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NAVEGÂNCIA: NAVEGAR NA ERRÂNCIA

Dupla Amanda e Su

~ CCA AMAS Vila Medeiros e Biblioteca Nuto Sant’Anna ~

Navegância: navegar na errância


Nas águas do Piá nos lançamos na condição de errantes, aqueles
que erram, que não têm residência fixa, vivem como nômades. Navegamos
nas descobertas feitas pelo caminho traçado junto com as crianças e
adolescentes.

…Às vezes a realidade pode parecer uma baleia gigante


atormentando as águas onde velejamos, fazendo nosso pequeno barco
rumar por correntezas irreconhecíveis…

Pode ser essa uma metáfora para nossos encontros com os piás!

Nesse caso, o que fazer quando o desconhecido é tudo o que temos


adiante? Como aceitar a experimentação, o improviso, a errância sem
aderir à negação da realidade? Como driblar os formatos pré
determinados e ressignificar as ideias que concebemos do que poderia ser
uma boa prática artístico-pedagógica?

O mar com o qual nos deparamos ou a maré que nos atinge é esta
onde as infâncias temem aquilo que não podem controlar, temem o
inexplorado que o corpo pode vivenciar, temem a falha, anseiam o acerto.

Sinalizamos no nosso mapa de viagem que o erro pode ser um desvio


capaz de revelar potências antes impensadas. Observamos também que a
navegância deseja sensibilizar todo olhar para o processo. Afinal, não é
sobre onde devemos chegar, mas como nos mantemos sonhadores,
inventivos e corajosos, ou seja, navegantes.

Um primeiro porto chamado Teatro de Animação

Partindo e seguindo com a navegância, rumamos para nossa


primeira parada portuária. Nela, uma dramaturga e um artista visual
inquietos chamam os bonecos para o encontro com os jovens piás.

A ideia é que através das linguagens do Teatro de Animação


possamos construir narrativas coletivas e brincar com os materiais
descartáveis, transformando objetos que iriam para o lixo em
personagens do nosso imaginário.

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