaria de abordar uma última falsa identidade e falsa doutrina de humil-


dade que foi promovida pesadamente ao público ultimamente. Esse falso espírito
de identidade é chamado de doutrina da “geração sem nome”. Eu ouvi vários pastores
famosos, pregadores e bandas cheias de espírito pronunciarem essa doutrina anti-
bíblica. É falso porque vai contra uma das bênçãos de Abraão que os crentes gentios
agora têm acesso, de acordo com Gálatas 3:14. Essa bênção é que Ele tornará nosso
nome grande (veja Gn 12:2). Jesus quer que sejamos vistos e ouvidos. Ele quer que
sejamos famosos e conhecidos pelo amor de Seu Nome. Ele nos disse em Mateus
10:27: “O que vos digo em trevas dizei-o à luz; e o que de coração ouvistes pregai aos telhados”.
O próprio Jesus se gabava também dos servos terrestres de Deus. Jesus disse em

136
Mateus 11:11: “Em verdade vos digo que entre os nascidos de mulher não se levantou ninguém
maior que João Batista; todavia quem é o menor no reino dos céus é maior do que ele.” (NVI).
Jesus se gabou de João.

O Senhor não quer que sejamos pessoas tímidas e tranquilas. Ele quer que
gritemos o Seu Evangelho dos telhados, assim como João fez. Ouvi Jentezen Fran-
klin dizer que a diferença entre um pregador e um professor é: “Um diz, e um grita”.
Devemos gritar as boas novas. O que é notícia? As notícias simplesmente significam
“difundir, anunciar, promover, proclamar e divulgar informações de uma determinada fonte”. Se
não estamos fazendo isso, não estamos disseminando completamente as boas no-
vas de Jesus. Mateus 5:14 diz: “Vocês são a luz do mundo. Uma cidade que fica em uma
colina não pode ser escondida.” Então, quando dizemos que não queremos ser vistos,
ouvidos ou notados por nossa crença, basicamente contradizemos o que o Senhor
diz sobre nós. Vamos quebrar essa parede invisível. Todos nós temos que fazer a
nossa parte para evitar que a doutrina da falsa identidade/falsa humildade roube
nossa chance de construir o Paraíso na terra. Vamos pesquisar as Escrituras para
descobrirmos quem realmente somos e tocar! (“TAP” em inglês).

EU ORO EM NOME DE JESUS QUE AS PAREDES INVISÍ-


VEIS EM NOSSAS VIDAS SEJAM DERRUBADAS PARA QUE
POSSAMOS DESPERTAR PARA A LIBERDADE NO ESPÍ-
RITO DE DEUS E CAMINHAR EM NOSSO CHAMADO
COMPLETO. EU ORO PARA QUE VOCÊ ENCONTRE SUA
IDENTIDADE EM CRISTO E RECEBA TODOS OS BENE-
FÍCIOS DE SUA HERANÇA EM DEUS. EU ORO PARA QUE
AS PAREDES DA IDENTIDADE SOCIAL, RACIAL, ECO-
NÔMICA E FALSA SEJAM QUEBRADAS E QUEBRADAS
PARA SEMPRE. QUE O AMOR DE DEUS ILUMINE SEU
CORAÇÃO PARA COM OS OUTROS EM NOME DE JESUS.

137
CAPÍTULO 9

DICAS PARA TOCAR (TAP)


O Espírito Santo me disse que a sigla para TIP significa “Os Princípios Impor-
tantes” (The Important Principles). Não estou prestes só a dar-lhes os princípios
Ungidos. Eu também estou te dando os mais importantes.
PROCURE A PRESENÇA DE DEUS
A primeira dica é discernir onde a Glória e a Unção estão mais presentes e
permanecem lá. Nós devemos nos tornar caçadores da Glória. Onde quer que a
Nuvem de Glória esteja, devemos estar debaixo dela. Não podemos ficar sem a
Presença dEle. Desenvolva essa mentalidade - se a Presença não estiver lá, não es-
tarei lá. Êxodo 33:15 confirma isto: “E ele disse-lhe: Se a tua presença não for comigo, não
nos leves para lá.” Não tome um título, emprego ou posição na igreja sem a confir-
mação do Espírito Santo. Da mesma forma, não entre em um relacionamento a
menos que a atribuição seja confirmada com a Manifestação Tangível da Presença
de Deus. A falta de Sua Presença é a falta de Sua Proteção. Mais uma vez, Jó 2:7
diz: “Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu Jó com dolorosa ferida desde a planta do
pé até a sua coroa”. O diabo não foi capaz de tocar o corpo de Jó até que ele deixou
a Presença de Deus. Nós devemos nos tornar buscadores de Sua Presença.

Alguns dizem que não se trata de um “sentimento”. Minha resposta a isso é:


como saberíamos se Deus está presente ou não sem sentir a Sua Presença através
dos cinco sentidos do espírito? Os humanos experimentam a realidade física através
dos cinco sentidos físicos - gosto, tato, olfato, visão e audição. Quando se trata de
discernir a Presença de Deus, devemos ativar nossos cinco sentidos espirituais tam-
bém. Lembre-se, sem a Presença dEle, não podemos receber os Dons dEle.
DÊ AOS MINISTROS
A segunda dica é semear algo na vida do vaso ungido que Deus está usando
para nos dar Dons Espirituais. Paulo declara claramente em 1 Coríntios 9:11: “Se
lhes tivermos dado coisas espirituais, será bom que colhamos vossas coisas carnais?” Paulo estava
dizendo: “Nós, como simples homens, semeamos em ti coisas espirituais; vocês não semeiam em
si mesmos - outros homens fazem.” Devemos entender que existem certos Dons que são
transmitidos apenas através de outros vasos de Deus. Nós não podemos receber o

138
Óleo e não honrar a embarcação em que ele entra. Se a embarcação estiver quebrada
ou não estiver lá para segurar o Óleo, então ele vaza e não é mais útil. Quando nos
aproximamos de dar aos homens ou mulheres de Deus com uma mente dupla,
imediatamente permitimos que o inimigo nos roube toda a nossa herança. Dar aos
ministros é uma das maneiras pelas quais recebemos nossas bênçãos completas de
Deus.

Levítico 23:20 nos diz: “E o sacerdote os moverá com o pão das primícias, para oferta
de movimento perante o Senhor, com os dois cordeiros; santos serão ao Senhor para o sacerdote”.
As ofertas são sagradas para Deus, mas eles pertencem ao pastor. Não há uma nave
espacial grande o suficiente para viajar até o Céu e entregar nossos dízimos e ofertas
a Deus pessoalmente. Ainda assim ele deve ser transferido através de um homem.

Quando abençoamos os homens e mulheres de Deus, o Senhor começa a


transmitir coisas no reino espiritual para nós através das bênçãos terrenas. Tiago
1:17 nos diz: “Toda boa dádiva e todo Dom perfeito vem de cima”. É nosso dever abençoá-
los com nossas posses para estarmos em posição de remover as oposições terrenas.
Vamos dar uma olhada em Lucas 8:2,3:

“Certas mulheres, que haviam sido curadas de espíritos malignos e en-


fermidades, Maria telefonou a Madalena, de onde saíram sete demônios, e Jo-
ana, esposa do administrador de Cusa Herodes, e Susana, e muitas outras pessoas,
que lhe ministraram suas substâncias.”

Jesus permitiu que as pessoas semeassem sua vida e ministério como faziam
essas mulheres agradecidas. Quando Jesus libertou as mulheres de seus maus espí-
ritos e doenças, elas responderam dando-Lhe oferendas. Quando alguém toma o
tempo para nos ministrar, devemos ministrar de volta com nossas posses materiais.

Que as palavras de Paulo em 2 Coríntios 11:7, 8 sejam esclarecidas: “Cometi o


pecado ao me humilhar para que você fosse exaltado, porque eu pregava o evangelho de Deus a
você gratuitamente? Eu roubei outras igrejas, recebendo salários deles para ministrar a você.”
(NKJV). Paulo faz uma pergunta: “Pecarei me humilhando por não receber uma oferta?”
Paulo disse: “Eu roubei de outras igrejas para não ter que tirar nada de vocês, coríntios.” Rou-
bado nesta passagem é traduzido em o grego como a palavra SULAO, que significa
“exercer direitos de apreensão” ou “saquear e despojar”. Era direito de Paulo receber di-

139
nheiro deles, até mesmo cobrar deles pelo Evangelho segundo essa Escritura. Em-
bora ele não tivesse recebido dinheiro deles, ele ainda recebia de outras igrejas no
exterior.

Há bênçãos com nosso nome nelas que Deus colocou no coração de


alguém para ser uma bênção para nós. No entanto, eles não obedeceram.
Mas eu declaro e decreto todos os ouvidos teimosos que não ouviram a Voz
de Deus quando foram instruídos a nos abençoar sejam lembrados agora em
Nome de Jesus. Peço-lhe, Senhor, que perturbe seu sono até que cumpram
seu compromisso agora mesmo! Em Nome de Jesus.

Paulo sabia que receber ofertas daria munição a seus inimigos para caluniá-
lo e acusá-lo de ganância. Havia um perigo muito real de que a disseminação do
Evangelho fosse prejudicada na região por causa disso. No entanto, Paulo também
sabia que não receber uma oferta deles os impediria de receber do Senhor. Ele de-
clarou: “Eu preguei o evangelho de Deus a você gratuitamente.” Se nós, como ministros,
pagarmos o preço para receber a Unção, a pessoa que recebe a concessão também
deve pagar um preço para recebê-la. Os custos da Unção; não é livre. O custo a que
me refiro é viver um estilo de vida sacrificial. Não podemos comprar uma Unção
com dinheiro. No entanto, devemos pagar o preço através da oração, jejum e se-
mear a semente sacrificial para abrir os Céus sobre nossas vidas.

Dar aos vasos ungidos e permitir que eles nos deem destrancará o Sobrena-
tural em nossas vidas. Ao fazer isso, evitamos roubar aqueles que dão e impedem
aqueles que não deram.
INALE O ESPÍRITO
Aqui está a terceiro DICA: aprenda a inalar a Atmosfera. Uma das definições
de atmosfera é “um sentimento ou humor predominante”. Quando a Presença de Deus
está na atmosfera, o uso de técnicas de respiração pode permitir que Sua Presença
entre em nossos sistemas. Esta teoria não tem muito apoio bíblico. No entanto,
João 20:22 diz: “E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”.
Toda vez que inalo a Atmosfera do Espírito, recebo um forte senso da Glória de
Deus. Jesus exortou os discípulos a inalar ou receber o Sopro do Espírito de Deus.
Quando Jesus deu seu último suspiro, ele proferiu estas palavras: “Pai, em tuas mãos
entrego o meu espírito. Quando disse isto, Ele deu seu último suspiro.” (Lucas 23:46 NVI).
Então, quando Jesus deixou a terra, Ele liberou Seu fôlego para o (Espírito) de Deus

140
Pai. Então, após a Sua ressurreição, ele recuperou o Seu último fôlego (Espírito) do
Pai no Céu, depois o libertou aos discípulos na Terra. Os discípulos agora tinham
uma parte de Jesus neles através da comunicação de Seu último suspiro. Quando
recebemos a Salvação, nós também recebemos o último Suspiro de Jesus e também
o Seu Sopro de ressurreição que Ele soprou sobre os discípulos.

A tradução mais frequente do espírito é da palavra hebraica RUACH, que


significa “sopro, vento, inspiração ou expiração”. Assim, o reino espiritual tem algo a ver
com respirar e expirar. Quando inalamos e expiramos profundamente em uma reu-
nião, recebemos ou absorvemos o espírito dessa reunião. Muitas vezes, o bocejo é
contagioso e, assim como o bocejo, o espírito também é contagioso. Uma vez que
a Liberemos na atmosfera, todos podem pegá-la. O diabo pode ser o príncipe do
ar. No entanto, Deus é o criador disso. Gênesis 2:7 diz: “E o Senhor Deus formou o
homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem se tornou uma alma
vivente.” Deus deu vida soprando o Sopro de Seu Espírito nas narinas do homem.
Portanto, quando precisamos de uma nova palavra ou de uma nova Unção, quando
inalamos a respiração ou o Espírito de Deus, ela nos dará uma nova vida, assim
como foi no começo. Nós nos tornaremos uma nova alma viva. Toque (“TAP”,
em inglês).
VIVER SACRIFICIALMENTE
Este quarto princípio é uma das dicas mais importantes para TAP (Tocar, em
inglês). Na verdade, resume todo o livro. O princípio de que falo é o princípio da
vida sacrificial. Ao longo do Antigo Testamento e até mesmo no Novo Testamento,
Deus sempre respondeu ao povo quando os sacrifícios eram feitos. Após a queda
da humanidade e mesmo antes da Lei de Moisés, os sacrifícios eram principalmente
“presentes” oferecidos a Deus como um meio de se conectar com Ele. O sistema de
sacrifícios foi estabelecido durante o período Mosaico. Os sacrifícios tornaram-se
funções de receber perdão do pecado e dedicar a doação de presentes. Ainda assim,
o principal objetivo dos sacrifícios era trazer comunicação entre Deus e o homem.
Jesus se tornou o último sacrifício pelo perdão. Ele restaurou o relacionamento
entre o Pai e toda a humanidade. Nós vemos claramente isso em Hebreus 9.

Em Apocalipse 5:12 lemos: “Digno é o Cordeiro que foi morto para receber poder e
riquezas e sabedoria, e força e honra e glória e bênção”. O livro do Apocalipse freqüente-
mente se refere a Jesus como o Cordeiro. Ele é o sacrifício usado para fazer expia-
ção e corrigir os pecados. Jesus foi o maior Cordeiro sacrificial que já existiu. Jesus

141
também viveu um estilo de vida sacrificial na terra. No entanto, Ele quer que con-
tinuemos essa prática. Em Mateus 16:24, Jesus afirma claramente este importante
princípio: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me”.
Negar a si mesmo é o passo inicial. Negar a nós mesmos significa recusar-se a par-
ticipar de algo que desejamos. Esse processo de negação nos torna altruístas, não
egoístas. Nós canalizamos nosso foco para os outros quando nos negamos a nós
mesmos.

Quando fazemos isso, vamos acessar o Poder Supremo do Amor. Devemos


nos sacrificar pelos outros para obter o Poder do Amor. Jesus demonstrou esse
Amor na cruz. Ele nos diz em João 15:13: “Não há homem maior do que este, que o
homem dê a sua vida pelos seus amigos”. Não dominamos a caminho do Amor até que
estejamos dispostos a dar a vida pelos outros. Jesus abraçou a cruz. Nós devemos
seguir o mesmo padrão. Jesus nos diz em Mateus 16:24 para negar a nós mesmos,
tomar nossas cruzes e segui-Lo. Nós devemos pegar nossa cruz, e não fugir dela.
Um dia o Espírito Santo me disse: “Se eu tiver que arrastar você até a cruz, isso significa
que você não quer ser crucificado. Você não quer morrer para a carne.” Depois que Ele falou
isso para mim, Eletricidade Celestial passou pelo meu corpo. Chorei incontrolavel-
mente por dias por causa dessa palavra. Morrer à vontade própria, ambições egoís-
tas e gratificação própria é a mais alta forma de adoração a Deus.

Romanos 12:1 nos diz: “Eu, irmãos, peço-vos, pela misericórdia de Deus, que apre-
sentem vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso serviço razoável.”
O sacrifício do corpo ou a carne está se referindo ao jejum, orando e negando a nós
mesmos dos prazeres mundanos. Um estilo de vida sacrificial é nosso dever razoá-
vel.

O Senhor não quer que a gente exagere com um estilo de vida sacrificial. No
entanto, Ele quer que façamos disso um hábito, não um hobby. Isso é o mínimo
que podemos e devemos fazer. Não vamos quebrar esse hábito, porque isso nos
trará benefícios extraordinários. Apocalipse 5:12 diz: “O Cordeiro que foi morto para
receber poder e riquezas e sabedoria e força e honra e glória e bênção”.

Esta Escritura nos mostra os benefícios de ser um cordeiro de sacrifício. Ele


diz que “o Cordeiro que foi morto para receber”. Podemos receber poder, riquezas, sabe-
doria, força, honra, glória e bênçãos do Senhor uma vez que nos tornamos um
cordeiro de sacrifício. Em João 21:15, o Cordeiro Jesus diz a Simão Pedro: “Amas-

142
me mais do que estes? Disse-lhe ele: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Ele disse-lhe: Apascenta
os meus cordeiros.” Jesus está falando de Seus seguidores (nós) como cordeiros, seres
sacrificiais para Deus. Lembre-se, Jesus não é o único cordeiro de Deus - assim
somos nós.

O apóstolo Paulo cita Salmos 44:22 em Romanos 8:36: “Como está escrito: Por
amor de ti estamos mortos todo o dia; somos considerados ovelhas para o abate”. Paulo está
descrevendo a guerra entre a carne e o espírito. Devemos viver estilos de vida sa-
crificiais diariamente e ser “mortos o dia todo”. Devemos negar nossa carne para que
nosso espírito possa dominar nossas vidas. Mais uma vez, isso deve ser um hábito,
não apenas um hobby.

Paulo fala de auto-sacrifício novamente em 1 Coríntios 15:31: “Eu protesto pela


sua alegria que eu tenho em Cristo Jesus nosso Senhor, eu morro diariamente.” Devemos mor-
rer diariamente aos nossos desejos carnais negando a nós mesmos. Se não acordar-
mos com o funeral da carne em nossas mentes, então iremos perecer física e espi-
ritualmente. Todos os dias, acordo com um Espírito Santo que quer matar a carne
de Shawn Morris, o homem, para que o profeta há em mim possa viver. Corte as
camadas de carne que nos negam acesso ao mundo espiritual.

Nós devemos matar a carne antes que ela nos mate. Essa vida sacrificial tam-
bém poderia ser chamada de sobrevivência do mais apto. O que tudo se resume é,
matar ou ser morto. Romanos 8:13 nos diz: “Porque, se viverdes segundo a carne, hão de
morrer; mas, se pelo o Espírito fizerdes mortificar as obras do corpo, vivereis”. Mortificar sig-
nifica “destruir a força”. Destrua a força da carne para evitar que as fortalezas se le-
vantem. Quando vivemos sacrificialmente por habitar no espírito e matar a carne,
podemos recuperar as chaves que destrancam os Céus.

Devemos lembrar que a luxúria da carne é o problema, não nós. Nós não
possuímos esses desejos e pensamentos carnais. Lembre-se, nossa natureza peca-
minosa o faz. O inimigo não pode atacá-lo se ele não tiver nada para anexar. Temos
acesso ao Ajudador quando negamos e removemos a carne. As ocorrências Sobre-
naturais começam a se manifestar.

A última e mais importante chave para a vida sacrificial é manter um espírito


quebrantado. Isso é mais que um mero princípio. Todos os filhos de Deus precisam
praticar esse estilo de vida.

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Há vários exemplos nas Escrituras que nos mostram a importância de sermos
quebrantados. Um exemplo é a passagem em Salmos 51:17, que afirma: “Os sacrifícios
de Deus são um espírito quebrantado: um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não despreza-
rás”. Um espírito quebrantado é a chave para o avivamento. Queremos Milagres,
Sinais e Maravilhas, mas Deus quer um espírito quebrantado. Podemos jejuar e dar
nossas melhores ofertas financeiras. No entanto, o Senhor está procurando um es-
pírito quebrantado acima de tudo. Em todo o mundo, igrejas e ministérios realizam
reuniões e recebem curas e avanços para seu ganho pessoal. No entanto, raramente
vemos pessoas quebrantadas se aproximando do altar e buscando o Senhor. Mani-
festações são para nosso benefício, mas um espírito quebrantado é para o benefício
de Deus. Isso mostra a sinceridade daqueles que O servem.

Quando implementamos esse princípio, vamos desbloquear as bênçãos espi-


rituais. Deus nos promete esse resultado. Salmos 51:19 diz: “Então te agradarás de
sacrifícios de justiça dos holocaustos e dos holocaustos; então eles oferecerão novilhos sobre o teu
altar.” Quando oferecermos um espírito destruído a Deus, Ele honrará o resto dos
nossos sacrifícios. Um estudo dos avivamentos passados e movimentos do Espírito
de Deus revelará um ingrediente comum. Esse ingrediente, meu amigo, é um espí-
rito quebrantado.

Muitas pessoas desejam um preenchimento do espírito. No entanto, eles não


querem experimentar um derramamento. Em Joel 2:12, a Escritura diz: “Portanto,
agora também, diz o Senhor, voltes a mim de todo o teu coração, e com jejum, com pranto e com
luto.” Devemos vir diante do Senhor com todo o nosso coração. O Senhor quer
lidar com nossos problemas de coração. Quando nos aproximamos de Deus com
choro e luto, podemos ter acesso à Sala do Trono com facilidade. O choro simbo-
liza nossa tristeza pelos nossos pecados. O luto representa a morte da carne. Sempre
que há luto, algo certamente está morrendo. Então, quando me sinto seco espiritu-
almente, sempre me lembro do que o Senhor me disse: “Shawn, se eu tiver que arrastar
você até a cruz, você não quer ser crucificado.” Precisamos abraçar nossa cruz como Cristo,
nos colocar no altar do quebrantamento, e ir diante do propiciatório do Senhor
através da vida sacrificial. Torne-se o cordeiro sacrificial e T.A.P. (Tocar, em inglês).
PEÇA, BUSQUE, BATA
A última DICA nos mostra que há três etapas para entrar na Presença de
Deus. Esses passos são a santíssima trindade de todos os princípios - peça, procure,

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bata. Todas as três dimensões de entrada no Reino Espiritual são resumidas no
primeiro passo de penetrar no mundo espiritual, que é pedir. Uma tradução da pa-
lavra pedir é a palavra hebraica SHAAL, que significa “inquirir” ou “consultar ou exigir”.
Quando começamos a pedir algo ao Senhor, devemos usar gestos verbais fortes.
Precisamos ter uma atitude diligente para sermos ouvidos.

A maioria das pessoas não gosta de pedir nada. Alguns podem achar que
estão perdendo o tempo de Deus. Se pedirmos sobre coisas que pensamos serem
pequenas à vista dEle, veremos um resultado mais rápido. Há um ditado - uma boca
fechada não é alimentada. Esta afirmação é verdadeira em todas as frentes. Tiago 4:2
diz: “Você deseja, mas não tem, então você mata. Você deseja, mas não consegue o que quer,
então briga. Você não tem porque não pede a Deus.” (NVI). Nós limitamos nossas próprias
bênçãos ao não pedirmos a Deus o suficiente. Não é o diabo que nos impede de
receber Abundância. É a nossa falta de comunicação com Deus que nos impede. A
partir de hoje, comece a pedir a Deus as menores coisas e observe as Manifestações
aparecerem como nunca antes.

O próximo passo é procurar. A palavra procurar é a palavra hebraica


BAQASH, que significa “implorar, implorar” ou “buscar ou buscar”. Adoro esse passo
porque requer um pouco mais de esforço de nossa parte. A maioria do mundo quer
que Deus venha correndo atrás deles. Eles querem que Ele prove que Ele é real
antes de crer ou até mesmo serví-lO.

Contudo, Deus não é o predador; em vez disso, Ele é a presa. É por isso que
devemos orar, para que possamos comer dEle. Jesus é o pão da vida e devemos
participar dEle para que vivamos para sempre (ver João 6:22-53). Perdoem a com-
paração, mas o Senhor é semelhante a um “jogador”. (Meios similares que se asse-
melham sem serem idênticos). Veja, eu entendo a natureza de um jogador - eu já
fui um deles. Um jogador não persegue um indivíduo. O indivíduo geralmente per-
segue depois deles. Não entenda mal o que estou dizendo, senhoras e senhores. Eu
não estou dizendo que o Senhor é um jogador. No entanto, Ele tem uma aborda-
gem semelhante quando se trata de relacionamentos. Nas Escrituras, Ele diz: “apro-
xima-te de Deus, e ele se aproximará de ti” (Tiago 4:8). Deus quer ser procurado. Ele
quer ser perseguido. Ele não se moverá até nos mudarmos. Precisamos atrair Deus
para uma conversa íntima enquanto estamos em busca do Reino.

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Mesmo aqueles que se movem no Reino da Glória amam enfatizar o des-
canso no Senhor sobre o esforço. Descansar no Senhor é importante, mas também
devemos nos lembrar de que o esforço ou a busca é necessário para entrar nesse
descanso. Hebreus 4:11 diz: “Portanto, trabalhemos para entrar nesse descanso”. A dou-
trina do “descanso” mutilou o Corpo de Cristo e criou crentes preguiçosos demais
para disputar a Fé. A Bíblia diz até mesmo em Filipenses 3:14, “Eu prossigo para a
marca para o prêmio da alta vocação de Deus em Cristo Jesus.” Se não insistimos no espírito,
nunca veremos o prêmio da alta vocação de Deus. Precisamos construir nossos
músculos espirituais pressionando o natural também. Durante o ministério terrestre
de Moisés, houve momentos em que Deus lutou pelos israelitas através de Seu to-
que soberano de Unção. Então, houve ocasiões em que os filhos de Israel tiveram
que lutar por si mesmos no reino físico, enquanto o Senhor os apoiava no espírito.
Agir no físico chama a atenção de Deus. Tudo faz parte da busca do reino.

Em Provérbios 18:22, vemos que o marido deve “encontrar” a esposa. Isso nos
mostra que Deus se envolve até que façamos a nossa parte primeiro. O homem
encontra a esposa, não Deus, e uma vez que o homem faz a sua parte, então Deus
entra e dá Favor. Enquanto o marido procura a esposa, a noiva está se preparando
para o marido durante esse processo de “busca”. A esposa deve atrair o marido com
sua beleza antes de ser escolhida como noiva. Buscando ao Senhor em adoração, a
oração, o jejum e a total obediência é a única maneira de se embelezar. Muitos de
nós são crentes, mas não buscadores. Mera crença em Deus não pode manter nossa
Fé intacta. Lembre-se, até mesmo os demônios acreditam que existe um Deus. En-
tão, simples crença não é suficiente. Temos que procurar aquilo em que acredita-
mos. Se não o fizermos, depois de um certo período de tempo, a Fé de muitos
crentes começa a vacilar. Freqüentemente, isso acontece porque Deus não mani-
festa um pedido de oração no prazo que o crente estava esperando. Esta Fé instável
é criada pela falta de busca dEle. Depois que o Reino pelo Pedir é inserido, o Reino
pelo Buscar se torna o Princípio mais vital. Nesta jornada em busca, aprenderemos o
mapa para o Santo dos Santos. Lembre-se, Deus é um recompensador para aqueles
que O buscam diligentemente (veja Hebreus 11:6).

O passo final na santíssima trindade dos princípios é BATER. O Reino pelo


Bater abre a porta para uma nova Dimensão no Espírito. Mateus 7:7 diz: “Peça e vos
será dado; buscai e achareis; bata e ela se abrirá para você”. Podemos receber uma resposta
depois de pedirmos, mas isso não significa que a possuímos ainda. Pedir é o convite
para a caça ao tesouro. É por isso que o nível de busca segue atrás dele. Como

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mencionei anteriormente, o Reino pela Busca fornece o mapa que usamos para loca-
lizar o tesouro. É a batida que finalmente abre a porta ou a caixa do tesouro que
encontramos. Bater é o princípio final de entrada necessário para obter o esplendor
das riquezas da Glória de Deus. Deus quer abençoar o Seu povo. No entanto, de-
vemos seguir esses Princípios para obter acesso aos bens do Seu Reino. Aqui está
uma aplicação do Reino pelo Bater nas Escrituras: “Então clamarás, e o Senhor responderá;
tu chorarás, e ele dirá: Aqui estou eu.” (Isaías 58:9).

Quando pedimos a Deus, Ele responde. Quando clamarmos, Ele dirá: “Aqui
estou”. Se um de nossos filhos estiver chamando nosso nome do andar de cima,
poderemos responder: “O que você quer?” No entanto, podemos decidir não sair de
onde estamos. No entanto, se um de nossos filhos gritar ou chorar, deixaremos o
que estamos fazendo, correremos para ele ou ela e diremos: “Aqui estou”. Se alguém
ligar para nosso telefone, talvez não respondamos imediatamente. No entanto, se
esse alguém certo continuar discando o nosso número, eventualmente, vamos aten-
der. Então, se a situação for séria o suficiente, diremos: “Estou a caminho”. Isso é o
que acontece entre o crente e Deus no Reino pelo Bater. O Corpo de Cristo precisa
aprender a clamar ao Senhor. Chorar está batendo na porta com força repetida. No
Reino pelo Bater, ganhamos a atenção total de Deus e forçamos Sua mão a nos ajudar
em nosso pedido. Costumo dizer às pessoas como uma piada: “Não bata nas aldra-
vas”. Uma vez que aplicamos esses três passos - pedir, procurar e bater - nos en-
contraremos vivendo sob um Céu Aberto, onde nada é impossível. Então, vamos
T.A.P. (Tocar, em inglês).

EU ORO EM NOME DE JESUS CRISTO PARA QUE TODOS


RECEBAM REVELAÇÃO ATRAVÉS DOS PRINCÍPIOS EX-
PLICADOS NESTE LIVRO. QUE A GLÓRIA, A UNÇÃO E O
PODER DE DEUS TOQUEM CADA INDIVÍDUO QUE LER
ESTE LIVRO. EU ORDENO QUE OS CORPOS SEJAM CU-
RADOS AGORA MESMO NO PODEROSO NOME DE JE-
SUS. MILAGRES CRIATIVOS, MANIFESTOS. E FINAL-
MENTE, A LIBERAÇÃO PARA MOVER-SE NO MIRACU-
LOSO SEJA LIBERADA AGORA! EM NOME DE JESUS,
ESTÁ FEITO. NÓS TOCAMOS!

T.A.P. (TOQUE)!
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SOBRE SHAWN MORRIS
Shawn Morris é um ministro dinâmico e ungido do evangelho que opera em
uma notável profecia, cura, milagres, sinais e prodígios da Unção. Ele é um mentor
de centenas de pastores e ministros em todo o mundo. Ele também é o presidente
e fundador dos Ministérios Internacionais Shawn Morris em Houston, Texas.
Como evangelista internacional, Shawn e sua esposa levaram milhares de pessoas a
Cristo e foram catalisadores da liberação de avivamentos em pequenas cidades em
todo o país. Os Morrises residem em Houston, Texas, com seus oito filhos.
CONTATO COM SHAWN MORRIS
Envie-me um email para: prophet@shawnmorris.org
Para reservas, entre em contato conosco pelo número 281-818-6982.
Envie todas as doações e presentes dedutíveis para: P.O. Caixa 1802 Alief,
Texas 77411.
Você também pode doar on-line em: www.shawnmorris.org.

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