(BR) Dealing With Hindering Spirits - Perry Stone

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TRATANDO COM ESPÍRITOS DIFÍCEIS
Quando a guerra se torna sobrenatural
Por Perry Stone, Jr.
Índice
Introdução
Capítulo 1 Entrando no Mundo Espiritual
Capítulo 2 Seis meses de tormento
Capítulo 3 Espíritos Demoníacos em Atribuição
Capítulo 4 O espinho na carne
Capítulo 5 O Sonho das Quatro Portas
Capítulo 6 Quando Deus permite um espírito de impedimento
Capítulo 7 Novos níveis, novos demônios
Capítulo 8 Lidando com o inimigo
Capítulo 9 Discernindo o conflito
Capítulo 10 O que eu aprendi
Vinte e cinco anos de memórias
UM ESPÍRITO DIFÍCIL
Um espírito maligno enviado com o propósito de atrapalhar sua designação dada por
Deus, criando distrações, provações estranhas e obstáculos anormais, tornando seu
trabalho penoso, cansativo e difícil.
Introdução
Sem a instrução adequada de ministros experientes, eu poderia ter ficado sobrecarregado

e possivelmente abortado a designação de Deus para mim antes dos dezenove anos. O
motivo: eu passava longas temporadas jejuando e horas a fio orando e estudando.
Ninguém havia me informado que esse estilo de vida acabaria afetando os dois lados do
mundo espiritual: o reino de Deus e o reino de Satanás.
Eu certamente estava familiarizado com o reino espiritual. Tendo uma linhagem de quatro
gerações de ministros em nossa família, incluindo um pai que orava intensamente, nunca
era estranho ouvir papai falar de um sonho, visão ou visitação especial do Espírito Santo.
No entanto, papai era um "homem de Deus"
e isso era esperado dele. Mas, com dezoito anos de idade, muitas vezes me chamavam
de "pregador infantil", e a última coisa que eu esperava era um ataque mental de seis
meses do reino das trevas, com o qual eu não estava familiarizado.
Naquela época, encontrei o lado sobrenatural da guerra espiritual.
Depois de seis meses de tormento, finalmente recebi várias revelações do Senhor de

que tenho ensinado o corpo de Cristo por mais de vinte e quatro anos.
Recentemente, enquanto examinava pilhas de anotações de sermões antigos e pepitas

espirituais rabiscadas em pedaços de papel, me deparei com várias páginas marcadas
"lidando com espíritos inibidores." Enquanto meus olhos percorriam as páginas, o Espírito
Santo me impressionou a colocar as verdades espirituais e as Escrituras aprendidas com
essa experiência em forma impressa, permitindo assim que mais pessoas tivessem uma
ferramenta espiritual em suas mãos para ajudá-las a lidar com ataques sobrenaturais
repentinos.
Também incluí várias histórias muito pessoais que nunca compartilhei em público.
Achei que era hora de incluir esta informação para seu benefício. Este é o meu
testemunho de vitória sobre um inimigo muito real.
Você descobrirá que um espírito de impedimento atingiu um dos grandes apóstolos

do Novo Testamento. Foi sua revelação que acabaria por me ajudar a superar esses
conflitos e viver uma vida livre de ataques atormentadores. Que essas verdades o
ajudem e sejam uma fonte de força em sua vida pessoal.
Deus o abençoe,
Perry Stone, Jr.
Fundador e Presidente, Voice of Evangelism, Inc.
Cleveland, Tennessee
Capítulo 1
Entrando no Mundo Espiritual
"Então me disse: Não temas, Daniel; porque desde o primeiro dia, em que
aplicaste o teu coração a entender e a castigar-te diante do teu Deus, as tuas
palavras foram ouvidas, e eu vim por causa das tuas palavras. Mas o príncipe
do reino da Pérsia me resistiram vinte e um dias”.
Daniel 10:12-13
Ainda jovem, eu sabia que havia sido chamado para o ministério. Desde o meio da
adolescência, minha vida social e meus desejos pareciam diferentes dos adolescentes
comuns. Na escola, meus colegas ficavam entusiasmados com jogos de bola, festas
de fim de semana ou alguma nova droga que experimentavam durante as férias de
primavera. Eu tinha dezesseis anos, usava calças escuras de poliéster e carregava
uma grande Bíblia anotada de Dake debaixo do braço. Eu não estava tentando ser
diferente ou me destacar como um polegar dolorido. Os desejos do meu coração eram
simplesmente diferentes. Eu nunca namorei uma garota de escola pública, porque não tínhamos
qualquer coisa em comum. Meus amigos eram cristãos que conheci em várias igrejas.
Para ser honesto, era muito solitário.
Em 1976, minha vida mudou durante um ato não programado de Deus. Não estava
agendado no meu calendário, mas foi pré-arranjado no Senhor! Três homens mais
velhos e eu estávamos comendo bolo e tomando café na casa paroquial da igreja em
Salem, Virgínia, onde meu pai servia como pastor. Papai sempre teve um jeito de
despertar sua fé quando ele compartilha as poderosas respostas à oração e os
milagres que ele experimentou ao longo de seu ministério. Nós quatro ficamos
maravilhados enquanto papai relatava as respostas edificantes da fé às orações e os
milagres de cura que ele havia testemunhado. De repente, nossos estômagos não
estavam mais com fome, mas nossos espíritos estavam. Um forte desejo de tocar a
Presença de Deus tomou conta de nós. Levantei-me e disse: "Creio que o Senhor
gostaria que fôssemos à igreja e orássemos". Eram pouco antes das 23h de um
domingo à noite, mas, sem hesitar, Wayne, Carlton, Ted e eu corremos pelo
estacionamento até a igreja. Caímos com o rosto no santuário e começamos a orar.
Minutos se transformaram em horas. Às 3:00 da manhã, a impressionante Presença
de Deus encheu toda a igreja. Meus cabelos se arrepiaram e a unção de Deus, como
óleo quente, derramou sobre mim. Levantei-me e saí por uma porta lateral do
santuário, olhando para as estrelas naquela noite clara. Senti uma cutucada interior
dizendo: "Chamei você para pregar". Voltei para a igreja e, às 3h30 da manhã,
anunciei aos meus três amigos: "Creio que o Senhor acabou de me chamar para
pregar o Evangelho".
Anteriormente, eu pensava que qualquer um "chamado" para o ministério receberia a

visita de um anjo com uma voz estrondosa, falando o inglês King James, dizendo:
"Sim, o Senhor te chama em Sua vinha." Naquela noite, não havia anjos visíveis, nem
sarças ardentes, nem arco-íris e nem vozes audíveis. Era apenas uma pequena voz
interior, semelhante ao que lemos em 1 Reis 19:11-
O Chamado de Deus Atrai a Atenção do Inimigo
Estava resolvido em meu coração que eu pregaria o Evangelho. Não foi porque o
caminho atrás de mim incluía três ministros na família, mas porque o caminho diante
de mim era um destino pré-determinado. No entanto, em vez de um caminho
pavimentado suavemente, imediatamente encontrei espinhos, bloqueios de estradas e
impedimentos espirituais. Em retrospecto, pude ver que esse era o padrão das pessoas
na Bíblia. O conflito sempre precede a conquista!
Muitas vezes, as maiores batalhas precedem as maiores bênçãos. Antes de Davi ser
coroado rei de Sião, ele experimentou a batalha em Ziclague (1 Samuel capítulo 30).
Antes de Cristo começar Seu ministério público, Ele foi testado por Satanás por quarenta
dias (Lucas 4:2). Satanás tentou matar os meninos hebreus antes que seu libertador
ascendesse à sua posição (Êxodo 1:22).
Herodes matou as crianças com menos de dois anos de idade e em torno de Belém,
tentando extinguir a vida de um futuro rei dos judeus (Mateus capítulo 2).
Quando você estiver no limite de seu propósito, a saliência sobre a qual você se encontra
começará a tremer. Você ficará parado ou fugirá de seu destino. A batalha pela vontade
de Deus em sua vida começa cedo; com alguns, começa no momento de seu nascimento.
A tentativa de uma parteira
Os pais precisam entender que a batalha espiritual por seus filhos começa cedo. Não
tenho certeza do quanto o adversário sabe sobre o seu futuro, mas parece que o reino
espiritual está ciente de certos destinos que Deus planejou. Como resultado, o inimigo
se envolve em missões para impedir os propósitos de Deus.
Um exemplo é uma criança nascida em 1933. Sua família morava em uma cabana de
madeira em Johnny Cake Hollow, não muito longe de Bartley, West Virginia. A cabana
ficava a cerca de duas milhas e meia da estrada principal. No início da manhã de 11 de
fevereiro de 1933, a esposa de William H. Stone, Nalva, entrou em trabalho de parto.
William começou a caminhar 13 quilômetros na neve para encontrar um médico. Depois

de procurar um médico, ele descobriu que o médico trabalhava para uma mina de carvão
competitiva e era obrigado a fazer o parto de um bebê cujo pai trabalhava para outra
empresa de carvão. William caminhou mais 11 quilômetros através de meio metro de
neve e encontrou um médico com um Ford modelo T.
Eles dirigiram até o fundo da depressão e um vizinho, Grover Hatfield, os encontrou com um
cavalo. O médico montou o cavalo até o topo da montanha. William Stone confessou mais
tarde que quase morreu congelado ao caminhar um total de dezessete milhas para conseguir
um médico.
Ao se aproximarem da casa, Nalva, que uma hora antes tinha acabado de dar à luz um
menino, estava parada na porta gritando para o marido:
"William, pegue ela... ela está com o bebê... alguém agarre ela... ela está com o bebê!" Para
sua surpresa, a parteira, que ajudou no parto do bebê, envolveu o recém-nascido em um
cobertor e saiu para o frio congelante.
William e o médico agarraram a mulher e tiveram que tirar a criança de seus braços. A
parteira estava dizendo: "Este é o meu bebê. O Senhor me deu este bebê!" É incerto - o que
fez a parteira explodir mentalmente quando o menino nasceu. Se William e o médico tivessem
chegado dez minutos depois, a parteira teria desaparecido com o embrulho de 5 libras.
Enrolado no cobertor naquele dia frio de inverno estava um bebê chamado Fred Stone que,
muitos anos depois, se tornaria meu pai biológico. Papai disse que acreditava que o inimigo
colocou um dardo inflamado na mente da parteira na tentativa de abortar o plano soberano
de Deus para nossos dois ministérios.
Essa história me lembra como o Faraó instruiu as parteiras egípcias a permitir que as
mulheres hebréias parissem seus filhos nas fezes de parto e, se o bebê fosse um menino,
deveria ser morto (Êxodo 1:16). Após o nascimento de Moisés, sua mãe preparou uma
pequena arca feita de juncos e colocou seu filho recém-nascido nas perigosas águas do rio
Nilo (Êxodo 2:3).
O plano de Satanás para interromper o destino profético de Israel falhou quando a filha de
Faraó encontrou Moisés e o criou no palácio do rei do Egito (Êxodo 2:5-10). O propósito
divino é capaz de preservá-lo se você encontrar abrigo na arca da Presença de Deus.
Um acidente de carro em 1961

Mamãe se lembra dos detalhes e papai já contou a história várias vezes. Eu tinha
dois anos de idade e papai, mamãe e eu, junto com dois rapazes de uma igreja
local, estávamos no carro. Era perto do Dia de Ação de Graças e papai estava
pregando um reavivamento em Parsons, West Virginia. Naquela manhã, estávamos
viajando em um Comet 1960 indo de Parsons para Elkins, West Virginia. Papai se
lembra de mim em pé no meio do banco da frente, olhando pela janela. Papai disse
para mamãe: "Juanita, sente essa criança. Se eu pisar no freio de repente, ela vai
quebrar o para-brisa". (Isso foi antes da época dos cintos de segurança, airbags e
assentos de segurança para crianças.) Pouco depois de me sentar, papai subiu uma
colina e notou um carro que parecia estar parado, mas não havia luzes de freio.
Dirigindo oitenta e cinco milhas por hora, papai ia ultrapassar o carro quando, de
repente, um grande caminhão subiu a colina, bloqueando sua passagem. A única
opção de papai era pisar no freio, batendo no carro do homem.
Momentos após o impacto inicial, mamãe caiu em si. Ela notou um buraco onde sua
cabeça quebrou o para-brisa. Sua mandíbula estava quebrada, junto com outros
ferimentos. A cabeça de papai também quebrou o para-brisa e ele entortou o volante
como se fosse um tubo de borracha. Os jovens ficaram levemente feridos quando
suas mãos foram enfiadas na capa de vinil do banco da frente.
Mamãe disse que quando ela me procurou, ela me encontrou caída no chão embaixo
do banco da frente. Sangue estava saindo do meu nariz e eu fui cortado devido ao
para-brisa quebrado. Ela sentiu pânico e medo, quando de repente comecei a chorar.
Dias antes, uma mulher havia comprado um novo par de sapatos para mim e o
impacto derrubou um sapato do meu pé. Aos dois anos, eu estava deitado no meio
de um acidente de carro chorando pelo meu sapato!
Na década de 1960, os carros eram feitos como tanques. Mesmo assim, não damos
crédito ao automóvel por poupar nossas vidas. Somente a mão do Senhor poderia
ter evitado uma morte prematura.
Vários anos atrás, papai disse sobre o acidente: "Perry, acredito que de alguma
forma o inimigo sabia que haveria um ministério mundial e esta foi uma tentativa
inicial de impedir o plano do Senhor antes mesmo de começar."
Como o Inimigo Sabe Essas Coisas?

O reino das trevas pode realmente estar ciente de certos Planos de Deus para o
futuro de uma pessoa? O Senhor, às vezes, informa o inimigo de Seus propósitos?
As conversas dos anjos no reino celestial são ouvidas por espíritos no reino das
trevas? Estas são perguntas difíceis de responder. No entanto, após anos de
ministério, acredito que o reino das trevas retoma planos e propósitos que são
discutidos publicamente ou divulgados.
Jesus estava ciente disso antes de Sua crucificação. A Bíblia nos diz que se os
príncipes do mundo soubessem que a morte e ressurreição de Cristo os levaria à
derrota, eles nunca teriam crucificado o Senhor (1 Coríntios 2:8). Talvez seja por isso
que Jesus só revelou pedaços do plano de Deus. Perto da hora de Sua morte, Ele
disse a Seus discípulos: "De agora em diante não falarei muito com vocês, porque
o príncipe deste mundo se aproxima e nada tem em mim" (João 14:30).
Jesus não iria expor o plano final de derrota de Deus a Seu inimigo; portanto, Ele
conquistaria pelo silêncio.
Jesus viveu em Nazaré desde a infância até a idade de cerca de trinta anos (Lucas
3:23). Durante Seu batismo público, o Pai anunciou: "Este é o meu Filho amado, em
quem me comprazo"
(Mateus 3:17). Imediatamente após este anúncio, o Espírito o conduziu ao deserto

para ser tentado pelo diabo por quarenta dias (Lucas 4:2). Deus anunciou que Jesus
era Seu Filho, e Satanás desafiou a posição de Cristo perante Seu Pai. Três vezes
Satanás exigiu provas de que Jesus era o Filho de Deus. Quarenta e dois meses
depois, homens estavam ao pé da cruz ainda desafiando Jesus, questionando se Ele
era o Filho de Deus (Mateus 27:40).
Uma vez que o Pai proclamou Jesus como Seu Filho, o conflito começou e não
terminou, mesmo em Sua morte.
Paulo deu uma profecia sobre seu filho espiritual Timóteo e o nomeou pastor da
grande igreja de Éfeso. Alguns estimam que a igreja tinha mais de 100.000 membros.
Depois de um curto período de tempo, os presbíteros da igreja começaram a intimidar
o jovem pastor, dizendo que Timóteo era muito jovem para pastorear tal congregação.
Paulo disse a Timóteo que ele não deveria repreender os anciãos e que Deus não lhe
deu o espírito de medo (1 Timóteo 5:1; 2 Timóteo 1:7). Ele também lhe deu esta
instrução:
"Esta incumbência te confio, filho Timóteo, de acordo com as profecias que te

precederam, para que por elas possas guerrear uma boa guerra."
1 Timóteo 1:18
Por meio do apóstolo Paulo, Timóteo recebeu instruções proféticas ungidas relacionadas à
vontade de Deus. Paulo o instruiu a se lembrar das profecias e não permitir que o inimigo
roubasse a tarefa que Deus lhe dera. Isso se chama entrar em guerra com a Palavra.
Durante anos, as pessoas me disseram que quando começaram a declarar publicamente

os planos de Deus para suas vidas, parecia que os ataques do inferno irromperam contra
eles. No início do meu ministério, notei que quando os jovens declaravam publicamente que
Deus os havia chamado para o ministério, eles muitas vezes enfrentavam forte oposição e
estranhas guerras em poucas semanas.
Muitas vezes isso levou a um caminho não percorrido de desânimo e frustração, fazendo
com que os jovens duvidassem do chamado de Deus. Alguns eventualmente naufragaram
em sua fé porque não conseguiram lidar com os conflitos.
Realmente não importa
Na realidade, não importa se o adversário está ciente de sua missão. Se você for chamado
pelo Senhor, Deus não revogará Seu chamado:
"Pois os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento."
Romanos 11:29
A vida consiste em conflitos, e os chamados espirituais atraem ataques espirituais.
Você e eu sempre estaremos lutando contra alguma coisa, seja a opinião dos outros, más
atitudes, obstáculos, maus espíritos, oposição espiritual ou perseguição.
É por isso que devemos "suportar as dificuldades como um bom soldado de Jesus Cristo"
(2 Timóteo 2:3).
Lembre-se de três coisas:
• Se você tem a atenção do inimigo, você também tem a atenção de Deus.
• Se Deus está com você, quem será contra você?
• Uma batalha sempre precede um avanço!
Capítulo 2
Seis meses de tormento
"Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de fortaleza, de amor e
de moderação."
2 Timóteo 1:7
Eu estava totalmente despreparado para uma experiência que tive aos dezoito anos.
Presumi que o jejum, os longos períodos de oração e o estudo das Escrituras de
alguma forma me protegeriam e me isentariam de certos ataques do inimigo. Raciocinei
que se minha fé fosse forte e eu
"orou", então isso por si só formaria uma cobertura protetora. Pouco depois de entrar
no ministério em tempo integral, entrei em um reino do mundo espiritual sobre o qual
só havia lido.
Tudo começou em uma pequena comunidade montanhosa em Weynoke, West Virginia.

Eu havia começado o ministério evangelístico e passava dias inteiros jejuando e horas
estudando a Bíblia e outros livros religiosos. Eu estava extremamente preocupado com
os perdidos e com fome da presença de Deus nos avivamentos. Tornei-me consumido
por realmente conhecer a Deus e não apenas saber sobre Deus.
Certa noite, em julho de 1978, voltei de um culto de avivamento, fui para o meu quarto
localizado na casa paroquial da igreja e deitei na cama, exausto.
Em poucos minutos, senti uma estranha presença inquietante, como um vapor escuro,
entrando na sala. Naquele instante, fui dominado por uma sensação de vertigem, como
as paredes pareciam estar se movendo em minha direção. Tudo que eu podia

fazer era deitar de costas e rezar. A presença sombria permaneceu por algum
tempo até que, finalmente, caí em um sono profundo. Embora na época eu
achasse a experiência estranha, logo a ignorei.
Várias semanas depois, eu estava ministrando na igreja de meu avô em Gorman,

Maryland. Meus avós, John e Lucy Bava, moravam em Davis, Virgínia Ocidental,
uma pequena comunidade no nordeste do estado.
Tarde da noite, deitei na cama e pensei que tinha caído em uma cama cheia de
insetos. Parecia que centenas de pequenos insetos rastejavam sobre minhas
pernas. Lembro-me de afastar as cobertas e acender a luz, apenas para descobrir
que os lençóis eram brancos e imaculados. Apaguei a luz e voltei para a cama,
apenas para experimentar a mesma sensação física. A segunda vez foi o
suficiente. Pulei da cama, agarrei o travesseiro e dormi no sofá. Concluí que devia
ser algum fenômeno estranho que desapareceria. Eu estava errado.
A Presença Sombria
Voltando para casa em Salem, Virgínia, eu me entrincheirava no estudo e na

oração, muitas vezes até quinze horas por dia. Meu quarto era meu escritório
pessoal e, depois de estudar até tarde uma noite, apaguei a luz e tateei meu
caminho até o beliche de baixo. Em alguns momentos, uma presença negra
negativa entrou na sala. Desta vez, parecia quase tangível, como se eu pudesse
estender a mão e tocá-lo. Comecei a repreender a presença dizendo: "Eu
repreendo esta presença em nome do Senhor Jesus Cristo." Num instante a
presença se dissipou.
Na noite seguinte, a mesma presença sombria voltou a velar a atmosfera.

Percebi que a presença não partiu com minha repreensão, mas, em vez disso,
pareceu permanecer até deslizar lentamente para a escuridão.
Eu não tinha certeza do que essa presença realmente era. Eu era cristão desde
criança e nunca havia encontrado uma presença tão real e invisível. Um leve
sentimento de medo tomava conta de mim quando essa força estava próxima. Eu
sabia que havia passado muito tempo estudando as Escrituras relacionadas ao
reino sobrenatural dos espíritos malignos, mas tinha pouco conhecimento pessoalmente.
lidando com uma presença maligna que aparentemente ia e vinha à vontade.

Isso me levou a um estudo detalhado e complexo do mundo espiritual. Achei que
me armar com essa informação me protegeria de qualquer espírito que fosse. Em
vez disso, essas visitas não naturais se aceleraram.
Jamais esquecerei a noite em que a presença se tornou uma manifestação visível.

Certa manhã, fui acordado por um zumbido alto em meus ouvidos. Percebi a
estranha sensação de que não conseguia falar ou me mover.
Imediatamente ouvi profundas vozes masculinas que estavam me xingando,
usando todas as formas concebíveis de palavrões. Eu sabia que isso era muito
real e que eu não estava imaginando. Eu nunca tinha lido sobre tais encontros e
não sabia como impedir essas invasões. Incapaz de falar, minha mente começou
a repreender os espíritos malignos. A repreensão funcionou. Meu corpo foi solto e
o silêncio se seguiu.
A Manifestação de um Espírito Maligno
Esses estranhos ataques tornaram-se mais frequentes. Eles incluíam zumbidos, a

sensação de impotência de estar paralisado e vozes audíveis zombando, xingando
a Bíblia, xingando Jesus Cristo e me ameaçando com danos físicos. Deixe-me
enfatizar, não era minha mente ou uma imaginação sobrecarregada. Foi real, muito
real. Eventualmente, os ataques mudaram para um novo nível.
Tarde da noite, a presença maligna entrou no quarto e me acordou.
Foi então que vi pela primeira vez com o que estava lidando. A presença estava
coberta por uma mortalha escura, semelhante a um manto longo e grosso que
poderia ser usado por um satanista ou uma bruxa. O rosto era escuro e um capuz
escuro envolvia a cabeça e cobria parte do rosto. Essa manifestação física me
cobriu com o pior tipo de medo que já experimentei. Embora a presença tenha
desaparecido após alguns segundos, o medo congelou meu espírito. Acendi a luz
e não consegui dormir.
Comecei a pensar que esses ataques eram sazonais e logo passariam.
Mais uma vez meu raciocínio estava incorreto. Essas invasões mentais e espirituais
de outro reino só aumentaram em frequência e intensidade. Esse
força atormentadora freqüentemente aparecia duas ou três vezes por semana. Sons
estranhos, vozes, passos e manifestações físicas tornaram-se meus visitantes indesejados.
Por que isso estava acontecendo comigo?
À medida que esses ataques preocupantes persistiam, havia várias coisas que eu sabia
como um fato. Eu sabia que tinha sido chamado para pregar e nenhuma intimidação faria
minha mente mudar. Eu sabia que estava vivendo corretamente e não estava abrindo uma
porta para Satanás através do pecado. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, como Jó,
obteria alguma explicação para o que estava acontecendo.
Esses três fatos não mudaram as perguntas que assombravam minha mente, mas não
foram respondidas conforme as semanas se transformaram em meses. Por que isso estava
acontecendo comigo quando ninguém mais que eu conhecia estava tendo essas experiências?
Qual poderia ser o propósito do Senhor permitindo que isso continuasse indefinidamente?
Isso seria algo que eu encontraria pelo resto da minha vida?
Foi a terceira pergunta que mais me incomodou. Fui enganado ao pensar que essas
manifestações demoníacas seriam algo que eu encontraria durante todos os dias do meu
ministério. Comecei a acreditar que esse era meu "espinho na carne" e que o Senhor
permitiria que esse espírito me seguisse por algum motivo desconhecido. Na verdade,
comecei a esperar esses ataques regularmente. Desnecessário dizer que, se você espera o
inimigo em sua casa, ele aparecerá com prazer!
Uma possível explicação
Lembro-me de ir até meu pai, um homem experiente de Deus, e explicar o que eu estava
encontrando. Ele discerniu que era um ataque sobrenatural de um espírito demoníaco. Ele
sentiu que porque eu estava jejuando e orando, o Senhor estava abrindo meus olhos para o
mundo espiritual. Isso ainda não respondeu à pergunta: Qual é o propósito? O que devo
aprender com isso?
Cinco meses após o ataque inicial, eu estava ministrando em Blacksburg, Virgínia, para o
pastor Jim Angle. Jim era um homem único de Deus, cujo ministério se concentrava na
libertação e cura. Eu detalhei os eventos e Jim olhou para mim e disse: "Perry, o Senhor
tem se gabado de sua
dedicação a Ele, como fez com Jó. Satanás disse ao Senhor: 'Deixe-me testar Perry', e é
isso que está acontecendo. Você está sendo testado por uma temporada."
A observação de Jim colocou aço em minhas costas e fez de meu rosto uma pedra para
suportar e eventualmente superar essas intrusões. Eu sabia que a Bíblia ensinava
autoridade espiritual sobre todos os poderes do inimigo e revelava que, quando Jesus
repreendeu Satanás, o inimigo se afastou Dele (Lucas 4:13). Eu estava plenamente ciente
das Escrituras que prometiam poder espiritual. No entanto, eu também sabia, de acordo
com o Livro de Jó, que há épocas em que Deus permite que uma pessoa seja testada.
O inimigo poderia me impedir de jejuar e orar por longos períodos? Eu desistiria de pregar
sobre derrotar o inimigo e obter vitória na guerra espiritual? Isso foi uma forma de
intimidação espiritual para me fazer dizer: "Não quero estar no ministério se tiver que lidar
com esses espíritos atormentadores?"
O Rugido do Leão
Certa vez li que o rugido de um leão pode ser ouvido até uma milha de distância.
Um pesquisador observou que o rugido de um leão pode realmente paralisar alguns

animais de medo. Eles literalmente não podem se mover porque o rugido é tão intimidante.
Percebi que as vozes sobrenaturais, as maldições e outras manifestações eram o rugido
do leão e seu plano era me dominar com medo.
"Sede sóbrios, vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor,

bramando como leão, procurando a quem possa tragar."
I Pedro 5:8
Isso era importante porque o inimigo ganharia vantagem se ignorássemos seus artifícios
e estratégias (2 Coríntios 2:11). Um dia me deparei com um versículo da Escritura que
captei em meu espírito. Tornou-se minha corda para segurar:
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará
tentar acima do que podeis; antes com a tentação dará também o escape, para que
sejais capaz de suportar."
1 Coríntios 10:13
No fundo, eu sabia que essas manifestações atormentadoras não durariam para sempre.
Deus providenciaria um meio de escape. Durante seis meses vivi uma vida de tormento
mental enquanto, ao mesmo tempo, via grandes avivamentos em igrejas por toda a
Costa Leste.
O Senhor Entrou na Sala
Depois de vários meses, me vi temendo a noite. Muitas vezes eu dormia com uma luz
noturna ou ouvia música gospel até adormecer. Finalmente chegou a época do Natal e
os parentes de mamãe estavam conosco em Salem, Virgínia. Meu irmão e eu estávamos
dormindo lá embaixo no meu quarto.
Nossas camas eram opostas uma da outra. Era 31 de dezembro de 1978, e lembro-me
de orar e pedir ao Senhor que não permitisse que nenhum espírito demoníaco se
manifestasse no início do ano. Um novo ano estava chegando e eu esperava uma nova
unção e um novo toque do Senhor. Pouco depois da meia-noite, fui dormir em paz pela
primeira vez em semanas.
Então, no meio da noite, fui abruptamente acordado por uma mão puxando violentamente
minha perna direita como se estivesse tentando me puxar para fora da cama! Presumi
que meu irmão, Phillip, estava pregando uma peça em mim. Ao me sentar, pude ver a
luz noturna e o relógio digital, que marcava três horas da manhã. À direita, vi o contorno
de meu irmão deitado em sua cama.
Então aconteceu algo difícil de explicar. A menos de um metro do meu rosto, vi o rosto
de um homem bonito. Suas feições eram perfeitas e seus olhos estavam cheios de
compaixão. Pensei que um anjo do Senhor tivesse entrado na sala. De repente, o rosto
se contorceu com um olhar maligno seguido por uma risada demoníaca oca. Este anjo
de luz não era um anjo de Deus! Era o rosto visível de um espírito maligno feroz que
estava literalmente rindo de mim.
"E não é de admirar; porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz."
2 Coríntios 11:14
Naquele momento, algo explodiu dentro de mim. Em vez de entrar em pânico e querer
me esconder debaixo das cobertas, comecei a gritar com o meu espírito (não com a
minha mente): " Não! Você não vai mais me atormentar. Já chega! Chega!" Meu
homem interior estava se levantando contra essa força. Percebi mais tarde que era o
Espírito Santo dentro de mim que estava se levantando. Como diz a Bíblia: "Levanta-
se Deus e dispersam-se os seus inimigos..." (Salmos 68:1).
Nesse instante, ouvi uma voz. A voz vinha de dentro, mas ainda era audível para
meus ouvidos espirituais. O Espírito Santo falou ao meu espírito, dizendo:
"Filho, enquanto você viver, Satanás usará o que você vê e ouve contra você. É hora
de você se firmar na única coisa que nunca pode ser abalada ou mudada. Permaneça
na Minha Palavra!"
Instantaneamente o tremor cessou e a imagem dessa face da maldade evaporou no

ar. Uma onda de paz e uma nova unção encheram meu espírito, e senti como se um
enorme peso tivesse sido tirado. A atmosfera clareou e a paz inundou a sala.
Isso foi em 1º de janeiro de 1979. Essas séries particulares de ataques nunca se

repetiram. Outras batalhas espirituais aconteceriam em minha jornada, mas essas
manifestações demoníacas cessaram após a revelação do Espírito Santo.
As Lições que Aprendi
Quando o Espírito Santo disse: "Satanás usará o que você vê e o que você ouve
contra você", lembrei-me de Pedro que saiu do barco e caminhou sobre as águas em
direção a Jesus. O que segurou Peter? A palavra. Jesus disse uma palavra a Pedro:
"Vem" (Mateus 14:29). Essa única palavra levantou um homem adulto na água! Peter
começou a observar os ventos fortes e notou que as ondas estavam ficando mais
altas. Quando ele perdeu a fé na Palavra, ele começou a falhar.
Depois de receber esta Palavra do Senhor, percebi que estava me emocionando com
o que sentia, via e ouvia. Se a frequência em meus avivamentos fosse boa, eu
esperava um grande avivamento, mas, se as multidões fossem pequenas, eu esperava pouco.
Se eu me sentisse bem, poderia ministrar com eficácia, mas, se me sentisse deprimido,
seria impedido. Meses depois, li uma declaração de Smith Wigglesworth que resumia
a lição que o Espírito Santo me ensinou. Smith disse certa vez: "Não sou movido pelo
que vejo. Não sou movido pelo que sinto. Sou movido pelo que acredito!" O Senhor
sabia que eu nunca poderia experimentar o nível de crescimento que Ele desejava
para mim se eu me deixasse comover pelo que sentia ou não sentia e pelo que via ou
não via. Deus queria que eu confiasse no poder de Sua Palavra! É por isso que muitas
vezes eu passava até quinze horas por dia estudando a Palavra.
Na Bíblia, Jesus foi movido pela compaixão, mas nunca pelas circunstâncias (Mateus
9:36). Se faltava comida, Ele multiplicava a merenda de um menino e alimentava uma
multidão (Mateus 15:34-38). A morte não o intimidou. Cristo arruinou os funerais
ressuscitando o cadáver dentre os mortos (Lucas 7:11-15).
A segunda grande lição que aprendi é que Deus será fiel para livrá-lo, se você for fiel
em crer Nele. Pode não vir da maneira ou na hora que você espera, mas a fé e a
paciência geram as bênçãos.
"Para que não sejais preguiçosos, mas seguidores daqueles que pela fé e
paciência herdam as promessas."
Hebreus 6:12
Através da experiência descobri três coisas:
• Deus não é movido por seus sentimentos, mas por sua fé.
"Mas sem fé é impossível agradá-lo: porque é necessário que aquele que se

aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam."
Hebreus 11:6
Cristo é tocado pelos sentimentos de nossas enfermidades, mas Ele responde

às nossas orações de fé. Ele é movido pela compaixão quando estamos
sofrendo ou necessitados porque Ele também sofreu na carne. No entanto, em
cada milagre do Novo Testamento, foi a fé que liberou o poder de Deus para
ministrar aos necessitados.
• Deus não é movido por suas circunstâncias, mas por Sua Palavra.
"Então me disse o Senhor: Bem viste, porque apressarei a minha palavra

em cumpri-la."
Jeremias 1:12
Muitas vezes acreditamos que Deus deve entrar em cena e nos ajudar porque
as circunstâncias estão nos matando. Deus só é obrigado à Sua Aliança (Sua
Palavra), e Ele é atraído por qualquer um que conheça, cite e acredite nas
Palavras da Aliança!
• Deus o livrará do ataque se você permanecer firme.
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não
vos deixará tentar acima do que podeis; antes com a tentação dará também
o escape, para que sejais capaz de suportar."
1 Coríntios 10:13
O apóstolo Paulo falou sobre ser liberto da boca do leão:
"Não obstante, o Senhor esteve comigo e me fortaleceu; para que por mim
a pregação fosse conhecida, e para que todos os gentios pudessem ouvir:
e fui livrado da boca do leão. E o Senhor me livrará de todo má obra, e me
preservará para o seu reino celestial: a quem seja a glória para todo o
sempre. Amém."
2 Timóteo 4:17-18
Deus pode abrir um caminho de escape trazendo uma pessoa para sua vida que
pode ajudá-lo. Deus também pode mudar a situação abruptamente, tirando você de
sua dificuldade. Os anjos podem ajudar na sua libertação.
Muitos exemplos podem ser dados de como Deus fará um caminho onde não há
caminho.
Essa experiência e outras que se seguiram me deram uma valiosa compreensão de

como o inimigo opera. Essa experiência se tornaria uma ferramenta de ensino que eu
compartilharia em todo o país para ajudar os crentes em seus próprios conflitos
sobrenaturais.
Capítulo 3
Espíritos Demoníacos em Atribuição
"Portanto, teríamos vindo até você, eu mesmo, Paulo, uma vez e outra; mas
Satanás nos impediu."
1 Tessalonicenses 2:18
Depois que o Senhor me livrou daqueles ataques agressivos do inimigo, comecei a

receber importantes armas de guerra para lidar com as estratégias do inimigo. Três
anos depois, encontrei outro nível de guerra. Mais uma vez, o Senhor permitiu um
ataque que me daria uma visão da operação do adversário e um entendimento que
finalmente ajudaria milhares do povo de Deus.
O Avivamento de Cinco Semanas
De 1980 a 1996, os reavivamentos de nossas igrejas locais duraram em média três

semanas — todas as noites durante três semanas! Ocasionalmente, alguns
reavivamentos continuaram de cinco a onze semanas. Em 1981, durante um
reavivamento de cinco semanas, encontrei um espírito obstrutivo que tentou prejudicar
meu ministério nos próximos anos.
No início da década de 1980, a pequena comunidade da Virgínia onde eu pregava ainda

estava passando por uma recessão, e muitos funcionários da fábrica haviam passado
por demissões. Esse tipo de ambiente tornava uma comunidade madura para um
avivamento. Nossa reunião, que havia sido marcada para uma semana, foi estendida
por trinta e cinco cultos consecutivos. Milagres extraordinários ocorreram durante o
avivamento. Em cinco semanas, centenas de almas foram convertidas a Cristo ou
cheias do Espírito Santo. A empolgação estava se espalhando por vários condados, e
o santuário de 850 lugares estava transbordando de gente. A igreja havia preparado um
pequeno apartamento próximo ao escritório do pastor, nos fundos da igreja, para abrigar
seus evangelistas e oradores convidados. Fiquei neste apartamento durante todo o
avivamento. Pode parecer espiritual dormir no fundo de uma igreja, mas, quando os
cultos terminam, a atmosfera é muito diferente do que é quando as pessoas estão
adorando.
Um Espírito Dificultador
Durante a segunda semana do avivamento, por volta das três horas da manhã, fui
acordado pelo som de alguém sacudindo a porta externa do santuário, localizado a
cerca de quinze metros do apartamento. Ouvi a porta abrir e fechar. Eu ouvi, momentos
depois, a porta do armário do zelador, localizado a alguns metros do corredor, foi aberta
e fechada com força. A essa altura, eu estava me perguntando quem estava na igreja.
Pensei: "O zelador escolheu uma hora estranha para limpar a igreja!"
Em poucos segundos, a porta do apartamento do evangelista estava girando. Eu estava

de pijama deitado na cama e alguém entrava no apartamento sem bater. A essa altura,
fiquei indignado e um pouco assustado, principalmente porque não havia telefone no
apartamento.
A porta se abriu e eu me sentei pensando: "Talvez o pastor esteja entrando para me

informar que algo aconteceu com um ente querido." A luz do banheiro do outro lado do
corredor me daria visibilidade suficiente para identificar o visitante inesperado.
Para minha surpresa, vi uma criatura na forma de um homem corcunda passar por mim
no corredor. O rosto estava envolto em velhos trapos cinza, semelhante a uma múmia
egípcia. Roupas esfarrapadas pendiam frouxamente ao redor dos quatro pés
quadro da criatura. Este ser demoníaco estava arrastando duas sacolas,

aparentemente cheias de lixo, para dentro do apartamento.
Ao passar em direção à pequena cozinha, tive que me beliscar para ver se

estava sonhando. Eu estava totalmente acordado. Meus olhos espirituais
estavam sendo abertos? Seria isso o que alguns chamariam de visão? Seja qual
for a explicação, esse espírito era real e diferente de tudo que eu havia
experimentado. Em um minuto, esse espírito miserável voltou pelo apartamento,
virou a cabeça para mim e sorriu. Um arrepio percorreu minha espinha e eu fingi
não ver. Então saiu do apartamento pela porta.
Deitei-me na cama com as cobertas bem apertadas e comecei a orar baixinho.

Eu podia ouvir esse espírito através das paredes do apartamento quando ele
entrou no escritório do pastor. Eu podia ouvir armários de arquivos e gavetas de
escrivaninha se abrindo. Por fim, ouvi esse espírito subir os degraus da sala do
conselho do pastor, que ficava acima do apartamento, e então houve silêncio.
Deixe-me acrescentar aqui que alguns que nunca entraram no mundo espiritual
ridicularizariam e zombariam do relato de uma experiência pessoal tão estranha.
Para aqueles que zombariam desse evento verdadeiro, sempre digo que somente o Deus
Todo-Poderoso pode ser o juiz.
Eu não tinha interesse em abrir a porta ou me tornar um herói espiritual

desafiando esse ser. Na verdade, eu preferia sair correndo do apartamento e ir
para casa com uma família na igreja! Levou algum tempo para voltar a dormir.
Acordei pela manhã ainda atordoado com a visita e incerto do que aquilo
significava. Pensei: "Se eu contar a alguém sobre isso, eles vão pensar que sou
maluco!"
A reunião de avivamento continuou. Fiquei tão impressionado com a Presença

de Deus nos cultos que prestei pouca atenção ao aviso que Deus me permitiu
ver relacionado a esse espírito. Deus estava realmente abrindo meus olhos para
algo acontecendo nos bastidores que eu desconhecia.
A atitude da liderança mudou

Alguns dias após o incidente, uma atitude estranha se desenvolveu entre o pastor e
vários dos membros. Mais tarde, soube que várias famílias estavam chateadas com
a multidão e as novas pessoas que compareceram à reunião. Alguns pensaram que
o emocionalismo dos crentes se regozijando, adorando e orando era muito ofensivo.
Esses membros carnais da igreja ameaçaram deixar a igreja se o pastor não
encerrasse a reunião. Daquele momento em diante, o pastor parecia dividido sobre
o avivamento. Ele começou falando sobre encerrar o avivamento, apesar de ser o
maior avivamento da história da igreja.
Os serviços do altar continuavam até tarde da noite e, muitas vezes, vinte a trinta
pessoas permaneciam em oração no santuário. De repente, foram dadas instruções
de que todos deveriam estar fora do santuário e as portas trancadas às onze horas.
Depois de quatro semanas e meia, o pastor encerrou o avivamento numa quarta-

feira à noite. Eu sinceramente senti que não era a vontade de Deus e cometi o erro
de dizer isso. Na noite de quarta-feira, com a maior multidão até então e almas sendo
salvas e libertas, o pastor saiu do santuário e foi para casa. Sua esposa disse que
ele estava doente, mas depois ele disse que tinha um telefonema de emergência.
Voltei para o Alabama na manhã seguinte.
O lixo foi espalhado
No domingo seguinte, o pastor ministrou a uma grande multidão, muitos dos quais
haviam sido convertidos ou tocados no avivamento. Ele abordou a questão de
encerrar o avivamento e então fez várias declarações bizarras dirigidas a mim. Sua
mensagem estava sendo ouvida na comunidade em uma transmissão de rádio ao
vivo, e a confusão começou. Vários homens não salvos disseram a suas esposas:
"Eu ouvi aquele pregador esta manhã e ele parece ter ciúmes de Perry.
Não vou deixar você voltar para uma igreja com um pregador como esse!"
A comunidade começou a conversar. Por que o avivamento foi fechado quando

estava indo tão bem? O pastor me disse que ele e sua esposa planejaram umas
breves férias durante o Dia de Ação de Graças e a reunião estava interferindo em
seus planos. No entanto, sua esposa confessaria mais tarde que ambos estavam
com medo de que eu fosse popular com alguns dos membros e que eu voltasse para
Virginia e organizar um ministério na área, eventualmente afetando sua igreja.

Pareceu ser o fator medo que levou à decisão de encerrar a reunião.
Duas semanas depois da reunião, recebi um telefonema no Alabama. Era um

amigo da igreja onde o conflito havia se desenvolvido. O homem do outro lado da
linha disse: "Perry, o superintendente estadual teve uma reunião em nossa igreja
hoje. Eles mencionaram seu nome desde o início e indiretamente tentaram culpá-
lo por criar conflitos na igreja.
Várias pessoas se levantaram em sua defesa e corrigiram a situação, mas como

você não estava presente na reunião, eu gravei para você." Quando ouvi a fita,
fiquei chocado. eles certamente fizeram. Ele permitiu que as pessoas batessem
palmas quando concordavam ou discordavam sobre algo dito. Ele permitiu que a
reunião saísse do controle. Esta reunião aberta da igreja em si causou mais danos
à congregação do que qualquer outra coisa. As pessoas escolheram lados. Eles
eram a favor ou contra o avivamento, a favor ou contra o pastor, a favor ou contra
o evangelista.Eu nunca tinha ouvido nada parecido antes.
Várias semanas depois, viajei para a Virgínia e conversei com o superintendente

estadual que havia conduzido a reunião. Ele não sabia que eu tinha uma fita de
toda a reunião. Meu instinto carnal foi processá-lo por calúnia.
Em meu espírito, tentei lidar com as coisas da maneira bíblica. Pedi para me
encontrar com o pastor e corrigir qualquer mal-entendido. Eu até me ofereci para
ficar diante da igreja e fazer um pedido público de desculpas se eu tivesse errado
em minha atitude ou comentário. O superintendente disse: "Perry, você não fez
nada de errado. Deixe-me cuidar disso. O pastor é velho e quer pastorear na
cidade onde tem uma casa e se aposentar lá. Apenas deixe passar."
Percebi mais tarde que deveria ter operado da maneira bíblica e ido diretamente
ao pastor. Mais tarde, soube que esse superintendente estadual queria um estado
maior e, portanto, não queria uma controvérsia ligada ao seu nome.
Durante o reavivamento, o pastor me disse que, quando a votação da congregação

foi realizada em abril, ele não esperava ser votado de volta para esta igreja como
pastor. Ele estava considerando um pastorado em uma cidade onde tinha casa e,
de fato, mudou-se para aquela cidade. No entanto, quando perguntado por que
ele deixou a igreja, fui apontado como o culpado. Alguns ministros tiveram bom
senso para perguntar: "Como pode um garoto de vinte e dois anos criar um
problema em uma igreja de cinquenta anos e fazê-lo em trinta e cinco cultos?
mesmo e o que eles estavam ouvindo não se somava às evidências.
Foi então que percebi o que tinha visto. Um espírito impeditivo espalhou seu "lixo"
por toda a igreja! Mas o estrago já estava feito.
Ministros que antes eram amigos faziam o contrário quando me viam nas
convenções da igreja. Alguns admitiram mais tarde que esperavam que algo
acontecesse comigo para interromper o ímpeto do ministério. Alguns comentaram:
"Ele está ficando muito grande, muito rápido e Deus está apenas derrubando-o."
Os ministros repetiram rumores infundados, como "Perry bateu no pastor e disse
publicamente que estava começando uma igreja". Outro disse,
"Perry dividiu a igreja, pegou metade das pessoas e começou uma igreja." Ainda
outra pessoa disse: "Perry foi proibido de pregar na área."
Todos esses rumores eram mentiras descaradas. O sofrimento mental desta vez
foi diferente. Não era um medo do mundo espiritual. Era o tormento de ouvir
histórias que eram mentiras e não ter como impedir que se espalhassem.
Descobri que em uma denominação da igreja, a fofoca se espalha mais rápido do

que na mídia secular. Eu era um ministro de quarta geração e Deus estava dando
avivamentos surpreendentes em muitas cidades. Pensei que em algum lugar
alguém influente na denominação viria em meu auxílio e pelo menos me faria
algumas perguntas, mas ninguém o fez. Anos mais tarde, eu descobriria que os
principais líderes denominacionais presumiram que eu
"explodir", então eles não se incomodaram em perder tempo tentando resolver a

situação. Eu havia orado, jejuado e passado longas horas estudando para levar a
Palavra, mas por um breve período pensei em desistir.
O velho espírito de aparência antiga foi designado para atacar o reavivamento, o

pastor, eu e a igreja. Chegou primeiro ao apartamento, depois ao escritório do
pastor e, finalmente, à sala do conselho. Deus estava tentando
me avise, mas eu tinha vinte e dois anos de idade e não tinha experiência em
discernir as táticas do inimigo.
Por vários anos, eu me perguntei: "Como esse espírito obteve tanto acesso à
igreja e a essa situação? Tanto o medo quanto o ciúme estavam em operação e
ambos podem abrir uma porta para a atividade demoníaca. Eu sabia que havia
algo mais nisso do que qualquer um poderia imaginar. ciente de. Levaria dez
anos antes que eu recebesse uma resposta a esta pergunta.
Uma tarefa de um satanista
Dez anos depois, eu estava conduzindo um reavivamento regional não muito

longe de onde o espírito de impedimento havia desencadeado um dos piores
conflitos do meu ministério. Um jovem, filho de um homem convertido a Cristo
no avivamento dez anos antes, ligou-me de um hospital. Ele havia se ferido em
um grave acidente e me pediu para orar por ele. Nós ministramos a ele e no dia
seguinte ele estava presente no culto da igreja.
Enquanto estava sentado em um restaurante após o culto com minha esposa

Pam, nossa líder de oração do ministério Bea Ogle e eu, esse jovem começou a
nos dar informações que finalmente explicariam a situação que havia ocorrido.
Ele disse: "Dez anos atrás eu me converti em seu avivamento, mas, quando vi a
atitude de alguns supostos cristãos, parei de frequentar a igreja e acabei me
envolvendo com o satanismo." Ele começou a me dar informações que mais
tarde foram confirmadas por um detetive da área que me interrogou ao saber
que esse jovem havia falado comigo.
O jovem começou: "Perry, quando você estava naquele longo avivamento dez
anos atrás, o filho de um padre satânico conhecido nacionalmente estava
trabalhando no campus de uma universidade local para recrutar jovens. Fui
atraído pela curiosidade. Enquanto eu estava envolvido nisso, eu soube que
quando você estava na área, anos atrás, conduzindo aquele longo reavivamento,
este homem ouviu falar dos resultados espirituais de sua reunião e veio uma
noite, ficou do lado de fora e trouxe maldições para você e para a igreja.
amaldiçoá-lo pessoalmente, mas ele ordenou a um espírito que impedisse e
trouxesse confusão à reunião a fim de fechá-la".
Eu não tinha certeza se deveria acreditar nele ou não até que ele disse: "O satanista
dirigiu um certo tipo de espírito que tinha cerca de um metro e meio de altura e parecia
uma múmia egípcia para espalhar rumores sobre você e o avivamento, a fim de trazer
confusão." Quase caí da cadeira. Eu nunca havia contado publicamente a ninguém
naquela área a história do espírito que vi no apartamento!
O jovem continuou: "Você se lembra durante o avivamento de um certo homem (ele

nomeou um membro da igreja) vindo para ver o pastor durante o dia?" Confirmei que me
lembrava de ter visto esse homem. Lembrei que ele vinha à igreja à tarde, e ele e o pastor
iam ao escritório do pastor e fechavam a porta. Ele continuou,
"Este homem cantava no coro, mas estava tendo um caso com sua esposa. Ele se
envolveu com o ocultismo. Foi-lhe dito que ele poderia ter o que quisesse (e aconteceu
de ele querer a esposa do líder do grupo de ocultismo) se quisesse. espalhar boatos e
criar confusão na reunião. Este membro da igreja estava se reunindo com o pastor e
contando mentiras para fazer com que o pastor encerrasse a reunião. É por isso que o
pastor queria encerrar o avivamento. Ele pensou que este homem sabia de algo que ele
realmente não sabia. Era uma armação o tempo todo!"
Esse jovem revelou outros fatos e informações que eu sabia que ele não poderia ter
conhecimento por meio de nenhuma outra fonte. Era óbvio que o pastor tinha ouvido um
hipócrita membro da igreja que trabalhava no turno da noite e estava dirigindo pelo
estacionamento tarde da noite, enquanto muitos ainda estavam orando na igreja.
Anos depois, voltei para a mesma igreja onde a designação satânica havia se desenrolado.
Pedi desculpas publicamente por não informá-los sobre o espírito que havia visto anos
antes e contei à igreja tudo o que havia acontecido.
Naquela noite, centenas choraram diante de Deus e uma cura sobrenatural começou.
A parte mais triste de todo o evento é que, quando a discórdia e a confusão começaram
entre certas pessoas, ninguém se levantou e disse:
"Espere um minuto. Este é o inimigo tentando trabalhar entre nós." Em vez disso, tornou-
se uma batalha de carne e osso, de opiniões e personalidades. Isso também mostra que,
se o inimigo não for detectado e não for exposto, ele ganhará a vantagem por padrão.
Alguns podem perguntar: "Por que você não compartilhou o que aconteceu com a igreja
na época em que aconteceu?" Enquanto pensava em fazer isso, pensei: "Por que fazer isso?
Não tenho ideia do que isso significa e algumas pessoas nunca acreditarão."
Havia alguns na igreja que não aceitavam a obra do Espírito Santo, e eu tinha certeza de
que eles não discerniriam a estratégia de algum espírito maligno.
Esse espírito teria sido limitado em suas armas se as pessoas não tivessem se permitido
cair em fofocas, calúnias e opiniões pessoais.
Como no tempo do rei Saul, quando Saul tinha ciúmes de Davi, o ciúme abria uma porta
para um espírito maligno que, de tempos em tempos, atormentava Saul (1 Samuel 16:14;
18:10; 19:9). Saul cometeu vinte e um atentados contra a vida de Davi e se tornou a
ferramenta por meio da qual essa entidade maligna trabalhava.
Mesmo os crentes podem ceder aos espíritos errados. Certa vez, Pedro repreendeu a
Cristo, dizendo-lhe que não sofreria. Jesus disse: "Afaste-se de mim, Satanás" (Mateus
16:23). Pedro não era Satanás, mas estava falando contrário à vontade divina de Deus.
Ananias e Safira eram membros da igreja primitiva e foram informados de que Satanás
havia enchido seus corações para mentir ao Espírito Santo (Atos 5:3).
Nosso espírito nasceu de novo, mas nossa mente deve ser continuamente renovada
(Efésios 4:23). Caso contrário, nossas mentes carnais poderiam ceder aos dardos
inflamados do inimigo, e poderíamos entrar nos planos do adversário.
Os planos acabaram saindo pela culatra
Esse espírito motivou as mentes carnais de certas pessoas a caluniar e criticar nosso
ministério. Aqueles que não investigaram os fatos aceitaram os boatos como verdade e
nosso ministério sofreu por um tempo. Durante esse tempo, um ministro chamado Raymond
Culpepper, Jr. me encontrou em um restaurante em
Alabama. Ele disse: "Perry, não fique pensando nisso. Continue ministrando e o
Senhor o vingará. Pode ser que o Senhor tenha permitido isso, sabendo do grande
ministério que você terá e, como Paulo, Deus permitiu. assim não te exaltarás aos
teus próprios olhos."
Durante esse período humilhante, humilhei-me diante de Deus como um jovem

quebrantado. Menos de quarenta e cinco dias depois, comecei um avivamento em
Daisy, Tennessee, que durou oito semanas. Centenas aceitaram a Cristo e foram
batizados no Espírito Santo. O próximo avivamento continuou por duas semanas
em Montgomery, Alabama. Após esse avivamento, casei-me com minha esposa
Pam e, dois dias depois, começamos um avivamento em Gastonia, Carolina do
Norte, que durou três semanas. Foi durante esse grande reavivamento que
conhecemos um jovem chamado Jentezen Franklin, que estava iniciando seu ministério.
Jentezen, que agora é um amigo maravilhoso nosso, pastoreia o Free Chapel
Worship Center em Gainesville, Geórgia, uma das maiores igrejas da América.
Todo o plano acabou saindo pela culatra. Saí do fogo uma pessoa melhor e
continuei a experimentar o favor de Deus nos avivamentos. Talvez fosse possível
que, como um jovem com resultados recordes e grandes multidões, meu coração
pudesse ter ficado orgulhoso e o Senhor permitiu que o espírito impeditivo me
mantivesse confiando nele. Afinal, Satanás não teria abertura sem a permissão de
Deus.
Ficaríamos surpresos se soubéssemos o número de igrejas que foram atacadas

por espíritos, mas as pessoas pensam que é uma batalha com os membros do
conselho, ou os membros carnais da igreja, ou o pastor. Os espíritos geralmente
são invisíveis e, portanto, não são facilmente detectados. Eles são astutos e
astutos em sua abordagem.
Um homem na Bíblia sabia como era lidar com um forte espírito de impedimento.
Foi esse exemplo que me deu a determinação de prosseguir.
Capítulo 4
O Espinho na Carne
"E para que eu não fosse exaltado acima da medida pela abundância das
revelações, foi-me dado um espinho na carne, o mensageiro de Satanás para
me esbofetear, para que eu não fosse exaltado acima da medida. Por isso
implorei ao Senhor três vezes, para que se afastasse de mim. E disse-me: A
minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, portanto, mais me gloriarei nas minhas fraquezas, para que o poder
de Cristo repouse sobre por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo; porque
quando estou fraco, então é que sou forte”.
2 Coríntios 12:7-10
As Escrituras estão repletas de exemplos de homens e mulheres que superaram

adversidades extremas enquanto corriam a corrida da fé. O capítulo 11 de Hebreus,
muitas vezes chamado de corredor da fé, lista os nomes dos santos fiéis do passado,
cuja determinação e compromisso com Deus era mais forte do que qualquer oposição.
Mas nenhum homem nas Escrituras entendeu mais a luta de lidar com um espírito
obstinado do que o apóstolo Paulo. O espírito designado a ele tornou-se um espinho
na carne.
O apóstolo Paulo foi uma excelente escolha para liderar a igreja gentia do primeiro
século. Nascido na cidade de Tarso, na Itália, Paulo era altamente educado e falava
várias línguas fluentemente. Quando jovem, ele treinou com o famoso rabino
Gamaliel. Ele se tornou um fariseu influente e, após o nascimento da igreja cristã,
tornou-se o ativista mais declarado do judaísmo contra a nova seita herética dos
nazarenos. Saulo, como foi chamado antes de sua conversão, orgulhava-se de
prender e perseguir os cristãos (Atos capítulo 9).
Sua conversão na estrada para Damasco criou uma grande controvérsia.
Seus colegas judeus ficaram perplexos e zangados, e os líderes cristãos ficaram

felizes e céticos. Alguns presumiram que a conversão era uma armadilha para entrar
na liderança da igreja, compilando assim uma lista de nomes para prisões futuras.
Veja a atitude de Ananias, o homem enviado pelo Espírito Santo para orar por Saulo
após sua conversão:
"Então Ananias respondeu: Senhor, tenho ouvido de muitos deste homem, quanto
mal ele tem feito aos teus santos em Jerusalém: E aqui ele tem autoridade dos
principais sacerdotes para prender todos os que invocam o teu nome."
Atos 9:13-14
A conversão de Saulo foi uma vitória surpreendente para a igreja e um grande golpe para
o reino das trevas. O homem que o adversário havia usado para assassinar cristãos
proeminentes agora liderava o povo que antes perseguia! Parece que os próprios espíritos
perversos que motivaram Paulo a perseguir os cristãos podem ter se voltado contra o
próprio Paulo após sua conversão.
Empurrado para o conflito
Poucos dias depois de sua conversão, Saulo (renomeado Paulo) foi lançado em um conflito.
Sua vida foi ameaçada e ele escapou por pouco do muro de uma cidade em uma cesta
(Atos 9:24-25). Daquele momento até a conclusão do ministério de Paulo, ele foi abusado,
espancado, preso e molestado por causa do Evangelho. As palavras de Cristo foram
cumpridas, que Paulo iria "sofrer grandes coisas por amor de Cristo" (Atos 9:16).
Após vários anos de ministério, Paulo revelou à igreja em Corinto que um mensageiro de
Satanás o estava perseguindo. Este mensageiro tornou-se o "espinho na carne" de Paulo.
Paulo escreveu: "E para que eu não fosse exaltado acima da medida pela abundância
das revelações, foi-me dado um espinho na carne, o mensageiro de Satanás para me
esbofetear, para que eu não fosse exaltado acima da medida."
2 Coríntios 12:7
Os estudiosos têm promovido várias teorias sobre o que era esse espinho na carne. Alguns
têm ensinado que Paulo tinha uma doença ocular e encontrou dificuldades para escrever
suas epístolas na prisão. Outros ensinam que Paulo tinha uma esposa não convertida que
era seu espinho na carne. Alguns argumentaram que o espinho de Paulo era sua altura ou
que ele era corcunda.
Todas essas são teorias feitas pelo homem. Paulo ficou cego na estrada
para Damasco, mas foi curado quando orou em Atos 9:17. Paulo pode ter
tido uma esposa uma vez desde que era fariseu, mas, anos depois, quando
escreveu 1 Coríntios 7:8, ele não era casado. Ele não poderia ser corcunda
ou anão e ser fariseu (Levítico 21:20). Aqueles que acreditam que o espinho
de Paulo era uma doença física notam que ele chamou esse mensageiro
de espinho na “carne”. A suposição é que foi um problema que afetou seu
corpo físico. O único outro lugar nas Escrituras onde um espinho na carne
é referenciado é quando Josué e Israel possuíam a Terra Prometida. Deus
advertiu Israel que, se não derrotassem seus inimigos, eles se tornariam
espinhos:
“Mas, se não expulsardes de diante de vós os habitantes da terra,

então acontecerá que os que deixardes deles serão picadas nos
vossos olhos e espinhos nas vossas ilhargas, e vos atormentarão em
a terra em que habitais."
Números 33:55
“Sabei com certeza que o Senhor vosso Deus não expulsará mais
nenhuma destas nações de diante de vós; elas vos serão por laços e
armadilhas, e açoites nas vossas ilhargas, e espinhos nos vossos
olhos, até que pereçais de sobre esta boa terra que o Senhor vosso Deus vos deu".
Josué 23:13
"Portanto eu também disse: Não os expulsarei de diante de vós; mas

eles serão como espinhos em vossos flancos, e seus deuses vos serão um laço."
Juízes 2:3
As palavras "espinho na carne" são semelhantes às frases relacionadas às

nações vizinhas que criariam confusão e desconforto para os hebreus
quando possuíssem a terra. A frase "espinho na carne"
seria semelhante a dizer "dor no pescoço". A pessoa que faz tal declaração
não tem dor de garganta; é simplesmente uma expressão de incômodo,
aborrecimento ou problema.
Paulo estava dizendo que esse mensageiro de Satanás era um pé no saco! Um estudo
cuidadoso das palavras da declaração de Paulo em 2 Coríntios 12:7 abrirá a porta para
entendermos o que realmente era esse espinho na carne.
Um Mensageiro Demoníaco
Paulo disse que havia um "mensageiro de Satanás". A palavra grega usada aqui é
"angelos", que é encontrada mais de 180 vezes no Novo Testamento. Na maioria dos
casos, a palavra é traduzida como anjo, mas sete vezes é traduzida como mensageiro.
É a mesma palavra grega usada nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse, onde Cristo se dirige
aos pastores das sete igrejas dizendo:
"Ao anjo da igreja em Sardes" e assim por diante, (Apocalipse 2:1; 2:8; 2:12; 2:18).
Nessas passagens, o anjo era um mensageiro humano.
O mensageiro de Paulo era um anjo de Satanás. De acordo com as Escrituras, Satanás

tem um reino organizado que consiste em principados, potestades, governantes das
trevas deste mundo e espíritos malignos nos lugares celestiais (Efésios 6:12). Este
mensageiro foi designado por Satanás para atacar Paulo ou esbofeteá-lo.
A palavra bufê é uma palavra grega que significa continuar batendo ou dar golpe
após golpe. Pode-se imaginar um homem em um ringue lutando boxe com um oponente,
acertando-o continuamente com um golpe forte o suficiente para desequilibrá-lo. Paulo
estava basicamente dizendo: "Quando penso que estou de pé e indo bem, de repente
sou derrubado novamente. Eu me levanto e penso que estou fazendo progresso, quando
de repente sou atingido novamente."
No capítulo 11 de 2 Coríntios, antes de Paulo revelar esse espinho na carne, ele listou
uma série de obstáculos que encontrou constantemente que retardaram seu ministério
e lhe causaram grande dor, tanto física quanto emocionalmente:
"Eles são ministros de Cristo? (Falo como um tolo) Eu sou mais; em trabalhos
mais abundantes, em açoites acima da medida, em prisões mais freqüentes, em
mortes muitas vezes. Dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um.
Três vezes fui espancado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri
naufrágio, uma noite e um dia estive no mar profundo; muitas vezes em viagens, em perigos de
nas águas, em perigos de salteadores, em perigos de meus próprios compatriotas,

em perigos de pagãos, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no
mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em cansaço e dor, em vigílias muitas vezes,
em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas que estão
fora, o que vem sobre mim diariamente, o cuidado de todas as igrejas”.
A lista inclui vinte e duas provações e dificuldades diferentes que Paulo encontrou durante
seu ministério. Nenhum apóstolo no Novo Testamento tinha uma lista como esta! O Livro
de Atos fornece referências diretas a muitos dos ataques e obstáculos de Paulo que ele
experimentou:
• Atos 9: Sua vida foi ameaçada e ele escapou pelo muro em uma cesta.
• Atos 13: Os judeus rejeitaram a mensagem de Paulo e ele foi acusado de blasfêmia.
• Atos 14: Paulo foi arrastado para fora da cidade de Listra e apedrejado.
• Atos 15: Surgiu uma forte contenda entre Paulo e Barnabé que causou divisão.
• Atos 16: Paulo e Silas foram presos, espancados e colocados na prisão.
• Atos 17: A pregação de Paulo causou alvoroço em Tessalônica.
• Atos 18: A mensagem de Paulo foi rejeitada em Corinto. Ele foi preso e foi julgado.
• Atos 19: Um motim irrompeu em Éfeso depois que os adoradores de ídolos se

converteram a Cristo.
• Atos 21: Um motim estourou na cidade e Paulo foi preso.
• Atos 22: Paulo teve que ir ao tribunal por pregar o Evangelho.
• Atos 23: Um grupo de judeus religiosos zelosos procurou matar Paulo.

• Atos 27: Enquanto estava a caminho de Roma, Paulo sofreu um grave naufrágio, mas
sobreviveu.
• Atos 28: Paulo foi mordido por uma víbora mortífera, mas sobreviveu milagrosamente.
Um forte espírito demoníaco foi designado a Paulo para criar circunstâncias adversas contra
seu ministério. Observe também por que o Senhor permitiu que essa entidade trabalhasse
contra Paulo. O apóstolo escreveu:
"E para que eu não fosse exaltado acima da medida pela abundância das revelações,
foi-me dado um espinho na carne, o mensageiro de Satanás para me esbofetear, para
que eu não fosse exaltado acima da medida."
2 Coríntios 12:7
Paulo recebeu uma "abundância de revelações". Os estudiosos observam que esse

poderoso apóstolo da fé registra na Bíblia sete grandes revelações que lhe foram reveladas
pelo Senhor Jesus Cristo. Pouco depois da conversão de Paulo, ele partiu de Damasco sob
ameaça de morte e foi para o deserto da Arábia (possivelmente o Monte Sinai). Lá ele
recebeu as revelações que registrou em suas quatorze epístolas do Novo Testamento
(Gálatas 1:17; 4:25). Paulo recebeu a revelação do arrebatamento, conhecido como
arrebatamento (1 Tessalonicenses 4:16-18), o mistério da ressurreição (1
Coríntios capítulo 15), e o mistério de como os gentios foram enxertados na aliança

(Romanos capítulo 11).
Sendo um mero mortal, teria sido fácil para Paulo tornar-se orgulhoso. Afinal, quem mais na
Bíblia escreveu quatorze livros? Quem mais recebeu as revelações do Novo Testamento
que Paulo recebeu? Era a abundância das revelações que o inimigo odiava. Satanás odeia
que tenhamos os olhos do nosso entendimento abertos através da revelação da Palavra de
Deus, porque a revelação pode mudar sua situação!
Quando Deus anunciou no rio Jordão que Jesus era Seu Filho, imediatamente Satanás
tentou Jesus por quarenta dias e desafiou Sua posição como o Filho de Deus (Mateus 3:17;
Mateus 4:3). Pedro recebeu um
revelação e confessou que Jesus era o Filho de Deus, e Pedro se tornou um alvo de Satanás
(Mateus 16:16; Lucas 22:31).
Você se lembra de quando ouviu uma mensagem revelando como Deus poderia mudar sua
vida? Que tal uma revelação do poder curador de Deus ou do poder do Espírito Santo? Lembra
quando você sentiu a Presença de Deus pela primeira vez e como isso impactou sua vida? O
adversário reconhece o poder da revelação. Uma vez que nosso entendimento é iluminado, não
somos mais uma tarefa fácil para o reino das trevas. Em vez de sermos ameaçados pelo inimigo,
nos tornamos uma ameaça para o inimigo!
Paulo entendeu a razão disso: lutar contra esse espírito o manteve diante da presença de Deus
continuamente. É difícil para uma pessoa ser exaltada pelo orgulho quando está continuamente
sendo assediada. Este mensageiro de Satanás usou as pessoas como sua voz e sua arma para
distrair e atrapalhar o ministério de Paulo.
Espíritos malignos atuam através das pessoas
Dos capítulos 9 a 28 de Atos, lemos onde Paulo foi preso, espancado e severamente perseguido.
Em cada caso, Satanás usou pessoas para causar as insurreições contra ele. Os espíritos
malignos trabalham através das pessoas.
Sem a voz, as mãos e os pés de um ser humano, um espírito maligno é limitado no que pode
realizar. Satanás sempre usou as pessoas para se opor à obra do Evangelho. Minha maior
oposição no ministério veio das palavras e ações das pessoas. Estes incluem, mas não estão
limitados a:
• uma falha na comunicação que levou a mal-entendidos
• meias-verdades e mentiras sendo repetidas como fatos que deram origem a boatos
• pessoas que influenciam outras a não participar de avivamentos ou se envolver em nosso

ministério
• circunstâncias surgindo que não podem ser controladas ou tratadas no natural

Não consigo contar o número de vezes que surgiu um relatório em que eu

supostamente disse algo em uma mensagem que nunca foi dito. Por exemplo, no
início dos anos 80, preguei sobre as cinzas da novilha vermelha. A mensagem era
uma palavra profética revelando como os judeus religiosos precisariam das cinzas de
uma novilha vermelha (Números capítulo 19) para purificar o futuro templo, e um
templo não poderia ser construído até que o procedimento de Números capítulo 19
fosse seguido. Na época, eu era apenas uma das duas pessoas que falavam sobre
o assunto nos Estados Unidos.
Em certa ocasião, eu estava ministrando em uma grande igreja e o pastor não pôde
comparecer ao culto. Algumas semanas depois, soube que ele havia informado a
vários amigos pastores que eu estava pregando heresia, e ele alegou que eu havia
dito em sua igreja que Jesus não poderia vir até que uma novilha vermelha fosse
queimada em Israel. Eu sabia que essa não era uma afirmação verdadeira porque
não acreditava nisso. Pedi uma fita do culto, que revelou que nada desse tipo foi dito.
No entanto, por causa da influência desse homem, vários ministros pararam de me
usar para avivamentos. Foi uma pena que eles nunca tenham me contatado
pessoalmente para ver o que eu disse ou no que eu acreditava antes de me
condenarem com base nas observações pessoais de outro homem.
O espírito impeditivo dificultou as coisas para Paulo enquanto ele ministrava de

cidade em cidade. Seus reavivamentos muitas vezes se transformavam em tumultos
e suas aparições públicas muitas vezes o levavam à prisão. Este espírito motivou os
ímpios e as multidões religiosas a se levantarem contra Paulo, porque o ministério de
Paulo estava prejudicando o reino de Satanás. Visto que Satanás não podia detê-lo,
ele tentou impedi-lo ou retardá-lo, afetando assim o ímpeto de seu ministério.
Embora o espírito impeditivo motivasse as pessoas a atacar e perseguir Paulo, ele

sabia que Deus ainda estava no controle e os planos de Deus seguiriam o cronograma.
A perseguição é projetada para afastá-lo da Palavra (Mateus 13:21). Crentes fortes
correrão para a Palavra e não da Palavra em tempos de ataque.
A Igreja na Virgínia do Norte
Meu pai é um homem muito sensível ao Espírito Santo. Aos sessenta e oito anos,
ele ainda passa muito tempo em oração e jejum. aqueles que sabem
é melhor vê-lo como um homem de fé muito humilde e de coração puro, a quem Deus
usou de maneiras maravilhosas ao longo de quase cinquenta anos de ministério.
Ocasionalmente, o Espírito Santo abrirá seus olhos para o reino espiritual.
No início da década de 1970, morávamos em Arlington, Virgínia, onde papai pastoreava

a Igreja de Deus da Filmore Avenue. Papai assumiu o pastorado com cerca de quinze
pessoas e começou a ver o crescimento quase que imediatamente.
Depois de vários anos como pastor, papai encontrou uma estranha oposição espiritual
na igreja. Era difícil de explicar, mas sentia-se nos cultos. Papai entrou em um período
de oração e jejum, pedindo a Deus que removesse essa barricada invisível que parecia
cobrir a atmosfera como um cobertor pesado.
Certa noite, enquanto estava sozinho em profunda oração na igreja, papai estava
buscando a Deus por Sua intervenção divina. De repente, ele ouviu um barulho vindo
do fundo da igreja. Ao se virar para olhar, viu algo muito grande no canto direito da
igreja, perto do topo do santuário. Ele viu um grande ser angelical com uma espada
desembainhada nas mãos estendendo-a sobre o santuário. Um grande temor do
Senhor veio sobre ele e ele sabia que Deus traria livramento.
No domingo seguinte, enquanto meu pai ministrava, ele pediu à congregação que se
levantasse e começasse a amarrar os obstáculos do inimigo. Eu estava sentado na
segunda fila e me lembro vividamente do que se seguiu. No meio da oração, ouviu-se
um barulho que parecia um enorme pássaro batendo as asas.
Era tão real que os homens da primeira fila abriram os olhos e olharam em volta. Esse
barulho de batida continuou por um momento e então começou a desaparecer, como
se ele subisse para fora do prédio através do telhado do santuário. De repente, a glória
do Senhor começou a cair sobre a congregação, e foi como se um poderoso
redemoinho soprasse no prédio.
Papai acredita que o anjo do Senhor trouxe um avanço ao literalmente remover alguma
forma de oposição espiritual. O precedente bíblico para isso está no capítulo 10 de
Daniel. A resposta às orações de Daniel estava sendo
impedido na atmosfera superior por um espírito maligno chamado príncipe da Pérsia.

Esse espírito de principado acabou sendo contido pelo poder de um arcanjo chamado
Miguel. Este anjo guerreiro limitou o poder deste príncipe satânico, liberando o anjo
de Deus para trazer a Daniel uma revelação muito necessária do céu.
Há um sério conflito tanto na terra quanto no céu. O reino de Deus, mobilizado por
uma hoste de anjos, está travando uma guerra pelas almas da humanidade com um
reino sombrio cujos espíritos tentarão impedir todo o progresso do Evangelho usando
todas as armas imagináveis. Eu experimentei pessoalmente a influência de um espírito
impeditivo; primeiro trazendo medo, depois confusão, depois perseguição. Perseguição
por causa da Palavra de Deus. Perseguição por pregar verdades que os outros não
tocam por medo de serem rotulados de controversos.
O inimigo joga nos planos de Deus
Na igreja primitiva, Satanás criou uma grande perseguição para impedir o Evangelho.
Em vez de impedir a mensagem, os mensageiros foram "espalhados" à medida que o
Evangelho de Cristo se espalhava de Jerusalém, para a Judéia, para Samaria e,
finalmente, para os confins da terra (Atos 1:8). Essa dispersão permitiu que os
mensageiros levassem o Evangelho aos lugares remotos do mundo (Atos 17:6). A
trama do inimigo realmente saiu pela culatra.
A Escritura fala de um casal na igreja primitiva chamado Áquila e Priscila. Uma grande
perseguição em Roma fez com que eles saíssem da cidade e viessem para Israel
(Atos 18:1-2). Durante sua estada, eles conheceram um homem altamente educado
chamado Apolo. Este precioso casal acolheu Apolo em sua casa e ensinou-lhe mais
perfeitamente o caminho da verdade (Atos 18:26). Mais tarde, Apolo se tornou um
dos três ministros mais populares da igreja primitiva (1 Coríntios 1:12).
Esses exemplos ilustram como Deus pode virar a mesa sobre os planos do inimigo.
Quando os irmãos de José o jogaram em uma cova e o venderam para um bando de
ismaelitas, eles não sabiam de um propósito maior que Deus tinha para José.
Dezessete anos depois, esses filhos de Jacó permaneceram no Egito durante uma
fome comprando comida de ninguém menos que José, a quem eles não reconheceram
(Gênesis 42:3-5). Quando souberam quem ele era, ficaram
com medo de que Joseph os matasse por vingança ou os tornasse escravos. José disse-
lhes:
"Mas, quanto a vós, pensastes mal contra mim; mas Deus o intentou para bem, para
fazer, como se vê neste dia, salvar muita gente com vida."
Gênesis 50:20
A reação do povo de Deus à perseguição, oposição e ataques espirituais ajudará a

determinar o resultado final dos conflitos. Às vezes, Deus permite que surjam problemas
para nos manter em completa dependência Dele. Eu vivi pessoalmente este fato por muitos
anos. Tomei conhecimento da viagem que faria logo depois que minha esposa e eu nos
casamos.
capítulo 5
O sonho das quatro portas
"Em um sonho, em uma visão da noite, quando o sono profundo cai sobre os homens,
enquanto dormem na cama; Então ele abre os ouvidos dos homens e sela sua
instrução."
Jó 33:15-16
Pam e eu nos casamos na sexta-feira, 2 de abril de 1982, em Northport, Alabama.

Dois dias depois, começamos um reavivamento em Gastonia, Carolina do Norte, na Igreja
de Deus de Lynwood, que continuou por três semanas. Antes de me apresentar todas as
noites, o pastor dizia: "Este é um reavivamento de lua de mel!" Uma noite, durante a primeira
semana daquele encontro, tive um sonho que permanece verdadeiro até hoje. O sonho
revelou os obstáculos que viriam contra o nosso ministério e, acima de tudo, a razão pela
qual seriam permitidos.
Em sono profundo, fui levado para uma grande sala quadrada com quatro portas.
Foi-me dito que eu poderia escolher entrar por qualquer uma das quatro portas. Quando
me aproximei das portas, elas se abriram diante de mim e tive um breve vislumbre do que
havia atrás delas.
Atrás da primeira porta havia um grupo de universitários. Eles pareciam estar distraídos de
seus estudos e foram apanhados em tolices e festas. Eu sabia que essa porta representava
uma certa faculdade cristã que eu poderia frequentar, mas, por algum motivo, fui compelido
a não entrar pela porta.
Então me movi em direção à segunda porta.
Atrás desta segunda porta, vi ministros vestidos com ternos pretos.
Em pequenos círculos, havia homens morais e espirituais, vários dos quais eu sabia serem
líderes executivos na denominação à qual eu estava associado. Eu sabia que esta porta
representava a política denominacional. Se eu escolhesse esta porta, alguns oficiais-chave
me ajudariam a subir na escada da denominação.
Os olhos do meu entendimento foram abertos para perceber que, se eu dependesse do
homem, desagradaria a Deus. Se eu dependesse de Deus, faria a Sua vontade. Eu fechei
esta porta.
Até hoje não consigo me lembrar do que havia atrás da terceira porta, mas lembro de fechá-
la quase imediatamente. Restava apenas uma porta.
Enquanto caminhava para a quarta e última porta, notei que uma grande placa com a
inscrição "perseguição" pairava sobre a entrada. Pensei: "Certamente não quero esta porta,
mas é a única que resta para entrar." No momento em que atravessei a soleira, subi um
lance de escadas. Eu vi o horizonte de uma grande cidade com as silhuetas dos prédios ao
fundo.
Erguendo-se da silhueta estava um grande ser vestido de preto. Ele tinha uma grande
espada na mão direita e, de repente, investiu contra mim com grande velocidade. Eu me
senti impotente e indefeso, sem nenhuma arma na mão. Uma espada foi entregue a mim e
uma voz instruiu: "Pegue esta espada e corte a mão do inimigo." Com um golpe da espada
de prata, cortei uma mão deste ser, e sua mão e espada caíram no chão.
Imediatamente, após derrotar o primeiro inimigo, outra criatura perversa surgiu

da escuridão. Ele também estava armado. Mantive minha posição e brandi a
espada de prata com tanta força que a figura negra recuou. Após cada vitória,
havia outra batalha. A cada batalha, havia uma vitória usando a espada.
Cansado do conflito
Lembro-me de ficar cansado durante a luta. Eu sabia que era por isso que a
palavra perseguição estava gravada na porta. Eu também sabia que a espada do
espírito era a Palavra de Deus (Hebreus 4:12). A única arma que derrotaria a
perseguição e o assédio seriam as Escrituras. Quando a sensação de cansaço
tomou conta de mim, uma voz preciosa, porém forte, disse atrás de mim: "Bem-
aventurado aquele que é habilidoso com a espada. Isso o impedirá de cair".
Foi então que compreendi o propósito da quarta porta. A espada é a Palavra de

Deus. A única maneira de permanecer de pé durante o conflito é ser habilidoso
na Palavra, estar arraigado e alicerçado naquilo que sei ser a verdade. Ao
selecionar a perseguição, faz com que a pessoa mantenha um espírito humilde
diante do Senhor. Mantém a pessoa continuamente dependente do poder de
Deus e não de sua própria habilidade. Esta foi a lição que aprendi ao ler as
palavras de Paulo. Um mensageiro de Satanás o esbofeteou, e Paulo foi impedido,
mas não derrotado:
"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não
desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos."
2 Coríntios 4:8-9
Muitas vezes as pessoas olham para onde um ministro ou um ministério está

hoje, sem ter qualquer conhecimento do preço que foi pago para trazer o ministério
até aquele ponto. Ninguém, exceto o círculo interno mais próximo, está totalmente
ciente das longas horas, cansaço, jejum, sacrifícios financeiros pessoais, longas
horas de viagem e, sim, perseguição por causa da Palavra que um ministério
deve suportar para ser recompensado por ser fiel.
Costumo dizer que deve ser ótimo trabalhar das nove às cinco e depois ir para casa. Deve
ser maravilhoso ter sábado e domingo livres para passar o dia com sua família, sentar na
igreja no domingo e receber o ministério. Deve ser ótimo nunca ficar em hotéis cheios de
fumaça, onde os colchões dão dor nas costas por uma semana. Deve ser maravilhoso não
arrastar bagagens toda semana e passar horas em aeroportos lidando com segurança e
atrasos.
Viajar, voar, ficar em hotéis e trabalhar todo fim de semana fazem parte do preço que um
evangelista paga para permanecer no campo da colheita. A perseguição também vem com
o território. A perseguição de fora (pelo mundo) é esperada e compreensível, mas a
perseguição de dentro (da igreja) é um ajuste e tanto.
No entanto, a perseguição de dentro e de fora traz uma maior dependência do Espírito

Santo. O comprimento e o poder da espada dependem da quantidade de Palavra que você
escondeu em seu espírito. Nós vencemos Satanás "pelo sangue do Cordeiro e pela
palavra do nosso testemunho..." (Apocalipse 12:11). Seu testemunho são as palavras
que você tem a dizer quando passa no teste.
Ainda estou sendo testado e ainda descobrindo como passar no teste. Você deve saber
as respostas para as perguntas e decisões desafiadoras da vida.
Essas respostas são encontradas na Palavra de Deus.
Capítulo 6
Quando Deus Permite um Espírito Dificultador
"E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.
Portanto, de boa vontade, antes me gloriarei nas minhas fraquezas, para que sobre
mim repouse o poder de Cristo."
2 Coríntios 12:9
A perseguição nos dias de Paulo consistia em judeus religiosos expulsando-o

das sinagogas, acusando-o de pregar heresia. Suas campanhas evangelísticas
geralmente levavam à sua prisão e alojamento em uma prisão romana de uma
estrela, equipada com as mais modernas correntes e grilhões, incluindo um
guarda prisional que tinha prazer em ver os prisioneiros levarem a surra de suas
vidas. Em certa ocasião, Paulo foi arrastado para a periferia da cidade e
apedrejado por uma multidão enfurecida (Atos 14:19). Ele não conseguia nem
entrar em um navio sem que uma tempestade despedaçasse o barco (Atos
27:38-44). Certa vez, enquanto coletava lenha, uma serpente venenosa o mordeu
na mão. Paulo simplesmente a sacudiu e a cobra foi assada até virar cinzas no
fogo (Atos 28:3-5). Paulo foi capaz de superar todas as áreas de oposição,
perseguição e impedimento. O espírito atribuído a Paulo poderia desgastá-lo, mas não poderia
Freqüentemente, ministros conhecidos nacionalmente precisam lidar com a

oposição da imprensa, da mídia televisiva secular e de ex-funcionários com uma
vingança pessoal. Esses golpes, insinuações e acusações verbais são espadas
de um lado nas mãos de seus inimigos, tentando ferir sua integridade. Afinal, se
você pode ferir a integridade deles, pode ferir o ministério.
Considere o ministério de Cristo. Ele foi acusado de falsos milagres e de expulsar

demônios pelo poder de um demônio (Mateus 12:24). Os fariseus religiosos
hipócritas tentaram interromper o fluxo do ministério de Cristo sentando-se na
primeira fila da sinagoga, questionando Seus motivos e criticando Sua doutrina.
Em certa ocasião, Jesus pregou uma mensagem sobre Seu sangue e Seu corpo.
A igreja inteira O abandonou, com exceção de Seus doze discípulos (João
6:50-66). Aqueles discípulos que estavam cheios da Palavra de Deus e ouviram
as palavras de vida foram transformados e permaneceram firmes com Cristo.
Aqueles que eram superficiais se afastaram e não o seguiram mais. Eles ficaram
ofendidos com uma mensagem que não entenderam!
Há perigo em empurrar uma pessoa para uma posição pública ou para o

ministério cedo demais. Freqüentemente, eles não são experientes para lidar
com o teste e a oposição. A Bíblia chama esse tipo de pessoa de noviço.
Podemos chamá-lo de novato e, como você sabe, um novato não tem a
experiência de um veterano.
"Não é um noviço, para que não se ensoberbeça e caia na condenação do diabo.
1 Timóteo 3:6
Pedindo Alívio a Deus
Depois que Paulo expôs os vinte e dois tipos de ataques e obstáculos que encontrou,
e explicou que um mensageiro de Satanás foi designado para ele, ele também revelou
uma oração especial que fez e que não foi respondida da maneira que esperava. Ele
pediu a Deus para remover este mensageiro de Satanás de sua vida:
"Por isso três vezes implorei ao Senhor, para que se afastasse de mim."
2 Coríntios 12:8
"E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na

fraqueza. Portanto, de boa vontade, antes me gloriarei nas minhas fraquezas,
para que sobre mim repouse o poder de Cristo."
2 Coríntios 12:9
A palavra graça refere-se ao favor imerecido de Deus. O Senhor revelou a Paulo que
Seu favor faria parte de sua vida, apesar do espírito demoníaco que trabalhava contra
ele. Considere o número de vezes que Paulo esteve perto da morte e o Senhor o livrou
dela:
• A vida de Paulo estava sendo ameaçada em Damasco, mas ele escapou (Atos 9:25).
• Paulo foi espancado e preso, mas um terremoto o libertou (Atos 16:26).
• Paulo sofreu um naufrágio, mas ele e toda a tripulação escaparam da morte (Atos
27:44).
• Paulo foi mordido por uma víbora, mas não sentiu nenhum mal (Atos 28:5).
Ao longo do ministério de Paulo, o Senhor o ajudou e lhe deu uma saída. Às vezes, o
problema terminava em um reavivamento em toda a cidade que levava a comunidade a
Deus (Atos capítulo 16). Em outra ocasião, o ataque do inimigo levou à conversão de um
carcereiro e sua família (Atos 16:31). Esses são exemplos da graça de Deus sendo suficiente
para todas as coisas.
O fator graça em sua vida
O fator graça será revelado em três áreas de sua vida:
• graça para a corrida
• graça para o lugar
• graça para o caso
Graça para a corrida é graça para a sua missão. Graça para o lugar é graça para sua
posição. Graça para o caso é graça para sua condição. A graça de Deus permite que você
vá a lugares que outros não podem, faça coisas que outros não farão e experimente coisas
que outros não tiveram.
Conheço missionários que viajam para territórios desconhecidos, dirigindo por dez horas em
uma viagem e fazendo suas próprias estradas pelo caminho. Não há acomodações decentes
para uma boa noite de descanso. A água está cheia de bactérias e a comida errada pode
ser mortal. No entanto, eles viajam alegremente pelo mundo, voando longas horas em aviões
inseguros para levar o Evangelho aos não alcançados. Como eles fazem isso? Eles têm
uma graça para a raça. Todos podem correr a corrida, mas não no mesmo lugar ou no
mesmo ritmo. Todos os que participam da corrida podem ter um nível de graça especial.
Esses mesmos missionários me dizem: "Perry, não há como cumprirmos sua agenda e
fazermos o que você está fazendo".
Digo a eles: "Vocês foram chamados para viajar por essas águas desconhecidas e estou
apenas sobrecarregado. Portanto, vou apoiá-los enquanto vocês vão!"
Deus também lhe dá graça para o lugar. não sou pastor; Sou evangelista e professor. Muitos
de meus amigos pastores me disseram que uma vez tentaram evangelizar e foi uma
experiência terrível. No entanto, ainda gosto de viajar, pregar e conhecer novas pessoas. Se
eu tivesse que ministrar em
no mesmo lugar toda semana, eu ficava muito inquieto. No entanto, um pastor chamado
para o cargo de pastor gosta de ver seus filhos crescerem, casar e enterrar seus entes
queridos e comer em sua casa no domingo. Eles têm uma graça para a posição para a qual
Deus os chamou.
Há graça para o caso ou a condição em que você se encontra. Você nunca saberá o quanto
pode aguentar até ser forçado a lidar com a adversidade. A Bíblia diz que Ele não permitirá
que soframos além do que podemos, mas dará um escape para que possamos suportá-lo
(1 Coríntios 10:13). Deus nem sempre nos liberta antes que os problemas comecem. Às
vezes, Ele nos livra no meio do fogo (Daniel 3:13-26).
Quando precisamos de mais graça, Deus é capaz de estender mais favor e graça a nós na
forma de longanimidade e misericórdia.
"Mas ele dá mais graça. Portanto, ele diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça
aos humildes. Sujeitai-vos, portanto, a Deus.
Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”.
Tiago 4:6-7
Apesar do abuso físico, emocional e verbal que sobrecarregou o ministério de Paulo, ele
escreveu estas palavras encorajadoras:
"Não obstante, o Senhor esteve comigo e me fortaleceu; para que por mim a pregação
fosse conhecida, e todos os gentios pudessem ouvir: e fui livrado da boca do leão."
2 Timóteo 4:17
Quando o Espinho Foi Removido
Uma vez pensei que era injusto para este servo escolhido de Deus lutar ao longo de seu
ministério com este espinho na carne. Ele foi impedido a todo momento, mal compreendido
quando pregou e teve um avivamento ou um tumulto em todas as cidades em que ministrou.
Então, enquanto estudava o Livro de
Atos, notei que concluiu com Paulo em Roma, Itália. Uma declaração incomum é feita em
relação ao ministério de Paulo em Roma:
"E Paulo morou dois anos inteiros em sua própria casa alugada, e recebia todos os
que vinham a ele, pregando o reino de Deus, e ensinando as coisas concernentes ao
Senhor Jesus Cristo, com toda a liberdade, ninguém o impedindo."
Atos 28:30
Por dois anos, Paulo desfrutou de uma casa com empregados e recebeu visitas sem
qualquer restrição. Uma versão desta passagem diretamente do grego diz:
"Falando... sobre o Senhor Jesus Cristo com toda a franqueza e sem impedimentos."
De acordo com este versículo, Paulo passou dois anos falando e ensinando com ousadia e
não foi impedido no processo. Paulo era judeu da tribo de Benjamim (Filipenses 3:5); no
entanto, grande parte de sua perseguição e resistência veio de outros judeus na região da
Ásia. Quando Paulo, que era cidadão romano, entrou em Roma, na Itália, não foi submetido
à severa perseguição. Roma era a capital do Império Romano, e Roma raramente perseguia
seus próprios cidadãos. Deus permitiu que Paulo experimentasse alívio por dois anos desse
espírito de impedimento.
Temporadas de Alívio
A Bíblia fala de “tempos de refrigério na presença do Senhor”.
"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados,

quando vierem os tempos do refrigério pela presença do Senhor."
Atos 3:19
Por causa da graça de Deus, Ele permite períodos de refrigério e alívio em nossas vidas.
Ele não permitirá que batalhas ininterruptas nos atinjam sem momentos de grandes milagres
e respostas às orações. De acordo com o WE Vines Expository
Dicionário de palavras do Novo Testamento, um dos significados da palavra refrescar é

dar um intervalo no trabalho de parto. A palavra em Atos 3:19 significa obter alívio. Em 2
Timóteo 1:16, a palavra significa esfriar. Justamente quando você está sentindo o calor na
fornalha ardente, o Senhor esfria as coisas!
Quando você não aguenta mais as dores do parto, o Senhor dá um intervalo no trabalho de
parto.
Apesar dos tempos de oposição, a graça do Senhor é suficiente para nos conduzir e continuar
os resultados espirituais. O verdadeiro ministério do Evangelho não é uma celebração ou uma
festa, mas uma batalha pelas almas. Não podemos esperar uma navegação tranquila no navio
de nosso destino, mas, de fato, encontraremos ventos contrários destinados a encher o barco
de ondas e afundá-lo. No entanto, o calmante da tempestade, Jesus Cristo, surgirá em tempos
de desespero e dirá estas palavras: "
A paz esteja quieta" (Marcos 4:39).
Quando minha esposa deu à luz nosso filho e nossa filha, tive a honra de estar na sala de
parto nas duas vezes. Eu vi Pam agarrar as grades da cama, gemer de dor e respirar de uma
certa maneira para ajudar a aliviar as dores do parto. Após o nascimento de nosso filho,
perguntei a ela: "Como você suportou as intensas dores do parto?" Ela respondeu: "Não me
concentrei na dor. Concentrei-me no fato de que teria um breve período de alívio que se
seguiria".
Quando o inimigo está em pé de guerra, muitas vezes gastamos muito tempo nos concentrando
no ataque. Nossa conversa com os outros é repleta de declarações como: "O inimigo está
realmente fazendo hora extra... Estou ficando cansado de todos esses ataques do diabo...
Parece que vou de uma batalha para outra." Nossa concentração pode estar na batalha, mas
deve estar na graça!
Veja o que o inimigo não é capaz de fazer:
• Ele não pode trazer um grande ataque sem a permissão do Senhor (Jó 1:12).
• Ele pode planejar o ataque, mas não pode determinar o resultado final (Jó 42:10).
• Ele é limitado quanto ao nível de ataque que pode trazer (Jó 2:6).
Durante os momentos de minhas piores batalhas espirituais, meu maior conforto foi saber
que Deus sabia sobre esse conflito muito antes de ele se manifestar.
Se Ele sabia sobre o conflito antes que ele se desenrolasse, então Ele planejou o dia e a
hora em que encontrarei a vitória! É meu trabalho permanecer fiel à Palavra e não recuar
da verdade.
dores de crescimento
À medida que as crianças crescem da infância à idade adulta, elas experimentam dores de
crescimento. À medida que o surto de crescimento físico atinge, as crianças descobrem que
seus movimentos se tornam um pouco desajeitados e talvez sua voz comece a mudar. Eles
começam a sentir mudanças em suas emoções que são novas para eles.
Para aqueles que já passaram por mudanças há muito tempo, às vezes prestamos pouca
atenção aos ajustes e à montanha-russa emocional que a criança está vivendo.
O crente também experimenta dores de crescimento. Após a salvação, alguns precisam ser
libertados de temperamentos, de hábitos impuros, de laços emocionais com amigos do
passado. No fundo, eles sentem um baque surdo, uma leve dor quando sua carne começa
a guerrear contra seu espírito. Aqueles de nós que foram convertidos desde a infância
muitas vezes se esquecem de como é "perder o controle", separando-se do mundo, da
carne e do diabo.
Freqüentemente, quando um convertido obtém uma vitória, haverá outro obstáculo para
pular ou outra montanha para escalar. Devemos entender que existem vários níveis de
crescimento espiritual e vários níveis de ataque espiritual que encontraremos ao correr esta
corrida. Eu chamo isso de "novos níveis, novos demônios".
Capítulo 7
Novos níveis, novos demônios
"Porque não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os
principados, contra as potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra
as hostes espirituais da maldade nas regiões celestiais."
Efésios 6:12
Novas transições ocorrem a cada nova posição. Cada nível de progressão em Cristo
introduz um nível diferente de conflito. Freqüentemente, o pessoal militar sobe nas fileiras
de uma posição inferior para uma de grande autoridade. Anos de serviço fiel e vitórias em
batalha criam a porta aberta para a promoção. As promoções exigem mais
responsabilidade. Anos atrás, o pastor Tony Scott disse: "Perry, a cada novo nível você
encontrará um novo demônio". Não aquele que é novo em idade, mas um que é novo em
seu conflito pessoal.
Esses novos ataques de espíritos que você nunca encontrou tentarão desafiar sua nova
dimensão em Cristo. Assim como todos os militares não têm o mesmo nível, nem todos
os espíritos têm o mesmo nível de autoridade.
Efésios 6:12 classifica os espíritos rebeldes do reino das trevas como:
• principados
• poderes
• governantes das trevas deste mundo
• espíritos maus em lugares celestiais
Espíritos inferiores podem ser facilmente tratados expulsando-os. Espíritos de príncipes

mais fortes, como o que Daniel encontrou registrado no capítulo 10 de Daniel, têm mais
autoridade para controlar uma nação. Estes são tratados diretamente pelos anjos do
Senhor. Ao longo dos anos, os principais ministérios muitas vezes desafiaram esses
espíritos de príncipes muito fortes no reino de Satanás, apenas para experimentar um
ataque severo e quase destrutivo em suas vidas pessoais ou ministérios. Alguns cristãos
ousam protestar contra os espíritos mais fortes dos príncipes satânicos, mas a Bíblia
deixa claro que não devem fazê-lo. Quando Miguel, o arcanjo, estava lutando com
Satanás pelo corpo de Moisés, a Bíblia diz:
“Contudo, o arcanjo Miguel, ao contender com o diabo, ele disputou sobre o corpo
de Moisés, não ousou trazer contra ele uma acusação injuriosa,
mas disse: O Senhor te repreenda.
Judas 1:9
Mesmo o arcanjo Miguel, que lutou pessoalmente contra os espíritos mais fortes (Daniel
10:13), não protestaria verbalmente contra Satanás. Isso pode ser porque tanto Miguel
quanto Satanás são anjos do mesmo nível no reino espiritual.
Portanto, Michael repreendeu Satanás em nome do Senhor e não por sua própria
autoridade.
Embora tenhamos recebido poder sobre todos os poderes do inimigo (Lucas 10:19) e
poder para expulsar espíritos em nome de Jesus (Marcos 16:17), não devemos fazer
mau uso ou abusar da autoridade espiritual. Existem algumas classes de espíritos que
nem mesmo se afastarão de uma pessoa doente, a menos que o crente tenha passado
algum tempo orando e jejuando para remover qualquer incredulidade antes do ato de
libertação (Mateus 17:20-21).
Se devemos orar e jejuar para exercer a verdadeira autoridade espiritual, imagine a

quantidade de oração e jejum necessária para quebrar as fortalezas de uma nação
inteira. No capítulo 12 de Apocalipse, Satanás inicia uma batalha nos céus. O conflito
envolve Miguel e seus anjos guerreando contra Satanás e seus anjos. A autoridade
dada a Miguel permite que ele e seu exército angélico expulsem Satanás e seus anjos
de sua posição de autoridade nos céus. Satanás então se instala na terra (Apocalipse
12:12).
Na Bíblia, os anjos sempre lidaram com os espíritos dos príncipes mais graduados no
reino de Satanás. Eu soube de ministérios que começariam a desafiar publicamente o
príncipe sobre sua cidade e, dentro de semanas, divórcio, doença e crises terríveis
estavam caindo sobre a igreja como um cobertor. Não houve jejum e oração suficientes
antes de seu desafio.
A maturidade espiritual deve acompanhar a autoridade espiritual. Pense nos muitos

intercessores que embarcarão em uma van, seguirão para uma grande cidade e
passarão horas exigindo e comandando o príncipe sobre a cidade para "descer". No
entanto, em casa, eles têm uma casa cheia de familiares não salvos, um marido que
pensa que eles perderam a cabeça e problemas pessoais.
conflitos que nunca são resolvidos. De que adianta se envolver em uma batalha pela
nação quando a batalha em casa está destruindo sua família?
É por isso que Paulo escreveu que os líderes espirituais devem ser capazes de dirigir
seus assuntos pessoais para serem eficazes na casa de Deus (1 Timóteo 3:5).
Ao lidar com os espíritos mais fortes, devemos ter experiência adquirida em batalhas
anteriores. Os militares não colocam um novato na linha de frente da batalha, e nem
o crente deve esperar resultados repentinos e grandes vitórias de alguém que não
tem sabedoria nem experiência em lidar com o mundo espiritual. Os sete filhos de
Sceva tentaram expulsar espíritos sem verdadeira autoridade. Eles ordenaram que
os espíritos malignos saíssem em "nome de Jesus a quem Paulo pregava". O homem
possuído por demônios os dominou e rasgou suas roupas, e essa equipe de exorcistas
novatos correu nu pela rua (Atos 19:13-16).
Esses sete homens foram feridos por sua tentativa de enfrentar algo muito maior do
que eles. Eles assumiram que sua autoridade estava nas palavras que estavam
dizendo quando, na realidade, a verdadeira autoridade vem de um relacionamento
puro com Jesus Cristo.
O Espírito Sobre a Bulgária
Após a queda do comunismo, viajei com meu amigo Floyd Lawhon para a Bulgária.
Aquela nação, antes amarrada nas agonias de um governo ateu radical, agora estava
desfrutando de uma temporada de liberdade para ouvir o Evangelho.
Nessa época também viajei com um jovem romeno (da América) para ministrar na
Romênia. Certa noite, após o culto, uma senhora mais velha veio até mim e começou
a compartilhar uma visão que o Senhor lhe dera enquanto eu pregava. Eu sabia que
essa mulher não estava inventando porque, por quarenta anos, os cristãos daqueles
países dependeram da oração e das revelações do Espírito Santo para sobreviver. A
velha pegou minha mão e disse (através do meu tradutor): "Esta noite, quero avisá-la.
Sua pregação abalou as fortalezas de vários espíritos na América. espírito mais forte
buscando sua ajuda para detê-lo. Este espírito partiu para destruí-lo.
Você deve estar em guarda."
Esse não era o tipo de palavra que alguém gostaria de ouvir. Eu estava pensando,
"Oh não, agora com o que eu vou ter que lidar?" Duas noites depois, em
outra cidade a quilômetros de distância, outro santo de Deus veio a mim
após o culto com a mesma revelação. Ela disse: "Esse espírito forte vai
tentar sujar suas mãos para calar sua boca". A essa altura, eu sabia que o
Senhor estava me enviando um aviso do outro lado do mundo.
Na última cidade em que ministrei, outra mulher veio até mim com um aviso
quase idêntico. (Essas mulheres eram de três cidades diferentes e não se
conheciam.) Desta vez ela disse: "Enquanto estava em profunda oração,
ouvi a conversa de um forte espírito de principado enquanto ele traçava uma
estratégia contra você." Ela me deu um terceiro aviso. A essa altura, eu
estava pensando: "Pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra
será confirmada" (Mateus 18:16). Eu não disse nada sobre esses três
avisos, mas escondi o que foi dito em meu coração.
A Profecia do Diabo
Pouco tempo depois, recebi um telefonema em casa de um ex-ministro que

sofreu um ataque do inimigo que o levou a perder seu ministério. Durante a
conversa, ele perguntou se eu iria orar por ele. Eu não sabia que ele estava
sob forte escravidão do álcool e estava sendo atormentado por um espírito
maligno. Quando entrei no apartamento, senti uma forte tensão na atmosfera.
Essa tensão começou a se manifestar, pois esse homem passava de uma
conversa normal para uma de gritos e xingamentos ocasionais.
Após cerca de quarenta e cinco minutos, sua voz mudou e outra voz falou
através dele. O demônio falou diretamente comigo na forma de uma profecia
satânica. O demônio gabava-se de que, dentro de alguns anos, eu cairia na
mesma armadilha desse ministro. Em outras palavras, o mesmo espírito
que atacou esse ministro também viria contra mim e destruiria meu
ministério. Mais tarde, eu descobriria que o espírito demoníaco tinha me
perseguido na mesma idade que o ministro tinha quando foi atacado!
Eu discerni o que estava acontecendo. Levantei-me, peguei minha mão direita e agarrei o
homem pelo colarinho. Eu disse: "Não estou falando com o espírito maligno, mas com este
homem. Quando você precisar de ajuda, estarei ao seu lado. Mas não vou sentar aqui e
ouvir um demônio fazer previsões sobre mim!" Eu saí pela porta. (Graças a Deus, o homem
foi posteriormente libertado e restaurado a um poderoso ministério.)
Enquanto dirigia para casa, fui tomado por um medo súbito. Pensei: "Sou um alvo. Algo ruim
vai acontecer." A sensação que eu teria seria semelhante a caminhar por um caminho longo
e escuro na floresta, sabendo que um atirador estava esperando em algum momento para
disparar uma arma em sua cabeça. Então comecei a rir. Pensei em voz alta: "O inimigo com
certeza é estúpido! Ele me deu um prazo para me atacar. Estarei em guarda e farei com que
meus parceiros de oração comecem a interceder. Ele deveria ter ficado de boca fechada! "
Como disse um homem: "Dê corda suficiente ao inimigo e ele se enforcará".

Comecei a pedir às pessoas que orassem por mim, sem lhes dar os detalhes das
advertências. Eu não queria confessar nenhum medo ou ansiedade em relação a uma
"profecia" do inimigo.
Cerca de doze meses depois
O súbito ataque se manifestou doze meses depois. Pam e eu éramos amigas íntimas de um
casal de ministros. Ela foi muito ungida e usada pelo Senhor. Descobrimos que havia uma
crise familiar que surgiu e o inimigo veio contra a mulher de maneira muito astuta. Ela havia
caído em pecado e estava tão oprimida que não conseguiu se recuperar (naquele momento)
da armadilha do inimigo. A situação foi emocionalmente devastadora para nós.
Em poucos dias, comecei a sofrer um ataque mental e uma depressão pela qual nunca havia
passado antes. Perdi todo o desejo de pregar, ministrar, ler a Bíblia e orar. Senti vontade de
entrar no carro e ir embora. Eu ainda amava minha esposa e meu filhinho, que significavam
mais para mim do que qualquer coisa. Alguns chamariam esse sentimento de esgotamento
e outros diriam que eu estava apenas esgotado. A princípio pensei que passaria em alguns
dias, depois em algumas semanas, mas as semanas se transformaram em dois meses. Um
sentimento semelhante a desesperança e desespero tomou conta de mim.
Comecei a escrever música, esperando que isso me ajudasse. Isso aconteceu por um
breve período de tempo, mas a escuridão e a opressão continuaram. Eu não conseguia
colocar o dedo nisso. Este foi um ataque semelhante ao de Jó, onde o inimigo pediu
para trazer um ataque para ver qual seria minha resposta? Eu estava abrindo uma
porta? Foi uma temporada de ataque planejada contra ministérios? Durante esse
tempo, minha esposa sabia que algo estava errado, mas ela também não conseguiu
detectar a raiz.
As coisas continuaram a se deteriorar por três meses. Foi nessa época que eu, junto
com um grupo de pessoas de uma igreja local, viajei para Sofia, Bulgária, para
ministrar. Tarde da noite, acordei e vi uma criatura estranha e medrosa parada a cerca
de meio metro do lado direito da minha cama. Era alto, com pele enrugada e cabelos
grisalhos e crespos. Em meu espírito, eu sabia que era um forte espírito de príncipe
que governava a cidade. Foi então que me lembrei das advertências das mulheres da
Romênia doze meses antes.
Minha mente começou a disparar e pensei: "É isso. Deve ser o aviso que recebi na
Romênia."
Lembrei-me do ministro caído por quem orei e da voz de um espírito maligno que
falou através dele. O pai desse ex-ministro sofria de depressão severa e, muitos anos
atrás, foi encontrado morto em seu carro com um tiro na cabeça. Seu filho, o ministro
caído, estava tão deprimido na noite em que orei por ele que mais tarde confessou
que tinha uma arma e estava prestes a se matar antes que eu orasse por ele. Ele
tinha a mesma idade de seu pai quando o ataque veio contra ele. Percebi que tinha
quase a mesma idade dele e de seu pai quando as garras do adversário começaram
a apertar minha mente. Essa foi uma estratégia satânica planejada com anos de
antecedência.
A depressão não foi embora. Tentei repreendê-lo e ele permaneceu. Eu estava

envergonhado demais para contar a alguém, até mesmo à minha própria esposa.
Pensei: "Já tive que travar batalhas antes e terei que lutar nesta também". Este foi um
raciocínio incorreto. Até Moisés teve Arão e Hur para segurar suas mãos até que a
batalha terminasse (Êxodo 17:12). A libertação começou na noite em que tomei a
decisão de revelar publicamente o ataque secreto de Satanás.
Agora ele não pode se esconder
Era o mês de julho e estávamos conduzindo uma tenda de reavivamento em

Anniston, Alabama. Eu era capaz de pregar à noite com uma medida da unção, mas
durante o dia eu me sentia miserável. Certa noite, com mais de 700 pessoas
presentes, senti que algo precisava ser feito. Eu estava pronto para ir para quebrar.
Parei de ministrar e disse: "Esta noite preciso dizer uma coisa a vocês. Estou
passando por um terrível inferno mental e depressão há vários meses. Preciso de
suas orações". Naquela noite, havia vários amigos próximos e parceiros de ministério
presentes. Fiz uma chamada de altar para ministrar às pessoas e, em vez disso,
elas me cercaram. Eles disseram: "Você não vai sair desta tenda até que oremos
por você. Não vamos permitir que o inimigo o derrube e o derrube com esse tipo de
ataque espiritual".
De repente, um pegou a garrafa de óleo de unção. Outro pegou minha Bíblia e

caderno. Num piscar de olhos, as mãos estavam em toda a minha cabeça. Devo
confessar que nunca gostei que ninguém, nem mesmo Pam, bagunçasse meu
cabelo antes ou durante um culto. O óleo voou para todos os lados. Eles estavam
puxando meu paletó. Eles pulavam na serragem e rezavam tão alto que eu mal
conseguia entender o que diziam. De repente, algo quebrou. Uma pequena onda da
alegria do Senhor pareceu flutuar e se prender em meu espírito. Eu comecei a rir.
Foi muito engraçado. Lá estava eu com serragem por toda a calça, onde meus
amigos gritaram uma tempestade de poeira.
Meu cabelo estava espetado e embebido em óleo. Minha gravata estava engordurada
e meu paletó meio torcido no braço. Parecia que eu tinha acabado de passar por um
tornado no Texas! Pela primeira vez, senti uma pontada de alívio.
Acima de tudo, senti esperança. Uma testemunha interior em meu espírito disse que
Deus iria reverter o plano do inimigo e uma profecia do diabo!
Foi então que uma querida e fiel amiga do ministério veio até mim, apontou o dedo
na minha cara e disse: "Você conseguiu. Ele não pode se esconder agora". Eu
perguntei a ela: "Quem não pode se esconder?" Ela disse: "O inimigo. Contanto que
nunca exponhamos o que ele está fazendo, ele trabalhará na escuridão. Mas quando
o expormos à luz, ele não terá onde se esconder!"
Então, de repente, ficou claro. É isso! Satanás se esconde na escuridão e Deus vive
na luz. Eu tinha tentado travar essa luta sozinho, pensando que o
Senhor e eu poderíamos lidar com isso. O tempo todo, eu precisava das orações dos outros.
Foi um novo nível de ataque. Eu precisava que minha esposa soubesse como eu me sentia. Não
que eu fosse orgulhoso demais para contar a alguém, apenas pensei que acabaria por passar e a
guerra acabaria. Mas algumas vitórias não vêm tão facilmente.
Olhando para trás para avaliar
Em retrospecto, acredito que entendo o que aconteceu. Por muitos anos, ministrei apenas na
América e tive experiência em lidar com os espíritos em nossa nação. Eu estava familiarizado em
lidar com a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1 João
2:16). Quando comecei a entrar nas nações ex-comunistas, estava entrando no reino dos espíritos
dos antigos príncipes que haviam trabalhado por meio de governos e líderes ateus. O nível de
guerra era muito diferente do que eu estava acostumado. Seria semelhante a treinar homens para
lutar em uma guerra no deserto e, de repente, empurrá-los para uma nação coberta de neve. Seu
conhecimento do terreno é voltado para um conflito e agora eles estão engajados em outro.
Alguém pode perguntar: "Todos os espíritos não são iguais?" Não de acordo com Jesus.
Em uma ocasião, os discípulos falharam em entregar um menino possuído por demônios.
Jesus disse: "Esta casta não sai senão com oração e jejum"
(Mateus 17:21). Jesus freqüentemente encontrava pessoas possuídas por um espírito, mas Maria
Madalena teve sete espíritos expulsos dela (Lucas 8:2). O homem de Gadera era controlado por
dois mil espíritos que o tornavam violento e perigoso (Marcos 5:13). Aqueles com apenas um
espírito maligno geralmente ficavam fracos e desmaiavam quando Jesus orava (Marcos 9:26). Por
outro lado, o homem de Gadera tinha tal força sobrenatural que podia quebrar correntes de ferro
e grilhões ao meio com seu poder (Marcos 5:4).
Nem todos os cristãos estão no mesmo nível espiritualmente. Cristo podia expulsar espíritos
malignos e, em certa ocasião, seus discípulos falharam em fazê-lo (Marcos 9:28-29). O mesmo é
verdade com o mundo espiritual. Os anjos não estão todos no mesmo nível de autoridade. No
capítulo 10 de Daniel, um anjo do Senhor foi incapaz de romper o poder restritivo de um espírito
do príncipe maligno chamado o
príncipe da Pérsia, mas o arcanjo Miguel entrou em cena e imediatamente colocou o

espírito maligno em seu lugar (Daniel 10: 1-13).
É por isso que, quando entramos em um novo nível em Deus, haverá novos demônios
para enfrentar. Às vezes, eles usarão as pessoas para impedir e resistir aos nossos esforços.
Em outras ocasiões, criarão circunstâncias para bloquear nossos esforços.
Quando conduzi nossa primeira reunião campal em Pigeon Forge, 27 coisas quebraram,
deram errado ou foram danificadas enquanto nos preparávamos para a reunião. Eu disse:
"Nunca mais farei esta reunião se for por isso que temos de passar". Essa reunião agora
se tornou nosso principal evento que planejamos todo mês de outubro. Aprendi que, se a
batalha for grande, a benção será maior!
Devemos usar todo o nosso arsenal de armas: a Palavra de Deus, o nome de Jesus e o
poder do sangue do Cordeiro. Também devemos entender a importância de não deixar no
escuro o que precisa ser colocado na luz.
Uma aliança com seu cônjuge ou amigos próximos Todo crente precisa ter uma
cobertura espiritual. Essa cobertura geralmente é encontrada em seu cônjuge ou em
amigos íntimos em quem você pode depositar total confiança.
Pessoalmente, existem vários amigos ministros com quem tenho convênio. Compartilhamos
percepções pessoais uns com os outros, intercedemos uns pelos outros e compartilhamos
qualquer forma de ataque que estamos vendo uns com os outros.
Estes são homens que não trairão uma confiança, mas segurarão minhas mãos até que a
batalha termine.
Fazer um pacto com seu cônjuge é uma grande proteção contra ataques mentais. Se
você é casado com uma companheira maravilhosa, como eu, ela deve ser sua melhor
amiga e sua confidente de maior confiança. Permitir que batalhas mentais ou espirituais
causem confusão em você, sem contar ao seu ajudante mais confiável, não é um sinal de
sua força interior.
Um Pacto de Cobertura
Forme um pacto de que vocês sempre estarão abertos um com o outro e sempre
protegerão um ao outro das flechas inesperadas que podem ser lançadas em sua direção.
Depois de anos de ministério e temporadas de guerra espiritual, posso
dizer-lhe que esta importante aliança de cobertura não pode ser subestimada. Davi e
Jônatas tinham uma aliança de cobertura. Saul era o rei de Israel. Davi era seu genro
e Jônatas era seu filho.
Jônatas fez uma aliança de cobertura com Davi para protegê-lo de seu próprio pai, o
rei Saul:
"Então Jônatas e Davi fizeram uma aliança, porque ele o amava como a sua
própria alma."
1 Samuel 18:3
Em uma ocasião particular, Jônatas advertiu Davi a não entrar no palácio porque Saul
planejava matá-lo (1 Samuel 19:1-18). Essa aliança de cobertura deu a Davi uma
vantagem contra as estratégias de Saul. Um convênio de cobertura com um amigo
próximo ou com seu cônjuge lhe dará uma vantagem contra os planos secretos do
inimigo.
Um verdadeiro amigo olhará para você quando você estiver errado e dirá que você
está errado. Eles verão você tendo uma festa de pena e dirão para você se endireitar.
Eles serão uma guarda e uma cobertura para você. Certa vez, minha esposa sonhou
com uma enorme tarântula com uma faca no coração. Não representava nenhum
perigo para nós. Ao longe, outra grande tarântula rastejava lentamente em nossa
direção. Pam sabia que deveríamos lidar com essa segunda aranha. Logo após esse
sonho, alguém me procurou perguntando se eu poderia ajudá-la a escrever músicas
e se preparar para um projeto musical. Pam percebeu que essa pessoa era o aviso
no sonho. Confiei em seu julgamento e imediatamente informei à pessoa que não
estava disponível para ajudar. Anos depois, soubemos que essa mulher havia se
envolvido em um caso com o marido, de quem se divorciou.
Pam acredita que o inimigo estava tentando armar uma armadilha para mim, mas o
Senhor deu a ela um aviso ao qual respondemos. Os avisos pouco servem, porém, se
não prestarmos atenção a eles.
Naquele dia no Alabama, quando pedi oração publicamente, os amigos presentes

eram guerreiros de oração e pessoas que Pam e eu conhecíamos pessoalmente. Eles
oraram por nós constantemente, e alguns estiveram em nossa casa em várias
ocasiões. É por isso que confiei neles o suficiente para compartilhar isso
precisa com eles. Apenas ficar diante de uma igreja e compartilhar seu fardo com os que
não estão sobrecarregados é um desperdício de energia. Aqueles que mais te respeitam
também te amam e se preocupam mais com você. Essas almas preciosas ajudarão a formar
uma cobertura para você.
É por isso que sempre viajo com minha esposa, meu pai ou um homem da equipe ministerial.
Eu confio em mim mesmo, mas não é sábio para um ministro ficar sozinho na maioria das
situações, mesmo em uma igreja. O parceiro torna-se “uma cobertura espiritual e
testemunhará todas as atividades do ministério para que ninguém possa fazer uma falsa
acusação.
O pacto de cobertura pode ajudar a negar a um espírito impeditivo o espaço para operar.
Capítulo 8
Lidando com o Inimigo
"Para que Satanás não tire vantagem de nós: pois não ignoramos seus ardis."
2 Coríntios 2:11
Um amigo meu frequentou quatro anos de escola bíblica, e a primeira igreja que ele
pastoreou tinha quinze membros. Mais tarde, ele comentou: "Em três meses, tive que
desaprender a maior parte do que aprendi na escola. Funcionou no livro, mas não na vida
real!"
Você encontrará muitos livros que ensinam como lidar com certos conflitos. Algumas
instruções são eficazes; alguns não são. A Bíblia, no entanto, dá a você as instruções de
batalha que foram comprovadas ao longo de 6.000
anos de história.
A experiência também é uma grande professora. Os testemunhos pessoais refletem as

vitórias conquistadas por meio da experiência. Quem já esteve na linha de frente pode
ajudar quem está indo para a linha de frente. Depois de vinte e cinco anos tendo
encontrei aparentemente todo tipo de conflito ao longo do meu ministério, desenvolvi

uma lista de coisas que faço e não faço ao lidar com o inimigo. Estes vêm tanto das
Escrituras quanto da experiência.
• Não faça Satanás parecer maior que Deus.
Muitas vezes, os cristãos veem esse conflito como Deus e Satanás em lados opostos
de um cabo de guerra. Ambos estão puxando com força total. Às vezes, Deus ganha
a vantagem e outras vezes Satanás vence. Esta não é a visão dada na Bíblia:
"E, tendo despojado os principados e potestades, os expôs abertamente,

triunfando sobre eles nisso."
Colossenses 2:15
O show acabou na ressurreição. Satanás foi derrotado na cruz e triunfou na

ressurreição. Todas as suas batalhas podem terminar em vitória. Até a morte, para
um crente, perdeu seu aguilhão (1 Coríntios 15:55).
Um dos propósitos do Espírito Santo é ampliar sua visão da capacidade de Deus. Em

Atos capítulo 10, a Bíblia diz que quando Cornélio e sua família foram cheios do
Espírito Santo, eles os ouviram falar em línguas e engrandecer a Deus (Atos 10:46).
Orar no Espírito Santo aumenta a capacidade de Deus aos olhos do seu espírito.
Satanás nunca foi tão grande quanto Deus e nunca será.
• Não exagere a habilidade de Satanás.
Os cristãos têm ideias preconcebidas baseadas nas experiências de batalha de outros.

Uma dessas ideias é: "Devo ter cuidado ao me aproximar demais de Deus, porque
quanto mais perto eu chegar de Deus, maior será a batalha contra o inimigo".
Outros acreditam que, se se aprofundarem na Palavra, mais conflitos se seguirão.

Alguns foram curados, mas relutam em testemunhar porque temem que a doença
volte sobre eles. Esses medos geralmente se baseiam na experiência negativa de
alguém e não nas promessas de Deus.
A Escritura diz que vencemos o diabo pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do nosso
testemunho (Apocalipse 12:11). A Bíblia diz que, se nos submetermos a Deus e resistirmos
ao diabo, ele fugirá de nós (Tiago 4:7). Quando Cristo derrotou Satanás na montanha da
tentação, Ele citou as Escrituras do Livro de Deuteronômio (Mateus 4:1-10).
O medo de um conflito nunca deve nos levar a exagerar a capacidade do inimigo.
• Não tente explicar por que uma batalha começou.
Quando Jó perdeu sua família, seus bens e sua saúde, três amigos íntimos vieram ajudá-lo
a lamentar suas perdas. Em vez de orar com Jó, cada um deles apresentou seu caso sobre
o motivo do problema. Um confessou que Jó precisava ser humilhado. Outro sentiu que Jó
estava cheio de orgulho e o ataque foi resultado da arrogância de Jó. Ainda outro assumiu
que Jó estava preso por algum pecado oculto que Deus estava expondo por meio de seus
sofrimentos. No final, todos os três amigos estavam errados. Deus os repreendeu:
"E aconteceu que, depois que o Senhor falou estas palavras a Jó, o Senhor disse a
Elifaz, o temanita: A minha ira se acendeu contra ti e contra os teus dois amigos,
porque não falaste de mim o que é certo. , como fez meu servo Jó."
Jó 42:7
Uma vez que o julgamento de Jó foi revertido e ele recebeu uma bênção dupla, o escritor
de Jó percebeu que Satanás havia estabelecido um alvo contra Jó. Não foi resultado do
pecado, orgulho ou ego de Jó, mas simplesmente uma prova de sua fé (1 Pedro 1:7).
Em vez de desperdiçar energia perguntando "por que" e "e se" quando uma batalha
começar, concentre-se nas estações de refrigério e na maneira de escapar. Estamos em
um conflito espiritual e sobrenatural, cujo resultado final determinará os destinos eternos da
humanidade. Se você vai obedecer a Deus, não espere nada além de uma batalha e nada
menos que uma vitória.
• Não alimente os pensamentos que o inimigo está inserindo em sua mente.
O adversário opera no reino dos pensamentos, e esses pensamentos podem se tornar

os dardos inflamados do inimigo. Você deve resistir imediatamente ao pensamento
fedorento que muitas vezes acompanha os obstáculos e a oposição. Quando
imaginações erradas entram em sua mente, você tem apenas alguns segundos para
derrubá-las antes que comecem a construir uma fortaleza (2 Coríntios 10:5).
A renovação da mente deve ocorrer no momento em que os dardos da incredulidade,

dúvida, medo ou falta de perdão entrarem na zona de sua imaginação.
Você não pode impedir que o inimigo bata, mas pode impedi-lo de entrar pela porta!
• Não deixe que a crença do diabo seja maior que a sua.
O diabo geralmente tem mais crença do que alguns cristãos. Satanás acredita que
existe um Deus (Tiago 2:19), que Jesus é o Filho de Deus (Marcos 5:7), que o inferno
existe (Lucas 8:31), que seu tempo é curto (Apocalipse 12:12) e que Jesus um dia
voltará (Apocalipse 12:12). Na realidade, Satanás acredita, mas está perdido. Alguns
cristãos negam a existência de demônios, a existência do inferno e o retorno de Cristo.
É triste quando Satanás e seus asseclas acreditam mais nas Escrituras do que alguns
cristãos!
Nunca deixe o inimigo acreditar em você. Ele acredita que você não vai conseguir.
Ele acredita que você cairá e não se levantará. Ele acredita que pode deixá-lo doente
e você nunca se recuperará. Não acredite! Sua fé em Deus deve ser mais forte do que
sua fé nos ataques do inimigo.
Anos atrás, as pessoas oravam por uma mulher com câncer. O avanço da cura nunca
veio e a oração parecia impedida. O Espírito Santo me impressionou que a mulher
havia exaltado o nome da doença (câncer) acima do nome de Jesus. De acordo com
Filipenses 2:9, o nome de Jesus foi exaltado acima de qualquer outro nome aos olhos
de Deus.
Infelizmente, aos olhos das pessoas, Seu nome nem sempre foi exaltado acima de qualquer
outro nome. Se a sua fé na doença for maior do que a sua fé em Jesus, então a doença vencerá
a batalha.
• Nem todo ataque é causado por um espírito.
Conheço cristãos que eram "caçadores de demônios". Tudo foi causado por um espírito. Se
pegassem um resfriado, se faltasse calor na casa ou se as luzes se apagassem durante uma
tempestade, era causado por um demônio. Amigo, o inimigo tem mais a fazer do que brincar
com o interruptor de luz e atacar o aquecedor.
É aqui que precisamos de verdadeiro discernimento espiritual para detectar os ataques do

inimigo. Alguns ataques são causados por um espírito impeditivo, mas muitos são simplesmente
o resultado de escolhas pessoais imprudentes ou de nossa incapacidade de controlar nossa
carne.
Muitas escolhas pessoais voltaram mais tarde para morder aquele que fez a escolha.
• Não fique com medo de conflitos futuros.
Anos atrás, ouvi um homem dizer: "Deus me tocou, mas não vou testemunhar isso.
Se eu fizer isso, o inimigo vai me causar mais problemas." Precisamos parar de nos preocupar
com a próxima tempestade.
Daniel não temia que uma reunião de oração sempre o levasse à cova dos leões. Os três filhos
hebreus não tiveram um ministério na fornalha ardente.
Eles experimentaram a fornalha de fogo uma vez. Durante o ataque de seis meses aos dezoito
anos, comecei a acreditar que isso continuaria pelo resto da minha vida. O inimigo é um
enganador e mentiroso (João 8:44). Nenhum conflito dura para sempre.
Capítulo 9
Discernindo o conflito
"A outro, operação de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento

de espíritos; a outro, variedade de línguas; a outro, interpretação de
línguas."
1 Coríntios 12:10
Meu pai disse uma vez que, antes de um crente começar a pedir ao Senhor
para usá-lo em um dos nove dons do Espírito, ele deve primeiro orar por
sabedoria. Operar um dom espiritual sem sabedoria é como dar a seu jovem
adolescente as chaves do seu carro sem nunca dar a ele nenhum treinamento.
Mais cedo ou mais tarde, tanto o adolescente quanto a pessoa insensata

arruinarão tudo. Um crente que entra na arena do mundo espiritual deve
primeiro orar pelo discernimento de espíritos.
A razão é simples: nem toda circunstância negativa, situação ruim ou batalha

espiritual é causada por um espírito. Eu o advirto para ter cuidado para não se
tornar um "caçador de demônios". Aos dezoito anos, comecei a falar tanto
sobre espíritos malignos que estava abrindo uma porta para eles sem perceber.
Minha mãe era secretária de Floyd Lawhon, diretor de evangelismo da Igreja
de Deus na Virgínia. Rev. Lawhon era um ministro experiente com um longo
currículo de experiência no ministério. Mamãe disse a ele: "Por favor, fale com Perry.
Ele está gastando muito tempo falando sobre demônios e estou preocupado."
"Perry, você está gastando muito tempo falando 81
Lidando com Espíritos Inibidores
sobre demônios. Se você falar sobre demônios, eles aparecerão. Fale mais
sobre Jesus. Se você falar sobre Jesus, então ele aparecerá."
O discernimento é necessário para manter o equilíbrio.
Discernir o quê?
Paulo falou sobre o discernimento de espíritos. A palavra espíritos é plural

porque há três domínios de discernimento necessários: 1. Discernir o espírito de
Deus
2. Discernir o espírito do homem
3. Discernir o espírito de Satanás
"Pois qual é o homem que conhece as coisas do homem, senão o espírito do homem
que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém conhece, senão o Espírito de Deus.
Agora recebemos, não o espírito do mundo, mas o espírito que é de Deus; para que
possamos conhecer as coisas que nos são dadas gratuitamente por Deus”.
Alguns cristãos vão a um culto na igreja e comentam que algo que aconteceu durante o
culto não foi "de Deus". Freqüentemente, eles não estão discernindo os espíritos, mas, em
vez disso, estão dando sua própria opinião. Se algo é contrário às suas tradições religiosas,
eles assumem que não pode ser
"de Deus." Um homem me disse: "Aquele reavivamento na cidade não é de Deus". Eu

perguntei a ele como ele sabia. Ele respondeu: "Se fosse de Deus, teria começado em
nossa igreja!" Isso não é discernimento; é ignorância espiritual.
Discernir as coisas do Espírito de Deus significa ser capaz de ouvir e obedecer a voz do
Espírito Santo e separar a voz Dele da sua própria voz.
Sempre tentei fazer essa distinção em nossos avivamentos. Quando eu sabia que estava
ouvindo o Espírito Santo, eu dizia: "O Senhor me orientou a fazer isso". Se eu simplesmente
sentisse algo em meu próprio espírito, faria a distinção dizendo: "Sinto em meu espírito que
devemos fazer isso". Deus nunca deve assumir a culpa quando alguém confunde seu
próprio zelo com uma Palavra de Deus.
Devemos ser capazes de discernir o espírito do homem. É importante ser capaz de discernir
os verdadeiros motivos de uma pessoa e ver o coração daqueles com quem nos cercamos.
As pessoas se casaram fora da vontade de Deus
porque não tiveram tempo para discernir os espíritos e ouvir o que o Senhor estava dizendo
sobre a pessoa de quem estavam noivos.
Às vezes, as pessoas não querem ouvir porque têm medo de receber uma Palavra de Deus
da qual não gostem.
Finalmente, devemos discernir a presença de Satanás e do mal e, como mencionei, não culpe
um espírito maligno por tudo. Esses excessos chamam mais a atenção para o inimigo do que
para Deus e Seu reino.
Discernindo a possessão demoníaca
Uma das áreas em que se deve ter muito cuidado é a possessão demoníaca. Quando uma
pessoa está possuída por demônios, o espírito maligno assume o controle total do espírito,
mente e corpo. Um exemplo está registrado em Marcos 5:1-9:
"E eles passaram para o outro lado do mar, para o país dos gadarenos. E quando ele
saiu do barco, imediatamente saiu dos túmulos um homem com um espírito imundo,
que morava entre os sepulcros; e ninguém podia prendê-lo, não, nem com correntes:
porque muitas vezes ele tinha sido preso com grilhões e correntes, e as correntes
haviam sido separadas por ele, e os grilhões quebrados em pedaços: nenhum homem
podia domar Ele estava sempre noite e dia nos montes e nos sepulcros, chorando e
ferindo-se com pedras, mas quando ele viu Jesus de longe, correu e o adorou, e clamou
em alta voz, e disse , Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-
te por Deus que não me atormentes. Pois ele lhe disse: Sai deste homem, espírito
imundo.
Este homem atormentado estava possuído por 2.000 espíritos imundos. Aqui estavam os
sinais de controle demoníaco:
• O homem estava atormentado em sua mente.
• O homem estava habitando entre os mortos (as tumbas).

• O homem estava se cortando (tentando se machucar ou tirar sua vida).
• O homem tinha força sobrenatural para quebrar correntes de ferro e grilhões de madeira.
• O homem não pôde ser domado ou controlado.
• O homem gritava continuamente em tormento.
Hoje, ele teria sido internado em uma clínica psiquiátrica, receberia medicação pesada e ficaria
sob vigilância de suicídio. Suas ações físicas de gritar, cortar-se, ficar acordado dia e noite e ser
incapaz de descansar eram sinais de outra força vivendo dentro de seu corpo. Jesus sabia que
era um espírito forte e perguntou seu nome. O demônio se autodenominava Legião. Nos dias
de Cristo, uma legião romana tinha 6.000 soldados de infantaria. Havia até 2.000 espíritos neste
homem; portanto, o demônio tomou o nome de Legião, ou muitos (Marcos 5:9).
Aqueles que acreditam que estão lidando com possessão demoníaca hoje, muitas vezes estão
lidando mais com alguém que é oprimido ou atormentado por um espírito, e não com possessão
demoníaca real. Em um avivamento, anos atrás, vi uma multidão reunida em torno de uma
jovem. Ela estava chorando e gritando enquanto as pessoas tentavam expulsar um espírito
dela. Entrei no círculo e percebi que algo estava errado. Eu disse ao pessoal para se afastar
dela e não tocá-la. Sussurrei em seu ouvido e disse: "Você é cristã?" Ela disse sim." Eu
perguntei: "O que você está fazendo?" Ela respondeu,
"Eles me disseram que eu tinha um demônio." Eu disse: "E você?" Ela disse: "Não, pregador,
mas estou com tanto medo que estou chorando e eles acham que é um espírito me
atormentando." Eu disse: "Levante-se e comece a louvar ao Senhor". Ela obedeceu e começou a se alegrar.
O discernimento permite que uma pessoa detecte a fonte por trás do conflito.
Uma forte luta espiritual pode ser o resultado de: 1. Conflitos autoprovocados criados por más
decisões; 2. Conflitos indesejados criados por pessoas que trabalham na oposição; ou 3.
Espíritos inibidores capitalizando más decisões ou conflitos criados por pessoas.
Nunca culpe o diabo por uma má decisão. Seja grato quando fizer as escolhas certas e admita
quando não o fez.
Lembre-se de que nem todo mundo vai gostar de você. Mesmo que você faça tudo ao seu
alcance para ser aceito, em algum momento a personalidade de alguém vai entrar em conflito
com a sua. Por exemplo, às vezes um colega de trabalho ciumento pode tornar sua vida
miserável. O rei Saul tinha ciúmes de Davi e, em certa ocasião, tentou prendê-lo na parede
com um dardo. Davi escapou, mas o ciúme abriu uma porta para um espírito maligno que
atacou e atormentou o rei Saul. Seu único alívio veio quando David tocou harpa no palácio. É
possível encontrar um espírito através de alguém que se opõe a você. Novamente, isso requer
discernimento para determinar se é um espírito ou simplesmente a carne.
Como vimos com o apóstolo Paulo, o inimigo usará tanto pessoas carnais quanto certas
circunstâncias como uma abertura para trabalhar contra você.
Capítulo 10
O que eu aprendi
A vida cristã é uma vida de justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Romanos 14:17). É
também uma corrida que premiará quem conseguir cruzar a linha de chegada (Hebreus
12:1-2). Essa caminhada também é um conflito no qual devemos estar armados com a
armadura de Deus (Efésios 6:12-18).
Aqui está o que eu aprendi:
• O reino de Satanás não tem mais poder, mas tem muita experiência.
O inimigo é um guerreiro experiente, tendo enganado um terço dos anjos de Deus para segui-
lo (Apocalipse 12:4). Por 6.000 anos, ele testou todas as armas e estratégias conhecidas
contra alguns dos servos escolhidos de Deus.
• O reino de Satanás não tem mais poder, mas é bem organizado.

Se os cristãos estão pregando a partir da mesma Bíblia, então por que existem tantas
denominações que não concordam ou se dão muito bem umas com as outras?
Afirmamos ter o poder, mas o adversário está mais bem organizado.
O reino de Satanás está unido em oposição ao reino de Deus.
• O reino de Satanás pode iniciar um ataque, mas não pode determinar o

resultado.
Este é um fato importante. Deus nunca revela ao inimigo o resultado final do seu
conflito. O inimigo pode planejar e apresentar um ataque contra você, mas não pode
determinar quando ou como o Senhor o tirará de lá.
Também descobri o poder que se multiplica quando dois ou três concordam. As

batalhas mais fortes contra os poderes demoníacos que enfrentei ocorreram entre os
dezoito e os vinte e dois anos. Eu vi uma mudança drástica depois que me casei com
Pam. Eu me perguntei por que, então me lembrei das seguintes Escrituras:
"E, se alguém prevalecer contra ele, os dois lhe resistirão; e o cordão de três
dobras não se rompe facilmente."
Eclesiastes 4:12
"Como um perseguiria mil, e dois colocariam dez mil em fuga, a menos que sua
Rocha os tivesse vendido, e o SENHOR os tivesse fechado."
Deuteronômio 32:30
Pam e eu havíamos feito um pacto matrimonial. Éramos duas pessoas, mas nos
tornamos uma só carne e um só espírito. O nível de nossa autoridade espiritual foi
multiplicado dez vezes depois que nos casamos. Essa multiplicação nos deu mais
autoridade sobre os poderes do inimigo. Em vez de um orando, havia dois. Em vez de
um jejum, houve dois. Jesus enviou seus discípulos dois a dois porque "dois lhe
resistirão" (Eclesiastes 4:12).
Para concluir
Pela primeira vez na imprensa, compartilhei com vocês várias histórias e testemunhos
pessoais. Eu fiz isso por duas razões: 1. Para ajudá-lo a ver que mesmo os ministros que
carregam um chamado de Deus em suas vidas passam pelas mesmas provações que outras
pessoas passam; e 2. Para ajudá-lo a entender como o inimigo funciona e como você pode
vencê-lo com armas espirituais.
Conforme você cresce na graça e no conhecimento de Deus, você aprenderá pelo exemplo,
pela experiência e pelo uso da Palavra de Deus, como lidar com cada nova prova e prova
que virá. Nós temos o conhecimento. temos 88
O que eu aprendi
as armas espirituais. Tudo o que precisamos é de paciência para sobreviver à provação do

inimigo. Por meio de Cristo, podemos ter tudo o que precisamos para ser um vencedor!
VINTE E CINCO ANOS DE MEMÓRIAS
Eu tinha mais ou menos essa idade na época do acidente de carro em 1961

Aos 18 anos, passando um tempo em oração atrás do acampamento de Roanoke, Virgínia.
Os primeiros reavivamentos continuaram por muitas semanas, muitas vezes com multidões transbordando.
Reunião de avivamento na Romênia. Foi na Romênia que as três mulheres deram a Perry as advertências
proféticas.
O reverendo Jim Angle (à direita) foi um grande encorajamento durante meu

ministério inicial.
Este foi o avivamento onde o espírito impeditivo se manifestou.
Foi durante um reavivamento em uma tenda que os parceiros do ministério oraram

e Perry recebeu o avanço.
O avivamento de quatro semanas em Tuscaloosa, Alabama, onde Perry e Pam se conheceram.
Aniversário do primeiro ano de Pam & Perry.
Uma das primeiras reuniões campais estaduais onde ministramos em 1986.
O material de recurso está agora em todo o mundo!

No set do Manna Fest com Joe Van Koevering.
Corações mudados são o objetivo do ministério!
Aos nossos amigos e parceiros
Este livro é dedicado aos nossos muitos amigos e parceiros que estiveram conosco ao
longo de nosso ministério. Aqueles de vocês que estão conosco desde os primeiros anos
se lembrarão de algumas das experiências que compartilhei neste livro. O conhecimento
que adquirimos em uma variedade de experiências espirituais torna-se parte do material de
ensino que ajudou milhares de pessoas.
Este ano, ao celebrarmos nosso vigésimo quinto ano de ministério em tempo integral, nosso
amor e gratidão vão para aqueles de vocês que estiveram conosco em oração e com apoio
financeiro. Nossa oração é que o Senhor o abençoe ricamente, o proteja, dirija seus passos
e lhe dê favor.
O SENHOR te abençoe e te guarde:
O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre

ti, e tenha misericórdia de ti:
O SENHOR levante o seu rosto sobre
ti, e te dê a paz.
(Números 6:24-26)
Índice
Introdução................................................. ..........................
1 Entrando no Mundo Espiritual...........................................
2 Seis Meses de Tormento .......................
3 Espíritos Demoníacos em Atribuição...........................
4 O Espinho na Carne .......................
5 O Sonho das Quatro Portas..............
6 Quando Deus permite um espírito de impedimento.........
7 novos níveis, novos demônios..........................................
8 Lidando com o Inimigo..............................
9 Discernindo o Conflito............................................. .......
10 O que aprendi.................................................. ........
Vinte e Cinco Anos de Memórias..............................

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TRATANDO COM ESPÍRITOS DIFÍCEIS

Quando a guerra se torna sobrenatural

Por Perry Stone, Jr.

Capítulo 1 Entrando no Mundo Espiritual

Capítulo 2 Seis meses de tormento

Capítulo 3 Espíritos Demoníacos em Atribuição

Capítulo 4 O espinho na carne

Capítulo 5 O Sonho das Quatro Portas

Capítulo 6 Quando Deus permite um espírito de impedimento

Capítulo 7 Novos níveis, novos demônios

Capítulo 8 Lidando com o inimigo

Capítulo 9 Discernindo o conflito

Capítulo 10 O que eu aprendi

Vinte e cinco anos de memórias

Sem a instrução adequada de ministros experientes, eu poderia ter ficado sobrecarregado

Naquela época, encontrei o lado sobrenatural da guerra espiritual.

Depois de seis meses de tormento, finalmente recebi várias revelações do Senhor de

Recentemente, enquanto examinava pilhas de anotações de sermões antigos e pepitas

Você descobrirá que um espírito de impedimento atingiu um dos grandes apóstolos

Perry Stone, Jr.

Fundador e Presidente, Voice of Evangelism, Inc.

Entrando no Mundo Espiritual

Anteriormente, eu pensava que qualquer um "chamado" para o ministério receberia a

O Chamado de Deus Atrai a Atenção do Inimigo

A tentativa de uma parteira

William começou a caminhar 13 quilômetros na neve para encontrar um médico. Depois

Um acidente de carro em 1961

Como o Inimigo Sabe Essas Coisas?

(Mateus 3:17). Imediatamente após este anúncio, o Espírito o conduziu ao deserto

"Esta incumbência te confio, filho Timóteo, de acordo com as profecias que te

Durante anos, as pessoas me disseram que quando começaram a declarar publicamente

Realmente não importa

"Pois os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento."

A vida consiste em conflitos, e os chamados espirituais atraem ataques espirituais.

Lembre-se de três coisas:

• Se você tem a atenção do inimigo, você também tem a atenção de Deus.

• Se Deus está com você, quem será contra você?

• Uma batalha sempre precede um avanço!

Seis meses de tormento

Tudo começou em uma pequena comunidade montanhosa em Weynoke, West Virginia.

as paredes pareciam estar se movendo em minha direção. Tudo que eu podia

Várias semanas depois, eu estava ministrando na igreja de meu avô em Gorman,

Voltando para casa em Salem, Virgínia, eu me entrincheirava no estudo e na

Na noite seguinte, a mesma presença sombria voltou a velar a atmosfera.

lidando com uma presença maligna que aparentemente ia e vinha à vontade.

Jamais esquecerei a noite em que a presença se tornou uma manifestação visível.

A Manifestação de um Espírito Maligno

Esses estranhos ataques tornaram-se mais frequentes. Eles incluíam zumbidos, a

Tarde da noite, a presença maligna entrou no quarto e me acordou.

Comecei a pensar que esses ataques eram sazonais e logo passariam.

Por que isso estava acontecendo comigo?

Uma possível explicação

Um pesquisador observou que o rugido de um leão pode realmente paralisar alguns

"Sede sóbrios, vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor,

O Senhor Entrou na Sala

"E não é de admirar; porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz."

Instantaneamente o tremor cessou e a imagem dessa face da maldade evaporou no

Isso foi em 1º de janeiro de 1979. Essas séries particulares de ataques nunca se

As Lições que Aprendi

Através da experiência descobri três coisas:

"Mas sem fé é impossível agradá-lo: porque é necessário que aquele que se