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Alessandro, Beatriz, Gabriel, Leonardo, Milena
Alessandro, Beatriz, Gabriel, Leonardo, Milena
Pirassununga 2023
Sumário
1. Introdução...........................................................................................................................3
2. Escolha de espécies forrageiras...................................................................................... 4
2.1 Panicum Maximum cultivar Tanzânia........................................................................... 4
2.2 Brachiaria Decumbens cultivar Basilisk....................................................................... 5
2.3 Milho BM 930............................................................................................................... 5
2.4 Feijão Guandu..............................................................................................................6
3.Controle de pragas e daninhas..........................................................................................6
3.1 Plantas daninhas em pastagens.................................................................................. 7
3.2 Danos provocados pelas plantas daninhas..................................................................8
3.3 Manejo das plantas daninhas - Estratégias de controle...............................................9
3.4 Uso adequado dos herbicidas na pastagem.............................................................. 10
4. Práticas corretivas........................................................................................................... 13
4.1 Resultado da Análise................................................................................................. 14
4.2 Área de Brachiaria Decunbens cv. Basilisk...............................................................14
4.3 Área de capineiras - Milho BM930............................................................................ 16
4.4 Área sem uso- Panicum Maximum cv. Tanzânia e Feijão Guandu............................ 17
5.Preparo de solo................................................................................................................. 19
5.1 Área declivosa............................................................................................................19
5.2 Aréas com plantio de Brachiaria decunbens cv Basilisk............................................ 20
5.3 Áreas de capineiras e sem uso.................................................................................. 20
6. Época de preparo do solo............................................................................................... 20
6.1 Preparo das sementes............................................................................................... 21
6.2 Adubação de Cobertura............................................................................................. 22
6.3 Manejo de formação...................................................................................................23
7. Descrição das áreas da propriedade e desafios específicos...................................... 25
7.1 Módulo 1.....................................................................................................................26
7.2 Módulo 2.....................................................................................................................27
7.3 Módulo 3.....................................................................................................................28
8. Considerações sobre cupins e cigarrinha das pastagens...........................................29
8.1 Impacto dos cupins e medidas para mitigar os danos causados por eles................. 29
8.2 Impacto das cigarrinhas e medidas para mitigar os danos causados por elas..........32
9. Conclusão......................................................................................................................... 33
10. Referências.....................................................................................................................35
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1. Introdução
Sabe-se que a produção de leite com vacas a pasto é uma prática tradicional
da indústria leiteira. Diferente do método intensivo de produção (em confinamento),
as vacas a pasto encontram todos os nutrientes necessários para produção na
pastagem, esta deve ser de boa qualidade e sua escolha é dependente de diversos
fatores. Segundo Holmes (1995), a pastagem é uma excelente fonte de nutrientes,
além de ser um sistema muito mais econômico quando comparado com a produção
intensiva. Outrossim é a utilização racional das pastagens, que auxiliam na
preservação dos recursos renováveis, permitindo uma produção de leite sob
condições mais naturais.
Pode-se afirmar que quando bem manejadas, pastagens de alto valor
nutritivo e produtivo podem proporcionar o retorno superior por vaca em lactação de
30% quando comparado com sistemas intensivos. (Vilela, et al., 1996)
Um bom manejo de pastagens e gestão das diferentes áreas produtivas
garantem alimento durante todo o ano para os animais, inclusive no período de
seca. Técnicas como diferimento, manejo de pastejo rotacionado com controle de
altura, suplementação alimentar durante a seca e entre as outras técnicas devem
ser exploradas para que se maximize o potencial produtivo e evite gastos
desnecessários por mal uso da terra.
Nossa propriedade localiza-se na cidade de Pirassununga no estado de São
Paulo, esta é caracterizada por um relevo plano em sua maioria, com algumas
áreas declivosas. O solo de nossa propriedade se tipifica como latossolo vermelho e
argiloso e possui como principais características grande profundidade e boa
capacidade de dreno. No geral, esses solos apresentam boa fertilidade natural para
o crescimento vegetal.
No tocante às pragas, as mais comuns são as cigarrinhas das pastagens,
cupins de montículo que se não controlados podem tomar a pastagem, as formigas
saúvas também se tornam uma potencial praga que oferecem perigos à pastagem.
O clima de Pirassununga é considerado subtropical úmido, o verão é quente,
com precipitações e céu parcialmente coberto, o inverno é curto e ameno. A estação
quente permanece por 3,3 meses com temperatura média de 26ºC, o mês mais frio
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do ano na cidade é junho com temperatura média e mínima de 11ºC. Já a seca
perdura por 6,6 meses, onde julho se caracteriza como mês menos chuvoso. As
precipitações estão concentradas nos meses entre outubro e março, onde também
há maior aumento da temperatura e umidade do ar.
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2.2 Brachiaria Decumbens cultivar Basilisk
A Brachiaria decumbens cultivar Basilisk é uma gramínea altamente
aclimatada, sendo uma opção agressiva para a contenção da erosão. Ela
apresenta boa digestibilidade e palatabilidade para os animais. O plantio é
recomendado durante o período de chuvas, realizado a lanço com uma
profundidade de 2 cm e utilizando de 10 a 12 kg de sementes por hectare.
Essa forrageira é uma variedade de gramínea altamente adaptada a solos
de fertilidade média a baixa, com crescimento decumbente e ciclo vegetativo
perene, possui um porte baixo, atingindo cerca de 1 metro de altura. É resistente
ao pisoteio, sendo indicada para áreas de pastejo intenso, porém requer
monitoramento devido à baixa resistência à cigarrinha-das-pastagens.
Através de pesquisas, percebemos que o uso de sementes Revestidas é o
melhor para nosso cenário, com taxa de semeadura de 11 kg por hectare em
condições de média fertilidade. Essa variedade apresenta alta tolerância à seca e
requer uma precipitação anual superior a 800 mm para um bom desenvolvimento.
Esse tipo de semente apresenta um período de estabelecimento de 40 a 90 dias,
com uma profundidade de semeadura recomendada entre 2,5 a 5 cm. Em termos
de produtividade de matéria seca, essa variedade pode alcançar de 8 a 20
ton/ha/ano.
No manejo de pastejo, é indicado adotar um sistema rotacionado, com
entrada dos animais quando a planta atinge uma altura de 25 cm e saída com 15
cm. Essa estratégia permite um melhor aproveitamento da forragem e contribui
para a manutenção da planta (BRACHIARIA DECUMBENS CV. BASILISK –
REVESTIDA (EMBALAGEM 12KG), 2023).
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Por isso, nossa silagem será de grão úmido para melhor qualidade de alimentação
às vacas em lactação, vacas secas e novilhas (NOSSOS PRODUTOS -
SEMENTES BIOMATRIX).
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tipo de reprodução; estas crescem e produzem sementes em uma ampla variedade
de condições climáticas e edáficas; algumas espécies produzem um grande número
de sementes por planta e mais de uma geração por ano; as sementes apresentam
vários mecanismos de dispersão e dormência; as sementes apresentam diversos
mecanismos de dormência e de dispersão; apresentam grande longevidade das
sementes e descontinuidade de germinação; apresentam crescimento inicial rápido
e sistema radicular abundante; são dotadas de grande habilidade competitiva por
água, luz e nutrientes; algumas espécies apresentam alelopatia e podem
desenvolver resistência aos métodos de controle.
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3) O controle inadequado das plantas daninhas: existem diversos métodos
para controle destas plantas, porém, não são utilizados de forma adequada
em nossas condições.
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3) Ferimento nos animais: diversas plantas daninhas apresentam espinhos
em sua estrutura, podendo provocar ferimentos nos animais quando estes
forem buscar acesso para consumir as plantas forrageiras; nas tetas,
podendo provocar mastites e queda na produção de leite.
Para que o manejo das plantas daninhas seja realizado de forma adequada,
é necessário uma combinação de medidas preventivas aliado à medidas de
controle.
Como estratégias de controle, temos algumas modalidades, como os
controles: cultural, mecânico, biológico e químico.
Controle Cultural
Para realizar este tipo de controle, é necessário a utilização de qualquer
prática que auxilie a espécie forrageira no quesito ocupação do solo disponível,
deste modo, rendendo uma maior habilidade competitiva com as plantas daninhas.
Como exemplos de controles culturais, temos: uso de sementes de
qualidade; um manejo adequado do pasto, deixando sempre adequada a reserva
fisiológica; as forrageiras devem estar devidamente adaptadas ao clima e solo da
propriedade; adubação adequada, assim permitindo um melhor desenvolvimento
das forrageiras; quando o gado é movido de uma área com plantas daninhas para
um curral livre destas, deve executar a manutenção deste gado por 48 horas; o uso
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do consórcio de leguminosas e gramíneas possibilita uma ocupação mais rápida do
solo, assim, diminuindo a infestação das plantas daninhas.
Controle Mecânico
É realizado com a utilização dos equipamentos: foice, roçadeira, rolo-face,
correntão e trilho. A utilização de cada equipamento vai variar dependendo do tipo
de vegetação, do porte e também da densidade de infestação.
A foice necessita de bastante mão-de-obra e ocorre a reinfestação
rapidamente, o que faz com que os fazendeiros avaliem os custos. A utilização da
roçadeira é bastante restrito a áreas destocadas e sua declividade adequada,
deve-se abaixar o pasto com o pastoreio e fazer o uso de preferência no início do
período chuvoso, pois a umidade disponível irá propiciar a recuperação rápida
gramínea forrageira.
Controle Biológico
Este método de controle biológico leva em consideração o uso de
inimigos naturais como os insetos, fungos, bactérias, ácaros, vírus, peixes, aves e
mamíferos no controle de plantas daninhas.
Controle Químico
É realizado com o uso de produtos químicos, chamados de herbicidas,
os quais resultam na morte ou impedem o desenvolvimento dos arbustos. Estes
herbicidas controlam os arbustos e são seletivos às gramíneas forrageiras, esta
seletividade ocorre pelos aspectos morfológicos das plantas, assim como a
habilidade da forrageira em degradar metabolicamente parte do herbicida o qual é
absorvido.
Segundo Victoria Filho (2014), os herbicidas são sistêmicos, após a absorção
necessitam ser translocados até o local de ação na planta daninha.
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3.4 Uso adequado dos herbicidas na pastagem
Para que uma aplicação de herbicida em pastagens seja adequado, ele deve
seguir algumas diretrizes:
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Segundo Machado (2006), a formação dos rizomas de plantas de capim
amargoso, quando são provenientes de sementes, acontece na média de 45 dias
após sua emergência, então, ocorre a tolerância desta espécie ao glyphosate. Um
controle eficaz deve ser realizado com a aplicação deste herbicida até os 40 dias
após sua emergência, o qual os rizomas ainda não foram completamente formados.
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foi mostrada a eficiência destes herbicidas para o controle do caruru, independente
do modo de aplicação.
Em um estudo realizado por Carvalho, S. J. P. (2006), foi concluído que as
espécies de Amaranthus avaliadas (A. spinosus, A. viridis, A. hybridus e A.
retroflexus) possuem diferenças suscetíveis aos herbicidas aplicados em
pós-emergência, principalmente ao trifloxysulfuron-sodium e ao chlorimuron-ethyl,
em que A. deflexus foi a espécie menos suscetível.
4. Práticas corretivas
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A potassagem é utilizada para elevar os níveis de nutriente do solo, para
obter o rendimento máximo da cultura. Corrige o teor de potássio do solo por meio
da aplicação de fertilizantes na área superficial de 5cm-10cm com cloreto de
potássio, á lanço e realizando diversas vezes durante o ano. Se perde muito por
lixiviação logo não é recomendável passar de 100 kg/ha ao ano. deve-se aplicar
antes da gradagem uma parte da necessidade e outra com o adubo nitrogenado
depois de cada pastejo. A aplicação do potássio em cobertura deve ser feita até 30
dias após a germinação, junto com a adubação nitrogenada.
Deficiências de micronutrientes na soja são raras no Estado de São Paulo.
Na suspeita de sua ocorrência, realizar análise de solo e foliar e, uma vez
constatada a deficiência, pode-se aplicar, com a adubação de semeadura, as
seguintes quantidades: 5 kg/ha de Zn, e/ou 2 kg/ha de Cu, e/ou 1 kg/ha de B. (
Boletim Técnico Nº 100).
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calcário deve ser aplicado, vimos seu grupo, de acordo com as suas exigências de
fertilidade de solo. A Brachiaria decumbens, entra no grupo de pouca exigência em
fertilidade do solo (grupo 3).
As porcentagem de %Ca e %Mg encontradas de acordo com com K, Ca e
Mg divididos pelo CTC potencial (SB+(Al+H)) de resultado 59,5% e multiplicados
por 100 para encontrar a porcentagem e definir qual melhor calcário foram:
%Ca= 15,12%
%Mg= 5,04%
%K= 2,52%
Recomendações:
%Ca/CTC: 40-60%
%Mg/CTC:10-20%
%K/CTC: 3-5%
Ca/Mg: 3 a 6:1
15
4mmolc/dm3. Sua correção pode ser feita em função do teor de Enxofre no solo, no
caso é 7, então será necessário aplicação de 750 kg/ha de gesso no solo.
A fosfatagem, ocorrerá posterior a calagem e gessagem, o nível de fósforo
deve ser elevado para cultura da Brachiaria, sendo uma planta exigente em níveis
nutricionais, logo a recomendação seria de no mínimo 20 mg/dm3 de P no solo.
Nesta área temos 6 mg/dm3 de P, sendo necessário aumentar 14 mg/dm3 de P x 10
kg de P2O5 ( a cada 10 kg de P2O5 eleva-se 1mg/dm3 de P).
Sendo necessário 140 kg/ha de P2O5. Essa quantidade será para o primeiro ano de
plantio, já no segundo será necessário elevar em 20-25 mg/dm³ de P2O5.
Deve ser realizada, antes da gradagem niveladora, depois de passar o arado.
Nesta área de Brachiaria, o potássio se encontra em 1,5 mmolc/dm3, sendo
necessário uma quantidade acima de 3 mmolc/dm3 ou 3%-5% do CTC, como estão
já nas recomendações e no resultado que está abaixo de 3%. Para suprir essa
necessidade, será aplicado 144 kg/ha K2O por parcela. (Antes da gradagem e
posteriormente com o adubo nitrogenado). ( 96K2O: 1 mmol/dm³) Vejam que a combinação das
estratégias de preparo do solo e
correção estão muito confusas,
além de falhas nas épocas de
4.3 Área de capineiras - Milho BM930 realização dos procedimentos....
Neste caso, por mais que já tenha área destinada para capineiras, já está em
alto grau de degradação, então será passado o arado para implantar uma nova
pastagem. As porcentagem de %Ca e %Mg encontradas de acordo com com K, Ca
e Mg divididos pelo CTC potencial (SB+(Al+H)) de resultado 56,4%, e multiplicados
por 100 para encontrar a porcentagem e definir qual melhor calcário foram:
%Ca= 28,4%
%Mg= 8,9%
%K= 2,48%
Recomendações:
%Ca/CTC: 40-60%
%Mg/CTC:10-20%
%K/CTC: 3-5%
Ca/Mg: 3 a 6:1
16
PRNT, para uma correção de acidez efetiva e rápida nos 3 meses que serão
necessários (PRNT não está relacionado, no caso, com o Ca e Mg, apenas com a
neutralização do ph).
O milho que será utilizado para produção de silagem entra na classificação
dos grupos,como carpinteiras, onde já estava estabelecida na Fazenda uma área
para isso, e com os resultados da análise foi estabelecido a necessidade de:
2,87 ton/ha. O poder de neutralização e tamanho das partículas (PRNT) foi
estimado em 80% média dos produtos do mercado, logo temos:
NC= CTC (V2- V2-VI) / 10x PRNT V2 de 70 para milho
NC= 59 (40-23)/10x80
A calagem pode ser realizada nesta área também, apresentando uma
saturação por Alumínio de 48%, e Ca em 4mmol/dm3. Será a mesma quantidade
que na área da decunbens, 750kg/ha.
A fosfatagem, ocorrerá posterior a calagem e gessagem, o nível de fósforo
deve ser elevado para produção de silagem, sendo necessário atingir no mínimo 20
mg/dm3 de P no solo. Nesta área temos 5 mg/dm3 de P no solo, sendo necessário:
150 kg/ha de P2O5.
O potássio se encontra em 1,4 mmolc/dm3, sendo necessário uma quantidade
acima de 3 mmolc/dm3 ou 3%-5% do CTC, como estão já nas recomendações e no
resultado que está abaixo de 3%. Para suprir essa necessidade, será aplicado 134,4
kg/ha de K2O por parcela. (Antes da gradagem e posteriormente com o adubo
nitrogenado).(96 K2O: 1 mmolc/dm³ no solo).
Vejam que essas
espécies não são
recomendadas
4.4 Área sem uso- Panicum Maximum cv. Tanzânia e Feijão Guandu para áreas
declivosas;
O Panicum Maximum, que será introduzido nas, “áreas sem uso”, classificado
no grupo como forrageira de alta exigência de fertilidade do solo, receberá 2,60
toneladas/ha de calcário.
E o feijão guandu que será uma leguminosa utilizada para evitar a exposição
do solo e erosão, também será aplicada nas “áreas sem uso”. Classificada nos
grupos como leguminosas de mediana exigência de fertilidade do solo, deverá
receber 1,02 ton/ha, porém como é menos exigente, batendo as exigências do
Panicum, as exigências do feijão também serão atendidas. Logo será aplicado 2,60
ton/ha.
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As porcentagem de %Ca e %Mg encontradas de acordo com com K, Ca e
Mg divididos pelo CTC potencial (SB+(Al+H)) de resultado 63,1% e multiplicados
por 100 para encontrar a porcentagem e definir qual melhor calcário foram:
%Ca= 23,77%
%Mg= 9,5%
%K= 3,32%
Recomendações:
%Ca/CTC: 40-60%
%Mg/CTC:10-20%
%K/CTC: 3-5%
Ca/Mg: 3 a 6:1
18
É importante, realizar a análise de solos, frequentemente, para saber o quanto está
sendo perdido para água, para o solo, o quanto o animal está consumindo, e quanto
ele devolve para o solo na forma de fezes, mesmo a porcentagem de retorno sendo
baixa e quanto as forrageiras estão aproveitando desses nutrientes, para
frequentemente realizar a sua reposição, sendo contínuos os processos de práticas
corretivas, mesmo após o plantio.
5.Preparo de solo
19
piquete abaixo pelo de cima e multiplicar por 100% para encontrar a declividade do
terreno. Caso o terreno tenha mais declividades, realizar o processo mais vezes.
De acordo com a tabela de espaçamento horizontal em relação a declividade
(%), de terrenos arenosos ou argilosos. Sabe-se a distância entre cada piquete a
serem colocados. Para o piqueteamento de curva em nível, deve-se pegar a
mangueira já com água, colocar no primeiro piquete, procurar o mesmo nível para
fincar o segundo piquete a 30 metros , e repetir isso na área total. Com a primeira
curva em nível já marcada, é necessário repetir o processo de 15m em 15m. Dessa
Curva de nivel e terraceamento
forma será permitido o uso de mecanização para o preparo. são coisas diferentes
Como está área, será totalmente remanejada, com retirada das pastagens
anteriores mortas, matéria orgânica e tudo que está presente, é interessante utilizar
o arado aiveca com uso de trator, que permite uma boa inversão do solo, com boa
profundidade para primeira aplicação da calagem e gessagem.
20
6. Época de preparo do solo
21
das sementes, substâncias químicas e dormência das sementes. Sementes
menores precisam de semeaduras mais superficiais e as de maior tamanho
necessitam de semeaduras mais profundas. Logo é necessário: cortar a palhada,
preparar o leito para as sementes, semear em profundidade adequada, semear no
espaçamento adequado, e fechar o sulco. É recomendado que as sementes sejam
distribuídas de forma homogênea, nas áreas que não estão as vacas será
necessário passar um rolo compactador e onde estão os animais como por exemplo
no pasto da Brachiaria Decumbens, estas irão realizar a compactação.
Cada forragem tem seu preparo ideal das sementes. É necessário avaliar a
maturação fisiológica das sementes de cada espécie que será implantada, a
quantidade de impurezas dessas sementes. Além de ser ideal sementes de alto
valor cultural (CV%) com menor número de impurezas possíveis.
22
de fornecer N às culturas depende da mineralização do N orgânico, função de
fatores climáticos, de difícil previsão. Assim, a análise de solo tem pouca utilidade,
até o momento, para ajudar a definir a adubação nitrogenada.
(Boletim Técnico 100).
Nosso solo foi caracterizado pela classificação de Média resposta esperada de
acordo com o Boletim Técnico. Sendo esperada, uma alta produtividade das
forrageiras, de 4-6 t/ha, e levando em conta sua classe, a adubação será de 30 N,
kg/ha.
Juntamente com a adubação nitrogenada ocorrerá, outras parcelas de adubação de
fósforo e potássio, nas doses já recomendadas e posteriormente nas doses
recomendadas na próxima análise de solo.
23
Um planejamento cuidadoso e detalhado desses aspectos garantirá um
manejo de formação eficiente, estabelecendo as bases sólidas para o
desenvolvimento saudável da pastagem e o bom desempenho do sistema produtivo
a longo prazo (PEREIRA; HERLING; SILVA, 2020).
X= ((722*2)*10.000)/2800
X= 5157 m² por piquete * 17
24
esse cálculo é
para a época
de águas
25
Fonte: autoria própria Não compreendi....o esquema está
bastante diferente da proposta feita
no texto.
7.1 Módulo 1
26
Em suma, o tamanho total deste módulo será de 6,6 hectares, no qual
estabeleceremos um plantio de formação da forrageira Panicum Maximum cultivar
Tanzânia. Esse plantio atenderá às necessidades nutricionais dos 40 animais em
lactação da raça Girolando, garantindo a produção de leite, e oferecerá resistência à
cigarrinha. O sistema de lotação intermitente/rotacionado, com 17 piquetes, será
adotado para gerenciar a alimentação dos animais de forma eficiente durante o
período das chuvas.
7.2 Módulo 2
Neste módulo, aproveitamos uma área declivosa que já foi implantada com
Brachiaria Decumbens cultivar Basilisk. Devido à rusticidade dessa variedade e sua
adequação para um sistema de produção com lotação contínua, optamos por deixar
os animais pastejando durante a estação seca, transformando este módulo em uma
área dedicada a essa época do ano.
Durante o período de seca, os animais receberam suporte nutricional através
da utilização de silagem de milho produzida dentro da propriedade. Além dos
animais em lactação, incluiremos também 10 vacas secas e 10 novilhas nesse
módulo. Levando em consideração as condições do pasto, disponibilidade de
forragem e o período em questão, adotaremos uma lotação contínua com uma
amplitude de altura entre 25 e 30 cm. Os animais permanecerão nesse módulo por
225 dias.
Para atender às necessidades das vacas em lactação, será alocada uma
área de 13.57 hectares de pasto, além do fornecimento diário de 4 kg de silagem de
milho. Já para as vacas secas, utilizaremos uma área de 1 hectare, acompanhada
do fornecimento de 4 kg de silagem de milho. No caso das novilhas, elas também
receberão 4 kg de silagem de milho como suplementação, em uma área de 2.57
hectares. Assim, teremos uma área total de módulo de Brachiaria Decumbens
cultivar Basilisk de 17.2 hectares, com uma taxa de acúmulo de 56 Kg/MS/ha
(ANDRÉA BORGES CAVALCANTE, 2001).
Vale ressaltar que nesse módulo, os animais somente vão entrar na época
das secas, sendo necessário arrendar ou ainda rebaixar o pasto
mecanicamente/quimicamente na épocas das chuvas para fazer o diferimento e
preparar para a seca.
27
7.3 Módulo 3
28
Título: Modelo propriedade
8.1 Impacto dos cupins e medidas para mitigar os danos causados por
eles
29
Dentre as espécies mais comuns temos C. bequaerti, e principalmente C.
cumulans (Kollar), pertencentes ao gênero Cornitermes. A C. bequaerti tem como
característica mais marcante a construção das aberturas dos seus montículos em
formato de “chaminés” (Fontes 1998) e (FERNANDES et al., 1998), todavia, não são
tão comuns de serem encontrados se comparados com os C. cumulans. Valério
(2006) afirma que esta espécie é predominante nas pastagens da região Sudeste e
também pode ser encontrada nas demais regiões do país, sendo assim, é a mais
comum no Brasil, fazendo com que o termo “cupim-de-montículo” seja praticamente
100% relacionado ao Kollar. Além do Cornitermes, um outro gênero desses insetos
que carece por atenção é o Syntermes. O que lhes diferem dos C. bequaerti e C.
cumulans em questões estruturais é a forma com que os montículos afloram na
superfície do solo, sendo estes mais baixos e menos resistentes, podendo até ser
confundidos com ninhos de saúvas, e, além disso, os insetos também são muito
maiores e predominantemente subterrâneos (Constantino 1995). Apesar de ocorrer
em menor frequência, os cupins Syntermes spp. promovem grandes danos à
biomassa das pastagens, assim podendo causar uma redução na disponibilidade de
forragem uma vez que praticam forrageamento do pasto, isto é, o corte das folhas
verdes da pastagem, se assemelhando às formigas-cortadeiras tanto em estrutura
física quanto em comportamento.
30
ativos como por exemplo Fenthion, Imidaclopride, e Fosfato de Alumínio penas para
C. Cumulans e Fipronil tanto para C. Cumulans quanto C. Bequaerti. A aplicação
desses químicos deve ser feita através da perfuração dos cupinzeiros com o auxílio
de uma barra de ferro e uma marreta até que se atinja o núcleo dos mesmos e, feito
isso, pode-se aplicar o inseticida no interior dos montículos, provocando a morte dos
cupins em um breve intervalo de tempo e por sua vez o despovoamento do
cupinzeiro, tornando-o apto a ser destruído de forma mecanizada. Em casos onde
há presença de cupinzeiros de insetos do gênero Syntermes, o indicado é, ao
localizar o cupinzeiro, realizar uma perfuração de cerca de 20cm de profundidade
em relação à superfície do solo a cada metro quadrado do mesmo e, nessas
perfurações, aplicar o inseticida para que assim a ação do veneno ocorra no interior
destes cupinzeiros, acabando com toda a população que lá vive.
31
Somado a isso, não podemos esquecer que cupins do gênero Syntermes
também são propensos a ocorrer e promover problemas à pastagem, portanto,
optamos por fazer o controle químico dos mesmos com a aplicação de inseticidas,
sempre seguindo as recomendações de Valério (2006), o qual afirma que uma barra
de ferro deve penetrar o solo atravessando a camada exposta, atingindo uma
profundidade de 20cm abaixo do nível do solo. Cada perfuração deve estar a uma
distância de 1 metro quadrado uma da outra.
32
● Controle cultural/mecânico: Realizar manejo racional e/ou divisão de
piquetes, uso de fogo (somente em caso excepcionais e em grandes focos).
● Controle químico: Eficiente na primeira geração de adultos e deve ser
realizado na emergência dos mesmos. Recomenda-se o emprego desse
controle em pastagens de alto valor agregado, uma vez que o período de
carência deste defensivo deve ser respeitado.
● Controle biológico: O mais comum controle biológico se dá pelo uso do
Metarhizium anisopliae, um fungo que coloniza ninfas e adultos da praga.
Porém, vale salientar que o sucesso desse fungo no controle das cigarrinhas
depende de fatores ambientais como temperatura e umidade relativa
favoráveis. Uma vez que em condições favoráveis, o uso deste fungo supera
o emprego do controle químico.
Lagartas no milho?
9. Conclusão
33
Atentar-se que tal qual o animal, a planta também possui um ponto máximo
de produção e valor nutritivo, onde cabe a nós, profissionais da zootecnia explorar e
respeitar esse ponto. Tendo sempre em mente que devemos priorizar a entrada dos
animais no módulo no momento correto, fazendo o uso correto e eficiente da área,
para que tanto o animal quanto a planta estejam em equilíbrio e sejam igualmente
responsivos ao manejo empregado.
Com isso, um sistema com pastagens bem consolidadas e de baixo custo
quando comparados com sistemas intensivos de vacas confinadas, confere
segurança e lucratividade para o produtor rural. Outrossim são os cuidados que se
deve ter com o solo, que muitas vezes é ignorado e deixado de lado, assim como o
controle de pragas e plantas daninhas, que já se mostraram potentes vilões da
produção de um pasto de qualidade.
34
10. Referências
35
Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 33, n. 1, p. 35-38, jan./jun. 2003.
Disponível em https://www.revistas.ufg.br/pat/article/view/2397. Acesso em 10 de
julho 2023
FEIJÃO GUANDU CV. BRS MANDARIM. [S. l.], 2023. Disponível em:
https://safrasulsementes.com.br/feijao-guandu-mandarim/. Acesso em: 10 jul. 2023.
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MARA ARAÚJO CRISPIM, Sandra; DOMINGOS BRANCO, Oslain. Aspectos Gerais
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