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Em suas conferências Divaldo

Franco fala-nos da
necessidade do estudo dos
livros de Allan Kardec. Tem
afirmado, inclusive, que nos
momentos de angústia e
aflição, pois ele também os
tem, como qualquer um de nós,
recorre às obras da
Codificação Espírita para
dessedentar-se nessa fonte
inesgotável. Em uma recente
palestra, com o objetivo
talvez de realçar a
importância do estudo, contou
fatos de sua vida, dizendo das
aflições que sofria quando,
muito jovem, não conhecia
ainda os livros de Allan
Kardec. Vamos recordar
alguns desses fatos:
Menino ainda, na pré-
adolescência, Divaldo
sentia as manifestações
da mediunidade que lhe
havia aflorado aos quatro
para cinco anos de idade
lá em Feira de Santana
onde nasceu. Conversava
com “as almas do outro
mundo”, com os
“fantasmas” como os
seus familiares, ingênuos,
chamavam os espíritos
comunicantes. Divaldo
não percebia que
somente ele via essas
pessoas com quem
dialogava. Muitos que o
flagravam falando
sozinho diziam que ele só
podia ser maluco!...
A II Guerra Mundial eclodira, Divaldo
que morava em Salvador e trabalhava
na “Companhia de Seguros Sul América
Terrestre, Marítima e Acidentes”, com
um salário de 13 mil réis, acalentava,
então muitos sonhos...Sonhava estudar
Medicina e trazer a família para morar
com ele na capital do Estado, mas com
a guerra chegando cada vez mais perto
do Brasil a recessão aumentava... Havia
necessidade de cortes nas despesas
das empresas. Ele foi demitido... Que
fazer? Voltar para a modesta pensão
em que morava seria arriscado. A
senhoria, pobre também, desconfiaria
que ele estava sem trabalho e
certamente iria despejá-lo. Perambulou
pela cidade e foi parar na amurada do
alto do Elevador Lacerda com a
monoidéia de suicídio. Pensava e
chorava. Como voltar para sua terra
natal onde os familiares também eram
pobres, e os empregos mais escassos
ainda...? Quando ia se jogar apareceu-
lhe sua irmã Nayr, desencarnada, que
fora suicida. Nayr, que desencarnara
em novembro de 1939, em Ilhéus, lhe
afirmou:
“- Matar-se, nunca! O suicídio
é o maior equívoco que se
pode cometer, meu irmão!”.
Divaldo ao vê-la, teve um
pequeno vágado, ligeiro
desmaio e caiu para dentro da
amurada e não para fora
como pretendera...
Levantou-se e
pegou um bonde que
passava...Os bancos
estavam ocupados. Eram
passageiros que, em
realidade somente ele via.
Eram Espíritos. Como o
jovem ficasse de pé com o
bonde vazio o motorneiro
indagou, aos gritos,
porque ele não se
sentava...
Uma senhora
negra, cabelo carapinha,
blusa branca e saia
rendada, olhou para ele,
sorriu com extrema
bondade e disse:
“-Venha cá, meu
filho. Sente aqui perto
da” véia “Conceição”.
Divaldo atendeu e D. Conceição
continuou:
“-Tem um Espírito aqui
me dizendo que gosta muito de
vosmicê. Diz que vosmicê não
deve ficar triste com a vida. Sua
mainha está longe, mas, rezando
para vosmicê. Confie em reza de
mãe, meu filho! Como ela está
longe eu estou aqui. Serei sua
amiga. Está bem?
‘- Como é que a Sra.
sabe disso tudo? A Sra. também
vê os mortos?’
“- Sim, meu filho”.
“- Então eu não sou
maluco, Louvado Seja Deus!”.
“- Ou, pelo menos,
agora somos dois malucos...
Vamos, vamos para minha casa,
casa de pobre, conversar e
tomar café com broa de milho”.
Na casa de D. Conceição,
sentados em tamboretes
conversaram horas a fio. Ela,
alma pura, formada pela
universidade da vida assim
falava:
“-Sinhozinho, existem
Espíritos sim. Eles andam,
falam, conversam, contam
casos que nem gente ‘viva’. Uns
são bons e outros não. Vosmicê
gosta de Jesus? Eu gosto
muito. Lembre-se, Sinhozinho,
que Jesus é nosso irmão e
nosso patrão... Patrão tem
sempre um serviço para nós e
nos manda para um lado quando
queríamos ir para um outro. Às
vezes podemos até não gostar
do serviço, mas ordem é
ordem... Temos que fazer,
confiando em Jesus com
alegria! Compreendeu?”.
 
Passearam entre
canteiros simples de flores
singelas, sempre
conversando sobre Jesus e o
empolgante assunto que é a
comunicabilidade dos
desencarnados.
O tempo foi passando...
O jovem estudou os livros de
Allan Kardec semeando a Boa
Nova, Consolador Prometido
por Jesus, para os que
choram sozinhos não se
sintam desamparados nunca
mais; e, consolados pela fé
possam construir caminhos
de redenção!
 
 
 
Grupo de Estudos Anna Franco
Rio de Janeiro / 2006
Slide Da Internet
Som wave: angel

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