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Aula 00 – Verbo
Prof. Décio Terror
Olá!
Vamos à aula demonstrativa para que você tenha uma melhor noção da
didática do curso. Críticas ao material e à abordagem do professor são sempre
bem-vindas e não há qualquer melindre em recebê-las, mesmo porque o FOCO
é seu aproveitamento e VOCÊ TEM TODO O DIREITO DE SUGERIR,
QUESTIONAR, SOLICITAR MAIS EXPLICAÇÕES, MAIS QUESTÕES etc. Bom, se
tudo for para melhorar seu desempenho, isso é importante também para mim.
VERBO
(reconhecimento dos tempos verbais, emprego e correlação)
Nesta aula demonstrativa, abordaremos parcialmente o assunto verbo.
Este tópico é característico da banca Fundação Carlos Chagas. Normalmente,
nas provas da FCC, encontramos duas questões que envolvem este tema.
A FCC cobra praticamente de quatro formas o assunto “verbo”:
a) o reconhecimento dos tempos e modos verbais;
b) o emprego desses tempos e modos verbais;
c) a flexão (saber conjugar os verbos) e
d) a articulação de tempo e modo verbal.
Radical
É a base de sentido do verbo.
Vogal temática Desinência modo-temporal
Indica a conjugação (1ª, 2ª, 3ª) Indica o modo (indicativo e subjuntivo) e o tempo
verbal (presente, passado, futuro)
estuda s
Gabarito: D
Gabarito: A
4.b.2. Quando empregamos este tempo verbal?
a. Esse tempo tem várias aplicações. Pode transmitir uma ideia de
continuidade, de processo que no passado era constante ou frequente:
Estavam todos muito satisfeitos com o desempenho da equipe.
Entre os índios, as mulheres plantavam e colhiam; os homens
caçavam e pescavam.
Naquela época, eu almoçava lá todos os dias.
b. Ao nos transportarmos mentalmente para o passado e procurarmos falar do
que então era presente, também empregamos o pretérito imperfeito do
indicativo:
Eu admirava a paisagem. A vida passava devagar. Quase nada se
movia.
Uma pessoa aparecia aqui, um cão latia ali, mas, no geral, tudo era
muito quieto.
c. É usado para exprimir o processo que estava em desenvolvimento quando
da ocorrência de outro:
O Sol já despontava quando a escola entrou na passarela.
A torcida ainda acreditava no empate quando o time levou o segundo
gol.
Pode substituir o futuro do pretérito, tanto na linguagem coloquial como na
literária:
Se ele pudesse, largava tudo e ficava com ela.
“Se eu fosse você, eu voltava pra mim.”
d. Pode relacionar-se com verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo (o qual
será visto adiante) em orações substantivas.
Esperava-se que o artista cantasse e dançasse.
e. Usado no lugar do presente do indicativo, o pretérito imperfeito denota
cortesia:
Queria pedir-lhe uma gentileza.
Questão 19: MPE - SE 2010 Superior
Nas antigas aristocracias, o que se ...... da imagem pública de um indivíduo
...... que ela ...... aos parâmetros de honra e decoro que ...... a vida da corte.
Haverá correta articulação entre os tempos verbais caso se preencham as
lacunas da frase acima, na ordem dada, com as seguintes formas verbais:
(A) esperava - era - correspondesse - regiam
(B) esperava - era - correspondia - regessem
(C) esperou - é - correspondia - regem
(D) esperara - seria - corresponda - regiam
(E) espera - é - correspondesse - regeram
livros. Dessa forma, fica mais fácil perceber a estrutura do pretérito perfeito
composto do indicativo (ter + particípio) e conseguimos interpretar mais
facilmente a ação que se prolonga do passado (desde os “últimos mil anos”)
até o presente (“impressos a laser”), conforme o pedido da questão.
Gabarito: D
Neste ano, passarei no concurso. (futuro do presente do indicativo: ação sem ênfase)
Neste ano, passo no concurso. (presente do indicativo no lugar do futuro, denotando
ênfase na ação, motivação a algo)
mesma duração.
A alternativa (D) está errada, pois não houve a intenção de substituir o
futuro do pretérito do indicativo.
A alternativa (E) está errada, pois não há relação de causa e
consequência, isto é, está claro que uma ação não gerou a outra.
Gabarito: B
A alternativa (D) está errada, pois a ação concluída no passado deve ser
expressa pelo pretérito perfeito do indicativo.
Gabarito: E
pai o pouco, o nada que ele sabe das coisas, mas pegando dele seu jeito de
amar – sério, quieto, devagar.
Eu lhe traria cajus amarelos e vermelhos, seus olhos brilhariam de
prazer. Eu lhe ensinaria a palavra cica, e também a amar os bichos tristes, a
anta e a pequena cutia; e o córrego; e a nuvem tangida pela viração.
Minha filha Rita em meu sonho me sorria – com pena deste seu pai, que
nunca a teve.
(Rubem Braga. 200 Crônicas escolhidas. 13. ed. Rio de Janeiro. Record, 1998, p.200)
Veja:
Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Nós estudamos... Talvez nós estud mos...
Nós vendemos... Talvez nós vend mos...
Nós partimos... Talvez nós part mos...
O modo IMPERATIVO
4.j.1. Reconhecimento do modo verbal
b) imperativo afirmativo: a segunda pessoa do singular e a segunda pessoa
do plural são retiradas diretamente do presente do indicativo, suprimindo-se o
–s final: tu estudas – estuda tu; vós estudais – estudai vós. As formas das
demais pessoas são exatamente as mesmas do presente do subjuntivo.
Lembre-se de que não se conjuga a primeira pessoa do singular no modo
imperativo;
c) imperativo negativo: todas as pessoas são idênticas às pessoas
correspondentes do presente do subjuntivo, excluindo-se a primeira pessoa do
singular.
ESQUEMA DE FORMAÇÃO DOS TEMPOS DERIVADOS DO PRESENTE DO
INDICATIVO (EX.: OPTAR)
PRESENTE DO IMPERATIVO IMPERATIVO PRESENTE DO
INDICATIVO AFIRMATIVO NEGATIVO SUBJUNTIVO
opto - - opt
optas opta não opt s opt s
opta opt não opt opt
optamos opt mos não opt mos opt mos
optais optai não opt is opt is
optam opt m não opt m opt m
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Chico Buarque e Sivuca
I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso
do advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no
pretérito imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado.
II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos
grifados estão flexionados no mesmo modo.
III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A
gente agora já não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a
forma verbal resultante, sem alterar o contexto, será teríamos.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas.
(D) I e II, apenas. (E) I, II e III.
Comentário: Veja o comentário de cada frase.
A frase I está errada, porque, na música, “agora” é um advérbio de
tempo, o qual marca um determinado momento do passado. Este advérbio é
usado normalmente com ideia de tempo presente, porém houve esta mudança
de valor justamente porque os verbos estão no pretérito imperfeito do
indicativo (“era”, “falava”, etc.).
A frase II está certa, porque os verbos “Finja” e “dê” estão no modo
imperativo afirmativo.
A frase III está errada porque a primeira pessoa do plural do verbo
“tinha” é “tínhamos” (pretérito imperfeito do indicativo). O verbo colocado na
questão (teríamos) está no futuro do pretérito do indicativo.
Gabarito: B
5. Correlação
4
O Sol já despontava quando a escola entrou na passarela.
A torcida ainda acreditava no empate quando o time levou o segundo gol.
Essas são as correlações básicas e as mais importantes para a prova.
Outras mais são encontradas e o candidato deve sempre observar o
contexto para não haver prejuízo da coerência. Perceba estas outras
correlações.
Percebo que você estuda.
(presente do indicativo)
Percebi que você estudou.
(pretérito perfeito do indicativo)
Sugiro-lhe que leia o manual.
(presente do indicativo + presente do subjuntivo)
Sugeri-lhe que lesse o manual.
(pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo)
Suponho que ela tenha participado da conversa.
(presente do indicativo + verbo auxiliar no presente do subjuntivo)
Supunha que ela tivesse participado da conversa.
(pretérito imperfeito do indicativo + verbo auxiliar no pretérito imperfeito do subjuntivo)
(B) Quem não se irritava por ter sido destinatário de mensagens automáticas
que não lhe dirão respeito?
(C) O e-mail tanto poderia estar completando a obsolescência da carta como
pudesse estar representando um novo alento para ela.
(D) Teria sido conveniente pensar qual fosse a lacuna que se interponha entre
a carta e o e-mail.
(E) Nada pode estar mais distante do e-mail do que o tempo que se costuma
levar para que uma carta seja escrita e postada.
Comentário: Neste tipo de questão, o que vale é a combinação dos tempos
e modos verbais de modo a manter a coerência nos argumentos. Assim,
damos uma das possibilidades de construção.
A alternativa (A) está errada, e o ideal seria manter todos os verbos no
presente do indicativo:
A pergunta que percorre todas as bocas visa a apurar se a propagação do e-
mail vem a ressuscitar a carta.
A alternativa (B) está errada, pois não há combinação do pretérito
imperfeito do indicativo “irritava” com o futuro do presente do indicativo
“dirão”. Assim, o ideal seria a substituição pelo futuro do pretérito do
indicativo:
Quem não se irritaria por ter sido destinatário de mensagens automáticas
que não lhe diriam respeito?
A alternativa (C) está errada, pois há o famoso gerundismo (estar +
gerúndio): estar completando; estar representando. Assim, o ideal é trocar
pelo infinitivo, além da combinação dos tempos verbais. Veja:
O e-mail tanto poderia completar a obsolescência da carta como poderia
representar um novo alento para ela.
A alternativa (D) está errada, pois, ao preservarmos o tempo futuro do
pretérito do indicativo na locução verbal “Teria sido”, passaremos a ter o
verbo “seria” (futuro do pretérito do indicativo) e o verbo “interpunha”
(pretérito imperfeito do indicativo).
Teria sido conveniente pensar qual seria a lacuna que se interpunha entre a
carta e o e-mail.
A alternativa (E) é a correta, pois as locuções verbais “pode estar”,
“costuma levar” estão no presente do indicativo e combinam com o presente
do subjuntivo “seja”.
Nada pode estar mais distante do e-mail do que o tempo que se costuma
levar para que uma carta seja escrita e postada.
Gabarito: E
desenvolvidas.
A exigência de metas obrigatórias, que as nações desenvolvidas
impuseram às emergentes, terá sido uma das razões da discórdia.
Gabarito: E
algo não pontual, mas duradouro, típico desse tempo verbal. Note que a
pontualidade no tempo ocorre com o verbo “sobrevieram”, corretamente
empregado no pretérito perfeito do indicativo.
Experimentamos a certeza de que aquela grande e única alegria não
podia compensar as muitas tristezas que sobrevieram.
Na alternativa (C), os verbos “tornar-nos-emos” e “classificarão”, no
futuro do presente do indicativo, levam o verbo “resta” também para o
mesmo tempo: restarão.
Se desclassificados, tornar-nos-emos alvo da galhofa dos argentinos, e
só nos restará esperar que também eles não se classificarão.
Na alternativa (D), a locução verbal no futuro do subjuntivo “vierem a
sentir” leva o próximo verbo para o futuro do presente do indicativo: serão.
Os que nunca vierem a sentir o peso trágico de uma derrota também
não serão capazes de ter experimentado o júbilo de uma vitória.
A alternativa (E) é a correta, pois os verbos no presente do indicativo
“exalta” e “habilita” combinam com o infinitivo “vir”.
Quem se exalta com um simples jogo de futebol habilita-se, também, a
vir a se exaltar com outros prazeres simples da vida.
Gabarito: E
Grande abraço!!!
Professor Terror
Lista de questões
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia...
(B) ... era a capital da China.
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(D) ... dispararam na última década.
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
(E) Para nos sentirmos bem, é necessário cultivar certas qualidades, como a
simpatia.
I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso
do advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no
pretérito imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado.
II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos
grifados estão flexionados no mesmo modo.
III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A
gente agora já não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a
forma verbal resultante, sem alterar o contexto, será teríamos.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas.
(D) I e II, apenas. (E) I, II e III.
(D) Teria sido conveniente pensar qual fosse a lacuna que se interponha entre
a carta e o e-mail.
(E) Nada pode estar mais distante do e-mail do que o tempo que se costuma
levar para que uma carta seja escrita e postada.
(C) Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaríamos todos
preocupados com o papel que desempenhemos.
(D) Desde idos tempos os atores gozariam de uma admiração que só não será
maior por conta da desconfiança que temos de todo fingimento.
(E) O autor estaria convencido de que nosso vizinho seja capaz de fingir tão
bem quanto um ator, quando tivesse desfilado com um carro que não é
seu.