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RESENHA CRÍTICA

RESUMO DO OBRA
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O artigo intitulado ‘Personalidade e psicopatia: implicações diagnósticas na infância e
2 adolescência’ de autoria de Davoglio et al (2012), apresenta revisão bibliográfica com intuito
3 de examinar o constucto da psicopatia associado ao desenvolvimento da personalidade em
4 crianças e adolescentes, com ênfase às questões diagnósticas iniciais deste tema.
5 Comenta-se inicialmente que pesquisas atestam que crianças e adolescentes envolvidos e
6 submetidos à situações de extrema adversidade estão mais suscetíveis a desenvolverem

7 transtornos de personalidade que podem manifestar-se em áreas da vida envolvendo a

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cognição, afetividade, relacionamentos interpessoais e controle de impulsos, porém, salienta-se
que apesar da existência de indícios diagnósticos na tenra idade, este não é recomendado antes
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dos dezessete ou dezoito anos.


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Os termos criança e adolescente são conceituados, e conduz-se à reflexão de que estes
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sujeitos atualmente tanto podem ser vítimas de situações traumáticas como podem ser
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causadores de atos violentos praticados precocemente e que estes comportamentos
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disfuncionais podem persistir ao longo da vida.
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São trazidos os vocábulos internalização e externalização para diferenciar problemas
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relacionados ao ambiente e ao self. Os problemas de externalização tem prevalência entre os
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17 meninos na infância e é caracterizado por comportamento agressivo, intolerância à frustração,
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fugas e roubos e internalização é caracterizada por relacionar-se com problemas depressivos,
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ansiedade, queixas somáticas e retraimento social, ponderando-se que nem todos os
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comportamentos antissociais devem ser atribuídos à psicopatia.
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É destacado que na década de 90 (noventa), houve novos interesses entre os pesquisadores
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internacionais e foram desenvolvidos instrumentos e métodos de avaliação confiáveis e
23 específicos para esta fase do desenvolvimento humano. Já no Brasil os estudos são ainda
24 recentes e não se pode generalizar os resultados.
25 Por fim fica evidenciado que ainda há muitas questões sem respostas sobre a psicopatia na
26 infância e adolescência, e registra-se a necessidade de cautela para o fechamento do
27 diagnóstico de psicopatia, uma vez que irresponsabilidade, impulsividade e falta de

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planejamento são características da juventude e não devem ser confundidas com sintomas de
psicopatia.

CRÍTICA DO RESENHISTA

NATEP - Núcleo de Apoio Técnico e Pedagógico


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2 A frequência e intensidade de comportamentos disfuncionais na infância e adolescência
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4 têm despertado o interesse de estudiosos, principalmente os internacionais e concorda-se que o
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7 tema precisa de maior aprofundamento para o fechamento de um diagnóstico conclusivo do
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transtorno de personalidade relacionado a psicopatia, bem como que na fase da infância e a
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12 adolescência, muitos comportamentos são próprios do desenvolvimento, contudo, os
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persistentes precisam ser avaliados por uma ótica mais específica e cautelosa para não causar
estigmas aos sujeitos na sua tenra idade, uma vez que estudiosos afirmam que sintomas de
transtorno de personalidade já podem ser identificados com dezoito meses.
Muito precisa ser discutido, pesquisado e comprovado sobre a psicopatia na infância e
adolescência, no entanto não se pode negar que crianças e jovens também desenvolvem esses
transtornos e precisam de acompanhamento adequado para minimizar os efeitos de seus atos
em relação a si e ao meio em que estão inseridos.
O assunto é relevante e, enquanto acadêmica, infere-se na responsabilidade e no grau
necessário de conhecimento do psicólogo para realizar intervenções clínicas e psicossociais,
buscando capacitar estes indivíduos no enfrentamento dos transtornos de personalidade.

REFERÊNCIA B IBLIOGRÁFICA
1
2 DAVOGLIO, Tárcia Rita et al. Personalidade e psicopatia: implicações diagnósticas na
infância e adolescência. Estudos de Psicologia, Natal, v. 17, n. 3, p. 453-460, dez. 2012.

NATEP - Núcleo de Apoio Técnico e Pedagógico

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