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RESISTENCIA – 2011

TEMA I: Esforços Solicitantes

1. INTRODUÇÃO: Mecânica das estruturas. Objetivos da Resistência dos Materiais.

 Como os objetos, os elementos, as estruturas ficam em pé?


 Quais as relações entre as cargas aplicadas a um corpo não rígido e as resultantes
solicitações internas e deformações provocadas pelo corpo?
 Quais os materiais e as dimensões dos vários elementos? (projeto)
 O projeto é adequado, é econômico, sem deformações excessivas? É possível a
mudança de uso? (verificação, avaliação)
 3º Princípio da Mecânica Clássica: em cada instante, a ação mecânica de um
corpo sobre um ponto material (ou corpo rígido) pode ser representada por uma
força interativa (vetor aplicado) no ponto ( ou nos pontos do sólido).
 Momento: O momento de uma força interativa ( P, F) em relação a um pólo
(O) é um vetor, passando por O e o seu módulo é definido por M = F.d
 Sinais dos momentos: da convenção na estática dos sistemas coplanares,
momentos no sentido anti-horário são positivos.
 Sistemas mecanicamente equivalentes: se dois sistemas de forças forem
aplicados num mesmo sólido rígido nas mesmas condições iniciais e se o sólido
adquirir o mesmo movimento então os sistemas são mecanicamente
equivalentes.
 Equilíbrio: um sistema está em equilíbrio se as posições de todos os seus pontos
não variarem com o tempo em relação a um mesmo referencial; a resultante das
forças externas é nula e o momento destas forças em relação a um ponto
qualquer do espaço é nulo.
 Movimento de um sistema material plano: combinação de uma translação
com uma rotação.
 Graus de liberdade: é o menor número de parâmetros necessários para definir a
posição do sólido; o sistema plano possui três graus de liberdade pois pode-se ter
três movimentos: translação horizontal, translação vertical e rotação.

2. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS E DOS ESFORÇOS

 ELEMENTOS ESTRUTURAIS:

 Barras: só transmitem esforços que tenham a direção de seus eixos


longitudinais (transmite força, define distância entre seus pontos extremos)
 Chapas: transmitem quaisquer esforços (três no plano e seis no espaço) (barra
geral)
 Nó: articulações em que são juntadas várias barras pelas suas extremidades s

 ESFORÇOS EXTERNOS:

 Esforços externos ativos: carregamentos que exigem a construção de uma


estrutura que os suporte; exemplos: o peso de objetos e pessoas sobre uma laje, a
pressão do vento sobre um telhado, a pressão da água sobre as paredes de uma
caixa d’água, o peso próprio de uma ponte.
 Esforços externos reativos: introduzidos pelos apoios

 APOIOS: dispositivos que ligam pontos do sistema a outros sistemas


impedindo determinados movimentos; o número de reações é igual ao número
de movimentos que impedem.
 VÍNCULOS: cada uma das restrições impostas por um apoio; o número de
vínculos é o número de reações.

a) vínculos planos

 Articulação móvel ( apoio móvel ou apoio simples): impede a translação na


direção normal à reta de vinculação.

 Articulação fixa (apoio fixo): impede a translação (por exemplo, decomposta na


horizontal e vertical)
 Engastamento fixo: impede a translação e a rotação

 Engastamento móvel: impede a rotação e a translação numa direção.

b) vínculos espaciais

 Apoio móvel

 Apoio sobre rolo


 Engastamento

 CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS:

Isostática: estrutura cujos vínculos impedem que ela se


movimente; o número de vínculos é o estritamente necessário
para impedir movimento

Hipostática: estrutura que pode apresentar movimento; o número


de vínculos é menor que o número necessário

Hiperestática: estrutura que não pode apresentar movimento


mesmo retirando-se algum vínculo; grau de hiperestaticidade é o
número máximo de vínculos que podem ser suprimidos sem que
se torne hipostática (g = v – 3 ); o número de vínculos é maior
que o número necessário

Isostática

Hipostática
Hiperestática

 CLASSIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS:

 Esforços reativos (reações de apoio) de uma estrutura (conjunto de partes


resistentes de uma construção) isostática são determinados em função dos
esforços ativos (cargas externas aplicadas) apenas com as equações de equilíbrio
da estática dos corpos rígidos.
 Esforços solicitantes são esforços (efeitos) internos:

o Força normal (N), perpendicular à seção


o Força cortante (V), no plano da seção
o Momento fletor (M), no plano perpendicular à seção
o Momento torçor (T), no plano da seção

3. ESFORÇOS NA ESTRUTURA: Estruturas isostáticas. Determinação dos


esforços reativos e solicitantes.
 CONVENÇÃO DE SINAIS DOS ESFORÇOS:
No nosso curso, os
eixos serão adotados
desta maneira.

Inicialmente, consideraremos carregamentos apenas no plano vertical.

4. DIAGRAMAS DOS ESFORÇOS SOLICITANTES: Linhas de estado. Vigas


retas. Vigas poligonais. Vigas curvas. Pórticos.

Exemplos básicos:

1)Força normal N
2) Momento fletor M

3) Momento torçor T
4) Força cortante V

5) Momento fletor e força cortante


FAQ ) Qual a relação entre a carga distribuída p, a força cortante V e o momento
fletor M atuantes neste plano?

1) V – P.dx – (V + dV) = 0 =>V - P.dx – V – dx = 0

=> dV = - P.dx =>dV/dx = - P

2) M + V.dx + -P.dx.dx/2 – (M + dM) = 0 => M + V.dx – P.dx.dx/2 – M – dM = 0

=>dM = V.dx =>dM/dx = V

1. Leis de Newton

(Isaac Newton - 1642 - 1727)

Primeira Lei

"Qualquer corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme a menos que


alguma força seja aplicada sobre ele."

Pergunta: os carregamentos não exercem uma força sobre a estrutura? Resposta: Sim
Pergunta: a estrutura deixa de estar em repouso? Resposta: Não
Pergunta: o que acontece?

Segunda Lei

"A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força aplicada sobre ele e inversamente
proporcional à sua massa."

a=F/m F=m.a

Terceira Lei

"A toda ação, corresponde uma reação igual e contrária."

Resposta à última pergunta da Primeira Lei: do ponto de vista estrutural, a toda ação
(carregamentos, na maioria para baixo), corresponde uma reação igual e contrária (para cima).
Logo: a resultante é nula e consequentemente a estrutura está em repouso.

Exemplo:

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