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Título: CONEXÃO DE MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA AO Código: Revisão:


SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO NT.31.020 04

SUMÁRIO

1 FINALIDADE ................................................................................................................................. 3
2 CAMPO DE APLICAÇÃO ............................................................................................................. 3
3 RESPONSABILIDADES................................................................................................................ 4
4 DEFINIÇÕES ................................................................................................................................. 5
5 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 10
6 ATENDIMENTO AO CLIENTE .................................................................................................... 12
6.1 Generalidades ............................................................................................................................ 12
6.2 Contratos .................................................................................................................................... 13
6.3 Responsabilidades por Danos ao Sistema Elétrico ............................................................... 13
6.4 Participação Financeira e Responsabilidades em Obras ...................................................... 14
6.5 Procedimentos de Acesso ........................................................................................................ 15
6.6 Solicitação de Acesso ............................................................................................................... 16
6.7 Parecer de Acesso (conforme PRODIST Módulo 3 Seção 3.7 item 2.5) ............................... 21
6.8 Obras ........................................................................................................................................... 24
6.9 Solicitação de Vistoria ............................................................................................................... 24
6.10 Vistoria ........................................................................................................................................ 25
6.11 Aprovação do Ponto de Conexão ............................................................................................ 25
6.12 Prazos.......................................................................................................................................... 25
6.13 Casos Omissos .......................................................................................................................... 25
7 CRITÉRIOS GERAIS PARA CONEXÃO À REDE ..................................................................... 27
7.1 Generalidades ............................................................................................................................ 27
7.2 Sistema de Compensação de Energia Elétrica ....................................................................... 27
7.3 Limites para Acesso de Microgeração Distribuída ................................................................ 35
8 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E OPERACIONAIS ............................................................... 38
8.1 Requisitos Gerais de Conexão (conforme PRODIST Módulo 3 Seção 3.7) ......................... 38
8.2 Requisitos Gerais de Proteção para Conexão ........................................................................ 39
8.3 Proteção contra curto-circuito ................................................................................................. 40
8.4 Proteção Anti-ilhamento............................................................................................................ 41
8.5 Requisitos de Qualidade e Compatibilidade com a Rede ...................................................... 41
8.6 Requisitos do Sistema de Medição .......................................................................................... 47
8.7 Requisitos de Operação e Segurança da Conexão ................................................................ 48
9 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ..................................................................................... 51
9.1 Características do sistema de distribuição da Concessionária em baixa tensão. ............. 51
9.2 Conexão de geradores por meio de inversores...................................................................... 51
9.3 Conexão de geradores que não utilizam inversores .............................................................. 52
9.4 Padrão de entrada ...................................................................................................................... 53
10 ANEXO ......................................................................................................................................... 54

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11 CONTROLE DE REVISÕES........................................................................................................ 56
12 APROVAÇÃO .............................................................................................................................. 56

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1 FINALIDADE

Esta Norma Técnica tem como finalidade estabelecer os critérios e requisitos técnicos, para
acesso de unidades consumidoras (Acessantes), novas ou existentes, caracterizadas como
microgeração distribuída, que façam a adesão ao sistema de compensação de energia elétrica,
conectadas à rede de distribuição de energia elétrica em baixa tensão (BT) das Distribuidoras
(Acessadas) CELPA – Centrais Elétricas do Pará S/A e da CEMAR – Companhia Energética do
Maranhão, empresas do Grupo Equatorial Energia, doravante denominadas apenas de
Concessionária, de forma a facilitar o fluxo de informações e simplificar o atendimento a estes
consumidores.

Esta norma entra em vigor no dia 30 de junho de 2017, cancelando as revisões anteriores.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta norma aplica-se exclusivamente as unidades consumidoras, com sistemas conectados à


rede através de microgeração distribuída, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que
utilize fontes renováveis de energia elétrica ou cogeração qualificada, conforme regulamentação
da ANEEL, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades
consumidoras, participantes do sistema de compensação de energia elétrica, enquadradas como
individual, autoconsumo remoto, geração compartilhada e empreendimentos de múltiplas
unidades consumidoras, conforme itens 5.2 e 5.3, não sendo aplicada aos sistemas isolados de
fontes renováveis ou não e aos geradores particulares de BT de fontes não renováveis, onde
não é permitido paralelismo permanente com a rede elétrica da Concessionária. Os requisitos
técnicos para os geradores particulares, estão prescritos na norma técnica NT.31.009 -
CONEXÃO DE GERADORES PARTICULARES AO SISTEMA ELÉTRICO DA
CONCESSIONÁRIA, na sua última versão.

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3 RESPONSABILIDADES

3.1 Gerência de Normas e Padrões

Estabelecer as normas e padrões técnicos para elaboração de projeto e instalação de


microgeração distribuída, através de fontes renováveis, que façam a adesão ao sistema de
compensação de energia. Coordenar o processo de revisão desta norma.

3.2 Gerência de Expansão e Manutenção Rede de Distribuição (CEMAR) e Expansão e


Melhoria do Sistema Elétrico de Média e Baixa Tensão (CELPA)

Realizar as atividades relacionadas à expansão e manutenção no sistema de 15 e 36,2 kV e


atividades de aprovação de projetos e vistorias das Instalações de geradores de energia
elétrica particular. Participar o processo de revisão desta norma.

3.3 Gerência de Operação do Sistema Elétrico (CELPA e CEMAR)

Realizar as atividades relacionadas à análise de projetos para o parecer de acesso. Participar


do processo de revisão desta norma.

3.4 Gerência de Planejamento do Sistema Elétrico

Realizar as atividades relacionadas análise de informações para o parecer de acesso.


Participar do processo de revisão desta norma.

3.5 Gerência de Recuperação de Energia

Realizar as atividades relacionadas à vistoria, aprovação do ponto de conexão e substituição


do medidor. Participar do processo de revisão desta norma.

3.6 Gerência de Relacionamento com o Cliente

Realizar as atividades de relacionadas com o atendimento ao cliente de acordo com as regras


e recomendações definidas neste instrumento normativo. Participar do processo de revisão
desta norma.

3.7 Projetistas e Empresas que realizam serviços na área de concessão da


CONCESSIONÁRIA

Realizar suas atividades de acordo com as regras e recomendações definidas neste


instrumento normativo.

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4 DEFINIÇÕES

4.1 Acessada

Distribuidora de energia elétrica em cujo sistema elétrico o Acessante conecta suas


instalações.

4.2 Acessante

Consumidor, central geradora, distribuidora, agente importador ou exportador de energia, cujas


instalações se conectem ao sistema elétrico de distribuição, individualmente ou associado a
outros. No caso desta norma, o termo Acessante se restringe a consumidores que possuam
geração de energia que façam a adesão ao sistema de compensação de energia.

4.3 Acesso

Disponibilização do sistema elétrico de distribuição para a conexão de instalações de unidade


consumidora, central geradora, distribuidora, ou agente importador ou exportador de energia,
individualmente ou associados, mediante o ressarcimento dos custos de uso e, quando
aplicável conexão.

4.4 Arranjo Fotovoltaico

Conjunto de módulos fotovoltaicos ou submódulos fotovoltaicos mecânica e eletricamente


integrados, incluindo a estrutura de suporte. Um arranjo fotovoltaico não inclui sua fundação,
rastreador solar, controle térmico e outros elementos similares.

4.5 Autoconsumo Remoto

Caracterizado por unidades consumidoras de titularidade de uma mesma Pessoa Jurídica,


incluídas matriz e filial, ou Pessoa Física que possua unidade consumidora com microgeração
ou minigeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras, dentro da mesma
área de concessão ou permissão, nas quais a energia excedente será compensada.

4.6 Célula Fotovoltaica

Dispositivo fotovoltaico elementar especificamente desenvolvido para realizar a conversão


direta de energia solar em energia elétrica.

4.7 Comissionamento

Ato de submeter equipamentos, instalações e sistemas a testes e ensaios especificados, antes


de sua entrada em operação.

4.8 Condições de acesso

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Condições gerais de acesso que compreendem ampliações, reforços e/ou melhorias


necessários às redes ou linhas de distribuição da acessada, bem como os requisitos técnicos e
de projeto, procedimentos de solicitação e prazos, estabelecidos nos Procedimentos de
Distribuição para que se possa efetivar o acesso.

4.9 Condições de conexão

Requisitos que o acessante obriga-se a atender para que possa efetivar a conexão de suas
Instalações ao sistema elétrico da acessada.

4.10 Consumidores de Baixa Tensão

Consumidores ligados ao sistema de energia elétrica da CONCESSIONÁRIA atendidos com


tensão de fornecimento na CELPA de 220/127 V (urbano) ou 254/127 V (rural) e na CEMAR de
380/220 V (urbano) ou 440/220 V (rural), faturados pelo Grupo “B”, Subgrupos B1 (residencial),
B2 (rural), B3 (demais classes) e B4 (iluminação pública).

4.11 Dispositivo de seccionamento visível

Caixa com chave seccionadora visível e acessível que a acessada usa para garantir a
desconexão da central geradora durante manutenção em seu sistema.

4.12 Distribuidora

Agente titular de concessão ou permissão federal para prestar o serviço público de distribuição
de energia elétrica, nas áreas de concessão da Concessionária.

4.13 Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras

Caracterizado pela utilização da energia elétrica de forma independente, no qual cada fração
com uso individualizado constitua uma unidade consumidora e as instalações para atendimento
das áreas de uso comum constituam uma unidade consumidora distinta, de responsabilidade
do condomínio, da administração ou do proprietário do empreendimento, com microgeração ou
minigeração distribuída, e desde que as unidades consumidoras estejam localizadas em uma
mesma propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas,
de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não integrantes do
empreendimento.

4.14 Geração Compartilhada

Caracterizada pela reunião de consumidores, dentro da mesma área de concessão ou


permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que
possua unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída em local diferente
das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada.

4.15 Geração Distribuída (GD)

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Centrais geradoras de energia elétrica, de qualquer potência, com instalações conectadas


diretamente no sistema elétrico de distribuição ou através de instalações de consumidores,
podendo operar em paralelo ou de forma isolada e despachadas – ou não – pelo ONS.

4.16 Grupo “B”

Grupamento composto de Unidades Consumidoras com fornecimento em tensão inferior a 2,3


kV, caracterizado pela tarifa monômia.

4.17 Ilhamento

Estado no qual uma porção da rede elétrica, contendo carga e geração, continua operando de
forma isolada do restante da rede. A geração e a carga podem ser qualquer combinação de
sistema de uso privado e pertencente a distribuidora, a situação do ilhamento deve ser evitada
pela distribuidora de energia elétrica (NBR IEC 62116:2012).

4.18 Informação de Acesso

A informação de acesso é a resposta formal e obrigatória da acessada à consulta de acesso,


com o objetivo de fornecer informações preliminares sobre o acesso pretendido.

4.19 Inspeção

Fiscalização da unidade consumidora, posteriormente à ligação, com vistas a verificar sua


adequação aos padrões técnicos e de segurança da distribuidora, o funcionamento do sistema
de medição e a confirmação dos dados cadastrais.

4.20 Instalações de conexão

Instalações e equipamentos com a finalidade de interligar as instalações próprias do a


cessante ao sistema de distribuição, compreendendo o ponto de conexão e eventuais
instalações de interesse restrito.

4.21 Inversor

Conversor estático de potência que converte a corrente contínua do gerador fotovoltaico em


corrente alternada apropriada para a utilização pela rede de energia elétrica.

4.22 Ligação Provisória

É aquela cujo fornecimento acontece em caráter provisório, em unidades consumidoras de


caráter não permanente localizadas na área de concessão da distribuidora, sendo o
atendimento condicionado a solicitação expressa do interessado e à disponibilidade de energia
elétrica. Podem ser classificadas como ligações provisórias: festividades, circos, parques de
diversões, exposições, obras ou similares.

4.23 Melhoria

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Instalação, substituição ou reforma de equipamentos em instalações de distribuição existentes,


ou a adequação destas instalações, visando manter a prestação de serviço adequado de
energia elétrica.

4.24 Microgeração distribuída

Central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e que
utilize cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, ou fontes renováveis de
energia elétrica, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades
consumidoras.

4.25 Módulo Fotovoltaico

Unidade básica formada por um conjunto de células fotovoltaicas, interligadas eletricamente e


encapsuladas, com o objetivo de gerar energia elétrica.

4.26 ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico

Entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL,
responsável pelas atividades de coordenação e controle da operação da geração e da
transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN).

4.27 Padrão de Entrada

É a instalação compreendendo o ramal de entrada, poste ou pontalete particular, caixas,


dispositivo de proteção, aterramento e ferragens, de responsabilidade do consumidor,
preparada de forma a permitir a ligação da unidade consumidora à rede da
CONCESSIONÁRIA.

4.28 Parecer de Acesso

O parecer de acesso é a resposta da solicitação de acesso, sendo o documento formal


obrigatório apresentado pela acessada onde são informadas as condições de acesso
(compreendendo a conexão e o uso) e os requisitos técnicos que permitam a conexão das
instalações do Acessante.

4.29 Potência Ativa

Quantidade de energia elétrica solicitada por unidade de tempo, expressa em quilowatts (kW).

4.30 Potência Disponibilizada

Potência que o sistema elétrico da distribuidora deve dispor para atender aos equipamentos
elétricos da unidade consumidora, segundo os critérios estabelecidos nesta Resolução e
configurada com base nos seguintes parâmetros:

4.30.1 Unidade Consumidora do grupo B: a resultante da multiplicação da capacidade nominal de

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condução de corrente elétrica do dispositivo de proteção geral da unidade consumidora pela


tensão nominal, observado o fator específico referente ao número de fases, expressa em
quilovolt-ampère (kVA).

4.31 Ponto de conexão

Conjunto de equipamentos que se destina a estabelecer a conexão na fronteira entre as


instalações da acessada e do Acessante. O ponto de conexão do acessante com microgeração
distribuída é o ponto de entrega da unidade consumidora, conforme definido em regulamento
específico.

4.32 Ponto de Entrega

Ponto de conexão do sistema elétrico da CONCESSIONÁRIA com as instalações elétricas da


Unidade Consumidora, caracterizando-se como o limite de responsabilidade do fornecimento.

4.33 Reforço

Instalação, substituição ou reforma de equipamentos em instalações de distribuição existentes,


ou a adequação destas instalações, para aumento de capacidade de distribuição, de
confiabilidade do sistema de distribuição, de vida útil ou para conexão de usuários.

4.34 Relacionamento Operacional

Acordo, celebrado entre proprietário de microgeração distribuída e acessada, que descreve e


define as atribuições, responsabilidades e o relacionamento técnico-operacional e comercial do
ponto de conexão e instalações de conexão.

4.35 Sistema de compensação de energia elétrica

Sistema no qual a energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração ou
minigeração distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e
posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica ativa.

4.36 Sistema de Geração Híbrido

Aquele que utiliza conjuntamente mais de uma fonte de energia, dependendo da


disponibilidade dos recursos energéticos locais, para geração de energia elétrica. A opção pelo
hibridismo é feita de modo que uma fonte complemente a eventual falta da outra.

4.37 Solicitação de Acesso

É o requerimento acompanhado de dados e informações necessárias a avaliação técnica de


acesso, encaminhado à Concessionária para que possa definir as condições de acesso. Esta
etapa se dá após a validação do ponto de conexão informado pela Concessionária ao
Acessante.

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4.38 Unidade Consumidora

Conjunto composto por instalações, ramal de entrada, equipamentos elétricos, condutores e


acessórios, incluída a subestação, quando do fornecimento em tensão primária, caracterizado
pelo recebimento de energia elétrica em apenas um ponto de entrega, com medição
individualizada, correspondente a um único consumidor e localizado em uma mesma
propriedade ou em propriedades contíguas.

5 REFERÊNCIAS

5.1 ABNT NBR 5410:2005 – Instalações elétricas de baixa tensão.


5.2 ABNT NBR 10899:2013 – Energia Solar Fotovoltaica – Terminologia.
5.3 ABNT NBR 11704:2008 – Sistemas Fotovoltaicos – Classificação.
5.4 ABNT NBR 16149:2013 – Sistemas Fotovoltaicos (FV) – Características da interface de
conexão com a rede elétrica de distribuição.
5.5 ABNT NBR 16274:2014 – Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede – Requisitos
mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de
desempenho.
5.6 ABNT NBR IEC 62116:2012 – Procedimento de Ensaio de Anti-Ilhamento para Inversores
de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica.
5.7 ANEEL (2016), Caderno Temático Micro e Minigeração Distribuída – Sistema de
Compensação de Energia Elétrica, 2ª Edição, 2016.
5.8 ANEEL (2010), Resolução Normativa Nº 414 – Estabelece as Condições Gerais de
Fornecimento de Energia Elétrica de forma atualizada e consolidada.
5.9 ANEEL (2012), Resolução Normativa Nº 482 – Estabelece as condições gerais para o
acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de
energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras
providências.
5.10 ANEEL (2015), Resolução Normativa Nº 687, de 24 de novembro de 2015. Altera a
Resolução Normativa nº 482, de 17 de abril de 2012, e os Módulos 1 e 3 dos
Procedimentos de Distribuição – PRODIST.
5.11 ANEEL (2012), Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional - PRODIST: Módulo 1 – Introdução: Revisão 8.
5.12 ANEEL (2012), Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional - PRODIST: Módulo 3 – Acesso ao Sistema de Distribuição: Revisão 6.
5.13 ANEEL (2010), Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional - PRODIST: Módulo 4 – Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição:
Revisão 1.
5.14 ANEEL (2011), Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico

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Nacional - PRODIST: Módulo 5 – Sistemas de Medição: Revisão 3.


5.15 ANEEL (2015), Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional - PRODIST: Módulo 6 – Informações Requeridas e Obrigações: Revisão 11.
5.16 ANEEL (2015), Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional - PRODIST: Módulo 8 – Qualidade da Energia Elétrica: Revisão 7.
5.17 Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Norma Regulamentadora Nº 10 (NR 10:2004) –
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.

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6 ATENDIMENTO AO CLIENTE

6.1 Generalidades

6.1.1 As informações necessárias para conexão ao Sistema de Distribuída podem ser obtidas,
através dos seguintes canais de comunicação:

 Site da CELPA (www.celpa.com.br) e site da CEMA (www.cemar116.com.br);


 Atendimento Corporativo CELPA (Belém, Castanhal, Marabá, Redenção, Santarém e
Altamira) ou Central de Atendimento Corporativo telefone 0800 280 3216 ou
atendimento_corporativo@celpa.com.br;
 Atendimento Corporativo CEMAR (São Luís, Bacabal, Timon e Imperatriz) ou Central de
Atendimento Corporativo telefone 0800 280 2800 ou corporativo@cemar-ma.com.br.

6.1.2 A conexão de microgeração não será realizada em instalações de caráter provisório, a não
ser que as alterações futuras possam ser efetuadas sem a necessidade de mudanças nas
instalações de conexão.

6.1.3 A conexão não poderá acarretar prejuízos ao desempenho e aos níveis de qualidade dos
serviços públicos de energia elétrica a qualquer consumidor, conforme os critérios
estabelecidos pelo Poder Concedente.

6.1.4 A Concessionária poderá interromper o acesso ao seu sistema quando constatar a ocorrência
de qualquer procedimento irregular ou deficiência técnica e/ou de segurança das instalações
de conexão que ofereçam risco iminente de danos a pessoas ou bens, ou quando se
constatar interferências, provocadas por equipamentos do acessante, prejudiciais ao
funcionamento do sistema elétrico da acessada ou de equipamentos de outros consumidores.

6.1.5 A Concessionária coloca-se à disposição para prestar as informações pertinentes ao bom


andamento da implantação da conexão, desde o projeto até sua energização, e
disponibilizará para o Acessante suas normas, especificações, padrões técnicos, além dos
requisitos de segurança e proteção.

6.1.6 Esta Norma poderá, em qualquer tempo e sem prévio aviso, sofrer alterações, no todo ou em
parte, motivo pelo qual os interessados deverão, periodicamente, consultar a Concessionária
quanto à sua aplicabilidade.

6.1.7 O Acessante, ou Representante Legal munido de procuração assinada e reconhecida em


cartório, deve dirigir-se ao Atendimento Corporativo da CELPA ou da CEMAR, para obter
todos os esclarecimentos de ordem comercial, técnica, legal e econômico-financeira,
necessários e relativos à implantação da geração distribuída.

6.1.8 A solicitação de acesso deve ser formalizada pelo usuário interessado, através de formulário
anexado junto a esta norma, disponibilizado no site da Concessionária, e nas Agências com

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Atendimento Corporativo.

6.1.9 Para os casos de empreendimento com múltiplas unidades consumidoras e geração


compartilhada, a solicitação de acesso deve ser acompanhada da cópia de instrumento
jurídico que comprove o compromisso de solidariedade entre os integrantes.

6.1.10 Para a solicitação de fornecimento inicial de unidade consumidora que inclua microgeração
distribuída, a CONCESSIONÁRIA deve observar os prazos estabelecidos na Seção 3.7 do
Módulo 3 do PRODIST para emitir a informação ou o parecer de acesso, bem como os
prazos de execução de obras previstos na Resolução Normativa nº 414, de 9 de setembro de
2010 (REN 482/12 art. 4º §5º).

6.1.11 Aplicam-se às unidades consumidoras participantes do sistema de compensação de energia,


de forma complementar, as disposições da Resolução Normativa nº 414, de 2010.

6.2 Contratos

6.2.1 Aplicam-se os procedimentos descritos na seção 3.6 do Módulo 3 do PRODIST, no que


couber.

6.2.2 Dispensa-se a assinatura dos contratos de uso e conexão na qualidade de central geradora
para os participantes do sistema de compensação de energia elétrica, nos termos da
regulamentação específica, sendo suficiente a emissão pela Concessionária do
Relacionamento Operacional para a microgeração, nos termos do Anexo I da seção 3.7 do
PRODIST.

6.2.3 O Relacionamento Operacional deve ser encaminhado pela Concessionária ao acessante em


anexo ao Parecer de Acesso e o acessante deve devolvê-lo, devidamente assinado e
reconhecido em cartório, no ato da solicitação de vistoria.

6.2.4 Caso sejam necessárias melhorias ou reforços na rede para conexão da microgeração
distribuída, a execução da obra pela Concessionária deve ser precedida da assinatura de
contrato específico com o interessado, no qual devem estar discriminados as etapas e o
prazo de implementação das obras, as condições de pagamento da participação financeira do
consumidor, quando couber, além de outras condições vinculadas ao atendimento.

6.2.5 A unidade consumidora que aderir ao sistema de compensação de energia elétrica da


distribuidora deve ser faturada conforme regulamentação específica para microgeração
distribuída e observada as Condições Gerais de Fornecimento, não se aplicando as regras de
faturamento de centrais geradoras estabelecidas em regulamentos específicos.

6.3 Responsabilidades por Danos ao Sistema Elétrico

6.3.1 Aplica-se o estabelecido no caput e no inciso II do art. 164 da Resolução Normativa nº 414 de
9 de setembro de 2010, no caso de dano ao sistema elétrico de distribuição

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comprovadamente ocasionado por microgeração distribuída incentivada.

6.3.2 Aplica-se o estabelecido no art. 170 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, no caso de o
consumidor gerar energia elétrica na sua unidade consumidora sem observar as normas e
padrões da Concessionária.

6.3.3 Caso seja comprovado que houve irregularidade na unidade consumidora, os créditos de
energia ativa gerados no respectivo período não poderão ser utilizados no sistema de
compensação de energia elétrica.

6.4 Participação Financeira e Responsabilidades em Obras

6.4.1 Todos os custos de montagem e a execução da instalação da unidade consumidora até o


padrão de entrada são de responsabilidade do acessante

6.4.2 Compete à distribuidora a realização de todos os estudos para a integração de microgeração


distribuída, sem ônus ao acessante.

6.4.3 Os custos de eventuais melhorias ou reforços no sistema de distribuição em função


exclusivamente da conexão de microgeração distribuída não devem fazer parte do cálculo da
participação financeira do consumidor, sendo integralmente arcados pela Concessionária,
exceto para o caso de geração compartilhada (REN 687/15 art. 3º).

6.4.4 A distribuidora é responsável técnica e financeiramente pelo sistema de medição para


microgeração distribuída, de acordo com as especificações técnicas do PRODIST, deve
adquirir, instalar, operar e manter o sistema de medição, sem custos para o acessante de
microgeração distribuída, incluindo os custos de eventual substituição (PRODIST Módulo 3
Revisão 6 Seção 3.7).

6.4.5 Os custos de adequação do sistema de medição para a conexão de geração compartilhada


são de responsabilidade do interessado. Tais custos correspondem à diferença entre os
custos dos componentes do sistema de medição requeridos para o sistema de compensação
de energia elétrica e dos componentes do sistema de medição convencional utilizados em
unidades consumidoras do mesmo nível de tensão.

6.4.6 A distribuidora deve adequar o sistema de medição e iniciar o sistema de compensação de


energia elétrica dentro do prazo para aprovação do ponto de conexão, conforme
procedimentos e prazos estabelecidos na seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST (REN 687/15
art. 8º).

6.4.7 Para conexão de nova unidade consumidora com microgeração ou aumento de potência
disponibilizada para minigeração distribuída, aplicam-se as regras de participação financeira
do consumidor definidas em regulamento específico. (REN 482/10 art. 5º)

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6.5 Procedimentos de Acesso

Consistem nas etapas de solicitação de acesso, parecer de acesso, solicitação de vistoria,


vistoria e aprovação do ponto de conexão para novos Acessantes ou alteração de
carga/geração, conforme fluxo descrito na Figura 1.

Figura 1 – Etapas de acesso de Microgeradores ao Sistema de Distribuição da CONCESSIONÁRIA

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6.6 Solicitação de Acesso

A solicitação de acesso é o requerimento formulado pelo acessante, com as informações


técnicas e básicas necessárias para os estudos pertinentes ao acesso, bem como os dados
que posteriormente serão enviados a ANEEL para fins de registro da unidade de geração.

6.6.1 Como Realizar a Solicitação de Acesso

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PASSO 1: Acessar o Site da Concessionária

A solicitação de acesso deve ser feita pelo site da concessionária, conforme o caminho abaixo:

http://www.celpa.com.br/corporativo/servicos/mini-e-micro-geracao/parecer-de-acesso (CELPA)

http://www.cemar116.com.br/corporativo/servicos/mini-e-micro-geracao/parecer-de-acesso
(CEMAR)

PASSO 2: Preencher os Dados do Solicitante e do Responsável Técnico

Figura 2 – Dados do Solicitante e Responsável Técnico

PASSO 3: Escolher o tipo de serviço

Figura 3 – Definição do tipo de serviço

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PASSO 4: Inserção de Documentos

Figura 4 – Inserção de Documentos

PASSO 4: Finalizar Solicitação

Figura 5 – Finalização da Solicitação de Acesso

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6.6.2 Apresentação dos Documentos Para a Solicitação de Acesso

6.6.2.1 Os arquivos dos desenhos de plantas, cortes, detalhes, vistas, diagramas, devem ser
apresentados em AutoCAD® versão 2004 em escala e formatos (A0, A1, A2, A3 e A4)
apropriados, com boa visualização na impressão para o procedimento de vistoria, os
arquivos em word e excel em PDF formato A4.
6.6.2.2 Todos os documentos necessários para a análise e aprovação do projeto, devem ser
apresentados e assinados em forma digital, pelo responsável técnico legalmente habilitado,
inseridos nos seus respectivos campos, conforme Figura 4, com tamanho máximo de 5 MB.
6.6.2.3 Os arquivos devem ser identificados com os nomes dos respectivos documentos, tais como:
ART, Memorial Técnico Descritivo, Diagrama Unifilar, Diagrama Funcional, Formulário de
Solicitação de Acesso, etc.

6.6.3 Documentos Necessários para a Solicitação de Acesso

6.6.3.1 Formulário de Solicitação de Acesso, conforme anexo I, desta Norma, disponível no site da
Concessionária, juntamente com a Norma atualizada.
6.6.3.2 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), devidamente assinada pelo contratante e
Responsável Técnico, emitida por profissional com registro ativo e competência técnica
devidamente atribuída pelo CREA.
6.6.3.3 Diagrama Unifilar da microgeração conectada à rede da CONCESSIONÁRIA, mostrando o
gerador (potência, tensão e corrente), inversor (potência, tensão e corrente), quadro de
distribuição, cargas (potência, tensão e corrente), sistema de proteção (TPs, TCs, relés,
disjuntores e fusíveis do lado CA e CC, DPS lado CA e CC, aterramento), disjuntor geral
(número de pólos e corrente), medidor, cabos (corrente) e quando for o caso, transformador
de acoplamento (número de fases, potência, tensão e correntes). No caso de inversor

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mostrar todas as proteções contempladas no mesmo. As informações de tensão devem ser


2
dadas em V, de corrente em A, de potência em W ou kW e de bitola de cabos em mm .
6.6.3.4 Diagrama de blocos mostrando gerador, inversor, cargas, proteção e medidor.
6.6.3.5 Memorial Técnico Descritivo, com as seguintes informações:
 Identificação da Unidade Consumidora;
 Dados do Ponto de Entrega: Tensão e Disjuntor de Entrada;
 Histórico de Consumo (kWh) dos últimos 12 meses;
 Descrição das cargas a serem atendidas;
 Levantamento da Carga Instalada e Demanda;
 Dimensionamento do Gerador, do Inversor, dos equipamentos de proteção CC e CA
(disjuntor, fusíveis, DPS), disjuntor de entrada e das chaves de isolamento da rede
(dispositivo de seccionamento visível – DSV) e dos condutores;
 Descrição do sistema de aterramento, equipotencializações;
 Descrição das funções de proteção utilizadas (sub e sobre tensão, sub e
sobrefrequência, sobrecorrente, sincronismo e anti-ilhamento) e seus respectivos
ajustes;
 Características Técnicas do Gerador e Inversores, tais como tensão (V), corrente (A),
potência (W e VA), fator de potência, Distorção Harmônica Total de corrente e tensão,
eficiência, dentre outras.
 Detalhes do padrão de entrada e do inversor, mostrando o acesso a caixa de medição e
ao inversor, detalhes da instalação e localização na unidade consumidora, dimensões da
caixa de medição.
6.6.3.6 Projeto Elétrico:
I) Planta de Situação
Geo-referenciada em UTM 22 (CELPA) ou UTM 23 (CEMAR), identificando a
localização da unidade consumidora, com as ruas adjacentes/delimitações, o ponto de
derivação da rede da CONCESSIONÁRIA, o ramal de ligação e o ponto de
entrega/conexão;
II) Diagrama Funcional do gerador ao medidor, mostrando as ligações, conexões,
comunicação e intertravamento entre os diversos equipamentos, incluindo o sistema de
proteção;
III) Arranjo Físico ou Layout dos equipamentos, mostrando a localização física e detalhes
de montagem dos equipamentos na unidade consumidora, incluindo: gerador, inversor,
quadro de distribuição, string box e caixa de medição;
IV) Manual com Folha de Dados (Datasheet) dos Inversores.
6.6.3.7 Certificados de Conformidade dos Inversores ou o número de registro de concessão do
INMETRO dos inversores para a tensão nominal de conexão com a rede. Estes certificados

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devem evidenciar que os inversores foram testados pelas Normas Nacionais e/ou
Internacionais aplicáveis.
6.6.3.8 Para os casos de empreendimento com múltiplas unidades consumidoras e geração
compartilhada, a solicitação de acesso deve ser acompanhada da cópia de instrumento
jurídico que comprove o compromisso de solidariedade entre os integrantes.
6.6.3.9 Documento que comprove o reconhecimento, pela ANEEL, no caso de cogeração
qualificada.
Tabela 1 – Documentos Obrigatórios para a Solicitação de Acesso de Microgeração Distribuída

Acima de
Documentos Obrigatórios Até 10 kW Observações
10 kW
1. Formulário de Solicitação de Acesso SIM SIM
2. ART do Responsável Técnico SIM SIM
3. Diagrama unifilar e de blocos do sistema de SIM, ver Até 10kW apenas o
SIM
geração, carga e proteção observações diagrama unifilar
4. Diagrama de blocos do sistema de geração, carga
NÃO SIM
e proteção
5. Memorial Técnico Descritivo SIM SIM
6. Projeto Elétrico, contendo: NÃO SIM
6.1. Planta de Situação
6.2. Diagrama Funcional
Itens integrantes do
6.3. Arranjos Físicos ou layout Projeto Elétrico
6.4. Manual com Folha de Dados (datasheet) dos
Inversores
7. Certificados de Conformidade dos Inversores ou o
número de registro de concessão do INMETRO dos
SIM SIM
inversores para a tensão nominal de conexão com a
rede
8. Dados necessários para registro da central
geradora conforme disponível no site da ANEEL: SIM SIM
www.aneel.gov.br/scg
Para autoconsumo
9. Lista de unidades consumidoras participantes do
consumo remoto, geração
sistema de compensação (se houver) indicando na
SIM, ver SIM, ver compartilhada e
porcentagem de rateio dos créditos e o
observações observações empreendimento de
enquadramento conforme incisos VI a VIII do art. 2º
múltiplas unidades
da Resolução Normativa nº 482/2012
consumidoras
Apenas para os casos de
10. Cópia de instrumento jurídico que comprove o empreendimentos com
SIM, ver SIM, ver
compromisso de solidariedade entre os Integrantes múltiplas unidades
observações observações
(se houver) consumidoras e geração
compartilhada.
Apenas os casos de
11.Documento que comprove o reconhecimento pela SIM, ver SIM, ver geração distribuída que
ANEEL observações observações utilize cogeração
qualificada

6.7 Parecer de Acesso (conforme PRODIST Módulo 3 Seção 3.7 item 2.5)

6.7.1 O parecer de acesso é o documento formal obrigatório apresentado pela acessada

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(Concessionária), sem ônus para o acessante, em que são informadas as condições de


acesso, compreendendo a conexão e o uso, e os requisitos técnicos que permitam a conexão
das instalações do acessante com os respectivos prazos, devendo indicar, quando couber:

I) As características do ponto de entrega, acompanhadas das estimativas dos respectivos


custos, conclusões e justificativas;
II) As características do sistema de distribuição acessado, incluindo requisitos técnicos,
tensão nominal de conexão, e padrões de desempenho;
III) Orçamento da obra, contendo a memória de cálculo dos custos orçados, do encargo de
responsabilidade da distribuidora e da participação financeira do consumidor;
IV) A relação das obras de responsabilidade da acessada, com correspondente
cronograma de implantação;
V) As informações gerais relacionadas ao local da ligação, como tipo de terreno, faixa de
passagem, características mecânicas das instalações, sistemas de proteção, controle e
telecomunicações disponíveis;
VI) O Relacionamento Operacional para microgeração;
VII) As responsabilidades do acessante;
VIII) Eventuais informações sobre equipamentos ou cargas susceptíveis de provocar
distúrbios ou danos no sistema de distribuição acessado ou nas instalações de outros
acessantes;
IX) Resposta da análise do projeto.

6.7.2 Não existindo pendências impeditivas por parte do acessante, que inviabilizem a conexão, a
Concessionária deve emitir o parecer de acesso e encaminhá-lo por escrito ao acessante,
sendo permitido o envio por meio eletrônico, nos seguintes prazos, contados a partir da data
de recebimento da solicitação de acesso:

I) Até 15 (quinze) dias, para microgeração distribuída, quando não houver necessidade de
melhorias ou reforços no sistema de distribuição acessado;
II) Até 30 (trinta) dias para microgeração distribuída, quando houver necessidade de
execução de obras de melhoria ou reforço no sistema de distribuição.

6.7.3 No caso de informações insuficientes por parte do acessante ou em desacordo com


exigências da regulamentação, a Concessionária deve notificar o acessante, formalmente e
de uma única vez, sobre todas as pendências a serem solucionadas, devendo o acessante
garantir o recebimento das informações pendentes pela Concessionária em até 15 (quinze)
dias, contados a partir da data de recebimento da notificação formal, sendo facultado prazo
distinto acordado entre as partes.

6.7.4 Se a deficiência das informações, mencionadas no item 6.7.3, caracterizem pendência


impeditiva para a continuidade do processo, o prazo estabelecido, no item 6.7.2, deve ser

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suspenso a partir da data de recebimento da notificação formal pelo acessante, devendo ser
retomado a partir da data de recebimento das informações pela distribuidora acessada.

6.7.5 Para conexão de microgeração distribuída em unidade consumidora existente sem


necessidade de aumento da potência disponibilizada, o Parecer de Acesso poderá ser
simplificado, indicando apenas as responsabilidades do acessante e encaminhando o
Relacionamento Operacional.

6.7.6 Compete à distribuidora a realização de todos os estudos para a integração de microgeração,


sem ônus ao acessante.

6.7.7 Análise do Projeto

6.7.7.1 O parecer de acesso inclui a resposta da análise do projeto elétrico. O projeto só será
analisado, se estiver com a assinatura eletrônica do projetista responsável, com registro
ativo no CREA, apresentando os documentos em conformidade com o item 6.6.3.
6.7.7.2 Para aprovação do parecer de acesso, o projeto deve obrigatoriamente, estar de acordo
com as normas e padrões da Concessionária, com as normas da ABNT e com as normas
expedidas pelos órgãos oficiais competentes.
6.7.7.3 Uma vez aprovado o projeto elétrico, a Concessionária informará ao cliente através do
Atendimento Corporativo, por carta de aprovação, que será encaminhada no e-mail
cadastrado na solicitação do cliente. Esta etapa pode ser acompanhada no site da
Concessionária.
6.7.7.4 Toda e qualquer alteração no projeto já aprovado no parecer de acesso, somente pode ser
feita através do responsável pelo mesmo, mediante consulta à Concessionária. Se durante
a execução for alterado o projeto da subestação, o cliente deverá se dirigir à Concessionária
e apresentar projeto complementar com as mudanças realizadas.
6.7.7.5 Após aprovação do projeto e execução das obras, o responsável pelo empreendimento
deve formalizar a solicitação de vistoria à Concessionária até 120 dias contatos a partir da
data do recebimento do parecer de acesso considerado em conformidade.
6.7.7.6 As partes do projeto não sujeitas à análise da Concessionária são de inteira
responsabilidade do projetista, devendo atender às recomendações das Normas Técnicas
Brasileiras.
6.7.7.7 Projetos que perderam a validade ou que foram reprovados, quando forem novamente
apresentados para análise, serão analisados mediante os critérios e padrões estabelecidos
na revisão vigente desta norma na data de sua reapresentação e somente serão aprovados
quando em conformidade com a norma vigente.

6.7.8 Relacionamento Operacional

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6.7.8.1 O Relacionamento Operacional referente ao acesso é enviado ao Acessante, juntamente


com o Parecer de Acesso e deve devolvido, devidamente assinado e reconhecido em
cartório, no ato da Solicitação de Vistoria.

6.8 Obras

Após a celebração do Relacionamento Operacional referente à conexão, serão executadas as


obras necessárias, vistoria das instalações e a conexão do microgerador.

Os equipamentos a serem instalados pelo acessante no ponto de conexão devem ser


obrigatoriamente aqueles homologados pela CONCESSIONÁRIA.

6.8.1 Obras de responsabilidade do Acessante

I) São de responsabilidade do Acessante as obras de conexão de uso restrito e as


instalações da unidade consumidora até o ponto de conexão. Sua execução somente
deverá iniciar após liberação formal da CONCESSIONÁRIA, através da emissão do
Parecer de Acesso e celebração do Relacionamento Operacional;

II) Todas as obras para a conexão deverão ser construídas segundo os padrões da
Concessionária, de acordo com os projetos aprovados na fase de Solicitação do Acesso;

III) As obras de conexão devem ser executadas observando-se as características técnicas,


normas, padrões e procedimentos específicos do sistema de distribuição da
Concessionária, além das normas da ABNT.

6.8.2 Obras de responsabilidade da CONCESSIONÁRIA

Cabe à CONCESSIONÁRIA a execução de obras de melhoria ou reforço em seu próprio


sistema de distribuição para viabilizar a conexão da microgeração distribuída, respeitando os
prazos estabelecidos na legislação vigente, sem custos para o cliente.

6.9 Solicitação de Vistoria

6.9.1 A solicitação de vistoria deve ser feita pelo Acessante à CONCESSIONÁRIA, no prazo
máximo de 120 dias após a emissão do parecer de acesso.

6.9.2 A inobservância do prazo, estabelecido para solicitação de vistoria implica na perda das
condições de conexão estabelecidas no parecer de acesso, exceto se um novo prazo for
pactuado entre as partes.

6.9.3 Uma vez aprovado a vistoria, a Concessionária através do Atendimento Corporativo informará
ao cliente sobre a aprovação, data de conexão e como proceder.

6.9.4 Toda e qualquer alteração no padrão já aprovado, somente pode ser feita através do
responsável pelo mesmo, mediante consulta e aprovação da CONCESSIONÁRIA.

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6.10 Vistoria

6.10.1 A vistoria deve ser realizada, pela Concessionária, até 7 (sete) dias após a sua solicitação.

6.10.2 Nos casos em que for necessária a execução de obras para o atendimento da unidade
consumidora com microgeração distribuída, o prazo de vistoria começa a ser contado a partir
do primeiro dia útil subsequente ao da conclusão da obra, conforme cronograma informado
pela Concessionária, ou do recebimento, pela Concessionária, da obra executada pelo
interessado.

6.10.3 Caso sejam detectadas pendências nas instalações da unidade consumidora com
microgeração distribuída que impeçam sua conexão à rede, a Concessionária deve
encaminhar ao interessado, por escrito, em até 5 (cinco) dias, o relatório contendo os
respectivos motivos e uma lista com todas as providências corretivas necessárias. O cliente
deverá regularizar todas as pendências no prazo acordado com a CONCESSIONÁRIA. A
solicitação de acesso perderá sua validade se o acessante não regularizar as pendências no
prazo estipulado

6.10.4 Após regularizar das pendências, o responsável pelo empreendimento deverá formalizar a
nova solicitação de vistoria junto à CONCESSIONÁRIA. A partir desta data serão contados os
prazos segundo a legislação vigente.

6.11 Aprovação do Ponto de Conexão

A Concessionária deve emitir a aprovação do ponto de conexão, liberando-o para sua efetiva
conexão, no prazo de até 7 (sete) dias a partir da data de realização da vistoria na qual se
constate a adequação das instalações de conexão da microgeração distribuída.

6.12 Prazos

Os prazos estabelecidos pela Concessionária para cada item abaixo são regidos pela
regulamentação estabelecida pela ANEEL.

6.12.1 Prazos e Validade

I) Emissão do Parecer de Acesso: 15 (trinta) dias ou 30 (sessenta) dias quando necessitar


de obras de reforço ou melhoria, contados a partir da data da solicitação de acesso;
II) Validade do Parecer de acesso: 120 (cento e vinte) dias a partir da sua emissão;
III) Solicitação de Vistoria: até 120(cento e vinte) dias após a emissão do parecer de acesso;
IV) Realização da Vistoria: até 7 (sete) dias após sua solicitação;
V) Entrega do Relatório da Vistoria: até 5 (cinco) dias após a realização da vistoria;
VI) Aprovação do Ponto de Conexão: até 7 (dias) após a realização da vistoria.

6.13 Casos Omissos

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Os casos omissos a esta Norma Técnica, ou aqueles que pelas características excepcionais
exijam estudos especiais, serão objeto de análise prévia e decisão por parte da
Concessionária, que tem o direito de rejeitar toda e qualquer solução que não atenda às
condições técnicas exigidas pela mesma.

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7 CRITÉRIOS GERAIS PARA CONEXÃO À REDE

7.1 Generalidades

7.1.1 O ponto de conexão do acessante com microgeração distribuída é o ponto de entrega da


unidade consumidora, conforme definido em regulamento específico (PRODIST Módulo 3
Seção 3.7 Item 3.1).

7.1.2 Todo e qualquer acesso de central geradora classificada como microgeração distribuída, de
fontes renováveis ou cogeração qualificada à rede de distribuição, deve ser precedido de
parecer de acesso e projeto aprovado pela CONCESSIONÁRIA.

7.1.3 A quantidade de fases e o nível de tensão de conexão da central geradora serão definidos
pela CONCESSIONÁRIA, conforme suas normas de fornecimento de energia elétrica, em
função das características técnicas da rede e em conformidade com a regulamentação
vigente (PRODIST Módulo 3 Seção 3.7 Item 4.2).

7.2 Sistema de Compensação de Energia Elétrica

7.2.1 Sistema no qual a energia ativa (kWh) injetada por unidade consumidora com microgeração
distribuída é cedida, por meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente
compensada com o consumo de energia elétrica ativa.

7.2.2 Podem aderir a este sistema, os consumidores responsáveis por unidade consumidora, com
microgeração distribuída, integrantes de empreendimentos de múltiplas unidades
consumidoras, caracterizado como geração compartilhada e caracterizado como
autoconsumo remoto.

7.2.3 Unidade Consumidora com Microgeração Distribuída.

7.2.3.1 Unidade consumidora individual que possua uma microgeração distribuída conectada à rede
de distribuição de energia elétrica da Concessionária e a energia excedente é calculada
conforme expressão [1].
7.2.3.2 O faturamento deve considerar a energia consumida, deduzidos a energia injetada e
eventual crédito de energia acumulado em ciclos de faturamentos anteriores, por posto
tarifário, quando for o caso, sobre os quais deverão incidir todas as componentes da tarifa
em R$/MWh, conforme expressão [ 3 ].

7.2.4 Autoconsumo Remoto.

7.2.4.1 Caracterizado por unidades consumidoras de titularidade de uma mesma Pessoa Jurídica,
incluídas matriz e filial, ou Pessoa Física que possua unidade consumidora com
microgeração distribuída em local diferente das unidades consumidoras, dentro da mesma
área de concessão ou permissão, nas quais a energia excedente será compensada.

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7.2.4.2 A energia excedente é calculada conforme expressão [1] e o faturamento das unidades
beneficiadas, pelos créditos gerados pela unidade onde está instalada a microgeração
distribuída, é calculado conforme expressão [4].

7.2.5 Geração Compartilhada.

7.2.5.1 Caracterizada pela reunião ou associação de consumidores, dentro da mesma área de


concessão ou permissão, por meio de consórcio ou cooperativa, composta por pessoa física
ou jurídica, que possua unidade consumidora com microgeração distribuída em local
diferente das unidades consumidoras nas quais a energia excedente será compensada. O
excedente de energia é calculado conforme a expressão [1].
7.2.5.2 O consórcio ou a cooperativa é o titular de uma unidade consumidora com microgeração
distribuída e define, segundo critério próprio estabelecido entre os integrantes, através de
instrumento jurídico de solidariedade, o percentual de créditos proveniente da energia
excedente, que deve ser destinado a cada unidade consumidora que compõe o consórcio
ou a cooperativa.
7.2.5.3 O faturamento deve considerar a energia consumida, deduzidos o percentual de energia
excedente alocado a essa unidade consumidora e eventual crédito de energia acumulado
em ciclos de faturamentos anteriores, conforme a expressão [4], por posto tarifário, quando
for o caso, e a compensação dos créditos gerados num local distante daquele onde se
localizam as cargas cujo consumo será abatido deverá considerar apenas a Tarifa de
Energia - TE (R$/MWh), excluindo a parcela referente à Tarifa de Uso do Sistema de
Distribuição - TUSD (R$/MWh).

7.2.6 Integrante de empreendimento de múltiplas unidades consumidoras

7.2.6.1 Caracterizado pela utilização da energia elétrica de forma independente, no qual cada
fração com uso individualizado constitua uma unidade consumidora e as instalações para
atendimento das áreas de uso comum constituam uma unidade consumidora distinta, de
responsabilidade do condomínio, da administração ou do proprietário do empreendimento,
com microgeração distribuída, e desde que as unidades consumidoras estejam localizadas
em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de
vias públicas, de passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não
integrantes do empreendimento.
7.2.6.2 O excedente de energia gerado pela unidade onde está instalado a microgeração distribuída
é calculado conforme a expressão [2].
7.2.6.3 Os condôminos podem instalar um sistema de microgeração distribuída no condomínio e
utilizar os créditos para diminuir a fatura de suas unidades consumidoras. Esses créditos
devem ser divididos em porcentagens previamente acordadas, através de instrumento

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jurídico de solidariedade, e sobre eles devem incidir todas as componentes da tarifa em


R$/MWh.
7.2.6.4 Os créditos gerados pela microgeração instalada no condomínio, podem ser divididos pelos
condôminos sem a necessidade de se abater o consumo total da área comum, cabendo ao
titular da unidade consumidora Condomínio, definir o percentual de rateio dos créditos
dentre os integrantes do condomínio (Caderno Temático ANEEL).
7.2.6.5 Como nos condomínios o excedente de energia ativa é igual a própria energia injetada na
rede, conforme expressão [2], portanto não sendo feito o balanço de energia ativa (diferença
entre consumo e geração), o consumidor pode optar pela instalação de dois medidores
unidirecionais ao invés de um bidirecional, de forma a medir a energia gerada e a
consumida separadamente. Esta é uma boa alternativa, pois a carga da área comum
(cliente condomínio) pode ser superior à energia gerada e, nesse caso, não haveria injeção
de energia na rede, inviabilizando a alocação dos créditos entre os condôminos (Caderno
Temático ANEEL).
7.2.6.6 O faturamento dos beneficiados pelo excedente de energia ativa, deve considerar a energia
consumida, deduzidos o percentual de energia excedente alocado a unidade consumidora e
eventual crédito de energia acumulado em ciclos de faturamentos anteriores, por posto
tarifário, quando for o caso, sobre os quais devem incidir todas as componentes da tarifa em
R$/MWh, conforme expressão [4]:

7.2.7 Não podem aderir ao sistema de compensação de energia elétrica os consumidores livres ou
especiais e os consumidores nos casos em que for detectado, no documento que comprova a
posse ou propriedade do imóvel onde se encontra instalada a microgeração distribuída, que o
consumidor tenha alugado ou arrendado terrenos, lotes e propriedades em condições nas
quais o valor do aluguel ou do arrendamento se dê em reais por unidade de energia elétrica
(REN 482/15 art. 6-A).

7.2.8 Para fins de compensação, a energia ativa injetada no sistema de distribuição pela unidade
consumidora será cedida a título de empréstimo gratuito para a Concessionária, passando a
unidade consumidora a ter um crédito em quantidade de energia ativa a ser consumida por
um prazo de 60 (sessenta) meses (REN 482/12 art. 1º §1º alterado pela REN 687/15 art. 4º).

7.2.9 O excedente de energia é a diferença positiva entre a energia injetada e a consumida, exceto
para o caso de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras, em que o excedente é
igual à energia injetada, conforme a expressão [1] abaixo.

EE = (EI - EC) [1]

Onde:
EE = Excedente de Energia, em kWh

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EI = Energia injetada na RD pela unidade consumidora, em kWh;


EC = Energia consumida pela unidade consumidora em kWh.
Os créditos são gerados na seguinte situação:
EI > EC → EE > 0, energia injetada maior que a consumida, gera créditos por
excedente de energia;
EI < EC → EE < 0, energia consumida maior que a injetada, não gera créditos;
EI = EC → EE = 0, energia injetada igual a consumida, não gera créditos.

7.2.10 O excedente de energia, conforme item 7.2.9, é a diferença positiva entre a energia injetada e
a consumida, exceto para o caso de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras,
em que o excedente é igual à energia injetada, conforme a expressão [2] abaixo.

EEEMUC = EIEMUC [2]

Onde:
EEEMUC = Excedente de Energia no EMUC, em kWh
EIEMUC = Energia injetada na RD pela unidade consumidora geradora no EMUC, em
kWh.

7.2.11 O excedente de energia que não tenha sido compensado na própria unidade consumidora
pode ser utilizado para compensar o consumo de outras unidades consumidoras, observando
o enquadramento como empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, geração
compartilhada ou autoconsumo remoto.

7.2.12 Para as unidades consumidoras conectadas em baixa tensão (grupo B), ainda que a energia
injetada na rede seja superior ao consumo, será devido o pagamento mínimo referente ao
custo de disponibilidade – valor em reais equivalente a 30 kWh (monofásico), 50 kWh
(bifásico) ou 100 kWh (trifásico) (Caderno Temático Item 4.1).

7.2.13 A energia ativa injetada em determinado posto tarifário (ponta ou fora de ponta), deve ser
utilizada para compensar a energia ativa consumida nesse mesmo posto tarifário, se após
esta compensação ainda houver excedente, os créditos de energia ativa devem ser utilizados
para compensar o consumo em outro posto horário, na mesma unidade consumidora e no
mesmo ciclo de faturamento, conforme determinado pelo acessante.

7.2.14 Para a unidade consumidora onde está instalada a microgeração, o valor a ser faturado é a
diferença positiva entre a energia consumida e a injetada, considerando-se também eventuais
créditos de meses anteriores, sendo que caso esse valor seja inferior ao custo de
disponibilidade, para os consumidores do Grupo B (baixa tensão), será cobrado o custo de
disponibilidade, conforme a expressão [3] abaixo.

Fatura = (EC - EI - CA) x TE [3]

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Onde:
EC = Energia consumida pela unidade consumidora onde está instalada a
microgeração, em kWh;
EI = Energia injetada na RD pela unidade consumidora onde está instalada a
microgeração, em kWh;
CA = Créditos de energia ativa acumulados e não utilizados em ciclos de faturamento
anteriores, em kWh.
TE = Tarifa de energia em R$/MWh ou R$/kWh
O consumo faturado será da seguinte forma:
Se EC – EI – CA > Custo de Disponibilidade (30 ou 50 ou 100 kWh) → Cliente paga
o consumo referente ao resultado da operação EC – EI – CA;
Se EC – EI – CA < Custo de Disponibilidade (30 ou 50 ou 100 kWh) → Cliente paga
o consumo referente ao Custo de Disponibilidade (30 ou 50 ou 100 kWh) e os
créditos gerados neste ciclo são acumulados para os próximos ciclos tarifários.

A Figura 6, um exemplo baseado no caderno temático da ANEEL, sobre a forma de utilização


dos créditos para compensação na fatura de uma microgeração individual, para um
consumidor trifásico, custo de disponibilidade 100 kWh, sem taxa de iluminação pública e a
incidência de impostos na tarifa.

Figura 6 – Exemplo de utilização de créditos para microgerador individual

7.2.15 Para o caso de unidade consumidora em local diferente de onde está instalada a
microgeração, o faturamento deve considerar a energia consumida, deduzidos o percentual
de energia excedente alocado a essa unidade consumidora e eventual crédito de energia

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acumulado em ciclos de faturamentos anteriores, por posto tarifário, quando for o caso, e a
compensação dos créditos gerados num local distante daquele onde se localizam as cargas
cujo consumo será abatido deverá considerar apenas a Tarifa de Energia – TE (R$/MWh),
excluindo a parcela referente à Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD (R$/MWh),
conforme expressão [4] abaixo.

Fatura = (EC - PE - PA) x TE [4]


Onde:
EC = Energia consumida pela unidade consumidora beneficiada pelos créditos gerados
pela microgeração que está instalada em outro local, em kWh;
PE = Percentual de crédito de energia gerado pela microgeração instalada em outra
localidade, convertidos em kWh;
PA = Percentual de créditos de energia ativa acumulados e não utilizados em ciclos de
faturamento anteriores, convertidos em kWh.
TE = Tarifa de energia em R$/MWh ou R$/kWh
O consumo faturado será da seguinte forma:
Se EC – EI – CA > Custo de Disponibilidade (30 ou 50 ou 100 kWh) → Cliente paga
o consumo referente ao resultado da operação EC – EI – CA;
Se EC – EI – CA < Custo de Disponibilidade (30 ou 50 ou 100 kWh) → Cliente paga
o consumo referente ao Custo de Disponibilidade (30 ou 50 ou 100 kWh) e os
créditos gerados neste ciclo são acumulados para os próximos ciclos tarifários;

A Figura 7, mostra um exemplo baseado no caderno temático da ANEEL, sobre a forma de


utilização dos créditos para compensação na fatura de um autoconsumo remoto, onde a UC1
é o microgerador e as unidades UC2 e UC3, são beneficiadas com alocação de créditos
provenientes do excedente de energia ativa gerados pela UC1, nos percentuais de 70% e
30%, respectivamente. Cada unidade é atendida com padrão trifásico e o custo de
disponibilidade é de 100 kWh. Não é considerada a taxa de iluminação pública e a incidência
de impostos na tarifa.

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Figura 7 – Exemplo de utilização de créditos para autoconsumo remoto

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7.2.16 O titular da unidade consumidora onde se encontra instalada a microgeração distribuída deve
definir o percentual da energia excedente que será destinado a cada unidade consumidora
participante do sistema de compensação de energia elétrica, podendo solicitar a alteração
junto à distribuidora, desde que efetuada por escrito, com antecedência mínima de 60
(sessenta) dias de sua aplicação e, para o caso de empreendimento com múltiplas unidades
consumidoras ou geração compartilhada, acompanhada da cópia de instrumento jurídico que
comprove o compromisso de solidariedade entre os integrantes.

7.2.17 Quando o crédito de energia acumulado em ciclos de faturamentos anteriores for utilizado
para compensar o consumo, não se deve debitar do saldo atual o montante de energia
equivalente ao custo de disponibilidade, aplicado aos consumidores do grupo B.

7.2.18 Para cada unidade consumidora participante do sistema de compensação de energia elétrica,
encerrada a compensação de energia dentro do mesmo ciclo de faturamento, os créditos
remanescentes devem permanecer na unidade consumidora a que foram destinados.

7.2.19 Para cada unidade consumidora participante do sistema de compensação de energia elétrica,
a compensação deve se dar primeiramente no posto tarifário em que ocorreu a geração e,
posteriormente, nos demais postos tarifários, devendo ser observada a relação dos valores
das tarifas de energia – TE (R$/MWh), publicadas nas Resoluções Homologatórias que
aprovam os processos tarifários, se houver.

7.2.20 Os créditos de energia ativa expiram em 60 (sessenta) meses após a data do faturamento e
serão revertidos em prol da modicidade tarifária sem que o consumidor faça jus a qualquer
forma de compensação após esse prazo.

7.2.21 Eventuais créditos de energia ativa existentes no momento do encerramento da relação


contratual do consumidor devem ser contabilizados pela Concessionária em nome do titular
da respectiva unidade consumidora pelo prazo máximo de 60 (sessenta) meses após a data
do faturamento, exceto se houver outra unidade consumidora sob a mesma titularidade e na
mesma área de concessão, sendo permitida, nesse caso, a transferência dos créditos
restantes.

7.2.22 Adicionalmente às informações definidas na Resolução Normativa nº 414, de 2010, a fatura


dos consumidores que possuem microgeração ou minigeração distribuída deve conter, a cada
ciclo de faturamento:

I) Informação da participação da unidade consumidora no sistema de compensação de


energia elétrica;
II) Saldo anterior de créditos em kWh;
III) Energia elétrica ativa consumida, por posto tarifário;
IV) Energia elétrica ativa injetada, por posto tarifário;

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V) Histórico da energia elétrica ativa consumida e da injetada nos últimos 12 ciclos de


faturamento;
VI) Total de créditos utilizados no ciclo de faturamento, discriminados por unidade
consumidora;
VII) Total de créditos expirados no ciclo de faturamento;
VIII) Saldo atualizado de créditos;
IX) A próxima parcela do saldo atualizado de créditos a expirar e o ciclo de faturamento em
que ocorrerá;

7.2.23 As informações descritas no item 7.2.22, podem ser fornecidas ao consumidor, a critério da
Concessionária, por meio de um demonstrativo específico anexo à fatura, correio eletrônico
ou disponibilizado pela internet em um espaço de acesso restrito, devendo a fatura conter,
nesses casos, no mínimo as informações definidas em I, III, IV e VIII do item 7.2.22.

7.2.24 Para as unidades consumidoras cadastradas no sistema de compensação de energia elétrica


que não possuem microgeração distribuída instalada, além da informação de sua participação
no sistema de compensação de energia, a fatura deve conter o total de créditos utilizados na
correspondente unidade consumidora por posto tarifário, se houver.

7.2.25 Os créditos são determinados em termos de energia elétrica ativa, não estando sua
quantidade sujeita a alterações nas tarifas de energia elétrica.

7.2.26 Para unidades consumidoras classificados na subclasse residencial baixa renda deve-se,
primeiramente, aplicar as regras de faturamento previstas nesta Norma, em seguida,
conceder os descontos conforme estabelecido na Resolução Normativa nº 414, de 2010.

7.2.27 A cobrança das bandeiras tarifárias deve ser efetuada sobre o consumo de energia elétrica
ativa a ser faturado, nos termos das normas pertinentes.

7.3 Limites para Acesso de Microgeração Distribuída

7.3.1 Limite de Potência

7.3.1.1 A potência instalada da microgeração distribuída, em kW, deve ser menor ou igual a 75 kW,
dentro deste limite deve ser no máximo igual a potência disponibilizada para a unidade
consumidora do Grupo B onde a central geradora será conectada.
7.3.1.2 A potência disponibilizada para unidades consumidoras do Grupo B, é a resultante da
multiplicação da capacidade nominal de condução de corrente elétrica do dispositivo de
proteção geral da unidade consumidora pela tensão nominal, observado o fator específico
referente ao número de fases, expressa em quilovolt-ampère (kVA) (REN 482/12 art. 4º
§1º), conforme expressão [5] e em kW conforme expressão [6].

IND x VN x NF
Potência Disponibilizada (kVA)= [5]
1000

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IND x VN x NF
Potência Disponibilizada (kW)= ( ) x FP [ 6 ]
1000
Onde:
IND = Corrente nominal do disjuntor de entrada (geral), em A;
VN = Tensão nominal de atendimento da unidade consumidora, em V;
NF = Fator referente ao número de fases da tensão de atendimento;
FP = Fator de potência da instalação

O exemplo abaixo é o mesmo ilustrado no Caderno Temático da ANEEL, para um


consumidor do grupo B, com disjuntor geral da unidade consumidora de 30 A (ampères), a
tensão de atendimento é de 220 V (volts) e instalação trifásica:
Potência disponibilizada = (30 A x 220 V x 3)/1000 = 19,8 kVA.
Assim, para o exemplo apresentado, considerando-se um fator de potência de 0,92 para a
instalação, pode-se instalar uma microgeração de até 18,216 kW (= 19,8 kVA x 0,92) nessa
unidade consumidora atendida em baixa tensão.

7.3.1.3 Caso o consumidor deseje instalar central geradora com potência superior ao limite definido
no item 7.1.2, deve solicitar o aumento da potência disponibilizada, nos termos do art. 27 da
Resolução Normativa nº 414, de 9 de setembro de 2010, sendo dispensado o aumento da
carga instalada (REN 482/12 art. 4º §2º).
7.3.1.4 O Acessante não deve dividir a central geradora em unidades menores para se enquadrar
nos limites de potência para microgeração ou minigeração distribuída, devendo a
CONCESSIONÁRIA identificar esses casos, solicitar a readequação da instalação e, caso
não atendido, negar a adesão ao Sistema de Compensação de Energia Elétrica (REN
482/12 art. 4º §3º).
7.3.1.5 Para definição do disjuntor geral da unidade consumidora, devem ser verificados os padrões
de entrada e valores definidos nas tabelas da norma da CONCESSIONÁRIA que trata do
fornecimento em energia elétrica em baixa tensão.
7.3.1.6 Para a determinação do limite da potência instalada da central geradora localizada em
empreendimento de múltiplas unidades consumidoras, deve-se considerar a potência
disponibilizada pela CONCESSIONÁRIA, para o atendimento do empreendimento (REN
482/12 art. 4º §4º alterado pela REN 687/15 art. 2º).
7.3.1.7 No caso dos empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras, a potência
disponibilizada pela CONCESSÁRIA, para atendimento ao empreendimento é e mesma
informada na Viabilidade Técnica do empreendimento.

7.3.2 Fontes de Energia Utilizadas

As centrais geradoras, classificadas como microgeração distribuída, devem utilizar fontes


renováveis de energia elétrica ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da

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ANEEL, conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades


consumidoras.

7.3.3 Materiais a Serem Utilizados

7.3.3.1 Os materiais utilizados no padrão de entrada devem ser, de fornecedores homologados pela
CONCESSIONÁRIA, em conformidade com a norma técnica de fornecimento de energia
elétrica em baixa tensão.
7.3.3.2 Para o caso de sistemas que se conectam à rede por meio de inversores, o acessante deve
apresentar certificados atestando que os inversores foram ensaiados e aprovados conforme
normas técnicas brasileiras ou normas internacionais, ou o número de registro da
concessão do Inmetro para o modelo e a tensão nominal de conexão constantes na
solicitação de acesso, de forma a atender aos requisitos de segurança e qualidade
estabelecidos no PRODIST Módulo 3 Secção 3.7.

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8 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E OPERACIONAIS

8.1 Requisitos Gerais de Conexão (conforme PRODIST Módulo 3 Seção 3.7)

8.1.1 A conexão à rede de distribuição da Concessionária, deve ser realizada em corrente


alternada com frequência de 60 (sessenta) Hz, através de fontes com ou sem utilização de
inversor e o acessante é o único responsável pela sincronização adequada de suas
instalações com o sistema de distribuição acessado

8.1.2 O paralelismo das instalações do acessante com a rede de distribuição da Concessionária


não pode causar problemas técnicos ou de segurança aos demais acessantes, ao sistema de
distribuição acessado e ao pessoal envolvido com a sua operação e manutenção.

8.1.3 A instalação do acessante, conectada ao sistema de distribuição, deve operar dentro dos
limites de qualidade de energia elétrica, estabelecidos no PRODIST Módulo 8 Seção 8.1.

8.1.4 As condições anormais de operação que podem surgir na rede elétrica de distribuição e
necessitam resposta do sistema de microgeração distribuída conectado a essa rede,
compreendem as variações de tensão e frequência acima ou abaixo dos limites definidos nos
itens 8.4 e 8.5 e a desconexão completa da rede, representando um potencial para a
formação de ilhamento de geração distribuída. Esta resposta serve para garantir a segurança
das equipes de manutenção da rede e das pessoas em geral, bem como para evitar danos
aos equipamentos conectados à rede, incluindo o próprio sistema de microgeração distribuída
(NBR 16149:2013).

8.1.5 Níveis de Tensão para Conexão

8.1.5.1 A quantidade de fases e o nível de tensão de conexão da central geradora serão definidos
pela CONCESSIONÁRIA, em função das características técnicas da rede e em
conformidade com a regulamentação vigente.
8.1.5.2 Os Acessantes devem ser interligados ao sistema elétrico de baixa tensão no mesmo ponto
de conexão da unidade consumidora.
Tabela 2 – Forma de Conexão em Função da Potência

CARGA INSTALADA DA POTÊNCIA DA FORMA DE


CONCESSIONÁRIA UC MICROGERAÇÃO CONEXÃO
≤ 10 kW ≤ 10 kW Monofásico
CELPA 10 kW a 15 kW 10 kW a 15 kW Bifásico
15 a 75 kW 15 a 75 kW Trifásico
≤ 12 kW ≤ 12 kW Monofásico
CEMAR
12 a 75kW 12 a 75 kW Trifásico

Nota 1: Para atendimento em configuração da rede de distribuição diferente da recomendada


(Radial), a Concessionária deverá realizar estudo prévio de viabilidade técnica;

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8.2 Requisitos Gerais de Proteção para Conexão

8.2.1 Requisitos Gerais

8.2.1.1 A função de proteção dos equipamentos pode ser executada por um dispositivo interno ao
inversor para as conexões que o utilizem como interface com a rede ou por dispositivos
externos para aquelas conexões que não utilizem inversor como interface.
8.2.1.2 Proteções Requeridas para Microgeração Distribuída
A Tabela 3, mostra os requisitos mínimos de proteção exigidos para as unidades
consumidoras, participantes do sistema de compensação de energia elétrica, que se
conectam à rede de baixa tensão através de uma microgeração distribuída (PRODIST
Módulo 3 Seção 3.7 Item 4 Tabela 1).

Tabela 3 – Requisitos de proteção


REQUISITO DE PROTEÇÃO POTÊNCIA INSTALADA ATÉ 75 kW
(I)
Elemento de desconexão Sim
(II)
Elemento de interrupção (52) Sim
(III)
Proteção de sub (27) e sobretensão (59) Sim
( III)
Proteção de sub (81U) e sobrefrequência (81O) Sim
(IV)
Relé de sincronismo (25) Sim
(V)
Anti-ilhamento Sim
(Vi)
Medição Sistema de Medição Bidirecional

I) Elemento de desconexão: Chave seccionadora visível e acessível que a acessada usa


para garantir a desconexão da central geradora durante manutenção em seu sistema,
exceto para microgeradores que se conectam à rede através de inversores;
II) Elemento de interrupção (52 – Disjuntor): Elemento de interrupção automático acionado
por proteção para microgeradores distribuídos;
III) Não é necessário relé de proteção específico, mas um sistema eletroeletrônico que
detecte tais anomalias e que produza uma saída capaz de operar na lógica de atuação
do elemento de interrupção;
IV) Não é necessário relé de sincronismo específico, mas um sistema eletroeletrônico que
realize o sincronismo com a frequência da rede e que produza uma saída capaz de
operar na lógica de atuação do elemento de interrupção, de maneira que somente ocorra
a conexão com a rede após o sincronismo ter sido atingido;
V) No caso de operação em ilha do acessante, a proteção de anti-ilhamento deve garantir a
desconexão física entre a rede de distribuição e as instalações elétricas internas à
unidade consumidora, incluindo a parcela de carga e de geração, sendo vedada a
conexão ao sistema da distribuidora durante a interrupção do fornecimento;
VI) O sistema de medição bidirecional deve, no mínimo, diferenciar a energia elétrica ativa

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consumida da energia elétrica ativa injetada na rede.


8.2.1.3 Nos sistemas que se conectam à rede através de inversores, os quais devem estar
instalados em locais apropriados e de fácil acesso, as proteções relacionadas na Tabela 3
podem estar inseridas nos referidos equipamentos, sendo a redundância de proteções
desnecessária para microgeração distribuída.
8.2.1.4 A acessada pode propor proteções adicionais, desde que justificadas tecnicamente, em
função de características específicas do sistema de distribuição acessado, sem custos para
microgeração distribuída.

8.2.2 Ajustes

Para os sistemas que se conectem à rede sem a utilização de inversores (centrais térmicas
ou centrais hidráulicas) os ajustes recomendados das proteções estabelecidas, são
apresentados na Tabela 4:

Tabela 4 – Ajustes recomendados das proteções


TEMPO MÁXIMO DE
REQUISITO DE PROTEÇÃO POTÊNCIA INSTALADA ATÉ 75 kW
ATUAÇÃO
Proteção de subtensão (27) 0,8 p.u. 5 seg
Proteção de sobretensão (59) 1,1 p.u. 5 seg
Proteção de subfrequência (81U) 59,5 Hz 5 seg
Proteção de sobrefrequência (81O) 60,5 Hz 5 seg
Relé de sincronismo (25) 10° / 10 % tensão / 0,3 Hz N/A
Anti-ilhamento (78 ou Rocoff df/dt) N/A

Nota 2: Ajustes diferentes dos recomendados acima devem ser avaliados para aprovação pela
Concessionária, desde que tecnicamente justificados;

8.2.3 Dispositivo de seccionamento visível (DSV)

8.2.3.1 O dispositivo de seccionamento visível (DSV) é um requisito de segurança, basicamente é


uma chave seccionadora, sua instalação será após a caixa de medição do padrão de
entrada, deve ter capacidade de condução e abertura compatível com a potência da
unidade consumidora.
8.2.3.2 É dispensada a instalação do DSV para microgeradores que se conectam à rede através de
inversores (geração eólica ou solar), porém a Concessionária recomenda sua instalação.

Nota 3: Chave seccionadora visível e acessível, recomendada pela CONCESSIONÁRIA, que a


acessada usa para garantir a desconexão da central geradora durante manutenção em seu
sistema;

8.3 Proteção contra curto-circuito

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O sistema de geração distribuída deve possuir dispositivo de proteção contra sobrecorrentes


(curto-circuiti), a fim de limitar e interromper o fornecimento de energia, bem como proporcionar
proteção à rede da CONCESSIONÁRIA e instalações internas contra eventuais defeitos a partir
do sistema de geração distribuída. Tal proteção deve ser coordenada com a proteção geral da
unidade consumidora, através de disjuntor termomagnético, localizado eletricamente após a
medição e deve ser instalado na posição vertical com o ramal de entrada conectado sempre
em seus bornes superiores, no padrão de entrada de energia da unidade consumidora.

8.4 Proteção Anti-ilhamento

8.4.1 O sistema de geração distribuída deve cessar o fornecimento de energia à rede em até 2
segundos após a perda da rede (ilhamento).

Nota 4: Os inversores aplicados em sistemas fotovoltaicos devem atender ao estabelecido na


ABNT NBR IEC 62116;

8.4.2 No caso de ilhamento, um sistema de microgeração distribuída conectado à rede, deve no


caso de interrupção de fornecimento de energia por parte da Concessionária, desconectar da
rede de distribuição da Concessionária, podendo manter apenas a alimentação de suas
cargas internas, em hipótese alguma a microgeração deve continuar injetando na rede da
Concessionária, quando a mesma não estiver fornecendo energia. A interrupção de
fornecimento pode ocorre por diversas situações, incluindo a atuação de proteções contra
faltas e a desconexão devido à manutenção (NBR 16149:2013).

8.4.3 Como o inversor é o elemento de conexão à rede, somente estará desconectado por
completo da rede elétrica em casos de serviço ou manutenção por meio da abertura de um
dispositivo de seccionamento adequado. Nas demais situações, injetando ou não energia na
rede, os circuitos de controle do inversor continuam conectados à rede para monitorar as
suas condições. Portanto, os termos “cessar o fornecimento à rede” ou “desconectar-se da
rede”, significam que o inversor não fica totalmente desconectado da rede, apenas deixa de
fornecer energia, por exemplo, durante um desligamento devido à perda da rede (NBR
16149:2013).

8.5 Requisitos de Qualidade e Compatibilidade com a Rede

A qualidade da energia fornecida pelos sistemas de microgeração distribuída às cargas locais e


à rede elétrica da Concessionária é regida práticas e normas referentes aos parâmetros de
tensão, cintilação, frequência, distorção harmônica e fator de potência, que devem ser medidos
na interface da rede/ponto de conexão comum, exceto quando houver indicação de outro
ponto, quando aplicável. O desvio dos padrões estabelecidos por essas normas caracteriza
uma condição anormal de operação, e os sistemas devem ser capazes de identificar esse
desvio e cessar o fornecimento de energia à rede da Concessionária.

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8.5.1 Injeção de Componente C.C. na Rede Elétrica

Caso o sistema não possua um transformador de isolamento que faça a separação galvânica
em 60 Hz, deve desconectar-se da rede em no máximo 1 s se a injeção de componente C.C.
na rede elétrica for superior a 0,5 % da corrente nominal do inversor. (NBR 16149:2013).

8.5.2 Tensão em Regime Permanente

A tensão contratada no ponto de conexão da unidade consumidora atendida em baixa tensão


(rede secundária de distribuição), também denominada tensão de referência (TR), poderá
sofrer variações conforme mostra a Tabela 5.

Tabela 5 – Ponto de conexão com tensão nominal em baixa tensão


Faixa de Variação da Tensão de Leitura (TL) em Relação à Tensão de Referência
Tensão Atendimento (TR)
(TA)
220/127 V 380/220 V
Adequada (202 ≤ TL ≤ 231) / (117 ≤ TL ≤ 133) (350 ≤ TL ≤ 399) / (202 ≤ TL ≤ 231)
(191 ≤ TL ≤ 202 ou 231 ≤ TL ≤ 233) / (331 ≤ TL ≤ 350 ou 399 ≤ TL ≤ 403) /
Precária
(110 ≤ TL ≤ 117 ou 133 ≤ TL ≤ 135) (191 ≤ TL ≤ 202 ou 231 ≤ TL ≤ 233)
(TL < 191 ou TL > 233) / (TL < 331 ou TL > 403) /
Crítica
(TL < 110 ou TL > 135) (TL < 191 ou TL > 233)

8.5.3 Variação de Tensão

8.5.3.1 Para sistemas fotovoltaicos, quando a tensão da rede, para sistemas monofásicos ou
polifásicos, sai da faixa de operação, a geração distribuída deve interromper o fornecimento
de energia à rede da Concessionária, conforme limites estabelecidos na Tabela 5 (NBR
16149:2013).
8.5.3.2 Todas as menções a respeito da tensão do sistema referem-se à tensão nominal da rede
local. As tensões padronizadas para a baixa tensão da CEMAR são: 380/220 V
(transformadores trifásicos) e 440/220 V (transformadores monofásicos) e para CELPA são:
220/127 V (transformadores trifásicos) e 127 V (transformadores monofásicos).
8.5.3.3 O sistema fotovoltaico deve perceber uma condição anormal de tensão e atuar de forma a
cessar o fornecimento à rede da Concessionária, quando os valores de tensões eficazes no
ponto de conexão não estiverem em conformidade com os valores estabelecidos na Tabela
6 (NBR 16149:2013).

Tabela 6 – Resposta às condições anormais de tensão

TENSÃO NO PONTO DE CONEXÃO COMUM (NOTA 5)


TEMPO MÁXIMO DE DESLIGAMENTO
(% em relação à VNOMINALl)

V < 80 % 0,4 s
80 % ≤ V ≤ 110 % Regime normal de operação

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110 % < V 0,2 s

Nota 5: O tempo máximo de desligamento refere-se ao tempo entre o evento anormal de tensão e a
atuação das proteções do sistema de geração distribuída, para cessar a injeção de energia elétrica
ativa na rede de distribuição da Concessionária. O sistema de microgeração distribuída deve
permanecer “conectado” à rede, a fim de monitorar os parâmetros da rede e permitir a
“reconexão” do sistema quando as condições normais forem restabelecidas;
Nota 6: Para sistemas de geração distribuída que não utilizam inversores como interface com a
rede, os tempos de atuação estão descritos na Tabela 6;

8.5.3.4 Os atrasos mostrados na Tabela 6, têm o propósito de garantir que distúrbios de curta
duração não interrompam a injeção de energia na rede, evitando desconexões excessivas e
desnecessárias, com isso o sistema fotovoltaico não deixa de fornecer energia à rede se a
tensão sair e voltar para a faixa de operação normal dentro do tempo máximo de
desligamento permitido (NBR 16149:2013).
8.5.3.5 É recomendável que o valor máximo de queda de tensão o inversor e o ponto de conexão,
que é o mesmo ponto de entrega, no padrão de entrada, seja levada em consideração (NBR
16149:2013).

8.5.4 Variação de Frequência

A microgeração deve operar em sincronismo com a rede elétrica e dentro dos limites de
variação de frequência definidos nas normas técnicas nacionais e/ou internacionais
pertinentes.

8.5.4.1 Microgeração com inversores

Para os sistemas que se conectem à rede através de inversores (tais como centrais solares,
eólicas ou microturbinas) devem ser seguidas as diretrizes abaixo:

I) Quando a frequência da rede de distribuição ficar abaixo de 57,5 Hz ou acima de 62


HZ, o sistema de geração distribuída deverá cessar o fornecimento de energia ativa à
rede elétrica da Concessionária em no máximo 0,2 s. O sistema somente deve se
reconectar à rede de distribuição, quando a frequência que caiu, subir para 59,9 Hz ou
quando a frequência que subiu, reduzir para 60,1 Hz, respeitando o tempo de
reconexão descrito no item 8.12.2. O gradiente de elevação da potência ativa injetada
na rede deve ser de até 20 % de PM por minuto (NBR 16149:2013)

II) Quando a frequência da rede ultrapassar 60,5 Hz e permanecer abaixo de 62 Hz, o


sistema de geração distribuída deve reduzir a potência ativa injetada na rede segundo
a equação (NBR 16149:2013):

∆P = [fREDE - (fNOMINAL + 0,5)] x R [ 7 ]

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Onde:

 ΔP - variação da potência ativa injetada (em %) em relação à potência ativa


injetada no momento em que a frequência excede 60,5 Hz (PM);
 fREDE – frequência da rede;
 fNOMINAL – é a frequência nominal da rede;
 R – taxa de redução desejada da potência ativa injetada (em %/Hz), ajustada em -
40 %/Hz. A resolução da medição de frequência deve ser ≤ 0,01 Hz.

III) Se, após iniciado o processo de redução da potência ativa, a frequência da rede
reduzir, o sistema de geração distribuída deve manter o menor valor de potência ativa
atingido (PM - ΔPMáximo) durante o aumento da frequência. O sistema de geração
distribuída só deve aumentar a potência ativa injetada quando a frequência da rede
retornar para a faixa 60 Hz ± 0,05 Hz, por no mínimo 300 segundos. O gradiente de
elevação da potência ativa injetada na rede deve ser de até 20 % de PM por minuto
(NBR 16149:2013).
IV) A Figura 8 ilustra a curva de operação do sistema fotovoltaico em função da frequência
da rede para a desconexão por sobre/subfrequência (NBR 16149:2013).

Figura 8 – Curva de operação do sistema de geração distribuída em função da frequência da rede para
desconexão por sobre/subfrequência (NBR 16149:2013).

P/PM
[%]

100

40

57,5 60,1 60,5 62


F
[Hz]

8.5.4.2 Microgeração sem inversores

Para os sistemas que se conectem à rede sem a utilização de inversores (centrais térmicas
ou centrais hidráulicas) a faixa operacional de frequência deverá estar situada entre 59,5 Hz
e 60,5 Hz. Os tempos de atuação estão descritos na Tabela 4.

8.5.5 Harmônicos e distorção da forma de onda

Os níveis aceitáveis de distorção harmônica de tensão e corrente dependem das


características da rede, do tipo de serviço, das cargas conectadas e dos procedimentos

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adotados na operação da rede (NBR 16149:2013).

8.5.5.1 Harmônicos de Tensão

A distorção harmônica total de tensão deve ser limitada aos valores indicados da Tabela 7.
Os valores de referências individuais, são descritos no PRODIST Seção 8.1, representam
os valores máximos toleráveis para cada acessante no ponto de conexão ao sistema de
distribuição.

Tabela 7 – Valores de referência das distorções harmônicas totais de Tensão

TENSÃO NOMINAL DO BARRAMENTO DISTORÇÃO HARMÔNICA TOTAL DE TENSÃO (DTT)


VN ≤ 1 kV 10%

8.5.5.2 Harmônicos de Corrente

Os sistemas fotovoltaicos devem injetar energia com baixos níveis de distorção harmônica
de corrente, garantindo que nenhum efeito adverso ocorra em outros equipamentos
conectados à rede. A distorção harmônica total de corrente deve ser inferior a 5 %, em
relação à corrente fundamental na potência nominal do inversor. Cada harmônica individual
deve estar limitada aos valores apresentados na Tabela 8 (NBR 16149:2013).

Tabela 8 – Limite de distorção harmônica de corrente

HARMÔNICAS ÍMPARES LIMITE DE DISTORÇÃO

3° a 9° < 4,0 %
11° a 15° < 2,0 %
17° a 21° < 1,5 %
23° a 33° < 0,6 %

HARMÔNICAS PARES LIMITE DE DISTORÇÃO

2° a 8° < 1,0 %
10° a 32° < 0,5 %

8.5.6 Fator de Potência (FP)

Quando a potência ativa injetada na rede for superior a 20% da potência nominal do inversor,
o sistema fotovoltaico conectado à rede (SFVCR) deve ser capaz de operar dentro das faixas
de fator de potência, mostradas nos itens a seguir. Após uma mudança na potência ativa, o
SFVCR deve ser capaz de ajustar a potência reativa de saída automaticamente, para
corresponder ao FP predefinido, qualquer ponto operacional resultante destas definições
deve ser atingido em, no máximo 10 s. O inversor deve vir parametrizado de fábrica com o FP
igual a 1 (NBR 16149:2013).

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8.5.6.1 SFVCR com potência nominal menor ou igual a 3 kW


Inversor com ajuste de fábrica para o FP igual a 1 e tolerância para operar na faixa de 0,98
indutivo até 0,98 capacitivo (NBR 16149:2013).

8.5.6.2 SFVCR com potência nominal maior que 3 kW e menor ou igual a 6 kW.
Inversor com ajuste de fábrica para o FP igual a 1 e tolerância para operar na faixa de 0,98
indutivo até 0,98 capacitivo, tendo como opção a possibilidade de operar de acordo com a
curva de FP conforme mostra a Figura 9 (NBR 16149:2013).

Figura 9 – Curva do FP em função da potência ativa de saída do inversor (NBR 16149:2013).

A Concessionária pode fornecer uma curva diferente, que vai depender da topologia da
rede, carregamento da rede e potência a ser injetada, que deve ser implementada no nos
inversores através de ajuste dos pontos A, B e C da Figura 9 (NBR 16149:2013).

A curva da Figura 9 só deve ser habilitada se a VN (tensão nominal) da rede ultrapassar a


VATV (tensão de ativação), com valor ajustável entre 100% e 110% da V N da rede, o valor
padrão de ajuste de fábrica é normalmente 104%. Essa curva só deve ser desabilitada se a
VN da rede cair para um valor abaixo da VATV, tipicamente ajustável entre 90% e 100% da
VN da rede, com valor padrão de ajuste de fábrica em 100% (NBR 16149:2013).

8.5.6.3 SFVCR com potência nominal maior que 6 kW


Para sistemas fotovoltaicos acima de 6 kW existem duas possibilidades de operação:

I) Inversor com ajuste de fábrica para o FP igual a 1 e tolerância para operar na faixa de
0,98 indutivo até 0,90 capacitivo. Opcionalmente, o inversor deve ter a possibilidade de
operação conforme a curva da Figura 9 e com FP ajustável na faixa de 0,90 indutivo até

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0,90 capacitivo (NBR 16149:2013); ou


II) Inversor com controle da potência reativa (VAr ou kVAr), conforme mostra a Figura 10.

Figura 10 – Limites operacionais de injeção/demanda de potência para sistemas com potência


nominal superior a 6 kW (NBR 16149:2013).

O controle (tipo e ajustes) do FP e injeção/demanda de potência reativa devem ser


determinados pelas condições operacionais da rede acessada e definidos individualmente
pela Concessionária, sendo fornecidos no Parecer de Acesso, sendo uma das seguintes
possibilidades: Controle de Potência Reativa Fixa e Controle Externo (NBR 16149:2013).

8.6 Requisitos do Sistema de Medição

8.6.1 O sistema de medição deve ser do tipo bidirecional, instalado na caixa de medição do padrão
de entrada conforme padrões estabelecidos na norma NT.31.001, a Figura 11, mostra o
arranjo simplificado do medidor bidirecional.

Figura 11 – Arranjo simplificado do medidor bidirecional

8.6.2 Os detalhes relativos ao padrão de entrada (ponto de entrega, ramal de entrada e caixa de
medição), ver a Norma da Concessionária que trata do fornecimento de energia elétrica em

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baixa tensão.

8.6.3 O cliente deve fornecer na documentação de projeto (arranjos físicos, detalhes de montagem
ou memorial técnico descritivo) o detalhe de instalação da medição, incluindo dimensões da
caixa, tipo (monofásica ou polifásica), mostrando a forma como a medição será instalada na
unidade, devendo refletir a real forma de montagem na fase de implantação.

8.6.4 No caso específico de sistema de medição de unidade consumidora residencial ou comercial,


localizado em postes da Concessionária (antigo padrão medição às claras ou SMC), o cliente
deve obrigatoriamente, em seu projeto evidenciar a instalação do padrão de entrada em
conformidade com a localização dos padrões de medição em baixa tensão (muro, parede e
poste auxiliar), conforme a norma da Concessionária que trata do fornecimento de energia
elétrica em baixa tensão, caso.

8.6.5 O sistema de medição atende às mesmas especificações exigidas para unidades


consumidoras conectadas no mesmo nível de tensão da microgeração distribuída, acrescido
da funcionalidade de medição bidirecional de energia elétrica ativa.

8.6.6 Para conexão de microgeração distribuída em unidade consumidora existente sem


necessidade de aumento da potência disponibilizada, a distribuidora não exige a adequação
do padrão de entrada da unidade consumidora em função da substituição do sistema de
medição existente, exceto se:

I) For constatado descumprimento das normas e padrões técnicos vigentes à época da sua
primeira ligação; ou
II) Houver inviabilidade técnica devidamente comprovada para instalação do novo sistema
de medição no padrão de entrada existente, isso inclui caixas de medição com
dimensões que não comportam o sistema de medição, caixas no antigo padrão medição
às claras e o SMC (sistema de medição centralizada) que não possui módulos com
bidirecionalidade.

8.6.7 A Concessionária é responsável por adquirir e instalar o sistema de medição, sem custos
para acessante no caso de microgeração distribuída, assim como pela sua operação e
manutenção, incluindo os custos de eventual substituição, independente de ser cliente novo
ou existente, exceto a caixa de medição e seus acessórios que é responsabilidade do cliente
(PRODIST Módulo 3 Seção 3.7).

8.6.8 A Concessionária deve adequar o sistema de medição e iniciar o sistema de compensação de


energia elétrica dentro do prazo para aprovação do ponto de conexão.

8.7 Requisitos de Operação e Segurança da Conexão

8.7.1 Generalidades

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8.7.1.1 Este item fornece informações e considerações para a operação segura e correta dos
sistemas de geração distribuída conectados à rede elétrica.
8.7.1.2 Aplicam-se os procedimentos descritos na seção 3.5 Módulo 3 do PRODIST, observado o
item 8 da seção 3.7.
8.7.1.3 O acessante deve instalar no ponto de conexão, junto ao padrão de entrada, sinalização
indicativa da existência na unidade consumidora de geração própria através de placa de
advertência.
8.7.1.4 Para a elaboração do Relacionamento Operacional, deve-se fazer referência ao Contrato de
Adesão (ou número da unidade consumidora), Contrato de Fornecimento ou Contrato de
Compra de Energia Regulada para a unidade consumidora associada à central geradora
classificada como microgeração ou minigeração distribuída e participante do sistema de
compensação de energia elétrica da distribuidora local, nos termos da regulamentação
específica.

8.7.2 Reconexão

Depois de uma “desconexão” devido a uma condição anormal da rede, o sistema de geração
distribuída não pode retomar o fornecimento de energia à rede elétrica (reconexão) por um
período mínimo de 20 a 300 segundos após a retomada das condições normais de tensão e
frequência da rede, ou conforme os tempos definidos pela Concessionária(NBR 16149:2013).

8.7.3 Aterramento

O sistema de geração distribuída deverá estar conectado ao sistema de aterramento da


unidade consumidora.

8.7.4 Seccionamento

Um método de isolação e seccionamento do equipamento de interface com a rede deve ser


disponibilizado conforme item 8.2.3 desta norma, para os casos em que for necessário.

8.7.5 Religamento automático da rede

O sistema de geração distribuída deve ser capaz de suportar religamento automático fora de
fase na pior condição possível (em oposição de fase).

Nota 7: O tempo de religamento automático varia de acordo com o sistema de proteção adotado e
o tipo de rede de distribuição (urbano ou rural). Podendo variar de 500 ms até 60 segundos;

8.7.6 Sinalização de segurança

Junto ao padrão de entrada de energia, próximo a caixa de medição/proteção, deve ser


instalada uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “CUIDADO - RISCO DE
CHOQUE ELÉTRICO - GERAÇÃO PRÓPRIA”.

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A placa de advertência deverá ser confeccionada em PVC com espessura mínima de 1 mm e


conforme modelo apresentado na Figura 12.

Figura 12 – Modelo de placa de advertência

25 cm

CUIDADO
18 cm
RISCO DE CHOQUE
ELÉTRICO
GERAÇÃO PRÓPRIA

Características da Placa:
– Espessura: 2 mm;
– Material: PVC com aditivos anti-raios UV (ultravioleta)

Nota 8: O No caso de conexão de unidade consumidora (UC) em edifício com múltiplas unidades
(edifício de uso coletivo ou com medição agrupada), além da tampa da caixa do medidor de tal UC
esta placa de advertência deverá ser instalada no ponto de entrega do edifício (poste) e na caixa
de distribuição (se houver);

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9 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

9.1 Características do sistema de distribuição da Concessionária em baixa tensão.

As redes de distribuição trifásicas, bifásica e monofásicas em BT possuem neutro comum,


contínuo, multi e solidamente aterrado. O sistema de distribuição de baixa tensão deriva do
secundário dos transformadores trifásicos/monofásicos de distribuição, conectados em estrela
aterrada. Recomenda-se que a configuração do sistema de baixa tensão seja radial, admitindo-
se a transferência quando possível. Os níveis de tensão admitidos são conforme a Tabela 2.

9.2 Conexão de geradores por meio de inversores

Para conexão de geradores que utilizam inversor como interface de conexão, tais como
geradores eólicos, solares ou microturbinas, deve-se utilizar como modelo o diagrama unifilar
simplificado a seguir:

Figura 13 – Forma de conexão do acessante (através de inversor) à rede de Baixa Tensão

GD

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9.3 Conexão de geradores que não utilizam inversores

Para conexão de geradores que não utilizam um inversor como interface de conexão, como os
geradores síncronos ou assíncronos, normalmente utilizados para turbinas hidráulicas ou
térmicas, deve-se utilizar como modelo o esquema simplificado a seguir:

Figura 14 – Forma de conexão do acessante (sem a utilização de inversor) à rede de Baixa Tensão da
CONCESSIONÁRIA

GD

Nota 9: É necessária a utilização de fonte auxiliar para alimentação do sistema de proteção. Deve
ser utilizado um sistema “no-break” com potência mínima de 1000VA de forma que não haja
interrupção na alimentação do sistema de proteção. Opcionalmente pode ser instalado conjunto
de baterias, para suprir uma eventual ausência do “no-break”. Adicionalmente, deve ser previsto o
trip capacitivo;

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9.4 Padrão de entrada

Para adesão ao sistema de compensação de energia, o padrão de entrada da unidade


consumidora deve estar de acordo com esta norma e em conformidade com a versão vigente
da Norma de fornecimento de energia elétrica em baixa tensão, no que diz respeito às alturas
das caixas de medição, aterramento e postes.

A Figura 4 apresenta um exemplo de disposição do DSV no padrão de entrada, que pode ser
instalado tanto na parte inferior quanto na lateral da caixa de medição.

Figura 15 – Exemplo de padrão de entrada com disposição DSV

Nota 10: O padrão de entrada deve ser com caixa de medição polimérica polifásica;
Nota 11: Somente será exigido paras as conexões que não utilizam os inversores como interface;
Nota 12: Para as conexões que utilizam o inversor como interface (geração eólica ou solar) é
dispensada a utilização do DSV, porém é recomendada pela Concessionária;

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10 ANEXO

ANEXO I – FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE ACESSO PARA MICROGERAÇÃO


DISTRIBUÍDA ATÉ 10 kW

Nota 13: Formulário disponível em arquivo anexo junto a Norma.

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ANEXO II – FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE ACESSO PARA MICROGERAÇÃO


DISTRIBUÍDA ACIMA DE 10 kW

Nota 14: Formulário disponível em arquivo anexo junto a Norma.

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11 CONTROLE DE REVISÕES

DESCRIÇÃO DA
REV DATA ITEM RESPONSÁVEL
MODIFICAÇÃO
Gabriel Jose Alves dos Santos
01 30/10/2014 Todos Revisão Geral Gilberto Teixeira Carrera
Thays de Morais Nunes Ferreira

6.1, 6.2, Critérios e Padrões Técnicos, Francisco Carlos M. Ferreira


02 01/04/2015 6.3, 7.1 e Generalidades, Procedimentos Gabriel Jose Alves dos Santos
8 de acesso e anexo Gilberto Teixeira Carrera
Adequação a REN 687/15 que
03 01/03/2016 Todos altera a REN 482/12, PRODIST Gilberto Teixeira Carrera
Módulo I e Módulo III
1, 2, 3, 6, Revisão geral dos itens
04 30/06/2017 Gilberto Teixeira Carrera
7e8 referenciados.

12 APROVAÇÃO

ELABORADOR (ES) / REVISOR (ES)

Carlos Henrique da Silva Vieira – Gerência de Normas e Padrões

Gabriel José Alves dos Santos - Gerência de Normas e Padrões

Gilberto Teixeira Carrera – Gerência de Normas e Padrões

COLABORADOR (ES)

Prof. Dr. Wilson Mâcedo Negrão – UFPA/GEDAE.

APROVADOR (ES)

Jorge Alberto Oliveira Tavares – Gerência de Normas e Padrões

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