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ON PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTGES COMENTADAS "DOS CONCURSOS Aula 8 ~ Correspondéncie oficial Prof, Décio Terror Aula 8 SET Pee Sumario 1, O que é Redaciio Oficial?. 1.1. A Impessoalidade . 1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicagées Oficiais. 1.3. Formalidade e Padronizacao 1.4. Concisao e Clareza ... wuwwn 2. Pronomes de Tratamento .. 2.1. Emprego dos Pronomes de Tratamento 2.2. Fechos para Comunicagées 2.3. Identificacéo do Signatari 3. O Padrao Oficio. 4, Exposi¢ao de Motivos.. 5. Mensagem. 6. Telegrama.. 7. Fax. 8. Correio Eletrénico 9. ATA. 10. Parecer 11. Relatério. 12. Requerimento .. 13. Declaragao 14. Atestado . 15. Lista de questées para revisao ... Ola, pessoal! A teoria desta aula engloba um extrato do Manual de Redagdo da Presidéncia da Republica, para que vocé tenha em mao um material claro, efetivo e que englobe o que realmente cai na prova. Vocé vai perceber ao longo da aula que algumas vezes séo cobradas as expressées literais deste manual. Por isso evitei colocar consideracdes minhas, mas um retrato fiel sobre 0 que esse manual expée. Prof. Décio Terror www.pontodosconcu PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS Aula 8 - Correspondancia oficial Vale observar que a banca FCC no tem numero grande de questées deste assunto, motivo que me fez inserir questées de outras bancas, a fim de praticarmos bastante. 1. O que é Redacao Oficial???? Em uma frase, pode-se dizer que redaco oficial é a maneira pela qual o Poder PUblico redige atos normativos e comunicacées. A redacao oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padréo culto de linguagem, clareza, conciséo, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituicéo, que dispde, no artigo 37: “A administracaéo publica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da UniSo, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios obedeceré aos principios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia (...)". Sendo a publicidade e a impessoalidade principios fundamentais de toda administragdo publica, claro esta que devem igualmente nortear a elaboracdo dos atos e comunicagées oficiais. Nao se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensao. A transparéncia do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, so requisitos do proprio Estado de Direito: é inaceitavel que um texto legal nao seja entendido pelos cidadaéos. A publicidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisao. Esses mesmos principios (impessoalidade, clareza, uniformidade, concisdo e uso de linguagem formal) aplicam-se as comunicagées oficiais: elas devem sempre permitir uma Unica interpretaco e ser estritamente impessoais e uniformes, 0 que exige 0 uso de certo nivel de linguagem. A identificag3o das caracteristicas especificas da forma oficial de redigir nao deve ensejar o entendimento de que se proponha a criagSo ou existéncia de uma forma especifica de linguagem administrativa, o que coloquialmente e pejorativamente se chama burocratés. Este é antes uma distorco do que deve ser a redacdo oficial, e se caracteriza pelo abuso de expressdes e clichés do jargao burocratico e de formas arcaicas de construgao de frases. A redag&o oficial néo é, portanto, necessariamente arida e infensa a evolugio da lingua. E que sua finalidade basica - comunicar com impessoalidade e maxima clareza ~ impde certos pardmetros ao uso que se faz da lingua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalistico, da correspondéncia particular, etc. Apresentadas essas caracteristicas fundamentais da redac3o oficial, passemos a analise pormenorizada de cada uma delas. Prof. Décio Terror Www.pontodosconcursos.com.br u IRTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTGES COMENTADAS. - ‘Bos concunsos Aula 8 ~ Correspondéncia oficial Prof, Décio Terror 1.1. A Impessoalidade A finalidade da lingua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicagao, séo necessdrios: a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; e ¢) alguém que receba essa comunicagao. No caso da redacio oficial, quem comunica é sempre o Servigo Publico (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Diviséo, Servico, Seco); 0 que se comunica é sempre algum assunto relativo as atribuicdes do érg&o que comunica; o destinatério dessa comunicacgdo ou é 0 ptiblico, o conjunto dos cidad&os, ou outro érg&o publico, do Executivo ou dos outros Poderes da Unigo. Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicagées oficiais decorre: a) da auséncia de impressées individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado por Chefe de determinada Seco, é sempre em nome do Servico Publico que é feita a comunicacao. Obtém-se, assim, uma desejavel padronizacao, que permite que comunicagées elaboradas em diferentes setores da Administragéo guardem entre si certa uniformidade; b) da impessoalidade de quem recebe a comunicago, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadao, sempre concebido como pUblico, ou a outro érgao piiblico. Nos dois casos, temos um destinatario concebido de forma homogénea e impessoal; c) do caréter impessoal do préprio assunto tratado: se o universo ao interesse publico, é natural que ndo cabe qualquer tom particular ou pessoal. 1.2. A Linguagem dos Atos e Comunicagées Oficiais A necessidade de empregar determinado nivel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do préprio cardter publico desses atos e comunicacées; de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de cardter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadaos, ou regulam o funcionamento dos érgaos piblicos, 0 que 86 € alcancado se em’sua elaboragdo for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dd com os expedientes oficiais, cuja finalidade precipua é a de informar com clareza e objetividade. As comunicagdes que partem dos érgdos plblicos federais devem ser compreendidas por todo e qualquer cidaddo brasileiro. Para atingir esse objetivo, hd que evitar o uso de uma linguagem restrita_a determinados grupos. Nao ha duvida que um texto marcado por expressées de circulagéio restrita, como a giria, os regionalismos vocabulares ou o jargao técnico, tem sua compreensao dificultada. Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 3 D ONTO PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTGES COMENTADAS - "DOS CONCURSOS Aula 8 ~ Correspondénc Prof, Décio Tes Ressalte-se que ha necessariamente uma disténcia entre a linqua falada ¢ a escrita. Aquela é extremamente dindmica, reflete de forma imediata qualquer alteracéo de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensdo, como os gestos, a entoagio, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsaveis por essa distancia. Ja a lingua escrita incorpora mais lentamente as transformagdes, tem maior vocaco para a permanéncia, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. A lingua escrita, como a falada, compreende diferentes niveis, de acordo com 0 uso que dela se faca. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padréo de linguagem que incorpore expressdes extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer juridico, néo se ha de estranhar a presenga do vocabulario técnico correspondente. Nos dois casos, ha um padréo de linguagem que atende ao uso que se faz da lingua, a finalidade com que a empregamos. © mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu carter impessoal, por sua finalidade de informar com o maximo de clareza e concis&o, eles requerem © uso do padrdo culto da lingua. Ha consenso de que padrao culto é aquele em que a) observam-se as regras da gramatica formal, e b) emprega-se um vocabulério comum ao conjunto dos usudrios do idioma. E importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do padrao culto na redago oficial decorre do fato de que ele esta acima das diferencas lexicais, morfolégicas ou sintaticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguisticas, permitindo, por essa razéo, que se atinja a pretendida compreensdo por todos os cidadaos. Lembre-se de que o padr&o culto nada tem contra a simplicidade de expresso, desde que ndo seja confundida com pobreza de expresso. De nenhuma forma o uso do padr&o culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintaticos e figuras de linguagem préprios da lingua literaria. Pode-se concluir, entéo, que ndo existe propriamente um “padrgo oficial de linquagem"; 0 que ha é 0 uso do padrao culto nos atos e comunicagées oficiais. E claro que havera preferéncia pelo uso de determinadas expressées, ou sera obedecida certa tradic&o no emprego das formas sintaticas, mas isso no implica, necessariamente, que se consagre a utilizag3o de uma forma de linguagem burocratica. O jargao burocratico, como todo jargao, deve ser evitado, pois teré sempre sua compreensao limitada. Seni * exijam, sendo de evitar_o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos académicos, e mesmo o vocabulario proprio a determinada area, sao de dificil entendimento por quem nao esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicité-los em comunicagdes encaminhadas a outros 6rgiios da administrac&o e em expedientes dirigidos aos cidaddos. oncursos.com.br 4 Prof. Décio Terror www.pontod PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS DOS CONCUREOE Aula 8~ Correspondéncia oficial Prof, Décio Terror 1.3. Formal Jade e Padronizacéo As comunicagées oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das mencionadas exigéncias de impessoalidade e uso do padrao culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Nao se trata somente da eterna duvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nivel; mais do que isso, a formalidade diz respeito a polidez, & civilidade no préprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicagao. A formalidade de tratamento vincula-se, também, a necesséria uniformidade das comunicages. Ora, se a administracio federal é una, é natural que as comunicagdes que expede sigam um mesmo padréo. O estabelecimento desse padréo exige que se atente para todas as caracteristicas da redacdo oficial e que se cuide, ainda, da apresentaco dos textos. 1.4. Concisdo e Clareza A concisao é antes uma qualidade do que uma caracteristica do texto oficial. Conciso é 0 texto que conseque transmitir um maximo de informacées com_um _minimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, 0 necessdrio tempo para revisar o texto depois de pronto. E nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundancias ou repeticées desnecessarias de ideias. © esforgo de sermos concisos atende, basicamente, ao principio de economia linguistica, 4 mencionada formula de empregar o minimo de palavras para informar o maximo. Nao se deve de forma alguma entendé-la como economia de pensamento, isto é, n’o se devem eliminar passagens substanciais do texto no afé de reduzi-lo em tamanho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras intiteis, redundancias, passagens que nada acrescentem ao que jd foi dito. Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e ideias secundarias. Estas ultimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhd-las, exemplificd-las; mas existem também ideias secundarias que nao acrescentam informagao alguma ao texto, nem tém maior relagdo com as fundamentais, podendo, por isso, ser dispensadas. A clareza deve ser a qualidade basica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensao pelo leitor, No entanto a clareza nao é algo que se atinja por si sé: ela depende estritamente das demais caracteristicas da redaco oficial. Para ela concorrem: a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretacdes que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 5 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS os concunses Aula 8~ Correspondéne Prof, Décio Tes b) 0 uso do padréio culto de linguagem, em principio, de entendimento geral e por definicéo avesso a vocabulos de circulacdo restrita, como a giria e 0 jargao; c) a formalidade e a padronizagéo, que possibilitam a imprescindivel uniformidade dos textos; d) a conciséo, que faz desaparecer do texto os excessos linguisticos que nada Ihe acrescentam. E pela correta observacéo dessas caracteristicas que se redige com clareza. Contribuird, ainda, a indispensavel releitura de todo texto redigido. A ocorréncia, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possivel sua corresao. Na reviséo de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele seré de facil compreenséo por seu destinatario. O que nos parece dbvio pode ser desconhecido por terceiros. O dominio que adquirimos sobre certos assuntos em decorréncia de nossa experiéncia profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareca, precise os termos técnicos, o significado das siglas e abreviagdes e os conceitos especificos que n&o possam ser dispensados. A revisdo atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que s&o elaboradas certas comunicacdes quase sempre compromete sua clareza. Nao se deve proceder a redac&o de um texto que ndo seja seguida por sua revisdo. “Wao hd assuntos urgentes, ha assuntos atrasados”, diz a maxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejével repercussdo no redigi [Questao 1: TJ AM 2011 Superior (banca FCC) Clareza © corresao, imprescindiveis na redagao de correspondéncia oficial, estdo presentes em: (A) Em atengao a solicitac&o recebida por este departamento, vimos informar a V. Exa. que seréo tomadas as devidas providéncias, bem como encaminhadas as informagées dentro do prazo estipulado, como requerem os objetivos de transparéncia e agilidade no cumprimento de nossas fungdes. (B) As Comissées Legislativas que se encarregaram de avaliar os projetos elaborados por deputados dessa bancada sugeriram que sejam submetidos a maiores esclarecimentos, no sentido de se ampliar sua participacéio na drea abrangida por eles, a ser encaminhadas por escrito. (C) A Vossa Exceléncia, ilustre e nobre Deputado, estamos encaminhando reivindicagdes dos moradores deste municipio, que diz respeito a melhoria efetiva de nossas estradas, facilitando 0 acesso e o transporte de bens produzidos aqui para comercializacao nas cidades vizinhas. (D) Como se tratavam de situaées calamitosas, causadas por chuvas torrenciais, provocando deslizamentos de morros, soterramento de pessoas, inundac&o de casas, sem os remédios para controlar eventuais epidemias, viemos solicitar a liberagao das verbas do municipio contra catéstrofes. Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 6 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS os concunses Aula 8~ Correspondéneis oficial Prot. Décio Terror (© Aproveitamos o ensejo para esclarecer a V. Sa. que nos € obrigado a enfatizar as conclusdes apostas a este Parecer, porque, quando se iniciar 0s trabalhos desta legislatura, iré aparecer, sem duvida, as origens dessa crise em que se mergulhou recentemente. Comentario: A alternativa (A) esté correta, porque o texto encontra-se de acordo com a norma culta e se percebe clareza nas informacdes. Note que nao ha ambiguidade. Na alternativa (B), a locuggo verbal da voz passiva “sejam submetidos” € transitiva direta e indireta. O objeto indireto ¢ a expresso “a maiores esclarecimentos", mas 0 sujeito paciente nao foi expresso literalmente no texto, 0 que nos deixa em diivida sobre dois possiveis referentes: “deputados” ou “os projetos elaborados por deputados”. Os pronomes “sua” e “eles” colaboram para que haja a indeciséo do referente. Assim, 0 texto ndo esta claro. Esté ambiguo. A express&o “a ser encaminhadas por escrito” n&o possui referente, pois a unica expresso plural e feminina mencionada anteriormente é "As Comissées Legisiativas”, mas, além de estar muito distante, n&o cabe neste contexto. Na alternativa (C), a express&o “ilustre e nobre Deputado" fere a impessoalidade, a objetividade e a concis&o, por ser um tratamento de cunho pessoal. Veja que essa expressdio nao acrescenta em nada o que jé fora expresso no pronome “Vossa Exceléncia”. Além disso, ha problemas gramaticais, pois o pronome relativo “que” esta na fungao de sujeito e retoma “teivindicagdes”, fazendo com que o verbo se flexione no plural (dizem). O substantivo “respeito” exige preposicéo “a” e 0 substantive “melhoria” € antecipado do artigo “a”, por isso ha crase (a melhoria). Na alternativa (D), 0 verbo transitivo indireto “tratavam” nao se encontra flexionado de acordo com a norma culta, pois o pronome “se” é 0 indice de indeterminac&o do sujeito, assim o verbo obrigatoriamente deve se flexionar na terceira pessoa do singular. Quanto a clareza, seria melhor a expressdo “contra catdstrofes" ficar préxima de seu nticleo “verbas”. Na alternativa (E), a express&o “nos é obrigado a enfatizar” n3o possui sujeito, pois “nos” e “a enfatizar” néo podem ser sujeito da expressdo “é obrigado”. O primeiro, por ser um pronome atono, o segundo, por ser uma oragao iniciada por preposic&o. O ideal é transformar a expressao em "somos obrigados a enfatizar” ou "nos é obrigado enfatizar” (isso é obrigado a nés). verbo “iniciar” & transitivo direto e 0 pronome “se” é apassivador. Assim, a expresso “os trabalhos desta legislatura” é 0 sujeito paciente, o qual forga este verbo ao plural: iniciarem. Para termos certeza de que realmente ha pronome apassivador, devemos transpor para a voz passiva analitica: ...quando os trabalhos desta legislatura forem iniciados. A locugio verbal “iré aparecer” deve ser flexionada no plural (iro aparecer), pois 0 sujeito “as origens dessa crise” encontra-se no plural. Note que o verbo “mergulhou” esté corretamente empregado no singular, por ser intransitive, 0 pronome “se” ser o indice de indeterminagao do sujeito e a expressdo “em que" ser 0 adjunto adverbial de lugar. Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 7 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS os concunses Aula 8 Correspondénes oficial Prof, Décio Terror Gabarito: A [Quest&io 2: MEC 2008 Superior (banca FGV) ‘As questdes a seguir referem-se ao Manual de Redagdo da Presidéncia da Republica. A respeito da redaco oficial, analise as afirmativas a seguir: I. As comunicagGes oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma: além das exigéncias de impessoalidade e uso do padrdo culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Néo se trata somente da eterna divida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nivel; mais do que isso, a formalidade diz respeito a polidez, & civilidade no’ préprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicacéo. II. A linguagem técnica deve ser empregada apenas em situacées que a exijam, sendo de evitar 0 seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos académicos, e mesmo o vocabulério préprio a determinada area, sdo de dificil entendimento por quem nao esteja com eles familiarizado. Deve-se ter 0 cuidado, portanto, de explicita-los em comunicagées encaminhadas a outros érgaos da administracéo e em expedientes dirigidos aos cidados. III. N&o hé necessariamente uma distancia entre a lingua falada e a escrita. Aquela é extremamente dindmica, reflete de forma imediata qualquer alterago de costumes, e pode eventualmente contar com outros elementos que auxiliem a sua compreensio, como os gestos, a entoacéo, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsdveis por essa distancia. J4 a lingua escrita_ incorpora mais lentamente as transformagdes, tem maior vocacio para a permanéncia, e vale-se apenas de si mesma para comunicar. Assinale: (A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas I ¢ III estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se nenhuma afirmativa estiver correta. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. ‘Comentario: A frase I é uma copia da introdugéo do Manual de Redagao da Presidéncia da Republica. Perceba que as palavras mais importantes séo: impessoalidade, formalidade, padréo culto. Veja isso no tépico 1.3 anteriormente referenciado. Na frase II, perceba uma afirmacdo realmente légica. O termo técnico pode ser usado quando necessario. Porém, se o documento é enviado a quem possa nao ter conhecimento, é natural que seja explicado no decorrer do texto. Isso esté previsto no 9° pardgrafo do tépico 1.2 anteriormente referenciado. © erro na frase III 6 0 advérbio “Nao”. Ha, sim, um distanciamento entre lingua falada e lingua escrita, e todo 0 trecho acima confirmou isso. Veja Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 8 PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS DOS CONCUROE Aula 8 ondénca oficial Prof. Décio no 3° paragrafo do tépico 1.2. Gabarito: A [ Questdo 3: TRT 16 R - 2009 - Analista (banca FCC) ‘A ocorréncia de ambiguidade e falta de clareza faz necessaria uma revisdo da seguinte frase: (A) Causa-nos revolta, a todos, 0 pouco interesse que ele vem demonstrando na condugéio desse processo - razéio pela qual ha quem peca a demiss&o dele. (B) Conquanto ele nos haja dado uma resposta inconclusiva e protelado a deciséo, hé quem creia que nos satisfard o desfecho deste caso. (C) Inconformados com a resposta insatisfatéria que nos deu, reiteramos o pedido para que ele nao deixe de tomar as providéncias que o caso requer. (D) Ele deu uma resposta insatisfatéria & providéncia que Ihe solicitamos, em raz&o da qual seré preciso insistir em que nao venha a repeti-la. (E) Caso nao sejam tomadas as providéncias cabiveis, seremos obrigados a comunicar Direcdo 0 menoscabo com que esté sendo tratado este caso. Comentario: Nao esté claro na alternativa (D) a quem a expressdo “da qual” se refere: a “resposta” ou a “providéncia". O texto poderia ser mais claro, concorda? Vale lembrar que, neste tipo de questo, devemos ficar ligados nos referentes: a quem os pronomes, substantivos ou verbos se referem. Normalmente, vocé tera um pronome possessivo (“sua”, “seu") como elemento que mostrard a ambiguidade. Nesta questéo, especificamente, n&o houve 0 pronome possessivo, mas vocé o vera em outras. Gabarito: D [Questao 4: TRT 12R 2010 Analista (banca FCC) ‘Ao se redigir um documento oficial, deve-se atentar para as seguintes recomendagées: I. Praticar a concisdo e a clareza, de modo a que poucas palavras possam trazer muita informag&o, n&o deixando divida quanto a significacéo do conjunto do texto. IL. A comunicagao oficial ndo exime o redator de manifestar claramente sua subjetividade, por meio de opiniées criativas e do posicionamento estritamente pessoal diante de uma questao. Ill. A formalidade da linguagem € uma caracteristica imprescindivel da redagdo oficial, fazendo-se notar, por exemplo, pela observancia da norma culta e pelas formas protocolares de tratamento. Esta correto 0 que consta APENAS em (A) I. (B) IL. (C) OL. (D) Te U1. (E) Mell. Prof. Décio T www.pontodosconcu PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES "DOS CONCURSOS Aula & pondénc Prof, Décio ‘Comentario: A frase I esta correta, pois transmite o que se diz no topico 1.4 sobre con Assim, eliminamos as alternativas (B), (C) e (E) € j4 sabemos que a frase IT esté errada. Mas devemos confirmar. A frase II realmente esta errada, pois o texto deve ser objetivo e sem impressdes pessoais. Leia 0 que se diz no tépico 1.1 sobre a impessoalidade. A frase III também expressa o que se informa no tdpico 1.3 sobre a formalidade e a padronizagSo. Releia o primeiro pardgrafo deste tépico. Portanto, a alternativa correta é a (D). Gabarito: D | Questao 5: TRE RN 2011 Técnico (banca FCC) ‘A redacdo de documentos oficiais deve pautar-se por impessoalidade, clareza, conciséo e pelo uso correto da norma culta. Todas essas qualidades so respeitadas no seguinte trecho: (A) Este setor do Governo Estadual, responsavel pelo atendimento a vitimas de desastres naturais, elaborou um plano geral de assisténcia a ser encaminhado as entidades que colaboram nesse atendimento, para a adequada efetivacdo dos trabalhos nas ocasides de calamidade publica. (B) O Instituto Beneficio para Todos devera estar sendo convidado para fazer parte de uma campanha destinada a angariar donativos, que se espera seja suficiente para atender a todos os desabrigados da enchente; conforme estipulado pela Coordenadoria, que foi considerada de relevante interesse social. (C) Como Deputado da Bancada Estadual, sinto-me avexado por que néo estou podendo atender com mais prontidéo e beneficios as vitimas dessa implacavel seca, que teve motives alheios a minha vontade para ndo conseguir isso. (D) Membros da Comissao Técnica destinada a averiguar a distribuicdéo de favores em troca de votos, apurou que o Presidente do Conselho de Agricultores do Estado afirmou ao seu Vice de que ele poderia estar sendo investigado por desvio de verbas. (E) © critério metodolégico de escolha dos participantes das equipes de atendimento a vitimas de desastres naturais esto sendo preparados, tendo em vista que é importante observar a correspondéncia entre tais desastres e o atingimento de pessoas nessa situacdo. Comentario: Perceba que a alternativa (A) possui um texto claro, impessoal e gramaticalmente correto. A alternativa (B) esté errada, pois o gerundismo “deverd estar sendo convidado" fere a norma culta. O ideal é a correcéo para “deverd ser convidado". A expresso “que se espera seja suficiente” ndo é essencial para o texto e, por concisdo, deve ser excluida. Na expressdio “para fazer parte”, a preposigéo “para” deve ser substituida pela preposigao “a” por iniciar uma oracao com valor de objeto indireto. O adjunto adverbial “conforme estipulado pela Coordenadoria" e a oragéo subordinada adjetiva explicativa “que foi considerada de relevante interesse social’, na posicao em que se encontram, nao transmitem clareza Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 10 COMENTADAS PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTGES COMENTADAS DOS CONCURO Aula 8~ Correspondéncia oficial Prot. Décio Terror quanto ao seu referente. O adjunto adverbial se refere a locugdo verbal “deveré ser convidado" e a oracdo adjetiva se refere ao substantivo “campanha”. Como essas informagées estdo distantes dos seus referentes e no so essenciais ao entendimento do texto, podem ser excluidas. A alternativa (C) esta errada, pois o texto contém subjetivismo nas expressées “sinto-me avexado", “minha vontade". Além disso, hé problema gramatical, pois a expressao “por que” deve ser unida por ser uma conjung&o causal (porque). O verbo “atender” esté bem empregado, pois, neste contexto, admite ser transitive direto, por isso n&o ha obrigatoriedade de crase em “as vitimas”. A expresso “para no conseguir isso”, além de nao ser clara, ndo é essencial para o texto, devendo ser excluida. A oragdo subordinada adjetiva explicativa “que teve motives alheios 4 minha vontade” esté empregada equivocadamente, pois esta explicando o substantivo “seca”, 0 que a torna incoerente. A alternativa (D) esté errada, porque a orac&o subordinada adjetiva reduzida de participio “destinada a averiguar a distribuicéo de favores em troca de votos" restringe a expressdo “Comissao Técnica”. Por isso, néo pode haver virgula fechando essa oracdo. Deve-se retirar a virgula apés “votos". Além disso, o sujeito plural forca o verbo ao plural: “Membros...apuraram...” © verbo “afirmou” é transitivo direto e indireto, a expresséio “ao seu Vice" & objeto indireto, por isso deve-se retirar a preposigdo “de” antes da conjuncéo integrante “que”, a qual inicia a orag&o subordinada substantia objetiva direta “que ele poderia estar sendo investigado por desvio de verbas". Perceba que néo podemos entender a locugéo verbal “poderia estar sendo investigado” como gerundismo, pois a reducéo para “poderia ser Investigado” muda o sentido, confirmando que seu uso esta correto. A alternativa (E) estd errada, pois se deve retirar o acento indicativo de crase em “A vitimas”. Note que o substantivo esté no plural e 0 vocdbulo “a” estd no singular, por isso s6 ha preposic&o “a”. Além disso, 0 nucleo do sujeito | (critério) leva a locucdo verbal ao singular (esté sendo preparado). Gabarito: A | Questo 6: TRE RN 2011 Analista (banca FCC) Considerando-se as qualidades exigidas na redagdo de documentos oficiais, esta INCORRETA a afirmativa: (A) A concisdo procura evitar excessos linguisticos que nada acrescentam ao objetivo imediato do documento a ser redigido, dispensando detalhes irrelevantes e evitando elementos de subjetividade, inapropriados ao texto oficial. (B) A impessoalidade, associada ao principio da finalidade, exige que a redac&o de um documento seja feita em nome do servico publico e tenha por objetivo o interesse geral dos cidadaos, ndo sendo permitido seu uso no interesse préprio ou de terceiros. (C) Clareza e preciso séo importantes na comunicagao oficial e devem ser empregados termos de conhecimento geral, evitando-se, principalmente, a_possibilidade de interpretacdes equivocadas, como na_afirmativa: O Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br u PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS es concenses hula 8 Correspondéneis oficial Prof, Décio Terror Diretor informou ao seu secretdrio que os relatérios deveriam ser encaminhados a ele. (D) A linguagem empregada na correspondéncia oficial, ainda que respeitando a norma culta, deve apresentar termos de acordo com a regio e com requinte adequado a importancia da fung&o desempenhada pela autoridade a quem se dirige o documento. (E) Textos oficiais devem ser redigidos de acordo com a formalidade, ou seja, ha certos procedimentos, normas e padrées que devem ser respeitados com base na observancia de principios ditados pela civilidade, como cortesia e polidez, expressos na forma especifica de tratamento. Comentario: A alternativa (A) esté de acordo com o tépico 1.4. A alternativa (B) esta de acordo com o tépico 1.1. A alternativa (C) esta de acordo com 0 tépico 1.4. 0 exemplo colocado nesta alternativa nos mostra um problema de clareza: “O Diretor informou ao seu secretaério que os relatérios deveriam ser encaminhados a ele.” A quem se refere o pronome “ele”? Ao “Diretor” ou ao “secretario"? Veja que a alternativa (D) vai contra os principios analisados no tépico 1.2 (A linguagem dos Atos e Comunicagées Oficiais). A oracdo subordinada adverbial concessiva “ainda que respeitando a norma culta” faz entender que normalmente nao ha necessidade de respeitar 0 padrao culto, 0 que ndo esta em conformidade com a linguagem da correspondéncia oficial. Além disso, deve-se evitar o regionalismo e linguagem rebuscada, pois deve ser transmitida de maneira mais clara e objetiva possivel. Veja que a alternativa (E) esta de acordo com 0 que prevé 0 tépico 1.3. Gabarito: D 2. Pronomes de Tratamento © uso de pronomes e locucdes pronominais de tratamento tem larga tradic&io na lingua portuguesa. 2.1. Concordancia com os Pronomes de Tratamento Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto a concordancia verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram a segunda pessoa gramatical (a pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicacao), levam a concordancia para a terceira pessoa. E que o verbo concorda com o substantivo que integra a locug&o como seu nucleo sintatico: “Vossa Senhoria nomeard o substituto”; “Vossa Exceléncia conhece 0 assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento so sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomearé seu substituto” (e ndo “Vossa ... vosso...”). J& quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, 0 género gramatical deve coincidir com 0 sexo da pessoa a que se refere, e ndo com o substantivo que compde a locuc&o. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto & “Vossa Exceléncia esté atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeito”; se Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 12 Ponto. for mulher, “Vossa Exceléncia esté atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita". Isso tem uma raz&o légica dentro da correspondéncia oficial: slareza na informagao. Observacées: Prof. Décio 7 a. Quando esses pronomes estéo na fungo de objeto indireto ou complemento nominal, antecedidos da preposicgo "a", ndo recebem crase, pois no admitem artigo: Refiro-me a Vossa Senhoria. b. Também s&o pronomes de tratamento o senhor, a senhora e vocé, vocés. O senhor e a senhora s’o empregados num tratamento formal; vocé ¢ vocés, no tratamento familiar e amigavel. Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for precedido de preposig&o “a”, haverd crasi Refiro-me a senhora Gioconda. ¢. Usa-se "Vossa", quando conversamos com a pessoa, e “Sua”, quando falamos da pessoa. Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e nao com as de Sua Exceléncia, o Prefeito, que se encontra ausente. [Quest&o 7: Fiotec / 2010 / Auxiliar Adm (banca Funrio) Suponha que 0 primeiro paragrafo de um memorando tenha sido redigido da seguinte maneira: “Nos termos do Plano Geral de informatizagao, solicito que Vossa Senhoria possa estar verificando a possibilidade de que instale-se trés microcomputadores neste Departamento." Se corrigirmos os problemas linguisticos encontrados no texto acima, teremos a seguinte redagao: A) Nos termos do Plano Geral de informatizacao, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados trés microcomputadores neste Departamento. B) Nos termos do Plano Geral de informatizacdo, solicito que Vossa Senhoria venha a verificar a possibilidade de que se instale trés microcomputadores em nosso Departamento. C) Nos termos do Plano Geral de informatizac&o, solicitamos a V. Sa que verifique a possibilidade de ser instalado trés microcomputadores nesse Departamento. D) Nos termos do Plano Geral Informatizacional, solicito a V. Sa a verificagdo da possibilidade de que sejam instalados trés computadores de pequeno porte no Departamento signatério. E) Nos termos do Plano Geral de informatizacdo, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que se instale trés microcomputadores nesse Departamento. Comentario: Nesta questéo, devemos basicamente entender que um texto Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br B IRTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTGES COMENTADAS Aula 8 ~ Correspondéncia oficial PORTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTOES COMENTADAS a CNCUNSOE Correspondincis oficial Prot. Décio de correspondéncia oficial deve primar pela utilizagdo da norma culta. Assim, devemos observar os erros no trecho do pedido da questdo e escolher a alternativa que nao apresenta tais vicios. “Nos termos do Plano Geral de informatizacao, solicito que Vossa Senhoria possa_estar_verificando a possibilidade de que se instale trés microcomputadores neste Departamento." Primeiramente, veja que € vicio de linguagem utilizar 0 gerundismo (‘possa estar verificando”). 0 gerundismo é 0 uso impréprio do gerundio. Para eliminar 0 erro, basta excluir “possa estar” e transformar o gerUndio em presente do subjuntivo (verifique). Além disso, note que a conjunc&o integrante “que” é palavra atrativa, por isso o pronome pessoal obliquo atono “se” deve se posicionar imediatamente antes do verbo ("gue se instale”). Por fim, 0 verbo “instale” € transitivo direto, 0 pronome “se” é apassivador e 0 termo plural “trés microcomputadores” é 0 sujeito paciente e forca o verbo ao plural (que se instalem trés microcomputadores). Veja a correcao da frase: “Nos termos do Plano Geral de informatizagao, solicito que Vossa Senhoria verifique a possibilidade de que se instalem trés microcomputadores neste Departamento.” Agora, vamos as alternativas: A alternativa (B) esta errada, pois a concordancia do verbo “instale” continua errada. Além disso, nado cabe a preposicao “a” em “venha a verificar”. Veja a corregao: Nos termos do Plano Geral de informatizaco, solicito que Vossa Senhoria venha verificar a possibilidade de que se instalem trés microcomputadores em nosso Departamento. A alternativa (C) estd errada, pois a locug3o verbal deve concordar com © sujeito paciente. Além disso, deve haver o pronome “neste”, tendo em vista ser 0 departamento de onde partiu a comunicacéo. Note que deve haver o ponto para finalizar a abreviacao “Sa.”. Veja a corregao: Nos termos do Plano Geral de informatizacSo, solicitamos a W. Sa. que verifique a possibilidade de serem instalados trés microcomputadores neste Departamento. A alternativa (D) esté errada, pois nao pode haver crase antes do pronome de tratamento “V. Sa.”. As demais alteragdes esto de acordo com a norma culta. Nos termos do Plano Geral Informatizacional, solicito a V. Sa. a verificagao da possibilidade de que sejam instalados trés computadores de pequeno porte no Departamento signatario. A alternativa (E) estd errada, tendo em vista que o verbo nao concorda com 0 sujeito paciente. Além disso, deve haver o pronome “neste”, tendo em vista ser 0 departamento de onde partiu a comunicagao. Veja a corregao: Nos termos do Plano Geral de informatizaco, solicito a Vossa Senhoria Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br M4 IRTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTGES COMENTADAS DOs coucuRsOs Aula 8 ~ Correspondénc Prof, Décio Ter verificar a possibilidade de que se instalem trés microcomputadores neste Departamento. Assim, a alternativa (A) é a correta, pois as alteracées realizadas na frase preservam a norma culta. Veja: Nos termos do Plano Geral de informatizagSo, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados trés_microcomputadores neste Departamento. Gabarito: A [Quest&o 8: TRT 16 R - 2009 — Analista (banca FCC) A correspondéncia oficial ndo dispensa nem os protocolos de rigor que lhe sdo préprios, nem a maxima objetividade no tratamento do assunto em tela, Nao cabendo 0 coloquialismo do tratamento na pessoa vocé, é preciso conhecer 0 emprego mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Exceléncia, por exemplo, pata os casos em que essas ou outras formas mais respeitosas se impéem. Quanto disposico da matéria tratada, a redacdo deve ser clara e precisa, para que se evitem ambiguidades, incoeréncias e quebras sintaticas. (Diégenes Moreyra, inédito) Quanto ao emprego das formas de tratamento, esté correta a seguinte construg&o: (A) Se preferires, adiaremos 0 simpésio para que n&o nos privemos de sua coordenacéio, Exceléncia, bem como das sugestdes que certamente tereis a nos oferecer. (B) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem honrado, razo pela qual, antecipadamente, deixamos-Ihe aqui nosso profundo reconhecimento. (C) Vimos comunicar a Vossa Exceléncia que j4 se encontra a vossa disposiggo 0 relatério que nos incumbiste de providenciar ha cerca de uma semana. (D) Diga a Vossa Senhoria que estamos a espera de suas providéncias, das quais n&o nos cabe tratar com seu adjunto - grande, embora, seja a consideracéio, meu caro senhor, que Ihe dispensamos. (E) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atencéo. ‘Comentario: Devemos nos lembrar de que os verbos ou pronomes que sé referem a pronomes de tratamento devem se flexionar na terceira pessoa. Foi que ocorreu na alternativa (B) e por isso esta correta. Veja as frases abaixo corrigidas: (A) Se preferir, adiaremos 0 simpésio para que n&o nos privemos de sua coordenacdio, Exceléncia, bem como das sugestdes que certamente tera a nos oferecer. (C) Vimos comunicar a Vossa Exceléncia que jé se encontra a sua disposig&o 0 relatério que nos incumbiu de providenciar ha cerca de uma semana. (D) Diga a Sua Senhoria (nao se esta falando diretamente com a autoridade) que estamos a espera de suas providéncias, das quais néo nos cabe tratar ‘oncursos.com.br 15 www.pontodos IRTUGUES P/ INSS TEORIA E QUESTGES COMENTADAS "DOS CONCURSOS Aula 8 ~ Correspondéncia oficial Prof, Décio 7 ‘com seu adjunto - grande, embora, seja a consideragdo, meu caro senhor, que Ihe dispensamos. (E) Esperamos que Vossa Senhoria seja capaz de atender aos nossos reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a sua atencdo. Gabarito: B | Questo 9: BB 2010 - Escriturario (banca FCC) A redacao inteiramente apropriada e correta de um documento oficial &: (A) Estamos encaminhando @ Vossa Senhoria algumas reivindicagdes, e esperamos poder estar sendo recebidos em vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais. (B) 0 texto ora aprovado em sesso extraordinaria prevé a redistribuigéo de pessoal especializado em servicos gerais para os departamentos que foram recentemente criados. (C) Estou encaminhando a presenca de V. Sa. este jovem, muito inteligente e esperto, que Ihe vai resolver os problemas do sistema de informatizacdo de seu gabinete. (D) Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste departamento, faltaram um numero grande de servidores para os andamentos do servico. (E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica dificil vos informar de quais providéncias vo ser tomadas para resolver essa confuséo que foi criado pelos manifestantes. ‘Comentario: Sabendo-se que o documento oficial deve ser escrito de acordo com a norma culta e transmitir clareza, veja a reescrita j4 corrigida abaixo: Na (A), ndo ha crase antes de pronome de tratamento. O gerundismo é vicio de linguagem, por isso a expressdo verbal foi reestruturada. Estamos encaminhando a Vossa Senhoria algumas_reivindicagées, e esperamos ser recebidos em seu gabinete para discutirmos nossos problemas salariais. A alternativa (B) ¢ a correta, porque o texto segue a norma culta, é claro, objetivo, impessoal e conciso. Na alternativa (C), foram inseridos vocdbulos desnecessarios ("presenca", “ihe") e inadequados por transmitirem impressées pessoais: “este jovem”, “muito inteligente e esperto”. Estou encaminhando a V. Sa. uma pessoa que vai resolver os problemas do sistema de informatizacao de seu gabinete. Na alternativa (D), 0 verbo deve concordar com 0 nticleo do sujeito (faltou um numero). Veja: Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste departamento, faltou um numero grande de servidores para os andamentos do servico. Na alternativa (E), deve-se retirar 0 pleonasmo “nosso"/"pessoal”, além Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 16

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