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Embriologia e Anatomia Geral
Embriologia e Anatomia Geral
Brasília-DF.
Elaboração
Igor Duarte
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade I
Introdução à Anatomia Humana..................................................................................................... 9
Capítulo 1
Planos e eixos embriologia e sistema reprodutor feminino........................................... 9
Unidade iI
Aparelhos reprodutores e renal................................................................................................... 27
CAPÍTULO 1
Aparelho reprodutor feminino........................................................................................ 27
Unidade iII
Anatomia do Sistema Circulatório................................................................................................ 76
Capítulo 1
Conceitos gerais................................................................................................................ 76
Unidade iV
Anatomia do Sistema Digestório.................................................................................................. 106
Capítulo 1
Conceitos gerais.............................................................................................................. 106
Referências................................................................................................................................. 138
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
A anatomia muito intrigou pesquisadores ao longo da história e hoje é uma das
matérias base para os cursos da saúde. Seu conhecimento torna o profissional capaz
de correlacionar simples sinais com possíveis alterações na forma do órgão em questão
contribuindo assim para um melhor diagnóstico. A anatomia associada à fisiologia é a
combinação perfeita para a compreensão da complexa e facinante máquina humana.
Após algumas semanas de gestação, o feto está formado e com suas características
anatômicas evidentes adquirindo peso e maturação tecidual para receber a luz ao final
de 42 semanas.
Acompanharei vocês por todo o período de estudos e tenho certeza que este material
será muito importante na sua formação.
Bom estudo!
Objetivos
»» Estudar a embriologia humana.
7
8
Introdução à Unidade I
Anatomia Humana
Capítulo 1
Planos e eixos embriologia e sistema
reprodutor feminino
Conceitos gerais
A anatomia é a ciência que estuda a formação, constituição e localização das estruturas
do corpo humano. Não é exclusiva dos humanos, pois pode se estudar a anatomia
veterinária de diversos animais.
Várias outras ramificações de anatomia são conhecidas das ciências médicas como:
»» anatomia artística; onde faz-se uma pintura sobre o corpo para ilustrar a
localização das estruturas anatômicas.
9
UNIDADE I │ Introdução à Anatomia Humana
»» anatomia por imagens; pode ser por raio-x, RM, TC e US, nessa
modalidade, a interação do corpo humano com algum fenômeno físico
permite a simulação dos órgãos internos mesmo não sendo exposto por
corte cirúrgico.
É neste último ramo da anatomia que faremos nosso estudo sobre o sistema circulatório,
especificamente sobre o coração.
A posição anatômica
A posição anatômica foi criada para padronizar as descrições realizadas no corpo
humano após o estudo. Antes de sua introdução, as descrições eram feitas de forma
aleatória e muitas vezes controvérsia por parte dos pesquisadores que faziam, pois não
havia qualquer critério. Hoje, qualquer achado anatômico descrito, é compreensível em
qualquer parte do mundo devido à esta simples posição, mas de grande importância na
ciência anatomia humana (DÂNGELO, FATTINI 2000).
O olhar para a linha do horizonte significa que a cabeça não pode estar muito estendida
nem muito flexionada. Olhando pra frente.
Figura 1.
Fonte: autor.
10
Introdução à Anatomia Humana │ UNIDADE I
Planos de delimitação
»» Considerando que a caixa tem seis lados, temos seis planos de delimitação.
11
UNIDADE I │ Introdução à Anatomia Humana
Figura 2.
Fonte: autor.
Planos de secção
No corpo humano, são feitos cortes considerando os planos de secção para orientar
na descrição do procedimento realizado, imagem obtida ou em uma nova técnica
desenvolvida.
»» plano mediano;
»» plano sagital;
12
Introdução à Anatomia Humana │ UNIDADE I
Plano mediano
O plano mediano é o corte que divide o corpo exatamente em duas partes iguais.
O resultado é uma metade do corpo do lado direito e uma metade do corpo do lado
esquerdo.
Alguns autores se referem a esse corte como Plano Médio Sagital (PMS).
O plano mediano ou PMS é a linha imaginária única que divide o corpo em 2 lados
iguais. Como é única, determinar sua exata localização é muito difícil. Por isso, o termo
plano mediano não é tão utilizado em estudo da anatomia seccional e por imagens de
Ressonância Magnética.
Figura 3. Imagem evidencia o plano mediano ou PMS. Divide o corpo exatamente ao meio.
Fonte: autor.
Plano sagital
O termo sagita vem do latim e significa seta (←). Este termo foi utilizado em analogia
à sutura interparietal no recém-nascido. Desde então faz parte dos termos utilizado em
anatomia para referir os cortes que têm este sentido (FERNANDES, 1999).
Figura 4.
13
UNIDADE I │ Introdução à Anatomia Humana
O plano mediano é utilizado para referir qualquer corte paralelo ao plano mediano.
Não importa se é muito próximo ou muito afastado do plano mediano, todos cortes são
planos sagitais.
Fonte: autor.
Figura 6.
14
Introdução à Anatomia Humana │ UNIDADE I
O plano coronal, também conhecido por frontal é paralelo aos planos de delimitação
ventral e dorsal.
Tem este nome pelo sentido da sutura coronal (articulação entre os ossos frontal e
parietais). O corte coronal tem o mesmo sentido da sutura coronal.
Figura 7.
A sutura coronal divide o corpo exatamente ao meio e o resultado é uma parte anterior
e outra parte posterior. Todos os cortes desta modalidade são chamados de coronal
mesmo se estiver muita à frente ou muito a traz (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2005).
Fonte: autor.
15
UNIDADE I │ Introdução à Anatomia Humana
Figura 9.
O nome do plano é transversal, porém é muito utilizado o termo AXIAL nas ciências que
estudam imagens médicas. Aliás, o termo axial é mais utilizado que o termo transversal.
Podem utilizar o termo axial, mas o termo correto é Transversal.
Sugiro a vocês, que ao redigirem um relatório sobre imagens neste corte, utilizem o
termo TRANSVERSAL.
Para nos familiarizarmos com o termo transversal, vou utilizá-lo a partir de agora.
Divide o corpo em duas partes e o resultado são uma parte superior e uma parte
inferior.
16
Introdução à Anatomia Humana │ UNIDADE I
Fonte: autor
Figura 11.
São linhas imaginárias que vão unir os centros dos planos de delimitação opostos,
considerando, ainda, o indivíduo dentro da caixa de vidro (cubo de gelo).
17
UNIDADE I │ Introdução à Anatomia Humana
São 3 eixos:
Figura 12. Imagem ilustra a o eixo sagital (anteroposterior unindo o plano ventral ao plano dorsal.
Fonte: autor.
18
Introdução à Anatomia Humana │ UNIDADE I
Figura 13. Imagem ilustra a o eixo sagital em vermelho e a inclinação de 35º no sentido anti-horário.
Fonte: autor.
O eixo transversal tem o sentido horizontal, ou seja, une o plano lateral direito ao plano
lateral Esq.
19
UNIDADE I │ Introdução à Anatomia Humana
Figura 15. Imagem ilustra a o eixo sagital em vermelho e a inclinação anterior de 45º.
Fonte: autor.
Figura 16. Imagem ilustra a o eixo longitudinal unindo o plana cranial ao plano podálico.
Fonte: autor.
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Introdução à Anatomia Humana │ UNIDADE I
Os planos de delimitação são; -plano ventral. PV; -plano dorsal. PD; -plano lateral
Dir. PLD; -plano lateral Esq. PLE; -plano cranial. PCR; -plano caudal. PCA.
Concepção
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UNIDADE I │ Introdução à Anatomia Humana
Figura 17.
Fonte: autor.
Figura 18.
Fonte: autor.
Após a fertilização, a célula que contém o material genético do pai e da mãe, sofre
diversas divisões as quais chamamos de clivagem. Este processo de sucessivas divisões
mitóticas resulta em um rápido aumento de células. O zigoto se divide em duas células,
chamadas de blastômeros e estes se dividem em quatro blastômeros. Os quatro se
dividem em oito e assim sucessivamente. Estas divisões ocorrem enquanto o zigoto
atravessa a tuba uterina, em direção ao útero e geralmente iniciam 30 horas após a
fertilização. As repetidas divisões formam uma esfera compacta de células, denominada
mórula. Aproximadamente quatro dias após a fertilização, a mórula penetra no útero,
e nesse estágio surgem espaços entre os blastômeros, que são preenchidos por líquidos
provenientes da cavidade uterina. Com o aumento de líquido, as células são divididas
em duas camadas, uma camada interna (ou embrioblasto) e uma camada externa (ou
trofoblasto). Logo os espaços se fundem, e dão origem a uma só cavidade, denominada
cavidade blastocística. A partir deste momento, o concepto passa a ser chamado de
blastocisto.
22
Introdução à Anatomia Humana │ UNIDADE I
Figura 19.
Figura 20.
23
UNIDADE I │ Introdução à Anatomia Humana
Figura 21. Trajeto pela tuba uterina até sua fixação no endométrio.
24
Introdução à Anatomia Humana │ UNIDADE I
grupos de vilosidades, chamadas cotilédones. Os sulcos entre eles são produzidos pelo
tecido da decídua basal interposto, os septos placentários. No término da gestação, a
placenta mede cerca de 20cm de diâmetro e 3cm de espessura e pesa 500g.
Gastrulação
Entende-se por gastrulação o processo por meio do qual o disco embrionário (bilaminar,
formado por duas camadas) é convertido em um disco trilaminar (trilaminar). Este é
o início da morfogênese (desenvolvimento da forma do corpo). No início da terceira
semana surge na linha média do aspecto dorsal do embrião a linha primitiva, uma
camada espessa de células epliblásticas (células do epiblasto). Na extremidade cefálica
da linha primitiva, células se proliferam originando o nó primitivo e simultaneamente,
dentro desta linha, surge um sulco, conhecido como sulco primitivo, que no local de
encontro com o nó primitivo, forma uma estrutura conhecida como fosseta primitiva. A
linha primitiva torna possível identificar o eixo cefálico-caudal do embrião assim como
suas extremidades dorsal e ventral e seus lados direito e esquerdo. Em seguida, surge
na superfície da linha primitiva uma rede frouxa de tecido conjuntivo denominado
mesênquima que irá formar os tecidos de sustentação do embrião. Alguns tecidos
mesenquimais (originados do mesênquima) formam uma camada conhecida como
MESODERMA intraembrionário. Algumas células da linha primitiva se proliferam e
deslocam o hipoblasto originando mais uma camada de células chamada ENDODERMA
intraembrionário. Neste mesmo estágio, o restante do epiblasto passa a ser chamado
de ECTODERMA intraembrionário. Assim, todas as células do epiblasto dão origem
às três camadas germinativas do embrião que são o primórdio de todos os tecidos e
órgãos. A partir da quarta semana, a linha primitiva diminui e se torna uma estrutura
insignificante no embrião, em geral, com o desenvolvimento do embrião, degenera e
desaparece.
25
UNIDADE I │ Introdução à Anatomia Humana
Figura 23.
26
Aparelhos
reprodutores e Unidade iI
renal
CAPÍTULO 1
Aparelho reprodutor feminino
»» vagina;
»» útero;
»» glândulas;
»» gônodas.
Genital externo
É constituído por vulva ou conjunto pudendo. A vulva constitui o conjunto de estruturas
que constituem a parte externa do órgão genital feminino.
»» monte púbico;
»» lábios maiores;
»» lábios menores.
27
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Monte púbico
Também conhecido por mote de vênus. É constituído é uma elevação na região mediana
da pelve localizada a frente da sínfise púbica. Nessa região, o tecido subcutâneo é rico
em gordura (tecido adiposo) e serve de coxim para minimizar o contato com o púbis
masculino durante o coito. Esse excesso de gordura tende a diminuir após a menopausa.
Figura 24.
Fonte: autor.
Os lábios maiores correspondem ao número (2) na figura abaixo. São duas pregas
de pele que delimitam entre si um espaço chamado de rima do pudendo (3). Após a
puberdade apresenta-se hiperpigmentado e coberto por pelos, embora as faces internas
apresentam-se lisas e sem pelos. Possuem inúmeras glândulas sebáceas.
Moore, Daley (2008) afirmam que os lábios maiores fornecem proteção para o clitóris,
óstio da uretra e óstio da vagina. Os lábios maiores se fundem anteriormente para
formar a comissura anterior (1).
Figura 25.
Fonte: autor.
28
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Os lábios menores são duas pregas da pele localizadas entre os lábios maiores. O espaço
entre os lábios menores é conhecido como vestíbulo vaginal e é o local onde se situam
o clitóris, o óstio externo da uretra, o óstio da vagina e os orifícios dos ductos das
glândulas vestibulares. No vivente, a pele que recobre os lábios menores é lisa, úmida
e vermelha. Essa região possui muitas glândulas sebáceas e terminações nervosas para
a sensibilidade.
Os pequenos lábios estão unidos anteriormente por uma pequena prega denominada
frênulo dos pequenos lábios ou forquilha.
Figura 26.
Fonte: autor.
1. Clitóris.
2. Vestíbulo da vagina.
A borda de cor escura abaixo do óstio externo da uretra, corresponde ao óstio externo
da vagina.
Clitóris
O termo clitóris tem origem etimológica incerta. Provavelmente venha do termo grego
Kleitorís que significa fechado. Por causa da sua posição, fechado entre os lábios maiores
da vulva.
29
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Figura 27.
1. Ângulo do clitóris.
2. Corpo do clitóris.
3. Glande do clitóris.
4. Ramo do clitóris.
Os bulbos do vestíbulo são duas massas de tecido erétil que contornam o óstio da vagina
e, por sua vez, são homólogos ao bulbo e ao corpo esponjoso do pênis, respectivamente.
Esse músculo, na mulher é uma espécie de esfíncter e, atuando com o bulbo do vestíbulo,
constringem o óstio externo da vagina.
30
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Músculo Bulboesponjoso:
O- Corpo do perínio.
N- Nervo pudendo.
Figura 28.
Fonte: autor.
Figura 29.
31
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
1. Bulbo do vestíbulo.
3. Uretra.
4. Glande do clitóris.
5. Ramo do clitóris.
Glândulas vestibulares
São responsáveis pela produção de um muco que umedecem o vestíbulo da vagina e os
lábios menores. Esse muco é produzido durante a excitação sexual.
Figura 30.
Fonte: autor.
32
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Vagina
A palavra vagina possivelmente tem sua origem etimológica no latim Vagina.
Gladius era um dos nomes populares que pessoas da época utilizavam para se referir ao
pênis, a vagina tornou-se, por analogia de encaixe, uma palavra popular para a genitália
feminina.
Duarte (2009) diz que a vagina é um tubo musculomembranáceo mediano que mede
em torno de 8cm de comprimento. Ela envolve parte do colo do útero, atravessa o
diafragma urogenital e termina no óstio externo da vagina, que fica na vulva.
Figura 31.
Fonte: autor.
1. Colo do útero.
2. Vagina.
33
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Funções:
Figura 32.
1. Colo do útero.
2. Vagina.
3. Fórnice da vagina.
4. Canal cervical.
34
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
No óstio esterno da vagina, encontra-se uma fina prega de túnica mucosa que o envolve.
Essa prega é rompida nas primeiras relações sexuais e corresponde ao hímen.
O termo hímen vem do grego Hymen que significa membrana. Na anatomia grega, a
palavra hímen não tinha significado especial, podendo nomear qualquer membrana,
como o pericárdio e peritônio. Vesálio em 1550 parece ter sido um dos primeiros
anatomista a usar o termo especificamente para a membrana que se situa no vestíbulo
da vagina.
»» Hímen septado.
Figura 33.
Útero
Poucos órgãos do corpo humano foram batizados com tantos nomes como o útero, quer
na linguagem médica, quer na popular.
»» Métra.
»» Hystéra.
»» Delphys.
35
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Melhor nome não poderia haver do que Métra para designar o órgão onde se forma
um novo ser. Métra deriva do indo-europeu mater, mãe, fonte e origem da vida. Métra
é encontrado em vários autores clássicos da antiguidade, como Heródoto e Platão.
Hipócrates também, dele se utilizou. Na terminologia médica atual temos diversas
palavras formadas com essa raiz grega, tais como metropatia, metrorragia, endométrio
e miométrio.
Hystéra é o termo que foi empregado mais vezes em escritos médicos sendo encontrado
em várias passagens dos livros de Hipócrates e Galeno. Chegou até aos nossos dias
em seus inúmeros derivados como histerectomia, histeroscopia, histerômetro e
histerossalpingografia.
Apesar da pluralidade de nomes que a medicina grega legou aos latinos para nomear
tão importante órgão, os romanos criaram mais um, uterus, que predomina na
nomenclatura anatômica. A etimologia da palavra uterus é incerta e admite-se uma
forma primitiva no indo-europeu, udero, com o sentido de ventre, que teria evoluído
para udaram, em sânscrito, hystéra, em grego, e uterus em latim.
Uma segunda hipótese aventada é que uterus derive de outra palavra latina, uter, que
quer dizer odre (recipiente de couro utilizado para guardar água ou vinho).
A palavra uterus foi inicialmente utilizada pelos romanos para designar apenas
o útero grávido, o qual lembraria um odre cheio de água pela presença do líquido
amniótico.
O útero é um órgão muscular liso, oco, ímpar e mediano. Possui o tamanho e a forma
de pera invertida e está situado na cavidade pélvica, no topo da bexiga urinária com seu
colo entre a bexiga e o reto. O útero é o local onde ocorre a gestação.
36
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Figura 34.
Fonte: autor.
1. Útero.
2. Vagina.
3. Bexiga urinária.
4. Reto.
5. Endométrio.
6. Miométrio.
7. Perimétrio.
Figura 35.
37
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
1. corpo;
2. colo.
Figura 36.
38
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Os óstios das tubas uterinas permitem o contato delas com o interior do útero.
1. intramural;
2. istmo;
3. ampola;
Figura 37.
39
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Glândulas endocervicais
Pela força da gravidade, é impossível o sêmen subir a parede do útero e chegar até as
tubas. Sem o líquido, os espermatozoides não podem se locomover.
Nesse caso, um grupo de glândulas localizadas no cérvix (colo) do útero produz e libera
no canal cervical um líquido viscoso cuja função inicial é se misturar ao sêmen e servir
de meio para locomoção dos espermatozoides. Muco cervical.
Figura 38.
Ovário
40
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
O ovário tem o formato de uma amêndoa e está situado na fossa ovárica, junto à parede
lateral da pelve.
O ovário produz os óvulos ainda na fase de gestação. Isso significa que a menina nasce
com todos os seus óvulos.
A extremidade distal do ovário está fixada na parede da pelve por meio do ligamento
suspensor do ovário.
Figura 39.
O óstio externo da vagina está envolvido por uma prega de túnica mucosa que
se rompe com as primeiras relações sexuais, Hímen.
41
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
O útero é um órgão oco do tamanho de uma fruta (pera). Recebe o embrião para
o desenvolvimento. Sua musculatura lisa é importante no parto.
O termo genital vem do latim Genitalis e significa o que gera, nascido, gerado.
Os órgãos genitais são responsáveis por gerar outro ser com as mesmas características
para a perpetuação da espécie.
Para tal, Duarte (2009) afirma ser necessário um macho com uma fêmea por meio de
seus órgãos reprodutores. Tanto o sistema reprodutor feminino quanto o masculino
possuem glândulas especializadas que produzem as células sexuais e ainda segregam
hormônios que são responsáveis pelas características sexuais.
O termo Gameta vem do grego Gamete e significa esposa ou marido. É uma analogia
em que um macho necessita de uma fêmea para gerar um novo ser da mesma espécie.
42
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Figura 40.
Fonte: autor.
Testículos
»» Pelos no rosto.
»» Força muscular.
»» Voz grave.
São algumas das características que o hormônio testosterona produzido nos testículos
fornece ao homem.
O termo gônoda vem do latim Gone e semente ou o que tem sementes. Devido à sua
função na produção dos gametas masculinos (espermatozoides).
43
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Os testículos são órgãos pares, ovoides, localizados no escroto. Cada testículo apresenta:
2 faces (lateral e medial), 2 margens (anterior e posterior) e 2 polos (superior e inferior).
Figura 41.
1. Face medial.
3. Margem anterior.
4. Margem posterior.
5. Polo superior.
6. Polo inferior.
1. Túnica albigínea.
2. Lóbulos cuneiformes.
3. Septos testiculares.
4. Túbulos seminíferos.
5. Rede testicular.
44
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Figura 42.
Fonte: autor.
Epidídimo
O termo deriva do grego Epi que significa sobre e Didymos que significa duplo ou em
dobro. O termo Didymos era usado para as gônadas de ambos os sexos e originalmente
significava duplo, ou gêmeos. Epi-didymos teria o sentido de “o que esta sobre os gêmeos”,
mas os médicos gregos sempre utilizaram a palavra para designar os testículos, desde
45
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
O epidídimo é uma estrutura em forma de letra C. Ele apresenta uma dilatação superior
denominada cabeça (1), uma porção intermediária denominada corpo (2) e uma porção
inferior mais estreita denominada cauda (3).
Figura 43.
Fonte: autor.
Escroto
O escroto é uma bolsa constituída por músculo e pele onde estão contidos os testículos,
epidídimo e a primeira porção dos ductos deferentes. Cada conjunto desses órgãos
(direito e esquerdo) ocupa um compartimento completamente separado, uma vez que
o escroto é subdividido cavidades denominadas septo do escroto.
46
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
O termo escroto deriva do latim Scrotum que significa pele ou couro. Na antiga Roma,
qualquer objeto feito de couro, especialmente ás bolsas penduradas no cinto recebiam
esse nome. Daí a bolsa que contém os testículos chamar-se de escroto.
Figura 44.
1. Pele.
2. Túnica dartos.
47
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Figura 45.
Guyton, Edward (2011) dizem que os dois testículos formam 120 milhões de
espermatozoides por dia. Quando o ambiente está frio, a temperatura dos testículos
tende a abaixar e com isso, pode comprometer a produção de espermatozoides.
Ducto deferente
O termo deferente vem do latim Deferre e significa depositar ou trazer para baixo.
O ducto deferente recebeu este nome do médico Jacopo Berengário da Carpi (1460 a
1530), renomado anatomista da escola pré-vesaliana.
No sentido de trazer para baixo, o termo deferente, estaria mal colocado, pois o ducto
deferente, inicialmente, conduz os espermatozoides para cima.
48
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
O ducto deferente é um longo e fino par de tubos com paredes espessas, o que permite
identificá-lo facilmente pela palpação. Apresenta-se como um cordão uniforme, liso e
duro, o que o distingue dos elementos que o cercam. Próximo à sua terminação, o ducto
deferente apresenta uma dilatação que recebe o nome de ampola do ducto deferente.
Figura 46. A imagem ilustra o trajeto do ducto deferente e a ampola dilatada próxima do reto.
Fonte: autor.
Guyton, Edward (2011) também informam que a maior parte dos espermatozoides
estão são armazenados no ducto deferente.
Funículo espermático
O funículo espermático estende-se da extremidade superior do testículo ao anel inguinal
profundo, local em que seus elementos tomam rumos diferentes. O funículo esquerdo
é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo
que o direito. Além do ducto deferente, ele é constituído por artérias, veias, linfáticos e
nervos. As artérias são em número de três:
1. artéria testicular;
3. artéria cremastérica.
49
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Aliás, é pela diferença no retorno venoso entre os testículos que o testículo esquerdo
posiciona-se mais inferior que o direito.
Figura 47.
Reparem na figura acima que a veia testicular esquerda drena o sangue do testículo
esquerdo para a veia renal esquerda.
A veia testicular direita drena o sangue do testículo direito para a veia cava inferior que
é muito larga e facilita a drenagem.
Isso quer dizer que, o retorno venoso do testículo esquerdo é menos eficiente em relação
ao lado direito e isso faz com que excesso de sangue fique armazenado no testículo
esquerdo tornando-o mais pesado que o direito e consequentemente, posicionando-se
mais inferiormente.
Canal inguinal
50
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Figura 48.
1. Funículo espermático.
2. Canal inguinal.
3. Músculo cremáster.
Glândula seminal
Todas as referências feitas a esse órgão relacionava-se com vesícula seminal.
Quando nos referimos à vesícula seminal, imaginamos que sua única função é armazenar
alguma coisa. Só que isso não é verdade.
Guyton, Edward (2011) afirmam que, as vesículas seminais produzem cerca de 60% do
líquido que compõem o sêmen.
Como a função do órgão é de produção, entende-se que o termo correto seja glândula.
Glândula Seminal.
51
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Figura 49.
Fonte: autor.
Próstata
A palavra próstata vem do grego Pros que significa antes e Sta que significa parar.
No grego antigo a palavra significava “um guarda que permanecia na frente”. A próstata
seria comparada a um guarda estacionado antes de algo como a próstata a frente da
bexiga.
Dângelo, Fattini (2000) afirmam que a próstata é um órgão fibromuscular que contém
glândulas em seu interior. Sua secreção confere odor característico do sêmen.
1. espermina;
2. espermidina;
3. cadaverina.
52
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Guyton, Edward (2011) dizem que a próstata produz cerca de 30% do líquido que
compõem o sêmen. Os outros 10 % restantes, são os próprios espermatozoides.
Figura 50.
Figura 51.
Fonte: autor.
53
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
1. Bexiga urinária.
2. Colículo seminal.
3. Utrículo prostático.
5. Dúctulos prostáticos.
6. Seio prostático.
O termo colículo vem do latim Colliculus que é o diminutivo de Collis e significa colina.
A definição de colina no dicionário de língua portuguesa é: pequena elevação de terreno.
Na uretra prostática, o colículo seminal é uma região levemente elevada e que contém
3 aberturas:
»» utrículo prostático.
O termo utrículo deriva do latim Utriculus que é diminutivo de Uterus e significa Útero.
É o pequeno útero. O utrículo prostático é uma pequena estrutura em forma de saco
que se abre no colículo seminal. Parece ser um órgão em involução.
Moore, Persaud (2008) afirmam ser esse órgão o homólogo (correspondente) da vagina.
O termo ducto vem do latim ductus e significa tubo. Dúctulo é o diminutivo de ductos.
Os dúctulos prostáticos são os orifícios dos pequenos tubos responsáveis por liberar
na uretra prostática os 30% do líquido seminal produzido pelas glândulas prostáticas.
Esses pequenos óstios se dispõem de cada lado da uretra onde se conhece por seio
prostático.
Uretra
O termo uretra vem do grego Ourethra e significa o que leva a urina. Em tempos remotos,
acreditou-se que a uretra, no homem, era um canal dividido em dois por um septo fino
longitudinal, em que uma parte transportaria urina e a outra, o sêmen.
54
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
»» sistema reprodutor;
»» sistema urinário.
A uretra masculina é cinco vezes maior que a uretra feminina (20 cm). É dividida em
três partes:
1. uretra prostática;
2. uretra membranácea;
3. uretra esponjosa.
Figura 52.
Fonte: autor.
55
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
O fluído prostático é levemente alcalino e acredita-se que isso seja uma defesa do
organismo, pois o líquido produzido nas glândulas seminais é ácido (ácido cítrico) e
sabe-se que os espermatozoides são sensíveis à acidez. O líquido prostático minimiza
a acidez potencializando e fertilidade masculina. Essa proteção acompanha os
espermatozoides até a vagina.
Como a uretra participa do sistema urinário, torna-se ácida. Essa acidez compromete o
desempenho reprodutivo. Durante a ejaculação há baixa no número de espermatozoides
e a fecundação estaria prejudicada.
Para resolver esse problema existe um par de glândulas as quais conhecemos por
glândula bulbouretral. Essas glândulas com tamanho de uma ervilha estão em uma
posição posterolateral à uretra membranácea. Os ductos das glândulas bulbouretrais
passam por meio da fáscia inferior do músculo esfíncter da uretra e se abrem em
pequenas aberturas na porção proximal da uretra esponjosa.
Figura 53.
Fonte: autor.
»» Qual a resposta?
56
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
A uretra nesse caso está repleta de espermatozoides residuais que não saíram. Pois
bem, nesse caso, se o homem tiver nova relação sexual, o líquido pré-ejaculatório pode
levar de carona alguns espermatozoides e o que era impossível torna-se possível.
Pênis
É o órgão de cópula masculino.
A palavra cópula significa ligação. O pênis é o órgão responsável por ligar o aparelho
reprodutor masculino ao aparelho reprodutor feminino. Seu formato de bastão permite
liberar o sêmen o mais próximo possível do colo do útero. Isso potencializa a chance de
fertilização.
1. raiz;
2. parte livre.
A raiz está fixada nos ossos púbis por meio do bulbo do pênis.
Figura 54.
Fonte: autor.
57
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Ambos os corpos são caracterizados pelas lacunas que hora estão preenchidas por
sangue, hora estão vazias. Essas condições permitem ao pênis estar em ereção ou em
repouso respectivamente.
Figura 55.
Fonte: autor.
As lacunas são preenchidas por sangue e isso torna o pênis rígido. Seu tamanho e
volume aumentam e essa condição é de extrema importância para conseguir penetrar
na vagina durante o ato sexual.
O pênis está envolvido por uma membrana cutânea muito fina e elástica denominada
prepúcio. Em alguns casos, o prepúcio está aderido á glande do pênis. Essa condição
é conhecida por fimose. Dependendo do caso resolve-se com exercícios. Em casos
extremos, faz-se uma cirurgia de circuncisão para liberar a glande.
Figura 56.
58
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Ejaculação
Através de peristaltismo, esse líquido e enviado até a próstata pelo ducto ejaculatório.
Na próstata, recebe os outro 30% restante para a formação do sêmen. A partir daí, o
sêmen está pronto.
A glândula seminal produz 60% do líquido que compõe o sêmen, além de nutrir
os espermatozoides.
59
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Sistema urinário
A palavra urina é um termo latim que se refere ao líquido produzido pelos rins.
É, portanto, uma forma de excreção de resíduos que não são importantes para o
organismo. Trata-se de uma filtragem, onde são eliminados as substâncias tóxicas e
os excessos. O líquido urina, é o que dá filtragem, sanguínea e do seu conteúdo não
se aproveita nada. Cerca de 95% dela é água e os 5% restantes são uma mistura de
substâncias (DUARTE 2009).
Nesse capítulo, estudaremos os órgãos que formão o sistema urinário, suas características
e funcionamento.
1. rins;
2. ureteres;
3. bexiga urinária;
4. uretra.
Rim
A palavra rim vem do latim rem e refere-se ao órgão formador de urina. Órgão par
localizados na região superoposterior da cavidade abdominal, atrás do peritônio
parietal. Os rins, assim como o pâncreas são órgãos retroperitoneais. Estão ao lado
da coluna vertebral sendo que o rim direito ocupa uma posição mais inferior que o
rim esquerdo pela presença do fígado à direita. Estão na altura das costelas flutuantes,
tendo elas como protetoras das extremidades superiores.
60
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Figura 57.
Figura 58.
Fonte: autor.
»» lateral;
»» medial;
»» polo superior;
»» polo inferior.
61
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Figura 59.
Fonte: autor.
Examinando uma das metades encontramos uma parte à periferia do órgão denominada
córtex renal. O córtex renal se projeta em uma parte central com formas de colunas
denominada medula renal.
Figura 60.
Fonte: autor.
62
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
A medula renal compreende as colunas renais cuja forma condiz com o nome, e
estruturas de forma triangular denominadas pirâmides renais.
Figura 61.
Fonte: autor.
Corte coronal do rim direito. Circulado em verde, a união dos ápices das pirâmides
renais com os cálices renais menores. A seta aponta para o ápice da pirâmide renal
também conhecida por papila renal.
Os cálices renais menores têm a forma de taça que serve de encaixe para o ápice da
pirâmide renal (papila renal).
Os 3 cálices renais menores seguem para se juntar em tubos coletores maiores que são
os cálices renais maiores. De um modo geral, três cálices renais maiores se encontram
para formar a pelve renal. Portanto, a pelve renal compreende uma estrutura em forma
de taça resultante da união dos cálices renais maiores.
63
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Figura 62.
2. Pelve renal.
3. Ureter.
Podemos ainda dizer que a pelve renal é a extremidade superior dilatada do ureter com
função de captação da urina produzida nos tecidos internos dos rins.
1. porção abdominal;
2. porção pélvica.
64
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Duarte (2009) mostra que no seu trajeto, o ureter encontra-se estreitado em 3 locais:
Figura 63.
Vascularização do rim
Os rins são nutridos pelas artérias renais que são os ramos da artéria aorta abdominal.
Estão logo abaixo da artéria mesentérica inferior. Nos rins, as artérias desempenham a
mesma função nutricional que ocorre em todos os órgãos, mas também são responsáveis
por manter pressurizados os órgãos responsáveis pela filtragem, os néfrons.
65
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
1. seguimento superior;
2. seguimento anterossuperior;
3. seguimento anteroinferior;
4. seguimento inferior;
5. seguimento posterior.
Figura 64.
Fonte: autor.
66
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Figura 65.
Fonte: autor.
Cada artéria segmentar fornece uma artéria lobar para cada pirâmide renal.
Cada artéria lobar fornece de 2 a 3 artérias interlobares que correm entre as pirâmides.
Ramos das artérias arqueadas e algumas artérias interlobares passam para o córtex
renal e dessas artérias saem as arteríolas que irão se enovelar para formar o glomérulo.
Figura 66.
67
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
1. Artéria lobar.
2. Artéria interlobar.
3. Artéria arqueada.
4. Arteríola.
Formação da urina
Trata-se dos néfrons. A palavra néfron vem do grego Nephros e significa rim. Hoje o
significado é limitado à de uma unidade do rim.
Os néfrons estão localizados no córtex renal, porém partes podem se direcionar para a
medula renal é o caso da alça de Henle e ducto coletor.
Guyton, Edward (2011) afirmam que cada rim contém cerca de 1 milhão de néfrons e
cada um deles é capaz de produzir urina. Ainda afirmam que os rins não regeneram
néfrons, por isso há declínio de atividade renal com o envelhecimento.
Figura 67.
68
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Guyton, Edward (2011) afirmam que a pressão glomerular é de 60mmHg. Por essa
pressão, o líquido do sangue é eliminado da circulação arterial e segue para uma parte
do néfron denominada cápsula de Bowman.
O glomérulo está envolvido pela cápsula de Bowman que recebe o líquido proveniente
do primeiro processo da filtragem que recebe o nome de filtrado sanguíneo.
É importante ressaltar que o filtrado sanguíneo contém restos celulares e toxinas, mas
também têm nutrientes importantes para o organismo.
Figura 68.
O filtrado sanguíneo passa do glomérulo para a cápsula de bowman por pressão arterial.
Da cápsula de Bowman, o filtrado sanguíneo segue para o túbulo contorcido proximal
antes de entrar na alça de Henle.
69
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Figura 69.
1. Arteríola.
2. Glomérulo.
3. Cápsula de bowman.
5. Alça de Henle.
7. Ducto coletor.
A parte mais escura da alça de Henle está situada na pirâmide renal juntamente com
o ducto coletor. O glomérulo, a cápsula de bowman, o túbulo contorcido proximal e o
túbulo contorcido distal ficam no córtex renal como ilustra a imagem a seguir.
70
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Figura 70.
Como já foi mencionado, o filtrado sanguíneo apresenta substâncias tóxicas como a ureia,
mas também contem sais e principalmente glicose. Esses nutrientes são importantes
para o funcionamento do organismo e não devem ser eliminados. Então ocorre a outra
etapa do processo de filtragem sanguínea que é a reabsorção dos nutrientes e água na
alça de Henle e túbulos contorcidos distais. O que não foi reabsorvido segue para os
cálices renais menores com o nome de urina.
Então, a urina produzida pelos néfrons é coletada pelos cálices renais menores, segue
para os cálices renais maiores, para a pelve renal e por fim para o ureter que tem a
importância de enviar a urina para ser armazenada até o momento da micção.
Bexiga urinária
A bexiga urinária é uma bolsa situada sobre o osso púbis, na cavidade pélvica, onde fica
armazenada temporariamente a urina.
Moore, Daley (2008) dizem que a bexiga é uma víscera oca constituída por músculo liso
e tendo grande distensibilidade. Segundo os autores a posição, tamanho e formas da
bexiga variam de acordo com condições tais como:
»» cheia;
»» vazia.
71
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Duarte (2009) diz que a capacidade normal de armazenamento varia em torno de 300
a 400 ml. Porém a bexiga pode suportar até o dobro do volume.
Figura 71.
72
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Guyton, Edward (2011) dizem que a contração do músculo detrusor aumenta a pressão
interna da bexiga para 40 a 60 mmHg.
1. superior;
2. inferolaterais;
3. posterior;
4. ápice;
5. colo;
6. uretra.
Figura 72.
Figura 73.
Fonte: autor.
73
UNIDADE II │ Aparelhos reprodutores e renal
Figura 74.
Fonte: autor.
O termo esfíncter vem do latim e significa amarrado, exatamente sua função comprimir
a uretra e evitar seu esvaziamento.
Figura 75.
74
Aparelhos reprodutores e renal │ UNIDADE II
Uretra
A uretra é um tubo muscular liso, e como os demais tubos, é revestido por mucosa.
É por meio da uretra que a urina chega ao meio externo.
A uretra masculina também pertence ao sistema reprodutor e será discutida com mais
detalhes no aparelho reprodutor masculino.
A medula renal compreende as colunas renais cuja forma condiz com o nome, e
estruturas de forma triangular denominadas pirâmides renais.
A bexiga urinária é uma bolsa situada sobre o osso púbis, na cavidade pélvica,
onde fica armazenada temporariamente a urina.
75
Anatomia
do Sistema Unidade iII
Circulatório
Capítulo 1
Conceitos gerais
O sistema circulatório é formado pelo coração, veias e artérias, sangue, vasos linfáticos
e linfa. Não está sob o domínio do SNC, embora este consiga exercer sua influência
sobre tal. Sua principal função é manter nutridos os tecidos do corpo humano,
principalmente com O². As artérias e veias conduzem o sangue para o corpo e para o
coração respectivamente, a fim de manter uma circulação literal do sangue, onde este
passa por diversas fases dependendo da concentração de gases.
Sangue
Em uma analogia com o motor do carro, podemos dizer que o combustível da célula é
o carboidrato. Assim como o motor do automóvel, as células animais necessitam de O²
para realizarem suas atividades e como resultado final, tem-se o CO². Diferentemente
do carro, o CO² é liberado na circulação sanguínea que segue para os pulmões para ser
eliminado na expiração. Essa via indireta de circulação de gases é exclusiva de animais
superiores e difere da condução direta nos automóveis e seres unicelulares.
76
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Como observamos, o corpo humano produz muito CO² que por sua vez precisa ser
eliminado por ser tóxico, nesse caso o grande responsável pela condução dos gases é o
sangue.
Figura 76.
Fonte: autor.
Guyton, Edward (2011) afirmam que o homem tem entre 5 e 6 litros de sangue circulante.
Embora os tipos de sangue apresentem as mesmas características, diferem entre si pela
presença de proteínas em sua molécula as quais chamamos por aglutinogênios.
Dois aglutinogênios estão presentes nas hemácias e são bastante conhecidos pela
determinação na tipagem sanguínea.
Coração
77
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
Duarte (2009) define o coração como um órgão muscular oco que age como uma bomba
contrátil, aspirante e propulsora de sangue e que desempenha importante papel na
dinâmica da circulação sanguínea.
Moore, Dalley (2008) aponta o coração como uma bomba dupla e independentes
porém, funcionam simultaneamente. A bomba direita bombeia o sangue venoso para
os pulmões, enquanto que a bomba esquerda bombeia o sangue para arterial para os
órgãos periféricos.
O coração é constituído por músculo revestido por dentro e por fora por tecido
conjuntivo. Tem mais ou menos o tamanho de sua mão fechada e se levar a mão à frente
do osso esterno, temos uma ideia de sua posição no tórax.
Figura 77.
Fonte: autor.
Santos, Toscano, Vidsiunas (2009) relatam que o coração é o órgão central do sistema
circulatório e bombeia todo o sangue para as partes do corpo em cerca de 1 minuto.
Localização do coração
O coração está inserido na caixa torácica atrás do osso esterno e entre os pulmões, em
uma região conhecida por mediastino. Sua maior porção encontra-se do lado esquerdo
do plano mediano.
Dangelo, Fatinni (2000) afirmaram que o coração se dispõe obliquamente de modo que
sua base (superoposterior) é medial e seu ápice (anteroinferior) é lateral.
78
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
E uma visão lateral, vemos a base posicionada posteriormente, enquanto que o ápice
está posicionado anteriormente.
Figura 78.
Figura 79.
79
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
Figura 80.
Células cardíacas
O termo sincício significa células que se fundem formando uma única massa
citoplasmática multinucleada. Refere-se às células que fazem a mesma função
simultaneamente como se fossem uma única e grande célula.
Graças aos discos intercalares, exclusivos do coração, as células musculares são excitadas
ao mesmo tempo. Com essa contração simultânea, há a diminuição macroscópica das
câmaras cardíacas suficiente para ejetar o sangue de seu interior.
80
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Figura 81.
Fonte: autor.
Figura 82.
O Número 1 ilustra o coração com suas células em repouso. Observe o volume dos
ventrículos.
O número 2 ilustra o coração com suas células contraídas. Como todas se contraem ao
mesmo tempo, há uma diminuição significativa das câmaras cardíacas. Dessa forma, o
coração consegue bombear o sangue.
Tecidos cardíacos
81
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
Figura 83.
Fonte: autor.
Localização do coração
O coração está localizado no espaço entre os pulmões ao qual conhecemos por
mediastino.
Figura 84.
82
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Formação interna
O coração é dividido em lados direito e esquerdo por uma parede denominada septo
cardíaco. O septo cardíaco é dividido em:
Figura 85.
Fonte: autor.
O coração é dividido em partes superior e inferior por uma parede denominada septo
atrioventricular. Assim temos:
Figura 86.
Fonte: autor.
83
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
Esqueleto cardíaco
Figura 87.
Câmaras cardíacas
Duarte (2009) define o coração como um órgão muscular oco. A palavra oco refere-se à
cavidades vazias. No interior do coração encontramos quatro cavidades vazias as quais
conhecemos por:
84
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
»» Átrios: superiores.
»» Ventrículos: inferiores.
Figura 88.
Fonte: autor.
Átrios
A palavra átrio vem do termo latim atrium que significa sala íntima. Nas casas romanas,
o atrium era o maior dos aposentos com lareira num dos cantos. É equivalente à suíte
das casas contemporâneas.
Existem 2 átrios:
»» 1 átrio direito;
»» 1 átrio esquerdo.
Átrio direito
Souza (2010) diz que o átrio direito é uma câmara quadrangular e posiciona-se
anteriormente ao átrio esquerdo do lado direito do tórax. Recebe o sangue venoso que
85
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
chega de todas as partes do corpo pelas veias cavas superior e inferior e envia para o
ventrículo D.
São:
Figura 89.
Átrio esquerdo
São:
86
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Figura 90.
Aurículas
Dangelo, Fatinni (2000) falam das aurículas como um apêndice externo que se
assemelha a orelha de animal. O nome aurícula deriva do termo latim auricula que é
diminutivo de auris e significa orelha externa.
Figura 91.
87
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
A aurícula D projeta-se para a esquerda a partir da parte anterior mais alta do átrio
direito, sobrepondo-se ao lado direito da parte ascendente da aorta. Assim como no
átrio D a aurícula direita apresenta muitos músculos pectíneos.
A aurícula E é mais longa e estreita que a direita. Curva-se para frente à esquerda do
tronco pulmonar, sobrepondo-se a sua raiz. Diferente do átrio E a aurícula E possui
poucos músculos pectíneos.
Ventrículos
Ventrículo direito
Ventrículo esquerdo
O ventrículo E se comunica com o átrio E por meio da válvula (valva) bicúspide e com
a artéria aorta através da válvula (valva) aórtica. É a principal câmara cardíaca devido
sua função de enviar sangue para todas as partes do corpo por meio da artéria aorta e
suas ramificações.
Válvulas cardíacas
88
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Figura 92.
1. valva bicúspide;
2. valva tricúspide.
Valva tricúspide
Corda tendínea
Moore, Dalley (2008) dizem que a valva tricúspide possui 3 cordas tendíneas e 3
músculos papilares. A valva bicúspide possui 2 cordas tendíneas e 2 músculos papilares.
As cordas tendíneas são constituídas por tecido conjuntivo fibroso. Estão ligadas às
membranas cúspides das valvas atrioventriculares e aos músculos papilares. Esse
conjunto suporta a pressão desenvolvida no interior dos ventrículos, principalmente o
89
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
esquerdo, onde a pressão pode estar aumentada por fatores intrínsecos e extrínsecos.
Elas reforçam as valvas impossibilitando o refluxo de sangue.
Figura 93.
Valva pulmonar
Moore, Dalley (2008) dizem que a valva pulmonar apresenta 3 válvulas semilunares em
que se projetam no interior da artéria tronco pulmonar na sístole. Quando o ventrículo
D está em relaxamento (diástole) o sangue no interior da artéria força o movimento
oposto das válvulas enchendo seus compartimentos (seios) que se assemelham a bolsas,
vedando completamente o óstio do ventrículo.
Valva aórtica
Essa importante válvula é muito semelhante à valva pulmonar inclusive em seu
funcionamento. Esta se abre na sístole do ventrículo E permitindo o envio de sangue
arterial para todas as partes do corpo. Também controla o fluxo sanguíneo para as
artérias coronárias.
Figura 94.
Fonte: autor.
90
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Diástole
A diástole é o momento em que a câmara está se enchendo de sangue. Pode-se dizer
que nesse momento está em repouso (sem contração). Na figura a seguir, é possível
visualizar as valvas tricúspide e mitral abertas e a dilatação dos ventrículos, típicas da
diástole.
Figura 95.
Sístole
A sístole é o momento em que a câmara, cheia, se contrai provocando a expulsão do
sangue de seu interior. Pode-se dizer que nesse momento está em plena contração.
Através da sístole, o ventrículo D envia o sangue venoso aos pulmões.
Através da sístole, o ventrículo E envia o sangue arterial para todas as partes do corpo.
Figura 96.
91
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
Artérias
Dangelo, Fatinni (2000) dizem que artérias são tubos cilíndricos e elásticos por onde o
sangue transita por pressão exercida pelos ventrículos.
Duarte (2009) diz que artéria é um vaso sanguíneo que está situado no plano profundo
e pode passar sangue arterial ou sangue venoso.
De acordo com o calibre da artéria, pode ser classificada como artéria de grande, médio
e pequeno porte e arteríolas. A artéria aorta é exemplo clássico de artéria de grande
calibre enquanto que as arteríolas correspondem às extremidades distais do trajeto
arterial.
Todo sangue que sai do coração sai por intermédio de artérias, e todo sangue que chega
ao coração chega por intermédio de veias.
Artérias coronárias
As artérias coronárias, como indicado por seus nomes, formam uma coroa invertida.
São os primeiros ramos da artéria aorta logo após a valva aórtica. As artérias coronárias
são responsáveis por nutrir o miocárdio e o pericárdio. Nutrem tanto átrios como
ventrículos.
São 2:
A artéria coronária D origina-se a partir do seio anterior da artéria aorta. Ela passa
para o lado direito entre a aurícula direita e a artéria troncopulmonar. Alcança o sulco
atrioventricular, desce verticalmente e em seguida curva-se em torno dela continuando
na parte posterior do sulco coronário até a cruz do coração.
92
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Figura 97.
Capilar sanguíneo
Dangelo, Fattini (2000) sugerem que os capilares sanguíneos estão em todos os órgãos
e tecidos com exceção de epiderme, cartilagem hialina e córnea.
Figura 98.
93
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
Pequena circulação
Também conhecida por circulação pulmonar. É responsável por enviar o sangue venoso
aos pulmões através das artérias pulmonares.
Essa circulação inicia no ventrículo D. Após sua contração (sístole) o sangue vence
a valva pulmonar e chega até a artéria troncopulmonar. Essa artéria se divide em 2
artérias pulmonares D e E que vão levar o sangue venoso aos pulmões para hematose
(troca gasosa). Feito a troca (hematose) o sangue retorna para o átrio D através de 4
veias; 2 veias pulmonares direitas e 2 veias pulmonares esquerdas.
Obs.: a única exceção, onde uma artéria conduz sangue venoso, é nas artérias
pulmonares.
A única exceção, onde uma veia conduz sangue arterial, é nas veias pulmonares.
Se complicar, lembrem-se de que o sangue chega ao coração por veias e sai do coração
por artérias independente do tipo de sangue.
Figura 99.
Grande circulação
Também conhecida por circulação sistêmica. É responsável por enviar sangue arterial
para a rede de capilares existentes nos diversos órgãos e tecidos do corpo humano.
Tem seu início no ventrículo E. Através de sua contração (sístole) o sangue arterial
vence a valva aórtica e alcança a artéria aorta.
94
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Na aorta, o sangue segue pelas ramificações arteriais até chegar á rede de capilares
sanguíneos. Após a troca gasosa (perfusão) com os tecidos, o sangue chega até a
circulação venosa, que através das contrações musculares associadas ao funcionamento
das válvulas venosas conduzem o sangue venoso até o átrio D onde termina a grande
circulação.
Figura 100.
Fonte: autor.
Chamamos de Nódulo Sinu Atrial ou Nodo Sinu Atrial ou ainda Nó Sinusal. Todos estes
nomes referem-se ao conjunto de células especializadas em gerar estímulos elétricos.
O Nodo Sinu Atrial localiza-se no átrio direito próximo à junção com a veia cava superior.
É o marcapassos fisiológico do coração. Sua grande característica é gerar eletricidade
espontaneamente sem a intervenção de neurônios (COSTANZO, 2007).
Esse sinal se beneficia da histologia cardíaca para propagar seu sinal instantaneamente
para todas as fibras ao mesmo tempo fazendo com que o tecido cardíaco atue como
sincício.
95
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
Figura 101 Tum, tum! Tum, tum! Tum, tum! Tum, tum! Tum, tum!
O sinal gerado no Nodo Sinu Atrial é retardado pelo Nodo Atrioventricular para haver
o sincronismo de contração e enchimento dos ventrículos. Só então, o sinal é liberado
para determinar a contração dos ventrículos.
O sinal liberado pelo Nodo Atrioventricular segue para os 2 ventrículos através dos
feixes de His direito e esquerdo e atuam sobre o miocárdio ventricular através das
células Purkinje.
Figura 102.
96
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Artérias do tronco
Figura 103.
»» Artéria subclávia E.
97
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
Em sua parte descendente é dividida em aorta torácica e aorta abdominal pelo hiato
aórtico (músculo diafragma) logo acima da artéria tronco celíaco.
»» artérias renais;
»» artérias gonodais;
As artérias carótidas comuns são responsáveis por nutrir a região de pescoço e cabeça.
A artéria tronco celíaco é um ramo que dá origem à artéria gástrica E, artéria esplênica
e artéria hepática comum.
As artérias gonodais.
As artérias ilíacas comuns são ramos da aorta abdominal. Logo após sua origem nascem
as artérias ilíacas interna e externa.
98
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Figura 104.
3. Artéria cerebral média: nutre a região lateral dos lobos frontal e parietal,
além do lobo temporal e núcleos da base.
99
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
As artérias subclávias conduzem o sangue até os membros superiores. Ela passa pela
região axilar e muda de nome (artéria axilar) que segue para o braço com outro nome
(artéria braquial) até se dividir, na altura do cotovelo em; artéria radial e artéria ulnar.
Figura 105.
100
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
A artéria ilíaca externa conduz o sangue até a região da coxa onde passam a se chamar
artéria femoral superficial. Paralela a essa tem a artéria femoral profunda.
A artéria femoral superficial passa pela região posterior do joelho e passa a se chamar
artéria poplítea. Pouco abaixo do joelho a artéria poplítea dá origem à 3 artérias: 2
artérias tibiais e uma artéria fibular.
Figura 106.
101
UNIDADE III │ Anatomia do Sistema Circulatório
Duarte (2009) a veia, também é um tipo de vaso sanguíneo que está situada no plano
superficial e profundo por onde passa o sangue venoso e o sangue arterial. Elas são
mais numerosas. No plano profundo dos membros encontramos geralmente duas veias
para uma artéria.
Figura 107.
102
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
Figura 108.
3. Veia braquiocefálica E.
4. Veia subclávia E.
5. Veia cefálica.
6. Veia basílica.
O coração é um órgão oco com a forma e tamanho de sua mão fechada. Está
localizado no espaço entre os pulmões (mediastino).
104
Anatomia do Sistema Circulatório │ UNIDADE III
105
Anatomia
do Sistema Unidade iV
Digestório
Capítulo 1
Conceitos gerais
Características iniciais
A palavra ‘digestivo’ foi, por muito tempo, empregada para se referir ao sistema cuja
função é extrair os nutrientes dos alimentos a partir do fenômeno da digestão. Acontece
que o significado da palavra digestivo é: o que facilita a digestão.
Na verdade esse sistema não facilita a digestão, e sim realiza a digestão. Por isso, o
termo digestivo foi substituído pelo termo digestório que significa: o que tem o
poder de digerir.
Não é difícil encontrar uma ou outra pessoa se referindo ao sistema como digestivo, pois
estudaram há algum tempo e não tiveram a informação da atualização da terminologia
empregada. Para essas pessoas, devemos explicar com muita calma e serenidade tudo
o que foi mencionado aqui para que estejam atuais no que diz respeito à terminologia
anatômica.
»» preensão;
»» mastigação;
»» deglutição;
»» digestão;
106
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
»» absorção;
»» eliminação.
Preensão
Esses dentes são responsáveis por cortar o alimento para que parte dele fique no interior
da boca no que consiste o fenômeno da preensão. Os dentes incisivos serão estudados
em conjunto nos próximos capítulos.
Mastigação
A palavra deriva do verbo mastigar que significa; triturar com os dentes. Após o
alimento estar no interior da boca, inicia-se a trituração mecânica do alimento que é
feita pelos dentes pré-molares e molares como um pilão. A língua tem importante papel
na mastigação movendo o alimento no interior da boca. Assim o alimento pode ser
triturado (mastigado) igualmente em todas as partes.
Deglutição
Digestão
107
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Figura 109.
Fonte: autor.
Absorção
Eliminação
Após todo o percurso no aparelho digestório, o restante é armazenado no reto para ser
eliminado no ato da evacuação.
Boca
Ou cavidade oral. O termo boca vem do latim Bucca que por sua vez veio do hebreu
Bukkah que tinha o sentido de vazio ou oco. A boca é a primeira porção do canal alimentar
comunicando-se anteriormente com o meio externo por meio da rima bucal (lábios),
posteriormente com a orofaringe através de uma região estreita denominada istmo das
fauces, lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato e inferiormente pelo
assoalho da boca (DÂNGELO, FATTINI, 2000).
»» vestíbulo da boca;
Vestíbulo da boca
108
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Figura 110.
Fonte: autor.
Lábios
O termo rima bucal também refere-se aos lábios. Esse termo aplicasse ao intervalo
entre margens opostas assim como nos lábios e pálpebras.
É sabido pelos profissionais da saúde que o tecido que reveste o organismo internamente
é a mucosa. Parte dessa mucosa tem contato com o meio externo, é o caso da mucosa
externa dos lábios. Se prestar atenção verá que os lábios não apresentam a mesma
textura ou cor da pele.
Figura 111.
109
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
1. Lábio superior.
2. Lábio inferior.
3. Ângulo da boca.
O termo fauces vem do latim e significa passagem estreita. A palavra no singular foi
atribuída à passagem da boca para a faringe. Trata-se de uma estreita abertura por
onde a boca se comunica (posteriormente) com a orofaringe. É a transição entre a boca
e a garganta.
»» palatoglosso;
»» palatofaríngeo.
Músculo palatoglosso:
O ─ Aponeurose palatina.
I ─ Lado da língua.
Músculo palatofaríngeo:
110
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Figura 112.
Fonte: autor.
1. Úvula palatina.
2. Arco palatoglosso.
3. Arco palatofaríngeo.
O termo úvula vem do latim e é o diminutivo da fruta uva (uvinha). A úvula palatina
possui nomes populares como sininho ou campainha e suas funções estão relacionadas
com a fonação e serve de sinalizador durante a deglutição. Se tentar engolir um alimento
grande, esse pode se prender na laringofaringe e obstruir as vias aéreas levando a pessoa
à morte. Como não se pode correr esse risco, o organismo desenvolveu sensores na
úvula enviam sinais ao Sistema Nervoso Autônomo que responde golfando (expelindo)
o alimento, como mecanismo de defesa.
Bochechas
O termo bochecha deriva do termo italiano boccia que significa bola. Acredita-se que
pela forma que adquire quando a boca está cheia.
111
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
As bochechas correspondem aos limites laterais da boca. Cada bochecha é formada por
1 músculo bucinador.
Músculo bucinador.
O ─ Mandíbula e Maxila.
I ─ Ângulo da boca.
N ─ N. Facial.
Figura 113.
Palato
Anatomistas gregos o referiam como diaphargma oris (diafragma oral). Sua origem
etimológica é incerta, mas pode estar relacionada com a palavra latina palatium
(palácio). É conhecido popularmente por céu da boca. Divide-se em duas partes:
»» palato duro;
»» palato mole.
Palato duro é formado pelos dois ossos maxilares articulados pela sutura palatina
mediana, além dos 2 ossos palatinos articulados com os maxilares pela sutura palatina
transversa. Tudo isso está revestido por túnica mucosa.
112
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Figura 114.
1. Ossos maxilares.
2. Ossos palatinos.
O palato mole é o 1/3 posterior do palato sem esqueleto ósseo. Serve de esqueleto para
o palato mole a aponeurose palatina. O palato mole segue posteroinferiormente com
margem curva e livre para formar a úvula palatina.
Figura 115.
Fonte: autor.
113
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Assoalho da boca
Saliva
Guyton (2011) diz que a produção média de saliva é de 1L. É constituída por ptialina
(enzima digestiva) e mucina (lubrificação e proteção das superfícies).
São glândulas exócrinas (liberam seu produto no meio externo) que produzem a saliva
e a liberam no interior da boca através de ductos. Essas glândulas são divididas em 3
pares.
»» glândula Parótida;
»» glândula Sublingual.
»» glândula submandibular.
Glândula parótida
É a maior de todas as glândulas salivares e a que mais produz saliva. Localiza-se entre o
ramo da mandíbula e o processo estiloide do osso temporal. Libera a saliva no interior
da boca pelo ducto parotídeo atravessando o músculo Bucinador.
114
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Figura 116.
1. Glândula parótida.
Figura 117.
Fonte: autor.
Dentes
Órgãos rijos, esbranquiçados que são fixados aos alvéolos dentários de maxila e
mandíbula. São importantes no processo de preensão e mastigação dos alimentos.
Figura 118.
Dentes permanentes
116
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
»» 4 dentes incisivos;
»» 2 caninos;
»» 4 pré-molares;
»» 6 molares.
Dentes incisivos
Esses dentes são responsáveis por cortar o alimento para que parte dele fique no interior
da boca no que consiste o fenômeno da preensão. Considerando apenas uma arcada
dentária encontramos 2 incisivos anteriores e 2 incisivos laterais.
Perceba que a posição dos dentes incisivos da arcada superior encontra-se pouco à
frente dos dentes da arcada inferior. Essa posição permite que os dentes incisivos das 2
arcadas atuem como uma tesoura, cortando os alimentos.
Dentes caninos
São os dentes pontiagudos localizados logo atrás dos incisivos. Diz-se dá função de
perfurar a carne tornando-a mais macia e fácil de triturar. Função semelhante dos
martelos de carnes utilizado nas cozinhas.
Pré-molares e molares
O termo molar vem do latim mó que significa pedra de moinho utilizada para moer
grãos exatamente como a função dos dentes molares.
Esses dentes juntos formam uma sequência de 10 dentes em cada arcada. Somados,
tem-se 20 dentes especializados em triturar (moer) os alimentos.
117
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Figura 119.
Fonte: autor.
Obs.: chamamos a atenção para 4 dentes que normalmente nascem entre os 17 e 25 anos
e são chamados de dentes do juízo, muito provavelmente pelo momento de transição
da adolescência para a fase adulta o que requer mudanças de comportamento. São
chamados também por dentes do siso palavra que deriva do latim sensos e que tem o
mesmo sentido de juízo ou bom senso. São os terceiros molares. Esses dentes estão em
involução e acredita-se que em um futuro próximo nasceremos sem eles. Se você não
os tem, não se assuste.
Língua
A língua é um órgão móvel que pode assumir uma variedade de formas e tamanho.
Parte da língua está contida na boca e parte está contida na faringe.
Moore, Daley (2008) afirmam que a língua é o principal órgão do sentido do paladar e
tem importância na fonação (fala), além de auxiliar na mastigação, deglutição e limpeza
da boca (lábios).
»» raiz;
»» dorso;
»» ápice.
118
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Figura 120.
Na língua encontramos as papilas linguais (gustativas) que são os sensores que captam
a química dos alimentos que serão interpretadas como sabor pelo cérebro.
Figura 121.
119
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Faringe
É um tubo muscular que pertence tanto ao sistema respiratório (passa ar) quanto ao
sistema digestório (passa o bolo alimentar).
Figura 122.
Fonte: autor.
Laringe
120
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Figura 123.
Fonte: autor.
Esôfago
Tubo muscular liso revestido por mucosa. Tem seu início na laringofaringe, passa pela
região torácica e termina no estômago após passar pelo músculo diafragma.
121
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Em sua extremidade distal apresenta uma válvula que impede o refluxo do bolo
alimentar (m. esfíncter esofágico).
1. Esôfago cervical.
Figura 124.
O esôfago conduz o bolo alimentar até o estômago por meio de contrações de sua
musculatura lisa conhecida por peristaltismo (movimentos peristálticos).
Deglutição
122
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
hioide está intimamente ligado à laringe, essa também se eleva fechando seu ádito
através da epiglote.
A pós o bolo alimentar ser encaminhado para o esôfago é preciso abrir o ádito da
laringe para a respiração ser ativada novamente. Para isso, músculos originados na
escápula e osso esterno e inseridos no osso hioide abaixam a laringe (mm. Omoioideo
e esternoioideo).
Figura 125.
Estômago
É uma dilatação do canal alimentar que se estende para os intestinos. É constituído por
músculo liso e revestido internamente por mucosa. Localiza-se logo abaixo do músculo
diafragma no hipocôndrio esquerdo. O estômago tem a forma da letra “J” e possui
capacidade de armazenar até um litro e meio de alimento (DUARTE, 2009).
Dois óstios (aberturas) estão presentes no estômago, o óstio cárdico na junção com o
esôfago abdominal e o óstio pilórico na junção com o duodeno.
O estômago apresenta uma face anterior voltada para frente e uma face posterior voltada
para a parede posterior do abdome. Duas curvaturas estão presentes nesse órgão.
A curvatura menor fica à direita e a curvatura maior fica à esquerda.
1. Cárdia. Região superior que envolve o óstio cárdico. Está muito próxima
da ápice do coração. Por isso, o nome cárdia.
123
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Figura 126.
Duarte (2009).
Moore, Daley (2008) diz que a posição do estômago é variada mesmo em um indivíduo
devido aos movimentos que realiza.
A quimo é a mistura entre o bolo alimentar e o suco gástrico (ácido clorídrico). A quimo
segue para o duodeno a partir das contrações do estômago.
Figura 127.
Fonte: autor.
124
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Evidencia o bolo alimentar com partícula grande sem condição de ser captada pelos
capilares intestinais.
A outra ilustração da figura 30 evidencia o bolo alimentar sendo dissolvido pelo suco
gástrico e se transformando em quimo. As partículas minúsculas contidas na quimo
podem facilmente ser captadas pelos capilares intestinais e cair na circulação sanguínea.
O estômago é irrigado pela artéria gástrica que por sua vez se origina na artéria tronco
celíaco.
A artéria tronco celíaco é um ramo da artéria aorta abdominal que dá origem à artéria
gástrica esquerda, artéria esplênica e artéria hepática comum.
Figura 128.
Intestino delgado
125
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Figura 129.
Fonte: autor.
»» Jejuno;
»» Íleo.
Como não há uma marca limitando as duas estruturas, decidiu-se por tratá-las de
jejunoíleo. O jejunoíleo é importante na captação de proteínas e gordura.
126
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Figura 130.
Figura 131.
127
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Intestino grosso
É um tubo muscular liso revestido internamente por mucosa.
Inicia na válvula ileocecal, onde tem comunicação com o intestino delgado do lado
direito (ceco).
O intestino grosso tem seu trajeto ascendente no lado direito por uma parte chamada
de 1-colo ascendente.
O intestino grosso atravessa o abdome abaixo do estômago por uma parte chamada de
2-colo transverso.
O intestino grosso tem seu trajeto inferior por uma parte chamada de 3-colo
descendente.
O intestino grosso se projeta para o centro da pelve por uma parte chamada de 4-colo
sigmoide. Após o colo sigmoide, tem-se o reto.
Com exceção do colo sigmoide e reto, toda a extensão do intestino grosso capta
nutrientes e água.
Figura 132.
Fonte: <draednaferraz.site.med.br>.
128
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Moore, Daley (2008) diz que o apêndice vermiforme é um divertículo cego no intestino
grosso com funções não bem esclarecidas, porém acredita-se que esteja envolvido na
recolonização bacteriana do intestino grosso pós-diarreia ou pós-antibioticoterapia.
Sabe-se que a colônia bacteriana intestinal tem importância na síntese de vitamina K,
portanto uma importante função do apêndice.
O colo sigmoide é assim conhecido pela semelhança com a letra ‘S’ e é marcado pelo
fim da captação de nutrientes. Quando o produto da digestão alcança o colo sigmoide
pode-se dizer que são fezes. Essas fezes seguem para o reto, onde são armazenadas
até atingir uma quantidade que razoável que ative os barosensores no óstio do ânus,
indicando ao SNC que está na hora de eliminá-las.
O intestino grosso é irrigado nos 2/3 proximais pela artéria mesentérica superior e no
1/3 distal pela artéria mesentérica inferior.
Figura 133.
129
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Glândulas anexas
No capítulo 3 discutimos as glândulas salivares que são conhecidas por liberarem a
saliva no meio externo e por isso, são classificadas por glândulas exócrinas.
As glândulas endócrinas são aquelas que liberam seu produto na corrente sanguínea,
ou seja, internamente. É o caso das glândulas suprarrenais.
Também são glândulas exócrinas; produzem substância que têm contato com o meio
externo e são importantes no aparelho digestório.
Fígado
O Fígado está localizado no hipocôndrio direito e uma pequena parte do hipocôndrio
esquerdo.
»» face diafragmática;
»» face visceral.
Figura 134.
130
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
1. Lobo direito.
2. Lobo esquerdo.
3. Ligamento falciforme.
Figura 135.
1. Lobo direito.
2. Lobo esquerdo.
3. Lobo caudado.
4. Lobo quadrado.
No hilo hepático [ ] emergem a veia porta hepática, artéria hepática, nervos, ducto
hepático comum e ducto cístico.
Vias biliares.
Guyton, Edward (2011) dizem que produzimos entre 600 mL a 1 litro de bile por dia.
O fígado libera a bile pelo ducto hepático comum. A bile segue em direção ao duodeno,
porém, parte da bile é armazenada em uma bolsa constituída por músculo liso, a vesícula
biliar.
Figura 136.
1. Fígado.
2. Vesícula biliar.
4. Ducto cístico.
5. Ducto colédoco.
6. Duodeno.
132
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Figura 137.
1. Fígado.
5. Artéria hepática.
Pâncreas
O Pâncreas é uma glândula endócrina (produz hormônio insulina e glucagon) e exócrina
(produz suco pancreático) que digere gordura.
Guyton, Edward (2011) dizem que boa parte da estrutura do pâncreas é semelhante às
glândulas salivares. Esta importante glândula está localizada na cavidade abdominal,
posterior ao estômago, entre o duodeno e o baço. Diferente dos demais órgãos do
aparelho digestório por ser retroperitoneal, ou seja, posiciona-se posteriormente à
membrana que envolve os órgãos abdominais, peritônio.
Figura 138.
133
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
1. cabeça;
2. corpo;
3. cauda.
O ducto pancreático recebe o ducto colédoco e segue para o duodeno onde faz
comunicação pela papila maior do duodeno. Em alguns casos, o pâncreas se comunica
com o duodeno por dois canais. O outro canal corresponde à papila menor do duodeno
como vêm na imagem.
Figura 139.
Figura 140.
134
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
3. Artéria hepática: ramo direito da artéria tronco celíaco que nutre o fígado.
Peritônio
Os órgãos que não são revestidos pelo peritônio são órgãos retroperitoneais.
As duas membranas são contínuas e existe entre elas um espaço virtual denominado
cavidade peritoneal por onde circula um fluído.
»» fígado;
»» estômago;
»» intestinos;
»» baço.
135
UNIDADE IV │ Anatomia do Sistema Digestório
Esses órgãos não estão dentro da cavidade peritoneal e sim embrulhados pela membrana
visceral como se forçasse sua mão a entrar em um balão inflado.
»» pâncreas
»» rins
»» útero
»» bexiga
Figura 141.
1. Fígado.
2. Estômago.
3. Colo transverso.
4. Pâncreas.
5. Rim.
6. Jejuno.
7. Íleo.
8. Útero.
9. Bexiga.
10. Reto.
136
Anatomia do Sistema Digestório │ UNIDADE IV
Nessa aula, vemos claramente as atividades dos órgãos citados no estudo que
se seguiu. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=W4SoZqfJXvw>.
137
Referências
MOORE, K. L.: DALEY ll, A. F.: Anatomía com orientación clínica. 5. ed. Mexico.
Panamericana, 2008.
138
Referências
Sites
GARCIA, J. Corazón. Acessado em: 22/2/2014.Disponível em: <http://www.youtube.
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<http://www.usbipanema.com.br/site/atuacoes/pagina/145/Ultrassonografia-
Transvaginal-Ginecolgica>.
<http://www.mamaetagarela.com/moleira-do-bebe-ou-fontanela/>.
<http://medical-dictionary.thefreedictionary.com/sutura+coronalis>.
<http://alunosonline.uol.com.br/biologia/segmentacao.html>.
<http://slideplayer.com.br/slide/294052/>.
<https://www.youtube.com/watch?v=3AOoikTEfeo>.
<http://www.wisegeek.com/what-is-a-vaginal-incision.htm>.
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<https://www.studyblue.com/notes/note/n/the-placenta/deck/2610678>.
<https://www.studyblue.com/notes/note/n/untitled-flashcards/deck/2741772>.
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<http://sante-medecine.journaldesfemmes.com/faq/17714-cordon-spermatique-
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<https://www.asu.edu/courses/css335/cjProstate1.html>.
139
Referências
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<http://www.pflege-kurse.de>.
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<http://mcat-review.org/excretory-system.php>.
<http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/08/09/>.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bexiga_urin%C3%A1ria.jpg>.
<http://www.reparacionvalvularmitral.org/content/view/27/>.
<https://www.youtube.com/watch?v=XvSqZJhKUTo>.
140