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- O volume de deslocamento do êmbolo (Vdu) ou a - Esta última relação tem grande importância por afetar
cilindrada unitária é o volume deslocado pelo êmbolo de um diretamente a eficiência térmica ideal (ηt ideal) de um motor.
ponto morto ao outro, na forma:
D 2 - Veremos ao longo do curso que a ηt ideal de um motor aumenta
Vdu V1 V2 c (1)
4 com o aumento da rc, sendo que esta última geralmente é
- Chamando de z o número de cilindros de um motor, e de Vd limitada pelas características do combustível (detonação
o volume deslocado de um motor ou cilindrada total, prematura ou combustão anormal).
temos:
D 2
Vd Vdu z cz (2) - Podemos reescrever a Eq. (3) de outras formas.
4
- A relação volumétrica de compressão ou taxa de - Como Vdu V1 V2 , temos que Vdu V2 V1 , e:
compressão (rc) é a relação entre o volume total do cilindro
(V1) e o volume da câmara de combustão (V2), ou seja:
V1 Vdu V2 Vdu
V1 rc 1 (4)
rc (3)
V2 V2 V2
V2
2
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1.5a. Classificação dos motores quanto ao comportamento 1.5b. Classificação dos motores quanto à forma de se obter
do fluido ativo trabalho mecânico
a) Combustão externa: a massa dos gases de produto da
combustão não fazem parte do fluido ativo. a) Alternativos
Calor (+)
Fonte: www.culturamix.com/wp-content/
uploads/2010/09/imagem-500x263.jpg
Caldeira
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1.5c. Classificação dos motores quanto à ignição 1.5d. Classificação dos motores quanto ao número de
- A combustão é um processo químico exotérmico de oxidação de um tempos do ciclo de operação
combustível, sendo que é necessário um agente para provocar o - O fluido ativo sofrerá uma série de transformações
início desta reação. Podemos dividir os motores em dois grupos: (mudanças de estado ou tempos) com consecutivos
I) Motores de ignição por centelha movimentos do elemento (êmbolo), podendo ser:
- A mistura de ar e combustível é inflamada por uma centelha que I) Motor de 4 tempos
ocorre entre os eletrodos de uma vela, dando início ao processo de
combustão. Admissão Compressão Combustão e expansão Escape
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- VR
- Radiais
- Em H
Muito raros!
Detalhes em
Fonte: www.motoringweekly.com.au/ Animação do movimento de um Animação do movimento de um Animação do movimento de um
2015/12/30/h-block-engines motor radial com 9 cilindros.
motor VR com 6 cilindros. motor com 16 cilindros em W.
Fonte: www.motoringweekly.com.au/wp- Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/ Fonte: www.kfz-tech.de/Bilder/Kfz- Fonte: https://i.imgur.com/79Qo0.gif
content/uploads/2015/12/V16-B.R.M.jpg 3/36/H-Engine_4_strouke.gif/220px-H-Engine_4_strouke.gif| Fonte: https://i.imgur.com/sha5UTB.gif
Technik/Hubkolbenmotor/VR6A2.gif
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1.5g. Classificação dos motores quanto ao sistema de 1.5h. Classificação dos motores quanto ao sistema de
arrefecimento distribuição (posição relativa das válvulas)
- Rejeitam o excesso de calor e podem ser: - Além da classificação em relação à posição do eixo do comando, o
número de válvulas por cilindro também pode variar
I) Sistema de arrefecimento a ar consideravelmente.
- São mais simples, mas menos - Veremos em um capítulo específico sobre os sistemas de distribuição
eficientes e de funcionamento menos uma série de siglas e seus significados. Alguns exemplos:
homogêneo.
Fonte: www.maosaoauto.com.br/wp-
content/uploads/2015/10/motor-fusca.gif
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mecânica
I) Naturalmente aspirado (atmosférico).
- O ar é admitido por um gradiente de Supercompressor (também conhecido como supercharger
Compressor de lóbulos
pressão sem o auxílio de dispositivos para motor a Diesel. ou blower (em veículos) ou compressor parafuso).
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1.5j. Classificação dos motores quanto à relação entre o - Exemplos para automóveis de passeio:
curso do êmbolo e seu diâmetro (c/D) - Motor com c/D = 1 ou quadrado.
- Um motor curto é aquele que tem c/D 1 - Quando o diâmetro é igual ao curso.
- Um motor longo é aquele que tem c/D > 1 D=c GM Vectra B 2.0 8V 1996
- Nos EUA é utilizada a razão D/c. D = c = 86,0 mm https://abrilquatrorodas.files.wordpress.com/2017/11/15
_gm_chevrolet_vectra_23-01-15-e1509572649959.jpg
- Alguns exemplos:
- Um motor com c/D = 1 é chamado de motor quadrado. - Motor com c/D > 1 ou subquadrado.
- Quando o diâmetro é igual ao curso (D = c). - Quando o diâmetro é menor que o curso.
- Apresentam bom desempenho (torque e potência) em todas as rotações.
- Ex.: alguns motores de veículos de passeio. D < c Volkswagen Santana GLS 2.0 2006
- Um motor com c/D > 1 é chamado de motor subquadrado. D = 82,5 mm, c = 92,8 mm https://cdn-motorshow-ssl.akamaized.net/wp-
- Quando o diâmetro é menor que o curso (D < c). content/uploads/sites/2/2015/07/img-114269.jpg
- Apresentam bom torque e potência em baixas rotações. - Motor com c/D < 1 ou superquadrado.
- Ex.: motores Diesel lentos. - Quando o diâmetro é maior que o curso.
- Um motor com c/D < 1 é chamado de motor superquadrado.
- Quando o diâmetro é maior que o curso (D > c). D>c Honda Civic VTi 1.6 16V 1993
- Apresentam bom torque e potência em altas rotações. D = 81,0 mm, c = 77,4 mm
- Ex.: motores esportivos, como os de Fórmula 1. http://motortudo.com/wp-content/uploads/2018/08/Honda-
Civic-VTi-1.6-16V-1995-Motor-Tudo-21-980x400.jpeg
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- No livro Brunetti (2013) é apresentada a seguinte tabela: 1.5k. Classificação dos motores quanto à rotação
- Geralmente podemos classificar os motores como:
- Lentos: rotação (n) menor que 600 rpm
- Médios: 600 < n < 1500 rpm
- Rápidos: n > 1500 rpm
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1.5m. Classificação dos motores quanto à potência - No livro Brunetti (2013) é apresentada a seguinte tabela:
específica
- A potência específica (Pespecífica) é dada por:
Potência efetiva (Pe) ou a freio,
medida experimentalmente.
Pe
Pespecífica americana (5)
Área plana do êmbolo
Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 52.
Pe
Pespecífica européia (6)
cilindrada total
- Atualmente se busca:
- Aumentar o torque e a potência sem aumentar a cilindrada total; Sobrealimentação = Superalimentação = Supercarregamento
- Reduzir a cilindrada total mantendo-se a mesma potência;
- Redução do número de cilindros.
Downsizing
5
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Características
- As aplicações de um dado tipo de motor numa certa área são - Baixa relação peso-potência e volume-potência para potências
função de suas características gerais, podendo essas ser: máximas relativamente baixas, de até 400 kW (~540 CV).
- Suavidade de funcionamento em toda a faixa de uso.
a) Peso; g) Vida útil; - Baixo custo inicial.
b) Volume; h) Vibrações; - Controle de emissões relativamente simples e barato.
c) Ruído; f) Potencia máxima;
d) Confiabilidade; g) Custo de operação;
e) Facilidade de manutenção; h) Nível de emissões de gases
f) Consumo de combustível; nocivos ao meio ambiente. Veículos de passeio Pequenos veículos
Embarcações
Aplicações
de transporte
Fonte: http://portalgoverno.com.br/wp-
content/uploads/2018/11/Ve%C3%ADculo-de-Passeio- Fonte: https://extra.globo.com/incoming/10596815-
esportivas
- Em alguns casos a importância para uma dada aplicação de Chevrolet-Onix-Joy-imagem-ilustrativa-00.png bbe-030/w640h360-PROP/2013-658728557-
2013102801592_20131028.jpg
Fonte: www.primeshare.com.br/wp-
content/uploads/sites/359/2016/03/280gt.jpg
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Características
Pequenos
barcos
Motosserras
Aplicações
Aplicações
Cortadores de grama
Fonte: https://img.lojadomecanico.com.br/
IMAGENS/33/782/111245/Cortador-de-Grama-a-
Gasolina-2T-1215CC-4-brudden-cg500-2t1.JPG Locomotivas
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/
h4G4vjZOR_A/maxresdefault.jpg
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Características
- Geralmente utilizados em aplicações - Era uma alternativa ao motor Otto a 4T na aplicação em veículos
acima de 3000 kW (~4000 CV). de passeio. Contudo, seus elevados níveis de emissão de gases
- Não apresentam as mesmas nocivos ao meio ambiente tornam sua homologação difícil.
desvantagens dos motores de 2T de - Apresenta problemas de vedação e elevado consumo específico
ignição por centelha! de combustível, mas tem elevada relação potência/peso.
Aplicações
Aplicações
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1 giro do eixo do motor (360º) 2ª) Passagem + admissão + compressão da mistura: na subida do
para completar 1 ciclo. êmbolo.
- Neste tipo de motor, o próprio êmbolo controla a entrada e - Óleo lubrificante é adicionado ao combustível, em uma
saída de gases do cilindro. proporção de 1:50 (1 litro de óleo para cada 50 litros de combustível).
- O motor é equipado com janelas (chamadas de “portas” nos - Como ele tem seu tempo motor em metade do número de
EUA). movimentos do êmbolo é natural pensar que ele deve ter o
janela de admissão
janela de escape dobro da potência de um motor de 4 tempos! Mas na prática
janela de transferência ele só tem apenas 30% a mais de potência!
ou de admissão ao cilindro
(para a câmara de combustão) - O óleo lubrificante torna a combustão mais deficiente, além de
ou intermediária. emitir gases nocivos ao meio ambiente, motivo pelo qual sua
- Pode-se ter pressão negativa (manométrica) no cárter! homologação não é mais aceita para veículos automotores.
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Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/52/Arbeitsweise_Zweitakt.gif
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
2/2c/Two-stroke_deflector_piston_%28Autocar_
Fonte: http://gifimage.net/wp-content/ Fonte: www.nauwerck.org/Oldtimer/
Handbook%2C_13th_ed%2C_1935%29.jpg
uploads/2017/09/2-stroke-gif-13.gif 2taktmotor/Bilder/2_Takt_Motor_Farbe.gif
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Lavagem de
1.8.3. Estratégias de lavagem dos cilindros Lavagem cruzada ou Lavagem em loop ou escoamento único ou
cross-scavenging loop-scavenging uniflow-scavenging
- Existem várias configurações de motores de 2 tempos, cada
qual com uma estratégia distinta de lavagem dos cilindros.
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Lavagem de
Lavagem cruzada ou Lavagem em loop ou
cross-scavenging loop-scavenging
escoamento único ou - Para outras animações sobre as transformações e os tempos
uniflow-scavenging
dos motores, sugere-se visitar www.animatedengines.com.
Saída da
exaustão
Êmbolos opostos
Saída da
exaustão
Entrada Entrada
de ar de de ar de
lavagem lavagem
Entrada
de ar de
lavagem
Válvula de exaustão
Fonte: www.machineryspaces.com/ Fonte: www.machineryspaces.com/ Fonte: www.machineryspaces.com/ Fonte: www.animatedengines.com
crossflow-scavenging.jpg loop-scavenging.jpg uniflow-scavenging.jpg
8
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- Vejamos uma visualização mais realística do funcionamento - Vídeos mostrando as principais diferenças de funcionamento dos motores:
interno de um motor de 4 tempos: 4 tempos 2 tempos
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- Curva epitrocoide (epitrocoidal), cujo - Outras formas construtivas são possíveis, mas não foram
achatamento depende da excentricidade. exploradas pelos desenvolvedores destes tipos de motores.
Fonte: https://motorgiga.com/cargadatos/fotos2/diccionario/motores-ciclos-tipos/800px/wankel-motor-05.jpg
Circunferência
geratriz
Circunferência
base
Girar a circunferência
geratriz sobre a de
base, sem escorregar
Fonte: www.vpbay.com/wp-content/uploads/
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 688.
2014/10/Immagine_03.png?x26723
9
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1) Admissão
2) Escape
3) Estator Compressão
4) Câmaras de combustão
5) Engrenagens fixas
6) Rotor
Exaustão
7) Engrenagens móveis
8) Eixo excêntrico
9) Velas de ignição
Combustão
Componentes de um motor Wankel. Funcionamento de um motor Wankel.
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3b/Wankel_Cycle_anim_es.gif Fonte: http://obviousmag.org/horizonte_de_eventos/assets_c/2015/11/
Wankel_Cycle_%28vector%29.svg-thumb-900x908-129138.png
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Volume mínimo
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- A diferença entre o centro do êmbolo rotor e do centro do eixo - Tem que haver uma folga entre o estator e o rotor (± 2 mm)
do motor (excentricidade) é que produzirá o movimento de para a dilatação do motor quando houver o seu aquecimento.
giro quando após a combustão dos gases.
- Neste afastamento, já não se
mantém a curva epitrocoide do
Centro do eixo
do motor rotor.
10
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1.9.3. Vantagens do motor Wankel - Exemplo: Mercedes-Benz C-111, produzidas 16 unidades em 1970.
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Fonte: www.autohoje.com/media/k2/items/cache/
Admissão
57f93cd810b2917941113c0c4e439451_XL.jpg de ar
Escape
Fonte: https://di-uploads-pod1.dealerinspire.com/coxmazda/
uploads/2012/12/Mazda-Rotary-Engine-1024x768.jpg
- O seu sucessor, o Mazda RX-8, foi produzido de 2003 a 2012. Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-6mCjRDz4c0k/U6ar5xDHz0I/AAAAAAAACYI/_7CtAxXa-
mU/s1600/Turbofan+engine+with+separate+nozzles+fan+and+core.jpg
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- Uma comparação pertinente entre uma turbina a gás e um MCI: - Vídeos sobre o funcionamento de turbinas a gás:
Fonte: https://global.kawasaki.com/br/energy/equipment/gas_turbines/img/outline_ph_01.jpg
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Cárter
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Bloco em V de um motor de 8 cilindros (V8). Bloco com cilindros opostos ou contrapostos (boxer).
Fonte: http://gearheadbanger.com/wp- Fonte: https://fiebruzmotorsports.com/wp-
content/uploads/2011/07/x06pt_8c035.jpg content/uploads/2015/12/EJ25Block.jpg
O termo VR vem da
combinação de
motor em V e
Reihenmotor, que
em alemão significa
“motor em linha”. A Bloco em W de um motor de 16 cilindros (W16).
combinação dos dois Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-8eEdKW N-c8E/UBE0o39neVI/
AAAAAAAAALE/9j36Wy7EY3A/s1600/DSC01936.jpg
pode ser traduzida
como "o motor V em
linha". O ângulo
geralmente é de
apenas 10,6° ou 15°
Bloco VR de um motor de 6 cilindros (VR6). Bloco com cilindros radiais. Cabeçote de um motor W16.
Fonte: https://cdn.shopify.com/s/files/1/1150/2546/products/ Fonte: https://a.1stdibscdn.com/archivesE/1stdibs/ Fonte: www.enginelabs.com/news/video-the-bugatti-veyrons-w16-
image_aac43705-e1e0-42b4-8bdb-f0ce72a984c5_large.jpg?v=1469224539 062513/KirkAlbertCC_DM2/26/X.jpg engine-on-the-assembly-line/
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Cabeçote de um GM Monza 1.8 Álcool (1982-1986). Cabeçote de uma motocicleta Honda CRF 230.
Cabeçote de um motor com 4 válvulas por cilindro. Cabeçote de um motor com 5 válvulas por cilindro.
Fonte: www.noveloautopecas.com.br/cabecote-monza-c- Fonte: https://americasports.com.br/7654- Fonte: http://carrosinfoco.com.br/wp-content/ Fonte: www.westportparts.com/VolksDiesel/images/
valvula-1.8-alcool-82gt86-gm-94625924 thickbox_default/cabecote-honda-crf-230-0714.jpg uploads/2015/09/head2-1024x404.jpg Complete18TCylinderHeadPic3.jpg
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1.11c. Cárter - Vale ressaltar que nos motores de dois tempos os cárteres
- Geralmente confeccionado em chapa de aço. são mais robustos, a fim de resistir às diferenças de pressão.
- O movimento alternativo do êmbolo do motor dará origem a
pressões acima e abaixo (vácuo) da atmosférica no cárter.
- Estes motores não utilizam o cárter como depósito de óleo.
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Volante
Eixo do motor
(árvore de manivelas)
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Volante
Biela
Fonte: http://s3.amazonaws.com/
magoo/ABAAABCFoAK-41.jpg
Fonte: https://static.av-gk.ru/komatsu/
Fonte: www.claytex.com/wp-content/uploads/2017/05/ezgif.com-gif-maker.gif 0000018C/060002a.png
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Fonte: http://carrosinfoco.com.br/wp-content/uploads/2013/05/mci4.jpg
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Eixo do balancim
Balancim
Mola
Haste
Válvula
Tucho
Came
Eixo de cames
Êmbolo
Biela
Eixo do motor
(árvore de manivelas)
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- É projetada para durar cerca de 2.000 h (aprox. 200.000 km). - A camisa pode ser usinada (retificada).
- É de construção mais cara que o caso anterior.
- É de construção simples e barata.
- Para motores Diesel, pode durar de 10.000 h a 15.000 h. Camisa úmida Camisa úmida
ou molhada ou molhada
Tipos de camisas para Tipos de camisas para
cilindros (Giacosa, 1988). cilindros (Giacosa, 1988).
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- Nos motores Diesel pode haver mais de um anel raspador de - Nos motores de competição pode haver apenas um anel de
óleo. compressão, visando diminuir o atrito. Podem apresentar ranhuras
adicionais para vedação por labirinto. Geralmente são
confeccionados em liga de alumínio forjado.
Êmbolo de um motor Diesel com 2 anéis Êmbolos de um motor Diesel com 3 anéis de
de compressão e 1 anel raspador de óleo. compressão e 2 anéis raspadores de óleo.
Fonte: https://5.imimg.com/data5/GG/NG/MY-
Fonte: www.mahle-aftermarket.com/media/local-media-latin-america/download-
3354393/cummins-diesel-engine-piston-500x500.jpg
center/technical-materials/2016-04-19-manual-curso-de-motores-2016-2.pdf
Redução das dimensões dos êmbolos. Diferenças de formato das cabeças dos êmbolos.
Fonte: www.speednik.com/wp-content/blogs.dir/1/files/2018/04/engine-builders-are-
Fonte: www.guadiluso.pt/images/produtos/motor/Piston-rod.jpg
moving-to-thinner-rings-and-heres-why-2018-04-09_20-42-42_849058-960x640.jpg
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anéis, além de aumentar o fluxo de Blow by (passagem de êmbolo (é a melhor!). Tem que lubrificar.
gases de combustão da câmara para o cárter). - São livres (sem interferência) tanto no êmbolo quanto na
biela. Para evitar seu deslocamento, utilizam-se travas ou
anéis de segurança.
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PMI PMI
descendo
subindo
b) Pino oscilante:
16
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- A parede esquerda sofre maior desgaste que a direita. 1.15.1. Descentralização para o lado de maior pressão (esq.)
- Como o êmbolo tem que trocar de parede no PMS, da direita Eixo descentralizado
para a esquerda, ele dá um tranco, originando um ruído Eixo centralizado
característico.
PMS PMS PMS
- Em um êmbolo, o pino raramente fica posicionado no centro! Encostado
PMI PMI PMI
- Contudo, a descentralização é mínima, imperceptível a olha nu.
descendo
subindo
- Eixo descentralizado: Eixo descentralizado
+ atrito
Eixo centralizado na saia
- Aumenta o nível de desgaste no lado de maior pressão.
- Mas diminui o nível de ruído, pois a saia não bate! A cabeça troca
de parede sem produzir ruído devido a presença dos anéis.
Faz o
êmbolo girar - Ex.: usado em veículos de passeio (por ser mais silencioso e
projetado para durar cerca de 2000 h).
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1.15.2. Descentralização para o lado de menor pressão (dir.) - Nos motores Diesel a saia é reforçada para suportar a batida
Eixo descentralizado do êmbolo na camisa do cilindro na descida.
Eixo
centralizado
- Nestes motores, a batida do êmbolo na camisa do cilindro na
PMS PMS PMS descida é insignificante frente ao barulho característico do
Encostado
PMI PMI PMI motor a Diesel.
descendo
subindo
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- Alguns êmbolos especiais para motores a gasolina. - Alguns êmbolos especiais para motores a gasolina.
Fonte: http://speed.academy/wp-content/uploads/2015/01/JE-Pistons-Asymmetrical-03.jpg e
http://speed.academy/pri-spotlight-je-pistons-asymmetrical-piston-design/
17
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Fonte: http://pecas.cardiesel.mercedes-
Cabeça
benz.com.br/img.aspx/sku/A%20%209040 (conecta-se
300740/630/A%20%209040300740.jpg
ao eixo) Fonte: https://images-na.ssl-images-amazon.com/
Casquilhos images/I/614opuAAzWL._SX425_.jpg
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1 4
1 2 3 4 5
Eixo
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2.5. A primeira lei da termodinâmica - A 1ª lei da Termodinâmica não responde a uma pergunta muito
importante.... qual a direção natural de ocorrência dos processos?
- Foi visto em termodinâmica que a 1ª lei disserta a respeito do
princípio de conservação de energia, que diz que a energia não
pode ser criada nem destruída, mas sim transformada entre diversas
formas, conservando-se.
- Veja que sob o ponto de vista da 1ª lei, tanto faz se a energia
modificada se manifesta como calor ou trabalho. Logo, ela é
indispensável, mas insuficiente para explicar o mundo ao nosso redor!
Fonte: www.youtube.com/watch?v=IKDxlJNTuU4 Fonte: www.youtube.com/watch?v=IKDxlJNTuU4
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2.6. A segunda lei da termodinâmica e seus enunciados b) Enunciado de Clausius: “é impossível construir um dispositivo
a) Enunciado de Kelvin-Plank: “é impossível para qualquer que funcione em um ciclo e não produza qualquer outro efeito que não
dispositivo que opera em um ciclo receber calor de um reservatório e seja a transferência de calor de um corpo com temperatura mais
produzir uma quantidade líquida de trabalho”. baixa para um corpo com temperatura mais alta”.
- O calor só é transferido naturalmente de um corpo com maior
- É obrigatório rejeitar calor da fonte (QQ) para a sumidouro (QF).
temperatura para outro com menor temperatura.
- É impossível construir uma máquina térmica com ηt = 100%.
- É obrigatório o fornecimento de energia (trabalho) para que
este dispositivo mencionado acima funcione.
TQ TQ
TQ TQ
QQ QQ
ηt = 100% QQ QQ
Máquina Máquina
Térmica
Wlíq,s Térmica Wlíq,s
Refrigerador Refrigerador Wlíq,e
QF
QF QF
TF TF
TF TF
Referência: Çengel e Boles (2011), Termodinâmica, McGraw-Hill. Referência: Çengel e Boles (2011), Termodinâmica, McGraw-Hill.
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2.7. O ciclo de Carnot e seus princípios Princípio 1: “a eficiência de uma máquina térmica irreversível é
- É o ciclo de uma máquina térmica ideal... a mais eficiente que existe! sempre menor que a eficiência de uma reversível operando entre os
- Os quatro processos reversíveis que formam o ciclo de Carnot são: mesmos dois reservatórios”.
- Compressão isotérmica reversível (processo 1-2, TF = constante) Princípio 2: “a eficiência de todas as máquinas térmicas reversíveis
- Compressão adiabática reversível (processo 2-3, a temperatura se eleva de TF para TQ)
- Expansão isotérmica reversível (processo 3-4, TQ = constante)
operando entre os mesmos dois reservatórios é a mesma”.
- Expansão adiabática reversível (processo 4-1, a temperatura cai de TQ para TF) p T
QQ
p T 3
QQ TQ
3 4
3 4 T3 = T4
3 TQ 4 QQ QF
4 T3 = T4 t (22) Wlíq,s
QQ
2
Wlíq,s TF
2 TQ TF T1 = T2 2 1
TF t (23) QF
1
T1 = T2 2 1 TQ
1 v s
QF s2 = s3 s1 = s4
v s
s2 = s3 s1 = s4
Referência: Çengel e Boles (2011), Termodinâmica, McGraw-Hill.
20
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www.nist.gov
3) A entrega de calor e a remoção de calor do ciclo são
considerados instantâneos (Δt 0, ou tempo de queima “zero”)
e sem perdas (idem aos ciclos anteriores).
janaf.nist.gov/tables/O-029.html janaf.nist.gov/tables/O-index.html
21
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1 1
- Observemos atentamente nos diagramas p – v e T – s os v s
PMS PMI PMS PMI
trabalhos e calores envolvidos nos processos,
VE VE
respectivamente.
VA VA
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p T p T
3 3 3 3
4 4
2 2
4 4
2 2
Wcompressão 1 1
Qintroduzido Wexpansão 1 1
Qrejeitado
v s v s
PMS PMI PMS PMI PMS PMI PMS PMI
VE VE VE VE
VA VA VA VA
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p
3 T
3
4
2
Qlíquido QQ
Wútil 4
2 QQ
1 1 2 4
patm
v 4 QF
PMS PMI PMS PMI
s 2
QF
patm
Wútil Wexpansão Wcompressão (24) Qlíquido Qintroduzido Qrejeitado (25) 1
1
QQ QF v s
PMS PMI PMS PMI
Quero Wútil QQ – QF
ideal (26) Wútil Qlíquido (27)
Custa QQ QQ
22
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2.10.1. O ciclo Otto teórico ideal para motor de 2 tempos 2.11. O ciclo Diesel teórico ideal
É ligeiramente diferente
p a inclinação em relação
3
ao ciclo Otto.
p T
QQ 3
2 3
QQ
2
4
4
QF
patm
Escape
patm 2
1 A
v 4
PMS PMI
patm QF 1
1 v
PMS PMI
s
PMS PMI
- A linha 1A é a entrada de ar no cilindro (admissão do fluido
ativo), que ocorre a p = cte.
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Quero Wútil QQ QF
ideal (26)
Custa QQ QQ 1 ' k 1
ideal 1 k 1
k '1
(35)
QQ C p T3 T2 (32) r c
- Considerando:
QF Cv T4 T1 (33) V3 τ’ é a chamada relação de
' (36) combustão a pressão constante
V2
T T / T 1
ou razão de corte.
QQ QF T4 T1
ideal 1 1 1 4 1 (34)
QQ k T3 T2 kT2 T3 / T2 1 Este termo é SEMPRE maior que 1,
o que faz com que o ciclo Diesel
V Cp seja menos eficiente que o ciclo
- Considerando rc 1 e k , chegamos a: Otto idealmente para uma mesma rc.
V2 Cv
1 ' k 1
ideal 1 k 1
r k '1
c
(35) - Como os motores a Diesel trabalham com rc mais altas que os
a gasolina, em geral são mais eficientes.
τ’ é a chamada relação de combustão a
pressão constante ou razão de corte.
23
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2.11.1. O ciclo Diesel teórico ideal para motor de 2 tempos 2.12. O ciclo misto ou de Sabathé (ciclo a pressão limitada)
p
- A aproximação do processo de combustão dos motores a
2 3
combustão interna a v = cte e a p = cte é extremamente
simplista e pouco realista.
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Quero Wútil
QQ1 QQ2 QF
p
ideal
Custa QQ QQ1 QQ2 (37)
T
QQ QQ QQ1 QQ2 4
QQ1 Cv T3 T2
2
(38)
- Considerando: QQ C p T4 T3
3 4 QQ
2
2
(39)
QQ QF Cv T5 T1 (40)
1
3
ideal 1
T5 T1
1
T1 T5 / T1 1
(42)
T3 T2 k T4 T3 T2 T3 / T2 1 k T3 / T2 T4 / T5 1
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24
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40
- Para que a quantidade de calor fornecida seja a mesma nos
35 três casos, as superfícies das coordenadas do T–s (Otto –
4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
23562, Sabathé – 22”3”5”62 e Diesel – 23’5’62) devem ser as
Taxa de compressão (rc)
mesmas.
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- Agora é possível multiplicar o valor da pressão média pelo - O mesmo conceito será utilizado mais tarde para a pressão
volume do motor para a obtenção do trabalho útil. média indicada (em um cilindro) e para a pressão média
efetiva (no eixo).
25
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- E isso tudo sem mencionarmos as perdas devido ao trabalho 3.1. Ciclo indicado e pressão média indicada
de bombeio e as reações de dissociação a altas - Podemos descrever o ciclo real de um motor através de um
temperaturas. experimento sob condições controladas em laboratório, com a
determinação de seu diagrama p–v (por exemplo), traçado por um
- Todos estes motivos afastam p aparelho denominado indicador de pressão.
3
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- A figura abaixo ilustra um indicador mecânico de pressões. - Abaixo, outra imagem de um indicador mecânico de pressões.
Tambor
Traçador
Curso
Cilindro indicador
Corda
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 67. Richard Stone, Introduction to Internal Combustion Engines, 3rd Edition (1999), Fig. 13.14, pág. 512.
26
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- Abaixo, outra imagem de um indicador mecânico de pressões. - Os alunos são incentivados a assistirem este vídeo:
Movimento alternativo
ou
Rotação contínua
Trajetória do
Mola calibrada
traçador
Tambor-suporte
do gráfico
Traçador do gráfico
Êmbolo do indicador
Ligação para provocar
o movimento do tambor
Tomada de pressão
do motor
2 Stroke Marine Diesel Engine MAN Bu0026W Operating Principle (Every engineer must see this)
Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 78. Fonte: www.youtube.com/watch?v=3n9UGc2noE4
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- Existem dois tipos de gráficos que podem ser traçados com - No indicador com tambor em vaivém (diagrama p–v), existe
os indicadores de pressão mecânicos, que dependem do uma correspondência entre a posição do riscador do
movimento de seu tambor. indicador e a posição do êmbolo ao longo do seu curso.
- Vaivém p–v - Já no indicador com tambor com rotação contínua, existe
- Rotação contínua p–α uma correspondência entre o ângulo do eixo do motor em
Ângulo descrito pela manivela relação ao ponto morto superior (PMS).
- As figuras abaixo ilustram os dois tipos de gráficos.
Diagrama p–v
Diagrama p–α
Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 80. Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 80.
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27
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- Já o indicador eletrônico de pressões não tem estas limitações, - A posição angular (ângulo da manivela) é geralmente medida por
sendo que seu elemento sensor é composto por um diafragma intermédio de um encoder, obtendo-se, assim, o diagrama p–α. ou,
metálico, cuja deformação é função da pressão do fluido de trabalho ainda, com alguma transformação interna, o diagrama p–v.
no cilindro do motor, geralmente através da utilização de
transdutores piezelétricos (cristais de quartzo), que emitem um
sinal elétrico proporcional à pressão submetida.
Fonte: www.kistler.com/ Fonte: www.kistler.com/ Fonte: www.kistler.com/ Fonte: www.kistler.com/ Fonte: www.kistler.com/ Fonte: www.kistler.com/
fileadmin/user_upload/prod fileadmin/user_upload/prod fileadmin/user_upload/prod fileadmin/user_upload/prod fileadmin/user_upload/produc fileadmin/user_upload/prod
ucts/media/936-
655_web.png
ucts/media/930-856n-
01.05_web.png
ucts/media/930-
031_web.png
ucts/media/935-
083_web.png
ts/media/930-003n-
06.04_web.png
ucts/media/936-
372_web.png
Ex.: Consultar: www.avl.com/combustion-measurement1/-/asset_publisher/gYjUpY19vEA8/content/crank-
angle-encoder-of-365-series
Ex.: Consultar: www.kistler.com/en/product/type-611xc/
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- Para facilitar a comparação entre os ciclos indicados Otto e Trabalho de bombeio (negativo)
Diesel, seus diagramas p–v foram sobrepostos. - Área 1 2 6 1’ 1
devido a admissão e escape
- O eixo das pressões para o ciclo Diesel indicado está deslocado em - Área 234562 Trabalho positivo
relação ao Otto, como consequência da diferença de volume da
câmara de combustão (Vc). - Diferença de área 2 3 4 5 6 2 – 1 2 6 1’ 1 Trabalho útil
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www.ufrgs.br www.ufrgs.br/demec Porto Alegre - RS, Slide 167 www.ufrgs.br www.ufrgs.br/demec Porto Alegre - RS, Slide 168
- A tabela abaixo apresenta um comparativo dos valores dos 3.2. Diferenças entre os ciclos Otto teórico ideal e o
rendimentos térmicos de ciclos teóricos de ar e ciclos indicado Ciclo teórico
indicados, obtidos experimentalmente em um motor especial Ciclo indicado
com taxa de compressão variável, pelo inglês sir H. Ricardo.
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 69. Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 70.
28
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www.ufrgs.br www.ufrgs.br/demec Porto Alegre - RS, Slide 169 www.ufrgs.br www.ufrgs.br/demec Porto Alegre - RS, Slide 170
Pressões
válvula de válvula de - Assim, torna-se imprescindível
(expoente k), sejam politrópicas escape escape antecipar a centelha de forma que a
(expoente n). combustão tenha lugar (em sua maior
Centelha Centelha
parte) quando o êmbolo se encontra no
- Expansão politrópica n>k PMS.
- Compressão politrópica n<k Escape Escape - Isto produz um arredondamento da
linha teórica 2-3, com consequente perda
- A perda de calor terá superfície Admissão Admissão de trabalho, representada pela área B.
correspondente a A. Volumes Volumes - Contudo, esta perda é bem menor se
não fosse adiantada a centelha.
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 70. Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 70.
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3) A rejeição de calor no ciclo - Causas das diferenças nos valores de pressão e temperatura máximos:
teórico ocorre instantaneamente, a) Sabemos que o ar contém muito nitrogênio: N2
enquanto no indicado não. Ciclo teórico Ciclo teórico
(N2 78%, O2 21%, Ar + impurezas 1%). O2
Ciclo indicado Ciclo indicado
Ar
- Isto deve-se ao tempo de abertura - Como produtos da combustão, temos o CO, CO2, H2,
da válvula de escape, que deve ser O2 (sempre haverá oxigênio livre, mesmo em
aberta antecipadamente para dar misturas ricas!), H20, NO2, N2O, etc.
tempo para que uma parte dos gases
saiam do cilindro antes do êmbolo Abertura da Abertura da - A temperaturas elevadas, ocorrem
Pressões
Pressões
alcançar o PMI, de modo que sua válvula de válvula de reações químicas de dissociação que
escape escape
pressão decresça para perto da patm absorvem calor da mistura (calor de
no início do escape. Centelha Centelha dissociação) e fazem com que as Tmáx e
pmáx alcançadas sejam menores que as
- Isto provoca uma perda de trabalho teóricas, diminuindo o trabalho produzido
útil representado pela área C. e por conseguinte a eficiência dos ciclos.
Escape Escape
- Contudo, esta perda é bem menor Admissão Admissão - Quanto maiores forem as
se a abertura da válvula de escape temperaturas envolvidas nas trocas de
Volumes Volumes
calor, maiores serão as reações de
não fosse adiantada.
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 70. Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 70.
dissociação.
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Pressões
29
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3.3. Diferenças entre os ciclos Diesel teórico ideal e o - Aqui, algumas das diferenças já
indicado Ciclo teórico citadas para o ciclo Otto indicado Ciclo teórico
Ciclo indicado
também são aplicadas, como as Ciclo indicado
variações de Cp e Cv , a perda de
calor e a abertura da válvula de
escape.
Abertura da
- Contudo, algumas diferenças Abertura da
Pressões
Pressões
válvula de existentes entre os ciclos Diesel válvula de
Injeção escape Injeção escape
teórico e indicado são particulares:
a) A combustão a pressão
constante que é suposta no ciclo
Escape ideal não é realizada na prática no Escape
ciclo indicado. Na verdade, ela
Admissão Admissão
ocorre tanto a volume constante
Volumes quanto a pressão constante, Volumes
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Pressões
válvula de Motores Diesel rápidos válvula de
Ex.: camionetes/automóveis
Injeção escape (n = 4300 rpm) Injeção escape
Admissão
negativa do ciclo Diesel indicado é Admissão
menor que a do ciclo Otto.
Volumes Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 73. Volumes
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 72. Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 72.
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3.4. Estudo do diagrama indicado - Agora observemos o que ocorre quando atrasamos ou adiantamos o
- Consideremos, para efeitos de comparação, dois diagramas indicados de ponto da centelha em um motor Otto. Se o ponto onde ocorre a centelha
motores Otto: um com abertura plena da borboleta de aceleração for atrasado (esquerda), quase toda a combustão ocorrerá depois do PMS,
(esquerda) e outro com a borboleta parcialmente aberta (direita). reduzindo a pressão máxima alcançada no ciclo, bem como sua eficiência.
- Já se a centelha for adiantada (direita), grande parte da combustão
- A superfície branca representa o trabalho positivo, enquanto a superfície
ocorrerá antes do PMS, aumentando a pressão máxima alcançada no ciclo,
hachurada representa o trabalho negativo (trabalho de bombeio).
| mas reduzindo a sua
- Para a abertura Trabalho Trabalho
eficiência.
Abertura plena Abertura parcial
perdido perdido
plena da borboleta, o da borboleta da borboleta - O ponto ótimo é
trabalho de bombeio é determinado experimental-
mínimo, fazendo que a Centelha Centelha mente, sendo o que produz
resistência à entrada a maior área (trabalho útil) ,
de ar + combustível
Abertura da Abertura da sem problemas de combus-
válvula de válvula de tão anormal.
seja diminuída, o que escape escape
acaba aumentando a
eficiência do ciclo, e Escape Escape
Centelha adiantada
vice-versa para o caso Centelha normal
da borboleta aberta Admissão Admissão Centelha atrasada Centelha normal
parcialmente. Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 74. Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 75.
30
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- Abaixo vemos a influência do projeto do coletor e das válvulas de 3.5. Diagrama de pressões no cilindro de um motor de 4
admissão (esquerda) e do tempo de abertura da válvula de escape
tempos em função dos deslocamentos angulares do eixo
(direita). Neste último caso, uma quantidade excessiva de gases de
combustão permanecerão no cilindro, o que diluirá a mistura de ar fresco do motor
durante a fase seguinte de admissão.
- Este tipo de diagrama indicado é muito útil no projeto
Abertura da (dimensionamento) do motor, como na espessura das paredes
válvula de escape Abertura da
no tempo certo válvula de escape
dos cilindros (bloco), no cálculo das cargas sobre os mancais,
com atraso etc.
Escape
insuficiente
Aumento - A principal pergunta a responder é: como variam realmente
de trabalho
Escape perdido os valores da pressão no interior do cilindro durante o
Admissão normal
Escape normal ciclo?
Admissão
Admissão
insuficiente Aumento de
trabalho perdido
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 76.
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- Abaixo temos um diagrama típico de pressões no cilindro de - Um típico diagrama de pressões no cilindro de um motor
um motor Otto de 4 tempos e a plena carga em função dos Otto de 4 tempos e a plena carga em função do volume
deslocamentos angulares do eixo do motor (diagrama p–α ). (diagrama p–v ).
p p
70 70
Pressão absoluta no cilindro (bar)
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 α 0 v
-360º -270º -180º -90º 0º 90º 180º 270º 360º 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Ângulo do eixo do motor (º) Volume do motor (L)
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- Abaixo temos um diagrama típico de pressões no cilindro de - Um típico diagrama de pressões no cilindro de um motor
um motor Diesel de 4 tempos e a plena carga em função dos Diesel de 4 tempos e a plena carga em função do volume
deslocamentos angulares do eixo do motor (diagrama p–α ). (diagrama p–v ).
p p
180 180
Pressão absoluta no cilindro (bar)
160 160
140 140
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 α 0 v
-360º -270º -180º -90º 0º 90º 180º 270º 360º 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Ângulo do eixo do motor (º) Volume do motor (L)
31
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50 50
p
Pressão absoluta no cilindro (bar)
180 180
160 160
Motor Diesel 4T
a plena carga
140 140
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 α 0 v α (°)
-360º -270º -180º -90º 0º 90º 180º 270º 360º 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2
Ângulo do eixo do motor (º) Volume do motor (L) Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 91.
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- Vejamos mais detalhes do diagrama p–v: - Sem o cruzamento de válvulas, o motor ficaria cheio de
p gases queimados, já que o movimento do êmbolo não
Diagrama indicado (real)
consegue expulsar todos os gases do interior do cilindro.
pmáx
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- Também é possível observar o comportamento da evolução 3.7. Diagrama de pressões no cilindro de um motor de 2
da pressão no interior do cilindro de um motor para tempos em função dos deslocamentos angulares do eixo
diferentes cargas (α) e rotações (n). do motor - Ao invés de abertura e fechamento de válvulas,
tem-se a abertura e fechamento das janelas
(admissão, transferência e escape).
p (bar)
PMI PMS PMI
Abertura
do escape
Abertura
Abertura da do escape
admissão Centelha
Abertura da
admissão e
começo do
curso
patm patm
Fechamento Fechamento
do escape da admissão Admissão
n / 100 (rpm) α (º) Combustão e
Compressão Expansão Escape
2º Tempo 1º Tempo 2º Tempo
Não tem pressão
negativa no cilindro
Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 94. Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 81.
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3.8. Diagrama indicado previsto e projeto de motores - No método gráfico, partem-se de valores como o diâmetro do cilindro, seu
curso e a taxa de compressão, calculando-se a
o volume da câmara de combustão e a cilindrada
- Várias técnicas podem ser empregadas no auxílio ao projeto unitária, levando tais valores para um gráfico, e
de um motor, principalmente para comprovar o seu daí para diante, tanto os volumes quanto as
funcionamento térmico, determinar as forças atuantes pressões são obtidas graficamente das
(solicitações) e permitir o dimensionamento de seus elementos abscissas e ordenadas de um diagrama
constituintes. cartesiano, sendo, por exemplo, projetado o
ponto 1 (p2 – início teórico da transferência de
calor da fonte quente) para o motor.
- Vale lembrar que o projeto de motores não é escopo
desta disciplina!
- Ver mais detalhes em
- Obviamente que na etapa de projeto (como ainda não se tem Giacosa, 1986.
o motor em mãos) não é possível a obtenção de seu diagrama
Adiantamento
indicado (real), que é medido com o indicador de pressão. Adiantamento
da centelha do escape
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- Outra opção é utilizar o diagrama indicado de outro motor - Atualmente o projeto de motores, além de aproveitar-se do
já existente, fazem-se suposições sobre seu funcionamento, enorme banco de dados existente (motores presentes no
através do estudo de suas características, juntamente com o mercado), utiliza-se massivamente técnicas como o CDF e
algoritmos evolutivos na tarefa de aumentar a área de trabalho
estudo em paralelo dos ciclos teóricos.
útil.
Fonte: https://d2gm6q2bvqrwiz.cloudfront.net/engcom/
resources/mentor-graphics/Concurrent-CFD-Analysis-Methods.jpg
33
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Fonte: https://mdx2.plm.automation.siemens.com/sites/default/files/2783.gif
Fonte: http://brydon-eng.com/wp-content/uploads/2012/07/20VT-head-flow-model-4.jpg
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Fonte: https://edxengine-live-courses-files.s3.amazonaws.com/1538142515.png
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Fonte: www.andrew.cmu.edu/user/satbirs/TCC_movie.gif
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Fonte: https://images-na.ssl-images-amazon.com/
images/I/519h51f3RdL._SX362_BO1,204,203,200_.jpg
Fonte: https://images-na.ssl-images-amazon.com/
images/I/519h51f3RdL._SX362_BO1,204,203,200_.jpg
Fonte: https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/
51Xxu%2BwdcQL._SX348_BO1,204,203,200_.jpg
Fonte: https://images.our-assets.com/
cover/2000x/9783659798160.jpg
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- Um exemplo prático é o do tucho mecânico, que possui uma 4.2. Eixo do comando de válvulas (eixo de cames)
folga para o came, devido ao aquecimento natural do motor. - Em motores leves Fundido
Nestes componentes não pode haver o descolamento do tucho - Em motores pesados Forjado
em relação ao came.
Eixo do balancim
- O que poderia dar de errado se o tucho mecânico não
possuísse regulagem? Balancim
Válvula
Haste
Came
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Mola
Anel de borracha (o-ring)
Tampa do cilindro
Tucho
30 a 35º motor moderno Guia
40 a 45º motor antigo
Defletor para admissão
(aumenta a turbulência)
Assento da sede/sede
Came Fonte: https://i.gifer.com/QkSf.gif
Fonte: http://caminhaoantigobrasil.com.br/wp- Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-yGvrCH62DFA/TnIdSL6E1MI/
content/uploads/2013/06/355-13.jpg Eixo do comando de válvulas AAAAAAAAAZI/-z-Y8FqYl7o/s1600/overhead.JPG
Tmédia = 250ºC
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Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d0/Overhead_valve_
retainers_%28Autocar_Handbook%2C_13th_ed%2C_1935%29.jpg
36
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- Em cabeçotes de alumínio, as guias e os assentos são de - Caso contrário destempera a válvula e o componente de
material sinterizado (metal poroso), feito por metalurgia do pó, vedação.
com cerca de 25% de espaço vazio (estanho + cobre + outros - O material da sede até pode ser trocado, mas é uma solução cara!
+ óleo impregnado). - A válvula de escape é arrefecida por: para resistir a 1000ºC,
por exemplo.
a) Guia (auxilia um pouco).
- A temperatura na combustão vai de 2500ºC até 2800ºC.
b) Óleo no cabeçote (auxilia um pouco).
- Pelo escape os gases passam a 950ºC. c) Sobra da mistura não queimada (levemente rica). O
combustível condensa e depois vaporiza (troca de fase),
- Mais simples que a de escape. trocando calor daquela massa.
- A válvula de admissão é: - Arrefecida pela mistura.
- Temperatura de trabalho baixa. d) Válvula vazada (oca): com metal líquido ou com sódio,
formando um termosifão.
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- A válvula vazada perde calor para o óleo lubrificante. 4.5. Siglas e configurações de sistemas de admissão
. L-HEAD (ou sidevalve) ou válvula lateral.
Vaporiza Sobe q
F-HEAD (ou intake over exhaust) ou escape no bloco e admissão no
Desce Condensa OVER HEAD ou válvulas no cabeçote. cabeçote.
Fonte: http://theodoregray.com/
periodicTable/Samples/011.11/s12s.JPG
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OHV (Over Head Valve) ou comando OHV (Over Head Valve) ou comando DOHC (Double Over Head Camshaft) ou SOHC (Single Over Head Camshaft) ou Fonte: www.douglas-self.com/MUSEUM/POWER/unusualICeng/RotaryValveIC/Itala%20cycle%20a.jpg
de válvulas na lateral do bloco de válvulas na lateral do bloco comando de válvulas duplo no cabeçote) comando de válvulas simples no cabeçote)
37
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b) Válvula no cabeçote
Came Eixo do
Porca e contraporca
comando de
Eixo do balancim válvulas
Balancim
Folga Folga Disco
(aço carbono)
Motores mais modernos
Motores mais antigos
Válvula
Fonte: www.enginebuildermag.com/wp-content/uploads/PRI13165.jpg
Haste
Tucho
Válvula
Came
Fonte: https://i.stack.imgur.com/epoP5.jpg
Eixo do comando
de válvulas - Quando o disco se desgasta e
Fonte: http://caminhaoantigobrasil.com.br/wp-content/uploads/2013/06/355-13.jpg
aumenta a folga, é só trocá-lo. Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d5/DOHC-Zylinderkopf-Schnitt.jpg
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Fonte: www.tcamanual.com/images/books/489/9/index.133.gif
Fonte: http://img.lojadomecanico.com.br/IMAGENS/3/204/93093/
Fonte: https://alexnld.com/wp-content/uploads/2015/07/7182.jpg
Calibre-de-Folga-com-26-Laminas-uyustools-gga0261.JPG
Fonte: http://lh5.ggpht.com/_Ii1ukGkfijY/SpGsdhENbWI/
AAAAAAAAA08/u21l7YzjouY/s1600-h/clip_image00442.jpg Fonte: https://i.stack.imgur.com/
epoP5.jpg
38
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Fonte: http://roa.h-cdn.co/assets/cm/14/47/546b42dbebe4b_-_roa070114boot_musicmarkup2.jpg
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/J64VghmSsBc/maxresdefault.jpg
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Came
Disco
Tucho
Fonte: www.cscmotorcycles.com/v/vspfiles/assets/images/TT250_ValveAdjust01.jpg
Fonte: www.lawnmowerfixed.com/mower-valve-adjustment
Fonte: http://repairguide.autozone.com/znetrgs/repair_guide_content/en_us/
images/0996b43f/80/22/f6/23/medium/0996b43f8022f623.gif
Fonte: www.wonkeedonkeetools.co.uk/feeler-gauges/how-do-you-adjust-
tappets-with-a-feeler-gauge/
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Fonte: https://cbxperformance.com/oscommerce/images/DCP_1418.jpg
Fonte: https://i.stack.imgur.com/kYuRs.jpg
39
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- A pressão da mola deve ser menor que a da mola da válvula. - O regulador hidráulico geralmente não é utilizado em motores
pesados, pois os mesmos já são barulhentos naturalmente.
- É obrigatório o seu uso em motores com injeção eletrônica - O regulador hidráulico deixa o motor mais silencioso.
para não “confundir” o sensor de detonação. - Com o desgaste natural há o acréscimo
da passagem de óleo entre o cilindro e o
- Este sensor de detonação é utilizado ao lado mergulhador, sendo necessário trocar os
do cilindro e avalia o ruído do motor. Ele tem na reguladores hidráulicos.
memória um nível de ruído ideal. Se o nível de
ruído estiver acima de um patamar estabelecido,
provavelmente estará ocorrendo uma combustão
anormal ou detonação, o que produzirá ondas de
pressão que reduzirão a eficiência do motor.
Assim, se atrasa o ponto. Só pode ser usado
regulador hidráulico nesse caso, pois o tucho
mecânico confundiria o sensor. Fonte: https://frsport.com/images/
detailed_images/Nissan_13234- Fonte: www.lymmengineparts.co.uk/image/cache/ Fonte: www.noticiasdaoficinavw.com.br/v2/wp- Fonte: http://mdhmotors.com/wp-content/
53J01_FS01-01.jpg data/attachment%20(2)-960x960_0.jpg content/uploads/2013/11/folga-valvula-e1384782690828.jpg uploads/2013/08/OHC-Valvetrain-Illustration.jpg
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- Em alguns motores mais antigos o tucho mecânico podia ser 4.10. Comando variável de válvulas
inclusive soldado na própria haste.
- Vamos falar agora sobre a tecnologia de comando variável
- A haste geralmente tem um furo para permitir a passagem de
de válvulas!
óleo e lubrificar o sistema.
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- Vejamos primeiramente este vídeo: - O Dual VVTi (Variable Valve Timing with intelligence) da Toyota:
Fonte: https://biznakenya.com/wp-
content/uploads/2015/05/Dual-VVTi.jpg
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Know Your Toyota Mechanical: Variable Valve Timing with Intelligence (VVT-i)
Fonte: www.youtube.com/watch?v=kPQ0Ds527t0 Fonte: https://media.giphy.com/media/Bur000sMTtuJq/giphy.gif
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K20 i VTEC CRV K-Series iVTEC VTC Cam Phasing System - In Depth
Fonte: www.youtube.com/watch?v=jQThMycshTY Fonte: www.youtube.com/watch?v=OtRlQrAc5IY
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- O MIVEC (Mitsubishi Innovative Valve timing Electronic - O AVS (Audi Valvelift System) da Audi:
Control system) da Mitsubishi:
- Neste caso, pinos acionados hidraulicamente deslizam sobre
canaletas e deslocam o eixo de cames lateralmente, fazendo com
que acionem perfis diferentes (maior duração e levantamento).
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- A Audi, a Mercedes, a Honda e ultimamente a Volkswagen - A Audi utiliza a tecnologia COD (cylinder-on-demand)
já aplicam esta solução em alguns de seus motores, sendo que Ver mais em: www.greencarcongress.com/2013/11/20131113-audi.html
existe uma série de particularidades em relação às soluções e
tecnologias de cada uma delas.
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Audi Technologies Engine 6.3L W12 FSI Cylinder On Demand System Bosch Cylinder Deactivation - Continuous Power, less fuel consumption
Fonter: www.youtube.com/watch?v=FyvLgtok404 Fonter: www.youtube.com/watch?v=7ijmRV5Y2Y8
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- A Delphi utiliza o seu sistema DSF (Dynamic Skip Fire). - A Mercedes utiliza o acionamento seletivo de cilindros no
S500, que tem motor V8 de 5 l, e nos seus primos maiores
S600 e CL600, com V12 de 6 l.
- O sistema desliga metade dos cilindros nos regimes baixos e
médios de rotação, sempre que as condições permitem.
- Ao detectar a possibilidade de desativação, a central eletrônica do
motor envia pressão hidráulica para uma das bancadas de cilindros,
fazendo com que as válvulas se fechem e as câmaras de combustão
permaneçam repletas de gases quentes. As velas passam a emitir uma
centelha reduzida e, a cada quatro minutos, ocorre uma troca de gases
para que os cilindros continuem aquecidos.
- Quando os cilindros são desligados, aumenta o fluxo de mistura ar-
combustível para os demais, de modo a não prejudicar o torque, e uma
válvula no sistema de escapamento é fechada para manter a suavidade
do ruído. O sistema representa uma economia adicional de até 15% a
Delphi Tula Dynamic Skip Fire Cylinder Deactivation System 90 km/h constantes, no caso do V8 de 5,0 litros, de acordo com a
Fonter: www.youtube.com/watch?v=ei1NyfgY5Ds Mercedes.
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- O vídeo abaixo mostra uma animação do funcionamento do - A Honda utilizou esta tecnologia primeiramente no Inspire, em
V12 de 6 l da Mercedes, mas não exibe o funcionamento do 2003, desabilitando 3 de seus 6 cilindros com o sistema iVTEC.
sistema de acionamento seletivo de cilindros. - Chamada de VCM (Variable Cylinder Management), esta tecnologia
está em sua segunda geração (VCM2) desde a 8ª geração do
Accord 3.5 l V6, em 2008, fazendo seu motor trabalhar com 3, 4 ou
6 cilindros.
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Fonte: https://acurazine.com/forums/attachments/4g-tl-problems-fixes-297/38248d1470703042-
oil-consumption-pitting-camshaft-help-please-img_20160808_172333_01.jpg
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSiL1
Q4ATQjauLijyEvgXkIHm2QFQ4LK27_92BVdbYPjYjVWILv
Fonte: http://i2.photobucket.com/albums/y20/
PerthPurplePenguin/gtscam2.jpg
Fonte: www.millennium-tech.net/mtgfx2/
troubleshooting/LubricationSeizure.jpg
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5.1. Principais funções do óleo lubrificante - Vejamos agora como se dá a formação do filme de óleo.
1) Lubrificar (diminuir o atrito e o desgaste entre as peças móveis -
impedir o contato direto entre as peças) em um amplo intervalo de - Nos motores mais antigos, a formação do filme era feita
temperatura por um longo tempo; pelo movimento dos componentes (sem orifícios nos cames
2) Evitar a formação de compostos agressivos às superfícies metálicas e mancais – do comando de válvulas e do eixo do motor).
(lacas e vernizes), que se formam quando o óleo se decompõe (isso é
feito através da introdução de aditivos no óleo) e evitar a formação de
- Nos motores mais modernos, a formação do filme é feita
espuma;
sob pressão (há orifícios nos cames e mancais – do comando
3) Evitar a formação de depósitos (resíduos de carbono) na cabeça do
de válvulas e do eixo do motor), com a utilização de uma
êmbolo;
bomba de óleo.
4) Auxiliar na vedação (filme de óleo) dos anéis de compressão;
5) Neutralizar os gases produto da combustão, visando que não haja - Identificam-se aqui dois tipos de lubrificação:
ataque às paredes do cilindro;
6) Auxiliar no arrefecimento do motor (ex.: mancais e válvula de escape); - Hidrodinâmica;
7) Transmitir forças (ex.: regulador hidráulico); - Hidrostática.
8) Amortecer vibrações mecânicas.
45
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- Bomba de lóbulos
- Bomba de engrenagens
- Bomba de palhetas
- Bomba de engrenagem crescente
- Bomba de pistão
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Bomba de lóbulos Bomba de engrenagens Bomba de palhetas Bomba de engrenagem crescente Bomba de pistão
(de vazão variável)
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Fonte: www.abraman.org.br/docs/apostilas/Mecanica-Lubrificacao.pdf
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- Alguns poucos motores modernos (principalmente a Diesel) - Motores para maior performance, que trabalham a elevadas
tem furo no interior da biela para lubrificação do pino. rotações, tem um “esguicho” para arrefecer o eixo do motor.
Fonte: www.mein-autolexikon.de/fileadmin/user_upload/
Inhalt/Produkte/Pleuelstange/Pleuelstange.jpg
Fonte: https://http2.mlstatic.com/biela-vw-ap-pino-20mm-sem-furo-de-lubrificaco-
D_NQ_NP_817608-MLB26497401140_122017-F.jpg
Oil jet piston cooling simulation
Fonte: www.youtube.com/watch?v=uMnFbsy0Hgg
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- O óleo entra no mancal (casquilho) e ele poderá ou não ser - Quando se deseja facilitar a formação de filme de óleo,
equipado com ranhuras. O material do casquilho geralmente é podem ser utilizadas ranhuras nos mancais, servindo inclusive
de metal poroso, liga de alumínio, liga de cobre, etc. Ele se como um pequeno reservatório de óleo.
desgasta mais facilmente que os eixos, sendo mais barato de
ser trocado. - Obviamente a colocação de ranhuras nos mancais facilita a
introdução e distribuição de óleo no mancal, aumentando a
Orifício
vida útil do motor.
para óleo
- As ranhuras semicirculares
são consideradas as com
melhor formato.
Casquilho
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- Alguns requisitos que as ranhuras dos mancais devem possuir b) Ranhura auxiliar
são:
- Não é muito usada. Sua forma depende da direção do giro
a) Ranhura de distribuição de óleo do eixo, sendo posicionada no início da zona de pressão.
- É posicionada sempre na área de menor pressão, a fim de
não expulsar o óleo para fora! Tem que ser muito bem
projetada, do contrário acaba apenas por diminuindo a área de
contato.
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- OBS.: Cerca de 80% dos óleos de lubrificação comumente 5.3.2. Lubrificante sintético
comprados no mercado são de re-refino, ou seja, depois de
utilizados nos veículos e devolvidos (ex.: oficinas e postos de - Existem 2 grupos e 3 tipos.
combustíveis), são tratados e aditivados, voltando novamente - Os 2 grupos são:
para o mercado.
a) Para trabalho em alta temperatura.
b) Para trabalho em extrema temperatura e ataque químico.
- Os 3 tipos são:
I) Lubrificante sintético similar à hidrocarbonetos.
II) Lubrificante sintético similar à silicone de hidrocarbonetos.
III) Organo-halogenado.
Fonte: http://rodsshop.org/blog/wp-content/uploads/2015/10/Clean-
engine-oil-vs-dirty-engine-oil-375.jpg
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I) Lubrificante sintético similar à hidrocarbonetos: II) Lubrificante sintético similar à silicone de hidrocarbonetos:
- São utilizados em motores para trabalho em alta - São utilizados para trabalho em alta temperatura. Mas não
temperatura. são utilizados em motores, pois tem baixa resistência à
carga.
- Vem de um processo de fabricação mais caro, pois são
crackeados (quebradas as moléculas) sob alta pressão e com - É o óleo que menos varia a viscosidade com a temperatura.
uso de catalizador (crackeamento catalítico), sendo em seguida Diz-se que esse óleo tem elevado índice de viscosidade.
polimerizados sob condições controladas. Quanto menor é o índice de viscosidade, maior é a variação
da viscosidade do óleo com a temperatura.
- São parecidos com os óleos minerais com características
III) Organo-halogenado:
superiores. Possuem mais de 100 tipos, dentre eles:
cicloalifático, alguns ésteres, poliglicol, e polialfaolefina (cadeia - São utilizados para trabalho em extrema temperatura e
reta de várias olefinas ou alquenos, ou CH2). ataque químico. Mas não são utilizados em motores.
- Cuidados adicionais devem ser tomados para o óleo
sintético não afetar (efeito solvente) os componentes
(borracha) dos motores.
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- Este vídeo mostra as funções dos principais aditivos químicos 5.4. Tipos de sistemas de lubrificação
adicionados aos óleos dos motores.
- Existem 4 tipos principais de sistemas de lubrificação (4 tempos):
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Splash Lubrication
Sistema de lubrificação por salpico ou aspersão Fonte: www.youtube.com/watch?v=FOl_uRSp4gw
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5.4.2. Sistema de lubrificação misto 5.4.3. Sistema de lubrificação sob pressão e sob pressão total
- Apenas os mancais (comando de válvulas e árvore de manivelas - Existem 2 subsistemas: sob pressão e sob pressão total.
(munhões) tem lubrificação hidrostática ou sob pressão. - Sob pressão: todo o sistema é lubrificado sob pressão (com
exceção do cilindro e do pino).
- O restante
(cames e colos)
ainda é lubrificado
por movimento.
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- Sob pressão total: o pino da biela também é lubrificado sob 5.4.4. Sistema de lubrificação por cárter seco
pressão, pois a biela também tem um orifício.
- Nesta configuração o cárter não tem mais a finalidade de
- Apenas o
reservar óleo, ou seja, o reservatório é levado para longe do
cilindro é motor.
lubrificado pelo
movimento.
- É mais raro de se
encontrar este tipo.
- Só alguns motores
mais antigos são
assim, pois é um
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-bgWRH2NtcKo/
sistema mais caro. TYLNqSSWjFI/AAAAAAAAF2E/PR9kiyliuWM/s1600/fig2_c6_z06.jpg
Fonte: www.motoesporte.com.br/wp-
content/uploads/2011/02/oleomotorcarterseco1.jpg
Sistema de lubrificação sob pressão total
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- Assim, o óleo não aquece tanto, o que permite um melhor - Ex.: em motores de veículos de passeio, utilizam-se geralmente
controle da temperatura, permitindo-se trabalhar com maiores 4 litros de óleo. Já nos motores de caminhões, são utilizados cerca de
18 litros de óleo.
volumes de óleo (ocorrendo menos trocas de óleo).
- Uma bomba leva o óleo do reservatório até o motor, - Desvantagem: Necessita de uma bomba adicional para
lubrificando-o e descendo por gravidade até o cárter. Em levar o óleo do cárter até o reservatório.
seguida, o óleo é bombeado por uma segunda bomba (bomba
de retorno) de volta para o reservatório.
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5.4.5. Motores de 2 tempos: lubrificação direta ou por dosador - Existem 2 formas principais de misturar o óleo lubrificante
- Vimos no início do curso que os motores de 2 tempos utilizam neste tipo de motor ao combustível:
óleo lubrificante misturado ao combustível (que é um óleo a) Diretamente no tanque de combustível
especial), sendo que seu cárter não tem a função de
reservatório de óleo. Os lubrificantes utilizados para motores de - Esta proporção de mistura
variava geralmente desde 1:40
2T são os ramos naftênicos. até 1:50.
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Fonte: https://i.wheelsage.org/pictures/d/dkw/unsorted/dkw_unsorted_1.jpeg
Fonte: https://http2.mlstatic.com/kit-buchas-pro-link-e-quadro-elastico-
dt-200-dt-200r-D_NQ_NP_719038-MLB26533801159_122017-F.jpg
Fonte: www.youtube.com/watch?v=cuX2YMafwac
Fonte: www.youtube.com/watch?v=etUHeF_4VSU
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- Seja qual for a forma de mistura do óleo no combustível, - Observemos uma análise da variação do torque na partida de
nestes motores há uma maior dificuldades de se introduzir um motor juntamente com a pressão de óleo.
óleo aos mancais das bielas e da árvore de manivelas.
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- Assistir estes 3 vídeos em casa: 5.5. Classificação de óleos lubrificantes para motores
Lubrificação
Fonte: www.youtube.com/watch?v=cVoNItQ3ozI
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5.5.1. Classificação API (American Petroleum Institute) ou - Com o tempo, esta classificação tornou-se obsoleta, devido à
Instituto do Petróleo Americano necessidade de caracterização de óleos multiviscosos e de
- É uma classificação antiga. informação da bombeabilidade.
- Regular: para motores a gasolina em serviço leve. - Óleos multiviscosos: tem características não newtonianas.
- Premium: para motores a gasolina em serviço São usados em regiões com grandes amplitudes térmicas.
normal. É mais elaborado, pois contém aditivos 5.5.2. Classificação SAE
(Society of Automotive Engineers) ou
- Tem 3 tipos: antioxidantes, anticorrosivos e antiespumantes.
Sociedade de Engenheiros Automotivos
- Heavy Duty: para motores a gasolina em serviço
- Foi utilizada em meados de 1950.
pesado e obrigatório para motores Diesel. Além dos
aditivos citados acima, ainda tinha detergente- - Esta classificação informava principalmente a viscosidade e
dispersante. a bombeabilidade dos óleos lubrificantes, mas nada era dito
sobre o serviço!
- Esta classificação não informava a bombeabilidade do óleo
(que é muito importante), principalmente a frio. - Ela possuía duas séries: uma com um W (de winter =
Capacidade de fluidez inverno, ou viscosidade expandida) e uma sem o W.
(principal característica do óleo)
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5.5.3. Classificação conjunta SAE-API-ASTM - O projetista de um motor é quem especifica o óleo correto
(American Society for Testing and Materials) ou
que deve ser utilizado!
- É a empregada atualmente! Sociedade Americana para Testes e Materiais
- Como atualmente os motores trabalham com rotações mais
- Tem duas séries: elevadas, a viscosidade necessária é menor.
S (Spark ignition) ou ignição por centelha.
- 1ª série: - Maiores velocidades, menores viscosidades.
C (Compression ignition) ou ignição por compressão. - Maiores cargas, maiores viscosidades.
- 2ª série: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, L, M, N... - Via de regra: - Maiores folgas, maiores viscosidades.
- Também tem que ser considerados:
- Conforme se avança no alfabeto, mais aditivos são ►Temperatura de operação.
incorporados, possuindo melhor qualidade. ►Acabamento superficial (rugosidade).
- Exemplo de classificação conjunta: API SJ SAE 20W-50 - Ao utilizar uma viscosidade maior que a necessária, o motor
fica “mais pesado”, pois os óleos muito viscosos forçam
- Vejamos com mais detalhes esta classificação nas muito o trabalho de bombeio, o que acaba se traduzindo em
tabelas entregues em aula. perda de potência e aumento de consumo do motor.
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- Ao contrário, se utilizarmos uma viscosidade menor que a 5.6. Cárter: blow by e válvula PCV (Positive Cranckcase
necessária, o motor começará a consumir mais óleo. Ventilation)
- Geralmente o aumento do consumo de óleo é ocasionado - Como já vimos, o fluxo de blow by é a passagem dos gases
pela queima da vedação (o-ring) ou pelo desgaste dos anéis. produtos da combustão para o cárter através dos anéis durante
os processos de compressão e combustão + expansão.
- É possível trocar de marca de óleo lubrificante, desde que sua
especificação seja idêntica à recomendada pelo fabricante do
- Uma mistura rica atinge o cárter e a superfície livre do óleo
motor. Contudo, nunca se deve misturar marcas diferentes lubrificante, sendo arrastada para o sistema de admissão.
quando se pretende completar o nível de óleo, pois diferentes
fabricantes utilizam diferentes aditivos, com composições
químicas que podem causar reações indesejadas!
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- De forma geral, em um motor atual, admite-se uma vazão - Como o fluxo de blow by irá pressurizar o cárter, este precisa
volumétrica de blow by na faixa de 0,5 a 1,5 % daquela de ar ser ventilado, sendo que antigamente estes gases nocivos ao
teórica admitida. meio ambiente iam direto para a atmosfera e causavam
. . elevado impacto. Esta prática não é mais utilizada há muito
Vblow by K Var teórica (45)
tempo (desde 1963)!
K é adimensional
- Os motores contam ainda com uma válvula PCV (Positive
- Otto naturalmente aspirado: 0,005 Cranckcase Ventilation), ou válvula de ventilação positiva do
- Diesel naturalmente aspirado: 0,010 cárter, permitindo a passagem dos gases do cárter (oriundos
- Diesel superalimentado: 0,015 do blow by) para o coletor de admissão.
- Os fabricantes de motores
realizam inclusive um - A válvula PCV não deve permitir a elevação de pressão no
mapeamento de blow by cárter, pois isto levará a vazamentos de óleo.
para diversas rotações e
cargas. Motor Otto de 4
- A válvula PCV deve abrir nos momentos corretos, pois causa
cilindros e 1,6 litros
enriquecimento da mistura.
Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 2, 3ª Edição (2012), pág. 181.
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Ar fresco
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- Referências: - Referências:
● Heywood, J. B. Internal Combustion Engine - Fundamentals, Mcgraw- ● Guibet J. C., Fuels and Engines, Vol. 1, Editions Technip, Paris, 456 p.,
Hill, New York, 960 p., 1988 (ISBN: 978-0070286375). 1999 (ISBN: 9782710807537).
● Taylor, C.F. Análise dos Motores de Combustão Interna, Vol. 1, Editora ● Guibet J. C., Fuels and Engines, Vol. 2, Editions Technip, Paris, 448 p.,
Edgard Blucher, São Paulo, 558 p., 1988. 1999 (ISBN: 9782710807544).
● Taylor, C.F. Análise dos Motores de Combustão Interna, Vol. 2, Editora ● Owen, K.,Coley, T. e Weaver, C. S. Automotive Fuels Reference Book,
Edgard Blucher, São Paulo, 531 p., 1988. SAE International, Warrendale, 976 p., 1995, (ISBN: 9781560915898).
● Giacosa, D. Motores Endotérmicos, Ediciones Omega, Barcelona, ● Lenz, H. P. Mixture Formation in Spark-Ignition Engines, Springer-
876 p., 1988 (ISBN: 9788428208482). Verlag, New York, 400 p., 1992 (ISBN: 9783709166925).
● Bosch, Manual de Tecnologia Automotiva, Editora Blucher, São Paulo, ● Plint, M. J e Martyr, T. Engine Testing: Theory and Practice, 3rd Edition,
1232 p., 2006 (ISBN: 9788521203780). SAE International, Burlington, 464 p., 2007 (ISBN: 9780768018509).
● Bosch, Automotive Electric/Electronic Systems, SAE International, ● Brunetti, F. Motores de Combustão Interna, Vol. 1, Editora Blucher, São
347 p., 1988 (ISBN: 978-0898835090). Paulo, 553 p., 2012 (ISBN: 9788521207085).
● William, B. R. e Mansour, N. P. Understanding Automotive Electronics, ● Brunetti, F. Motores de Combustão Interna, Vol. 2, Editora Blucher, São
Newnes, Indiana, 470 p., 2003 (ISBN: 9780750675994). Paulo, 486 p., 2012 (ISBN: 9788521207092).
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