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Bibliotheca Do Povo e Das Escolas
Bibliotheca Do Povo e Das Escolas
1
1
BIBLIOTHECA DO Povo
E DAS ESCOLAS
Reservados todos os direitos de traducção Ou reproducção
PROPAGANDA DE INSTRUCÇÃO
PARA
PORTUGUEZES E BRAZILEIROS
BIBLIOTHECA DO POVO
E DAS ESCOLAS
SEXTA SERIE
(N.o 41 a 48)
LISBOA
DAVID CORAZZI, EDITOR
EMPREZA HORAS ROMANTICAS
Promiada com medalha de ouro na exposição do Rio de Janeiro
Administração : Rua da Atalaya, 40 a 52
Filial no Brazıl, 40 , Rua da Quitanda, Rio de Janeiro
1883
Stack
Annex
5
113
343
V. 6
SEXTA SERIE
O Director da Bibliotheca
X. DA C.
DE INSTRUCÇÃO
PROPAGANDAPARA
Portuguezes e Brazileiros
BIBLIOTHECA DO Povo
E DAS ESCOLAS
ESCRIPTURACAO
COMMERCIAL
OLU
CADA
TO
ME
especialmente accommodada ao ensino dos que frequentam
o
1882
DAVID CORAZZI, EDITOR
EMPREZA HORAS ROMANTICAS
M NUMERO M
41
INDICE
Noções preliminares ..
Objecto e utilidade da Escripturação. Disposições legislativas com respei
to aos livros commerciaes..... 8
Das Contas..... ..............................
Diversas especies de contas...
Debito, credito , e saldo, em geral... 10
Maneira de se formar o debito e o credito em cada conta .............. 11
Dos Livros ... .............................. 16
21
Dos erros e sua correcção.............................................
Erros no Diario .....
Erros no Razão ..................................................... 22
Dos Balanços ..... ................................................ 25
Conta de liquidação.. 27
Das Lettras..
28
Breve noticia sobre escripturação em partidas simples...
Das Sociedades . 29
31
Contractos de compra e venda, e differentes formas de pagamento..., 33
Re- saque e conta de recambio...
35
Escripturação applicada..............................................
Barqueiros....
Arinadores ..................................................... 38
Fabricantes .................................................... 40
42
Agricultores 45
Sociedades anonymas .. ...............................
46
Partidas simples e partidas dobradas ................................. 47
Modelos de escripturas de sociedades.................................. 55
Exercicios ..
NOÇÕES PRELIMINARES
Commercio é a industria applicada á permutação e circu .
lação dos productos naturaes e industriaes.
A palavra commercio tem differentes accepções. Quando,
por exemplo, se diz que o commercio de Lisboa representou
contra o novo tratado com a França , o vocabulo commercio
symboliza aqui a corporação dos negociantes. Refere -se, po
rém , ao grande movimento de transacções commerciaes de
umacasa ou de uma terra, quando por exemplo dizemos : Oso
rio & C. fazem grande commercio , ou Setubal tem muito com .
mercio.
Chamam -ee indistinctamente artigos de commercio os gene
ros e mercadorias ; no entanto a palavra generos designamais
particularmente os objectos que servem para alimentação.
O commercio admitte varias divisões, e assim se distingue
em :
Commercio activo e passivo ;
>> interior e exterior ;
>> directo e indirecto ;
>> de transporte, expedição, ou commissão.
Diz- se activo o commercio, quando os productos do proprio
paiz excedem o consumo dos que importa, ou quando se ex
porta mais do que se importa. E ' passivo no caso inverso .
Diz- se interior, quando é feito entre praças do mesmo paiz
ou entre as dos paizes extrangeiros e as do proprio. Exterior
4 BIBLIOTHECA DO POVO
Supponhamos o seguinte :
DEVEM FAZENDAS GERAES HAVER
1 :0508000 3408000
9408000 3008000
1 :2008000
Erros no Diario
Erros no Razão
DOS BALANÇOS
CONTA DE LIQUIDAÇÃO
Quando um negociante se retira do negocio, ou logo que
uma sociedade se dissolve por caso de fallencia ou morte,
faz -se da mesma maneira que fica dita o inventario e balan
ço de negocio.
Cessando portanto as operações commerciaes, procede-se á
venda das mercadorias existentes; cobram - se as lettras que
ha em carteira, e pagam- se as que se tenham acceitado e an
26 BIBLIOTHECA DO POVO
DAS LETTRAS
Deve Paulo
Haver Antonio
10
Deve Joaquim
Por uma lettra que lhe foi remettida, para 10 de maio..... 1 :2008000
15
Haver Eduardo
ESCRIPTURAÇÃO APPLICADA
Banqueiros
Diario ;
Razão ;
Inventarios ;
Caixa ;
Este livro pode ser subdividido em tan .
Registro de Lettras ... tos quantas são as subdivisões d'esta
conta, adeante mencionadas
Registro de vencimentos ;
( Este livro pode ser subdivido em tan
Contas particulares... tos quantas são as subdivisões d'esta
conta, adeante mencionadas
Balancetes ;
Copiador.
O Borrador é substituido por folhas de vencimento diario,
feitas pelos empregados incarregados do expediente.
E' em vista d'estas folhas que se escripturam diariamente
os livros auxiliares,- e semanal, quinzenal ou mensalmente,
os principaes.
Os Francezes chamam a estas folhas bordereau de caisse,
bordereau d'escompte , etc.
As contas n'uma casa bancaria dividem- se em : contas es .
peciaes ou de movimento ( Caixa, Lettras a receber e Let
tras a pagar ); conta propria ou de resultados (Ganhos e Per.
das ); e contas particulares que figuram no livro Razão em
sentido collectivo (como são Contas correntes, Depositos, Con .
tas de eredito, e Devedores e Credores ).
Na práctica d'este ramo especial de commercio, está plena.
mente demonstrada a conveniencia nas subdivisões das con
tas de inovimento e resultado supra-mencionadas ; passare .
mos portanto a descrever quaes ellas são e os casos em que
se debitam e creditam.
36 BIBLIOTHECA DO POVO
Contas particulares
Fretamento redondo
Fretamento á carga
Fabricantes
Agricultores
Capital
Sociedades anonymas
Escriptura de Sociedade
em nome collectivo
II
III
IV
Escriptura de Sociedade
em commandita e por acções
VOLUME -50
Destina-se a formar em Bibliotheca economica uma verdadeira encyclopedia
conhecimentos humanos , um curioso repositorio onde os indoutos possam apprender e de
os
doutos se não infastiem de recordar.
VOLUMES PUBLICADOS :
1.a Serie . N.º 1 , Historia de Portugal. N. ° 2 , Geographia geral . N.º 3 , Mytholo
gia. N.° 4, Introducção ás sciencias physico -naturaes . N. ° 5, Arithmetica pratica. N.º
6, Zoologia. N.° 7 , Chorographia de Portugal. N.° 8, Physica elementar.-- 2.a Serie.
N.° 9, Botanica. N.° 10 , Astronomia popular. N.° 11, Desenho linear. N.° 12, Economia
politica. N.° 13, Agricultura. N.° 14, Algebra elementar. N.° 15 , Mammiferos. N.° 16, Hy.
giene. - 3.4 Serie . N.° 17, Principios geraes de Chimica . N.° 18, Noções geraes de Ju.
risprudencia. N. ° 19 , Manual do fabricante de vernizes . N. ° 20, Telegraphia electrica. N.º
21 , Geometria plana.N.°22, A Terra e os Mares. N.º 23, Acustica . N.° 24, Gymnas.
tica . – 4.4 Serie. N.° 25 , As colonias portuguezas. N.° 26, Noções de Musica. N. ° 27,
Chimica inorganica. N.° 28, Centuria de celebridades femininas. N.º 29, Mineralogia.
N.° 30, O Marquez de Pombal. N.° 31 , Geologia. N.° 32, Codigo Civil Portuguez.- 5.a
Serié . N. ° 33, Historia natural das aves. N. ° 34, Meteorologia . N.º 35 , Chorographia
do Brazil.- N.36, O Homem na serie animal.- N.° 37, Tactica e armas de guerra.
N.° 38, Direito Romano. - N.º 39, Chimica organica. - N.° 40, Grammatica Portugueza .
-6.a 'Serie . N.° 41 , Escripturação Commercial.
Cada serie de 8 volumes cartonada em percalina , 500 réis ; capa separada , para carto
nar cada serie, 100 réis.
VOLUMES A PUBLICAR :
Geometria no espaço . Mechanica . Electricidade. Reptis . Peixes . Insectos . O livro
das creanças. Historia universal. Historia sagrada. Historia do Brazil . Historia da In
quisição. A Inquisição em Portugal. O descobrimento do Brasil. Anatomia. Physiologia.
Methodos de francez, de inglez, etc. Usos e costumes dos Romanos. Litteratura portu
gueza . Litteratura brazileira. Invenções e descobertas, Artes e industrias.
OS DICCIONARIOS DO POVO
Cada diccionario completo Linguisticosede todas as especiali- | Cada diccionario completo
não poderá custar mais de economicos, indispensaveis em todas não poderá custar mais de
500 REIS as escolas, bibliothecas, fami-
lias, escriptorios commerciaes e re
600 RÉIS
EM BROCHURA partições publicas INCADERNADO
tendo os srs. assignantes, aos fasciculos, a vantagem de só dispenderem
50 RÉIS DE QUINZE EM QUINE DAS
Esta collecção, a par da publicação da Bibliotheca do Povo e das Escolas, constitue um ver
dadeiro thesouro de sciencia, e considerar-se -hão ricos de saber todos os que quizerem pos
suir estas duas collecções e folheal-as de vez em quando.
Publica -se nos dias 5 e 20 de cada mez , em fasciculos de 64 paginas pelo menos, typo miudo
mas legivel, bom papel, impressão nitida, edição estereotypada ,pelo preço de 50 réis.
Em publicação: DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUEZA
Para assignar estas publicações ou comprar quaesquer volumes avulso , dirigir -se em
Lisboa ao editor DAVID CORAZZI, Rua da Atalaya, 40 a 52 , e no Rio de Janeiro á
filial da mesma casa, 40, Rua da Quitanda, sobrado.
Todas as requisições devem ser acompanhadas da sua importancia em estampilhas, vales,
ordens ou letras de facil cobrança .
EIRO: PROPAGANDAPARA
DE INSTRUCÇÃO
Portuguezes e Brazileiros
AS
BIBLIOTHECA DO Povo
E DAS ESCOLAS
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ANATOMIA
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HUMANA
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ILLUSTRADA COM 27 GRAVURAS
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τερά
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DO 1882
cem DAVID CORÁZZI, EDITOR
EMPREZA HORAS ROMANTICAS
ver
pos Premiada com medalha de ouro da Exposição do Rio de Janeiro
tindo Administração: 40, R. da Atalaya, 52, Lisboa
Filial no Brazil : 40, R. da Quitanda , Rio de Janeiro
eem
iro á M & NUMERO M
ales, 42
INDICE
INTRODUCÇÃO . 3
OSTEOLOGIA . 10
ARTHROLOGIA 27
MYOLOGIA.. 31
ANGIOLOGIA 43
NEVROLOGIA .. 50
ESTHESIOLOGIA .. 55
ESPLANCHNOLOGIA
INTRODUCÇÃO
Definições.- Dá -se o nome de Anatomia á sciencia que tem
por objecto o estudo da organização dos seres vivos. D'este
simples enunciado se deduz que ha uma anatomia animal e
uma anatomia vegetal ; e tambem que cada especie animal e
cada especie vegetal tem a sua anatomia particular.
N'este livrinho tratamos da Anatomia humana, ou da des
cripção do organismo do homem. A anatomia humana toma
differentes designações especiaes, segundo os particulares as
pectos pelos quaes considera o organismo. E ' assim que: a
anatomia descriptiva tem por assumpto o estudo de cada or
gão do corpo humano em particular, tratando da sua denomi
nação, posição relativa, forma exterior, natureza e disposição
dos tecidos que entram na sua composição, etc .; - a anato .
min geral ou de estructura estuda à estructura intima dos
differentes tecidos que concorrem para a constituição do or
ganismo ; - a anatomia pathologica conhece das alterações
que se observam nos differentes orgãos no estado de doença ;
a anatomia cirurgica, estudando especialmenteas relações
de posição dos orgãos entre si , fornece as indicações seguras
que devem guiar a mão do operador na práctica das diversas
operações cirurgicas. A anatomia de que n'este livrinho nos
occupamos é a descriptiva.
Orgãos e funcções.- Tanto nos animaes como nos vege
taes, a vida é o resultado de um certo numero de actos, que
a Physiologia designa pelo nome de funcções. As funcções são
o producto da actividade de diversos instrumentos ou orgãos,
cujo conjuncto constitue o corpo do animal ou do vegetal.
Quando differentes orgãos concorrem para a execução de uma
mesma funcção, ao agrupamento d'elles dá-se o nome de ap
parelho. Chama-se, por exemplo, apparelho locomotor o con.
4 BIBLIOTHECA DO POVO
Osteologia
-b
€
---
--hi
ទី9 --B
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-7?
Fig. 2
14 BIBLIOTHECA DO POVO
Fig. 4 Fig. 5
B
C
D. 16
E
R 6
F 17
G 18
H.
-19
J. -8
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M 10
N 11
12
-20
P 21 13
14 -15
-22
Q 23
240
25
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27
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17
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20
21
22
23 j
24
25
26 -1
m
27
n
28
29
20
31
32
33
Angiologia
Definição.— Dá- se o nome de Angiologia á parte da Anato
miaque descreve o apparelho circulatorio, e comprehende-se
tambem n’ella o estudo dos vasos lymphaticos.
No apparelho da circulação sanguinea distinguem - se : 0
coração,as arterias, as veias e os vasos capillares .
Coração ( h, fig. 18 e 19 ).- Coração é o orgão central da cir
culação sanguinea. Está situado no lado esquerdo da cavidade
44 BIBLIOTHECA DO POVO
*
48 BIBLIOTHECA DO POVO
Nevrologia
orgão mostra
substancia
branca distri
buida em ra
mificações
atravez da cin
zenta, a modo
de uma rami
ficação de ar
vore ; d'aqui
provêm o nome
de arvore da M
vida, dado a
tal disposição.
BOLBO RA
CHIDIANO ( OO,
fig. 20 ), — E'á
porção bulbo
sa de massa
encephalica ,
immediata
mente situada
por baixo do Fig. 20 – Encephalo observado pela sua face inferior
cerebello, a
qual superior
mente corresponde á juncção d'este com o cerebro e que in.
feriormente se continúa com a medulla espinal, da qual con
stitue um prolonga
mento. Na fig. 20
está representada
por a a secção do
bolbo no ponto em
que este se conti .
núa com a medulla
} espinal .
Medulla espinal.
- E' um longo cor
dão de substancia
nervosa , que ter
mina superiormen
te no bolbo rachi
diano, e occupa to Fig. 21
do o comprimento
do canal rachidiano , desde a cabeça até a bacia , terminando
54 BIBLIOTHECA DO POVO
Esthesiologia
vido, articulados entre si, por modo que formam uma peque
na cadeia, extendida transversalmente entre a membrana do
tympano e a janella oval. São : o martello, a bigorna, o 0880
lenticular e o estribo] . O ouvido interno, tambem chamado la
byrintho, está egualmente alojado na espessura do rochedo. E'
constituido por tres cavidades, que são : o vestibulo (o qual
communica de um lado, pela janella oval , com o ouvido médio ,
e do outro por uma pequena abertura com o caracol ;-08 ca
naes semi- circulares, tres pequenos tubos osseos, curvados em
semi-circulo, e situados por cima é por traz do vestibulo, no
qual se abrem ;- o caracol (cavidade contornada en espiral) ,
situado por deante e por baixo do vestibulo, e dividido inte
riormente em duas secções (a rampa externa, que se abre no
vestibulo, e a rampa interna , que termina na janella redonda).
O nervo que preside á audiçãoé o nervo auditivo ou acustico,
o qual se ramifica n'um liquido que enche o ouvido interno.
Esplanchnologia
k k
K
K
Os orgãos secretores
da urina denominam - se
rins ( fig. 27) e estão col
locados por traz dos in
testinos, em numero de
dois, um de cada lado
das vertebras lombares.
Os rins são orgãos glan hi
dulares. A sua fórma é
similhante á do feijão ;
a sua substancia, de côr
vermelho- escura. Na pe
ripheria são constituidos
por um grande numero
de pequeninos tubos ag .
glomerados, e dirigidos
para o centro do orgão,
formando a substancia
cortical dos rinsip, p, p ) .
Estes tubos, tornando-se
rectilineos e reunindo -se
uns aos outros, formam
um certo numero de fei.
xes ou pyramides (k, k, k), Fig. 27
cujos vertices convergen
tes vão terminar em pequenas cavidades denominadas calices.
Os feixes formam um conjuncto , a que se chama substancia
tubulosa (ou medullar) dos rins. Os calices reunem -se todos
n'um sacco membranoso denominado bacinete (B), o qual se
continúa com um canal bastante longo (h) , canal que tem o
nome de uretér e se vai abrir na bexiga.
A bexiga é um reservatorio, de forma arredondada, e con
stituido por tres membranas que são, de fóra para dentro,
uma serosa, outra muscular e outra mucosa. Está situada na
parte inferior e anterior do abdomen. D'ella é a urina expel
lida para o exterior pelo canal da urethra.
Annexos aos orgãos da excreção urinaria existem os orgãos
destinados á prolificação.
FIM
Casa editora de DAVID CORAZZI , Lisboa, Ruada Atalaya, 40 a 52
PROPAGANDA DE INSTRUCÇÃO PARA PORTUGUEZES E BRAZILEIROS
BIBLIOTHECA DO POVO E DAS ESCOLAS
PUBLICA - SE NOS DIAS 10 E 25 DE CADA MEZ
REIS BÉIS
Esta publicação , notavel pela sua fabulo
50, CADA
VOLUME
sa barateza , tem a dupla vantagem de
propagar a instrucção geral e incitar ao es-
tudo as classes escolasticas e populares.
CADA
VOLUME -50
Destina-se a formar em Bibliotheca economica uma verdadeira encyclopedia de
conhecimentos humanos,um curioso repositorio onde os indoutos possam apprender e os
doutos se não infastiem de recordar.
VOLUMES PUBLICADOS :
1. Serie. N.º 1 , Historia de Portugal. N.° 2, Geographia geral, N.° 3, Mytholo :
gia . N.° 4, Introducção ás sciencias physico -naturaes. N. ° 5, Arithmetica pratica. N.º
6, Zoologia. N. ° 7 , Chorographia de Portugal. N.° 8, Physica elementar.- 2.a Serie.
N.° 9, Botanica. N.° 10, Astronomia popular. N.° 11 , Desenho linear. N.° 12, Economia
politica. N.° 13, Agricultura. N.° 14, Algebra elementar. N.°15, Mammiferos. N.° 16, Hy.
giene . - 3.4 Serie . N. ° 17 , Principios geraes de Chimica. N.° 18, Noções geraes de Ju.
risprudencia. N.°19, Manual do fabricante de vernizes. N.° 20, Telegraphia electrica. N.º
21, Geometria plana. N. ° 22 , A Terra e os Mares . N.° 23, Acustica . N.° 24, Gymnas
tica . - 4.4 Serie. N. ° 25, As colonias portuguezas. N.° 26 , Noções de Musica. N.º 27 ,
Chimica inorganica. N.° 26, Centuria de celebridades femininas. N.º 29, Mineralogia .
N.° 30, O Marquez de Pombal. N.° 31 , Geologia. N.° 32, Codigo Civil Portuguez.- 5.1
Serié. N.° 33, Historia natural das aves. N. ° 34, Meteorologia .N.° 35, Chorographia
do Brazil.— N.o 36, O Homem na serie animal.- N.° 37, Tactica e armas de guerra.
N.° 38, Direito Romano . - N.º 39, Chimica organica . - N.° 40, Grammatica Portugueza.
-6 . Serie. N. ° 41 , Escripturação Commercial. N.° 42, Anatomia Humana.
Cada serie de 8 volumes cartonada em percalina, 500 réis ; capa separada, para carto
nar cada serie, 100 réis. VOLUMES A PUBLICAR :
Geometria no espaço . Mechanica . Electricidade. Keptis. Peixes. Insectos. O livro
das creanças. Historia universal. Historia sagrada. Historia doBrazil. Historia da In
quisição. A Inquisição em Portugal. O descobrimento do Brasil. Physiologia. Biologia,
Methodos de francez, de inglez, etc. Usos e costumes dos Romanos. Litteratura portu
gueza. Litteratura brazileira . Invenções e descobertas. Artes e industrias.
OS DICCIONARIOS DO POVO
Cada diccionario completo | Linguisticosos e de todasveisas especiali- | Cada diccionario completo
omic
econ pensa
, indis s rá ar
em toda não pode cust mais de
não poderá custar mais de
500 REIS as escolas, bibliothecas, fami- 600 RÉIS
lias, escriptorios commerciaes e re INCADERNADO
EM BROC HURA partiçõ es publica s
tendo os srs. assignantes , aos fascioulos , a vantagem de só dispenderem
50 RÉIS DE QUINZE EM QUINZE DIAS
Esta collecção, a par da publicação da Bibliotheca do Povo e das Escolas, constitue um ver
dadeiro thesouro de sciencia, e considerar - se -hão ricosde saber todos os que quizerem pos
suir estas -se
Publica duasnoscollecções folheal-as
dias 5 e 20e de cada mezde
, emvezfasciculos
em quando.
de 64 paginas pelo menos , typo miudo
mas legivel, bom papel, impressão nitida, edição estereotypada ,pelo preço de 50 réis.
Em publicação: DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUEZA
Para assignar estas publicações ou comprar qnaesquer volumes avulso , dirigir-se em
Lisboa ao editor DAVID CORAZZI, Rua da Atalaya, 40 a 52 , e no Rio de Janeiro
filial da mesma casa , 40, Rua da Quitanda , sobrado .
Todas as requisições devem ser acompanhadas da sua importancia em estampilhas , value,
ordens ou letras defacil cobrança .
PROPAGANDAPARA
DE INSTRUCÇÃO
Portuguezes e Brazileiros
BIBLIOTHECA DO Povo
E DAS ESCOLAS
GEOMETRIA NO
OLU
ESPAÇO
A
A
LU
CAD
CAD
ME
ME
1882
DAVID CORAZZI, EDITOR
EMPREZA HORAS ROMANTICAS
Me NUMERO M
43
INDICE
345B 以 红红出处 约
Introducção 3
Definições preliminares..
Dos planos e das linhas relativamente aos planos 5
Angulos diedros.....
Angulos solidos .
Polyedros . 21
Polyedros eguaes.. 29
Polyedros similhantes .... 31
Superficies curvas e solidos redondos 33
Angulos esphericos .... 44
Triangulos esphericos.. 46
Polyedros inscriptos e circumscriptos á pyramide conica,
ao cylindro e á esphera .. 48
8%
Areas e volumes .... 52
ERRATAS
INTRODUCÇÃO
Fig. 2 Fig. 3
M
M
Ei H
.
B B
H
Fig . 5 Fig. 6
M
A
D
M
M
B
Fig . 9 Fig. 10
N
А C W
M
ES
P
S
B !D
B
Fig. 11 Fig. 12
A
L L
M
SI
Fig . 15
M
d '
B
B L B
Fig. 16 Fig. 17
L
ctriz do angulo Ġ OL. Do ponto C ti
rem-se as perpendiculares C De CE
ás faces do angulo diedro que passam
N
pelos traços OG e OL ; evidentemente
as perpendiculares são eguaes, visto ser
O H a bissectriz do rectilineo do die. Fig . 18
dro, d'onde concluimos que as distancias
de qualquer ponto C do plano bissector ás faces do angulo
dado são eguaes. Facilmente se demonstraria que qualquer
ponto situado fóra do plano bissector , não está egualmente
distante das faces do angulo, porque conduzindo um plano
perpendicular á aresta do diedro ( como acima fizemos ), o pon
to não existirá na bissectriz do rectilineo do diedro ; d'onde
se conclue o que se desejava demonstrar.
47. Tres pontos, não em linha recta, equidistantes das fa
ces de um angulo diedro, determinam um plano que é o bisse
ctor do diedro .
48. Dois planos parallelos cortados por um terceiro, for
mam differentes angulos que têem as seguintes denomina
ções : angulos externos e internos do mesmo lado do plano
seccante, correspondentes, alternos -externos e alternos- inter
nos. Facilmente se demonstram , pela relação que existe en
tre os angulos diedros e os seus rectilineos correspondentes,
os seguintes principios : - dois angulos diedros que têem as fa
ces parallelas são eguaes ou supplementos; dois angulos die
dros, quando as faces de um são respectivamente perpendicu
lares ás faces do outro, e as arestas parallelas, são eguaes
ou supplementos.
ANGULOS SOLIDOS
DAB
CADS>DAB
CAB - CAB
CAD .
B
B C
Fig. 19 Fig . 20
А СВ А СD BCD
ADC + ADE CDE
AED + AEB DEB
Sommando todos os angulos, e separando os que pertencem
a cada triangulo, temos :
(ABC + AČB + (ACD + ADC) + (AED + ADE +
+ (ABE + AEB) > EB C +BCD + CDE+ DEB
e, como sabemos que a somma dos angulos, EBC + BCD +
+ CDE + DEB = 4r, a somma dos supplementos dos
dois angulos de cada triangulo ( face do triedro ), isto é,
BAO + OAD + DAE + EAB,, será menor que quatro
apgulos rectos, o que se desejava demonstrar.
52. Dois angulos triedros são eguaes, quando as faces de
um são respectivainente eguaeg ás faces do outro e similhante
( * ) Alettra q depois do algarismo, designa que são tantos angulos rectos
quantos o garismo indioa .
20 BIBLIOTHECA DO POVO
mente dispostas.Sejam os angulos triedros ABC De A BIC' DI
( fig. 19); faça -se passar um plano pelos pontos B, C e D , e
outro pelos pontos B ', Ç' e D', de modo que determinem
AB = ACAD Α! Β ! AC = A' DI .
Baixaremos dos pontos A e Al as perpendiculares A Fe
A' Fl sobre os planos B C D e B'C'D ', que são eguaes, as
sim como BF= B' F', visto serem respectivamente eguaes
as faces dos triedros A B C D E A' B' C D '; teremos por
tanto eguaos as perpendiculares A F e A 'F.
Ajustando os planos eguaes B C D e BIC" Di de maneira
que B 'C' assente sobre B C e B'D' sobre BD, o ponto F
coincidirá com Feo vertice Al com A , d'onde concluimos
que se ajustam os angulos triedros, o que demonstra o theo.
rema .
03. Dois angulos triedros são eguaes quando têem um angulo
diedro egual, determinado por faces eguaes e similhantemente
dispostas. Sejam os triedros A B C D E A ' B'C' D' ( fig. 19) ;
determinam -se os planos B C D e Bl CD como fizemos no
theorema antecedente. Nos triedros dados são eguses os an
gulos diedros A B e A' B' e as faces A B C = A BIC" e
ABD = A ' B ' DI .
Ajustando A' B' sobre A B e a face A' B' C sobre A B C ,
evidentemente coincidirá tambem a face A ' B ' Di com ABD,
visto serem eguaes os diedros A B e A' B'; portanto A' DI CI
ajustar-se-ba com AD C, d'onde concluimos que os triedros
se ajustam perfeitamente, o que demonstra o theorema.
Facilmente por sobreposição se demonstrava o seguinte
caso de egualdade de triedros: Dois triedros são eguaes quan
do têem dois angulos diedros equaes, adjacentes a uma face
egual e similhantemente disposta .
64. O numero de diagonaes de um angulo solido, tiradas
com a condição de não se cortarem , é egual ao número das fa
oes menos tres, ficando o angulo solido dividido em tantos trie
dros quantas são as suas faces menos duas. Seja o angulo 80
lido Ā B CD EF ( fig. 21), e cortem - se as suas arestas por
um plano, como acima fizemos, e seja esse plaạo B CD EF
e CE e C F os traços das diagonaes do angulo solido tira
das com a condição de não se cortarem. Designando por no
numero de faces do angulo, vamos provar que o numero de
diagonaes é n - 3, e o numero de triedros em que o angulo
fioa dividido en - 2.
Como se vê na figura , temos diagonaes para todas as ares
tass menos para AB e AD; e, como o numero das aréstas é
egual ao numero de faces, temos que o numero de diago
GEOMETRIA NO ESPAÇO 21
00
Fig. 22 Fig . 28
altura
Fig. 24 Fig . 25
Fig . 28 Fig. 27
68. Prisma (fig. 26) é o polyedro com duas bases que são
dois polygonos eguaos' e parallelos, e cujas faces lateraes são
parallelogrammos.
Eixo de um priema é a perpendicular tirada entre os cen
tros das bases do prisma.
Altura do prisma ( fig. 27 ) é a perpendicular tirada de uma
das bases sobre o plano da outra base.
Aresta é a intersecção de duas faces. Como a pyramide, o
prisma tem arestas lateraes e arestas da base.
Prisma recto ( fig . 26) é aquelle cujas arestas lateraes são
perpendiculares ás bases; e obliquo ( fig. 27 ), o que está no ca
so contrario .
Prisma regular é oprisma recto cujas bases são polygonos
regulares. As bases dos prismas podem ser triangulos, qua
drilateros, pentagonos, hexagonos, heptagonos, etc.; assim o
Fig . 28 Fig . 29
di
D
AА
C
B
Fig . 30 Fig. 31
AB BV BV BC CV
ab bV ' 6V bc ovi
CV CD DV
dv '
etc. , d'onde tiramos
cV cd
AB BC CD DE
bc de
etc., d'onde concluimos que os
a6 cd
polygonos são similhantes, o que se desejava demonstrar.
61. Cortando uma pyramide por planos parallelos a base,
as áreas das secções feitas por esses planos são proporcionaes
aos quadrados das distanciasdo vertice da pyramide à essas
secções. Seja a pyramide V AB CD E F ( fig. 31 ); como sabe
mos, as áreas de dois polygonos similhantes são proporcio
naes'aos quadrados dos seus lados homologos ; temos pois
ABCDEF A B2 B C2 CD2 DE2
que ( a ) abcdef a 12 bo2 cd2 de2
EF2 FA2 VA ? VB2 VC2
etc. A perpendicular
ef? fa? Va2 V12 12
VO determina os triangulos rectangulos similhantes VOA e
V A2 ✓ 02
Voa, e temos ; logo (a)
V a? V 02
ABCDEF V 02
o que se desejava demonstrar.
abcdef V02
E
Fig . 32 Fig . 33
FH - FE2 + E H2portanto (a )
A H2= AF2 + F E2 + E H2 e visto ser
ЕН FG temos
a aresta D C, as quaes de
terminam o plano FGL,
perpendicular á mesma ares
taonde existem as perpendi
culares FO e Lo, que se K I
cortam n'um ponto 0, que
será equidistante dos verti
ces das faces ID C ... e
A B C D E. Se considerar
L
mos outras faces contiguas
KE A ... e ABCD E , le
vantando a perpendicular
MO e baixando pelos pon
tos Fe M as perpendicula .
res FH e MH sobre a ares .
ta A E , evidentemente a per
pendicular MO cortará as
outras no mesmo ponto 0, Fig. 34
porque os quadrilateros
FG LO e FHMÖ são eguaes, visto ser LG = FG = FH = .
com B ' S ' C' e CSA com C ' S' A', e portanto A B C com
A' B'C', pelo que concluimos que os tetraedros se ajustam
perfeitainente, isto é, são eguaes .
68. Dois tetraedros são eguaes quando duas faces de um são
respectivamente eguaes a duas faces do outro, similhantemente
dispostas, e eguaes os angulos diedros formados por essas faces.
Sejam os tetraedros Š ABC e S' A' B' C ( fig. 35 ), e sejam
eguae's as faces A S B e A' S' B ', A SC e A' S ' C ', e o angu
lo diedro BSAC = B'S A' C '. Demonstra - se do mesmo mo
do por sobreposição, ajustando a aresta S A com S A', a fa
ce A S C com A' S' C'; a face ASB coincidirá com A' S' B';
temos, pois, que o ponto B está assente sobre B', e C sobre
C ', d'onde concluirnos que as faces A B C e BSC se ajustam
com A' B' C' e B' S' C '; portanto os tetraedros são eguaes, o
que se desejava demonstrar.
69. Dois tetraedros são eguaes quando uma face de um é
egual a uma face do outro, eguaes e similhantemente dispostos
os tres angulos diedros adjacentes a essas faces. Sejam os te
traedros Š A BC e S' A ŘI C ( fig. 35) : a face A ŠC é egual
& A' S' C', e são eguaes e similhantemente dispostos os an
gulos diedros BSAC e B'S' A' C '; BSC A e B' S' C ' A ';
BCAS e B' C ' A' S '. Demonstra-se egualmente por sobre
posição, ajusta -se a face ASC com A' S" C '; e , visto serem
eguses os angulos diedros BSAC e B'S' A'C ', a face BSA
assentará sobre o plano da face B' SA', achando- se o ponto
B sobre este plano. Do mesmo modo, visto serem eguaes os
angulos diedros BSCA e B'S' C' A ', a face B S C assenta
rá sobre o plano da face B' S' C ', achando-se tainbem o pon
to B sobre este plano. E, pela egualdade dos diedros B C A Š
e B' C' AS', a face B A C assentará sobre B' A ' C ', pelo que
concluimos que, achando-se o ponto B tambein sobre este pla
110, elle coincide com B'; logo, todas as faces do tetraedro
SABC ajustam -se perfeitamente com as faces do tetraedro
S' A ' B'C', isto é, são eguaes, o que se desejava demonstrar.
70. Dois tetraedros são eguaes quando têem dois angulos trie
dros eguaes e similhantemente dispostos, e é egual nos dois te
traedros a aresta commum aos tricdros. Considerem -se os te
traedros S ABC e S' A'B' C ' ( fig. 35) , no3 quaes os trie
dros Se S ', B e B' são eguaes, assim como as arestas S B e
S !.B'. Facilmente se vê que as faces ASB e A ' S' B' são
eguaes, assim como as facesBS C e B' S ' C '; e, visto ser o
diedro A SBC egual a A' S' B'C', concluimos (68) que os
tetraedros vão eguaes .
71. Pelo que temos dito, podemos dispensar a demonstra
GEOMETRIA NO ESPAÇO 31
MA Fig. 36
ces dos tetraedros propostos, evi
dentemente os angulos solidos
Se S ', A e A', são eguaes. Em vir
tude da egualdade dos angulos
diedros SA e S'A' e da similhan
ça das faces dos tetraedros que
os determinam, concluimos que
as faces BSC e B ' S' C' são similliantes, e portanto eguaes
os angulos solidos B e B', Ce C !. E, como já demonstrámos
(76) que dois tetraedros são similhantes quando os seus an
gulos solidos são eguaes e similhantemente dispostos, temos
que os tetraedros dados são similhantes.
79. Dois polyedros são similhantes quando todas as faces
menos uma são similhantes, similhantemente dispostas, e eguaes
os angulos diedros formados por essas faces . Sejam os polye
dros A BCDEFGHMeabcdefghm ( fig. 37) que satis
fazem á condição de te
F
rem eguaes os angulos
M. diedros determinados
Gc
pelas suas faces respe
In
ctivamente similhan
tes, menos as faces
ABCDE e abcde.
Tirando as diagonaes
D d
d HA A C , e ha e ac,
temos (78 ) que os te
traedros HABC e '
C hab csão similhantes.
B
Considerando os po
lyedros, menos os te
Fig. 37 traedros similhantes
GEOMETRIA NO ESPAÇO 33
altura
Fig. 40 Fig. 41
Fig. 42 Fig. 43
82. Cylindro.-- E' o solido ou volume ( fig. 43) que tem por
limites duas superficies planas parallelas, que se denominam
bases, e uma su
perficie cylindri
ca. Eixo do cylin
dro é a perpendi
cular ás duas ba
ses. Raio do cy
lindro é o raio das
suas bases . () cy
lindro diz- se recto
( fig. 43, quando o
eixo é perpendi
cular ás bases ;
quando o eixo é Fig. 44
obliquo ás bases
(fig . 41), o cylindro denomina se obliquo .
Altura do cylindro é a perpendicular baixada de um ponto
de uma das bases sobre a outra. Qualquer geratriz do cylin
dro denomina-se aresta . Quando unna das bases é um circulo,
denomina - se circular.
cylindro recto de base circular pode imaginar-se gerado
( fig. 39) por um rectangulo movendo-se em - torvo de um dos
seus lados.
m
ca
P.Ma
Fig . 45 Fig. 46
Tronco de cylindro ou
cylindro troncado é a por
ção do cylindro compre
bendida entre uma base
base e um plano obliquo á
base.
83. Esphera.- E' o
solido da revolução ( fig.
45) gerado pelomov men
to de um semi - circulo em .
torno do seu diametro.
Centro da esphera é um
ponto interior igualmen
te afastado de todos os
pontos da superficie es
pherica.
Diametro da espheraé
Fig . 49 a recta que passa pelo
centro e tem ambos os
extremos na superficie da esphera. O diametro é egual ao do
bro do raio. Toda a secção feita em uma esphera por um pla
no é um circulo .
Circulo maximo da esphe 1
ra ( fig. 46) é todo o circulo
que resulta da intersecção da
esphera com um plano que
passa pelo centro. O raio de
qualquer circulo maximo é
egual ao raio da esphera.
Circulo menor da esphera
é todo o circulo que resulta
da intersecção da esphera
com um plano que não pas
sa pelo centro.
Eixo de um circulo da es
phera é o diametro perpendi
cular ao plano do circulo; os
s
seus extremo denomi nam- se
Fig . 48
pólos..
Meridiano é o circulo que resulta da intersecção da esphe
ra com um plano que passa pelo eixo do semi-circulo gerador.
Segmento espherico é uma das partes ( fig. 47) em que se de.
compõe a esphera, quandose corta por um plano. Os segmen.
tos são eguaes quando o plano passa pelo centro da esphera,
GEOMETRIA NO ESPAÇO 37
e denomina - se hemisphe Vi પે
rios.
Calotte espherica é a
porção da superficie da
esphera comprehendida
entre dois planos paral
lelos , um cortando a es
phera e outro tangente.
A circumferencia deter
minada na superficie da
esphera pelo plano que
a corta denomina- se ba
se da calotte.
Sector espherico é a
porção da esphera ( fig.
48) composta de um se
gmento e de um cóne
que, tendo o vertice no Fg. 49
centro da esphera , tem
por base a propria superficie plana d'esse segmento . O sector
espberico pode imaginar se gerado por um sector circular que
se faz girar em - torno de um dos raios extremos .
Unha ou cunha espherica é a porção da esphera limitada por
dois semi- circulos maximos que terminam em um diametro
commum, e pela porção da superficie da esphera comprehen.
dida entre elles .
Fuso ou lunula esphe
rica é a parte da super:
ficie da esphera ( fig. 49 )
limitada por duas semi
circumferencias maxi ;
mas que têem um diame
tro commum .
Camada espherica é a
porção da esphera com
prehendida entre dois
planos parallelos.
Zona espherica é a
porção da superficie da
esphera (fig . 50), com
prehendida entre dois
planos parallelos, ambos
secantes . Fig. 50
As circumferencias,
38 BIBLIOTHECA DO POVO
E
A
B'
Fig. 51
VO AO DO BO co
VO Α ' ΟΙ DIO Β ' Ο' COI
e visto serA0 - DO =
BO C O, temos que será A' O' : DIO Β ' Ο '. C
CO';
isto é, a secção Al DÎ B' C é um circulo, o que se desejava
demonstrar .
86. Denomina - se plano principal a todo o plano conduzi
do pelo eixo V O perpendicular á base ; é diz-se que o plano
é anti-parallelo á base quando é perpendicular ao plano prin
cij al .
86. Em qualquer pyramide çonica de base circular, toda a
secção anti-parallela éum circulo. Seja o plano A B V( fig. 51)
o plano principal conduzido pelo eixo V O perpendicular ao
plano da base; ܪdetermine- se a secção Al D ' B parallela ao
plano da base, e seja E D Fa eecção anti-parallela; a inter
secção d'este plano com A' D' B' é Di O'. Temos que no cir
culo Al D' B' é Dl O2 = A' O'X O ' B' (a) ; e, como são simi
Ihantes os triangulos A' O' E e Bi O' F, visto que dois angu
los de um são respectivamente eguaes a dois angulos do ou
O' Α! OF
tro, temos ou O ' A X O Bl = 0EX O ' F ; lo
O E О ВІ
T
T
U
Fig . 5% Fig . 53
Fig . 56
L
dll
A G
M m m ' n '
Fig. 57 Fig . 58
TS
C D
B a
b с
-i B
i
Fig. 59 Fig . 60
H
B
HT
F
૧
1
o que é impossivel, visto ter-se feito s < d.
2
Concluimos que não pode ser c < P , nem C = P, porque,
sendo P ' > P , teriamos C < P ', o que é absurdo, como aca
bamos de mostrar ; logo é c > P, o que se desejava demons
trar. Se considerarmos agora o prisma circumscripto, deseja
se demonstrar, designando por C a superficie convexa do cy
lindro e por P a do prisma circumscripto, que é c < P. Mais
resumidamente demonstraremos esta parte do theorema at
tendendo ás considerações que já acima fizemos.
Se não é c < P será C > P ou C = P ; considerando
C > P e designando por d a differença , temos C = P +8 (a).
Dúplicando o numero de lados do polygono base do priemà P
determinamos o prisma P'; e designando por s a differença
entre a área da base d'este polygono e a do circulo, base do
1
cylindro, de modo que seja s < 8 , evidentemente será
2
Pl + 28 > c .
Mas visto ser P > P', e como suppuzemos ( a) C = P + d,
1
temos P +28 > P + 8, d'onde tiramos 8 > 8, o que é ab.
1
surdo, visto termos considerado s < 2
8 ; logo não é c > P
nem CEP, porque sendo Pl < P teriamos C > P', o que é
absurdo como se acaba de mostrar; logo é c < P, o que se
desejava demonstrar.
121. A superficie convexa da pyramide cónica é sempre
maior que a da pyramide inscriptae menor que a da circum
scripta.A demonstração d’este theorema não julgamos de ne
cessidade apresentál-a, visto que para chegarmos á conclu.
são do principio ennunciado se pode seguir exactamente a
demonstração que démos no theorema anterior.
52 BIBLIOTHECA DO POVO
2XrXV
L
2 X V3
no hexaedro -7
3
no octaedro L = rxv ,
no dodecaedro L = " * (V15 --V3 )
L :
3
e no icosaedro L
V 10 (5 - V5 ) .
Areas e volumes
A
4
А
8 X 12 XV3
3
- 8 x 72
A":= 4 x 12 xV3, T
All = 2 X 12 V10 (5 V5 )
All = 2 X 12 * (5V3 - V15)
140. Medir o volume de um corpo é conhecer quantas ve
ves este contêm outro conhecido, o qual se considera como
unidade. A unidade de medida é o cubo cuja aresta é equal
á unidade linear, e divide- se esta unida
А
de em mil decimetros cubicos, cada deci.
с metro em mil centimetros cubicos e cada
um d'estes em mil millimetros cubicos.
Dá-se o nome de solidos equivalentes aos
que têem volumes eguaes sob fórmas dif
ferentes.
141. São equivalentes dois parallelipi
A pedos quando têem uma face commum eas
faces oppostas a esta n'um mesmo plano, tria
Fig . 66 comprehendidas entre duas parallelas. Se
jam os parallelipipedos ABCDEFGH tur
GEOMETRIA NO ESPAÇO 56
1
volume V == To X D.
8
V 93 V 3
- 9
4
V p3
3
v * V10(8+ 15)
62 BIBLIOTHECA DO POVO
2
V= - 703
3 10 + 2 V 5
154. Os volumes da esphera , do cylindro e do cone equilate
ros circumscriptos, estão entre si como os numeros 4 , 6 e 9. Te
mos que 27 r3 será o volume do cylindro circumscripto, 3 7 73
4
o do cóne. Teremos , portanto , TE 93 : 2 33 : 3 75 73. Isto é, o
3
volume da esphera, do cylindro e do cóne circumscriptos es
4
tão entre si como : 2: 3 = 4 : 6 : 9, o que se desejava .
3
155. Os volumes da esphera , do cylindro e do cóne equilate
ros inscriptos, estão entre si como 32, 12V2 e
9. Designando
seguidamente ao volume da esphera, o do cylindro equilatero
inscripto e o do cóne, temos :
4
75 73 :
түзу 2 , 3 т P3 32 : 12V2 : 9
3 2 8
2 to 12
isto é, V Xh
3
FIM
Casa editora DAVID CORAZZI, Lisboa , Rua da Atalaya, 40 a 52
OS DICCIONARIOS DO POVO
Cada diccionario completo Linguisticos e de todas asCada diecionario completo
especialidades,portateis,
não poderá custarmais de completos, economicos, não poderá custar mais de
500 REIS indispensaveis em todas as
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tondo os srs . assignantes, aos fasciculos, & vantagem de só dispenderem
50 RÉIS DE QUINZE EM QUINZE DIAS
ESTÁ PUBLICADO O
DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUEZA
ETYMOLOGICO , PROSODICO E ORTHOGRAPHICO
Um volume com 736 paginas ; preço, brochado 500 réis; encadernado em percalina, 600
réis ; em carneira , 700 réis .
No prelo = DICCIONARIO FRANCEZ-PORTUGUEZ
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Lisboa ao editor DAVID CORAZZI, Rua da Atalaya, 40 a 52, e no Rio de Janeiro á
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PARA
Portuguezes e Brazileiros
BIBLIOTHECA DO Povo
E DAS ESCOLAS
HYGIENE
DA
OLU
DA
zo
CADA
ALIMENTAÇÃO
ME
CA
wa
1882
DAVID CORAZZI, EDITOR
EMPREZA HORAS ROMANTICAS
NUMERO
44
第
INDICE
Introducção . 3
Alimentos e substancias alimentares . Divisão e classi.
ficação. Composição dos alimentos. Regimen animal e
regimen vegetal. Regras hygienicas 6
Fome e sêde ... 43
Alimentação sufficiente e insufficiente . 45
Da alimentação considerada com relação aos sexos, eda
des e diversos generos de vida ... 48
Da alimentação nos diversos climas . 51
Da alimentação durante a doença . 52
Epilogo.... 58
INTRODUCÇÃO
Agua.....
Materias azotadas .
15,00
13,25
Amido ou fecula ... 60,68
Dextrina e glycose .. 5,48
Cellulose . 2,66
Materias gordas . 1,68
Saes . 1,25
100,00
Ora a agua é um liquido, uma substancia alimentar; e quem
se nutrir com 100 grammas de trigo, apropria- se de 15 gram
mas de agua .
As materias azotadas diversas, como sabemos peloestudo da
Hygiene em geral, são muitissimo importantes; e em 100 gram
mas de trigo incontram - se 13,25 d'estas substancias utiliza
veis para a nutrição.
Egualmente n'esta porção de trigo se acham 60,68 de ami
do ou fecula, materia não azotada, mas egualmente precisa
( *) Intenda - se por assimilação o acto complexo pelo qual as substancias ali.
mentares, devidamente preparadas e transformadas, passam a fazer parte dos
diversos tecidos e humores dos animaes.
8 BIBLIOTHECA DO POVO
( * ) Chamam -se assim certos corpos que se extraem dos vegetaes e animaes,
e que, por neutralizarem os acidos, se consideram como alcalis; d'aqui o nomé
de alcaloides
.
HYGIENE DA ALIMENTAÇÃO 11
Agua.... 77,17
Fibra carnosa , fibrina, 15,80
Tecido cellular intermuscular 1,90
Albumina ... 2,20
Substancias soluveis na agua, não coagulan
do pela ebullição (creatina, etc., acido la
ctico, saes soluveis) ... 1,05
Substancias soluveis no alcool 1,80
Saes insoluveis... 0,08
100,00
Trigo Cevada
Agua . 16,00 18,10
Amido . 57,00 53,80
Dextrina .. 4.50 4,50
Glutina ... 0,42 0,28
Albumina coagulavel .. 0,26 0,28
Albumina incoagulavel. 1,55 1,55
Materia gorda . . 1,80 2,10
Albumina insoluvel.. 9,27 7,59
Materia cellulosa .. 6,10 7,70
Materia extractiva 1,40 1,60
Cinzas .. 1,70 2,50
100,00 100,00
Saes mineraes.. 30
Leguminosas .. 200
II
FOME E SÊDE
(*) Pode dizer-se que a assimilação consiste no trabalho intimo pelo qual os
alimentos, digeridos e convenientemente elaborados, passam a fazer parte do
organismo.
HYGIENE DA ALIMENTAÇÃO 47
IV
mentação, e nutre -se muitas vezes mais do que lhe sería pre
ciso e conveniente para o seu genero de vida.
Da contravenção d’estas regras em qualquer das hypothe
ses que apresentámos, nascem doenças ; e assim vemos os ope
tarios, mal nutridos, serem victimas de uma nutrição insuffi
ciente,- ao passo que o homem de vida sedentaria soffre os
inconvenientes de uma alimentação superabundante e exces
siva , e é bastantes vezes victima d'estes excessos.
Não formulamos regras a este respeito ; ellas se deduzi.
rão naturalmente das considerações apresentadas.
Quem não as souber deduzir, ou não tiver força para se
vencer , -tambem não as saberia cumprir, vendo-as escriptas.
Cabe á Hygiene Publica estabelecer as bases da alimenta
ção apropriada aos differentes generos de trabalho.
VI
certos principios,
cor
que se crê d'este puodo poderem ser postos
fóra do po .
As bebidas são em grande parte, senão na sua totalidade,
absorvidas no estomago .
Um excesso de bebidas deve pois dar a esta viscera um
augmento de trabalho, um accrescimo de actividade que a fa
tiga e que pode causar verdadeiras indigestões aquosas.
Tambema agua em excesso dilue, infraquece os principios
acidos do estomago (incarregados da primeira elaboração dos
alimentos), e portanto assima digestão.
As bebidas tomadas durante as refeições em grande quan .
tidade, devem convir aquelles individuos cujo estomago se
grega pathologicamente grande quantidade de succos acidos.
Todos os meios que a economia animal tem ao seu dispor
para se desembaraçar de um excesso de liquidos, são por ella
empregados com a maxima actividade, no caso de dieta
aquosa.
Assim augmenta a secreção do suor e da urina ; e por fim
a diarrhéa (causada pelo affluxo ao intestino de grande massa
de liquido, que o estomago não absorve) apparece, concorren
do por sua parte para debilitar as forças do doente.
A quantidade de bebidas deve pois ser cuidadosa e pru
dentemente regulada pelo medico nas doenças, e nunca se de
ve deixaristo aos cuidados empyricos dos infermeiros ou dos
proprios doentes.
Iła certas doenças muito communs e conhecidas, nas quaes
é de grande auxilio a ingestão de grande porção de liquidos.
Por exemplo, nas bexigas, no sarampo , etc., nas doenças
chamadas exanthematicas, esta práctica tem a vantagem de
actuar topicamente sobre a bocca e a garganta , conservar
desimbaraçado o ventre, e auxiliar a tendencia eliminadora
que se faz na pelle e ahi se mostra pela producção das pus
tulas .
Nas doenças para cujo tratamento é util a abundancia de
suores, a dieta aquosa é tambem de grande vantagem.
Experiencias bem feitas têem demonstrado que uma quan.
tidade abundante de agua nas veias torna mais lenta,mais
vagarosa, a absorpção.
D'isto se aproveita a clinica, prescrevendo bebidas abun
dantes nas curas em que se pretende evitar a absorpção de
certos venenos e a re -absorpção purulenta, virulenta , ou pu
trida (-) .
(*) Diz-se re- absorpção, a absorpção intima, que se passa no interior do
corpo , no amago dos nossos tecidos.
HYGIENE DA ALÍMENTAÇÃO 55
No tratamento de certas doenças renaes, como, por exem
plo, nos calculos (*) renges, areias, etc., as bebidas abundan
tes são de grandissima utilidade, diminuindo os sedimentos e
facilitandoo arrastamento d'estes pelas urinas.
As condições de temperatura dos liquidos ingeridos não
são (como era facil de prever) indifferentes; e outrotanto suc
cede para os alimentos.
Não nos permittem os limites d'este livro intrar em dila
tadas considerações a este respeito.
Mas é sabido que os liquidos quentes provocam a irradiação
de calor, e uma excitação momentanea, mui util em certos
casos.
O calorico que impregna os alimentos (diz Fondsagrives)
pode reputar-se, com razão, como o mais activo e o mais usual
dos condimentos ; e é isto tão verdade, que todos nós temos
experimentado que alimentos pezados, indigestos na tempera
tura ordinaria, são bastantes vezes digeridos, quando se lhes
augmenta o grau de calor.
Ha a este respeito uma particularidade notavel : uma pe
quena porção de calorico torna os alimentos,e as bebidas, de
mais difficil digestão, do que a privação absoluta de calo
rico .
Não é indifferente a escolba da temperatura com que se de
vem administrar as bebidas e as comidas aos doentes; e é o
inedico a pessoa, a quem pertence exclusivamente regular
esta escolha.
Não podemos fazer n'este logar considerações algumas so
bre as tisanas ou bebidas medicamentaes. Só diremos que
são ellas um complemento da dieta em certos casos.
Já foram muito mais empregadas do que actualmente, com
especialidade na França. Entre nós ainda, no campo, as deno
minadas garrafadas gosam de grandes creditos.
Diz Fongsagrives na sua Hygiene alimentar, que em Fran
ça é geral o uso de tisanas nodecorrer de uma doença agu
da, parecendo que o vulgo crê na efficacia de effeitos thera
peuticos da ingestão de grandes quantidades debebidas.
Pelo contrario na Inglaterra e nos paizes do Norte, prefe.
rem - se, a nosso ver com razão, os remedios activos em pe
queno volume, confiando -se pouco nos vehiculos (** ).
As bebidas refrigerantes e aciduladas, as limonadas, são par
EPILOGO
Tabella A
Tabella B
Bacalhau .. 04,2401
ou
Outro peixe salgado .. 04,350 3.4 e 6.20 feiras
ou
Peixe fresco .. Ok,400
Legumes (86) ........ 01 200 )
Legumes com macarrão 01 150 -Domingos e 5.as feiras
Legumes com arroz... 01,150-2.a ., 4 . feiras e sabbados
Macarrão .. 01,050 –Domingos e 5.“ feiras
ou
Arroz ... 01,050–2.a., 4.4. feiras e sabbados
Pło de munição .. 01,4501
P&o alvo .... 01,200
Caffé torrado e moido 01,020
ou Todos os dias
Caffé em grão ....... 04,0281
Assucar . 04.035
Vinho ... 01,200
Vinho para o jantar... 01,015
Azeite para as ceias
de magro . 01,015 )
Sal .... 01,025 3.28 e 6.as feiras
Vinagre .. 01,035
Lenha, carvão, etc.
Um decilitro de vinho é dado ao jantar o outro á ceia.
HYGIENE DA ALIMENTAÇÃO 61
Tabella 0
Composição do vinho.Em cada litro ha :
Agua .. 891 a 909
79 a 89
neutros
Alcool ethylico ..
Corpos
Tabella D
Tabella em que se compara a força alcoolica dos vinhos da Eu .
ropa com a dosde Portugal
Europa vinicola
alcoolica
alcoolica
especies
regiões
Força
Força
pelas
vini
cola
por
mé
dia
.
Regiões Nomes
8,8
Norte ... Vinhos da Saxonia .. 9
Vinhos da Hungria . 9
Vinhos do Rheno .. 11
Vinhos da Grecia 18
Lacryma -Christi. 18
Meio-dia . { Xerez.. 16 20,0
Lissa .. 24
Marsala .. 24
Portugal vinicola
Norte .
Vinhos de Braga .... 8
8,5
Vinhos de Coimbra . 9
Vinhos de Santarem . 16
Centro... Vinhos de Lisboa '.. 14 14,0
Vinhos de Aveiro . 12
Vinhos da Companhia . 24
Meio - dia . 1 Vinhos de Lisboa ... 20 21,6
Vinhos do Algarve.. 21
HYGIENE DA. ALIMENTAÇÃO 63
T'abella E
FIN
Casa editora DAVID OORAZZI, Lisboa, Rua da Atalaya, 40 a 52
OS DICCIONARIOS DO POVO
Cada diccionario completo Linguisticos
especialidadese ,deportate
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500 REIS indispensaveis em todas as 600 RÉIS
escolas, bibliothecas,
EM BROCHURA familias, ENCADERNADO
escriptorios commerciäes, repartições publicas, etc.
tendo os srs. assignantes, aos fasciculos, a vantagem de só dispenderom
50 RÉIS DE QUINZE EM QUINZE DIAS
ESTÁ PUBLICADO O
DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUEZA
ETYMOLOGICO, PROSODICO E ORTHOGRAPHICO
Um volume com 736 paginas; preço, brochado 500 réis; encadernado em percalina, 600
réis ; em carneira, 700 rèis .
No prelo = DICCIONARIO FRANCEZ - PORTUGUEZ
Para assignar estas publicações ou comprar quaesquer volumes avulso, dirigir - se em
Lisboa ao editor DAVID CORAZZI, Rua da Atalaya, 40 a 52, e no Rio de Janeiro á
filial da mesma casa , 40, Rua da Quitanda, sobrado.
Todas as requisições devem ser acompanhadas da sua importancia em estampilhas, valst,
ordens ou letras defacil cobrança .
PROPAGANDA DE INSTRUCÇÃO
PARA
Portuguezes e Brazileiros
BIBLIOTHECA DO Povo
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PHILOSOPHIA POPULAR
EM
OL
o
PROVERBIOS
A
unt
UM
CAD
CAD
s
50 SEGUNDO ANNO - SEXTA SERIE 250
PEUS
PELS
Cada volume abrange 64 paginas, de composi
ção cheia , edição estereotypada , -- e forma um
tratado elementar completo n'algum ramo de
sciencias, artes ou industrias, um florilegio lit
terario, ou um aggregado de conhecimentos
uteis é indispensaveis, expostos por forma
succinta e concisa, mas clara , despretenciosa,
popular, ao alcance de todas as intelligencias.
1882
DAVID CORAZZI, EDITOR
EMPREZA HORAS ROMANTICAS
Premiada com medalha de ouro na Exposição do Rio de Janeiro
Administração: 40, R. da Atalaya, 52, Lisboa
Filial no Brazil : 40, R. da Quitanda , Rio de Janeiro
NUMERO
M
45
INDICE
Cavallo fondeiro ,
A' porta do alveitar
Ou do bom cayalleiro .
« E Så de Miranda allude :
« E tambem :
«E mais :
Metaphoras
ou
Feira de Anexins
à que a vulgata nescia applaude por equivocos,
trazidos a publico
para desengano da discrição prudente
pelo
Dr. Tudo Esquadrinha
Quare ?
22 BIBLIOTHECA DO POVO
(*) Isto escrevia o illustre critico em 18/0 ! Que diria elle, se hoje fôra,
hoje que, em vez da falsa escola introduzida pelo visconde d'Arlincourt, domi.
na a escola gafa e obscena de Emilio Zola ?!
PHILOSOPHIA POPULAR EM PROVERBIOS 23
II
Casamento
Cautela e Desconfiança
Gratidão
Secentes
mal jantas e peior ceias, - mingoantes as carnes, cres
as veias.
Quem se deita sem ceia, toda a noite rabeia.
Sobre comer, dormir ; sobre cear, passos dar.
Quem ceia é logo se vai deitar, má noite ha- de passar.
Se queres inferuar, - ceia e vae te deitar.
Tens vontade de morrer ? ceia carneiro assado, e deixa- te
adormecer.
De grandes ceias estão as campas cheias.
Agua ao figo, e á pera vinho.
Sobre
las.
peras vinho bebas, e tanto bebas até que nadem el
40 BIBLIOTHECA DO POVO
Habitos inveterados
Intrepidez e Perplexidade
A necessidade é mestra .
A necessidade não tem lei .
Asno que tem fome, cardos come.
Caminhante cançado, sobe em asno, se não tem cavallo.
Não é tacha beber por borracha, quando não ha faça.
A agua salobra na terra secca é doce.
A melhor mostarda é a fome.
Onde não ba, el rei o perie,
PHILOSOPHIA POPULAR EM PROVERBIOS 47
Fugir da Occasião
Más Palavras
Não ha tão mau tempo, que o tempo não allivie seu tormento .
No soffrer e abster, está todo o vencer.
Não se pescam trutas a bragas inxatas.
Quem quer pescar, ka-de se molbar.
Quem muitas estacas mette, alguma lhe prende.
Até ao lavar dos cestos, ha vindima.
Devagar se vai ao longe.
Pequeno machado partegrande carvalbo.
Pequeno machado derruba grande sovereiro.
Pequenas achas accendem o fogo, e os madeiros grossos o
sustentam .
De pequenos grãos se ajunta grande monte.
A grãoe grãoenche a gallinha o papo .
Um grão não enche o celleiro, mas ajuda o seu companheiro.
A gotta e gotta , o mar se exgotta .
Molle, molle, – longe vai o homem .
Molle, molle,-se vai longe.
Muitas maçarocas fazem à teia, que não uma cheia.
Pobreza e Riqueza
Promessas
Segredos ;
Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso .
Nem boda sem canto, nem n.orte sem pranto .
Nem menga sem pão, nem exercito sem capitão.
Nem no inverno semcapa, nem no verão sem cabaça.
Cada qual em seu officio.
Moço guloso não é bom para tendeiro.
Nem official novo, nem barbeiro velho .
A mula com afago; o cavallo com castigo.
Arrenego do cavallo que se infreia pelorabo.
Nunca se matou ouriço cacheiro ás punhadas.
Mal se apaga o fogo com a estopa.
Pela bôcca se aquenta o forno.
Por onde vás,— assim como vires, assim farás.
Cada dia peixe, amargo o caldo.
Tudo se quer a seu tempo
Nem tão formosa que mate, nem tão feia que espante.
Nem tão velba que caia, nem tão moça que salte.
Nem com cada mal ao medico, nem com cada duvida ao let
trado.
Nem muito ao mar, nem muito á terra.
Nem a todos dar, nem com todos porfiar.
Nem com toda a fome á arca, nem com toda a sede ao cantaro .
Nem de cada malha peixe, nem de cada matta feixe.
Nem cada dia rabo de sardinha.
Nem sempre gallinha, nem sempre rainba.
A carga bem se leva ; a sobrecarga causa a quéda.
Ventura e Desventura
III
DICTADOS FAMILIARES
IV
KALENDARIO RUSTICO
(1) Festa mudavel, que pode cahir entre 80 de Abril e 8 de Junho, mas
que na maior parte dos annos cai n'alguma das quintas- feiras de Maio (sem
? A 39 dias depois do Domingo de Pasaboa,
PHILOSOPHIA POPULAR EM PROVERBIOS 61
KIM
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Portuguezes e Brazileiros
BIBLIOTHECA DO Povo
E DAS ESCOLAS
HISTORIA UNIVERSAL
LU
CADA
CADA
40
ME
50
03
PEIS
SEGUNDO ANNO -SEXTA SERIE 50
DES
Cada volume abrange 64 paginas, de composi
ção cheia, edição estereotypada, - forma um
tratado elementar completo n'algum ramo de
sciencias, artes ou industrias, um florilegio lit
terario , ou um aggregado de conhecimentos
uteis e indispensaveis, expostos por fórma
succinta e concisa, mas clara, despretenciosa,
popular, ao alcance de todas as intelligencias .
1883
DAVID CORAZZI, EDITOR
EMPREZA HORAS ROMANTICAS
NUMERO
46 *
ADVERTENOIA PRELIMINAR
1
6 BIBLIOTHECA DO POVO
(*) Magister dixit ( « foi o proprio mestre quem o disses) – tal era a fórmula
sacramental com que os escolasticos da Edade-Média usavam (á maneira dos
antigos discipulos de Pythagoras) invocar em apoio de suas opiniões a aucto.
ridade d'aquelle que então passava por unico mestre, Aristoteles.
E todavia sobre Aristoteles não pode recahir a responsabilidade dos exag.
geros, das extravagancias, dos absurdos até a que chegaram seus enthusias
ticos sectarios ,
Nem elle se pode invocar como chefe do auctoritarismo, elle que aberta .
mente declarava -- « preferir a verdade ás theorias do seu niestre Platãos ;
Amicus Plato, sed magis amica veritas.
Nem , por outro lado , as expressões do texto, a que esta nota serve de com
mentario, visam de forma alguma a contestar a auctoridade respeitavel dos
mestres, quando firmada na razão e na experiencia ; pretendem , sim , tornar
bem claro, patente e definido, que, na epocha feliz do livre -exame, simples
hypotheses o meras theorias não podem , não devem tomar- se como verdade as
sentada emquanto a experiencia e a observação não vierem justificar-lhes os
fundamentos .
HISTORIA UNIVERSAL 15
( *) Veja -se o que a este respeito fica dito a pag. 3 e 4 do opusculo a que pu
zemos por titulo Tactica e armas de guerra (vol. XXXVII da Bibliotheca do Po
vo e das Escolas).
18 BIBLIOTHECA DO POVO
(*) Fiat lux («faça -se a luz» ) -- taes são as palavras que a versão latina do
Genesis põe na bocca de Jehovah , quando este faz prodigiosamente brotar a
luz d'entre o seio das trevas .
Dixitque Deus : Fiat lux . Et facta est lux .
«E disse Deus : Faça - se a luz. E foi feita a luz,
HISTORIA UNIVERSAL 49
(*) Veja -se o que ficou díto nas pag. 6 e 7 da nossa já citada Historia de Por
tugal.
50 BIBLIOTHECA DO POVO
OS DICCIONARIOS DO POVO
Cada diccionario completo Linguisticos
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não poderá custar mais de ades,portateis, não
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EM BROCHURA familias, INCADERNADO
escriptorios commerciaes, repartições publicas, etc.
tendo os srs. assignantes, aos fasciculos, a vantagem de só dispenderem
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réis ; em carneira, 700 réis .
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1
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BIOLOGIA
JO
ADS
CAD
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พ
กา
9
REIS
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M
1883
DAVID CORAZZI, EDITOR
EMPREZA HORAS ROMANTICAS
NUMERU *
47
INDICE
3
Introducção ... 6
O protoplasma ou bioplasma .. 20
Geração espontanea ..
A vida .... 28
Darwinismo 32
48
As leis da organização . 58
Evolução phylogenetica e embryologica . 62
Conclusão ..
5 12 Lamark Lamarck
12 38 e composta é composta
19 3 presta epresta
24 43 Wirchow Virchow
32 6 Hebert Herbert
35 6 preservál-os preservál- o
37 23 Terra terra
88 6 Lamark Lamarck
50 30 dos restantes das restantes
57 21 qualidades quantidades
BIOLOGIA
INTRODUCCÃO
O PROTOPLASMA OU BIOPLASMA
VOS .
GERAÇÃO ESPONTANEA
Acabamos de estudar as propriedades de uma substancia
vital primitiva, e as suas relações com os complexos pheno.
3 menos da vida ; mas suppuzemos a existencia d'essa materia
primordial - o bioplasma, -- sem cuidarmos de inquirir qual
eraa sua proveniencia ou origem.
E' do pre enchimento d'essa lacuna, que nos vamos occu
par.
Admitte-se actualmente, de um modo terminante, que a
Terra esteve primitivamente no estado de fusão ignea : n'essa
epocha a existencia das substancias organicas, que nós hoje
conhecemos e de que somos constituidos, era totalmente im.
possivel.
Durante o longo decorrer de tempos innumeraveis, a Terra
foi-se solidificando, as aguas atmosphericas cabiram sobre a
crusta, formando os oceanos. Forçoso nos é acreditar que,
em alguma epocha d'essa successão dos tempos, apparece.
ram na Terra os primeiros organismos, e que estes devem ,
BIOLOGIA 21
A VIDA
AS LEIS DA ORGANIZAÇÃO
EVOLUÇÃO PHYLOGENETICA
E EMBRYOLOGICA
FIM
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todasis,as Cada diccionario
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não poderá custar mais de completos, economicos,
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S BIBLIOTHECA DO Povo
E DAS ESCOLAS
OL
E
OLU
CADA
A
redigido em harmonia com o programma
U
CAD
ME
ME
DO
Me NUMERO
48
INDICE
INTRODUCÇÃO .. 3
Acção DA GRAVIDADE SOBRE OS SOLIDOS.. 5
Preliminares e definições..
Centro de gravidade. Equilibrio.. 7
Balanças e Dynamometros.. 13
Quéda dos corpos e suas leis.. 21
Pendulo... 24
Acção DA GRAVIDADE SOBRE OS LIQUIDOS.. 30
Principio de Pascal e seus effeitos..
Vasos communicantes. 37
Principio de Archimedes. 40
Areometros, 43
Capillaridade e Osmose.. 46
Acção DA GRAVIDADE SOBRE OS GAZES . 47
Pressão atmospberica e Barometros.
Principio de Archimedes applicado aos gazes. Balões . 55
Compressibilidade dos gazes . Manometros ... 56
Machina pneumatica. Machina de compressão .. 59
Bombas e Syphões .. 62
GRAVIDADE
INTRODUOÇÃO
Sabe toda a gente, que um corpo, sojå elle qual fôr, quan
do abandonado a si mesmo, isto é, quando livre de qualquer
força apparente, cai, dirigindo-se para o sólo.
Este phenomeno realiza-se em todos os logares da Terra,
e com todos os corpos, apezar de parecer que as nuvens, os
balões, o fumo, etc.,constituem excepções ao que ora acaba
mos de affirmar. Adeante veremos que as proprias nuvens, !
os balões, ofumo e varios corpos analogos, estão sujeitos tam
bem da mesmas leis, assim como analysaremos as causas que
osfazemparecer privilegiados em referencia a outros.
Como é, porém , que objectos inertes e sem vontade, podem
cahir, wover-se e seguir sempre uma determinada direcção (de
cima para baixo ) enão outra ?
E' porque sobre elles actua uma determinada força que se
exerce sempre no mesmo sentido, e que portanto obriga os
corpos a seguirem uma certa direcção .
A esta força deu - se o nome de Gravidade.
Já perfunetoriamentenosreferimos a ella no livrinhoque
a Bibliotheca do Povo e das Escolas deu a lume sob o titulo
de Physica elementar (*).
Hoje, porém , cabe -nos o ensejo de sermos mais minuciosos
n'essa materia, visto que as paginas do presente volume são
especialmente destinadas a occuparem -se da Gravidade.
E assim vamos cumprindo o nosso programma que tem si
do,é, e continuará a ser proporcionar methodicamente os
differentes conhecimentos scientificos por modo que se não
Fig. 10
1
intensidade da gravidade, de do valor médio da mesma in
196
tensidaile da gravidade, o que já produz uma differença sen
sivel no pezo dos corpos .
E ' pois verdadeiro que os pezos dos,varios corpos augmen.
tam à medida que são transportados do equador para os pó
los. E não é só na differença de latitude que isto se dácorpos
; tam
bem a altitude tem influencia sensivel no pezo dos ,
porque as experiencias feitas em tal sentido têem demons
trado que a intensidade da gravidade diminue, à medida que
nos elevamos na atmosphera ,-o que dá como consequencia
pezarem 08 corpos tanto menos quanto mais afastados estão
da superficie do globo terrestre.
Quéda dos corpos, e suas leis
-Vit
Dividindo uma expressão pela outra teremos :
T
vo 76
vo
V V9 V
t
va
T
VE V §V
Vo vel
---V
parque
dade.
tudo é egual menos o valor da intensidade da gravi.
Dividindo do mesmo modo a expressão geral por esta, te
MOS :
vo 1
V 9 Vg VgT
v с Vg
g Vyt
isto é, & demonstração da 4.a lei que diz : ser a duração das
oscillações inversamente proporcional á raiz quadrada da in
tensidade da gravidade dos differentes logares.
Tudo quanto temos dito em referencia ao pendulo simples
é puramente bypothetico , por não se realizar esta especie de
pendulo ; mas chega-se na práctica a realizar pendulos com
postos que se approximam bastante dos pendulos simples.
Pendulos compostos.- Tudo quanto dissémos dos pendulos
simples se applica a estes. Mas então é necessario definir com
primento do pendulo composto pelo seguinte modo : - a distan
cia do eixo de suspensão a um ponto no interior da massa do
pendulo, que tem o nome de centro de oscillação.
Para bem percebermos o que seja este centro de oscillação,
devemos lembrar que o ponto material, que se suppunha mo
ver- se no pendulo simples, é substituido nos pendulos com
postos por uma massa maior ou menor, constituida por um
grande numero de pontos, e que cada um d'elles considerado
isoladamente (imaginando-os separados da massa total) de
veria constituir um pendulo, cujas oscillações teriam maiores
ou menores durações conforme a posição do ponto considera
do, e portanto conforme o comprimento do pendulo simples
assim formado.
Ora os pontos estão todos intimamente ligados, por consti
tuirem a massa do pendulo, e por isso não podem andar uns
mais depressa ou mais devagar do que os outros; andam to
dos coma mesma veloci de,o que quer dizer que hade ha
ver uns que são retardados e outros que são accelerados em
referencia ao movimento que teriam quando isolados . Entre
28 BIBLIOTHECA DO POVO
tv
GRAVIDADE 29
Fig. 16
Vasos communicantes
Fig . 18 Fig. 19
the
qualquer liquido, havemos de ver que em ambas as partes do
vaso se eleva o liquido a uma mesma altura ; e, se continuar
16
mos a deitar agua até chegar á superficie limitada pela linha
ab, veremos a agus sahir pelo tubo de menor diametro, por
88 BIBLIOTHECA DO POVO
NA
LAU
Fig . 20
Fig. 21
Principio de Archimedes
Fig . 27 Fig. 28
lor da pressão .
N'alguns , como
o da fig. 35, a es
cala está marcada
n'um mostrador,
para tornar o ap
parelho mais ele
gante; e então, pa
ra se poder lêr e
marcar а altura
correspondente, Fig. 34 Fig. 35 Fig. 36
colloca -se um flu
ctuador sobre o mercurio, devidamente preso a um fio, que
passa em uma roldana, é faz mover um ponteiro ( segundo
54 BIBLIOTHECA DO POVO
se acha representa
do na fig. 36 ). Con .
forme sobe ou desce
no ramo maior a co
lumna de mercurio,
assim desce ou sobe
o fluctuador, fazen
do mover po mos
trador graduado o
ponteiro indicador.
E' frequente andar
annexo a estes ba
rometros um ther
mometro ( como se
acha representado
na fig, 35 ).
Barometros metalli
cos.- Estes fundam
se na differente elas
ticidade dos metaes;
Fig . 37 e as suas graduações
são sempre marcadas por comparação com um dos outros
barometros, que se
escolhe para padrão.
Ha differentes es
pecies d'estes baro
metros.
O de Bourdon ( fig.
37), consta de um
tubo sem ar e her
meticamente fecha
do, que está preso
pela parte média ( M )
dentro de uma cai
xa, e tem as duas
metades inroladas
em circumferencia
mas completamente
livres. Estes extre
mos fazem mover
um sector dentado
(mm) que dá movi
mento a um pontei
Fig. 38 ro movel sobre um
GRAVIDADE 55
B ( de ar livre ;
Manometros de ar comprimido;
metallicos.
Todos são graduados de modo que dão os
valores em atmospheras; isto é, a unidade da
graduação é a pressão correspondente á altu.
ra de 76 centimetros da columna de mercurio
ou á atmosphera (como já deixámos indicado,
ha pouco ).
O manometro d'ar livre ( fig. 41 ), compõe-se
de um comprido tubo de vidro ( B ) aberto su
periormente, e communicando em baixo com
uma capsula ( C) tambem cheia de mercurio,
sobre a qual actua a pressão do gaz que vem
pelo tubo (ED) . O tubo de vidro (B) está fi.
xo em uma taboa ; deve ter um grande com
primento para poder servir para muitas at
mospheras, e por isso só se emprega até 6.
Para graduar este instrumento marca-se 0
quando o nivel está á mesma altura no tubo
e na capsula ; e depois, de 76 em 76 centime
tros, marca- se successivamente 1. 2. 3. 4. 5. 6
(e não mais, porque para isto já é necessario
que o tubo tenba mais de 4 metros, o que o
torna fragil e de difficil manejo),
Os manometros d'ar comprimido são rectos
e de siphão; e graduam -se ou por meio de um
manometro -padrão de ar livre, ou pela lei de
Mariotte. Em vez de ser aberto, o tubo A B
:
( fig. 42 ), onde está o mercurio, é fechado e
tem dentro uma certa quantidade d'ar que fi
ca reduzida a menor volume a medida que au
gmenta a pressão.
O manometro metallico ( fig.43) funda-se no
seguinte principio : a pressão exercida nas
paredes de um tubo inrolado em helice, tende a
desinrolál.o quando é interior, e a inrolal o
quando é exterior. O representado pela fig.
43 é o de Bourdon, que é o mais usualmente
empregado; consta de um tubo de latão de
secção elliptica (a b) inrolado em espiral, ten
do no extremo livre (b) um ponteiro, movel
Fig. 41 em um arco onde está a graduação em atmos
GRAVIDADE 59
Bua
191
Lubuskuulekin
Rc
Fig. 42 Fig . 48
Fig . 44
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1. Serie. N.º 1, Historia de Portugal. N.° 2, Geographia geral. N.º y
gia . N.° 4 , Introducção ás sciencias physico-naturaes. N.° 5, Arithmetica ;
6, Zoologia. N.° 7, Chorographia de Portugal. N.° 8, Physica elementar.
N. 9, Botanica. N.° 10, Astronomia popular. N.° 11, Desenho linear. N.° 13.
politica. N.° 13, Agricultura. N. 14, Algebra elementar. N.°15, Mammiferos.
gione. - 3.4 Serie . N.° 17, Principios geraes de Chimica . N. 18, Noções & •
risprudencia . N.° 19, Manual do fabricante devernizes . N.° 20, Telegraphia eleo
21, Geometria plana. N.° 22, À Terra é os Mares . N.° 23, Acustica . N.° 4
tica. - 4.a Serie . N.° 25 , As colonias portuguezas. N.° 26, Noções de Mu
Chimica inorganica . N.° 28 , Centuria de celebridades femininas . N.° 29, Miriam
N.° 30, OMarquez de Pombal. N.° 31, Geologia. N.° 32, Codigo Civil Portug
Serié . N.° 33, Historia natural das aves . N. ° 34, Meteorologia. N.° 35, Oh ograſ
do Brazil.- N. 36 , O Homem na serie animal.- N.° 87, Tactica e armas de caerra .
N.° 38,Direito Romano .- N.º 39, Chimica organica.- N.° 40, Grammatica Fortuguez
-6.4 Serie. N.° 41 , Escripturação commercial. N.° 42, Anatomia hun tia . Nº 4
Geometria no espaço. N.° 44, Hygiene da alimentação. N.46, Philosophie popular en
proverbios. N.° 46, Historia universal. N.° 47, Biologia. N.° 48, Gravidade.
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Mechanica . Luz. Calor. Magnetismo. Electricidade. Reptis. Peixes. Insectos o live
das creanças. O mar. Historia sagrada. Historia do Brazil. Historia da Inqu sição.Al
quisição em Portugal. O descobrimento do Brasil. Chronologia. Physiologia .' Hy ier
da habitação. Methodos de francez, de inglez, etc. Usos e costumes dos R mados !
teratura portugueza. Litteratura brazileira. Invenções e descobertas. Artes e iadustrie
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