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Guerra Alfa 01-Carregando o Herdeiro Do Alfa
Guerra Alfa 01-Carregando o Herdeiro Do Alfa
Guerra Alfa 01
Marcy Jackys
Capítulo 2
****
Glendon ouviu a mensagem em seu telefone com uma leve
surpresa. Observou do outro lado da rua quando o homem que assumiu
ser o gerente de Jake partir com pânico em seu olhar.
Jake havia dito que o homem precisava pegar as filhas
pequenas na escola, ou creche, ou qualquer outra coisa, então talvez
isso fizesse sentido.
Mas Glendon tinha visto muitas pessoas com esse tipo de medo
em seus olhos para saber que não era isso.
Procurou o número de Fergus em seu celular e ligou para o
homem, só por precaução.
O sol ainda estava alto, mas poderia haver um problema com
vampiros esta noite.
****
Alguém gentilmente deu um tapa no rosto de Jake. Não o
machucou, mas ainda doeu. Ele não gostou.
Não parecia importar, porque não importava quantas vezes
tentasse virar o rosto, aquela mão não parava de vir atrás dele.
— Vamos lá, bebê, me mostre esses lindos olhos cor de âmbar.
— O quê? — Jake estava grogue. Mal conseguia se concentrar
em nada. Mas conseguiu abrir os olhos.
Sentiu como se tivesse os fechado por muito tempo.
O rosto que sorriu de volta para ele, aquele rosto bonito que
achava que nunca mais veria...
Apenas pensou na palavra homem? Talvez estivesse um pouco
mais aliviado por estar debaixo do corpo de Glendon do que pensava?
Talvez tenha sido tudo um sonho ruim?
— O que aconteceu?
Muitas perguntas.
Glendon, na verdade, suspirou, como se estivesse sinceramente
aliviado pela pergunta.
— Vou te dizer isso depois. Como está se sentindo?
Pensou por um momento, e então achou que era melhor não
contar a Glendon como se sentia.
Dizer que se sentia insuportavelmente quente e
desconfortavelmente excitado podia não ser a coisa certa a dizer a esse
homem agora.
Alguns caras gostariam de ouvir esse tipo de coisa, mas outros
não. Jake não queria assustar Glendon, afinal de contas.
— Estou bem.
Glendon levantou uma sobrancelha escura, como se não
acreditasse em uma palavra disso. Mesmo? Por que não?
— Você tem certeza? Nada está te incomodando? Você não
precisa de algo?
Era como se ele estivesse alcançando a mente de Jake e
retirando todas as coisas que realmente queria dizer a ele. Como se
soubesse de fato como se sentia naquele momento e queria resolver seu
problema para ele.
Não era bom. Isso definitivamente não era bom.
Jake piscou. Glendon estava se aproximando de seu rosto, mas
estava tudo bem. Não se importava. Quase parecia que o homem estava
prestes a beijá-lo.
Então ele piscou, saindo brevemente daquela névoa de luxúria
para perceber que não estava em um lugar familiar.
— Onde estou?
— Meu quarto, — disse Glendon. — Você se lembra de alguma
coisa?
Deus, por que sua voz tinha que ser tão suave e profunda,
mesmo quando estava fazendo perguntas banais?
Eram banais? Ou era apenas outro efeito colateral de seu pau
pulsando como se estivesse prestes a explodir se não conseguisse o que
precisava?
A mão de Glendon deslizou para a parte de trás do pescoço de
Jake.
O pescoço dele. Quase esqueceu. Algo o mordeu no lado do
pescoço. Ele estava sangrando.
Mas onde Glendon o tocou... claramente não havia ferida.
Nenhuma bandagem que precisava se preocupar.
— Eu... acho que tive um sonho ruim.
— Ficará melhor a partir daqui, — prometeu Glendon, e então
beijou Jake na boca.
Isso foi tudo o que levou Jake a esquecer o resto de suas
perguntas. Como se algum interruptor interno tivesse sido virado e seu
corpo assumisse seu cérebro.
Instinto, carnal e carente, nada mais importava.
Jake enrolou os braços ao redor do pescoço de Glendon e puxou
o homem ainda mais perto. Beijou-o de volta, precisando de muito mais.
Precisando da língua do homem dentro de sua boca, e quando
conseguiu, gemeu, o corpo arqueando em direção ao mais poderoso
acima dele.
Glendon o encontrou. Deus, ele era grande e forte. Seu corpo
era sólido e, através de suas roupas, não sentia como se houvesse um
ponto fraco nele. Ao contrário de Jake, que estava ficando um pouco
fraco ultimamente. Não teve a chance de fazer uma corrida por um longo
tempo.
Glendon não pareceu se importar. Beijou Jake como se fosse tão
sexy e desejável quanto Glendon, o que estava mais do que bem para
ele.
Se isso fosse um sonho, poderia ficar nele para sempre.
Glendon empurrou-o de volta para baixo. Tirou as cobertas do
corpo de Jake com facilidade, com uma das mãos.
Jake pulou, e só então percebeu que estava vestindo apenas a
cueca preta que colocara antes do trabalho.
Antes do trabalho. Trabalho que foi horas e horas atrás.
Deus, provavelmente estava fedendo a suor e sujeira. Não tinha
certeza do quão bom essa combinação era, mas Glendon o cheirou como
se fosse de longe a melhor coisa que já tinha cheirado em toda a sua
vida.
— Eu quero você. Vou foder você. Preciso de você — ele rosnou.
Quase parecia que aqueles olhos prateados brilhavam com essas
palavras.
Como se algo animal estivesse lutando para sair dele.
Isso era tão sexy. Não tinha palavras para descrevê-lo.
— Eu quero ser fodido. Quero que você me foda.
Jake nunca teria dito algo assim para mais ninguém em toda a
sua vida. Não importava o quão carente estivesse. Simplesmente não
tinha força ou confiança para sair e dizer isso. Não que houvesse muitas
pessoas antes de Glendon, mas algo estava acontecendo aqui.
Deveria ficar assustado com o quão fora de controle se sentia.
Deveria ficar aterrorizado que queria alguém tão mal quanto queria
Glendon.
Não o aterrorizou. O completou.
— Por favor. Preciso de você. Preciso... quero seu pênis dentro
de mim.
Um ruído de rosnado soou em algum lugar do quarto, em algum
lugar próximo. Um barulho que quase o assustou porque lhe recordou
algo que aconteceu em seu sonho.
Então não se importou porque Glendon o beijou novamente e
afugentou esses medos.
O homem esfregou seu pênis em Jake. Mesmo através de suas
roupas, foi maravilhoso. O atrito era exatamente o que precisava.
Jake jogou a cabeça para trás. Gemeu. Foi tão bom, mas ao
mesmo tempo não foi suficiente.
— Mais, — implorou. — Deus, não me faça esperar. Eu... eu
esperei tanto por isso.
Isso deveria ter sido uma coisa estúpida para dizer. Claro que
não tinha esperado por isso. Acabara de conhecer o homem.
Mas pareceu que esperou a vida inteira por isso.
Aqueles olhos brilhantes voltaram. Tinham sido assustadores no
lobo, mas eram lindos em Glendon. Jake passou as mãos pelo cabelo
comprido do homem, admirando a cor.
— Farei o meu melhor por você, mas não posso dar nenhuma
garantia.
— O que?
Jake não entendeu, mas então Glendon de repente, e sem
aviso, se afastou dele. Pegou Jake pelos quadris e forçou seu corpo ao
redor, posicionando-o até que estivesse em suas mãos e joelhos. Jake
não se queixou, especialmente quando sentiu sua roupa íntima sendo
puxada para baixo.
Essa parte sempre o envergonhava. Havia algo tão vulnerável e
revelador sobre isso, mas agora... talvez estivesse muito alto em sua
luxúria e precisasse ser levado para que não notasse.
Tudo o que sentiu foi impaciência e necessidade. E algo muito
mais profundo que isso. Algo dirigido para Glendon. Algo carinhoso.
Estranho.
— Li um pouco sobre isso. Farei o meu melhor para você. É tudo
que posso fazer.
— Basta fazer alguma coisa, — disse Jake. Estava perdendo a
paciência rapidamente e estava começando a não se importar com se
sentia, desde que fosse feito. Seu pau doía por um toque e era
enlouquecedor o quanto queria as mãos de Glendon sobre ele.
Não deveria ser normal. Deveria pelo menos, se importar se isso
seria bom, certo? Em que universo Jake estava vivendo que de repente
não se importava se a foda era boa ou não? Esse era o ponto, não era?
O que veio depois se sentiu bem. Os dedos de Jake apertaram
nos lençóis. Agarrou duro e gritou como se já estivesse gozando com o
toque de uma língua contra o seu ânus.
Isso foi... oh Deus! Era honestamente a sensação mais incrível
que já teve em sua vida.
Ninguém jamais fez isso com ele. Já tinha tido alguns
namorados antes, mas todos ficaram desanimados com a ideia de
colocar a língua lá.
Não que Jake os culpasse, ele sempre foi um pouco tímido sobre
isso. Maldição! Do jeito que Glendon falava, soava quase como se fosse
novo nesse tipo de coisa.
E a primeira coisa que fez foi começar a sondar no ânus de
Jake?
Não apenas seu ânus. O homem parecia determinado a brincar
com o vinco. Chegou ao redor e sua mão encontrou o pau latejante de
Jake. Pensou que Glendon iria acariciá-lo, mas não aconteceu assim.
Glendon segurou a base do pau de Jake. Apertado o suficiente para
mantê-lo longe do orgasmo, ao mesmo tempo impedindo-o de ser muito
desconfortável.
Como se isso fosse possível, considerando que estava impedindo
Jake de gozar.
E a língua simplesmente não parou.
— Deus! — Jake gemeu. Empurrou os quadris para trás,
indiferente a como deveria parecer, como necessitado ou desesperado.
Certo. Era difícil ficar envergonhado quando estava à beira do
melhor orgasmo de sua vida.
— Você gosta disso? — Glendon perguntou, como se não
soubesse a resposta.
Jake assentiu. Não conseguia controlar as cordas vocais.
— Quero... quero o seu, Deus, seu pau, dentro de mim.
— Você não gosta da minha língua? — A voz de Glendon era
profunda, provocante. Ele sabia o que estava fazendo e estava gostando.
Talvez isso fosse bom para outra hora, mas agora, se Jake não
gozasse, iria derrubar o telhado.
— Gosto disso. Prometo que gosto disso. Eu só... eu só
preciso... — Não conseguia pronunciar as palavras entre seus gemidos
de prazer. Jake fodeu devagar naquela língua, tremendo e suando
quando empurrou mais fundo dentro dele.
Tentou empurrar a mão de Glendon, mas o homem parecia
determinado a segurá-lo de tal maneira que não conseguia tirar
nenhuma fricção disso.
A falta de estímulo ao seu pau estava começando a doer, mas
mesmo essa dor foi ofuscada pelo prazer que Glendon dava a ele. Havia
algo de pecaminoso no doce deslizamento daquela língua contra o seu
vinco interno e ânus.
Se as pessoas soubessem como era, provavelmente fariam o
tempo todo.
— Por favor, por favor, por favor, — implorou Jake. — Preciso de
você.
Rezou para que Glendon soubesse o que estava fazendo lá,
porque isso estava começando a ir além do simples prazer. Estava
entrando em algo que não podia conter. Algo poderoso e assustador.
Jake queria que continuasse, mas queria que acabasse antes
que seu pau explodisse.
Glendon pareceu entender a dica. Graças a Deus. O homem de
má vontade se afastou.
Jake gemeu quando a mão do homem não estava mais ao redor
de seu pênis. Pensou que gozaria imediatamente, agora que nada estava
lá para detê-lo, mas chocantemente, não o fez.
Era como se alguma força invisível ainda estivesse lá, impedindo
Jake de conseguir a coisa que queria desesperadamente.
Jake ia morrer. Pensou com certeza que ia acontecer e ele ia
desmaiar e morrer por falta de gozar.
— Tive que pegar algumas coisas para isso, — disse Glendon.
Por que tinha que soar tão sexy mesmo quando explicava que
não sabia o que estava fazendo?
Jake olhou para trás. Viu pelo menos três garrafas de
lubrificante lá. Seus olhos arregalaram e, através da névoa de prazer,
conseguiu sorrir para o homem.
— Você foi um escoteiro, não é?
Glendon sorriu de volta para ele.
— Algo parecido.
— Sempre preparado. Posso ver como isso é útil.
Especialmente agora.
— Acho que exagerei, mas estou feliz por ter feito. Vou usar
este.
Ele trouxe a garrafa mais perto do rosto de Jake para que
pudesse ler o que estava no rótulo.
Jake não demorou muito tempo, no entanto, antes de Glendon
puxar a garrafa e começar a rasgar o envoltório de vedação no topo da
tampa.
Algo sobre ficar quente ao toque. Pensou ter visto um pouco de
ação efervescente lá, mas não podia ter certeza, e já que estava
fervendo o suficiente, não achava que importava demais também.
Só queria fazer isso.
Os olhos prateados se moveram entre Jake e a garrafa quando
finalmente a abriu. Então, entre Jake e sua mão, derramou o lubrificante
na palma da mão e alisou os dedos.
Não havia jeito que esse cara fosse virgem. O que significava
apenas uma outra coisa...
— Primeira vez com um cara?
Geralmente não era uma coisa inteligente para deixar escapar,
especialmente se estava com alguém que que por acaso estivesse no
armário. Jake tinha ouvido falar de caras sendo espancados na cama, ou
na manhã seguinte, quando acordavam ao lado de alguém que não
estava pronto para admitir para si mesmos o que realmente eram.
Felizmente para os ossos frágeis de Jake, Glendon, o grande
homem musculoso, não voou em uma raiva de negação. Apenas sorriu.
— Na verdade sim.
Mesmo com sua luxúria, Jake ficou um pouco impressionado
com a honestidade. E meio que tocado. Seu coração aqueceu com o
pensamento de que seria o primeiro de Glendon. Estranhamente,
também trouxe uma sensação de proteção dentro dele.
Como se pudesse proteger um homem tão alto e forte de
qualquer coisa, mas estava lá.
— Bem, espero não decepcionar.
— Você não vai, — Glendon prometeu, e seus dedos lisos
circularam o ânus de Jake, provocando-o, fazendo-o assobiar e apertar-
se com o ímpeto de prazer.
— Só espero que eu não desaponte você.
Como se fosse possível. Jake não teve a chance de dizer. Não
quando jogou a cabeça para trás e gritou com a doce sensação de ser
violado.
Eram apenas dedos. Não era o pênis, mas ainda era Glendon, e
era tão bom que quase gozou da pressa.
Teve a sensação de que demoraria um tempo antes de
terminarem aqui.
Capítulo 4
Capítulo 5
Estava bem. Era tão bom ter um corpo quente em cima dele e
mãos fortes acariciando sua cintura e coxas antes de puxar a calça,
expondo-o para Glendon. Jake suspirou quando seu pênis desapareceu
na boca de Glendon.
O homem engoliu sua ereção, até que o nariz do homem tocou
seus pelos pubianos.
Jake cerrou os olhos, empurrou os quadris para dentro daquela
boca doce enquanto suspirava.
— Tão bom. — Seus dedos encontraram o cabelo de Glendon.
Era como se eles fossem constantemente atraídos para aquele local.
Sempre parecia estar pegando o cabelo de Glendon, agarrando-o,
puxando-o.
Era bom ter algo para se segurar, especialmente quando
Glendon era capaz de dar-lhe um prazer tão doce como este.
O homem gemia em torno de sua boca, as vibrações do som
correndo pelo pau de Jake antes do homem esvaziar suas bochechas e
chupar forte o suficiente, que era quase como se ele estivesse tentando
puxar um orgasmo de Jake naquele mesmo segundo.
E adorou. Deus. Amava tanto. Amava o jeito que esse homem
poderia fazê-lo esquecer.
Glendon poderia deixar Jake tão triste quanto queria, desde que
a resposta fosse sempre foder Jake, assim como estava fazendo agora.
— M-mais. — Queria ser fodido. — Dê-me mais. — Precisava ser
fodido. Queria o pênis de Glendon dentro dele, em sua boca e em sua
pele, mas não conseguia dizer isso. Agora não. Talvez nunca depois do
que descobriu.
Glendon afastou a boca do pênis de Jake. O homem gemeu
antes de sua boca encontrar os testículos. Puxou-os em sua boca um de
cada vez, e Jake pensou que ia gozar.
Ou talvez voar para fora da cama. De qualquer forma, estava
perdendo o controle.
— Você quer meu pau dentro de você?
Jake olhou para o homem.
Glendon olhou de volta para ele, como se não estivesse
provocando. Como se realmente quisesse saber.
Jake não podia estar zangado com ele por isso. Não quando
aqueles olhos prateados pareciam tão gentis. Como se só quisesse
agradar Jake. Como se não quisesse machucá-lo.
— Quero.
Ele disse isso. Agora não precisava dizer nada por um bom
tempo. Só tinha que se deitar e deixar isso acontecer, deixar o pau
incrível de Glendon ajudá-lo a esquecer como isso era louco.
Glendon assentiu.
— Bom. — Foi para debaixo da cama, voltando com a garrafa de
lubrificante.
É aí que ele colocava isso? Jake não tinha certeza do porquê,
mas esperava que o homem o escondesse em uma gaveta em algum
lugar. Talvez onde guardasse todos os seus brinquedos para as mulheres
que provavelmente teve neste quarto antes que Jake fosse sequer um
pensamento dentro de sua cabeça.
Os pensamentos deprimentes de Jake o deixaram rapidamente
quando sentiu o toque escorregadio do dedo de Glendon provocando seu
vinco, em seguida, empurrando contra seu ânus.
O homem trabalhava com um tipo de experiência que Jake não
achava que deveria ter sido capaz de fazer, especialmente porque essa
seria apenas a segunda vez juntos.
Ele empurrou para dentro, mexeu o dedo e acariciou a próstata
de Jake como se estivesse fazendo isso há anos, como se Glendon já
soubesse tudo sobre ele que faria o corpo inteiro de Jake ganhar vida.
Suspirou contra o prazer. Jake se abaixou, agarrando seu pênis
porque latejava contra sua barriga, e se não se tocasse, então iria
explodir.
— Você gosta disso. — Não era uma pergunta.
Jake assentiu de qualquer maneira. Gostava disso.
— Diga-me que você quer.
Jake apertou os dentes juntos. Olhou para o homem.
— Você sabe que faço.
Glendon sorriu para ele, como se estivessem apenas tomando
uma xícara de café e conversando juntos, em vez de na cama, Glendon
seminu e Jake todo nu, com o dedo do homem na sua bunda.
— Ainda quero ouvir você dizer isso. Não tenho certeza disso.
Isso era uma mentira total. Mesmo que Jake não soubesse nada
sobre esse homem, ele não exalava a vibração que era inseguro, ou não
tinha confiança em nada.
Seja o que for. Se o homem sabia que garanhão era, então Jake
não viu razão para negá-lo. Poderia muito bem dar ao homem o que
queria se isso trouxesse Jake muito mais perto de seu jogo final.
— Quero seu pau dentro de mim. Quero esquecer... sobre o
quão estranho tudo isso é.
Gemeu a última parte, suas palavras quebrando como se nunca
tivesse o controle que queria em primeiro lugar.
Odiava que não parecesse controlado, mas o que diabos deveria
fazer sobre isso quando Glendon empurrou outro dedo dentro dele,
tesourando-os, fazendo Jake queimar de dentro para fora enquanto era
esticado, preparado?
— Tem certeza de que nunca fez isso antes... com outro
homem?
— Nunca disse que não fiz.
— Oh! — Jake gemeu e exclamou sua surpresa. — Eu pensei...
Glendon se inclinou, beijando-o na boca, fechando-o antes que
pudesse gaguejar outra coisa, arruinando o momento.
— Você pensou certo. Você é o primeiro homem com quem
estou fazendo isso.
Seus narizes tocaram e seus rostos estavam tão perto que Jake
podia sentir o cheiro da loção pós-barba do homem, e sentir o menor
arranhão da barba na bochecha de Glendon.
— Então, o que foi tudo isso sobre dizer que nunca tinha feito
isso antes?
— Não disse isso. Estava apenas corrigindo você.
Ele parecia muito convencido quando se afastou.
— Fico feliz em saber que você não sabe a diferença.
Jake desejou que fosse mais perspicaz. Desejou que tivesse
coragem para dizer a Glendon ir para o inferno. Mas não faria isso.
Parker sempre foi corajoso. Principalmente porque era o único a
perseguir qualquer um que por acaso olhasse para Jake e zombasse de
sua sexualidade pelas costas.
Jake nunca teve essa faísca.
Glendon riu dele, e não podia dizer se isso fazia isso melhor ou
pior.
— Você não gosta de ser provocado, não é?
— Alguém gosta? — Jake cerrou os dentes, seus olhos
arregalando quando sentiu o deslizar daqueles dedos contra sua próstata
mais uma vez.
— Algumas pessoas fazem, e eu gosto de te provocar. — A voz
de Glendon baixou um tom, fazendo-o soar muito mais como um deus
do sexo. — Amo ver suas bochechas brilhando enquanto você fica
nervoso. Adoro ouvir seus batimentos cardíacos enquanto o tenho contra
uma parede, e adoro ver você tentando se manter junto. Amo saber que
você mal pode fazer isso porque sou eu que você está tentando lutar
contra.
— Jesus, — Jake disse, gemendo novamente quando outra onda
de prazer o atingiu no fundo.
Ele se acariciou agora porque precisava gozar. Jake precisava
gozar. Pré-sêmen se formou na cabeça de seu pênis e usou-o como seu
próprio lubrificante para o resto de seu eixo.
— Não, não, — disse Glendon, inclinando-se, o calor de sua
boca deixando manchas queimando no peito e no estômago de Jake. —
Você não pode fazer isso agora.
— Tenho que... fazer... o que eu quiser... — Ofegou, embora
soubesse que Glendon estava certo. Ele não estava no controle, e estava
definitivamente trabalhando tanto para gozar porque não era capaz de
parar o prazer de tomar o controle.
Quando aqueles dedos pesados deixaram seu ânus, Jake ficou
sentindo frio, vazio.
Mesmo entorpecido.
— Pare de se tocar.
O comando agudo de fato funcionou. Mesmo que não devesse
ter funcionado, deveria ter mantido a mão para poder gozar... algo sobre
a voz de Glendon dominou-o. Não podia continuar. O orgasmo estava ao
alcance, mas a necessidade de obedecer ao seu companheiro era muito
poderoso.
Jake estremeceu sob esse olhar. Glendon sorriu para ele como
se fosse uma presa.
— É isso aí. Bom menino.
Jake apertou os lábios, lutando contra a vontade de empurrar
seu pênis contra a perna do homem. Qualquer coisa para conseguir o
prazer que precisava.
Glendon não parecia disposto a deixá-lo gozar, no entanto. Suas
mãos deslizavam pela pele de Jake, deixando um rastro de arrepios em
seu caminho.
Tão bom. Foi tão incrivelmente bom que não tinha palavras para
isso.
— O que você está fazendo?
— Fazendo amor com você.
Jake estremeceu. Nunca conseguia se controlar quando Glendon
insistia em falar assim.
— Mas...
— Shhh.
Glendon se inclinou novamente. Sua boca tocou um dos
mamilos de Jake. Trouxe isto em sua boca, chupando, mordendo,
fazendo Jake contorcer-se de prazer antes de se afastar.
— Você gosta disso?
Jake assentiu. Sentiu-se excessivamente quente e frio ao
mesmo tempo, depois percebeu que era em parte por causa do fino
brilho de suor que começara a surgir em sua testa. Foi isso que o fez
sentir frio. Glendon estava realmente fazendo-o suar com a necessidade
de ser fodido, ser dominado.
Glendon continuou sorrindo para ele, como se estivesse
satisfeito com a maneira como tudo isso estava acontecendo. Levou a
boca de volta contra o mamilo de Jake. Chupou novamente, seus dedos
brincando com o outro.
Então sua mão foi para baixo. Seus dedos mal roçaram o
comprimento do pênis pulsante de Jake. Jurou que inchou um pouco
mais, como se tentasse empurrar em sua mão, ser acariciado por ele,
quando Glendon fez isso.
Mas não. A mão de Glendon se moveu para baixo e para baixo.
Seus dedos deslizaram contra as bolas de Jake antes de segurá-las.
Jake inalou bruscamente. O prazer, e até a dor, de ser tocado
daquele jeito.
Havia sempre algo intensamente íntimo sobre ter a mão de
alguém em suas partes privadas. Não apenas pelo bom desempenho e
pela forma como ele não os oferecia a ninguém, mas também havia um
aspecto de confiança que Jake nunca havia percebido até agora.
Talvez fosse por causa da maneira como Glendon brincava com
ele, mas o fato de que sua mão poderosa era tão gentil quando rolou as
bolas de Jake, como se preocupado que o machucaria se fosse muito
áspero, demonstrou algo mais profundo sobre isso.
Então Jake sabia o que era. Glendon definitivamente balançou
seu mundo quando o fodeu na noite passada, mas admitiu que nunca
teve relações sexuais com um homem antes de Jake. Ele estava
explorando o corpo de Jake, imaginando o que gostava, provavelmente
até o que ele gostava.
Isso deixou Jake ainda mais impressionado com o fato de
Glendon tê-lo chupado na noite passada. Não teria colocado isso nas dez
melhores coisas que um cara novo em sexo gay pensaria em fazer com
outro cara.
Glendon não era apenas forte e poderoso, era corajoso. Quando
Jake teve sua primeira vez, estava com tanto medo de explodir que ele,
bem, tinha estragado tudo. Literalmente. Duas vezes antes de qualquer
coisa real acontecer.
Glendon era um deus sexual total. Era meio injusto quando
realmente pensava sobre isso.
— Vou gozar, — Jake disse asperamente.
Como se esse fosse o sinal que Glendon estivera esperando por
todo esse tempo, de repente retirou as mãos e a boca.
Foi tão repentino que Jake foi quase totalmente arrancado de
sua névoa de prazer.
Ficou aliviado quando Glendon voltou ao trabalho. Observou
quando o homem maior alcançou a garrafa de lubrificante novamente.
Abriu a tampa com o polegar, a direção de seu olhar trocando entre Jake
e sua mão enquanto derramava o lubrificante em sua palma.
Jake, enquanto isso, quase gozou, apesar de ainda não ter sido
tocado, enquanto Glendon acariciava seu pênis, deixando-o liso e
brilhante com o lubrificante.
Era tão grande. E mesmo que eles já tivessem feito sexo uma
vez antes, havia um pedaço dele que ainda estava nervoso sobre fazer
isso de novo, sobre ser esticado e preenchido com algo tão grande que
poderia quebrá-lo.
— Estive pensando sobre isso desde a noite passada. Desde que
acordei, — Glendon disse, enganchando seus braços sob os joelhos de
Jake, puxando-o para mais perto, até que sua bunda estava bem
ajustada no colo de Glendon. — Eu só quero você o tempo todo.
Isso foi... lisonjeiro. O peito de Jake aqueceu, e mesmo sabendo
que Glendon só se sentia assim em grande parte por causa do
acasalamento, ainda havia algo de bom em saber que o outro homem se
sentia assim.
Era o suficiente para fazer Jake esquecer por que eles estavam
lá em primeiro lugar. Estendeu a mão, agarrando Glendon pela bainha de
sua camiseta preta.
— Você vai tirar isso?
— Mais tarde.
Jake estremeceu quando sentiu a cabeça do pau deslizar contra
seu ânus.
— Certo, depois.
Ele parecia totalmente sexy vestindo essa camiseta de qualquer
maneira. Sua cintura nua, Jake em seu colo, e aquela camiseta esticada
em seu peito e braços musculosos antes de estar prestes a empurrar
para dentro. Era um espetáculo para ser visto e Jake queria lembrar-se
disso pelo resto de sua vida.
Então Glendon empurrou dentro dele. O empurrão foi repentino,
desconfortável no começo, mas então foi tão bom que Jake não sentiu
nada além do prazer de ser esticado e levado.
Isso era o que estava esperando. Este era o sentimento exato
que queria tanto. Queria, mesmo sem saber o quanto queria, e agora
que entendeu, iria perder a cabeça com o prazer.
— Ah Deus!
— É isso. — Glendon gemeu, seus olhos prateados brilhando.
Não, não brilhando. Eles estavam reluzindo e era lindo. Seus quadris
começaram a se mover. Mal deu a Jake a chance de se ajustar. — Isso é
o que eu queria.
Jake assentiu. Apertou suas coxas ao redor da cintura de
Glendon, seus punhos cerrados nos lençóis enquanto o prazer superava
qualquer desconforto que poderia ter sentido alguns segundos atrás.
Esquecer. Podia esquecer tudo sobre a dor de não ser realmente
desejado, de ser forçado a Glendon, quando o homem estava dentro
dele e trabalhando com tal perícia.
— Diga-me como se sente, — disse Glendon.
Claramente gostava de falar quando estava na cama. Jake não.
Ficava sempre muito envergonhado para dizer qualquer coisa, mas
novamente, sentiu a necessidade de dar a Glendon o que ele quisesse,
contanto que este prazer não o deixasse.
— S-se sente bem. Melhor que bom. Parece... — Ele disse a
próxima parte antes que pudesse realmente pensar em como soava. —
Como se você estivesse me possuindo. Como se eu fosse... seu.
Ele não achava que era possível que aqueles olhos prateados
brilhassem mais do que já estavam. Pareciam como a lua cheia em uma
noite perfeita de verão. Quase podia ver o homem na lua.
Ou talvez estivesse vendo um homem na lua. Provavelmente o
seu próprio reflexo.
Glendon rosnou. Parecia um pouco demais como naquela noite
quando ele era um lobo. Jake estremeceu, preocupado com o que aquele
som poderia significar, mas mesmo esse pensamento foi empurrado para
longe quando Glendon se inclinou para baixo, beijando-o, como se ele
realmente quisesse dizer alguma coisa para ele.
Como se ele fosse especial. Importante.
Sim, Jake poderia se acostumar com isso.
Pensou que seria capaz de adiar seu orgasmo por pelo menos
um pouco. Deveria ter sido capaz de adiar isso. Ele teve sexo incrível na
noite passada, seu corpo deveria ter sido capaz de contê-lo por pelo
menos um pouco, mas não. Isso não aconteceu. Jake sentiu a crescente
onda prestes a cair sobre ele e não havia nada que pudesse fazer para
pará-lo. Não queria parar. Queria que o levasse.
— Não lute contra isso.
Jake sacudiu a cabeça. Queria dizer que não estava lutando
contra isso, mas até isso provou ser demais para soltar.
— Goze para mim. Quero o seu gozo em mim, — Glendon
rosnou, diminuindo o ritmo de seus impulsos, mas toda vez que
empurrava para frente, ainda tinha um movimento duro que suas partes
baterem juntos. As vibrações levaram Jake à loucura.
— Quero sentir o cheiro de seu sêmen na sua pele, na minha.
Quero sentir o aperto do seu ânus ao redor do meu pau quando fizer
isso.
— Santa merda. — Jake engasgou, e embora estivesse com
vergonha de falar, ou ouvir alguém falando, aparentemente, durante o
sexo, isso o levou ao limite.
Ele gozou. Foi a próxima batida forte que fez isso. Não
conseguiu se conter, e cada músculo, cada nervo em seu corpo parecia
se contrair, forçando-o a apertar o corpo de Glendon, apertar em torno
do pênis do homem, exatamente como foi ordenado que ele fizesse.
Foi bom. Tão bom. Amou. Queria mais, mas quando seu corpo
liberou o ímpeto de prazer que se acumulava dentro de si, percebeu que
não haveria mais, apenas os tremores secundários quando Glendon
ordenhava seu orgasmo por tudo que valia a pena.
Glendon rosnou, seu rosto quase não humano, e então não era.
Seu rosto era de lobo, embora o resto de seu corpo ainda fosse de
homem. Ele uivou, o poder de seus impulsos fazendo o orgasmo de Jake
durar muito mais tempo, fazendo-o pensar que nunca poderia terminar
antes que finalmente, felizmente, terminou.
Mal notou quando Glendon gozou dentro dele.
Ele deitou-se, ofegante, sentindo-se inútil e fraco quando
Glendon se retirou, depois desmoronou no peito de Jake.
O homem estava quente. Jake olhou para o teto, mas foi uma
das primeiras coisas que notou sobre o corpo de Glendon.
Estava quente demais. Febril. Estava desconfortavelmente
quente, mas no momento, Jake achou que poderia lidar com isso.
Principalmente porque estava gostando do jeito que seus membros
suados se uniam, o modo como pareciam estar se aliviando enquanto
capturavam a respiração.
Jake gostou especialmente que pudesse ouvir o som do coração
de Glendon batendo. Batendo, mais parecido com o dele. Isso fez com
que sentisse como se realmente pudesse provocar uma reação em
Glendon, da mesma forma que provocava nele.
Gostou disso. Mesmo que Glendon não fosse hetero, e poderia
nunca ter olhado duas vezes para ele se o acasalamento não tivesse
interferido, pelo menos Jake poderia fazê-lo se sentir bem.
Enquanto as longas orelhas de lobo se contraíam, fazendo
cócegas no rosto de Jake, pensou nisso.
Jake levantou a mão, tocando a orelha. Era mais suave do que
pensava que seria. Glendon retumbou, como se aprovasse a sensação,
de ser tocado daquele jeito.
Então Jake continuou fazendo isso.
— Você não vai se transformar em lobo quando ainda estiver
dentro de mim, vai?
O peito de Glendon retumbou, como se o pensamento o
estivesse fazendo rir.
Jake sorriu também. Sentiu vontade de rir porque Jake fez. Foi
tão bom. Gostou disso. Eles quase se sentiam como se pudessem ser
companheiros de verdade, mesmo que o fato de serem companheiros
tivesse sido forçado sobre eles.
A suavidade dos ouvidos de Glendon o deixou, substituída de
repente pelo cabelo natural e pelo rosto do homem enquanto se
empurrava até os cotovelos e olhava para o rosto de Jake.
O desconforto de Jake voltou completamente.
— O que?
Era uma coisa ser encarado de perto quando estavam no meio
do sexo, mas parecia algo completamente diferente ser olhado assim
quando não estavam no calor do momento.
Glendon seria capaz de ver cada pequena falha que ele tinha. O
fato de que sua pele não era tão boa, que seu nariz era levemente torto,
ou talvez que seus olhos estivessem um pouco juntos demais.
Jake não queria que ele visse essas falhas. Já era ruim o
bastante ele ser um homem quando Glendon queria uma mulher. Estaria
desejando que tivesse uma mulher embaixo dele agora?
Glendon suspirou. Tocou o rosto de Jake, e o que quer que
estivesse prestes a dizer foi interrompido pela batida forte em sua porta.
Ambos congelaram, então Glendon rosnou.
— O que?
Parecia Fergus e, por uma fração de segundo, Jake ficou
preocupado com o que o homem ia dizer de Parker, quando disse algo
completamente diferente.
— Temos a rainha no telefone para você, senhor.
Capítulo 9
Capítulo 11
1
Um tipo de jogo de irmãos da Warcraft.
A porta se fechou atrás dele. Tinha certeza que ouviu a
fechadura, e Jake ficou olhando para os olhos frios e mortos de Orin.
Capítulo 12
FIM