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conexões elétricas
2500
Quantidade de
dos cabos (m)
Comprimento
2000 2000
1500 1500
1000 1000
500 500
0 0
1960 1960 1985
1985 1995
1995 2000
Anos 2000 Anos
Evolução do comprimento e do número dos cabos elétricos em um veículo
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Isto é impraticável!
Fonte: http://i.auto-bild.de/ir_img/7/3/8/8/3/9/Fotos-Sitzprobe-
im-VW-Beetle-729x486-393d79cad045284c.jpg
BMW X3 (2018)
Fonte: https://i.pinimg.com/originals/17/31/52/1731521f3b392cbe8d15e4950f59cff1.png Fonte: https://img-9gag-fun.9cache.com/photo/aMGe44G_700bwp.webp
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- A rede veicular nasceu exatamente da necessidade de - Isso tudo aumentou a flexibilização da comunicação dos
redução do número de fios e conexões dos sistemas dados trafegando nos veículos.
elétricos (visando a redução de peso) e também para reduzir o - Um exemplo esquemático simplório das centrais (módulos ou
número de sensores redundantes. nós) e da rede seria:
- A informação medida por um
sensor é lançada na rede e
através de níveis de prioridade
pode ser acessada e utilizada
por qualquer central (módulos
ou nós).
- Exemplo: antigamente, se a temperatura
do líquido de arrefecimento tivesse que
ser transmitida à central de injeção
eletrônica (para a correção do tempo de
injeção), mas também exibida no painel de
instrumentos, um sensor adicional deveria
ser instalado só para o painel.
Fonte: www.assemblymag.com/ext/resources/Issues/2015/January/harness/asb0115wire11.jpg Fonte: https://cursosonline.mte-thomson.com.br/wp-content/uploads/2018/08/REDECAN.jpg
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11.2. As classes das linhas de comunicação: - Entretenimento: redes de comunicação utilizadas para
- Classe A: redes de comunicação de baixa largura de banda, entretenimento automotivo.
utilizada geralmente em funções de conforto e diagnóstico. - Ex.: vídeo, navegação, multimídia...
- Ex.: vidro elétrico, retrovisor, controle de bancos, lâmpadas, limpador de para brisa... - Ex.: Most, D2B, FireWire, MML, USB, iEEE 1394, SYNC (Ford/Microsoft), IDB-C...
- Ex.: A-Bus (VW), ACP (Ford), Bean (Toyota), CCD (Crysler), i2C (Philips-NXP), - Wireless: redes utilizadas para aplicações de logística e roteirização.
LIN (Consórcio), SAE 1708 (TMC-ATA), Sinebus (Delco), Uart (GM), TTP/A (TTTech)...
- Ex.: permite a comunicação entre veículos e entre o veículo e a estrada...
- Classe B: redes utilizadas para aplicações importantes da - Ex.: Bluetooth, ZigBee, UWB, Wi-Fi e outras...
operação veicular (leve e pesado), que não demandam elevados
requisitos de comunicação.
- Ex.: funções relacionadas à dinâmica do veículo, conectar ECU’s, motor, transmissão ,
embreagem, freios...
- Ex.: CAN 2.0, Single-Wire CAN, ISO 1850 (GM/Ford/Chrysler), SAE J1939, VAN (PSA)...
- Classe C: redes utilizadas em aplicações de segurança crítica, com
requisitos de tempo real. Está diretamente ligada à segurança ativa
veicular.
- Ex.: Airbags...
- Ex.: FlexRay (Consórcio), ByteFlight (BMW), BST (Siemens, Bosch, Temic), TT-CAN,
Safe-by-Wire (Delphi, Philips, TRW), DSI (Motorola), TTP/C (airbag)... Fonte: www.1000ftcables.com/blog/wp-content/uploads/2016/01/Because-Ethernet-Cares-about-you.png
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- Existem duas principais linhas de comunicação na atualidade: - Vale lembrar que o estudo das diversas redes de
- CAN (Controller Area Network) ou Controle de Área de comunicação automotivas existentes, seus princípios de
Rede), criada pela Bosch – que é mais antiga, mas ainda funcionamento e particularidades foge do escopo desta
amplamente utilizada pela indústria automobilística. disciplina.
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- Todos os dados dos sensores e atuadores do motor são - As aplicações da rede CAN são:
transmitidos aos seus respectivos módulos (nós), e estes
a) Veículos de passageiros, utilitários leves e pesados, ônibus.
lançam as informações na rede, onde todos os demais módulos
tem direito de acesso aos dados (multimaster – em ordem de b) Alguns equipamentos eletrônicos para aviação e navegação.
prioridade). c) Automação industrial e controle mecânico.
d) Automação predial, elevadores, escadas rolantes.
- Ou seja, dá para incorporar ou retirar as centrais (ou nós).
e) Instrumentos e equipamentos médicos.
- ATENÇÃO: existe mais de um tipo de rede CAN.
- Para veículos de passeio: ISO 11898 ou SAE J1939.
Fonte: www.iso.org/standard/63648.html
- Para tratores e veículos agrícolas: ISO 11783 ou DIN 9684.
Fonte: www.iso.org/standard/57556.html
- Para aplicações navais e aéreas: NMEA 2000 (National
Marine Electronics Association) ou IEC 61162-1.
Fonte: https://docplayer.net/docs-images/27/10290616/images/4-0.png
Fonte: www.nmea.org e https://webstore.iec.ch/publication/25754
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- Fisicamente a rede CAN é composta por um par de fios - Antigamente havia uma única central eletrônica para o
trançados, cujas informações (dados) são lançados de modo controle de motor (injeção e ignição). Agora há várias centrais!
espelhado, ou seja, com tensão elétrica positiva e negativa
(CAN High e CAN Low, ou CAN Alta e CAN Baixa). - Também, as centrais antigas possuíam apenas uma camada.
Nos sistemas mais modernos as placas das centrais são
compostas por várias camadas (multilayer).
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- Os dois fios trançados na rede CAN visam minimizar os - Assim, toda a informação que é lançada no CAN High, é
efeitos dos campos eletromagnéticos (indução parasita) no também lançada no CAN Low (a mesma informação, só que
sinal (bobinas de ignição, alternador, etc), e já que um sinal é com polaridade invertida).
espelho do outro, se houver a presença de ruído na rede, este Tensão (V)
terá menor probabilidade de interferir no sinal (mensagem) 2,25
CAN High
transmitido. 0 Tempo
0 Tempo
CAN Low -2,25
- Obviamente que entre os sensores e as centrais deve ser Tensão (V)
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- Não há nenhum sensor ou atuador ligado diretamente à rede CAN - O protocolo de comunicação ISO 11898 tem o seguinte
(nos dois fios trançados da rede). A rede só se comunica entre os aspecto, com 7 campos:
módulos (unidades, centrais ou nós). Os sensores e atuadores se
comunicam diretamente com as centrais. Campo Campo de Campo de Campo
de início controle verificação final
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- Exemplo esquemático:
CAN Low
5V Lógica transmitida
Tensão dominante
Tensão dominante
- Obviamente que é necessária a correta
0V configuração do osciloscópio para visualizar
o sinal (e as mensagens) adequadamente!
Sinal transmitido
4
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- Como dados são codificados de acordo com um protocolo de - No final (extremidades) do barramento são instalados 2
comunicação padronizado pela ISO, a maioria dos osciloscópios resistores em paralelo de 120 Ω cada, para evitar a reflexão do
atualmente já possuem a função embarcada de decodificar esta sinal na rede, o que perturbaria o seu comportamento. Assim, a
informação e ler o fluxo de dados da rede CAN. resistência do barramento deve ser de 60 Ω.
Nó da Nó da
CAN CAN
Resistência Resistência
de 120 Ω de 120 Ω
Nó da
CAN
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11.6. Cuidados
- Aqui um exemplo da interligação de 3 redes CAN: - Muitas vezes a instalação inadequada de acessórios não
originais pode fazer com que a rede CAN funcione
Tração inadequadamente ou inclusive pare de funcionar!
Ex.: Vocês já viram algum veículo moderno frear e
acender as lâmpadas da sinaleira traseira de modo
errado? Pois é.... algumas vezes isso é causado por
Entretenimento má manutenção elétrica, o que confunde a rede CAN.
- Nunca se deve realizar soldas elétricas em uma rede
veicular! Você saberia explicar o motivo disso?
Conforto
Fonte: www.youtube.com/watch?v=cyph1E7ePMA
5
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- Algumas montadoras de veículos dão nomes às suas redes. - Ao se dar o arranque no motor, a EDI (Estação de
Diagnóstico Inteligente) verifica todos os sensores e
VeNICE e VeNICE Plus – Bosch e FIAT. atuadores do motor em relação aos seus parâmetros pré-
estabelecidos, e diz se o motor está pronto ou não para uso
FLORENCE – FIAT, família Stilo. (partida). Caso não esteja, uma mensagem é lançada!
- Alguns
exemplos: CAN BUS – Volkswagen e Audi.
MULTIPLEXAGEM – Peugeot, Citroën, Renault,
GM e Ford.
Fonte: https://hondaforte.com.br/blog/banner_blog_4.png
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2) Nó do Painel (NP)
- Pode ser subdividido em dois outros nós:
Controle do Painel (CP)
Body Computer (CP)
6/11 VW CC not starting
Fonte: www.youtube.com/watch?v=nGMIE769HLI 3) Nó do Sistema de Diagnóstico (NSD)
- É o que o pessoal chama de “scanner”.
4) Nó do Quadro de Sensores (NQS)
- É para controlar a exibição correta dos resultados dos sensores.
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11.7. O sistema de diagnóstico embarcado (OBD) - ATENÇÃO: dependendo do sistema embarcado, o protocolo
de comunicação e os pinos deste conector podem ser
- O sistema de diagnóstico embarcado (OBD - On-Board
diferentes (ter mais ou menos fios). Também, o local de
Diagnostic) teve sua estreia mundial em 1996, mas só chegou
instalação deste conector pode ser bastante diferente em cada
ao Brasil em sua segunda geração.
modelo de veículo.
- Todos os veículos produzidos no Brasil a partir de 2010
devem obrigatoriamente ter um conector para diagnósticos no
padrão OBDII (ou OBD2).
Fonte: www.obddiag.net/adapter.html
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- Existe uma enormidade de aparelhos para diagnósticos - Alguns osciloscópios vendidos no mercado já contam com a
veiculares, com configurações e preços distintos: capacidade de resgatarem as informações dos módulos
veiculares para permitirem a realização de uma análise futura.
Fonte: https://http2.mlstatic.com/ferramenta-scanner-
automotivo-obd2-bluetooth-elm-327-v15k-
D_NQ_NP_843085-MLB26897187401_022018-O.jpg
Fonte: https://cdn.awsli.com.br/600x450/234/234538/
produto/30408154/82c13738db.jpg Fonte: https://img.dxcdn.com/
productimages/sku_510332_1.jpg
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12. Curvas características dos motores alternativos 12.1. Tipos de potências, rendimentos e análise térmica
- As propriedades dos motores variam em função das 12.1.1. Tipos de potência
condições de funcionamento. - Existem basicamente 3 tipos de potência importantes em um
motor alternativo. A saber:
- Para visualizarmos estas variações, as curvas
características dos motores são construídas a partir de - Potência indicada (Pi)
ensaios em laboratório sob condições controladas. - Potência efetiva ou a freio (Pe)
- Potência de fricção ou passiva (Pf)
- As curvas mais usuais para fins comerciais são as de plena
carga de torque, potência e consumo específico em função - A potência indicada (Pi) é calculada, sendo aquela oriunda
da rotação. Outras curvas existem! da pressão produzida pelos gases no cilindro. A potência
efetiva (Pe) é medida (experimentalmente) no eixo do motor
por um freio. Já a potência de fricção (Pf) é a diferença entre
- Primeiramente veremos quais os tipos de potências e
as duas outras potências, na forma:
rendimentos existentes, bem como do balanço térmico em um
motor, para então vermos as curvas características. Pi Pe Pf (46)
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a) Potência indicada (Pi) - A potência indicada (Pi) pode ser calculada agora que temos o
trabalho indicado, na forma:
- É calculada! Teórica!
Pi Wic n (48)
- O trabalho indicado em um ciclo (Wic) é dado por:
p mi nrpm
d 2 Pi Vc (49)
Wic Fd PAd p miVc p mi c (47) 2 60
4
F PA Divide-se por 2 porque o
Vc Ad êmbolo executa 2 movimentos
Curso do para completar um ciclo
Wic p miVc êmbolo nrpm
Área plana Pi p miVc (Motor de 4T) (50)
Volume de um cilindro Pressão média do êmbolo 120
(cilindrada unitária) indicada - Finalmente, temos:
nrpm (51)
Pi p miVc (Motor de 2T)
- Como essa conta é válida para apenas 1 cilindro, multiplica-se 60
seu valor para i cilindros. - O motor de 2T tem cerca de 25% a mais de pmi
para a mesma rotação que um motor de 4T.
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- Com o trabalho efetivo, calcula-se a potência efetiva, na forma: c) Potência de fricção ou passiva (Pf)
Pe 2 R F n (W) (54) - Seu valor varia geralmente entre 10% a 20% da potência total.
- Como é composta esta potência?
(N) (rad/s)
a) Cerca de 60% é para vencer o atrito entre os órgãos ou
- Observe que para um dado Freio de Prony instalado, as duas partes em movimento do motor;
únicas incógnitas são o trabalho de frenagem F e a rotação n. b) Cerca de 25% é para vencer o trabalho de bombeio
(colocar e tirar os gases do cilindro);
- Você deve estar ciente de que técnicas existem e também são
c) Cerca de 15% é para vencer a resistência dos grupos
muito utilizadas, tais como o freio hidráulico, o freio de
(órgãos) auxiliares (bomba, ventilador, etc).
correntes parasitas (freio de Foucault – o Laboratório de
Motores da UFRGS tem um destes), o freio misto de correntes - Antigamente, até a década de 1950, utilizava-se do conhecimento prévio
alternadas, etc. Contudo, o estudo de todos estes aparatos foge da curva de torque do motor elétrico do dinamômetro e buscava-se
do escopo da disciplina. Para maiores detalhes, sugere-se “arrastar” o motor com o dinamômetro. Assim, a curva de fricção era gerada.
Hoje em dia mede-se a potência efetiva (Pe) e calcula-se a potência
consultar a referência Brunetti, 2012, Motores de Combustão
indicada (Pi), obtendo-se o valor da potência de fricção (Pf) através de
Interna, Vol. 1, Capítulo 3. uma mera subtração entre as duas.
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12.1.2. Pressão média efetiva (pme) - Esta é uma pressão “fictícia”, que para um dado motor com
- É a ordenada média da pressão em um diagrama p-v no certas características, está diretamente relacionada com o
eixo do motor. torque desenvolvido pelo motor sobre seu eixo, na forma:
- Não se pode comparar 2 motores de diferentes tamanhos, Potência efetiva (ou a freio)
mesmo que semelhantes, através da potência específica ou Pe P
pelo torque, pois a variação de seu comportamento não é p me e medida com (57)
Vc n VS n um freio
linear.
Pe Volume do cilindro Área da cabeça do êmbolo
Pespecífica americana (55)
Área plana do êmbolo Velocidade do êmbolo
Pe
Pespecífica européia (56)
litros (Motor de 4T)
120 Pe
p me (50)
- Já a pme varia pouco entre 2 motores semelhantes, e Vc nrpm
podemos utilizá-la como parâmetro de comparação.
- É um parâmetro importante!
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- Se a pme variar pouco, podemos dizer que os motores são 12.1.3. Rendimentos
muito parecidos. - São 6 os rendimentos importantes em um motor alternativo. A
- Via de regra, entre projetos diferentes, o valor da pressão saber:
média efetiva varia muito! a) Rendimento termodinâmico (ou real)
- As seguintes relações podem ser utilizadas: b) Rendimento térmico ideal
p me Pe Potência efetiva
c) Rendimento indicado
Pe Pi m m (58) d) Rendimento mecânico
p mi Pi Potência indicada
e) Rendimento total do motor
Rendimento mecânico f) Rendimento volumétrico
nrpm
Pi p miVc (Motor de 4T)
120
p mi Vc nrpm m a) Rendimento termodinâmico (ou real)
Pe (59)
120
Vc p me nrpm - É a razão entre o trabalho indicado por ciclo obtido pela área
Pe (60) do ciclo indicado e o equivalente em trabalho do calor
120
- Contudo, os fabricantes de motores não fornecem estes consumido para obtê-lo.
valores, exatamente para evitarem comparações!
9
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obtido pela área do ciclo teórico ideal. - É a razão entre uma massa de ar “mi” que realmente entra no
cilindro e uma massa de ar “me” que corresponde à
d) Rendimento mecânico (ηm) capacidade volumétrica do cilindro.
- É a razão entre o trabalho útil obtido no eixo do motor e o mi - Motores mais antigos, ηv 70 a 80%
v (61) - Motores mais modernos, η 85 a 90%
trabalho indicado por ciclo obtido pela área do ciclo indicado. me v
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12.1.4. Análise térmica 12.2. As exigências dos motores de ignição por centelha
relativos à mistura ar + combustível
- De modo bastante generalista, temos os seguintes resultados
de uma análise da transformação da energia do combustível Máxima potência
de combustível (g/kWh)
Consumo específico
100% de energia 100% de energia
(oriunda do combustível) (oriunda do combustível)
Potência
30%
35%
Escape
Escape (T 577 a 635ºC)
Motor Otto (T 950ºC) Motor Diesel
20% 20%
Arrefecimento Arrefecimento
20% 15% Mínimo consumo
Atritos Atritos
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Regime de cruzeiro
pode chegar até 60:1.
pme
10
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Rotação constante de 1200 rpm 270 12.4. Emissões nocivas geradas pelo motor que saem nos gases
de combustível (g/CVh)
de escape em função da razão de mistura ar + combustível
Consumo específico
8 250
Rica Estequiométrica Pobre
7 230 H2O
Pressão média efetiva (kg/cm²)
Razão de mistura
60:1
3
45:1 HC
2 Razão de
mistura
30:1 CO
1
15:1
0
10 20 30 40 50 12:1 13:1 14:1 15:1 17:1 20:1
Quantidade de combustível injetado (mg/dm³) Razão de mistura ar + combustível
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 118. Heywood, 1988, Internal Combustion Engine - Fundamentals, pág. 153 e 571.
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- Consumo específico de combustível (Ce) variando em função do torque e da - Pressão média efetiva (pme) variando em função do torque e da rotação.
rotação.
Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 205. Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 205.
11
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.
- Vazão mássica de combustível (mc) variando em função do torque e da rotação. - Variação do consumo específico de combustível (Ce) em função do torque efetivo (Te)
e da rotação (n) de um motor de ignição por centelha.
de combustível (g/kWh)
Consumo específico
- Motor Diesel,
4 tempos,
6 cilindros,
V = 12761 cm³.
Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 206. Fonte: https://x-engineer.org/wp-content/uploads/2017/08/BSFC-map.png
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- Variação do consumo específico de combustível (Ce) em função da pressão média - Variação do consumo específico de combustível (Ce) em função da pressão média
efetiva (pme), torque efetivo (Te) e rotação (n) de um motor de ignição por centelha efetiva (pme), torque efetivo (Te) e rotação (n) de um motor de ignição por compressão
superalimentado (1,8 litros com 4 cilindros em linha). superalimentado (2,0 litros com 4 cilindros em linha).
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mrmáx. v (63)
12
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- Obviamente que a geometria dos condutos de admissão e escape - Precisamos tomar cuidado nos motores Diesel que utilizam
influenciará muito na velocidade dos gases e no ηv. intercoolers, pois este poderá atrapalhar na temperatura de
autoignição (queima espontânea) do combustível.
- Alguns estudos experimentais indicam que a velocidade média dos
gases nos condutos de admissão (w) deve situar-se em uma faixa 3) A velocidade média do êmbolo (Vme);
adequada para que haja um bom enchimento dos cilindros (ηv),
tendo este parâmetro que combinar com a rotação do motor. - Impacta fortemente no ηv, sendo dada por:.
Vme 2cn Rotação do motor (65)
- Para veículos de passeio, 40 m/s ≤ w ≤ 60 m/s (bom enchimento!).
Curso do êmbolo
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4) Os tempos de abertura e de fechamento Ângulo de cruzamento 12.6. Os tempos de abertura e de fechamento das válvulas
de válvulas
das válvulas de admissão e de escape. de admissão e de escape e sua influência sobre o ηv
- Exemplo de um diagrama de distribuição de um PMS - Vimos um exemplo de um diagrama de distribuição de um motor
motor alternativo de 4 tempos de um veículo de AVA FVE alternativo de 4 tempos de um veículo de passeio, inclusive com
passeio: Ignição
- Início da abertura da válvula de admissão: 12º antes do PMS.
valores de ângulos de abertura e fechamento das válvulas de
- Fechamento total da válvula de admissão: 55º depois do PMI.
admissão e escape.
- Início da abertura da válvula de escape: 60º antes do PMI. - Para mudar estes ângulos, podemos:
- Fechamento total da válvula de escape: 10º depois do PMS.
a) Mudar o formato (perfil) dos cames dos comandos de válvulas;
Admissão b) Usar um comando de válvulas variável.
Compressão
Combustão + Expansão
Escape
PMS = Ponto morto superior
PMI = Ponto morto inferior
AVA = Abertura da válvula de admissão
FVA = Fechamento da válvula de admissão
FVA AVE
AVE = Abertura da válvula de escape
Fonte: www.canaldapeca.com.br/blog/wp-content/uploads/sites/
FVE = Fechamento da válvula de escape PMI 19/2017/11/comando-de-valvulas-opala-6-cilindros-260s-mais-
Fonte: www.kuir.com.br/img/773401/marcacao-nas-
diferencas-dos-ressaltos-260-x-250s-detalhe-01n.jpg
Fonte: www.flatout.com.br/wp-
content/uploads/2014/03/7057-web.jpg
potncia-D_NQ_NP_564811-MLB20644582388_032016-F.jpg
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- Rotações menores deveriam vir acompanhadas de tempos ● Aumentando as dimensões dos condutos e das válvulas:
menores de abertura e fechamento das válvulas, e vice-versa. a) Altas rotações: diminui-se a velocidade média dos gases (w) e com
isso a perda de carga, o que causa um aumento do ηv (enchimento dos
- Para rotações baixas, deveríamos ter cilindros). Isso aumentará o torque e a potência para as altas rotações.
velocidades dos gases maiores. Assim, o b) Baixas rotações: diminui-se ainda mais a velocidade média dos
coletor de admissão para rotações baixas gases (w) e com isso a perda de carga, podendo inclusive ocorrer no
deveria ser mais fechado (menor seção). início da compressão o retorno de certa quantidade da mistura ar +
combustível para o conduto de admissão. Causa irregularidades de
marcha e aumento do Ce para as baixas rotações. Esta grande redução
- Para rotações altas, deveríamos ter da velocidade dos gases causa uma série de problemas:
velocidades dos gases menores. Assim, o
coletor de admissão para rotações altas - Carburado: condensação de gasolina nas paredes dos cilindros;
deveria ser mais aberto (maior seção). - Injetado: prejudica a turbulência (afeta a combustão).
13
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- Podemos mudar a velocidade média dos gases através da - A figura abaixo ilustra a propagação das ondas de pressão no
mudança da geometria do coletor de admissão. conduto de admissão quando a válvula de admissão é fechada,
devido à inércia dos gases (efeito RAM).
- Isso pode ser feito com a introdução de uma borboleta com
- Assim, o comprimento do conduto de admissão deve adequar-se
abertura variável no coletor (aqui vemos um coletor de à rotação do motor e à velocidade dos gases, visando o melhor
admissão com geometria variável de 2 estágios.). enchimento para cada situação.
Ondas de
pressão
Câmara
plena
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Coletor variável 01
Fonte: www.youtube.com/watch?v=um5TcQqi3K8
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Fonte: www.vulco.pt/uploads/finder/
colector_admision_variable.jpg
14
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- Contudo, atualmente existem alguns sistemas que ajustam - A Honda tem sistemas (válvulas) similares, chamados de
constantemente a pressão no interior do coletor de escape Titanium Exhaust Valve (HTEV) e Honda Variable
visando alterar as ondas de pressão em função da velocidade do Intake/Exhaust (H-VIX), disponíveis na Honda CBR600RR e na
motor, influenciando a lavagem dos cilindros, o que acaba por Honda CBR1000RR (fireblade).
melhorar o desempenho do motor (dynamic exhaust geometry).
- A válvula Exhaust Ultimate Power (EXUP) é empregada na - Sistemas semelhantes também são
Yamaha YZF-R1 e na Yamaha YZF-R6. disponibilizados por outros fabricantes,
como o Suzuki Exhaust Tuning (SET),
disponível na Suzuki GSX-R1000.
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
e/e9/2007_Honda_CBR600RR_exhaust_power_valve_4.jpg
Fonte: https://yamaha.scdn5.secure.raxcdn.com/assets/
pages/Motorcycle/VR/2019_r1/19r1Blue_760-01.jpg Fonte: www.yamahapart.com/Assets/YamahaPart/Images/
technology/exup/1987_exup_1998_R1_PS.jpg
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80
70
60
0 1000 2000 3000 4000
Rotações por minuto
80 - Coletor mais fechado, w maiores, sendo
2017 Suzuki GSX-R1000 Suzuki mais adequado para _________________.
70
Exhaust Tuning-Alpha (SET-A)
Velocidade média
60
- Coletor mais aberto, w menores, sendo
dos gases
Fonte: www.youtube.com/watch?v=8vGIZhPppdg
w (m/s)
30
20
10
0 1000 2000 3000 4000
Rotações por minuto
Fonte: www.gsxr-suzuki.it/en/gsxr-k1/gsxr-1000/exaust_tuning_valve.jpg Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 165.
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- Dois motores diferentes, com diâmetros de - Dois motores iguais, com mesmos coletores, mas com
volumétrico, ηv (%)
válvulas diferentes: uma menor (D = 30 mm) tempos de abertura e fechamento de válvulas diferentes:
ηv - Dois motores diferentes:
Rendimento
85
e outra maior (D = 36 mm). Aspiração: 16º-56º, Escape: 56º-16º
80
volumétrico, ηv (%)
ηv
volumétrico, ηv (%)
70 diferentes:
90
Rendimento
80 ηv 65 Menor (D = 32 mm)
rpm
80 Maior (D = 34 mm).
70
55
60 70 Pe
rpm rpm - Tempos de abertura e fechamento das
50
45 40 válvulas diferentes:
Pe
efetiva, pme (kg/cm²)
Pressão média
40 9 35 10 45 9
pme
Potência efetiva, Pe (CV)
7 pme 8
35 pme 30 40 7
30 5 25 6
35 5 - Levantamento (altura ou abertura ou “lift”)
rpm rpm
rpm das válvulas diferentes:
25 90 20 90
30 90 Levantamento de 8,94 mm
dos gases, w (m/s)
Velocidade média
20 70 15 Levantamento de 10,42 mm
dos gases, w (m/s)
70
Velocidade média
w 25 70
w w
15 50 10 50
20 50
10 30 5 30
15 30
10 10
1000 2000 3000 4000 1000 2000 3000 4000 10
Rotações por minuto Rotações por minuto 1000 2000 3000 4000 Giacosa, Motores Endotérmicos,
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), págs. 168 e 169. Rotações por minuto 3ª Edição (1986), pág. 170.
15
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0,9
fricção se dará devido: ηv
0,8
0,7
a) Ao atrito entre as partes 0,6
móveis do motor; 90
11
pmi
10 - Ao lado temos curvas de
7
c) Ao atrito entre o gás e as 6
fechada e aberta, bem como
45
paredes dos coletores. 5
a pressão média indicada, a
30 4 pressão média efetiva e o
3 rendimento volumétrico.
15 2
1
0
1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500
1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500
Rotações por minuto
Rotações por minuto
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- Já havíamos visto como era o consumo específico de - Se mantivéssemos a rotação constante (mantendo constante
combustível em um motor típico. Agora vejamos como é o também a razão de mistura), mas variássemos a carga sobre o
consumo horário de combustível. motor, o comportamento seria semelhante ao dado pelo gráfico
abaixo.
Consumo específico de
combustível (g/CVh)
300
- O consumo específico
Consumo específico
12,5 0 100
% de carga Plena carga
0
500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 173.
Rotações por minuto
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4000 rpm
2000 rpm
- O trabalho de fricção (ηm) varia
1000 rpm pouco com a rpm, mas a
potência útil (Pútil) varia muito.
16
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- As pressões no interior do cilindro na aspiração e escape para 12.8. Consumo específico de Diesel
1/4 de abertura da borboleta e para abertura plena da borboleta. - Já esperamos que o consumo específico de Diesel seja menor
Carga 1/4 que o de gasolina devido a vários fatores:
Há uma flutuação
grande da pressão 1) O ηt é maior que no ciclo Otto;
durante o escape 2) Os sistemas Diesel dosam melhor a quantidade de combustível
Pressão no cilindro (kg/cm²)
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- O volume de controle levado em consideração neste modelo está Observem que o Diesel mecânico sempre
está abaixo do estequiométrico (1/18)
representado abaixo. Já para a gasolina, não é queimado
O Diesel até chega perto
Volume de controle
todo o combustível na mistura rica,
do estequiométrico (ou
ηc 98% devido a falta oxigênio.
levemente rico)
Combustível
Motor Gases de exaustão ηc 95 a 98%
Eficiência da combustão, ηc (%)
Ar
C / Areal
Ignição por centelha
- Lembrando que: f
C / Aesteq.
C / Areal
Razão equivalente, f
C / Aesteq.
Heywood (1988), pág. 82.
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- O consumo específico de Diesel pode ser representado pelo gráfico - Alguns exemplos de emissão de carbono puro (particulado –
abaixo em função da pme e da rotação do motor. Este gráfico é fumaça preta – zona de fumos) dos motores Diesel.
conhecido como plano cotado de consumo específico de Diesel.
Potência (CV)
Fonte: https://scontent.fpoa17-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-
9/12032250_990490767659389_1080236914730510504_n.jpg?_nc_cat
=100&_nc_oc=AQkYs8XAgRZfUten6S0nlTIJ1MN7McfO_b_eHjTP2V2m
BHx7f90sbI55tWfKtQ2enTAcxhLAX6AmB_OtfyFsPcd4&_nc_ht=scontent
.fpoa17-1.fna&oh=fba5e628835bf270f024ad06c50e5ff5&oe=5D9FAC8A
Rotações por minuto
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 178. Diesel Fest 2018 Part 1
Fonte: www.youtube.com/watch?v=fueA5g7yVEY
17
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variações da 12
líquida efetiva.
temperatura e pressão 0,2
com a altitude, bem Fator de correção - SAE J1349, de 1992.
como do fator de de potência - Engine Power Test Code – Spark Ignition and Compression
Troposfera
8
Temperatura
correção de potência. 0,4 Ignition – Net Power Rating.
- JIS D1001, de 1993.
4 0,6 - Road Vehicles – Engine Power Test Code.
0,8
- DIN 700200-3, de 2008.
- Road Vehicles – Automotive engineering – Part 3: Testing
-53 -33 -13 +7 conditions, maximum speed, acceleration and elasticity, mass
Temperatura (ºC)
Giacosa, Motores Endotérmicos, 3ª Edição (1986), pág. 180.
terms, micellaneous.
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1) Maior ηv ideal;
2) Maior taxa de compressão; Motores compactos permitem
a utilização de rc maiores.
3) Maior potência (pois aumenta a rpm); - Estes são os principais
motivos do emprego de motores
4) Mais fácil de arrefecer; A área de TransCal é maior.
tricilíndricos no mercado atual.
5) Maior equilíbrio; Fonte: https://abrilquatrorodas.files.wordpress.com/2016/11/
5751e91e0e2163457508f932ford-focus-10-liter-3-cylinder-
6) Menor nível de vibrações. ecoboost-replaces-16-liter-engine-in-europe_3.jpeg
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12.16. A estabilidade de operação dos motores de - Se, por qualquer razão, a carga diminuir (mantendo-o nas mesmas
combustão interna condições de operação), o motor irá acelerar (aumentar a rpm), pois
- Consideremos inicialmente um motor em condições de o sistema sempre buscará um estado de equilíbrio.
funcionamento tais que sua rotação se mantém constante e sua Ex.: o mesmo motor, só que agora em um declive.
potência efetiva é completamente absorvida pela carga (momento ou - Este será o ponto II do gráfico abaixo!
par resistente) aplicada ao seu eixo.
Ex.: motor de automóvel a 3500 rpm em uma reta (4ª marcha). Potência efetiva
Potência efetiva
rpm
I II
Momento (par) resistente, Mr ou
torque disponível - Isso tudo sem trocar de marcha!
- A medida que o eixo acelera, o sistema se aproximará de um novo ponto
rpm definido, alcançado quando o produto da nova carga (momento resistente)
I pela rotação (aceleração angular) se igualar à potência efetiva.
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- Agora... vamos supor que ocorra o oposto, ou seja, que a carga - Também é comum dizer que um motor que apresenta um
aumente, fazendo o motor desacelerar (diminuir a rpm), de modo funcionamento estável tem comportamento “elástico”, ou que ele
que atinja-se as condições do ponto III do gráfico abaixo. tem “elasticidade”.
Ex.: o mesmo motor, só que agora em um aclive. - Neste caso ele não dispara nem morre ao alterar a carga aplicada
ao eixo!
Potência efetiva
- Resumo: um motor é estável e, portanto, autoregulável, quando
Momento (par) resistente, Mr ou a sua curva de torque decresce com o aumento da rpm, ou seja,
torque disponível
quando: Momento resistente
dM
0 (70)
rpm dn
III I II
Rotação
- Este é o chamado “funcionamento estável” de um motor.
- Em outras palavras, sempre que a carga diminuir com o aumento da
rpm, será criada uma nova condição de equilíbrio para o
funcionamento do motor.
20
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- Contudo, nem sempre se consegue chegar a um novo ponto de - Vamos considerar que este é o ponto A no gráfico abaixo!
equilíbrio, pois este depende fortemente do formato da curva
característica do motor. Potência efetiva
- Vejamos onde esta faixa se encontra no gráfico! - Se diminuirmos a carga (mantendo as mesmas condições de
operação), o motor tende a acelerar em demasia (disparar), na
- Vamos supor agora um motor funcionando a baixas rotações. tentativa do sistema buscar seu estado de equilíbrio (sendo que as
vezes ele nem sequer encontra este ponto, já que ele pode estar
Ex.: motor de automóvel a 1800 rpm em uma reta (2ª marcha). muito distante!).
- Caso exista este ponto de equilíbrio, ele será como o
ponto B do gráfico.
Ex.: o mesmo motor, só que agora em um declive.
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- Agora, se no caso anterior a carga aumentar, fazendo o motor - Com isso, identificamos 2 regiões:
desacelerar (diminuir a rpm), ele tende a “morrer”. Funcionamento Funcionamento
instável estável
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- Vários motores Diesel trabalham de forma instável, ou seja, em 12.17. Ordem de ignição
uma faixa cuja curva de torque é praticamente plana.
- Veremos qual é a ordem de ignição de algumas configurações
- Vamos a um exemplo ilustrativo! https://freightliner.com/demand-detroit/engines/dd15 de motores alternativos de 4 tempos.
Morre Dispara - Aqui, o aluno deve estar ciente de que cada fabricante indica
Momento (par) resistente, Mr em seus manuais técnicos a ordem correta de ignição,
ou torque disponível sendo que existem uma série de particularidades envolvidas
(posição do 1º cilindro, ordem de ignição, tecnologias de
rpm
controle de vibrações, número de cilindros, etc).
- Assim, eles precisam de um regulador de rotação e de
combustível, que atua na dosificação, cortando o fornecimento de - Este material serve apenas como guia, devendo o profissional
Diesel e evitando que o motor dispare (não adianta pisar mais fundo consultar cuidadosamente os manuais técnicos apropriados.
no acelerador que ele não acelera mais!). Este sistema pode ser
mecânico, elétrico, hidráulico, pneumático, etc. - Um exemplo pode ser encontrado nas páginas 26 e 97 do
- Por este motivo que os grandes motores Diesel possuem 2 caixas de câmbio manual técnico do motor industrial PSI/GM 3.0L, disponível em
com várias marchas! www.allpowerlabs.com/wp-content/uploads/2015/05/GM_PSI-3.0L-Engine-Service-Manual.pdf
21
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- A ordem de ignição serve para proporcionais maior ● Ordem de ignição para 2 cilindros em linha:
equilíbrio do motor, ou seja, que a combustão da mistura
Colo ou moente
ar+combustível seja realizada o mais afastado possível entre
1 Colo ou moente 1 2
os cilindros, visando equilibrar os esforços.
1 2 3 1 2 3
Eixo Eixo
- Via de regra, quanto maior for o número de cilindros em
um motor, mais equilibrado ele será. ou seja, os motores Munhão 2 Munhão
monocilíndricos são os mais desbalanceados.
- Mais comum! - Sobem e descem juntos!
- Assim, os motores monocilíndricos - Intervalo de queima em - Muito desbalanceado!
são os mais desbalanceados. graus: queima em 180º e 540º.
Balance of I.C.Engines
Fonte: www.youtube.com/watch?v=hvpFcSPtDV0
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● Ordem de ignição para 3 cilindros em linha: ● Ordem de ignição para 4 cilindros em linha:
- Configuração bastante empregada atualmente em veículos 1 4
Colo ou moente
populares. 1 2 3 4 5
Eixo
720º/3 = 240º entre cada um.
Volante
2 3
- Ordem mais comum: 1-3-2 Munhão
- O arranjo do número de cilindros na árvore de manivelas - Duas ignições lado a lado: gera desbalanceamento.
depende do fabricante. - Ordem mais usual: 1-3-4-2 (0-180º-360º-540º-720º).
- Defasagem de 120º. - Defasagem de 180º. 1,4
2
Volante Volante
2 Colo ou moente 2 Colo ou moente
1 2 3 4 1 2 3 4
ou Eixo 3 1
2,3
Disposição Disposição
1 3 3 1 dos cilindros Posição em relação ao volante
Munhão Munhão dos cilindros
Posição em
relação ao volante
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● Ordem de ignição para 4 cilindros contrapostos: ● Ordem de ignição para 5 cilindros em linha:
- Ordem mais usual: 1-3-4-2. 3
- Defasagem de 180º. 4 2 - Ordem mais usual: 1-2-4-5-3.
1,4 2,3
- Forças mais equilibradas.
1 5
Disposição Disposição - Defasagem de 72º.
Posição em relação ao volante dos cilindros
dos cilindros
- Exceção: motor Boxer: ordem usual: 1-4-3-2 1,6 - Ordem mais usual: 1-5-3-6-2-4.
2
1
- Defasagem de 120º.
Eixo 3,4 2,5 - Não tem problema de balanceamento.
Disposição - Pode alternar a ignição o máximo possível.
3 4 dos cilindros
22
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● Ordem de ignição para 6 cilindros em V (V6): ● Ordem de ignição para 8 cilindros em V (V8):
1
- Ordem mais usual: 1-4-3-6-5-2. - Ordem mais usual: 1-5-4-8-2-7-3-6.
2 4 6
6 2 - Defasagem de 60º 1 2 3 4 - Defasagem de 90º.
5 3 1 3 5
- Dois cabeçotes. - Dois cabeçotes.
4 5 6 7 8
Disposição
- Sempre passando de um cabeçote - Sempre passando de um cabeçote para
dos cilindros para outro. outro.
- Muito mais equilibrado e o peso não difere muito do 4 em linha (vale a pena). - Ignição em 0º-90º-180º-270º-360º-450º-540º-630º-720º.
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estes foram adotados em grande escala: - Atualmente os principais derivados de petróleo utilizados em
motores de combustão interna são:
- Brasil álcool etílico 1935 (adição de 5% na gasolina)
- Gasolinas;
1980 (adição de 20 a 22% na gasolina)
- Óleos diesel;
- Nova Zelândia Hoje (adição de 25 a 27% na gasolina) - Querosene de aviação; São usados em motores pesados
Observação: a partir de 16/03/2015, o teor de álcool anidro na gasolina - Óleos combustíveis marítimos: de baixa rotação. Ex.:
comum e aditivada é de 27%. A teor adicionado à gasolina premium é de MF100 Marine Fuel, 100 cSt
...
25%. Fonte: www.petrobras.com.br/pt/produtos-e-servicos/composicao-de-
MF700 Marine Fuel, 700 cSt
precos-de-venda-ao-consumidor/gasolina
23
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13.1. Combustíveis derivados do petróleo - Exemplos da extração de óleo cru do subsolo por plataformas
13.1.1. Petróleos de petróleo:
- São líquidos oleosos, menos densos que a água, retirados do
subsolo ou de lagos de asfalto e cuja coloração pode variar do
castanho ao negro, possuindo geralmente cheiro desagradável.
Gigante da Engenharia -
Plataforma de Petróleo
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=-Ofzo4HdW1k
Fonte: www.kcet.org/sites/kl/files/thumbnails/image/page-museum-la-brea-tar-pits.jpg
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- Visitar o site do George C. Page Museum no La Brea Tar Pits - É uma mistura complexa de hidrocarbonetos (Hidrogênio e
no endereço: https://tarpits.org Carbono), cujas famílias predominantes são:
- Alguns exemplos de lagos de asfalto (poços de piche – tar pits): - Parafínicos: apropriados para a fabricação de óleos lubrificantes.
Ex.: Bahia, Arábia e Iraque.
- Naftênicos: apropriados para a fabricação de asfaltos e gasolinas
(não são adequados para a fabricação de lubrificantes, pois sua
viscosidade varia muito com a T). Ex.: Bacia de Campos - RJ.
- Aromáticos: apropriados para a fabricação de solventes e nafta
com alta octanagem (não são adequados para a fabricação de óleo
Diesel). São mais raros. Ex.: Nigéria.
- Mistos: mistura de hidrocarbonetos (HC) com pequenas porções
Fonte: https://d3dupjkkwlat3o.cloudfront.net/1017908340556/6305694/1400w dos seguintes compostos: - Orgânicos oxigenados;
- Nitrogenados;
- Sulfurados;
- Organometálicos;
Tar Pits - Água, sais minerais e areia.
Fonte: www.youtube.com/watch?v=uAxJF5d0KFM
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- Os principais hidrocarbonetos encontrados são: - Além dos hidrocarbonetos listados no slide anterior, temos
compostos que contém nitrogênio, oxigênio, enxofre, etc., e que
Alguns exemplos:
são considerados como impurezas presentes nos produtos do refino
Metano (CH4) do petróleo.
a) Alcanos e parafinas (CnH2n+2):
Etano (C2H6)
Propano (C3H8)
n-butano (C4H10)
Isoctano (C8H18)
Ciclopentano (C5H10)
b) Cicloparafínicos e naftênicos (CnH2n):
Metilciclopentano (C6H12)
Ciclohexano (C6H12)
Metilciclohexano (C7H14)
Fonte: https://4.bp.blogspot.com/-cr5zsS4zbYg/W_kjiq3LvoI/AAAAAAAABW0/
Tolueno (C6H5-CH3)
Etilbenzeno (C6H5-CH2-CH3)
Fonte: www.oil-press-machine.com/wp-content/uploads/2018/09/pressed-cooking-oil.jpg
24
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- Exemplo de uma unidade de destilação atmosférica e a vácuo. - O craquemento catalítico é um processo que consiste no
contato dos gasóleos com um catalisador à temperaturas da
ordem de 750ºC, quebrando as grandes moléculas de maneira
aleatória em uma grande quantidade variedade de moléculas
menores.
- São geradas neste processos as olefinas (ou alcenos – CnH2n,
que possuem elevada octanagem, importantes na produção de
gasolinas) e os compostos naftênicos.
Fonte: www.gea.com/pt/binaries/new-ejector-design-2_tcm38-23573.jpg
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- Outros processos existem, como a Alcoilação (produção de Utilização do Petróleo - Destilação Fracionada
Fonte: www.youtube.com/watch?v=VQ-x5LOsE6Y
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- Como é a combustão anormal em um motor? - E como ficaria o diagrama de pressão indicado na auto-ignição?
p
a) Pré-ignição: é mais comum. É Frente de Auto-ignição
chama
muito danoso ao motor, pois o
2º Ignição
cilindro está cheio de combustível, 1º
ocorrendo uma variação brusca de
pressão em seu interior, podendo Ângulo
inclusive quebrar o êmbolo. 10º PMS
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- Exemplos dados pelo Brunetti (2012), Vol. 1, pág. 418. - Exemplos dados pelo Taylor (1968), Vol. 2, pág. 35.
Combustão normal p
p Ponto de ignição
α α - Com detonação
PMS PMS
- Abaixo vemos a evolução da fração de massa queimada xb, grandeza que indica a Tempo
quantidade de massa da mistura A/C que já foi oxidada pela passagem da frente de
chama. O valor 0 indica que ausência de massa queimada e 1 indica queima total
da mistura. - Sem detonação
xb xb
dp/dt
1 1
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II) Detonação: é de caráter anormal ou explosivo. Ocorre - As principais causas da detonação são:
geralmente no final do processo de combustão, com pouca 1) Combustível com baixo número de octanas;
carga no cilindro (o cilindro já está quase vazio). O número de - Poucas octanas resulta em pouca resistência à detonação devido às variações de pressão
octanas do combustível tentará resistir à detonação. É menos no interior do cilindro.
danoso ao motor do que a pré-ignição. 2) Uso de marchas inadequadas;
- Ex;: tentar arrancar com um veículo em 5ª marcha.
- Se dá em função da pressão no cilindro.
3) Sobrecarga;
- O restante de combustível ainda presente no cilindro é queimado todo de - Ex.: tentar carregar 10 ton com um veículo projetado para transportar apenas 5 ton.
uma vez só (explosão), também chamado popularmente de batida de pino!
4) Ponto de ignição muito adiantado;
- E como ficaria o diagrama de pressão indicado neste caso? - Quanto mais avançado o ponto de ignição, maior a temperatura na câmara de combustão.
p 5) Depósitos de carbono no cilindro;
6) Baixa turbulência;
Detonação 7) Aumento da taxa de compressão;
Ignição
8) Cilindros trabalhando excessivamente aquecidos;
9) Razão de mistura A/C.
- Quanto mais próximo da estequiométrica, mais provável a detonação, pois o tempo das
Ângulo pré-reações e reações de oxidação são muito menores nessa condição. Os tempos das
10º PMS reações aumentam exponencialmente para misturas mais ricas ou mais pobres.
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Fonte: https://cdn1.newsplex.pt/fotos/2019/1/25/676080.png
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Fonte: https://media.daimler.com/marsMediaSite/Thumbnail?oid=
7421238&version=1&fdRnr=-1&prRnr=-1&thumbnailVersion=3&quality=-1
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- Em motores convertidos (Flex GNV) se faz necessária a - O biodiesel é obtido pela alteração da estrutura química das
instalação de um variador de avanço de ignição, já que a gorduras de origem vegetal (mamona, canola, soja, colza,
velocidade de queima deste combustível é menor, o que pode girassol...) e animal (banha de porco) por meio de processo de
causar uma perda significativa de potência do motor e retorno da transesterificação ou pela esterificação direta de seus ácidos
chama. graxos, produzindo ésteres de cadeias menores.
- Este dispositivo permite
adiantar em até 15º (a mais) o - Estes dois processos ocorrem na presença de álcoois, que por
ponto de ignição do motor. conveniência, costumam ser de cadeias curtas (metanol ou etanol) e
de catalizadores (ácidos ou básicos).
- Existem 2 tipos de variador de
- Tem pouca estabilidade
avanço: MAP/MAF e sensor de
química! Em altas T, ele se
rotação. Eles enviam um sinal ao
Variador de avanço para decompõe, produzindo lacas
sonda MAP/MAF módulo de ignição do motor e vernizes, formando uma
Fonte: https://images.tcdn.com.br/
img/img_prod/584073/ passando uma informação borra no motor. Além disso
variador_de_avanco_map_maf_v10_igt_
4882304_1_20190316145500.jpg
superestimada de sua carga ou possui muita glicerina (éster)
da posição do êmbolo e enxofre, que é muito
Variador de avanço para
(adiantada), fazendo com que o poluente. Possui alta
sensor de rotação ponto de ignição seja adiantado. viscosidade e lubricidade.
Fonte: https://igtmotors.com.br/wp-
content/uploads/2017/06/v30.png Fonte: http://rmai.com.br/wp-content/uploads/2019/01/Biodiesel_Abiove.jpg
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- Este é o motor padrão ASTM CFR (www.waukeshacfr.com). Fonte: Wildner, F. D. (2010) Tese de doutorado, PROMEC/UFRGS, Análise
Experimental da Velocidade de Combustão em Motores de Combustão Interna
Link: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/29400
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- Atualmente o motor CFR da - Com o motor ASTM CFR é possível determinar (medir) o
UFRGS possui instrumentação número de octanas de um combustível.
mais moderna, com encoder,
- As refinarias de petróleo também realizam estes ensaios,
roda fônica e transdutores de
sendo esta uma exigência da ANP (Agência Nacional do
pressão e temperatura,
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
possuindo 2 tipos de cabeçote
(sistema de ignição – gasolina - É um motor monicilíndrico, com rotação constante
– e de injeção – diesel). (acoplado a um motor-gerador elétrico assíncrono) e taxa de
compressão variável.
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- O isooctano (C8H18) é um hidrocarboneto puro, com - Para o etanol puro (álcool etílico anidro), o hidrocarboneto
excelentes características antidetonantes, sendo a ele padrão é o tolueno, sendo a ele atribuído um número de
atribuído um número de octanas (NO) de 100 (NO = 100). octanas (NO) de 112 (NO = 112). Contudo, acima de 100
octanas é necessário utilizar outro padrão para a medida da
- Ele é extremamente caro, não sendo produzido no octanagem de um combustível.
Brasil, chegando a custar cerca de US$ 300,00 o litro!
- O sensor de detonação medirá a variação de pressão e
- O n-heptano (C7H16) é um hidrocarboneto, que tem determinará se está ou não ocorrendo a detonação.
péssimas características antidetonantes, sendo a ele atribuído
um número de octanas (NO) de 0 (NO = 0). - Um exemplo do número de octanas da gasolina é dado
abaixo, onde a diferença entre os valores era para ser
idealmente de 8 octanas, mas na realidade é de cerca de 10.
- Geralmente faz-se uma mistura em volume destes dois
componentes, na proporção de 80% de isooctano e de 20% de - Gasolina comum NO = 85
n-heptano.
- Gasolina aditivada NO = 95
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13.4. Métodos para a determinação da octanagem de um - Existe também o AKI (Anti Knock Index) ou Índice
combustível Antidetonante (IAD), que é uma média entre os métodos RON
- Dois métodos para a determinação da octanagem de um
e MON.
combustível foram padronizados pela ASTM.
- Um método é o ASTM D2700, chamado de RON (Research Octane - Os métodos RON e MON possuem várias diferenças.
Number) ou Método Pesquisa ou F1.
- Observemos a tabela abaixo:
- Motor: www.waukeshacfr.com/f1-f2
- Norma: www.astm.org/Standards/D2700.htm MON RON
- Outro método é o ASTM D2699, chamado de MON (Motor Octane Pré-aquecimento da mistura 150ºC Livre (Tambiente)
Number) ou Método Motor ou F2.
Temperatura do ar de admissão 37,8ºC 52ºC
- Motor: www.waukeshacfr.com/f1-f2
- Norma: www.astm.org/Standards/D2699.htm Rotações por minuto 900 600
- Ha também um método específico para motores a gasolina de Ponto de ignição (PI) 19º a 23º 13º (fixos)
aviação, o ASTM D909, chamado de Método de Desempenho ou
Supercharge Rating ou F4. OBS 1.: Geralmente o método RON resulta em número de octanas maior,
porque o motor é testado em temperaturas menores (Tambiente).
- Motor: www.waukeshacfr.com/f4
- Norma: www.astm.org/Standards/D909.htm OBS 2.: A rotação do motor durante os testes é mantida constante.
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- Esta aspereza no funcionamento é resolvida com a redução - Mas..... “peraí”! Com que motor se testam então os óleos Diesel?
do débito (menor quantidade de combustível injetado).
- Os motores Diesel são testados com o mesmo Motor padrão
- Contudo, no Diesel com injeção mecânica (Diesel mecânico), ASTM CFR que vimos para o teste de gasolina, só que o
que são mais antigos, isso gerava uma série de problemas, cabeçote é trocado (ao invés de ter vela de ignição, a
sendo necessária a utilização de pré-câmaras, o que acabava combustão tem início pela compressão do fluido de trabalho,
por aumentar o consumo de combustível. com um sistema de injeção de óleo diesel) e de acordo com a
norma ASTM D613.
- Já no Diesel com injeção eletrônica (Diesel eletrônico) o
funcionamento do motor é mais suave, pois consegue-se ter - Motor: www.waukeshacfr.com/f5
várias injeções de combustível, dependendo da tecnologia. - Norma: www.astm.org/Standards/D613.htm
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- O Ponto de Anilina é a menor temperatura na qual certa 13.7. A volatilidade e tensão de vapor
quantidade de gasóleo é completamente misturada com a
- A gasolina tem cerca de 5 a 10% de vaporização. Essa
anilina.
característica auxilia na partida do motor (partida mais fácil).
- Os motores Diesel pesados podem trabalhar quase que com
Nafta, com óleo de soja, etc. Para tal, vamos a um exemplo! - Contudo, a vaporização da gasolina não chega a ser um
problema, pois vimos que no sistema de injeção de gasolina
Não façam isso em casa! Isto é um exemplo, tchê!
há o canister, que trata o vapor da gasolina (para o coletor de
Funcionar é uma coisa. Funcionar bem já é outra!
admissão).
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- Este aparelho consiste em tubo cilíndrico, cuja - Uma comparação pode ser realizada do percentual de
extremidade superior contém um manômetro para vaporização de vários combustíveis em função da temperatura.
medir a pressão do vapor do combustível a ser
testado. Na parte inferior há uma válvula, conectada - O Etanol (C2H5OH) apresenta um percentual de vaporização
à entrada de combustível. praticamente constante com a temperatura de 78,2°C.
Manômetro Procedimento simplificado: - Já os combustíveis mais leves, como a gasolina, iniciam sua
vaporização por volta dos 37°C, aumentando esta vaporização
1) Deixa-se o sistema na patm;
2) Submete-se o sistema à T=100°F (37,8°C);
com o aumento da temperatura.
Tubo cilíndrico 3) O combustível (gasolina) é inserido e - Para T ≅ 220°C tem-se o fim da vaporização dos componentes
de inox espera-se o equilíbrio térmico à 37,8°C;
mais pesados da gasolina.
4) Abre-se a válvula e mede-se a pressão ou
tensão de vapor Reid com o manômetro.
Válvula - Outra comparação que também pode ser realizada é em respeito
Recipiente para a temperatura de ignição espontânea com a temperatura.
o combustível
Fonte: www.refinerysupply.com/
media/17738/17738_1.jpg
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- A composição aproximada do ar por volume é: 13.8.3. Determinação da razão estequiométrica para a gasolina
Gás Volume
Nitrogênio (N2) 780.840 ppmv* (78,084%)
- Peguemos como exemplo o C-Nonano (C9H20), um HC Europeu,
Oxigênio (O2) 209.460 ppmv (20,946%) cuja reação química de combustão é a seguinte:
Argônio (Ar) 9.340 ppmv (0,9340%)
Dióxido de carbono (CO2) 380 ppmv (0,0380%) C9H20 + 14 O2 = 9 CO2 + 10 H2O
Neônio (Ne) 18,18 ppmv (0,001818%) - Agora vamos até uma tabela periódica dos elementos e
Hélio (He) 5,24 ppmv (0,000524%)
Metano (CH4) 1,79 ppmv (0,000179%) procuramos o peso atômico de cada componente acima:
Criptônio (Kr) 1,14 ppmv (0,000114%) - Pesos atômicos: H ≅ 1, C ≅ 12, O ≅ 16 (valores aproximados!).
Hidrogênio (H2) 0,55 ppmv (0,000055%)
Óxido nitroso (N2O) 0,3 ppmv (0,00003%) 1 [(9)(12) + (20)(1)] + 14 [(2)(16)] = 9 [(1)(12) + (2)(16)] + 10 [(2)(1) +(1)(16)]
Xenônio (Xe) 0,09 ppmv (9×10−6%)
Ozônio (O3) 0,0 a 0,07 ppmv (0% a 7×10−6%) 1 (108 + 20) + 14 (32) = 9 (12 + 32) + 10 (2 + 16)
Dióxido de nitrogênio (NO2) 0,02 ppmv (2×10−6%) 1 (128) + 14 (32) = 9 (44) + 10 (18)
Iodo (I) 0,01 ppmv (1×10−6%)
Monóxido de carbono (CO) 0,1 ppmv (0,00001%) 128 + 448 = 396 + 180
Amônia (NH3) Traços
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ 576 = 576 (só para verificar!)
- Mais o vapor d’água (H2O), com cerca de ~0,40% commons/7/7a/Atmosphere_gas_proportions.svg
na atmosfera toda, tipicamente 0%-4% na superfície. 128 kg C9H20 + 448 kg O2 = 396 kg CO2 + 180 kg H20 ÷128
*ppmv significa partes por milhão por volume. 1 kg C9H20 + 3,5 kg O2 = 3,09 kg CO2 + 1,41 kg H20
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3,5 kg O2
= 15,2 kg de ar para cada 1 kg de HC.
0,23 O2 no ar
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- Diagrama p-α de uma combustão normal. - Uma vez ocorrido o retardamento químico da combustão, a
combustão propaga-se na câmara por meio de uma frente de
chama, deixando para trás gases queimados e tendo à frente
mistura ainda não queimada. Esta é a combustão normal, e ela
termina quando a frente de chama atinge as paredes da câmara
de combustão. .
Q
Vela de ignição
Gases
queimados
Mistura ar +
combustível
.
W
+ resíduos
Ângulo da manivela (α)
Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 413. Brunetti, Motores de Combustão Interna, Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 412.
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- Uma terceira fase pode ser reconhecida durante a qual se a) Velocidade de avanço da frente de chama.
processa a combustão esparsa de combustível ainda não - Existem 2 tipos
de velocidades b) Velocidade de translação: um zona de
queimado. diferença de pressão alterará a direção da
de combustão:
- O formato da frente de chama dependerá fortemente da frente de chama.
velocidade de combustão.
- De acordo com Taylor (1988), no início do processo de
14.1.2. Velocidade de combustão combustão a velocidade de combustão é muito baixa, pois:
- A turbulência impacta diretamente na velocidade de a) A vela de ignição está em uma região muito
combustão. Motivos da baixa próxima à parede (zona de baixa turbulência);
velocidade de
- Câmaras de combustão que proporcionam elevada turbulência combustão: b) A quantidade de massa queimada (mistura ar +
farão com que o processo de queima seja otimizado. combustível) é muito pequena.
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- É importante para o rendimento do ciclo do motor conhecer: 14.1.3. Gradiente de pressão (crescimento da pressão no
- O início do processo de combustão (ponto de ignição); cilindro durante o processo de combustão)
- O tempo necessário para completar a combustão, que dependerá: - Conforme já vimos, busca-se atingir um pico de pressão no interior
do cilindro em uma posição específica desejada (Otto: α 15º e
- Velocidade de queima (velocidade da frente de chama);
Diesel: α 10º).
- Distância percorrida pela frente de chama.
- Isto é feito através do ponto de ignição (início da combustão).
- As principais fatores que influenciam no processo de p Pico de pressão
combustão de um motor de ciclo Otto são:
Influencia na velocidade e no
1) A forma da câmara de combustão
nível de turbulência.
2) A estratificação da mistura ar + combustível Ponto de ignição
A criação de zonas mais ou menos ricas (vórtices) dentro da
câmara otimiza a combustão (desde que controlada!).
3) A razão de mistura ar + combustível Ângulo da
Para cada razão de mistura existe um intervalo de T 15º
manivela (α)
4) A temperatura
na qual a combustão é otimizada. PMS - O gradiente de pressão pode
Quanto maior a p, mais difícil de iniciar a queima. Mas dp representar indiretamente a
5) A pressão Gradiente de
pressão = tan( )
tan( ) (73)
depois de iniciada, a velocidade aumenta com ela. d velocidade de combustão!
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Centelha
IMPORTANTE
atrasada
p Pico de pressão - O avanço da ignição que traz o melhor
compromisso entre o trabalho negativo na
- O menor gradiente de pressão é o do compressão (W < 0) e o trabalho positivo
Diesel, pois ele tem a maior pressão em 10º.
na expansão (W > 0) é denominado de
Ângulo da manivela (º)
“mínimo avanço para máximo torque”, ou
Centelha do inglês MTB (Maximum Brake Torque)
Ângulo da
normal spark timing.
O que limita o avanço é a detonação.
manivela (α)
15º = Otto
10º = Diesel
PMS O Diesel não tem esse problema, já que
a detonação não influencia o avanço. Brunetti, Motores de Combustão Interna,
Ângulo da manivela (º) Volume 1, 3ª Edição (2012), pág. 414.
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- O artigo de Bouchard et al., “Variables 14.1.4. Câmaras de combustão para motores Otto
affecting flame speed in the Otto- - Diversos fatores influenciam na eficiência das câmaras de
Filme movendo-se
cycle engine”, Journal of SAE, Vol 514 em ângulos retos combustão dos motores de ignição por centelha, e devem ser
em relação ao
(1937) foi pioneiro na experimentação e Lente eixo da janela considerados no projeto destas. Dentre eles:
compreensão da combustão em São estudadas várias disposições para
a) Posição das válvulas
melhorar o enchimento dos cilindros (ηv).
motores. Entalhe da
janela b) A forma da câmara Influencia na intensidade (nível) de turbulência.
- Naquela época fotografias eram Vela de Deve estar na zona mais quente do
ignição c) A posição da vela de ignição cilindro (teoricamente) para reduzir
tiradas do interior de um motor (motor Motor a possibilidade de detonação.
de Ricardo) através de uma janela de d) Relação Superfície/Volume (S/V) da câmara de combustão
quartzo. Estes estudos (e os seguintes) Quanto menor for a razão S/V, melhor a eficiência de combustão,
produziram dados práticos para pois isto evita a perda de calor.
veículos de passeio, indicando que a e) Capacidade de evitar a formação de depósitos (carvão)
pressão deve aumentar em cerca de 2
Estes pontos quentes (combustão incompleta) podem ser evitados
bar para cada grau do eixo do motor. através da conservação da intensidade de turbulência no interior da
câmara de combustão, que deveria ter o mesmo valor do início ao
fim do processo. A redução da IT aumenta a formação de depósitos.
Taylor (1968), Vol. 2, pág. 18.
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- A câmara de combustão abaixo ilustra que as vezes o simples - Alguns tipos de câmara de combustão existentes:
reposicionamento da vela de ignição pode reduzir a Admissão
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- Vídeos: - Vídeos:
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14.2. O processo de combustão nos motores de ignição - Este vídeo apresenta o início do processo de combustão em um
por compressão (Diesel) motor Diesel. Observe o formato da cabeça do êmbolo deste tipo de
- A primeira diferença identificável é que no Diesel não há a vela de motor. Ele é semelhante ao da foto ao lado. Percebam os diferentes
ignição, já que a combustão inicia-se pelo aumento da temperatura estágios de injeção de combustível!
(ignição espontânea a T ~ 450ºC) causada pela elevada rc.
- No final do tempo de compressão a p 40 bar (4 MPa) e a T 800 K.
- Assim, no Diesel não há uma posição definida para iniciar a
combustão, podendo esta inclusive iniciar-se em mais de um ponto
simultaneamente.
- O combustível precisa ser injetado e queimado gradualmente, nem
muito rápido, nem muito lento, evitando a acumulação. Assim, ele é
injetado, vaporiza e então é que ele é queimado, sendo que o ideal é
injetar durante 35º do ângulo da manivela.
Fonte: https://cdn2.ms-motorservice.com/fileadmin//media/msi/News/
- Nos sistemas de injeção eletrônica de Diesel consegue-se fazer pressecenter/pressemappe-automechanika-
2016/english/07.1_Steel_piston_with_rings_and_pin.jpg
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p Pico de pressão
14.2.1. O atraso da combustão
Início da combustão
- O gráfico não está p
Final da injeção em escala, tchê!
Início da injeção Início da combustão
de Diesel
de Diesel
Início da injeção
35º
Início do débito
Ângulo da
manivela (α)
10º
PMS
Ângulo da
- Como já vimos, a quantidade de combustível injetada nos manivela (α)
PMS
motores Diesel é chamada de débito.
Ângulo de atraso Ângulo de atraso
- A velocidade sônica do óleo diesel é de cerca de 1500 m/s. da injeção da combustão
- Naturalmente existe uma diferença de tempo entre o combustível - Se o ângulo de atraso da combustão for muito grande haverá
chegar na agulha do bico injetor (vindo da bomba de alta pressão) e flutuação de pressão, o que é indesejável e causa vibração
ele ser efetivamente injetado na câmara de combustão. Esta excessiva no motor. Assim, este ângulo deve ser o menor possível!
diferença (atraso) é então chamada de ângulo de atraso da injeção.
- Como já vimos, também temos o ângulo de atraso da combustão.
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- O atraso na combustão de um motor Diesel tem influência em 3 - Algumas variáveis que influenciam no ângulo de atraso na
fatores: combustão:
1) No arranque (quando se põe ele para funcional) do motor; 1) A pulverização de combustível injetado;
Partida: quando ele está pronto para ser utilizado. Quanto mais pulverizado, melhor!
2º período: muito mais longo que o primeiro, neste há a interação 5) A temperatura do líquido de arrefecimento.
intermolecular (C e H com o O2) que propicia o início da combustão.
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- Geralmente utilizado para 22:1 < rc < 23:1. Não é uma vela de
ignição, mas sim uma
resistência elétrica
Mercedes
para partida a frio.
Deutz Büssing-Nag _Benz Ferguson
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2) Sistema de injeção direta de combustível. Algumas variantes das câmaras de combustão hemisférica e tórica:
- “Semelhante” à injeção direta de gasolina.
Semelhante não é igual, tchê!
- Precisa de pressões de injeção elevadas (200 bar < pinjeção < 250 bar).
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- Vantagens dos motores Diesel equipado com sistema de injeção - Vantagens dos motores Diesel equipado com sistema de injeção
direta: indireta:
1) Câmara de combustão simples; 1) Menor pressão de injeção;
2) Fácil arranque a frio; Motores de partida menores e por isso 2) Menor pressão máxima de combustão;
3) Menor taxa de compressão; baterias com menos de 150 A. 3) Injeta com um único furo;
4) Bom rendimento do processo de combustão. 4) Bom rendimento de combustão para baixa rpm.
- Desvantagens dos motores Diesel equipado com sistema de - Desvantagens dos motores Diesel equipado com sistema de
injeção direta: injeção indireta:
Baterias de elevada
1) Motor barulhento (ruidoso); capacidade (mais
1) Necessita de um motor de partida muito potente; de 150 A).
2) Injetor de alto custo e exposto à temperaturas elevadas;
2) Alto consumo específico de combustível (cerca de 30% a mais!);
3) Requer altas pressões de injeção. É um problema apenas
nos de injeção mecânica,
3) Necessita de resistência elétrica para partida a frio.
já que nos eletrônicos
ela é naturalmente maior.
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p Pico de pressão
Diesel
Ângulo da
PMS 10º manivela (α)
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a) Mecânica
- Mas precisamos ter cuidado com os limites 15.1. Tipos de superalimentação:
b) Turcompressor
das cargas térmicas e mecânicas envolvidas!
a) Mecânica: seu acionamento é realizado mecanicamente pelo
próprio motor, quer seja por correia/polia, pinhão/corrente ou por
meio de engrenagens (mais raro), o que acaba consumindo uma
parte da potência do motor, fenômeno este chamado de efeito
parasita.
- Pode subdividir-se em vários outros tipos, destacando-se:
- Palhetas: necessitam de lubrificação interna, cujo óleo será
incorporado ao escoamento de ar, sendo queimado no motor.
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- Alguns exemplos...
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/thumb/1/1b/RootsBlower3LobeAnimation.svg/
800px-RootsBlower3LobeAnimation.svg.png
40
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Fonte: https://abrilquatrorodas.files.wordpress.com/2017/02/fiesta-sedan-1-0-
supercharger-trend-da-ford-testado-pela-revista-quatro-rodas.jpg
- Ver o site:
Fonte: www.fischermotorsports.com/wp-content/uploads/2019/01/F142032090.jpg
www.historic-structures.com/in/
connersville/roots_company3.php ROOTS CO., STATEMENT OF June 1, 1906,
FROM COLLECTION OF KENNETH MILLS
Fonte: https://abrilquatrorodas.files.wordpress.com/2017/02/motor-do-jipe-
Fonte: www.historic-structures.com/in/connersville/images/064434pvx.jpg
ecosport-1-0-supercharger-modelo-2003-da-ford-testado-pela-revis.jpg
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Mini Cooper S
Fonte: www.rpw.com.au/wp-content/uploads/2016/01/Mini-Cooper-S.jpg
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Rolamento Rolamentos
b) Turbocompressor: também é chamado de turbocharger. Nele Rotor do
axial de radiais de
Rotor da
compressor turbina
os gases de escape movimentam uma turbina radial, que, através empuxo esferas Eixo
Compressor
Gases de
escape
Fonte: https://x-engineer.org/wp-content/uploads/2018/03/Turbocharger-
300 shaft-compressor-turbine-wheels-and-bearings-BMTS.jpg
Turboalimentado
250
Torque do motor (Nm)
200 Benefício da
turboalimentação
150
100 Naturalmente
aspirado
30
50
0
1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000
Rotação do motor (rpm)
Fonte: https://i1.wp.com/engineering.mishimoto.com/wp- Brunetti (2012), Motores de Fonte: www.tigercat.com/wp-
content/uploads/2014/11/Turbo-System-Diagram.png Combustão Interna, Volume 2, pág. 82 content/uploads/2018/04/Turbo-shaft-web-1.jpg
41
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Turbocompressor de um motor
a diesel Cummins.
Fonte: www.advancedanimations.co.uk/wordpress/wp-
content/uploads/2014/11/CUMMINS-TURBO_cutaway.jpg
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- Vejamos como um turbocompressor funciona! - O turbocompressor opera a elevadas rotações (bem maiores que
a do motor), podendo chegar facilmente a valores maiores que
100.000 rpm (Ex.: 280.000 rpm).
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- O que geralmente se faz é empregar um trocador de calor entre a - Existe também o emprego de uma válvula limitadora de pressão
saída do compressor e o coletor de admissão. Este também é na turbina (válvula de alívio), chamada de wastegate, que serve para
chamado de intercooler ou aftercooler ou ainda charge air cooler. evitar que se atinjam rotações muito altas do conjunto. Isso deve-
se ao fato de algumas turbinas estarem dimensionadas para
proporcionarem melhor desempenho para baixas rotações. Assim,
a válvula wastegate limita a pressão de sobrealimentação.
Turbina dimensionada para
melhor desempenho do
motor em baixas rotações
Fonte: https://cdn.shopify.com/s/files/1/0367/2621/products/
2364-IC-BA_1_2048x.jpg?v=1480755623
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- A válvula wastegate desvia parte dos gases de escape que passam - Detalhes de funcionamento da válvula wastegate.
pelo rotor da turbina para que a rotação do conjunto seja limitada.
- Geralmente seu acionamento é pneumático, com a pressão do
próprio compressor, movimentado por uma haste.
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- O processo de ajuste (adequação) do turbocompressor ao - Diagrama de seleção dos modelos de compressores produzidos por
motor é chamado de matching. Assim, deve-se selecionar um fabricante.
corretamente dispositivos (turbina e compressor) que trabalhem em
uma ampla faixa de operações (ampla gama de vazões) com elevada
eficiência.
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2) As perdas de calor seguem a mesma observação, principalmente - Alguns exemplos de turbocompressores veiculares:
quando se utiliza o aftercooler;
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- Também existem as turbinas com - Atualmente o controle eletrônico da movimentação das palhetas das
geometria variável, que oferecem alta turbinas com geometria variável aliada a componentes leves e de
performance para uma faixa ampla de tamanho reduzido (com baixa inércia) permitem a manutenção de
rotações. pressões elevadas na admissão mesmo para baixas rotações.
- A movimentação de palhetas na - Vejamos como fica o escoamento dos gases pela turbina!
carcaça (caracol) da turbina permitem
alterar a geometria e com isso a entrega
de energia cinética dos gases de escape
para o rotor da turbina.
Fonte: https://x-engineer.org/wp-
content/uploads/2018/04/Variable-geometry-
turbocharger-VGT-gasoline-engine.jpg
- Os atuadores
geralmente são
pneumáticos ou
Palhetas mais fechadas – baixas rotações Palhetas mais abertas – altas rotações
eletrônicos. Palhetas mais fechadas – baixas rotações Palhetas mais abertas – altas rotações
Fonte: https://x-engineer.org/wp-content/uploads/2018/04/Variable- Fonte: https://x-engineer.org/wp-content/uploads/2018/04/Variable-
geometry-turbocharger-VGT-narrow-vane-opening.jpg geometry-turbocharger-VGT-wide-vane-opening.jpg Fonte: www.epi-eng.com/images/Engine/turbo_variable_turbine_1.jpg Fonte: www.epi-eng.com/images/Engine/turbo_variable_turbine_2.jpg
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- Algumas aplicações: - Há também o Pro Charger, que é uma variação das duas
combinações já mencionadas.
- Ele utiliza um compressor muito semelhante ao de um
sistema de turbocompressor, mas que é acionado pelo eixo
do motor através de uma correia.
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- Ele utiliza uma caixa de - E.... por que não os dois juntos?
multiplicação para aumentar a
rotação do compressor.
Fonte: www.procharger.com/sites/default/files/procharger_pri_show
_2015_NHRA_Top_dragster_2000hp.jpg
Fonte: www.rodshop.com.au/pub/media/catalog/product/cache/1/image/
Fonte: www.procharger.com/sites/default/files/procharger_pri_show
1000x1320/e9c3970ab036de70892d86c6d221abfe/b/b/bbc_driver_2017_500px.png Fonte: http://cdn1.blog.powerblocktv.com/wp-content/gallery/powerblock-auto-news-photos/twincharger.jpg
_2015_badfish_supercharged_barracuda_front.jpg
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16. Novas tecnologias em motores - Assim, neste breve capítulo veremos algumas tecnologias que
- Vimos que a eletrônica embarcada foi um divisor de tecnologias estão de destacando recentemente.
na instrumentação dos motores. Atualmente todo o controle de 16.1. Motores para veículos híbridos
injeção, ignição, emissão de gases poluentes ao meio ambiente, rede
veicular, etc de um motor moderno passa por centrais eletrônicas que - Sabemos que nos motores de ignição por centelha que
gerenciam mais eficientemente suas funções. trabalham com o ciclo Otto a compressão e a expansão ocorrem
SEMPRE entre os mesmos pontos (entre o PMI e o PMS).
- Esta seria uma grande - Ok, mas.... teria como ser diferente disso? Ahhh.....
revolução tecnológica a
ser apresentada, mas
já sabemos que ela não
é novidade!
- Exemplo de um diagrama de
circuito eletrônico impresso
moderno de uma unidade de
controle de um motor.
Rá-Tim-Bum: Senta que lá vem a História - Versão 1
Fonte: http://cmdavio.com/web/wp-content/uploads/2017/09/ricerca-sviluppo-2-cmd-avio-aircraft-engines-
Fonte: www.youtube.com/watch?v=NRaQSS4XnzU
motori-aerei-loncin-produzione-vendita-caserta-campania-made-in-italy.jpg
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- O que esse fechamento tardio da válvula de admissão causa? - Assim, o ciclo Atkinson (sem o uso de turbocompresor) é mais
eficiente que o ciclo Otto, mas gera menos potência, sendo
geralmente utilizado atualmente em veículos híbridos, onde um
motor elétrico auxilia o motor de combustão interna (que
carrega as baterias) nos momentos de maior exigência.
- E como ficariam estes ciclos teóricos ideais? - O Toyota Prius 2019 utiliza o sistema Hybrid Synergy Drive, que
combina dois motores: um a gasolina, com 1,8 litros VVT 16V DOHC,
com potência de 98 cv e torque 14,2 kgfm; e outro elétrico, de 72 cv e
torque 16,6 kgfm. Fonte: www.toyota.com.br/modelos/prius
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- A Volkswagen prefere fechar antes do PMI a válvula de 16.2. Motores com taxa de compressão variável
admissão, trazendo consigo os mesmos efeitos (uma compressão
menor do que a expansão), sendo este chamado de ciclo Budack. - Vimos que a eficiência de um ciclo teórico ideal é diretamente
influenciada pela taxa de compressão, sendo que o motor Otto é
- Ela utiliza esta tecnologia na Tiguan 2018, por exemplo. aquele que possui a maior eficiência térmica ideal para uma mesma
taxa de compressão.
Fonte: www.interlagos.net/wp-content/uploads/2017/
06/Volkswagen-Tiguan-Allspace-2018-1.jpg
- Fonte: www.nissanusa.com/vehicles/cars/altima.html
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Fonte: https://crdms.images.consumerreports.org/
c_lfill,w_720,q_auto,f_auto/prod/cars/cr/model-years/9215-2019-nissan-altima
Fonte: www.canaldapeca.com.br/blog/wp-content/
uploads/sites/19/2018/04/Infiniti-Valve-Compression-Blacktext.gif
Fonte: http://2017releasedates.com/wp-content/uploads/2019-Infiniti-QX50d.jpg
- Fonte: www.infinitiusa.com/infiniti-now/technology/vc-turbo-engine.html
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Nissan VC-Turbo engine optimizes power and efficiency - Em 2016 foi a vez da Renault.
Fonte: www.youtube.com/watch?v=j0An3RbXcPg
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- A empresa Mahle possui uma patente deste tipo de tecnologia, que - E como é a arquitetura deste sistema?
ela chama de Jet Ignition, mas o
Pré-câmara DI
(até 3% da energia total
Câmara principal PFI ou DI
Fonte: www.mahle-powertrain.com/en/experience/mahle-jet-ignition/ (~97% da energia total do
do combustível)
combustível)
Fonte: www.mahle-powertrain.com/media/mahle-powertrain/experience/mahle-
jet-ignition/mahle-jet-ignition-product-information.pdf
Fonte: www.energy.gov/sites/prod/files/2015/06/f23/ace087_bunce_2015_o.pdf
pobre, otimizando a queima. - Obviamente que a FIA impõe uma série de restrições às
equipes: a ignição tem que iniciar por uma centelha, não
- Parece simples, mas seu acerto é bastante difícil! pode haver maior número de válvulas injetoras, etc...
Fonte: www.mahle-powertrain.com/media/mahle-
powertrain/experience/mahle-jet-ignition/mji4_textimage.png
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- A empresa MAN também utiliza esta tecnologia! - Caso os alunos se interessem pelo assunto, os mesmos são
incentivados a assistirem estes vídeos em casa!
Mercedes TJI
Fonte: www.youtube.com/watch?v=oHJWPFoE5uY
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What Do 37 Million F1 Ignitions Look Like? (1/4) How Does it Work? Mercedes F1 Turbo Explained! (2/4)
Fonte: www.youtube.com/watch?v=Cx4HMSNx_MY Fonte: www.youtube.com/watch?v=l2_eTLCz_3I
Mercedes F1 car powers 10,000 Light Bulbs (3/4) How do the Mercedes F1 Power Unit electronics work? (4/4)
CVCCの解説と久米是志氏が語るCVCC開発秘話
Fonte: www.youtube.com/watch?v=8z1Gdg_kDXM Fonte: www.youtube.com/watch?v=7nzAUYqGkug
Fonte: www.youtube.com/watch?v=IuVsUgCO_sI
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Fonte: www.nissan-global.com/EN/TECHNOLOGY/OVERVIEW/vvel.html NISSAN VVEL (Variable Valve Event and Lift system)
Fonte: www.youtube.com/watch?v=WHNRxWa3-08
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- Referências:
ATENÇÃO:
● Heywood, J. B. Internal Combustion Engine - Fundamentals, Mcgraw-
Hill, New York, 960 p., 1988 (ISBN: 978-0070286375).
- O conteúdo para a terceira prova (P3) vai até aqui!
● Taylor, C.F. Análise dos Motores de Combustão Interna, Vol. 1, Editora
- Conforme o nosso cronograma, a P3 está marcada para o dia Edgard Blucher, São Paulo, 558 p., 1988.
10/07/2019, quarta-feira, na nossa sala e horário habituais. Não se
atrase! ● Taylor, C.F. Análise dos Motores de Combustão Interna, Vol. 2, Editora
Edgard Blucher, São Paulo, 531 p., 1988.
- INSTRUÇÕES: A prova é individual e sem consulta. A ● Giacosa, D. Motores Endotérmicos, Ediciones Omega, Barcelona,
interpretação das questões e o tempo de duração da prova fazem 876 p., 1988 (ISBN: 9788428208482).
parte da avaliação. É proibido o uso de telefone celular,
smartphone ou smartwatch durante a prova. As respostas devem ● Bosch, Manual de Tecnologia Automotiva, Editora Blucher, São Paulo,
ser obrigatoriamente a caneta azul ou preta (não escreva na cor 1232 p., 2006 (ISBN: 9788521203780).
vermelha, pois esta cor é utilizada pelo professor na correção das ● Bosch, Automotive Electric/Electronic Systems, SAE International,
provas). É terminantemente proibida toda e qualquer consulta ao 347 p., 1988 (ISBN: 978-0898835090).
professor durante a prova! Escreva suas suposições na prova!
● William, B. R. e Mansour, N. P. Understanding Automotive Electronics,
Newnes, Indiana, 470 p., 2003 (ISBN: 9780750675994).
- Bons estudos e boa prova!
- Referências:
● Guibet J. C., Fuels and Engines, Vol. 1, Editions Technip, Paris, 456 p.,
1999 (ISBN: 9782710807537).
● Guibet J. C., Fuels and Engines, Vol. 2, Editions Technip, Paris, 448 p.,
1999 (ISBN: 9782710807544).
● Owen, K.,Coley, T. e Weaver, C. S. Automotive Fuels Reference Book,
SAE International, Warrendale, 976 p., 1995, (ISBN: 9781560915898).
● Lenz, H. P. Mixture Formation in Spark-Ignition Engines, Springer-
Verlag, New York, 400 p., 1992 (ISBN: 9783709166925).
● Plint, M. J e Martyr, T. Engine Testing: Theory and Practice, 3rd Edition,
SAE International, Burlington, 464 p., 2007 (ISBN: 9780768018509).
● Brunetti, F. Motores de Combustão Interna, Vol. 1, Editora Blucher, São
Paulo, 553 p., 2012 (ISBN: 9788521207085).
● Brunetti, F. Motores de Combustão Interna, Vol. 2, Editora Blucher, São
Paulo, 486 p., 2012 (ISBN: 9788521207092).
50