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PAULO, Fernanda dos Santos; DICKMANN, Ivo (organizadores).

Cartas pedagógicas:
tópicos epistêmico-metodológicos na educação popular. / 1. ed. – Chapecó: Livrologia, 2020.
(Coleção Paulo Freire; v. 2).

http://e-books.contato.site/cartaspedagogicas

Artigo:Educação Popular como humanização p.31


Fernanda dos Santos Paulo

Daí a Carta Pedagógica ser um instrumento de luta, podendo servir de fundamento


para a continuidadeda concepção de Educação Popular como humanização enão
apenas como educação destinada à classe popular.

Em outraspalavras, a Educação Popular tem como projeto umaeducação


humanizadora, cujo horizonte é uma sociedade emancipadora. Se esse é seu projeto,
toda carta pedagógica ancorada nos princípios da Educação Populartem,
necessariamente, uma escrita engajada na luta pelasuperação da sociedade de
classes. Engajar-se é umacaracterística de quem escreve cartas pedagógicas
Igualmente, refletimos sobre algumas características de uma Carta Pedagógica à luz p.30-
da Educação Popular, e, diante de tais reflexões, dois apontamentos merecem 31
destaque:

1. A Educação Popular de libertação é um movimento permanente e participativo


que problematiza a ordem social vigente, o sistema capitalista,mobilizando o povo‖
para uma transformaçãoradical e profunda desse modo de produção.

2. A Educação Popular com compromisso sociopolítico, pedagógico, ético e


epistemológico, apresentando e enfatizando a produção de conhecimento com vistas
à transformação social. Essaeducação não separa os saberes dos livros daquelesque
emergem das lutas populares. Por esse motivo,as metodologias dos temas geradores
são inspiradoras no processo de compreensão da EducaçãoPopular como
humanização.

Diante desses escritos acerca da Educação Popular,identificamos a necessidade de


escrevermos mais cartassobre o que pensamos, desejamos, lutamos e construímos.
A presença das dimensões política, epistemológicae antropológica são
características que definem a Educação Popular a partir de Paulo Freire e de
Brandão comoeducação humanizadora e libertadora. Os significados esentidos da
educação nessa perspectiva estão implicadosna afirmação da pedagogia da luta e da
formação ético-política com vistas à emancipação social e humana.

Artigo: Educação Popular como humanização


Fernanda dos Santos Paulo

As dez característicasde uma carta pedagógica p.37-


Ivanio Dickmann 51

Recomendação da leitura completa do texto


CARTA PEDAGÓGICA de Paris: registros de uma experiência em processo p.59-
Ana Lúcia Souza de Freitas 60

“Nesta Carta Pedagógica de Paris, apresento algunsregistros de uma experiência em


processo com o intuitode contribuir para a reinvenção do conceito, partindo
doentendimento de que a referida reinvenção se realiza apartir de práticas que lhes
atribuam sentidos e significados. Para tanto, levando em conta a brevidade inerente
àescrita de uma carta, faço uso de um outro modo de expressão: as
imagens.Convido para pausar a leitura do texto neste momento e dedicar alguns
instantes para fazer a leitura daimagem de abertura (Figura 01), bem como da
epígrafeque a complementa. Proponho observar atentamente,buscando reconhecer
as informações nelas contidas einferir o que se pretende expressar com essa
composição.
Sugiro anotar suas percepções, lembranças e curiosidades provocadas pela leitura
da imagem antes de prosseguir a leitura do texto. Essa pode ser uma forma de
exercer o diálogo com seu próprio pensamento, levando emconta as possíveis
relações entre o conteúdo do texto esua experiência em relação às Cartas
Pedagógicas.

[…] Pausa para observação e anotações.


O emprego de suas palavras como epígrafe desta Carta Pedagógica de Paris tem a p.66
intenção de convidarpara o compartilhamento das experiências já existentes,bem
como de incentivar o emprego de Cartas Pedagógicas em outras ações de ensino,
pesquisa, extensão e gestão. Compreender e usufruir o potencial
emancipatórioimplícito no legado das Cartas Pedagógicas é, pois, umaperspectiva
que se espraia e nos desafia a fortalecer parcerias no movimento de reinvenção do
legado de PauloFreire.

CARTA PEDAGÓGICA de Paris: registros de uma experiência em processo


Ana Lúcia Souza de Freitas

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