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PESQUISA:

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA, PROTOCOLOS DE RISCO DE


DESENVOLVIMENTO INFANTIL E A INTERVENÇÃO: Uma possível antecipação
do sujeito, como meio de prevenção e tratamento na clínica psicanalítica.

AUTORES: FABIANA GOMES LOURO, MARIA HELENA PAULO, LUCIANA DA


COSTA WINCKLER, SERGIO FELIX DE MESQUITA e ANDREA FARESIN

PROFESSORA ORIENTADORA: KAREN DANIELLE MAGRI RAZERA

RESUMO:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), está classificado no DSM-V na


categoria de Transtornos de Neurodesenvolvimento e pelo CID-10 nos Transtornos
em Deficiências Intelectuais, associados a déficits globais do desenvolvimento, os
quais ocorre uma ruptura nos processos fundamentais de socialização,
comunicação e aprendizado.

Seu início precoce, perfil sintomático e cronicidade envolvem mecanismos


biológicos fundamentais relacionados à adaptação social. Avanços em sua
investigação levaram a buscar possibilidades de identificação dos traços autísticos
em bebês, para que uma intervenção precoce fosse aplicada.

A intervenção estudada é realizada com base na abordagem psicanalítica


lacaniana, em que se entende que a criança com TEA é tratada como sujeito, sendo
afetada pelo campo da linguagem, com o processo de "aposta antecipatória",
primando por duas condições básicas: detectar o risco e não realizar o diagnóstico,
buscando traços de saúde e não de doença; e explorar as psicopatologias, com o
olhar das neurociências, para as questões de mobilidade da estrutura da psique do
bebê até a sua puberdade. A hipótese é de que, esclarecendo a etiologia e
questões da epigenética, possibilite uma nova reflexão do não-determinismo
psíquico, como fonte de uma prevenção primária e de um neurodesenvolvimento
apropriado para a criança.

Esta análise segue um caráter teórico, com apresentação de casos clínicos


publicados e sua fundamentação é pautada por uma revisão crítica da literatura
especializada obtida através de livros e artigos científicos.

Os resultados demonstraram o avanço cientifico das pesquisas que afirmam


a importância e a eficácia da detecção precoce de risco psíquico, em especial os
determinados nos protocolos de IRDI (Índice de Risco de Desenvolvimento Infantil)
e PreAut. Posto a complexidade do diagnóstico do TEA e o avanço das pesquisas
de identificação dos riscos psíquicos, conclui-se que a prevenção primária e a
intervenção são um progresso significativo para a saúde pública.

Palavras-Chave: Transtorno do Espectro Autista (TEA); prevenção primária;


neurodesenvolvimento infantil, psicanálise, PreAut, IRDI.

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