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Prática e Administração de Sistemas Operacionais de Redes Livres

Serviço Samba
Samba server e client

Outubro/2017

Prof. Jairo

jairo@uni9.pro.br

professor@jairo.pro.br

http://www.jairo.pro.br/

SERVIÇO SAMBA http://www.jairo.pro.br/ 1/16


Prática e Administração de Sistemas Operacionais de Redes Livres

Este material tem por única intenção reunir um conteúdo acadêmico necessário para auxiliar
no ensino da disciplina "Prática e Administração de Sistemas Operacionais de Redes Livres",
ministrado nos cursos de Tecnologias em Redes de Computadores e Segurança da Informação.

O conteúdo aqui exposto pode ser livremente redistribuído e usado como apoio de aula,
desde que mantenha a sua integridade original.

O arquivo "samba.pdf" pode ser livremente acessado em


"http://www.jairo.pro.br/prat_adm_sist_oper/".

Qualquer crítica ou sugestão, favor entrar em contato com o Prof. Jairo no endereço
eletrônico "jairo@uni9.pro.br" ou "professor@jairo.pro.br".

Sumário
1 - HISTÓRICO...................................................................................................................................3
2 - NETBIOS........................................................................................................................................3
3 - SAMBA...........................................................................................................................................4
4 - SAMBA SERVER...........................................................................................................................4
5 - SAMBA CLIENT............................................................................................................................5
6 - INSTALAÇÃO DO SAMBA..........................................................................................................5
7 - CONFIGURAÇÃO DO SERVIÇO SAMBA.................................................................................6
8 - TESTAR O ACESSO AO COMPARTILHAMENTO..................................................................11
9 - SAMBA CLIENT..........................................................................................................................12
9.1 - smbclient................................................................................................................................12
9.2 - smbmount..............................................................................................................................14

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1 - HISTÓRICO

O nome Samba vem de SMB, Server Message Block, que é um protocolo frequentemente
usado para compartilhamento de arquivos e impressoras em rede. Mas SMB também pode ser usado
para comunicação entre processos1, para comunicar processos em diferentes sistemas.

SMB apareceu no início do IBM-PC, por volta de 1982/1983, quando a IBM desenvolveu
um sistema para comunicação em pequenas LANs. Esse sistema incluiu o que foi chamado de
NetBIOS2.

Modernamente, SMB é conhecido por CIFS, The Common Internet File System Access
Protocol. A Microsoft define CIFS como um dialeto do SMB.

2 - NETBIOS

NetBIOS é um padrão para a transmissão de dados entre computadores em rede, que permite
comunicação entre aplicações clientes e servidoras. NetBIOS provê três serviços básicos:

• serviço de nomes: localiza3 nomes na rede;


• serviço de sessão: provê conexão entre dois computadores;
• serviço de datagrama: provê um canal de comunicação não orientado à conexão entre
computadores.

Porém, NetBIOS é apenas um padrão para encontrar recursos e transmitir bits de dados pela
rede. Então, é necessário um protocolo de alto nível4 para dar uso real ao NetBIOS, e SMB é o
protocolo que envia comandos e dados pela LAN.

SMB sobre NetBIOS usa as portas UDP 137 (serviço de nomes) e 138 (serviço de
datagrama), ou porta TCP 139 (serviço de sessão). A partir do Windows 2000, vem incluído SMB
sem NetBIOS na porta TCP 445, e esse suporte é chamado de Direct Host.

1 IPC: Inter Process Communication.


2 Network Basic Input Ouput System. Posteriormente, do NetBIOS foi separado o software de interface do protocolo
de comunicação em rede, daí vem o NetBEUI (NetBIOS Extended User Interface).
3 Localiza via broadcast na LAN, por isso é bastante lento e ineficiente.
4 Alto nível: pois trabalha no topo do NetBIOS.

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3 - SAMBA

Samba é uma aplicação client-server que implementa o protocolo SMB.

O Samba é composto de duas partes: cliente e servidor, e foram desenvolvidas na intenção


de facilitar a comunicação e compartilhamento de recursos em rede entre sistemas das famílias
Windows e Unix.

Se a rede for composta apenas por membros da família Windows (ou somente família Unix),
não existe problemas nessa comunicação, pois cada família tem nativamente seus próprios
protocolos. Por exemplo, no Windows tem SMB/CIFS e no Unix tem NFS5, entre outros.

Mas para resolver o problema de redes mistas Windows x Unix se faz necessário o Samba.
Por exemplo, uma máquina Windows, nativamente, não tem porquê implementar também o suporte
a sistema de arquivos NFS. Então a solução para esse problema, por mais paradoxal que possa
parecer, é implementar no Unix um serviço e uma aplicação cliente que usem os mesmos protocolos
SMB/CIFS e, dessa forma, garantir a comunicação em rede entre famílias Windows e Unix. Isto soa
como o sistema membro da família Unix "se disfarçar" de Windows para conseguir comunicação.

E com esse "disfarce", agora o cliente Windows acredita que o serviço Samba é outra
máquina Windows de onde possa buscar recursos compartilhados em rede.

4 - SAMBA SERVER

O serviço Samba pode ser disponibilizado


em qualquer sistema da família Unix e, uma vez Windows:
Samba server: cria
acessa este
configurado, permite ao cliente Windows buscar o compartilhamento
compartilhamento
recursos neste sistema operacional, sendo que para
o Windows fica a impressão de que esse recurso está sendo disponibilizado também numa máquina
Windows.

Como o serviço Samba é usado basicamente para comunicação em rede entre Windows e
sistema da família Unix, para podermos configurar apropriadamente o serviço Samba precisamos
primeiramente ter em vista o que seja a organização da rede Windows.

Quanto à organização, a rede Windows pode ser dividida basicamente em duas: workgroup e
domain.

5 NFS: Network File System.

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No caso do workgroup, trata-se de uma organização lógica apenas de visualização e


agrupamento de computadores, que vem desde o Windows 3.11 for workgroups, de 1993.

A principal característica do workgroup é que cada máquina é uma unidade administrativa


com suas próprias contas de usuários, senhas, etc, e por isso essa organização é um esquema
ineficiente do ponto de vista administrativo para redes médias ou grandes.

Já o domain é um agrupamento lógico de servidores e estações de trabalho que


compartilham informações comuns de segurança, contas de usuários e senhas. Dentro do domínio6,
o administrador cria uma conta de acesso para o usuário que poderá então efetuar "logon" a partir
de qualquer estação que participe deste domínio.

A organização da rede Windows do qual o Samba participe tem impacto na autenticação do


usuário, onde hora é local (workgroup), hora é no AD (domain).

Uma vez definido em qual organização de rede Windows irá trabalhar o Samba é que é feita
a configuração do serviço.

5 - SAMBA CLIENT

O Samba client é uma aplicação para


compartilhamento
acessar, por exemplo, o recurso compartilhado pelo (num Windows)
Windows. Também pode ser usado para acessar o Samba client:
acessa o recurso
recurso compartilhado pelo Samba server. compartilhado
compartilhamento
(num Linux/Unix)

6 - INSTALAÇÃO DO SAMBA

A instalação do Samba será standalone, e não inetd (ou xinetd).

Para descobrir se o serviço Samba está instalado, num Ubuntu 12 (SystemV), procurar pelo
seu script de inicialização em /etc/init.d:

root# ls /etc/init.d | grep smbd

6 Desde o Windows 2000, o controlador de domínio é o AD (Active Directory).

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NOTA 1: num CentOS ou Red Hat SystemV, o script de inicialização é "/etc/init.d/smb".

NOTA 2: num Debian ou Ubuntu SystemD, o comando equivalente é


"systemctl list-units --all | grep smbd".

NOTA 3: num CentOS ou Red Hat SystemD, o comando equivalente é


"systemctl list-unit-files | grep smb".

Se não houver saída no comando acima é indicativo de que o serviço Samba não está
instalado. Nesse caso, num Ubuntu ou Debian, instalar com o comando apt-get:

root# apt-get install samba samba-common smbclient

Se fosse uma distribuição Linux baseada no Red Hat (por exemplo, CentOS), o comando
para instalar seria yum:

root# yum install samba samba-client

Depois de instalado num sistema SystemV (Ubuntu 12), verificar se existem os seguintes
arquivos:

• /etc/init.d/smbd: é o script de inicialização do serviço Samba (num CentOS é


/etc/init.d/smb);
• /usr/sbin/smbd: é o executável do DAEMON do serviço Samba, que provê
serviço SMB/CIFS;
• /usr/sbin/nmbd: é o executável do processo daemon que provê serviço
NetBIOS name server (serviço de nomes);
• /etc/samba: é o diretório de configuração do serviço;
• /etc/samba/smb.conf: é o arquivo de configuração do serviço Samba.

7 - CONFIGURAÇÃO DO SERVIÇO SAMBA

Inicialmente, vamos apenas olhar as configurações de instalação do serviço. Para isso, entrar
no diretório /etc/samba:

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root# cd /etc/samba
root# ls
gdbcommands smb.conf

O arquivo de configuração do serviço é "smb.conf".

root# more smb.conf

Nesse arquivo, uma configuração importante no Global Settings é workgroup, cujo


default já está para workgroup = WORKGROUP. Outra configuração é log file, que define o
arquivo de logs deste serviço.

Em Share Definitions, já existem alguns compartilhamentos prontos, como [homes] e


[printers]. O compartilhamento homes é para o usuário Linux/Unix acessar a sua home a partir do
Windows. Printers é para usar o servidor de impressão no Linux/Unix.

Normalmente – e erradamente – algumas aplicações como o apt-get instalam e já iniciam o


processo daemon, isso sem configurar o serviço. Por isso, após a instalação é necessário verificar se
existe o processo daemon rodando:

root# ps -ef | grep smbd


root 4568 1 0 16:02 ? 00:00:00 /usr/sbin/smbd -D
root 4570 4568 0 16:02 ? 00:00:00 /usr/sbin/smbd -D

Portanto, se houver saída no comando, isto indica que o processo está rodando e deve ser
parado este serviço. Reparar também que o processo daemon (neste caso) é o de PID 4568, e que os
demais são processos filhos à espera de clientes.

Para parar o serviço num Ubuntu 12, usar o comando:

root# /etc/init.d/smbd stop

NOTA 1: num Red Hat ou CentOS SystemV, o comando é "/etc/init.d/smb stop".

NOTA 2: num Debian ou Ubuntu SystemD, o comando equivalente é


"systemctl stop smbd".

NOTA 3: num CentOS ou Red Hat SystemD, o comando equivalente é

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"systemctl stop smb".

Agora, o comando ps -ef | grep smbd não deverá mostrar o daemon rodando.

Antes de iniciar o serviço Samba, verificar quais portas TCP estão abertas. Para isso, é
necessário a aplicação nmap para fazer um scan de portas. E se esta aplicação não estiver
instalada, fazer a instalação:

root# apt-get install nmap

NOTA: num Red Hat ou CentOS, o comando equivalente seria "yum install nmap".

Agora, é só fazer o scan de portas:

root# nmap localhost

Starting Nmap 5.21 ( http://nmap.org ) at 2017-07-22 17:21 BRST


Nmap scan report for localhost (127.0.0.1)
Host is up (0.0000010s latency).
Not shown: 993 closed ports

PORT STATE SERVICE


631/tcp open ipp

Nmap done: 1 IP address (1 host up) scanned in 0.08 seconds

NOTA: a saída do comando acima mostra que apenas a porta 631 (serviço de impressão
CUPS) está aberta.

Antes de iniciar o serviço Samba, vamos criar um compartilhamento chamado TEMP, que
compartilha o diretório local /tmp. Para isso, é necessário configurar o arquivo smb.conf e
incluir em Share Definitions o seguinte conteúdo:

========== arquivo /etc/samba/smb.conf =======================================


[TEMP]
comment = "Compartilhamento do /tmp"
read only = no
browseable = yes
path = /tmp
=======================================================================

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onde:
• TEMP: é o nome do compartilhamento;
• comment: é um comentário (é a mensagem que será vista na barra de título da
janela no Windows);
• read only = no: é para permitir escrita no /tmp;
• browseable = yes: permite que este compartilhamento seja visualizado quando alguém
fizer busca por compartilhamentos nas vizinhanças;
• path: é o caminho para o diretório físico que está sendo compartilhado.

Após fazer alguma alteração no arquivo smb.conf, usar o comando testparm para checar se
o conteúdo do arquivo está correto:

root# testparm
Load smb config files from /etc/samba/smb.conf
rlimit_max: rlimit_max (1024) below minimum Windows limit (16384)
Processing section "[homes]"
Processing section "[printers]"
Processing section "[TEMP]"
Loaded services file OK.
Server role: ROLE_STANDALONE
Press enter to see a dump of your service definitions

...

Estando tudo bem no arquivo de configuração, iniciar o serviço Samba. O exemplo abaixo é
de um Ubuntu SystemV:

root# /etc/init.d/smbd start

NOTA 1: num Red Hat ou CentOS SystemV, o comando é "/etc/init.d/smb start".

NOTA 2: num Debian ou Ubuntu SystemD, o comando equivalente é


"systemctl start smbd".

NOTA 3: num CentOS ou Red Hat SystemD, o comando equivalente é


"systemctl start smb".

Depois disso, o scan de portas vai mostrar que as portas 139 e 445 também estão abertas:

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root# nmap localhost

Starting Nmap 5.21 ( http://nmap.org ) at 2017-07-22 17:28 BRST


Interesting ports on localhost (127.0.0.1):
Not shown: 997 closed ports
PORT STATE SERVICE
139/tcp open netbios-ssn
445/tcp open microsoft-ds
631/tcp open ipp

Nmap done: 1 IP address (1 host up) scanned in 0.12 seconds

O comando ps agora mostra que o daemon smbd está rodando (conforme acima). Além
disso, também está rodando o daemon nmbd:

root# ps -ef | grep nmbd


root 4578 4541 0 16:02 pts/3 00:00:00 /usr/sbin/nmbd

Como estamos num workgroup7, precisa adicionar o usuário aluno ao serviço Samba, com
senha. Para isso, o primeiro passo é criar o usuário no sistema, caso ainda não exista. Se o usuário
aluno ainda não existisse, o comando para criá-lo seria:

root# useradd -m -s /bin/bash aluno

As opções do comando acima são:

• -m: é a opção para criar a home do usuário;


• -s: é a opção para escolha do shell do usuário, no caso foi escolhido /bin/bash.

Uma vez que exista o usuário no sistema, basta adicioná-lo ao serviço Samba com o
comando smbpasswd:

root# smbpasswd -a aluno


New SMB password:
Retype new SMB password:
Added user aluno.

A opção do comando acima é:

7 No workgroup, os usuários são locais às máquinas. Se fosse um domain, eles estariam centralizados no AD.

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• -a: é a opção para adicionar o usuário ao serviço. Se o usuário já existisse, o comando


smbpasswd sem a opção "-a" seria usado para alterar a senha do usuário no
serviço.

Para saber quais usuários estão cadastrados no serviço Samba, usar o comando pdbedit:

root# pdbedit -L -v

Os arquivos onde ficam os usuários do serviço Samba e suas senhas são passdb.tdb e
secrets.tdb. Num Ubuntu fica no diretório /var/lib/samba e num CentOS em /var/lib/samba/private.

8 - TESTAR O ACESSO AO COMPARTILHAMENTO

Como o sistema Linux que está sendo usado está virtualizado (é um guest) num Windows, o
jeito mais simples de testar o acesso é usar o próprio Windows (que é o host). Neste caso, basta ir
para Iniciar → Executar e comandar:

\\192.168.1.10\TEMP

NOTA 1: 192.168.1.10 é o endereço IP do Samba server;

NOTA 2: o usuário logado no Windows também é o aluno.

O Windows deverá acessar o compartilhamento numa nova janela. Copie algum conteúdo
para esse compartilhamento, volte para o Samba server e observe que esse conteúdo foi escrito no
diretório /tmp:

root# ls -l /tmp

Para confirmar que o compartilhamento criado no Samba server está disponível para toda a
rede local, pode repetir o teste de acesso, porém agora acessar de outro Windows que não o host
deste Linux:

\\192.168.1.XX\TEMP

NOTA: 192.168.1.XX é o IP do Samba server de outra máquina virtual, em outro host.

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9 - SAMBA CLIENT

O Samba client permite ao cliente Linux/Unix buscar recursos compartilhados no Windows


ou no serviço Samba. Samba client é um conjunto de executáveis clientes do serviço Samba, mas
que também podem acessar recursos compartilhados no Windows.

Vamos testar o acesso em dois casos, com dois aplicativos clientes:

i) smbclient: é uma interface de acesso semelhante ao cliente FTP, onde as instruções de


transferência de arquivos são passadas na linha de comando;

ii) smbmount (ou mount -t cifs): é uma ferramenta que permite ao cliente Linux/Unix
montar localmente o recurso compartilhado pelo serviço Samba (ou Windows).

9.1 - smbclient

No caso (i), usar o comando smbclient para acessar o compartilhamento TEMP criado no
item 7, acima:

root# smbclient -L //192.168.1.10 -U aluno


Enter aluno's password:

NOTA: 192.168.1.10 é o endereço IP do Samba server.

As opções do comando acima são:

• -L: é para apenas listar os compartilhamentos que o usuário tem acesso;


• -U: é para conectar com o usuário aluno e não como root (pois o shell é de root).

Conectando no Samba server, o comando acima vai mostrar os compartilhamentos possíveis


para o usuário aluno.

Para acessar o compartilhamento TEMP com o usuário aluno, comandar:

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root# smbclient //192.168.1.10/TEMP -U aluno


Enter aluno's password:
Domain=[WORKGROUP] OS=[Unix] Server=[Samba 3.6.25]
smb: \>

NOTA: convém notar que o prompt da aplicação smbclient é semelhante a do client FTP.

Para saber quais comandos podem ser passados pelo smbclient, comandar:

Smb: \> ?
? allinfo altname archive blocksize
cancel case_sensitive cd chmod chown
close del dir du echo
exit get getfacl hardlink help
history iosize lcd link lock
lowercase ls l mask md
mget mkdir more mput newer
open posix posix_encrypt posix_open posix_mkdir
posix_rmdir posix_unlink print prompt put
pwd q queue quit rd
recurse reget rename reput rm
rmdir showacls setmode stat symlink
tar tarmode translate unlock volume
vuid wdel logon listconnect showconnect
.. !
smb: \>

NOTA: se estivéssemos usando organização da rede domain e não autenticação local


(workgroup), o comando seria smbclient //192.168.1.10/TEMP -U domain\\aluno, onde
o nome desse domínio é "domain".

Para acessar a home do usuário aluno, reconfigurar o Samba server e descomentar o


compartilhamento homes:

========== arquivo /etc/samba/smb.conf =======================================


[homes]
comment = "Home Directories"
browseable = yes
writable = yes
valid users = %S
=======================================================================

Esse compartilhamento também exige que o usuário no Samba server tenha home no sistema
Linux/Unix. No caso do usuário aluno, estas exigências são atendidas, pois ele tem home e já foi
adicionado ao Samba server.

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Depois, é só checar as configurações com testparm. Posteriormente, dar um reload no


serviço Samba e testar o acesso com smbclient:

root# testparm

root# /etc/init.d/smbd reload
root# smbclient //192.168.1.10/aluno -U aluno
Enter aluno's password:
Domain=[WORKGROUP] OS=[Unix] Server=[Samba 3.6.25]
smb: \>

NOTA 1: o exemplo acima é para um Ubuntu 12;

NOTA 2: foi necessário informar o usuário com a opção -U, pois quem está dando o
comando é root e não aluno.

NOTA 3: para testar com o Windows: ir para Iniciar → Executar e comandar:


\\192.168.1.10\aluno

NOTA 4: 192.168.1.10 é o endereço IP do Samba server.

Convém notar que o compartilhamento "aluno", acima, leva para a home do usuário aluno.

9.2 - smbmount

O caso (ii) envolve montar localmente o recurso compartilhado pelo serviço Samba (ou
Windows). Nesse caso, o cliente é chamado smbmount, e serve para montar este recurso remoto
num ponto de montagem local.

A montagem do recurso compartilhado pelo Samba server ou Windows via "smbmount" é


útil ao usuário cliente usando determinada estação de trabalho que tenha um ambiente gráfico num
Linux/Unix, pois é característica de usuário desktop (isto é, estação de trabalho) entender apenas de
ícones e botões no ambiente gráfico e, pensando assim, é muito mais fácil ensinar este usuário a
usar o "clique-clique" do mouse ao invés da linha de comando.

Pensando nessa característica do usuário é que foi criada a montagem Samba, ela permite
acessar o recurso compartilhado remotamente pelo servidor Samba ou Windows simplesmente
"clicando" numa determinada pasta local onde foi previamente montado o recurso compartilhado.

Funciona de forma semelhante ao "smbclient" e muda apenas no acesso: ao invés de uma


interface de texto semelhante ao acesso FTP, temos agora uma pasta onde foi previamente montado

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o recurso remoto compartilhado, "clicando" nesta pasta acessa todo o recurso remoto que está sendo
entregue pelo compartilhamento.

Para montar o sistema de arquivo precisa instalar também o pacote smbfs. Normalmente,
no Red Hat (ou CentOS) esse pacote já é instalado junto com samba-client. No Debian (ou
Ubuntu), precisa instalar com o comando:

root# apt-get install smbfs

Depois disso, criar um ponto de montagem8:

root# mkdir /mnt/samba


root# df -h

Por fim, montar o recurso compartilhado pelo Samba server (ou Windows) no ponto de
montagem /mnt/samba:

root# mount -t cifs //192.168.1.10/aluno /mnt/samba -o


username=aluno,password=uninove

NOTA 1: ao invés de "mount -t cifs" poderia ter sido usado o comando smbmount. Neste
caso, o comando seria "smbmount //192.168.1.10/aluno /mnt/samba -o
username=aluno,password=uninove";

NOTA 2: no Red Hat (ou CentOS) o comando smbmount é considerado obsoleto


(descontinuado).

Depois, verificar a montagem com o comando df:

root# df -h
Sist. Arq. Tam Usad Disp Uso% Montado em
/dev/sda2 40G 5,1G 33G 14% /
//192.168.1.10/aluno 20G 2,6G 17G 15% /mnt/samba
root# ls /mnt/samba

Para escrever um arquivo na home de aluno remota, basta escrever no diretório


8 Normalmente, um ponto de montagem é qualquer diretório vazio.

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/mnt/samba:

root# echo "teste" > /mnt/samba/teste.txt

Para desmontar o recurso, comandar umount /mnt/samba.

Em relação ao exemplo acima, num caso mais realista o próprio processo do "logon" do
usuário na máquina Linux/Unix já poderia disparar um script que fizesse a montagem da home do
usuário, com isso o usuário poderia ter uma home não local, ou seja, independente da estação de
trabalho que ele estivesse logado acessaria sempre a mesma home.

Este recurso, oferecer a home sempre no mesmo servidor de arquivos, independente de qual
estação de trabalho o usuário usou para efetuar logon, é muito útil em vários casos, especialmente
para a estação de trabalho diskless9.

Repare que com o "mount -t cifs" é possível usar uma estação diskless e mesmo assim
ofertar neste acesso a home do usuário, mesmo que essa home esteja, por exemplo, num servidor de
arquivo NT.

9 Diskless: isto é, sem disco ou dispositivo de armazenamento de dados.

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