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Boletim #7 de 1999
Boletim #7 de 1999
BOL. TRAB. EMP. 1.A SÉRIE LISBOA VOL. 66 N.o 7 P. 379-654 22-FEVEREIRO-1999
ÍNDICE
Regulamentação do trabalho:
Pág.
Despachos/portarias:
...
Portarias de extensão:
...
— AE entre a Portucel Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S. A., e a FETESE — Feder. dos Tra-
balhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381
— AE entre a Portucel Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S. A., e o SETAA — Sind. da Agricultura,
Alimentação e Florestas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 404
— AE entre a Portucel Industrial — Empresa Produtora de Celulose, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores
de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 426
— AE entre a Portucel Tejo — Empresa de Celulose do Tejo, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores
de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 468
— AE entre a Portucel Viana — Empresa Produtora de Papéis Industriais, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos
Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 508
— AE entre a Portucel Recicla — Indústria de Papel Reciclado, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores
de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 549
— AE entre a Portucel Embalagem — Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S. A., e a FETESE — Feder. dos
Sind. dos Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 585
— AE entre a PORTUCEL — Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind.
dos Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 625
da
— AE entre a VIDRARTE — Armando Barbosa & Carneiro, L. , e a FETICEQ — Feder. dos Trabalhadores das Ind.
Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química — Alteração salarial e outra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 652
— AE entre a Cerâmica de Conímbriga, Lameiro, Gonçalves & C.a, L.da, e o SINTICAVS — Sind. Nacional dos Trabalhadores
das Ind. de Cerâmica, Cimentos, Abrasivos, Vidro e Similares — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 653
— AE entre a CIMPOR — Indústria de Cimentos, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos trabalhadores de Escritório
e Serviços e outros — Rectificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 653
SIGLAS ABREVIATURAS
CCT — Contrato colectivo de trabalho. Feder. — Federação.
ACT — Acordo colectivo de trabalho. Assoc. — Associação.
PRT — Portaria de regulamentação de trabalho. Sind. — Sindicato.
PE — Portaria de extensão. Ind. — Indústria.
CT — Comissão técnica. Dist. — Distrito.
DA — Decisão arbitral.
AE — Acordo de empresa.
Composição e impressão: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, E. P. — Depósito legal n.o 8820/85 — Tiragem: 3500 ex.
DESPACHOS/PORTARIAS
...
PORTARIAS DE EXTENSÃO
...
Cláusula 3.a
CAPÍTULO I
Preenchimento de postos de trabalho
Área, âmbito e vigência
A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou
Cláusula 1. a postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço,
desde que estes reúnam as condições necessárias para
Área e âmbito esse preenchimento.
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o
território nacional e obriga, por um lado, a Portucel Cláusula 4.a
Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-Flores-
tal, S. A., e, por outro, os trabalhadores ao seu serviço Admissões
membros das organizações sindicais outorgantes. 1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con-
Aos trabalhadores rurais contratados para actividades dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula-
sazonais ou outras será aplicado o estatuto regulador mentação interna da Empresa.
das relações de trabalho rural, nos termos da legislação
específica. 2 — Toda e qualquer admissão será precedida de
Cláusula 2.a exame médico adequado, feito a expensas da Empresa.
Vigência, denúncia e revisão
3 — No acto de admissão a Empresa fornecerá ao
1 — O processo de negociação processar-se-á nos ter- trabalhador cópias do presente acordo e dos regula-
mos da legislação aplicável. mentos internos da Empresa.
2 — O presente acordo de empresa vigorará pelo 4 — A Empresa não deverá, em regra, admitir tra-
prazo de dois anos. balhadores reformados.
1 — A Empresa diligenciará reconverter, para função 6 — O disposto no número anterior não é aplicável
compatível com as suas capacidades, os trabalhadores às situações de promoção de praticantes, estagiários ou
parcialmente incapacitados por motivo de acidente de aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na
trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos- Empresa dentro da sua carreira profissional e, ainda,
sível, a Empresa informará, por escrito, o trabalhador às promoções automáticas.
interessado das razões dessa impossibilidade.
2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a 7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro-
remuneração base estabelecida para a sua nova cate- moções automáticas serão contados desde o início do
goria, sem prejuízo do número seguinte. desempenho de funções ou desde a última promoção
na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso
3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de algum, mais de uma promoção por efeito da entrada
remuneração base do trabalhador reconvertido, remu- em vigor deste acordo.
5 — Nos casos de urgência, a comunicação a que se 5 — Para o exercício da acção sindical na Empresa,
refere o número anterior deverá ser feita com a ante- é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um
cedência possível. dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa
qualidade.
6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza- 6 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men-
ções sindicais respectivas e os seus representantes que sal de 10 horas aos delegados que façam parte da CI.
não trabalhem na Empresa podem, desde que devida-
mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar 7 — Os delegados que pertençam simultaneamente
nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente
a antecedência mínima de seis horas. pelo número anterior.
2 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser- 6 — Quanto às férias pretendidas fora do período
vado em outro dia com significado local no período indicado no número anterior, consideram-se marcadas
da Páscoa e em que acordem a Empresa e a maioria também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada
dos trabalhadores adstritos a um mesmo local de ano a Empresa não se manifestar expressamente em
trabalho. contrário.
3 — Em substituição dos feriados de terça-feira de
Carnaval e municipal, poderá ser observado, a título 7 — Na falta de acordo, caberá à Empresa a elabo-
de feriado, qualquer outro dia em que acordem a ração do mapa de férias, nos termos da lei.
Empresa e a maioria dos trabalhadores adstritos a um
mesmo local de trabalho. 8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro.
Cláusula 39.a
Férias
9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencentes ao
mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre
1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm que possível, a faculdade de gozar as suas férias
direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da simultaneamente.
retribuição, um período de férias igual a 23 dias úteis
em 1997 e 24 dias úteis a partir de 1998, salvo o disposto 10 — Sempre que as conveniências de produção o
nos números seguintes. justifiquem, poderá a Empresa, mediante autorização
dos serviços competentes do Ministério para a Qua-
2 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer lificação e o Emprego, substituir o regime fixado, pelo
no 1.o semestre do ano civil, o trabalhador tem direito, encerramento total ou parcial dos serviços da Empresa
após um período de 60 dias de trabalho efectivo, a um até 20 dias.
período de férias de oito dias úteis.
Cláusula 45.a
Cláusula 42.a
Efeitos da cessação do contrato de trabalho
Alteração ou interrupção do período de férias
1 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquer
1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
forma, o trabalhador terá direito a receber a retribuição
sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
correspondente a um período de férias proporcional ao
início, esteja temporariamente impedido por facto que
tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem
não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
como ao respectivo subsídio.
ou serviço militar.
2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul- 2 — Se o contrato cessar antes de gozado o período
tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito de férias vencido no início desse ano o trabalhador terá
a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri- ainda direito a receber a retribuição correspondente a
buição correspondente ao período de férias não gozado esse período, bem como o respectivo subsídio.
e respectivo subsídio.
Cláusula 46.a
3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
Empresa, por exigências imperiosas do seu funciona- Violação do direito a férias
mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba-
lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja No caso de a Empresa obstar ao gozo das férias nos
sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente termos previstos no presente acordo, o trabalhador rece-
as férias na época fixada. berá, a título de indemnização, o triplo da retribuição
correspondente ao período em falta, que deverá obri-
4 — A alteração e a interrupção das férias não pode- gatoriamente ser gozado no 1.o trimestre do ano civil
rão prejudicar o gozo seguido de 10 dias úteis con- subsequente.
secutivos.
Cláusula 47.a
a
Cláusula 43. Exercício de outra actividade durante as férias
Doença no período de férias
1 — O trabalhador não pode exercer durante as férias
1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o qualquer outra actividade remunerada, salvo se já a
período de férias, são as mesmas suspensas desde que viesse exercendo cumulativamente com conhecimento
a Empresa seja do facto informada. O gozo das férias da Empresa ou esta o autorizar a isso.
prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que
as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após 2 — A contravenção ao disposto no número anterior
a alta. tem as consequências previstas na lei.
1 — Consideram-se justificadas, nos termos da lei e 1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas
deste acordo, as seguintes faltas: ao superior hierárquico com a antecedência mínima de
cinco dias.
a) As dadas por altura do casamento, até 11 dias
seguidos, excluindo os dias de descanso inter- 2 — Quando imprevisíveis, serão obrigatoriamente
correntes; comunicadas logo que possível.
b) As dadas por falecimento de cônjuge não sepa-
rado de pessoas e bens, pessoa que viva em situa- 3 — O não cumprimento do disposto nos números
ção análoga à do cônjuge, ou pais, filhos, sogros, anteriores torna as faltas injustificadas.
genros, noras, padrasto, madrasta e enteados,
até cinco dias consecutivos; 4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus-
c) As dadas por falecimento de avós, bisavós e tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados
graus seguintes e afins dos mesmos graus, para a justificação.
irmãos ou cunhados ou ainda de pessoa que
viva em comunhão de vida e habitação com o Cláusula 51.a
trabalhador até dois dias consecutivos;
d) As motivadas por prática de actos necessários Consequências das faltas justificadas
e inadiáveis no exercício de funções em asso- 1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de
ciações sindicais ou instituições de previdência quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea-
e na qualidade de delegado sindical ou de mem- damente de retribuição, salvo o disposto no número
bro da comissão de trabalhadores, nos termos seguinte.
da lei;
e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra- 2 — Determinam perda de retribuição as seguintes
balho, devido a facto que não seja imputável faltas ainda que justificadas:
ao trabalhador, nomeadamente doença, aci-
dente ou cumprimento de obrigações legais, a) As previstas na alínea d) do n.o 1 da cláu-
conforme convocatória ou notificação expressa sula 49.a, salvo tratando-se de faltas dadas por
das entidades competentes; membros de comissões de trabalhadores, mem-
f) As motivadas por necessidade de prestação de bros da direcção das associações sindicais e dele-
assistência inadiável e imprescindível a mem- gados sindicais no exercício das suas funções,
bros do seu agregado familiar, conforme cer- dentro do respectivo crédito de horas;
tidão médica invocando o carácter inadiável e b) As previstas na alínea f) do n.o 2 da cláusula 49.a
imprescindível da assistência; para além de dois dias em cada situação;
g) As motivadas pela prestação de provas em esta- c) As dadas por motivo de doença, desde que o
belecimento de ensino; trabalhador tenha direito ao subsídio de segu-
h) As dadas por ocasião de nascimento de filhos, rança social respectivo;
por dois dias, no período de um mês, contado d) As dadas por motivo de acidente de trabalho,
desde a data do nascimento; desde que o trabalhador tenha direito a qual-
i) As dadas por trabalhadores que prestam serviço quer subsídio ou seguro.
em corpo de bombeiros voluntários ou de socor-
ros a náufragos, pelo tempo necessário a acorrer Cláusula 52.a
ao sinistro ou acidente; Faltas injustificadas
j) As motivadas por doação de sangue a título gra-
cioso, a gozar no dia da doação ou no dia ime- 1 — Consideram-se injustificadas as faltas não con-
diato, até ao limite de um dia por cada período templadas na cláusula 49.a, bem como as que não forem
de três meses; comunicadas nos termos da cláusula 50.a
l) As dadas até quarenta e oito horas em cada
ano civil, para tratar de assuntos de ordem par- 2 — Nos termos das disposições legais aplicáveis, as
ticular, sem necessidade de justificação, não faltas injustificadas determinam sempre perda da retri-
Cláusula 57.a
a
Cláusula 53.
Tempo, local e forma de pagamento
Efeitos das faltas no direito a férias
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até
1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei.
a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
seguinte.
Cláusula 58.a
2 — Nos casos em que as faltas determinem perda
de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba- Determinação da retribuição horária
lhador expressamente assim o preferir, por perda de 1 — O valor da retribuição horária para todos os efei-
dias de férias na proporção de um dia de férias por tos deste acordo será calculado pela aplicação da fór-
cada dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo mula seguinte:
efectivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis
se se tratar de férias no ano de admissão. (Rem. base + Diut. + IHT) × 12
Período normal de trabalho semanal × 52
Cláusula 71.a
Cláusula 67.a
Infracção disciplinar
Subsídio de infantário
1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul-
1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a posa pelo trabalhador dos deveres que lhe são impostos
frequência de infantário ou a utilização dos serviços de pelas disposições legais aplicáveis e por este acordo.
ama, contra recibo dentro dos seguintes valores:
Infantário — 9105$; 2 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos
Ama — 5928$. 30 dias sobre a data em que a alegada infracção for
do conhecimento do conselho de administração ou de
2 — Não serão consideradas, para efeitos do número quem for por este delegado para o exercício da acção
anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali- disciplinar.
mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência Cláusula 72.a
do infantário ou utilização dos serviços de ama. Poder disciplinar
3 — Têm direito ao subsídio de infantário ou ama 1 — A Empresa tem poder disciplinar sobre os tra-
as mães e ainda os viúvos, divorciados ou separados balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo
judicialmente a quem tenha sido atribuído com carácter com as normas estabelecidas no presente acordo e na
de exclusividade o poder paternal e que tenham a seu lei.
2 — Até prova em contrário, presumem-se abusivos 1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos
o despedimento ou a aplicação de qualquer sanção que, especiais:
sob a aparência de punição de outra falta, tenham lugar a) Durante o período de gravidez, e até seis meses
até seis meses após qualquer dos factos mencionados após o parto ou aborto clinicamente compro-
nas alíneas a), b) e d) do número anterior, ou até um vado, não executar tarefas desaconselhadas por
ano após o termo do exercício das funções referidas indicação médica, devendo ser imediatamente
na alínea c), ou após a data de apresentação da can- transferidas para trabalhos que as não preju-
didatura a essas funções, quando as não venha a exercer, diquem, sem prejuízo da retribuição do tra-
se já então, num ou noutro caso, o trabalhador servia balho;
a Empresa. b) Cumprir um período de trabalho diário não
superior a sete horas, quando em estado de gra-
3 — É também considerado abusivo o despedimento videz; no caso de prestação de trabalho normal
da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante nocturno, essa redução incidirá obrigatoria-
a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela mente sobre o período nocturno;
e este sejam conhecidos da Empresa. c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por
motivo de consultas médicas pré-natais devida-
mente comprovadas, quando em estado de
Cláusula 76.a gravidez;
d) Gozar por ocasião do parto uma licença em con-
Consequências gerais da aplicação de sanções abusivas formidade com o disposto na lei, que poderá
ter início um mês antes da data prevista para
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva nos o parto;
casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior, e) Em caso de hospitalização da criança a seguir
indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito, ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper
com as alterações constantes dos números seguintes. a licença de parto, desde a data do internamento
da criança até à data em que esta tenha alta,
2 — Se a sanção consistir no despedimento, a indem- retomando-a a partir daí até ao final do período;
nização não será inferior ao dobro da fixada na lei para este direito só pode ser exercido até 12 meses
despedimento nulo, sem prejuízo do direito do traba- após o parto;
f) Interromper o trabalho diário por duas horas,
lhador optar pela reintegração na Empresa, nos termos
repartidas pelo máximo de dois períodos, para
legais.
prestar assistência aos filhos, até 12 meses após
o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos
3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não referidos nesta alínea podem ser utilizados no
será inferior a dez vezes a importância da retribuição início ou antes do termo de cada dia de trabalho;
perdida. g) Suspender o contrato de trabalho, com perda
de retribuição, pelo período de seis meses, pror-
Cláusula 77.a rogáveis por períodos sucessivos de três meses
até ao limite máximo de dois anos a iniciar no
Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas
termo da licença de parto prevista na alínea d);
h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian-
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva no ças com idade inferior a três anos, uma licença
caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 75.a o de 60 dias a contar do início do processo de
trabalhador terá os direitos consignados na cláusula adopção. Considera-se início do processo de
anterior, com as seguintes alterações: adopção a data em que a criança é entregue
à adoptante pelas entidades competentes;
a) Em caso de despedimento, a indemnização i) Utilizar infantários da Empresa, sendo-lhes, na
nunca será inferior à retribuição correspondente falta destes, atribuído um subsídio nos termos
a um ano; da cláusula 67.a
b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior
são elevados para o dobro. 2 — O regime de dispensa previsto na alínea f) do
número anterior não é acumulável, no mesmo período
2 — Se se tratar de caso previsto no n.o 3 da cláu- de trabalho, com qualquer outro previsto neste acordo.
sula 75.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar
pela reintegração na Empresa, nos termos legais, a Cláusula 79.a
indemnização será o dobro da fixada na lei para des-
Trabalho de menores
pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri-
buições que a trabalhadora teria direito a receber se 1 — Pelo menos uma vez por ano, a Empresa asse-
continuasse ao serviço até final do período aí fixado, gurará a inspecção médica dos menores ao seu serviço,
consoante a que for mais elevada. de acordo com as disposições legais aplicáveis, a fim
2 — Aos trabalhadores estudantes será concedida dis- 5 — O pagamento das despesas referidas no número
pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia anterior será feito pelos valores praticados no ensino
de aulas, quando necessário, para a frequência e pre- público, mediante entrega de comprovativo.
paração destas.
6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
3 — O regime de dispensa previsto no número ante- cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da
rior não é acumulável com qualquer outro regime pre- Empresa, de atribuição de funções ou categoria de
visto neste acordo. acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten-
der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço.
4 — A Empresa facilitará, tanto quanto possível, a Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer
utilização dos seus transportes nos circuitos e horários ao serviço da Empresa por um período mínimo de dois
existentes. anos.
5 — É considerada falta grave a utilização abusiva CAPÍTULO XI
das regalias atribuídas nesta cláusula.
Regalias sociais
Cláusula 81.a
Outras regalias de trabalhadores-estudantes
Cláusula 82.a
1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula depende do reconhecimento por parte da Regalias sociais
Empresa do interesse do curso frequentado para a car-
reira profissional do trabalhador nesta, bem como da 1 — A Empresa garantirá a todos os seus trabalha-
verificação das condições de aproveitamento previstas dores, nas condições das normas constantes de regu-
no n.o 2. lamento próprio que faz parte integrante deste acordo,
as seguintes regalias:
2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula está ainda dependente da verificação cumu- a) Seguro social;
lativa das seguintes condições: b) Complemento de subsídio de doença e acidentes
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo de trabalho;
do curso frequentado ou no mesmo número de c) Subsídio de casamento;
disciplinas quando em anos sucessivos; d) Subsídio especial a deficientes;
b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos, e) Complemento de reforma;
dois terços do número de disciplinas do ano f) Subsídio de funeral.
em que se encontrava anteriormente matri-
culado. 2 — O regime global de regalias sociais previsto no
número anterior substitui quaisquer outros regimes par-
3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen- ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a
tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à
previstas nesta cláusula os trabalhadores que: renúncia expressa por parte dos trabalhadores, a esses
a) Não obtenham aproveitamento em qualquer regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato
disciplina por falta de assiduidade; individual de trabalho.
C) Trabalhadores agro-florestais
9 Operador agro-florestal do grau IV –
Técnico agro-florestal e operador agro-florestal 10 Operador agro-florestal do grau III 5
11 Operador agro-florestal do grau II 4
12 Operador agro-florestal do grau I 3
1 — Admissão:
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
profissionais com formação/especialização na actividade Obter mérito e potencial para o desempenho de
agro-silvícola. função de grau superior.
1.2.1 — As condições de admissão dos técnicos agro-
-florestais são as seguintes: 3 — Densidades:
3.1 — Para os técnicos agro-florestais integrados nas
Idade mínima — a exigida na lei; categorias correspondentes aos graus III, IV e V, obser-
Habilitações escolares — curso do ensino secundá- var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
rio (12.o ano) da área de formação adequada ao total do efectivo na carreira:
à função sendo condição preferencial o curso Grau IV e V: 10 %;
via profissionalizante. Grau III: 25 %.
1.2.2 — As condições de admissão dos operadores 3.2 — Para os operadores agro-florestais integrados
agro-florestais são as seguintes: nas categorias correspondentes aos graus III e IV, obser-
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
Idade mínima — a exigida na lei; ao total do efectivo na carreira:
Habilitações escolares — curso do ensino básico Grau IV: 10 %;
(9.o ano) da área de formação adequada à Grau III: 25 %.
função.
Técnico de unidade florestal
2 — Progressão na carreira:
2.1 — A progressão na carreira de técnico agro-flo- 1 — Admissão e período experimental:
restal dependerá da existência cumulativa das seguintes 1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
condições: profissionais de formação académica média/superior,
diplomados em escolas nacionais ou estrangeiras ofi-
Possuir preferencialmente as habilitações escolares cialmente reconhecidas, nomeadamente institutos supe-
definidas no n.o 1.2.1, para acesso aos níveis dos riores e institutos superiores politécnicos.
graus IV e V e o 9.o ano de escolaridade ou equi- 1.2 — Esta condição poderá ser substituída pela par-
valente para os restantes níveis; ticipação obrigatória e com aproveitamento em acções
de formação adequadas.
Esta condição poderá ser substituída pela parti-
1.3 — Na admissão dos trabalhadores integrados
cipação obrigatória e com aproveitamento em
neste grupo será sempre exigido diploma ou documento
acções de formação adequadas; equivalente, e carteira profissional, quando exigido por
Cumprir os seguintes tempos mínimos de per- lei.
manência: 1.4 — O período experimental destes profissionais é
o previsto na lei.
Grupos Tempos 2 — Progressão na carreira:
de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos) 2.1 — O plano de carreira de técnico de unidade flo-
restal compreende três níveis de responsabilidade e de
6 Técnico agro-florestal do grau V ... –
enquadramento.
7 Técnico agro-florestal do grau IV ... 5 2.2 — A progressão na carreira dependerá da exis-
8 Técnico agro-florestal do grau III ... 5 tência cumulativa das seguintes condições:
9 Técnico agro-florestal do grau II ... 4
10 Técnico agro-florestal do grau I ... 3 Mérito profissional no desempenho da função e
potencial para o desempenho de funções mais
Obter mérito e potencial para o desempenho de qualificadas;
função de grau superior. Existência de previsão em dotação;
D) Técnico administrativo/comercial
Grupo 1:
Director de departamento/serviços.
1 — Admissão e período experimental: Técnico superior do grau VI.
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
profissionais que desempenham funções técnicas nas Grupo 2:
áreas de planeamento, investigação operacional, pro-
jecto, produção, conservação, administração, comercial, Chefe de departamento.
recursos humanos e organização e informática. Chefe de região florestal.
1.2 — As condições de admissão destes trabalhadores Técnico superior do grau V.
são as seguintes:
Grupo 3:
Idade mínima — a exigida na lei;
Habilitações escolares — 12.o ano da especialidade Chefe de serviço I.
adequada à função. Delegado florestal.
Técnico superior do grau IV.
1.3 — O período experimental destes profissionais é
o previsto na lei. Grupo 4:
2 — Progressão na carreira:
2.1 — Consideram-se quatro níveis de responsabili- Chefe de serviço II.
dade e de enquadramento desta categoria profissional. Delegado comercial.
2.2 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade Secretário(a) de direcção ou administração do
dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac- grau V.
terização, da existência cumulativa das seguintes con- Técnico administrativo/comercial do grau IV.
dições: Técnico superior do grau III.
Técnico de unidade florestal do grau IV.
Mérito profissional no desempenho da função e
potencial para o desempenho de funções mais Grupo 5:
qualificadas;
Existência de previsão em dotação. Chefe de sector.
Secretário(a) de direcção ou administração do
E) Técnico superior
grau IV.
Técnico administrativo/comercial do grau III.
1 — Admissão e período experimental: Técnico superior do grau II.
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os Técnico de unidade florestal do grau III.
profissionais de formação académica superior, licencia-
tura, diplomados em escolas nacionais ou estrangeiras Grupo 6:
oficialmente reconhecidas, nomeadamente universida- Chefe de secção.
des e institutos superiores e institutos superiores poli- Secretário(a) de direcção ou administração do
técnicos. grau III.
1.2 — Na admissão dos trabalhadores integrados Técnico administrativo/comercial do grau II.
neste grupo será sempre exigido diploma ou documento Técnico agro-florestal do grau V.
equivalente, e carteira profissional, quando exigido por Técnico superior do grau I.
lei. Técnico de unidade florestal do grau II.
1.3 — O período experimental destes profissionais é
o previsto na lei. Grupo 7:
2 — Progressão na carreira:
2.1 — O plano de carreira de técnico superior com- Assistente administrativo do grau V.
preende seis níveis de responsabilidade e de enqua- Secretário(a) de direcção ou administração do
dramento. grau II.
Tabela de remunerações
Grupos de enquadramento Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00
Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços: Para os devidos efeitos se declara que a FETI-
CEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias
António Maria Teixeira de Matos Cordeiro. Cerâmica, Vidreira, Extractriva, Energia e Química
representa a seguinte associação sindical:
Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
Extractiva, Energia e Química: SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia,
Química e Indústrias Diversas.
José Luís Carapinha Rei.
6 — O disposto no número anterior não é aplicável 4 — Nos restantes casos não previstos no número
às situações de promoção de praticantes, estagiários ou anterior, a Empresa só poderá transferir o trabalhador
aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na de local de trabalho de acordo com o regime legal.
Empresa dentro da sua carreira profissional e, ainda,
às promoções automáticas. 5 — No caso de necessidade de transferência, a
Empresa deverá avisar o trabalhador por escrito, com
7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro- a antecedência mínima de 30 dias, salvo se for acordado
moções automáticas serão contados desde o início do entre as partes um prazo menor.
3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular 2 — A direcção interessada deverá comunicar com
livremente em todas as dependências da Empresa, sem um dia de antecedência as datas e o número de dias
prejuízo do serviço e das normas constantes do regu- de que os respectivos membros necessitem para o exer-
lamento de segurança na Empresa. cício das suas funções ou, em caso de impossibilidade,
nos dias úteis imediatos ao 1.o dia em que faltarem.
4 — Os delegados sindicais não podem ser transfe-
ridos de local de trabalho sem seu acordo e sem o prévio 3 — Os membros dos corpos gerentes das associações
conhecimento da direcção do sindicato respectivo. sindicais não podem ser transferidos de local de trabalho
sem o seu acordo.
5 — Para o exercício da acção sindical na Empresa,
é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um Cláusula 26.a
dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa Quotização sindical
qualidade.
A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança
6 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men- das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos
sal de 10 horas aos delegados que façam parte da CI. respectivos, depois de recebidas as declarações indivi-
duais dos trabalhadores.
7 — Os delegados que pertençam simultaneamente
à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente Cláusula 27.a
pelo número anterior.
Direito à greve
8 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
de horas de um delegado sindical seja utilizado por o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados o exercício de tal direito.
que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas.
CAPÍTULO V
a
Cláusula 23. Prestação de trabalho
Número de delegados sindicais
Cláusula 28.a
1 — O número de delegados sindicais de cada sin- Período normal de trabalho
dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão
sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos 1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos
na cláusula anterior, é o previsto na lei. termos da lei e do presente acordo.
1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do 4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra-
início e do termo do período de trabalho diário, bem balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
como a dos intervalos de descanso diários. díveis.
Os trabalhadores que prestem serviço em regime de 3 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
tempo parcial terão direito às prestações complemen- no 2.o semestre do ano civil, o direito a férias só se
tares da sua remuneração base, designadamente diu- vence após o decurso de seis meses completos de serviço
turnidades, na proporção do tempo de trabalho prestado efectivo.
relativamente ao horário de trabalho praticado na
Empresa para os restantes trabalhadores da mesma cate- 4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis
goria profissional em regime de tempo inteiro, sem pre- compreende os dias de semana de segunda-feira a sex-
1 — As férias devem ser gozadas em dias conse- 2 — Terão, porém, direito a acumular férias de dois
cutivos. anos:
a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias
2 — É permitida a marcação de férias num máximo nas Regiões Autónomas da Madeira e dos
de três períodos interpolados, devendo ser garantido Açores;
que um deles tenha a duração mínima de 10 dias úteis b) Os trabalhadores que pretendam gozar férias
consecutivos. com familiares emigrados ou residentes no
estrangeiro.
3 — A marcação do ou dos períodos de férias deve
ser feita por mútuo acordo entre a Empresa e os 3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1.o tri-
trabalhadores. mestre do ano civil imediato:
a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar
4 — Para os efeitos do número anterior, os traba- graves prejuízos à Empresa ou ao trabalhador
lhadores apresentarão à Empresa, por intermédio da e desde que, no primeiro caso, este dê o seu
hierarquia, e entre os dias 1 de Janeiro e 15 de Março acordo;
de cada ano, um boletim de férias com a indicação das b) Quando, após a cessação do impedimento, o
datas em que pretendem o seu gozo. gozo do período de férias exceder o termo do
ano civil, mas apenas na parte que o exceda.
5 — Quando as férias que o trabalhador pretenda
gozar se situem entre 1 de Janeiro e 30 de Abril, con- 4 — Mediante acordo, os trabalhadores poderão
sideram-se marcadas por acordo se, no prazo de 15 dias ainda acumular, no mesmo ano, metade do período de
a contar da apresentação do boletim de férias nos termos férias do ano anterior com o período a gozar nesse ano.
do número anterior, a Empresa não se manifestar em
contrário. Cláusula 42.a
Alteração ou interrupção do período de férias
6 — Quanto às férias pretendidas fora do período
indicado no número anterior, consideram-se marcadas 1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
ano a Empresa não se manifestar expressamente em início, esteja temporariamente impedido por facto que
contrário. não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
ou serviço militar.
7 — Na falta de acordo, caberá à Empresa a elabo-
ração do mapa de férias, nos termos da lei. 2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul-
tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri-
8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar buição correspondente ao período de férias não gozado
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro. e respectivo subsídio.
9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencentes ao 3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre empresa, por exigências imperiosas do seu funciona-
que possível, a faculdade de gozar as suas férias mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba-
simultaneamente. lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja
sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente
10 — Sempre que as conveniências de produção o as férias na época fixada.
justifiquem, poderá a Empresa, mediante autorização
dos serviços competentes do Ministério para a Qua- 4 — A alteração e a interrupção das férias não pode-
lificação e o Emprego, substituir o regime fixado, pelo rão prejudicar o gozo seguido de dez dias úteis con-
encerramento total ou parcial dos serviços da Empresa secutivos.
até 20 dias.
Cláusula 43.a
11 — Para efeitos de processamento, o trabalhador
terá de confirmar à hierarquia e serviço de pessoal a Doença no período de férias
data de entrada em férias até ao dia cinco do mês 1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o
anterior. período de férias, são as mesmas suspensas desde que
a Empresa seja do facto informada. O gozo das férias
12 — O mapa de férias deverá estar elaborado até prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que
15 de Abril de cada ano e estar afixado nos locais de as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após
trabalho entre esta data e 31 de Outubro. a alta.
2 — Não são autorizadas as faltas dadas ao abrigo 4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito
da alínea l) do n.o 1, em antecipação ou prolongamento de desconto de faltas injustificadas é calculado pela fór-
de férias, feriados ou dias de descanso semanal, quando mula da cláusula 58.a
tenham duração superior a quatro horas.
5 — Incorre em infracção disciplinar grave todo o tra-
Cláusula 50.a balhador que:
Participação e justificação de faltas a) Faltar injustificadamente durante três dias con-
secutivos ou seis interpolados num período de
1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas um ano;
ao superior hierárquico com a antecedência mínima de b) Faltar com alegação de motivo de justificação
cinco dias. comprovadamente falso.
2 — Quando imprevisíveis, serão obrigatoriamente
comunicadas logo que possível. Cláusula 53.a
Efeitos das faltas no direito a férias
3 — O não cumprimento do disposto nos números
anteriores torna as faltas injustificadas. 1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito
a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus- seguinte.
tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados
para a justificação. 2 — Nos casos em que as faltas determinem perda
de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
Cláusula 51.a lhador expressamente assim o preferir, por perda de
dias de férias na proporção de um dia de férias por
Consequências das faltas justificadas
cada dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo
1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de efectivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis
quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea- se se tratar de férias no ano de admissão.
damente de retribuição, salvo o disposto no número
seguinte.
Cláusula 54.a
2 — Determinam perda de retribuição as seguintes Impedimentos prolongados
faltas ainda que justificadas:
1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
a) As previstas na alínea d) do n.o 1 da cláu- impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
sula 49.a, salvo tratando-se de faltas dadas por damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente,
membros de comissões de trabalhadores, mem- e o impedimento se prolongue por mais de um mês,
bros da direcção das associações sindicais e dele- cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na
gados sindicais no exercício das suas funções, medida em que pressuponham a efectiva prestação de
dentro do respectivo crédito de horas; trabalho.
b) As previstas na alínea f) do n.o 2 da cláusula 49.a
para além de dois dias em cada situação; 2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
c) As dadas por motivo de doença, desde que o antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
trabalhador tenha direito ao subsídio de segu- lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
rança social respectivo; direito no termo da suspensão.
d) As dadas por motivo de acidente de trabalho,
desde que o trabalhador tenha direito a qual- 3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por
quer subsídio ou seguro. detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão
judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto
Cláusula 52.a no número anterior, salvo se, entretanto o contrato tiver
Faltas injustificadas
sido rescindido com fundamento em justa causa.
4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias, 1 — A Empresa tem poder disciplinar sobre os tra-
sendo nele descontado o valor proporcional ao número balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo
de dias completos de ausência do beneficiário. com as normas estabelecidas no presente acordo e na
lei.
5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo
que a trabalhadora possa utilizar serviços adequados 2 — A Empresa exerce o poder disciplinar por inter-
da Empresa ou logo que o filho perfaça sete anos de médio do conselho de administração ou dos superiores
idade. hierárquicos do trabalhador, mediante delegação
daquele.
Cláusula 77.a
10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
lugar nos três meses subsequentes à decisão. Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas
1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos 3 — Aos trabalhadores com idade inferior a 18 anos
especiais: é proibido:
a) Prestar trabalho durante o período nocturno;
a) Durante o período de gravidez, e até seis meses b) Executar serviços que exijam esforços prejudi-
após o parto ou aborto clinicamente compro- ciais à sua saúde e desenvolvimento físico nor-
vado, não executar tarefas desaconselhadas por mal e ocupar postos de trabalho sujeitos a altas
indicação médica, devendo ser imediatamente ou baixas temperaturas, elevado grau de toxi-
transferidas para trabalhos que as não preju- cidade, poluição ambiente ou sonora e radioac-
diquem, sem prejuízo da retribuição do tra- tividade.
balho;
b) Cumprir um período de trabalho diário não
superior a sete horas, quando em estado de gra- Cláusula 80.a
videz; no caso de prestação de trabalho normal Trabalhadores-estudantes
nocturno, essa redução incidirá obrigatoria-
mente sobre o período nocturno; 1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes
c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por é o previsto na lei, sem prejuízo do disposto no número
motivo de consultas médicas pré-natais devida- seguinte.
mente comprovadas, quando em estado de
gravidez; 2 — Aos trabalhadores estudantes será concedida dis-
d) Gozar por ocasião do parto uma licença em con- pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia
formidade com o disposto na lei, que poderá de aulas, quando necessário, para a frequência e pre-
ter início um mês antes da data prevista para paração destas.
o parto;
3 — O regime de dispensa previsto no número ante-
e) Em caso de hospitalização da criança a seguir
rior não é acumulável com qualquer outro regime pre-
ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper
visto neste acordo.
a licença de parto, desde a data do internamento
da criança até à data em que esta tenha alta,
4 — A Empresa facilitará, tanto quanto possível, a
retomando-a a partir daí até ao final do período; utilização dos seus transportes nos circuitos e horários
este direito só pode ser exercido até 12 meses existentes.
após o parto;
f) Interromper o trabalho diário por duas horas, 5 — É considerada falta grave a utilização abusiva
repartidas pelo máximo de dois períodos, para das regalias atribuídas nesta cláusula.
prestar assistência aos filhos, até 12 meses após
o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos
referidos nesta alínea podem ser utilizados no Cláusula 81.a
início ou antes do termo de cada dia de trabalho; Outras regalias de trabalhadores-estudantes
g) Suspender o contrato de trabalho, com perda
de retribuição, pelo período de seis meses, pror- 1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
rogáveis por períodos sucessivos de três meses cláusula depende do reconhecimento por parte da
até ao limite máximo de dois anos a iniciar no Empresa do interesse do curso frequentado para a car-
termo da licença de parto prevista na alínea d); reira profissional do trabalhador nesta, bem como da
h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian- verificação das condições de aproveitamento previstas
ças com idade inferior a três anos, uma licença no n.o 2.
de 60 dias a contar do início do processo de
adopção. Considera-se início do processo de 2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
adopção a data em que a criança é entregue cláusula está ainda dependente da verificação cumu-
à adoptante pelas entidades competentes; lativa das seguintes condições:
i) Utilizar infantários da Empresa, sendo-lhes, na a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo
falta destes, atribuído um subsídio nos termos do curso frequentado ou no mesmo número de
da cláusula 67.a disciplinas quando em anos sucessivos;
2 — Da aplicação do presente acordo não poderá Chefe de secção. — É o trabalhador que coordena,
resultar baixa de categoria, grau, nível ou classe, apli- dirige e controla o trabalho de um grupo de profissionais
cando-se o regime nele previsto a todos os trabalhadores nos aspectos funcionais e hierárquicos.
ao serviço da Empresa, mesmo que eles estejam a auferir
regalias mais favoráveis, isto, sem prejuízo do reconhe- Chefe de sector. — É o trabalhador que planifica, coor-
cimento dos regimes especiais constantes das cláusu- dena e desenvolve actividades do sector que chefia, asse-
las 59.a e 62.a gurando o cumprimento dos programas e objectivos fixa-
dos superiormente. Orienta nos aspectos funcionais e
ANEXO I hierárquicos os profissionais do sector.
Definição de funções
Chefe de serviço I. — É o trabalhador que estuda, orga-
Assistente administrativo. — É o trabalhador que exe- niza, dirige e desenvolve num ou vários serviços da
cuta tarefas de natureza administrativa requeridas pelas Empresa as actividades que lhe são próprias; exerce,
diferentes actividades em curso; opera equipamento de dentro do serviço que chefia, e nos limites da sua com-
tratamento automático de informação; recebe, trata e petência, funções de direcção, orientação e fiscalização
transmite a informação. Elabora documentos estatísticos de pessoal sob as suas ordens e de planeamento de
e executa operações contabilísticas, de processamento actividades dos serviços, segundo as orientações e fins
e de caixa. Regista o movimento de transacções, manu- definidos. Pode executar tarefas específicas relativas aos
seia e controla valores e numerário. Pode executar as serviços que chefia.
tarefas de tratamento, recepção e expedição de correio.
Pode exercer funções de secretariado, traduzir e retro- Chefe de serviço II. — Definição de funções idêntica
verter documentos. Sob orientação da chefia, pode rea- à de chefe de serviço I.
lizar estudos e análises, prestar apoio técnico a pro-
fissionais de categoria superior e ser-lhe atribuída a che- Delegado comercial. — É o trabalhador que, no
fia de profissionais menos qualificados. âmbito da sua área geográfica de intervenção, e dentro
da política definida, participa na elaboração do orça-
Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe- mento anual de aprovisionamento da matéria-prima
cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun- lenhosa; assegura a sua execução, em conformidade com
cionamento de um escritório, nomeadamente reprodu- as regras e processos estabelecidos; toma, de acordo
ção e transmissão de documentos, estabelecimento de com a direcção, as acções correctoras necessárias; man-
ligações telefónicas e envio, preparação, distribuição e tém conhecimento actualizado sobre o mercado de
Tabela de remunerações
Grupos de enquadramento Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00
A cada remuneração base constante desta tabela sala- 4 — A denúncia pode ser efectuada por qualquer das
rial acresce, para todos os efeitos, a importância de partes decorridos 10 meses sobre a data da entrega para
7180$, referente à integração do subsídio de formação. depósito do acordo ou da respectiva revisão, total ou
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de parcial, anteriormente negociada.
contratação a termo e aos trabalhadores que se encon-
tram em regime de período experimental. 5 — Decorridos os prazos mínimos fixados para a
denúncia, esta é possível a qualquer momento, perma-
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. necendo aplicáveis todas as disposições desta cláusula
Pela Portucel Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S. A.: quando haja prorrogação da vigência do acordo.
(Assinatura ilegível.)
6 — Por denúncia entende-se o pedido de revisão,
Pelo SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas:
feito, por escrito, à parte contrária, acompanhado da
(Assinatura ilegível.)
Joaquim Venâncio. proposta de alteração.
CAPÍTULO I
Área, âmbito e vigência CAPÍTULO II
Preenchimento de postos de trabalho
Cláusula 1.a
Área e âmbito Cláusula 3.a
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o Preenchimento de postos de trabalho
território do continente e obriga, por um lado, a Portucel
Industrial — Empresa Produtora de Celulose, S. A., e A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou
por outro lado, os trabalhadores ao seu serviço membros postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço,
das organizações sindicais outorgantes. desde que estes reúnam as condições necessárias para
esse preenchimento, só recorrendo à admissão do exte-
rior quando estiverem esgotadas todas as possibilidades
Cláusula 2.a de utilização dos seus recursos humanos.
Vigência, denúncia e revisão
3 — A matéria de expressão pecuniária será revista 2 — Toda e qualquer admissão será precedida de
anualmente. exame médico adequado, feito a expensas da Empresa.
1 — As funções de direcção serão exercidas por tra- 4 — As promoções para chefe de serviço ou categoria
balhadores da Empresa em regime de comissão de ser- de grupo de enquadramento igual ou superior serão
viço nos termos da legislação aplicável, sem prejuízo feitas por nomeação.
das situações existentes.
5 — É requisito indispensável para qualquer promo-
2 — A Empresa definirá condições especiais de pro- ção, salvo as previstas no número anterior, a perma-
gressão profissional decorrentes do exercício de funções nência mínima de 18 meses no exercício de funções
com mérito em regime de comissão de serviço. em categoria inferior.
6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza- 7 — Os delegados que pertençam simultaneamente
ções sindicais respectivas e os seus representantes que à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente
não trabalhem na Empresa podem, desde que devida- pelo número anterior.
mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar
nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com 8 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito
a antecedência mínima de seis horas. de horas de um delegado sindical seja utilizado por
1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele 5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei-
que é prestado fora do horário de trabalho. ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como
trabalho suplementar nos casos em que o período pre-
2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado: visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi-
a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés- tes definidos no número anterior. Nos casos em que
cimos eventuais de trabalho; o início e o termo previsíveis do período de trabalho
b) Em caso de força maior, ou quando se torne suplementar coincidam, respectivamente, com o pri-
indispensável para prevenir ou reparar prejuízos meiro ou o último dos limites previstos no número ante-
graves para a Empresa. rior, não será concedido qualquer intervalo para refei-
ção, sendo apenas paga esta de acordo com o disposto
3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante- no n.o 3.
rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi-
cação da hierarquia feita com a máxima antecedência 6 — Os trabalhadores em regime de turnos têm
possível. direito ao pagamento de uma refeição nos casos de pres-
tação de quatro horas de trabalho suplementar em ante-
4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra- cipação ou prolongamento do seu turno.
balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
díveis. 7 — A Empresa fica obrigada a fornecer ou a asse-
gurar transporte:
5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se
pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto a) Sempre que o trabalhador seja solicitado a pres-
nas cláusulas 38.a e 39.a tar trabalho suplementar em todos os casos que
não sejam de prolongamento do período normal
de trabalho;
Cláusula 38.a b) Sempre que, nos casos de trabalho suplementar
Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho em prolongamento do período normal de tra-
balho, o trabalhador não disponha do seu trans-
1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar porte habitual.
em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar:
a) Durante o primeiro período do dia de trabalho 8 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar
imediato se, entre as 22 e as 7 horas, for prestado que não sejam de antecipação ou prolongamento do
um mínimo de três a seis horas de trabalho período normal de trabalho, o tempo gasto no transporte
suplementar; será pago como trabalho suplementar.
8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar 3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro. Empresa, por exigências imperiosas do seu funciona-
mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba-
9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencendo ao lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja
mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente
que possível, a faculdade de gozar as suas férias as férias na época fixada.
simultaneamente.
4 — A alteração e a interrupção das férias não pode-
10 — Sempre que as conveniências de produção o rão prejudicar o gozo seguido de 10 dias úteis con-
justifiquem, poderá a empresa, mediante autorização secutivos.
do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, substituir Cláusula 47.a
o regime fixado pelo encerramento total ou parcial dos
serviços da Empresa até 20 dias. Doença no período de férias
4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen-
de desconto de faltas injustificadas é calculado pela for- ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha-
mula da cláusula 62.a dores, devidamente fundamentadas.
A remuneração do trabalho nocturno será superior 3 — Não se considera substituição para efeitos desta
em 25 % à retribuição a que dá direito o trabalho cor- cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes-
respondente prestado durante o dia. mas funções de diferentes categorias profissionais, clas-
ses ou graus entre as quais exista promoção automática.
Cláusula 69.a 4 — A substituição temporária de um trabalhador de
Remuneração de trabalho suplementar categoria superior será considerada uma das condições
preferenciais para o preenchimento de qualquer posto
1 — O trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho a que corresponda essa categoria.
de trabalho será remunerado com os seguintes acrés-
cimos: 5 — Se a substituição se mantiver por um período
a) 75 % para as horas diurnas; superior a 90 dias seguidos ou 120 interpolados, o tra-
b) 100 % para as horas nocturnas. balhador substituto manterá o direito à remuneração
referida no n.o 1 quando, finda a substituição, regressar
2 — A remuneração do trabalho prestado em dia de ao desempenho da sua antiga função.
descanso semanal ou feriado será calculada de acordo
com a seguinte fórmula: 6 — Para os efeitos de contagem dos tempos de subs-
tituição previstos no número anterior, considera-se que:
R(tdf)=Rh×T(tdf)×2
a) Os 120 dias interpolados aí previstos devem
sendo: decorrer no período de um ano a contar do
1.o dia da substituição;
R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia b) Se na data da conclusão do prazo de 1 ano acima
de descanso semanal ou feriado; previsto não se tiverem completado aqueles 120
Rh — retribuição horária calculada nos termos da dias, o tempo de substituição já prestado ficará
cláusula 62.a; sem efeito, iniciando-se nessa data nova con-
T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de tagem de 1 ano se a substituição continuar;
descanso semanal ou feriado. c) Iniciar-se-á uma nova contagem de 1 ano, nos
termos da alínea a), sempre que se inicie qual-
3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro quer nova substituição;
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, d) O trabalhador está em substituição temporária
aplica-se o regime constante da cláusula 689 do AE durante o período, predeterminado ou não, de
Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e impedimento do trabalhador substituído,
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. devendo concluir-se na data precisa em que se
conclua essa situação de impedimento e incluir
Cláusula 70.a os dias de descanso semanal e feriados inter-
Abono para falhas
correntes;
e) Os aumentos de remuneração decorrentes da
1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer- revisão da tabela salarial absorverão, na parte
çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo correspondente, os subsídios de substituição
à sua guarda e responsabilidade valores em numerário, auferidos àquela data por substituições já con-
será atribuído um abono mensal para falhas de 7840$. cluídas.
Desenhador de execução (grau principal). — Para além Encarregado fabril I e II. — É o trabalhador que, na
das funções respeitantes aos grupos anteriores, é soli- sua área profissional, é responsável pela aplicação do
citado a executar trabalhos mais complexos, no âmbito programa de produção, conservação, montagem e cons-
da sua área profissional, com maior autonomia, con- trução, assegurando a sua execução. Coordena e dirige
siderando o seu grau de experiência, conhecimentos e o modo de funcionamento da respectiva área, por forma
aptidão. Desenvolve as suas funções em uma ou mais a obter dela o melhor rendimento. É responsável pela
especialidades. Pode coordenar o trabalho, para tarefas coordenação e utilização do pessoal sob a sua chefia
bem determinadas, de outros profissionais de grau infe- nos aspectos funcionais, administrativos e disciplinares.
rior, constituídos em equipa, que não chefia. O nível II engloba as funções de armazém de expedição
de pasta e transportes e movimentação.
Desenhador projectista. — É o trabalhador que, a par-
tir de um programa dado, verbal ou escrito, concebe Encarregado geral fabril. — É o trabalhador que, na
anteprojectos de um conjunto ou partes de um conjunto, sua área profissional, colabora na elaboração dos pro-
procedendo ao seu estudo, esboço ou desenho, efec- gramas de produção e manutenção, assegurando a sua
tuando os cálculos que, não sendo específicos de enge- execução. Faz cumprir, no local onde se executam as
Planificador auxiliar. — É o trabalhador que colabora Preparador de trabalho auxiliar. — É o trabalhador que
na actualização dos vários quadros de planeamento. vela pela permanente existência em armazém dos
Colabora com o planificador na verificação da dispo- sobressalentes e dos materiais necessários, de acordo
nibilidade dos meios necessários aos trabalhos, emite com as especificações definidas, através de um controlo
toda a documentação necessária à sua realização e cola- sistemático de consumos e dos conhecimentos dos parâ-
bora na recolha de elementos que permitam a obtenção metros de gestão. Assegura a existência em armazém
de dados estatísticos para a actualização das políticas de todos os sobressalentes e materiais indicados nas lis-
de planeamento. tas para cada equipamento e colabora com o fiel de
armazém na identificação, especificação e codificação
Planificador principal. — É o trabalhador que, pelo dos sobressalentes e materiais. Em colaboração com os
seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, possui preparadores de trabalho, procede ao cálculo dos parâ-
um nível de qualificação que permite que lhe seja con- metros da gestão, tendo em conta a importância do equi-
ferida ampla autonomia na execução de tarefas mais pamento, prazo de entrega e origem dos fornecedores.
complexas no âmbito da planificação. Colabora com o Mantém-se ao corrente dos processos de aquisição de
preparador de trabalho na preparação de trabalhos materiais e sobressalentes e assegura-se de que as requi-
menos qualificados. sições efectuadas apresentam as características reque-
Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos
7 Operador de processo extra . . . . . . . . –
enquadramento (anos) 8 Operador de processo qualificado . . . 5
9 Operador de processo principal . . . . . 4
10 Operador de processo de 1.a . . . . . . . . 3
9 Fiel de armazém qualificado . . . . . . . . – 11 Operador de processo de 2.a . . . . . . . . 3
10 Fiel de armazém principal . . . . . . . . . . 5 12 Operador de processo de 3.a . . . . . . . . 2
11 Fiel de armazém de 1.a . . . . . . . . . . . . 3 13 Operador de processo estagiário . . . . 1
12 Fiel de armazém de 2.a . . . . . . . . . . . . 3
IV — Densidades
III — Densidades
5 — Para os profissionais integrados nas categorias 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos níveis principal e qualificado obser- correspondentes aos níveis de qualificado e extra obser-
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
ao total do efectivo na carreira: ao total do efectivo na carreira:
Qualificado — 10 %; Extra — 10 %;
Principal e qualificado — 25 %. Qualificado e extra — 25 %.
7 — Para os profissionais integrados nas categorias 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o
seguinte esquema de densidades máximas face ao total seguinte esquema de densidades máximas face ao total
do efectivo na carreira: do efectivo na carreira:
Grau V — 25 %; Grau V — 25 %
Graus IV e V — 50 %. Graus IV e V — 50 %
V — Deontologia profissional
H) Técnico de manutenção
3 — As habilitações escolares mínimas são as legal- 1 — É exigido como habilitações mínimas o curso
mente exigidas. industrial de electricidade ou equivalente. Para a pro-
fissão de mecânico de aparelhos de precisão e técnico
de óleo-hidráulica é exigida como habilitação mínima
II — Horário de trabalho o curso industrial de serralheiro ou equivalente.
4 — Os motoristas terão um horário móvel ou fixo, 2 — São condições preferenciais cursos de especia-
podendo efectuar-se as alterações de qualquer destes lidade designadamente o curso complementar de elec-
regimes nos termos da lei. O registo de trabalho efec-
tricidade e o de electromecânica da escola de Paço de
tuado será feito em livretes individuais.
Arcos.
II — Promoções e acessos
5 — O início e o fim do almoço e do jantar terão
de verificar-se, respectivamente, entre as 11 horas e 3 — Os tirocinantes do 2.o ano ascenderão a técnicos
30 minutos e as 14 horas e 30 minutos e entre as 19 horas estagiários após a aprovação em avaliação de mérito
e 30 minutos e as 21 horas e 30 minutos. profissional a realizar até um ano de permanência na
categoria.
6 — Se, por motivo de serviço inadiável, o trabalhador
não puder tomar a sua refeição dentro do horário fixado 4 — Os técnicos estagiários ingressarão automatica-
no número anterior, o tempo de refeição ser-lhe-á pago mente na classe imediatamente superior logo que com-
como trabalho suplementar. pletem um ano de permanência na categoria.
Tabela de remunerações
Grupos de enquadramento Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00
Notas
A cada remuneração base constante desta tabela salarial acresce, para todos os efeitos, a importância de 7180$, referente à integração
do subsídio de formação.
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de contratação a termo e aos trabalhadores que se encontram em regime de período
experimental.
Pelo Sindicato dos Engenheiros da Região Sul: 3 — A matéria de expressão pecuniária será revista
(Assinatura ilegível.) anualmente.
Para os devidos efeitos se declara que a FETI- 8 — A resposta incluirá a contraproposta de revisão
CEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias para todas as propostas que a parte que responde não
Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química aceita.
representa a seguinte associação sindical:
9 — As negociações iniciar-se-ão dentro dos 15 dias
SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia, a contar do prazo fixado no n.o 8.
Química e Indústrias Diversas.
10 — As tabelas salariais e valores para as cláusulas
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. — Pelo Secretariado, de expressão pecuniária produzem efeitos a partir de
(Assinatura ilegível.) 16 de Setembro de 1998.
Entrado em 27 de Janeiro de 1999.
Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 170 do CAPÍTULO II
livro n.o 8, com o n.o 18/99, nos termos do artigo 24.o
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual. Preenchimento de postos de trabalho
Cláusula 3.a
Preenchimento de postos de trabalho
1 — As funções de direcção serão exercidas por tra- 5 — É requisito indispensável para qualquer promo-
balhadores da Empresa em regime de comissão de ser- ção, salvo as previstas no número anterior, a perma-
viço, nos termos da legislação aplicável, sem prejuízo nência mínima de 18 meses no exercício de funções
das situações existentes. em categoria inferior.
Cláusula 20.a
CAPÍTULO IV
Competência dos delegados sindicais
Exercício da actividade sindical na empresa
1 — Os delegados sindicais e as CS ou CI têm com-
petência e poderes para desempenhar todas as funções
Cláusula 18.a que lhes estão atribuídas neste acordo e na lei, com
Princípios gerais
observância dos preceitos neles estabelecidos, nomea-
damente:
1 — A actividade sindical na Empresa rege-se pela
a) Acompanhar e fiscalizar a aplicação das dispo-
legislação aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláu-
sições legais e convencionais que tenham reper-
sulas seguintes.
cussões nas condições de trabalho;
2 — Para os efeitos deste acordo entende-se por:
b) Fiscalizar o funcionamento do refeitório, infan-
a) AGT (assembleia geral de trabalhadores), o tário, creche e outras estruturas de assistência
conjunto de todos os trabalhadores da Empresa; social existentes na Empresa;
b) CS (comissão sindical), a organização dos dele- c) Analisar e dar parecer sobre qualquer projecto
gados sindicais do mesmo sindicato na mesma de mudança de local da unidade, instalação ou
Empresa; serviço;
2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário 3 — O trabalhador tem direito a uma refeição, nos
de trabalho é também devido no subsídio de férias e termos das alíneas seguintes, quando o período normal
no subsídio de Natal. desta esteja intercalado no período de trabalho suple-
mentar:
Cláusula 35.a a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga-
mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições
Trabalho nocturno previstas na cláusula 74.a;
1 — Considera-se trabalho nocturno o trabalho pres- b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de
tado no período que decorre entre as 20 horas de um 193$;
dia e as 7 horas do dia imediato. c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas
de custo em vigor na Empresa, em caso de des-
2 — Considera-se igualmente como nocturno o tra- locação em serviço.
balho diurno prestado em antecipação ou prolonga-
mento de um turno nocturno. 4 — Para efeitos do número anterior, consideram-se
períodos normais de refeição:
3 — Para efeitos do número anterior considera-se a) Pequeno-almoço — das 7 às 9 horas;
nocturno o turno em que sejam realizadas pelo menos b) Almoço — das 12 às 14 horas;
sete horas consecutivas entre as 20 horas de um dia c) Jantar — das 19 às 21 horas;
e as 7 horas do dia imediato. d) Ceia — das 24 às 2 horas.
1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm 10 — Sempre que as conveniências de produção o
direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da justifiquem, poderá a Empresa, mediante autorização
retribuição, um período de férias igual a 23 dias úteis do Ministério para a Qualificação e o Emprego, subs-
em 1997 e 24 dias úteis a partir de 1998, salvo o disposto tituir o regime fixado, pelo encerramento total ou parcial
nos números seguintes. dos serviços da Empresa até 20 dias.
A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen- 2 — Os subsídios de turno indicados no número ante-
ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha- rior incluem a remuneração por trabalho nocturno.
dores, devidamente fundamentadas.
3 — Estes subsídios serão devidos quando os traba-
lhadores se encontrem no gozo de férias.
CAPÍTULO VII
4 — Os subsídios previstos nesta cláusula vencem-se
Retribuição no fim de cada mês e são devidos a cada trabalhador
em relação e proporcionalmente ao serviço prestado
Cláusula 59.a em regime de turnos no decurso do mês.
Remuneração base
Cláusula 64.a
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu-
Base de indexação
nerações base mínimas constantes do anexo III.
1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno
a obtém-se a partir da média simples das remunerações
Cláusula 60. da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula:
Tempo, local e forma de pagamento
M= R
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até n
ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei. sendo:
M — média simples das remunerações;
Cláusula 61.a R — soma das remunerações de todos os grupos
salariais;
Determinação da retribuição horária n — número de grupos salariais constantes do
1 — O valor da retribuição horária será calculado pela anexo III.
aplicação da fórmula seguinte:
2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos
(Rem. base + diut.+ subsídio turno + IHT)×12 subsídios de turnos serão arredondados para a dezena
Período normal de trabalho semanal×52 de escudos imediatamente superior.
3 — Para os efeitos desta cláusula o número de dias 3 — Quando não haja possibilidade de fornecimento
úteis previstos no n.o 1 da cláusula 42.a corresponde de refeição em espécie, cada trabalhador terá direito
a um mês de retribuição mensal. a um subsídio de 1425$ por cada dia de trabalho
prestado.
Cláusula 72.a 4 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus-
Retribuição da prevenção tificadas, não tenham prestado trabalho no período de
trabalho imediatamente anterior à refeição não terão
1 — O trabalhador em regime de prevenção terá direito a esta ou ao subsídio respectivo.
direito a:
a) 184$, acrescidos de 5,2 % da taxa horária por 5 — Considera-se que os trabalhadores têm direito
cada hora em que esteja de prevenção, segundo a uma refeição nos termos dos números anteriores
6 — A Empresa encerrará aos sábados, domingos e 1 — O regime das deslocações em serviço é o cons-
feriados os refeitórios e atribuirá, em alternativa, o sub- tante de regulamento interno da Empresa, que faz parte
sídio previsto nesta cláusula, salvo se os trabalhadores integrante deste acordo.
interessados decidirem, por maioria, em contrário.
2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço
implique deslocações habituais e que, com prévia auto-
Cláusula 75.a rização da Empresa, utilizem viatura própria para o
efeito têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido
Subsídio de infantário em serviço, em que P representa o preço da gasolina
super.
1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a
frequência de infantário ou a utilização dos serviços de
3 — Se a Empresa constituir, em benefício do tra-
ama, dentro dos seguintes valores:
balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos,
Infantário — 9105$; incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
previsto no número anterior será de 0,25.
Ama — 5930$.
Cláusula 89.a
CAPÍTULO XI
Outras regalias de trabalhadores-estudantes
Regalias sociais
1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula depende do reconhecimento por parte da
Empresa do interesse do curso frequentado para a car- Cláusula 90.a
reira profissional do trabalhador nesta, bem como da Regalias sociais
verificação das condições de aproveitamento previstas
no n.o 2. 1 — A Empresa garantirá a todos os seus trabalha-
dores, nas condições das normas constantes de regu-
2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta lamento próprio que faz parte integrante deste acordo,
cláusula está ainda dependente da verificação cumu-
as seguintes regalias:
lativa das seguintes condições:
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo a) Seguro social;
do curso frequentado ou no mesmo número de b) Complemento de subsídio de doença e acidentes
disciplinas quando em anos sucessivos; de trabalho;
b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos, c) Subsídio de casamento;
dois terços do número de disciplinas do ano d) Subsídio especial a deficientes;
em que se encontrava anteriormente matri- e) Complemento de reforma;
culado. f) Subsídio de funeral.
3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen- 2 — O regime global de regalias sociais previsto no
tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias número anterior substitui quaisquer outros regimes par-
previstas nesta cláusula os trabalhadores que: ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a
a) Não obtenham aproveitamento em qualquer sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à
disciplina por falta de assiduidade; renuncia expressa por parte dos trabalhadores, a esses
b) Permaneçam no mesmo ano lectivo mais de dois regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato
anos. individual de trabalho.
4 — Para promoção e avaliação das medidas aplicadas 1 — Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei,
no domínio da SHST, deve a Empresa assegurar a infor- a elegerem e a serem eleitos RT-SHST, representantes
mação, consulta e participação dos trabalhadores, das dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde
organizações representativas dos trabalhadores, assim no trabalho.
como dos seus representantes na Empresa.
2 — É direito das organizações sindicais participarem
5 — A Empresa actuará de forma a facilitar e garantir e intervirem na Empresa na organização e eleição dos
a eleição, funcionamento e organização das actividades, RT-SHST.
dos representantes dos trabalhadores para a segurança,
higiene e saúde no trabalho (RT-SHST), e das comissões 3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos
de higiene e segurança no trabalho (CHST), na Empresa os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo
e nas relações destes representantes dos trabalhadores o princípio da representação pelo método de Hondt,
com o exterior, concedendo-lhes para isso o crédito de podendo concorrer à eleição listas apresentadas pelas
horas necessário e de acordo com a lei. negociações sindicais ou subscritas por 20% dos tra-
balhadores.
6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação ade-
quada e suficiente em todos os domínios da SHST, tendo 4 — As funções, actividades, direitos e obrigações dos
em conta as respectivas funções e o posto de trabalho. RT-SHST são os decorrentes da legislação específica.
7 — A Empresa deverá ainda proporcionar condições 5 — O crédito individual mensal para o exercício de
para que os RT-SHST e os membros das CHST na funções de RT-SHST é o previsto na lei.
Empresa, estabelecimento ou serviço possam receber
informação e formação adequada, concedendo, para Cláusula 94.a
tanto, se necessário, licença sem retribuição.
Comissões de higiene e segurança no trabalho
8 — A Empresa não pode prejudicar, de qualquer 1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con-
forma, os trabalhadores pelas suas actividades na SHST certação social ao nível da Empresa, para as questões
ou em virtude de estes se terem afastado do seu posto de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho,
de trabalho ou de uma área perigosa, em caso de perigo será criada na Empresa comissão de higiene e segurança
grave e imediato, ou por terem adoptado medidas para no trabalho (CHST).
a sua própria segurança ou de outrem.
2 — As CHST são comissões de composição numérica
9 — Os encargos financeiros provenientes das acti- variável, paritárias, de representação dos trabalhadores
vidades da SHST na Empresa deverão ser assegurados e da Empresa, e com acção exclusiva no interior da
na íntegra por esta, nomeadamente as actividades dos Empresa.
representantes dos trabalhadores.
3 — São constituídas pelos RT-SHST, referidos no
Cláusula 92.a artigo anterior, com respeito pelo princípio da propor-
Obrigações dos trabalhadores
cionalidade e por igual número de representantes da
Empresa, a indicar por esta.
1 — Os trabalhadores são obrigados a cumprir as
prescrições de SHST estabelecidas nas disposições legais 4 — A composição do número de elementos efectivos
ou convencionais aplicáveis e as instruções determinadas e suplentes, as formas de funcionamento e de finan-
com esse fim pela Empresa. ciamento, a distribuição de tarefas, o número de reu-
Planificador auxiliar. — É o trabalhador que colabora Preparador de trabalho auxiliar. — É o trabalhador que
na actualização dos vários quadros de planeamento. vela pela permanente existência em armazém dos
Colabora com o planificador na verificação da dispo- sobressalentes e dos materiais necessários, de acordo
nibilidade dos meios necessários aos trabalhos, emite com as especificações definidas, através de um controlo
toda a documentação necessária à sua realização e cola- sistemático de consumos e do conhecimento dos parâ-
bora na recolha de elementos que permitam a obtenção metros de gestão. Assegura a existência em armazém
de dados estatísticos para a actualização das políticas de todos os sobressalentes e materiais indicados nas lis-
de planeamento. tas para cada equipamento e colabora com o fiel de
armazém na identificação, especificação e codificação
Planificador principal. — É o trabalhador que, pelo dos sobressalentes e materiais. Em colaboração com os
seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, possui preparadores de trabalho, procede ao cálculo dos parâ-
7 — Para os profissionais integrados nas categorias 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o fissionais com formação/especialização nas actividades
seguinte esquema de densidades máximas face ao total de produção, pasta, papel e energia.
do efectivo na carreira:
Grau V — 25 %; 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
Grau IV — 50 %. são as seguintes:
a) Idade mínima — a exigida na lei;
C) Bombeiros b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
Os bombeiros com mais de três anos de exercício dário (12.o ano) da área de formação adequada
de função e mérito profissional no seu desempenho à função, sendo condição preferencial o curso
poderão ascender ao grupo imediatamente superior. via profissionalizante.
II — Estágio
D) Fiel de armazém
I — Admissão 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio.
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
fissionais com formação/especialização nas actividades 4 — O estágio terá a duração máxima de um ano.
de aprovisionamento.
III — Progressão na carreira
2 — As condições de admissão destes trabalhadores
são as seguintes: 5 — O plano da carreira de operador industrial com-
preende sete níveis de progressão.
a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
dário (12.o ano) da área de formação adequada 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
à função, sendo condição preferencial o curso cumulativa das seguintes condições:
via profissionalizante. Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen-
II — Progressão na carreira cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
definidas no n.o 2;
3 — O plano da carreira de fiel de armazém com-
Obter mérito profissional no desempenho da fun-
preende quatro níveis de progressão.
ção e potencial para o desempenho de funções
mais qualificadas;
4 — A progressão na carreira dependerá da existência Desempenhar duas ou três funções da sua área
cumulativa das seguintes condições: de actividade referidas na descrição de funções.
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
Para os níveis de qualificado e extra é exigido
básico ou equivalente, sendo condição preferen-
o desempenho de todas as funções da sua área
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
de actividade;
definidas no n.o 2;
Obter mérito profissional no desempenho da fun-
ção e potencial para o desempenho de funções Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
mais qualificadas; gidos para cada nível, que são os seguintes:
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes: Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)
Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos) 7 Operador de processo extra . . . . . . –
8 Operador de processo qualificado . . . 5
9 Operador de processo principal . . . 4
9 Fiel de armazém qualificado . . . . . . – 10 Operador de processo de 1.a . . . . . . 3
10 Fiel de armazém principal . . . . . . . . 5 11 Operador de processo de 2.a . . . . . . 3
11 Fiel de armazém de 1.a . . . . . . . . . . 3 12 Operador de processo de 3.a . . . . . . 2
12 Fiel de armazém de 2.a . . . . . . . . . . 3 13 Operador de processo estagiário . . . . 1
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
fissionais com formação/especialização nas actividades são as seguintes:
laboratoriais.
a) Idade mínima — a exigida na lei;
2 — As condições de admissão destes trabalhadores b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
são as seguintes: dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso
a) Idade mínima — a exigida na lei; via profissionalizante.
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso II — Estágio
via profissionalizante.
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
II — Estágio estágio.
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio. 4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
IV — Densidades
7 — Para os profissionais integrados nas categorias 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o
seguinte esquema de densidades máximas face ao total seguinte esquema de densidades máximas face ao total
do efectivo na carreira: do efectivo na carreira:
Grau V — 25 %; Grau V — 25 %;
Grau IV — 50 %. Grau IV — 50 %.
2 — A integração na carreira far-se-á pelo nível de 1 — Neste grupo estão integrados os profissionais de
enquadramento imediatamente superior ao que o tra- formação académica superior, licenciatura, diplomados
balhador possui, dependendo das habilitações escolares, em escolas nacionais ou estrangeiras oficialmente reco-
experiência e mérito profissional. nhecidas, nomeadamente universidades e institutos
superiores.
3 — Desta integração não poderá resultar a ascensão
para mais de que o nível de enquadramento imedia- 2 — Na admissão dos trabalhadores integrados neste
tamente superior. grupo será sempre exigido diploma ou documento equi-
valente e carteira profissional, quando exigido por lei.
4 — É condição necessária para a integração na car-
reira o desempenho de duas das funções referidas na 3 — O período experimental destes trabalhadores é
definição de funções de cada uma das categorias o previsto neste acordo.
profissionais.
II — Progressão na carreira
5 — Os tempos mínimos de experiência profissional
exigidos para a integração dependem das habilitações 4 — O plano de carreira de técnico superior com-
escolares e são os seguintes: preende seis níveis de responsabilidade e enquadra-
mento.
6.o ano 9.o ano
de escolaridade de escolaridade
5 — A progressão na carreira dependerá da existência
Categorias
ou equivalente ou equivalente cumulativa das seguintes condições:
(anos) (anos)
Mérito profissional no desempenho da função;
Potencial para o desempenho de funções mais
Mecânica/eléctrica
qualificadas.
Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 10
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 8
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5 6 — O técnico superior do grau I poderá passar ao
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 grau II após um ano de permanência naquela categoria.
Civil III — Funções
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 8
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5 7 — As funções destes profissionais serão as corres-
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 pondentes aos diversos níveis.
II — Progressão na carreira
8 — Enquadram-se neste grupo de técnicos superio-
res os profissionais que desempenham funções técnicas
6 — A progressão na carreira dependerá da existência nas áreas de planeamento, investigação operacional,
cumulativa da verificação de mérito profissional no engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos huma-
desempenho da função, potencial para desempenho de nos, organização, informática e comercial.
I — Admissão I — Admissão
5 — Após três anos de permanência na categoria o 8 — Havendo ao serviço 5 oficiais, 1 será classificado
trabalhador não especializado poderá requerer à como encarregado. Se houver 15 oficiais, haverá 2 encar-
Empresa exame de ingresso em profissão por ele regados. Se o número de oficiais for superior a 15, haverá
indicada. mais 1 encarregado por cada grupo de 15.
I — Admissão
2 — Para motorista é exigida a carta de condução
profissional. 1 — É exigido como habilitações mínimas o curso
industrial de electricidade ou equivalente. Para a pro-
3 — As habilitações escolares mínimas são as legal- fissão de mecânico de aparelhos de precisão e técnico
mente exigidas. de óleo-hidráulica é exigida como habilitação mínima
o curso industrial de serralheiro ou equivalente.
II — Horário de trabalho
2 — São condições preferenciais cursos de especia-
4 — Os motoristas terão um horário móvel ou fixo, lidade, designadamente o curso complementar de elec-
podendo efectuar-se as alterações de qualquer destes tricidade e o de electromecânica da escola de Paços
regimes nos termos da lei. O registo de trabalho efec- de Arcos.
tuado será feito em livretes individuais.
II — Promoções e acessos
5 — O início e o fim do almoço e do jantar terão
de verificar-se, respectivamente, entre as 11 horas e 3 — Os tirocinantes do 2.o ano ascenderão a técnicos
30 minutos e as 14 horas e 30 minutos e entre as 19 horas estagiários após a aprovação em avaliação de mérito
e 30 minutos e as 21 horas e 30 minutos. profissional a realizar até um ano de permanência na
categoria.
6 — Se, por motivo de serviço inadiável, o trabalhador
não puder tomar a sua refeição dentro do horário fixado 4 — Os técnicos estagiários ingressarão automatica-
no número anterior, o tempo de refeição ser-lhe-á pago mente na classe imediatamente superior logo que com-
como trabalho suplementar. pletem um ano de permanência na categoria.
Tabela de remunerações
Grupo
de Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
enquadramento
1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. Pelo SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio:
Pela Portucel Tejo — Empresa de Celulose do Tejo, S. A.:
(Assinatura ilegível.)
(Assinatura ilegível.)
Pelo Sindicato dos Engenheiros da Região Sul:
Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços:
António Maria Teixeira de Matos Cordeiro. Pedro Manuel de Faria e Melo Forjó.
Cláusula 3.a
AE entre a Portucel Viana — Empresa Produtora
de Papéis Industriais, S. A., e a FETESE — Feder. Preenchimento de postos de trabalho
dos Sind. dos Trabalhadores de Serviços e
A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou
outros.
postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço,
desde que estes reúnam as condições necessárias para
CAPÍTULO I esse preenchimento, só recorrendo à admissão do exte-
Área, âmbito e vigência rior quando estiverem esgotadas todas as possibilidades
de utilização dos seus recursos humanos.
Cláusula 1.a
Área e âmbito Cláusula 4.a
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o Admissões
território do continente e obriga, por um lado, a Portucel
Viana — Empresa Produtora de Papéis Industriais, 1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con-
S. A., e por outro, os trabalhadores ao seu serviço embros dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula-
das organizações sindicais outorgantes. mentação interna da Empresa.
1 — Este acordo de empresa entra em vigor cinco 3 — No acto de admissão, a Empresa fornecerá ao
dias após a data da sua publicação no Boletim do Tra- trabalhador cópias do presente acordo e dos regula-
balho e Emprego. mentos internos da Empresa.
2 — O prazo de vigência deste acordo é de dois anos, 4 — A Empresa não deverá, em regra, admitir tra-
salvo o disposto no número seguinte. balhadores reformados.
2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a 7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro-
remuneração base estabelecida para a sua nova cate- moções automáticas serão contados desde o início do
goria, sem prejuízo do número seguinte. desempenho de funções ou desde a última promoção
na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso
3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de algum, mais de uma promoção por efeito da entrada
remuneração base do trabalhador reconvertido, remu- em vigor deste acordo.
2 — Os locais de afixação serão reservados pelo con- 1 — A CI, a CS quando aquela não existir, ou ainda
selho de administração ou por quem as suas vezes fizer, o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú-
ouvidos a CI, a CS ou os delegados sindicais. nem-se com o conselho de administração ou com quem
este designar para o efeito, sempre que uma ou outra
3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular parte o julgarem conveniente.
livremente em todas as dependências da Empresa, sem
prejuízo do serviço e das normas constantes do regu- 2 — O tempo das reuniões previstas nesta cláusula
lamento de segurança da Empresa. não pode ser considerado para o efeito de créditos de
horas sempre que a reunião não seja da iniciativa dos
4 — Para o exercício da acção sindical na Empresa, trabalhadores.
é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um
Cláusula 24.a
dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa
qualidade. Instalação das comissões
5 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men- 1 — Havendo mais de 100 trabalhadores, a Empresa
sal de dez horas aos delegados que façam parte da CI. é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais,
desde que estes o requeiram, a título permanente, um
local situado no interior daquela ou na sua proximidade,
6 — Os delegados que pertençam simultaneamente
que seja apropriado para o exercício das suas funções
à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente
e que disponha de telefone.
pelo número anterior.
2 — Havendo menos de 100 trabalhadores, a Empresa
7 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito
é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais,
de horas de um delegado sindical seja utilizado por
desde que estes o requeiram, um local situado no interior
outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados
daquela ou na sua proximidade, apropriado para o exer-
que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas.
cício das suas funções e que disponha de telefone.
Cláusula 25.a
Cláusula 22.a
Direitos e garantias dos dirigentes das organizações sindicais
Número de delegados sindicais
1 — Cada membro da direcção das organizações sin-
1 — O número de delegados sindicais de cada sin-
dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para
dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão
o exercício das suas funções.
sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos
na cláusula anterior, é calculado da forma seguinte:
2 — A direcção interessada deverá comunicar com
a) Estabelecimento com menos de 50 trabalhado- um dia de antecedência as datas e o número de dias
res sindicalizados — 1; de que os respectivos membros necessitem para o exer-
b) Estabelecimento com 50 a 99 trabalhadores cício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade,
sindicalizados — 2; nos dias úteis imediatos ao primeiro dia em que faltarem.
c) Estabelecimento com 100 a 199 trabalhadores
sindicalizados — 3; Cláusula 26.a
d) Estabelecimento com 200 a 499 trabalhadores Quotização sindical
sindicalizados — 6;
e) Estabelecimento com 500 ou mais trabalhadores A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança
sindicalizados — 6+n–500 das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos
200 respectivos, depois de recebidas as declarações indivi-
duais dos trabalhadores.
2 — O resultado apurado nos termos da alínea e) do
número anterior será sempre arredondado para a uni-
dade imediatamente superior. Cláusula 27.a
Direito à greve
3 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con-
selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer, Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
a identificação dos delegados sindicais, bem como o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
daqueles que fazem parte das CS e CI, por meio de o exercício de tal direito.
1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do 5 — Nenhum trabalhador poderá ser mudado de
início e do termo do período de trabalho diário, bem horário ou turno senão após um período de descanso
como a dos intervalos de descanso diários. nunca inferior a doze horas.
8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar 3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro. Empresa, por exigências imperiosas do seu funciona-
4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus- 1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito
tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
para a justificação. seguinte.
A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen- 2 — Os subsídios de turno indicados no número ante-
ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha- rior incluem a remuneração por trabalho nocturno.
dores, devidamente fundamentadas.
3 — Estes subsídios serão devidos quando os traba-
lhadores se encontrem em gozo de férias.
CAPÍTULO VII
Retribuição 4 — Os subsídios previstos nesta cláusula vencem-se
no fim de cada mês e são devidos a cada trabalhador
Cláusula 59.a em relação e proporcionalmente ao serviço prestado
Remuneração base em regime de turnos no decurso do mês.
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu-
nerações base mínimas constantes do anexo III. Cláusula 64.a
Base de indexação
Cláusula 60.a
Tempo, local e forma de pagamento 1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno
obtém-se a partir da média simples das remunerações
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula:
ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei.
M= R
n
a
Cláusula 61. sendo:
Determinação da retribuição horária
M — média simples das remunerações;
1 — O valor da retribuição horária será calculado pela R — soma das remunerações de todos os grupos
aplicação da fórmula seguinte: salariais;
(Remuneração base+diuturnidades+subsídio de turno+IHT)×12 n — número de grupos salariais constantes do
Período normal de trabalho semanal×52 anexo III.
2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór- 2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos
mula prevista no número anterior não inclui a retri- subsídios de turno serão arredondados para a dezena
buição especial por isenção do horário de trabalho. de escudos imediatamente superior.
sendo:
3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano
a que o subsídio de Natal diz respeito receberão a impor- R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia
tância proporcional aos meses completos que medeiam de descanso semanal ou feriado;
entre a data da sua admissão e 31 de Dezembro. Rh — retribuição horária calculada nos termos da
cláusula 61.a;
4 — No ano da cessação do contrato de trabalho, T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de
qualquer que seja a causa, a Empresa pagará ao tra- descanso semanal ou feriado.
balhador tantos duodécimos do subsídio de Natal quan-
tos os meses completos de trabalho no ano da cessação. 3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994,
aplica-se o regime constante da cláusula 68.o do AE
5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus- Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
pensão do contrato de trabalho por impedimento pro- Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal
proporcional aos meses completos de trabalho prestado
Cláusula 69.a
durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se
ao disposto neste número os casos de licença por parto, Abono para falhas
nos termos da cláusula 86.a, casos em que não produzirão
1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer-
qualquer redução ao valor do subsídio.
çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo
à sua guarda e responsabilidade valores em numerário,
6 — Sempre que durante o ano a que corresponde será atribuído um abono mensal para falhas de 7840$.
o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração
superior à sua remuneração normal, nomeadamente em 2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra-
virtude de substituição, tem direito a um subsídio de balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentem verba
Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida inferior a 70 565$ mensais, em média anual.
de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu-
nerações quantos os meses completos de serviço em 3 — Nos meses incompletos de serviço o abono para
que tenham auferido a superior, até 31 de Dezembro. falhas será proporcional ao período em que o traba-
lhador exerça aquelas funções.
7 — Considera-se mês completo de serviço para os
efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior Cláusula 70.a
a 15 dias. Substituições temporárias
a
Cláusula 66. 1 — Sempre que um trabalhador substitua tempora-
riamente, por mais de um dia, outro no desempenho
Subsídio de bombeiro
integral de funções que não caibam no objecto do seu
contrato individual de trabalho e a que corresponda
Os trabalhadores que integram e enquanto integra- uma categoria profissional e retribuição superiores às
rem a brigada de incêndios receberão mensalmente os suas, passará a receber, desde o 1.o dia de substituição
subsídios seguintes: e enquanto esta durar, o correspondente à remuneração
Responsável pelo comando da equipa — 6235$; base da função desempenhada.
Restantes elementos — 4160$.
2 — A substituição far-se-á mediante ordem da hie-
rarquia do órgão em que se integra o trabalhador subs-
Cláusula 67.a tituído, confirmada por escrito ao respectivo serviço de
pessoal.
Remuneração do trabalho nocturno
3 — Não se considera substituição para efeitos desta
A remuneração do trabalho nocturno será superior cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes-
em 25 % à retribuição a que dá direito o trabalho cor- mas funções de diferentes categorias profissionais, clas-
respondente prestado durante o dia. ses ou graus entre as quais exista promoção automática.
2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço 2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac-
implique deslocações habituais e que, com prévia auto- ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um
5 — A Empresa actuará de forma a facilitar e garantir 3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos
a eleição, funcionamento e organização das actividades os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo
dos representantes dos trabalhadores para a a SHST o princípio da representação pelo método de Hondt,
(RT-SHST) e da comissão de higiene e segurança no podendo concorrer à eleição das listas apresentadas
trabalho (CHST) na Empresa e nas relações destes pelas organizações sindicais ou subscritas por 20 % dos
representantes dos trabalhadores com o exterior. trabalhadores.
6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação e 4 — As funções, actividades, direitos e obrigações dos
formação adequada e suficiente em todos os domínios RT-SHST são os decorrentes da legislação específica.
da SHST, tendo em conta as respectivas funções e o
posto de trabalho. 5 — O crédito individual mensal para o exercício de
funções de RT-SHST é o previsto na lei.
7 — A Empresa deverá ainda proporcionar condições
para que os RT-SHST e os membros das CHST na
Empresa possam receber informação e formação ade- Cláusula 94.a
quada, concedendo, para tanto, se necessário, licença Comissões de higiene e segurança no trabalho
sem retribuição.
1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con-
8 — A Empresa não pode prejudicar, de qualquer certação social ao nível da Empresa, para as questões
forma, os trabalhadores pelas suas actividades na SHST de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho,
ou em virtude de estes se terem afastado do seu posto será criada na Empresa a comissão de higiene e segu-
de trabalho ou de uma área perigosa, em caso de perigo rança no trabalho.
grave e imediato, ou por terem adoptado medidas para
a sua própria segurança ou de outrem. 2 — A CHST tem uma composição numérica variável,
sendo paritária de representação dos trabalhadores e
da Empresa, e com acção exclusiva no interior das
9 — Os encargos financeiros provenientes das acti-
instalações.
vidades da SHST na Empresa deverão ser suportados
3 — A CHST é constituída pelos RT-SHST referidos
por esta, nomeadamente as dos representantes dos RT.
no número anterior, com respeito pelo princípio da pro-
Cláusula 92.a porcionalidade e por igual número de representantes
da Empresa, a indicar por esta.
Obrigações dos trabalhadores
2 — A comissão paritária tem competência para inter- Analista principal. — É o trabalhador que executa
pretar as cláusulas do presente acordo de empresa. análises quantitativas e outros trabalhos que exijam
conhecimentos técnicos especializados no domínio da
3 — As deliberações tomadas por unanimidade con- química laboratorial ou industrial. Pode dirigir e orientar
sideram-se como regulamentação do presente acordo tecnicamente grupos de trabalho no âmbito de ensaios
de empresa e serão depositadas e publicadas nos mes- químicos ou físicos inerentes ao controlo do processo.
mos termos.
Analista qualificado. — É o analista principal capaz
4 — As deliberações deverão constar de acta lavrada de desempenhar indistintamente todas as funções das
logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes. diferentes especialidades próprias da sua área de acti-
vidade, com o perfeito conhecimento dos processos e
5 — A comissão paritária reunirá sempre que seja métodos aplicados, bem como do processo industrial
convocada por uma das partes, com a antecedência que apoia. Pode desempenhar actividades, incluindo
mínima de 10 dias, constando da convocação a ordem chefia de profissionais menos qualificados, no âmbito
dos trabalhos. da sua especialidade e no do estudo do processo.
6 — A comissão paritária definirá as regras do seu Analista de sistemas de 2.a — É o trabalhador que
funcionamento, garantindo-lhe a Empresa os meios de recolhe e analisa a informação com vista ao desenvol-
apoio administrativo necessários para o mesmo, sem pre- vimento e ou modificação de sistemas de processamento
juízo para os serviços. de dados. O âmbito da análise inclui a racionalização
dos processos administrativos que têm interligação com
7 — As despesas emergentes do funcionamento da os sistemas a desenvolver e ou modificar, bem como
comissão paritária serão suportadas pela Empresa. da organização dos serviços intervenientes. Documenta
as conclusões no dossier de análise de sistemas. Traduz
as necessidades em sistemas lógicos, económicos e exe-
Cláusula 97.a quíveis. Prepara conjuntos homogéneos de especifica-
Convenção globalmente mais favorável
ções detalhadas para a programação e respectivos jogos
de teste, podendo eventualmente realizar as tarefas mais
1 — As partes outorgantes reconhecem o carácter glo- complexas de programação. Orienta e controla a ins-
balmente mais favorável do presente acordo relativa- talação de sistemas. Pode dirigir e coordenar equipas
mente a todos os instrumentos de regulamentação colec- de manutenção de sistemas.
tiva anteriormente aplicáveis à Empresa, que ficam inte-
gralmente revogados. São igualmente revogados todos Analista de sistemas de 1.a — É o trabalhador que,
os regulamentos internos da Empresa elaborados ao além das funções gerais de analista de sistemas (analista
abrigo daqueles instrumentos de regulamentação colec- de sistemas de 2.a), avalia sistemas desenvolvidos e dese-
tiva. nhados por outros analistas e recomenda aperfeiçoa-
Enfermeiro. — É o trabalhador que, possuindo habi- Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras convencio-
litações legais e específicas, exerce directa ou indirec- nais). — É o trabalhador que alimenta e conduz gera-
tamente funções que visem o equilíbrio da saúde dos dores de vapor (caldeiras convencionais), competindo-
trabalhadores, através da consulta de enfermagem, rea- -lhe, além do estabelecido pelo Regulamento da Pro-
liza educação sanitária, ensinando os cuidados a ter não fissão de Fogueiro, fazer reparações de conservação e
só para manter o seu nível de saúde e até aumentá-lo, manutenção nos geradores de vapor (caldeiras conven-
com especial ênfase para as medidas de protecção e cionais) e providenciar pelo bom funcionamento dos
segurança no trabalho, na prevenção das doenças em acessórios, bem como pelas bombas de alimentação de
geral e das profissionais em particular. Observa os tra- água e combustível, na central. Comunica superiormente
balhadores sãos e doentes, avalia sinais vitais e biomé- anomalias verificadas. Procede a registos para a exe-
tricos, colaborando com outros técnicos nos diferentes cução de gráficos de rendimento.
tipos de exames; presta cuidados de enfermagem globais
e socorros de urgência. Supervisiona o equipamento e Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras de recupera-
a higiene das instalações do sector da saúde. Assegura ção). — É o trabalhador que alimenta e conduz gera-
as tarefas no âmbito da medicina preventiva, curativa dores de vapor (caldeiras de recuperação), competin-
e de assistência a sinistrados. do-lhe, para além do estabelecido no Regulamento da
Profissão de Fogueiro, o estabelecido em normas espe-
Enfermeiro especialista. — É o trabalhador que além cíficas para a condução de caldeiras de recuperação pró-
de reunir as condições de enfermeiro, possui o respectivo prias da indústria de celulose. Procede à limpeza dos
curso de especialização, reconhecido pela Secretária de tubulares da caldeira, dos tubulares dos economizadores
Estado da Saúde. e dos rotores dos exaustores de tiragem. Vigia o fun-
cionamento dos electrofiltros. Providencia pelo bom
Enfermeiro-coordenador. — É o trabalhador que coor- funcionamento de todos os acessórios, bem como pela
dena a actividade de outros profissionais, devendo reunir condução de alimentação de água e combustível (lixívias
as condições de enfermeiro, desempenhando também ou fuelóleo). Verifica, pelos indicadores, se as caldeiras
tarefas próprias desta função. não ultrapassam as temperaturas e as pressões prees-
tabelecidas. Comunica superiormente anomalias veri-
ficadas. Procede a registos para execução de gráficos
Ferramenteiro ou entregador de ferramentas, materiais de rendimento.
ou produtos. — É o trabalhador que entrega em arma-
zém, ou noutros locais das instalações, as ferramentas,
Fresador mecânico. — É o trabalhador que opera uma
materiais ou produtos que lhe são requisitados, efec-
fresadora e executa todos os trabalhos de fresagem de
tuando o registo e controlo dos mesmos, por cuja guarda
peças, trabalhando por desenho ou peças modelo. Pre-
é responsável. Procede à conservação e a operações sim-
para a máquina e, se necessário, as ferramentas que
ples de reparação.
utiliza.
Fiel de armazém. — É o trabalhador que procede às Guarda. — É o trabalhador que assegura a defesa,
operações de entrada ou saída de mercadorias ou mate- vigilância e conservação das instalações à sua respon-
riais. Examina a concordância entre as mercadorias rece- sabilidade e de outros valores que lhe sejam confiados.
bidas ou expedidas e a respectiva documentação. Encar- Controla as entradas e saídas de mercadorias, veículos
rega-se da arrumação e conservação de mercadorias e e materiais. Procede a pesagens e contagens, registando
materiais. Distribui mercadorias ou materiais pelos sec- os respectivos elementos. Transmite superiormente
tores (clientes) da Empresa. Informa sobre eventuais qualquer facto relevante verificado. Pode, mediante
anomalias de existências, bem como sobre danos e per- indicação da Empresa, ocupar-se das ligações telefó-
das; colabora com o superior hierárquico na organização nicas, podendo fazer o chamamento dos meios de
do material no armazém, podendo desempenhar outras transporte.
tarefas complementares no âmbito das funções do ser-
viço em que está inserido. Lubrificador. — É o trabalhador que lubrifica as
máquinas, veículos e ferramentas, muda óleos nos perío-
Fiel de armazém principal. — É o trabalhador que, pelo dos recomendados, executa os trabalhos necessários
seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, possui para manter em boas condições os pontos de lubrifi-
um nível de qualificação que permite que lhe seja con- cação. Procede à recolha de amostras de lubrificantes
ferida ampla autonomia e atribuição de competência e presta informações sobre eventuais anomalias que
específica na execução das tarefas mais complexas do detecta.
âmbito da secção em que trabalha, cuja realização pode
implicar formação específica, no âmbito da profissão de Lubrificador principal. — É o trabalhador de 1.a que
fiel, podendo ainda coordenar trabalho de outros pro- se encontra, pelo seu grau de experiência, conhecimen-
fissionais de qualificação inferior em equipas constituídas tos e aptidão, habilitado a que lhe seja conferida grande
para tarefas bem determinadas, que não chefia. autonomia e atribuição de competência na execução das
Mecânico de aparelhos de precisão principal. — (Defi- Operador agro-florestal. — É o trabalhador que exe-
nição idêntica à de electricista principal.) cuta as operações inerentes às actividades de produção
de plantas, de conservação de povoamentos, de explo-
Mecânico de aparelhos de precisão qualifi- ração florestal e de produções acessórias, conduzindo
cado. — (Definição idêntica à de oficial de conservação e manobrando máquinas florestais ou agrícolas a que
qualificado.) poderão adaptar-se alfaias ou outros equipamentos.
Opera com quaisquer máquinas de força motriz para
Mecânico de automóveis. — É o trabalhador que transporte e arrumação de matérias-primas, responsa-
detecta as avarias mecânicas, repara, afina, monta e des- biliza-se pelo acondicionamento de materiais e orienta
monta os órgãos dos automóveis e outras viaturas e e auxilia as respectivas operações; quando habilitado
executa outros trabalhos relacionados com esta mecâ- com carta de condução, conduz veículos automóveis e
nica. cuida do funcionamento, manutenção, limpeza e carga
dos mesmos; zela pela manutenção preventiva e cor-
Motorista (pesados e ligeiros). — É o trabalhador que, rectiva do material que lhe é distribuído; colabora em
possuindo carta de condução profissional, tem a seu processos de laboratório para preparação de ensaios;
cargo a condução de veículos automóveis (ligeiros e executa tarefas de repicagem e introdução de material
pesados), competindo-lhe ainda zelar, sem execução, vegetal, utilizando técnicas e meios adequados; elabora
pela boa conservação e limpeza do veículo e pela carga folhas de registo e de controlo de utilização, consumos,
que transporta. Orienta e auxilia a carga e descarga. etc., das máquinas que lhe estão atribuídas.
Verifica diariamente os níveis de óleo e de água. Con-
duzindo veículos ligeiros com distribuição e veículos Operador de computador estagiário. — É o trabalhador
pesados, poderá ser acompanhado de ajudante de que desempenha as funções de operador de computador
motorista. sob a orientação e supervisão de um operador.
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
fissionais com formação/especialização nas actividades são as seguintes:
laboratoriais. Idade mínima — a exigida na lei;
Habilitações escolares — curso do ensino secundá-
2 — As condições de admissão destes trabalhadores rio (12.o ano) da área de formação adequada
são as seguintes: à função, sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante.
Idade mínima — a exigida na lei;
Habilitações escolares — curso do ensino secundá- II — Estágio
rio (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
via profissionalizante. estágio.
Civil
IV — Densidades Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 9 8
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5
7 — Para os profissionais integrados nas categorias Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o
seguinte esquema de densidades máximas face ao total
do efectivo na carreira:
II — Progressão na carreira
Grau V — 25 %
Graus IV e V — 50 % 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
cumulativa da verificação de mérito profissional no desem-
V — Deontologia profissional penho da função, potencial para desempenho de funções
8 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc- superiores e do cumprimento dos tempos mínimos de per-
trica/instrumentação terão sempre direito a recusar cum- manência exigidos para cada nível, que são os seguintes:
prir ordens contrárias à boa técnica profissional, nomea-
damente normas de segurança das instalações eléctricas. 6.o ano 9.o ano
de escolaridade de escolaridade
Categorias ou equivalente ou equivalente
9 — Estes trabalhadores podem também recusar obe- —
Anos
—
Anos
diência a ordens de natureza técnica que não sejam
emanadas de superior habilitado.
Mecânica/eléctrica
10 — Sempre que, no exercício da sua profissão, estes Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . – –
trabalhadores corram riscos de electrocussão ou de des- Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 4 3
cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
a sua integridade física não podem trabalhar sem que Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
sejam acompanhados por outro profissional.
Civil
11 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc- Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . – –
trica/instrumentação obrigam-se a guardar sigilo pro- Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 4 3
fissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
Empresa, bem como no respeitante a comunicações Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
escutadas no exercício da sua profissão.
III — Densidades
H) Técnicos de conservação mecânica, eléctrica e civil
7 — O número de profissionais que poderá integrar
I — Integração na carreira
cada um dos planos de carreira não deverá exceder a
1 — Os planos da carreira de técnicos de conservação percentagem de 15 % do efectivo existente para estas
mecânica, eléctrica e civil compreendem quatro níveis áreas de actividade.
de progressão.
I) Técnico superior
2 — A integração na carreira far-se-á pelo nível de I — Admissão e período experimental
enquadramento imediatamente superior ao que o tra-
balhador possui, dependendo das habilitações escolares, 1 — Neste grupo estão integrados os profissionais de
experiência e mérito profissional. formação académica superior, licenciatura, diplomados
Tabela de remunerações
Grupo de enquadramento Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de António Maria Teixeira de Matos Cordeiro.
contratação a termo e aos trabalhadores que se encon-
tram em regime de período experimental. Pelo SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante
e Fogueiros de Terra:
Cláusula 3.a
Preenchimento de postos de trabalho
1 — A empresa diligenciará reconverter, para função 7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro-
compatível com as suas capacidades, os trabalhadores moções automáticas serão contados desde o início do
parcialmente incapacitados por motivo de acidente de desempenho de funções ou desde a última promoção
trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos- na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso
sível, a empresa informará, por escrito, o trabalhador algum, mais de uma promoção por efeito da entrada
interessado das razões dessa impossibilidade. em vigor deste acordo.
6 — Os delegados que pertençam simultaneamente 1 — Cada membro da direcção das organizações sin-
à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para
pelo número anterior. o exercício das suas funções.
7 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito 2 — A direcção interessada deverá comunicar com
de horas de um delegado sindical seja utilizado por um dia de antecedência as datas e o número de dias
outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados de que os respectivos membros necessitem para o exer-
que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas. cício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade,
nos dias úteis imediatos ao primeiro dia em que faltarem.
Cláusula 22.a
Número de delegados sindicais Cláusula 26.a
1 — O número de delegados sindicais de cada sin- Quotização sindical
dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança
sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos
na cláusula anterior, é calculado da forma seguinte: respectivos, depois de recebidas as declarações indivi-
a) Estabelecimento com 50 a 99 trabalhadores duais dos trabalhadores.
sindicalizados — 2;
b) Estabelecimento com 100 a 199 trabalhadores Cláusula 27.a
sindicalizados — 3;
c) Estabelecimento com 200 a 499 trabalhadores Direito à greve
sindicalizados — 6. Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
2 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con- o exercício de tal direito.
selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer
no respectivo estabelecimento, a identificação dos dele-
gados sindicais, bem como daqueles que fazem parte CAPÍTULO V
das CS e CI, por meio de carta registada com aviso
de recepção, de que será afixada cópia nos locais reser- Prestação de trabalho
vados às informações sindicais.
Cláusula 28.a
3 — O procedimento referido no número anterior
será igualmente observado nos casos de substituição ou Período normal de trabalho
cessação de funções. 1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos
Cláusula 23.a termos da lei e do presente acordo.
Reuniões
2 — A duração média do período normal de trabalho
1 — A CI, a CS, quando aquela não existir, ou ainda semanal é de trinta e nove horas, sem prejuízo dos horá-
o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú- rios de duração média inferior existentes na Empresa.
nem-se com o conselho de administração ou com quem
este designar para o efeito, sempre que uma ou outra 3 — A duração média do período normal de trabalho
parte o julgarem conveniente. diário é de oito horas.
3 — O disposto no número anterior não afecta os 3 — A identificação dos trabalhadores que integram
direitos adquiridos pelos trabalhadores que à data da o regime de prevenção deve constar de uma escala a
entrada em vigor deste acordo prestam serviço em elaborar periodicamente.
regime de laboração contínua.
4 — O período de prevenção inicia-se imediatamente
4 — Os trabalhadores de turno cujo serviço o permita após o termo do último período normal de trabalho
terão direito a um intervalo de uma hora, que, nos ter- anterior e finda imediatamente antes do início do pri-
mos gerais, não se considera tempo de trabalho. meiro período normal de trabalho subsequente.
6 — Quanto às férias pretendidas fora do período 1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
indicado no número anterior, consideram-se marcadas sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada início, esteja temporariamente impedido por facto que
ano a empresa não se manifestar expressamente em não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
contrário. ou serviço militar.
7 — Na falta de acordo, caberá à empresa a elabo- 2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul-
ração do mapa de férias, nos termos da lei. tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri-
8 — Na falta de acordo, a empresa só poderá marcar buição correspondente ao período de férias não gozado
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro. e respectivo subsídio.
1 — O valor da retribuição horária será calculado pela 1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente
aplicação da fórmula seguinte: acordo têm direito a receber pelo Natal, independen-
temente da assiduidade, um subsídio de valor corres-
(Remuneração base+diuturnidades+subsídio de turno+IHT)×12
pondente a um mês de remuneração, mais diuturnidades
Período normal de trabalho semanal×52 e subsídios de turno e de isenção de horário de trabalho.
2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór- 2 — O subsídio referido no número anterior será pago
mula prevista no número anterior não inclui a retri- com a retribuição de Novembro, sendo o seu montante
buição especial por isenção do horário de trabalho. determinado pelos valores a que tenha direito nesse
mês.
Cláusula 62.a
3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano
Diuturnidades
a que o subsídio de Natal diz respeito receberão a impor-
Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efec- tância proporcional aos meses completos que medeiam
tivo da empresa à data de 31 de Maio de 1994, aplica-se entre a data da sua admissão e 31 de Dezembro.
o regime constante da cláusula 62.a do AE Portucel,
S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 4 — No ano da cessação do contrato de trabalho,
1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. qualquer que seja a causa, a empresa pagará ao tra-
balhador tantos duodécimos do subsídio de Natal quan-
tos os meses completos de trabalho no ano da cessação.
Cláusula 63.a
Subsídio de turno 5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus-
pensão do contrato de trabalho por impedimento pro-
1 — Os trabalhadores em regime de turnos têm longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal
direito a receber, mensalmente, um subsídio calculado proporcional aos meses completos de trabalho prestado
a partir da base de indexação definida na cláusula durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se
seguinte de: ao disposto neste número os casos de licença por parto
1.1 — No regime de três turnos de laboração contínua nos termos da cláusula 86.a, casos em que não produzirão
ou no regime de dois turnos equiparáveis a laboração qualquer redução ao valor do subsídio.
contínua, abrangidos pelas condições constantes no n.o 2
da cláusula 31.a, aos valores de subsídio de turno refe- 6 — Sempre que durante o ano a que corresponde
ridos acrescem, respectivamente, 8 % e 6 % da remu- o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração
neração base individual. superior à sua remuneração normal, nomeadamente em
virtude de substituição, tem direito a um subsídio de
2 — Os subsídios de turno indicados no número ante- Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida
rior incluem a remuneração por trabalho nocturno. de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu-
nerações quantos os meses completos de serviço em
3 — Estes subsídios serão devidos quando os traba- que tenham auferido a superior, até 31 de Dezembro.
lhadores se encontrem em gozo de férias.
7 — Considera-se mês completo de serviço para os
4 — Os subsídios previstos nesta cláusula vencem-se efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior
no fim de cada mês e são devidos a cada trabalhador a 15 dias.
1 — O trabalhador que seja chamado a prestar serviço 3 — Têm direito ao subsídio de infantário as mães
na fábrica ou em qualquer outro local durante o seu e ainda viúvos, divorciados ou separados judicialmente
período de descanso diário ou em dia de descanso sema- a quem tenha sido atribuído com carácter de exclusi-
nal ou feriado e não faça parte de equipa de prevenção, vidade o poder paternal e que tenham a seu cargo filhos
ou fazendo, não esteja escalado, tem direito a receber: até 6 anos de idade, inclusive, enquanto estes não fre-
quentarem o ensino primário.
a) Prémio de chamada, no valor de uma hora de
trabalho normal, com o acréscimo previsto na 4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias,
cláusula 68.a, conforme o período em que a cha- sendo nele descontado o valor proporcional ao número
mada se verifique; de dias completos de ausência do beneficiário.
b) Pagamento do trabalho efectivamente prestado,
com a garantia mínima da retribuição de duas 5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo
horas de trabalho normal, com o acréscimo pre- que a trabalhadora possa utilizar serviços adequados
visto na cláusula 68.a, conforme o período em ao dispor da empresa ou logo que o filho perfaça 7 anos
que a chamada se verifique. de idade.
1 — A empresa obriga-se a fornecer transporte gra- 1 — A empresa tem poder disciplinar sobre os tra-
tuito a todos os trabalhadores ao seu serviço, de e para balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo
o respectivo local de trabalho, no início e termo do com as normas estabelecidas no presente acordo e na
respectivo período normal de trabalho diário, até ao lei.
limite máximo de 20 km, por estrada, para cada lado,
salvo regalias superiores já em vigor. 2 — A empresa exerce o poder disciplinar por inter-
médio do conselho de administração ou dos superiores
2 — Nos casos em que o número de trabalhadores hierárquicos do trabalhador, mediante delegação
não justifique o fornecimento de transporte ou não seja daquele.
possível à empresa fornecê-lo, será concedido um sub-
sídio ao trabalhador igual ao custo da deslocação em 3 — A acção disciplinar exerce-se obrigatoriamente
transporte público. Este subsídio não é atribuído para mediante processo disciplinar, salvo se a sanção for a
distâncias inferiores a 1 km. repreensão simples.
2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço 2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac-
implique deslocações habituais e que, com prévia auto- ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um
rização da empresa, utilizem viatura própria para o quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retri-
efeito têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido buição correspondente a 10 dias.
em serviço, em que P representa o preço da gasolina
super. 3 — A suspensão do trabalho não pode exceder, por
cada infracção, 12 dias e, em cada ano civil, o total
3 — Se a empresa constituir, em benefício do tra- de 30 dias.
balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos, Cláusula 82.a
incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
previsto no número anterior será de 0,25. Processo disciplinar
4 — A falta das formalidades referidas nas alíneas b), 3 — É também considerado abusivo o despedimento
f), g) e h) do número anterior determina a nulidade da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante
insuprível do processo e a consequente impossibilidade a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela
de se aplicar a sanção. e este sejam conhecidos da empresa.
6 — Se, no caso do n.o 4, a sanção consistir no des- 1 — Se a empresa aplicar alguma sanção abusiva nos
pedimento, o trabalhador tem direito a indemnização casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior,
a determinar nos termos gerais de direito. indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito,
com as alterações constantes dos números seguintes.
7 — O trabalhador arguido em processo disciplinar
pode ser suspenso preventivamente até decisão final, 2 — Se a sanção consistir no despedimento, a inde-
nos termos da lei, mantendo, porém, o direito à retri- mnização não será inferior ao dobro da fixada na lei
buição e demais regalias durante o tempo em que durar para despedimento nulo, sem prejuízo do direito do tra-
a suspensão preventiva. balhador optar pela reintegração na empresa, nos ter-
mos legais.
8 — Em caso de suspensão preventiva, a empresa
obriga-se a comunicá-la ao órgão referido na alínea f) 3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não
do n.o 3 no prazo máximo de cinco dias. será inferior a 10 vezes a importância da retribuição
perdida.
9 — As sanções serão comunicadas ao sindicato res-
pectivo no prazo máximo de cinco dias. Cláusula 85.a
Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas
10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
lugar nos três meses subsequentes à decisão. 1 — Se a empresa aplicar alguma sanção abusiva no
caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 83.a,
11 — O trabalhador, por si ou pelo seu representante, o trabalhador terá os direitos consignados na cláusula
pode recorrer da decisão do processo disciplinar para anterior, com as seguintes alterações:
o tribunal competente.
a) Em caso de despedimento, a indemnização
nunca será inferior à retribuição correspondente
12 — Só serão atendidos para fundamentar o des-
pedimento com justa causa os factos para o efeito expres- a um ano;
samente invocados na comunicação prevista na alínea h) b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior
do n.o 3. são elevados para o dobro.
Cláusula 83.a 2 — Se se tratar de caso previsto no n.o 3 da cláu-
Sanções abusivas sula 83.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar
pela reintegração na empresa, nos termos legais, a
1 — Consideram-se abusivas as sanções disciplinares indemnização será o dobro da fixada na lei para des-
motivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou por pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri-
iniciativa do sindicato que o represente: buições que a trabalhadora teria direito a receber se
a) Haver reclamado legitimamente contra as con- continuasse ao serviço até final do período aí fixado,
dições de trabalho; consoante a que for mais elevada.
a) Reembolso das despesas efectuadas com matrí- 1 — A empresa assegurará aos trabalhadores con-
culas e propinas, contra apresentação de docu- dições de segurança, higiene e saúde em todos os aspec-
mento comprovativo das mesmas, após prova tos relacionados com o trabalho.
de aproveitamento em, pelo menos, 50 % das
disciplinas que constituem o ano do curso que 2 — Para efeitos do número anterior, a empresa apli-
se frequenta, e na proporção do aproveitamento cará as medidas necessárias, tendo em conta as políticas,
tido; os princípios e as técnicas previstos na legislação nacio-
b) Reembolso, nas condições referidas na alínea nal sobre esta matéria.
anterior, das despesas com material didáctico
recomendado, dentro dos limites seguidamente
indicados: 3 — Para a aplicação das medidas necessárias no
campo da segurança, higiene e saúde no trabalho
Até ao 6.o ano de escolaridade — 9752$/ano; (SHST), a empresa deverá assegurar o funcionamento
Do 7.o ao 9.o ano de escolaridade — de um serviço de SHST dotado de pessoal certificado
12 898$/ano; e de meios adequados e eficazes, tendo em conta os
Do 10.o ao 12.o ano de escolaridade — riscos profissionais existentes nos locais de trabalho.
16 914$/ano;
Ensino superior ou equiparado — 31 212$/ano. 4 — Para promoção e avaliação das medidas aplicadas
no domínio da SHST, deve a empresa assegurar a infor-
5 — O pagamento das despesas referidas no número mação, consulta e participação dos trabalhadores e das
anterior será feito pelos valores praticados no ensino suas organizações representativas, assim como dos seus
público, mediante entrega de comprovativo. representantes na empresa.
6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da 5 — A empresa actuará de forma a facilitar e garantir
empresa, de atribuição de funções ou categoria de a eleição, funcionamento e organização das actividades
acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten- dos RT-SHST e das CHST na empresa e nas relações
der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço. destes representantes dos trabalhadores com o exterior
Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer de acordo com a lei.
ao serviço da empresa por um período mínimo de dois
anos. 6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação e
formação adequada e suficiente em todos os domínios
CAPÍTULO XI da SHST tendo em conta as respectivas funções e o
Regalias sociais posto de trabalho.
5 — O crédito individual mensal para o exercício de 3 — São atribuições do médico do trabalho, nomea-
funções de RT-SHST é o previsto na lei. damente:
a) Identificação dos postos de trabalho com risco
Cláusula 94.a de doenças profissionais ou de acidentes de
Comissões de higiene e segurança no trabalho (CHST) trabalho;
b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores
1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con- de acidentes de trabalho;
certação social ao nível da empresa, para as questões c) Organização de cursos de primeiros socorros
de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho, e de prevenção de acidentes de trabalho e doen-
serão criadas em cada empresa comissões de higiene ças profissionais com o apoio dos serviços téc-
e segurança no trabalho (CHST). nicos especializados oficiais ou particulares;
d) Exame médico de admissão e exames periódicos
2 — As CHST são comissões de composição numérica especiais dos trabalhadores, particularmente das
variável, paritárias, de representação dos trabalhadores mulheres, dos menores, dos expostos a riscos
e da empresa, e com acção exclusiva no interior da específicos e dos indivíduos de qualquer forma
empresa. inferiorizados.
3 — São constituídas pelos RT-SHST referidos no 4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão
número anterior, com respeito pelo princípio da pro- dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo
das instalações.
A — Produção de papel . . . . . . . . A1 — Preparação de pasta e adi-
Oficial electricista. — É o trabalhador que executa, tivos; condução (zona húmida)
modifica, conserva e repara instalações eléctricas de alta e secagem (zona seca).
e ou baixa tensão, desde que devidamente encartado; A2 — Acabamentos.
B — Produção de energia . . . . . . B1 — Produção e distribuição de
orienta o assentamento de estruturas para suporte de vapor e energia.
aparelhagem eléctrica; participa nos ensaios de circuitos, B2 — Bombagem e tratamento
máquinas e aparelhagem, inspeccionando periodica- de águas.
mente o seu funcionamento, com vista a detectar defi-
ciências de instalação e funcionamento. Guia-se nor- Operador de processo extra. — É o trabalhador ope-
malmente por esquemas e outras especificações técnicas. rador de processo qualificado que desempenha indis-
Operador de processo de 1.a (pasta, papel e ener- Pré-oficial electricista. — É o trabalhador que coad-
gia). — É o trabalhador qualificado com formação téc- juva os oficiais e, cooperando com eles, executa tra-
nica específica e experiência profissional que lhe permite balhos de menor responsabilidade.
executar tarefas de operação, compreendendo a respon-
sabilidade de condução e orientação de máquinas ou Preparador de trabalho. — É o trabalhador que desen-
conjunto de maquinismos. Procede à leitura, registo e volve um conjunto de acções tendentes à correcta defi-
interpretação de resultados provenientes de valores ana- nição da utilização de métodos e processos, meios huma-
líticos (análises realizadas ou não por ele) e instrumentos nos e materiais, por forma a minimizar o tempo de
de medida, efectuando as correcções e ajustes neces- imobilização dos equipamentos e melhorar a qualidade
sários, de modo a assegurar as melhores condições de dos trabalhos; estuda os equipamentos, por forma a defi-
produção e segurança. Participa anomalias de funcio- nir as operações a efectuar, bem como a periodicidade,
namento que não possa ou não deva corrigir; vela pelo com vista a garantir o bom funcionamento dos mesmos;
estado de conservação do equipamento; pode, eventual- estabelece fichas de diagnóstico para pesquisa de avarias
mente, colaborar em trabalhos de manutenção. e reparações estandardizadas; estabelece métodos e pro-
cessos de trabalho e estima necessidades de mão-de-obra
Operador de processo de 2.a (pasta, papel e energia). — para o realizar (em quantidade e qualificação); afecta
É o trabalhador que executa o mesmo tipo de tarefas aos trabalhos a realizar materiais específicos, sobres-
do operador de processo de 1.a, mas que exijam um salentes e ferramentas especiais; faz o acompanhamento
grau menor de responsabilidade e especialização. Pode da evolução do estado dos equipamentos e do desen-
igualmente executar tarefas relacionadas com o controlo volvimento dos trabalhos preparados, introduzindo,
de qualidade de produção. Vigia o estado de conser- sempre que necessário, as alterações convenientes;
vação do equipamento, assegurando a limpeza das ins- decide sobre o que deverá ser preparado e qual o res-
talações. Substitui, na sua área de actividade, o operador pectivo grau de detalhe; colabora no cálculo de custos
responsável pelo equipamento. de conservação; elabora as listas de sobressalentes por
equipamento e colabora na sua recepção.
Operador de processo de 3.a (pasta, papel e energia). —
É o trabalhador que opera com máquinas ou colabora Preparador de trabalho auxiliar. — É o trabalhador que
na condução de maquinismos, realizando tarefas pouco vela pela permanente existência em armazém dos
complexas. Assegura a limpeza do equipamento e das sobressalentes e dos materiais necessários, de acordo
com as especificações definidas, através de um controlo
instalações. Pode igualmente colaborar em trabalhos de
sistemático de consumos e dos conhecimentos dos parâ-
manutenção. Substitui, na sua área de actividade, ope-
metros de gestão. Assegura a existência em armazém
radores de nível imediatamente superior.
de todos os sobressalentes e materiais indicados nas lis-
tas para cada equipamento e colabora com o fiel de
Operador de processo principal (pasta, papel e ener- armazém na identificação, especificação e codificação
gia). — É o trabalhador altamente qualificado cuja dos sobressalentes e materiais. Em colaboração com os
formação prática ou teórica, aptidão e experiência pro- preparadores de trabalho, procede ao cálculo dos parâ-
fissional lhe permite executar tarefas próprias do ope- metros da gestão, tendo em conta a importância do equi-
rador de processo de 1.a na condução de equipamentos pamento, prazo de entrega e origem dos fornecedores.
de maior complexidade tecnológica. Coordena, sem fun- Mantém-se ao corrente dos processos de aquisição de
ções de chefia, a actividade de trabalhadores de escalão materiais e sobressalentes e assegura-se de que as requi-
inferior. sições efectuadas apresentam as características reque-
ridas. Informa os preparadores e planificadores da che-
Operador de processo qualificado (pasta, papel e ener- gada de materiais e sobressalentes que não havia em
gia). — É o trabalhador operador de processo principal stock. Procede à análise periódica do ficheiro de sobres-
capaz de desempenhar indistintamente todas as funções salentes e informa superiormente sobre consumos anor-
próprias da produção de pasta crua e branca, ou pro- mais de materiais ou sobressalentes. Colabora com o
dução de papel, podendo colaborar com os encarregados preparador nas preparações dos trabalhos menos qua-
ou chefes de turnos no desempenho das suas funções. lificados.
Pode coordenar o serviço de profissionais em equipas,
que chefia. Preparador de trabalho principal. — É o trabalhador
que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti-
Operador de processo estagiário (pasta, papel e ener- dão, possui um nível de qualificação que lhe permite
gia). — É o trabalhador que executa, em colaboração que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
directa com os operadores, tarefas e operações simples âmbito da preparação do trabalho. Pode coordenar o
no âmbito da produção, tendo em vista a sua preparação trabalho de outros profissionais de qualificação inferior
para a função de operador de processo. em equipas, que não chefia, constituídas para trabalhos
de preparação bem determinados.
Operador qualificado fogueiro. — É o trabalhador ope-
rador principal habilitado com a carteira profissional Preparador de trabalho qualificado. — É o trabalha-
de fogueiro de 1.a e especializado em condução das dor, oriundo da categoria profissional de preparador
4 — As provas deverão ser realizadas nos meses de 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
Maio/Junho e Novembro/Dezembro de cada ano, fissionais com formação/especialização nas actividades
devendo os pedidos ser formulados até ao fim dos meses administrativas.
de Fevereiro e Agosto, respectivamente.
2 — As condições de admissão destes trabalhadores
5 — Se, por motivos devidamente justificados, o tra- são as seguintes:
balhador não puder comparecer à prova profissional já
marcada, esta transitará para a época de provas ime- a) Idade mínima — a exigida na lei;
diata. b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
dário (12.o ano) da área de formação adequada
6 — Na impossibilidade por parte da empresa de rea- à função, sendo condição preferencial o curso
lizar as provas profissionais na época determinada pelo via profissionalizante.
pedido de inscrição do trabalhador, estas serão reali-
zadas no período seguinte, produzindo efeitos a eventual II — Estágio
promoção 30 dias após o último dia da época em que
se deveria ter realizado a prova. 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio.
7 — As eventuais promoções decorrentes da avaliação
de mérito, complementada com provas profissionais, 4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
produzirão efeitos 30 dias após a realização da respectiva
prova. III — Progressão na carreira
8 — Cada candidato só poderá ser submetido a provas 5 — O plano de carreira de assistente administrativo
com o intervalo mínimo de dois anos, contados a partir compreende sete níveis de progressão.
da data da realização da prova.
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
9 — Incluem-se neste regime as seguintes categorias
cumulativa das seguintes condições:
profissionais:
Analista de 1.a Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
Analista principal. básico ou equivalente, sendo condição preferen-
Desenhador de execução do grau I. cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
Fiel de 1.a definidas no n.o 2;
Fiel principal. Obter mérito profissional no desempenho da fun-
Oficial da construção civil de 1.a ção e potencial para o desempenho de funções
Oficial electricista de 1.a mais qualificadas;
Oficial electricista principal. Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
Oficial metalúrgico de 1.a gidos para cada nível, que são os seguintes:
Oficial metalúrgico principal.
Preparador de trabalho auxiliar (dois anos). Grupos Tempos
Preparador de trabalho dos graus I e II (mecâ- de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)
nica/eléctrica).
Recepcionista de materiais de 1.a
Recepcionista de materiais de 2.a 7 Assistente administrativo do grau V –
Recepcionista de materiais de 3.a (dois anos). 8 Assistente administrativo do grau IV 5
9 Assistente administrativo do grau III 3
Recepcionista de materiais principal. 10 Assistente administrativo do grau II 3
Técnico de instrumentação de controlo industrial 11 Assistente administrativo do grau I 2
de 1.a 12 Assistente administrativo estagiário
Técnico de instrumentação de controlo industrial do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
13 Assistente administrativo estagiário
de 2.a (dois anos). do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Técnico especialista de instrumentação.
a) O prémio será atribuído, por cada hora efectiva a) Idade mínima — a exigida na lei;
de trabalho, aos trabalhadores directa e per- b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
manentemente envolvidos na condução de gera- dário (12.o ano) da área de formação adequada
dores de vapor e de equipamentos auxiliares à função, sendo condição preferencial o curso
dos mesmos quando localizados no interior dos via profissionalizante.
compartimentos onde estão instaladas as cal-
deiras e abrange a seguinte categoria profis- II — Estágio
sional: 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio.
Operador industrial (área/actividade ener-
gia);
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será III — Progressão na carreira
pago aos trabalhadores referenciados na alínea
anterior no final de cada mês, proporcional- 5 — O plano de carreira de técnico analista de labo-
mente às horas de trabalho efectivamente pres- ratório compreende sete níveis de progressão.
tadas;
c) O prémio não será atribuído durante as férias, 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
não integrando a retribuição mensal. cumulativa das seguintes condições:
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
E) Técnico administrativo/industrial básico ou equivalente, sendo condição preferen-
I — Admissão
cial para o acesso aos graus IV e V as habilitações
definidas no n.o 2;
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- Obter mérito profissional no desempenho da fun-
fissionais que desempenham funções técnicas nas áreas ção e potencial para o desempenho de funções
de planeamento, investigação operacional, projecto, mais qualificadas;
processo, produção, conservação, administração, comer- Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
cial, recursos humanos, organização e informática. gidos para cada nível, que são os seguintes:
5 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac- correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o
1 — Neste grupo estão integrados os profissionais de 1 — A carreira dos profissionais electricistas inicia-se
formação académica superior, licenciatura, diplomados pela categoria de pré-oficial.
em escolas nacionais ou estrangeiras oficialmente reco-
nhecidas, nomeadamente universidades e institutos 2 — As condições de admissão de trabalhadores elec-
superiores. tricistas são:
a) Idade mínima — a exigida na lei;
2 — Na admissão dos trabalhadores integrados neste b) Habilitações mínimas — as exigidas por lei.
grupo será sempre exigido diploma ou documento equi-
valente e carteira profissional, quando exigido por lei. 3 — Só poderão ser admitidos ao serviço da empresa
os oficiais electricistas que sejam portadores da respec-
tiva carteira profissional devidamente legalizada.
3 — O período experimental destes trabalhadores é
o previsto neste acordo. II — Promoções e acessos
Tabela de remunerações
Grupo
de Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
enquadramento
1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00
Declaração CAPÍTULO I
A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Traba- Área, âmbito e vigência
lhadores de Serviços, por si e em representação dos
sindicatos seus filiados: Cláusula 1.a
Área e âmbito
SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escri-
tório, Comércio, Hotelaria e Serviços; O presente acordo de empresa aplica-se a todo o
SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinha- território do continente e obriga, por um lado, a Portucel
gem da Marinha Mercante e Fogueiros de Terra. Embalagem — Empresa Produtora de Embalagens de
Cartão, S. A., e por outro lado, os trabalhadores ao
Lisboa, 2 de Outubro de 1998. — Pelo Secretariado: seu serviço membros das organizações sindicais outor-
(Assinaturas ilegíveis.) gantes.
2 — As promoções processar-se-ão de acordo com o 2 — Por local de trabalho entende-se aquele em que
estabelecido neste acordo e em regulamentação interna o trabalhador presta normalmente serviço ou, quando
da Empresa, que definirá condições complementares de o local não seja fixo, a sede, delegação ou estabele-
promoção e meios para a sua apreciação e controlo. cimento a que o trabalhador esteja adstrito.
3 — A duração média do período normal de trabalho 4 — Os trabalhadores de turno cujo serviço o permita
diário é de oito horas. terão direito a um intervalo de uma hora, que, nos ter-
mos gerais, não se considera tempo de trabalho.
Cláusula 30.a 5 — Nenhum trabalhador poderá ser mudado de
Horário de trabalho horário ou turno senão após um período de descanso
nunca inferior a doze horas.
1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do
início e do termo do período de trabalho diário, bem Cláusula 33.a
como a dos intervalos de descanso diários.
Troca de turnos
3 — A identificação dos trabalhadores que integram 3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante-
o regime de prevenção deve constar de uma escala a rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi-
elaborar periodicamente. cação da hierarquia feita com a máxima antecedência
possível.
4 — O período de prevenção inicia-se imediatamente
após o termo do último período normal de trabalho 4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra-
anterior e finda imediatamente antes do início do pri- balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
meiro período normal de trabalho subsequente. díveis.
2 — É permitida a marcação do período de férias 3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1.o tri-
num máximo de três períodos interpolados, devendo mestre do ano civil imediato:
ser garantido que um deles tenha a duração mínima a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar
efectiva de 10 dias úteis consecutivos. graves prejuízos à Empresa ou ao trabalhador
1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito O pagamento da retribuição deve ser efectuado até
a férias do trabalhador, salvo o disposto no número ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei.
seguinte.
Cláusula 58.a
2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór-
Impedimentos prolongados mula prevista no número anterior não inclui a retri-
buição especial por isenção do horário de trabalho.
1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente, Cláusula 63.a
e o impedimento se prolongue por mais de um mês,
cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na Diuturnidades
medida em que pressuponham a efectiva prestação de
trabalho. Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efec-
tivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, aplica-se
o regime constante da cláusula 62.a do AE Portucel,
2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,
antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
direito no termo da suspensão.
Cláusula 64.a
3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por
detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão Subsídio de turno
judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto
no número anterior, salvo se, entretanto, o contrato tiver 1 — Os trabalhadores em regime de turnos têm
sido rescindido com fundamento em justa causa. direito a receber, mensalmente, um subsídio calculado
a partir da base de indexação definida na cláusula
4 — O contrato caducará a partir do momento em seguinte, de:
que se torne certo que o impedimento é definitivo. a) 9,52 % da referida base de indexação, quando
em regime de dois turnos com folga fixa;
5 — O impedimento prolongado não prejudica a b) 10,96 % da base de indexação, quando em
caducidade do contrato de trabalho no termo do prazo regime de dois turnos com folga variável;
pelo qual tenha sido celebrado. c) 12,38 % da base de indexação, quando em
regime de três turnos sem laboração contínua;
6 — A suspensão não prejudica o direito de, durante d) 18,29 % da base de indexação, quando em
ela qualquer das partes rescindir o contrato, ocorrendo regime de três turnos com laboração contínua.
justa causa.
Cláusula 59.a 1.1 — No regime de três turnos de laboração contínua
ou no regime de dois turnos equiparáveis a laboração
Licenças sem retribuição contínua, abrangidos pelas condições constantes no n.o 2
da cláusula 32.a, aos valores de subsídio de turno refe-
A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen- ridos acrescem, respectivamente, 8 % e 6 % da remu-
ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha- neração base individual.
dores, devidamente fundamentada.
2 — Os subsídios de turno indicados no número ante-
CAPÍTULO VII rior incluem a remuneração por trabalho nocturno.
1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno 1 — Os trabalhadores seleccionados para o corpo de
obtém-se a partir da média simples das remunerações bombeiros da Empresa do serviço de protecção contra
da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula: incêndios receberão mensalmente os subsídios seguin-
tes, de harmonia com a classificação do respectivo posto:
M= R
n Aspirante — 3910$;
sendo: Bombeiro de 3.a classe — 4160$;
Bombeiro de 2.a classe — 4675$;
M — média simples das remunerações; Bombeiro de 1.a classe — 5200$;
R — soma das remunerações de todos os grupos Subchefe — 5470$;
salariais; Chefe — 5725$;
n — número de grupos salariais constantes do Ajudante de comando — 6235$.
anexo III.
2 — Perdem o direito ao subsídio os trabalhadores
2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos que faltem injustificadamente às instruções ou às emer-
subsídios de turnos serão arredondados para a dezena gências para que sejam solicitados.
de escudos imediatamente superior.
Cláusula 68.a
Cláusula 66.a Remuneração do trabalho nocturno
7 — Considera-se mês completo de serviço para os 2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra-
efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentam verba
a 15 dias. inferior a 70 565$ mensais, em média anual.
1 — Aos trabalhadores será fornecida uma refeição 2 — Nos casos em que o número de trabalhadores
em espécie por dia de trabalho prestado, nos locais de não justifique o fornecimento de transporte ou não seja
actividade onde for possível a sua confecção. possível à Empresa fornecê-lo, será concedido um sub-
sídio ao trabalhador igual ao custo da deslocação em
2 — As refeições fornecidas em espécie pela Empresa transporte público. Este subsídio não é atribuído para
devem ter níveis equivalentes para todos os trabalha- distâncias inferiores a 1 km.
dores, seja qual for o local de trabalho, e ser servidas
em condições de higiene e conforto. 3 — Quando os trabalhadores residam em locais não
servidos por transportes públicos ser-lhes-á atribuído um
3 — Quando não haja possibilidade de fornecimento subsídio de valor equivalente àquele que é atribuído
de refeição em espécie, cada trabalhador terá direito para igual distância, nos termos previstos nos números
a um subsídio de 1425$ por cada dia de trabalho anteriores.
prestado.
Cláusula 78.a
4 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus- Deslocações
tificadas, não tenham prestado trabalho no período de
1 — O regime das deslocações em serviço é o cons-
trabalho imediatamente anterior à refeição não terão
tante de regulamento interno da Empresa, que faz parte
direito a esta ou ao subsídio respectivo.
integrante deste acordo.
5 — Considera-se que os trabalhadores têm direito
2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço
a uma refeição nos termos dos números anteriores
implique deslocações habituais e que, com prévia auto-
quando prestem trabalho durante quatro horas entre
rização da Empresa, utilizem viatura própria para o
as 0 e as 8 horas.
efeito têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido
em serviço, em que P representa o preço da gasolina
6 — A Empresa encerrará aos sábados, domingos e
super.
feriados os refeitórios e atribuirá, em alternativa, o sub-
sídio previsto nesta cláusula, salvo se os trabalhadores
3 — Se a Empresa constituir, em benefício do tra-
interessados decidirem, por maioria, em contrário.
balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos,
incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
Cláusula 76.a previsto no número anterior será de 0,25.
Subsídio de infantário
1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta 1 — A Empresa garantirá a todos os seus trabalha-
cláusula depende do reconhecimento por parte da dores, nas condições das normas constantes de regu-
Empresa do interesse do curso frequentado para a car- lamento próprio que faz parte integrante deste acordo,
reira profissional do trabalhador nesta, bem como da as seguintes regalias:
verificação das condições de aproveitamento previstas a) Seguro social;
no n.o 2. b) Complemento de subsídio de doença e acidentes
de trabalho;
2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta c) Subsídio de casamento;
cláusula está, ainda, dependente da verificação cumu- d) Subsídio especial a deficientes;
lativa das seguintes condições: e) Complemento de reforma;
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo f) Subsídio de funeral.
do curso frequentado ou no mesmo número de
disciplinas, quando em anos sucessivos; 2 — O regime global de regalias sociais previsto no
b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos, número anterior substitui quaisquer outros regimes par-
dois terços do número de disciplinas do ano ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a
Segurança, higiene e saúde no trabalho 2 — É obrigação dos trabalhadores zelar pela sua
segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde
das outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas
Cláusula 92.a
acções ou omissões no trabalho.
Obrigações da Empresa
3 — Os trabalhadores deverão cooperar na Empresa,
1 — A Empresa assegurará aos trabalhadores con- estabelecimento ou serviço para melhoria do sistema
dições de segurança, higiene e saúde em todos os aspec- de SHST.
tos relacionados com o trabalho.
4 — É obrigação dos trabalhadores participarem nas
2 — Para efeitos do número anterior, a Empresa apli- actividades, procurarem a informação e receberem a
cará as medidas necessárias, tendo em conta as políticas, formação sobre todos os aspectos relacionados com a
os princípios e as técnicas previstos na legislação nacio- SHST, assim como comunicar imediatamente ao supe-
nal sobre esta matéria. rior hierárquico ou, não sendo possível, aos RT-SHST,
previstos na cláusula 94.o, as avarias e deficiências por
si detectadas que se lhes afigurem susceptíveis de ori-
3 — Para a aplicação das medidas necessárias no ginar perigo grave e iminente, assim como qualquer
campo da segurança, higiene e saúde no trabalho defeito verificado nos sistemas de protecção.
(SHST), a Empresa deverá assegurar o funcionamento
de um serviço de SHST dotado de pessoal certificado
e de meios adequados e eficazes, tendo em conta os Cláusula 94.a
riscos profissionais existentes nos locais de trabalho. Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene
e saúde no trabalho
4 — Para promoção e avaliação das medidas aplicadas 1 — Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei,
no domínio da SHST, deve a Empresa assegurar a infor- a eleger e a serem eleitos RT-SHST.
mação, consulta e participação dos trabalhadores e das
suas organizações representativas, assim como dos seus 2 — É direito das organizações sindicais participarem
representantes na Empresa. e intervirem na Empresa na organização e eleição dos
RT-SHST.
5 — A Empresa actuará de forma a facilitar e garantir
a eleição, funcionamento e organização das actividades 3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos
dos representantes dos trabalhadores (RT-SHST) e das os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo
comissões de higiene e segurança no trabalho (CHST) o princípio da representação pelo método de Hondt,
na Empresa e nas relações destes representantes dos podendo concorrer à eleição listas apresentadas pelas
trabalhadores com o exterior de acordo com a lei. organizações sindicais ou subscritas por 20 % dos tra-
balhadores.
6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação e
formação adequada e suficiente em todos os domínios 4 — As funções, actividades, direitos e obrigações dos
da SHST tendo em conta as respectivas funções e o RT-SHST são os decorrentes da legislação específica.
posto de trabalho.
5 — O crédito individual mensal para o exercício de
funções de RT-SHST é o previsto na lei.
7 — A Empresa deverá ainda proporcionar condições
para que os RT-SHST e os membros das CHST na
Empresa possam receber informação e formação ade- Cláusula 95.a
quada, concedendo, para tanto, se necessário, licença Comissões de higiene e segurança no trabalho
sem retribuição.
1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con-
certação social ao nível da Empresa, para as questões
8 — A Empresa não pode prejudicar, de qualquer de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho,
forma, os trabalhadores pelas suas actividades na SHST será criada em cada estabelecimento da Empresa uma
ou em virtude de estes se terem afastado do seu posto CHST.
de trabalho ou de uma área perigosa, em caso de perigo
grave e imediato, ou por terem adoptado medidas para 2 — As CHST são comissões de composição numérica
a sua própria segurança ou de outrem. variável, paritárias, de representação dos trabalhadores
e da Empresa em cada estabelecimento, e com acção
9 — Os encargos financeiros provenientes das acti- exclusiva no interior da Empresa.
vidades da SHST na Empresa deverão ser assegurados
na íntegra por esta, nomeadamente as actividades dos 3 — São constituídas pelos RT-SHST referidos no
representantes dos RT. artigo anterior, com respeito pelo princípio da propor-
4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão Ajudante. — É o trabalhador que, sob orientação de
dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo trabalhador de nível superior, é responsável pela exe-
Chefe de equipa. — É o trabalhador que, sob orien- Condutor de máquinas, aparelhos de elevação e trans-
tação directa do superior hierárquico, dirige e orienta porte. — É o trabalhador que conduz guinchos, pórticos
tecnicamente um grupo de trabalhadores, que pode ser rolantes, empilhadores, gruas de elevação e quaisquer
do grau equivalente ao seu, sem ser chefe de equipa outras máquinas de força motriz para transporte e arru-
da mesma área profissional, desempenhando também mação de materiais ou produtos dentro dos estabele-
tarefas de executante. cimentos industriais.
Chefe de equipa de máquinas de execução manual. — É Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
o trabalhador que, sob orientação directa do superior porte principal. — É o trabalhador, oriundo da categoria
hierárquico, dirige e orienta tecnicamente um grupo de profissional de condutor de máquinas e aparelhos de
trabalhadores que pode ser de grau equivalente ao seu elevação e transporte de 1.a, que conduz quaisquer
desde que em máquinas de execução manual de tra- máquinas de força motriz para transporte e arrumação
balhos complementares de embalagem. Esta função de materiais ou produtos dentro das instalações indus-
inclui as seguintes máquinas: escateladora de divisórias, triais. É responsável pelo acondicionamento dos mate-
parafinadora, prensa de recortes sem desmoldagem, riais, bem como pela conservação e manutenção dos
agrafadeira de braço, agrafadeira de prato, agrafadeira veículos que conduz. Se habilitado com a carta de con-
semiautomática, cortadora de abas, cortadora de placas, dução profissional, pode exercer funções de motorista.
escateladora de divisórias, máquina de encaixar divi-
sórias, máquina semiautomática de fecho e metralha- Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
dora de entrega manual. porte qualificado. — É o trabalhador, oriundo da cate-
goria profissional de condutor de máquinas e aparelhos
Chefe de equipa de máquinas transformadoras. — É de elevação e transporte principal, que conduz quaisquer
o trabalhador que, sob orientação directa do superior tipos de máquinas de força motriz para transporte e
hierárquico, dirige e orienta tecnicamente um grupo de arrumação de materiais ou produtos dentro das insta-
trabalhadores que pode ser de grau equivalente ao seu, lações industriais. Controla e coordena equipas poli-
englobando trabalhos de máquinas transformadoras não valentes, que pode chefiar quando necessário. Quando
referidas na anterior definição de funções. devidamente habilitado e treinado desempenha funções
de motorista.
Chefe de secção (função industrial ou função admi-
nistrativa). — É o trabalhador que coordena, dirige e Controlador de fabrico. — É o trabalhador responsável
controla o trabalho de um grupo de profissionais nos pelo controlo de fabrico de um sector de produção, atra-
aspectos funcionais e hierárquicos. vés de ensaios químicos ou físicos, cujos resultados, que
interpreta, vai fornecendo, por forma a efectuar cor-
Chefe de sector (função industrial ou função adminis- recções adequadas à obtenção do produto final com
trativa). — É o trabalhador que planifica, coordena e as características pretendidas; procede eventualmente
Técnico de manutenção. — É o trabalhador que Técnico superior do grau III. — É o trabalhador cuja
desenvolve acções de manutenção nas áreas eléctrica, formação de base se alargou e consolidou através do
electrónica, instrumentação, mecânica, óleo-hidráulica exercício de actividade profissional relevante durante
e telecomunicações. Executa peças, faz montagens, des- um período limite de tempo. O nível das funções que
montagens, calibragens, ensaios, ajustes, afinações, normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
detecção e reparação de avarias, conservação de equi- tos seguintes:
pamentos eléctricos, electrónicos, hidráulicos, mecâni-
cos, pneumáticos e plásticos. Guia-se por esquemas, a) Toma decisões autónomas e actua por iniciativa
desenhos e outras especificações técnicas e utiliza própria no interior do seu domínio de activi-
máquinas, ferramentas e outros aparelhos adequados dade, não sendo o seu trabalho supervisionado
ao seu trabalho. Sempre que necessário, colabora com em pormenor, embora receba orientação téc-
os trabalhos da produção, assegura funções de lubri- nica em problemas invulgares ou complexos;
ficação, montagem de acessos, isolamentos e a limpeza b) Pode exercer funções de chefia hierárquica ou
após a execução dos trabalhos. De acordo com a sua condução funcional de unidades estruturais per-
formação/especialização, desempenha, indistintamente, manentes ou grupos de trabalhadores ou actuar
várias funções consoante o seu nível de responsabilidade. como assistente de profissionais mais qualifi-
Assim: cados na chefia de estruturas de maior dimen-
são, desde que na mesma não se incluam pro-
Manutenção eléctrica/instrumentação: fissionais de qualificação superior à sua;
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos
Electricidade (alta tensão e baixa tensão);
implicam capacidade técnica evolutiva e ou
Electrónica;
envolvem a coordenação de factores ou acti-
Instrumentação (electrónica e pneumática);
vidades diversificadas no âmbito do seu próprio
Telecomunicações;
domínio de actividade;
d) As decisões tomadas e soluções propostas, fun-
Manutenção mecânica:
damentadas em critérios técnico-económicos
Serralharia (mecânica, civil e plásticos); adequados, serão necessariamente remetidas
Soldadura; para os níveis competentes de decisão quando
Máquinas e ferramentas; tenham implicações potencialmente importan-
Mecânica de viaturas; tes a nível das políticas gerais e sectoriais da
Óleo-hidráulica. Empresa, seus resultados, imagem exterior ou
posição no mercado e relações de trabalho no
Quando necessário, coordena ou chefia equipas seu exterior.
pluridisciplinares.
Técnico superior do grau IV. — É o trabalhador deten-
Técnico principal de electrónica. — É o trabalhador tor de especialização considerável num campo particular
que concebe, estuda, instala, utiliza, substitui e conserva de actividade ou possuidor de formação complementar
sistemas, equipamentos e aparelhagens no âmbito da e experiência profissional avançadas ao conhecimento
sua especialização. Pode chefiar outros profissionais de genérico de áreas diversificadas para além da corres-
qualificação inferior. pondente à sua formação base. O nível de funções que
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
Técnico superior dos graus I e II. — É o trabalhador tos seguintes:
que exerce funções menos qualificadas da sua especia-
a) Dispõe de autonomia no âmbito da sua área
lidade. O nível de funções que normalmente desem-
de actividade, cabendo-lhe desencadear iniciativas
penha é enquadrável entre os seguintes pontos:
e tomar decisões condicionadas pela política
a) De uma forma geral, presta assistência a pro- estabelecida para essa área, em cuja definição
fissionais mais qualificados na sua especialidade deve participar. Recebe trabalho com simples
ou domínio de actividade dentro da Empresa, indicação do seu objectivo. Avalia autonoma-
actuando segundo instruções detalhadas, orais mente as possíveis implicações das suas decisões
ou escritas. Através da procura espontânea, ou actuação nos serviços por que é responsável
autónoma e crítica de informações e instruções no plano das políticas gerais, posição externa,
complementares, utiliza os elementos de con- resultados e relações de trabalho da Empresa.
sulta conhecidos e experiências disponíveis na Fundamenta propostas de actuação para deci-
Empresa ou a ela acessíveis; são superior quando tais implicações sejam sus-
b) Quando do grau II, poderá coordenar e orientar ceptíveis de ultrapassar o seu nível de res-
trabalhadores de qualificação inferior à sua ou ponsabilidade;
realizar estudos e proceder à análise dos res- b) Pode desempenhar funções de chefia hierár-
pectivos resultados; quica de unidades de estrutura da Empresa
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos desde que na mesma não se integrem profis-
terão uma amplitude e um grau de complexi- sionais de qualificação superior à sua;
dade compatível com a sua experiência e ser- c) Os problemas e tarefas que lhe são cometidos
-lhe-ão claramente delimitados, do ponto de envolvem o estudo e desenvolvimento de solu-
Técnico superior do grau VI. — É o trabalhador que, 1 — As carreiras profissionais criadas ou a criar pela
pela sua formação, currículo profissional e capacidade Empresa para os grupos profissionais não abrangidos
pessoal, atingiu, dentro de uma especialização ou num pelas carreiras automáticas previstas neste anexo deve-
vasto domínio de actividade dentro da Empresa, as mais rão, em princípio, obedecer às seguintes regras básicas,
elevadas responsabilidades e grau de autonomia. O nível sem prejuízo de situações que justifiquem tratamento
das funções que normalmente desempenha é enqua- diferente, nomeadamente as já regulamentadas pelo
drável entre os pontos seguintes: presente acordo.
1.1 — São condições necessárias à progressão na car-
a) Dispõe do máximo grau de autonomia de jul-
reira profissional:
gamento e iniciativa, apenas condicionados pela
observância das políticas gerais da Empresa em a) A permanência mínima de três e máxima de
cuja definição vivamente participa e pela acção cinco anos na categoria inferior;
dos corpos gerentes ou dos seus representantes b) A obtenção de mérito profissional em processo
exclusivos; de avaliação de desempenho;
b) Como gestor, chefia, coordena e controla a acti- c) Capacidade para desempenhar as tarefas ou
vidade de múltiplas unidades estruturais da assumir as responsabilidades correspondentes
Empresa numa das suas grandes áreas de gestão, às novas funções/nível de carreira.
ou em várias delas, tomando decisões funda-
mentais de carácter estratégico com implicações 1.2 — O acesso nas carreiras poderá prever condições
directas e importantes no funcionamento, posi- de formação básica e formação profissional, mediante
ção exterior e resultados da Empresa; frequência, com aproveitamento, das acções de forma-
c) Como técnico ou especialista, dedica-se ao ção adequadas.
estudo, investigação e solução de questões com-
plexas altamente especializadas ou com elevado 2 — Os profissionais em aprendizagem ascenderão
conteúdo de inovação, apresentando soluções automaticamente ao primeiro nível da respectiva car-
originais de elevado alcance técnico, económico reira, não podendo a permanência em cada nível de
ou estratégico. aprendizagem ter duração superior a um ano.
Grupos Tempos
7 Assistente administrativo do grau V – de Níveis/categorias mínimos
8 Assistente administrativo do grau IV 5 enquadramento (anos)
9 Assistente administrativo do grau III 3
10 Assistente administrativo do grau II 3
11 Assistente administrativo do grau I 2 7 Assistente técnico de vendas do
12 Assistente administrativo estagiário grau V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . –
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 8 Assistente técnico de vendas do
13 Assistente administrativo estagiário grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9 Assistente técnico de vendas do
grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
10 Assistente técnico de vendas do
grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Os profissionais que não possuam as habilitações 11 Assistente técnico de vendas do
escolares definidas no n.o 2 poderão progredir grau I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
para os graus IV e V com o 9.o ano de escolaridade 12 Assistente técnico de vendas esta-
giário do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . 1
e um mínimo de 10 anos de experiência pro- 13 Assistente técnico de vendas esta-
fissional na actividade; para os restantes graus giário do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . 1
desde que com o 6.o ano de escolaridade pos-
suam o mínimo de 10 anos de experiência pro-
fissional na actividade. Os profissionais que não possuam as habilitações
escolares definidas no n.o 2 poderão progredir
IV — Densidades para os graus IV e V com o 9.o ano de escolaridade
e um mínimo de 10 anos de experiência pro-
7 — Para os profissionais integrados nas categorias fissional na actividade; para os restantes graus
correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o desde que com o 6.o ano de escolaridade pos-
seguinte esquema de densidades máximas face ao total suam o mínimo de 10 anos de experiência pro-
do efectivo na carreira: fissional na actividade.
Grau V — 25 %;
Graus IV e V — 50 %. IV — Densidades
5 — O plano da carreira de assistente técnico de ven- 3 — O plano da carreira de fiel de armazém com-
das compreende sete níveis de progressão. preende quatro níveis de progressão.
a) Idade mínima — a exigida na lei; 1 — Para além das condições fixadas na regulamen-
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- tação da profissão de fogueiro, as condições de admissão
dário (12.o ano) da área de formação adequada destes trabalhadores são as seguintes:
à função, sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante. a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
II — Estágio
dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de via profissionalizante.
estágio.
II — Estágio
4 — O estágio terá a duração máxima de um ano.
2 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
III — Progressão na carreira
estágio.
5 — O plano da carreira de operador industrial com- 3 — O estágio terá a duração máxima de um ano.
preende seis níveis de progressão.
III — Condições específicas e únicas dos trabalhadores
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
4 — Independentemente das medidas de segurança
cumulativa das seguintes condições:
existentes, as funções inerentes à operação de caldeiras
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino convencionais, quando localizadas no interior dos com-
básico ou equivalente, sendo condição preferen- partimentos onde estão instaladas as caldeiras, compor-
cial para acesso aos níveis principal e qualificado tam, cumulativamente, riscos de graves acidentes cor-
as habilitações definidas no n.o 2; porais e condições conjuntas de gravosidade e perigo-
2 — A integração na carreira far-se-á pelo nível de 2 — Na admissão dos trabalhadores integrados neste
enquadramento imediatamente superior ao que o tra- grupo será sempre exigido diploma ou documento equi-
balhador possui, dependendo das habilitações escolares, valente e carteira profissional, quando exigido por lei.
experiência e mérito profissional.
3 — O período experimental destes trabalhadores é
3 — Desta integração não poderá resultar a ascensão o previsto neste acordo.
para mais do que o nível de enquadramento imedia-
tamente superior.
II — Progressão na carreira
4 — É condição necessária para a integração na car- 4 — O plano de carreira de técnico superior com-
reira o desempenho de duas das funções referidas na preende seis níveis de responsabilidade e enquadra-
definição de funções de cada uma das categorias mento.
profissionais.
5 — A progressão na carreira dependerá da existência
5 — Os tempos mínimos de experiência profissional
cumulativa das seguintes condições:
exigidos para a integração dependem das habilitações
escolares e são os seguintes: Mérito profissional no desempenho da função;
Potencial para o desempenho de funções mais
6.o ano 9.o ano qualificadas.
de escolaridade de escolaridade
Categorias
ou equivalente ou equivalente
(anos) (anos)
6 — O técnico superior do grau I poderá passar ao
grau II após um ano de permanência naquela categoria.
Mecânica/eléctrica
Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 10 III — Funções
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 8
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 7 — As funções destes profissionais serão as corres-
pondentes aos diversos níveis.
II — Progressão na carreira
8 — Enquadram-se neste grupo de técnicos superio-
6 — A progressão na carreira dependerá da existência res os profissionais que desempenham funções técnicas
cumulativa da verificação de mérito profissional no nas áreas de planeamento, investigação operacional,
desempenho da função, potencial para desempenho de engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos huma-
funções superiores e do cumprimento dos tempos míni- nos, organização, informática e comercial.
I — Admissão Grupo 3:
1 — As condições de admissão para os trabalhadores Analista de sistemas de 1.a
com vista ao exercício das funções incluídas neste grupo Técnico superior do grau IV.
são as seguintes:
Grupo 4:
a) Curso secundário unificado/geral (mecânica,
electricidade, construção civil ou artes visuais) — Analista de sistemas de 2.a
que ingressam em tirocinante de desenho pelo Delegado técnico-comercial do grau III.
período de dois anos (1.o e 2.o anos), findo o Encarregado geral fabril (a).
qual passam a desenhador de execução do Programador de aplicações qualificado.
grau II-A; Secretário(a) de direcção ou administração do
b) Curso industrial (Decreto-Lei n.o 37 029) ou grau V.
curso complementar — 11.o ano (nomeada- Técnico administrativo/industrial do grau IV.
mente mecanotecnia, electrotecnia, construção Técnico superior do grau III.
(b) Inclui:
Analista de laboratório principal.
Assistente administrativo do grau III.
Produção de embalagem (Albarraque, Guilhabreu, Leiria). Assistente de vendas do grau II.
Assistente técnico de vendas do grau III.
(c) Inclui: Chefe de equipa (a).
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Conservação mecânica e lubrificação (Albarraque). transporte qualificado.
Conservação de viaturas e lubrificação (Albarraque).
Desenhador de execução do grau I.
Electricista principal.
Grupo 7: Encarregado (b).
Assistente administrativo do grau V. Expedidor principal.
Assistente técnico de vendas do grau V. Fiel de armazém qualificado.
Desenhador-maquetista (arte finalista). Lubrificador qualificado.
Desenhador-projectista. Motorista qualificado (ligeiros e pesados).
Operador de computador qualificado. Oficial metalúrgico principal.
Planificador principal. Operador de computador de 1.a
Electricista. Ajudante.
Mecânico de automóveis. Ajudante de cargas e descargas.
Pré-montagem. Ajudante de fiel de armazém.
Serralheiro mecânico.
Ajudante de motorista.
Ajudante de produção de embalagem.
Grupo 11: Assistente administrativo estagiário do 1.o ano.
Assistente técnico de vendas estagiário do 1.o ano.
Amostrista ou maquetista de 1.a Fiel de armazém de carimbos.
Analista de laboratório de 2.a Operador industrial estagiário.
Arquivista técnico do grau I. Praticante do 1.o ano.
Assistente administrativo do grau I. Pré-oficial electricista do 1.o ano.
Assistente técnico de vendas do grau I. Preparador de laboratório.
Auxiliar administrativo de 1.a Técnico analista de laboratório estagiário do 1.o ano.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e Técnico de manutenção estagiário do 1.o ano.
transporte de 1.a Tirocinante.
Controlador de fabrico de 1.a Tirocinante desenhador do 1.o ano.
Grupo
de Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
enquadramento
1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00
A cada remuneração base constante desta tabela salarial acresce, Vidreira, Extractiva, Energia e Química representa a
para todos os efeitos, a importância de 7180$, referente à integração seguinte associação sindical:
do subsídio de formação.
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de contratação SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia,
a termo e aos trabalhadores que se encontram em regime de período
experimental. Química e Indústrias Diversas.
16 860$;
Entrado em 27 de Janeiro de 1999.
19 420$; Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 170 do
21 930$; livro n.o 8, com o n.o 20/99, nos termos do artigo 24.o
32 400$. do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual.
Lisboa, 3 de Novembro de 1998.
Pela Portucel Embalagem — Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S. A.:
(Assinatura ilegível.)
Para os devidos efeitos se declara que a FETICEQ — 3 — A matéria de expressão pecuniária será revista
Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, anualmente.
9 — As negociações iniciar-se-ão dentro dos 15 dias 1 — Se a Empresa readmitir ao seu serviço um tra-
a contar do prazo fixado no n.o 8. balhador cujo contrato tenha sido rescindido anterior-
mente, por qualquer das partes, o tempo de antiguidade
10 — O presente acordo intergra as tabelas salariais ao serviço da Empresa no período anterior à rescisão
e valores para as cláusulas de expressão pecuniária em será contado na readmissão se nisso acordarem por
vigor na Empresa a partir de 16 de Setembro de 1998. escrito o trabalhador e a Empresa.
Cláusula 27.a
Cláusula 31.a
Direito à greve
Turnos
Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
o direito de greve, não podendo a Empresa impedir 1 — Deverão ser organizados turnos rotativos de pes-
o exercício de tal direito. soal diferente sempre que o período de funcionamento
ultrapasse os limites máximos dos períodos normais de
trabalho diário.
CAPÍTULO V
2 — Os trabalhadores de turno cujo serviço o permita
Prestação de trabalho terão direito a um intervalo de uma hora, que, nos ter-
mos gerais, não se considera tempo de trabalho.
Cláusula 28.a
Período normal de trabalho
3 — Nenhum trabalhador poderá ser mudado de
horário ou turno senão após um período de descanso
1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos nunca inferior a doze horas.
termos da lei e do presente acordo.
3 — As trocas de turno não poderão determinar: 3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante-
rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi-
a) Prestação de trabalho consecutivo com duração
cação da hierarquia feita com a máxima antecedência
superior a dezasseis horas;
possível.
b) Prejuízo para o número de descansos semanais
a que o trabalhador tenha direito por trabalho
4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra-
prestado;
balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
c) Pagamento de qualquer trabalho suplementar,
díveis.
ou atribuição de quaisquer descansos compen-
satórios.
5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se
pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto
4 — Sempre que, em virtude de troca de turno, o
nas cláusulas 36.a e 37.a
trabalhador preste serviço no seu dia de descanso sema-
nal, deverá efectuar a «destroca» nos 30 dias subse-
quentes, de modo que o descanso perdido em virtude Cláusula 36.a
da troca seja recuperado neste prazo.
Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho
5 — Os trabalhadores que pretendam trocar de turnos 1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar
devem comunicar, por escrito, o facto à Empresa com em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar:
a máxima antecedência possível ou imediatamente após
a troca. a) Durante o primeiro período do dia de trabalho
imediato se, entre as 22 e as 7 horas, for prestado
6 — O regime desta cláusula é aplicável às trocas um mínimo de três a seis horas de trabalho
entre trabalhadores de turnos e trabalhadores em horá- suplementar;
rio geral desde que, neste último caso, se trate de tra- b) Durante ambos os períodos do dia de trabalho
balhadores cujo elenco de funções integra a substituição imediato se, entre as 22 e as 7 horas, forem
de profissionais em turnos, nas suas férias, faltas ou prestadas seis ou mais horas de trabalho suple-
impedimentos. mentar.
Cláusula 33.a 2 — Se o trabalhador em horário de turnos rotativos
Isenção de horário de trabalho prolongar o seu período de trabalho, tem direito a entrar
ao serviço doze horas após ter concluído a prestação
1 — O regime de isenção de horário de trabalho é de trabalho suplementar ou a não a iniciar se o pro-
o previsto na lei. longamento for superior a sete horas.
2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário 3 — O trabalhador tem direito a uma refeição, nos
de trabalho é também devido nos subsídios de férias termos das alíneas seguintes, quando o período normal
e de Natal. desta esteja intercalado no período de trabalho suple-
Cláusula 34.a mentar:
Trabalho nocturno a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga-
mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições
1 — Considera-se trabalho nocturno o trabalho pres- previstas na cláusula 70.a;
tado no período que decorre entre as 20 horas de um b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de
dia e as 7 horas do dia imediato. 193$;
c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas
2 — Considera-se igualmente como nocturno o tra- de custo em vigor na Empresa, em caso de des-
balho diurno prestado em antecipação ou prolonga- locação em serviço.
mento de um turno nocturno.
4 — Para efeitos do número anterior, consideram-se
3 — Para efeitos do número anterior, considera-se períodos normais de refeição:
nocturno o turno em que sejam realizadas pelo menos
sete horas consecutivas entre as 20 horas de um dia a) Pequeno-almoço — das 7 às 9 horas;
e as 7 horas do dia imediato. b) Almoço — das 12 às 14 horas;
c) Jantar — das 19 às 21 horas;
d) Ceia — das 24 às 2 horas.
Cláusula 35.a
Trabalho suplementar 5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei-
ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como
1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele
trabalho suplementar nos casos em que o período pre-
que é prestado fora do horário de trabalho.
visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi-
tes definidos no número anterior. Nos casos em que
2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado:
o início e o termo previsíveis do período de trabalho
a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés- suplementar coincidam, respectivamente, com o pri-
cimos eventuais de trabalho; meiro ou o último dos limites previstos no número ante-
10 — Sempre que as conveniências de produção o 4 — A alteração e a interrupção das férias não pode-
justifiquem, poderá a empresa, mediante autorização rão prejudicar o gozo seguido de 10 dias úteis con-
do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, substituir secutivos.
o regime fixado pelo encerramento total ou parcial dos Cláusula 45.a
serviços da Empresa até 20 dias. Doença no período de férias
Cláusula 63.a
CAPÍTULO VII
Base de indexação
Retribuição
1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno
Cláusula 58. a obtém-se a partir da média simples das remunerações
da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula:
Remuneração base
M= R
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu- n
nerações base mínimas constantes do anexo III. sendo:
M — média simples das remunerações;
a R — soma das remunerações de todos os grupos
Cláusula 59. salariais;
Tempo, local e forma de pagamento n — número de grupos salariais constantes do
anexo III.
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até
ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei. 2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos
subsídios de turnos serão arredondados para a dezena
Cláusula 60.a de escudos imediatamente superior.
Determinação da retribuição horária
Cláusula 64.a
1 — O valor da retribuição horária será calculado pela
aplicação da fórmula seguinte: Subsídio de Natal
5 — Considera-se que os trabalhadores têm direito 1 — O regime das deslocações em serviço é o cons-
a uma refeição nos termos dos números anteriores tante de regulamento interno da Empresa, que faz parte
quando prestem trabalho durante quatro horas entre integrante deste acordo.
as 0 e as 8 horas.
2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço
6 — A Empresa encerrará aos sábados, domingos e implique deslocações habituais e que, com prévia auto-
feriados os refeitórios e atribuirá, em alternativa, o sub- rização da Empresa, utilizem viatura própria para o
sídio previsto nesta cláusula, salvo se os trabalhadores efeito têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido
interessados decidirem, por maioria, em contrário. em serviço, em que P representa o preço da gasolina
super.
Cláusula 71.a
Subsídio de infantário
3 — Se a Empresa constituir, em benefício do tra-
balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos,
1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
frequência de infantário ou a utilização dos serviços de previsto no número anterior será de 0,25.
ama, dentro dos seguintes valores:
Infantário — 9105$;
Ama — 5930$. CAPÍTULO VIII
Cessação do contrato de trabalho
2 — Não serão consideradas, para efeitos do número
anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali-
mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência Cláusula 74.a
do infantário ou a utilização dos serviços de ama. Cessação do contrato de trabalho
5 — A Empresa actuará de forma a facilitar e garantir 2 — É direito das organizações sindicais participarem
a eleição, funcionamento e organização das actividades e intervirem na Empresa na organização e eleição dos
dos representantes dos trabalhadores (RT)-segurança, RT-SHST.
higiene e saúde no trabalho (SHST) e das comissões
de higiene e saúde no trabalho (CHST) na Empresa 3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos
e nas relações destes representantes dos trabalhadores os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo
com o exterior de acordo com a lei. o princípio da representação pelo método de Hondt,
podendo concorrer à eleição listas apresentadas pelas
6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação e associações sindicais ou subscritas por 20 % dos tra-
formação adequada e suficiente em todos os domínios balhadores.
Analista de aplicações de 2.a — É o trabalhador que Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe-
desenvolve as soluções apresentadas pelo analista de cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun-
sistemas, tomando em conta o equipamento a utilizar cionamento do escritório, nomeadamente reprodução
e sendo apoiado na análise funcional por um analista e transmissão de documentos, estabelecimento de liga-
mais qualificado. Define e documenta, no âmbito das ções telefónicas e envio, preparação, distribuição e
suas actividades, as fases elementares do processamento, entrega de correspondência e objectos inerentes ao ser-
esboçando os planos de teste. Pode também efectuar viço interno e externo. Recebe, anuncia e presta infor-
tarefas complexas do domínio da programação. mações a visitantes, podendo, quando necessário, exe-
cutar trabalhos de dactilografia e outros afins. Presta
Analista de aplicações principal. — É o trabalhador serviços correlativos ao funcionamento dos escritórios.
que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti-
dão, possui um nível de qualificação que permite que Chefe de departamento. — É o trabalhador que estuda,
lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no âmbito organiza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários
da análise de aplicações informáticas e eventualmente serviços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
de programação. Pode coordenar o trabalho de outros exerce, dentro do serviço que chefia, e na esfera da
profissionais de qualificação inferior em equipas, que sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
não chefia, constituídas para trabalhos de análise e pro- calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
gramação bem determinados. das actividades dos serviços, segundo as orientações e
fins definidos. Pode executar tarefas específicas respei-
Analista de sistemas de 1.a — É o trabalhador que, tantes aos serviços que chefia. Pode colaborar na defi-
além das funções gerais de analista de sistemas (analista nição das políticas inerentes à sua área de actividade
de sistemas de 2.a), avalia sistemas desenvolvidos e dese- e na preparação das respectivas decisões estratégicas.
nhados por outros analistas e recomenda aperfeiçoa-
mentos, podendo ainda dirigir e coordenar equipas de Chefe de sector administrativo. — É o trabalhador que
desenvolvimento de sistemas. planifica, coordena e desenvolve actividades do sector
que chefia, assegurando o cumprimento dos programas
Analista de sistemas de 2.a — É o trabalhador que e objectivos fixados superiormente. Orienta nos aspectos
recolhe e analisa a informação com vista ao desenvol- funcionais e hierárquicos os profissionais do sector.
vimento e ou modificação de sistemas de processamento
de dados. O âmbito da análise inclui a racionalização Chefe de serviço. — É o trabalhador que estuda, orga-
dos processos administrativos que têm interligação com niza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários ser-
os sistemas a desenvolver e ou modificar, bem como viços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
da organização dos serviços intervenientes. Documenta exerce, dentro do serviço que chefia, e nos limites da
as conclusões no dossier de análise de sistemas. Traduz sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
as necessidades em sistemas lógicos, económicos e exe- calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
Técnico superior do grau V. — É o trabalhador deten- 1 — As carreiras profissionais criadas ou a criar pela
tor de sólida formação num campo de actividade espe- Empresa para os grupos profissionais não abrangidos
cializado, complexo e importante para o funcionamento pelas carreiras automáticas previstas neste anexo deve-
ou economia da Empresa e também aquele cuja for- rão, em princípio, obedecer às seguintes regras básicas,
mação e currículo profissional lhe permite assumir sem prejuízo de situações que justifiquem tratamento
importantes responsabilidades com implicações em diferente, nomeadamente as já regulamentadas pelo
áreas diversificadas da actividade empresarial. O nível presente AE.
das funções que normalmente desempenha é enqua- 1.1 — São condições necessárias à progressão na car-
drável entre os seguintes pontos: reira profissional:
a) Dispõe de ampla autonomia de julgamento e a) A permanência mínima de três e máxima de
iniciativa no quadro das políticas e objectivos cinco anos na categoria inferior;
da(s) respectiva(s) área(s) de actividade da b) A obtenção de mérito profissional em processo
Empresa em cuja definição participa e por cuja de avaliação de desempenho;
execução é responsável; c) Capacidade para desempenhar as tarefas ou
b) Como gestor, chefia, coordena e controla um assumir as responsabilidades correspondentes
conjunto complexo de unidades estruturais cuja às novas funções/nível de carreira.
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos. 5 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade
dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac-
terização, da existência cumulativa das seguintes con-
III — Progressão na carreira dições:
5 — O plano de carreira de assistente administrativo Mérito profissional no desempenho da função;
compreende sete níveis de progressão. Potencial para o desempenho de funções mais
qualificadas.
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
cumulativa das seguintes condições: C) Técnico de manutenção
I — Admissão
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen- 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações fissionais com formação/especialização na actividade de
definidas no n.o 2; manutenção mecânica e ou eléctrica.
Tabela de remunerações
Grupo
de Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
enquadramento
1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00
Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços: A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Traba-
António Maria Teixeira de Matos Cordeiro. lhadores de Serviços, por si e em representação dos
sindicatos seus filiados:
Pelo SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante
e Fogueiros de Terra: SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escri-
(Assinatura ilegível.) tório, Comércio, Hotelaria e Serviços.
Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
Extractiva, Energia e Química: Lisboa, 2 de Outubro de 1998. — Pelo secretariado:
José Luís Carapinha Rei. (Assinaturas ilegíveis.)
IX Servente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 400$00
Área e âmbito
XIII Paquete 16/17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 000$00
O presente AE obriga, por um lado, todos os tra-
balhadores ao serviço dessa empresa, qualquer que seja
a categoria profissional atribuída, desde que represen- Praticantes/aprendizes e pré-oficiais
tados pelas organizações sindicais outorgantes.
Produção de efeitos
Contabilista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
II 128 800$00
Encarregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Porto, 15 de Janeiro de 1999.
Caixeiro mais de três anos . . . . . . . . . . . . .
Biselador/lapidador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pela VIDRARTE — Armando Barbosa & Carneiro, L.da:
Colocador de vidro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cortador de vidros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Assinatura ilegível.)
III 123 000$00
Espelhador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Guarda-livros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
Motorista de pesados . . . . . . . . . . . . . . . . . Extractiva, Energia e Química:
Operador de fazer arestas ou bisel . . . . . . .
(Assinaturas ilegíveis.)