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O que são Estoques?

Qual é a função dos Estoques: acúmulo de recursos materiais em um sistema de


transformação

Estoques nos
Fase 1 Estoque Fase 2

sistemas de •chuvas sazonais


•máquina que
•represa
•estoque em
•consumo contínuo
•processo seguinte
não interrompido
quebra processo

produção? •fornecedor incerto


•processo estável
•estoque de m.p.
•estoque de p.f.
•processo estável
•demanda instável

O grau de independência entre as fases de um processo é


proporcional à quantidade de estoque entre elas
Lista de exercícios – Seção 3

O que são Estoques? Origem dos Estoques


tecnologia suprimento
capacidade
Impossível/inviável
coordenar suprimento e Incerteza de previsões
demanda
informação obtenção demanda

Estoque Por que surgem os estoques?


(represa)

escassez

Taxa de chuvas Taxa de consumo Necessidades de


(fase1) (fase 2) Especulação preencher canal de
distribuição (“pipeline”)
oportuni-
dade

Objetivos dos Estoques Os estoques funcionam como amortecedores entre as


diversas taxas de demanda e produção.

 Garantir a independência entre etapas produtivas.

 Permitir uma produção constante. taxa de produção taxa de demanda

 Possibilitar o uso de lotes econômicos.

 Reduzir os lead times produtivos. Matérias- WIP WIP Produto


primas 1º estágio 2º estágio final

 Como fator de segurança. demanda


matérias-
primas

 Para obter vantagens de preço. WIP – produtos em vias de


Matéria-prima refugo refugo fabricação, (“work in process”)
sem qualidade
Fonte: Tubino (2000).

1
Estoques nos Sistemas de Produção Estoques em múltiplos estágios

Estoques na Cadeia de Suprimentos Tipos de Estoques

 Estoque de segurança

 Estoque de ciclo

Materais em
processo
Bens
acabados
 Estoque de antecipação

Fornecedor Indústria Centro de


distribuição
Varejista
 Estoque em trânsito

 de proteção estoque de segurança


 de antecipação para produtos
com demanda ou oferta sazonal

 em trânsito no canal de
distribuição
 de ciclo acontece na produção por lotes

2
Visão geral de um Sistema de PCP
Marketing Planejamento Agregado da

Como os estoques
Produção
Previsão de Plano de

Avaliação de Desempenho
Vendas Produção
Pedidos em

Acompanhamento e Controle da Produção


Carteira
Programação-Mestre da
Produção

se inserem nos
Programa-Mestre
Engenharia de Produção
Estrutura do
Produto
Roteiro de Programação Detalhada
Fabricação - Gestão de Estoques
- Sequenciamento

sistemas de PCP?
- Emissão e Liberação

Compras Ordens de Ordens de Ordens de


Compras Fabricação Montagem
Pedidos de
Compras

Fornecedores Estoques Fabricação e Montagem

Clientes
Fonte: Adaptado de Tubino (2007).

Produção Empurrada
Empurrado:
Informação do sistema de PCP Condições para
disparar produção:
1. Disponibilidade do material
2. Presença da ordem no programa definida
a partir de previsões
3. Disponibilidade do equipamento
Estoque Estoque
amorte- amorte-
Estágio A Estágio B Estágio C
cedor cedor Demanda

Diferença entre
Produção Puxada sistemas puxados
e empurrados
Informação Informação
(pedidos) (pedidos)
Puxado:
Estágio A Estágio B Estágio C Condições para
disparar produção:
1. Sinal vindo da demanda (Kanban)
Entregas Entregas 2. Disponibilidade do equipamento
3. Disponibilidade do material

Produção Enxuta: a analogia do rio e das pedras Produção Enxuta: a analogia do rio e das pedras

Ataque
seletivo aos
problemas
Estoques Estoques
Melhoria
contínua

Entregas Filas Entregas Filas


Problemas Problemas
Operadores atrasadas ou Quebras Operadores atrasadas ou Quebras
Refugo Refugo
destreinados Retrabalho defeituosas Demanda instável destreinados Retrabalho defeituosas Demanda instável

3
Como gerenciar

Como estabelecer estoques com


múltiplos itens?

prioridades na
gestão de
estoques?

É necessário priorizar... Princípio de Pareto – Regra 80/20


CLASSIFICAÇÃO ABC
• É a aplicação do modelo de Pareto para estratificar os 20% de fatores
materiais em função dos valores envolvidos em classes
A, B e C.
80% de impacto
• É uma das maneiras de estabelecer a criticidade em
função do valor envolvido. 80% de fatores

– Itens com movimentação de valor particularmente alta


demandam controle cuidadoso. 20% de impacto

– Aqueles com baixas movimentações de valor não O Princípio de Pareto estabelece que os problemas
precisam ser controlados tão rigorosamente. podem ser classificados em duas categorias:
os “poucos vitais” e os “muitos triviais”
Obs.: Item de estoque também é chamado de SKU – Stock Keeping Unit.

CLASSIFICAÇÃO ABC
Classificação ABC
Itens • São aqueles 20% dos itens de alto valor  É um método de diferenciação dos estoques segundo
classificados que representam cerca de 80% do valor
total do estoque (valores exemplificados).
sua maior ou menor abrangência em relação a
como A determinado fator, consistindo em separar os itens
por classes de acordo com sua importância relativa.

Itens • São aqueles de valor médio, usualmente 100

classificados os seguintes 30% dos itens que


representam cerca de 10% do valor total.
80
Classe % de itens % do valor
% valor

60
como B 40
A
B
10 a 20
20 a 30
50 a 70
20 a 30
20 A B C C 50 a 70 10 a 20
0

Itens • São itens de baixo valor, apesar de


compreender cerca de 50% do total de
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

classificados
% itens
tipos de itens estocados, normalmente
somente representam cerca de 10% do
como C valor total de itens estocados.
Obs.: Os percentuais não são fixos e são definidos para cada caso.

4
Classificação ABC: Conceito de Curva ABC
implementação
Itens têm importância Seq. Uso anual Custo Uso Uso anual Uso anual
1. Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando- relativa diferente (unid) médio anual ($) acum ($) acum (%)
1 117 49 5.840 5.840 11,3
se o valor da demanda pelo custo unitário do item. 2
3
27
212
210
23
5.670
5.037
11.510
16.547
22,3
32,0
4 172 27 4.769 21.317 41,2
5 60 57 3.478 24.796 48,0
2. Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de 6 94 31 2.936 27.732 53,7
7 100 28 2.820 30.552 59,1
demanda valorizada. 8 48 55 2.640 33.192 64,2
9 33 73 2.423 35.616 68,9
10 15 160 2.407 38.023 73,6
11 210 5 1.075 39.098 75,6
3. Calcula-se a demanda valorizada total dos itens. 12 50 20 1.043 40.142 77,7
13 12 86 1.038 41.180 79,9

4. Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de cada 39 2 59 119 51.230 99,1


item em relação a demanda valorizada total, podendo-se Devem merecer 40 2 51 103 51.333 99,3
41 4 19 79 51.412 99,5
atenção gerencial 42 2 37 75 51.488 99,6
calcular também as percentagens acumuladas. diferente 43 2 29 59 51.547 99,7
44 1 48 48 51.596 99,8
45 1 34 34 51.630 99,9
5. Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as 46
47
1
3
28
8
28
25
51.659
51.684
99,9
100,0

classes ABC.

CLASSIFICAÇÃO ABC
Conceito de Curva ABC
• Além do valor envolvido outros critérios determinam a
100
criticidade:
– Classe A: - material imprescindível ao funcionamento da
% acumulada de valor de uso

90

80
empresa; a falta deste item acarreta parada na produção;
70
substituição por equivalente não é possível; lead time de
60
compra é longo; fornecedor exclusivo.
50

40 – Classe B: - material não é imprescindível ao funcionamento


30 da empresa; a falta afeta a produção; substituição por
20
Região Região Região equivalente é possível; lead time de compra é médio;
A B C
10 existência de mais de um fornecedor no mercado; falta
0
25 50 75 100
ocasiona ônus.
itens (%)
– Classe C: - material não é imprescindível ao funcionamento
Poucos Itens Importância Muitos itens menos da empresa; falta está ligada aos órgãos de apoio; não
importantes média importantes prejudica a produção; lead time de compra é curto; existem
vários fornecedores; falta não ocasiona ônus.

Indicadores de Estoque
Quais são os
 Valor do estoque = Custo unitário x quantidade de itens

principais
Número (valor) dos itens entregues
 Nível de serviço = ---------------------------------------------------

indicadores para a Número (valor) dos itens pedidos

Valor consumido no período


gestão de estoques?  Giro dos estoques = ------------------------------------------------
Valor do estoque médio no período

Período (Ex.: nº de dias do ano)


 Cobertura = --------------------------------------------------
Giro

5
Exemplo Exemplo
Uma determinada empresa apresentou os seguintes dados Uma determinada empresa apresentou os seguintes dados em
em seu relatório anual de estoques: seu relatório anual de estoques:

 Valor dos materiais consumidos no ano = $ 81.310,00  Valor dos materiais consumidos no ano = $ 81.310,00

 Valor do estoque médio no ano = $ 3.900,00  Valor do estoque médio no ano = $ 3.900,00

 Índice médio de faltas de material = 17%  Índice médio de faltas de material = 17%

Com base nos dados, calcule: Com base nos dados, calcule:

 Nível de serviço (%)  Nível de serviço (%) = 1 - 0,17 = 0,83 = 83%

 Giro de estoque (vezes/ano)  Giro de estoque (vezes/ano) = 81310/3900 = 20,85 giros/ano

 Cobertura (dias)  Cobertura (dias) = 365/20,85 = 17,51 dias

Custos de Estoques
Quais são os custos
envolvidos na  Custos para manter estoques.

gestão de  Custos para obter estoques (custo de pedido).

 Custo total (custo de manter + custo de obter).


estoques?

custo do investimento
Modelo
CUSTOS DE OBTER ESTOQUE capital em estoques

Normativo
(custos de pedido) seguros
para Cálculo custos de
serviços
 Processamento de compras. do Custo de impostos

 Inspeção. Manutenção armazém da fábrica


custos de
 Mão-de-obra. de Estoques manutenção armazéns terceirizados
de estoques custos do
espaço de
armazéns próprios
 Equipamentos de movimentação. armazenagem

armazéns de aluguel
 Transporte.
danos
 Comunicação.
custos de perdas e roubos
 Qualificação de fornecedores. risco
custos de realocação

 Etc. obsolescência

6
Custos de Estoques
Custos de Estoques
• Custo de Preparação (CP)
• Custo Direto (CD) – São todos aqueles custos referentes ao processo de
reposição do item pela compra ou fabricação do lote de
– É aquele incorrido diretamente com a compra itens
ou fabricação do item. É proporcional à • mão-de-obra para emissão e processamento das ordens de
compra ou de fabricação, materiais e equipamentos utilizados
demanda para o período e aos custos unitários para a confecção das ordens, custos indiretos dos departamentos
do item (de fabricação ou de compra) de Compras ou do PCP para a confecção das ordens, como luz,
telefone, aluguéis, etc., e, quando for o caso de fabricação dos
itens, os custos de preparação dos equipamentos produtivos

CD = D x C
CP = N x A = D/Q x A
CD = Custo direto do período
CP = Custo de preparação do período
D = Demanda do item para o período N = Número de pedidos de compra ou fabricação durante o período
C = Custo unitário de compra ou fabricação do item Q = Tamanho do lote de reposição
A = Custo unitário de preparação

Custos de Estoques Estoque Médio


• Custo de Manutenção de Estoques (CM)
– Decorrentes do fato do sistema produtivo necessitar Recebimento
manter itens em estoques para o seu funcionamento do pedido Redução do nível
Estoque disponível (unidades)

de estoque (demanda)
• mão-de-obra para armazenagem e movimentação dos itens, Q
aluguel, luz, seguro, telefone, sistemas computacionais e
equipamentos do almoxarifado, custos de deterioração e
obsolescência dos estoques, e, principalmente, o custo do capital
investido relacionado com a taxa de mínima atratividade (TMA)
da empresa Q Estoque
— cíclico médio
2
CM = Qm x C x I
CM = Custo de manutenção de estoques do período
Qm = Estoque médio durante o período
C = Custo unitário de compra ou fabricação do item
I = Taxa de encargos financeiros sobre os estoques 1 ciclo
Tempo

Estoque Médio Estoque Médio


Qm = área do triângulo / tempo
Quantidade

Qm = área do triângulo / tempo t Q 1 Q


Quantidade

Q
d Qm   
2 t 2
Q t Q 1 Q
d Qm   
2 t 2 t Tempo
Entrega Total
t Tempo t  Qmax 1 Qmax d Q
Qm     (1  ).
2 t 2 m 2
Quantidade

Q Qmax md Qmax  m  d   t 2  t1 


Gráfico “dente de serra” Qmax
m
t 2  t1 

1

t 2  t1  
m-d d
Q
1
m
t 2  t1   Q
t1 t2 m
t Tempo
Q  d
Entrega Parcelada Qmax  m  d    1    Q
m  m

7
Tamanho dos Lotes Tamanho dos Lotes
 Um comerciante trabalha com máquinas fotográficas Viagens Lotes CD CP CM CT
compradas em Manaus a um custo de $ 50 cada e
1 600 30.000
vendidas aqui. Em cada viagem a Manaus se gasta $
1.300, independente da quantidade trazida. A demanda CD = D x C 2 300 30.000
anual pelas máquinas é de 600 unidades, e sobre o 3 200 30.000
capital empatado se paga uma taxa de 78% ao ano. C = $ 50 4 150 30.000
Quantas viagens ele deve fazer por ano, ou qual o D = 600
tamanho do lote a ser comprado em cada viagem? 5 120 30.000
A = $ 1.300
 C = $ 50
6 100 30.000
I = 0,78
 D = 600 unidades Qm = Q/2 7 86 30.000
 A = $ 1.300 8 75 30.000
 I = 0,78 9 67 30.000
 Qm = Q/2 10 60 30.000

Tamanho dos Lotes Tamanho dos Lotes


Viagens Lotes CD CP CM CT Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 1.300 1 600 11.700
CP = N x A 2 300 2.600 CM = Qm x C x I 2 300 5.850
3 200 3.900 3 200 3.900
C = $ 50 4 150 5.200 C = $ 50 4 150 2.925
D = 600 5 120 6.500 D = 600 5 120 2.340
A = $ 1.300 A = $ 1.300
6 100 7.800 6 100 1.950
I = 0,78 I = 0,78
Qm = Q/2 7 86 9.100 Qm = Q/2 7 86 1.671
8 75 10.400 8 75 1.463
9 67 11.700 9 67 1.300
10 60 13.000 10 60 1.170

Tamanho dos Lotes Tamanho dos Lotes


Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 30.000 1.300 11.700 43.000 50.000 CD CP CM CT
45.000
2 300 30.000 2.600 5.850 38.450 40.000
35.000
3 200 30.000 3.900 3.900 37.800 Lote Econômico
30.000
4 150 30.000 5.200 2.925 38.125
R$

25.000
20.000
5 120 30.000 6.500 2.340 38.840 15.000
10.000
6 100 30.000 7.800 1.950 39.750 5.000
0
7 86 30.000 9.100 1.671 40.771 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
8 75 30.000 10.400 1.463 41.863 Número de Viagens
9 67 30.000 11.700 1.300 43.000
10 60 30.000 13.000 1.170 44.170

8
Quanto comprar? Tamanho de lote?

Pedir lotes altos pode ter alto Mas pedir lotes muito baixos
custo de armazenagem... pode ter alto custo de
pedidos

Quanto pedir?

lote
Estoque médio
(A lógica do lote econômico)

Lote
Poucos pedidos t Muitos pedidos t

Como determinar o tamanho de lote? Variáveis:


Custo de armazenagem Ca
Custo de fazer pedidos Cp
Número de pedidos feitos N
Demanda D

Lote Econômico Básico


Representação gráfica do lote econômico Quantidade

Q Q
d
Qm 
2 A empresa
pode usar
Custo

CT CM: custos de t Tempo


um valor
manutenção fixo por
D D Q item:
CP: custos de pedido CT  D  C   A  Qm  C  I  D  C   A   C  I CI = Cm
Q Q 2
CT: custo total CT D  A C I
0 2  0
CP Q Q 2

Lote econômico LE Lote 2D  A D C  I


Q*  N* 
C I 2 A

Lote Econômico Básico Lote Econômico com Entrega Parcelada


Quantidade

Quantidade

Q
C = $ 50 por unid.
Q  d Q
d D = 600 unid./ano Qmax Qm  1   
A = $ 1.300 por ordem
m  m 2
m-d d
I = 0,78 a.a.
t t1 t2 t
Tempo Tempo

D D  d Q
2D  A 2  600  1300 CT  D  C   A  Qm  C  I  D  C   A  1     C  I
Q*    200 unid. por reposição Q Q  m 2
C I 50  0,78
CT D  A C I  d
0 2   1    0
D C  I 600  50  0,78 Q Q 2  m
N*    3 rep. por ano
2 A 2  1300
2D  A  d
D Q 600 200 Q*  D  C  I  1  
CT  D  C   A   C  I  600  50   1.300   50  0,78  37 .800 $ por ano  d  m
Q 2 200 2 C  I  1   N* 
 m 2 A

9
Lote Econômico com Entrega Parcelada Lote Econômico com Entrega Parcelada

Quantidade
C = $ 50 por unid.
Q
D = 600 unid./ano
Q A = $ 1.300 por ordem
Qmax
Demanda durante o m I = 0,78 a.a.
intervalo de produção m-d d d = 600/300 = 2 unid./dia
Emax t1 t2
m = 4 unid./dia
t Tempo
Estoque máximo

2D A 2  600  1.300


Q  *
  283 unid. por reposição
 d  2
C  I  1   50  0,78  1  
p–d  m  4

 d  2
Tempo D  C  I  1   600  50  0,78  1  
 m  4
Produção e Somente N*    2,12 reposições por ano
demanda demanda 2 A 2  1.300

Tempo entre pedidos 600  2  283


CT  600  50   1.300  1     50  0,78  35.515 $ por ano
283  4 2

Variação do Lote Econômico Variação do Lote Econômico


 Ao se determinar um valor para o lote econômico, este 46.000

servirá apenas como um indicativo do valor em torno do 44.000

qual se dará a reposição (Faixa Econômica). 42.000


Faixa Econômica
R$

40.000

38.000
 Uma série de problemas práticos irá impedir que o PCP 36.000
possa programar exatamente o valor encontrado: 34.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
 A dificuldade em se levantar precisamente os valores das variáveis Núm ero de Viagens
que entrarão na fórmula de cálculo do lote econômico (A, I, D, C).
 A logística de movimentação e armazenagem do item (embalagem, Viagens Lote CD CP CM CT DCT %DCT DLote %DLote
1 600 30.000 1.300 11.700 43.000 5.200 13,76 400 200,00
meio de transporte, ou forma de armazenagem) impede o uso do
2 300 30.000 2.600 5.850 38.450 650 1,72 100 50,00
valor exato. 3 200 30.000 3.900 3.900 37.800 0 0,00 0 0,00
4 150 30.000 5.200 2.925 38.125 325 0,86 -50 -25,00
 A proporcionalidade de uso do item no produto acabado não se
10 60 30.000 13.000 1.170 44.170 6.370 16,85 -140 -70,00
encaixa no valor exato do lote.

Pressupostos Quão custoso é o


Lote econômico  Estabilidade da demanda. estoque?
 Custos fixos de manutenção e Análises mais profundas indicam
de pedido. que os estoques têm mais custos
Pressupostos intangíveis do que aqueles
expressos pelo modelo LEC.
1. A taxa de demanda para o item é constante.

2. Não existem limitações sobre o tamanho de lote.

3. Os únicos custos relevantes são o custo de manter o


estoque, o custo de emissão do pedido ou preparação do
equipamento.

4. As decisões referentes a um item são independentes das


decisões sobre outros itens.

5. Não existe incerteza quanto ao tempo de espera ou quanto


ao suprimento.

10
Lote econômico Descontos por quantidade
Descontos por quantidade geram pressão para manter grandes estoques.
Custo
atual
3000 — C para P = $4.00 LE4.00
Q D C para P = $3.50 LE3.50
Custo total = (Cm) + (A)
2 Q C para P = $3.00 LE3.00
Custo anual

2000 —
Custo de
Q

Custo total

Custo total
de manutenção = (Cm)
2
PD para
P = $4.00 PD para
1000 — P = $3.50 PD para
Custo de P = $3.00
colocação
D
de pedidos = (A)
Q
0— | | | | | | | |
50 100 150 200 250 300 350 400
Atual Q 0 100 200 300 0 100 200 300
Tamanho do lote (Q) Quantidade comprada (Q) Quantidade comprada (Q)

Descontos por quantidade


Procedimento:

Passo 1: Começando com o preço mais baixo, calcule o LE


para cada nível de preço até que um LE viável seja
encontrado. Quando pedir?
 É viável se o valor se encontra na faixa correspondente a
seu preço. (Modelos de reposição)
Passo 2: Se o primeiro LE viável encontrado for para o nível
de preço mais baixo, essa quantidade é o melhor tamanho
de lote.
 Caso contrário, calcule o custo total para as faixas com
descontos superiores que ao do LE viável. A quantidade
com o custo total mais baixo é que deve ser usada.

Modelos de
Estoques Revisão contínua

Demanda Demanda Pedido Pedido Pedido Pedido


Estoque disponível

independente dependente recebido recebido recebido recebido

Baseados em
Reativos MRP
previsão PP
Pedido Pedido Pedido
colocado colocado colocado

t t t Tempo
Revisão Revisão
contínua periódica
Fonte: Freire e Mesquita (2008).

11
Revisão Contínua Revisão contínua:
sistema de duas ou três gavetas
Qmax

d
Q
Quantidade

PP

Qmin

t Tempo

PP  d  t  Qs Q max  Q  Qs Q min  Qs
Fonte: Slack, Chambers e Johnston (2010).

Revisão Periódica
Modelo de revisão periódica
tr
Qmax

Est. Max

d
Q
Quantidade

Unidades
Q2
em Q1 Q3 Q4
Estoque

PE
Qmin
P P P

R1 R2 R3 R4 tempo
t Tempo

t ano Q  t ano
*
Q max  Q  Qs Q min  Qs
tr *  
N* D

Revisão Periódica
Revisão Periódica
Tempo entre
revisões

Taxa de Pedidos Estoque de


demanda pendentes segurança
Q  d  (t  tr )  Qf  Qp  Qr  Qs
Q  d  (t  tr )  Qf  Qp  Qr  Qs

Lead time de Saldo em Demanda


ressuprimento estoque reprimida

12
Revisão Periódica
Revisão Periódica
1. A quantidade do lote de reposição deve ser suficiente para
garantir a demanda até a próxima revisão mais um tempo 4. Em sistemas de informações o saldo final em estoque
de ressuprimento não pode ter registros negativos, caso os usuários
2. Como no momento da revisão existirá uma quantidade de solicitem itens e não haja disponibilidade em estoque
saldo final em estoque (Qf), a mesma deverá ser retirada (nesse caso Qf = 0), ocorrerá uma demanda reprimida
do lote de reposição, pois já se tem essa quantidade de (Qr), ou quantidade solicitada ao estoque e não
itens para atender a demanda. atendida, que deverá ser adicionada ao tamanho do lote.
3. Caso o tempo entre revisões seja menor do que o tempo
5. Finalmente, não se pode esquecer do estoque de
de ressuprimento, ocorrerão entregas de lotes anteriores,
segurança (Qs) que, via de regra, no sistema de
ou quantidades pendentes (Qp), durante o período
informações está embutido dentro do Qf inicialmente
analisado, aumentando o saldo em estoque neste período.
retirado, e, portanto, deve ser acrescentado novamente.
Consequentemente, se deve subtrair da demanda total
necessária estas quantidades pendentes.

Riscos na gestão de estoques:


Falta por Aumento de Demanda

Como dimensionar Q
DEMANDA

os estoques de
NORMAL
QUANTIDADE EM ESTOQUE

segurança? REPOSIÇÃO
DO
ELEVAÇÃO ESTOQUE
DA
DEMANDA

TEMPO

Riscos na gestão de estoques: Estoques de Segurança


Falta por Atraso na Entrega
Quantidade

Q
UTILIZAÇÃO
DO d
ESTOQUE
QUANTIDADE EM ESTOQUE

Qs

REPOSIÇÃO
DO
ESTOQUE t t´ Tempo
FALTA DE
ESTOQUE
São projetados para absorver as variações na demanda durante
o tempo de ressuprimento, ou variações no próprio tempo de
ressuprimento, dado que é apenas durante este período que os
ATRASO TEMPO estoques podem acabar e causar problemas ao fluxo produtivo.

13
ESTO Q U E D E SEG U R A N C A
Estoques de segurança em função
N ív el de E stoque (U nidades)

Pedido Pedido
Colocado R ecebido dos erros de previsão
O próprio erro de previsão pode ser um fator
formador de estoque de segurança.
Tem po de Espera D em anda Esperada
durante o
Ponto de Tem po de espera
Pedido
Z .s Nível de Serviço Z
D em anda M áxim a
perm itida 80% 0,84
durante o d dmáx
Tem po de espera 85% 1,03
90% 1,28
E stoque de Segurança
Qs = Z .s Qs = Z .1,25 MAD 95% 1,64
Tem po 99% 2,32
D em anda acim a
Qs  1,03  1,25  113  146 kg
99,9% 3,09
do previsto no
Tem po de espera Qs  2,32  1,25  113  328 kg
Falta de Estoque ou
R uptura de Estoque

Estoques de segurança em função


da variação da demanda Amostra de demanda
Nível de estoques
Semana Demanda Semana Demanda Semana Demanda Semana Demanda

1 120 11 118 21 121 31 119


Demanda
LT
assumida 2 118 12 120 22 119 32 123
constante
3 124 13 117 23 116 33 119
4 119 14 120 24 120 34 123
Variação 1
5 118 15 121 25 123 35 118

Variação 2 6 121 16 117 26 117 36 120

Nível de estoque Nível de


7 120 17 121 27 122 37 123
de segurança estoque 8 121 18 120 28 120 38 121
para variação 1 de
segurança 9 122 19 119 29 118 39 122
para
variação 2 10 119 20 121 30 122 40 122

Determinação do estoque de segurança


Histograma de demandas

120
Nível de atendimento = 85%
120 121
119 120 121
118 119 120 121 122
118 119 120 121 122 123 Probabilidade
117 118 119 120 121 122 123 de faltar estoque
117 118 119 120 121 122 123
Demanda (1,0 – 0,85 = 0,15)
116 117 118 119 120 121 122 123 124
média
115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 durante o
0,0% 2,5% 7,5% 12,5% 15,0% 20,0% 17,5% 12,5% 10,0% 2,5% 0,0% tempo de
espera PP*

zsD

*PP: ponto de recolocação do pedido

14
Nível de serviço Fator de serviço
Fatores de 50% 0

segurança
60%
70%
0,254
0,525 Recordando
(p/ certo 80% 0,842

nível de
85%
90%
1,037
1,282
Estatística...
serviço) 95% 1,645
96% 1,751
97% 1,880
98% 2,055
99% 2,325
99,9% 3,100
99,99% 3,620

Variância e Desvio Padrão Desvio médio absoluto


• Desvio médio absoluto ou n
afastamento médio absoluto em
relação à média
 x x i
Populacional Amostral DMA  i 1
n
Série Desv Abs
s2    ( Xi  X )
Variância ( Xi  X ) 2 2

s2 
Média = 4

n n 1 2 2
Calculamos os
 ( Xi  X )  ( Xi  X ) 3 1
MÓDULOS
2 2

Desvio s s
n n 1
Padrão 7 3
Soma 6
Média 2

Erro amostral Distribuições do tempo de espera


st = 15

Tamanho da amostra
Nível de confiança
+ sD = 26

75
Demanda para a semana 1

Dispersão dos dados

s
st = 15

+
ez
75 225
Demanda para a semana 2 Demanda para o
tempo de espera de
st = 15
três semanas

=
n 75
Demanda para a semana 3

15
ATENÇÃO: Quando não é possível obter o desvio- NOMENCLATURA...
padrão da demanda para o período do lead time,
mas somente para os períodos que o compõem, é
Lead time de
necessário incorporar um fator de correção à ressuprimento
fórmula. Z

LT LT
Eseg  FS  s  Eseg  FS  s 
p p
Desvio-padrão
da demanda Periodicidade a
Fator de correção que se refere o
desvio-padrão

Exemplo
Como considerar a variabilidade tanto
NS = 90% na demanda quanto no lead time de
sp = 5 unid. p = 1 semana d = 18 un./sem. LT = 2 semanas ressuprimento?

sD = sp LT = 5 2 = 7,1

Estoque de segurança = zsD = 1,28(7,1) = 9,1 s demandaLT  D  sLT  LT  sD


2 2 2

ou 10 unidades

Recolocação de pedidos = d x LT + estoque de segurança


= 2(18) + 10 = 46 unidades
ES = zsD/LT

16

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