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Como Melhorar Seus Ritmos No Violao
Como Melhorar Seus Ritmos No Violao
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Explicando… Eu já vi muito isso… o estudante quer fazer o ritmo exatamente como ele
é. Ou seja, como é feito na música original. Hora de você perguntar: “Peraí… mas isso é
errado?”.
Não, não é errado, claro. Se o ritmo é aquele… Porém, existem ritmos bastante
complexos, que exigem uma prática que talvez você ainda não tenha. E mais… exigem
que você treine o ritmo à parte, antes de sair “tocando”.
Num compasso 4 x 4, o ritmo mais básico seria tocar 4 vezes as cordas de cima para
baixo apenas. Uma batida em cada tempo. Pode parecer até meio ingênuo, mas é daí que
você vai tirar os outros ritmos. Simplesmente adicionando e eliminando passos.
Experimente, por exemplo, tocar exatamente isso, 4 vezes para baixo, contando 1, 2, 3,
4… Pausadamente, mantendo o mesmo tempo entre todas as batidas.
Depois faça quase a mesma coisa, deixando de tocar em um dos tempos. Por exemplo:
Conte 1, 2, 3, 4… mas toque apenas 1, 2, …, 4. Ou seja, deixe de tocar a batida 3.
Faça isso com os demais tempos. Parece fácil? Hehehe… faça aí. Eu quase aposto que
na segunda vez em que for tocar eliminando um dos tempos, há grandes possibilidades
de você errar.
Assim mesmo acontece com os ritmos que você tenta tocar em suas músicas preferidas.
Uma hora você toca certas batidas em certos tempos. Na outra, esquece de uma batida
ou acrescenta outra.
Isso é perfeitamente normal, acontece com quase todo mundo. Por isso, não fique
preocupado.
Há algum tempo, eu escrevi este artigo sobre ritmo, que pode ajudar bastante.
Este – na minha opinião – pode ser outro problema. Muita gente acha que é “mais
bacana” tocar com palheta. Porque os caras lá no Youtube ou na TV tocam com palheta
e tal.
Porém, um profissional não toca com palheta porque é bacana. Ou com os dedos porque
não sabe tocar com palheta. Na maioria das vezes, é apenas uma questão de técnica. De
tipo de instrumento, etc.
O problema, para um iniciante ou intermediário, é que a palheta não tem tato. Os seus
dedos sim. Experimente tocar com os dedos e verá que fica mais fácil sentir os tempos
das batidas. E também que cordas se está tocando.
Simplifique o ritmo
Resumindo… antes de tentar tocar uma música, procure compreender o ritmo. Com
ritmos mais complicados, tente simplificar. Encontre as batidas básicas do ritmo e tente
tocar somente aquelas batidas. Isso ajuda você a encontrar o caminho para fazer – mais
tarde – o ritmo original.
E mais… Você não precisa fazer necessariamente o ritmo igualzinho ao original. Tente
chegar o mais perto possível. Contanto que o resultado final seja razoável, qual é o
problema?
Enfim… o negócio é treinar. E sem pular etapas.
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Se este é o seu caso, não se desespere. Vá com calma e trabalhe a deficiência. Separe
um tempo de seus estudos para treinar e assimilar tempos, ritmos e batidas.
Quem tem dificuldade com ritmos não deve querer sair fazendo estrepolias, tocando
ritmos complicados. é caminho certo para a frustração. Treine bastante com ritmos
básicos, bem simples primeiro. Quando estiver no domínio completo destes, vá
aumentando a complexidade gradativamente.
Não adianta nada querer tocar uma música complicada se não se consegue nem tocar
uma simples.
Toque sem cantar
Coloque a música para rodar (áudio ou video) e toque junto, sem cantar. Cantar junto só
vai complicar a guerra.
Use o polegar para as cordas de baixo, indicador para tempos intermediários e as costas
da mão para os tempos 2 e 4 (veja o próximo item).
A bateria ajuda muito a manter o ritmo. Se você pega uma música só com violão e voz,
fica mais complicado. Preste atenção nos tempos principais da bateria. Normalmente
temos: tempos 1 e 3 = bumbo, sendo o tempo 1 mais marcante. O bumbo no tempo 1 é
equivalente Tempos 2 e quatro = caixa. Cimbal (ou chimbau) = tempos intermediários.
Muita gente tem uma reação automática para a música. Bater o pé no ritmo. Use este
recurso. Para alguns funciona. Faça um “acôrdo” com seu pé: bater forte no tempo 1 e
só mexer (sem bater) nos outros três tempos. Dessa maneira você tem mais um
elemento te ajudando a marcar o tempo.
É claro que pode dar confusão, para alguns. Um amigo meu ficou bravo comigo depois
de tentar isso: “Cara, agora lascou! Quando começo a bater o pé, esqueço da mão!!!”. É
mais ou menos o que acontece quando se começa a prender bateria. Se você não
conseguir um acôrdo com seus pés de jeito nenhum, deixe pra lá. Há outros meios.
Coloque uma música (simples, não esqueça…) para tocar e tente contar o tempo. Você
vai perceber: o tempo mais forte, com uma só batida de bumbo é o tempo 1. Vá
contando: 1, 2, 3, 4. Ou melhor, acrescentando os tempos intermediários: 1 e 2 e 3 e 4
e… (fale os números e a letra “e” também).
1 e 2 e 3 e 4 e
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Ouça o exemplo abaixo, em que gravei um dedilhado e uma batida simples com um
ritmo básico de bateria. em seguida vem o áudio somente com a bateria, para você
mesmo utilizar.
Somente bateria
É claro que há mais meios para se treinar e eliminar o problema com ritmo. Porém as
idéias acima já são um bom começo. Treine diariamente e verá o problema diminuir
gradativamente.