Você está na página 1de 110
Eu Won Lee ‘Eu Won Lee O emprego da auriculoterapia no tratamento de doencas nao é recente. No Nei-Ching, livro que data de quatro mil anos atras, considerado como a Biblia da acupuntura, esta descrito o uso do pavilhao auri- cular na cura da sincope. Outros livros antigos da di- nastia de Tang e de Ming também mencionam 0 uso de pontos na orelha para o tratamento de diversas enfermidades. Bem mais recentemente, em 1957, na Franga, P. Nogier publicou trabalhos nos quais expée a relagao existente entre o pavilhdo auricular e o resto do organismo, descrevendo, inclusive, experiéncias realizadas com pacientes e os Otimos resultados obtidos. Observando os povos do Mediterraneo, que tinham por habito o uso de pequenas cauterizagoes na orelha para o tratamento de varias moléstias, Nogier conseguiu descobrir uma série de pontos curativos. Estudando-os, chegou entao, a estabelecer uma liga- gao entre a posic&o destes no pavilhdo auricular e a- quela ocupada pelo feto pouco antes do nascimento, colaborando de modo significativo para a evolugdo da auriculoterapia. Atualmente, extensas pesquisas tém sido desenvolvidas nas escolas de Nanking e Shangai. Estes estudos enfatizam a importancia da relagao neurofisiologica da orelha, conhecendo-se hodiernamente mais de duzentos pontos empregados no tratamento de varias moléstias e na terapia das in- toxicagdes por drogas, fumo e alcool. A despeito da eficiéncia da auriculoterapia, o que a faz tao difundida na atualidade sao, em parte, as vantagens que apresenta, pois constitui- um tratamento rapido, teoricamente simples, de facil aprendizado, econdémico, pratico e destituido de efeitos colaterais. 16 Anatomia do Pavilhao Auricular | Topografia O pavilhado auricular, ou simplesmente orelha, caracteriza-se pelo formato ovodide, cuja extremidade maior se encontra voltada para cima. Sua superficie lateral, ligeiramente céncava e inclinada para a frente, apresenta numerosas saliéncias e depressdes, as quais se atribuem diversas denomina¢ées (Fig. 1). Assim sendo, a borda elevada da orelha se chama hélice; no ponto em que a hélice se volta para baixo, surge 0 pequeno tubérculo auricular de Darwin. Paralela a esta, observa-se uma outra protuberancia curva denominada ante-hélice, cuja parte superior divide-se em dois ramos que delimitam uma depressao, ou seja, a fossa triangular. A estreita depresséo arqueada entre a hélice e a ante-hélice recebe o nome de escafa. A ante-hélice, por sua vez, descreve uma curva ao redor de uma profunda e 17 espacosa cavidade, a concha da orelha, subdividindo- se, de modo incompleto, em duas partes pela raiz ou inicio da hélice: a porgdo superior, constituindo a cimba da concha, ea inferior, formando a cavidade da concha. Anteriormente a concha, projetando-se sobre o meato, ha uma pequena saliéncia pontuda, 0 trago, assim chamada por ter sua superficie inferior recoberta por um tufo de pélos semelhantes a barba. de bode. Defronte ao trago, e dele separado pela incisura intertragica, ha um pequeno tubérculo, o antitrago. Abaixo dele se encontra o /dbulo, composto de tecidos areolar e adiposo, porém, sema firmeza e a elasticidade da porgao restante da orelha. | O pavilhao auricular se compde de uma fina lamina de cartilagem elastica, amarela e recoberta de tegumento. Esta se liga as partes circunvizinhas por ligamentos e musculos, e 0 inicio do meato actistico externo. oor tecido fibroso. 1 Nervos Os musculos auriculares anterior e superior e os intrinsecos da face lateral sao supridos pelo ramo temporal do nervo facial. O auricular posterior e os intrinsecos da face craniana da orelha estéo sob a dependéncia do ramo auricular posterior do mesmo nervo. Os nervos sensitivos sao: 0 auricular magno do plexo cervical; o ramo auricular do vago; 0 auriculo temporal, ramo do nervo mandibular; e o occipital menor do plexo cervical. [ Artérias e Veias As artérias da orelha constituem-se do auricular posterior da carétida externa, do auricular anterior do —____— temporal superficial e de um ramo da artéria occipital. 18 As veias desta regido aparecem subdividas em anteriores e posteriores. As auriculares anteriores terminam na veia temporal superficial, e esta, por sua vez, na jugular externa, na qual acabam também as auriculares posteriores. £ interessante observar que um certo numero delas abre-se em uma veia emissaria que atravessa 0 orificio mastoideo para findar no seio lateral (Fig. 2) cimba hélice ante-hélice escata fossa triangular tubérculo de Darwin meato auditivo exter. trago concha lobulo anti-trago Fig. 1. Topografia do pavilhdo auricular. 19 02 R. do A. Retro Auricular R. do N. Occipital, Menor R. do A. Temporal Superficial R. do N. Auricular Maior Q. do N. Auriculo Temporal R. do N. Facial N. Auriculo Temporal Ve A. eee R. do N. Vago Facial e ‘uperficial Glossofaringeano R. do A. Temporal @ R. do N. Auricular Maior Superficial R. do A. Retro Auricular R. do N. Auricular Maior Fig. 2. Nervos e vasos da face externa do pavilhao auricular. Pontos de Auriculoterapia Definigao Quaisquer alteragdes ou desequilibrios organicos, ou mesmo lesées, fraturas etc, refletem-se em zonas correspondentes no pavilhao auricular. Por conseguinte, na ocorréncia destes, 6 comum se notar, respectivamente na orelha, o aparecimento de manchas, eae dor ou algum outro tipo de anormalidade. E a estes sintomas correspondentes, que a auriculoterapia atribui o nome de ponto. Assim, por meio de aplicagdes de agulhas nos pontos e da estimulagaéo destes, prescreve-se um tratamento que devera prosseguir até a obtengao de uma cura completa ou, pelo menos, de um alivio profundo de tais sintomas (Fig. 3). A disposig¢ao dos pontos no pavilhao assemelha-se a posigao de um feto no Utero materno, ao se achar proximo do nascimento (Fig. 4). Portanto, 21 e 7 @ antipirético cefaléia 1 [ cefaléia 2 @ © cefaléia 3 YA e | sedagao @ esulco depressivo 1 = sulco depressivo 2 e@ lombaigia 1 e@ /ombaigia 2 faringe e ulcera péptica ¢ e pulmao est6mago @ g epigastric rim e e coragao @-/ombalgia GY apéndice e @ mesogastrio e@asma @ hipogastrio perna « @ pés _ e perineo 1 @ perineo 2 Fig. 3. Designagao dos pontos na parte posterior da orefha. 22 de modo analogo 4 distribuigdo dos érgaos no feto, da-se a localizagao dos pontos correspondentes na orelha (Figs. 5 e 6). Acredita-se que tais pontos auriculares sejam ramificagées dos seis meridianos principais Yang (intestino delgado, intestino grosso, estémago, vesicula biliar, triplo aquecedor). Contudo, ¢€ admissivel também a afirmagdo de que a inervagdo do pavilhdo auricular é feita pelas ramificagédes dos Nnervos cranianos (nervo trigémio-V, nervo facial-VII, nervo glossofaringeo-IX e nervo vago-X p.c.), dos nervos auriculotemporais (ramo do nervo trigémio) e dos nervos occipital maior e menor. Portanto, pode-se dizer que os pontos do pavilhdo auricular, além de terem uma acdo energética, atuam por um mecanismo reflexo que, através de estimulo direto ou indireto sobre os pontos, produz uma resposta a nivel de sistema nervoso central, mais especificamente no hipotalomo, o qual age sobre os 6rgaos correspondentes. Localizagao e AplicagaéoClinica Existem mais de 200 pontos, todos efetivos e necessarios ao tratamento e a cura de inumeras enfermidades. Destes, apenas 128 seréo aqui enfatizados por serem considerados essenciais sob 0 prisma da auriculoterapia. 1. Ponto “O” ] situado na raiz da hélice ao meio da orelha. Usado para doengas psicossomaticas. 2. Diafragma situado no inicio da raiz da hélice. Usado para espasmo dodiafragmaeestémago, .gastroenterite, tabagismo. 23 Fig. 4. Representagao do feto no pavilhao auricular. 24 Fig. 5. Disposigéo grafica dos orgaos no pavilhao. 25 Fig. 6. Designagéo dos pontos na parte anterior aa orelha. 26 3. Anus (segmento inferior reto) usado para constipa¢gao, leucorréia, hemorrdidas, prurido e fissura anal. 4, Uretra situado no segmento anterior da hélice. Usado para isuria, calculo em uretra, infecgao em vias urinarias, prurido vulvar. 5. Genitalia Externa usado para impoténcia, orquite, distria, ejaculagado noturna, erup¢ées dos testiculos. 6. Hemorrdida situado na hélice, na borda da fossa triangular. Usado para hemorrdida e fissura anal. 7. Ponto da Auricula situado no ponto mais alto da orelha, a hélice, na ruga formada quando se dobra a orelha contra o trago. Usado para hipertensao (sangramento de 3a 5 gotas) e como antiinflamatério. 8. Amigdala 7 situado na hélice, posteriormente ao ponto da auricula. Usado para amigdalite, faringite. 9. Figado 1 situado acima do tubérculo auricular de Darwin. Usado para hepatite crénica. 7 27 10. Figado 2 situado logo abaixo do tubérculo auricular de Darwin. Usado para hepatite crénica. 11. Hélice 1 abaixo do tubérculo auricular, no meio da borda inferiordo ldbulo, linha curva dividida em 5 seg- amigdalite, faringite. 12. Hélice 2 13, Amigdala 2 g € S a ° 3 b > & = = 3 ® a 6 a ° 9 ° 2 3 Q ° ° 3 iS ° Cc 8 a o para amigdalite, faringite. 14. Hélice 3 15. Hélice 4 16. Amigdala 3 situado no fim da hélice, usado para amigdalite, faringite. : 17. Timo usado para disfungao do timo. 18. Ouvido Interno usado para otites, surdez, zumbidos, perda do sentido de equilibrio, audigdo deficiente. 8 Ny 19, Hélice 5 uso descrito. 20. Hélice 6 situado no meio da borda inferior do Idbulo. Uso descrito. 21. Amigdala 4 situado acima da hélice 6. Uso descrito. 22. Area Especifica para Tumor linha curva conectando: Hélice 4 e Hélice 6. Usado para efeito analgésico no tratamento de tumores. 23. Area da Face e Malar area estreita ovalada entre o ponto do olho e o do ouvido interno. Usado para paralisia facial, espasmo facial, nevralgia do trigémio, paratidite. 24, Olho situado no centro do lébulo da orelha. Usado para doengas dos olhos. 25. Lingua situado acima do ponto do olho no lébulo. Usado para glossite. 26. Palato Superior situado no Idébulo posterior e inferior do ponto lingua. Usado para dores de dente, rigidez de 2 o articulagaéo temporomandibular, linfadenite sub- mandibular, anestesia para extragdo dentaria. 27. Palato Inferior situado no ldbulo, anterior e superior do ponto da lingua. Uso descrito no palato superior. | 28. Anestesia Dentdria usado para extragao e dor de dente. 29. Neurastenia usado para neurastenia e como ansiolitico. 30. Maxilar usado para anestesia, dor dosdentes superiores e nevralgia do trigémio. 31. Mandibula usado para nevralgia do trigémio e dor de dente. 32. Parietal situado abaixo do ponto occipital. Usado para cefaléia e vertigem. 33. Frontal situado anterior e inferiormente ao antitrago. Usado para as doengas psicossomaticas e neurogénicas, cefaléia frontal, rinites. 34. Temporal situado entre o frontale o occipital. Usado para enxaqueca, cefaléia, temporal, vertigem. 0 2 rete eee i © a 9 9 Oo i ee ee ee ee ae situado abaixo da jungao do antitrago com a ante- hélice, abaixo do ponto do cerebelo. Usado paraen- fermidade do sistema nervoso na sua fase aguda (convulsées, tremores, rigidez na nuca), desmaiose meningites. Previne as tonturas, vémitos e alteragées que geraimente ocorrem nas viagens, alturas, etc. E antiinflamatorio, acalma dores ner- vosas, tosse, asma e pruridos. 36. Dente e Laringite situado posterior e superiormente ao ponto occi- pital. Usado para dor de dente, gengivite, amigda- lite, laringite, faringite. 37. Dor de Dente situado na parede interna do antitrago na altura do ponto occipital. Usado para dor dentaria. 38. Hipofise situado no fundo da parede interna do antitrago. Usado para regulagaéo da fungao da hipofise, acromegalia, diabete insipido, choque emergente, disturbios de fungdes sexuais, disturbios do sistema endocrino. 39. Tronco Cerebral situado na borda da porgao inferior do antitrago, perto do pescogo. Usado para lesao vascular de cérebro, hemiplegia, convulsao. 40. Ponto Cerebral situado entre o ponto de asma e tronco cerebral. Usado para regulagao da fun¢gdo do cértex cerebral, 3 = doengas do sistema nervoso, digestivo, enddcrino, geniturinario tem agdéo hemostatica para as doeng¢as hemorragicas. 41. Parotida situado medialmente ao ponto da asma. Usado para parotidite, obstrugéo do ducto pardtideo, prurido. 42, Asma situado medialmente ao ponto da asma. Usado para tosse, asma, prurido e controle da. fungéo respiratoria. 43, Subcortex situado anteriormente a parede interna do anti- trago. Usado para regulacgdo de fun¢ao do cértex cerebral, insénia, sonoléncia, disturbios do sistema psiconervoso, tem fungéo antiinflamatoria, anal; gesica, antialérgica. 44, Ovario situado anterior e inferiormente a parede internado antitrago, ao lado do subcortex. Usado para menstruagées anormais, dismenorréia, esterili- dade, disfungao ovariana. 45. Testiculo situado superiormente a parede interna do antitrago. Usado para disturbios das fungdes sexuais, orquite, eczema de escroto. 46. Otho 2 situado na borda externa posterior e inferior a 2 wo incisura intertragica. Usado para astigmatismo e varias doengas dos olhos. 47. Olho 1 situade na borda externa anterior e inferiormente a incisura intertragica. Usado para glaucomaeatrofia de nervo optico. 48. Ponto de Levantar a Pressao Arterial situado na face externa da depressdo intertragica entre olho 1 e olho 2. Usado para hipotensao e choque. 49. Endécrino (glandulas de secregao interna) situado no fundo da depressAo intertragica. Usado para disfuncgées das glandulas endocrinas, promogao de absor¢gdo, excregéo e metabolismo, como antialérgico, anti-reumatico, e para distur- : bios digestivos, circulatorios, em ginecologia e obstetricia e em doengas da pele. 50 Hipertenséo situado abaixo do ponto da fome. Usado para hipertensdo. 51. Adrenal (supra-renal) situado no tubérculo inferior do bordo do trago. Usado para controle da secregdo de adrenalina e adrenocortecosteréide. antiinflamatério, _ anti- alérgico, antichoque, anti-reumatico, para circula- ¢ao sanguinea, periférica,febre, doengas de pele. 52. Ponto da Fome situado abaixo do nariz externo. Usado para 33 moderagéo de apetite e sensacdo de fome exagerada, diabete mellitus. 53, Nariz Externo situadono ponto médio anterior a cartilagem do trago. Usado para doengas de nariz e rinite. 54. Ponto da Sede situado superiormente ao nariz externo. Usado para moderagéo da sede, diabete mellitus e diabete insipidas. 55. Laringe e Faringe situado na face interna do trago na porgdo superior. Usado para faringite aguda e crénica, amigdalite, laringite e dor de garganta. 56. Trago situado no tubérculo superior da borda do trago. Usado para intoxicagaéo alimentar,.como anti- inflamatorio e anaigésico. [67.Ponto Cardiaco ] situado na borda posterior e inferior do ouvido extorno, Usado para taquicardia e arritimias. 58. Ouvido Externo situado na cavidade anterior a incisura supratragica. Usado para ma audig¢ao, Tinnitus. 59. Boca situado entre 0 inicio da raiz da hélice e a abertura g do meato externo. Usado para ulcera de cavidade oral, rigidez de jungdo temporomandibular. 60. Es6fago situado abaixo do inicio da raiz da hélice, na linha vertical ao ponto do diafragma. Usado para obstru - go funcional do eséfago e disfalgia histérica. 61. Cardia : situado na média da cavidade da concha abaixo da raiz da hélice. Usado para espasmo do cardia, hérnia de hiato, regurgitagdo, eructagao. 62. Estémago J situado anteriormente e no inicio da raiz da hélice, no local onde esta raiz ainda nao aparece. Usado para disturbios digestivos, ma.digestao, gastrite, insénia, Ulcera péptica, distensdo gastrica funcio- nal e dor de estémago. 63. Duodeno situado acima da raiz da hélice, ao lado da raiz da hélice, na linha média da cavidade daconcha.Usado para Ulcera duodenal, disturbios digestivos. 64. Intestino Delgado situado acima da raiz da hélice, anteriormente ao ponto do duodeno. Usado para gastrite aguda, enterite, distensdo intestinal, intoxicagao alimentar, colite intestinal, disturbios cardiacos, palpitagao e taquicardia. 35 65. Apéndice situado acima da raiz da hélice, anteriormente ao ponto do intestino delgado. Usado para apendicite aguda ou crénica. 66. Intestino Grosso situado acima da raiz da hélice, anteriormente ao ponto apéndice. Usado para enterite, disenteria, diarréia, constipagaéo, hemorrdidas, disturbios respiratorios. 67. Prostata situado medial e. superiormente a bexiga. Usado para prostatite, infecg¢ao do trato urinario, hematuria, ejaculagdo precoce, espermatorréia. 68, Bexiga situado superiormente ao intestino grosso. Usado para cistite, polacitiria, disuria, dor na bacia, dore rigidez de coluna. 69, Ureter situado entre o ponto do rim e da bexiga. Usado para calculo renal, cdlica renal. 70, Rins 8 situado superiormente ao ponto do intestino delgado. Usado para calculo renal, nefrite, cistite, enurese, distiria, ciatica, lombalgia, disturbios geniturinarios, esterilidade, periodontite, «anemia aplastica, leucemia, edema, laringite e faringite cr6énica, diarréia, tonificagéo do cortex cerebral e rim, perda de memoria, cetaléia crénica, fadiga cronica, neurastenia 71. Alcoolatra situado abaixo do ponto do rim. Usado para alcoolismo. 72. Ascite situado acima do ponto do intestino delgado. Usado para ascite, cirrose, disturbios de eletrolitos. 73. Pancreas e Vesicula Biliar situado a meia distancia entre os pontos do rime figado, abaixo da borda inferior da parte superior da ante-hélice. Usado para gastrite aguda, pancreatite, colecistite, calculo vesicular e ma digestao. N | Figado situado logo acima do ponto do estémago, em linha vertical e acima do ponto do bago. Usado para hepatite aguda ou crdénica, anemia ferropriva, nevralgia, dores reumaticas, cefaléia, vertigem, distens&o gastrointestinal, espasmo muscular, dor toracica ou intercostal e varias doengas dos olhos. 76. Hepatomegalia situado ao lado do ponto do estémago, entre o mesmo e aante-hélice. Usado para hepatite e hepa- tomegalia. © 77. Musculo Relaxante 2 = é s a ° @ 2 o ° 3 3} 2 3 a 3 @ Q o 3 b a ° © a > 3 s hepatomegalia. Usado para relaxamento muscular, anestesia de acupuntura, hepatite, cirrose. 78. Area de Hepatite situado posterior e inferiormente ao ponto do esté- mago. Usado para hepatite aguda ou crénica. 79. Bago situado abaixo da area de hepatomegalia. Usado para indigestéo, doenga de sangue, hiperme- norréia, prolapso retal, atrofia muscular. 80. Traquéia situado no mesmo nivel do coragéo, em linha vertical e abaixo do ponto da boca. 81. Brénquios situado na face interna da concha, proximoa regiao do pulmo. Usado para bronquite aguda ou crénica, asma. 82. Pulméo ponto duplo, situado em torno, acima e abaixo do ponto do coragdo. Usado para doengas respirato- rias, doengas de pele, queda de cabelo, rinite, tosse, dispnéia, asma, bronquite, pneumonia, vicio de drogas, tabagismo e anestesia. 83. Coragéo situado no meio da cavidade da concha. Usado para enfermidades do coragéo, palpitagéo, anginas, diversos tipos de neurastenia, insdnia, fadiga, taquicardia, hipertensao, choque, como sedativo, 8 © hipndtico, para histeria, esquizofrenia, epilepsia, doenga da garganta e colite intestinal. 84, Lateral a Pulmao situado lateralmente ao pulmao. Uso descrito em (82). 85, Abd6men Superior e Inferior situado inferior e superiormente ao meato externo. Usado para doengas de abdémen. 86. Triplo Aquecedor ] situado abaixo da traquéia. Usado para hepatite, bronquite, doengas do mesentério e periténio, edema. 87. Esterdide — situado mediaimente ao fundo de incisura inter- tragica. Usado como antiinflamatorio, antialérgico, antichoque, anti-reumatico .N.V. (Sistema Nervoso Vegetativo) situado no fim da raiz da ante-hélice inferior, no pento onde se acha a face interna da hélice. Usada distungdao dosistemar esoautonomo, Efeite iaigésico e antiespasmddico, espasmo gAstrico, ulcera péptica, calculo em ureter. Efeito de vaso- dilatagao, tromboflebite, cardiopatia coronaria, sudorese noturna, anestesia através da acupuntura. [ 89. Nervo Ciatico ] situado na metade e sobre a raiz da ante-hélice inferior. Usado para ciatica. 39 90. Vértebras Sacrococcix. situado sobre a raiz da ante-hélice inferior. Usado para dor na regido sacrococcigiana. [91. Gluteo situado no comego da raiz da ante-hélice inferior, abaixo e na vertical do ponto pélvis. Usado para ciatica, dor na jungae sacroiliaca. 92. Vértebras Lombares situado em seguimento ao ponto vértebra sacro- coccix. Usado para lombaigia. trauma lombar, inflamagao e degeneragao de vértebras lombares. 93. Ponto de Lombalgia situado acima dc ponto médio das vértebras lombares. Usado para dor, inflamagao, trauma na regiao lombar. 94, Vértebras Toracicas situado em seguimento ao ponto vértebras lomba- res. Usado para trauma, dor, limitagéo do movimento das vértebras correspondentes. 95. Vértebras Cervicais situado noinicio da ante-hélice e,na borda interior, um 'pouco’acima do.cerebélo. Usado para trauma, dores e limitagaéo do movimento das vértebras cor- respondentes, Ld 96. Pescogo situado em paralelo ao ponto cerebelo, najungao da & ante-hélice com o antitrago. Usado para dores e limitagao do movimento de pesco¢go 97. Glandula Mamaria sao dois pontos situados abaixo do ponto do torax. 98. Torax situado na ante-hélice, ao nivel da incisura supra- tragica. Usado para nevralgia intercostal,dor ou sensagdo de peso no torax. 99. Abdémen _] situado na ante-hélice, na linha horizontal que passa pela ponta da raiz da ante-hélice inferior. Usado para varias causas de dor abdominal, tais como ulcera péptica, inflamagao do aparelho digestivo, colicas. i 100. Ponto Termogénico situado na ante-hélice. Usado para hipertemia de origem funcional e como analgésico. situado na raiz superior da ante-hélice. Usado para dores e disfungao da bacia. 102. Joelho situado no comego da raiz superior da ante-hélice, em sua parte mais baixa, quase na fungaéo com a fossa triangular. Usado para dor e disfungao do mesmo. 4 103. Tornozelo situado acima do ponto do joelho na raiz superior da ante-hélice. Usado para dor e disfungao do mesmo. 104, Calcanhar situado acima do ponto do tornozelo. [ 105. Dedos dos Pés ] situado ao lado do calcanhar. [ 106. Pélvis ] situado no inicio da fossa triangular, perto da bifur- cagdo da raiz superior e inferior da ante-hélice. Usado para inflamagao da pélvis, dismenorréia. [ 107, Shen-Men situado na fossa triangular, logo acima do ponto da pélvis. Usado para controle da agdo excitatéria e inibitoria da cortex cerebral. Tem efeito tranqiili- zante, analgésico, antialérgico. E um ponto essencial para anestesia através da acupuntura. Usado também para disturbios do sistema nervoso, epilepsia, histeria, neurastenia, ins6nia, vertigem, tonturas, enxaqueca, cefaléia, disturbios do sistema digestivo, Ulcera péptica, gastrite. enterite. cdlica intestinal, distUrbios do sistema respiratorio e cir- culatorio, tosse, dispnéia, bronquite, asma, taqui- cardia, palpitagdo, hipertensao. 108. Caxo Femural ] situado na fossa triangular, anteriormente ao pon- to da pélvis. Usado para dor e disfungéo do mesmo. 42 109. Ponto da Asma situado ‘entre o ponto Utero e pélvis. Usado. para asma. 110. Ponto da Hepatite situado entre o ponto de baixar a pressao arterialeo Shen-Men. Usado para hepatite aguda ou crénica. 111. Utero situado no fundo e na metade da linha mais profunda da fossa triangular. Usado para dismenorréia, leucorréia, endometrite, prolapso do utero. o 12. Ponto de Baixar a Presséo Arterial ] situado no angulo superior, medialmente a fossa tri- angular. Usado para hipertensao, cefaléia vascular. 113, Reto ~ situado no Angulo interno inferior da fossa triangu- lar. Usado para enterite, constipagao, hemorrdidas, prolapso retal. 114. Uretra (novo) situado interna e superiormente ao ponto do utero. Usado para dor a miccao, infeccéo de uretra, retengdo urinaria, frequéncia urindria aumentada (polaciuria). - situado abaixo do ponto do utero. Usado para cons- tipagdo, hemorrdidas. 43 116. Apéndice situado no ponto médio da linha entre dedos dos pés (105) e dedos das maos (117). Usado para apen- dicite. 117. Dedos das Méos situado na fossa escafa, acima do tubérculo auricu- lar de Darwin. 118. Urticaria ] situado abaixo do ponto (117). Usado para urticaria, manifestagées alérgicas. [119.Nervo Occipital Menor : ] situado ao lado do ponto (118). Usado para cefaléia, enxaqueca. 120, Punho situado abaixo do ponto (117). Usado para dor e disfungao do punho. 121. Cotovelo situado no ponto médio entre punho (120) e ombro (122). Usado para dor e limitagdo dos movimentos de cotovelo. 122. Apéndice 2 situado entre cotovelo (121) e ombro (122). 123. Ombro situado na fossa escafa ao nivel da incisura supra- 44 tragica. Usado para dor e limitag¢éo do movimento do ombro. 124. Axilar situado entre ombro (123) e articulagaéo do ombro (125). Usado para dor e inchago do. linfonédulo: axilar. 125. Articulagdéo do Ombro situado entre ombro (123) e clavicula (126). Usado para dor de ombro, limitagao do movimento do ombro, periartrite. 126. Clavicula situado na fossa escafa no mesmo nivel do pescogo (96) Usado para dor ou fratura da clavicula. 127. Tiredide 1 situado no ponto externo e lateral ao ponto do pescogo (96). Usado para disfungao tireoidiana,, hipertiroidismo, hipotiroidismo. 128. Apéndice 3 situado no ponto inferior e medial ao da clavicula (126). Usado para apendicite. 4 a aiteqo Aue OUNplS (159) 6 CreMCnis t1Se)" esas 0 Cupio DELS GOL Oe DU;pLO’ yuNETtGO. qo WOA)vEUe gO ‘ 5 . g 2 5 & i I z i : re He Ae _ _ US) Newqo baw qo. 6 luspEde qo jUeeOgrye: ‘BTEQO Sune OwpLO (153) 6 tiOMECES ao OuEpTE i as ior axyjou a Exploragao e Diagnéstico dos Pontos Auriculares Método de Inspecao [na Localizagao dos Pontos Auriculares | Para que a observagao macroscépica do pavilhao auricular atinja um nivel ideal, s4o necessarios certos cuidados. Portanto, antes de se comegar ainspegao, é importante certificar-se de que a orelha nao foi lavada, esfregada, massageada ou manipulada de alguma maneira, a fim de que sejam mantidos o brilho, acore a forma naturais. Estes, por sua vez, deverdo ser inspecionados 4 luz natural, evitando-se, ao maximo possivel, o contato das maos, pois estas podem causar sinais reativos falsos que dificultarao o exame. Se houver acumulo de residuos em qualquer regido do pavilhao, esta devera ser examinada por ultimo, quando, entao, podera ser limpa com cotonete. Ao limpa-la, porém, € preciso cuidar para n4o retirar, 47 juntamente com os residuos, as subst€ncias reativas positivas, como a seborréia, dentre outras. Tomadas estas precaugées, inicia-se a inspegao puxando firme a pele da hélice posterior e superior com o polegar e indicador. Deste. modo; vistoriam-se as posigdes anatémicas do ouvido de cima a baixo,do lado interno para o externo, sempre cuidadosamente, regido por regido, area por 4rea, e gravando as manifestagées reativas positivas. E fundamental distinguir as lesdes do ouvido, tais como acne, pigmentagao, frieira, cicatriz — devido a traumas — e papulas branco-leitosas, das rea¢oes patoldgicas de doengas sistémicas. De modo geral, as primeiras nao possuem nem dor a presséo, nem aumento da condutividade elétrica, enquanto as Ultimas os tém. Deve-se atentar também para algumas mudangas morfoldgicas na cor que nao refletem diretamente no Orgéo alvo, mas que aparecem nos _ pontos relacionados internos e superficialmente dos érgaos acoplados. Por esta razdo, a andlise deve ser feita de acordo com a relagao de orgdo (imagem) econforme a teoria dos meridianos.. A inspegao deve abranger os dois ouvidos simul- taneamente, comparando-os, encontrando as diferengas e analisando-as. Algumas areas podem estar espessadas, dando margem a ambigilidade, o que dificulta a inspegao. Neste caso, torna-se necessario recorrer a palpacao, isto 6, usar o polegar e indicador para segurar a orelha, e apreciar o que se vai sentindo, comparando as diferengas entre as duas orelhas cuidadosamente. As variagées individuais devem ser consideradas, assim como mudangas de tempo e clima que podem influenciar a inspegao. A cor e 0 brilho da orelha sdo diferentes nos idosos, nas criangas e nos trabalhado- res que permanecem longo tempo em ambientes internos ou externos. No auge do verdo ou no apice do inverno a cor da pele também sofre alteragées. 48 tens de Inspegao As reacgées patolégicas freqiientes nas orelhas s&o: mudangas de cor e de configuragao, formagao de ao] D> zo c 8 @ a O a 8 3 > 2 o o 9 1. Mudanga de Cor pode aparecer sob forma de palidez ou manchas vermelhas congestivas em pintas ou placas, ou manchas circulares vermelhas com centro palido, cor acinzentada escura que desaparecem com a Ppressfo (se néo sumirem, é porque nao representam uma reagao de cor positiva, mas sim uma acumulagao de pigmentos na epiderme). 2, Mudanga de Configura¢gao pode surgir como uma.protuberancia em forma de tubérculo, de diamante, de cordaéo, ou como uma concavidade do tamanho da ponta de agulha. 3. Formacao de Papulas as papulas manifestam-se assumindo cores vermelhas ou brancas (como carne de ganso), apresentando ou no vesiculas. 4, Descama¢ao aparece sob 0 tipo de estigma de arroz, porém nao saindo t&o facilmente como a descamagao normal. Método de Pressdo Dolorosa na Estimulagao de Pontos Auriculares Para encontrar a mancha dolorosa e despertar a dor sob pressdo, usa-se um estilete de madeira ou de 4 o metal, com ponta macia, do tamanho de um foésforo ou o término do cabo de uma agulha de acupuntura. A dor devera manifestar-se no ponto auricular correspondente'. a lesAo ou na area marginal relacionada interna ou externamente com a regiao ou Orgaos doentes. Por exemplo, no caso de dor de est6mago, a mancha dolorosa sob press&o podera ser encontrada na area correspondente de talorgaoouno bago, pois estes constituem um par de orgdos opostos e inter-relacionados. Por conseguinte, 6 preciso atentar para as seguintes observacées, quando da procura,das manchas dolorosas a pressao: a) Oestilete deve ser usado de um modo suave, lentoe com forga uniforme; — suave: significa que em areas normais nao devera ser despertada a dor, ou, se existir sera muito ligeira; — lenta: quer dizer que se deve dar tempo ao paciente para apreciar, comparar, e, entéo, decidir qual mancha é mais dolorosa; — forga uniforme: indica que a pressdo aplicada deve ser uniforme, nem muito pesada, nem muito leve. Pressiona-se em ordem sequencial uma mancha, seguindo o bordo da outra de perto para evitar ultrapassar manchas que reagiram positivamen- te. A press4o uniforme previne a localizagao de man- chas falsamente positivas a dor. b) A mancha patologica dolorosa a pressao traduz uma sensagao insuportavel de dor aguda (cortante), inflamagao, distensao, adormecimento ou queimacgao irradiando de dentro para fora quando pressionada. O paciente, muitas vezes, franze as sobrancelhas, pesta- neja, encolhe-se ou grita de dor. A dor a press&o, quando falsa (normal), 6 geralmente curta e supor- tavel. c) Algumas vezes a area de pressdo dolorosa é grande e pode influenciar outros pontos auriculares proximos. Neste caso, deve-se adotar o método comparativo para se descobrir a mancha mais hiper- sensivel a pressdo. 50 d) A intensidade de pressdo a aplicar deve ser avaliada individualmente, de acordo com a diferenga de idade,’ sexo, ocupacéo (ambientes internos ou externos). Para criangas, cuja pele é fina e macia, a pressao deve ser ligeira, enquanto que para os idosos, com pele mais espessa e cujas sensagdes estao entorpecidas, € necessdrio uma pressdo maior. Método de Avaliagao da Resisténcia Elétrica dos Pontos Auriculares A resisténcia elétrica auricular é de cerca de 2.000.000 D’HMS. Porém, quando um orgao esta doente, a resisténcia elétrica do ponto alvo auricular correspondente abaixa para 150.000 a 50.000 D’HMS. Estes pontos de resisténcia diminuida naturalmente aumentam a condutividade elétrica: sao conhecidos como manchas de condu¢ao elevada. A variagao desta pode ser aproveitada como base de diagndstico e tratamento de doengas. As etapas fundamentais do método de avaliagao da resisténcia elétrica resumem-se em: a) Prevenir a influéncia anormal da exploragao. Escolhe-se um lugar tranqiilo e nunca se pica, massa- geia, pyxa ou usa esponja de alcool para limpar a orelha antes da exploragao. b) Empregar um detector de pontos de acupuntura. Liga-se o aparelho e conectam-se os elétrodos. Quando o detector eletrénico tocar um ponto de ~ correspondéncia, podem-se observar as seguintes reagées: — o detector devera emitir um som agudo; — 0 paciente podera sentir dor e o detector reacionar da maneira como o fez anteriormente; — 0 som poderd sair mais suave; e — o paciente podera sentir apenas uma leve dor ou nada. c) Mover o elétrodo explorador ao longo da posigao 51 anat6émica. Geralmente comegar da concavidade da concha inferior para a concha superior. e depois prosseguir pela ante-hélice, fossa triangular, seguindo pela hélice.e colis auricular. Explorar ponto por ponto, gravando imediatamente os locais que reagem positivamente a area correspondente ao Orgao par oposto (como na dor de est6mago que sera © bago). d) Observar a voltagem produzida pela bateria do aparelho, pois esta influencia muito a sensibilidade do instrumento. Se a voltagem cair muito, as baterias dever&o ser substituidas. e) Averiguar que, durante a exploracgdo, a presséo aplicada pela m&o deve ser apropriada. A resistén- cia é relativamente baixa no lébulo da orelha, concavidade inferior da concha, fossa triangular e nos locais onde a pele é macia, e, portanto, requer uma manipulagao ligeira nas areas de pele exposta como ante-hélice, antitrago, onde a resisténcia 6 elevada, a presséo deve ser apropriadamente maior. f) Notar que a reagao positiva esta relacionada coma duragao da pressao aplicada, tempo de-repeti¢ao etc; assim, num mesmo ponto, nado se deve pressionar por muito tempo ou repetir a operacdo por muitas vezes. g) Atentar para as diferengas individuais significa- tivas na resisténcia da pele auricular. Em criangas e adolescentes a pele da orelha é.vermelha. carregadae macia, sendo, por este motivo menor a resisténcia. Nos velhos e em trabalhadores fora de casa a pele auricular é relativamente seca, e, poressa razao,a resisténcia 6 mais elevada. Também a variagao da temperatura e tempo influencia a condutividade da pele, sendo a resisténcia elevada no frio intenso e diminuida no verao. Na avaliagdo deve considerar-se todos estes fatores. h) Observar que, mesmo em condi¢G6es normais, a resisténcia é diferente conformeos locais da orelha. Assim, por exemplo, a resisténcia é muitas vezes 52

Você também pode gostar