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Gabarito Comentado: 1. Gabarito Certo Solução Rápida
Gabarito Comentado: 1. Gabarito Certo Solução Rápida
br
GABARITO COMENTADO
1. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2010 - DETRAN-ES -
Assistente Técnico de Trânsito
Na linha 17, “de que”, o emprego da preposição é obrigatório, visto que introduz o
complemento da palavra “aviso”; como ocorre, por exemplo, em aviso de férias.
Certo ( ) Errado ( )
1. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Certo ( ) Errado ( )
2. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Certo ( ) Errado ( )
3. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir.
Certo ( ) Errado ( )
4. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão está certa correta, visto que há dois complementos para o termo
“problema”.
SOLUÇÃO COMPLETA
A oração “de produzir materiais preciosos" (l.1) e o termo “de ENERGIA ELÉTRICA" (l.2)
desempenham a mesma função sintática no período.
Certo ( ) Errado ( )
5. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Acerca das ideias e estruturas linguísticas do texto a respeito da CAFCOPA, julgue o item
subsecutivo.
O termo “com a realidade" (l.8) e a oração 'que tais volumes de horas trabalhadas jamais
existiram' (l.14) desempenham a função de complemento dos adjetivos “incompatível" (l.8) e
'óbvio' (l.13), respectivamente.
Certo ( ) Errado ( )
6. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
7. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Com relação aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o seguinte item.
Na linha 13, a oração “aceitar a argumentação” funciona como complemento do adjetivo
“difícil”.
Certo ( ) Errado ( )
8. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Certo ( ) Errado ( )
9. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2009 - ADAGRI-CE - Fiscal
Estadual Agropecuário - Medicina Veterinária
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“De fato, os políticos são, muitas vezes, responsáveis por diversas mazelas
sociais”
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida
criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a
primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor
sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe
maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza,
cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins
secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de
uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, — devoção, ou talvez medo; creio
que medo.
Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais
tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando
estas páginas vierem à luz, — tu que me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entre a
linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como
agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.
— Mas, dirás tu, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi–
la depois de tantos anos?
Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da Terra, é esse
poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos
nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata
pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será
corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
(MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Assinale a frase em que o termo sublinhado exerce a função de complemento nominal e não
de adjunto-adnominal.
a) “Um mosquito é uma pequena criação da natureza para nos fazer pensar” . (André Guillois)
b) “Não é a saída do porto que determina o sucesso de uma viagem". (Anônimo)
c) “A vida é um hospital onde cada enfermo tem o desejo de troca de cama". (Baudelaire)
d) “Uma vida é uma obra de arte". (Clemenceau)
e) “Eu sou uma parte de tudo". (Lord Tennyson)
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Ter uma falha de memória é algo que não dá de jeito nenhum na escola, quando
estamos a realizar multiplicações matemáticas com plicadas de cabeça... Pode também
ser bastante desconcertante quando estamos no local de trabalho e tentamos nos
recordar do nome de um colega...
Dito isto, esquecermo-nos de nomes, ou termos pequenos lapsos de memória é
algo que acontece aos melhores!
Contudo, quando nos acontece, sentimo-nos sempre um pouco atordoados. Afinal
de contas, não há nada pior do que nos deslocarmos ao supermercado ou à mercearia
com um propósito e esquecermo-nos do que fomos fazer lá.
Se, como todos nós, também tu te questionas porque te esqueces de pequenas
coisas, a resposta é muito simples: não há nada de errado contigo.
Na verdade, um estudo divulgado, recentemente, pelo jornal científico Neuron
Journal sugere que o esquecimento é um processo natural do cérebro que pode, até,
tornar-nos mais inteligentes no final do dia!
O estudo, conduzido por um professor da Universidade de Toronto, concluiu que
ter uma memória perfeita não está, em nada, relacionado com o fato de se ter mais ou
menos inteligência. Na verdade, esquecermo-nos de pequenas coisas é algo que vai
ajudar-nos a tornarmo-nos mais inteligentes.
Tradicionalmente falando, a pessoa que lembra sempre de tudo e que tem uma
memória sem falhas é tida como uma pessoa mais inteligente. O estudo, no entanto,
conclui o contrário: as pessoas que têm pequenas falhas de memória podem, a longo
prazo, tornar-se mais inteligentes.
Os nossos cérebros são, na realidade, muito mais complexos do que pensamos. O
hipocampo (a zona onde guardamos a memória), por exemplo, precisa de ser 'limpo', de
vez em quando. Na verdade, como a CNN colocou a questão pode ajudar-te a entender:
"Devemos agarrar-nos ao que é importante e deitar fora o que não é.” Isto faz
sentido quando pensamos, por exemplo, em como é importante lembrarmo-nos do rosto
de uma pessoa, em detrimento do seu nome. Claro que, em contexto social, serão sempre
os dois importantes, mas se falarmos num contexto animal, o rosto será fundamental à
sobrevivência e o nome não.
Portanto, o cérebro não só filtra o que é importante, como descarta o que não é,
substituindo-o por memórias novas. Quando o cérebro está demasiado cheio de
memórias, o mais provável é que entre em conflito na altura da tomada eficiente de
decisões. Reter grandes memórias está a tornar-se para nós, humanos, cada vez mais
complicado, resultado do uso cada vez mais frequente das novas tecnologias e do acesso
à informação. É mais útil para nós sabermos como se escreve no Google a expressão para
procurar como se faz uma instalação de banheira do que é recordar como se fazia há 20
anos. Portanto, não há qualquer problema ter pequenas falhas de memórias. Da próxima
vez que te esqueceres de alguma coisa, lembra-te: é perfeitamente normal, é o cérebro a
fazer apenas o seu trabalho!
Leonor Antolin. Disponível em:http/WWW.híper.fm/estudo-provaesquecido-na-verdade-um-sinal-inteligência-da-
media
a) adjunto nominal.
b) objeto direto.
c) objeto indireto.
d) predicativo
e) complemento nominal.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Leia:
“Há um cemitério de bêbados na minha cidade. Nos fundos do mercado de peixe e à margem do
rio ergue-se o velho ingazeiro? ali os bêbados são felizes. A população considera- os animais
sagrados, provê suas necessidades de cachaça e peixe (...). No trivial contentam-se com as
sobras do mercado.”
(Dalton Trevisan)
Dos termos destacados no trecho acima, qual se classifica como complemento nominal?
a) do rio
b) de bêbados
c) do mercado
d) de cachaça e peixe
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SUMÁRIO
Questões sobre a aula ............................................................................................................................................... 2
Gabarito ....................................................................................................................................................................... 17
Questões Comentadas ............................................................................................................................................ 18
Os termos “trágico” (l.15), “de Uirá” (l.16) e “deste século” (l.16) exercem a mesma
função sintática, na oração em que ocorrem.
Certo ( ) Errado ( )
Ainda a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item
subsecutivo.
Certo ( ) Errado ( )
3. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2018 - ABIN - Oficial Técnico
de Inteligência - Conhecimentos Gerais
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto e às ideias nele expressas, julgue o
item que se segue.
Certo ( ) Errado ( )
No que se refere aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, assim como às
funções da linguagem e à tipologia textual, julgue o item subsequente.
A palavra “inata” (linha 18) exerce, na oração em que ocorre, a função de predicativo do
objeto.
Certo ( ) Errado ( )
Ainda a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item
subsecutivo.
Os elementos “já” (l.6), “atual” (l.35) e “Hoje” (l.38) desempenham a mesma função
sintática nas orações em que ocorrem.
Certo ( ) Errado ( )
6. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2007 - Instituto Rio Branco
- Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia
Com base nas estruturas lingüísticas, nos aspectos textuais e nas idéias apresentadas no
texto acima, julgue os itens a seguir.
Certo ( ) Errado ( )
Na oração “a fome era daquelas que as faziam comer folhas de árvores” (l.18 e 19) o
termo sublinhado funciona como complemento nominal do termo anterior “folhas”.
Certo ( ) Errado ( )
No terceiro quadrinho, na frase “Por que você não lê uma história infantil?”, o adjunto
adnominal grifado explica o substantivo “história”.
Certo ( ) Errado ( )
Com respeito a aspectos gramaticais e à compreensão das idéias do texto II, julgue os
seguintes itens.
FORA DE FOCO
cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais
avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir
totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em
laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à
escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de
pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o
pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
a) Desenvolvimento de remédios..
b) Uso de animais.
c) Vítima de diversos tipos de moléstias.
d) Emprego de cobaias.
e) Eliminação do sofrimento físico.
Marcelo Gleiser
Todo mundo quer ser livre; ou, ao menos, ter alguma liberdade de escolha na vida. Não
há dúvida de que todos temos nossos compromissos, nossos vínculos familiares, sociais e
profissionais. Por outro lado, a maioria das pessoas imagina ter também a liberdade de escolher
o que fazer, do mais simples ao mais complexo: tomo café com açúcar ou adoçante? Ponho
dinheiro na poupança ou gasto tudo? Em quem vou votar na próxima eleição? Caso com a Maria
ou não?
A questão do livre arbítrio, ligada na sua essência ao controle que temos sobre nossas
vidas, é tradicionalmente debatida por filósofos e teólogos. Mas avanços nas neurociências
estão mudando isso de forma radical, questionando a própria existência de nossa liberdade de
escolha. Muitos neurocientistas consideram o livre arbítrio uma ilusão. Nos últimos anos, uma
série de experimentos detectou algo surpreendente: nossos cérebros tomam decisões antes de
termos consciência delas. Aparentemente, a atividade neuronal relacionada com alguma
escolha (em geral, apertar um botão) ocorre antes de estarmos cientes dela. Em outras palavras,
o cérebro escolhe antes de a mente se dar conta disso.
Se este for mesmo o caso, as escolhas que achamos fazer, expressões da nossa liberdade,
são feitas inconscientemente, sem nosso controle explícito.
A situação é complicada por várias razões. Uma delas é que não existe uma definição
universalmente aceita de livre arbítrio. Alguns filósofos definem livre arbítrio como sendo a
habilidade de tomar decisões racionais na ausência de coerção. Outros consideram que o livre
arbítrio não é exatamente livre, sendo condicionado por uma série de fatores, desde a genética
do indivíduo até sua história pessoal, situação pessoal, afinidade política etc.
Existe uma óbvia barreira disciplinar, já que filósofos e neurocientistas tendem a pensar
de forma bem diferente sobre a questão. O cerne do problema parece estar ligado com o que
significa estar ciente ou ter consciência de um estado mental. Filósofos que criticam as
conclusões que os neurocientistas estão tirando de seus resultados afirmam que a atividade
neuronal medida por eletroencefalogramas, ressonância magnética funcional ou mesmo com o
implante de eletrodos em neurônios não mede a complexidade do que é uma escolha, apenas o
início do processo mental que leva a ela.
Por outro lado, é possível que algumas de nossas decisões sejam tomadas a um nível
profundo de consciência que antecede o estado mental que associamos com estarmos cientes
do que escolhemos. Por exemplo, se, num futuro distante, cientistas puderem mapear a
atividade cerebral com tal precisão a ponto de prever o que uma pessoa decidirá antes de ela
ter consciência da sua decisão, a questão do livre arbítrio terá que ser repensada pelos filósofos.
Mesmo assim, me parece que existem níveis diferentes de complexidade relacionados
com decisões diferentes, e que, ao aumentar a complexidade da escolha, fica muito difícil
atribuí-la a um processo totalmente inconsciente. Casar com alguém, cometer um crime e
escolher uma profissão são ponderações longas, que envolvem muitas escolhas parciais no
caminho que requerem um diálogo com nós mesmos. Talvez a confusão sobre o livre arbítrio
seja, no fundo, uma confusão sobre o que é a consciência humana.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2014/01/ 1396284-pensando-livremente-sobre-o-livre-arbitrio.shtml.
PREGOS
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém
os havia tocado, nenhuma ventania naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura.
Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes. Não consegui admitir
essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um
livro do italiano Alessandro Baricco, chamado Novecentos, em que ele descrevia exatamente a
mesma situação. "No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel ao seu redor, nem sequer uma
mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não se
sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?"
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um
belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho. A gente acorda de manhã e
descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a gente descobre que não
pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Nascemos, ficamos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas
inquietações, nossos desejos inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa
paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço, mas nunca se sabe quanto peso eles
podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa definição para felicidade: ser leve para
si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente fixos no mesmo
lugar. Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
a) "Os" e "diferentes".
b) "resultados" e "cenários".
c) "Os" e "cenários".
d) "O" e "resultados".
e) "O" e "cenários".
17. Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UEL (FAUEL) – 2019 - Prefeitura de
Guarapuava – PR - Procurador
O ser humano está associado ao consumo, a vida adquiriu uma dimensão virtual, imagem
é tudo, o outro é perigoso, família é meu centro, esforço resolve qualquer questão, o melhor virá
logo em seguida se eu me sacrificar, informação virou conhecimento, tecnologia resolve,
juventude será eterna, a vida pode ser controlada. Isto é quase toda a nossa filosofia atual.
O senhor acredita que hoje as pessoas estão tentando buscar o sentido da vida de uma
forma diferente? Há uma retomada às tentativas de se compreender melhor?
Existem pessoas que se perguntam pela árdua questão do sentido da vida. Mas, a maioria
busca a satisfação de necessidades rápidas como o consumo. O mais desafiador seria pensar,
“sartreanamente”, que a vida em si não apresenta um sentido prévio, mas que devemos
descobrir algo a partir da nossa realidade, pois a existência precede a essência.
O desejo pela felicidade é uma constante dos nossos tempos? Por que é importante falar
sobre a busca pela felicidade hoje?
Não. Ele é um projeto essencialmente burguês do século XIX. A felicidade neste mundo
não era o foco da maioria das civilizações anteriores. Como nós a entendemos, hoje, felicidade
é um grande projeto de classe média (que atinge gente de todas as classes) que deve apresentar
uma vida integral, plena, com saúde, estrutura familiar, bem sucedida e cheia de controles.
Felicidade é um projeto de classe média e isto marca todo o aconselhamento sobre felicidade
disponível nas redes. Aristocratas e proletários pensam e agem por outro caminho.
a) adjunto adnominal.
b) adjunto adverbial.
c) aposto.
d) vocativo.
Entre os segmentos abaixo, aquele em que o termo sublinhado atua como agente do
termo anterior é
a) sensação de insegurança.
b) degradação do espaço público.
c) administração da justiça criminal.
d) aumento dos custos operacionais.
e) reforma das instituições.
“Uma sede horrível queimava-lhe a garganta. Procurou ver as pernas e não as distinguiu: um
nevoeiro impedia-lhe a visão.”
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2010.
GABARITO
1. Certo
2. Certo
3. Errado
4. Errado
5. Errado
6. Certo
7. Errado
8. Errado
9. Certo
10. Certo
11. E
12. B
13. C
14. A
15. C
16. A
17. C
18. A
19. C
20. B
GABARITO COMENTADO
1. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2016 - Instituto Rio Branco
- Diplomata - Prova 1
Os termos “trágico” (l.15), “de Uirá” (l.16) e “deste século” (l.16) exercem a mesma
função sintática, na oração em que ocorrem.
Certo ( ) Errado ( )
1. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Ainda a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item
subsecutivo.
Certo ( ) Errado ( )
2. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
3. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2018 - ABIN - Oficial Técnico
de Inteligência - Conhecimentos Gerais
No que se refere aos aspectos linguísticos do texto e às ideias nele expressas, julgue o
item que se segue.
3. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
No que se refere aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, assim como às
funções da linguagem e à tipologia textual, julgue o item subsequente.
A palavra “inata” (linha 18) exerce, na oração em que ocorre, a função de predicativo do
objeto.
Certo ( ) Errado ( )
4. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Ainda a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto, julgue o item
subsecutivo.
Os elementos “já” (l.6), “atual” (l.35) e “Hoje” (l.38) desempenham a mesma função
sintática nas orações em que ocorrem.
Certo ( ) Errado ( )
5. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
6. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2007 - Instituto Rio Branco
- Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia
Com base nas estruturas linguísticas, nos aspectos textuais e nas ideias apresentadas no
texto acima, julgue os itens a seguir.
Certo ( ) Errado ( )
6. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Os pronomes oblíquos ME, TE, LHE, NOS, VOS, LHES, quando indicarem posse
(algo de alguém) devem ser classificados sintaticamente como adjunto adnominal.
Na oração acima, temos:
“a bala arrancara-lhe o tampo da cabeça” – há a ideia de que a bala arrancou
o tampo da cabeça dele, ideia de posse, portanto, o “lhe” exerce função de adjunto
adnominal.
Na oração “a fome era daquelas que as faziam comer folhas de árvores” (l.18 e 19) o
termo sublinhado funciona como complemento nominal do termo anterior “folhas”.
Certo ( ) Errado ( )
7. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Certo ( ) Errado ( )
8. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão está errada, visto que o termo “infantil” não explica o substantivo
que o antecede.
SOLUÇÃO COMPLETA
O termo “infantil” tem função de adjunto adnominal, mas não serve para
explicar o substantivo que o antecede, “história”, mas sim, para caracterizá-lo. Esse
adjunto adnominal possui a função adjetiva na oração, que é desempenhada por um
adjetivo “infantil”.
Com respeito a aspectos gramaticais e à compreensão das idéias do texto II, julgue os
seguintes itens.
9. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2004 - Fundação da Criança
e do Adolescente do Pará - PA (FUNCAP/PA) - Agente de Portaria
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
FORA DE FOCO
escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de
pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o
pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)
a) Desenvolvimento de remédios..
b) Uso de animais.
c) Vítima de diversos tipos de moléstias.
d) Emprego de cobaias.
e) Eliminação do sofrimento físico.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Marcelo Gleiser
Todo mundo quer ser livre; ou, ao menos, ter alguma liberdade de escolha na vida. Não
há dúvida de que todos temos nossos compromissos, nossos vínculos familiares, sociais e
profissionais. Por outro lado, a maioria das pessoas imagina ter também a liberdade de escolher
o que fazer, do mais simples ao mais complexo: tomo café com açúcar ou adoçante? Ponho
dinheiro na poupança ou gasto tudo? Em quem vou votar na próxima eleição? Caso com a Maria
ou não?
A questão do livre arbítrio, ligada na sua essência ao controle que temos sobre nossas
vidas, é tradicionalmente debatida por filósofos e teólogos. Mas avanços nas neurociências
estão mudando isso de forma radical, questionando a própria existência de nossa liberdade de
escolha. Muitos neurocientistas consideram o livre arbítrio uma ilusão. Nos últimos anos, uma
série de experimentos detectou algo surpreendente: nossos cérebros tomam decisões antes de
termos consciência delas. Aparentemente, a atividade neuronal relacionada com alguma
escolha (em geral, apertar um botão) ocorre antes de estarmos cientes dela. Em outras palavras,
o cérebro escolhe antes de a mente se dar conta disso.
Se este for mesmo o caso, as escolhas que achamos fazer, expressões da nossa liberdade,
são feitas inconscientemente, sem nosso controle explícito.
A situação é complicada por várias razões. Uma delas é que não existe uma definição
universalmente aceita de livre arbítrio. Alguns filósofos definem livre arbítrio como sendo a
habilidade de tomar decisões racionais na ausência de coerção. Outros consideram que o livre
arbítrio não é exatamente livre, sendo condicionado por uma série de fatores, desde a genética
do indivíduo até sua história pessoal, situação pessoal, afinidade política etc.
Existe uma óbvia barreira disciplinar, já que filósofos e neurocientistas tendem a pensar
de forma bem diferente sobre a questão. O cerne do problema parece estar ligado com o que
significa estar ciente ou ter consciência de um estado mental. Filósofos que criticam as
conclusões que os neurocientistas estão tirando de seus resultados afirmam que a atividade
neuronal medida por eletroencefalogramas, ressonância magnética funcional ou mesmo com o
implante de eletrodos em neurônios não mede a complexidade do que é uma escolha, apenas o
início do processo mental que leva a ela.
Por outro lado, é possível que algumas de nossas decisões sejam tomadas a um nível
profundo de consciência que antecede o estado mental que associamos com estarmos cientes
do que escolhemos. Por exemplo, se, num futuro distante, cientistas puderem mapear a
atividade cerebral com tal precisão a ponto de prever o que uma pessoa decidirá antes de ela
ter consciência da sua decisão, a questão do livre arbítrio terá que ser repensada pelos filósofos.
Mesmo assim, me parece que existem níveis diferentes de complexidade relacionados
com decisões diferentes, e que, ao aumentar a complexidade da escolha, fica muito difícil
atribuí-la a um processo totalmente inconsciente. Casar com alguém, cometer um crime e
escolher uma profissão são ponderações longas, que envolvem muitas escolhas parciais no
caminho que requerem um diálogo com nós mesmos. Talvez a confusão sobre o livre arbítrio
seja, no fundo, uma confusão sobre o que é a consciência humana.
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2014/01/ 1396284-pensando-livremente-sobre-o-livre-arbitrio.shtml.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
PREGOS
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém
os havia tocado, nenhuma ventania naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura.
Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes. Não consegui admitir
essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um
livro do italiano Alessandro Baricco, chamado Novecentos, em que ele descrevia exatamente a
mesma situação. "No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel ao seu redor, nem sequer uma
mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não se
sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?"
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um
belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho. A gente acorda de manhã e
descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a gente descobre que não
pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Nascemos, ficamos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas
inquietações, nossos desejos inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa
paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço, mas nunca se sabe quanto peso eles
podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa definição para felicidade: ser leve para
si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente fixos no mesmo
lugar. Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
a) "Os" e "diferentes".
b) "resultados" e "cenários".
c) "Os" e "cenários".
d) "O" e "resultados".
e) "O" e "cenários".
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
O ser humano está associado ao consumo, a vida adquiriu uma dimensão virtual, imagem
é tudo, o outro é perigoso, família é meu centro, esforço resolve qualquer questão, o melhor virá
logo em seguida se eu me sacrificar, informação virou conhecimento, tecnologia resolve,
juventude será eterna, a vida pode ser controlada. Isto é quase toda a nossa filosofia atual.
O senhor acredita que hoje as pessoas estão tentando buscar o sentido da vida de uma
forma diferente? Há uma retomada às tentativas de se compreender melhor?
Existem pessoas que se perguntam pela árdua questão do sentido da vida. Mas, a maioria
busca a satisfação de necessidades rápidas como o consumo. O mais desafiador seria pensar,
“sartreanamente”, que a vida em si não apresenta um sentido prévio, mas que devemos
descobrir algo a partir da nossa realidade, pois a existência precede a essência.
O desejo pela felicidade é uma constante dos nossos tempos? Por que é importante falar
sobre a busca pela felicidade hoje?
Não. Ele é um projeto essencialmente burguês do século XIX. A felicidade neste mundo
não era o foco da maioria das civilizações anteriores. Como nós a entendemos, hoje, felicidade
é um grande projeto de classe média (que atinge gente de todas as classes) que deve apresentar
uma vida integral, plena, com saúde, estrutura familiar, bem sucedida e cheia de controles.
Felicidade é um projeto de classe média e isto marca todo o aconselhamento sobre felicidade
disponível nas redes. Aristocratas e proletários pensam e agem por outro caminho.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
a) adjunto adnominal.
b) adjunto adverbial.
c) aposto.
d) vocativo.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Entre os segmentos abaixo, aquele em que o termo sublinhado atua como agente do
termo anterior é
a) sensação de insegurança.
b) degradação do espaço público.
c) administração da justiça criminal.
d) aumento dos custos operacionais.
e) reforma das instituições.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“Uma sede horrível queimava-lhe a garganta. Procurou ver as pernas e não as distinguiu: um
nevoeiro impedia-lhe a visão.”
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2010.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Os pronomes oblíquos ME, TE, LHE, NOS, VOS, LHES, quando indicarem posse
(algo de alguém) devem ser classificados sintaticamente como adjunto adnominal.
Nas orações acima, temos:
“queimava-lhe a garganta” – queimava a sua garganta (a garganta dele – ideia
de posse)
“impedia-lhe a visão” – impedia a sua visão (a visão dele – ideia de posse)
SUMÁRIO
Questões sobre a aula ............................................................................................................................................... 2
Gabarito ....................................................................................................................................................................... 15
Questões Comentadas ............................................................................................................................................ 16
Com relação ao sentido e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item
subsequente.
Certo ( ) Errado ( )
Com referência às ideias do texto acima e às estruturas nele empregadas, julgue os itens
seguintes.
Certo ( ) Errado ( )
Julgue os itens seguintes, referentes aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto acima.
O complemento verbal “por criminosos que andavam livremente pelas ruas com fuzis e
metralhadoras” (l.9-10) designa o ser que pratica a ação verbal.
Certo ( ) Errado ( )
Os termos “pela quantidade de pessoas" (l. 17 e 18) e “pelos representantes dos partidos
políticos" (l.20) funcionam como agentes da passiva das orações em que ocorrem.
Certo ( ) Errado ( )
5. CESPE - 2017 - Tribunal Regional Federal / 1ª Região (TRF 1ª) - Analista Judiciário
Certo ( ) Errado ( )
Os termos "três poderes" (L.8) e "temas" (L.9) têm função sintática idêntica no período
em que estão inseridos.
Certo ( ) Errado ( )
A respeito das idéias e das estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens
subseqüentes.
Certo ( ) Errado ( )
TEXTO REFERÊNCIA
1
Muitos acreditam que chegamos à velhice do Estado
nacional. Desde 1945, dizem, sua soberania foi ultrapassada
pelas redes transnacionais de poder, especialmente as do
capitalismo global e da cultura pós-moderna. Alguns
5
pós-modernistas levam mais longe a argumentação, afirmando
que isso põe em risco a certeza e a racionalidade da civilização
moderna, entre cujos esteios principais se insere a noção segura
e unidimensional de soberania política absoluta, inserida no
conceito de Estado nacional. No coração histórico da sociedade
10
moderna, a Comunidade Europeia (CE) supranacional parece
dar especial crédito à tese de que a soberania político-nacional
vem fragmentando-se. Ali, tem-se às vezes anunciado a morte
efetiva do Estado nacional, embora, para essa visão, uma
aposentadoria oportuna talvez fosse a metáfora mais adequada.
15
O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que,
embora a situação europeia seja singular, seu progresso para
além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica,
pois “o contexto contemporâneo favorece sistematicamente a
transformação dos Estados em confederatii, condominii ou
20
federatii, numa variedade de contextos”.
É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas
políticas, que trazem à memória algumas formas mais antigas,
como lembra o latim usado por Schmitter. Estas nos obrigam
a rever nossas ideias do que devem ser os Estados
25
contemporâneos e suas inter-relações. De fato, nos últimos
25 anos, assistimos a reversões neoliberais e transnacionais de
alguns poderes de Estados nacionais. No entanto, alguns de
seus poderes continuam a crescer. Ao longo desse mesmo
período recente, os Estados regularam cada vez mais as esferas
30
privadas íntimas do ciclo de vida e da família. A
regulamentação estatal das relações entre homens e mulheres,
da violência familiar, do cuidado com os filhos, do aborto e de
hábitos pessoais que costumavam ser considerados particulares,
como o fumo, continua a crescer. A política estatal de proteção
35
ao consumidor e ao meio ambiente continua a proliferar. Tudo
indica que o enfraquecimento do Estado nacional da Europa
Michael Mann. Estados nacionais na Europa e noutros continentes: diversificar, desenvolver, não morrer. In: Gopal Balakrishnan.
Um mapa da questão nacional. Vera Ribeiro (Trad.). Rio de Janeiro: Contraponto, 2000, p. 311-4 (com adaptações).
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2004 - TJ-AP - Analista
Judiciário - Área Judiciária
A respeito das idéias e das estruturas do texto acima, julgue os itens seguintes.
As idéias e a correção gramatical do texto serão mantidas, caso o trecho na voz passiva
“as jornadas (...) de família” (l.43-46) seja reescrito na voz ativa como juízes, promotores,
escrivães e policiais, bem como toda a infra-estrutura para a realização de audiências
cíveis, criminais e de família, compõem as jornadas itinerantes.
Certo ( ) Errado ( )
O Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos foi criado em
2004 e a política nacional para a área em 2007. Passos importantes, mas insuficientes. Segundo
o governo federal, o Programa de Proteção foi implementado em apenas oito estados: Bahia,
Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
A falta de recursos, infraestrutura e coordenação entre autoridades federais e estaduais
é problema importante que o impede de alcançar seu objetivo. Cerca de 300 pessoas estão sob
proteção do Programa e, mesmo assim, muitas delas seguem o mesmo caminho que Alexandre
Anderson, líder de pescadores artesanais na Baía de Guanabara, que protesta contra os
impactos ambientais das empresas petroquímicas que se instalam na área, e teve que sair do
Rio de Janeiro por conta de ameaças de milícias. O afastamento faz com que se enfraqueçam os
vínculos com suas comunidades e fragiliza a continuidade de suas lutas.
(Adaptado. Átila Roque, O Globo, 20/12/2012)
Todas as frases a seguir – retiradas do texto original completo – estão na voz passiva. A
frase em que o agente da ação verbal sublinhada está identificado é:
a) “O Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos foi criado
em 2004 e a política nacional para a área em 2007".
b) “Segundo o governo federal, o Programa de Proteção foi implementado em apenas
oito estados:...".
c) “De 2010 até setembro deste ano, foram observados 300 casos de ataques sexuais
na região...".
d) “Em apenas quatro casos os responsáveis pelas agressões foram punidos".
e) “As mulheres são vítimas de ataques sexuais que são realizados por bandidos
contratados com o propósito de humilhá‐las".
12. AOCP - 2014 - Ministério Público da Bahia - BA (MPE/BA) - Analista Técnico - Área
Contabilidade
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
[...] A exemplo do que ocorre no Brasil, na maioria dos países desenvolvidos os pais
matriculam seus filhos na escola púbica mais próxima de sua casa. A grande diferença é que, na
maior parte das nações, as escolas de diferentes bairros são semelhantes: elas se parecem muito
entre si, no que fazem e nos resultados. No Brasil as escolas se parecem mais com os bairros
onde estão localizadas. Elas têm, portanto, a cara do bairro.
Sabemos como fazer uma escola de qualidade, uma escola boa. Há inclusive escolas
públicas assim no Brasil, algumas centenas delas, ou talvez poucos milhares. São escolas de
prestígio, de alto padrão, onde o ensino é de qualidade, os alunos estudam e aprendem e os
resultados são elevados. São escolas militares, colégios de aplicação e unidades estaduais ou
municipais aqui e ali que possuem as mesmas características. Mas essas escolas são poucas –
uma pequena fração entre as mais de 120.000 unidades urbanas de ensino fundamental.
Nunca aprendemos a fazer aquilo que os países desenvolvidos sempre fizeram: manter
um padrão. E quando o nível cai, há mecanismos para trazer a escola de volta. Resultado:
embora sejam obrigados a matricular seus filhos na escola do bairro, os pais sabem que o ensino
oferecido ali é semelhante ao proporcionado por unidades de outros bairros. E sabem que se
seus filhos se esforçarem também obterão bons resultados.
As estatísticas produzidas pela OCDE ilustram esse fenômeno de maneira muito clara.
Nos países desenvolvidos, a diferença da média das notas das escolas é relativamente pequena
– raramente ultrapassa os 30%. Essa diferença é enorme no Brasil.
Manter uma rede de escolas de padrão não significa que todas as unidades são idênticas,
que recebem os mesmos recursos, que são 100% padronizadas. Ao contrário, para ter
resultados semelhantes, as escolas precisam de recursos distintos – pois algumas têm mais
problemas e desafios do que outras. Para promover a igualdade é necessário tratar
desigualmente os desiguais. Escolas que caem no desempenho recebem ajuda extra; escolas
com maior número de alunos com dificuldade de aprendizado recebem mais e melhores
recursos, e assim por diante.
A exemplo do fator que nos faz semelhantes como seres humanos, há uma DNA a tornar
parecido o desempenho das escolas. O segredo de uma rede de qualidade está na maneira como
se forma o DNA da escola, os fatores que asseguram que todas as unidades da rede possam
funcionar e atingir níveis de desempenho semelhantes.
O que torna uma rede de escolas boa não é muito diferente do que torna uma escola boa.
Mas criar uma rede boa é muito diferente de criar uma escola boa.
Adaptado de http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/qualidade-na-educacao- o-dna-das-escolas
Na oração: “O alvo foi atingido por uma bomba formidável”, a locução por uma bomba
formidável tem a função de:
a) Objeto direto
b) agente da passiva
c) Adjunto adverbial
d) Complemento nominal
e) Adjunto adnominal
14. FGV - 2009 - SEFAZ-RJ - Fiscal de Rendas - Prova 1
a) objeto direto
b) objeto indireto
c) agente da passiva
d) complemento nominal
e) adjunto adverbial
UM CHÁ MALUCO
Em frente à casa havia uma mesa posta sob uma árvore, e a Lebre de Março e o
Chapeleiro estavam tomando chá; entre eles estava sentado um Caxinguelê, que dormia a sono
solto [...]
Era uma mesa grande, mas os três estavam espremidos numa ponta. “Não há lugar! Não
há lugar!”, gritaram ao ver Alice se aproximando. “Há lugar de sobra!”, disse Alice indignada, e
sentou-se numa grande poltrona à cabeceira.
[...]
“Não foi muito polido de sua parte sentar-se sem ser convidada”, retrucou a Lebre de
Março.
“Não sabia que mesa era sua”, declarou Alice, “está posta para muito mais do que três
pessoas.”
“Seu cabelo está precisando de um corte”, disse o Chapeleiro. Fazia algum tempo que
olhava para Alice com muita curiosidade e essas foram suas primeiras palavras.
“Devia aprender a não fazer comentários pessoais”, disse Alice com alguma severidade;
“é muito indelicado.
” O Chapeleiro arregalou os olhos ao ouvir isso, mas disse apenas: “Por que um corvo se
parece com uma escrivaninha?”
“Oba, vou me divertir um pouco agora!”, pensou Alice. “Que bom que tenham começado
a propor adivinhações”. E acrescentou em voz alta: “acho que posso matar esta”.
“Está sugerindo que pode achara resposta?”, perguntou a Lebre de Março.
“Exatamente isso”, declarou Alice.
“Então deveria dizer o que pensa”, a Lebre de Março continuou.
“Eu digo”, Alice respondeu apressadamente; “pelo menos... pelo menos eu penso o que
digo... é a mesma coisa, não?”
“Nem de longe a mesma coisa!”, disse o Chapeleiro. “Seria como dizer que ‘vejo o que
como’ é a mesma coisa que ‘como o que vejo’!”
“Ou o mesmo que dizer”, acrescentou a Lebre de Março, “que ‘aprecio o que tenho’ é a
mesma coisa que ‘tenho o que aprecio’!”
“Ou o mesmo que dizer”, acrescentou o Caxinguelê, que parecia estar falando dormindo,
“que ‘respiro quando durmo’ é a mesma coisa que ‘durmo quando respiro’!”
“É a mesma coisa no seu caso”, disse o Chapeleiro, e nesse ponto a conversa arrefeceu e
o grupo ficou sentado em silêncio por um minuto, enquanto Alice refletia sobre tudo de que
conseguia se lembrar sobre corvos e escrivaninhas, o que não era muito.
O Chapeleiro foi o primeiro a quebrar o silêncio. “Que dia do mês é hoje?”, disse,
voltando-se para Alice. [...]
Alice pensou um pouco e disse: “Dia quatro.”
“Dois dias de atraso!”, suspirou o Chapeleiro. “Eu lhe disse que manteiga não ia fazer bem
para o maquinismo”, acrescentou, olhando furioso para a Lebre de Março.
“Era manteiga da melhor qualidade”, respondeu humildemente a Lebre de Março.
“Sim, mas deve ter entrado um pouco de farelo”, o Chapeleiro rosnou. “Você não devia
ter usado a faca de pão.
”A Lebre de Março pegou o relógio e contemplou-o melancolicamente. Depois
mergulhou-o na sua xícara de chá, e fitou-o de novo. Mas não conseguiu encontrar nada melhor
para dizer que seu primeiro comentário: “Era manteiga da melhor qualidade.” [...]
CARROL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. p. 67-9.
"Foi construída em 1942, em pedra basáltica, e ostenta uma torre de mais de 40 metros de altura.” (l. 21 a 22).
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
GABARITO
1. Errado
2. Certo
3. Certo
4. Errado
5. Errado
6. Certo
7. Errado
8. Errado
9. Certo
10. Certo
11. E
12. D
13. B
14. A
15. C
16. C
17. A
18. E
19. B
20. B
GABARITO COMENTADO
1. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2012 - PC-AL - Delegado
de Polícia
Com relação ao sentido e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item
subsequente.
Certo ( ) Errado ( )
1. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Na oração, "Foi, portanto, durante o século XIX e início do século XX, que
assistimos à dominação política e econômica de países considerados
economicamente subdesenvolvidos pelas grandes potências da Europa" podemos
observar que:
O trecho "pelas grandes potências da Europa" exerce a função de agente da
passiva. Mas, o núcleo do predicado é o termo "considerados" e não o termo
"subdesenvolvidos".
Com referência às ideias do texto acima e às estruturas nele empregadas, julgue os itens
seguintes.
Certo ( ) Errado ( )
2. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Julgue os itens seguintes, referentes aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto acima.
O complemento verbal “por criminosos que andavam livremente pelas ruas com fuzis e
metralhadoras” (l.9-10) designa o ser que pratica a ação verbal.
Certo ( ) Errado ( )
3. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“...era dominada por criminosos que andavam livremente pelas ruas com fuzis
e metralhadoras”
Era dominada por quem? “por criminosos...”
O termo “por criminosos” exerce a função de agente da passiva, pois executa
a ação verbal de uma oração na voz passiva.
Os termos “pela quantidade de pessoas" (l. 17 e 18) e “pelos representantes dos partidos
políticos" (l.20) funcionam como agentes da passiva das orações em que ocorrem.
Certo ( ) Errado ( )
4. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
5. CESPE - 2017 - Tribunal Regional Federal / 1ª Região (TRF 1ª) - Analista Judiciário
Certo ( ) Errado ( )
5. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Apenas dois dos três termos em destaque são classificados como agente da
passiva.
SOLUÇÃO COMPLETA
6. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“A decisão de construir [...] foi pensada e repensada [...] por mim, pelos
integrantes da Assembleia Legislativa e pelos meus auxiliares”.
O termo “A decisão” exerce a função sujeito paciente;
“foi pensada e repensada” – formação de voz passiva analítica, verbo auxiliar
(foi) + verbo principal (pensada e repensada).
“por mim, pelos integrantes da Assembleia Legislativa e pelos meus auxiliares”
– os termos (os três núcleos destacados acima) exercem a função de agente da
passiva.
Os termos "três poderes" (L.8) e "temas" (L.9) têm função sintática idêntica no período
em que estão inseridos.
Certo ( ) Errado ( )
7. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão está errada, visto que os termos não possuem a mesma função
sintática.
SOLUÇÃO COMPLETA
A respeito das idéias e das estruturas lingüísticas do texto acima, julgue os itens
subseqüentes.
Certo ( ) Errado ( )
8. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“Em outras palavras, os gregos sabiam que, em qualquer situação, ir além dos
limites representava o risco certo de ser punido por Nêmesis”.
No caso de reescrever a frase para a voz ativa, Nêmesis iria puni-los (os
gregos).
TEXTO REFERÊNCIA
1
Muitos acreditam que chegamos à velhice do Estado
nacional. Desde 1945, dizem, sua soberania foi ultrapassada
pelas redes transnacionais de poder, especialmente as do
capitalismo global e da cultura pós-moderna. Alguns
5
pós-modernistas levam mais longe a argumentação, afirmando
que isso põe em risco a certeza e a racionalidade da civilização
moderna, entre cujos esteios principais se insere a noção segura
e unidimensional de soberania política absoluta, inserida no
conceito de Estado nacional. No coração histórico da sociedade
10
moderna, a Comunidade Europeia (CE) supranacional parece
dar especial crédito à tese de que a soberania político-nacional
vem fragmentando-se. Ali, tem-se às vezes anunciado a morte
efetiva do Estado nacional, embora, para essa visão, uma
aposentadoria oportuna talvez fosse a metáfora mais adequada.
15
O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que,
embora a situação europeia seja singular, seu progresso para
além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica,
pois “o contexto contemporâneo favorece sistematicamente a
transformação dos Estados em confederatii, condominii ou
20
federatii, numa variedade de contextos”.
É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas
políticas, que trazem à memória algumas formas mais antigas,
como lembra o latim usado por Schmitter. Estas nos obrigam
a rever nossas ideias do que devem ser os Estados
25
contemporâneos e suas inter-relações. De fato, nos últimos
25 anos, assistimos a reversões neoliberais e transnacionais de
alguns poderes de Estados nacionais. No entanto, alguns de
seus poderes continuam a crescer. Ao longo desse mesmo
período recente, os Estados regularam cada vez mais as esferas
30
privadas íntimas do ciclo de vida e da família. A
regulamentação estatal das relações entre homens e mulheres,
da violência familiar, do cuidado com os filhos, do aborto e de
hábitos pessoais que costumavam ser considerados particulares,
como o fumo, continua a crescer. A política estatal de proteção
35
ao consumidor e ao meio ambiente continua a proliferar. Tudo
indica que o enfraquecimento do Estado nacional da Europa
Michael Mann. Estados nacionais na Europa e noutros continentes: diversificar, desenvolver, não morrer. In: Gopal Balakrishnan.
Um mapa da questão nacional. Vera Ribeiro (Trad.). Rio de Janeiro: Contraponto, 2000, p. 311-4 (com adaptações).
9. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2004 - TJ-AP - Analista
Judiciário - Área Judiciária
A respeito das idéias e das estruturas do texto acima, julgue os itens seguintes.
As idéias e a correção gramatical do texto serão mantidas, caso o trecho na voz passiva
“as jornadas (...) de família” (l.43-46) seja reescrito na voz ativa como juízes, promotores,
escrivães e policiais, bem como toda a infra-estrutura para a realização de audiências
cíveis, criminais e de família, compõem as jornadas itinerantes.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
O Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos foi criado em
2004 e a política nacional para a área em 2007. Passos importantes, mas insuficientes. Segundo
o governo federal, o Programa de Proteção foi implementado em apenas oito estados: Bahia,
Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
A falta de recursos, infraestrutura e coordenação entre autoridades federais e estaduais
é problema importante que o impede de alcançar seu objetivo. Cerca de 300 pessoas estão sob
proteção do Programa e, mesmo assim, muitas delas seguem o mesmo caminho que Alexandre
Anderson, líder de pescadores artesanais na Baía de Guanabara, que protesta contra os
impactos ambientais das empresas petroquímicas que se instalam na área, e teve que sair do
Rio de Janeiro por conta de ameaças de milícias. O afastamento faz com que se enfraqueçam os
vínculos com suas comunidades e fragiliza a continuidade de suas lutas.
(Adaptado. Átila Roque, O Globo, 20/12/2012)
Todas as frases a seguir – retiradas do texto original completo – estão na voz passiva. A
frase em que o agente da ação verbal sublinhada está identificado é:
a) “O Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos foi criado
em 2004 e a política nacional para a área em 2007".
b) “Segundo o governo federal, o Programa de Proteção foi implementado em apenas
oito estados:...".
c) “De 2010 até setembro deste ano, foram observados 300 casos de ataques sexuais
na região...".
d) “Em apenas quatro casos os responsáveis pelas agressões foram punidos".
e) “As mulheres são vítimas de ataques sexuais que são realizados por bandidos
contratados com o propósito de humilhá‐las".
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
12. AOCP - 2014 - Ministério Público da Bahia - BA (MPE/BA) - Analista Técnico - Área
Contabilidade
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
[...] A exemplo do que ocorre no Brasil, na maioria dos países desenvolvidos os pais
matriculam seus filhos na escola púbica mais próxima de sua casa. A grande diferença é que, na
maior parte das nações, as escolas de diferentes bairros são semelhantes: elas se parecem muito
entre si, no que fazem e nos resultados. No Brasil as escolas se parecem mais com os bairros
onde estão localizadas. Elas têm, portanto, a cara do bairro.
Sabemos como fazer uma escola de qualidade, uma escola boa. Há inclusive escolas
públicas assim no Brasil, algumas centenas delas, ou talvez poucos milhares. São escolas de
prestígio, de alto padrão, onde o ensino é de qualidade, os alunos estudam e aprendem e os
resultados são elevados. São escolas militares, colégios de aplicação e unidades estaduais ou
municipais aqui e ali que possuem as mesmas características. Mas essas escolas são poucas –
uma pequena fração entre as mais de 120.000 unidades urbanas de ensino fundamental.
Nunca aprendemos a fazer aquilo que os países desenvolvidos sempre fizeram: manter
um padrão. E quando o nível cai, há mecanismos para trazer a escola de volta. Resultado:
embora sejam obrigados a matricular seus filhos na escola do bairro, os pais sabem que o ensino
oferecido ali é semelhante ao proporcionado por unidades de outros bairros. E sabem que se
seus filhos se esforçarem também obterão bons resultados.
As estatísticas produzidas pela OCDE ilustram esse fenômeno de maneira muito clara.
Nos países desenvolvidos, a diferença da média das notas das escolas é relativamente pequena
– raramente ultrapassa os 30%. Essa diferença é enorme no Brasil.
Manter uma rede de escolas de padrão não significa que todas as unidades são idênticas,
que recebem os mesmos recursos, que são 100% padronizadas. Ao contrário, para ter
resultados semelhantes, as escolas precisam de recursos distintos – pois algumas têm mais
problemas e desafios do que outras. Para promover a igualdade é necessário tratar
desigualmente os desiguais. Escolas que caem no desempenho recebem ajuda extra; escolas
com maior número de alunos com dificuldade de aprendizado recebem mais e melhores
recursos, e assim por diante.
A exemplo do fator que nos faz semelhantes como seres humanos, há uma DNA a tornar
parecido o desempenho das escolas. O segredo de uma rede de qualidade está na maneira como
se forma o DNA da escola, os fatores que asseguram que todas as unidades da rede possam
funcionar e atingir níveis de desempenho semelhantes.
O que torna uma rede de escolas boa não é muito diferente do que torna uma escola boa.
Mas criar uma rede boa é muito diferente de criar uma escola boa.
Adaptado de http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/qualidade-na-educacao- o-dna-das-escolas
SOLUÇÃO RÁPIDA
O termo “pela OCDE” exerce a função de agente da passiva, pois pratica a ação
do verbo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Na oração: “O alvo foi atingido por uma bomba formidável”, a locução por uma bomba
formidável tem a função de:
a) Objeto direto
b) agente da passiva
c) Adjunto adverbial
d) Complemento nominal
e) Adjunto adnominal
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
A oração “A enxurrada descia pela avenida com violência” não apresenta agente
da passiva.
SOLUÇÃO COMPLETA
a) objeto direto
b) objeto indireto
c) agente da passiva
d) complemento nominal
e) adjunto adverbial
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
UM CHÁ MALUCO
Em frente à casa havia uma mesa posta sob uma árvore, e a Lebre de Março e o
Chapeleiro estavam tomando chá; entre eles estava sentado um Caxinguelê, que dormia a sono
solto [...]
Era uma mesa grande, mas os três estavam espremidos numa ponta. “Não há lugar! Não
há lugar!”, gritaram ao ver Alice se aproximando. “Há lugar de sobra!”, disse Alice indignada, e
sentou-se numa grande poltrona à cabeceira.
[...]
“Não foi muito polido de sua parte sentar-se sem ser convidada”, retrucou a Lebre de
Março.
“Não sabia que mesa era sua”, declarou Alice, “está posta para muito mais do que três
pessoas.”
“Seu cabelo está precisando de um corte”, disse o Chapeleiro. Fazia algum tempo que
olhava para Alice com muita curiosidade e essas foram suas primeiras palavras.
“Devia aprender a não fazer comentários pessoais”, disse Alice com alguma severidade;
“é muito indelicado.
” O Chapeleiro arregalou os olhos ao ouvir isso, mas disse apenas: “Por que um corvo se
parece com uma escrivaninha?”
“Oba, vou me divertir um pouco agora!”, pensou Alice. “Que bom que tenham começado
a propor adivinhações”. E acrescentou em voz alta: “acho que posso matar esta”.
“Está sugerindo que pode achara resposta?”, perguntou a Lebre de Março.
“Exatamente isso”, declarou Alice.
“Então deveria dizer o que pensa”, a Lebre de Março continuou.
“Eu digo”, Alice respondeu apressadamente; “pelo menos... pelo menos eu penso o que
digo... é a mesma coisa, não?”
“Nem de longe a mesma coisa!”, disse o Chapeleiro. “Seria como dizer que ‘vejo o que
como’ é a mesma coisa que ‘como o que vejo’!”
“Ou o mesmo que dizer”, acrescentou a Lebre de Março, “que ‘aprecio o que tenho’ é a
mesma coisa que ‘tenho o que aprecio’!”
“Ou o mesmo que dizer”, acrescentou o Caxinguelê, que parecia estar falando dormindo,
“que ‘respiro quando durmo’ é a mesma coisa que ‘durmo quando respiro’!”
“É a mesma coisa no seu caso”, disse o Chapeleiro, e nesse ponto a conversa arrefeceu e
o grupo ficou sentado em silêncio por um minuto, enquanto Alice refletia sobre tudo de que
conseguia se lembrar sobre corvos e escrivaninhas, o que não era muito.
O Chapeleiro foi o primeiro a quebrar o silêncio. “Que dia do mês é hoje?”, disse,
voltando-se para Alice. [...]
Alice pensou um pouco e disse: “Dia quatro.”
“Dois dias de atraso!”, suspirou o Chapeleiro. “Eu lhe disse que manteiga não ia fazer bem
para o maquinismo”, acrescentou, olhando furioso para a Lebre de Março.
“Era manteiga da melhor qualidade”, respondeu humildemente a Lebre de Março.
“Sim, mas deve ter entrado um pouco de farelo”, o Chapeleiro rosnou. “Você não devia
ter usado a faca de pão.
”A Lebre de Março pegou o relógio e contemplou-o melancolicamente. Depois
mergulhou-o na sua xícara de chá, e fitou-o de novo. Mas não conseguiu encontrar nada melhor
para dizer que seu primeiro comentário: “Era manteiga da melhor qualidade.” [...]
CARROL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. p. 67-9.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
"Foi construída em 1942, em pedra basáltica, e ostenta uma torre de mais de 40 metros de altura.” (l. 21 a 22).
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“Meu filho quebrou a janela do vizinho” – essa oração está na voz ativa, o
sujeito é agente e pratica a ação do verbo.
“Meu filho” – exerce a função de sujeito agente, que pratica a ação do verbo
“quebrar”. “a janela do vizinho” – exerce a função de objeto direto e completa o
sentido do verbo “quebrar”.
Passando para a voz passiva, temos:
A janela do vizinho foi quebrada pelo meu filho.
“A janela do vizinho” – exerce a função de sujeito paciente, pois não pratica,
mas sofre a ação do verbo. “pelo meu filho” – exerce a função de agente da passiva.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Quem crer, crer em algo (objeto indireto). O termo “em Deus” exerce a função
de objeto indireto, pois é antecedido pela preposição EM e completa o sentido do
verbo CRER.
A) O sujeito é responsável por realizar ou sofrer uma ação ou estado. Ele é o
termo com qual o verbo concorda.
C) O complemento nominal é a informação que completa o sentido de um nome.
D) O agente da passiva é o termo que indica quem ou o que executa a ação de
um verbo na voz passiva.
SUMÁRIO
Questões sobre a aula ............................................................................................................................................... 2
Gabarito ....................................................................................................................................................................... 13
Questões Comentadas ............................................................................................................................................ 14
No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos aspectos gramaticais do texto,
julgue os itens a seguir.
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
No segundo período do texto, as vírgulas isolam segmento — “ao longo dos séculos” —
com função de aposto explicativo.
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
5. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2019 - SLU-DF -
Conhecimentos Básicos
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
Certo ( ) Errado ( )
A respeito das ideias veiculadas no texto acima e de suas estruturas linguísticas, julgue
o item a seguir.
No período “Nunca esteve no mundo” (l.29), o sujeito oculto da forma verbal “esteve”
refere-se a “uma minhoca” (l.26-27), e “Nunca” e “no mundo” exercem a função de adjunto
adverbial.
Certo ( ) Errado ( )
Com base nas estruturas linguísticas e semânticas do texto acima, julgue os itens
seguintes.
Certo ( ) Errado ( )
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2012 - TCU - Técnico
Federal de Controle Externo
O segmento “a primeira republicana” (l.16) está entre vírgulas por ser um vocativo.
Certo ( ) Errado ( )
“Na semana passada, estive em São José dos Ausentes, uma pequena cidade encravada no alto
da serra gaúcha.”
a) Aposto.
b) Vocativo.
c) Agente da passiva.
d) Adjunto adverbial.
Observe:
a) tempo.
b) modo.
c) intensidade.
d) afirmação.
e) inclusão.
O termo destacado em “É ali que percebemos que a cidade nunca dorme por completo”
é, sintaticamente, um:
a) Adjunto adnominal.
b) Adjunto adverbial.
c) Predicativo.
d) Complemento nominal.
e) Agente da passiva.
O MUNDO É UM MOINHO
Cartola
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés.
Em todo primeiro verso de cada estrofe há um vocativo, "Ainda é cedo, amor" "Preste
atenção, querida", "Ouça-me bem, amor", "Preste atenção, querida" como podemos interpretar
o uso do vocativo na canção.
a) O Vocativo é usado para chamar, fazendo assim o ouvinte presente, com discurso
direcionado a esse “amor”, essa “ querida”.
b) O Vocativo é uma figura de linguagem, assim o uso dela faz com que ligação com quem
está falando e para quem está falando, nesse caso uma pessoa está falando com a “
queria”, o ”amor.
c) O Vocativo é usado para chamar carinhosamente as pessoas, só é vocativo os apelidos
carinhosos como “ amor e “querida”.
d) O Vocativo não é usado para chamar, fazendo assim o ouvinte presente, com discurso
direcionado a esse “amor”, essa “ querida”.
e) Nenhuma das alternativas.
20. Fundação Getúlio Vargas (FGV) - 2017 - Ministério Público Estadual - BA (MPE/BA) -
Assistente Técnico
a) um termo deslocado;
b) um aposto;
c) um vocativo;
d) uma oração antecipada;
e) um adjunto adverbial.
GABARITO
1. Certo
2. Errado
3. Errado
4. Errado
5. Certo
6. Errado
7. Certo
8. Errado
9. Errado
10. Errado
11. A
12. B
13. A
14. D
15. C
16. B
17. C
18. B
19. A
20. C
GABARITO COMENTADO
1. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2015 - FUB - Técnico de
Laboratório
No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos aspectos gramaticais do texto,
julgue os itens a seguir.
Os trechos ‘especialista no assunto’ (l. 2 e 3), ‘o linguístico’ (l.5) e “primeiro lugar na
categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro” (l. 7 a 9)
exercem a mesma função sintática, a de aposto.
Certo ( ) Errado ( )
1. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Certo ( ) Errado ( )
2. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
No segundo período do texto, as vírgulas isolam segmento — “ao longo dos séculos” —
com função de aposto explicativo.
Certo ( ) Errado ( )
3. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão está errada, visto que o segmento isolado por vírgulas não exerce a
função de aposto.
SOLUÇÃO COMPLETA
Certo ( ) Errado ( )
4. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão está errada, pois a vírgula não é usada para isolar aposto.
SOLUÇÃO COMPLETA
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item
subsecutivo.
Certo ( ) Errado ( )
5. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão está certa, a coerência seria mantida, pois ambos os sentidos são
lógicos dentro do texto. Mas o sentido da frase mudaria.
SOLUÇÃO COMPLETA
A respeito das ideias veiculadas no texto acima e de suas estruturas linguísticas, julgue
o item a seguir.
No período “Nunca esteve no mundo” (l.29), o sujeito oculto da forma verbal “esteve”
refere-se a “uma minhoca” (l.26-27), e “Nunca” e “no mundo” exercem a função de adjunto
adverbial.
Certo ( ) Errado ( )
6. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Com base nas estruturas linguísticas e semânticas do texto acima, julgue os itens
seguintes.
Certo ( ) Errado ( )
7. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
Os trechos citados estão indicando uma circunstância de tempo, por isso são
classificados como adjuntos adverbiais de tempo.
SOLUÇÃO COMPLETA
8. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
9. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2012 - TCU - Técnico
Federal de Controle Externo
O segmento “a primeira republicana” (l.16) está entre vírgulas por ser um vocativo.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“Na semana passada, estive em São José dos Ausentes, uma pequena cidade encravada no alto
da serra gaúcha.”
a) Aposto.
b) Vocativo.
c) Agente da passiva.
d) Adjunto adverbial.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
B) Trata-se de termo integrante da oração deslocado, por isso foi separado por
vírgulas. – Os termos integrantes da oração são: Complemento Nominal, Agente da
passiva, Predicativo do sujeito e Predicativo do objeto.
C) Por se tratar de vocativo, deve ser isolado por vírgulas. – O vocativo indica
o chamamento de alguém ou algo.
D) Foi separado por vírgula por ser um termo essencial da oração. – Os termos
essenciais da oração são o sujeito e predicado e esses não podem ser separados por
vírgula.
Observe:
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
a) tempo.
b) modo.
c) intensidade.
d) afirmação.
e) inclusão.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
O termo destacado em “É ali que percebemos que a cidade nunca dorme por completo”
é, sintaticamente, um:
a) Adjunto adnominal.
b) Adjunto adverbial.
c) Predicativo.
d) Complemento nominal.
e) Agente da passiva.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
O MUNDO É UM MOINHO
Cartola
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés.
Em todo primeiro verso de cada estrofe há um vocativo, "Ainda é cedo, amor" "Preste
atenção, querida", "Ouça-me bem, amor", "Preste atenção, querida" como podemos interpretar
o uso do vocativo na canção.
a) O Vocativo é usado para chamar, fazendo assim o ouvinte presente, com discurso
direcionado a esse “amor”, essa “ querida”.
b) O Vocativo é uma figura de linguagem, assim o uso dela faz com que ligação com quem
está falando e para quem está falando, nesse caso uma pessoa está falando com a “
queria”, o ”amor.
c) O Vocativo é usado para chamar carinhosamente as pessoas, só é vocativo os apelidos
carinhosos como “ amor e “querida”.
d) O Vocativo não é usado para chamar, fazendo assim o ouvinte presente, com discurso
direcionado a esse “amor”, essa “ querida”.
e) Nenhuma das alternativas.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
B) O Vocativo é uma figura de linguagem, assim o uso dela faz com que ligação
com quem está falando e para quem está falando, nesse caso uma pessoa está
falando com a “ queria”, o ”amor. O vocativo NÃO é uma figura de linguagem.
C) O Vocativo é usado para chamar carinhosamente as pessoas, só é vocativo
os apelidos carinhosos como “ amor e “querida”. O vocativo é usado para chamar,
mas não só de maneira carinhosa, por isso a alternativa é incorreta.
D) O Vocativo não é usado para chamar, fazendo assim o ouvinte presente,
com discurso direcionado a esse “amor”, essa “ querida”. O vocativo É usado para
chamar.
E) Nenhuma das alternativas. A alternativa A traz as informações corretas.
20. Fundação Getúlio Vargas (FGV) - 2017 - Ministério Público Estadual - BA (MPE/BA) -
Assistente Técnico
a) um termo deslocado;
b) um aposto;
c) um vocativo;
d) uma oração antecipada;
e) um adjunto adverbial.
SOLUÇÃO COMPLETA
SUMÁRIO
Questões sobre a aula ............................................................................................................................................... 2
Gabarito ....................................................................................................................................................................... 14
Questões Comentadas ............................................................................................................................................ 15
Certo ( ) Errado ( )
APOSTANDO NA LEITURA
Se a chamada leitura do mundo se aprende por aí, na tal escola da vida, a leitura de livros
carece de aprendizado mais regular, que geralmente acontece na escola. Mas leitura, quer do
mundo, quer de livros, só se aprende e se vivencia, de forma plena, coletivamente, em troca
contínua de experiências com os outros. É nesse intercâmbio de leituras que se refinam, se
reajustam e se redimensionam hipóteses de significado, ampliando constantemente a nossa
compreensão dos outros, do mundo e de nós mesmos. Da proibição de certos livros (cuja posse
poderia ser punida com a fogueira) ao prestígio da Bíblia, sobre a qual juram as testemunhas
em júris de filmes norte-americanos, o livro, símbolo da leitura, ocupa lugar importante em
nossa sociedade.
Foi o texto escrito, mais que o desenho, a oralidade ou o gesto, que o mundo ocidental
elegeu como linguagem que cimenta a cidadania, a sensibilidade, o imaginário. É ao texto escrito
que se confiam as produções de ponta da ciência e da filosofia; é ele que regula os direitos de
um cidadão para com os outros, de todos para com o Estado e vice-versa. Pois a cidadania plena,
em sociedades como a nossa, só é possível - se e quando ela é possível - para leitores. Por isso,
a escola é direito de todos e dever do Estado: uma escola competente, como precisam ser os
leitores que ela precisa formar. Daí, talvez, o susto com que se observa qualquer declínio na
prática de leitura, principalmente dos jovens, observação imediatamente transformada em
diagnóstico de uma crise da leitura, geralmente encarada como anúncio do apocalipse, da
derrocada da cultura e da civilização. Que os jovens não gostem de ler, que lêem mal ou lêem
pouco é um refrão antigo, que de salas de professores e congressos de educação ressoa pelo
país afora. Em tempo de vestibular, o susto é transportado para a imprensa e, ao começo de
cada ano letivo, a terapêutica parece chegar à escola, na oferta de coleções de livros infantis,
juvenis e paradidáticos, que apregoam vender, com a história que
contam, o gosto pela leitura. Talvez, assim, pacifique corações saber que desde sempre - isto é,
desde que se inventaram livros e alunos - se reclama da leitura dos jovens, do declínio do bom
gosto, da bancarrota das belas letras! Basta dizer que Quintiliano, mestre-escola romano,
acrescentou a seu livro uma pequena antologia de textos literários, para garantir um mínimo
de leitura aos estudantes de retórica. No século I da era cristã! Estamos, portanto, em boa
companhia. E temos, de troco, uma boa sugestão: se ada leitor preocupado com a leitura do
próximo, sobretudo leitores-professores, montar sua própria biblioteca e sua antologia e
contagiar por elas outros leitores, sobretudo leitores-alunos, por certo a prática de leitura na
comunidade representada por tal círculo de pessoas terá um sentido mais vivo. E a vida será
melhor, iluminada pela leitura solidária de histórias, de contos, de poemas, de romances, de
crônicas e do que mais falar a nossos corações de leitores que, em tarefa de amor e paciência,
apostam no aprendizado social da leitura.
Marisa Lajolo. Folha de S. Paulo, 19/9/1993 (com adaptações).
A partir da análise do emprego das classes de palavras e da sintaxe das orações e dos
períodos do texto I, julgue os itens que se seguem.
Certo ( ) Errado ( )
Com referência à sintaxe dos períodos acima enumerados, julgue os itens que se seguem.
Certo ( ) Errado ( )
O último período do texto é formado por um conjunto de orações que, embora sejam
semanticamente dependentes entre si, apresentam estruturas linguísticas independentes,
justapostas por coordenação.
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
O trecho “o problema central do homem não era o simples alfabetizar, mas fazer com
que o homem assumisse sua dignidade como detentor de uma cultura própria” (l.27-29)
constitui-se de duas orações coordenadas sindéticas e de uma oração subordinada reduzida de
infinitivo.
Certo ( ) Errado ( )
Com relação aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o seguinte item.
O período a seguir é um período composto por duas orações coordenadas: De acordo
com o juiz Ricardo Rachid, o sistema penal brasileiro “é um sistema falido” e o Código Penal, de
1940, “é uma colcha de retalhos” (linhas 10 e 11).
Certo ( ) Errado ( )
A respeito das estruturas gramaticais e do emprego dos vocábulos no texto acima, julgue
os itens a seguir.
O processo interativo de leitura está descrito, entre as linhas 2 e 6, por meio de uma
sequência de orações coordenadas.
Certo ( ) Errado ( )
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2013 - UFBA - Técnico de
Segurança do Trabalho
O período “Virou o cimento e construiu quatro blocos, para servirem de alicerce do que
pronunciava ser um quartinho."(l.6-8) apresenta orações coordenadas e subordinadas.
Certo ( ) Errado ( )
Fiori Gigliotti morreu em 2006, após uma consagrada carreira de locutor esportivo. Era muito
conhecido pela seguinte frase: “APITA O ÁRBITRO, ABREM-SE AS CORTINAS E COMEÇA O
ESPETÁCULO”. Considerando as regras de coordenação e subordinação, qual das alternativas
abaixo classifica corretamente essas três orações?
Mariana Sgarioni
Daniel Blair tem 4 aninhos e achou que seu cachorrinho de apenas uma semana de vida
estava muito sujo. O melhor jeito encontrado para um banho rápido foi atirar o animal na água
do vaso sanitário – e dar descarga. Por sorte, a mãe descobriu a tempo, e bombeiros resgataram
o animalzinho ainda vivo no esgoto. O caso aconteceu no início de junho, na Inglaterra, e
chamou a atenção das câmeras do mundo inteiro. Muitos perguntaram: será que Daniel seria
um psicopata divertindo-se com o sofrimento do bicho?
Para filmar sua versão do clássico de Lewis Carroll, Tim Burton chamou a sua trupe
preferida. O eterno parceiro e alterego cinematográfico Johnny Depp faz um chapeleiro
racionalmente louco e sentimental. Helena Bonham Carter interpreta uma rainha vermelha
com problemas com a própria cabeça. Para incrementar o elenco, Anne Hathaway faz a boa
rainha branca, e a ótima aposta Mia Wasikowska, o papel título. O resto é animação, em 3D. Na
"Alice" de Burton, assistimos a típicos momentos sombrios que só o diretor sabe fazer, mas,
apesar do extremo cuidado com cada cena e diferentemente do livro original, o filme não
consegue agradar a todas as faixas etárias: é infantil demais.
(Fonte: globo.com de 23/04/2010)
I. Há seis períodos.
II. Três períodos são simples.
III. O quarto período tem um verbo implícito.
IV. A primeira oração do texto é adverbial.
V. A última oração do texto é coordenada.
Estão corretas
Das 97.549 armas de fogo que foram registradas em nome de empresas de segurança e
de transportes de valores em São Paulo desde 2004, 21.240 (22%) foram furtadas ou roubadas.
Ou seja, uma em cada cinco armas do arsenal das empresas de segurança foi parar nas mãos de
bandidos. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Sou da Paz, como parte da pesquisa
Implementação do Estatuto do Desarmamento: do Papel para a Prática. As informações têm por
base o Sistema de Segurança e Vigilância Privada (Sisvip) da Polícia Federal e a pesquisa traz
um balanço de seis anos do Estatuto do Desarmamento. "O dado permite diferentes leituras.
Uma delas é a de que o porte de armas não parece inibir a abordagem dos ladrões. Outra sugere
que os seguranças podem estar sendo procurados porque diminuiu a quantidade de armas nas
mãos dos civis", afirma o diretor do Sou da Paz, Denis Mizne. "Mas esses números também
revelam que existem problemas no setor que devem ser investigados pela PF." Segundo os
pesquisadores, há brechas na fiscalização por parte da PF. Números da CPI do Tráfico de Armas
já apontavam para a gravidade do problema. Conforme dados da Polícia Civil do Rio, das 10 mil
armas apreendidas com criminosos entre 1998 e 2003 no Estado, 17% pertenciam a empresas
de segurança privada. Clandestinidade. Existem hoje no Brasil 1,1 milhão de vigilantes - e 350
mil trabalham em empresas de segurança. Só em São Paulo, de acordo com o sindicato patronal
(Sesvesp), há 128 mil vigilantes. "Podemos dizer ainda que, para cada funcionário de empresa
regularizada, existem dois em empresas irregulares", afirma o empresário Vitor Saeta, diretor
do Sesvesp. "As empresas que atuam com segurança externa costumam ser as mais visadas.
Em cada ação dos ladrões, podem ser roubadas até cinco armas de uma vez", diz. Em
julho, uma viatura de escolta armada da empresa Pentágono, que Saeta dirige, foi abordada por
um desses grupos. A quadrilha estava em dois carros e usava armas longas e fuzis. Os vigilantes
acompanhavam um caminhão que transportava um insumo industrial na Grande São Paulo. A
carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de São
Paulo. "As armas mais usadas pelos vigilantes são os revólveres calibre 38. Quando roubadas,
são usadas em crimes comuns. Escoltas externas são as que usam armas longas, que interessam
ao crime organizado."
a) Período simples.
b) Período composto por coordenação.
c) Período composto por coordenação, assindético.
d) Período composto por coordenação e subordinação.
e) Período composto por subordinação.
Em: “Vinham os ladrões, viam a luz acesa e não subiam.” temos um período
ATENÇÃO AO SÁBADO
Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento,
e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de
manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em
mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai
estar cheio de abelhas.
No sábado é que as formigas subiam pela pedra.
Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia
de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.
De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a
rosa de nossa semana.
Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço
metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, antes do vento espantado poder
recomeçar, vejo que é sábado de tarde.
Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais.
Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã.
Domingo de manhã também é a rosa da semana.
Não é propriamente rosa que eu quero dizer.
LISPECTOR, Clarice. Para não Esquecer. São Paulo: Editora Siciliano, 1992.
Depois da Copa das Confederações, tivemos uma derrota e nove vitorias. Tínhamos um
sistema de jogo. Foi a primeira vez, desde 2002, que chegamos a uma semifinal. O trabalho não
foi de todo ruim. Foi uma derrota ruim, sabemos disso. O fiasco acabou, e a equipe está no
caminho certo. Se formos avaliar os números, estamos no caminho certo e perdemos um jogo."
(Luis Felipe Scolari. Revista Língua, ano 9, no. 106, agosto de 2014.
GABARITO
1. Certo
2. Certo
3. Errado
4. Errado
5. Certo
6. Errado
7. Errado
8. Certo
9. Certo
10. Certo
11. B
12. A
13. C
14. B
15. A
16. B
17. B
18. D
19. A
20. B
GABARITO COMENTADO
1. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2011 - AL-CE - Analista
Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica
Certo ( ) Errado ( )
1. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“Acho que a imprensa merece seus puxões de orelha porque não faz nenhum
esforço para cobrir aquilo que ainda remanesce de importante no Congresso, como,
por exemplo, o trabalho das comissões...”
A oração “que a impressa...” está subordinada à oração principal “acho” (oração
subordinada substantiva objetiva direta).
A oração “para cobrir aquilo” está subordinada à oração principal “não faz
nenhum esforço" (oração subordinada adverbial final).
A oração “aquilo que ainda remanesce” está subordinada à oração principal
“para cobrir”.
APOSTANDO NA LEITURA
Se a chamada leitura do mundo se aprende por aí, na tal escola da vida, a leitura de livros
carece de aprendizado mais regular, que geralmente acontece na escola. Mas leitura, quer do
mundo, quer de livros, só se aprende e se vivencia, de forma plena, coletivamente, em troca
contínua de experiências com os outros. É nesse intercâmbio de leituras que se refinam, se
reajustam e se redimensionam hipóteses de significado, ampliando constantemente a nossa
compreensão dos outros, do mundo e de nós mesmos. Da proibição de certos livros (cuja posse
poderia ser punida com a fogueira) ao prestígio da Bíblia, sobre a qual juram as testemunhas
em júris de filmes norte-americanos, o livro, símbolo da leitura, ocupa lugar importante em
nossa sociedade.
Foi o texto escrito, mais que o desenho, a oralidade ou o gesto, que o mundo ocidental
elegeu como linguagem que cimenta a cidadania, a sensibilidade, o imaginário. É ao texto escrito
que se confiam as produções de ponta da ciência e da filosofia; é ele que regula os direitos de
um cidadão para com os outros, de todos para com o Estado e vice-versa. Pois a cidadania plena,
em sociedades como a nossa, só é possível - se e quando ela é possível - para leitores. Por isso,
a escola é direito de todos e dever do Estado: uma escola competente, como precisam ser os
leitores que ela precisa formar. Daí, talvez, o susto com que se observa qualquer declínio na
prática de leitura, principalmente dos jovens, observação imediatamente transformada em
diagnóstico de uma crise da leitura, geralmente encarada como anúncio do apocalipse, da
derrocada da cultura e da civilização. Que os jovens não gostem de ler, que lêem mal ou lêem
pouco é um refrão antigo, que de salas de professores e congressos de educação ressoa pelo
país afora. Em tempo de vestibular, o susto é transportado para a imprensa e, ao começo de
cada ano letivo, a terapêutica parece chegar à escola, na oferta de coleções de livros infantis,
juvenis e paradidáticos, que apregoam vender, com a história que
contam, o gosto pela leitura. Talvez, assim, pacifique corações saber que desde sempre - isto é,
desde que se inventaram livros e alunos - se reclama da leitura dos jovens, do declínio do bom
gosto, da bancarrota das belas letras! Basta dizer que Quintiliano, mestre-escola romano,
acrescentou a seu livro uma pequena antologia de textos literários, para garantir um mínimo
de leitura aos estudantes de retórica. No século I da era cristã! Estamos, portanto, em boa
companhia. E temos, de troco, uma boa sugestão: se ada leitor preocupado com a leitura do
próximo, sobretudo leitores-professores, montar sua própria biblioteca e sua antologia e
contagiar por elas outros leitores, sobretudo leitores-alunos, por certo a prática de leitura na
comunidade representada por tal círculo de pessoas terá um sentido mais vivo. E a vida será
melhor, iluminada pela leitura solidária de histórias, de contos, de poemas, de romances, de
crônicas e do que mais falar a nossos corações de leitores que, em tarefa de amor e paciência,
apostam no aprendizado social da leitura.
Marisa Lajolo. Folha de S. Paulo, 19/9/1993 (com adaptações).
A partir da análise do emprego das classes de palavras e da sintaxe das orações e dos
períodos do texto I, julgue os itens que se seguem.
Certo ( ) Errado ( )
2. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Com referência à sintaxe dos períodos acima enumerados, julgue os itens que se seguem.
Certo ( ) Errado ( )
3. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“Não conhecia futebol nem equitação, não sabia jogar baralho, não guardava
nomes de artistas de cinemas, ignorava os escândalos da sociedade.”
Geralmente as orações coordenadas podem ser justapostas, também chamadas
de assindéticas, são ligadas entre si sem a presença da conjunção.
O último período do texto é formado por um conjunto de orações que, embora sejam
semanticamente dependentes entre si, apresentam estruturas linguísticas independentes,
justapostas por coordenação.
Certo ( ) Errado ( )
4. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
5. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Certo ( ) Errado ( )
6. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
O trecho “o problema central do homem não era o simples alfabetizar, mas fazer com
que o homem assumisse sua dignidade como detentor de uma cultura própria” (l.27-29)
constitui-se de duas orações coordenadas sindéticas e de uma oração subordinada reduzida de
infinitivo.
Certo ( ) Errado ( )
7. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“o problema central do homem não era o simples alfabetizar, mas fazer com
que o homem assumisse sua dignidade como detentor de uma cultura própria”
O período acima é composto por uma oração principal, uma oração coordenada
sindética adversativa e uma oração subordinada adverbial comparativa.
Com relação aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue o seguinte item.
O período a seguir é um período composto por duas orações coordenadas: De acordo
com o juiz Ricardo Rachid, o sistema penal brasileiro “é um sistema falido” e o Código Penal, de
1940, “é uma colcha de retalhos” (linhas 10 e 11).
Certo ( ) Errado ( )
8. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Embora uma oração possa somar uma ideia à outra, elas não possuem uma
dependência sintática, por isso são classificadas como orações coordenadas.
A respeito das estruturas gramaticais e do emprego dos vocábulos no texto acima, julgue
os itens a seguir.
O processo interativo de leitura está descrito, entre as linhas 2 e 6, por meio de uma
sequência de orações coordenadas.
Certo ( ) Errado ( )
9. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2013 - UFBA - Técnico de
Segurança do Trabalho
O período “Virou o cimento e construiu quatro blocos, para servirem de alicerce do que
pronunciava ser um quartinho."(l.6-8) apresenta orações coordenadas e subordinadas.
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Fiori Gigliotti morreu em 2006, após uma consagrada carreira de locutor esportivo. Era muito
conhecido pela seguinte frase: “APITA O ÁRBITRO, ABREM-SE AS CORTINAS E COMEÇA O
ESPETÁCULO”. Considerando as regras de coordenação e subordinação, qual das alternativas
abaixo classifica corretamente essas três orações?
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
A) A segunda oração não pode ser considerada sindética explicativa, visto que
NÃO há conjunções entre a primeira e a segunda oração.
C) O período não pode ser considerado subordinado, pois não há entre as
orações uma relação de dependência sintática.
D) O período não pode ser considerado subordinado, pois não há entre as
orações uma relação de dependência sintática.
Mariana Sgarioni
Daniel Blair tem 4 aninhos e achou que seu cachorrinho de apenas uma semana de vida
estava muito sujo. O melhor jeito encontrado para um banho rápido foi atirar o animal na água
do vaso sanitário – e dar descarga. Por sorte, a mãe descobriu a tempo, e bombeiros resgataram
o animalzinho ainda vivo no esgoto. O caso aconteceu no início de junho, na Inglaterra, e
chamou a atenção das câmeras do mundo inteiro. Muitos perguntaram: será que Daniel seria
um psicopata divertindo-se com o sofrimento do bicho?
“Nesses casos, o que pode existir é um transtorno de conduta”; esse segmento do texto
acima apresenta:
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Para filmar sua versão do clássico de Lewis Carroll, Tim Burton chamou a sua trupe
preferida. O eterno parceiro e alterego cinematográfico Johnny Depp faz um chapeleiro
racionalmente louco e sentimental. Helena Bonham Carter interpreta uma rainha vermelha
com problemas com a própria cabeça. Para incrementar o elenco, Anne Hathaway faz a boa
rainha branca, e a ótima aposta Mia Wasikowska, o papel título. O resto é animação, em 3D. Na
"Alice" de Burton, assistimos a típicos momentos sombrios que só o diretor sabe fazer, mas,
apesar do extremo cuidado com cada cena e diferentemente do livro original, o filme não
consegue agradar a todas as faixas etárias: é infantil demais.
(Fonte: globo.com de 23/04/2010)
I. Há seis períodos.
II. Três períodos são simples.
III. O quarto período tem um verbo implícito.
IV. A primeira oração do texto é adverbial.
V. A última oração do texto é coordenada.
Estão corretas
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
“Para incrementar o elenco, Anne Hathaway faz a boa rainha branca, e a ótima
aposta Mia Wasikowska, o papel título” – Mia Wasikowska FAZ o papel título. Há
implícito a forma verbal “faz”.
Das 97.549 armas de fogo que foram registradas em nome de empresas de segurança e
de transportes de valores em São Paulo desde 2004, 21.240 (22%) foram furtadas ou roubadas.
Ou seja, uma em cada cinco armas do arsenal das empresas de segurança foi parar nas mãos de
bandidos. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Sou da Paz, como parte da pesquisa
Implementação do Estatuto do Desarmamento: do Papel para a Prática. As informações têm por
base o Sistema de Segurança e Vigilância Privada (Sisvip) da Polícia Federal e a pesquisa traz
um balanço de seis anos do Estatuto do Desarmamento. "O dado permite diferentes leituras.
Uma delas é a de que o porte de armas não parece inibir a abordagem dos ladrões. Outra sugere
que os seguranças podem estar sendo procurados porque diminuiu a quantidade de armas nas
mãos dos civis", afirma o diretor do Sou da Paz, Denis Mizne. "Mas esses números também
revelam que existem problemas no setor que devem ser investigados pela PF." Segundo os
pesquisadores, há brechas na fiscalização por parte da PF. Números da CPI do Tráfico de Armas
já apontavam para a gravidade do problema. Conforme dados da Polícia Civil do Rio, das 10 mil
armas apreendidas com criminosos entre 1998 e 2003 no Estado, 17% pertenciam a empresas
de segurança privada. Clandestinidade. Existem hoje no Brasil 1,1 milhão de vigilantes - e 350
mil trabalham em empresas de segurança. Só em São Paulo, de acordo com o sindicato patronal
(Sesvesp), há 128 mil vigilantes. "Podemos dizer ainda que, para cada funcionário de empresa
regularizada, existem dois em empresas irregulares", afirma o empresário Vitor Saeta, diretor
do Sesvesp. "As empresas que atuam com segurança externa costumam ser as mais visadas.
Em cada ação dos ladrões, podem ser roubadas até cinco armas de uma vez", diz. Em
julho, uma viatura de escolta armada da empresa Pentágono, que Saeta dirige, foi abordada por
um desses grupos. A quadrilha estava em dois carros e usava armas longas e fuzis. Os vigilantes
acompanhavam um caminhão que transportava um insumo industrial na Grande São Paulo. A
carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de São
Paulo. "As armas mais usadas pelos vigilantes são os revólveres calibre 38. Quando roubadas,
são usadas em crimes comuns. Escoltas externas são as que usam armas longas, que interessam
ao crime organizado."
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
a) Período simples.
b) Período composto por coordenação.
c) Período composto por coordenação, assindético.
d) Período composto por coordenação e subordinação.
e) Período composto por subordinação.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Em: “Vinham os ladrões, viam a luz acesa e não subiam.” temos um período
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Oração 1
“Vinham os ladrões” – apresenta a forma verbal “vinham” e é ligada à próxima
oração por coordenação, sem o uso de conjunções, ou seja, é uma coordenada
assindética.
Oração 2
“viam a luz acesa” – apresenta a forma verbal “viam” e é ligada a duas outras
orações, à primeira (antecessora) por coordenação assindética e à segunda
(sucessora) por coordenação aditiva.
Oração 3
“e não subiam” – apresenta a forma verbal “subiam” e é ligada à oração anterior
por coordenação, fazendo uso da conjunção aditiva “e”.
ATENÇÃO AO SÁBADO
Acho que sábado é a rosa da semana; sábado de tarde a casa é feita de cortinas ao vento,
e alguém despeja um balde de água no terraço; sábado ao vento é a rosa da semana; sábado de
manhã, a abelha no quintal, e o vento: uma picada, o rosto inchado, sangue e mel, aguilhão em
mim perdido: outras abelhas farejarão e no outro sábado de manhã vou ver se o quintal vai
estar cheio de abelhas.
No sábado é que as formigas subiam pela pedra.
Foi num sábado que vi um homem sentado na sombra da calçada comendo de uma cuia
de carne-seca e pirão; nós já tínhamos tomado banho.
De tarde a campainha inaugurava ao vento a matinê de cinema: ao vento sábado era a
rosa de nossa semana.
Se chovia só eu sabia que era sábado; uma rosa molhada, não é?
No Rio de Janeiro, quando se pensa que a semana vai morrer, com grande esforço
metálico a semana se abre em rosa: o carro freia de súbito e, antes do vento espantado poder
recomeçar, vejo que é sábado de tarde.
Tem sido sábado, mas já não me perguntam mais.
Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã.
Domingo de manhã também é a rosa da semana.
Não é propriamente rosa que eu quero dizer.
LISPECTOR, Clarice. Para não Esquecer. São Paulo: Editora Siciliano, 1992.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Antepenúltimo parágrafo:
“Mas já peguei as minhas coisas e fui para domingo de manhã.”
A primeira oração: “Mas já peguei as minhas coisas” apresenta a forma verbal
“peguei” e é ligada a segunda oração (“fui para o domingo de manhã” – que
apresenta a forma verbal “fui”) pela conjunção coordenativa “e”, ou seja, temos um
período composto por duas orações que se relacionam por coordenação.
Último parágrafo:
“Não é propriamente rosa que eu quero dizer.”
“Não é propriamente rosa” é a oração principal (apresenta a forma verbal “é”),
enquanto que “que eu quero dizer” (apresenta a locução verbal “quero dizer”) é a
oração subordinada, ou seja, temos um período composto por duas orações que se
relacionam por subordinação.
Depois da Copa das Confederações, tivemos uma derrota e nove vitorias. Tínhamos um
sistema de jogo. Foi a primeira vez, desde 2002, que chegamos a uma semifinal. O trabalho não
foi de todo ruim. Foi uma derrota ruim, sabemos disso. O fiasco acabou, e a equipe está no
caminho certo. Se formos avaliar os números, estamos no caminho certo e perdemos um jogo."
(Luis Felipe Scolari. Revista Língua, ano 9, no. 106, agosto de 2014.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SUMÁRIO
Questões sobre a aula ............................................................................................................................................... 2
Gabarito ....................................................................................................................................................................... 16
Questões Comentadas ............................................................................................................................................ 17
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o
próximo item.
A palavra “portanto” (l.18) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de conclusão.
Certo ( ) Errado ( )
No que se refere a aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item que se segue.
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos aspectos gramaticais do texto,
julgue o item a seguir.
O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia de
concessão em uma sequência de fatos.
Certo ( ) Errado ( )
Ainda com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto Para melhor conhecer as
pessoas, julgue o item que se segue.
Com base nas estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
O termo “Contudo" (l.15) pode, sem prejuízo para a correção gramatical e para as
informações originais do período, ser substituído por qualquer um dos seguintes: Porém,
Todavia, Entretanto, Embora, Se bem que, Porquanto.
Certo ( ) Errado ( )
Certo ( ) Errado ( )
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2007 - BASA - Advogado
A oração “que traz apenas aborrecimento” (L.29-30) exerce uma função de valor
explicativo em relação a “tarefa enfadonha” (L.29).
Certo ( ) Errado ( )
CASO DE CANÁRIO
Carlos Drummond de Andrade
Casara-se havia duas semanas. Por isso, em casa dos sogros, a família resolveu que ele
é que daria cabo do canário:
__ Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho, que nos
deu tanta alegria. Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade. Você é diferente,
ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho. Vai ver que nem reparou nele, durante o
noivado.
__ Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que vou matar um pássaro só
porque o conheço há menos tempo do que vocês?
__ Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que não tentamos tudo? É para ele
não sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja bom; vá.
O sogro e a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher pediram-lhe
com doçura:
a) coordenativa negativa.
b) coordenativa explicativa.
c) coordenativa conclusiva.
d) coordenativa aditiva.
e) coordenativa causal.
As orações coordenadas estão ligadas uma à outra apenas pelo sentido, sendo
sintaticamente independentes. Assinale a alternativa CORRETA para os processos de
coordenação assindética ou sindética.
Em “Toma conselhos com vinho, mas toma decisões com água”, temos:
15. IBADE - 2017 - PREFEITURA DE RIO BRANCO - Professor de Ensino Fundamental (1º
Ao 5º Ano) Zona Urbana
Texto para responder à questão.
O refrão de uma marchinha carnavalesca, de amplo domínio público, oferece uma pista
interessante para a compreensão do critério objetivo que a sociedade brasileira emprega para
a classificação racial das pessoas: “O teu cabelo não nega, mulata, porque és mulata na cor; mas
como a cor não pega, mulata, mulata eu quero o teu amor”.
Escrita por Lamartine Babo para o Carnaval de 1932, a marchinha realça a ambiguidade
das relações raciais, ao mesmo tempo em que ilustra a opção nacional pela aparência, pelo
fenótipo. Honesto e preconceituoso em sua definição de negro, Lamartine contribui mais para
o debate sobre classificação racial do que muitos doutores.
Com efeito, ao contrário do que pensa o presidente eleito, bem como certos acadêmicos,
os cientistas pouco podem fazer nesta seara, além de, em regra, exibirem seus próprios
preconceitos ou seu compromisso racial com a manutenção das coisas como elas estão.
Primeiro porque, como se sabe, raça é conceito científico inaplicável à espécie humana,
de modo que o vocábulo raça adquire relevância na semântica e na vida apenas naquelas
sociedades em que a cor da pele, o fenótipo dos indivíduos, é relevante para a distribuição de
direitos e oportunidades.
Segundo, porque as pessoas não nascem negras ou brancas; enfim, não nascem
“racializadas”. É a experiência da vida em sociedade que as torna negras ou brancas.
“Todos sabem como se tratam os pretos”, assevera Caetano Veloso na canção “Haiti”.
Em sendo um fenômeno relacional, a classificação racial dos indivíduos repousa menos
em qualquer postulado científico e mais nas regras que regem as relações, intersubjetivas,
econômicas e políticas no passado e no presente.
Negro e branco designam, portanto, categorias essencialmente políticas: é negro quem
é tratado socialmente como negro, independentemente de tonalidade cromática. É branco
aquele indivíduo que, no cotidiano, nas estatísticas e nos indicadores sociais, abocanha
privilégios materiais e simbólicos resultantes do possível mérito de ser branco. Esse sistema
funciona perfeitamente bem no Brasil desde tempos imemoriais.
A título de exemplo, desde a primeira metade do século passado, a Lei das Estatísticas
Criminais prevê a classificação racial de vítimas e acusados por meio do critério da cor.
Emprega-se aqui a técnica da heteroclassificação, visto que ao escrivão de polícia compete
classificar, o que é criticado pela demografia, que entende ser mais recomendável, do ângulo
ético e metodológico, a autoclassificação.
a) assindética.
b) aditiva.
c) adversativa.
d) conclusiva.
e) completiva nominal.
SOLIDÃO INTERATIVA
Ronaldo Coelho Teixeira
A primeira vez que vi esse termo foi por meio de um jeca superjóia: Juraildes da Cruz.
Tocantino de Aurora, radicado em Goiânia, Goiás e um dos maiores compositores
contemporâneos brasileiros. Não seria pra menos! Afinal, foi ele quem criou o hit que Genésio
Tocantins espalhou pelo Brasil por meio do Domingão do Faustão, na TV Globo, em 1999. “Nóis
é jeca, mas é joia”, aquele da farinhada, feita da mandioca, da macaxeira ou do aipim, a depender
da região brasileira. Sacada de mestre, de quem está sempre antenado ao mundo e aos seus.
Juraíldes da Cruz em sua letra, visionária – como tudo o que os gênios, as antenas da raça fazem
– já arrepiava: “Tiro o bicho de pé com canivete, mas já tô na internet”. E isso quando a www
ainda engatinhava.
Mas com esse achado que agora evoco aqui, o artista quer mesmo é alertar para o mau
uso das tecnologias, sobre coisas que o homem cria, mas que geralmente acaba escravo delas.
Solidão interativa foi cunhado pelo sociólogo francês Dominique Wolton. Em sua tese, o autor
alerta quanto ao cuidado para com o uso da internet, principalmente das redes sociais,
chamando a atenção para um detalhe vital no avanço das tecnologias de comunicação: não
importam formas e meios de expressão, a comunicação humana não foi, não é e nunca será algo
tão simples, sempre vai conter grandeza e dificuldade. Wolton justifica-se dizendo que a
internet é incrível para a comunicação entre pessoas e grupos que tenham os mesmos
interesses, mas está longe de ser uma ferramenta de comunicação de coesão entre pessoas e
grupos diferentes. E que por isso, a internet não é uma mídia, mas um sistema de comunicação
comunitário. Ele prova isso afirmando que podemos passar horas, dias na internet e sermos
incapazes de ter uma verdadeira relação humana com quer que seja.
A solidão interativa grassa nas redes sociais, especialmente no facebook. São fotos e
fotos postadas – a maioria – forjando uma felicidade quando, na verdade, é tudo fake. As mais
usuais são aquelas em que o autor se autofotografa – as famosas selfies – e sai espalhando-as
de um dia para o outro, quando não, de uma hora para outra.
Tem as gastronômicas. Aquelas em que o autor antes de comer um prato ou uma iguaria
especial, fotografa e já a lança na rede como a dizer que está podendo. Mas aquela comidinha
do dia a dia, a da vida real, ele jamais vai postar. Ovo frito? Nem pensar! E aquelas dos momentos
felizes? Sim, tem gente que acha que os seus instantes de lazer e diversão têm que,
obrigatoriamente, ser vistos por todos. E lá vai um post ao lado do namorado ou namorada, dos
amigos, geralmente com ares de forçação de barra. Porque a gaiola do tempo, forjada por nós
mesmos, só pode ser aberta pela chave da felicidade plena.
E tem aquela que é emblemática: a mensagem em que o internauta revela o status do seu
sentimento. Mas o ápice da solidão interativa está naquela figura que posta alguma coisa e ela
mesma vai lá e a curte. De dar dó, não? Temos milhares de ‘amigos’ nessa cornucópia virtual.
Nessa Caixa de Pandora do Século XXI, eis-nos diante de uma incoerente quimera: o
autoengano. [...]
O autoengano é peça-chave para a nossa sobrevivência. Mentimos – a partir dos dois
meses de idade – não só para os outros, mas, principalmente, para nós mesmos. Mesmo
protegidos na redoma da interatividade, continuamos sós, ali, onde apenas a solidão nos
alcança. Enquanto teclamos a torto e a direito, sugerindo que estamos sempre ON, a vida
verdadeira continua OFF. E nunca nos damos conta de que, no fim, toda a solidão que nos rodeia,
essa sim, é real. Porque bytes, bits e pixels não transmitem calor. E o verbo sem o hálito quente
é apenas palavra morta.
Adaptado de:< http://lounge.obviousmag.org/espantalho_lirico/2016/08/solidao-interativa.html >.
A oração introduzida pelo conectivo mas que recebe classificação diferente das demais –
por ter valor aditivo e não adversativo – é
a) “Ver é crer, mas sentir é a verdade.”
b) “A vontade de acreditar é talvez o mais poderoso, mas certamente é o mais perigoso
atributo humano.”
c) “Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.”
d) “Você pode fazer muito pouco com a fé, mas você não pode fazer nada sem ela.”
e) “A fé remove montanhas, mas não se esqueça de ficar empurrando enquanto você reza.”
a) finalidade.
b) conclusão.
c) causa.
d) consequência.
e) condição.
19. FCC - 2016 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon, o
Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que eu caminhava
todas as manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão principal e seguíamos
primeiro pela aleia imponente que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago,
ver as vitórias-régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos,
sobretudo, catar mulungu.
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que
um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu
vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era um
verdadeiro prêmio conseguir encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de
repente a casca vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de
uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar o
pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava
vagamente um olho.
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava
atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos
mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava
na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes
apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que
árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no chão
ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no
dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo
nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas, originária da
Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as
sementes do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto,
sim)'', dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma
dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje me
pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens todas as
manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las.
O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de magia, uma
natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória ? essa memória mínima.
(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em: http://heloisaseixas.com.br)
A amizade de Victor Gomes e Cruz Roldán tem 46 anos. Conheceram-se em uma excursão
na Serra Nevada, na Espanha, com um grupo de caminhada. “Mas era mais do que isso, era um
grupo de estilo de vida”, relembra Roldán, hoje com 79 anos. Quando estavam com meio século
de vida, perguntaram-se: “por que não nos vemos envelhecer?". Quinze anos depois, moram
com suas respectivas esposas em Convivir, uma república autogerida na cidade espanhola de
Cuenca. Dezenas de amigos e familiares se entusiasmaram quando os dois casais de amigos
propuseram a ideia de viver juntos, e hoje são 87 sócios que se identificam com o lema “dar vida
à idade”.
O condomínio conta com todos os serviços de um asilo para idosos tradicional. “Mas não
ficamos sentados o dia todo em uma cadeira entre desconhecidos” , explicou um dos amigos.
Compartilham tarefas, mantêm-se ativos, mas conservam sua independência.
A velhice chega mais tarde hoje, mas pensa-se nela desde cedo. Os mais velhos
atualmente - especialmente europeus e japoneses - vivem mais e não querem passar a última
fase da vida entre desconhecidos ou “ser uma carga para os filhos”. É o que demonstra um
estudo de 2015, realizado pelo ministério da Saúde espanhol, no qual mais da metade dos
pesquisados acha pouco provável viver em um asilo, enquanto quatro em cada dez veem como
alternativa o cohousing. São moradias criadas e administradas pelos próprios idosos, que
decidem entre amigos como e onde querem viver sua aposentadoria. Os apartamentos
pertencem a uma cooperativa, mas podem ser deixados de herança para os filhos. Na Espanha,
há oito projetos construídos e vários em gestação.
[...] A idade media é de 70 anos, mas respira-se um ambiente juvenil. [...]
Todas as residências de cohousing devem cumprir os requisitos de um ambiente
tradicional para idosos: banheiros geriátricos, móveis sem quinas, botões de emergência em
todos os quartos, entre outras coisas.
Diferentemente da situação em Convivir, onde todos que querem um apartamento
devem ter um conhecido e ser sócio, em Trabensol a oferta é para o público em geral.
Entretanto, ainda custa caro viver em uma república para idosos. [...]
Das experiências espanholas, os defensores concordam que os interessados se
aproximam mais dos 50 que dos 70 anos. Nemesio Rasillo, um dos fundadores da residência
Brisa Del Cantábrico, onde a idade média é de 63 anos, atribui isso a que “os mais idosos passam
ao cuidado familiar”. Mas há muitos adultos que ainda não se aposentaram e já têm claro que
não querem ser “uma carga para seus filhos”. Nesta residência, uma das normas é poder haver
no máximo 15 pessoas nascidas no mesmo ano, para garantir a variedade geracional. Cada
cooperativa tem suas regras, mas uma que se repete em relação à questão da dependência é
que desde que um residente se soma ao projeto, parte de seu dinheiro vai para um fundo social.
“Assim, quando algum dos colegas precisar de uma assistência especial, dividimos entre todos
e não será um gasto expressivo”,explica Roldán.
É a hora da siesta em Cuenca, e “o castelo do século XXI”, como o chamam os moradores
de Convivir, parece ter parado no tempo. Ninguém circula pelos longos corredores dos dois
andares, as raquetes de pingue-pongue descansam sobre a mesa e o salão de beleza está
fechado a chave. É o momento de desfrutar do apartamento que cada um decorou a seu gosto.
“Em vez de meu filho se tornar independente, eu é que me tornei”, diz em voz baixa Luis de La
Fuente, enquanto fecha a porta de seu novo lar.
Antonia Laborde. (Disponível em: brasil.elpais.com. Acesso em 10jan2017)
Em: “não querem passar a última fase da vida entre desconhecidos OU SER UMA
CARGA PARA OS FILHOS.”, a oração destacada é classificada como:
GABARITO
1. Certo
2. Certo
3. Certo
4. Errado
5. Certo
6. Errado
7. Certo
8. Errado
9. Certo
10. Certo
11. A
12. D
13. C
14. A
15. D
16. B
17. B
18. B
19. B
20. D
GABARITO COMENTADO
1. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2018 - EMAP - Assistente
Portuário - Área Administrativa
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o
próximo item.
A palavra “portanto” (l.18) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de conclusão.
Certo ( ) Errado ( )
1. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
No que se refere a aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item que se segue.
Certo ( ) Errado ( )
2. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
3. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
No que se refere aos sentidos, à estrutura textual e aos aspectos gramaticais do texto,
julgue o item a seguir.
O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia de
concessão em uma sequência de fatos.
Certo ( ) Errado ( )
4. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão está errada, o elemento coesivo “mas” não exprime uma ideia de
concessão.
SOLUÇÃO COMPLETA
“A redação acima poderia ter sido extraída do editorial de uma revista, mas é
parte do texto...”
O elemento coesivo “mas” estabelece uma relação adversativa, de oposição.
Certo ( ) Errado ( )
5. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
6. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
7. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2015 - Instituto Rio Branco
- Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva
Ainda com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto Para melhor conhecer as
pessoas, julgue o item que se segue.
Certo ( ) Errado ( )
7. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão está certa. A conjunção “e” possui valor aditivo e estabelece uma
relação de coordenação entre as orações ligadas por ela.
SOLUÇÃO COMPLETA
Com base nas estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item que se segue.
O termo “Contudo" (l.15) pode, sem prejuízo para a correção gramatical e para as
informações originais do período, ser substituído por qualquer um dos seguintes: Porém,
Todavia, Entretanto, Embora, Se bem que, Porquanto.
Certo ( ) Errado ( )
8. GABARITO ERRADO
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Certo ( ) Errado ( )
9. GABARITO CERTO
SOLUÇÃO RÁPIDA
A questão está certa. A locução conjuntiva “não apenas... mas” introduz a ideia
de adição à oração que a antecede.
SOLUÇÃO COMPLETA
10. Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2007 - BASA - Advogado
A oração “que traz apenas aborrecimento” (L.29-30) exerce uma função de valor
explicativo em relação a “tarefa enfadonha” (L.29).
Certo ( ) Errado ( )
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
CASO DE CANÁRIO
Carlos Drummond de Andrade
Casara-se havia duas semanas. Por isso, em casa dos sogros, a família resolveu que ele
é que daria cabo do canário:
__ Você compreende. Nenhum de nós teria coragem de sacrificar o pobrezinho, que nos
deu tanta alegria. Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade. Você é diferente,
ainda não teve tempo de afeiçoar-se ao bichinho. Vai ver que nem reparou nele, durante o
noivado.
__ Mas eu também tenho coração, ora essa. Como é que vou matar um pássaro só
porque o conheço há menos tempo do que vocês?
__ Porque não tem cura, o médico já disse. Pensa que não tentamos tudo? É para ele
não sofrer mais e não aumentar o nosso sofrimento. Seja bom; vá.
O sogro e a sogra apelaram no mesmo tom. Os olhos claros de sua mulher pediram-lhe
com doçura:
Não é que o canário tinha ressuscitado, perdão, reluzia vivinho da silva, com uma fome
danada?
__ Ele estava precisando mesmo era de éter - concluiu o estrangulador, que se sentiu
ressuscitar, por sua vez.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
b) “Todos somos muito ligados a ele, seria uma barbaridade.” – Não conjunções
ligando as orações, elas são classificadas em coordenadas assindéticas.
c) “As pessoas da casa não quiseram aproximar-se do cadáver.” – Não há
conjunções aditivas.
d) “Ele estava precisando mesmo era de éter - concluiu o estrangulador...” –
Não há conjunções aditivas.
a) coordenativa negativa.
b) coordenativa explicativa.
c) coordenativa conclusiva.
d) coordenativa aditiva.
e) coordenativa causal.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
As orações coordenadas estão ligadas uma à outra apenas pelo sentido, sendo
sintaticamente independentes. Assinale a alternativa CORRETA para os processos de
coordenação assindética ou sindética.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
Em “Toma conselhos com vinho, mas toma decisões com água”, temos:
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
15. IBADE - 2017 - PREFEITURA DE RIO BRANCO - Professor de Ensino Fundamental (1º
Ao 5º Ano) Zona Urbana
Texto para responder à questão.
O refrão de uma marchinha carnavalesca, de amplo domínio público, oferece uma pista
interessante para a compreensão do critério objetivo que a sociedade brasileira emprega para
a classificação racial das pessoas: “O teu cabelo não nega, mulata, porque és mulata na cor; mas
como a cor não pega, mulata, mulata eu quero o teu amor”.
Escrita por Lamartine Babo para o Carnaval de 1932, a marchinha realça a ambiguidade
das relações raciais, ao mesmo tempo em que ilustra a opção nacional pela aparência, pelo
fenótipo. Honesto e preconceituoso em sua definição de negro, Lamartine contribui mais para
o debate sobre classificação racial do que muitos doutores.
Com efeito, ao contrário do que pensa o presidente eleito, bem como certos acadêmicos,
os cientistas pouco podem fazer nesta seara, além de, em regra, exibirem seus próprios
preconceitos ou seu compromisso racial com a manutenção das coisas como elas estão.
Primeiro porque, como se sabe, raça é conceito científico inaplicável à espécie humana,
de modo que o vocábulo raça adquire relevância na semântica e na vida apenas naquelas
sociedades em que a cor da pele, o fenótipo dos indivíduos, é relevante para a distribuição de
direitos e oportunidades.
Segundo, porque as pessoas não nascem negras ou brancas; enfim, não nascem
“racializadas”. É a experiência da vida em sociedade que as torna negras ou brancas.
“Todos sabem como se tratam os pretos”, assevera Caetano Veloso na canção “Haiti”.
Em sendo um fenômeno relacional, a classificação racial dos indivíduos repousa menos
em qualquer postulado científico e mais nas regras que regem as relações, intersubjetivas,
econômicas e políticas no passado e no presente.
Negro e branco designam, portanto, categorias essencialmente políticas: é negro quem
é tratado socialmente como negro, independentemente de tonalidade cromática. É branco
aquele indivíduo que, no cotidiano, nas estatísticas e nos indicadores sociais, abocanha
privilégios materiais e simbólicos resultantes do possível mérito de ser branco. Esse sistema
funciona perfeitamente bem no Brasil desde tempos imemoriais.
A título de exemplo, desde a primeira metade do século passado, a Lei das Estatísticas
Criminais prevê a classificação racial de vítimas e acusados por meio do critério da cor.
Emprega-se aqui a técnica da heteroclassificação, visto que ao escrivão de polícia compete
classificar, o que é criticado pela demografia, que entende ser mais recomendável, do ângulo
ético e metodológico, a autoclassificação.
Há um outro banco de dados no qual o método empregado é o da autoclassificação: o
Cadastro Nacional de Identificação Civil, feito com base na ficha de identificação civil, a partir
da qual é emitida a cédula de identidade, o popular RG. Tratase de uma ficha que pode ser
adquirida em qualquer papelaria, cujo formulário, inspirado no aludido Decreto-Lei das
Estatísticas Criminais, contém a rubrica “cútis”, neologismo empregado para designar cor da
pele. Assim, todas as pessoas portadoras de RG possuem em suas fichas de identificação civil a
informação sobre sua cor, lançada, em regra, por elas próprias.
Vê-se, pois, que o Cadastro Nacional de Identificação Civil oferece uma referência
objetiva e disponível para o suposto problema da classificação racial: qualquer indivíduo cuja
ficha de identificação civil, dele próprio ou de seus ascendentes (mãe ou pai), indicar cor diversa
de branca, amarela ou indígena, terá direito a reivindicar acesso a políticas de promoção da
igualdade racial e estará habilitado para registrar seu filho ou filha como preto/negro.
Fora dos domínios de uma solução pragmática, o procedimento de classificação racial,
que durante cinco séculos funcionou na mais perfeita harmonia, corre o risco de se tornar,
agora, um terrífico dilema, insolúvel, poderoso o bastante para paralisar o debate sobre
políticas de promoção da igualdade racial.
No passado nunca ninguém teve dúvidas sobre se éramos negros. Quiçá no futuro
possamos ser apenas seres humanos.
SILVA JÚNIOR, Hédio. Preto é cor, negro é raça. Folha de S.Paulo, São Paulo, 21 dez. 2002. Opinião, p.A3.
a) assindética.
b) aditiva.
c) adversativa.
d) conclusiva.
e) completiva nominal.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
SOLIDÃO INTERATIVA
Ronaldo Coelho Teixeira
A primeira vez que vi esse termo foi por meio de um jeca superjóia: Juraildes da Cruz.
Tocantino de Aurora, radicado em Goiânia, Goiás e um dos maiores compositores
contemporâneos brasileiros. Não seria pra menos! Afinal, foi ele quem criou o hit que Genésio
Tocantins espalhou pelo Brasil por meio do Domingão do Faustão, na TV Globo, em 1999. “Nóis
é jeca, mas é joia”, aquele da farinhada, feita da mandioca, da macaxeira ou do aipim, a depender
da região brasileira. Sacada de mestre, de quem está sempre antenado ao mundo e aos seus.
Juraíldes da Cruz em sua letra, visionária – como tudo o que os gênios, as antenas da raça fazem
– já arrepiava: “Tiro o bicho de pé com canivete, mas já tô na internet”. E isso quando a www
ainda engatinhava.
Mas com esse achado que agora evoco aqui, o artista quer mesmo é alertar para o mau
uso das tecnologias, sobre coisas que o homem cria, mas que geralmente acaba escravo delas.
Solidão interativa foi cunhado pelo sociólogo francês Dominique Wolton. Em sua tese, o autor
alerta quanto ao cuidado para com o uso da internet, principalmente das redes sociais,
chamando a atenção para um detalhe vital no avanço das tecnologias de comunicação: não
importam formas e meios de expressão, a comunicação humana não foi, não é e nunca será algo
tão simples, sempre vai conter grandeza e dificuldade. Wolton justifica-se dizendo que a
internet é incrível para a comunicação entre pessoas e grupos que tenham os mesmos
interesses, mas está longe de ser uma ferramenta de comunicação de coesão entre pessoas e
grupos diferentes. E que por isso, a internet não é uma mídia, mas um sistema de comunicação
comunitário. Ele prova isso afirmando que podemos passar horas, dias na internet e sermos
incapazes de ter uma verdadeira relação humana com quer que seja.
A solidão interativa grassa nas redes sociais, especialmente no facebook. São fotos e
fotos postadas – a maioria – forjando uma felicidade quando, na verdade, é tudo fake. As mais
usuais são aquelas em que o autor se autofotografa – as famosas selfies – e sai espalhando-as
de um dia para o outro, quando não, de uma hora para outra.
Tem as gastronômicas. Aquelas em que o autor antes de comer um prato ou uma iguaria
especial, fotografa e já a lança na rede como a dizer que está podendo. Mas aquela comidinha
do dia a dia, a da vida real, ele jamais vai postar. Ovo frito? Nem pensar! E aquelas dos momentos
felizes? Sim, tem gente que acha que os seus instantes de lazer e diversão têm que,
obrigatoriamente, ser vistos por todos. E lá vai um post ao lado do namorado ou namorada, dos
amigos, geralmente com ares de forçação de barra. Porque a gaiola do tempo, forjada por nós
mesmos, só pode ser aberta pela chave da felicidade plena.
E tem aquela que é emblemática: a mensagem em que o internauta revela o status do seu
sentimento. Mas o ápice da solidão interativa está naquela figura que posta alguma coisa e ela
mesma vai lá e a curte. De dar dó, não? Temos milhares de ‘amigos’ nessa cornucópia virtual.
Nessa Caixa de Pandora do Século XXI, eis-nos diante de uma incoerente quimera: o
autoengano. [...]
O autoengano é peça-chave para a nossa sobrevivência. Mentimos – a partir dos dois
meses de idade – não só para os outros, mas, principalmente, para nós mesmos. Mesmo
protegidos na redoma da interatividade, continuamos sós, ali, onde apenas a solidão nos
alcança. Enquanto teclamos a torto e a direito, sugerindo que estamos sempre ON, a vida
verdadeira continua OFF. E nunca nos damos conta de que, no fim, toda a solidão que nos rodeia,
essa sim, é real. Porque bytes, bits e pixels não transmitem calor. E o verbo sem o hálito quente
é apenas palavra morta.
Adaptado de:< http://lounge.obviousmag.org/espantalho_lirico/2016/08/solidao-interativa.html >.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
A oração introduzida pelo conectivo mas que recebe classificação diferente das demais –
por ter valor aditivo e não adversativo – é
a) “Ver é crer, mas sentir é a verdade.”
b) “A vontade de acreditar é talvez o mais poderoso, mas certamente é o mais perigoso
atributo humano.”
c) “Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.”
d) “Você pode fazer muito pouco com a fé, mas você não pode fazer nada sem ela.”
e) “A fé remove montanhas, mas não se esqueça de ficar empurrando enquanto você reza.”
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
a) finalidade.
b) conclusão.
c) causa.
d) consequência.
e) condição.
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
C) causa = porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, uma vez que,
já que, desde que;
D) consequência = de modo que, de sorte que, sem que, de forma que, de jeito
que;
E) condição = se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a
menos que, sem que;
19. FCC - 2016 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon, o
Jardim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que eu caminhava
todas as manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão principal e seguíamos
primeiro pela aleia imponente que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira do lago,
ver as vitórias-régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas íamos,
sobretudo, catar mulungu.
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que
um grão de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu
vermelho é um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era um
verdadeiro prêmio conseguir encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de
repente a casca vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de
uma bromélia. Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar o
pequeno grão, que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava
vagamente um olho.
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava
atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos
mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava
na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras vezes
apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, de que
árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam no chão
ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no
dicionário e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo
nome de flor-de-coral. ''Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas, originária da
Amazônia e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as
sementes do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto,
sim)'', dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma
dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje me
pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens todas as
manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de encontrá-las.
O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma aura de magia, uma
natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória ? essa memória mínima.
(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em: http://heloisaseixas.com.br)
SOLUÇÃO RÁPIDA
A oração “... é que não me lembro de jamais ter visto...” (5° parágrafo),
apresenta a conjunção explicativa “que” e transmite a explicação de uma ideia
expressa na oração anterior. Assim, a resposta correta é a alternativa B.
SOLUÇÃO COMPLETA
A amizade de Victor Gomes e Cruz Roldán tem 46 anos. Conheceram-se em uma excursão
na Serra Nevada, na Espanha, com um grupo de caminhada. “Mas era mais do que isso, era um
grupo de estilo de vida”, relembra Roldán, hoje com 79 anos. Quando estavam com meio século
de vida, perguntaram-se: “por que não nos vemos envelhecer?". Quinze anos depois, moram
com suas respectivas esposas em Convivir, uma república autogerida na cidade espanhola de
Cuenca. Dezenas de amigos e familiares se entusiasmaram quando os dois casais de amigos
propuseram a ideia de viver juntos, e hoje são 87 sócios que se identificam com o lema “dar vida
à idade”.
O condomínio conta com todos os serviços de um asilo para idosos tradicional. “Mas não
ficamos sentados o dia todo em uma cadeira entre desconhecidos” , explicou um dos amigos.
Compartilham tarefas, mantêm-se ativos, mas conservam sua independência.
A velhice chega mais tarde hoje, mas pensa-se nela desde cedo. Os mais velhos
atualmente - especialmente europeus e japoneses - vivem mais e não querem passar a última
fase da vida entre desconhecidos ou “ser uma carga para os filhos”. É o que demonstra um
estudo de 2015, realizado pelo ministério da Saúde espanhol, no qual mais da metade dos
pesquisados acha pouco provável viver em um asilo, enquanto quatro em cada dez veem como
alternativa o cohousing. São moradias criadas e administradas pelos próprios idosos, que
decidem entre amigos como e onde querem viver sua aposentadoria. Os apartamentos
pertencem a uma cooperativa, mas podem ser deixados de herança para os filhos. Na Espanha,
há oito projetos construídos e vários em gestação.
Em: “não querem passar a última fase da vida entre desconhecidos OU SER UMA
CARGA PARA OS FILHOS.”, a oração destacada é classificada como:
SOLUÇÃO RÁPIDA
SOLUÇÃO COMPLETA
orações subordinadas e isso não acontece na oração analisada, assim ela não pode
ser classificada em nenhum tipo de oração subordinada.
E) coordenada sindética explicativa. – No período analisado, a segunda oração
não explica a primeira, mas sim, transmite uma ideia de alternância em relação à
oração anterior