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Director: Alfredo Pedrosa • Ano XII • Número 140 • 31 de Janeiro de 1999 • Taxa paga • Mensário: 85$00 • Vila de Prado/4730 Vila Verde/Portugal

Acessos à zona industrial Projecto "Entre Margens" de Luta Contra a Pobreza


de Prado dividem
Câmara e JAE

Pág.2
PARCEIROS QUEREM
Depois dos Santos
e da Padroeira vêm aí
os "Passos" de Prado

Pág. 3 CENTRO COMUNITÁRIO

Miguel Oliveira
canta e encanta
Já há terreno na Vila

III Encontro de Reis de Prado e está


mobiliza associações projectada uma
is
Pág. 5 intervenção tendente
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rr
"Lavradeiras" de Parada à recuperação de
cantam os "Reis" habitações, contando
ao Primeiro-Ministro
a Câmara Municipal
Pág. 7
com a comparticipação
Homicídio duplo do Comissariado
abala Coucieiro
do Norte da Luta
Pág. 8
Contra a Pobreza.
Câmara facilita vida aos
pais com alargamento Pág. 6/7
do horário do pré-escolar

Bento Faria preside


Concelhia do PS Luís Gonçalves
"Não somos
Pág. 9
doutor com distinção
João Ferreira descobre palhaços!"
Culto às Almas em Aboim
"A Função Distintiva da
Pág. 10 Afirma Tomé Macedo, Presidente da Câmara Marca", tese apresentada
Municipal de Amares, numa carta enviada pelo ilustre pradense,
Populares de Cervães
acusados de ofensas ao Primeiro-Ministro, subscrita pelos seus deu-lhe um doutoramento
ao Governador Civil homólogos de Vila Verde e Terras de Bouro, histórico para a
Pág. 12 a propósito da integração dos três municípios
Universidade do Minho,
do Vale do Homem no aterro perante um júri de alto
Serra Nevada na senda
sanitário da Braval. gabarito.
de uma História local
Última Pág. 8 — Última —

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- Artes Gráficas, Lda. • Lugar do Barreiro, Rua 1 - Vila de Prado • Tels. 929140 - fax 929149
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2 / PELO CONCELHO JORNAL DA VILA DE PRADO 31 / Janeiro / 1999

Zona industrial da Vila de Prado

Aguas residuais a céu

aberto no Outeiro ACESSOS DIVIDEM


Os moradores do lugar do Outeiro, da Vila de Prado, que habitam
à margem da curva da EN 201, mostram-se agastados com os maus
cheiros que por ali se fazem sentir fruto da permanência a céu aberto
de águas residuais.
Águas resultantes de um pequeno bloco habitacional ali existente, CÂMARA E JAE
que seguiam para a fossa de uma propriedade vizinha, em canalização
sob a estrada nacional, mas que de há uns tempos a esta parte estão Tudo se perspectiva no sentido da
a brotar para o exterior, acumulando-se na margem esquerda da ocorrência de um braço-de-ferro en- '4
estrada na direcção Prado-Ponte de Lima. Os produtores das mesmas tre a Câmara Municipal de Vila Ver-
não se mostram dispostos a obstar a tal situação, providenciando um de e a Junta Autónoma das Estradas
depósito na sua propriedade, até porque a porcaria está à porta dos (JAE) em matéria de acessos rodovi-
outros, que temem pela própria água dos seus poços. ários à zona industrial da Vila de
A verdade é que se encontra ali à luz do dia um atentado à higiene Prado, na Veiga do Inso e Barreira.
pública, com odores perfeitamente repugnantes, que afectam todos os Com o início das obras de execução
moradores, quando afinal a rede de saneamento se encontra a escas- da variante às EENN101 e 201, que
sas dezenas de metros a sul. Há mesmo ali pessoas que expelem para servirá a nova ponte de Prado, e
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a via pública águas de lavatório para evitar a sucessiva e dispendiosa depois do alerta lançado pelo depu-
necessidade de contratação do serviço de despejo da fossa. tado Martinho Gonçalves em recen- V.tWlE
Já solicitaram por inúmeras vezes a ligação à rede pública de te conferência de imprensa, as má-
saneamento, inclusivé ao actual vereador camarário da Vila de Prado, quinas camarárias avançaram para
que garantiu que se antes não foi possível, enquanto Presidente da o terreno e está desde o início do ano J
Junta, agora será efectuada enquanto responsável máximo pelo a ser alargado e pavimentado o cami-
pelouro competente. nho que atravessa a zona industrial
De uma forma ou de outra urge pôr cobro àquele pólo de poluição no sentido nascente-poente, que liga
insustentável, tanto mais que afecta mais directamente duas pessoas a EN 205, no lugar de Vilar, à Estra-
idosas doentes, que não escondem a sua indignação pela pestilência da Municipal que passa junto à cape- inclusão no seu projecto de um aces- lugar da Ramalha, supostamente por
que impunemente lhes é dado suportar de há longo tempo a este parte, la de Santo Amaro. Pretende assim o so a partir daEN205(Prado-Soutelo) um particular não se mostrar interes-
perante "o alheamento da autarquia local. executivo social-democrata forçar a e de um acesso directo à zona indus- sado em ceder terreno que permite o
JAE a diligenciar no sentido da cons- trial. José Manuel Fernandes ga- alargamento do ancestral caminho.
trução de um viaduto que permita a rante que defenderam até à exaustão Em aberto está ainda a possibili-
circulação rodoviária sobre o braço o nó de acesso na EN 205, "chumba- dade da ligação da saída da variante,
PRADO EA SUA FESTA da variante que permitirá a ligação à do no Parlamento pelo PS, ape- na EN 201, à EN 205 para os lados de
EN 101 (Braga-Vila Verde). sar de demonstrada a sua neces- Cabanelas, como forma de evitar a
Via de duas faixas que cortará a sidade ao Secretário de Estado", passagem pelo centro de Prado para
meio a zona industrial a uma quota lamenta. Quanto ao acesso directo quem vem dos lados de Barcelos.
A Ponte sobre o Cávado baixa na direcção sul-norte, inviabi- à zona industrial, o edil vilaverden- José Manuel Fernandes diz que o
lizando assim a artéria que a Câma- se não esconde a sua frustração: Director da JAE reconhece a impor-
Compilação de "Gota d'Orvalho" ra está agora a executar. E que para "Imagine que chegámos ao cú- tância da 'ideia" e que vai insistir
ali está apenas projectado um via- mulo de escrever a dizer que na sua concretização, "nem que fi-
Das cinco vias militares romanas, uma delas tomava sensivelmente duto pedonal, com o que o Presiden- nos disponibilizávamos a que para depois da conclusão da
o rumo actual da estrada de ponte do Lima passando ali no lugar de te da Câmara, José Manuel Fernan- comparticipá-lo!... Recusaram variante, mas que seja desde já
S. Tiago de Francelos pelo Corgaínho. des, não se conforma, afirmando que e não aceitaram sequer negoci- tida em conta, para que depois
Naturalmente que a travessia do Cávado devia ser feita através de "não vamos permitir que a vari- ar por se tratar de uma via não tenha que se fazer outra va-
uma ponte de construção romana. ante impeça o acesso à zona in- rápida e não permitirem qual- riante da EN 201 à EN205 a não
Aquela via romana ligava Braga a Astorga. dustrial através da construção quer acesso, quando até as auto- sei quantos metros da saída da
Sabe-se, e de positivo, que em 1510, uma cheia destruiu a ponte que de uma via pedonal em sítio onde estradas os têm." que está a ser construída".
existia a jusante da actual, ali pelo local que hoje se chama pisqueira ou passam carros, porque não te- Para já prosseguem acelerada- Em todo o caso, não tem dúvidas
pesqueira, cujas pedras podem muito bem ser os abcerces dessa ponte. mos outro acesso". mente as obras de acesso à zona que "vai ser muito mau para
Diz-se que certo rei de Leão, nas suas visitas a Braga, evidentemen- E que a implementação e preserva- industrial sob a alçada dos serviços Prado não haver o nó de liga-
te em tempos anteriores à fundação da Nacionalidade Portuguesa, se ção daquela artéria na zona industrial camarários, após longa espera de ção da EN 205 à ponte, e pior
apaixonara por uma dama de Prado, D. Branca Guterres da Silva e é a única saída airosa para o executivo quem já por ali está instalado há ainda se não se fizer a ligação
para facilitar os encontros com segurança com a referida dama, camarário no processo de construção uns tempos, tendo sido interrompi- da EN 201 à EN 205 no segui-
mandara ali construir uma ponte. da variante, goradas as tentativas de da a Ugação da via nevrálgica ao mento da variante".
Mais se refere, que os dois Leões escuros que embelezam o escudo
de Prado, significavam que a escuridão da noite, encobria os amores
de D. Branca com o rei de Leão.
A atestar esta versão, fora encontrada entre as ruínas da ponte,
uma pedra com esta inscrição:
BLANCA ET BLANCAE ET REX LEONIS TROFÉU AMBIENTE NA EB 2,3
Pinho Leal, em "Portugal antigo e moderno", vê nesta inscrição uma
prova a abonar a tradição dos amores entre o rei Leonês e D. Branca. A Escola EB 2,3 de Prado, que no resíduos sólidos urbanos". Mo- tiva. "Queremos com o papel ve-
Esta Senhora, que viveu entre os séculos XI e XII seria irmã de D. ano lectivo venceu o Troféu Ambien- tivados para a campanha, até lho torná-lo novo e evitar que se
Paio Guterres da Silva, que exerceu as funções de maiorino te Escola a nível nacional, continua porque há prémios aliciantes, os acumule nas lixeiras, evitando-
portucalense, por encargo dos reis de Leão. apostada na promoção e dinami- alunos têm procedido à recolha de se ainda o abate de floresta",
O aludido Rei, deveria ter sido Afonso VI, avô do nosso Afonso Henriques. zação de tão importante vertente papel e pilhas usados junto de sustentam, apelando à "preciosa"
A actual ponte, datada do Séc. XVII, segundo inscrição que cinge as educativa e tem já uma equipa a familiares e das populações das colaboração de todos. Aos interes-
armas reais do miradouro ao cimo e meio da ponte: ESTA OBRA FES trabalhar de novo numa campanha suas residências, evitando que o sados e amigos do ambiente convi-
ANTÓNIO DE CRASTODEA VILA DE VIANA -1616, reinava em de recolha de pilhas e papel usados. seu destino seja a lixeira munici- dam a fazer entregas naquele esta-
Portugal Filipe 11. Pretende assim a Equipa Troféu pal a céu aberto de Dossãos ou as belecimento de ensino, não só de
No brasão dos Condes de Prado ali colocado, lê-se ainda a seguinte Ambiente Escola 98/99 "sensibili- que por aí proliferam. papel como de pilhas, com que "eli-
inscrição: zar toda a comunidade escolar "Mudar comportamentos e minaremos do meio ambiente
ENCOANTO TIVERES DIAS MIRA POR TI SÊ PRUDENTE. e, por meio desta, a comunidade despertar consciências" é o que local os produtos tóxicos que
ASI COMO PAGA LA PONTE SE PAGA LA VIDA BREVEMENTE. educativa local, para a necessi- move os docentes responsáveis estas contêm, a que ficaríamos
(Continua no próximo número) dade crescente de separação, e pela implementação e acompa- todos sujeitos se derramados no
eventual reaproveitamento, dos nhamento desta louvável inicia- meio".

Variedade de linhos,
Toalhas de Mesa,
Maria Melena (Dantas, L,da
Jogos à Americana,
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31 / Janeiro / 1999 JORNAL DA VILA DE PRADO PELO CONCELHO / 3


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Depois dos Santos e da Padroeira...

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OS "PASSOS"
Com o início de mais um ano, a famigeradas provas vinícolas que dado o adiantado estado :í;i •i
Vila de Prado voltou a animar-se muitos ainda não dispensam, a de degradação em que se m i
particularmente fruto do calendá- julgar pela lotação que bem cedo já encontrava o templo.
rio litúrgico, que traz invariavel- se fazia sentir nas tascas locais, Porém, concluiu-se pela
mente à ribalta festiva o Santo essas sim já em reduzido número. pertinência de proceder a Qualquer dia não há "burros" na Feira dos Vinte
Amaro e o S. Sebastião. O mesmo se diga dos sobreiros, um restauro completo, já
Desta feita, a meteorologia mos- que são já bem poucos e em vias de que se estava com a mão na massa, mar de gente. farinha e não a iogurtes.
trou-se favorável ao Santo Amaro, desaparecimento face à avançada porque afinal a breve trecho iria Mas o ritual tem início logo no Escolhidos os valentões, na sex-
com os muitos romeiros e vendedo- idade, mas também como já são fazer-se sentir tal necessidade. Foi primeiro Domingo da Quaresma, ta-feira anterior ao dia dos Passos
res ambulantes a disfrutarem de raros os "burros" que por ali se dado inicia à segunda fase, em 6 de altura em que o pregador, desta tem lugar a solene procissão de
um dia de sol radioso, o que, cum- encontram, nem sequer é necessá- Junho do ano passado, orçada em feita o Padre Alípio da Silva Lima, velas, que percorrendo as mesmas
prindo as ancestrais determina- rio alugar aqueles com antecedên- 8.562.750 escudos: portas novas de Vila Nova de Anha, começa a 14 estações dos Passos, conduz a
ções populares, fazia prever um cia como a carga humorística po- em madeira estrangeira (2.035 con- evocar arrebatadoramente os mo- Nossa Senhora da Soledade da
dia aziago em termos climáticos pular sempre recomendou. tos); argamassas interiores e pin- mentos que precederam a dolorosa Igreja Velha à Capela de S. Sebas-
para a Feira dos Vinte, o que aca- Também as barracas de comes- tura (2.120 contos); lavagem do caminhada na direcção do crucifi- tião, para que no Domingo tenha
bou por se confirmar. e-bebes são em número cada vez dourado e pintura a óleo da madei- xo, perante a hilariedade judaica, lugar o encontro com Jesus no lar-
A capela de Santo Amaro e o menor, cedendo lugar às roulotes ra (2.050 contos); pintura do tecto representada na procissão pelos go com o mesmo nome. Altura em
respectivo largo tornaram-se exí- de farturas e churros, a que se da capela-mor (1.157.750 escudos); bem conhecidos "farricocos". São que o pregador emite mais um
guos uma vez mais para acolher associam as estridentes discote- rodapé das paredes em granito (670 cinco domingos em que emocional e empolgante sermão, tal como à
tantos fiéis e vendedores de doces cas, de tal forma que houve este contos) e conserto e enverniza- eloquentemente são dissertados os saída e à chegada, e a Verónica,
de romaria e de castanhas assa- ano quem exclamasse: "Parece a mento do soalho (530 contos). episódios bíblicos: Jesus no Jardim também escolhida com muito cui-
das. Enquanto o vendedor apre- festa da fartura, porra!" Está prevista a conclusão até das Oliveiras, Preso à Coluna, Co- dado dias antes e devidamente
goava "eloquentemente" a plenos final do ano, mas os trabalhos que roado de Espinhos, Sentado na Pe- ensaiada, exibe os seus dotes vo-
pulmões os seus cobertores e toa- se encontram a ser efectuados já dra Fria com a Cana Verde na Mão cais.
lhas, porque o tempo não era pro- • Depois da Igreja Velha ultrapassam bastante os apenas e Despojado dos seus Vestidos. Ciclo de religiosa festividade
pício para os guarda-chuvas, a a Procissão dos Passos 4.448.450 escudos angariados. Na semana anterior ao grande precedido de dois outros momen-
banda de música fazia soar melo- Depois de três anos dedicados à Para conseguir os restantes 4 mil dia tem lugar a selecção e treino tos mais discretos mas de signifi-
diosos acordes no coreto, ouvidos recuperação da antiga igreja ma- contos, foi elaborada uma candi- dos "farricocos", a quem cabe a cado não menos especial para os
pelos pacientes fiéis que aguarda- triz, a Comissão dos Passos, obe- datura ao PIDDAC, contando a árdua tarefa, restrita a gente com fiéis pradenses: o transporte da
vam na fila a sua vez de entrar na decendo aos desejos insistentemen- abnegada Comissão com o habitu- arcaboiço físico, de transportar os imagem da padroeira, Nossa Se-
capelinha e dirigir umas preces te formulados pelos pradenses, de- al saldo dos Passos para minimizar enormes estandartes, mais conhe- nhora da Purificação, da Igreja
ao santinho. cidiu voltar a organizar este ano a a dívida ao empreiteiro. cidos por "guiões", durante a exaus- Nova para a Velha, em 24 de Ja-
Onde não havia mãos a medir Procissão dos Passos. No dia 28 de Março, Domingo de tiva procissão. É que fazer sair da neiro, e o regresso no dia 2 de
era na tasquinha do "Trauliteiro", A angariação de fundos para a Ramos, a Vila de Prado vai voltar Igreja um estandarte de 6 metros, Fevereiro, que liturgicamente lhe
com o verdinho branco e tinto a designada Igreja Velha ocupou por a reviver a Via Sacra a que foi dizem alguns, é só para quem foi é dedicado, em majestosa procis-
escorrer a olhos vistos por gargan- inteiro a Comissão, que entendeu submetido o filho de Deus na cida- alimentado na infância a caldos de são de velas.
tas sequiosas de ambos os sexos, não sobrecarregar os pradenses em de santa de Jerusalém, entregue
até porque os doces e as castanhas termos de contribuição financeira, por Pôncio Pilatos, governador ro-
a isso impeliam. já que o custo das obras ultrapassa mano, aos judeus, que o coroaram
E a um domingo soalheiro suce- os 20 mil contos, obtidos quase na com espinhos e martirizaram até Nossa Senhora de Prado
deu pois uma quarta-feira de chu- íntegra através de peditórios lo- ao calvário, no alto do monte Nossa Senhora de Prado Sobe, sobe, luz d'Aurora,
va copiosa, que acizentou a Feira cais. A primeira fase custou 11.713 Gólgota, onde foi crucificado. São De Prado Santa Maria, Sobe, sobe, Virgem Mãe,
de S. Sebastião, no 20 de Janeiro. contos, consistindo no restauro das esses os Passos que há décadas são É luz que vive a meu lado, Mãe de Deus, Nossa Senhora,
Já a noite da véspera mostrou-se paredes exteriores, telhado e tecto recordados com emoção na Vila de Candeia e meu sonho alado Prado inteiro hoje T'implora
favorável, pela baixa temperatura da nave. E por aí se ficavam as Prado, normalmente de dois em Quer de noite quer de dia. Sejas sua Mãe também.
que se fez sentir, às tradicionais e intenções iniciais da Comissão, dois anos, atraindo um verdadeiro
np Mãe da Purificação, Sobe, sobe, Virgem pura,
uu Do dia dois de Fevereiro; Ao trono do Teu Jesus,
A doce apresentação Coração feito doçura,
De Teu Filho, e em tua mão Açucena casta e pura,
FARTURAS i AOELINalTl Tens a rolinha-cordeiro. Nossa Senhora da Luz.
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W
Sobe, sobe, Virgem Mãe, Estás no trono, És a eleita
' f 7Z Com o Teu Filho Jesus; Deste Teu Povo de Prado;
Vai até Jerusalém, As suas preces aceita.
Leva o Menino também, E os seus corações deleita
Porque além O espera a cruz. Com o Teu Amar Sagrado.
J.
Oh coração cuja lança Adeus, Virgem Mãe, Adeus,
Um dia há-de trespassar Recolhe a Tua morada
Crescendo Essa criança; E faz desta terra os Céus!
Mas deixará uma herança Até pró ano, se Deus
■'I Que de dores Te há-de cravar. O quiser, Virgem Sagrada!

Larim 2 de Ferreiro 99, Gota d'OrvaUio


As tasquinhas típicas estão a ceder o lugar às roulotes de farturas.

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4 / PELO CONCELHO JORNAL DA VILA DE PRADO 31 / Janeiro / 1999

Cartório Notarial de Vila Verde BOMBEIROS EMPENHAM-SE

Justificação
PARA ACABAR QUARTEL
Certifico para efeitos de publicação, que de fls.90 a fls.91, do
O Presidente da Direcção da Asso- Cifra-se assim em 120 mil contos • Inauguração do novo
livro de notas para escrituras diversas n? 41-E, a cargo da ciação dos Bombeiros Voluntários a comparticipação estatal, após os
notária Licenciada Maria Natália Almeida Batista de Lemos, quartel em Junho
de Vila Verde, José Rodrigues 90 mil incluídos em PIDDAC de
foi lavrada em 21 de Dezembro de 1996, uma escritura de Martins, garante que a construção 1993, de que falta receber apenas 9 José Rodrigues Martins revela
do novo quartel da corporação será mil contos, o que só sucederá após a estar prevista para Junho a inau-
Justificação outorgada por:
dada por concluída até 30 de Junho conclusão da obra, que está parada guração oficial do novo quartel, não
Evaristo da Felicidade Gonçalves , NIF 141839457 e mulher escondendo a vontade de levar a
Delminda Antunes Simões Gonçalves NIF 141839449, casados do ano em curso. há cerca de um ano por falta de
Ainda não assentou a poeira dos verbas. É que, apurámos junto do cabo "uma cerimónia em gran-
sob regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Valdreu, de que envolva o concelho e so-
recentes episódios polémicos que Presidente da Direcção dos Bom-
deste concelho, onde residem no lugar do Mosteiro. envolveram a Direcção dos Bombei- beiros, estava nas previsões daque- bretudo os autarcas, que na sua
Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, ros e o executivo camarário, mas le organismo proceder em Junho do quase totalidade vêm revelan-
dos seguintes bens imóveis situados no lugar do Mosteiro da dita mesmo em clima de mal-estar inter- ano passado à inauguração do em- do uma atitude de dedicação e
no os responsáveis dos "soldados da preendimento, contando com o re- empenho digna de louvor".
freguesia de Valdreu;
paz" não dispõem de tempo para sultado financeiro da negociação Está assim pensada a vinda de
UM - PRÉDIO RÚSTICO denominado " UMA HORTA ou uma personalidade de proa do Es-
sarar as feridas que indubitavel- do terreno, com projecto aprovado
TERRENO com três oliveiras", sito no lugar do Mosteiro da tado português, relegando José
mente se abriram em tomo da atri- onde está instalado o actual quar-
dita Freguesia de Valdreu, com a área de quatrocentos e noventa tel. Porém, o projecto aguarda há Martins para plano inferior o que o
buição de um subsídio camarário de
e três metros quadrados, a confrontar do norte com Avelino Dias 5 mil contos. Processo que acabou um ano aprovação, por desrespei- dividiu dos seus homólogos de Di-
Simões, do nascente com Joaquim Dias, do sul com António por redundar em mais um quadro tar o PDM, depois de em Abril de recção: "Sempre soube distinguir
Adelino Sousa Pereira Moreira e do poente com a Comissão caricatural da realidade política 1997 a Câmara ter dado o seu aval o que é Bombeiros e política e
concelhia, bem ao jeito de outros à pretensão de edificação de um terei sempre o mesmo compor-
Frabriqueira, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo tamento que venho tendo desde
3.465, com o valor patrimonial de 1.538400, a que atribuem o tempos, quando se apologiza aos prédio de 6 pisos contra os 4 permi-
quatro ventos a defesa e promoção tidos pelo PDM, em face da absolu- há 10 anos, que se tem pautado
valor de cinquenta mil escudos. ta necessidade dos Bombeiros de por dedicação, empenho e defe-
do bom nome do concelho.
DOIS - PRÉDIO URBANO composto de "UMA CASA DE Tudo principiou no Verão passado rentabilização máxima daquele es- sa intransigente dos interesses
HABITAÇÃO DE RÉS-DO-CHÃO", destinada a habitação, com com a organização de um cortejo de paço. dos Bombeiros, com honra e dig-
a superfície coberta de sessenta e oito metros quadrados, a oferendas pela Direcção dos Bom- Dado o sucessivo adiamento da nidade, que caracterizam as
beiros, na sequência do qual, instado anunciada revisão do PDM e da minhas atitudes em todas as
confrontar de todos os lados com o proprietário, inscrito na matriz
a dar o exemplo, o Presidente da Câ- elaboração do Plano de Urbaniza- instâncias ou instituições em
predial respectiva sob o artigo 596, com o valor patrimonial de que estou ou tenha estado inse-
mara prometeu a atribuição de um ção, tarda a libertação da principal
841.500$00, a que atribuem o valor de OITOCENTOS E CIN- rido. "
subsídio extraordinário de 2.500 con- fonte de receita ansiada pela Direc-
QUENTA MIL ESCUDOS. ção dos Bombeiros, que dispõe já de Em matéria de relação institu-
tos. Apresentada a proposta "a pos-
Ambos os prédios se encontram descritos na Conservatória do teriori" em reunião de Câmara, José uma construção no valor de 190 mil cional com a Câmara Municipal,
Registo Predial deste concelho sob o número nove mil oitocentos Manuel Fernandes viu-se confron- contos e procedeu ao pagamento de garante não ter havido qualquer
e um e aí registados a favor de João António Lopes, casado, pela apenas 84 mil contos, o que merece tipo de quezília, como alegadamen-
tado com uma outra dos vereadores
do PS que elevava para 5 mil contos de José Martins um voto de louvor te se pretenderá fazer supor, opi-
inscrição número mil duzentos e oitenta e seis, de sete de
tal benesse camarária, que acabou à empresa construtora Sá Macha- nando que em matéria de conces-
Novembro de mil oitocentos e setenta e seis. são ou não do famigerado subsí-
por ser votada favoravelmente. do & Filhos, S.A..
Os referidos prédios estão inscritos na matriz em nome de Ora, a obra arrancou em 3 de dio, deveria pura e simplesmente
Mas a decisão haveria de ser
Emília Antunes Simões. Abril de 1995 com um orçamento de ter sido deixado à responsabilida-
revogada dois meses depois sob a
Que os ditos prédios foram aqduiridos pelos ora justificantes 220 mil contos mas está agora já de da Câmara a decisão de o atri-
alegação de que a Direcção concor-
àquela Emília Antunes Simões ou Emília Antunes Simões dara prescindir, o que esta de imedi- estimada em 240 mil contos, pelo buir ou não, entendendo que a
Bonifácio e marido José Augusto Bonifácio, por escritura de ato veio a desmentir. Porém, decor- que para adicionar aos 120 mil con- Associação a que preside não está
tos do Governo, 20 mil da Câmara e em condições de prescindir de uma
vinte e dois de Setembro de mil novecentos e noventa e sete, rem mais uns meses e, surpreenden-
10.545 do peditório concelhio verba de 5 mil contos. Aliás, José
exarada a folhas setenta, do livro de notas número Setenta e temente, a maioria dos directores
dos Bombeiros muda de opinião e (150.545 no total), vai a Direcção Martins mostra-se esperançado
sete-F, deste Cartório. dos Bombeiros recorrer forçosamen- que o executivo camarário desblo-
acaba por decidir concordar com a
Por sua vez aquela Emília, então menor e representada por seu revogação, numa altura em que o te a um empréstimo bancário na queie com celeridade os processos
pai Avelino Dias Simões adquiriu a Maria Clara Rodrigues, ordem dos 90 mil contos. Entretan- de aprovação do já aludido projec-
Gabinete de Imprensa da Câmara
viúva, por escritura de quatro de Abril de mil novecentos e to, urge a também pendente dação to para o espaço do quartel velho
difundia a ideia de que em
formal por parte da Câmara do di- e de dação do direito de reversão
cinquenta e sete, exarada a folhas vinte e dois, verso, do livro de contrapartida os Bombeiros iriam
reito de reversão relativamente ao sobre esse e o terreno do novo
notras número Duzentos e Sessenta e Três do notário deste auferir em 1999 de uma verba de
terreno do actual quartel, cedido a quartel.
concelho Mário José Lopes de Carvalho o prédio rústico supra 27.200 contos.
título de empréstimo em 15 de No- Até porque reconhece que a gran-
Verba correspondente a 50% da
referido, onde posteriormente construíram o urbano. vembro de 1972, pelo então edil deza do futuro quartel deverá ser
derrama municipal (20 mil contos),
Desconhecem o modo como passou do titular inscrito para Fausto Feio, após ter funcionado acompanhada de ajustamentos a
medida já deliberada, e ao usual
aquela Maria Clara Rodrigues, sendo, contudo, certo, que por si como mercado. Como forma de nível de equipamentos de combate
subsídio mensal, cifrado em 720 con-
e antecessores já possuem há mais de quarenta anos, detendo- rentabilizar ainda mais aquele lo- a incêndios, tidos como precários
tos na reunião de 4 de Janeiro, altu-
cal a seu favor, a Direcção dos Bom- face à dimensão do concelho.
os, fruindo-os como coisa sua, cultivando-os e aproveitando as ra em que foi aprovado o adianta-
beiros garantiu já a aquisição de Quanto ao novo edifício, o Presi-
suas utilidades com o conhecimento e à vista de toda a gente, mento, isso sim a título excepcional,
um terreno anexo, para o que vai dente da Direcção enfatiza o am-
sem oposição de ningém, sem violência e sem interrupção no de 11 dos 20 mil contos da derrama.
usar os 11 mil contos adiantados plo salão de que vai dispor, sus-
tempo, pelo que por meio dessa posse os terão adquirido por pela Câmara. tentando que o mesmo "vai re-
• Projecto para quartel Também o terreno onde está a solver uma notória carência
usucapião, que invocam para efeitos de registo na Conservatória,
velho na gaveta ser construído o novo quartel, esti- do concelho, já que falta um
Entretanto, a Direcção dos Bom- mado em 100 mil contos, não está espaço para cerimónias ou re-
Está Conforme.
beiros tem que dar por concluída, até ainda definitivamente na posse dos alizações de grande enverga-
Cartório Notarial de Vila Verde, aos 21 de Dezembro 30 de Junho deste ano, a construção Bombeiros, apesar de tanto num dura, bastando ver o aperto
de 1998. do novo quartel, sob pena de perder caso como no outro haver já delibe- em que se transformou a toma-
A Primeira Ajudante, os 30 mil contos governamentais cons- rações camarárias nesse sentido e da de posse da actual Câmara
(Berta Maria Gonçalves Guimarães Rodrigues da Silva) tantes do protocolo firmado em De- da fatia camarária de 40 mil contos por falta de espaço nos Paços
zembro último entre o Secretário de estipulada no protocolo com o Go- do Concelho.
(Publicado no n0 140 do "Jornal da Vila de Prado", de 31/01/99) Estado Armando Vara e a Câmara verno, 20 mil se destinarem preci- E como os Bombeiros são de
Municipal de Vila Verde. samente a esse efeito. todos epara todos...".

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31 / Janeiro / 1999 JORNAL DA VILA DE PRADO PELO CONCELHO / 5 1

Senhor de uma voz prodigiosa


III EN( 0 r
?> f

MIGUEL OLIVEIRA

2*
■ I 4.
CANTA E ENCANTA
Luís Miguel Machado Oliveira, J.V.P. - E ao ar livre?
natural de Prado, aos 21 anos tor- Miguel - "A esse nível te-
nou-se, meteoricamente, um ídolo nho vindo a actuar com o
e motivo de grande orgulho das grupo que integro, com o meu
gentes desta zona Sul do concelho irmão Manuel, o "Canto
áÉJK-
dada a projecção que logrou alcan- D Aqui", desde há cerca de
çar no campo da música. um ano e meio. De resto,
A estudar no Instituo Superior estamos a fazer a gravação
"Reis" dinamizam de Educação de Viana do Castelo, do primeiro CD do grupo, em
no 3e ano do curso de Português/ que canto algumas músicas.
Inglês, o Miguel tem dedicado gran- Também já cantei no festival
de parte dos seus tempos livres à da Voz do Neiva e Em Braga,
associativismo música, o que lhe valeu já duas só com uma viola na mão e a
participações consecutivas no pro- minha voz tenho conseguido
Bem se pode dizer que o "III Encontro de Reis" de Vila Verde cumpriu grama televisivo "Big-Show SIC". empolgar o público, o que não
o principal objectivo que presidiu à sua organização, ao atrair à Praça O sucesso da primeira participação deixa de me fazer sentir mui-
de Santo António, na sede do concelho, elevado número de participan- e a excelente prestação na segun- to satisfeito."
tes, para além de uma numerosa plateia. da, vieram confirmar os excelentes J.V.P. - Como surgiu
Na magnífica tarde de sol do dia 24 de Janeiro, marcaram presença dotes vocais de um jovem que pro- esta ideia de se
no palco montado defronte do Palácio da Justiça 28 grupos, associações mete abalançar-se numa fulgorante candidatar a programas
e colectividades do concelho de Vila Verde, que se dinamizaram com o carreira artística a solo. televisivos?
intuito de fazer boa figura perante uma habitual multidão, procedendo Sobre os primeiros passos nesta Miguel - "É evidente que esta pro- com implantação nacional através
à recolha e ensaiando odes de pendor natalício, afinal a razão de ser cativante actividade musical, jecção se vem sucedendo de forma de uma editora forte."
desta iniciativa camarária: Grupo Folclórico de Vila Verde, das Miguel Oliveira referir-nos-ia que gradual: primeiro gravei umas J.V.P. - Vai ser possível conci-
Lavradeiras de Parada de Gatim, de S. Martinho de Moure; Grupo Coral "iniciei a tocar cavaquinhos ainda maquetes na rádio, tive boa aceita- liar esta actividade artística
Infantil de Barbudo, Grupo Coral de Nevogilde, Carreiras S. Tiago, de tenra idade, com o meu irmão, ção, comecei a sentir um crescente à com os estudos?
Gomide, Travassos, Barbudo, Sande, Godinhaços, Dossâes, Pico de Domingos Manuel Oliveira, e sem- vontade e, também pressionado pe- Miguel -"Pois aí é que está... os
pre manifestei grande entusiasmo los meus "fãs", acabou por surgir estudos começam a ser prejudicados
Regalados, Vila Verde; Família Calvário, Conjunto de Cavaquinhos de
pela música, mas apenas sabia to- naturalmente a ideia de concorrer e é precisamente isso que eu não que-
Carreiras S. Miguel, Grupo de Funcionários da Câmara Municipal de
car alguns acorde, cantava com os ao "Chuva de Estrelas". Fui apura- ro. Um tal projecto, a ter pernas para
Vila Verde, Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Sande, de escuteiros nos reis egostava de can- do mas tive o azar de ser apurado andar, deverá forçar-me a ir estudar
Paçô, de Covas e de Marrancos; Grupo dos "Amigalhaços", Clube tar e dançar em pequenas festas de simultaneamente para o "Big Show para Lisboa. Contudo, é bom frisar, a
Fontainha, Grupo das Avezinhas, Associação Guias de Portugal, Bom- amigos e familiares". SIC"e tive que fazer a opção por este primeira das prioridades é comple-
beiros Voluntários de Vila Verde, Centro Social, Cultural, Recreativo e J.V.P. - Isso significa que essa último programa porque impedi- tar o curso. Isso está fora de questão,
Desportivo de Pedregais e os Escuteiros de Carreiras S. Tiago. evolução teve lugar na base do mentos de ordem legal me não per- depois dos sacrifícos que fiz para
Muitas centenas de vilaverdenses de todas as idades deram pois vida autodidactismo? mitem participar também no Chu- chegar tão perto do seu términus. É
à tradição do Canto dos Reis, interpretando uma canção de natureza Miguel - "É verdade, fui pegando va de Estrelas. Na próxima série, que os telefonemas de outros empre-
tradicional e outra da autoria de cada grupo participante, como deter- na viola e tocando, fazendo os acor- talvez em Setembro, deverá chegar sários não param de chover, até na
minava o regulamento. des de ouvido e sentia que as coisas a hora de participar nesse impor- perspectiva de que possuo originais,
Precedeu o espectáculo de palco, um desfile de todos os participantes lá me iam saindo bastante bem. tante programa." sem misturas, completamente acús-
pelas ruas centrais da sede do concelho, evidenciador do rigor tradicio- Constatei que ia tirando com algu- J.V.P. - Qual o balanço que faz ticos, só a voz e guitarra, e capacida-
nalista que algumas colectividades emprestaram ao evento, trajando e ma facilidade qualquer música de desta ida à televisão? de para produzir outros, mas tenho
fazendo-se acompanhar de objectos, como lamparinas, bem ao jeito dos ouvido e comecei a cantar e a tocar Miguel - "E óbvio que me abriu já que manter os pés bem assentes na
tempos de antanho, emprestando-lhe assim um cunho etnográfico que ao mesmo tempo. Foi então que fui bastante os horizontes, porquanto terra e não me deixar iludir."
regala a alma dos amantes das tradições. reparando que as pessoas me ouvi- me proporcionou uma série J.V.P. - Tem vindo também a
O vereador camarário da Cultura, António Vilela, foi o anfitrião de am atentamente, sobretudo quando impensável de conhecimentos, mes- ensaiar e actuar no Grupo Co-
uma verdadeira maratona de canto, enquanto coube a Júlio Dias, comecei a cantar coisas mais sérias mo junto de editoras." ral Assanes?...
Hélder Cerqueira, Manuela como o Zeca Afonso, o que é uma J.V.P, - Qual foi a sensação ao Miguel -"Sim, faço parte desse
Fernandes, José Lopes e Manuel grande responsabilidade." tornar-se o centro das atenções projecto bem interessante e gravá-
Rodrigues a árdua tarefa de clas- J.V.P. - Recorda-se do primei- num tão mediático programa mos já um CD. Trata-se, sem
sificar os concorrentes. E a pon- ro espectáculo em que partici- televisivo? duúvida, de uma outra faceta do
tuação máxima acabou por recair pou com a presença de público? Miguel - "Reconheço que não es- Miguel Oliveira, que acaba por ser
no Grupo Coral de Gomide, que Miguel - "Comecei a tocar em tava nos meus horizontes ganhar, complementar e por se revelar algo
teve o privilégio de receber das bares por brincadeira. Um dia, pensava tão-somente em participar profícuo em termos de trabalhar a
numa festa de anos, fomos a Braga e isso por si só já era para mim voz. Estou ainda na Tuna
mãos do Presidente da Câmara,
e estava um grupo a actuar. No motivo de grande regozijo. Ganhar académica de Viana, onde faço ac-
Engfi. José Manuel Fernandes, o
S intervalo os meus colegas exorta- foi realmente uma sensação tuações a solo."
anunciado prémio de 60 mil escu-
ram-me a tocar, o grupo mostrou-se indiscritível e, assim num abrir e Aqui fica o testemunho de um
dos. O vereador António Vilela receptivo e lá actuei. O público rea- fechar de olhos, passar a ser o cen- jovem inquestionavelmente talen-
entregou ao Grupo Folclórico das giu positivamente, de forma entusi- tro das atenções, considero ter dado toso cuja colocação de voz vem sur-
o Lavradeiras de Parada de Gatim ástica até e o dono do bar acabou um passo de gigante." preendendo os meandros do
os 50 mil escudos referentes ao por me endereçar o convite no senti- J.V.P. - Isso significa que se mundo artístico e a quem se augura
segundo lugar, enquanto a do de actuar mais vezes, já não a lhe começaram a abrir portas um futuro risonho. A sua populari-
Família Calvário, de Vila Verde, título de brincadeira. A partir de em termos de carreira musical? dade multiplicou-se com a partici-
ficou com os 40 mil escudos refe- então desinibi-me, tive o incentivo Miguel - " Tive o contacto de pação televisiva e passou a ouvir-se
rentes ao terceiro lugar, entre- de jovens de Prado que me acompa- duas editoras e de um produtor que nas rádios locais com ainda maior
gues pelo Presidente da Direcção nharam e passei a actuar em quase se propõe fazer um projecto muito frequência, num claro sinal de que
do Grupo Folclórico de Vila Ver- todos os bares desta zona, hotéis e sério comigo. Pretende ouvir a mi- estão lançados os alicerces de uma
t de, Manuel Nogueira. discotecas." nha maquete e pensar num projecto carreira ao serviço da música.

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6 / PELO CONCELHO JORNAL DA VILA DE PRADO 31 / Janeiro / 1999
v

Na luta contra a pobreza no sudoeste do concelho de Vila Verde...

"ENTRE MARGENS" MOTIVA

CENTRO COMUNITÁRIO

Criado em Julho de 1997, o Pro- nador Civil, que então interveio em


jecto de Luta Contra a Pobreza "En- defesa das minorias e tem sido um
tre Margens", volvido ano e meio, s dos grandes colaboradores deste
apresenta já resultados muito posi- projecto de luta contra a pobreza.
tivos e prometedores, estando re- A Delegação Distrital de Braga
centemente na base da eclosão da da Cruz Vermelha Portuguesa foi o
ideia da construção de um Centro suporte jurídico encontrado para a
Comunitário na Vila de Prado. promoção do "Entre Margens", com
A ideia surgiu no dia 6 de Janei- custo estimado em 90 mil contos,
ro, num Encontro que reuniu na cuja implementação principiou em
cripta da Igreja Nova da Vila de Julho de 1997 e se estenderá até
Prado, onde funciona provisoria- 2001, inclusivé. Como principal
mente o Pólo de Animação Socio- apoiante conta a entidade gestora
Educativo e Cultural do Projecto, com o Comissariado do Norte da
personalidades como o Governador Luta Contra a Pobreza, que compar-
Civil de Braga, o Presidente da ticipa com 54 mil contos, tendo ain-
Câmara Municipal de Vila Verde, o da como principal parceira a Câma-
Alto-Comissário para a Imigração ra Municipal de Vila Verde.
e as Memórias Étnicas, a Comissão A sua área de intervenção é cons-
do Norte da Luta contra a Pobreza, tituída pelas doze freguesias do su-
o Director do Centro Regional de gp
doeste do concelho já referidas, cuja
Segurança, Social do Norte e o Pre- população total ronda os 11.500 in-
sidente da Delegação Distrital de divíduos, mas incide fundamental-
Braga da Cruz Vermelha Portu- mente sobre cerca de um milhar de
guesa, entidade promotora e gestora pessoas, entre mais de 100 de etnia
do Projecto, para além das assis- .>
cigana e as restantes pertencentes a
tentes sociais directamente envol- Crianças de etnia distinta interagem e convivem pacificamente no Pólo Socio-Educativo e Cultural, famílias que sofrem os efeitos nefas-
vidas na sua execução. Visitado o tos da não ocupação, do desemprego
temporariamente sediado na cripta da Igreja Matriz de Prado.
Pólo e contatada a precaridade em ou do emprego precário.
que ali se trabalha, foi o responsá- nanciamento de tal empreendimen- nientes de todo o concelho, cha- vivamente com a evolução favorá- Contribuir para o desenvolvimen-
vel máximo da Cruz Vermelha no to. O Comissário da Luta Contra a mando a atenção para a urgência vel do Projecto, atribuindo-a à ge- to sustentado da sua área de juris-
distrito, Francisco Alvim, após agra- Pobreza, José Feliciano Ramos, re- de uma acção consistente nesta nerosidade das pessoas, mostran- dição, potenciando recursos e dinâ-
decer a amabilidade do Padre Seve- conheceu a necessidade de tal es- área. Para a zona de intervenção do do-se empenhado em que "todos os micas locais, é o grande objectivo do
rino na cedência temporária da- trutura "se após a resolução dos Projecto, constituída pelas fregue- esforços e boas intenções não Projecto "Entre Margens", face à
quelas instalações, quem lançou o problemas étnicos se pretende sias de Arcozelo, Atiâes, Cabanelas, caiam em saco roto, de forma a proliferação casos de "baixo nível
repto da absoluta necessidade a avançar para mais altos voos", Cervães, Freiriz, Escariz S. que não se gerem decepções que de rendimentos e de escolarida-
curto prazo de instalações mais chamando a atenção para a neces- Mamede e S. Martinho, Oleiros, se pagam no futuro". Revelou de, de ausência de qualificação
amplas e funcionais, fazendo votos sidade de ser encontrada ou criada Marrancos, Moure, Vila de Prado e estar consciente, o que lhe faz sen- profissional, desemprego, em-
de que o próximo encontro avalia- uma entidade local ligada à Solida- Parada de Gatim, disse José Manu- tir um a certa angústia, de que "ain- prego precário, inexistência e
dor do índice de execução do "Entre riedade Social que garanta o neces- el Fernandes estarem já projectadas da se está longe do desejável", insuficiente protecção social,
Margens" já tenha lugar num pólo sário suporte jurídico. O Director recuperações de 30 habitações, or- exortando no sentido de que se avan- alcoolismo, toxicodependência,
definitivo. Fez ver que o actual pólo do Serviço Regional de Braga da çadas numa verba que ronda os 100 ce para coisas concretas que "soli- negligência e maus tratos in-
chamou a atenção e motivou a con- Segurança Social, Luís Vale, mil contos. Fazendo votos de que os difiquem a consciência cívica e fantis, insuficiente equipamen-
fiança das famílias, urgindo agora complementou então que o melhor competentes ministérios se envol- de uma sociedade mais justa". to social, conflitos étnicos e de
corresponder de forma mais ampla seria a construção de um autêntico vam efectivamente na satisfação Também o Alto-Comissário para vizinhança". Para tanto contam
às expectativas criadas, designa- Centro Comunitário que desse res- desta premente necessidade de todo a Imigração e as Minorias Étnicas, com parceiros como o Governo Civil
damente ao nível da formação pro- posta às múltiplas necessidades. o concelho, o edil vilaverdense lou- José Leitão, interveio para revelar e o Serviço Regional de Braga da
fissional e da viabilização de em- Lançada a semente de tão crucial vou o apoio do Governador Civil na satisfação pelo trabalho realizado, Segurança Social, a Câmara Muni-
prego, o que não é de forma alguma estrutura, o Presidente da Câmara execução do Projecto "Entre Mar- cuja evolução natural augurou cipal de Vila Verde, a DREN, o
possível com as actuais instalações. Municipal de Vila Verde não dei- gens" e manifestou a sua convicção conducente ao sucesso, tido como Instituto do Emprego e Formação
Havia uma promessa nesse sen- xou passar a oportunidade para, de que "cm Vila Verde a inte- fundamental num amplo Progra- Profissional, a Universidade do
tido formulada pela Câmara Muni- perante tão importantes represen- gração das minorias é já uma ma com que se pretende "criar um Minho, o Centro de Saúde de Vila
cipal, estando perspectivada a re- tantes do Governo, chamar a aten- realidade e se calhar nunca foi País em que todos os cidadãos Verde e as Juntas de Freguesia.
cuperação do edifício dos antigos ção para a absoluta premência de um problema com as dimensões vivam uma cidadania plena, Numa primeira fase, a priorida-
Paços do Concelho, no lugar da Vila, se intervir no sentido da resolução que lhe foram atribuídas". com espírito de solidariedade, de passou pela atenuação dos pro-
que neste Encontro se concluiu não de extremas carências em matéria José Manuel Fernandes lançou o reveladora de uma sociedade blemas étnicos latentes, tendo dez
constituir solução após visita ao de habitação, sustentando que "é desafio e obteve pronta resposta do coesa e harmoniosa". crianças de etnia cigana passado a
local, apontando o Presidente da contraproducente estarmos a Comissário da Luta contra a Pobre- frequentar a escola pela primeira
Câmara, José Manuel Fernandes, criar bons centros de atendi- za, que se prontificou a disponi- vez, para além de passarem a ser
para a construção de um edifício de mento se depois as pessoas não bilizar metade dos 100 mil contos • Esbater problemas
facultados àquelas comunidades
raiz, mostrando-se desde logo dis- encontrarem a devida corres- caso a Câmara se responsabilizas- étnicos cuidados primários de saúde,
posto a disponibilizar o necessário pondência na família, se não se pela outra metade, no que obteve O Projecto "Entre Margens" nas- designadamente por intermédio de
terreno, a assegurar a elaboração tiverem uma casa digna". Infor- de imediato resposta afirmativa, o ce na sequência dos conflitos étni- campanhas de vacinação.
do projecto e ainda a contribuir mou que têm em carteira para cima que mereceu fortes aplausos. cos que envolveram os clãs ciganos Também teve lugar um trabalho
para a construção, desde que a Ad- de duzentos pedidos de ajuda para O Governador Civil, Pedro Bace- dos irmãos Garcia, de Oleiros e de sensibilização em matéria de
ministração Central assuma o fi- recuperação de habitações prove- lar de Vasconcelos, congratulou-se Cabanelas, sob a batuta do Gover- (Cora#, pág. seguinte)

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31 / Janeiro / 1999 JORNAL DA VILA DE PRADO 7 / PELO CONCELHO

interacção muito positiva, ape-


sar das reservas e defesas evi-
denciadas sobretudo pelas gen-
tes ciganas". Paula Nunes con- Parada leva
gratula-se mesmo com o facto de as
crianças mais velhas se mostrarem
muito receptivas no apoio às crian- Reis a S. Bento
ças ciganas, pelo que tencionam
promover a cultura cigana, desi- O Grupo Folclórico "Lavradeiras de Parada de Gatim" foi a
gnadamente através da sua cati- Lisboa, no dia 6 de Janeiro, cantar os "Reis" ao Primeiro-
vante dança. Ministro António Guterres.
Mas os responsáveis pelo "Entre Com o deputado Martinho Gonçalves como anfitrião, a primei-
Margens" pretendem ir mais longe, ra sessão do tradicional canto popular teve lugar em plena
nomeadamente em matéria de in- Assembleia da República, para gaúdio do Presidente da mesma,
centivo à criação de novas formas Dr. Almeida Santos, que dirigiu palavras de apreço e incentivo
de ocupação e oportunidades de no sentido da meritória preservação de tão peculiar tradição.
emprego e formação profissional, Retemperadas as energias com bolo-rei e vinho do porto, o
como forma de combate a uma po- Grupo, a convite do deputado vilaverdense, almoçou no restau-
breza tida como "fortemente tra- rante do Parlamento.
dicional e hereditária". Daí a Ao início da tarde coube ao Primeiro-Ministro de Portugal,
Paula Nunes dá conta da necessidade de instalações mais amplas necessidade de um espaço mais Eng9. António Guterres, escutar e apreciar as "Reisadas" de
para a criação de um centro de formação profissional/emprego. amplo e funcional, porque está pro- Parada de Gatim na residência oficial.
gramada a criação de um espaço Dirigidas palvras de regozijo e de elogio ao "Lavradeiras",
(Cont. pág. anterior) contacto com um conjunto de de atendimento, informação, for- juntamente com o convite para o regresso no próximo ano, o Chefe
planeamento familiar, constatada materiais lúdicos e pedagógi- mação e acompanhamento na área do Governo, recebidas lembranças do concelho de Vila Verde,
a excessiva prole de cada agregado cos, até então desconhecidos et da formação profissional e empre- guiou os visitantes numa visita ao Palácio de S. Bento, onde foi
familiar, agudizadora das dificul- ou pouco utilizados pelas cri- go, inventariadas as aspirações e servido um "copo d'água" condizente com a quadra festiva.
dades económicas, para além da anças e a participação em acti- expectativas da população, bem O Dr. Martinho Gonçalves deu também a conhecer as várias
promoção da alfabetização dos adul- vidades socio-eulturais, nas como as necessidades do mercado dependências da Assembleia da República, e mais para o fim da
tos, ao mesmo tempo que se faculta- quais as crianças assumem um e as oportunidades formativas. tarde também o Patriarca de Lisboa, D. Policarpo, e o bispo
va o acesso a direitos sociais como o papel activo, expressando as Também está pensada a criação paradense D. Vitalino Dantas foram visitados pelos "Reis" de
abono de família e o rendimento suas potencialidades". de uma oficina de artesanato para
mínimo garantido, extensivo a to- Garantido o transporte gratuito a população adulta, tendente à
das as famílias comprovadamente às crianças inscritas, desenvolveu- revitalização, por exemplo, da tra-
carenciadas das doze freguesias. se ali actividades de cariz socio- dição local da olaria e bordados,
Enfim, foi promovida uma me- recreativo e formativo, ao nível da perspectivando-se uma linha pró-
lhoria da qualidade de vida da popu- informática, da expressão dramá- pria identificadora do Projecto "En-
lação cigana e assim cativada a sua tica e plástica, do artesanato, dan- tre Margens". n
necessária confiança, tal como a da ça, música e desporto, "que vão de Pretensões que não podem espe-
população local, nas técnicas e assis- encontro aos interesses e expec- rar a inclusão do desejado Centro
tentes sociais responsáveis pela exe- tativas das crianças, desenvol- Comunitário hipoteticamente no
cução do Projecto "Entre Margens". vendo-se as suas capacidades e PIDDAC de 2000 e uma posterior
Equipa que passou numa segunda competências individuais". Mas construção que só por milagre esta-
fase, para a criação do Pólo Socio- Paula Nunes reconhece que nem ria concluída antes do final do perí-
Educativo e Cultural da Vila de Pra- tudo têm sido rosas, já que os pais odo de vigência do Projecto. Pelo que
do. A Coordenadora Lídia Peixoto, começaram por se mostrar muito a Cruz Vermelha, entretanto, gora-
juntamente com a assistente social reticentes, mostrando-se conscien- da a recuperação dos antigos Paços
Paula Nunes, a gestora Balbina Pi- te de que se está perante um pro- do Concelho da Vila de Prado, irá
res e o animador Raúl Maia, auxili- cesso "extremamente moroso, alugar temporariamente um espaço
ados por quatro "jovens voluntários mas já se faz sentir uma convi- que torne possível, no fundo, a cria-
para a solidariedade", colocados pela vência muito pacífica entre as ção progressiva de dinâmicas locais
delegação de Braga do Instituto Por- duas comunidades, embora não até 2001 que garantam a continui-
tuguês da Juventude, a que se jun- se possa falar propriamente em dade do programa em curso,
tarão mais dez jovens universitários integração, porque afinal têm porventura no futuro Centro Comu-
em regime de voluntariado, estão sido séculos de conflituosidade". nitário da Vila de Prado, que já tem Parada, que também aí se deleitaram com iguarias próprias
assim empenhados, desde Julho do Ainda assim, a nossa interlocu- terreno - na avenida do Cávado, a destes eventos, preparando-se para uma longa viagem de re-
ano passado, na consecução de um tora entende que o trabalho desen- sul do futuro centro de saúde e gresso após uma jornada gratificante de louvável promoção da
outro desiderato fulcral do "Entre volvido tem permitido "uma posto da GNR. cultura vilaverdense e minhota, que contou com o apoio da
Margens", o de desenvolver capaci- Câmara Municipal de Vila Verde e da delegação de Braga do
dades e competências individuais e Instituto Português da Juventude (IPJ).
institucionais com vista à promoção Cultura de cunho genuinamente popular, legada pelas gera-
socio-económica, educativa e cultu- ções que nos antecederam, que os responsáveis por este
ral da população. prestigiado e famoso agrupamento folclórico teimam em manter
Promovidas umas sessões de ani- bem viva e salvaguardada de há 30 anos a esta parte. E logo a
mação no período de recreio das principiar o ano de comemoração do 309 aniversário, foi lançado
escolas do le ciclo, o pólo arrancou o primeiro CD do Grupo, que contém 18 odes recolhidas há longo
desde logo com 60 crianças. Inte- tempo pelo carismático Adelino Pinto, o bastião da cultura e
gram-se agora um vasto grupo de tradições locais, a que se associa o irmão Jesuíno Pinto.
100, dos 6 aos 14 anos de idade, Após a edição de dois "Lps" e nove "singles", em vinil, o
provenientes de famílias extrema- "Lavradeiras" registou agora em CD a Chula Nova, Vira Velho,
mente rurais, mais urbanizadas e Ribeira, Laurindo, Vira de Parada, Padroeiro de Parada, Adeus à
das comunidades ciganas. Trata-se Praia, Malhão de Parada, Harmonias, S. João, O Lavrador da
pois de um grupo bastante hetero- Arada, Comboio de Viana, Senhora do Sameiro, À uma Hora,
géneo, tendo o pólo uma frequência Aquele Rapaz, Vira de Cruz, Os Sinos e 24 de Agosto, contando
diária de 35, em regime de ocupa- com o patrocínio das delegações de Braga do IPJ e do INATEL, da
ção dos tempos livres, cumprindo o Câmara, das Juntas de Parada e Vila de Prado, do Gabinete de
horário escolar. Trata-se de um es- Contabilidade de Prado e das Confecções Maria Laura (Oleiros).
paço lúdico-pedagógico informal Para além da organização de dois festivais de folclore, o Grupo
que, segundo a assistente social tem já programada a participação no festival internacional de
Paula Nunes, "visa promover o Warm, na Holanda, que decorrerá entre 27 de Junho e 7 de
sucesso escolar e educativo,pro- O Governador Civil constitui pedra basilar na "construção" do Projecto Julho.
porcionando a comunicação, o "Entre Margens", que faz germinar um Centro Comunitário em Prado.

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8 / PELO CONCELHO " .ènls; JORNAL DA VILA DE PRADO 31 / Janeiro / 1999

Recurso à intervenção do Primeiro-Ministro


Vila Verde tem

novo arcipreste
AUTARCAS EXIGEM
O Arcebispo Primaz de Braga, D. Eurico
Dias Nogueira, nomeou, no final do ano, o
Padre José António Arantes de Andrade
para Arcepestre de Vila Verde.
O jovem pároco de Moure e Escariz S.
-- SOLUÇÃO PARA 0 LIXO
Martinho sucede ao Pe. João Fernando
Peixoto, que exerce o seu humus em Pico de
Regalados. O novo Arcepreste é natural de Cansados de esperar, os Presi- guração do aterro da Serra do Car- recto, contrariamente à Sra. Mi-
Massarelos-Po-to, tendo aos 6 anos de ida- dentes das Câmaras de Amares, valho, que a integração dos três nistra".
de vindo residir para Amares. Cursou no Terras de Bouro e Vila Verde aca- municípios do Vale do Homem na Daí que exijam perante o Primei-
Seminário Conciliar de Braga, onde in- bam de lançar o grito de revolta, Braval seria uma realidade a bre- ro-Ministro que "os compromissos
gressou em 1989, tendo recebido a ordena- apelando à intervenção do Primei- ve trecho. assumidos pelo Governo sejam ri-
ção sacerdotal em 21 de Julho de 1996. ro Ministro no "dossier" da deposi- Como tal tardava a acontecer, o gorosamente cumpridos e honra-
José António Andrade foi nomeado páro- ção e tratamento dos resíduos sóli- edil de Vila Verde, José Manuel dos", afirmando Tomé Macedo de
co de Moure e Escariz em 5 de Setembro de 1996, leccionando desde o início dos urbanos. Fernandes, em 2 de Outubro de forma veemente: "Não somos pa-
do ano lectivo de 1997/98 a disciplina de Educação Moral e Religiosa Tomé Macedo, Presidente da Câ- 1998, solicitou uma audiência à lhaços! Merecemos respeito, ur-
Católica na Escola EB 2,3 de Moure. Na sua nova qualidade tem como mara de Amares, endereçou, no dia Ministra do Ambiente, reiterando banidade e consideração!"
missão coordenar a acção pastoral do arciprestado, contando com a 18 de Janeiro, ao Eng". António Tomé Macedo, Presidente da Câ- Revelando estarem a ser alvo de
colaboração de todos os padres das 58 paróquias, reunindo com eles todos Guterres uma missiva em que repu- mara de Amares, tal pretensão no perseguição por serem do PSD, os
os meses. Compete-lhe estabelecer a ligação entre o arcebispado e as dia "a ineficiência e total falta dia 13 do mesmo mês. Mais de três três edis mostram-se confiantes de
paróquias, mostrando-se sempre atento às necessidades paroquiais. Res- de consideração e sentido de meses depois, quando o aterro está que António Guterres encontre ur-
ponsável pela execução do Plano Diocesano, cumpre-lhe traçar o Plano Estado- inequivocamente de- a braços com uma impugnação ju- gentemente uma solução, porque,
Pastoral, ouvido o Concelho Pastoral Arcipestral, que delineia, entre monstrados pela Sra. Ministra dicial ameaçadora de encerramen- diz José Manuel Fernandes, "é o
outras actividades, por exemplo, a formação cristã de jovens e a de do Ambiente" e solicita a acção do to, o gabinete da Ministra, via Primeiro-Minsitro de todos os
catequistas. Chefe do Governo no sentido de que telefax, informa que afinal quem portugueses e por isso também
Enfim, cabe ao Padre José António a uniformização da acção pastoral em "ponha fim a esta brincadeira iria receber os três edis era o Secre- dos munícipes destes três con-
todo o Arciprestado, para o que lhe desejamos as maiores felicidades, de mau gosto". É que as Câmaras tário de Estado. celhos e não permitimos ser dis-
parabenizando-o pela prestigiante nomeação. e o Secretário de Estado Adjunto Porém, José Manuel Fernandes, criminados em resultado de jo-
da Ministra do Ambiente, Ricardo Tomé Macedo e José Araújo não gos partidários".
Magalhães, terão chegado a acor- aceitam voltar a conferenciar com o É que os três municípios que in-
do quanto à integração na Braval, Secretário de Estado, por expressa- tegram a Braval são de maioria
já integrada pelos municípios de mente estarem "fartos da dema- socialista e segundo o edil
Munícipe acusa Câmara Braga, Póvoa de Lanhoso e Vieira gogia e da 'conversa fiada"' de vilaverdense "é o Eng". Mesquita
do Minho, mediante a aceitação do Ricardo Magalhães, não deixando Machado que está a mandar na
regime de rotatividade em maté- de condenar a resposta tardia e o Ministra, querendo obrigar Vila
de pacto com ilegalidade ria de instalação dos próximos ater- facto de Elisa Ferreira não se dig- Verde a aceitar desde já o próxi-
ros sanitários. A própria Ministra, nar receber três Presidentes de mo aterro, e eu nunca concor-
O empresário pradense António Domingues Viana não esconde a sua Elisa Ferreira, garantiu, na inau- Câmara "eleitos em sufrágio di- daria com isso".
revolta por a Câmara Municipal de Vila Verde estar alegadamente a fazer
vista grossa a uma ilegalidade perpetrada num prédio da Vila de Prado a
coberto de um Despacho camarário, contenciosamente anulado por sen-
tença do Tribunal Administrativo de Circulo do Porto, corroborada pelo
Supremo Tribunal Administrativo. Homicídio abala Coucieiro
O caso vem-se arrastando desde Julho de 1993 e reporta-se à construção,
no lugar do Faial, de um anexo à habitação de Carlos Manuel Araújo Mota, A população de Coucieiro ainda neurocirúrgica mas continua em ris- gundo uma outra irmã, o dinheiro
que confina com a do queixoso, que recorreu no Tribunal Administrativo em está aterrorizada com a brutali- co de perda de vida. da reforma da mais velha.
face de uma decisão camarária de Maio de 1994 legalizadora daquilo que dade criminosa de que foram alvo O que horroriza neste crime é que As economias e o ouro é que
reputa de ilegal. Queixa-se António Viana de que o anexo do prédio vizinho três senhoras naquela localidade foi perpetrado com faca e alvião, permaneceram no seu esconderi-
foi construído no alinhamento da fachada do seu, não respeitando as na manhã do dia 31 de Janeiro, no tudo levando a crer ter-se tratado de jo, na mercearia, segundo a irmã
distâncias em relação à Estrada Nacional 205 então em vigor e as intenções lugar de Quintela, de que resultou um assalto planeado a pensar na não presente, que não contém a
e medidas exaradas no requerimento da respectiva licença da Câmara. já a morte de duas delas. ausência das proprietárias, que in- sua raiva perante o sucedido, afir-
Transformado de garagem em área comercial, alega, a sua cobertura foi Trata-se de três irmãs de idades variavelmente iam à missa todos os mando que "havia de ser feito
aproveitada para terraço, onde foi construído um muro e uma cobertura que, compreendidas entre os 50 e os 70 domingos àquela hora. Conjectura- aos desgraçados o que eles fi-
no primeiro caso, elevou para mais de 5 metros a altura do anexo encobrindo anos de idade, que foram encon- se localmente que quem levou a cabo zeram às minhas irmãs".
e desvalorizando o prédio vizinho, enquanto no segundo caso reduziu o vão tradas por volta das 10.30 horas o suposto assalto terá sido surpre- Este caso fez levantar de novo a
entre os dois imóveis. Constitui ainda motivo de agastamento para António num autêntico banho de sangue, endido pela inesperada presença das questão da falta de segurança de
Viana o facto de o seu vizinho se servir de holofotes para iluminar o terraço diz quem viu, na sua habitação. proprietárias e recorreu ao assassi- que reconhecidamente padece o
cuja luz incide de forma perturbadora sobre as janelas de dois quartos da sua Estranhada a ausência das três nato para se ver livre delas, ou por concelho de Vila Verde. O Presi-
moradia. António Viana acabou por conseguir do Tribunal Administrativo na missa matinal das 10 horas e a terem oferecido resistência ou te- dente da Câmara Municipal mos-
a anulação do Despacho da Câmara que licenciou o dito anexo, de nada porta fechada da pequena merce- mendo a identificação. Também por tra-se disposto a insistir perante o
valendo o recurso da edilidade ao Supremo Tribunal, que em Junho de 1997 aria que exploravam no rés-do- ali há quem ache que se tratou de Ministro da Administração Inter-
subscreve a decisão de primeira instância. chão da sua residência, quando um acto de vingança, porque num na, Jorge Coelho, na necessidade
Decisão reportada ao não cumprimento, legalmente exigido, de uma foram encontradas já a mais ve- assalto ali ocorrido há dois anos de reforçar os efectivos dos postos
distância de 20 metros do extremo da edificação, neste caso, ao eixo da EN lha, Maria Ester, de 70 anos de uma das irmãs terá identificado o da GNR de Vila Verde e da Vila de
205, que levou António Viana a requerer à Câmara de imediato a idade, tinha expirado. A Maria assaltante, o que o levou à cadeia. Prado. Diz ter já contactado o Mi-
Rosa e a Maria Olívia foram Tudo não passa de meras suposi- nistro em Outubro do ano passado
demolição da parte da obra em questão que excede o limite legal, o que até
à data ainda não aconteceu, o que é interpretado como claro desrespeito conduzidas de urgência ao Hospi- ções que mesmo assim os agentes da e obtido dele o reconhecimento da
pelo acórdão do Supremo Tribunal Administrativo. tal de S. Marcos, em Braga, dado Polícia Judiciária que já estão em insuficiência das forças policiais
António Viana mostra-se assim agastado com este impasse, afirmando apresentarem ferimentods de sé- campo em investigações não deixa- existentes no concelho, mas nada
ria gravidade. Maria Rosa acabou rão de ter conta. Sobretudo a forte mais, pelo que irá agora reforçar o
mesmo que em assuntos desta natureza nada mudou da anterior para a
por não lhes resistir e apesar de probabilidade de ter sido de facto apelo então formulado, fazendo ver
actual gestão camarária, tanto mais que perante a sua pretensão de
todos os esforços médicos acabou um assalto a razão do para já duplo que o concelho tem uma considerá-
também levar a cabo uns anexos na sua propriedade, a resposta camarária
por falecer no dia seguinte naque- homicídio, já que foi encontrado tudo vel área geagráfica, é habitado por
foi negativa em face da existência de uma indústria em zona de garagem
la unidade hospitalar, onde ainda remexido na casa e mercearia das cerca de 45 mil habitantes e está
e em Abril de 1998 ter sido notificado no sentido da regularização da
se encontra a outra irmã, que foi já três desafortunadas irmãs e terá perigosamente próximo da tercei-
situação no prazo de 60 dias e agora que já o fez, exige que o mesmo
aconteça com o seu vizinho. submetida a uma intervenção desaparecido de um envelope, se- ra maior cidade do País.

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31 / Janeiro / 1999 JORNAL DA VILA DE PRADO PELO CONCELHO/ 9

Alargando o horário do ensino pré-escolar..,


Bento Faria preside

Concelhia do PS
O actual, vereador da Câmara
CAMARA FACILITA
Municipal de Vila Verde do Partido
Socialista, Bento Faria, eleito no dia
23 de Janeiro Presidente da Comis-
são Política Concelhia desta estru-
tura partidária,
VIDA AOS PAIS O advogado pradense sucede a José
Rodrigues Martins após um manda-
to de quase três anos, tido como
* profícuo tendo em conta sobretudo o
resultado "espectacular" regista-
m
Í*ÍÍÉÍÍ! do nas últimas Autárquicas, que
guindou o PS para a segunda força
partidária mais votada, o que ren-
deu aos "rosa" mais um vereador no
elenco camarário. José Martins pas-
r\:m w\ sa a ocupar o cargo de Presidente da
Assembleia Geral, trocando precisa-
mente com o novo líder concelhio do partido.
m A única lista apresentada a sufrágio reveste-se de cariz sensual e está-
Ihe subjacente uma aparente estratégia de renovação a julgar pela
juventude que a integra. O Dr. Bento Faria conta, porém, com o apoio
directo de dois históricos, colocados em posição cimeira - "Tuta" Faria e
Nídio Silva - para fazer face desde já a dois desafios muito importantes que
se avizinham. As eleições, este ano, para o Parlamento Europeu e para a
Assembleia da República irão pôr ã prova a capacidade de liderança e de
mobilização das hastes socialistas do concelho.
w Outra vertente notada no novo elenco de dirigentes da Comissão Política
Concelhia é a inclusão de personalidades que se associaram à candidatura
de Martinho Gonçalves ã Câmara na qualidade de independentes e que
O vereador camarário António Vilela dirige-se a educadores e Presidentes de Junta.
agora dão a cara pelo partido.
A tomada de posse teve lugar no dia 30 de Janeiro, em Oleiros, por ser
O Salão Nobre dos Paços do Con- xos positivos no dia-a-dia e no Preveniu, no entanto, que terá de tida como freguesia emblemática para os socialistas após a conquista da
celho foi palco, no dia 22 de Janeiro, bem-estar dos mais pequenos, haver muita paciência porque "não Junta local nas Autárquicas de 1997, sob a égide de Carlos Cerqueira, que
da assinatura de um importante já que permanecendo mais tem- podemos intervir simultanea- ocupa o 13° lugar da lista da Comissão Política agora eleita.
protocolo de delegação de compe- po nos estabelecimentos de en- mente em 60 jardins, pelo que
tências da Câmara Municipal de sino, terão a possibilidade de não peçam que façamos mila- A Comissão Política eleita
Vila Verde para as Juntas de Fre- exercer novas actividades que gres".
guesia em matéria de gestão do ajudarão no desenvolvimento O Presidente da Junta de Fre- 1- Bento Faria (Prado) 7- António Correia (Freiriz)
ensino pré-escolar concelhio. das suas capacidades". guesia de Dossães, Armindo Perei- 2- Augusto Faria (Loureira) 8- António Gonçalo (Vila Verde)
Protocolo que se insere no assi- Na cerimónia de assinatura dos ra, também protagonizou uma in- 3- Nídio Silva (Vila Verde) 9- António Ruães (Prado)
nado entre os Minstérios da Educa- acordos de cooperação técnica e fi- tervenção, começando por manifes- 4- Alvaro Fernandes (Lanhas) 10- Carla Teixeira (Prado)
ção e do Trabalho e da Solidarieda- nanceira com as Juntas de Fregue- tar o desejo de que a delegação de 5- Ana Paula Gama (Lanhas) 11- Carla Guimarães (Vila Verde)
de e a Associação Nacional de Mu- sia aderentes, a grande maioria, o competências em questão "seja o 6- António Gama (Lanhas) 12- Carla Fernandes (Prado)
nicípios, visando a comparticipação Presidente da Câmara e o vereador prenúncio de outras transferên-
no custo de actividades de apoio à da Educação exortaram à união de cias de poderes para quem está
família. Nesse âmbito, foi estabele- esforços no sentido da progressiva mais próximo das populações".
cido um Acordo de Cooperação en- colmatação das inúmeras dificulda- Perante reticências e até alguma
tre a Câmara e a Direcção Regional des e sérios problemas que grassam animosidade patenteada por edu- Defesa dos animais
de Educação do Norte, integrado no no concelho a nível educativo. cadores de infância presentes, o A Câmara Municipal aprovou, no dia 25 de Janeiro, a assinatura de um
Programa de Expansão e Desen- Sublinhando que estão envolvi- autarca assegurou que "o atendi- protocolo com a Associação para a Defesa dos Animais e Ambiente de Vila
volvimento da Educação Pré-Esco- das por este protocolo 832 crianças mento entre as Juntas e os edu- Verde, a que preside o objectivo de congregação de esforços no sentido da
lar. Concretamente, a Câmara Mu- (80%), José Manuel Fernandes, pe- cadores é de franca cordialida- recolha e tratamento de animais abandonados.
nicipal de Vila Verde transferiu rante dezenas de autarcas e educa- de", acrescentando mesmo que "os Trata-se da formalização, através de um acordo de cooperação técnica e
para as Juntas de Freguesia a ges- dores de infância, transmitiu-lhe o Presidentes de Junta não são financeira, de um relacionamento de colaboração mútua já existentes
tão de uma verba anual que se cunho de "acto de confiança nas nenhuns bichos, por isso não desde o início do actual mandato autárquico, consubstanciado na constru-
aproxima dos 90 mil contos, até 31 Juntas de Freguesia", afirmando tenham medo". Reputando de ção pela edilidade de um canil/gatil provisório no horto municipal. Para ali
de Agosto de 2001, destinada a cri- que "na e pela educação deve injustificados quaisquer receios que irão ser encaminhados os múltiplos cães que deambulam sobretudo pelas
ar as condições que permitam o haver o envolvimento de todos". pairem entre os educadores, zonas urbanas de Vila Verde e da Vila de Prado, abandonados à sua sorte,
prolongamento dos horários dos Também António Vilela subli- Armindo Pereira garantiu-lhes que constituindo um condenável sintoma de violação dos direitos dos animais
infantários e o fornecimento de re- nhou que "todos não seremos de podem contar incondicionalmente e simultaneamente um chocante atentado ambiental, porque claramente
feições às crianças. mais para construir uma edu- com os autarcas "na luta pelo su- redutor da qualidade de vida quer das populações quer mesmo dos
O vereador responsável pelo cação cada vez melhor para os cesso escolar e educativo dos próprios animais.
pelouro da Educação, António nossos filhos", manifestando a nossos filhos", mostrando-se con- Claro que a Presidente da Associação, Argentina Vieira, e seus pares
Vilela, vê assim reunidas as condi- intenção do executivo camarário de vencido de que "Vila Verde vai têm consciência da exiguidade do espaço ora providenciado e ambicionam
ções para que a breve trecho as alargar o ensino pré-escolar a todas ganhar com esta transferência a construção de um verdadeiro canil municipal, uma das obrigações a que
crianças do ensino pré-escolar per- as crianças do concelho, construin- de responsabilidades para as a edilidade se compromete, juntamente com a definição de regras sobre
maneçam todo o dia nos estabeleci- do mais edifícios e melhorando as Juntas". esta matéria, no protocolo que firmará com a Associação para a Defesa dos
mentos de ensino, obstando a inde- condições dos existentes. Anunciou Mas o Presidente da Junta de Animais e Ambiente, que fica obrigada a "expurgar" o concelho de
sejáveis deslocações de ida e volta terem sido já elaboradas e remeti- Esqueiros, José Alamilo Morais, não animais abandonados e a promover campanhas de sensibilização ambiental
para almoço em casa e a alegados das ã Administração Central 12 deixou de alertar para a necessida- junto da população, o que vem acontecendo.
incómodos e prejuízos profissionais candidaturas nesse sentido, que se de de "precaver eventuais situa- Terão assim lugar reuniões periódicas entre os responsáveis pelas duas
dos pais. poderão traduzir num investimen- ções dúbias, para que não se entidades subscritoras do protocolo, mostrando-se os dirigentes da Asso-
Para além de que, asseguram os to global de 200 mil contos, e que criem hipotéticos conflitos en- ciação desde logo, como é sabido, determinados em defender a todo o custo
autarcas social-democratas, "esta dois edifícios novos estão quase tre Juntas e educadores sem que a vida dos animais abandonados, recusando-se terminantemente a trans-
importante medida terá refle- prontos em Moure e Barros. alguém tenha qualquer culpa". formar o canil, sejam quais forem as suas dimensões, em centros de abate.

M anaa
Francisco Rosas & Macedo, L.da

REPRESENTANTES PARA O CONCELHO UMCIA

DE VILA VERDE DAS MARCAS

Rua Dr. Francisco A. Gonçalves


VILA DE PRADO
FIAT E LANCIA 4730 Vila Verde
Telefone; 921580
10 / PELO CONCELHO JORNAL DA VILA DE PRADO 31 / Janeiro / 1999

Trabalho de curso de João Fernando Ferreira


Conservatória do Registo

Comercial de Vila Verde

N9 de matricula 657/990111 CULTO ÀS ALMAS


N9 de Inscrição 1
9
N e data de Apresentação 8 99/01/11

Neo Ney - Comércio de Máquinas de Diversão, Lda


Penoucos, Cervães, Vila Verde EM ABOIM DA NÓBREGA
Depois de longos anos de uma acerca da crença às 'almas do freguesias, mas mercê de uma leitu-
Certifico, para efeitos de publicação, que foi construida a sociedade verdadeira travessia no deserto no purgatório' da população de ra atenta deste trabalho aquilata-se
em epígrafe, entre Carlos Alberto Bento Martins e mulher Dulce que a publicação de obras de inte- uma das freguesias do concelho da riqueza multifacetada da sua
Severina Faria da Silva Martins a qual se rege pelo contrato do teor resse local concerne, nos últimos de Vila Verde". simbologia. Assim, convém o autor,
seguinte; tempos temos vindo a registar al- O passado histórico reconhecida- "para além do seu significado religi-
guns progressos dignos de registo a mente interessante, o seu contexto oso, podem ser entendidos como um
Documento Complementar elaborado nos termos do número dois, esse nível, e não nos temos, com- geográfico e a abundância de almi- marco que determina o território per-
do artigo sessenta e quatro, do Código do Notariado. preensivelmente, cansado de elogi- nhas e cruzeiros, terão sido a pedra tencente a uma igreja ou a uma paró-
ar e exortar o talento criativo dos de toque para a realização de um quia e, funcionando como prova des-
Artigo Primeiro - Um - A sociedade adopta a firma " Neo Ney - nossos autores conterrâneos. trabalho sobre tão nobres paragens. se domínio territorial, "têm um sim-
Comércio de Máquinas de Diversão, Limitada", tem a sua sede no Desta feita, chegou-nos, em boa De resto, a própria receptividade bolismo político e social". Ao lon-
lugar de Penoucos, freguesia de Cervães, concelho de Vila Verde. hora, às mãos, um trabalho da au- das gentes da Nóbrega, a generosa go das cerca de seis dezenas de pági-
toria do Professor João Fernando hospitalidade tão característica das nas somos remetidos para a compro-
Dois - A sede social poderá ser transferida para qualquer outro local Lopes Ferreira, intitulado "Da Ter- populações minhotas, segundo o vação inequívoca de que aos cruzei-
do concelho ou para concelho limítrofe, mediante deliberação da ra Ao Céu", versando "O Culto às autor, acabaram por constituir mo- ros, como às alminhas ou ao culto às
gerência. Almas do Purgatório em Aboim da tivo de entusiasmo face a tão grati- "almas do purgatório" é concedida
Nóbrega", monografia apresenta- ficante escolha. uma extrema importância religiosa,
Artigo Segundo - O seu objectivo consiste no Comércio, aluguer e da à Universidade Fernando Pes- A orientação etnográfica" do tra- mau grado o esquecimento a que
reparação de máquinas de diversão. soa como parte dos requisitos para balho e a "preocupação pela pre- aqueles são votados pelos habitan-
obtenção do grau de licenciado em servação do património mate- tes, remetendo-se o seu interesse aos
Artigo Terceiro - O capital social, integralmente realizado em Antropologia. rial religioso"constituem, em boa momentos de procisões. Já as
dinheiro, é de quatrocentos mil Escudos, dividido por duas quotas, Encantou-nos, desde logo, uma verdade, as principais directizes de alminhas merecem uma outra aten-
uma de trezentos sessenta mil escudos pertencentes ao sócio Carlos dedicatória inicial ao Pai do autor, um trabalho algo minucioso em ter- ção, considerando João Lopes
Alberto Bento Martins e outra de quarenta mil escudos, pertencente que não resistimos a transcrever mos de informação, que não se ficou Ferreira que "perante as alminhas,
à sócia Dulce Severina Faria da Silva Martins. na íntegra: pelo mero reconhecimento dos a comunidade demonstra uma
"Passeio matinal exemplares desse mesmo patrimó- maior aliança e reverência na
Artigo Quatro - Um -A Administração da sociedade compete ao sócio Logo ao nascer da aurora. nio, logrou antes traduzir o resulta- vida quotidiana, assinalada e
Carlos Alberto Bento Martins, desde já nomeado gerente. Partiste. do de um aturado e profícuo contac- reforçada pelas suas acções: quer
Sem mais, partiste. to com várias figuras da freguesia, através das orações, quer atra-
Dois - estão incluídos nos poderes de gerência a compra, venda e Viagem longa... em ordem a indagar do autêntico vés das ofertas votivas."
aluguer de veículos automóveis. Sem fim. pulsar das crenças e crendices de Estas e outras considerações em-
Sem mensagem uma população não raro votada a prestam ao trabalho um carácter
Três - Para obrigar a sociedade é suficiente a intervenção do Sem adeus-. um enorme isolamento geográfico analítico de realçar e vão prendendo
gerente. Angústia dos que ficam, mas que nem por isso deixou de a atenção do leitor, justificando
Incerteza dos que partem..." resistir, arreigada a princípios e amplamente uma aposta de quem
Quarto - Não é permitido aos gerentes contrair em nome da No dizer do autor, este estudo, valores sociais, religiosos e históri- de direito na sua publicação sob a
sociedade obrigações alheias ao seu objecto, nomeadamente em letras repleto de relatos, constatações e cos que tornam a sua base cultural forma de livro, na certeza de que a
de favor , finanças e abonações. considerações assaz sugestivas e sui generis e bafejada por um ines- este nível o concelho sairá de todo
enriquecedoras que tocam o palpi- timável sentido de preservação. enriquecido e na posse de importan-
Artigo Quinto - Um - A Cessão total ou parcial de quotas é livre entre tar da vida religiosa e até do quoti- Os cruzeiros, por exemplo, povoam tes elementos para a concretização
os sócios, bem como entre estes e seus filhos. diano das gentes das terras da o nosso imaginário rehgioso, dada a do sonho da realização de um estudo
Nóbrega, "pretende reflectir sua presença um pouco por todas as profundo e completo da sua história.
Dois - A cessão de quotas a estranhos, depende do consentimento da
sociedade, que desde já reserva, para si, o direito de preferência na sua
aquisição.

Artigo Sétimo - A sociedade poderá amortizar a quota de qualquer


D. VITALINO É BISPO DE BEJA
sócio, quando:
O vilaverdense D. António e os estudos filosóficos e teológi-
a)- Por inobeservância do disposto no número dois do artigo quinto; Vitalino Fernandes Dantas, bis- cos, iniciados em Fátima, con-
po auxiliar de Lisboa, foi oficial- cluiu-os na Alemanha.
b)- Falência ou insolvência do sócio titular, ou quando a quota seja mente nomeado bispo de Beja em Foi ordenado presbítero em
penhorada ou sujeita a qualquer outro procedimento judicial; 25 de Janeiro. Agosto de 1968, no santuário do
Vai substituir, depois da Pás- Sameiro, e pertence à Ordem dos
c)- Por acordo com o respectivo titular. coa, D. Manuel Falcão, cuja re- Carmelitas.
signação foi aceite pelo Vaticano, A sua ordenação como Bispo
Artigo Oitavo - Salvo quando a lei exija outras formalidades ou continuando até lá a exercer a Auxiliar do Patriarcado de Lis-
prazos, as Assembleias Gerais serão convocadas, por qualquer dos sua missão no satriarcado da ca- boa teve lugar no dia 29 de Se-
sócios, por carta registada dirigida aos restantes aos restantes sócios, pital. tembro de 1996, para gáudio dos
com antecedência mínima de quinze dias. D. Vitalino Dantas nasceu em seus conterrâneos de Oleiros e
Santa Marinha de Oleiros, em 3 Parada de Gatim, que foram re-
Está conforme com o original de Novembro de 1941, indo viver presentados no Mosteiro dos
Vila Verde, 13 de janeiro de 1999 com seus pais, Manuel da Silva Jerónimos pelo Grupo Folclórico
A Conservadora interina Dantas e Rosa Augusta Fernan- das Lavradeiras. As inúmeras
(Maria José da Silva Magalhães) des, cinco anos depois para Para- provas de carinho e admiração
da de Gatim. Frequentou o Semi- então recebidas dos seus con- Novembro do mesmo, onde cele-
nário Menor Carmelita da terrâneos, trouxeram D, Vitalino brou missas num gesto de agra-
(Publicado no n0 140 do "Jornal da Vila de Prado", de 31/01/99) Falperra, noviciou em Felgueiras Dantas àquelas duas freguesias em decimento.

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III DIVISÃO NACIONAL JUVENIS Série B I DIVISÃO

Vila complica Tudo na mesma


O Vilaverdense perdeu uma ópti- G. D. Prado volta à base e... O mês de Janeiro não trouxe nada
ma oportunidade de alcançar uma de novo, continuando o G. D. de
posição tranquila na tabela Prado a não revelar capacidade para
/ assumir a liderança, e a A. D. da
classificativa, após duas derrotas
caseiras que não estavam com toda Lage para sair do fundo da tabela.
a certeza nas congeminações dos Os comandados de Pichel conti-
responsáveis pelo clube. nuam a não conseguir levar de
Após ter alcançado uma preciosa vencida os seus principais rivais na
vitória no terreno do Boticas, os luta pela promoção, ainda que con-
homens de Dinis Rodrigues dispu- tinue ali bem próximo e a realizar
nham de dois jogos em casa em que um excelente campeonato desde a
se perspectivavam duas vitórias. entrada do novo técnico, sobretudo
Porém, aconteceram duas derrotas tendo em conta as muitas limita-
pela margem mínima, uma delas ções com que deparou.
com o lanterna vermelha Vila Pou- Também a Lage começou a dar
ca, que complicaram a vida do clu- um ar da sua graça, mas continua a
be, que continua assim muito perto I# revelar alguma irregularidade e a
da "linha d'água". sentir porventura que neste esca-
lão as coisas são bastante mais com-
RESULTADOS: plicadas, nada compatíveis com
Boticas, 0 — Vilaverdense, 1 arranques algo desastrados. O que
Vilaverdense, 0 — M. Cavaleiros, 1 não invalida que melhores dias che-
Vilaverdense, 0 — Vila Pouca, 1 guem, apesar da forte concorrên-
O PLANTEL; Miguei. Leopoldo, Tiago, Faria. VkSor, Cana, Paulo I, Paulo lí,- Ruça, Vital, Alexandre, Eiiito, cia.
CLASSIFICAÇÃO (18a jornada): Maurício, Ricardo, Fernándo, Nuno, Ruben, Zé Miguel, Zé ManeU Lobo, Jdgo, Hugo. Zé, Pâulo, Marco. f
MkXãi RESULTADOS:
Vianense 42
Amares 34 A "Série B" do Campeonato Dis- das camadas jovens, António Mota Prado, 1 — Fão, 1
Joane 34 trital de Juvenis é integrada por não deixa escapar a oportunidade Ceramistas, 0 — Lage, 3
Ronfe 33 quatro equipas do concelho de Vila para lançar o alerta: "Investe-se Prado, 2 — Tibâes, 0
Monção 32 Verde, o que se saúda após longos nisto muito tempo e sacrifício, Forjães, 3 — Lage, 4
Montalegre 30 anos de quase jejum em matéria de que vale sempre a pena, inde- Lage, 3 — Ucha, 3
Valenciano 29 futebol juvenil. pendentemente dos resultados Ceramistas, 0 — Prado, 4
Pevidém 29 Duas delas já levam uns anitos desportivos, mas é preciso que Prado, 0 — Ucha, 0
Águias Graça 26 de participação, o Prado e o haja coerência a nível directivo Dumiense, 3 — Lage, 1
Merelinense 25 Vilaverdense, mas as outras duas e se respeite quem anda aqui
Macedo Cavaleiros 23 são estreantes, Ribeira de Neiva e por mera carolice." CLASSIFICAÇÃO (14a jornada):
Neves 21 Lage. O seu comportamento com- Ucha 28
Vilaverdense 20 petitivo revela acentuados contras- RESULTADOS (Janeiro) Fão 27
Bragança 20 tes, já que o Vilaverdense lidera à Prado, 1 — Merelinense, 4 Necessidades 27
Mirandês 17 nona jornada, após vitória precisa- Vilaverdense, 6 — S. Vicente, 1 Prado 25
Vieira 17 mente sobre o G. D. de Prado, en- Palmeiras, 11 — Lage, 0 Panoiense 22
Vila Pouca 09 quanto este e os outros dois são os Dumiense 20
Ucha, 2 — Ribeira Neiva, 1
Boticas 07 últimos da tabela. Tibães 19
O técnico António Mota. Martim, 2 — Prado, 0
O G. D. de Prado, de novo sob a Cabreiros 17
Rib. Neiva, 5 — Vilaverdense, 1 Lage 16
DIVISÃO DE HONRA orientação técnica dos jovens par apenas com os juniores, por
Lage, 1 — Dumiense, 2 Forjães 15
pradenses António Mota e António falta de gente para trabalhar,
Lemos, tem estado longe dos valendo a pressão que eu e Ma- Vilaverdense, 2 — Merelinense, 1 Estrelas 12
Depois do susto posicionamentos cimeiros das tem- nuel Correia exercemos no sen- Palmeiras, 5 — Rib. Neiva, 0 Ceramistas 11
poradas transactas, tendo ainda tido da continuidade". Amares, 11 — Lage, 0
Depois do desaire caseiro com o logrado apenas conseguir duas vi- Questionado sobre se em tais Prado, 2 — Ucha, 1 II DIVISÃO (Série A)
lanterna vermelha por concluden- tórias. circunstâncias estavam a ser pro- Martim, 3 — Vilaverdense, 1
te 1-4, temia-se o pior para o Pico no Ajustificação para isso encontra-a porcionadas ao grupo de trabalho Rib. Neiva, 2 — Dumiense, 2
regresso do técnico José Faria. António Mota no facto de, após a as necessárias condições de traba- Vilaverdense, 5 — Prado, 2 Dignificar clube
Porém, passo a passo, o Pico, apro- ascensão de quase todos os jogadores lho, o nosso interlocutor diz que Amares, 6 — Rib. Neiva, 1
veitando os jogos em casa com equi- da época passada à categoria júnior, "são as que nós pedimos, que Ao Cabanelas já pouco mais res-
Lage, 0 — São Vicente, 10
pas do fundo da tabela vai tentando estar a começar tudo de novo. Situa- embora sendo as mínimas dá ta do que transmitir alguma digni-
ção que, diz o treinador, "toma mais perfeitamente para trabalhar". dade às suas participações até final
trepar progressivamente na classi- CLASSIFICAÇÃO (9a jornada); da temporada, já que parece defini-
ficação. Está numa posição pontual difícil o trabalho, mas os resulta- Não deixa no entanto de fazer ver Vilaverdense 21
dos do mesmo começam já a apa- que "é preciso é que para o ano tivamente relegado para a cauda
que por enquanto ainda lhe permi- Palmeiras 19 da tabela.
te pensar numa franca recupera- recer, sentindo-se que a equipa não se volte a questionar a con- São Vicente 19
está mais madura, e estou con- tinuidade, porque não se for- Pouco mais resta à actual Direc-
ção, já que o quarto classificado se Amares 19 ção do que diligenciar no sentido de
encontra a escassos quatro pontos vencido que os resultados vão mam jogadores num só ano e se
passar a ser positivos". não houver continuidade na Martim 19 que a Câmara cumpra a promessa
de diferença. Para tanto será ne- Merelinense 18 de concessão de um novo recinto
Questionado sobre se não teria próxima época o trabalho des-
cessário conseguir pontos fora e não Dumiense 11 desportivo, de que o clube bem ca-
sido preferível ter optado por uma te ano não tem significado ne-
os ceder no seu terreno. equipa de iniciados, António Mota nhum". Ucha 09 rece, e partindo desse pressuposto
diz-nos que "já foi difícil arran- Como que mexendo na ferida co- Prado 06 começar desdejá a planificar a nova
RESULTADOS: car com os juvenis porque a Di- mum a estes pequenos clubes em Ribeira Neiva 04 época.
Pico Regalados, 1 — Negreiros, 4 recção do clube queria partici- matéria de (des)aproveitamento Lage 03
Pico Regalados, 2 — Este, 0 RESULTADOS:
Alegrienses, 3 — Pico Regalados, 0 Cabanelas, 1 — MARCA, 1
Pico Regalados, 1 — Celeiros, 0 S. Veríssimo, 4 — Cabanelas, 0
Antas, 6 — Cabanelas, 0
Cabanelas — Cristelo (adiado)
CLASSIFICAÇÃO (119 jornada): Vilaverdense lidera apesar de...
Santa Maria 31 CLASSIFICAÇÃO (13a jornada):
Alegrienses 25 No Vilaverdense a vida é ainda nhados de perto pelo dirigente zes tenham que estar quatro
Fragoso 25
Maximinense 25 mais complicada porque para além Lúcio Ernesto, vêem-se semanal- equipas no mesmo campo".
Antas 24
Martim 20 da participação da equipa sénior na mente em palpos de aranha para O que não obsta a que a equipa Estrelas Faro 23
Gandra 20 3~ Divisão Nacional e assim a reali- conseguir treinar com o mínimo venha dando boa conta de si e neste Cristelo 21
Marinhas 18 zação de treinos praticamente to- de condições. momento lidere mesmo a classifi- MARCA 21
Viatodos 17 dos os dias, labutam ainda sema- E o técnico principal Estevão cação, ao que parece porque apesar São Veríssimo 21
Al velos 17 nalmente no Campo do Reguengo Silva quem o confessa, ao revelar das condições adversas "com boa Lama 17
Pico Regalados 16 mais quatro equipas de esclões jo- que "é difícil trabalhar por- vontade de todos lá vamos le- Roriz 09
Este 15 vens. que as condições não são as vando a água ao moinho e fa- Cabanelas 08
Negreiros 14 Pelo que os técnicos Estevão ideais, mas tem conciliado o zendo o melhor possível". Baluganense 05
Celeirós 10 Silva e António Esteves, acompa- melhor possível, embora às ve- (Cont. pág. seg.) Vila Chã 03
12/ DESP. - PELO CONC. JORNAL DA VILA DE PRADO 31 / Janeiro / 1999

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Por ofensas ao Governador Civil...

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Ministério Público acusa
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populares de Cervães t- - m '
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O Ministério Público junto do Tribunal de Vila Verde acusou, em 28 de %
Janeiro, 16 populares de tentativa de agressão, coacção e injúria na pessoa
do Governador Civil de entre os muitos que em Agosto de 1996 se m i// m
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manifestaram em Cervães contra a instalação ali da comunidade cigana 'm XtST J. l/f
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de João Garcia.
Muitas dezenas de pessoas, no dia 23 de Agosto, concentraram-se
defronte da sede da Junta de Freguesia de Cervães, onde o Governador
Civil de Braga, Pedro Bacelar de Vasconcelos reunia com os autarcas
locais para decidir da sorte do clã Garcia, expulso de Oleiros na sequência
da demolição das suas habitações pela Câmara Municipal de Vila Verde,
num processo em que fez eco a ocorrência de milícias populares. Tráfico de
droga, intimidações, agressões e roubos estiveram na origem da animosi-
dade contra a comunidade cigana, que contou com o apoio de Pedro Bacelar
de Vasconcelos, o que lhe valeu a antipatia popular. O PLANTEL: Ivo, Edgar, Gé, Custódio, Cartola, Joel, Márcio, Daniel, Rui,
Tomada insustentável a presença dos ciganos em Oleiros e numa altura Henrique, Bruno, Miguel, João, Armando, Hugo, Roberto, Luís Pedro, Vítor
em que decorriam as negociações para a compra do terreno do acampamento Magalhães, Delfim. Zé, Miguel Caridade, Vítor Ferreira, Luís Mota.
cigano pela Câmara, que custou à edilidade e autarquia local 20 mil contos,
o Governador Civil decidiu providenciar a transferência do clã João Garcia (Cont. pág. ant.) volve a este nível, para além de
para instalação do Patronato, em Cervães. Tudo deveria correr de forma Quanto a aspirações, Estevão solidificar o espírito de grupo, mas
discreta mas uma eventual fuga de informação redundou num levantamen- Silva mostra-se sobretudo empe- no Vilaverdense "nós tentamos in-
to popular, que impediu que as camionetas camarárias descarregassem nhado em "fundamentalmente cutir-lhes a mentalidade de que
junto ao Santuário do Bom Despacho os haveres dos ciganos. dar formação a estes jovens e é sobretudo é preciso que eles se
evidente que sempre que possí- divirtam e não sintam obsessão
vel tentar ganhar os jogos". pelas vitórias. Repito que o que
É claro que ganhar jogos é impor- preside fundamentalmente ao
tante, até porque é a única recom- nosso trabalho é a formação des-
pensa pelo trabalho que se desen- portiva e humana destes jovens." O técnico Estevão Silva

ê II DIVISÃO (Série D) JUNIORES (Série B) INICIADOS

Tudo na mesma Prado atrasa-se Vila recomeça


m
t(- ' V Mantém-se a tendência que tan- O G. D. de Prado confirmou a ten- A equipa de iniciados do
to o Ribeira do Neiva como o La- dência de baixa evidenciada no final Vilaverdense não conseguiu mais
i nhas vêm revelando desde o início do pretérito ano, encontrando-se já a do que sete pontos em nove jorna-
da presente época. uma considerável distância do líder, das, não seguindo assim as pisadas
Tanto uma equipa como outra posição que ocupou durante bastan- dos mais velhitos.
-V caminham de braço dado na tabela te tempo. Nisto de equipas juvenis a exce-
2 classificativa, levando de vencida Tem o Vilaverdense a seu lado, lentes anos sucedem-se outros me-
Informado com a reacção popular, o Governador Civil ainda tentou os jogos em casa mas invariavel- enquanto as duas outras equipas do nos bons em termos de competição,
encontrar uma saída reunindo com os autarcas locais, mas uma forte mente não conseguindo pontuar concelho, também oriundas da 2- que se prendem com a qualidade
pressão popular de contestação acabou por fazer gorar a instalação da fora do seu reduto. Ainda assim Divisâo, vão pontuando. futebolística de novas gerações e o
comunidade cigana em Cervães. E foi sobre Pedro Bacelar de Vasconcelos estão a realizar um bom campeo- arranque a partir da base.
que recaiu a revolta popular, tendo sido necessária a intervenção da GNR nato, bem acima do conseguido em RESULTADOS: O Vilaverdense vem de uma parti-
para evitar o pior, o que não impediu os mais exaltados de caluniar, cuspir recentes temporadas, em que se Santa Maria, 5 — Cabanelas, 2 cipação no Nacional e está de novo a
e tentar agredir o representante máximo do Governo no distrito, o que o arrastavam bem lá pelo fundo da Ceramistas, 2 — Pico Regalados, 2 fazer a travessia no deserto em maté-
levou a apresentar uma queixa em Tribunal. Foi instaurado um inquérito tabela. O Ribeira tem mesmo sido Vilaverdense, 4 — Prado, 3 ria de resultados desportivos, a que
judicial e dois anos e meio depois, ouvidas testemunhas e vistas imagens uma agradável surpresa, após uma Cabanelas, 0 — Ceramistas, 2 eventualmente se sucederão outras
captadas por operadores de câmara de estações televisivas, recaiu acusação época de pausa. P. Regalados — Vilaverdense (adiado) de maior lampejo. Afinal o mais im-
formal sobre 16 dos manifestantes, tudo levando a crer que será aberto o Prado, 4 — Águias Graça, 1 portante nestes escalões, como é sa-
consequente processo de instrução que os poderá levar à barra do tribunal. RESULTADOS: Prado, 2 — Tibães, 2 bido, não são os resultados dos jogos.
Quanto ao clã Garcia, acabou por andar a saltar de lado para lado, Lanhas, 8 — Gerês, 0 P. Regalados, 1 — Águias Graça, 0
repelido por tudo e por todos. Gorado Cabanelas, Braga e Ponte de Lima, Folgou o Ribeira de Neiva Cabanelas, 1 — Vilaverdense, 2 RESULTADOS:
o paradeiro acabou por ser S. Salvador de Briteiros, perto de Taipas, de Ribeira Neiva, 4 — Peões, 0 Dumiense, 1 — Prado, 2 Vilaverdense, 2 — Ferreirense, 1
onde acabaram por ir parar todos à cadeia, acusados de tráfico de droga, Nogueirense, 4 — Lanhas, 2 Tibães, 2 — P. Regalados, 1 Merelinense, 7 — Vilaverdense, 0
após rusga policial, mas acabaram por ser ilibados em Tribunal, por não Ribeira Neiva, 2 — Lanhas, 0 Águias Graça, 5 — Cabanelas, 3 Vilaverdense, 2 — Amares, 2
se ter provado de quem era o saco de heroína enterrado no acampamento. Figueiredo, 2 — Rib. Neiva, 1 Vilaverdense, 1 — Palmeiras, 1 Bairro, 0 — Vilaverdense, 3
Mas até aí muitas coisas ocorreram, como manifestações em Cabanelas Lanhas, 3 — Peões, 2 Vilaverdense, 0 — M. Fonte, 1
contra os ciganos de Regalde, o clã de José Garcia, já falecido, nos Paços CLASSIFICAÇÃO (13® jornada): Martim, 5 — Vilaverdense, 0
do Concelho, defronte do Governo Civil, em Braga, que redundou num CLASSIFICAÇÃO (129 jornada): Merelinense 25
jantar de solidariedade para com este, que reuniu inúmeras e ilustres Leões 24 Santa Maria 22 CLASSIFICAÇÃO (99 jornada):
personalidades de todos os quadrantes, inclusivé ministros. Quem não Adaúfe 19 Prado 18 Martim 22
aderiu foi a Distrital do PS, que se incompatibilizou com o Governador Nogueirense 15 Dumiense 18 Merelinense 21
Civil, assumindo também especial ênfase a contestação ao ocupante do Arsenal 14 Vilaverdense 17 São Vicente 18
Palácio dos Falcões por parte do líder da Concelhia de Vila Verde do PS, Ribeira Neiva 11 Cabanelas 12 Maria da Fonte 16
o agora deputado Martinho Gonçalves, que neste âmbito trouxe a Cabanelas Est. Figueiredo 11 Palmeiras 09 Famalicão 14
o líder parlamentar Francisco Assis. Também o então líder nacional do Lanhas 10 Ceramistas 09 Amares 11
CDS/PP, Manuel Monteiro, veio a Oleiros e depois a Cabanelas colocar-se Ventosa 07 Terras Bouro 09 Sporting Braga 10
ao lado das populações, contra a actuação do Governador Civil, oferecen- Águias 06 Águias Graça 07 Vilaverdense 07
do-se mesmo para ser testemunha de defesa dos manifestantes de Cervães Peões 03 Pico Regalados 04 Ferreirense 07
se viessem a ser acusados, o que acaba de acontecer. Gerês 03 Tibães 04 Bairro 00

I Ia Júlio R Gonçalves

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31 / Janeiro / 1999 JORNAL DA VILA DE PRADO MAGAZINE / 13
i —— ___

Alfredo Cunha expõe


MISCELÂNEA

• José Fernandes da Silva fotos "A Norte"

princesa espanhola. Catarina tinha Alfredo Cunha, nasci-


FIGURAS CELEBRES 23 anos e Henrique 18. do em Celorico da Beira
ANDORINHA
Nos anos que a deixaram, em 1953 e a residir actu-
Catarina foi uma rainha adorada Insegura voava a Andorinha, al mente na freguesia de
Catarina pelo povo e respeitada na corte. riscando o ar em círculos constantes Sabariz deste concelho, m
Cavalgou à frente das tropas de e aproveitava todos os instantes expõe na Biblioteca Pro-
de Aragão reserva que derrotaram e deram a mostrar os motivos por que vinha! fessor Machado Vilela, em
Filha mais nova dos Reis Católi- morte ao rei da Escócia, em 1513. Vila Verde, até 12 de Fe- mm
cos era a que mais se parecia com a Entretanto, deu à luz uma menina Todos, porém, sabiam que Ela tinha vereiro, um conjunto de
mãe, de rara beleza, graciosa e in- morta; viu morrer, quase recém- amores delicados - diamantes fotografias sob atemática
teligente. Foi uma jovem excelen- nascido, o herdeiro ao trono; e na magníficos, só tidos por amantes "Regresso a Norte".
temente educada, que lia e falava o guerra sofreu um aborto. Tinha em preciosa, típica caixinha... Trata-se de uma ex-
Latim. Dos cinco irmãos sobrevi- muitos percalços na gravidez e, afi- posição em que são apre-
ventes era, sem dúvida, a de melho- nal, apenas sobreviveria uma me- Sempre bela, vestida de nobreza, sentadas 30 das 206 fo- L
res prendas intelectuais e morais, nina, a futura Maria Tudor, rainha tos que compõem o últi-
trazia muitos sonhos, de ansiedade
mas faltou-lhe a ambição política de Inglaterra e de Espanha, que mo livro que editou, pre-
e um peito a rebentar com tanto amor!
para ser mais feliz. morreu sem deixar descendentes. cisamente intitulado "A
Nasceu em Alcala de Henares, em A sua infecundidade obrigou-a a Norte", em que António
Trémula, rosto feito de rubor,
Dezembro de 1485. Aos cinco anos aceitar os devaneios crescentes do Barreto assina uma in-
caiu, mas levantou-se, com firmeza,
contemplou a emocionante e vistosa rei, que reconheceu um filho bas- trodução notável em que
pois soube ser amada de verdade... refere ali encontrar
tomada de Granada. Ali ficou a vi- tardo de Bessie Blum e que acabou
ver com os pais, porque Isabel e por se apaixonar pela irmã mais "uma das qualidades
Braga, Junho de 1975 que mais prezo em
Fernando sempre consideraram que nova da sua amante, Maria Boleyn,
a capital da Espanha só podia ser a a Ana Bolena Fatídica. A astuta Alfredo Cunha: a fo-
cidade por eles conquistada para o Ana negou os seus favores ao rei, tografia cara-a-cara,
cristianismo. Chegou, porém, a al- porque ele não era livre. Mais ele se olhos nos olhos, sem
tura de abandonar os lugares que enamorou dela e tentou divorciar- BARCO surpresa nem 'voyeu-
tanto adorava, a fim de partir para se de Catarina de Aragão. Esta risme'. A fotografia directa, de olhos na câmara, sem efeitos fáceis,
Inglaterra, pois ainda menina tinha sempre se negou a pactuar com os A REMOS nem composições elaboradas." Considera ainda António Barreto em "A
sido prometida em casamento ao intentos de Henrique VIII e mante- Norte" que "Em qualquer das suas fotografias, na maioria em todo o
futuro rei inglês. Ao completar os 15 ve a sua religião e dignidade até ao Na quietude do lago, caso, o fotógrafo não perde a oportunidade de incluir os sinais do
anos, Catarina embarcou até fim dos seus dias. entre montes de alegria, ambiente, as ferramentas, as montanhas vinhateiras, o mobiliário
Plymouth, donde empreendeu um Com o divórcio como obsessão real, sentados num barco a remos, urbano, a sucata, a charrua, o andor de procissão e o cesto de uvas.
trajecto a cavalo até Londres. Ana Bolena acedeu a juntar-se ao remando, com energia, É quase imperceptível, mas o essencial está lá, em cada imagem: tudo
Henrique VII, o monarca no poder, monarca e engravidou. Então, ani- mostramos quanto valemos... o que é preciso para que se perceba um homem e a sua condição."
ficou mais impressionado com a pre- mou o rei a colocar-se à cabeça de Iniciou a sua carreira profissional em 1970 nos domínios da publicidade
sença da recém-chegada, do que o uma igreja nacional, que lhe facili- Ai que momentos de afago e da fotografia comercial. Além da realização de várias exposições
noivo, o jovem príncipe herdeiro, tasse o divórcio. Mas precisavam nos confortam ao vogar: temáticas,entre elas "Da descolonização à cooperação" que se notabilizou
Artur. Foram viver para Gales, onde que Catarina consentisse e ela nun- para trás, para diante, diversos cantos do continente africano, publicou livros como "Na estrada
alastrou uma epidemia, a que cha- ca o quis. Obrigaram-na a viver em ou para qualquer lugar, com Soares", "Jardins de Lisboa", "O Melhor Café", Naquele Tempo", Porot
maram febre do suor, que os pros- casas cada vez mais pobres e impró- que se atinge num instante... de Mar", Disparos" e é conhecido por ter sido fotógrafo oficial do ex-
trou na cama, tendo morrido o prín- prias, prenderam-na com a sua filha presidente da república Mário Soares.
cipe e sobrevivido Catarina, que ain- Maria, ameaçaram-na com a justiça É um belo festival Hoje ligado profissional e empresarialmente ao jornal "Público", está já
da não tinha completado dezasseis por alta traição e com a morte. quando o embate acontece a preparar um outro livro de fotografias sobre o 25 de Abril de 1974, num
anos. Viúva, foi prometida ao novo Os últimos anos de Catarina fo- numa outra embarcação; ano em que se comemora o primeiro quartel sobre o dia em que o país se
príncipe de Gales, o robusto e alegre ram os do envelhecimento do Par- largas ovações merece, viu livre de uma ditadura que o amordaçou durante 48 anos. Ao que
Henrique, que somente contava onze lamento Inglês, a miséria da sua sendo forte a colisão! apurámos, a obra será publicada pela "Contexto", precisamente no mês de
anos. O próprio rei pai, ao enviuvar, igreja e a imposição do terror ás Abril, reunindo imagens que fazem a história daquele importantíssimo
pretendeu casar-se com ela, mas os mãos de Cromwell. Por fim, a 7 de Mas não há quem leve a mal dia para todos nós.
Reis Católicos opuseram-se. O rei Janeiro de 1536, Catarina morreu as gostosas tropelias,
morreu em 1509 e o novo herdeiro, de dor ou, o que é mais provável, porque na próxima vez,
futuro Henrique VIII, mostrou de- envenenada por Ana Bolena, com a após muitas fantasias, No Clube Náutico de Prado...
sejos de possuir, quanto antes, a supervisão de Cromwell. se faz a quem já o fez...
3 4
R L C A
1
86 9 SCRABBLE José Maria resolve
1 J 7 A L
11 Horizontais:
U R N 1. Ave de migração, columbina. 2. Fragmento. 5. Abertura nas
10 12 paredes de um edifício, para entrar a luz e o ar. 7. Pequena argola,
crise directiva
A geralmente de ouro, que se traz nos dedos; arco; elo. 10. Caixa onde se
13 recolhem os votos de um escrutínio; caixão funerário. 12. Embarcação
15 Quando já se previa o prolongamento indefinido do impasse na consti-
R grande. 13. Doença caracterizada pela dificuldade de respirar. 14.
tuição e eleição de novo elenco directivo para o biénio 1999/2000, surgiu
17 18 Corda delgada. 16. Relativo à epopeia; heróico. 19. Feminino de actor.
uma luz ao fundo do túnel na reunião de 29 de Janeiro de Assembleia Geral
A T 21. Extensão de água cercada de terra. 22. Metalóide gasoso mais leve
do Clube Náutico de Prado.
16 E que o hidrogénio. 23. Elemento químico metalóide. 24. Aquele que
1 Após a convocação de três sessões da assembleia magna do Clube, que
A ofende. resultaram inconclusivas, já se pensava na nomeação de uma Comissão
19 Administrativa quando José Maria Fernandes anunciou estar a formar
L Verticais; uma lista candidata à sucessão da Direcção ainda em funções presidida
21 3. Parte superior do corpo humano e anterior dos outros animais. 4. pelo histórico José António Queirós, que havia anunciado a retirada em
H Peça de ferramenta que serve para segurar pequenas peças metálicas, Novembro, juntamente com a esmagadora maioria dos dirigentes, entre os
I
22 23 torcer ou cortar arame, etc. 6. Sexto mês do ano. 8. Natural da Arábia. quais o também fundador Augusto Saleiro. Informou não ter ainda
9. Olaneta satélite da Terra. 11.0 mesmo que violino. 15. Manifestar logrado completá-la de forma a submetê-la a eleição, pelo que decidiu a
O
24 riso. 17. Acre; áspero; irado. 18. Medo, susto. 20. Planta bolbosa. Assembleia Geral interromper a sessão de 29 de Janeiro, agendando a sua
continuação para 20 de Fevereiro próximo, de forma a que a lista que está
na forja seja concluída. Sabe-se já que José Maria Fernandes, que a
encabeçará, será secundado por Manuel Luís Gomes, Horácio Lima,
(BAILJEMSAÊ Fernando Lemos de Sousa, Nuno Lago Fernandes e António José Carva-
lho, estando a diligenciar no sentido da aderência de uma personalidade
pradense que assuma a pasta fulcral da Tesouraria.
UAIEMM Os candidatos à renovação dos quadros dirigentes mostram-se convictos
de que tudo estará ultimado na próxima reunião, de tal forma que até a
tomada de posse foi já calendarizada para 28 de Fevereiro, altura em que,
como é tradição no clube, terá lugar uma prova de canoagem evocativa dos
MODA JOVEM
17a aniversário da fundação desta prestigiada colectividade pradense.
1^ , jj - Avizinham-se assim momentos de exaltação clubística, já que para o dia
Armandino ^Araújo Curvai fio 20 de Fevereiro, após a assembleia das 17 horas, está prevista a concen-
tração dos sócios num jantar comemorativo do aniversário do clube, que
Rua Francisco Lopes Ferraz, n 10 - VILA DE PRADO - Telef. 921 621 tem lugar quatro dias depois.
\ v. ,
ULTIMA PAGINA JORNAL DA VILA DE PRADO 31 / Janeiro / 1999
A ^

"Crónicas de Turiz, Barbudo e Moure"

LUÍS GONÇALVES
Serra Nevada na senda

de uma História local


DOUTOR COM DISTINÇÃO
Serra Nevada continua na senda de um precioso trabalho de investiga-
ção histórica, trazendo ao domínio público todo um conjunto de fontes que
poderão constituir-se numa excelente base de trabalho para posteriores
iniciativas de especialistas, mormente no campo da monografia.
Desta feita, no volume VI de "Vila Verde, Fontes da sua História", que
constitui o segundo livro dedicado às "Crónicas de Turiz, Barbudo e
Moure", dá-nos uma vez mais conta dos Manuscritos de Gavião Barreto
datados de 1835 alusivos aos "Araújos da Casa de Arca de Turiz". A obra
de Gavião Barreto reveste-se essencialmente de um cariz genealógico,
mas nem por isso deixa de encerrar uma incomensurável riqueza
informativa. Sobre o linhagista, convém Serra Nevada que desabrochou
"... dessa florescente e importante família dos Gaviões que, no séc.
XVI, saiu dos Barros de Turiz, depois destes terem saído dos
Araújos de Arca". Muito jovem veio para Turiz, onde viveu na casa do
seu avô, Tomé Lobo de Mesquita Gavião. Acabaria por ir estudar para
Coimbra, mas as dificuldades financeiras alegadamente resultantes do
desgoverno do bisavô e até do próprio pai, tê-lo-ão obrigado a abandonar
o curso no 2- ano.
Esta publicação de Serra Nevada dá-nos igualmente conta do imenso
património cultural e humano da família dos Araújos e da enorme impor-
tância que a família granjeou: "Extraordinária plêiade de gente nobre,
que deu heróis na guerra, piedosos na Igreja, e grandes
intelectualidades nas Letras". Tudo terá começado a partir da histórica
Casa de Arca, freguesia de Santa Maria de Turiz, cuja fundação se encontra
ligada à existência do Padroado da Igreja de Turiz, pelo solar de Barros.
Numa prova inequívoca do pendor da obra para a veiculação de informa-
ção objectiva e minuciosa, numa série de crónicas, dá-se conta do percurso O nome da Vila de Prado acaba uma viragem na tradição da car- registar a marca, a da negocia-
da referida família, desde logo com a referência aos seus primórdios em de ser elevado por um seu reira académica em Direito no nos- ção da marca não previamente
termos de notoriedade: "Oprimeiro dos Gaviões a exercer este direito digníssimo filho, Luís Manuel so País e a afirmação e consolida- usada pelo titular ou do
de padroado foi o nobre Fidalgo João Barreto Gavião, direito que Couto Gonçalves. ção plena do Curso em Braga, cida- 'merchandising', carecem da
lhe assistiu por sua mãe, D. Maria de Barros Magalhães, que Nascido há 39 anos nesta Vila, o de em que reside. resposta à questão essencial do
detinha esse Padroado, pertencente a sua Casa de Turiz, desde Doutor Luís Gonçalves apresen- Assim, ao êxito pessoal de mon- significado da função distinti-
tempos remotos." Também as alusões a uma grande diversidade de tou, no pretérito dia 15 de Janeiro, ta, após quase oito anos de dedi- va da marca".
curiosidades, a elementos atinentes à toponímia e ao rico património uma tese de doutoramento que me- cação à sua tese, junta o Dr. Luís Luís Gonçalves lincenciou-se em
cultural e religioso da região prendem o leitor, fascinando-o mesmo com a receu a aprovação unânime e com Gonçalves a plena satisfação de Direito pela Faculdade de Coimbra
afloração a um tempo distinção de um júri constituído o ter alcançado pela instituição e aí concluiu o seu Mestrado em
simples e perspicaz de pelos mais eminentes catedráticos onde lecciona e onde foi um dos 1990. Lecciona na Universidade do
acontecimentos triviais do do país nesta área. De facto, o júri, mais empenhados responsáveis Minho desde 1983 e integrou o Se-
quotidiano daquela famí- constitúido por Rui Alarcão e Jor- pela criação da Licenciatura em nado dessa prestigiada universida-
VOL VI lia. Num esforço de ge Sinde Monteiro da Universida- Direito. de entre 1986 e 1995. Autor de vári-
contextualização que exi- de de Coimbra Jorge Miranda, A tese trata do significado da fun- as publicações e participante em
ge a maior atenção do lei- Carlos Almeida e António Mar- ção distintiva da marca, assumindo inúmeros seminários, congressos e
tor, reporta-se o autor a ques dos Santos da Universidade cariz de relevância indiscutível face conferências, integra neste momen-
tempos remotos da exis- de Lisboa, Leite Faria da Univer- às recentes alterações legislativas to a comissão de Licenciatura em
tência da freguesia de sidade do Porto e Carlos Nóvoa ocorridas em todos os países da Direito é membro do concelho de
Turiz, não faltando até Rodriguez e José Gomes Segade União Europeia, após a transposi- redacção da revista "Scientia
menções ao tempo anteri- da Universidade de Santiago de ção da 1- Directiva Comunitária de Ivridica " e Director do Centro de
or ao famoso Conde Compostela, deixou-se convencer Marcas. No nosso País, essas altera- Estudos Jurídicos do Minho
-A Hemenegildo Gonçalves por um notável trabalho de inves- ções foram introduzidas no novo (CEJUR), para além de ser sócio da
Mendes, altura em que os tigação versando "A Função Dis- Código da Propriedade Industrial, Associação Jurídica de Braga, na
Castros de Barbudo e de tintiva da Marca", no âmbito do que entrou em vigor em 1995. qual foi já director.
Santa Cruz (hoje denomi- Direito Comercial e no ramo da Consciente da necessidade de fa- O Dr. Luís Manuel Couto Gon-
nado de Monte de Santa Propriedade Industrial. zer uma nova reflexão sobre as fun- çalves é filho de um ilustre
Helena) eram habitados. O evento assume estatuto de ções jurídicas da marca, Luís Gon- pradense, o Sr. Augusto Gonçal-
As ditas crónicas esten- enorme relevância não só para o çalves abalança-se em tal domínio ves, e mantém em Prado uma enor-
dem-se ainda às origens ilustre pradense mas também para "virgem" no trabalho que lhe deu o me estima entre amigos e familia-
da freguesia de S. a Universidade do Minho, já que se grau de doutorado, demonstrando, res que não escondem o seu enor-
Martinho de Moure, que o trata do primeiro doutoramento como o próprio refere, que "alguns me orgulho em relação ao elevado
autor considera "como em universidades públicas fora de problemas de regime jurídico nível intelectual de um filho de
uma das mais antigas Lisboa e Coimbra, o que segundo o de questões tão importantes gêma desta vila à beira Cávado
da região, acerca da qual são ilustre recém-doutorado constitui como a da legitimidade para plantada.
JORNAL DA VILA
tecidos factos historiográficos
DE PRADO que a colocam, desta-
DIRECTOR: Alfredo Pedrosa.
cadamente, em lugar cimeiro
CHEFE DE REDACÇÃO: Jorge Pedrosa da História da nossa terra". De mmmm
CORPO REDACTORIAL: António Adelino resto, terá sido da antiga proprie- JUNTA DE FREGUESIA
Silva; António Zamith Rosas; João Pereira; dade "Da Villa de Mauri - herdade"
João Macedo.
que saiu a denominação da actual
COLABORADORES: José Fernandes (Freiriz),
Amaro Arantes (Vila Verde), Francisco Azevedo, freguesia. DA VILA DE PRADO
João Sousa, Manuel Correia, Manuel Faria e A sexagésima crónica revela ain- 95
Vítor Gonçalves (Prado), Gota d^rvalho da que em 19 de Julho de 1790,
(Soutelo), Loureiro (Porto), Serra Nevada (Geme).
reinado de D. Maria I, foi extinto o
PROPRIEDADE E ADMINISTRAÇÃO: Conde de Moure, passando a sua
Casa do Povo da Vila de Prado Recolha do lixo
Empresa Jornalística n0 215 513 0 gestão a estar a cargo da Fazenda
Mensário Registado na DGCS sob o n 110 249 Pública Nacional e a integrar a
CORRESPONDÊNCIA: jurisdição e divisão administrati-
Casa do Povo da Vila de Prado va do antigo concelho de Vila Chá,
Praça Comendador Sousa Lima então já com a designação de S. Horário:
4730 Vila Verde Tel.:921l20
Contribuinte n® 501 063 846 Martinho e Moure.
Depósito Legal n0 7388/84 Pelo rigor histórico nunca subes- Dias úteis a partir das 19.00 horas
CONDIÇÕES DE ASSINATURA: timado, pela simplicidade da lin-
Em Portugal e no estrangeiro; 1.000$00 guagem e fruto de uma rara sensi-
(Sábados e Domingos não há recolha)
PREÇO: 85$00 TIRAGEM: 1.750 ex. bilidade para as questões locais,
SELECÇÃO DE CORES, esta obra vem, no seguimento das
MONTAGEM E IMPRESSÃO: que a precederam, enriquecer de
TipoPrado - Artes Gráficas, L.da sobremaneira a bibliografia desta AJUDE A MANTER A NOSSA VILA LIMPA!
Lugar do Barreiro - Vila de Prado
índole sobre o nosso concelho.

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