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Boletim do 7

Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE


Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade
Preço 2898$00
Edição: Centro de Informação Científica e Técnica (IVA incluído)

BOL. TRAB. EMP. 1.A SÉRIE LISBOA VOL. 66 N.o 7 P. 379-654 22-FEVEREIRO-1999

ÍNDICE
Regulamentação do trabalho:
Pág.
Despachos/portarias:
...

Portarias de regulamentação do trabalho:


...

Portarias de extensão:
...

Convenções colectivas de trabalho:

— AE entre a Portucel Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S. A., e a FETESE — Feder. dos Tra-
balhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381

— AE entre a Portucel Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S. A., e o SETAA — Sind. da Agricultura,
Alimentação e Florestas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 404

— AE entre a Portucel Industrial — Empresa Produtora de Celulose, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores
de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 426

— AE entre a Portucel Tejo — Empresa de Celulose do Tejo, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores
de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 468

— AE entre a Portucel Viana — Empresa Produtora de Papéis Industriais, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos
Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 508

— AE entre a Portucel Recicla — Indústria de Papel Reciclado, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores
de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 549

— AE entre a Portucel Embalagem — Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S. A., e a FETESE — Feder. dos
Sind. dos Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 585

— AE entre a PORTUCEL — Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind.
dos Trabalhadores de Serviços e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 625
da
— AE entre a VIDRARTE — Armando Barbosa & Carneiro, L. , e a FETICEQ — Feder. dos Trabalhadores das Ind.
Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química — Alteração salarial e outra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 652

— AE entre a Cerâmica de Conímbriga, Lameiro, Gonçalves & C.a, L.da, e o SINTICAVS — Sind. Nacional dos Trabalhadores
das Ind. de Cerâmica, Cimentos, Abrasivos, Vidro e Similares — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 653

— AE entre a CIMPOR — Indústria de Cimentos, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. dos trabalhadores de Escritório
e Serviços e outros — Rectificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 653
SIGLAS ABREVIATURAS
CCT — Contrato colectivo de trabalho. Feder. — Federação.
ACT — Acordo colectivo de trabalho. Assoc. — Associação.
PRT — Portaria de regulamentação de trabalho. Sind. — Sindicato.
PE — Portaria de extensão. Ind. — Indústria.
CT — Comissão técnica. Dist. — Distrito.
DA — Decisão arbitral.
AE — Acordo de empresa.

Composição e impressão: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, E. P. — Depósito legal n.o 8820/85 — Tiragem: 3500 ex.

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REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS
...

PORTARIAS DE REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO


...

PORTARIAS DE EXTENSÃO
...

CONVENÇÕES COLECTIVAS DE TRABALHO

AE entre a Portucel Florestal — Empresa de Desen- CAPÍTULO II


volvimento Agro-Florestal, S. A., e a FETESE —
Feder. dos Trabalhadores de Serviços e outros. Preenchimento de postos de trabalho

Cláusula 3.a
CAPÍTULO I
Preenchimento de postos de trabalho
Área, âmbito e vigência
A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou
Cláusula 1. a postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço,
desde que estes reúnam as condições necessárias para
Área e âmbito esse preenchimento.
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o
território nacional e obriga, por um lado, a Portucel Cláusula 4.a
Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-Flores-
tal, S. A., e, por outro, os trabalhadores ao seu serviço Admissões
membros das organizações sindicais outorgantes. 1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con-
Aos trabalhadores rurais contratados para actividades dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula-
sazonais ou outras será aplicado o estatuto regulador mentação interna da Empresa.
das relações de trabalho rural, nos termos da legislação
específica. 2 — Toda e qualquer admissão será precedida de
Cláusula 2.a exame médico adequado, feito a expensas da Empresa.
Vigência, denúncia e revisão
3 — No acto de admissão a Empresa fornecerá ao
1 — O processo de negociação processar-se-á nos ter- trabalhador cópias do presente acordo e dos regula-
mos da legislação aplicável. mentos internos da Empresa.

2 — O presente acordo de empresa vigorará pelo 4 — A Empresa não deverá, em regra, admitir tra-
prazo de dois anos. balhadores reformados.

3 — As tabelas salariais serão revistas anualmente. 5 — Na admissão de qualquer trabalhador, a Empresa


obriga-se a reconhecer os tempos de aprendizagem, tiro-
4 — As tabelas salariais e valores para as cláusulas cínio ou estágio dentro da mesma profissão ou profissões
de expressão pecuniária produzem efeitos a partir de afins prestados noutra empresa, desde que apresente,
16 de Setembro de 1998. para o efeito, certificado comprovativo.

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Cláusula 5.a neração que, quando seja superior à estabelecida para
Período experimental a sua nova categoria, irá sendo absorvida pelos sub-
sequentes aumentos salariais até ao valor desta. Para
1 — Durante o período experimental, salvo acordo o efeito, o trabalhador terá direito aos seguintes adi-
escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir cionais à remuneração correspondente à categoria pro-
o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo- fissional para que foi reconvertido:
cação de justa causa, não havendo direito a qualquer
indemnização. a) 75 % da diferença entre a remuneração corres-
pondente à categoria para que foi reconvertido
2 — O período experimental corresponde ao período e a remuneração correspondente à categoria de
inicial de execução do contrato e, salvo acordo em con- onde é originário, na primeira revisão salarial;
trário, tem a seguinte duração: b) 50 % daquela diferença, pelos novos valores
a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores resultantes da segunda revisão salarial, na oca-
ou, se a Empresa tiver 20 ou menos trabalha- sião desta;
dores, 90 dias; c) 25 % daquela diferença, pelos valores resultan-
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car- tes da terceira revisão salarial, na ocasião desta;
gos de complexidade técnica e elevado grau de d) Absorção total na quarta revisão salarial.
responsabilidade ou funções de confiança;
c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros
superiores. Cláusula 10.a

Cláusula 6.a Promoções

Readmissões 1 — Constitui promoção a passagem a título definitivo


1 — Se a Empresa readmitir ao seu serviço um tra- de um trabalhador para uma categoria, classe ou grau
balhador cujo contrato tenha sido rescindido anterior- superior, ou a sua mudança a título definitivo para outra
mente, por qualquer das partes, o tempo de antiguidade função a que corresponde remuneração mais elevada.
ao serviço da Empresa, no período anterior à rescisão
será contado na readmissão se nisso acordarem por 2 — As promoções processar-se-ão de acordo com o
escrito o trabalhador e a Empresa. estabelecido neste acordo e em regulamentação interna
da Empresa, que definirá condições complementares de
2 — A readmissão de um trabalhador para a mesma
promoção e meios para a sua apreciação e controlo.
categoria profissional não está sujeita a período expe-
rimental.
Cláusula 7.a 3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
as promoções que resultem do preenchimento de postos
Contratos a termo de trabalho vagos deverão efectuar-se por proposta da
A Empresa poderá celebrar contratos a termo, de hierarquia ou por abertura de concurso; neste caso, e
acordo com as regras e os limites impostos pela legis- em igualdade de condições, será dada preferência nesse
lação aplicável. preenchimento aos trabalhadores da direcção da
Cláusula 8.a Empresa em que ocorra a vaga, tendo em atenção as
habilitações literárias e profissionais, experiência, mérito
Comissão de serviço e antiguidade.
1 — As funções de direcção serão exercidas por tra-
balhadores da Empresa em regime de comissão de ser- 4 — As promoções para chefe de serviço ou categoria
viço, nos termos da legislação aplicável. de grupo de enquadramento igual ou superior serão
feitas por nomeação.
2 — A Empresa definirá condições especiais de pro-
gressão profissional decorrentes do exercício de funções
com mérito em regime de comissão de serviço. 5 — É requisito indispensável para qualquer promo-
ção, salvo as previstas no número anterior, a perma-
nência mínima de 18 meses no exercício de funções
Cláusula 9.a
em categoria inferior.
Reconversões

1 — A Empresa diligenciará reconverter, para função 6 — O disposto no número anterior não é aplicável
compatível com as suas capacidades, os trabalhadores às situações de promoção de praticantes, estagiários ou
parcialmente incapacitados por motivo de acidente de aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na
trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos- Empresa dentro da sua carreira profissional e, ainda,
sível, a Empresa informará, por escrito, o trabalhador às promoções automáticas.
interessado das razões dessa impossibilidade.

2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a 7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro-
remuneração base estabelecida para a sua nova cate- moções automáticas serão contados desde o início do
goria, sem prejuízo do número seguinte. desempenho de funções ou desde a última promoção
na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso
3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de algum, mais de uma promoção por efeito da entrada
remuneração base do trabalhador reconvertido, remu- em vigor deste acordo.

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Cláusula 11.a 7 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
Reestruturação de serviços
o documento de abertura de concurso interno que possa
implicar transferência de local de trabalho deverá incluir
Nos casos em que a melhoria tecnológica ou a rees- todas as condições de transferência garantidas pela
truturação dos serviços tenham como consequência a Empresa aos trabalhadores seleccionados.
eliminação de postos de trabalho, a Empresa assegurará
aos seus trabalhadores, de harmonia com as possibi- 8 — Nas transferências por iniciativa da Empresa que
lidades físicas e intelectuais de cada um, que transitem impliquem mudança de residência do trabalhador a
para novas funções, de preferência compatíveis com a Empresa:
sua profissão, toda a preparação necessária, suportando
a) Suportará as despesas directamente impostas
os encargos dela decorrentes.
pela mudança, ou seja, despesas efectuadas com
o transporte de mobiliário e outros haveres e
Cláusula 12.a com a viagem do próprio e respectivo agregado
familiar;
Diminuídos físicos b) Pagará um subsídio de renda de casa que, não
A admissão, a promoção e o acesso dos trabalhadores podendo ultrapassar 11 294$ mensais, corres-
diminuídos físicos processar-se-ão nos mesmos termos ponderá à diferença entre os novos e os ante-
dos restantes trabalhadores desde que se trate de acti- riores encargos do trabalhador com a habitação;
vidades que possam ser por eles desempenhadas e pos- este subsídio será reduzido de 10 % daquele no
suam as habilitações e condições exigidas. termo de cada ano de permanência no novo
domicílio, até à absorção total do subsídio;
c) Pagará um valor igual a um mês de remuneração
Cláusula 13.a base efectiva mais diuturnidades.
Transferências
9 — Em qualquer transferência, o trabalhador sujei-
1 — Entende-se por transferência de local de trabalho tar-se-á ao cumprimento das regras de trabalho, de orga-
a alteração do contrato individual que vise mudar, com nização e funcionamento do novo local de trabalho.
carácter definitivo, o local de prestação de trabalho para
outra localidade. Cláusula 14.a
2 — Por local de trabalho entende-se aquele em que Formação profissional
o trabalhador presta normalmente serviço ou, quando 1 — A Empresa proporcionará aos trabalhadores ao
o local não seja fixo, a sede, delegação ou estabele- seu serviço condições de formação e de valorização pro-
cimento a que o trabalhador esteja adstrito ou ainda fissional no âmbito da profissão que exercem na
o que resulta da natureza do serviço ou das circuns- Empresa.
tâncias do contrato.
2 — O tempo despendido pelos trabalhadores na fre-
3 — No caso de transferências colectivas aplicar-se-á quência de acções de formação profissional que decor-
o seguinte regime: ram no período normal de trabalho será considerado,
a) A Empresa só poderá transferir o trabalhador para todos os efeitos, como tempo de trabalho, sem
para outro local de trabalho se essa transferên- prejuízo da retribuição, submetendo-se os trabalhadores
cia resultar de mudança total ou parcial da ins- a todas as disposições deste acordo.
talação ou serviço onde aquele trabalha;
b) No caso previsto na alínea anterior, o traba-
lhador, querendo, pode rescindir o contrato, CAPÍTULO III
com direito à indemnização fixada na lei; Direitos deveres e garantias das partes
c) Quando a Empresa fizer prova de que a trans-
ferência não causou prejuízo sério ao trabalha-
Cláusula 15.a
dor e este mantiver a sua opção pela rescisão
do contrato, não é devida a indemnização refe- Deveres da empresa
rida na alínea anterior.
São deveres da empresa:
4 — Nos restantes casos não previstos no número a) Cumprir as disposições deste acordo e demais
anterior, a Empresa só poderá transferir o trabalhador legislação aplicável;
de local de trabalho de acordo com o regime legal. b) Tratar com respeito e consideração os traba-
lhadores ao seu serviço;
5 — No caso de necessidade de transferência, a c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de fun-
Empresa deverá avisar o trabalhador por escrito, com ções diferentes das que são próprias da sua pro-
a antecedência mínima de 30 dias, salvo se for acordado fissão, salvo o estabelecido no AE e na lei, ou
entre as partes um prazo menor. sejam incompatíveis com as respectivas normas
deontológicas ou sejam ilícitas;
6 — Nas transferências por iniciativa ou interesse do d) Proporcionar-lhes boas condições de trabalho,
trabalhador, este acordará com a Empresa as condições tanto do ponto de vista moral como físico,
em que a mesma se realizará; consideram-se do interesse nomeadamente no que diz respeito à higiene
do trabalhador as transferências resultantes de concurso e segurança e à prevenção de doenças pro-
interno. fissionais;

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e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dos i) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens
prejuízos resultantes de acidentes de trabalho relacionados com o seu trabalho que lhes este-
e doenças profissionais; jam confiados;
f) Submeter a exame médico todos os trabalha- j) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento
dores nos termos da lei; de segurança que lhes for distribuído ou dis-
g) Passar certificados aos trabalhadores, nos ter- ponibilizado pela Empresa.
mos da lei;
h) Facilitar a consulta de processos individuais aos
Cláusula 18.a
respectivos trabalhadores, sempre que estes o
solicitem; Garantias dos trabalhadores
i) Cumprir a lei e este acordo, relativamente à
É vedado à Empresa:
actividade sindical e às comissões de traba-
lhadores; a) Opor-se, por qualquer forma, a que os traba-
j) Promover a avaliação do mérito dos trabalha- lhadores exerçam os seus direitos, bem como
dores ao seu serviço e remunerá-los de acordo aplicar-lhes sanções por causa desse exercício;
com esta avaliação; b) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores;
l) Proceder à análise e qualificação das funções c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que
dos trabalhadores ao seu serviço, com efeitos, actuem no sentido de influir desfavoravelmente
designadamente, numa política de enquadra- nas condições de trabalho deles ou dos seus
mento; colegas;
m) Contribuir para a elevação do nível de produ- d) Baixar a categoria dos trabalhadores e diminuir
tividade dos trabalhadores ao seu serviço. a retribuição, salvo o previsto na lei e no pre-
sente acordo;
e) Admitir trabalhadores exclusivamente remune-
Cláusula 16.a rados através de comissões;
Mapas de quadros de pessoal f) Transferir os trabalhadores para outro local de
trabalho, salvo o disposto na cláusula 13.a;
A Empresa obriga-se a organizar, enviar e afixar os g) Transferir os trabalhadores para outro posto de
mapas de quadros de pessoal, nos termos da lei. trabalho se aqueles, justificadamente e por
escrito, não derem o seu acordo;
h) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou a
Cláusula 17.a utilizar serviços fornecidos pela Empresa ou por
Deveres dos trabalhadores pessoa por ela indicada;
i) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,
São deveres dos trabalhadores: refeitórios, economatos ou outros estabeleci-
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais mentos directamente relacionados com o tra-
legislação aplicável; balho, para fornecimento de bens ou prestação
b) Exercer com competência, zelo, pontualidade de serviço aos trabalhadores;
e assiduidade as funções que lhes estejam con- j) Despedir qualquer trabalhador, salvo nos ter-
fiadas e para que foram contratados; mos da lei;
c) Prestar aos outros trabalhadores todos os con- k) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo
selhos e ensinamentos de que necessitem ou com o seu acordo, havendo o propósito de os
solicitem em matéria de serviço; prejudicar em direitos ou garantias decorrentes
d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço da antiguidade;
dos outros trabalhadores nos seus impedimentos l) Fazer lock out, nos termos da lei.
e férias;
e) Observar e fazer observar os regulamentos
internos e as determinações dos seus superiores CAPÍTULO IV
hierárquicos no que respeita à execução e dis- Exercício da actividade sindical na empresa
ciplina do trabalho, salvo na medida em que
tais determinações se mostrem contrárias aos
Cláusula 19.a
seus direitos e garantias, bem como observar
e fazer observar as normas de higiene, segurança Princípios gerais
e medicina no trabalho;
1 — A actividade sindical na Empresa rege-se pela
f) Tratar com respeito e consideração os seus supe-
legislação aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláu-
riores hierárquicos, os restantes trabalhadores
sulas seguintes.
da Empresa e demais pessoas e entidades que
estejam ou entrem em relação com a Empresa;
2 — Para os efeitos deste capítulo, as zonas sindicais
g) Dar conhecimento à Empresa, através da via
delimitam-se por cada um dos seguintes órgãos ou local
hierárquica, das deficiências de que tenham
de trabalho:
conhecimento e que afectem o regular funcio-
namento dos serviços; Escritórios de Lisboa;
h) Guardar lealdade à Empresa, nomeadamente Escritórios do Porto;
não negociando por conta própria ou alheia em Região Florestal Sul;
concorrência com ela nem divulgando informa- Região Florestal Centro;
ções referentes aos seus métodos de produção Região Florestal Norte;
e negócio; Delegações Comerciais.

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3 — Para os efeitos deste acordo entende-se por: b) Fiscalizar o funcionamento do refeitório, infan-
tário, creche e outras estruturas de assistência
a) AGT (assembleia geral de trabalhadores), o social existentes na Empresa;
conjunto de todos os trabalhadores da mesma c) Analisar e dar parecer sobre qualquer projecto
zona; de mudança de local da unidade, instalação ou
b) CS (comissão sindical), a organização dos dele- serviço;
gados sindicais do mesmo sindicato na mesma d) Visar os mapas mensais a enviar pela Empresa
zona; aos sindicatos, os mapas de contribuições para
c) CI (comissão intersindical), a organização dos a segurança social e os documentos das com-
delegados das comissões sindicais na mesma panhias seguradoras que respeitem ao seguro
zona; dos trabalhadores.
d) SS (secção sindical), o conjunto de trabalhado-
res filiados no mesmo sindicato. 2 — Sobre as matérias constantes das alíneas b) e
c), a Empresa não poderá deliberar sem que tenha sido
dado prévio conhecimento das mesmas aos delegados
Cláusula 20.a
sindicais ou às CS ou CI.
Reuniões

1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante Cláusula 22.a


o horário de trabalho, até um período máximo de quinze Direitos e garantias dos delegados sindicais
horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como
tempo de serviço efectivo desde que assegurem o fun- 1 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar
cionamento normal dos serviços. no interior da Empresa textos, convocatórias, comuni-
cações ou informações relativos à vida sindical e aos
interesses sócio-profissionais dos trabalhadores, bem
2 — Os trabalhadores poderão reunir-se fora do horá- como proceder à sua distribuição, mas sem prejuízo,
rio normal de trabalho dentro das instalações da em qualquer dos casos, da laboração normal da unidade,
Empresa, durante o período que entenderem necessário, instalação ou serviço em causa.
sem prejuízo da segurança e conservação das instalações.
2 — Os locais de afixação serão reservados pelo con-
3 — As reuniões de trabalhadores poderão ser con- selho de administração ou por quem as suas vezes fizer,
vocadas por um terço ou 50 trabalhadores da Empresa, ouvida a CI, a CS ou os delegados sindicais do esta-
pela CS, pela CI ou pelo delegado sindical, quando aque- belecimento.
las não existam.
3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular
4 — As entidades promotoras das reuniões, nos ter- livremente em todas as dependências da Empresa, sem
mos dos números anteriores, deverão comunicar ao con- prejuízo do serviço e das normas constantes do regu-
selho de administração ou a quem as suas vezes fizer lamento de segurança na Empresa.
e aos trabalhadores interessados, com a antecedência
mínima de um dia, a data e a hora em que pretendem 4 — Os delegados sindicais não podem ser transfe-
que elas se efectuem, devendo afixar as respectivas ridos de local de trabalho sem seu acordo e sem o prévio
convocatórias. conhecimento da direcção do sindicato respectivo.

5 — Nos casos de urgência, a comunicação a que se 5 — Para o exercício da acção sindical na Empresa,
refere o número anterior deverá ser feita com a ante- é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um
cedência possível. dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa
qualidade.
6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza- 6 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men-
ções sindicais respectivas e os seus representantes que sal de 10 horas aos delegados que façam parte da CI.
não trabalhem na Empresa podem, desde que devida-
mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar 7 — Os delegados que pertençam simultaneamente
nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente
a antecedência mínima de seis horas. pelo número anterior.

Cláusula 21.a 8 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito


de horas de um delegado sindical seja utilizado por
Competência dos delegados sindicais outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados
que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas.
1 — Os delegados sindicais e as CS ou CI têm com-
petência e poderes para desempenhar todas as funções
que lhes estão atribuídas neste acordo e na lei, com Cláusula 23.a
observância dos preceitos neles estabelecidos, nomea- Número de delegados sindicais
damente:
1 — O número de delegados sindicais de cada sin-
a) Acompanhar e fiscalizar a aplicação das dispo- dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão
sições legais e convencionais que tenham reper- sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos
cussões nas condições de trabalho; na cláusula anterior, é o previsto na lei.

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2 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con- 2 — A duração média do período normal de trabalho
selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer semanal é de trinta e nove horas, sem prejuízo dos horá-
no respectivo estabelecimento, a identificação dos dele- rios de duração média inferior existentes na Empresa.
gados sindicais, bem como daqueles que fazem parte
das CS e CI, por meio de carta registada com aviso 3 — A duração média do período normal de trabalho
de recepção, de que será afixada cópia nos locais reser- diário é de oito horas, sem prejuízo dos números
vados às informações sindicais. seguintes.
3 — O procedimento referido no número anterior 4 — Excepcionalmente, o período normal de trabalho
será igualmente observado nos casos de substituição ou diário poderá prolongar-se por duas horas.
cessação de funções.
5 — Nas situações abrangidas pelo número anterior,
Cláusula 24.a o tempo de trabalho diário prestado, para além do
Reuniões período normal, será compensado através de redução
da prestação de trabalho nos três meses imediatos ou
1 — A CI, a CS quando aquela não existir, ou ainda por referência ao horário anual.
o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú-
nem-se com o conselho de administração ou com quem
este designar para o efeito, sempre que uma ou outra 6 — Nas actividades de natureza sazonal a compen-
parte o julgarem conveniente. sação referida no número anterior terá em consideração
essa sazonalidade.
2 — O tempo das reuniões previstas nesta cláusula
não pode ser considerado para o efeito de créditos de Cláusula 29.a
horas sempre que a reunião não seja iniciativa dos
trabalhadores. Horário de trabalho

1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do


Cláusula 25.a
início e do termo do período de trabalho diário, bem
Direitos e garantias dos dirigentes das organizações sindicais como a dos intervalos de descanso diários.
1 — Cada membro da direcção das organizações sin-
dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para 2 — Compete à Empresa elaborar e estabelecer o
o exercício das suas funções. horário de trabalho dos trabalhadores ao seu serviço,
de acordo com o disposto na lei e no presente acordo.
2 — A direcção interessada deverá comunicar com
um dia de antecedência as datas e o número de dias
de que os respectivos membros necessitem para o exer- Cláusula 30.a
cício das suas funções ou, em caso de impossibilidade, Modalidades de horário de trabalho
nos dias úteis imediatos ao 1.o dia em que faltarem.
Para os efeitos deste acordo de empresa, entende-se
3 — Os membros dos corpos gerentes das associações por:
sindicais não podem ser transferidos de local de trabalho
sem o seu acordo. a) Horário fixo — aquele em que as horas de início
e termo de período de trabalho, bem como as
dos intervalos de descanso, são previamente
Cláusula 26.a determinadas e fixas;
Quotização sindical b) Horário móvel — aquele em que as horas de
início e de termo do período de trabalho, bem
A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança como as dos intervalos de descanso, não são
das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos fixas, podendo entre o início e o termo efectivo
respectivos, depois de recebidas as declarações indivi- do período normal de trabalho diário decorrer
duais dos trabalhadores. o período máximo de quinze horas;
c) Horário flexível — aquele em que as horas de
Cláusula 27.a início e termo do período de trabalho, bem como
Direito à greve as dos intervalos de descanso, podem ser móveis,
havendo, porém, períodos de trabalho fixos
Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer obrigatórios.
o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
o exercício de tal direito.
Cláusula 31.a
CAPÍTULO V
Isenção de horário de trabalho
Prestação de trabalho
1 — O regime de isenção de horário de trabalho é
Cláusula 28.a o previsto na lei.
Período normal de trabalho
2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário
1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos de trabalho é também devido no subsídio de férias e
termos da lei e do presente acordo. no subsídio de Natal.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 386


Cláusula 32.a 5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei-
Trabalho nocturno
ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como
trabalho suplementar nos casos em que o período pre-
Considera-se trabalho nocturno o prestado no visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi-
período que decorre entre as 20 horas de um dia e tes definidos no número anterior. Nos casos em que
as 7 horas do dia imediato, nos termos da lei. o início e o termo previsíveis do período de trabalho
suplementar coincidam, respectivamente, com o pri-
Cláusula 33.a meiro ou o último dos limites previstos no número ante-
rior, não será concedido qualquer intervalo para refei-
Trabalho suplementar
ção, sendo apenas paga esta de acordo com o disposto
1 — Considera-se trabalho suplementar o prestado no n.o 4.
fora do horário de trabalho.
6 — A Empresa fica obrigada a fornecer ou a asse-
2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado: gurar transporte:
a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés- a) Sempre que o trabalhador seja solicitado a pres-
cimos eventuais de trabalho; tar trabalho suplementar em todos os casos que
b) Em caso de força maior, ou quando se torne não sejam de prolongamento do período normal
indispensável para prevenir ou reparar prejuízos de trabalho;
graves para a Empresa. b) Sempre que, nos casos de trabalho suplementar
em prolongamento do período normal de tra-
3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante- balho, o trabalhador não disponha do seu trans-
rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi- porte habitual.
cação da hierarquia feita com a máxima antecedência
possível. 7 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar
que não sejam de antecipação ou prolongamento do
4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra- período normal de trabalho o tempo gasto no transporte
balho suplementar desde que invoquem motivos aten- será pago como trabalho suplementar.
díveis.
Cláusula 35.a
5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se
pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto Trabalho prestado em dia de descanso semanal ou feriado
nas cláusulas 34.a e 35.a 1 — O trabalho em dia de descanso semanal e o tra-
balho prestado em dia feriado dão direito a descanso
Cláusula 34.a nos termos da lei.
Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho
2 — O descanso compensatório previsto no número
1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar anterior será concedido até 30 dias após o descanso
em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar semanal não gozado pelo trabalhador.
nos termos da lei.
3 — O período de descanso compensatório a que se
2 — Excepcionalmente, os trabalhadores têm direito refere o número precedente será de um dia completo
a descansar: no caso de ter sido prestado um mínimo de duas horas
a) Durante o primeiro período do dia de trabalho de trabalho e de meio no caso contrário.
imediato se entre as 22 e as 7 horas for prestado
um mínimo de três a seis horas de trabalho 4 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte sem-
suplementar; pre que o trabalhador preste trabalho em dia de des-
b) Durante ambos os períodos do dia de trabalho canso ou de feriado que deva gozar, desde que não
imediato se entre as 22 e as 7 horas forem pres- disponha do seu transporte habitual.
tadas seis ou mais horas de trabalho suple-
mentar. 5 — Os trabalhadores têm direito ao pagamento de
um subsídio de alimentação nos casos de prestação de
3 — Estes descansos, quando gozados, substituem os quatro horas consecutivas de trabalho suplementar.
descansos compensatórios previstos na lei.
6 — O tempo gasto nos transportes será pago como
4 — O trabalhador tem direito a uma refeição, nos trabalho em dia de descanso semanal ou feriado.
termos das alíneas seguintes quando o período normal
desta esteja intercalado no período de trabalho suple- Cláusula 36.a
mentar:
Trabalho em tempo parcial
a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga-
mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições Os trabalhadores que prestem serviço em regime de
previstas na cláusula 66.a; tempo parcial terão direito às prestações complemen-
b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de tares da sua remuneração base, designadamente diu-
193$00; turnidades, na proporção do tempo de trabalho prestado
c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas relativamente ao horário de trabalho praticado na
de custo em vigor na Empresa, em caso de des- Empresa para os restantes trabalhadores da mesma cate-
locação em serviço. goria profissional em regime de tempo inteiro, sem pre-

387 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


juízo de condições eventualmente mais favoráveis já ta-feira, com exclusão dos feriados não sendo como tal
estabelecidas em contrato individual. considerados o sábado e o domingo.

CAPÍTULO VI Cláusula 40.a


Suspensão da prestação de trabalho Marcação do período de férias

Cláusula 37.a 1 — As férias devem ser gozadas em dias conse-


Descanso semanal cutivos.
O dia de descanso semanal é o domingo e o dia de
descanso semanal complementar é o sábado. 2 — É permitida a marcação de férias num máximo
de três períodos interpolados, devendo ser garantido
que um deles tenha a duração mínima de 10 dias úteis
Cláusula 38.a consecutivos.
Feriados

1 — Serão observados os seguintes feriados: 3 — A marcação do ou dos períodos de férias deve


ser feita por mútuo acordo entre a Empresa e os
1 de Janeiro; trabalhadores.
Terça-feira de Carnaval;
Sexta-Feira Santa;
4 — Para os efeitos do número anterior, os traba-
25 de Abril;
lhadores apresentarão à Empresa, por intermédio da
1 de Maio;
hierarquia, e entre os dias 1 de Janeiro e 15 de Março
Corpo de Deus (festa móvel);
de cada ano, um boletim de férias com a indicação das
10 de Junho;
datas em que pretendem o seu gozo.
15 de Agosto;
5 de Outubro;
1 de Novembro; 5 — Quando as férias que o trabalhador pretenda
1 de Dezembro; gozar se situem entre 1 de Janeiro e 30 de Abril, con-
8 de Dezembro; sideram-se marcadas por acordo se, no prazo de 15 dias
25 de Dezembro; a contar da apresentação do boletim de férias nos termos
O feriado municipal ou da capital de distrito onde do número anterior, a Empresa não se manifestar em
se situa o local de trabalho. contrário.

2 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser- 6 — Quanto às férias pretendidas fora do período
vado em outro dia com significado local no período indicado no número anterior, consideram-se marcadas
da Páscoa e em que acordem a Empresa e a maioria também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada
dos trabalhadores adstritos a um mesmo local de ano a Empresa não se manifestar expressamente em
trabalho. contrário.
3 — Em substituição dos feriados de terça-feira de
Carnaval e municipal, poderá ser observado, a título 7 — Na falta de acordo, caberá à Empresa a elabo-
de feriado, qualquer outro dia em que acordem a ração do mapa de férias, nos termos da lei.
Empresa e a maioria dos trabalhadores adstritos a um
mesmo local de trabalho. 8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro.
Cláusula 39.a
Férias
9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencentes ao
mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre
1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm que possível, a faculdade de gozar as suas férias
direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da simultaneamente.
retribuição, um período de férias igual a 23 dias úteis
em 1997 e 24 dias úteis a partir de 1998, salvo o disposto 10 — Sempre que as conveniências de produção o
nos números seguintes. justifiquem, poderá a Empresa, mediante autorização
dos serviços competentes do Ministério para a Qua-
2 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer lificação e o Emprego, substituir o regime fixado, pelo
no 1.o semestre do ano civil, o trabalhador tem direito, encerramento total ou parcial dos serviços da Empresa
após um período de 60 dias de trabalho efectivo, a um até 20 dias.
período de férias de oito dias úteis.

3 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer 11 — Para efeitos de processamento, o trabalhador


no 2.o semestre do ano civil, o direito a férias só se terá de confirmar à hierarquia e serviço de pessoal a
vence após o decurso de seis meses completos de serviço data de entrada em férias até ao dia 5 do mês anterior.
efectivo.
12 — O mapa de férias deverá estar elaborado até
4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis 15 de Abril de cada ano e estar afixado nos locais de
compreende os dias de semana de segunda-feira a sex- trabalho entre esta data e 31 de Outubro.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 388


Cláusula 41.a 2 — A prova da situação de doença prevista no n.o 1
Acumulação de férias
poderá ser feita por estabelecimento hospitalar ou por
boletim de baixa da ARS, ou por atestado médico, sem
1 — As férias devem ser gozadas no mesmo ano civil, prejuízo, neste último caso, do direito de fiscalização
não sendo permitido acumular férias de dois ou mais e controlo por médico indicado pela Empresa.
anos.

2 — Terão, porém, direito a acumular férias de dois Cláusula 44.a


anos: Férias e impedimentos prolongados
a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias 1 — No ano da suspensão do contrato de trabalho
nas Regiões Autónomas da Madeira e dos por impedimento prolongado respeitante ao trabalha-
Açores; dor, se se verificar a impossibilidade total ou parcial
b) Os trabalhadores que pretendam gozar férias do gozo do direito a férias já vencido, o trabalhador
com familiares emigrados ou residentes no terá direito à retribuição correspondente ao período de
estrangeiro. férias não gozado e respectivo subsídio.
3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1.o tri-
mestre do ano civil imediato: 2 — No ano da cessação do impedimento prolongado,
o trabalhador tem direito, após a prestação de três meses
a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar de efectivo serviço, a um período de férias e respectivo
graves prejuízos à Empresa ou ao trabalhador subsídio equivalentes aos que teriam vencido em 1 de
e desde que, no primeiro caso, este dê o seu Janeiro desse ano se tivesse estado ininterruptamente
acordo; ao serviço.
b) Quando, após a cessação do impedimento, o
gozo do período de férias exceder o termo do 3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes
ano civil, mas apenas na parte que o exceda. de decorrido o prazo referido no número anterior ou
de gozado o direito a férias, previsto no n.o 1, pode
4 — Mediante acordo, os trabalhadores poderão a Empresa marcar as férias para serem gozadas até 30
ainda acumular, no mesmo ano, metade do período de de Abril do ano civil subsequente.
férias do ano anterior com o período a gozar nesse ano.

Cláusula 45.a
Cláusula 42.a
Efeitos da cessação do contrato de trabalho
Alteração ou interrupção do período de férias
1 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquer
1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
forma, o trabalhador terá direito a receber a retribuição
sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
correspondente a um período de férias proporcional ao
início, esteja temporariamente impedido por facto que
tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem
não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
como ao respectivo subsídio.
ou serviço militar.

2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul- 2 — Se o contrato cessar antes de gozado o período
tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito de férias vencido no início desse ano o trabalhador terá
a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri- ainda direito a receber a retribuição correspondente a
buição correspondente ao período de férias não gozado esse período, bem como o respectivo subsídio.
e respectivo subsídio.
Cláusula 46.a
3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
Empresa, por exigências imperiosas do seu funciona- Violação do direito a férias
mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba-
lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja No caso de a Empresa obstar ao gozo das férias nos
sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente termos previstos no presente acordo, o trabalhador rece-
as férias na época fixada. berá, a título de indemnização, o triplo da retribuição
correspondente ao período em falta, que deverá obri-
4 — A alteração e a interrupção das férias não pode- gatoriamente ser gozado no 1.o trimestre do ano civil
rão prejudicar o gozo seguido de 10 dias úteis con- subsequente.
secutivos.
Cláusula 47.a
a
Cláusula 43. Exercício de outra actividade durante as férias
Doença no período de férias
1 — O trabalhador não pode exercer durante as férias
1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o qualquer outra actividade remunerada, salvo se já a
período de férias, são as mesmas suspensas desde que viesse exercendo cumulativamente com conhecimento
a Empresa seja do facto informada. O gozo das férias da Empresa ou esta o autorizar a isso.
prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que
as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após 2 — A contravenção ao disposto no número anterior
a alta. tem as consequências previstas na lei.

389 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 48.a podendo ser utilizadas de cada vez em tempo
Faltas
superior ao respectivo período normal de tra-
balho diário, sem prejuízo do normal funcio-
1 — Falta é a ausência do trabalhador durante o namento dos serviços. Independentemente do
período normal de trabalho diário a que está obrigado. gozo, o crédito adquire-se ao ritmo de quatro
horas por cada mês de efectivo trabalho, con-
2 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas; siderando-se para este efeito o período de férias;
aquelas podem ser com ou sem retribuição. m) As prévia ou posteriormente autorizadas pela
Empresa.
3 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío-
dos inferiores ao período normal de trabalho diário a 2 — Não são autorizadas as faltas dadas ao abrigo
que está obrigado, os respectivos tempos serão adicio- da alínea l) do n.o 1, em antecipação ou prolongamento
nados para determinação dos períodos normais de tra- de férias, feriados ou dias de descanso semanal, quando
balho diário em falta. tenham duração superior a quatro horas.

Cláusula 49.a Cláusula 50.a


Participação e justificação de faltas
Faltas justificadas

1 — Consideram-se justificadas, nos termos da lei e 1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas
deste acordo, as seguintes faltas: ao superior hierárquico com a antecedência mínima de
cinco dias.
a) As dadas por altura do casamento, até 11 dias
seguidos, excluindo os dias de descanso inter- 2 — Quando imprevisíveis, serão obrigatoriamente
correntes; comunicadas logo que possível.
b) As dadas por falecimento de cônjuge não sepa-
rado de pessoas e bens, pessoa que viva em situa- 3 — O não cumprimento do disposto nos números
ção análoga à do cônjuge, ou pais, filhos, sogros, anteriores torna as faltas injustificadas.
genros, noras, padrasto, madrasta e enteados,
até cinco dias consecutivos; 4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus-
c) As dadas por falecimento de avós, bisavós e tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados
graus seguintes e afins dos mesmos graus, para a justificação.
irmãos ou cunhados ou ainda de pessoa que
viva em comunhão de vida e habitação com o Cláusula 51.a
trabalhador até dois dias consecutivos;
d) As motivadas por prática de actos necessários Consequências das faltas justificadas
e inadiáveis no exercício de funções em asso- 1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de
ciações sindicais ou instituições de previdência quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea-
e na qualidade de delegado sindical ou de mem- damente de retribuição, salvo o disposto no número
bro da comissão de trabalhadores, nos termos seguinte.
da lei;
e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra- 2 — Determinam perda de retribuição as seguintes
balho, devido a facto que não seja imputável faltas ainda que justificadas:
ao trabalhador, nomeadamente doença, aci-
dente ou cumprimento de obrigações legais, a) As previstas na alínea d) do n.o 1 da cláu-
conforme convocatória ou notificação expressa sula 49.a, salvo tratando-se de faltas dadas por
das entidades competentes; membros de comissões de trabalhadores, mem-
f) As motivadas por necessidade de prestação de bros da direcção das associações sindicais e dele-
assistência inadiável e imprescindível a mem- gados sindicais no exercício das suas funções,
bros do seu agregado familiar, conforme cer- dentro do respectivo crédito de horas;
tidão médica invocando o carácter inadiável e b) As previstas na alínea f) do n.o 2 da cláusula 49.a
imprescindível da assistência; para além de dois dias em cada situação;
g) As motivadas pela prestação de provas em esta- c) As dadas por motivo de doença, desde que o
belecimento de ensino; trabalhador tenha direito ao subsídio de segu-
h) As dadas por ocasião de nascimento de filhos, rança social respectivo;
por dois dias, no período de um mês, contado d) As dadas por motivo de acidente de trabalho,
desde a data do nascimento; desde que o trabalhador tenha direito a qual-
i) As dadas por trabalhadores que prestam serviço quer subsídio ou seguro.
em corpo de bombeiros voluntários ou de socor-
ros a náufragos, pelo tempo necessário a acorrer Cláusula 52.a
ao sinistro ou acidente; Faltas injustificadas
j) As motivadas por doação de sangue a título gra-
cioso, a gozar no dia da doação ou no dia ime- 1 — Consideram-se injustificadas as faltas não con-
diato, até ao limite de um dia por cada período templadas na cláusula 49.a, bem como as que não forem
de três meses; comunicadas nos termos da cláusula 50.a
l) As dadas até quarenta e oito horas em cada
ano civil, para tratar de assuntos de ordem par- 2 — Nos termos das disposições legais aplicáveis, as
ticular, sem necessidade de justificação, não faltas injustificadas determinam sempre perda da retri-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 390


buição correspondente ao período de ausência, o qual 6 — A suspensão não prejudica o direito de, durante
será descontado, para todos os efeitos, na antiguidade ela, qualquer das partes rescindir o contrato, ocorrendo
do trabalhador. justa causa.

3 — Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio


Cláusula 55.a
período normal de trabalho diário, o período de ausência
a considerar para efeitos do número anterior abrangerá Licenças sem retribuição
os dias ou meios dias de descanso ou feriados imedia-
A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen-
tamente anteriores ao dia ou dias de falta.
ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha-
dores, devidamente fundamentada.
4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito
de desconto de faltas injustificadas é calculado pela fór-
mula da cláusula 58.a CAPÍTULO VII
5 — Incorre em infracção disciplinar grave todo o tra- Retribuição
balhador que:
Cláusula 56.a
a) Faltar injustificadamente durante três dias con-
secutivos ou seis interpolados num período de Remuneração base
um ano; A todos os trabalhadores são asseguradas as remu-
b) Faltar com alegação de motivo de justificação nerações bases mínimas constantes do anexo III.
comprovadamente falso.

Cláusula 57.a
a
Cláusula 53.
Tempo, local e forma de pagamento
Efeitos das faltas no direito a férias
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até
1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei.
a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
seguinte.
Cláusula 58.a
2 — Nos casos em que as faltas determinem perda
de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba- Determinação da retribuição horária
lhador expressamente assim o preferir, por perda de 1 — O valor da retribuição horária para todos os efei-
dias de férias na proporção de um dia de férias por tos deste acordo será calculado pela aplicação da fór-
cada dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo mula seguinte:
efectivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis
se se tratar de férias no ano de admissão. (Rem. base + Diut. + IHT) × 12
Período normal de trabalho semanal × 52

Cláusula 54.a 2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór-


Impedimentos prolongados mula prevista no número anterior não inclui a retri-
buição especial por isenção do horário de trabalho.
1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente, Cláusula 59.a
e o impedimento se prolongue por mais de um mês, Diuturnidades
cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na
medida em que pressuponham a efectiva prestação de Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efec-
trabalho. tivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1993, aplica-se
o regime constante da cláusula 62.a do AE PORTUCEL,
2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de S. A, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,
antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
direito no termo da suspensão. Cláusula 60.a
3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por Subsídio de Natal
detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão
judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto 1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente
no número anterior, salvo se, entretanto, o contrato tiver acordo têm direito a receber pelo Natal, independen-
sido rescindido com fundamento em justa causa. temente da assiduidade, um subsídio de valor corres-
pondente a um mês de remuneração, mais diuturnidades
4 — O contrato caducará a partir do momento em e isenção de horário de trabalho.
que se torne certo que o impedimento é definitivo.
2 — O subsídio referido no número anterior será pago
5 — O impedimento prolongado não prejudica a com a retribuição de Novembro, sendo o seu montante
caducidade do contrato de trabalho no termo do prazo determinado pelos valores a que tenha direito nesse
pelo qual tenha sido celebrado. mês.

391 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano aplica-se o regime constante da cláusula 68.a do AE
a que o subsídio de Natal diz respeito, receberão a PORTUCEL, S. A., publicado no Boletim do Trabalho
importância proporcional aos meses completos que e Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
medeiam entre a data da sua admissão e 31 de
Dezembro. Cláusula 63.a
4 — No ano da cessação do contrato de trabalho, Abono para falhas
qualquer que seja a causa, a Empresa pagará ao tra- 1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer-
balhador tantos duodécimos do subsídio de Natal quan- çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo
tos os meses completos de trabalho no ano da cessação. à sua guarda e responsabilidade valores em numerário,
será atribuído um abono mensal para falhas de 7838$.
5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus-
pensão do contrato de trabalho por impedimento pro- 2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra-
longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentam verba
proporcional aos meses completos de trabalho prestado inferior a 70 565$ mensais em média anual.
durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se
ao disposto neste número os casos de licença por parto 3 — Nos meses incompletos de serviço o abono para
até três meses nos termos da cláusula 78.a, casos em falhas será proporcional ao período em que o traba-
que não produzirão qualquer redução ao valor do lhador exerça aquelas funções.
subsídio.

6 — Sempre que durante o ano a que corresponde Cláusula 64.a


o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração Substituições temporárias
superior à sua remuneração normal, nomeadamente em
virtude de substituição, tem direito a um subsídio de 1 — Sempre que um trabalhador substitua tempora-
Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida riamente, por mais de um dia, outro no desempenho
de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu- integral de funções que não caibam no objecto do seu
nerações quantos os meses completos de serviço em contrato individual de trabalho e a que corresponda
que tenham auferido a superior, até 31 de Dezembro. uma categoria profissional e retribuição superiores às
suas, passará a receber, desde o 1.o dia de substituição
7 — Considera-se mês completo de serviço para os e enquanto esta durar, o correspondente à remuneração
efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior base da função desempenhada.
a 15 dias.
2 — A substituição far-se-á mediante ordem da hie-
rarquia do órgão em que se integra o trabalhador subs-
Cláusula 61.a tituído, confirmada por escrito ao respectivo serviço de
Remuneração do trabalho nocturno pessoal.
A remuneração do trabalho nocturno será superior
3 — Não se considera substituição para efeitos desta
em 25% à retribuição a que dá direito o trabalho cor-
cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes-
respondente prestado durante o dia.
mas funções de diferentes categorias profissionais, clas-
ses ou graus entre as quais exista promoção automática.
Cláusula 62.a
Remuneração de trabalho suplementar 4 — A substituição temporária de um trabalhador de
categoria superior será considerada uma das condições
1 — O trabalho suplementar prestado em dia normal preferenciais para o preenchimento de qualquer posto
de trabalho será remunerado com os seguintes acrés- de trabalho a que corresponda essa categoria.
cimos:
a) 75 % para as horas diurnas; 5 — Se a substituição se mantiver por um período
b) 100 % para as horas nocturnas. superior a 90 dias seguidos ou 120 interpolados, o tra-
balhador substituto manterá o direito à remuneração
2 — A remuneração do trabalho prestado em dia de referida no n.o 1 quando, finda a substituição, regressar
descanso semanal ou feriado será calculada de acordo ao desempenho da sua antiga função.
com a seguinte fórmula:
6 — Para os efeitos de contagem dos tempos de subs-
R(tdf) = Rh × T(tdf) × 2 tituição previstos no número anterior, considera-se:
a) Os 120 dias interpolados aí previstos devem
sendo: decorrer no período de um ano a contar do
R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia 1.o dia da substituição;
de descanso semanal ou feriado; b) Se na data da conclusão do prazo de um ano
Rh — retribuição horária calculada nos termos da acima previsto não se tiverem completado aque-
cláusula 58.a; les 120 dias, o tempo de substituição já prestado
T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de ficará sem efeito, iniciando-se nessa data nova
descanso semanal ou feriado. contagem de um ano se a substituição continuar;
c) Iniciar-se-á uma nova contagem de um ano, nos
3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro termos da alínea a), sempre que se inicie qual-
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1993, quer nova substituição;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 392


d) O trabalhador está em substituição temporária cargo filhos até seis anos de idade, inclusive, enquanto
durante o período, pré-determinado ou não, de estes não frequentarem o ensino primário.
impedimento do trabalhador substituído,
devendo concluir-se na data precisa em que se 4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias,
conclua essa situação de impedimento e incluir sendo nele descontado o valor proporcional ao número
os dias de descanso semanal e feriados inter- de dias completos de ausência do beneficiário.
correntes;
e) Os aumentos de remuneração decorrentes da 5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo
revisão da tabela salarial absorverão, na parte que a trabalhadora possa utilizar serviços adequados
correspondente, os subsídios de substituição da Empresa ou logo que o filho perfaça sete anos de
auferidos àquela data por substituições já con- idade.
cluídas. Cláusula 68.a
Subsídio de transporte
Cláusula 65.a
1 — A Empresa atribuirá um subsídio de transporte
Retribuição e subsídio de férias
igual ao custo mais económico da deslocação em trans-
1 — A retribuição correspondente ao período de porte público a todos os trabalhadores ao seu serviço,
férias não pode ser inferior à que os trabalhadores rece- de e para o local de trabalho, no início e termo do
beriam se estivessem em serviço efectivo. período de trabalho diário, a partir de 1 km das ins-
talações, e até ao limite máximo de 20 km.
2 — Além da retribuição prevista no número anterior,
os trabalhadores têm direito a um subsídio do mesmo 2 — Nos casos em que os trabalhadores residam em
montante, o qual será pago com a retribuição do mês locais não servidos por transportes públicos ser-lhes-á
anterior ao início das férias, logo que o trabalhador atribuído um subsídio de valor equivalente àquele que
goze pelo menos cinco dias úteis e o confirme nos termos é atribuído para igual distância pelos números ante-
do n.o 11 da cláusula 40.a riores.
Cláusula 69.a
3 — Para os efeitos desta cláusula o número de dias
úteis previstos no n.o 1 da cláusula 39.a corresponde Deslocações
a um mês de retribuição mensal. O regime das deslocações em serviço é o constante
de regulamento interno da Empresa.
Cláusula 66.a
Subsídio de alimentação CAPÍTULO VIII
1 — Aos trabalhadores será atribuído um subsídio de Cessação do contrato de trabalho
alimentação no valor de 1425$, por cada dia de trabalho
prestado. Cláusula 70.a
Cessação do contrato de trabalho
2 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus-
tificadas, não tenham prestado trabalho no período ime- O regime de cessação do contrato de trabalho é o
diatamente anterior à refeição não terão direito a este previsto na lei.
subsídio.

3 — Considera-se que os trabalhadores têm direito CAPÍTULO IX


ao subsídio nos termos dos números anteriores, quando
prestem trabalho durante quatro horas. Disciplina

Cláusula 71.a
Cláusula 67.a
Infracção disciplinar
Subsídio de infantário
1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul-
1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a posa pelo trabalhador dos deveres que lhe são impostos
frequência de infantário ou a utilização dos serviços de pelas disposições legais aplicáveis e por este acordo.
ama, contra recibo dentro dos seguintes valores:
Infantário — 9105$; 2 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos
Ama — 5928$. 30 dias sobre a data em que a alegada infracção for
do conhecimento do conselho de administração ou de
2 — Não serão consideradas, para efeitos do número quem for por este delegado para o exercício da acção
anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali- disciplinar.
mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência Cláusula 72.a
do infantário ou utilização dos serviços de ama. Poder disciplinar

3 — Têm direito ao subsídio de infantário ou ama 1 — A Empresa tem poder disciplinar sobre os tra-
as mães e ainda os viúvos, divorciados ou separados balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo
judicialmente a quem tenha sido atribuído com carácter com as normas estabelecidas no presente acordo e na
de exclusividade o poder paternal e que tenham a seu lei.

393 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — A Empresa exerce o poder disciplinar por inter- f) Quando o processo estiver completo, será apre-
médio do conselho de administração ou dos superiores sentado à comissão de trabalhadores e, caso o
hierárquicos do trabalhador, mediante delegação trabalhador seja representante sindical, à res-
daquele. pectiva associação sindical, que podem, no prazo
de 10 dias, fazer juntar ao processo o seu parecer
3 — A acção disciplinar exerce-se obrigatoriamente fundamentado;
mediante processo disciplinar, salvo se a sanção for a g) O conselho de administração ou quem por ele
repreensão simples. for delegado deverá ponderar todas as circuns-
tâncias, fundamentar a decisão e referenciar na
mesma as razões aduzidas pela entidade men-
Cláusula 73.a cionada na alínea anterior que se tiver pro-
Sanções disciplinares nunciado;
h) A decisão do processo deve ser comunicada ao
1 — As sanções aplicáveis aos trabalhadores pela prá- trabalhador, por escrito, com indicação dos fun-
tica de infracção disciplinar são as seguintes: damentos considerados provados.
a) Repreensão simples;
b) Repreensão registada; 4 — A falta das formalidades referidas nas alíneas b),
c) Multa; f), g) e h) do número anterior determina a nulidade
d) Suspensão do trabalho com perda de retri- insuprível do processo e a consequente impossibilidade
buição; de se aplicar a sanção.
e) Despedimento com justa causa.
5 — Se, no caso do número anterior, a sanção for
2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac- aplicada e consistir no despedimento, o trabalhador terá
ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um os direitos consignados na lei.
quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retri-
buição correspondente a 10 dias. 6 — Se, no caso do n.o 4, a sanção consistir no des-
pedimento, o trabalhador tem direito a indemnização
3 — A suspensão do trabalho não pode exceder, por a determinar nos termos gerais de direito.
cada infracção, 12 dias e, em cada ano civil, o total
de 30 dias. 7 — O trabalhador arguido em processo disciplinar
a pode ser suspenso preventivamente até decisão final,
Cláusula 74. nos termos da lei, mantendo, porém, o direito à retri-
Processo disciplinar buição e demais regalias durante o tempo em que durar
a suspensão preventiva.
1 — O exercício do poder disciplinar implica a ave-
riguação dos factos, circunstâncias ou situações em que 8 — Em caso de suspensão preventiva a Empresa
a alegada violação foi praticada, mediante processo dis- obriga-se a comunicá-la ao órgão referido na alínea f)
ciplinar a desenvolver nos termos da lei e dos números do n.o 3 no prazo máximo de cinco dias.
seguintes.
9 — As sanções serão comunicadas ao sindicato res-
2 — A Empresa deverá comunicar a instauração do pectivo no prazo máximo de cinco dias.
processo ao trabalhador, à comissão de trabalhadores
e, caso o trabalhador seja representante sindical, à res- 10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
pectiva associação sindical. lugar nos três meses subsequentes à decisão.
3 — Devem ser asseguradas ao trabalhador as seguin- 11 — O trabalhador, por si ou pelo seu representante,
tes garantias de defesa: pode recorrer da decisão do processo disciplinar para
a) Na inquirição, o trabalhador a que respeita o o tribunal competente.
processo disciplinar, querendo, será assistido
por dois trabalhadores por ele escolhidos; 12 — Só serão atendidos para fundamentar o des-
b) A acusação tem de ser fundamentada na vio- pedimento com justa causa os factos para o efeito expres-
lação das disposições legais aplicáveis, de nor- samente invocados na comunicação prevista na alínea h)
mas deste acordo ou dos regulamentos internos do n.o 3.
da empresa e deve ser levada ao conhecimento
Cláusula 75.a
do trabalhador através de nota de culpa reme-
tida por carta registada com aviso de recepção; Sanções abusivas
c) Na comunicação da nota de culpa deve o tra-
1 — Consideram-se abusivas as sanções disciplinares
balhador ser avisado de que a Empresa pretende
motivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou por
aplicar-lhe a sanção de despedimento com justa
iniciativa do sindicato que o represente:
causa, se tal for a intenção daquela, e esclarecido
de que com a sua defesa deve indicar as tes- a) Haver reclamado legitimamente contra as con-
temunhas e outros meios de prova de que se dições de trabalho;
queira servir; b) Recusar-se a cumprir ordens a que não deva
d) O prazo de apresentação da defesa é de 10 dias obediência, nos termos da alínea e) da cláu-
a contar da recepção da nota de culpa; sula 17.a deste Acordo;
e) Devem ser inquiridas as testemunhas indicadas c) Exercer ou se candidatar a funções em orga-
pelo trabalhador, com os limites fixados na lei; nismos sindicais, comissões sindicais, institui-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 394


ções de previdência ou outras que representem CAPÍTULO X
os trabalhadores;
Condições particulares de trabalho
d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exer-
cer ou invocar os direitos e garantias que lhe Cláusula 78.a
assistem.
Direitos especiais do trabalho feminino

2 — Até prova em contrário, presumem-se abusivos 1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos
o despedimento ou a aplicação de qualquer sanção que, especiais:
sob a aparência de punição de outra falta, tenham lugar a) Durante o período de gravidez, e até seis meses
até seis meses após qualquer dos factos mencionados após o parto ou aborto clinicamente compro-
nas alíneas a), b) e d) do número anterior, ou até um vado, não executar tarefas desaconselhadas por
ano após o termo do exercício das funções referidas indicação médica, devendo ser imediatamente
na alínea c), ou após a data de apresentação da can- transferidas para trabalhos que as não preju-
didatura a essas funções, quando as não venha a exercer, diquem, sem prejuízo da retribuição do tra-
se já então, num ou noutro caso, o trabalhador servia balho;
a Empresa. b) Cumprir um período de trabalho diário não
superior a sete horas, quando em estado de gra-
3 — É também considerado abusivo o despedimento videz; no caso de prestação de trabalho normal
da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante nocturno, essa redução incidirá obrigatoria-
a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela mente sobre o período nocturno;
e este sejam conhecidos da Empresa. c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por
motivo de consultas médicas pré-natais devida-
mente comprovadas, quando em estado de
Cláusula 76.a gravidez;
d) Gozar por ocasião do parto uma licença em con-
Consequências gerais da aplicação de sanções abusivas formidade com o disposto na lei, que poderá
ter início um mês antes da data prevista para
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva nos o parto;
casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior, e) Em caso de hospitalização da criança a seguir
indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito, ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper
com as alterações constantes dos números seguintes. a licença de parto, desde a data do internamento
da criança até à data em que esta tenha alta,
2 — Se a sanção consistir no despedimento, a indem- retomando-a a partir daí até ao final do período;
nização não será inferior ao dobro da fixada na lei para este direito só pode ser exercido até 12 meses
despedimento nulo, sem prejuízo do direito do traba- após o parto;
f) Interromper o trabalho diário por duas horas,
lhador optar pela reintegração na Empresa, nos termos
repartidas pelo máximo de dois períodos, para
legais.
prestar assistência aos filhos, até 12 meses após
o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos
3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não referidos nesta alínea podem ser utilizados no
será inferior a dez vezes a importância da retribuição início ou antes do termo de cada dia de trabalho;
perdida. g) Suspender o contrato de trabalho, com perda
de retribuição, pelo período de seis meses, pror-
Cláusula 77.a rogáveis por períodos sucessivos de três meses
até ao limite máximo de dois anos a iniciar no
Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas
termo da licença de parto prevista na alínea d);
h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian-
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva no ças com idade inferior a três anos, uma licença
caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 75.a o de 60 dias a contar do início do processo de
trabalhador terá os direitos consignados na cláusula adopção. Considera-se início do processo de
anterior, com as seguintes alterações: adopção a data em que a criança é entregue
à adoptante pelas entidades competentes;
a) Em caso de despedimento, a indemnização i) Utilizar infantários da Empresa, sendo-lhes, na
nunca será inferior à retribuição correspondente falta destes, atribuído um subsídio nos termos
a um ano; da cláusula 67.a
b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior
são elevados para o dobro. 2 — O regime de dispensa previsto na alínea f) do
número anterior não é acumulável, no mesmo período
2 — Se se tratar de caso previsto no n.o 3 da cláu- de trabalho, com qualquer outro previsto neste acordo.
sula 75.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar
pela reintegração na Empresa, nos termos legais, a Cláusula 79.a
indemnização será o dobro da fixada na lei para des-
Trabalho de menores
pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri-
buições que a trabalhadora teria direito a receber se 1 — Pelo menos uma vez por ano, a Empresa asse-
continuasse ao serviço até final do período aí fixado, gurará a inspecção médica dos menores ao seu serviço,
consoante a que for mais elevada. de acordo com as disposições legais aplicáveis, a fim

395 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


de se verificar se o trabalho é prestado sem prejuízo b) Permaneçam no mesmo ano lectivo mais de dois
da saúde e normal desenvolvimento físico e intelectual. anos.

2 — Os resultados da inspecção referida no número 4 — As regalias especiais de trabalhadores-estudantes


anterior devem ser registados e assinados pelo médico são as seguintes:
nas respectivas fichas clínicas ou em caderneta própria.
a) Reembolso das despesas efectuadas com matrí-
3 — Aos trabalhadores com idade inferior a 18 anos culas e propinas, contra documento comprova-
é proibido: tivo das mesmas, após prova de aproveitamento
a) Prestar trabalho durante o período nocturno; em, pelo menos, 50% das disciplinas que cons-
b) Executar serviços que exijam esforços prejudi- tituem o ano do curso que frequenta, e na pro-
ciais à sua saúde e desenvolvimento físico nor- porção do aproveitamento tido;
mal e ocupar postos de trabalho sujeitos a altas b) Reembolso, nas condições referidas na alínea
ou baixas temperaturas, elevado grau de toxi- anterior, das despesas com material didáctico
cidade, poluição ambiente ou sonora e radioac- recomendado, dentro dos limites seguidamente
tividade. indicados:
Até ao 6.o ano de escolaridade — 9867$/ano;
Cláusula 80.a Do 7.o ao 9.o ano de escolaridade —
Trabalhadores-estudantes 13 050$/ano;
Do 10.o ao 12.o ano de escolaridade —
1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes 17 113$/ano;
é o previsto na lei, sem prejuízo do disposto no número
Ensino superior ou equiparado — 31 580$/ano.
seguinte.

2 — Aos trabalhadores estudantes será concedida dis- 5 — O pagamento das despesas referidas no número
pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia anterior será feito pelos valores praticados no ensino
de aulas, quando necessário, para a frequência e pre- público, mediante entrega de comprovativo.
paração destas.
6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
3 — O regime de dispensa previsto no número ante- cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da
rior não é acumulável com qualquer outro regime pre- Empresa, de atribuição de funções ou categoria de
visto neste acordo. acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten-
der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço.
4 — A Empresa facilitará, tanto quanto possível, a Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer
utilização dos seus transportes nos circuitos e horários ao serviço da Empresa por um período mínimo de dois
existentes. anos.
5 — É considerada falta grave a utilização abusiva CAPÍTULO XI
das regalias atribuídas nesta cláusula.
Regalias sociais
Cláusula 81.a
Outras regalias de trabalhadores-estudantes
Cláusula 82.a
1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula depende do reconhecimento por parte da Regalias sociais
Empresa do interesse do curso frequentado para a car-
reira profissional do trabalhador nesta, bem como da 1 — A Empresa garantirá a todos os seus trabalha-
verificação das condições de aproveitamento previstas dores, nas condições das normas constantes de regu-
no n.o 2. lamento próprio que faz parte integrante deste acordo,
as seguintes regalias:
2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula está ainda dependente da verificação cumu- a) Seguro social;
lativa das seguintes condições: b) Complemento de subsídio de doença e acidentes
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo de trabalho;
do curso frequentado ou no mesmo número de c) Subsídio de casamento;
disciplinas quando em anos sucessivos; d) Subsídio especial a deficientes;
b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos, e) Complemento de reforma;
dois terços do número de disciplinas do ano f) Subsídio de funeral.
em que se encontrava anteriormente matri-
culado. 2 — O regime global de regalias sociais previsto no
número anterior substitui quaisquer outros regimes par-
3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen- ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a
tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à
previstas nesta cláusula os trabalhadores que: renúncia expressa por parte dos trabalhadores, a esses
a) Não obtenham aproveitamento em qualquer regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato
disciplina por falta de assiduidade; individual de trabalho.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 396


CAPÍTULO XII 4 — As deliberações deverão constar de acta lavrada
logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes.
Segurança, higiene e saúde no trabalho
5 — A comissão paritária reunirá sempre que seja
Cláusula 83.a convocada por uma das partes, com a antecedência
Higiene e segurança no trabalho mínima de 10 dias, constando da convocação a ordem
de trabalhos.
O regime de higiene e segurança no trabalho é o
previsto na lei. 6 — A comissão paritária definirá as regras do seu
funcionamento, garantindo-lhe a Empresa os meios de
Cláusula 84.a apoio administrativo necessários para o mesmo, sem pre-
juízo para os serviços.
Medicina no trabalho

1 — A Empresa organizará e manterá serviços médi- 7 — As despesas emergentes do funcionamento da


cos do trabalho e velará pelo seu bom funcionamento, comissão paritária serão suportadas pela Empresa.
nos termos da regulamentação legal em vigor.
Cláusula 86.a
2 — Os serviços médicos referidos no número ante-
Convenção globalmente mais favorável
rior, que têm por fim a defesa da saúde dos trabalha-
dores e a vigilância das condições de higiene no trabalho, 1 — As partes outorgantes reconhecem o carácter glo-
têm, essencialmente, carácter preventivo e ficam a cargo balmente mais favorável do presente acordo relativa-
dos médicos do trabalho. mente a todos os instrumentos de regulamentação colec-
tiva anteriormente aplicáveis à Empresa, que ficam inte-
3 — São atribuições do médico do trabalho, nomea- gralmente revogados. São igualmente revogados todos
damente: os regulamentos internos da Empresa elaborados ao
a) Identificação dos postos de trabalho com risco abrigo daqueles instrumentos de regulamentação colec-
de doenças profissionais ou de acidentes de tiva.
trabalho;
b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores 2 — Da aplicação do presente acordo não poderá
de acidentes de trabalho; resultar baixa de categoria, grau, nível ou classe, apli-
c) Organização de cursos de primeiros socorros cando-se o regime nele previsto a todos os trabalhadores
e de prevenção de acidentes de trabalho e doen- ao serviço da Empresa, mesmo que eles estejam a auferir
ças profissionais com o apoio dos serviços téc- regalias mais favoráveis, isto, sem prejuízo do reconhe-
cimento dos regimes especiais constantes das cláusu-
nicos especializados oficiais ou particulares;
las 59.a e 62.a
d) Exame médico de admissão e exames periódicos
especiais dos trabalhadores, particularmente das
mulheres, dos menores, dos expostos a riscos ANEXO I
específicos e dos indivíduos de qualquer forma Definição de funções
inferiorizados.
Assistente administrativo. — É o trabalhador que exe-
4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão cuta tarefas de natureza administrativa requeridas pelas
dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo diferentes actividades em curso; opera equipamento de
da retribuição, qualquer que seja o tempo despendido tratamento automático de informação; recebe, trata e
para o efeito. transmite a informação. Elabora documentos estatísticos
e executa operações contabilísticas, de processamento
e de caixa. Regista o movimento de transacções, manu-
CAPÍTULO XIII seia e controla valores e numerário. Pode executar as
tarefas de tratamento, recepção e expedição de correio.
Disposições globais e finais Pode exercer funções de secretariado, traduzir e retro-
verter documentos. Sob orientação da chefia, pode rea-
Cláusula 85.a lizar estudos e análises, prestar apoio técnico a pro-
Comissão paritária fissionais de categoria superior e ser-lhe atribuída a che-
fia de profissionais menos qualificados.
1 — Será constituída uma comissão paritária formada
por seis elementos, dos quais três são representantes Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe-
da Empresa e três representantes das organizações sin- cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun-
dicais outorgantes; de entre estes, é obrigatória a pre- cionamento de um escritório, nomeadamente reprodu-
sença das organizações sindicais representantes dos inte- ção e transmissão de documentos, estabelecimento de
resses em causa. ligações telefónicas e envio, preparação, distribuição e
entrega de correspondência e objectos inerentes ao ser-
2 — A comissão paritária tem competência para inter- viço interno e externo. Recebe, anuncia e presta infor-
pretar as cláusulas do presente acordo de empresa. mações a visitantes, podendo, quando necessário, exe-
cutar trabalhos de dactilografia e outros afins.
3 — As deliberações tomadas por unanimidade con-
sideram-se como regulamentação do presente acordo Auxiliar agro-florestal. — É o trabalhador que, no
de empresa e serão depositadas e publicadas nos mes- domínio agro-silvícola, exerce funções diversas, simples
mos termos. e indiferenciadas, normalmente não especificadas e que

397 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


não exigem especialização, nomeadamente no âmbito Delegado florestal. — É o trabalhador que, no âmbito
da arborização, conservação de povoamentos e explo- das actividades prosseguidas pela região florestal em
ração florestal. Pode realizar outras tarefas não rela- que se integra, e dentro das metas e programas fixados,
cionadas com aquela actividade. participa na planificação das actividades da respectiva
delegação; propõe objectivos e programas a concretizar
Chefe de departamento. — É o trabalhador que estuda, pelas unidades florestais; coordena e articula a respec-
organiza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários tiva execução, tomando as medidas correctoras que jul-
serviços da Empresa, as actividades que lhe são próprias; gue necessárias; prospecta e propõe a aquisição ou alu-
exerce, dentro do serviço que chefia, e na esfera da guer de propriedades para florestar; executa um con-
sua competência, funções de direcção, orientação e fis- junto de outras tarefas não especificadas, destinadas a
calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento manter a boa imagem da Empresa.
das actividades dos serviços, segundo as orientações e
fins definidos. Pode executar tarefas específicas respei- Director de serviços. — É o trabalhador responsável
tantes aos serviços que chefia. Pode colaborar na defi- perante o conselho de administração, ou seus repre-
nição das políticas inerentes à sua área de actividade sentantes, pela gestão das estruturas funcionais ou ope-
e na preparação das respectivas decisões estratégicas. racionais. Participa na definição das políticas, bem como
na tomada de decisões estratégicas inerentes à sua área
Chefe de região florestal. — É o trabalhador que, den- de actividade.
tro dos limites da região florestal em que se integra,
e de acordo com os planos-programas aprovados, propõe Operador agro-florestal. — É o trabalhador que exe-
a programação das actividades de fomento florestal, con- cuta as operações inerentes às actividades de produção
servação florestal, exploração florestal e produções aces- de plantas, de conservação de povoamentos, de explo-
sórias; coordena e assegura a sua execução física, técnica ração florestal e de produções acessórias, conduzindo
e económica; participa na implementação do programa e manobrando máquinas florestais ou agrícolas a que
de angariação de terras, numa perspectiva de rentabi- poderão adaptar-se alfaias ou outros equipamentos.
lização do património florestal e urbano por que é Opera com quaisquer máquinas de força motriz para
responsável. transporte e arrumação de matérias-primas, responsa-
biliza-se pelo acondicionamento de materiais e orienta
Chefe de secção. — É o trabalhador que coordena, e auxilia as respectivas operações; quando habilitado
dirige e controla o trabalho de um grupo de profissionais com carta de condução, conduz veículos automóveis e
nos aspectos funcionais e hierárquicos. cuida do funcionamento, manutenção, limpeza e carga
dos mesmos; zela pela manutenção preventiva e cor-
Chefe de sector. — É o trabalhador que planifica, coor- rectiva do material que lhe é distribuído; colabora em
dena e desenvolve actividades do sector que chefia, asse- processos de laboratório para preparação de ensaios;
gurando o cumprimento dos programas e objectivos fixa- executa tarefas de repicagem e introdução de material
dos superiormente. Orienta nos aspectos funcionais e vegetal, utilizando técnicas e meios adequados; elabora
hierárquicos os profissionais do sector. folhas de registo e de controlo de utilização, consumos
etc., das máquinas que lhe estão atribuídas.
Chefe de serviço I. — É o trabalhador que estuda, orga-
niza, dirige e desenvolve num ou vários serviços da Secretário(a) de direcção ou administração. — É o tra-
Empresa as actividades que lhe são próprias; exerce, balhador que se ocupa do secretariado específico da
dentro do serviço que chefia, e nos limites da sua com- administração ou direcção da Empresa. Entre outras
petência, funções de direcção, orientação e fiscalização funções administrativas, competem-lhe, normalmente,
de pessoal sob as suas ordens e de planeamento de as seguintes funções: redigir actas das reuniões de tra-
actividades dos serviços, segundo as orientações e fins balho; assegurar, por sua própria iniciativa, o trabalho
definidos. Pode executar tarefas específicas relativas aos de rotina diária do gabinete; providenciar pela realização
serviços que chefia. das assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos
e escrituras; redigir documentação diversa em português
Chefe de serviço II. — Definição de funções idêntica e línguas estrangeiras.
à de chefe de serviço I.
Técnico administrativo/comercial. — É o trabalhador
Delegado comercial. — É o trabalhador que, no com preparação de base a nível médio que, sob orien-
âmbito da sua área geográfica de intervenção, e dentro tação hierárquica e objectivos definidos, se ocupa das
da política definida, participa na elaboração do orça- seguintes tarefas: organização, coordenação e orienta-
mento anual de aprovisionamento da matéria-prima ção de actividades de maior especialização ou âmbito
lenhosa; assegura a sua execução, em conformidade com do seu domínio específico; colabora na definição dos
as regras e processos estabelecidos; toma, de acordo programas de trabalho para a sua área de actividade,
com a direcção, as acções correctoras necessárias; man- garantindo a sua correcta implementação; assistência
tém conhecimento actualizado sobre o mercado de a profissionais de escalão superior no desempenho das
madeiras, concorrência, oferta de madeiras em pé e dis- funções destes; relativamente à aquisição de material
ponibilidade de material lenhoso para corte; estabelece lenhoso, prepara a negociação e elaboração de contra-
contactos com transportadores e fornecedores; trans- tos; controla fornecimentos e stocks; contacta periodi-
mite informações relativas às actividades nomeadas; camente e acompanha mercados, concorrência e praças
acompanha a recepção de madeiras na fábrica, assegura de venda pública; coordena tecnicamente a recepção
a gestão dos parques exteriores situados no seu domínio e conversão; quanto a transportes de madeira, prepara
de actuação, em conformidade com as orientações supe- a negociação e elaboração de contratos; acompanha os
riores e colabora na drenagem de madeiras. mercados rodoviário, ferroviário e marítimo; programa

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 398


e propõe a transferência e movimentação de material manentes ou grupos de trabalhadores ou actuar
lenhoso; faz observar as técnicas de funcionamento de como assistente de profissional mais qualificado
máquinas industriais e o cumprimento da legislação apli- na chefia de estruturas de maior dimensão,
cável; pode exercer funções de chefia hierárquica ou desde que na mesma não se incluam profissio-
condução funcional de unidades estruturais permanen- nais de qualificação superior à sua;
tes ou grupos de trabalhadores. b) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos
implicam capacidade técnica evolutiva e ou
Técnico agro-florestal. — É o trabalhador que assegura envolvem a coordenação de factores ou acti-
a coordenação das actividades de produção de plantas, vidades diversificadas no âmbito do seu próprio
de arborização, de conservação de povoamentos, de domínio de actividade;
exploração agro-florestal e de produções acessórias, bem c) As decisões tomadas e soluções propostas, fun-
como a coordenação de recepção, movimentação e exis- damentadas em critérios técnico-económicos
tências de material lenhoso no âmbito dos parques exte- adequados, serão necessariamente remetidas
riores da Empresa; colabora na definição de programas para os níveis competentes de decisão quando
de trabalho e garante a sua correcta execução; recolhe tenham implicações potencialmente importan-
e transmite informações relativas ao mercado de madei- tes a nível das políticas gerais e sectoriais da
ras na área e estabelece contactos com transportadores Empresa, seus resultados, imagem exterior ou
e fornecedores, de acordo com orientações superiores; posição no mercado e relações de trabalho no
orienta o manuseamento e a expedição do material seu exterior.
lenhoso; supervisiona as actividades agro-florestais
acima nomeadas, realizadas por terceiros ou em regime Técnico superior do grau IV. — É o trabalhador deten-
de empreitada e controla a execução dos respectivos tor de especialização considerável num campo particular
contratos celebrados; executa tarefas enquadradas no de actividade ou possuidor de formação complementar
âmbito das actividades operacionais em curso; executa e experiência profissional avançadas. O nível de funções
tarefas de inventário e classificação florestal em car- que normalmente desempenha é enquadrável entre os
tografia específica da actividade; preenche documentos pontos seguintes:
de carácter administrativo respeitantes às actividades
referenciadas e pessoal envolvido; promove a angariação a) Dispõe de autonomia no âmbito da sua área
de contratos de compra e de arrendamento de proprie- de actividade, cabendo-lhe desencadear inicia-
dades; responde pela conservação de instalações e tivas e tomar decisões condicionadas pela polí-
manutenção do equipamento; vigia o património da tica estabelecida para essa área, em cuja defi-
Empresa e colabora na preparação e execução de planos nição deve participar. Fundamenta propostas de
de protecção e de defesa contra incêndios; pode chefiar actuação para decisão superior quando tais
grupos de trabalho. implicações sejam susceptíveis de ultrapassar o
seu nível de responsabilidade;
Técnico de manutenção. — É o trabalhador que exe- b) Pode desempenhar funções de chefia hierár-
cuta tarefas de manutenção mecânica preventiva e cor- quica de unidades de estrutura da Empresa
rectiva de equipamentos; desempenha indistintamente desde que na mesma não se integrem profis-
várias funções das seguintes áreas, consoante o seu grau sionais de qualificação superior à sua;
de qualificação e o seu nível de responsabilidade: mecâ- c) Os problemas e tarefas que lhe são cometidos
nica de veículos automóveis, serralharia mecânica ou envolvem o estudo e desenvolvimento de solu-
civil, soldadura, óleo/hidráulica e lubrificação. ções técnicas novas, ou a coordenação de fac-
tores ou actividades de tipo e natureza com-
Técnico superior do grau I e grau II. — É o trabalhador plexas, com origem em domínios que ultrapas-
que exerce funções menos qualificadas da sua especia- sem o seu sector específico de actividade,
lidade. O nível de funções que normalmente desem- incluindo entidades exteriores à própria
penha é enquadrável entre os seguintes pontos: de uma Empresa.
forma geral, presta assistência a profissionais mais qua-
lificados na sua especialidade ou domínio de actividade Técnico superior do grau V. — É o trabalhador deten-
actuando segundo instruções detalhadas, utiliza elemen- tor de sólida formação num campo de actividade espe-
tos de consulta e experiências disponíveis na Empresa cializado, complexo e importante para o funcionamento
ou a ela acessíveis; quando do grau II, poderá coordenar ou economia da Empresa e também aquele cuja for-
e orientar trabalhadores de qualificação inferior à sua, mação e currículo profissional lhe permite assumir
ou, sob orientação claramente delimitada, pode realizar importantes responsabilidades com implicações em
estudos e proceder à análise dos respectivos resultados áreas diversificadas da actividade empresarial. O nível
de acordo com as políticas gerais, sectoriais e resultados das funções que normalmente desempenha é enqua-
da Empresa, sua imagem exterior ou posição no mercado drável entre os seguintes pontos:
e relações de trabalho no seu interior. a) Como gestor, chefia, coordena e controla um
conjunto complexo de unidades estruturais, cuja
Técnico superior do grau III. — É o trabalhador cuja actividade tem incidência sensível no funciona-
formação de base se alargou e consolidou através do mento, posição externa e resultados da
exercício de actividade profissional relevante, durante Empresa, podendo participar na definição das
um período limite de tempo. O nível das funções que suas políticas gerais, incluindo política salarial;
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon- b) Como técnico ou especialista, dedica-se ao
tos seguintes: estudo, investigação e solução de problemas
a) Pode exercer funções de chefia hierárquica ou complexos ou especializados envolvendo con-
condução funcional de unidades estruturais per- ceitos e ou tecnologias recentes ou pouco

399 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


comuns. Apresenta soluções tecnicamente avan- Cumprir os seguintes tempos mínimos de per-
çadas e valiosas do ponto de vista económico- manência:
-estratégico da Empresa.
Grupos Tempos
de Níveis/categorias mínimos
Técnico superior do grau VI. — É o trabalhador que, enquadramento (anos)
pela sua formação, currículo profissional e capacidade
pessoal, atingiu, dentro de uma especialização ou num
7 Assistente administrativo do grau V –
vasto domínio de actividade dentro da Empresa, as mais 8 Assistente administrativo do grau IV 5
elevadas responsabilidades e grau de autonomia. O nível 9 Assistente administrativo do grau III 4
das funções que normalmente desempenha é enqua- 10 Assistente administrativo do grau II 3
drável entre os pontos seguintes: 11 Assistente administrativo do grau I 3
12 Assistente administrativo estagiário
a) Como gestor, chefia, coordena e controla a acti- do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
13 Assistente administrativo estagiário
vidade de múltiplas unidades estruturais da do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Empresa numa das suas áreas de gestão, ou em
várias delas, tomando decisões fundamentais de
carácter estratégico com implicações directas e Obter mérito e potencial para o desempenho de
importantes no funcionamento, posição exterior função de grau superior.
e resultados da Empresa;
b) Como técnico ou especialista, dedica-se ao 3 — Densidades. — Para os profissionais integrados
estudo, investigação e solução de questões com- nas categorias correspondentes aos graus V e IV, obser-
plexas altamente especializadas ou com elevado var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
conteúdo de inovação, apresentando soluções ao total do efectivo na carreira:
originais de elevado alcance técnico, económico Grau V: 10 %;
ou estratégico. Graus V e IV: 25 %.
Técnico de unidade florestal. — É o trabalhador que, B) Trabalhadores de manutenção mecânica
no âmbito da área geográfica atribuída, colabora na pro-
gramação das actividades de fomento florestal, conser- Técnico de manutenção mecânica
vação florestal, exploração florestal, produções acessó-
rias e aquisição/arrendamento de terrenos e garante a 1 — Admissão:
sua realização; assegura a execução dos projectos rela- 1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
tivos às actividades referidas; transfere, para as instân- profissionais com formação/especialização nas activida-
cias superiores em que se integra, a informação inerente des de manutenção mecânica.
às actividades nomeadas; fornece elementos para ava- 1.2 — As condições de admissão destes trabalhadores
liação e determinação dos volumes disponíveis para são as seguintes:
corte; propõe programas de exploração de florestas de Idade mínima — a exigida na lei;
terceiros. Habilitações escolares — curso do ensino secundá-
rio (12.o ano) da área de formação adequada
ANEXO II à função sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante.
Condições específicas
a) Trabalhadores de escritório 2 — Progressão na carreira:
Assistente administrativo 2.1 — A progressão na carreira dependerá da exis-
tência cumulativa das seguintes condições:
1 — Admissão:
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os Possuir preferencialmente as habilitações escolares
profissionais com formação/especialização nas activida- definidas no n.o 1.2, para acesso aos níveis dos
des administrativas. graus IV e V e o 9.o ano de escolaridade ou equi-
valente para os restantes níveis;
1.2 — As condições de admissão destes trabalhadores
Esta condição poderá ser substituída pela parti-
são as seguintes: cipação obrigatória e com aproveitamento em
Idade mínima — a exigida na lei; acções de formação adequadas;
Habilitações escolares — curso do ensino secundá- Cumprir os seguintes tempos mínimos de per-
rio (12.o ano) da área de formação adequada manência:
à função sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante. Grupos Tempos
de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos)
2 — Progressão na carreira:
2.1 — O plano de carreira de assistente administrativo
7 Técnico de manutenção do grau V –
compreende sete níveis de progressão. 8 Técnico de manutenção do grau IV 5
2.2 — A progressão na carreira dependerá da exis- 9 Técnico de manutenção do grau III 4
tência cumulativa das seguintes condições: 10 Técnico de manutenção do grau II 3
11 Técnico de manutenção do grau I 3
Possuir preferencialmente as habilitações escolares 12 Técnico de manutenção estagiário
definidas no n.o 1.2, para acesso aos níveis dos do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
13 Técnico de manutenção estagiário
graus IV e V e o 9.o ano de escolaridade ou equi- do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
valente para os restantes níveis;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 400


Desempenhar duas ou três actividades referidas na 2.2 — A progressão na carreira de operador agro-flo-
definição de funções de acordo com a sua espe- restal dependerá da existência cumulativa das seguintes
cialidade; o desempenho de três actividades é condições:
exigido para os níveis dos graus IV e V.
Possuir as habilitações escolares definidas no
Obter mérito e potencial para o desempenho de
n.o 1.2.2;
função de grau superior.
Esta condição poderá ser substituída pela parti-
cipação obrigatória e com aproveitamento em
3 — Densidades. — Para os profissionais integrados
acções de formação adequadas;
nas categorias correspondentes aos graus V e IV, obser-
Cumprir os seguintes tempos mínimos de per-
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
manência:
ao total do efectivo na carreira:
Grau V: 10 %;
Grupos Tempos
Grau V e IV: 25 %. de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos)

C) Trabalhadores agro-florestais
9 Operador agro-florestal do grau IV –
Técnico agro-florestal e operador agro-florestal 10 Operador agro-florestal do grau III 5
11 Operador agro-florestal do grau II 4
12 Operador agro-florestal do grau I 3
1 — Admissão:
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
profissionais com formação/especialização na actividade Obter mérito e potencial para o desempenho de
agro-silvícola. função de grau superior.
1.2.1 — As condições de admissão dos técnicos agro-
-florestais são as seguintes: 3 — Densidades:
3.1 — Para os técnicos agro-florestais integrados nas
Idade mínima — a exigida na lei; categorias correspondentes aos graus III, IV e V, obser-
Habilitações escolares — curso do ensino secundá- var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
rio (12.o ano) da área de formação adequada ao total do efectivo na carreira:
à função sendo condição preferencial o curso Grau IV e V: 10 %;
via profissionalizante. Grau III: 25 %.

1.2.2 — As condições de admissão dos operadores 3.2 — Para os operadores agro-florestais integrados
agro-florestais são as seguintes: nas categorias correspondentes aos graus III e IV, obser-
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
Idade mínima — a exigida na lei; ao total do efectivo na carreira:
Habilitações escolares — curso do ensino básico Grau IV: 10 %;
(9.o ano) da área de formação adequada à Grau III: 25 %.
função.
Técnico de unidade florestal
2 — Progressão na carreira:
2.1 — A progressão na carreira de técnico agro-flo- 1 — Admissão e período experimental:
restal dependerá da existência cumulativa das seguintes 1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
condições: profissionais de formação académica média/superior,
diplomados em escolas nacionais ou estrangeiras ofi-
Possuir preferencialmente as habilitações escolares cialmente reconhecidas, nomeadamente institutos supe-
definidas no n.o 1.2.1, para acesso aos níveis dos riores e institutos superiores politécnicos.
graus IV e V e o 9.o ano de escolaridade ou equi- 1.2 — Esta condição poderá ser substituída pela par-
valente para os restantes níveis; ticipação obrigatória e com aproveitamento em acções
de formação adequadas.
Esta condição poderá ser substituída pela parti-
1.3 — Na admissão dos trabalhadores integrados
cipação obrigatória e com aproveitamento em
neste grupo será sempre exigido diploma ou documento
acções de formação adequadas; equivalente, e carteira profissional, quando exigido por
Cumprir os seguintes tempos mínimos de per- lei.
manência: 1.4 — O período experimental destes profissionais é
o previsto na lei.
Grupos Tempos 2 — Progressão na carreira:
de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos) 2.1 — O plano de carreira de técnico de unidade flo-
restal compreende três níveis de responsabilidade e de
6 Técnico agro-florestal do grau V ... –
enquadramento.
7 Técnico agro-florestal do grau IV ... 5 2.2 — A progressão na carreira dependerá da exis-
8 Técnico agro-florestal do grau III ... 5 tência cumulativa das seguintes condições:
9 Técnico agro-florestal do grau II ... 4
10 Técnico agro-florestal do grau I ... 3 Mérito profissional no desempenho da função e
potencial para o desempenho de funções mais
Obter mérito e potencial para o desempenho de qualificadas;
função de grau superior. Existência de previsão em dotação;

401 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cumprir os seguintes tempos mínimos de per- 2.2 — A progressão na carreira dependerá da exis-
manência: tência cumulativa das seguintes condições:
Mérito profissional no desempenho da função e
Grupos Tempos
de Níveis/categorias mínimos potencial para o desempenho de funções mais
enquadramento (anos) qualificadas;
Existência de previsão em dotação.
4 Técnico de unidade florestal do
grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – 2.3 — O técnico superior do grau I poderá passar ao
5 Técnico de unidade florestal do grau II após um ano de permanência naquela categoria.
grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
6 Técnico de unidade florestal do
3 — Funções:
grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3.1 — As funções destes profissionais serão as cor-
7 Técnico de unidade florestal do respondentes aos diversos níveis.
grau I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3.2 — Enquadram-se neste grupo de técnicos supe-
riores os profissionais que desempenham funções téc-
nicas nas áreas de planeamento, investigação operacio-
3 — Funções. — Enquadram-se neste grupo de téc-
nal, engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos
nicos de unidade florestal os profissionais que desem-
humanos, organização, informática e comercial.
penham funções técnicas nas áreas de organização, pro-
gramação e orientação das actividades de fomento flo-
ANEXO III
restal, conservação florestal, exploração florestal, pro-
duções acessórias e angariação de terras. Enquadramentos e tabelas de remunerações mínimas

D) Técnico administrativo/comercial
Grupo 1:
Director de departamento/serviços.
1 — Admissão e período experimental: Técnico superior do grau VI.
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
profissionais que desempenham funções técnicas nas Grupo 2:
áreas de planeamento, investigação operacional, pro-
jecto, produção, conservação, administração, comercial, Chefe de departamento.
recursos humanos e organização e informática. Chefe de região florestal.
1.2 — As condições de admissão destes trabalhadores Técnico superior do grau V.
são as seguintes:
Grupo 3:
Idade mínima — a exigida na lei;
Habilitações escolares — 12.o ano da especialidade Chefe de serviço I.
adequada à função. Delegado florestal.
Técnico superior do grau IV.
1.3 — O período experimental destes profissionais é
o previsto na lei. Grupo 4:
2 — Progressão na carreira:
2.1 — Consideram-se quatro níveis de responsabili- Chefe de serviço II.
dade e de enquadramento desta categoria profissional. Delegado comercial.
2.2 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade Secretário(a) de direcção ou administração do
dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac- grau V.
terização, da existência cumulativa das seguintes con- Técnico administrativo/comercial do grau IV.
dições: Técnico superior do grau III.
Técnico de unidade florestal do grau IV.
Mérito profissional no desempenho da função e
potencial para o desempenho de funções mais Grupo 5:
qualificadas;
Existência de previsão em dotação. Chefe de sector.
Secretário(a) de direcção ou administração do
E) Técnico superior
grau IV.
Técnico administrativo/comercial do grau III.
1 — Admissão e período experimental: Técnico superior do grau II.
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os Técnico de unidade florestal do grau III.
profissionais de formação académica superior, licencia-
tura, diplomados em escolas nacionais ou estrangeiras Grupo 6:
oficialmente reconhecidas, nomeadamente universida- Chefe de secção.
des e institutos superiores e institutos superiores poli- Secretário(a) de direcção ou administração do
técnicos. grau III.
1.2 — Na admissão dos trabalhadores integrados Técnico administrativo/comercial do grau II.
neste grupo será sempre exigido diploma ou documento Técnico agro-florestal do grau V.
equivalente, e carteira profissional, quando exigido por Técnico superior do grau I.
lei. Técnico de unidade florestal do grau II.
1.3 — O período experimental destes profissionais é
o previsto na lei. Grupo 7:
2 — Progressão na carreira:
2.1 — O plano de carreira de técnico superior com- Assistente administrativo do grau V.
preende seis níveis de responsabilidade e de enqua- Secretário(a) de direcção ou administração do
dramento. grau II.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 402


Técnico administrativo/comercial do grau I. Operador agro-florestal do grau III.
Técnico agro-florestal do grau IV. Técnico agro-florestal do grau I.
Técnico de manutenção do grau V. Técnico de manutenção do grau II.
Técnico de unidade florestal do grau I.
Grupo 11:
Grupo 8:
Assistente administrativo do grau I.
Assistente administrativo do grau IV. Auxiliar administrativo de 1.a
Secretário(a) de direcção ou administração do Operador agro-florestal do grau II.
grau I. Técnico de manutenção do grau I.
Técnico agro-florestal do grau III.
Técnico de manutenção do grau IV.
Grupo 12:
Grupo 9: Assistente administrativo estagiário do 2.o ano.
Assistente administrativo do grau III. Auxiliar administrativo de 2.a
Operador agro-florestal do grau IV. Operador agro-florestal do grau I.
Técnico agro-florestal do grau II. Técnico de manutenção estagiário do 2.o ano.
Técnico de manutenção do grau III.
Grupo 13:
Grupo 10: Assistente administrativo estagiário do 1.o ano.
Assistente administrativo do grau II. Auxiliar agro-florestal.
Auxiliar administrativo principal. Técnico de manutenção estagiário do 1.o ano.

Tabela de remunerações

Grupos de enquadramento Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V

1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00

A cada remuneração base constante desta tabela sala- Declaração


rial acresce, para todos os efeitos a importância de A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Traba-
7 180$, referente à integração do subsídio de formação. lhadores de Serviços, por si e em representação dos
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de sindicatos seus filiados:
contratação a termo e aos trabalhadores que se encon-
tram em regime de período experimental. SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escri-
tório, Comércio, Hotelaria e Serviços.
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. Lisboa, 2 de Outubro de 1998. — Pelo Secretariado:
(Assinaturas ilegíveis.)
Pela Portucel Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-florestal, S. A:

(Assinatura ilegível.) Declaração

Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços: Para os devidos efeitos se declara que a FETI-
CEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias
António Maria Teixeira de Matos Cordeiro. Cerâmica, Vidreira, Extractriva, Energia e Química
representa a seguinte associação sindical:
Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
Extractiva, Energia e Química: SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia,
Química e Indústrias Diversas.
José Luís Carapinha Rei.

Lisboa, 3 de Novembro de 1998. — Pelo Secretariado:


Pelo SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio:
(Assinatura ilegível.)
(Assinatura ilegível.)
Entrado em 27 de Janeiro de 1999.
Pelo Sindicato dos Engenheiros da Região Sul:
Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 171 do
livro n.o 8, com o n.o 23/99, nos termos do artigo 24.o
(Assinatura ilegível.) do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual.

403 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


AE entre a Portucel Florestal — Empresa de De- 5 — Na admissão de qualquer trabalhador, a Empresa
senvolvimento Agro-Florestal, S. A., e o obriga-se a reconhecer os tempos de aprendizagem, tiro-
SETAA — Sind. da Agricultura, Alimentação e cínio ou estágio dentro da mesma profissão ou profissões
Florestas. afins prestados noutra empresa, desde que apresente,
para o efeito, certificado comprovativo.

CAPÍTULO I Cláusula 5.a


Área, âmbito e vigência Período experimental

Cláusula 1.a 1 — Durante o período experimental, salvo acordo


escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir
Área e âmbito o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo-
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o cação de justa causa, não havendo direito a qualquer
território nacional e obriga, por um lado, a Portucel indemnização.
Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-Flores-
tal, S. A., e, por outro, os trabalhadores ao seu serviço 2 — O período experimental corresponde ao período
membros das organizações sindicais outorgantes. inicial de execução do contrato e, salvo acordo em con-
Aos trabalhadores rurais contratados para actividades trário, tem a seguinte duração:
sazonais ou outras será aplicado o estatuto regulador a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores
das relações de trabalho rural, nos termos da legislação ou, se a Empresa tiver 20 ou menos trabalha-
específica. dores, 90 dias;
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car-
Cláusula 2.a gos de complexidade técnica e elevado grau de
responsabilidade ou funções de confiança;
Vigência, denúncia e revisão c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros
1 — O processo de negociação processar-se-á nos ter- superiores.
mos da legislação aplicável.
Cláusula 6.a
2 — O presente acordo de empresa vigorará pelo
Readmissões
prazo de dois anos.
1 — Se a Empresa readmitir ao seu serviço um tra-
3 — As tabelas salariais serão revistas anualmente. balhador cujo contrato tenha sido rescindido anterior-
mente, por qualquer das partes, o tempo de antiguidade
4 — As tabelas salariais e valores para as cláusulas ao serviço da Empresa, no período anterior à rescisão
de expressão pecuniária produzem efeitos a partir de será contado na readmissão se nisso acordarem por
16 de Setembro de 1998. escrito o trabalhador e a Empresa.

2 — A readmissão de um trabalhador para a mesma


CAPÍTULO II categoria profissional não está sujeita a período expe-
Preenchimento de postos de trabalho rimental.

Cláusula 3.a Cláusula 7.a


Preenchimento de postos de trabalho Contratos a termo

A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou A Empresa poderá celebrar contratos a termo, de


postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço, acordo com as regras e os limites impostos pela legis-
desde que estes reúnam as condições necessárias para lação aplicável.
esse preenchimento.
Cláusula 8.a
Cláusula 4.a Comissão de serviço
Admissões 1 — As funções de direcção serão exercidas por tra-
1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con- balhadores da Empresa em regime de comissão de ser-
dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula- viço, nos termos da legislação aplicável.
mentação interna da Empresa.
2 — A Empresa definirá condições especiais de pro-
2 — Toda e qualquer admissão será precedida de gressão profissional decorrentes do exercício de funções
exame médico adequado, feito a expensas da Empresa. com mérito em regime de comissão de serviço.

3 — No acto de admissão a Empresa fornecerá ao Cláusula 9.a


trabalhador cópias do presente acordo e dos regula- Reconversões
mentos internos da Empresa.
1 — A Empresa diligenciará reconverter, para função
4 — A Empresa não deverá, em regra, admitir tra- compatível com as suas capacidades, os trabalhadores
balhadores reformados. parcialmente incapacitados por motivo de acidente de

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 404


trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos- desempenho de funções ou desde a última promoção
sível, a Empresa informará, por escrito, o trabalhador na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso
interessado das razões dessa impossibilidade. algum, mais de uma promoção por efeito da entrada
em vigor deste acordo.
2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a
remuneração base estabelecida para a sua nova cate-
goria, sem prejuízo do número seguinte. Cláusula 11.a
Reestruturação de serviços
3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de
remuneração base do trabalhador reconvertido, remu- Nos casos em que a melhoria tecnológica ou a rees-
neração que, quando seja superior à estabelecida para truturação dos serviços tenham como consequência a
a sua nova categoria, irá sendo absorvida pelos sub- eliminação de postos de trabalho, a Empresa assegurará
sequentes aumentos salariais até ao valor desta. Para aos seus trabalhadores, de harmonia com as possibi-
o efeito, o trabalhador terá direito aos seguintes adi- lidades físicas e intelectuais de cada um, que transitem
cionais à remuneração correspondente à categoria pro- para novas funções, de preferência compatíveis com a
fissional para que foi reconvertido: sua profissão, toda a preparação necessária, suportando
os encargos dela decorrentes.
a) 75 % da diferença entre a remuneração corres-
pondente à categoria para que foi reconvertido
e a remuneração correspondente à categoria de Cláusula 12.a
onde é originário, na primeira revisão salarial;
b) 50 % daquela diferença, pelos novos valores Diminuídos físicos
resultantes da segunda revisão salarial, na oca- A admissão, a promoção e o acesso dos trabalhadores
sião desta; diminuídos físicos processar-se-ão nos mesmos termos
c) 25 % daquela diferença, pelos valores resultan- dos restantes trabalhadores desde que se trate de acti-
tes da terceira revisão salarial, na ocasião desta; vidades que possam ser por eles desempenhadas e pos-
d) Absorção total na quarta revisão salarial. suam as habilitações e condições exigidas.
Cláusula 10.a
Promoções
Cláusula 13.a
Transferências
1 — Constitui promoção a passagem a título definitivo
de um trabalhador para uma categoria, classe ou grau 1 — Entende-se por transferência de local de trabalho
superior, ou a sua mudança a título definitivo para outra a alteração do contrato individual que vise mudar, com
função a que corresponde remuneração mais elevada. carácter definitivo, o local de prestação de trabalho para
outra localidade.
2 — As promoções processar-se-ão de acordo com o
estabelecido neste acordo e em regulamentação interna 2 — Por local de trabalho entende-se aquele em que
da Empresa, que definirá condições complementares de o trabalhador presta normalmente serviço ou, quando
promoção e meios para a sua apreciação e controlo. o local não seja fixo, a sede, delegação ou estabele-
cimento a que o trabalhador esteja adstrito ou ainda
3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o que resulta da natureza do serviço ou das circuns-
as promoções que resultem do preenchimento de postos tâncias do contrato.
de trabalho vagos deverão efectuar-se por proposta da
hierarquia ou por abertura de concurso; neste caso, e 3 — No caso de transferências colectivas aplicar-se-á
em igualdade de condições, será dada preferência nesse o seguinte regime:
preenchimento aos trabalhadores da direcção da
Empresa em que ocorra a vaga, tendo em atenção as a) A Empresa só poderá transferir o trabalhador
habilitações literárias e profissionais, experiência, mérito para outro local de trabalho se essa transferên-
e antiguidade. cia resultar de mudança total ou parcial da ins-
talação ou serviço onde aquele trabalha;
4 — As promoções para chefe de serviço ou categoria b) No caso previsto na alínea anterior, o traba-
de grupo de enquadramento igual ou superior serão lhador, querendo, pode rescindir o contrato,
feitas por nomeação. com direito à indemnização fixada na lei;
c) Quando a Empresa fizer prova de que a trans-
5 — É requisito indispensável para qualquer promo- ferência não causou prejuízo sério ao trabalha-
ção, salvo as previstas no número anterior, a perma- dor e este mantiver a sua opção pela rescisão
nência mínima de 18 meses no exercício de funções do contrato, não é devida a indemnização refe-
em categoria inferior. rida na alínea anterior.

6 — O disposto no número anterior não é aplicável 4 — Nos restantes casos não previstos no número
às situações de promoção de praticantes, estagiários ou anterior, a Empresa só poderá transferir o trabalhador
aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na de local de trabalho de acordo com o regime legal.
Empresa dentro da sua carreira profissional e, ainda,
às promoções automáticas. 5 — No caso de necessidade de transferência, a
Empresa deverá avisar o trabalhador por escrito, com
7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro- a antecedência mínima de 30 dias, salvo se for acordado
moções automáticas serão contados desde o início do entre as partes um prazo menor.

405 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


6 — Nas transferências por iniciativa ou interesse do d) Proporcionar-lhes boas condições de trabalho,
trabalhador, este acordará com a Empresa as condições tanto do ponto de vista moral como físico,
em que a mesma se realizará; consideram-se do interesse nomeadamente no que diz respeito à higiene
do trabalhador as transferências resultantes de concurso e segurança e à prevenção de doenças pro-
interno. fissionais;
e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dos
7 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, prejuízos resultantes de acidentes de trabalho
o documento de abertura de concurso interno que possa e doenças profissionais;
implicar transferência de local de trabalho deverá incluir f) Submeter a exame médico todos os trabalha-
todas as condições de transferência garantidas pela dores nos termos da lei;
Empresa aos trabalhadores seleccionados. g) Passar certificados aos trabalhadores, nos ter-
mos da lei;
8 — Nas transferências por iniciativa da Empresa que h) Facilitar a consulta de processos individuais aos
impliquem mudança de residência do trabalhador a respectivos trabalhadores, sempre que estes o
Empresa: solicitem;
a) Suportará as despesas directamente impostas i) Cumprir a lei e este acordo, relativamente à
pela mudança, ou seja, despesas efectuadas com actividade sindical e às comissões de traba-
o transporte de mobiliário e outros haveres e lhadores;
com a viagem do próprio e respectivo agregado j) Promover a avaliação do mérito dos trabalha-
familiar; dores ao seu serviço e remunerá-los de acordo
b) Pagará um subsídio de renda de casa que, não com esta avaliação;
podendo ultrapassar 11 294$ mensais, corres- l) Proceder à análise e qualificação das funções
ponderá à diferença entre os novos e os ante- dos trabalhadores ao seu serviço, com efeitos,
riores encargos do trabalhador com a habitação; designadamente, numa política de enquadra-
este subsídio será reduzido de 10% daquele no mento;
termo de cada ano de permanência no novo m) Contribuir para a elevação do nível de produ-
domicílio, até à absorção total do subsídio; tividade dos trabalhadores ao seu serviço.
c) Pagará um valor igual a um mês de remuneração
base efectiva mais diuturnidades.
Cláusula 16.a
9 — Em qualquer transferência, o trabalhador sujei- Mapas de quadros de pessoal
tar-se-á ao cumprimento das regras de trabalho, de orga-
A Empresa obriga-se a organizar, enviar e afixar os
nização e funcionamento do novo local de trabalho.
mapas de quadros de pessoal, nos termos da lei.
Cláusula 14.a
Formação profissional
Cláusula 17.a
Deveres dos trabalhadores
1 — A Empresa proporcionará aos trabalhadores ao
seu serviço condições de formação e de valorização pro- São deveres dos trabalhadores:
fissional no âmbito da profissão que exercem na
Empresa. a) Cumprir as disposições deste acordo e demais
legislação aplicável;
2 — O tempo despendido pelos trabalhadores na fre- b) Exercer com competência, zelo, pontualidade
quência de acções de formação profissional que decor- e assiduidade as funções que lhes estejam con-
ram no período normal de trabalho será considerado, fiadas e para que foram contratados;
para todos os efeitos, como tempo de trabalho, sem c) Prestar aos outros trabalhadores todos os con-
prejuízo da retribuição, submetendo-se os trabalhadores selhos e ensinamentos de que necessitem ou
a todas as disposições deste acordo. solicitem em matéria de serviço;
d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço
dos outros trabalhadores nos seus impedimentos
CAPÍTULO III e férias;
e) Observar e fazer observar os regulamentos
Direitos, deveres e garantias das partes internos e as determinações dos seus superiores
hierárquicos no que respeita à execução e dis-
Cláusula 15.a ciplina do trabalho, salvo na medida em que
Deveres da Empresa tais determinações se mostrem contrárias aos
seus direitos e garantias, bem como observar
São deveres da Empresa: e fazer observar as normas de higiene, segurança
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais e medicina no trabalho;
legislação aplicável; f) Tratar com respeito e consideração os seus supe-
b) Tratar com respeito e consideração os traba- riores hierárquicos, os restantes trabalhadores
lhadores ao seu serviço; da Empresa e demais pessoas e entidades que
c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de fun- estejam ou entrem em relação com a Empresa;
ções diferentes das que são próprias da sua pro- g) Dar conhecimento à Empresa, através da via
fissão, salvo o estabelecido no AE e na lei, ou hierárquica, das deficiências de que tenham
sejam incompatíveis com as respectivas normas conhecimento e que afectem o regular funcio-
deontológicas ou sejam ilícitas; namento dos serviços;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 406


h) Guardar lealdade à Empresa, nomeadamente Região Florestal Sul;
não negociando por conta própria ou alheia em Região Florestal Centro;
concorrência com ela nem divulgando informa- Região Florestal Norte;
ções referentes aos seus métodos de produção Delegações Comerciais.
e negócio;
i) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens 3 — Para os efeitos deste acordo entende-se por:
relacionados com o seu trabalho que lhes este- a) AGT (assembleia geral de trabalhadores), o
jam confiados; conjunto de todos os trabalhadores da mesma
j) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento zona;
de segurança que lhes for distribuído ou dis- b) CS (comissão sindical), a organização dos dele-
ponibilizado pela Empresa. gados sindicais do mesmo sindicato na mesma
zona;
Cláusula 18.a c) CI (comissão intersindical), a organização dos
Garantias dos trabalhadores
delegados das comissões sindicais na mesma
zona;
É vedado à Empresa: d) SS (secção sindical), o conjunto de trabalhado-
res filiados no mesmo sindicato.
a) Opor-se, por qualquer forma, a que os traba-
lhadores exerçam os seus direitos, bem como
aplicar-lhes sanções por causa desse exercício; Cláusula 20.a
b) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores; Reuniões
c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que
actuem no sentido de influir desfavoravelmente 1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante
nas condições de trabalho deles ou dos seus o horário de trabalho, até um período máximo de quinze
colegas; horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como
d) Baixar a categoria dos trabalhadores e diminuir tempo de serviço efectivo desde que assegurem o fun-
a retribuição, salvo o previsto na lei e no pre- cionamento normal dos serviços.
sente acordo;
e) Admitir trabalhadores exclusivamente remune- 2 — Os trabalhadores poderão reunir-se fora do horá-
rados através de comissões; rio normal de trabalho dentro das instalações da
f) Transferir os trabalhadores para outro local de Empresa, durante o período que entenderem necessário,
sem prejuízo da segurança e conservação das instalações.
trabalho, salvo o disposto na cláusula 13.a;
g) Transferir os trabalhadores para outro posto de
3 — As reuniões de trabalhadores poderão ser con-
trabalho se aqueles, justificadamente e por
vocadas por um terço ou 50 trabalhadores da Empresa,
escrito, não derem o seu acordo; pela CS, pela CI ou pelo delegado sindical, quando aque-
h) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou a las não existam.
utilizar serviços fornecidos pela Empresa ou por
pessoa por ela indicada; 4 — As entidades promotoras das reuniões, nos ter-
i) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, mos dos números anteriores, deverão comunicar ao con-
refeitórios, economatos ou outros estabeleci- selho de administração ou a quem as suas vezes fizer
mentos directamente relacionados com o tra- e aos trabalhadores interessados, com a antecedência
balho, para fornecimento de bens ou prestação mínima de um dia, a data e a hora em que pretendem
de serviço aos trabalhadores; que elas se efectuem, devendo afixar as respectivas
j) Despedir qualquer trabalhador, salvo nos ter- convocatórias.
mos da lei;
k) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo 5 — Nos casos de urgência, a comunicação a que se
com o seu acordo, havendo o propósito de os refere o número anterior deverá ser feita com a ante-
prejudicar em direitos ou garantias decorrentes cedência possível.
da antiguidade;
l) Fazer lock out, nos termos da lei. 6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza-
ções sindicais respectivas e os seus representantes que
não trabalhem na Empresa podem, desde que devida-
CAPÍTULO IV mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar
Exercício da actividade sindical na empresa nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com
a antecedência mínima de seis horas.
Cláusula 19.a
Princípios gerais Cláusula 21.a
Competência dos delegados sindicais
1 — A actividade sindical na Empresa rege-se pela
legislação aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláu- 1 — Os delegados sindicais e as CS ou CI têm com-
sulas seguintes. petência e poderes para desempenhar todas as funções
que lhes estão atribuídas neste acordo e na lei, com
2 — Para os efeitos deste capítulo, as zonas sindicais observância dos preceitos neles estabelecidos, nomea-
delimitam-se por cada um dos seguintes órgãos ou local damente:
de trabalho:
a) Acompanhar e fiscalizar a aplicação das dispo-
Escritórios de Lisboa; sições legais e convencionais que tenham reper-
Escritórios do Porto; cussões nas condições de trabalho;

407 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


b) Fiscalizar o funcionamento do refeitório, infan- 2 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con-
tário, creche e outras estruturas de assistência selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer
social existentes na Empresa; no respectivo estabelecimento, a identificação dos dele-
c) Analisar e dar parecer sobre qualquer projecto gados sindicais, bem como daqueles que fazem parte
de mudança de local da unidade, instalação ou das CS e CI, por meio de carta registada com aviso
serviço; de recepção, de que será afixada cópia nos locais reser-
d) Visar os mapas mensais a enviar pela Empresa vados às informações sindicais.
aos sindicatos, os mapas de contribuições para
a segurança social e os documentos das com- 3 — O procedimento referido no número anterior
panhias seguradoras que respeitem ao seguro será igualmente observado nos casos de substituição ou
dos trabalhadores. cessação de funções.

2 — Sobre as matérias constantes das alíneas b) e Cláusula 24.a


c), a Empresa não poderá deliberar sem que tenha sido
Reuniões
dado prévio conhecimento das mesmas aos delegados
sindicais ou às CS ou CI. 1 — A CI, a CS quando aquela não existir, ou ainda
o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú-
Cláusula 22.a nem-se com o conselho de administração ou com quem
este designar para o efeito, sempre que uma ou outra
Direitos e garantias dos delegados sindicais parte o julgarem conveniente.
1 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar
no interior da Empresa textos, convocatórias, comuni- 2 — O tempo das reuniões previstas nesta cláusula
não pode ser considerado para o efeito de créditos de
cações ou informações relativos à vida sindical e aos
horas sempre que a reunião não seja iniciativa dos
interesses sócio-profissionais dos trabalhadores, bem
trabalhadores.
como proceder à sua distribuição, mas sem prejuízo,
em qualquer dos casos, da laboração normal da unidade,
instalação ou serviço em causa. Cláusula 25.a
Direitos e garantias dos dirigentes das organizações sindicais
2 — Os locais de afixação serão reservados pelo con-
selho de administração ou por quem as suas vezes fizer, 1 — Cada membro da direcção das organizações sin-
ouvida a CI, a CS ou os delegados sindicais do esta- dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para
belecimento. o exercício das suas funções.

3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular 2 — A direcção interessada deverá comunicar com
livremente em todas as dependências da Empresa, sem um dia de antecedência as datas e o número de dias
prejuízo do serviço e das normas constantes do regu- de que os respectivos membros necessitem para o exer-
lamento de segurança na Empresa. cício das suas funções ou, em caso de impossibilidade,
nos dias úteis imediatos ao 1.o dia em que faltarem.
4 — Os delegados sindicais não podem ser transfe-
ridos de local de trabalho sem seu acordo e sem o prévio 3 — Os membros dos corpos gerentes das associações
conhecimento da direcção do sindicato respectivo. sindicais não podem ser transferidos de local de trabalho
sem o seu acordo.
5 — Para o exercício da acção sindical na Empresa,
é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um Cláusula 26.a
dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa Quotização sindical
qualidade.
A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança
6 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men- das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos
sal de 10 horas aos delegados que façam parte da CI. respectivos, depois de recebidas as declarações indivi-
duais dos trabalhadores.
7 — Os delegados que pertençam simultaneamente
à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente Cláusula 27.a
pelo número anterior.
Direito à greve
8 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
de horas de um delegado sindical seja utilizado por o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados o exercício de tal direito.
que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas.
CAPÍTULO V
a
Cláusula 23. Prestação de trabalho
Número de delegados sindicais
Cláusula 28.a
1 — O número de delegados sindicais de cada sin- Período normal de trabalho
dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão
sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos 1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos
na cláusula anterior, é o previsto na lei. termos da lei e do presente acordo.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 408


2 — A duração média do período normal de trabalho Cláusula 32.a
semanal é de trinta e nove horas sem prejuízo dos horá- Trabalho nocturno
rios de duração média inferior existentes na Empresa.
Considera-se trabalho nocturno o prestado no
3 — A duração média do período normal de trabalho período que decorre entre as 20 horas de um dia e
diário é de oito horas, sem prejuízo dos números as 7 horas do dia imediato, nos termos da lei.
seguintes.
Cláusula 33.a
4 — Excepcionalmente, o período normal de trabalho Trabalho suplementar
diário poderá prolongar-se por duas horas.
1 — Considera-se trabalho suplementar o prestado
5 — Nas situações abrangidas pelo número anterior, fora do horário de trabalho.
o tempo de trabalho diário prestado, para além do
período normal, será compensado através de redução 2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado:
da prestação de trabalho nos três meses imediatos ou a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés-
por referência ao horário anual. cimos eventuais de trabalho;
b) Em caso de força maior, ou quando se torne
6 — Nas actividades de natureza sazonal a compen- indispensável para prevenir ou reparar prejuízos
sação referida no número anterior terá em consideração graves para a Empresa.
essa sazonalidade.
3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante-
rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi-
Cláusula 29.a cação da hierarquia feita com a máxima antecedência
possível.
Horário de trabalho

1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do 4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra-
início e do termo do período de trabalho diário, bem balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
como a dos intervalos de descanso diários. díveis.

5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se


2 — Compete à Empresa elaborar e estabelecer o pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto
horário de trabalho dos trabalhadores ao seu serviço, nas cláusulas 34.a e 35.a
de acordo com o disposto na lei e no presente acordo.
Cláusula 34.a
a
Cláusula 30. Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho
Modalidades de horário de trabalho 1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar
em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar
Para os efeitos deste acordo de empresa, entende-se nos termos da lei.
por:
a) Horário fixo — aquele em que as horas de início 2 — Excepcionalmente, os trabalhadores têm direito
e termo de período de trabalho, bem como as a descansar:
dos intervalos de descanso, são previamente a) Durante o primeiro período do dia de trabalho
determinadas e fixas; imediato se, entre as 22 e 7 horas, for prestado
b) Horário móvel — aquele em que as horas de um mínimo de três a seis horas de trabalho
início e de termo do período de trabalho, bem suplementar;
como as dos intervalos de descanso, não são b) Durante ambos os períodos do dia de trabalho
fixas, podendo entre o início e o termo efectivo imediato se, entre as 22 e as as 7 horas, forem
do período normal de trabalho diário decorrer prestadas seis ou mais horas de trabalho suple-
o período máximo de quinze horas; mentar.
c) Horário flexível — aquele em que as horas de
início e termo do período de trabalho, bem como 3 — Estes descansos, quando gozados, substituem os
as dos intervalos de descanso, podem ser móveis, descansos compensatórios previstos na lei.
havendo, porém, períodos de trabalho fixos
obrigatórios. 4 — O trabalhador tem direito a uma refeição, nos
termos das alíneas seguintes quando o período normal
desta esteja intercalado no período de trabalho suple-
Cláusula 31.a mentar:
Isenção de horário de trabalho a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga-
mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições
1 — O regime de isenção de horário de trabalho é previstas na cláusula 66.a;
o previsto na lei. b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de
193$00;
2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas
de trabalho é também devido no subsídio de férias e de custo em vigor na Empresa, em caso de des-
no subsídio de Natal. locação em serviço.

409 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei- juízo de condições eventualmente mais favoráveis já
ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como estabelecidas em contrato individual.
trabalho suplementar nos casos em que o período pre-
visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi-
tes definidos no número anterior. Nos casos em que CAPÍTULO VI
o início e o termo previsíveis do período de trabalho Suspensão da prestação de trabalho
suplementar coincidam, respectivamente, com o pri-
meiro ou o último dos limites previstos no número ante- Cláusula 37.a
rior, não será concedido qualquer intervalo para refei-
Descanso semanal
ção, sendo apenas paga esta de acordo com o disposto
no n.o 4. O dia de descanso semanal é o domingo, e o dia
de descanso semanal complementar é o sábado.
6 — A Empresa fica obrigada a fornecer ou a asse-
gurar transporte:
Cláusula 38.a
a) Sempre que o trabalhador seja solicitado a pres- Feriados
tar trabalho suplementar em todos os casos que
não sejam de prolongamento do período normal 1 — Serão observados os seguintes feriados:
de trabalho;
1 de Janeiro;
b) Sempre que, nos casos de trabalho suplementar
Terça-feira de Carnaval;
em prolongamento do período normal de tra- Sexta-Feira Santa;
balho, o trabalhador não disponha do seu trans- 25 de Abril;
porte habitual. 1 de Maio;
Corpo de Deus (festa móvel);
7 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar 10 de Junho;
que não sejam de antecipação ou prolongamento do 15 de Agosto;
período normal de trabalho o tempo gasto no transporte 5 de Outubro;
será pago como trabalho suplementar. 1 de Novembro;
1 de Dezembro;
Cláusula 35.a 8 de Dezembro;
Trabalho prestado em dia de descanso semanal ou feriado 25 de Dezembro;
O feriado municipal ou da capital de distrito onde
1 — O trabalho em dia de descanso semanal e o tra- se situa o local de trabalho.
balho prestado em dia feriado dão direito a descanso
nos termos da lei. 2 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser-
vado em outro dia com significado local no período
2 — O descanso compensatório previsto no número da Páscoa e em que acordem a Empresa e a maioria
anterior será concedido até 30 dias após o descanso dos trabalhadores adstritos a um mesmo local de
semanal não gozado pelo trabalhador. trabalho.

3 — O período de descanso compensatório a que se 3 — Em substituição dos feriados de terça-feira de


refere o número precedente será de um dia completo Carnaval e municipal, poderá ser observado, a título
no caso de ter sido prestado um mínimo de duas horas de feriado, qualquer outro dia em que acordem a
de trabalho e de meio no caso contrário. Empresa e a maioria dos trabalhadores adstritos a um
mesmo local de trabalho.
4 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte sem-
pre que o trabalhador preste trabalho em dia de des- Cláusula 39.a
canso ou de feriado que deva gozar, desde que não
disponha do seu transporte habitual. Férias

1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm


5 — Os trabalhadores têm direito ao pagamento de direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da
um subsídio de alimentação nos casos de prestação de retribuição, um período de férias igual a 23 dias úteis
quatro horas consecutivas de trabalho suplementar. em 1997 e 24 dias úteis a partir de 1998, salvo o disposto
nos números seguintes.
6 — O tempo gasto nos transportes será pago como
trabalho em dia de descanso semanal ou feriado. 2 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
no 1.o semestre do ano civil, o trabalhador tem direito,
Cláusula 36.a após um período de 60 dias de trabalho efectivo, a um
Trabalho em tempo parcial período de férias de oito dias úteis.

Os trabalhadores que prestem serviço em regime de 3 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
tempo parcial terão direito às prestações complemen- no 2.o semestre do ano civil, o direito a férias só se
tares da sua remuneração base, designadamente diu- vence após o decurso de seis meses completos de serviço
turnidades, na proporção do tempo de trabalho prestado efectivo.
relativamente ao horário de trabalho praticado na
Empresa para os restantes trabalhadores da mesma cate- 4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis
goria profissional em regime de tempo inteiro, sem pre- compreende os dias de semana de segunda-feira a sex-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 410


ta-feira, com exclusão dos feriados não sendo como tal Cláusula 41.a
considerados o sábado e o domingo. Acumulação de férias

1 — As férias devem ser gozadas no mesmo ano civil,


Cláusula 40.a não sendo permitido acumular férias de dois ou mais
Marcação do período de férias
anos.

1 — As férias devem ser gozadas em dias conse- 2 — Terão, porém, direito a acumular férias de dois
cutivos. anos:
a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias
2 — É permitida a marcação de férias num máximo nas Regiões Autónomas da Madeira e dos
de três períodos interpolados, devendo ser garantido Açores;
que um deles tenha a duração mínima de 10 dias úteis b) Os trabalhadores que pretendam gozar férias
consecutivos. com familiares emigrados ou residentes no
estrangeiro.
3 — A marcação do ou dos períodos de férias deve
ser feita por mútuo acordo entre a Empresa e os 3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1.o tri-
trabalhadores. mestre do ano civil imediato:
a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar
4 — Para os efeitos do número anterior, os traba- graves prejuízos à Empresa ou ao trabalhador
lhadores apresentarão à Empresa, por intermédio da e desde que, no primeiro caso, este dê o seu
hierarquia, e entre os dias 1 de Janeiro e 15 de Março acordo;
de cada ano, um boletim de férias com a indicação das b) Quando, após a cessação do impedimento, o
datas em que pretendem o seu gozo. gozo do período de férias exceder o termo do
ano civil, mas apenas na parte que o exceda.
5 — Quando as férias que o trabalhador pretenda
gozar se situem entre 1 de Janeiro e 30 de Abril, con- 4 — Mediante acordo, os trabalhadores poderão
sideram-se marcadas por acordo se, no prazo de 15 dias ainda acumular, no mesmo ano, metade do período de
a contar da apresentação do boletim de férias nos termos férias do ano anterior com o período a gozar nesse ano.
do número anterior, a Empresa não se manifestar em
contrário. Cláusula 42.a
Alteração ou interrupção do período de férias
6 — Quanto às férias pretendidas fora do período
indicado no número anterior, consideram-se marcadas 1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
ano a Empresa não se manifestar expressamente em início, esteja temporariamente impedido por facto que
contrário. não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
ou serviço militar.
7 — Na falta de acordo, caberá à Empresa a elabo-
ração do mapa de férias, nos termos da lei. 2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul-
tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri-
8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar buição correspondente ao período de férias não gozado
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro. e respectivo subsídio.
9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencentes ao 3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre empresa, por exigências imperiosas do seu funciona-
que possível, a faculdade de gozar as suas férias mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba-
simultaneamente. lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja
sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente
10 — Sempre que as conveniências de produção o as férias na época fixada.
justifiquem, poderá a Empresa, mediante autorização
dos serviços competentes do Ministério para a Qua- 4 — A alteração e a interrupção das férias não pode-
lificação e o Emprego, substituir o regime fixado, pelo rão prejudicar o gozo seguido de dez dias úteis con-
encerramento total ou parcial dos serviços da Empresa secutivos.
até 20 dias.
Cláusula 43.a
11 — Para efeitos de processamento, o trabalhador
terá de confirmar à hierarquia e serviço de pessoal a Doença no período de férias
data de entrada em férias até ao dia cinco do mês 1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o
anterior. período de férias, são as mesmas suspensas desde que
a Empresa seja do facto informada. O gozo das férias
12 — O mapa de férias deverá estar elaborado até prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que
15 de Abril de cada ano e estar afixado nos locais de as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após
trabalho entre esta data e 31 de Outubro. a alta.

411 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — A prova da situação de doença prevista no n.o 1 Cláusula 48.a
poderá ser feita por estabelecimento hospitalar ou por Faltas
boletim de baixa da ARS, ou por atestado médico, sem
prejuízo, neste último caso, do direito de fiscalização 1 — Falta é a ausência do trabalhador durante o
e controlo por médico indicado pela Empresa. período normal de trabalho diário a que está obrigado.

2 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas;


Cláusula 44.a aquelas podem ser com ou sem retribuição.
Férias e impedimentos prolongados
3 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío-
1 — No ano da suspensão do contrato de trabalho dos inferiores ao período normal de trabalho diário a
por impedimento prolongado respeitante ao trabalha- que está obrigado, os respectivos tempos serão adicio-
dor, se se verificar a impossibilidade total ou parcial nados para determinação dos períodos normais de tra-
do gozo do direito a férias já vencido, o trabalhador balho diário em falta.
terá direito à retribuição correspondente ao período de
férias não gozado e respectivo subsídio.
Cláusula 49.a
2 — No ano da cessação do impedimento prolongado, Faltas justificadas
o trabalhador tem direito, após a prestação de três meses
de efectivo serviço, a um período de férias e respectivo 1 — Consideram-se justificadas, nos termos da lei e
subsídio equivalentes aos que teriam vencido em 1 de deste acordo, as seguintes faltas:
Janeiro desse ano se tivesse estado ininterruptamente a) As dadas por altura do casamento, até 11 dias
ao serviço. seguidos, excluindo os dias de descanso inter-
correntes;
3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes b) As dadas por falecimento de cônjuge não sepa-
de decorrido o prazo referido no número anterior ou rado de pessoas e bens, pessoa que viva em situa-
de gozado o direito a férias, previsto no n.o 1, pode ção análoga à do cônjuge, ou pais, filhos, sogros,
a Empresa marcar as férias para serem gozadas até 30 genros, noras, padrasto, madrasta e enteados,
de Abril do ano civil subsequente. até cinco dias consecutivos;
c) As dadas por falecimento de avós, bisavós e
graus seguintes e afins dos mesmos graus,
Cláusula 45.a irmãos ou cunhados ou ainda de pessoa que
Efeitos da cessação do contrato de trabalho viva em comunhão de vida e habitação com o
trabalhador até dois dias consecutivos;
1 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquer d) As motivadas por prática de actos necessários
forma, o trabalhador terá direito a receber a retribuição e inadiáveis no exercício de funções em asso-
correspondente a um período de férias proporcional ao ciações sindicais ou instituições de previdência
tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem e na qualidade de delegado sindical ou de mem-
como ao respectivo subsídio. bro da comissão de trabalhadores, nos termos
da lei;
2 — Se o contrato cessar antes de gozado o período e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-
de férias vencido no início desse ano o trabalhador terá balho, devido a facto que não seja imputável
ainda direito a receber a retribuição correspondente a ao trabalhador, nomeadamente doença, aci-
esse período, bem como o respectivo subsídio. dente ou cumprimento de obrigações legais,
conforme convocatória ou notificação expressa
das entidades competentes;
Cláusula 46.a f) As motivadas por necessidade de prestação de
Violação do direito a férias assistência inadiável e imprescindível a mem-
bros do seu agregado familiar, conforme cer-
No caso de a Empresa obstar ao gozo das férias nos tidão médica invocando o carácter inadiável e
termos previstos no presente acordo, o trabalhador rece- imprescindível da assistência;
berá, a título de indemnização, o triplo da retribuição g) As motivadas pela prestação de provas em esta-
correspondente ao período em falta, que deverá obri- belecimento de ensino;
gatoriamente ser gozado no 1.o trimestre do ano civil h) As dadas por ocasião de nascimento de filhos,
subsequente. por dois dias, no período de um mês, contado
desde a data do nascimento;
i) As dadas por trabalhadores que prestam serviço
Cláusula 47.a em corpo de bombeiros voluntários ou de socor-
Exercício de outra actividade durante as férias ros a náufragos, pelo tempo necessário a acorrer
ao sinistro ou acidente;
1 — O trabalhador não pode exercer durante as férias j) As motivadas por doação de sangue a título gra-
qualquer outra actividade remunerada, salvo se já a cioso, a gozar no dia da doação ou no dia ime-
viesse exercendo cumulativamente com conhecimento diato, até ao limite de um dia por cada período
da Empresa ou esta o autorizar a isso. de três meses;
l) As dadas até quarenta e oito horas em cada
2 — A contravenção ao disposto no número anterior ano civil, para tratar de assuntos de ordem par-
tem as consequências previstas na lei. ticular, sem necessidade de justificação, não

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 412


podendo ser utilizadas de cada vez em tempo buição correspondente ao período de ausência, o qual
superior ao respectivo período normal de tra- será descontado, para todos os efeitos, na antiguidade
balho diário, sem prejuízo do normal funcio- do trabalhador.
namento dos serviços. Independentemente do
gozo, o crédito adquire-se ao ritmo de quatro 3 — Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio
horas por cada mês de efectivo trabalho, con- período normal de trabalho diário, o período de ausência
siderando-se para este efeito o período de férias; a considerar para efeitos do número anterior abrangerá
m) As prévia ou posteriormente autorizadas pela os dias ou meios dias de descanso ou feriados imedia-
Empresa. tamente anteriores ao dia ou dias de falta.

2 — Não são autorizadas as faltas dadas ao abrigo 4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito
da alínea l) do n.o 1, em antecipação ou prolongamento de desconto de faltas injustificadas é calculado pela fór-
de férias, feriados ou dias de descanso semanal, quando mula da cláusula 58.a
tenham duração superior a quatro horas.
5 — Incorre em infracção disciplinar grave todo o tra-
Cláusula 50.a balhador que:
Participação e justificação de faltas a) Faltar injustificadamente durante três dias con-
secutivos ou seis interpolados num período de
1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas um ano;
ao superior hierárquico com a antecedência mínima de b) Faltar com alegação de motivo de justificação
cinco dias. comprovadamente falso.
2 — Quando imprevisíveis, serão obrigatoriamente
comunicadas logo que possível. Cláusula 53.a
Efeitos das faltas no direito a férias
3 — O não cumprimento do disposto nos números
anteriores torna as faltas injustificadas. 1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito
a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus- seguinte.
tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados
para a justificação. 2 — Nos casos em que as faltas determinem perda
de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
Cláusula 51.a lhador expressamente assim o preferir, por perda de
dias de férias na proporção de um dia de férias por
Consequências das faltas justificadas
cada dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo
1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de efectivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis
quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea- se se tratar de férias no ano de admissão.
damente de retribuição, salvo o disposto no número
seguinte.
Cláusula 54.a
2 — Determinam perda de retribuição as seguintes Impedimentos prolongados
faltas ainda que justificadas:
1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
a) As previstas na alínea d) do n.o 1 da cláu- impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
sula 49.a, salvo tratando-se de faltas dadas por damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente,
membros de comissões de trabalhadores, mem- e o impedimento se prolongue por mais de um mês,
bros da direcção das associações sindicais e dele- cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na
gados sindicais no exercício das suas funções, medida em que pressuponham a efectiva prestação de
dentro do respectivo crédito de horas; trabalho.
b) As previstas na alínea f) do n.o 2 da cláusula 49.a
para além de dois dias em cada situação; 2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
c) As dadas por motivo de doença, desde que o antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
trabalhador tenha direito ao subsídio de segu- lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
rança social respectivo; direito no termo da suspensão.
d) As dadas por motivo de acidente de trabalho,
desde que o trabalhador tenha direito a qual- 3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por
quer subsídio ou seguro. detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão
judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto
Cláusula 52.a no número anterior, salvo se, entretanto o contrato tiver
Faltas injustificadas
sido rescindido com fundamento em justa causa.

1 — Consideram-se injustificadas as faltas não con- 4 — O contrato caducará a partir do momento em


templadas na cláusula 49.a, bem como as que não forem que se torne certo que o impedimento é definitivo.
comunicadas nos termos da cláusula 50.a
5 — O impedimento prolongado não prejudica a
2 — Nos termos das disposições legais aplicáveis, as caducidade do contrato de trabalho no termo do prazo
faltas injustificadas determinam sempre perda da retri- pelo qual tenha sido celebrado.

413 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


6 — A suspensão não prejudica o direito de, durante 3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano
ela qualquer das partes rescindir o contrato, ocorrendo a que o subsídio de Natal diz respeito, receberão a
justa causa. importância proporcional aos meses completos que
medeiam entre a data da sua admissão e 31 de
Dezembro.
Cláusula 55.a
Licenças sem retribuição 4 — No ano da cessação do contrato de trabalho,
qualquer que seja a causa, a Empresa pagará ao tra-
A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen- balhador tantos duodécimos do subsídio de Natal quan-
ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha- tos os meses completos de trabalho no ano da cessação.
dores, devidamente fundamentadas.
5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus-
CAPÍTULO VII pensão do contrato de trabalho por impedimento pro-
longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal
Retribuição proporcional aos meses completos de trabalho prestado
durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se
Cláusula 56.a ao disposto neste número os casos de licença por parto
até três meses nos termos da cláusula 78.a, casos em
Remuneração base que não produzirão qualquer redução ao valor do
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu- subsídio.
nerações bases mínimas constantes do anexo III.
6 — Sempre que durante o ano a que corresponde
o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração
Cláusula 57.a superior à sua remuneração normal, nomeadamente em
Tempo, local e forma de pagamento virtude de substituição, tem direito a um subsídio de
Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu-
ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei. nerações quantos os meses completos de serviço em
que tenham auferido a superior, até 31 de Dezembro.
Cláusula 58.a
7 — Considera-se mês completo de serviço para os
Determinação da retribuição horária
efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior
a 15 dias.
1 — O valor da retribuição horária para todos os efei-
tos deste acordo será calculado pela aplicação da fór- Cláusula 61.a
mula seguinte:
Remuneração do trabalho nocturno
(Rem. base+Diut.+IHT)×12
Período normal de trabalho semanal×52 A remuneração do trabalho nocturno será superior
em 25 % à retribuição a que dá direito o trabalho cor-
2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór- respondente prestado durante o dia.
mula prevista no número anterior não inclui a retri-
buição especial por isenção do horário de trabalho. Cláusula 62.a
Remuneração de trabalho suplementar
Cláusula 59.a 1 — O trabalho suplementar prestado em dia normal
Diuturnidades de trabalho será remunerado com os seguintes acrés-
cimos:
Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efectivo
da Empresa à data de 31 de Maio de 1993, aplica-se o a) 75 % para as horas diurnas;
regime constante da cláusula 62.a do AE PORTUCEL, S. A, b) 100 % para as horas nocturnas.
publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 4,
de 29 de Janeiro de 1992. 2 — A remuneração do trabalho prestado em dia de
descanso semanal ou feriado, será calculada de acordo
com a seguinte fórmula:
Cláusula 60.a
R(tdf)=Rh×T(tdf)×2
Subsídio de Natal

1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente sendo:


acordo têm direito a receber pelo Natal, independen- R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia
temente da assiduidade, um subsídio de valor corres- de descanso semanal ou feriado;
pondente a um mês de remuneração, mais diuturnidades Rh — retribuição horária calculada nos termos da
e isenção de horário de trabalho. cláusula 58.a;
T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de
2 — O subsídio referido no número anterior será pago descanso semanal ou feriado.
com a retribuição de Novembro, sendo o seu montante
determinado pelos valores a que tenha direito nesse 3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
mês. efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1993,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 414


aplica-se o regime constante da cláusula 68.a do AE d) O trabalhador está em substituição temporária
PORTUCEL, S. A, publicado no Boletim do Trabalho durante o período, pré-determinado ou não, de
e Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. impedimento do trabalhador substituído,
devendo concluir-se na data precisa em que se
Cláusula 63.a conclua essa situação de impedimento e incluir
os dias de descanso semanal e feriados inter-
Abono para falhas correntes;
1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer- e) Os aumentos de remuneração decorrentes da
çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo revisão da tabela salarial absorverão, na parte
à sua guarda e responsabilidade valores em numerário, correspondente, os subsídios de substituição
será atribuído um abono mensal para falhas de 7838$. auferidos àquela data por substituições já con-
cluídas.
2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra-
balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentam verba Cláusula 65.a
inferior a 70 565$ mensais em média anual.
Retribuição e subsídio de férias
3 — Nos meses incompletos de serviço o abono para 1 — A retribuição correspondente ao período de
falhas será proporcional ao período em que o traba- férias não pode ser inferior à que os trabalhadores rece-
lhador exerça aquelas funções. beriam se estivessem em serviço efectivo.

Cláusula 64.a 2 — Além da retribuição prevista no número anterior,


os trabalhadores têm direito a um subsídio do mesmo
Substituições temporárias
montante, o qual será pago com a retribuição do mês
1 — Sempre que um trabalhador substitua tempora- anterior ao início das férias, logo que o trabalhador
riamente, por mais de um dia, outro no desempenho goze pelo menos cinco dias úteis e o confirme nos termos
integral de funções que não caibam no objecto do seu do n.o 11 da cláusula 40.a
contrato individual de trabalho e a que corresponda
uma categoria profissional e retribuição superiores às 3 — Para os efeitos desta cláusula o número de dias
suas, passará a receber, desde o 1.o dia de substituição úteis previstos no n.o 1 da cláusula 39.a corresponde
e enquanto esta durar, o correspondente à remuneração a um mês de retribuição mensal.
base da função desempenhada.
Cláusula 66.a
2 — A substituição far-se-á mediante ordem da hie-
rarquia do órgão em que se integra o trabalhador subs- Subsídio de alimentação
tituído, confirmada por escrito ao respectivo serviço de 1 — Aos trabalhadores será atribuído um subsídio de
pessoal. alimentação no valor de 1425$, por cada dia de trabalho
prestado.
3 — Não se considera substituição para efeitos desta
cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes- 2 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus-
mas funções de diferentes categorias profissionais, clas- tificadas, não tenham prestado trabalho no período ime-
ses ou graus entre as quais exista promoção automática. diatamente anterior à refeição não terão direito a este
subsídio.
4 — A substituição temporária de um trabalhador de
categoria superior será considerada uma das condições 3 — Considera-se que os trabalhadores têm direito
preferenciais para o preenchimento de qualquer posto ao subsídio nos termos dos números anteriores, quando
de trabalho a que corresponda essa categoria. prestem trabalho durante quatro horas.
5 — Se a substituição se mantiver por um período
superior a 90 dias seguidos ou 120 interpolados, o tra- Cláusula 67.a
balhador substituto manterá o direito à remuneração Subsídio de infantário
referida no n.o 1 quando, finda a substituição, regressar
ao desempenho da sua antiga função. 1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a
frequência de infantário ou a utilização dos serviços de
6 — Para os efeitos de contagem dos tempos de subs- ama, contra recibo dentro dos seguintes valores:
tituição previstos no número anterior, considera-se:
Infantário — 9105$;
a) Os 120 dias interpolados aí previstos devem Ama — 5928$.
decorrer no período de um ano a contar do
1.o dia da substituição; 2 — Não serão consideradas, para efeitos do número
b) Se na data da conclusão do prazo de um ano anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali-
acima previsto não se tiverem completado aque- mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência
les 120 dias, o tempo de substituição já prestado do infantário ou utilização dos serviços de ama.
ficará sem efeito, iniciando-se nessa data nova
contagem de um ano se a substituição continuar; 3 — Têm direito ao subsídio de infantário ou ama
c) Iniciar-se-á uma nova contagem de um ano, nos as mães e ainda os viúvos, divorciados ou separados
termos da alínea a), sempre que se inicie qual- judicialmente a quem tenha sido atribuído com carácter
quer nova substituição; de exclusividade o poder paternal e que tenham a seu

415 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


cargo filhos até seis anos de idade, inclusive, enquanto Cláusula 72.a
estes não frequentarem o ensino primário. Poder disciplinar

4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias, 1 — A Empresa tem poder disciplinar sobre os tra-
sendo nele descontado o valor proporcional ao número balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo
de dias completos de ausência do beneficiário. com as normas estabelecidas no presente acordo e na
lei.
5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo
que a trabalhadora possa utilizar serviços adequados 2 — A Empresa exerce o poder disciplinar por inter-
da Empresa ou logo que o filho perfaça sete anos de médio do conselho de administração ou dos superiores
idade. hierárquicos do trabalhador, mediante delegação
daquele.

Cláusula 68.a 3 — A acção disciplinar exerce-se obrigatoriamente


mediante processo disciplinar, salvo se a sanção for a
Subsídio de transporte repreensão simples.
1 — A Empresa atribuirá um subsídio de transporte
igual ao custo mais económico da deslocação em trans- Cláusula 73.a
porte público a todos os trabalhadores ao seu serviço, Sanções disciplinares
de e para o local de trabalho, no início e termo do
período de trabalho diário, a partir de 1 km das ins- 1 — As sanções aplicáveis aos trabalhadores pela prá-
talações, e até ao limite máximo de 20 km. tica de infracção disciplinar são as seguintes:
a) Repreensão simples;
2 — Nos casos em que os trabalhadores residam em b) Repreensão registada;
locais não servidos por transportes públicos ser-lhes-á c) Multa;
atribuído um subsídio de valor equivalente àquele que d) Suspensão do trabalho com perda de retri-
é atribuído para igual distância pelos números ante- buição;
riores. e) Despedimento com justa causa.

2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac-


Cláusula 69.a ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um
Deslocações quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retri-
buição correspondente a 10 dias.
O regime das deslocações em serviço é o constante
de regulamento interno da Empresa. 3 — A suspensão do trabalho não pode exceder, por
cada infracção, 12 dias e, em cada ano civil, o total
de 30 dias.
CAPÍTULO VIII
Cláusula 74.a
Cessação do contrato de trabalho
Processo disciplinar
a
Cláusula 70. 1 — O exercício do poder disciplinar implica a ave-
riguação dos factos, circunstâncias ou situações em que
Cessação do contrato de trabalho
a alegada violação foi praticada, mediante processo dis-
O regime de cessação do contrato de trabalho é o ciplinar a desenvolver nos termos da lei e dos números
previsto na lei. seguintes.

2 — A Empresa deverá comunicar a instauração do


processo ao trabalhador, à comissão de trabalhadores
CAPÍTULO IX e, caso o trabalhador seja representante sindical, à res-
Disciplina pectiva associação sindical.

3 — Devem ser asseguradas ao trabalhador as seguin-


Cláusula 71.a tes garantias de defesa:
Infracção disciplinar a) Na inquirição, o trabalhador a que respeita o
processo disciplinar, querendo, será assistido
1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul- por dois trabalhadores por ele escolhidos;
posa pelo trabalhador dos deveres que lhe são impostos b) A acusação tem de ser fundamentada na vio-
pelas disposições legais aplicáveis e por este acordo. lação das disposições legais aplicáveis, de nor-
mas deste acordo ou dos regulamentos internos
2 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos da empresa e deve ser levada ao conhecimento
30 dias sobre a data em que a alegada infracção for do trabalhador através de nota de culpa reme-
do conhecimento do conselho de administração ou de tida por carta registada com aviso de recepção;
quem for por este delegado para o exercício da acção c) Na comunicação da nota de culpa deve o tra-
disciplinar. balhador ser avisado de que a Empresa pretende

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 416


aplicar-lhe a sanção de despedimento com justa Cláusula 75.a
causa, se tal for a intenção daquela, e esclarecido Sanções abusivas
de que com a sua defesa deve indicar as tes-
temunhas e outros meios de prova de que se 1 — Consideram-se abusivas as sanções disciplinares
queira servir; motivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou por
d) O prazo de apresentação da defesa é de 10 dias iniciativa do sindicato que o represente:
a contar da recepção da nota de culpa; a) Haver reclamado legitimamente contra as con-
e) Devem ser inquiridas as testemunhas indicadas dições de trabalho;
pelo trabalhador, com os limites fixados na lei; b) Recusar-se a cumprir ordens a que não deva
f) Quando o processo estiver completo, será apre- obediência, nos termos da alínea e) da cláu-
sentado à comissão de trabalhadores e, caso o sula 17.a deste acordo;
trabalhador seja representante sindical, à res- c) Exercer ou se candidatar a funções em orga-
pectiva associação sindical, que podem, no prazo nismos sindicais, comissões sindicais, institui-
de 10 dias, fazer juntar ao processo o seu parecer ções de previdência ou outras que representem
fundamentado; os trabalhadores;
g) O conselho de administração ou quem por ele d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exer-
for delegado deverá ponderar todas as circuns- cer ou invocar os direitos e garantias que lhe
tâncias, fundamentar a decisão e referenciar na assistem.
mesma as razões aduzidas pela entidade men-
cionada na alínea anterior que se tiver pro- 2 — Até prova em contrário, presumem-se abusivos
nunciado; o despedimento ou a aplicação de qualquer sanção que,
h) A decisão do processo deve ser comunicada ao sob a aparência de punição de outra falta, tenham lugar
trabalhador, por escrito, com indicação dos fun- até seis meses após qualquer dos factos mencionados
damentos considerados provados. nas alíneas a), b) e d) do número anterior, ou até um
ano após o termo do exercício das funções referidas
na alínea c), ou após a data de apresentação da can-
4 — A falta das formalidades referidas nas alíneas didatura a essas funções, quando as não venha a exercer,
b), f), g) e h) do número anterior determina a nulidade se já então, num ou noutro caso, o trabalhador servia
insuprível do processo e a consequente impossibilidade a Empresa.
de se aplicar a sanção.
3 — É também considerado abusivo o despedimento
5 — Se, no caso do número anterior, a sanção for da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante
aplicada e consistir no despedimento, o trabalhador terá a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela
os direitos consignados na lei. e este sejam conhecidos da Empresa.

6 — Se, no caso do n.o 4, a sanção consistir no des- Cláusula 76.a


pedimento, o trabalhador tem direito a indemnização Consequências gerais da aplicação de sanções abusivas
a determinar nos termos gerais de direito.
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva nos
casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior,
7 — O trabalhador arguido em processo disciplinar indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito,
pode ser suspenso preventivamente até decisão final, com as alterações constantes dos números seguintes.
nos termos da lei, mantendo, porém, o direito à retri-
buição e demais regalias durante o tempo em que durar 2 — Se a sanção consistir no despedimento, a indem-
a suspensão preventiva. nização não será inferior ao dobro da fixada na lei para
despedimento nulo, sem prejuízo do direito do traba-
8 — Em caso de suspensão preventiva a Empresa lhador optar pela reintegração na Empresa, nos termos
obriga-se a comunicá-la ao órgão referido na alínea f) legais.
do n.o 3 no prazo máximo de cinco dias.
3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não
será inferior a dez vezes a importância da retribuição
9 — As sanções serão comunicadas ao sindicato res- perdida.
pectivo no prazo máximo de cinco dias.

Cláusula 77.a
10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
lugar nos três meses subsequentes à decisão. Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas

1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva no


11 — O trabalhador, por si ou pelo seu representante, caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 75.a o
pode recorrer da decisão do processo disciplinar para trabalhador terá os direitos consignados na cláusula
o tribunal competente. anterior, com as seguintes alterações:
a) Em caso de despedimento, a indemnização
12 — Só serão atendidos para fundamentar o des- nunca será inferior à retribuição correspondente
pedimento com justa causa os factos para o efeito expres- a um ano;
samente invocados na comunicação prevista na alínea h) b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior
do n.o 3. são elevados para o dobro.

417 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — Se se tratar de caso previsto no n.o 3 da cláu- 2 — O regime de dispensa previsto na alínea f) do
sula 75.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar número anterior não é acumulável, no mesmo período
pela reintegração na Empresa, nos termos legais, a de trabalho, com qualquer outro previsto neste acordo.
indemnização será o dobro da fixada na lei para des-
pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri- Cláusula 79.a
buições que a trabalhadora teria direito a receber se
continuasse ao serviço até final do período aí fixado, Trabalho de menores
consoante a que for mais elevada. 1 — Pelo menos uma vez por ano, a Empresa asse-
gurará a inspecção médica dos menores ao seu serviço,
de acordo com as disposições legais aplicáveis, a fim
CAPÍTULO X de se verificar se o trabalho é prestado sem prejuízo
da saúde e normal desenvolvimento físico e intelectual.
Condições particulares de trabalho
2 — Os resultados da inspecção referida no número
Cláusula 78.a anterior devem ser registados e assinados pelo médico
nas respectivas fichas clínicas ou em caderneta própria.
Direitos especiais do trabalho feminino

1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos 3 — Aos trabalhadores com idade inferior a 18 anos
especiais: é proibido:
a) Prestar trabalho durante o período nocturno;
a) Durante o período de gravidez, e até seis meses b) Executar serviços que exijam esforços prejudi-
após o parto ou aborto clinicamente compro- ciais à sua saúde e desenvolvimento físico nor-
vado, não executar tarefas desaconselhadas por mal e ocupar postos de trabalho sujeitos a altas
indicação médica, devendo ser imediatamente ou baixas temperaturas, elevado grau de toxi-
transferidas para trabalhos que as não preju- cidade, poluição ambiente ou sonora e radioac-
diquem, sem prejuízo da retribuição do tra- tividade.
balho;
b) Cumprir um período de trabalho diário não
superior a sete horas, quando em estado de gra- Cláusula 80.a
videz; no caso de prestação de trabalho normal Trabalhadores-estudantes
nocturno, essa redução incidirá obrigatoria-
mente sobre o período nocturno; 1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes
c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por é o previsto na lei, sem prejuízo do disposto no número
motivo de consultas médicas pré-natais devida- seguinte.
mente comprovadas, quando em estado de
gravidez; 2 — Aos trabalhadores estudantes será concedida dis-
d) Gozar por ocasião do parto uma licença em con- pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia
formidade com o disposto na lei, que poderá de aulas, quando necessário, para a frequência e pre-
ter início um mês antes da data prevista para paração destas.
o parto;
3 — O regime de dispensa previsto no número ante-
e) Em caso de hospitalização da criança a seguir
rior não é acumulável com qualquer outro regime pre-
ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper
visto neste acordo.
a licença de parto, desde a data do internamento
da criança até à data em que esta tenha alta,
4 — A Empresa facilitará, tanto quanto possível, a
retomando-a a partir daí até ao final do período; utilização dos seus transportes nos circuitos e horários
este direito só pode ser exercido até 12 meses existentes.
após o parto;
f) Interromper o trabalho diário por duas horas, 5 — É considerada falta grave a utilização abusiva
repartidas pelo máximo de dois períodos, para das regalias atribuídas nesta cláusula.
prestar assistência aos filhos, até 12 meses após
o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos
referidos nesta alínea podem ser utilizados no Cláusula 81.a
início ou antes do termo de cada dia de trabalho; Outras regalias de trabalhadores-estudantes
g) Suspender o contrato de trabalho, com perda
de retribuição, pelo período de seis meses, pror- 1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
rogáveis por períodos sucessivos de três meses cláusula depende do reconhecimento por parte da
até ao limite máximo de dois anos a iniciar no Empresa do interesse do curso frequentado para a car-
termo da licença de parto prevista na alínea d); reira profissional do trabalhador nesta, bem como da
h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian- verificação das condições de aproveitamento previstas
ças com idade inferior a três anos, uma licença no n.o 2.
de 60 dias a contar do início do processo de
adopção. Considera-se início do processo de 2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
adopção a data em que a criança é entregue cláusula está ainda dependente da verificação cumu-
à adoptante pelas entidades competentes; lativa das seguintes condições:
i) Utilizar infantários da Empresa, sendo-lhes, na a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo
falta destes, atribuído um subsídio nos termos do curso frequentado ou no mesmo número de
da cláusula 67.a disciplinas quando em anos sucessivos;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 418


b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos, ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a
dois terços do número de disciplinas do ano sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à
em que se encontrava anteriormente matri- renúncia expressa por parte dos trabalhadores, a esses
culado. regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato
individual de trabalho.
3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen-
tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias
previstas nesta cláusula os trabalhadores que: CAPÍTULO XII
a) Não obtenham aproveitamento em qualquer Segurança, higiene e saúde no trabalho
disciplina por falta de assiduidade;
b) Permaneçam no mesmo ano lectivo mais de dois
Cláusula 83.a
anos.
Higiene e segurança no trabalho
4 — As regalias especiais de trabalhadores-estudantes
O regime de higiene e segurança no trabalho é o
são as seguintes:
previsto na lei.
a) Reembolso das despesas efectuadas com matrí-
culas e propinas, contra documento comprova-
tivo das mesmas, após prova de aproveitamento Cláusula 84.a
em, pelo menos, 50 % das disciplinas que cons- Medicina no trabalho
tituem o ano do curso que frequenta, e na pro-
porção do aproveitamento tido; 1 — A Empresa organizará e manterá serviços médi-
b) Reembolso, nas condições referidas na alínea cos do trabalho e velará pelo seu bom funcionamento,
anterior, das despesas com material didáctico nos termos da regulamentação legal em vigor.
recomendado, dentro dos limites seguidamente
indicados: 2 — Os serviços médicos referidos no número ante-
rior, que têm por fim a defesa da saúde dos trabalha-
Até ao 6.o ano de escolaridade — 9867$/ano; dores e a vigilância das condições de higiene no trabalho,
Do 7.o ao 9.o ano de escolaridade — têm, essencialmente, carácter preventivo e ficam a cargo
13 050$/ano; dos médicos do trabalho.
Do 10.o ao 12.o ano de escolaridade —
17 113$/ano; 3 — São atribuições do médico do trabalho, nomea-
Ensino superior ou equiparado — 31 580$/ano. damente:
5 — O pagamento das despesas referidas no número a) Identificação dos postos de trabalho com risco
anterior será feito pelos valores praticados no ensino de doenças profissionais ou de acidentes de
público, mediante entrega de comprovativo. trabalho;
b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores
6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta de acidentes de trabalho;
cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da c) Organização de cursos de primeiros socorros
Empresa, de atribuição de funções ou categoria de e de prevenção de acidentes de trabalho e doen-
acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten- ças profissionais com o apoio dos serviços téc-
der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço. nicos especializados oficiais ou particulares;
Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer d) Exame médico de admissão e exames periódicos
ao serviço da Empresa por um período mínimo de dois especiais dos trabalhadores, particularmente das
anos. mulheres, dos menores, dos expostos a riscos
específicos e dos indivíduos de qualquer forma
CAPÍTULO XI inferiorizados.
Regalias sociais 4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão
Cláusula 82. a dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo
da retribuição, qualquer que seja o tempo despendido
Regalias sociais para o efeito.
1 — A Empresa garantirá a todos os seus trabalha-
dores, nas condições das normas constantes de regu-
lamento próprio que faz parte integrante deste acordo, CAPÍTULO XIII
as seguintes regalias: Disposições globais e finais
a) Seguro social;
b) Complemento de subsídio de doença e acidentes Cláusula 85.a
de trabalho; Comissão paritária
c) Subsídio de casamento;
d) Subsídio especial a deficientes; 1 — Será constituída uma comissão paritária formada
e) Complemento de reforma; por seis elementos, dos quais três são representantes
f) Subsídio de funeral. da Empresa e três representantes das organizações sin-
dicais outorgantes; de entre estes, é obrigatória a pre-
2 — O regime global de regalias sociais previsto no sença das organizações sindicais representantes dos inte-
número anterior substitui quaisquer outros regimes par- resses em causa.

419 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — A comissão paritária tem competência para inter- entrega de correspondência e objectos inerentes ao ser-
pretar as cláusulas do presente acordo de empresa. viço interno e externo. Recebe, anuncia e presta infor-
mações a visitantes, podendo, quando necessário, exe-
3 — As deliberações tomadas por unanimidade con- cutar trabalhos de dactilografia e outros afins.
sideram-se como regulamentação do presente acordo
de empresa e serão depositadas e publicadas nos mes- Auxiliar agro-florestal. — É o trabalhador que, no
mos termos. domínio agro-silvícola, exerce funções diversas, simples
e indiferenciadas, normalmente não especificadas e que
4 — As deliberações deverão constar de acta lavrada não exigem especialização, nomeadamente no âmbito
logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes. da arborização, conservação de povoamentos e explo-
ração florestal. Pode realizar outras tarefas não rela-
5 — A comissão paritária reunirá sempre que seja cionadas com aquela actividade.
convocada por uma das partes, com a antecedência
mínima de 10 dias, constando da convocação a ordem Chefe de departamento. — É o trabalhador que estuda,
de trabalhos. organiza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários
serviços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
6 — A comissão paritária definirá as regras do seu exerce, dentro do serviço que chefia, e na esfera da
funcionamento, garantindo-lhe a Empresa os meios de sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
apoio administrativo necessários para o mesmo, sem pre- calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
juízo para os serviços. das actividades dos serviços, segundo as orientações e
fins definidos. Pode executar tarefas específicas respei-
7 — As despesas emergentes do funcionamento da tantes aos serviços que chefia. Pode colaborar na defi-
comissão paritária serão suportadas pela Empresa. nição das políticas inerentes à sua área de actividade
e na preparação das respectivas decisões estratégicas.
Cláusula 86.a
Chefe de região florestal. — É o trabalhador que, den-
Convenção globalmente mais favorável
tro dos limites da região florestal em que se integra,
1 — As partes outorgantes reconhecem o carácter glo- e de acordo com os planos-programas aprovados, propõe
balmente mais favorável do presente acordo relativa- a programação das actividades de fomento florestal, con-
mente a todos os instrumentos de regulamentação colec- servação florestal, exploração florestal e produções aces-
tiva anteriormente aplicáveis à Empresa, que ficam inte- sórias; coordena e assegura a sua execução física, técnica
gralmente revogados. São igualmente revogados todos e económica; participa na implementação do programa
os regulamentos internos da Empresa elaborados ao de angariação de terras, numa perspectiva de rentabi-
abrigo daqueles instrumentos de regulamentação colec- lização do património florestal e urbano por que é
tiva. responsável.

2 — Da aplicação do presente acordo não poderá Chefe de secção. — É o trabalhador que coordena,
resultar baixa de categoria, grau, nível ou classe, apli- dirige e controla o trabalho de um grupo de profissionais
cando-se o regime nele previsto a todos os trabalhadores nos aspectos funcionais e hierárquicos.
ao serviço da Empresa, mesmo que eles estejam a auferir
regalias mais favoráveis, isto, sem prejuízo do reconhe- Chefe de sector. — É o trabalhador que planifica, coor-
cimento dos regimes especiais constantes das cláusu- dena e desenvolve actividades do sector que chefia, asse-
las 59.a e 62.a gurando o cumprimento dos programas e objectivos fixa-
dos superiormente. Orienta nos aspectos funcionais e
ANEXO I hierárquicos os profissionais do sector.
Definição de funções
Chefe de serviço I. — É o trabalhador que estuda, orga-
Assistente administrativo. — É o trabalhador que exe- niza, dirige e desenvolve num ou vários serviços da
cuta tarefas de natureza administrativa requeridas pelas Empresa as actividades que lhe são próprias; exerce,
diferentes actividades em curso; opera equipamento de dentro do serviço que chefia, e nos limites da sua com-
tratamento automático de informação; recebe, trata e petência, funções de direcção, orientação e fiscalização
transmite a informação. Elabora documentos estatísticos de pessoal sob as suas ordens e de planeamento de
e executa operações contabilísticas, de processamento actividades dos serviços, segundo as orientações e fins
e de caixa. Regista o movimento de transacções, manu- definidos. Pode executar tarefas específicas relativas aos
seia e controla valores e numerário. Pode executar as serviços que chefia.
tarefas de tratamento, recepção e expedição de correio.
Pode exercer funções de secretariado, traduzir e retro- Chefe de serviço II. — Definição de funções idêntica
verter documentos. Sob orientação da chefia, pode rea- à de chefe de serviço I.
lizar estudos e análises, prestar apoio técnico a pro-
fissionais de categoria superior e ser-lhe atribuída a che- Delegado comercial. — É o trabalhador que, no
fia de profissionais menos qualificados. âmbito da sua área geográfica de intervenção, e dentro
da política definida, participa na elaboração do orça-
Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe- mento anual de aprovisionamento da matéria-prima
cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun- lenhosa; assegura a sua execução, em conformidade com
cionamento de um escritório, nomeadamente reprodu- as regras e processos estabelecidos; toma, de acordo
ção e transmissão de documentos, estabelecimento de com a direcção, as acções correctoras necessárias; man-
ligações telefónicas e envio, preparação, distribuição e tém conhecimento actualizado sobre o mercado de

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 420


madeiras, concorrência, oferta de madeiras em pé e dis- a profissionais de escalão superior no desempenho das
ponibilidade de material lenhoso para corte; estabelece funções destes; relativamente à aquisição de material
contactos com transportadores e fornecedores; trans- lenhoso, prepara a negociação e elaboração de contra-
mite informações relativas às actividades nomeadas; tos; controla fornecimentos e stocks; contacta periodi-
acompanha a recepção de madeiras na fábrica, assegura camente e acompanha mercados, concorrência e praças
a gestão dos parques exteriores situados no seu domínio de venda pública; coordena tecnicamente a recepção
de actuação, em conformidade com as orientações supe- e conversão; quanto a transportes de madeira, prepara
riores e colabora na drenagem de madeiras. a negociação e elaboração de contratos; acompanha os
mercados rodoviário, ferroviário e marítimo; programa
Delegado florestal. — É o trabalhador que, no âmbito e propõe a transferência e movimentação de material
das actividades prosseguidas pela região florestal em lenhoso; faz observar as técnicas de funcionamento de
que se integra, e dentro das metas e programas fixados, máquinas industriais e o cumprimento da legislação apli-
participa na planificação das actividades da respectiva cável; pode exercer funções de chefia hierárquica ou
delegação; propõe objectivos e programas a concretizar condução funcional de unidades estruturais permanen-
pelas unidades florestais; coordena e articula a respec- tes ou grupos de trabalhadores.
tiva execução, tomando as medidas correctoras que jul-
gue necessárias; prospecta e propõe a aquisição ou alu- Técnico agro-florestal. — É o trabalhador que assegura
guer de propriedades para florestar; executa um con- a coordenação das actividades de produção de plantas,
junto de outras tarefas não especificadas, destinadas a de arborização, de conservação de povoamentos, de
manter a boa imagem da Empresa. exploração agro-florestal e de produções acessórias, bem
como a coordenação de recepção, movimentação e exis-
Director de serviços. — É o trabalhador responsável tências de material lenhoso no âmbito dos parques exte-
perante o conselho de administração, ou seus repre- riores da Empresa; colabora na definição de programas
sentantes, pela gestão das estruturas funcionais ou ope- de trabalho e garante a sua correcta execução; recolhe
racionais. Participa na definição das políticas, bem como e transmite informações relativas ao mercado de madei-
na tomada de decisões estratégicas inerentes à sua área ras na área e estabelece contactos com transportadores
de actividade. e fornecedores, de acordo com orientações superiores;
orienta o manuseamento e a expedição do material
Operador agro-florestal. — É o trabalhador que exe- lenhoso; supervisiona as actividades agro-florestais
cuta as operações inerentes às actividades de produção acima nomeadas, realizadas por terceiros ou em regime
de plantas, de conservação de povoamentos, de explo- de empreitada e controla a execução dos respectivos
ração florestal e de produções acessórias, conduzindo contratos celebrados; executa tarefas enquadradas no
e manobrando máquinas florestais ou agrícolas a que âmbito das actividades operacionais em curso; executa
poderão adaptar-se alfaias ou outros equipamentos. tarefas de inventário e classificação florestal em car-
Opera com quaisquer máquinas de força motriz para tografia específica da actividade; preenche documentos
transporte e arrumação de matérias-primas, responsa- de carácter administrativo respeitantes às actividades
biliza-se pelo acondicionamento de materiais e orienta referenciadas e pessoal envolvido; promove a angariação
e auxilia as respectivas operações; quando habilitado de contratos de compra e de arrendamento de proprie-
com carta de condução, conduz veículos automóveis e dades; responde pela conservação de instalações e
cuida do funcionamento, manutenção, limpeza e carga manutenção do equipamento; vigia o património da
dos mesmos; zela pela manutenção preventiva e cor- Empresa e colabora na preparação e execução de planos
rectiva do material que lhe é distribuído; colabora em de protecção e de defesa contra incêndios; pode chefiar
processos de laboratório para preparação de ensaios; grupos de trabalho.
executa tarefas de repicagem e introdução de material
vegetal, utilizando técnicas e meios adequados; elabora Técnico de manutenção. — É o trabalhador que exe-
folhas de registo e de controlo de utilização, consumos cuta tarefas de manutenção mecânica preventiva e cor-
etc., das máquinas que lhe estão atribuídas. rectiva de equipamentos; desempenha indistintamente
várias funções das seguintes áreas, consoante o seu grau
Secretário(a) de direcção ou administração. — É o tra- de qualificação e o seu nível de responsabilidade: mecâ-
balhador que se ocupa do secretariado específico da nica de veículos automóveis, serralharia mecânica ou
administração ou direcção da Empresa. Entre outras civil, soldadura, óleo/hidráulica e lubrificação.
funções administrativas, competem-lhe, normalmente,
as seguintes funções: redigir actas das reuniões de tra- Técnico superior do grau I e grau II. — É o trabalhador
balho; assegurar, por sua própria iniciativa, o trabalho que exerce funções menos qualificadas da sua especia-
de rotina diária do gabinete; providenciar pela realização lidade. O nível de funções que normalmente desem-
das assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos penha é enquadrável entre os seguintes pontos: de uma
e escrituras; redigir documentação diversa em português forma geral, presta assistência a profissionais mais qua-
e línguas estrangeiras. lificados na sua especialidade ou domínio de actividade
actuando segundo instruções detalhadas, utiliza elemen-
Técnico administrativo/comercial. — É o trabalhador tos de consulta e experiências disponíveis na Empresa
com preparação de base a nível médio que, sob orien- ou a ela acessíveis; quando do grau II, poderá coordenar
tação hierárquica e objectivos definidos, se ocupa das e orientar trabalhadores de qualificação inferior à sua,
seguintes tarefas: organização, coordenação e orienta- ou, sob orientação claramente delimitada, pode realizar
ção de actividades de maior especialização ou âmbito estudos e proceder à análise dos respectivos resultados
do seu domínio específico; colabora na definição dos de acordo com as políticas gerais, sectoriais e resultados
programas de trabalho para a sua área de actividade, da Empresa, sua imagem exterior ou posição no mercado
garantindo a sua correcta implementação; assistência e relações de trabalho no seu interior.

421 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Técnico superior do grau III. — É o trabalhador cuja b) Como técnico ou especialista, dedica-se ao
formação de base se alargou e consolidou através do estudo, investigação e solução de problemas
exercício de actividade profissional relevante, durante complexos ou especializados envolvendo con-
um período limite de tempo. O nível das funções que ceitos e ou tecnologias recentes ou pouco
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon- comuns. Apresenta soluções tecnicamente avan-
tos seguintes: çadas e valiosas do ponto de vista económico-
-estratégico da Empresa.
a) Pode exercer funções de chefia hierárquica ou
condução funcional de unidades estruturais per-
manentes ou grupos de trabalhadores ou actuar Técnico superior do grau VI. — É o trabalhador que,
pela sua formação, currículo profissional e capacidade
como assistente de profissional mais qualificado
pessoal, atingiu, dentro de uma especialização ou num
na chefia de estruturas de maior dimensão,
vasto domínio de actividade dentro da Empresa, as mais
desde que na mesma não se incluam profissio-
elevadas responsabilidades e grau de autonomia. O nível
nais de qualificação superior à sua; das funções que normalmente desempenha é enqua-
b) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos drável entre os pontos seguintes:
implicam capacidade técnica evolutiva e ou
envolvem a coordenação de factores ou acti- a) Como gestor, chefia, coordena e controla a acti-
vidades diversificadas no âmbito do seu próprio vidade de múltiplas unidades estruturais da
domínio de actividade; Empresa numa das suas áreas de gestão, ou em
c) As decisões tomadas e soluções propostas, fun- várias delas, tomando decisões fundamentais de
damentadas em critérios técnico-económicos carácter estratégico com implicações directas e
adequados, serão necessariamente remetidas importantes no funcionamento, posição exterior
para os níveis competentes de decisão quando e resultados da Empresa;
tenham implicações potencialmente importan- b) Como técnico ou especialista, dedica-se ao
tes a nível das políticas gerais e sectoriais da estudo, investigação e solução de questões com-
Empresa, seus resultados, imagem exterior ou plexas altamente especializadas ou com elevado
posição no mercado e relações de trabalho no conteúdo de inovação, apresentando soluções
seu exterior. originais de elevado alcance técnico, económico
ou estratégico.
Técnico superior do grau IV. — É o trabalhador deten-
tor de especialização considerável num campo particular Técnico de unidade florestal. — É o trabalhador que,
de actividade ou possuidor de formação complementar no âmbito da área geográfica atribuída, colabora na pro-
e experiência profissional avançadas. O nível de funções gramação das actividades de fomento florestal, conser-
que normalmente desempenha é enquadrável entre os vação florestal, exploração florestal, produções acessó-
pontos seguintes: rias e aquisição/arrendamento de terrenos e garante a
sua realização; assegura a execução dos projectos rela-
a) Dispõe de autonomia no âmbito da sua área tivos às actividades referidas; transfere, para as instân-
de actividade, cabendo-lhe desencadear inicia- cias superiores em que se integra, a informação inerente
tivas e tomar decisões condicionadas pela polí- às actividades nomeadas; fornece elementos para ava-
tica estabelecida para essa área, em cuja defi- liação e determinação dos volumes disponíveis para
nição deve participar. Fundamenta propostas de corte; propõe programas de exploração de florestas de
actuação para decisão superior quando tais terceiros.
implicações sejam susceptíveis de ultrapassar o
seu nível de responsabilidade;
b) Pode desempenhar funções de chefia hierár- ANEXO II
quica de unidades de estrutura da Empresa Condições específicas
desde que na mesma não se integrem profis- A) Trabalhadores de escritório
sionais de qualificação superior à sua;
c) Os problemas e tarefas que lhe são cometidos Assistente administrativo
envolvem o estudo e desenvolvimento de solu-
ções técnicas novas, ou a coordenação de factores 1 — Admissão:
ou actividades de tipo e natureza complexas, 1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
profissionais com formação/especialização nas activida-
com origem em domínios que ultrapassem o seu
des administrativas.
sector específico de actividade, incluindo enti-
1.2 — As condições de admissão destes trabalhadores
dades exteriores à própria Empresa.
são as seguintes:
Técnico superior do grau V. — É o trabalhador deten- Idade mínima — a exigida na lei;
tor de sólida formação num campo de actividade espe- Habilitações escolares — curso do ensino secundá-
cializado, complexo e importante para o funcionamento rio (12.o ano) da área de formação adequada
ou economia da Empresa e também aquele cuja for- à função sendo condição preferencial o curso
mação e currículo profissional lhe permite assumir via profissionalizante.
importantes responsabilidades com implicações em
áreas diversificadas da actividade empresarial. O nível 2 — Progressão na carreira:
das funções que normalmente desempenha é enqua- 2.1 — O plano de carreira de assistente administrativo
drável entre os seguintes pontos: compreende sete níveis de progressão;
2.2 — A progressão na carreira dependerá da exis-
a) Como gestor, chefia, coordena e controla um tência cumulativa das seguintes condições:
conjunto complexo de unidade estruturais, cuja
actividade tem incidência sensível no funciona- Possuir preferencialmente as habilitações escolares
mento, posição externa e resultados da definidas no n.o 1.2, para acesso aos níveis dos
Empresa, podendo participar na definição das graus IV e V e o 9.o ano de escolaridade ou equi-
suas políticas gerais, incluindo política salarial; valente para os restantes níveis;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 422


Cumprir os seguintes tempos mínimos de per- Desempenhar duas ou três actividades referidas na
manência: definição de funções de acordo com a sua espe-
cialidade; o desempenho de três actividades é
Grupos Tempos exigido para os níveis dos graus IV e V.
de
enquadramento
Níveis/categorias mínimos
(anos)
Obter mérito e potencial para o desempenho de
função de grau superior.
7 Assistente administrativo do grau V – 3 — Densidades. — Para os profissionais integrados
8 Assistente administrativo do grau IV 5
9 Assistente administrativo do grau III 4 nas categorias correspondentes aos graus V e IV, obser-
10 Assistente administrativo do grau II 3 var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
11 Assistente administrativo do grau I 3 ao total do efectivo na carreira:
12 Assistente administrativo estagiário
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Grau V: 10 %;
13 Assistente administrativo estagiário Grau V e IV: 25 %.
do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
C) Trabalhadores agro-florestais
Técnico agro-florestal e operador agro-florestal
Obter mérito e potencial para o desempenho de
função de grau superior. 1 — Admissão:
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
3 — Densidades. — Para os profissionais integrados profissionais com formação/especialização na actividade
nas categorias correspondentes aos graus V e IV, obser- agro-silvícola.
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face 1.2.1 — As condições de admissão dos técnicos agro-
ao total do efectivo na carreira: -florestais são as seguintes:
Grau V: 10 %; Idade mínima — a exigida na lei;
Graus V e IV: 25 %. Habilitações escolares — curso do ensino secundá-
rio (12.o ano) da área de formação adequada
B) Trabalhadores de manutenção mecânica à função sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante.
Técnico de manutenção mecânica

1 — Admissão: 1.2.2 — As condições de admissão dos operadores


1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os agro-florestais são as seguintes:
profissionais com formação/especialização nas activida- Idade mínima — a exigida na lei;
des de manutenção mecânica. Habilitações escolares — curso do ensino básico
1.2 — As condições de admissão destes trabalhadores (9.o ano) da área de formação adequada à
são as seguintes: função.
Idade mínima — a exigida na lei;
Habilitações escolares — curso do ensino secundá- 2 — Progressão na carreira:
rio (12.o ano) da área de formação adequada 2.1 — A progressão na carreira de técnico agro-flo-
à função sendo condição preferencial o curso restal dependerá da existência cumulativa das seguintes
condições:
via profissionalizante.
Possuir preferencialmente as habilitações escolares
2 — Progressão na carreira: definidas no n.o 1.2.1, para acesso aos níveis dos
2.1 — A progressão na carreira dependerá da exis- graus IV e V e o 9.o ano de escolaridade ou equi-
tência cumulativa das seguintes condições: valente para os restantes níveis;
Esta condição poderá ser substituída pela parti-
Possuir preferencialmente as habilitações escolares cipação obrigatória e com aproveitamento em
definidas no n.o 1.2, para acesso aos níveis dos acções de formação adequadas;
graus IV e V e o 9.o ano de escolaridade ou equi- Cumprir os seguintes tempos mínimos de per-
valente para os restantes níveis; manência:
Esta condição poderá ser substituída pela parti-
cipação obrigatória e com aproveitamento em Grupos Tempos
acções de formação adequadas; de
enquadramento
Níveis/categorias mínimos
(anos)
Cumprir os seguintes tempos mínimos de per-
manência:
6 Técnico agro-florestal do grau V ... –
7 Técnico agro-florestal do grau IV ... 5
Grupos Tempos 8 Técnico agro-florestal do grau III ... 5
de Níveis/categoria mínimos 9 Técnico agro-florestal do grau II ... 4
enquadramento (anos) 10 Técnico agro-florestal do grau I ... 3

7 Técnico de manutenção do grau V – Obter mérito e potencial para o desempenho de


8 Técnico de manutenção do grau IV 5 função de grau superior.
9 Técnico de manutenção do grau III 4
10 Técnico de manutenção do grau II 3 2.2 — A progressão na carreira de operador agro-flo-
11 Técnico de manutenção do grau I 3 restal dependerá da existência cumulativa das seguintes
12 Técnico de manutenção estagiário
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 condições:
13 Técnico de manutenção estagiário
do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Possuir as habilitações escolares definidas no
n.o 1.2.2;

423 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Esta condição poderá ser substituída pela parti- Cumprir os seguintes tempos mínimos de per-
cipação obrigatória e com aproveitamento em manência:
acções de formação adequadas;
Cumprir os seguintes tempos mínimos de per- Grupos
de Níveis/categorias
Tempos
mínimos
manência: enquadramento (anos)

4 Técnico de unidade florestal do


Grupos Tempos
de Níveis/categorias mínimos grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . –
enquadramento (anos) 5 Técnico de unidade florestal do
grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
6 Técnico de unidade florestal do
9 Operador agro-florestal do grau IV – grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
10 Operador agro-florestal do grau III 5 7 Técnico de unidade florestal do
11 Operador agro-florestal do grau II 4 grau I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
12 Operador agro-florestal do grau I 3
3 — Funções. — Enquadram-se neste grupo de técnicos
de unidade florestal os profissionais que desempenham
Obter mérito e potencial para o desempenho de funções técnicas nas áreas de organização, programação
função de grau superior. e orientação das actividades de fomento florestal, con-
servação florestal, exploração florestal, produções aces-
sórias e angariação de terras.
3 — Densidades:
3.1 — Para os técnicos agro-florestais integrados nas D) Técnico administrativo/comercial
categorias correspondentes aos graus III, IV e V, obser-
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face 1 — Admissão e período experimental:
ao total do efectivo na carreira: 1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
profissionais que desempenham funções técnicas nas
Grau IV e V: 10 %; áreas de planeamento, investigação operacional, pro-
jecto, produção, conservação, administração, comercial,
Grau III: 25 %.
recursos humanos e organização e informática.
1.2 — As condições de admissão destes trabalhadores
3.2 — Para os operadores agro-florestais integrados são as seguintes:
nas categorias correspondentes aos graus III e IV, obser- Idade mínima — a exigida na lei;
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face Habilitações escolares — 12.o ano da especialidade
ao total do efectivo na carreira: adequada à função.

Grau IV: 10 %; 1.3 — O período experimental destes profissionais é


Grau III: 25 %. o previsto na lei.
2 — Progressão na carreira:
2.1 — Consideram-se quatro níveis de responsabili-
Técnico de unidade florestal dade e de enquadramento desta categoria profissional.
2.2 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade
1 — Admissão e período experimental: dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac-
terização, da existência cumulativa das seguintes con-
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
dições:
profissionais de formação académica média/superior,
diplomados em escolas nacionais ou estrangeiras ofi- Mérito profissional no desempenho da função e
cialmente reconhecidas, nomeadamente institutos supe- potencial para o desempenho de funções mais
riores e institutos superiores politécnicos. qualificadas;
1.2 — Esta condição poderá ser substituída pela par- Existência de previsão em dotação.
ticipação obrigatória e com aproveitamento em acções
E) Técnico superior
de formação adequadas.
1.3 — Na admissão dos trabalhadores integrados 1 — Admissão e período experimental:
neste grupo será sempre exigido diploma ou documento 1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
equivalente, e carteira profissional, quando exigido por profissionais de formação académica superior, licencia-
lei. tura, diplomados em escolas nacionais ou estrangeiras
1.4 — O período experimental destes profissionais é oficialmente reconhecidas, nomeadamente universida-
o previsto na lei. des e institutos superiores e institutos superiores poli-
2 — Progressão na carreira: técnicos.
2.1 — O plano de carreira de técnico de unidade flo- 1.2 — Na admissão dos trabalhadores integrados
restal compreende três níveis de responsabilidade e de neste grupo será sempre exigido diploma ou documento
enquadramento. equivalente, e carteira profissional, quando exigido por
2.2 — A progressão na carreira dependerá da exis- lei.
tência cumulativa das seguintes condições: 1.3 — O período experimental destes profissionais é
o previsto na lei.
Mérito profissional no desempenho da função e 2 — Progressão na carreira:
potencial para o desempenho de funções mais 2.1 — O plano de carreira de técnico superior com-
qualificadas; preende seis níveis de responsabilidade e de enqua-
Existência de previsão em dotação; dramento.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 424


2.2 — A progressão na carreira dependerá da exis- Técnico administrativo/comercial do grau II.
tência cumulativa das seguintes condições: Técnico agro-florestal do grau V.
Técnico superior do grau I.
Mérito profissional no desempenho da função e
Técnico de unidade florestal do grau II.
potencial para o desempenho de funções mais
qualificadas;
Existência de previsão em dotação. Grupo 7:

2.3 — O técnico superior do grau I poderá passar ao Assistente administrativo do grau V.


grau II após um ano de permanência naquela categoria. Secretário(a) de direcção ou administração do
3 — Funções: grau II.
3.1 — As funções destes profissionais serão as cor- Técnico administrativo/comercial do grau I.
respondentes aos diversos níveis. Técnico agro-florestal do grau IV.
3.2 — Enquadram-se neste grupo de técnicos supe- Técnico de manutenção do grau V.
riores os profissionais que desempenham funções téc- Técnico de unidade florestal do grau I.
nicas nas áreas de planeamento, investigação operacio-
nal, engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos Grupo 8:
humanos, organização, informática e comercial.
Assistente administrativo do grau IV.
ANEXO III Secretário(a) de direcção ou administração do
Enquadramentos e tabelas de remunerações mínimas grau I.
Técnico agro-florestal do grau III.
Grupo 1: Técnico de manutenção do grau IV.
Director de departamento/serviços.
Técnico superior do grau VI. Grupo 9:
Grupo 2: Assistente administrativo do grau III.
Chefe de departamento. Operador agro-florestal do grau IV.
Chefe de região florestal. Técnico agro-florestal do grau II.
Técnico superior do grau V. Técnico de manutenção do grau III.

Grupo 3: Grupo 10:


Chefe de serviço I. Assistente administrativo do grau II.
Delegado florestal. Auxiliar administrativo principal.
Técnico superior do grau IV. Operador agro-florestal do grau III.
Técnico agro-florestal do grau I.
Grupo 4: Técnico de manutenção do grau II.
Chefe de serviço II.
Delegado comercial. Grupo 11:
Secretário(a) de direcção ou administração do
grau V. Assistente administrativo do grau I.
Técnico administrativo/comercial do grau IV. Auxiliar administrativo de 1.a
Técnico superior do grau III. Operador agro-florestal do grau II.
Técnico de unidade florestal do grau IV. Técnico de manutenção do grau I.
Grupo 5:
Grupo 12:
Chefe de sector.
Secretário(a) de direcção ou administração do Assistente administrativo estagiário do 2.o ano.
grau IV. Auxiliar administrativo de 2.a
Técnico administrativo/comercial do grau III. Operador agro-florestal do grau I.
Técnico superior do grau II. Técnico de manutenção estagiário do 2.o ano.
Técnico de unidade florestal do grau III.

Grupo 6: Grupo 13:


Chefe de secção. Assistente administrativo estagiário do 1.o ano.
Secretário(a) de direcção ou administração do Auxiliar agro-florestal.
grau III. Técnico de manutenção estagiário do 1.o ano.

Tabela de remunerações

Grupos de enquadramento Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V

1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00

425 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Grupos de enquadramento Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V

5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00

A cada remuneração base constante desta tabela sala- 4 — A denúncia pode ser efectuada por qualquer das
rial acresce, para todos os efeitos, a importância de partes decorridos 10 meses sobre a data da entrega para
7180$, referente à integração do subsídio de formação. depósito do acordo ou da respectiva revisão, total ou
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de parcial, anteriormente negociada.
contratação a termo e aos trabalhadores que se encon-
tram em regime de período experimental. 5 — Decorridos os prazos mínimos fixados para a
denúncia, esta é possível a qualquer momento, perma-
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. necendo aplicáveis todas as disposições desta cláusula
Pela Portucel Florestal — Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S. A.: quando haja prorrogação da vigência do acordo.
(Assinatura ilegível.)
6 — Por denúncia entende-se o pedido de revisão,
Pelo SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Florestas:
feito, por escrito, à parte contrária, acompanhado da
(Assinatura ilegível.)
Joaquim Venâncio. proposta de alteração.

Entrado em 4 de Fevereiro de 1999. 7 — A parte que recebe a denúncia deve responder,


Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 171 do por escrito, no decurso dos 30 dias imediatos contados
livro n.o 8, com o n.o 24/99, nos termos do artigo 24.o a partir da recepção daquela.
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual.
8 — A resposta incluirá a contraproposta de revisão
para todas as propostas que a parte que responde não
aceita.

9 — As negociações iniciar-se-ão dentro dos 15 dias


a contar do prazo fixado no n.o 8.
AE entre a Portucel Industrial — Empresa Produ-
tora de Celulose, S. A., e a FETESE — Feder. dos 10 — As tabelas salariais e valores para as cláusulas
Sind. dos Trabalhadores de Serviços e outros. de expressão pecuniária produzem efeitos a partir de
16 de Setembro de 1998.

CAPÍTULO I
Área, âmbito e vigência CAPÍTULO II
Preenchimento de postos de trabalho
Cláusula 1.a
Área e âmbito Cláusula 3.a
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o Preenchimento de postos de trabalho
território do continente e obriga, por um lado, a Portucel
Industrial — Empresa Produtora de Celulose, S. A., e A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou
por outro lado, os trabalhadores ao seu serviço membros postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço,
das organizações sindicais outorgantes. desde que estes reúnam as condições necessárias para
esse preenchimento, só recorrendo à admissão do exte-
rior quando estiverem esgotadas todas as possibilidades
Cláusula 2.a de utilização dos seus recursos humanos.
Vigência, denúncia e revisão

1 — Este acordo de empresa entra em vigor cinco Cláusula 4.a


dias após a data da sua publicação no Boletim do Tra- Admissões
balho e Emprego.
1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con-
2 — O prazo de vigência deste acordo é de dois anos, dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula-
salvo o disposto no número seguinte. mentação interna da Empresa.

3 — A matéria de expressão pecuniária será revista 2 — Toda e qualquer admissão será precedida de
anualmente. exame médico adequado, feito a expensas da Empresa.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 426


3 — No acto de admissão a Empresa fornecerá ao Cláusula 9.a
trabalhador cópias do presente acordo e dos regula-
Reconversões
mentos internos da Empresa.
1 — A Empresa diligenciará reconverter, para função
4 — A Empresa não deverá, em regra, admitir tra- compatível com as suas capacidades, os trabalhadores
balhadores reformados. parcialmente incapacitados por motivo de acidente de
trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos-
5 — Na admissão de qualquer trabalhador, a Empresa sível, a Empresa informará, por escrito, o trabalhador
obriga-se a reconhecer os tempos de aprendizagem, tiro- interessado das razões dessa impossibilidade.
cínio ou estágio dentro da mesma profissão ou profissões
afins prestados noutra empresa, desde que apresente, 2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a
para o efeito, certificado comprovativo. remuneração base estabelecida para a sua nova cate-
goria, sem prejuízo do número seguinte.

Cláusula 5.a 3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de


Período experimental
remuneração base do trabalhador reconvertido, remu-
neração que, quando seja superior à estabelecida para
1 — Durante o período experimental, salvo acordo a sua nova categoria, irá sendo absorvida pelos sub-
escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir sequentes aumentos salariais até ao valor desta. Para
o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo- o efeito, o trabalhador terá direito aos seguintes adi-
cação de justa causa, não havendo direito a qualquer cionais à remuneração correspondente à categoria pro-
indemnização. fissional para que foi reconvertido:
a) 75 % da diferença entre a remuneração corres-
2 — O período experimental corresponde ao período pondente à categoria para que foi reconvertido
inicial de execução do contrato e, salvo acordo em con- e a remuneração correspondente à categoria de
trário tem a seguinte duração: onde é originário, na primeira revisão salarial;
b) 50 % daquela diferença, pelos novos valores
a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores;
resultantes da segunda revisão salarial, na oca-
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car-
sião desta;
gos de complexidade técnica e elevado grau de
c) 25 % daquela diferença, pelos valores resultan-
responsabilidade ou funções de confiança;
tes da terceira revisão salarial, na ocasião desta;
c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros
d) Absorção total na quarta revisão salarial.
superiores.
Cláusula 6.a
Cláusula 10.a
Readmissões
Promoções
1 — Se a Empresa readmitir ao seu serviço um tra- 1 — Constitui promoção a passagem a título definitivo
balhador cujo contrato tenha sido rescindido anterior- de um trabalhador para uma categoria, classe ou grau
mente, por qualquer das partes, o tempo de antiguidade superiores ou a sua mudança a título definitivo para
ao serviço da Empresa no período anterior à rescisão outra função a que corresponda remuneração mais
será contado na readmissão se nisso acordarem por elevada.
escrito o trabalhador e a Empresa.
2 — As promoções processar-se-ão de acordo com o
2 — A readmissão de um trabalhador para a mesma estabelecido neste acordo e em regulamentação interna
categoria profissional não está sujeita a período expe- da Empresa, que definirá condições complementares de
rimental. promoção e meios para a sua apreciação e controlo.
Cláusula 7.a
3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
Contratos a termo as promoções que resultem do preenchimento de postos
de trabalho vagos deverão efectuar-se por proposta da
A Empresa poderá celebrar contratos a termo, de hierarquia ou por abertura de concurso; neste caso, e
acordo com as regras e os limites impostos pela legis- em igualdade de condições, será dada preferência nesse
lação aplicável. preenchimento aos trabalhadores da direcção da
Empresa em que ocorra a vaga, tendo em atenção as
Cláusula 8.a habilitações literárias e profissionais, experiência, mérito
Comissão de serviço e antiguidade.

1 — As funções de direcção serão exercidas por tra- 4 — As promoções para chefe de serviço ou categoria
balhadores da Empresa em regime de comissão de ser- de grupo de enquadramento igual ou superior serão
viço nos termos da legislação aplicável, sem prejuízo feitas por nomeação.
das situações existentes.
5 — É requisito indispensável para qualquer promo-
2 — A Empresa definirá condições especiais de pro- ção, salvo as previstas no número anterior, a perma-
gressão profissional decorrentes do exercício de funções nência mínima de 18 meses no exercício de funções
com mérito em regime de comissão de serviço. em categoria inferior.

427 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


6 — O disposto no número anterior não é aplicável 5 — No caso de necessidade de transferência, a
às situações de promoção de praticantes, estagiários ou Empresa deverá avisar o trabalhador por escrito, com
aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na a antecedência mínima de 30 dias, salvo se for acordado
Empresa dentro da sua carreira profissional e ainda às entre as partes um prazo menor.
promoções automáticas.
6 — Nas transferências por iniciativa ou interesse do
7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro- trabalhador, este acordará com a Empresa as condições
moções automáticas serão contados desde o início do em que as mesmas se realizarão; consideram-se do inte-
desempenho de funções ou desde a última promoção resse do trabalhador as transferências resultantes de
na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso concurso interno.
algum, mais de uma promoção por efeito da entrada
em vigor deste acordo. 7 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
o documento de abertura de concurso interno que possa
implicar transferência de local de trabalho deverá incluir
Cláusula 11.a todas as condições de transferências garantidas pela
Reestruturação de serviços Empresa aos trabalhadores seleccionados.
Nos casos em que a melhoria tecnológica ou a rees- 8 — Nas transferências por iniciativa da Empresa que
truturação dos serviços tenham como consequência a impliquem mudança de residência do trabalhador, a
eliminação de postos de trabalho, a Empresa assegurará Empresa:
aos seus trabalhadores, de harmonia com as possibi-
lidades físicas e intelectuais de cada um, que transitem a) Suportará as despesas directamente impostas
para novas funções, de preferência compatíveis com a pela mudança, ou seja, despesas efectuadas com
sua profissão, toda a preparação necessária, suportando o transporte de mobiliário e outros haveres e
os encargos dela decorrentes. com a viagem do próprio e respectivo agregado
familiar;
b) Pagará um subsídio de renda de casa, que, não
Cláusula 12.a podendo ultrapassar 11 295$ mensais, corres-
Diminuídos físicos ponderá à diferença entre os novos e os ante-
riores encargos do trabalhador com a habitação;
A admissão, a promoção e o acesso dos trabalhadores este subsídio será reduzido de 10 % daquele no
diminuídos físicos processar-se-ão nos mesmos termos termo de cada ano de permanência no novo
dos restantes trabalhadores, desde que se trate de acti- domicílio, até à absorção total do subsídio;
vidades que possam ser por eles desempenhadas e pos- c) Pagará um valor igual a um mês de remuneração
suam as habilitações e condições exigidas. base efectiva mais diuturnidades.

Cláusula 13.a 9 — Em qualquer transferência, o trabalhador sujei-


tar-se-á ao cumprimento das regras de trabalho e de
Transferências funcionamento do novo local de trabalho.
1 — Entende-se por transferência de local de trabalho
a alteração do contrato individual que vise mudar, com Cláusula 14.a
carácter definitivo, o local de prestação de trabalho para Formação profissional
outra localidade.
1 — A Empresa proporcionará aos trabalhadores ao
2 — Por local de trabalho entende-se aquele em que seu serviço condições de formação e de valorização pro-
o trabalhador presta normalmente serviço ou, quando fissional no âmbito da profissão que exercem na
o local não seja fixo, a sede, delegação ou estabele- Empresa.
cimento a que o trabalhador esteja adstrito.
2 — O tempo despendido pelos trabalhadores na fre-
3 — No caso de transferências colectivas aplicar-se-á quência de acções de formação profissional que decor-
o seguinte regime: ram no período normal de trabalho será considerado,
para todos os efeitos, como tempo de trabalho, sem
a) A Empresa só poderá transferir o trabalhador prejuízo da retribuição, submetendo-se os trabalhadores
para outro local de trabalho se essa transferên- a todas as disposições deste acordo.
cia resultar de mudança total da instalação ou
serviço onde aquele trabalha;
b) No caso previsto na alínea anterior, o traba- CAPÍTULO III
lhador, querendo, pode rescindir o contrato,
com direito à indemnização fixada na lei; Direitos, deveres e garantias das partes
c) Quando a Empresa fizer prova de que a trans-
ferência não causou prejuízo sério ao trabalha- Cláusula 15.a
dor e este mantiver a sua opção pela rescisão Deveres da Empresa
do contrato, não é devida a indemnização refe-
rida na alínea anterior. São deveres da Empresa:
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais
4 — Nos restantes casos não previstos no número legislação aplicável;
anterior, a empresa só poderá transferir o trabalhador b) Tratar com respeito e consideração os traba-
de local de trabalho de acordo com o regime legal. lhadores ao seu serviço;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 428


c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de fun- g) Dar conhecimento à Empresa, através da via
ções diferentes das que são próprias da sua pro- hierárquica, das deficiências de que tenham
fissão, salvo o estabelecido no AE e na lei, ou conhecimento e que afectem o regular funcio-
sejam incompatíveis com as respectivas normas namento dos serviços;
deontológicas ou sejam ilícitas; h) Guardar lealdade à Empresa, nomeadamente
d) Proporcionar-lhes boas condições de trabalho, não negociando por conta própria ou alheia em
tanto do ponto de vista moral como físico, concorrência com ela nem divulgando informa-
nomeadamente no que diz respeito à higiene ções referentes aos seus métodos de produção
e segurança e à prevenção de doenças pro- e negócio;
fissionais; i) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens
e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dos relacionados com o seu trabalho que lhes este-
prejuízos resultantes de acidentes de trabalho jam confiados;
e doenças profissionais; j) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento
f) Submeter a exame médico todos os trabalha- de segurança que lhes for distribuído ou dis-
dores, nos termos da lei; ponibilizado pela Empresa.
g) Passar certificados aos trabalhadores, nos ter-
mos da lei;
h) Facilitar a consulta de processos individuais aos Cláusula 18.a
respectivos trabalhadores, sempre que estes o Garantias dos trabalhadores
solicitem;
i) Cumprir a lei e este acordo, relativamente à É vedado à Empresa:
actividade sindical e às comissões de traba-
lhadores; a) Opor-se, por qualquer forma, a que os traba-
j) Promover a avaliação do mérito dos trabalha- lhadores exerçam os seus direitos, bem como
dores ao seu serviço e remunerá-los de acordo aplicar-lhes sanções por causa desse exercício;
com esta avaliação; b) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores;
l) Proceder à análise e qualificação das funções c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que
dos trabalhadores ao seu serviço, com efeitos, actuem no sentido de influir desfavoravelmente
designadamente, numa política de enquadra- nas condições de trabalho deles ou dos seus
mento; colegas;
m) Contribuir para a elevação do nível de produ- d) Baixar a categoria dos trabalhadores e diminuir
tividade dos trabalhadores ao seu serviço. a retribuição, salvo o previsto na lei e no pre-
sente acordo;
e) Admitir trabalhadores exclusivamente remune-
Cláusula 16.a
rados através de comissões;
Mapas de quadros de pessoal f) Transferir os trabalhadores para outro local de
trabalho, salvo o disposto na cláusula 13.a;
A Empresa obriga-se a organizar, enviar e afixar os
g) Transferir os trabalhadores para outro posto de
mapas de quadros de pessoal, nos termos da lei.
trabalho se aqueles, justificadamente e por
escrito, não derem o seu acordo;
Cláusula 17.a h) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou a
Deveres dos trabalhadores utilizar serviços fornecidos pela Empresa ou por
pessoa por ela indicada;
São deveres dos trabalhadores: i) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais refeitórios, economatos ou outros estabeleci-
legislação aplicável; mentos directamente relacionados com o tra-
b) Exercer com competência, zelo, pontualidade balho, para fornecimento de bens ou prestação
e assiduidade as funções que lhes estejam con- de serviço aos trabalhadores;
fiadas e para que foram contratados; j) Despedir qualquer trabalhador, salvo nos ter-
c) Prestar aos outros trabalhadores todos os con- mos da lei;
selhos e ensinamentos de que necessitem ou k) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo
solicitem em matéria de serviço; com o seu acordo, havendo o propósito de os
d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço prejudicar em direitos ou garantias decorrentes
dos outros trabalhadores nos seus impedimentos da antiguidade;
e férias; l) Fazer lock-out, nos termos da lei.
e) Observar e fazer observar os regulamentos
internos e as determinações dos seus superiores
CAPÍTULO IV
hierárquicos no que respeita à execução e dis-
ciplina do trabalho, salvo na medida em que Exercício da actividade sindical na empresa
tais determinações se mostrem contrárias aos
seus direitos e garantias, bem como observar
e fazer observar as normas de higiene, segurança Cláusula 19.a
e medicina no trabalho; Princípios gerais
f) Tratar com respeito e consideração os seus supe-
riores hierárquicos, os restantes trabalhadores 1 — A actividade sindical na Empresa rege-se pela
da Empresa e demais pessoas e entidades que legislação aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláu-
estejam ou entrem em relação com a Empresa; sulas seguintes.

429 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — Para os efeitos deste capítulo, as zonas sindicais Cláusula 21.a
delimitam-se por cada um dos seguintes órgãos ou local Competência dos delegados sindicais
de trabalho:
1 — Os delegados sindicais e as CS ou CI têm com-
Centro fabril de Cacia; petência e poderes para desempenhar todas as funções
Centro fabril de Setúbal; que lhes estão atribuídas neste acordo e na lei, com
Escritórios de Lisboa. observância dos preceitos neles estabelecidos, nomea-
damente:
3 — Para os efeitos deste Acordo entende-se por: a) Acompanhar e fiscalizar a aplicação das dispo-
sições legais e convencionais que tenham reper-
a) AGT (assembleia geral de trabalhadores) o con- cussões nas condições de trabalho;
junto de todos os trabalhadores do mesmo b) Fiscalizar o funcionamento do refeitório, infan-
estabelecimento; tário, creche e outras estruturas de assistência
b) CS (comissão sindical) a organização dos dele- social existentes na Empresa;
gados sindicais do mesmo sindicato no mesmo c) Analisar e dar parecer sobre qualquer projecto
estabelecimento; de mudança de local da unidade, instalação ou
c) CI (comissão intersindical) a organização dos serviço;
delegados das comissões sindicais no mesmo d) Visar os mapas mensais a enviar pela Empresa
estabelecimento; aos sindicatos, os mapas de contribuições para
d) SS (secção sindical) o conjunto de trabalhadores a segurança social e os documentos das com-
filiados no mesmo sindicato. panhias seguradoras que respeitem ao seguro
dos trabalhadores.

Cláusula 20.a 2 — Sobre as matérias constantes das alíneas b) e


c) a Empresa não poderá deliberar sem que tenha sido
Reuniões dado prévio conhecimento das mesmas aos delegados
sindicais ou às CS ou Cl.
1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante
o horário de trabalho, até um período máximo de quinze Cláusula 22.a
horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como
tempo de serviço efectivo, sem prejuízo da normalidade Direitos e garantias dos delegados sindicais
da laboração, nos casos de trabalho por turnos ou de 1 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar
trabalho suplementar, e desde que, nos restantes casos, no interior da Empresa textos, convocatórias, comuni-
assegurem o funcionamento dos serviços de natureza cações ou informações relativos à vida sindical e aos
urgente. interesses sócio-profissionais dos trabalhadores, bem
como proceder à sua distribuição, mas sem prejuízo,
2 — Os trabalhadores poderão reunir-se fora do horá- em qualquer dos casos, da laboração normal da unidade,
rio normal de trabalho dentro das instalações da instalação ou serviço em causa.
Empresa, durante o período que entenderem necessário,
sem prejuízo da normalidade da laboração nos casos 2 — Os locais de afixação serão reservados pelo con-
de trabalho por turnos ou de trabalho suplementar. selho de administração ou por quem as suas vezes fizer,
ouvida a CI, a CS ou os delegados sindicais do esta-
belecimento.
3 — As reuniões de trabalhadores poderão ser con-
vocadas por um terço ou 50 trabalhadores da Empresa, 3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular
pela CS, pela CI ou pelo delegado sindical, quando aque- livremente em todas as dependências da Empresa, sem
las não existam. prejuízo do serviço e das normas constantes do regu-
lamento de segurança na Empresa.
4 — As entidades promotoras das reuniões, nos ter-
mos dos números anteriores, deverão comunicar ao con- 4 — Os delegados sindicais não podem ser transfe-
selho de administração ou a quem as suas vezes fizer ridos de local de trabalho sem seu acordo e sem o prévio
e aos trabalhadores interessados, com a antecedência conhecimento da direcção do sindicato respectivo.
mínima de um dia, a data e a hora em que pretendem
que elas se efectuem, devendo afixar as respectivas 5 — Para o exercício da acção sindical na Empresa,
convocatórias. é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um
dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa
qualidade.
5 — Nos casos de urgência, a comunicação a que se
refere o número anterior deverá ser feita com a ante-
6 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men-
cedência possível. sal de dez horas aos delegados que façam parte da CI.

6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza- 7 — Os delegados que pertençam simultaneamente
ções sindicais respectivas e os seus representantes que à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente
não trabalhem na Empresa podem, desde que devida- pelo número anterior.
mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar
nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com 8 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito
a antecedência mínima de seis horas. de horas de um delegado sindical seja utilizado por

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 430


outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados Cláusula 26.a
que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas. Direitos e garantias dos dirigentes das organizações sindicais

Cláusula 23.a 1 — Cada membro da direcção das organizações sin-


dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para
Número de delegados sindicais o exercício das suas funções.
1 — O número de delegados sindicais de cada sin-
dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão 2 — A direcção interessada deverá comunicar com
sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos um dia de antecedência as datas e o número de dias
de que os respectivos membros necessitem para o exer-
na cláusula anterior, é calculado da forma seguinte:
cício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade,
a) Estabelecimento com menos de 50 trabalhado- nos dias úteis imediatos ao primeiro dia em que faltarem.
res sindicalizados — 1;
b) Estabelecimento com 50 a 99 trabalhadores 3 — Os membros dos corpos gerentes das associações
sindicalizados — 2; sindicais não podem ser transferidos de local de trabalho
c) Estabelecimento com 100 a 199 trabalhadores sem o seu acordo.
sindicalizados — 3; Cláusula 27.a
d) Estabelecimento com 200 a 499 trabalhadores
Quotização sindical
sindicalizados — 6;
e) Estabelecimento com 500 ou mais trabalhadores A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança
sindicalizados — 6+n–500 das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos
200 respectivos, depois de recebidas as declarações indivi-
duais dos trabalhadores.
2 — O resultado apurado nos termos da alínea e) do
número anterior será sempre arredondado para a uni-
dade imediatamente superior. Cláusula 28.a
Direito à greve
3 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con-
Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
no respectivo estabelecimento, a identificação dos dele- o exercício de tal direito.
gados sindicais, bem como daqueles que fazem parte
das CS e CI, por meio de carta registada com aviso
de recepção, de que será afixada cópia nos locais reser- CAPÍTULO V
vados às informações sindicais.
Prestação de trabalho
4 — O procedimento referido no número anterior
será igualmente observado nos casos de substituição ou Cláusula 29.a
cessação de funções. Período normal de trabalho
Cláusula 24.a
1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos
Reuniões termos da lei e do presente acordo.
1 — A CI, a CS quando aquela não existir, ou ainda
o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú- 2 — A duração média do período normal de trabalho
nem-se com o conselho de administração ou com quem semanal é de trinta e nove horas, sem prejuízo dos horá-
este designar para o efeito, sempre que uma ou outra rios de duração média inferior existentes na Empresa.
parte o julgarem conveniente.
3 — A duração média do período normal de trabalho
diário é de oito horas.
2 — O tempo das reuniões previstas nesta cláusula
não pode ser considerado para o efeito de créditos de
horas sempre que a reunião não seja da iniciativa dos Cláusula 30.a
trabalhadores. Horário de trabalho
Cláusula 25.a 1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do
Instalação das comissões início e do termo do período de trabalho diário, bem
como a dos intervalos de descanso diários.
1 — Nos estabelecimentos com mais de 100 traba-
lhadores, a Empresa é obrigada a pôr à disposição dos 2 — Compete à Empresa elaborar e estabelecer o
delegados sindicais, desde que estes requeiram, a título horário de trabalho dos trabalhadores ao seu serviço,
permanente, um local situado no interior daquele ou de acordo com o disposto na lei e no presente acordo.
na sua proximidade, que seja apropriado para o exercício
das suas funções e que disponha de telefone.
Cláusula 31.a
2 — Nos estabelecimentos com menos de 100 traba- Modalidades de horário de trabalho
lhadores, a Empresa é obrigada a pôr à disposição dos
delegados sindicais, desde que estes o requeiram, um Para os efeitos deste acordo de Empresa, entende-se
local situado no interior daquele ou na sua proximidade, por:
apropriado para o exercício das suas funções e que dis- a) Horário fixo — aquele em que as horas de início
ponha de telefone. e termo do período de trabalho, bem como as

431 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


dos intervalos de descanso, são previamente b) Prejuízo para o número de descansos semanais
determinadas e fixas; a que o trabalhador tenha direito por trabalho
b) Horário móvel — aquele em que as horas de prestado;
início e de termo do período de trabalho, bem c) Pagamento de qualquer trabalho suplementar,
como as dos intervalos de descanso, não são ou atribuição de quaisquer descansos compen-
fixas, podendo entre o início e o termo efectivo satórios.
do período normal de trabalho diário decorrer
o período máximo de quinze horas; 4 — Sempre que, em virtude de troca de turno, o
c) Horário flexível — aquele em que as horas de trabalhador preste serviço no seu dia de descanso sema-
início e termo do período de trabalho, bem como nal, deverá efectuar a «destroca» nos 30 dias subse-
as dos intervalos de descanso, podem ser móveis, quentes, de modo que o descanso perdido em virtude
havendo, porém, períodos de trabalho fixos da troca seja recuperado neste prazo.
obrigatórios;
d) Horário de turnos rotativos — aquele em que 5 — Os trabalhadores que pretendam trocar de turnos
existem, para o mesmo posto de trabalho, dois devem comunicar, por escrito, o facto à Empresa com
ou mais horários de trabalho que se sucedem a máxima antecedência possível ou imediatamente após
sem sobreposição que não seja a estritamente a troca.
necessária para assegurar a continuidade do tra-
balho em que os trabalhadores mudam perió- 6 — O regime desta cláusula é aplicável às trocas
dica e regularmente de um horário de trabalho entre trabalhadores de turnos e trabalhadores em horá-
para o subsequente, de harmonia com uma rio geral desde que, neste último caso, se trate de tra-
escala pré-estabelecida; balhadores cujo elenco de funções integra a substituição
e) Regime de laboração contínua — aquele em
de profissionais em turnos, nas suas férias, faltas ou
que a laboração da instalação é ininterrupta,
impedimentos.
com dispensa de encerramento diário, semanal
e nos dias feriados. Cláusula 34.a
Regime de prevenção
Cláusula 32.a
Turnos 1 — A Empresa instituirá um sistema de prevenção,
que porá em funcionamento na medida das necessidades
1 — Deverão ser organizados turnos rotativos de pes- e conveniências de serviço.
soal diferente sempre que o período de funcionamento
ultrapasse os limites máximos dos períodos normais de 2 — O regime de prevenção consiste na disponibi-
trabalho diário. lidade do trabalhador poder acorrer às instalações a
que pertence, em caso de necessidade. A disponibilidade
2 — Os trabalhadores em regime de turnos de labo- traduzir-se-á na permanência do trabalhador em casa
ração contínua tomarão as suas refeições no local de ou em local de fácil acesso, num raio máximo de 5 km
trabalho, sem que possam abandonar as instalações res- da sua residência, para efeito de convocação e imediata
pectivas e sem prejuízo do normal funcionamento do comparência na instalação a que pertence.
serviço.
3 — A identificação dos trabalhadores que integram
3 — O disposto no número anterior não afecta os o regime de prevenção deve constar de uma escala a
direitos adquiridos pelos trabalhadores que à data da elaborar periodicamente.
entrada em vigor deste acordo prestam serviço em
regime de laboração contínua. 4 — O período de prevenção inicia-se imediatamente
após o termo do último período normal de trabalho
4 — Os trabalhadores de turno cujo serviço o permita anterior e finda imediatamente antes do início do pri-
terão direito a um intervalo de uma hora, que, nos ter- meiro período normal de trabalho subsequente.
mos gerais, não se considera tempo de trabalho.
5 — Nenhum trabalhador poderá ser mudado de
5 — A convocação compete ao superior hierárquico
horário ou turno senão após um período de descanso
nunca inferior a doze horas. da instalação ou a quem o substituir e deverá restrin-
gir-se às intervenções necessárias ao funcionamento
dessa instalação ou impostas por situações que afectem
Cláusula 33.a a economia da Empresa e que não possam esperar por
Troca de turnos assistência durante o período normal de trabalho.
1 — As trocas de turnos previstas na presente cláusula 6 — O trabalhador procederá ao registo da anomalia
são trocas efectuadas por iniciativa e no interesse directo verificada, bem como da actuação tida para a sua reso-
dos trabalhadores. lução e resultados obtidos, sobre o que a hierarquia
se pronunciará de imediato.
2 — São permitidas trocas de turnos entre trabalha-
dores desde que previamente acordadas entre eles e 7 — O regime de prevenção não se aplica aos tra-
aceites pela Empresa. balhadores em regime de turnos.
3 — As trocas de turno não poderão determinar: 8 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
a) Prestação de trabalho consecutivo com duração efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994,
superior a dezasseis horas; aplica-se o regime constante da cláusula 32.a do AE

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 432


Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e b) Durante ambos os períodos do dia de trabalho
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. imediato se, entre as 22 e as 7 horas, forem
prestadas seis ou mais horas de trabalho suple-
mentar.
Cláusula 35.a
Isenção de horário de trabalho 2 — Se o trabalhador em horário de turnos rotativos
prolongar o seu período de trabalho, tem direito a entrar
1 — O regime de isenção de horário de trabalho é
ao serviço doze horas após ter concluído a prestação
o previsto na lei.
de trabalho suplementar ou a não a iniciar se o pro-
longamento for superior a sete horas.
2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário
de trabalho é também devido nos subsídios de férias
e de Natal. 3 — O trabalhador tem direito a uma refeição, nos
termos das alíneas seguintes, quando o período normal
Cláusula 36.a desta esteja intercalado no período de trabalho suple-
Trabalho nocturno
mentar:

1 — Considera-se trabalho nocturno o trabalho pres- a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga-


tado no período que decorre entre as 20 horas de um mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições
dia e as 7 horas do dia imediato. previstas na cláusula 75.a;
b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de
2 — Considera-se igualmente como nocturno o tra- 193$;
balho diurno prestado em antecipação ou prolonga- c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas
mento de um turno nocturno. de custo em vigor na Empresa, em caso de des-
locação em serviço.
3 — Para efeitos do número anterior, considera-se
nocturno o turno em que sejam realizadas pelo menos 4 — Para efeitos do número anterior, consideram-se
sete horas consecutivas entre as 20 horas de um dia períodos normais de refeição:
e as 7 horas do dia imediato.
a) Pequeno-almoço — das 7 às 9 horas;
b) Almoço — das 12 às 14 horas;
Cláusula 37.a c) Jantar — das 19 às 21 horas;
Trabalho suplementar
d) Ceia — das 24 às 2 horas.

1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele 5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei-
que é prestado fora do horário de trabalho. ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como
trabalho suplementar nos casos em que o período pre-
2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado: visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi-
a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés- tes definidos no número anterior. Nos casos em que
cimos eventuais de trabalho; o início e o termo previsíveis do período de trabalho
b) Em caso de força maior, ou quando se torne suplementar coincidam, respectivamente, com o pri-
indispensável para prevenir ou reparar prejuízos meiro ou o último dos limites previstos no número ante-
graves para a Empresa. rior, não será concedido qualquer intervalo para refei-
ção, sendo apenas paga esta de acordo com o disposto
3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante- no n.o 3.
rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi-
cação da hierarquia feita com a máxima antecedência 6 — Os trabalhadores em regime de turnos têm
possível. direito ao pagamento de uma refeição nos casos de pres-
tação de quatro horas de trabalho suplementar em ante-
4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra- cipação ou prolongamento do seu turno.
balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
díveis. 7 — A Empresa fica obrigada a fornecer ou a asse-
gurar transporte:
5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se
pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto a) Sempre que o trabalhador seja solicitado a pres-
nas cláusulas 38.a e 39.a tar trabalho suplementar em todos os casos que
não sejam de prolongamento do período normal
de trabalho;
Cláusula 38.a b) Sempre que, nos casos de trabalho suplementar
Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho em prolongamento do período normal de tra-
balho, o trabalhador não disponha do seu trans-
1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar porte habitual.
em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar:
a) Durante o primeiro período do dia de trabalho 8 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar
imediato se, entre as 22 e as 7 horas, for prestado que não sejam de antecipação ou prolongamento do
um mínimo de três a seis horas de trabalho período normal de trabalho, o tempo gasto no transporte
suplementar; será pago como trabalho suplementar.

433 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 39.a Cláusula 42.a
Trabalho prestado em dia de descanso semanal ou feriado Feriados

1 — O trabalho em dia de descanso semanal e o tra- 1 — Serão observados os seguintes feriados:


balho prestado em dia feriado dão direito a descanso
1 de Janeiro;
nos termos da lei.
Terça-feira de Carnaval;
Sexta-Feira Santa;
2 — O descanso compensatório previsto no número
25 de Abril;
anterior será concedido até 30 dias após o descanso
1 de Maio;
semanal não gozado pelo trabalhador.
Corpo de Deus (festa móvel);
10 de Junho;
3 — O período de descanso compensatório a que se
15 de Agosto;
referem os números precedentes será de um dia com-
5 de Outubro;
pleto no caso de ter sido prestado um mínimo de duas
1 de Novembro;
horas de trabalho e de meio no caso contrário.
1 de Dezembro;
8 de Dezembro;
4 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte sem-
25 de Dezembro;
pre que o trabalhador preste trabalho em dia de des-
O feriado municipal ou da capital de distrito onde
canso ou de feriado que deva gozar, desde que não
se situa o local de trabalho.
disponha do seu transporte habitual.
2 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser-
5 — Os trabalhadores têm direito ao pagamento de
vado em outro dia com significado local no período
um subsídio de alimentação nos casos de prestação de
da Páscoa e em que acordem a Empresa e a maioria
quatro horas consecutivas de trabalho suplementar.
dos trabalhadores adstritos a um mesmo local de
trabalho.
6 — O tempo gasto nos transportes será pago como
trabalho em dia de descanso semanal ou feriado.
3 — Em substituição dos feriados de terça-feira de
Carnaval e municipal, poderá ser observado, a título
Cláusula 40.a de feriado, qualquer outro dia em que acordem a
Trabalho em tempo parcial
Empresa e a maioria dos trabalhadores adstritos a um
mesmo local de trabalho.
Os trabalhadores que prestem serviço em regime de
tempo parcial terão direito às prestações complemen-
tares da sua remuneração base, designadamente diu- Cláusula 43.a
turnidades, na proporção do tempo de trabalho prestado Férias
relativamente ao horário de trabalho praticado na
Empresa para os restantes trabalhadores da mesma cate- 1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm
goria profissional em regime de tempo inteiro, sem pre- direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da
juízo de condições eventualmente mais favoráveis já retribuição, um período de férias igual a 24 dias úteis,
estabelecidas em contrato individual. salvo o disposto nos números seguintes.

2 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer


CAPÍTULO VI no 1.o semestre do ano civil, o trabalhador tem direito,
após um período de 60 dias de trabalho efectivo, a um
Suspensão da prestação de trabalho período de férias de 8 dias úteis.
Cláusula 41.a 3 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
Descanso semanal no 2.o semestre do ano civil, o direito a férias só se
vence após o decurso de seis meses completos de serviço
1 — O dia de descanso semanal é o domingo e o efectivo.
dia de descanso semanal complementar é o sábado,
excepto para os trabalhadores em regime de turnos, os 4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis
quais têm os dias de descanso em conformidade com compreende os dias de semana de segunda-feira a sex-
a respectiva escala de rotação. ta-feira, com a exclusão dos feriados, não sendo como
tal considerados o sábado e o domingo.
2 — Sempre que o funcionamento das instalações o
justifique, para assegurar a continuidade do serviço,
podem ser organizadas escalas de descanso semanal Cláusula 44.a
diferentes dos previstos no número anterior, devendo, Marcação do período de férias
porém, um dos dias de descanso coincidir periodica-
mente com o domingo. 1 — As férias devem ser gozadas em dias conse-
cutivos.
3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994 2 — É permitida a marcação do período de férias
aplica-se o regime constante da cláusula 39.a do AE num máximo de três períodos interpolados, devendo
Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e ser garantido que um deles tenha a duração mínima
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. efectiva de 10 dias úteis consecutivos.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 434


3 — A marcação do ou dos períodos de férias deve e desde que, no primeiro caso, este dê o seu
ser feita por mútuo acordo entre a Empresa e os acordo;
trabalhadores. b) Quando, após a cessação do impedimento, o
gozo do período de férias exceder o termo do
4 — Para os efeitos do número anterior, os traba- ano civil, mas apenas na parte que o exceda.
lhadores apresentarão à Empresa, por intermédio da
hierarquia e entre os dias 1 de Janeiro e 15 de Março 4 — Mediante acordo, os trabalhadores poderão
de cada ano, um boletim de férias com a indicação das ainda acumular, no mesmo ano, metade do período de
datas em que pretendem o gozo destas. férias do ano anterior com o período a gozar nesse ano.
5 — Quando as férias que o trabalhador pretenda
gozar se situem entre 1 de Janeiro e 30 de Abril, con- Cláusula 46.a
sideram-se marcadas por acordo se no prazo de 15 dias Alteração ou interrupção do período de férias
a contar da apresentação do boletim de férias nos termos
do número anterior a Empresa não se manifestar em 1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
contrário. sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
início, esteja temporariamente impedido por facto que
6 — Quanto às férias pretendidas fora do período não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
indicado no número anterior, consideram-se marcadas ou serviço militar.
também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada
ano a Empresa não se manifestar expressamente em 2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul-
contrário. tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri-
7 — Na falta de acordo, caberá à Empresa a elabo- buição correspondente ao período de férias não gozado
ração do mapa de férias, nos termos da lei. e respectivo subsídio.

8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar 3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro. Empresa, por exigências imperiosas do seu funciona-
mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba-
9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencendo ao lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja
mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente
que possível, a faculdade de gozar as suas férias as férias na época fixada.
simultaneamente.
4 — A alteração e a interrupção das férias não pode-
10 — Sempre que as conveniências de produção o rão prejudicar o gozo seguido de 10 dias úteis con-
justifiquem, poderá a empresa, mediante autorização secutivos.
do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, substituir Cláusula 47.a
o regime fixado pelo encerramento total ou parcial dos
serviços da Empresa até 20 dias. Doença no período de férias

1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o


11 — Para efeitos de processamento, o trabalhador período de férias, são as mesmas suspensas desde que
terá de confirmar à hierarquia e serviço de pessoal a
data de entrada em férias até ao dia 5 do mês anterior. a Empresa seja do facto informada. O gozo das férias
prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que
12 — O mapa de férias deverá estar elaborado até as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após
15 de Abril de cada ano e afixado nos locais de trabalho a alta.
entre esta data e 31 de Outubro.
2 — A prova da situação de doença prevista no n.o 1
poderá ser feita por estabelecimento hospitalar ou por
Cláusula 45.a boletim de baixa das ARS, ou por atestado médico,
Acumulação de férias sem prejuízo, neste último caso, do direito de fiscali-
zação e controlo por médico indicado pela Empresa.
1 — As férias devem ser gozadas no mesmo ano civil,
não sendo permitido acumular férias de dois ou mais
anos. Cláusula 48.a
Férias e impedimentos prolongados
2 — Terão, porém, direito a acumular férias de dois
anos: 1 — No ano da suspensão do contrato de trabalho
por impedimento prolongado respeitante ao trabalha-
a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias dor, se se verificar a impossibilidade total ou parcial
nas Regiões Autónomas da Madeira e dos do gozo do direito a férias já vencido, o trabalhador
Açores; terá direito à retribuição correspondente ao período de
b) Os trabalhadores que pretendam gozar férias férias não gozado e respectivo subsídio.
com familiares emigrados ou residentes no
estrangeiro. 2 — No ano da cessação do impedimento prolongado,
o o trabalhador tem direito, após a prestação de três meses
3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1. tri- de efectivo serviço, a um período de férias e respectivo
mestre do ano civil imediato: subsídio equivalentes aos que teriam vencido em 1 de
a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar Janeiro desse ano como se tivesse estado ininterrup-
graves prejuízos à Empresa ou ao trabalhador tamente ao serviço.

435 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes b) As dadas por falecimento de cônjuge não sepa-
de decorrido o prazo referido no número anterior ou rado de pessoas e bens, pessoa que viva em situa-
de gozado o direito a férias, previsto no n.o 1, pode ção análoga à do cônjuge, ou pais, filhos, sogros,
a Empresa marcar as férias para serem gozadas até 30 de genros, noras, padrasto, madrasta e enteados,
Abril do ano civil subsequente. até cinco dias consecutivos;
c) As dadas por falecimento de avós, bisavós e
Cláusula 49.a graus seguintes e afins dos mesmos graus,
irmãos ou cunhados ou ainda de pessoa que
Efeitos da cessação do contrato de trabalho viva em comunhão de vida e habitação com o
1 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquer trabalhador, até dois dias consecutivos;
forma, o trabalhador terá direito a receber a retribuição d) As motivadas pela prática de actos necessários
correspondente a um período de férias proporcional ao e inadiáveis no exercício de funções em asso-
tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem ciações sindicais ou instituições de previdência
como ao respectivo subsídio. e na qualidade de delegado sindical ou de mem-
bro da comissão de trabalhadores, nos termos
2 — Se o contrato cessar antes de gozado o período da lei;
de férias vencido no início desse ano, o trabalhador e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-
terá ainda direito a receber a retribuição correspondente balho, devido a facto que não seja imputável
a esse período, bem como o respectivo subsídio. ao trabalhador, nomeadamente doença, aci-
dente ou cumprimento de obrigações legais,
Cláusula 50.a conforme convocatória ou notificação expressa
das entidades competentes;
Violação do direito a férias
f) As motivadas pela necessidade de prestação de
No caso de a Empresa obstar ao gozo das férias nos assistência inadiável e imprescindível a mem-
termos previstos no presente acordo, o trabalhador rece- bros do seu agregado familiar, conforme cer-
berá, a título de indemnização, o triplo da retribuição tidão médica invocando o carácter inadiável e
correspondente ao período em falta, que deverá obri- imprescindível da assistência;
gatoriamente ser gozado no 1.o trimestre do ano civil g) As motivadas pela prestação de provas em esta-
subsequente. belecimento de ensino;
Cláusula 51.a h) As dadas por ocasião de nascimento de filhos,
por dois dias, no período de um mês contado
Exercício de outra actividade durante as férias desde a data do nascimento;
1 — O trabalhador não pode exercer durante as férias i) As dadas por trabalhadores que prestam serviço
qualquer outra actividade remunerada, salvo se já a em corpo de bombeiros voluntários ou de socor-
viesse exercendo cumulativamente com conhecimento ros a náufragos, pelo tempo necessário a acorrer
da Empresa ou esta o autorizar a isso. ao sinistro ou acidente;
j) As motivadas por doação de sangue a título gra-
2 — A contravenção ao disposto no número anterior cioso, a gozar no dia da doação ou no dia ime-
tem as consequências previstas na lei. diato, até ao limite de um dia por cada período
de três meses;
Cláusula 52.a l) As dadas até quarenta e oito horas em cada
ano civil, para tratar de assuntos de ordem par-
Faltas ticular, sem necessidade de justificação, não
1 — Falta é a ausência do trabalhador durante o podendo ser utilizado de cada vez um tempo
período normal de trabalho diário a que está obrigado. superior ao respectivo período normal de tra-
balho diário, sem prejuízo do normal funcio-
2 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío- namento dos serviços. Independentemente do
dos inferiores ao período normal de trabalho diário a gozo, o crédito adquire-se ao ritmo de quatro
que está obrigado, os respectivos tempos serão adicio- horas por cada mês de efectivo trabalho, con-
nados para determinação dos períodos normais de tra- siderando-se para este efeito o período de férias;
balho diário em falta. m) As prévia ou posteriormente autorizadas pela
Empresa.
3 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
As faltas justificadas podem ser com ou sem retribuição.
2 — Não são autorizadas as faltas dadas ao abrigo
da alínea l) do n.o 1 em antecipação ou no prolonga-
Cláusula 53.a
mento de férias, feriados ou dias de descanso semanal,
Faltas justificadas quando tenham duração superior a quatro horas.
1 — Consideram-se justificadas, nos termos da lei e
deste acordo, as seguintes faltas: 3 — No caso de trabalho em regime de turnos em
a) As dadas por altura do casamento, até 11 dias que os feriados coincidam com dias normais de trabalho,
seguidos, excluindo os dias de descanso inter- não se aplica o disposto no número anterior, na parte
correntes; respeitante a feriados.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 436


Cláusula 54.a 5 — Incorre em infracção disciplinar grave todo o tra-
balhador que:
Participação e justificação de faltas
a) Faltar injustificadamente durante três dias con-
1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas secutivos ou seis interpolados num período de
ao superior hierárquico com a antecedência mínima de um ano;
cinco dias. b) Faltar com alegação de motivo de justificação
comprovadamente falso.
2 — Quando imprevisíveis, as faltas serão obrigato-
riamente comunicadas logo que possível.
Cláusula 57.a
3 — O não cumprimento do disposto nos números
Efeitos das faltas no direito a férias
anteriores torna as faltas injustificadas.
1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito
4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus- a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados seguinte.
para a justificação.
Cláusula 55.a 2 — Nos casos em que as faltas determinem perda
de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
Consequências das faltas justificadas lhador expressamente assim o preferir, por perda de
dias de férias na proporção de 1 dia de férias por cada
1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de
dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo efec-
quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea-
tivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis se
damente de retribuição, salvo o disposto no número
se tratar de férias no ano de admissão.
seguinte.

2 — Determinam perda de retribuição as seguintes Cláusula 58.a


faltas ainda que justificadas:
Impedimentos prolongados
a) As previstas na alínea d) do n.o 1 da cláu-
sula 53.a, salvo tratando-se de faltas dadas por 1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
membros de comissões de trabalhadores, mem- impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
bros da direcção das associações sindicais e dele- damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente,
gados sindicais no exercício das suas funções, e o impedimento se prolongue por mais de um mês,
dentro do respectivo crédito de horas; cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na
b) As previstas na alínea f) do n.o 1 da cláusula 53.a, medida em que pressuponham a efectiva prestação de
para além de dois dias em cada situação; trabalho.
c) As dadas por motivo de doença, desde que o
trabalhador tenha direito ao subsídio da segu- 2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
rança social respectivo; antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
d) As dadas por motivo de acidente de trabalho, lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
desde que o trabalhador tenha direito a qual- direito no termo da suspensão.
quer subsídio ou seguro.
3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por
Cláusula 56. a detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão
judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto
Faltas injustificadas no número anterior, salvo se, entretanto, o contrato tiver
sido rescindido com fundamento em justa causa.
1 — Consideram-se injustificadas as faltas não con-
templadas na cláusula 53.a, bem como as que não forem
comunicadas nos termos da cláusula 54.a 4 — O contrato caducará a partir do momento em
que se torne certo que o impedimento é definitivo.
2 — Nos termos das disposições legais aplicáveis, as
faltas injustificadas determinam sempre perda da retri- 5 — O impedimento prolongado não prejudica a
buição correspondente ao período de ausência, o qual caducidade do contrato de trabalho no termo do prazo
será descontado, para todos os efeitos, na antiguidade pelo qual tenha sido celebrado.
do trabalhador.
6 — A suspensão não prejudica o direito de, durante
3 — Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio ela qualquer das partes rescindir o contrato, ocorrendo
período normal de trabalho diário, o período de ausência justa causa.
a considerar para efeitos do número anterior abrangerá
os dias ou meios dias de descanso ou feriados imedia- Cláusula 59.a
tamente anteriores ao dia ou dias de falta. Licenças sem retribuição

4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen-
de desconto de faltas injustificadas é calculado pela for- ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha-
mula da cláusula 62.a dores, devidamente fundamentadas.

437 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


CAPÍTULO VII 4 — Os subsídios previstos nesta cláusula vencem-se
no fim de cada mês e são devidos a cada trabalhador
Retribuição em relação e proporcionalmente ao serviço prestado
em regime de turnos no decurso do mês.
Cláusula 60.a
Remuneração base
Cláusula 65.a
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu- Base de indexação
nerações base mínimas constantes do anexo III.
1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno
Cláusula 61. a obtém-se a partir da média simples das remunerações
da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula:
Tempo, local e forma de pagamento
M= R
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até n
ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei. sendo:
M — média simples das remunerações;
Cláusula 62.a R — soma das remunerações de todos os grupos
salariais;
Determinação da retribuição horária
n — número de grupos salariais constantes do
1 — O valor da retribuição horária será calculado pela anexo III.
aplicação da fórmula seguinte:
(Remuneração base+diuturnidades+subsídio de turno+IHT)×12 2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos
Período normal de trabalho semanal×52
subsídios de turnos serão arredondados para a dezena
de escudos imediatamente superior.
2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór-
mula prevista no número anterior não inclui a retri- Cláusula 66.a
buição especial por isenção do horário de trabalho. Subsídio de Natal

Cláusula 63.a 1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente


acordo têm direito a receber pelo Natal, independen-
Diuturnidades temente da assiduidade, um subsídio de valor corres-
Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efec- pondente a um mês de remuneração, mais diuturnidades
tivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, aplica-se e subsídios de turno e de isenção de horário de trabalho.
o regime constante da cláusula 62.a do AE Portucel,
S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 2 — O subsídio referido no número anterior será pago
1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. com a retribuição de Novembro, sendo o seu montante
determinado pelos valores a que tenha direito nesse
mês.
Cláusula 64.a
Subsídio de turno 3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano
a que o subsídio de Natal diz respeito receberão a impor-
1 — Os trabalhadores em regime de turnos têm tância proporcional aos meses completos que medeiam
direito a receber, mensalmente, um subsídio calculado entre a data da sua admissão e 31 de Dezembro.
a partir da base de indexação definida na cláusula
seguinte, e correspondente ao somatório dos seguintes 4 — No ano da cessação do contrato de trabalho,
valores: qualquer que seja a causa, a Empresa pagará ao tra-
a) 9,52 % da referida base de indexação, quando balhador tantos duodécimos do subsídio de Natal quan-
em regime de dois turnos com folga fixa; tos os meses completos de trabalho no ano da cessação.
b) 10,96 % da base de indexação, quando em
regime de dois turnos com folga variável; 5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus-
c) 12,38 % da base de indexação, quando em pensão do contrato de trabalho por impedimento pro-
regime de três turnos sem laboração contínua; longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal
d) 18,29 % da base de indexação, quando em proporcional aos meses completos de trabalho prestado
regime de três turnos com laboração contínua. durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se
ao disposto neste número os casos de licença por parto
1.1 — No regime de três turnos de laboração contínua até três meses nos termos da cláusula 87.a, casos em
ou no regime de dois turnos equiparáveis a laboração que não produzirão qualquer redução ao valor do
contínua, abrangidos pelas condições constantes no n.o 2 subsídio.
da cláusula 32.a, aos valores de subsídio de turno refe-
ridos acrescem, respectivamente, 8 % e 6 % da remu- 6 — Sempre que durante o ano a que corresponde
neração base individual. o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração
superior à sua remuneração normal, nomeadamente em
2 — Os subsídios de turno indicados no número ante- virtude de substituição, tem direito a um subsídio de
rior incluem a remuneração por trabalho nocturno. Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida
de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu-
3 — Estes subsídios serão devidos quando os traba- nerações quantos os meses completos de serviço em
lhadores se encontrem em gozo de férias. que tenham auferido a superior, até 31 de Dezembro.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 438


7 — Considera-se mês completo de serviço para os 2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra-
efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentam verba
a 15 dias. inferior a 70 565$ mensais, em média anual.
Cláusula 67.a
3 — Nos meses incompletos de serviço o abono para
Subsídio de bombeiro falhas será proporcional ao período em que o traba-
1 — Os trabalhadores seleccionados para o corpo de lhador exerça aquelas funções.
bombeiros da Empresa do serviço de protecção contra
incêndios receberão mensalmente os subsídios seguin- Cláusula 71.a
tes, de harmonia com a classificação do respectivo posto:
Substituições temporárias
Aspirante — 3910$;
Bombeiro de 3.a classe — 4160$; 1 — Sempre que um trabalhador substitua tempora-
Bombeiro de 2.a classe — 4675$; riamente, por mais de um dia, outro no desempenho
Bombeiro de 1.a classe — 5200$; integral de funções que não caibam no objecto do seu
Subchefe — 5470$; contrato individual de trabalho e a que corresponda
Chefe — 5725$; uma categoria profissional e retribuição superiores às
Ajudante de comando — 6235$; suas, passará a receber, desde o 1.o dia de substituição
e enquanto esta durar, o correspondente à remuneração
2 — Perdem o direito ao subsídio os trabalhadores base da função desempenhada.
que faltem injustificadamente às instruções ou às emer-
gências para que sejam solicitados. 2 — A substituição far-se-á mediante ordem da hie-
rarquia do órgão em que se integra o trabalhador subs-
Cláusula 68.a tituído, confirmada por escrito ao respectivo serviço de
pessoal.
Remuneração do trabalho nocturno

A remuneração do trabalho nocturno será superior 3 — Não se considera substituição para efeitos desta
em 25 % à retribuição a que dá direito o trabalho cor- cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes-
respondente prestado durante o dia. mas funções de diferentes categorias profissionais, clas-
ses ou graus entre as quais exista promoção automática.
Cláusula 69.a 4 — A substituição temporária de um trabalhador de
Remuneração de trabalho suplementar categoria superior será considerada uma das condições
preferenciais para o preenchimento de qualquer posto
1 — O trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho a que corresponda essa categoria.
de trabalho será remunerado com os seguintes acrés-
cimos: 5 — Se a substituição se mantiver por um período
a) 75 % para as horas diurnas; superior a 90 dias seguidos ou 120 interpolados, o tra-
b) 100 % para as horas nocturnas. balhador substituto manterá o direito à remuneração
referida no n.o 1 quando, finda a substituição, regressar
2 — A remuneração do trabalho prestado em dia de ao desempenho da sua antiga função.
descanso semanal ou feriado será calculada de acordo
com a seguinte fórmula: 6 — Para os efeitos de contagem dos tempos de subs-
tituição previstos no número anterior, considera-se que:
R(tdf)=Rh×T(tdf)×2
a) Os 120 dias interpolados aí previstos devem
sendo: decorrer no período de um ano a contar do
1.o dia da substituição;
R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia b) Se na data da conclusão do prazo de 1 ano acima
de descanso semanal ou feriado; previsto não se tiverem completado aqueles 120
Rh — retribuição horária calculada nos termos da dias, o tempo de substituição já prestado ficará
cláusula 62.a; sem efeito, iniciando-se nessa data nova con-
T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de tagem de 1 ano se a substituição continuar;
descanso semanal ou feriado. c) Iniciar-se-á uma nova contagem de 1 ano, nos
termos da alínea a), sempre que se inicie qual-
3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro quer nova substituição;
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, d) O trabalhador está em substituição temporária
aplica-se o regime constante da cláusula 689 do AE durante o período, predeterminado ou não, de
Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e impedimento do trabalhador substituído,
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. devendo concluir-se na data precisa em que se
conclua essa situação de impedimento e incluir
Cláusula 70.a os dias de descanso semanal e feriados inter-
Abono para falhas
correntes;
e) Os aumentos de remuneração decorrentes da
1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer- revisão da tabela salarial absorverão, na parte
çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo correspondente, os subsídios de substituição
à sua guarda e responsabilidade valores em numerário, auferidos àquela data por substituições já con-
será atribuído um abono mensal para falhas de 7840$. cluídas.

439 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 72.a 2 — O prémio de chamada não será devido nos casos
Retribuição e subsídio de férias
em que o trabalhador seja avisado com um mínimo de
doze horas de antecedência.
1 — A retribuição correspondente ao período de
férias não pode ser inferior à que os trabalhadores rece-
beriam se estivessem em serviço efectivo. Cláusula 75.a
Subsídio de alimentação
2 — Além da retribuição prevista no número anterior,
os trabalhadores têm direito a um subsídio do mesmo 1 — Aos trabalhadores será fornecida uma refeição
montante, o qual será pago com a retribuição do mês em espécie por dia de trabalho prestado, nos locais de
anterior ao início das férias logo que o trabalhador goze actividade onde for possível a sua confecção, com uma
pelo menos cinco dias úteis ou quatro se estiver inte- contrapartida por parte do trabalhador de 15$, se o tra-
grado em turnos de laboração contínua e o confirme balhador tomar bebida alcoólica.
nos termos do n.o 11 da cláusula 44.a
2 — As refeições fornecidas em espécie pela Empresa
3 — Para os efeitos desta cláusula, o número de dias devem ter níveis equivalentes para todos os trabalha-
úteis previstos no n.o 1 da cláusula 43.a corresponde dores, seja qual for o local de trabalho, e ser servidas
a um mês de retribuição mensal. em condições de higiene e conforto.

3 — Quando não haja possibilidade de fornecimento


Cláusula 73.a de refeição em espécie, cada trabalhador terá direito
a um subsídio de 1425$ por cada dia de trabalho
Retribuição da prevenção prestado.
1 — O trabalhador em regime de prevenção terá
direito a: 4 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus-
tificadas, não tenham prestado trabalho no período de
a) 184$, acrescidos de 5,2 % da taxa horária por trabalho imediatamente anterior à refeição não terão
cada hora que esteja de prevenção, segundo a direito a esta ou ao subsídio respectivo.
escala, sendo-lhe garantido, quando chamado
a prestar trabalho suplementar ou trabalho em 5 — Considera-se que os trabalhadores têm direito
dias de descanso, um mínimo de duas horas se a uma refeição nos termos dos números anteriores
o serviço prestado tiver sido de duração inferior; quando prestem trabalho durante quatro horas entre
b) A determinação das horas de prevenção, para as 0 e as 8 horas.
o efeito de atribuição do subsídio referido na
alínea anterior, resulta do somatório das horas 6 — A Empresa encerrará aos sábados, domingos e
correspondentes ao período de duração da feriados os refeitórios e atribuirá, em alternativa, o sub-
escala de prevenção, deduzidas das horas do sídio previsto nesta cláusula, salvo se os trabalhadores
horário de trabalho, intervalo de refeição e interessados decidirem, por maioria, em contrário.
horas prestadas ou pagas de trabalho suplemen-
tar e trabalho em dias de descanso, que integrem
o período da escala. Cláusula 76.a
Subsídio de infantário
2 — Os trabalhadores do quadro permanente da
Empresa à data de 31 de Maio de 1994, a quem se 1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a
aplica o regime constante da cláusula 32.a do AE Por- frequência de infantário ou a utilização dos serviços de
tucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, ama, dentro dos seguintes valores:
1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992, podem optar Infantário — 9105$;
pelo regime constante da presente cláusula. Ama — 5930$.

Cláusula 74.a 2 — Não serão consideradas, para efeitos do número


anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali-
Prémio de chamada mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência
1 — O trabalhador que seja chamado a prestar serviço do infantário ou a utilização dos serviços de ama.
na fábrica ou em qualquer outro local durante o seu
período de descanso diário ou em dia de descanso sema- 3 — Têm direito ao subsídio de infantário as mães
nal ou feriado e não faça parte de equipa de prevenção, e ainda viúvos, divorciados ou separados judicialmente
ou fazendo, não esteja escalado, tem direito a receber: a quem tenha sido atribuído com carácter de exclusi-
vidade o poder paternal e que tenham a seu cargo filhos
a) Prémio de chamada, no valor de uma hora de até 6 anos de idade, inclusive, enquanto estes não fre-
trabalho normal, com o acréscimo previsto na quentarem o ensino primário.
cláusula 69.a, conforme o período em que a cha-
mada se verifique; 4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias,
b) Pagamento do trabalho efectivamente prestado, sendo nele descontado o valor proporcional ao número
com a garantia mínima da retribuição de duas de dias completos de ausência do beneficiário.
horas de trabalho normal, com o acréscimo pre-
visto na cláusula 69.a, conforme o período em 5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo
que a chamada se verifique. que a trabalhadora possa utilizar serviços adequados

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 440


ao dispor da Empresa ou logo que o filho perfaça 7 anos do conhecimento do conselho de administração ou de
de idade. quem for por este delegado para o exercício da acção
Cláusula 77.a disciplinar.
Subsídio de transporte Cláusula 81.a
1 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte gra- Poder disciplinar
tuito a todos os trabalhadores ao seu serviço, de e para 1 — A Empresa tem poder disciplinar sobre os tra-
o respectivo local de trabalho, no início e termo do balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo
respectivo período normal de trabalho diário, até ao com as normas estabelecidas no presente acordo e na
limite máximo de 20 km, por estrada, para cada lado, lei.
salvo regalias superiores já em vigor.
2 — A Empresa exerce o poder disciplinar por inter-
2 — Nos casos em que o número de trabalhadores médio do conselho de administração ou dos superiores
não justifique o fornecimento de transporte ou não seja hierárquicos do trabalhador, mediante delegação
possível à Empresa fornecê-lo, será concedido um sub- daquele.
sídio ao trabalhador igual ao custo da deslocação em
transporte público. Este subsídio não é atribuído para 3 — A acção disciplinar exerce-se obrigatoriamente
distâncias inferiores a 1 km. mediante processo disciplinar, salvo se a sanção for a
repreensão simples.
3 — Quando os trabalhadores residam em locais não
servidos por transportes públicos ser-lhes-á atribuído um Cláusula 82.a
subsídio de valor equivalente àquele que é atribuído Sanções disciplinares
para igual distância, nos termos previstos nos números
anteriores. 1 — As sanções aplicáveis aos trabalhadores pela prá-
Cláusula 78.a tica de infracção disciplinar são as seguintes:
Deslocações a) Repreensão simples;
b) Repreensão registada;
1 — O regime das deslocações em serviço é o cons- c) Multa;
tante de regulamento interno da Empresa, que faz parte d) Suspensão do trabalho com perda de retri-
integrante deste acordo. buição;
e) Despedimento com justa causa.
2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço
implique deslocações habituais e que, com prévia auto- 2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac-
rização da Empresa, utilizem viatura própria para o ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um
efeito têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retri-
em serviço, em que P representa o preço da gasolina buição correspondente a 10 dias.
super.
3 — A suspensão do trabalho não pode exceder, por
3 — Se a Empresa constituir, em benefício do tra- cada infracção, 12 dias e, em cada ano civil, o total
balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos, de 30 dias.
incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
previsto no número anterior será de 0,25. Cláusula 83.a
Processo disciplinar

CAPÍTULO VIII 1 — O exercício do poder disciplinar implica a ave-


riguação dos factos, circunstâncias ou situações em que
Cessação do contrato de trabalho a alegada violação foi praticada, mediante processo dis-
ciplinar a desenvolver nos termos da lei e dos números
Cláusula 79.a seguintes.
Cessação do contrato de trabalho
2 — A Empresa deverá comunicar a instauração do
O regime de cessação do contrato de trabalho é o processo ao trabalhador, à comissão de trabalhadores
previsto na lei. e, caso o trabalhador seja representante sindical, à res-
pectiva associação sindical.
CAPÍTULO IX
3 — Devem ser asseguradas ao trabalhador as seguin-
Disciplina
tes garantias de defesa:
Cláusula 80.a a) Na inquirição, o trabalhador a que respeita o
Infracção disciplinar
processo disciplinar, querendo, será assistido
por dois trabalhadores por ele escolhidos;
1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul- b) A acusação tem de ser fundamentada na vio-
posa pelo trabalhador dos deveres que lhe são impostos lação das disposições legais aplicáveis, de nor-
pelas disposições legais aplicáveis e por este acordo. mas deste acordo ou dos regulamentos internos
da Empresa e deve ser levada ao conhecimento
2 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos do trabalhador através de nota de culpa reme-
30 dias sobre a data em que a alegada infracção for tida por carta registada com aviso de recepção;

441 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


c) Na comunicação da nota de culpa deve o tra- Cláusula 84.a
balhador ser avisado de que a Empresa pretende Sanções abusivas
aplicar-lhe a sanção de despedimento com justa
causa, se tal for a intenção daquela, e esclarecido 1 — Consideram-se abusivas as sanções disciplinares
de que com a sua defesa deve indicar as tes- motivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou por
temunhas e outros meios de prova de que se iniciativa do sindicato que o represente:
queira servir;
d) O prazo de apresentação da defesa é de 10 dias a) Haver reclamado legitimamente contra as con-
a contar da recepção da nota de culpa; dições de trabalho;
e) Devem ser inquiridas as testemunhas indicadas b) Recusar-se a cumprir ordens a que não deva
pelo trabalhador, com os limites fixados na lei; obediência, nos termos da alínea e) da cláu-
f) Quando o processo estiver completo, será apre- sula 17.a deste acordo;
sentado à comissão de trabalhadores e, caso o c) Exercer ou se candidatar a funções em orga-
trabalhador seja representante sindical, à res- nismos sindicais, comissões sindicais, institui-
pectiva associação sindical, que podem, no prazo ções de previdência ou outras que representem
de 10 dias, fazer juntar ao processo o seu parecer os trabalhadores;
fundamentado; d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exer-
g) O conselho de administração ou quem por ele cer ou invocar os direitos e garantias que lhe
for delegado deverá ponderar todas as circuns- assistem.
tâncias, fundamentar a decisão e referenciar na
mesma as razões aduzidas pela entidade men- 2 — Até prova em contrário, presumem-se abusivos
cionada na alínea anterior que se tiver pro- o despedimento ou a aplicação de qualquer sanção que,
nunciado; sob a aparência de punição de outra falta, tenham lugar
h) A decisão do processo deve ser comunicada ao até seis meses após qualquer dos factos mencionados
trabalhador, por escrito, com indicação dos fun- nas alíneas a), b) e d) do número anterior, ou até um
damentos considerados provados. ano após o termo do exercício das funções referidas
na alínea c), ou após a data de apresentação da can-
didatura a essas funções, quando as não venha a exercer,
4 — A falta das formalidades referidas nas alíneas b), se já então, num ou noutro caso, o trabalhador servia
f), g) e h) do número anterior determina a nulidade a Empresa.
insuprível do processo e a consequente impossibilidade
de se aplicar a sanção. 3 — É também considerado abusivo o despedimento
da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante
5 — Se, no caso do número anterior, a sanção for a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela
aplicada e consistir no despedimento, o trabalhador terá e este sejam conhecidos da Empresa.
os direitos consignados na lei.
Cláusula 85.a
6 — Se, no caso do n.o 4, a sanção consistir no des-
pedimento, o trabalhador tem direito a indemnização Consequências gerais da aplicação de sanções abusivas
a determinar nos termos gerais de direito.
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva nos
casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior,
7 — O trabalhador arguido em processo disciplinar indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito,
pode ser suspenso preventivamente até decisão final, com as alterações constantes dos números seguintes.
nos termos da lei, mantendo, porém, o direito à retri-
buição e demais regalias durante o tempo em que durar 2 — Se a sanção consistir no despedimento, a inde-
a suspensão preventiva. mnização não será inferior ao dobro da fixada na lei
para despedimento nulo, sem prejuízo do direito do tra-
8 — Em caso de suspensão preventiva, a Empresa balhador optar pela reintegração na Empresa, nos ter-
obriga-se a comunicá-la ao órgão referido na alínea f) mos legais.
do n.o 3 no prazo máximo de cinco dias.
3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não
9 — As sanções serão comunicadas ao sindicato res- será inferior a 10 vezes a importância da retribuição
pectivo no prazo máximo de cinco dias. perdida.
Cláusula 86.a
10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas
lugar nos três meses subsequentes à decisão.
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva no
11 — O trabalhador, por si ou pelo seu representante, caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 84.a,
pode recorrer da decisão do processo disciplinar para o trabalhador terá os direitos consignados na cláusula
o tribunal competente. anterior, com as seguintes alterações:
a) Em caso de despedimento, a indemnização
12 — Só serão atendidos para fundamentar o des- nunca será inferior à retribuição correspondente
pedimento com justa causa os factos para o efeito expres- a um ano;
samente invocados na comunicação prevista na alínea h) b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior
do n.o 3. são elevados para o dobro.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 442


2 — Se se tratar de caso previsto no n.o 3 da cláu- 2 — O regime de dispensa previsto na alínea f) do
sula 84.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar número anterior não é acumulável, no mesmo período
pela reintegração na Empresa, nos termos legais, a de trabalho, com qualquer outro previsto neste acordo.
indemnização será o dobro da fixada na lei para des-
pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri- Cláusula 88.a
buições que a trabalhadora teria direito a receber se
continuasse ao serviço até final do período aí fixado, Trabalho de menores
consoante a que for mais elevada. 1 — Pelo menos uma vez por ano, a Empresa asse-
gurará a inspecção médica dos menores ao seu serviço,
de acordo com as disposições legais aplicáveis, a fim
CAPÍTULO X de se verificar se o trabalho é prestado sem prejuízo
Condições particulares de trabalho da saúde e normal desenvolvimento físico e intelectual.

Cláusula 87.a 2 — Os resultados da inspecção referida no número


anterior devem ser registados e assinados pelo médico
Direitos especiais do trabalho feminino nas respectivas fichas clínicas ou em caderneta própria.
1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos
especiais: 3 — Aos trabalhadores com idade inferior a 18 anos
é proibido:
a) Durante o período de gravidez, e até seis meses
após o parto ou aborto clinicamente compro- a) Prestar trabalho durante o período nocturno;
vado, não executar tarefas desaconselhadas por b) Executar serviços que exijam esforços prejudi-
indicação médica, devendo ser imediatamente ciais à sua saúde e desenvolvimento físico nor-
transferidas para trabalhos que as não preju- mal e ocupar postos de trabalho sujeitos a altas
diquem, sem prejuízo da retribuição do tra- ou baixas temperaturas, elevado grau de toxi-
balho; cidade, poluição ambiente ou sonora e radioac-
b) Cumprir um período de trabalho diário não tividade.
superior a sete horas, quando em estado de gra-
videz; no caso de prestação de trabalho normal Cláusula 89.a
nocturno, essa redução incidirá obrigatoria- Trabalhadores-estudantes
mente sobre o período nocturno;
c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por 1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes
motivo de consultas médicas pré-natais devida- é o previsto na lei, sem prejuízo do disposto no número
mente comprovadas, quando em estado de seguinte.
gravidez;
d) Gozar, por ocasião do parto, uma licença de 2 — Aos trabalhadores-estudantes será concedida dis-
parto em conformidade com a lei, que poderá pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia
ter início um mês antes da data prevista para de aulas, quando necessário, para a frequência e pre-
o parto; paração destas.
e) Em caso de hospitalização da criança a seguir
ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper 3 — O regime de dispensa previsto no número ante-
a licença de parto, desde a data do internamento rior não é acumulável com qualquer outro regime pre-
da criança até à data em que esta tenha alta, visto neste acordo.
retomando-a a partir daí até ao final do período;
este direito só pode ser exercido até 12 meses 4 — Para que os trabalhadores em regime de turnos
após o parto; possam beneficiar do disposto nesta cláusula e na
f) Interromper o trabalho diário por duas horas, seguinte, a Empresa, sem prejuízo para o funcionamento
repartidas pelo máximo de dois períodos, para dos serviços, diligenciará mudá-los para horário com-
prestar assistência aos filhos, até 12 meses após patível com a frequência do curso ou facilitará as trocas
o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos de turnos.
referidos nesta alínea podem ser utilizados no
início ou antes do termo de cada dia de trabalho; 5 — A Empresa facilitará, tanto quanto possível, a
g) Suspender o contrato de trabalho, com perda utilização dos seus transportes nos circuitos e horários
de retribuição, pelo período de seis meses, pror- existentes.
rogáveis por períodos sucessivos de três meses,
até ao limite máximo de dois anos, a iniciar 6 — É considerada falta grave a utilização abusiva
no termo da licença de parto prevista na das regalias atribuídas nesta cláusula.
alínea d);
h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian- Cláusula 90.a
ças com idade inferior a 3 anos, uma licença Outra regalias de trabalhadores-estudantes
de 60 dias a contar do início do processo de
adopção. Considera-se início do processo de 1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
adopção a data em que a criança é entregue cláusula depende do reconhecimento por parte da
à adoptante pelas entidades competentes; Empresa do interesse do curso frequentado para a car-
i) Utilizar infantários da Empresa, sendo-lhes, na reira profissional do trabalhador nesta, bem como da
falta destes, atribuído um subsídio nos termos verificação das condições de aproveitamento previstas
da cláusula 76.a no n.o 2.

443 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta c) Subsídio de casamento;
cláusula está, ainda, dependente da verificação cumu- d) Subsídio especial a deficientes;
lativa das seguintes condições: e) Complemento de reforma;
f) Subsídio de funeral.
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo
do curso frequentado ou no mesmo número de
2 — O regime global de regalias sociais previsto no
disciplinas, quando em anos sucessivos;
número anterior substitui quaisquer outros regimes par-
b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos,
ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a
dois terços do número de disciplinas do ano
sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à
em que encontrava anteriormente matriculado.
renúncia expressa, por parte dos trabalhadores, a esses
regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato
3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen-
individual de trabalho.
tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias
previstas nesta cláusula os trabalhadores que:
a) Não obtenham aproveitamento em qualquer CAPÍTULO XII
disciplina por falta de assiduidade; Segurança, higiene e saúde no trabalho
b) Permaneçam no mesmo ano lectivo mais de dois
anos. Cláusula 92.a
Obrigações da entidade patronal
4 — As regalias especiais de trabalhadores-estudantes
são as seguintes: 1 — A Empresa assegurará aos trabalhadores con-
a) Reembolso das despesas efectuadas com matrí- dições de segurança, higiene e saúde em todos os aspec-
culas e propinas, contra apresentação de docu- tos relacionados com o trabalho.
mento comprovativo das mesmas, após prova
de aproveitamento em, pelo menos, 50 % das 2 — Para efeitos do número anterior, a Empresa apli-
disciplinas que constituem o ano do curso que cará as medidas necessárias, tendo em conta as políticas,
se frequenta, e na proporção do aproveitamento os princípios e as técnicas previstos na legislação nacio-
tido; nal sobre esta matéria.
b) Reembolso, nas condições referidas na alínea
anterior, das despesas com material didáctico 3 — Para a aplicação das medidas necessárias no
recomendado, dentro dos limites seguidamente campo da segurança, higiene e saúde no trabalho
indicados: (SHST), a Empresa deverá assegurar o funcionamento
de um serviço de SHST dotado de pessoal certificado
Até ao 6.o ano de escolaridade — 9865$/ano; e de meios adequados e eficazes, tendo em conta os
Do 7.o ao 9.o ano de escolaridade — riscos profissionais existentes nos locais de trabalho.
13 050$/ano;
Do 10.o ao 12.o ano de escolaridade — 4 — Para promoção e avaliação das medidas aplicadas
17 115$/ano; no domínio da SHST, deve a Empresa assegurar a infor-
Ensino superior ou equiparado — 31 580$/ano. mação, consulta e participação dos trabalhadores e das
suas organizações representativas, assim como dos seus
5 — O pagamento das despesas referidas no número representantes na Empresa.
anterior será feito pelos valores praticados no ensino
público, mediante entrega de comprovativo. 5 — A Empresa actuará de forma a facilitar e garantir
a eleição, funcionamento e organização das actividades
6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta dos representantes dos trabalhadores para a a SHST
cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da (RT-SHST) e das comissões de higiene e segurança no
Empresa, de atribuição de funções ou categoria de trabalho (CHST) na Empresa e nas relações destes
acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten- representantes dos trabalhadores com o exterior de
der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço. acordo com a lei.
Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer
ao serviço da Empresa por um período mínimo de dois 6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação e
anos. formação adequada e suficiente em todos os domínios
da SHST tendo em conta as respectivas funções e o
CAPÍTULO XI posto de trabalho.
Regalias sociais
7 — A Empresa deverá ainda proporcionar condições
a para que os RT-SHST e os membros das CHST na
Cláusula 91.
Empresa possam receber informação e formação ade-
Regalias sociais quada, concedendo, para tanto, se necessário, licença
sem retribuição.
1 — A empresa garantirá a todos os seus trabalha-
dores, nas condições das normas constantes de regu-
8 — A Empresa não pode prejudicar, de qualquer
lamento próprio que faz parte integrante deste acordo,
forma, os trabalhadores pelas suas actividades na SHST
as seguintes regalias:
ou em virtude de estes se terem afastado do seu posto
a) Seguro social; de trabalho ou de uma área perigosa, em caso de perigo
b) Complemento de subsídio de doença e acidentes grave e imediato, ou por terem adoptado medidas para
de trabalho; a sua própria segurança ou de outrem.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 444


9 — Os encargos financeiros provenientes das acti- 3 — São constituídas pelos RT-SHST referidos no
vidades da SHST na Empresa deverão ser assegurados número anterior, com respeito pelo princípio da pro-
na íntegra por esta, nomeadamente as dos represen- porcionalidade e por igual número de representantes
tantes dos RT. da entidade patronal, a indicar por esta.
Cláusula 93.a
4 — A composição do número de elementos efectivos
Obrigações dos trabalhadores e suplentes, as formas de funcionamento e de finan-
1 — Os trabalhadores são obrigados a cumprir as ciamento, a distribuição de tarefas, o número de reu-
prescrições da SHST estabelecidas nas disposições legais niões, a localização da sua sede e todos os outros aspec-
ou convencionais aplicáveis e as instruções determinadas tos relacionados com a sua actividade deverão constar
com esse fim pelo empregador. de um regulamento interno a acordar entre todos os
elementos que compõem a CHST na sua primeira
2 — É obrigação dos trabalhadores zelar pela sua reunião.
segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde
das outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas 5 — O trabalho de membro da CHST não substitui
acções ou omissões no trabalho. as tarefas decorrentes da acção profissional dos serviços
de segurança nem dos RT-SHST previstos na lei.
3 — Os trabalhadores deverão cooperar na Empresa,
estabelecimento ou serviço para melhoria do sistema
de SHST. Cláusula 96.a
Equipamento de protecção
4 — É obrigação dos trabalhadores participarem nas
actividades, procurarem a informação e receberem a 1 — A atribuição de equipamento de protecção,
formação sobre todos os aspectos relacionados com a incluindo vestuário, terá em consideração os riscos exis-
SHST, assim como comunicar imediatamente ao supe- tentes nos locais de trabalho e será objecto de regu-
rior hierárquico ou, não sendo possível, aos RT-SHST, lamentação específica.
previstos na cláusula 94.a, as avarias e deficiências por
si detectadas que se lhes afigurem susceptíveis de ori- 2 — Incorre em infracção disciplinar grave o traba-
ginar perigo grave e iminente, assim como qualquer lhador que não utilize o equipamento de protecção posto
defeito verificado nos sistemas de protecção. à sua disposição ou não cumpra as regras de segurança
em vigor.
Cláusula 94.a 3 — Para além do disposto no número anterior, o
Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene não uso do equipamento de protecção em caso de aci-
e saúde no trabalho dente, tem como consequência a não reparação dos
1 — Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei, danos causados ao trabalhador, nos termos da lei.
a eleger e a serem eleitos RT-SHST.
Cláusula 97.a
2 — É direito das organizações sindicais participarem
e intervirem na Empresa na organização e eleição dos Medicina no trabalho
RT-SHST.
1 — A Empresa organizará e manterá serviços médi-
3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos cos no trabalho e velará pelo seu bom funcionamento,
os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo nos termos da regulamentação legal em vigor.
o princípio da representação pelo método de Hondt,
podendo concorrer à eleição das listas apresentadas 2 — Os serviços referidos no número anterior, que
pelas organizações sindicais ou subscritas por 20 % dos têm por fim a defesa da saúde dos trabalhadores e a
trabalhadores. vigilância das condições de higiene no trabalho, têm,
essencialmente, carácter preventivo e ficam a cargo dos
4 — As funções, actividades, direitos e obrigações dos médicos do trabalho.
RT-SHST são os decorrentes da legislação específica.
3 — São atribuições do médico do trabalho, nomea-
5 — O crédito individual mensal para o exercício de damente:
funções de RT-SHST é previsto na lei. a) Identificação dos postos de trabalho com risco
de doenças profissionais ou de acidentes de
Cláusula 95.a trabalho;
b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores
Comissões de higiene e segurança no trabalho
de acidentes de trabalho;
1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con- c) Organização de cursos de primeiros socorros
certação social ao nível da Empresa, para as questões e de prevenção de acidentes de trabalho e doen-
de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho, ças profissionais com o apoio dos serviços téc-
serão criadas em cada empresa CHST. nicos especializados oficiais ou particulares;
d) Exame médico de admissão e exames periódicos
2 — As CHST são comissões de composição numérica especiais dos trabalhadores, particularmente das
variável, paritárias, de representação dos trabalhadores mulheres, dos menores, dos expostos a riscos
e da Empresa, e com acção exclusiva no interior da específicos e dos indivíduos de qualquer forma
Empresa. inferiorizados .

445 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão ANEXO I
dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo Definição de funções
da retribuição, qualquer seja o tempo despendido para
o efeito. Ajudante geral. — É o trabalhador que, sob a orien-
tação de nível superior, executa tarefas auxiliares, no
CAPÍTULO XIII âmbito da sua área de actividade. Assegura serviços de
movimentação de produtos, limpeza de equipamentos
Disposições globais e finais e instalações.

Ajudante. — É o trabalhador que, sob orientação de


Cláusula 98.a trabalhador de nível superior, é responsável pela exe-
cução de tarefas predominantemente manuais de carác-
Comissão paritária ter auxiliar ou não, pouco complexas.
1 — Será constituída uma comissão paritária formada Ajudante de cargas e descargas de expedição. — É o
por oito elementos, dos quais quatro são representantes trabalhador que assegura a carga e descarga de veículos
da Empresa e quatro representantes das organizações de transporte. Pode, excepcionalmente, acompanhar o
sindicais outorgantes; de entre estes, é obrigatória a pre- motorista e respectivo ajudante na distribuição.
sença das organizações sindicais representantes dos inte-
resses em causa. Ajudante de fiel de armazém. — É o trabalhador que
coadjuva o fiel de armazém nas suas tarefas, substituin-
2 — A comissão paritária tem competência para inter- do-o nos seus impedimentos.
pretar as cláusulas do presente acordo de empresa.
Ajudante de processo (pasta/papel/energia). — É o tra-
balhador que executa, em colaboração directa com os
3 — As deliberações tomadas por unanimidade con- trabalhadores, tarefas e operações simples no âmbito
sideram-se como regulamentação do presente acordo da produção. Assegura serviços de movimentação de
de empresa e serão depositadas e publicadas nos mes- produtos de limpeza de equipamentos e instalações.
mos termos.
Analista de laboratório. — É o trabalhador que,
4 — As deliberações deverão constar de acta lavrada segundo a orientação ou instruções recebidas, executa
logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes. análises e ensaios laboratoriais, físicos ou químicos, com
vista a determinar ou controlar a composição e pro-
priedade de matérias-primas, produtos acabados, sub-
5 — A comissão paritária reunirá sempre que seja produtos ou outros materiais, bem como das respectivas
convocada por uma das partes, com a antecedência condições de utilização, podendo igualmente incumbir-
mínima de 10 dias, constando da convocação a ordem -lhe a execução de tarefas complementares e inerentes
dos trabalhos. a essas actividades, tais como a eventual recolha de
amostras, a preparação e aferição de soluções ou rea-
6 — A comissão paritária definirá as regras do seu gentes, a conservação do bom estado e calibragem do
funcionamento, garantindo-lhe a Empresa os meios de equipamento de laboratório. Apoia tecnicamente os pos-
apoio administrativo necessários para o mesmo, sem pre- tos de controlo fabris.
juízo para os serviços.
Analista principal. — É o trabalhador que executa
análises quantitativas e outros trabalhos que exijam
7 — As despesas emergentes do funcionamento da conhecimentos técnicos especializados no domínio da
comissão paritária serão suportadas pela Empresa. química laboratorial ou industrial. Pode dirigir e orientar
tecnicamente grupos de trabalho no âmbito de ensaios
Cláusula 99.a químicos ou físicos inerentes ao controlo do processo.

Convenção globalmente mais favorável Analista qualificado. — É o analista principal capaz


de desempenhar indistintamente todas as funções das
1 — As partes outorgantes reconhecem o carácter glo- diferentes especialidades próprias da sua área de acti-
balmente mais favorável do presente acordo relativa- vidade, com o perfeito conhecimento dos processos e
mente a todos os instrumentos de regulamentação colec- métodos aplicados, bem como do processo industrial
tiva anteriormente aplicáveis à Empresa, que ficam inte- que apoia. Pode desempenhar actividades, incluindo
gralmente revogados. São igualmente revogados todos chefia de profissionais menos qualificados, no âmbito
os regulamentos internos da Empresa elaborados ao da sua especialidade e no do estudo do processo.
abrigo daqueles instrumentos de regulamentação colec-
tiva. Arquivista técnico dos graus I e II. — É o trabalhador
que arquiva os elementos respeitantes à sala de desenho,
nomeadamente desenhos, catálogos, normas e toda a
2 — Da aplicação do presente acordo não poderá documentação inerentes ao sector técnico, cabendo-lhe
resultar baixa de categoria, grau, nível ou classe, apli- também organizar e preparar os respectivos processos.
cando-se o regime nele previsto a todos os trabalhadores
ao serviço da Empresa, mesmo que eles estejam a auferir Arvorado. — É o trabalhador que chefia uma equipa
regalias mais favoráveis, isto sem prejuízo do reconhe- de oficiais da mesma categoria e de trabalhadores indi-
cimento dos regimes especiais constantes das cláusu- ferenciados. Desempenha também tarefas de execu-
las 34.a, 41.a, 63.a, 69.a e 73.a tante.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 446


Assistente administrativo. — É o trabalhador que exe- Chefe de secção (administrativo/industrial). — É o tra-
cuta as tarefas de natureza administrativa. Opera equi- balhador que coordena, dirige e controla o trabalho de
pamento de escritório, nomeadamente de tratamento um grupo de profissionais nos aspectos funcionais e
automático de informação (terminais de computadores hierárquicos.
e microcomputadores), teleimpressoras, telecopiadoras
e outros. Pode exercer funções de secretariado e traduzir Chefe de sector (administrativo/industrial). — É o tra-
e retroverter documentos. Quando dos graus IV e V, balhador que planifica, coordena e desenvolve activi-
pode realizar estudos e análises sob a orientação da dades do sector que chefia, assegurando o cumprimento
chefia, prestando apoio técnico a profissionais de cate- dos programas e objectivos fixados superiormente.
goria superior; pode ser-lhe atribuída a chefia de pro- Orienta nos aspectos funcionais e hierárquicos os pro-
fissionais menos qualificados. fissionais do sector.

Chefe de serviço I. — É o trabalhador que estuda, orga-


Assistente social. — É o trabalhador que ajuda a resol- niza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários ser-
ver os problemas de adaptação dos indivíduos ou grupos; viços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
estuda com os indivíduos as soluções possíveis dos seus exerce, dentro do serviço que chefia, e nos limites da
problemas, participa com os SPAS na resolução de pro- sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
blemas inerentes na sua área. calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
das actividades dos serviços, segundo as orientações e
Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe- fins definidos. Pode executar tarefas específicas relativas
cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun- aos serviços que chefia.
cionamento do escritório, nomeadamente reprodução
e transmissão de documentos, estabelecimento de liga- Chefe de serviço II. — (Definição de funções idêntica
ções telefónicas e envio, preparação, distribuição e à de chefe de serviço I).
entrega de correspondência e objectos inerentes ao ser-
viço interno e externo. Recebe, anuncia e presta infor- Chefe de turno fabril. — É o trabalhador que, sob
mações a visitantes, podendo, quando necessário, exe- orientação do superior hierárquico, dirige a equipa de
cutar trabalhos de dactilografia e outros afins. Presta um sector produtivo, que trabalha em regime de turnos,
serviços correlativos ao funcionamento dos escritórios. procedendo por forma a que o programa que lhe foi
superiormente determinado seja qualitativa e quanti-
tativamente cumprido. É responsável pela coordenação
Bombeiro. — É o trabalhador especializado em deter- e utilização do pessoal sob a sua chefia nos seus aspectos
minar e eliminar ou reduzir os riscos de incêndios nas funcionais, administrativos e disciplinares. Nos períodos
instalações da Empresa. Executa tarefas gerais de com- fora do horário normal substitui o encarregado res-
bate a incêndios e outros sinistros. Inspecciona, a inter- pectivo.
valos regulares, o material de combate aos fogos e as
instalações da Empresa e mantém operacional o mate- Condutor de máquinas, aparelhos de elevação e trans-
rial. porte. — É o trabalhador que conduz guinchos, pórticos
rolantes, empilhadores, gruas de elevação e quaisquer
Carpinteiro. — É o trabalhador que trabalha predo- outras máquinas de força motriz para transporte e arru-
minantemente em madeiras, incluindo os respectivos mação de materiais ou produtos dentro dos estabele-
acabamentos no banco da oficina ou da obra. Constrói cimentos industriais.
e monta cofragens.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
porte principal. — É o trabalhador, oriundo da categoria
Chefe de departamento. — É o trabalhador que estuda, de condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
organiza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários transporte de 1.a, que conduz quaisquer máquinas de
serviços da Empresa, as actividades que lhe são próprias; força motriz para transporte e arrumação de materiais
exerce, dentro do serviço que chefia, e na esfera da ou produtos dentro das instalações industriais. É res-
sua competência, funções de direcção, orientação e fis- ponsável pelo acondicionamento dos materiais, bem
calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento como pela conservação e manutenção dos veículos que
das actividades dos serviços, segundo as orientações e conduz. Se habilitado com a carta de condução pro-
fins definidos. Pode executar tarefas específicas respei- fissional, pode exercer funções de motorista.
tantes aos serviços que chefia. Pode colaborar na defi-
nição das políticas inerentes à sua área de actividade Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
e na preparação das respectivas decisões estratégicas. porte qualificado. — É o trabalhador, oriundo da cate-
goria de condutor de máquinas e aparelhos de elevação
Chefe de equipa. — É o trabalhador que, sob orien- e transporte principal, que conduz quaisquer tipos de
tação directa do superior hierárquico, dirige e orienta máquinas de força motriz para transporte e arrumação
tecnicamente um grupo de trabalhadores, que pode ser de materiais ou produtos dentro das instalações indus-
triais. Controla e coordena equipas polivalentes, que
do grau equivalente ao seu, sem ser chefe de equipa
pode chefiar quando necessário. Quando devidamente
da mesma área profissional, desempenhando também habilitado e treinado desempenha funções de motorista.
tarefas de executante.
Condutor de ponte rolante. — É o trabalhador respon-
Chefe de guardas. — É o trabalhador que coordena sável pela condução da ponte rolante e das diversas
e dirige o serviço de guardas por forma a assegurar operações necessárias ao seu funcionamento com vista
a defesa e conservação das instalações e outros valores ao empilhamento, cargas e descargas de produtos no
que lhe sejam confiados. interior das instalações fabris.

447 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Controlador de fabrico. — É o trabalhador responsável nharia, sejam necessários à sua estruturação e inter-
pelo controlo de fabrico de um sector de produção, atra- ligação. Observa e indica, se necessário, normas e
vés de ensaios químicos ou físicos, cujos resultados, que regulamentos a seguir na execução, assim como os ele-
interpreta, vai fornecendo, por forma a efectuar cor- mentos para orçamento. Colabora, se necessário, na ela-
recções adequadas à obtenção do produto final com boração de cadernos de encargos. Pode coordenar gru-
as características pretendidas; procede eventualmente pos de trabalho para tarefas bem determinadas, que
à recolha de amostras, de análise mais complexa, des- não chefia.
tinadas ao laboratório central; recolhe e regista toda
a espécie de elementos para fins estatísticos e de Director de departamento/serviços. — É o trabalhador
controlo. responsável perante o conselho de administração, ou
seus representantes, pela gestão das estruturas funcio-
Controlador industrial. — É o trabalhador que pro- nais ou operacionais. Participa na definição das políticas,
cede à recolha, registo, selecção, verificação de carac- bem como na tomada de decisões estratégicas inerentes
terísticas ou encaminhamento de elementos respeitantes à sua área de actividade.
à mão-de-obra e mercadorias, emitindo e controlando
toda a documentação necessária. Elabora elementos Distribuidor de trabalho. — É o trabalhador que faz
para fins estatísticos e de controlo e comunica os desvios coordenadamente lançamento dos trabalhos na execu-
encontrados, podendo operar com máquinas de escri- ção, atendendo a graus de urgência, disponibilidade e
tório. Pode executar tarefas de âmbito administrativo. qualificação de mão-de-obra, após se ter assegurado que
os postos de trabalho foram em tempo oportuno abas-
Decapador por jacto. — É o trabalhador que, manual- tecidos de materiais, ferramentas e documentos infor-
mente ou com o auxílio de jacto de areia, granalha ou mativos. Controla a progressão dos trabalhos e a devo-
outros materiais, decapa ou limpa peças ou materiais. lução de materiais excedentes, ferramentas e documentos
Pode colaborar na pintura e preparação de superfícies. informativos.
Desenhador de execução do graus II-A, II-B e I. — É Electricista auto. — É o trabalhador que instala,
o trabalhador que exerce, eventualmente com o apoio repara, conserva e ensaia circuitos e aparelhagem eléc-
de profissionais de desenho mais qualificados, funções trica (circuitos e aparelhagem de sinalização, ilumina-
gerais da profissão de desenhador numa das áreas ção, acústica, aquecimento, ignição, combustível, gera-
seguintes: dor, distribuídos, acumulador, bobinas) dos veículos
a) Desenho técnico — executa desenhos rigorosos automóveis. Utiliza normalmente esquemas e outras
com base em croquis, por decalque ou por ins- especificações técnicas.
truções orais ou escritas, estabelecendo crite-
riosamente a distribuição das projecções orto- Electricista principal. — É o trabalhador que se encon-
gonais, considerando escalas e simbologias tra, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão,
aplicadas, bem como outros elementos adequa- habilitado a que lhe seja conferida grande autonomia
dos à informação a produzir; executa alterações, a atribuição de competência na execução das tarefas
reduções ou ampliações de desenho, a partir mais complexas no âmbito da sua área profissional, cuja
de indicações recebidas ou por recolha de ele- realização pode implicar formação específica. Pode
mentos; executa desenhos de pormenor ou de coordenar o trabalho de outros profissionais de grau
implantação com base em indicações e elemen- inferior em equipas constituídas para tarefas bem deter-
tos detalhados recebidos; efectua esboços e minadas, que não chefia.
levantamento de elementos existentes; executa
outros trabalhos, como efectuar legendas; Encarregado. — É o trabalhador que, na sua área pro-
b) Desenho gráfico — executa desenhos de artes fissional, é responsável pela aplicação do programa de
gráficas, arte final ou publicitária, a partir de produção, conservação, montagem e construção, asse-
esboços ou maquetas que lhe são distribuídas; gurando a sua execução. Coordena e dirige o modo
executa gráficos, quadros, mapas e outras repre- de funcionamento da respectiva área, por forma a obter
sentações simples a partir de indicações e ele- dela o melhor rendimento. É responsável pela coor-
mentos recebidos; executa outros trabalhos, denação e utilização do pessoal sob a sua chefia nos
como colorir ou efectuar legendas. seus aspectos funcionais, administrativos e disciplinares.

Desenhador de execução (grau principal). — Para além Encarregado fabril I e II. — É o trabalhador que, na
das funções respeitantes aos grupos anteriores, é soli- sua área profissional, é responsável pela aplicação do
citado a executar trabalhos mais complexos, no âmbito programa de produção, conservação, montagem e cons-
da sua área profissional, com maior autonomia, con- trução, assegurando a sua execução. Coordena e dirige
siderando o seu grau de experiência, conhecimentos e o modo de funcionamento da respectiva área, por forma
aptidão. Desenvolve as suas funções em uma ou mais a obter dela o melhor rendimento. É responsável pela
especialidades. Pode coordenar o trabalho, para tarefas coordenação e utilização do pessoal sob a sua chefia
bem determinadas, de outros profissionais de grau infe- nos aspectos funcionais, administrativos e disciplinares.
rior, constituídos em equipa, que não chefia. O nível II engloba as funções de armazém de expedição
de pasta e transportes e movimentação.
Desenhador projectista. — É o trabalhador que, a par-
tir de um programa dado, verbal ou escrito, concebe Encarregado geral fabril. — É o trabalhador que, na
anteprojectos de um conjunto ou partes de um conjunto, sua área profissional, colabora na elaboração dos pro-
procedendo ao seu estudo, esboço ou desenho, efec- gramas de produção e manutenção, assegurando a sua
tuando os cálculos que, não sendo específicos de enge- execução. Faz cumprir, no local onde se executam as

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tarefas, a orientação geral que lhe foi superiormente riais. Identifica e codifica os produtos e procede à rejei-
comunicada, por forma a assegurar, quer o melhor ren- ção dos que não obedeçam aos requisitos contratuais.
dimento produtivo das instalações quer a conservação, Examina a concordância entre as mercadorias recebidas
reparação e montagem nas áreas da sua responsabi- ou expedidas e a respectiva documentação. Encarrega-se
lidade específica. Para o exercício da sua actividade terá da arrumação e conservação de mercadorias e materiais.
de resolver problemas de pessoal, problemas de apro- Distribui mercadorias ou materiais pelos sectores (clien-
visionamento e estabelecer ligações ou colaborar com tes) da Empresa. Informa sobre eventuais anomalias
outros serviços. de existências, bem como sobre danos e perdas; colabora
com o superior hierárquico na organização do material
Encarregado de protecção contra sinistros/incên- no armazém, podendo desempenhar outras tarefas com-
dios. — É o trabalhador que coordena as actividades plementares no âmbito das funções do serviço em que
de prevenção e combate a sinistros, incluindo a instrução está inserido.
de pessoal e as ligações com corporações de bombeiros
regionais; assegura a conservação de todo o material Fiel de armazém principal. — É o trabalhador que,
não só usado no quartel como o que se encontra mon- pelo seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão,
tado nas diversas áreas fabris; fornece os elementos esta- possui um nível de qualificação que permite que lhe
tísticos necessários, sendo responsável nos aspectos fun- seja conferida ampla autonomia e atribuição de com-
petência específica na execução das tarefas mais com-
cionais, administrativos e disciplinares do pessoal que
plexas do âmbito da secção em que trabalha, cuja rea-
chefia. lização pode implicar formação específica, no âmbito
da profissão de fiel, podendo ainda coordenar trabalho
Encarregado de turno fabril. — É o trabalhador que de outros profissionais de qualificação inferior em equi-
dirige, controla e coordena directamente o funciona- pas constituídas para tarefas bem determinadas, que não
mento das diferentes instalações de produção, tendo chefia.
em vista o equilíbrio de todos os processos nos seus
aspectos qualitativos, quantitativos e de segurança, Fiel de armazém qualificado. — É o trabalhador,
garantindo o cumprimento do programa superiormente oriundo da categoria profissional de fiel de armazém
definido. É responsável pela coordenação e utilização principal, que executa as tarefas mais especializadas de
do pessoal sob a sua chefia, nos aspectos funcionais, armazém. O seu trabalho requer maiores conhecimentos
administrativos e disciplinares. e experiência. Sob a orientação de um superior hie-
rárquico, coordena e controla as tarefas de um grupo
Enfermeiro. — É o trabalhador que, possuindo habi- de trabalhadores da mesma área de actividade, que
litações legais específicas, exerce directa ou indirecta- chefia.
mente funções que visam o equilíbrio da saúde dos tra-
balhadores, através da consulta de enfermagem; realiza Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras convencio-
educação sanitária, ensinando os cuidados a ter não só nais). — É o trabalhador que alimenta e conduz gera-
para manter o seu nível de saúde e até aumentá-lo, dores de vapor (caldeiras convencionais), competindo-lhe,
com especial ênfase para as medidas de protecção e além do estabelecido pelo Regulamento da Profissão
segurança no trabalho, na prevenção das doenças, em de Fogueiro, fazer reparações de conservação e manu-
geral, e das profissionais, em particular. Observa os tra- tenção nos geradores de vapor (caldeiras convencionais)
balhadores sãos e doentes, avalia sinais vitais e biomé- e providenciar pelo bom funcionamento dos acessórios,
tricos, colaborando com outros técnicos nos diferentes bem como pelas bombas de alimentação de água e com-
tipos de exames; presta cuidados de enfermagem globais bustível, na central. Comunica superiormente anomalias
e socorros de urgência. Supervisiona o equipamento e verificadas. Procede a registos para a execução de grá-
a higiene das instalações do sector da saúde. Assegura ficos de rendimento.
as tarefas no âmbito da medicina preventiva, curativa
e de assistência a sinistrados. Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras de recupera-
ção). — É o trabalhador que alimenta e conduz gera-
Enfermeiro-coordenador. — É o trabalhador que coor- dores de vapor (caldeiras de recuperação), competin-
dena a actividade de outros profissionais, devendo reunir do-lhe, para além do estabelecido no Regulamento da
as condições de enfermeiro, desempenhando, também, Profissão de Fogueiro, o estabelecido em normas espe-
tarefas próprias desta função. cíficas para a condução de caldeiras de recuperação pró-
prias da indústria de celulose. Procede à limpeza dos
tubulares da caldeira, dos tubulares dos economizadores
Enfermeiro especialista. — É o trabalhador que, além e dos rotores dos exaustores de tiragem. Vigia o fun-
de reunir as condições de enfermeiro, possui o respectivo cionamento dos electrofiltros. Providencia pelo bom
curso de especialização, reconhecido pela Secretaria de funcionamento de todos os acessórios, bem como pela
Estado da Saúde. condução de alimentação de água e combustível (lixívias
ou fuelóleo). Verifica, pelos indicadores, se as caldeiras
Ferramenteiro ou entregador de ferramentas, materiais não ultrapassam as temperaturas e as pressões prees-
ou produtos. — É o trabalhador que entrega em arma- tabelecidas. Comunica superiormente anomalias veri-
zém, ou noutros locais das instalações, as ferramentas, ficadas. Procede a registos para execução de gráficos
materiais ou produtos que lhe são requisitados, efec- de rendimento.
tuando o registo e controlo dos mesmos, por cuja guarda
é responsável. Procede à conservação e a operações sim- Fresador mecânico. — É o trabalhador que opera uma
ples de reparação. fresadora e executa todos os trabalhos de fresagem de
peças, trabalhando por desenho ou peça modelo. Pre-
Fiel de armazém. — É o trabalhador que procede às para a máquina e, se necessário, as ferramentas que
operações de entrada ou saída de mercadorias ou mate- utiliza.

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Guarda. — É o trabalhador que assegura a defesa, tores onde trabalha, bem como as instalações e equi-
vigilância e conservação das instalações à sua respon- pamentos das áreas a que presta assistência. Pode
sabilidade e de outros valores que lhe sejam confiados. desempenhar funções de chefe de equipa, nomeada-
Controla as entradas e saídas de mercadorias, veículos mente nas paragens técnicas das instalações.
e materiais. Procede a pesagens e contagens, registando
os respectivos elementos. Transmite superiormente Mecânico de automóveis. — É o trabalhador que
qualquer facto relevante verificado. Pode, mediante detecta as avarias mecânicas, repara, afina, monta e des-
indicação da Empresa, ocupar-se das ligações telefó- monta os órgãos dos automóveis e outras viaturas e
nicas, podendo fazer o chamamento dos meios de executa outros trabalhos relacionados com esta mecâ-
transporte. nica.

Lubrificador. — É o trabalhador que lubrifica as Montador de andaimes. — É o trabalhador que pro-


máquinas, veículos e ferramentas, muda óleos nos perío- cede à montagem e desmontagem de andaimes metálicos
dos recomendados, executa os trabalhos necessários ou de outras estruturas metálicas com idêntica função.
para manter em boas condições os pontos de lubrifi- Zela pela sua conservação.
cação. Procede à recolha de amostras de lubrificantes
e presta informações sobre eventuais anomalias que Motorista (pesados ou ligeiros). — É o trabalhador
detecta. que, possuindo carta de condução, tem a seu cargo a
condução de veículos automóveis (ligeiros ou pesados),
Lubrificador principal. — É o lubrificador de 1.a que competindo-lhe ainda zelar pela boa conservação e lim-
se encontra, pelo seu grau de experiência, conhecimen- peza do veículo e pela carga que transporta. Verifica
tos e aptidão, habilitado a que lhe seja conferida grande diariamente os níveis de óleo e de água.
autonomia e atribuição de competência na execução das
tarefas mais complexas no âmbito da sua área profis- Motorista principal. — É o trabalhador, oriundo da
sional, cuja realização pode implicar formação especí- categoria profissional de motorista, que, para além de
fica. Pode coordenar o trabalho de outros profissionais orientar e auxiliar as operações de carga e descarga
de grau inferior em equipas constituídas para tarefas de mercadorias, assegura o bom estado de funciona-
bem determinadas, que não chefia. mento do veículo, procedendo à sua limpeza e zelando
pela sua manutenção, lubrificação e reparação. Pode
Lubrificador qualificado. — É o trabalhador, oriundo eventualmente conduzir máquinas de força motriz no
da categoria profissional de lubrificador principal, que interior das instalações fabris.
executa as tarefas mais especializadas da sua actividade.
O seu trabalho requer maiores conhecimentos e expe- Motorista qualificado. — É o trabalhador, oriundo da
riência. Sob a orientação de um superior hierárquico, categoria profissional de motorista principal, que, para
coordena e controla as tarefas de um grupo de traba- além de desempenhar as funções inerentes àquela cate-
lhadores da mesma área de actividade, que chefia. goria, controla e coordena equipas polivalentes, que
pode chefiar, quando necessário. Coordena a actividade
Maquinista de locomotiva. — É o trabalhador que tem de conservação e manutenção de viaturas. Quando devi-
a seu cargo a condução e manobra, em condições de damente habilitado e treinado, conduz máquinas de
segurança, das locomotivas que fazem parte do equi- força motriz no interior das instalações industriais.
pamento dos transportes fabris, efectuando pesagens de
vagões, quando necessário. Vela pelo bom estado de Oficial de conservação civil principal. — É o trabalha-
limpeza e conservação do equipamento. dor que se encontra, pelo seu grau de experiência,
conhecimentos e aptidão, habilitado a que lhe seja con-
Mecânico de aparelhos de precisão. — É o trabalhador ferida grande autonomia e atribuição de competência
que executa, repara, transforma e afina aparelhos de na execução das tarefas mais complexas no âmbito da
precisão ou peças mecânicas de determinados sistemas sua área profissional, cuja realização pode implicar for-
eléctricos, hidráulicos, mecânicos, pneumáticos, ópticos mação específica. Pode coordenar o trabalho de outros
ou outros, podendo eventualmente regular básculas e profissionais de grau inferior em equipas constituídas
balanças. Colabora com os técnicos de instrumentação. para tarefas bem determinadas, que não chefia.

Mecânico de aparelhos de precisão principal. — É o Oficial de conservação qualificado. — É o trabalhador


trabalhador que se encontra, pelo seu grau de expe- oficial metalúrgico ou electricista principal capaz de
riência, conhecimentos e aptidão, habilitado a que lhe desempenhar indistintamente todas as funções das dife-
seja conferida grande autonomia a atribuição de com- rentes especialidades próprias da sua área de actividade,
petência na execução das tarefas mais complexas no com perfeito conhecimento dos sectores onde trabalha,
âmbito da sua área profissional, cuja realização pode bem como as instalações e equipamentos das áreas a
implicar formação específica. Pode coordenar o trabalho que presta assistência. Pode desempenhar funções de
de outros profissionais de grau inferior em equipas cons- chefe de equipa, nomeadamente nas paragens técnicas
tituídas para tarefas bem determinadas, que não chefia. das instalações.

Mecânico de aparelhos de precisão qualificado. — Oficial electricista. — É o trabalhador que executa,


É o trabalhador oficial metalúrgico ou electricista prin- modifica, conserva e repara instalações eléctricas de alta
cipal capaz de desempenhar indistintamente todas as e ou baixa tensão, desde que devidamente encartado;
funções das diferentes especialidades próprias da sua orienta o assentamento de estruturas para suporte de
área de actividade, com perfeito conhecimento dos sec- aparelhagem eléctrica; participa nos ensaios de circuitos,

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máquinas e aparelhagem, inspeccionando periodica- Operador industrial. — É o trabalhador que, utili-
mente o seu funcionamento, com vista a detectar defi- zando o equipamento instalado, realiza transformações
ciências de instalação e funcionamento. Guia-se nor- (processos e operações) fisíco-químicas, ou simples-
malmente por esquemas e outras especificações técnicas. mente físicas, que optimiza no sentido de obter a melhor
eficiência. As acções que desenvolve consistem, funda-
Oficial metalúrgico principal. — É o trabalhador que mentalmente, na condução de equipamentos, em função
se encontra, pelo seu grau de experiência, conhecimen- dos valores analíticos (resultados de análises feitas ou
tos e aptidão, habilitado a que lhe seja conferida grande não pelo operador) e de leitura de instrumentos de
autonomia e atribuição de competência na execução das medida diversos. Compete, ainda, ao operador de pro-
tarefas mais complexas no âmbito da sua área profis- cesso velar pelo comportamento e estado de conservação
sional, cuja realização pode implicar formação especí- do equipamento, verificar os níveis dos instrumentos
fica. Pode coordenar o trabalho de outros profissionais e lubrificantes; colaborar em trabalhos de manutenção,
de grau inferior em equipas constituídas para tarefas manter limpa a sua área de trabalho, fazer relatórios
bem determinadas, que não chefia. de ocorrência do seu turno, participando anomalias de
funcionamento que não possa ou não deva corrigir. Esta
Operador de computador estagiário. — É o trabalhador definição aplica-se, nomeadamente, aos operadores da
que desempenha as funções de operador de computador caldeira de recuperação, caldeira de biomassa e tur-
sob a orientação e supervisão de um operador. boalternador, evaporadores, tratamento de água e
efluentes, fornos e caustificação, digestor contínuo, lava-
Operador de computador. — É o trabalhador que gem e crivagem, depuração e preparação de pasta, seca-
opera e controla o sistema de computador, prepara o dor, cortadora, tiragens e linhas de acabamentos, parque
sistema para execução dos programas e é responsável e preparação de madeiras, produtos químicos, recepção
pelo cumprimento dos tempos previstos para cada pro- e preparação de químicos, bem como a outras do âmbito
cessamento, de acordo com as normas em vigor. de actividade.
Operador de computador principal. — É o operador
de computador que, pelo seu grau de experiência, conhe- Operador de processo extra. — É o trabalhador ope-
cimentos e aptidão, possui um nível de qualificação que rador de processo qualificado que desempenha indis-
permite que lhe seja conferida ampla autonomia na exe- tintamente todas as funções de produção de pasta, papel
cução das tarefas mais complexas do âmbito da operação e energia. Pode coordenar o serviço de profissionais
de computador, podendo ainda coordenar trabalho de em equipas, que chefia, nos aspectos funcionais, admi-
outros profissionais de qualificação inferior. nistrativos e disciplinares. Colabora com os encarrega-
dos ou chefes de turnos no desempenho das suas fun-
Operador de computador qualificado. — É o trabalha- ções, podendo substituí-los sempre que necessário.
dor, oriundo da categoria profissional de operador de
computador principal, que executa as tarefas mais espe- Operador de processo de 1.a (pasta, papel e ener-
cializadas de operações de computadores. O seu tra- gia). — É o trabalhador qualificado com formação téc-
balho requer maior experiência e conhecimentos. Sob nica específica e experiência profissional que lhe permite
a orientação do superior hierárquico, coordena e con- executar tarefas de operação, compreendendo a respon-
trola as tarefas de um grupo de operadores de com- sabilidade de condução e orientação de máquinas ou
putador, que chefia. conjunto de maquinismos. Procede à leitura, registo e
interpretação de resultados provenientes de valores ana-
Operador manual. — (Eliminar.) líticos (análises realizadas ou não por ele) e instrumentos
de medida, efectuando as correcções e ajustes neces-
Operador heliográfico dos graus I e II. — É o traba- sários, de modo a assegurar as melhores condições de
lhador que trabalha predominantemente com a máquina produção e segurança. Participa anomalias de funcio-
heliográfica, corta e dobra as cópias heliográficas, namento que não possa ou não deva corrigir; vela pelo
podendo arquivar. estado de conservação do equipamento; pode, eventual-
mente, colaborar em trabalhos de manutenção.
Operador de parque de aparas e silos. — É o traba-
lhador que, sob a orientação do operador de preparação
Operador de processo de 2.a (pasta, papel e energia). —
de madeira, executa as tarefas que lhe são atribuídas
É o trabalhador que executa o mesmo tipo de tarefas
necessárias à distribuição e armazenamento de cavacos.
do operador de processo de 1.a, mas que exijam um
Vigia no local o funcionamento da instalação, evitando
encravamentos, assegura registos de armazenamento de grau menor de responsabilidade e especialização. Pode
cavacos, efectua trabalhos de limpeza e colabora com igualmente executar tarefas relacionadas com o controlo
as equipas de conservação. de qualidade de produção. Vigia o estado de conser-
vação do equipamento, assegurando a limpeza das ins-
Operador de preparação de madeiras. — É o trabalha- talações. Substitui, na sua área de actividade, o operador
dor que conduz e vigia o funcionamento, através de responsável pelo equipamento.
painel de comando centralizado, de um conjunto de
máquinas constituído por mesas de alimentação, des- Operador de processo de 3.a (pasta, papel e energia). —
troçadores de madeira e crivos de aparas, destinados É o trabalhador que opera com máquinas ou colabora
a transformar toros em cavacos ou aparas, seleccionan- na condução de maquinismos, realizando tarefas pouco
do-os para o fabrico de pasta para papel; regista as complexas. Assegura a limpeza do equipamento e das
condições de funcionamento da instalação; comunica instalações. Pode igualmente colaborar em trabalhos de
anomalias que não possa ou não deva corrigir e assegura manutenção. Substitui, na sua área de actividade, ope-
a limpeza do equipamento. radores de nível imediatamente superior.

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Operador de processo principal (pasta, papel e ener- Planificador qualificado. — É o trabalhador que,
gia). — É o trabalhador altamente qualificado cuja for- oriundo da categoria profissional de planificador prin-
mação prática ou teórica, aptidão e experiência pro- cipal, executa as tarefas mais qualificadas no âmbito
fissional lhe permite executar tarefas próprias do da sua área de actividade. O seu trabalho requer maiores
operador de processo de 1.a na condução de equipa- conhecimentos e experiência. Sob a orientação de um
mentos de maior complexidade tecnológica. Coordena, superior hierárquico, pode chefiar, coordenando e con-
sem funções de chefia, a actividade de trabalhadores trolando tarefas de um grupo de trabalhadores da
de escalão inferior. mesma área de actividade. Colabora com o preparador
de trabalho na preparação de trabalhos de maior
Operador de processo qualificado (pasta, papel e ener- qualificação.
gia). — É o trabalhador operador de processo principal
capaz de desempenhar indistintamente todas as funções Praticante de laboratório, metalúrgico, mecânico e apa-
próprias da produção de pasta crua e branca, ou pro- relhos de precisão. — É o trabalhador que, sob orien-
dução de papel, podendo colaborar com os encarregados tação, coadjuva nos trabalhos e executa trabalhos sim-
ou chefes de turnos no desempenho das suas funções. ples e operações auxiliares.
Pode coordenar o serviço de profissionais em equipas,
que chefia. Pré-oficial electricista e construção civil do 1.o ou
o
2. ano. — É o trabalhador que coadjuva os oficiais e,
Operador de processo estagiário (pasta, papel, ener- cooperando com eles, executa trabalhos de menor
gia). — É o trabalhador que executa, em colaboração responsabilidade.
directa com os operadores, tarefas e operações simples
no âmbito da produção, tendo em vista a sua preparação Preparador de laboratório. — É o trabalhador que pro-
para a função de operador de processo. cede à recolha, escolha e preparação de amostras a ana-
lisar; colabora na execução de experiências, ensaios quí-
Operador qualificado fogueiro. — É o trabalhador ope- micos ou físicos, sob a orientação de um técnico analista
rador principal habilitado com a carteira profissional de laboratório, desempenhando também tarefas simples
de fogueiro de 1.a e especializado em condução das e acessórias, nomeadamente as de conservação e limpeza
caldeiras de recuperação e que assegura também as fun- do equipamento.
ções inerentes à condução da central termoeléctrica.
Preparador de trabalho. — É o trabalhador que desen-
Pedreiro. — É o trabalhador que executa, exclusiva volve um conjunto de acções tendentes à correcta defi-
ou predominantemente, alvenarias de tijolo, pedras ou nição da utilização de métodos e processos, meios huma-
blocos, podendo também fazer assentamentos de mani- nos e materiais, por forma a minimizar o tempo de
lhas, tubos ou cantarias, rebocos e outros trabalhos simi- imobilização dos equipamentos e melhorar a qualidade
lares ou complementares. dos trabalhos; estuda os equipamentos, por forma a defi-
nir as operações a efectuar, bem como a periodicidade,
Pintor de instalações industriais, veículos, máquinas ou com vista a garantir o bom funcionamento dos mesmos;
móveis. — É o trabalhador que executa todos os tra- estabelece fichas de diagnóstico para pesquisa de avarias
balhos de pintura nas instalações industriais, máquinas e reparações estandardizadas; estabelece métodos e pro-
ou móveis da Empresa. Prepara as superfícies a pintar cessos de trabalho e estima necessidades de mão-de-obra
e, quando necessário, afina as tintas a usar. Procede para o realizar (em quantidade e qualificação); afecta
também à colocação de vidros. aos trabalhos a realizar materiais específicos, sobres-
salentes e ferramentas especiais; faz o acompanhamento
Planificador. — É o trabalhador que colabora com o da evolução do estado dos equipamentos e do desen-
seu superior hierárquico directo na definição dos pro- volvimento dos trabalhos preparados, introduzindo,
gramas de conservação. Procede à utilização dos vários sempre que necessário, as alterações convenientes;
quadros de planeamento e faz o acompanhamento da decide sobre o que deverá ser preparado e qual o res-
execução dos mesmos. Prepara elementos estatísticos pectivo grau de detalhe; colabora no cálculo de custos
e documentais necessários à actualização das políticas de conservação; elabora as listas de sobressalentes por
de planeamento. equipamento e colabora na sua recepção.

Planificador auxiliar. — É o trabalhador que colabora Preparador de trabalho auxiliar. — É o trabalhador que
na actualização dos vários quadros de planeamento. vela pela permanente existência em armazém dos
Colabora com o planificador na verificação da dispo- sobressalentes e dos materiais necessários, de acordo
nibilidade dos meios necessários aos trabalhos, emite com as especificações definidas, através de um controlo
toda a documentação necessária à sua realização e cola- sistemático de consumos e dos conhecimentos dos parâ-
bora na recolha de elementos que permitam a obtenção metros de gestão. Assegura a existência em armazém
de dados estatísticos para a actualização das políticas de todos os sobressalentes e materiais indicados nas lis-
de planeamento. tas para cada equipamento e colabora com o fiel de
armazém na identificação, especificação e codificação
Planificador principal. — É o trabalhador que, pelo dos sobressalentes e materiais. Em colaboração com os
seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, possui preparadores de trabalho, procede ao cálculo dos parâ-
um nível de qualificação que permite que lhe seja con- metros da gestão, tendo em conta a importância do equi-
ferida ampla autonomia na execução de tarefas mais pamento, prazo de entrega e origem dos fornecedores.
complexas no âmbito da planificação. Colabora com o Mantém-se ao corrente dos processos de aquisição de
preparador de trabalho na preparação de trabalhos materiais e sobressalentes e assegura-se de que as requi-
menos qualificados. sições efectuadas apresentam as características reque-

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ridas. Informa os preparadores e planificadores da che- de controlo, identificando e codificando as mercadorias,
gada de materiais e sobressalentes que não havia em e procedendo à rejeição das que não obedeçam aos
stock. Procede à análise periódica do ficheiro de sobres- requisitos contratuais. Utiliza, quando necessário, meios
salentes e informa superiormente sobre consumos anor- informáticos para desempenho das suas actividades.
mais de materiais ou sobressalentes. Colabora com o
preparador nas preparações dos trabalhos menos qua- Rectificador mecânico. — É o trabalhador que opera
lificados. uma máquina de rectificar e executa todos os trabalhos
de rectificação de peças, trabalhando por desenho, peça
Preparador de trabalho principal. — É o trabalhador modelo ou instruções que lhe forem fornecidas; prepara
que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti- a máquina e, se necessário, a ferramenta que utiliza.
dão, possui um nível de qualificação que lhe permite
que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no Secretário(a) de direcção ou administração. — É o tra-
âmbito da preparação do trabalho. Pode coordenar o balhador que se ocupa do secretariado específico da
trabalho de outros profissionais de qualificação inferior administração ou direcção da Empresa. Entre outras
em equipas, que não chefia, constituídas para trabalhos funções administrativas, competem-lhe, normalmente,
de preparação bem determinados. as seguintes funções: redigir actas de reuniões de tra-
balho; assegurar, por sua própria iniciativa, o trabalho
Preparador de trabalho qualificado. — É o trabalha- de rotina diária do gabinete; providenciar pela realização
dor, oriundo da categoria profissional de preparador das assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos
de trabalho pincipal, que assegura a execução, coor- e escrituras; redigir documentação diversa em português
denação e chefia de trabalhos de preparação que envol- e línguas estrangeiras.
vam, simultaneamente, as actividades de mecânica, elec-
tricidade, instrumentos e civil. Serralheiro mecânico. — É o trabalhador que executa
peças, monta, repara e conserva vários tipos de máqui-
Programador de aplicações. — É o trabalhador que nas, motores e outros conjuntos mecânicos, com excep-
desenvolve logicamente, codifica, prepara os dados para ção dos instrumentos de precisão e das instalações eléc-
testes, testa e corrige os programas, com base nas espe- tricas. Pode eventualmente desempenhar tarefas simples
cificações transmitidas de acordo com as normas em de traçagem, corte, soldadura e aquecimento a maçarico,
vigor. Documenta adequadamente o trabalho produ- quando sejam necessárias ao desempenho das tarefas
zido. Quando principal, pode coordenar o trabalho de em curso.
outros profissionais de qualificação inferior em equipas,
que não chefia, constituídas para trabalho de análise Serralheiro em plásticos. — É o trabalhador que exe-
orgânica e programação bem determinados.
cuta, repara, modifica ou monta equipamento diverso,
constituído fundamentalmente de material plástico. Exe-
Programador de aplicações estagiário. — É o trabalha-
cuta tarefas complementares, como travagem de peças,
dor que desempenha as funções de programador de apli-
cortes, colagens, moldagens, revestimentos, aquecimen-
cações sob a supervisão de um programador.
tos a maçarico e soldadura em materiais plásticos.
Programador de aplicações principal. — É o trabalha-
dor que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos Soldador. — É o trabalhador que, utilizando equipa-
e aptidão, possui um nível de qualificação que permite mento apropriado, faz a ligação de peças metálicas pelo
que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no processo aluminotérmico, de electroarco, oxi-acetilénico
âmbito da programação e análise orgânica de aplicações e ou árgon ou aplicando solda a baixo ponto de fusão.
informáticas. Pode coordenar o trabalho de outros pro- Incluem-se nesta categoria os trabalhadores que, em
fissionais de qualificação inferior em equipas, que não máquinas automáticas e semiautomáticas, procedem à
chefia, constituídas para trabalhos de análise orgânica soldadura ou enchimento e revestimento metálicos ou
e programação bem determinados. metalizados de superfícies de peças.

Programador de aplicações qualificado. — É o traba- Técnico administrativo/industrial. — É o trabalhador


lhador, oriundo da categoria de programador de apli- que, possuindo elevados conhecimentos teóricos e prá-
cações principal, capaz de desempenhar indistintamente ticos adquiridos no desempenho das suas funções, se
as tarefas mais complexas no âmbito da programação ocupa da organização, coordenação e orientação de tare-
e análise orgânica de aplicações informáticas. Pode coor- fas de maior especialização no âmbito do seu domínio
denar o serviço de profissionais em equipas, que chefia. de actividade, tendo em conta a consecução dos objec-
tivos fixados pela hierarquia. Colabora na definição dos
Recepcionista de armazém. — É o trabalhador que faz programas de trabalho para a sua área de actividade,
a recepção quantitativa das matérias-primas, materiais garantindo a sua correcta implementação. Presta assis-
e demais aquisições que sejam técnica e administrati- tência a profissionais de escalão superior no desempe-
vamente recepcionáveis, identifica e codifica os produtos nho das funções destes, podendo exercer funções de
e procede à rejeição dos que não obedeçam aos requi- chefia hierárquica ou condução funcional de unidades
sitos contratuais. Pode desempenhar eventualmente a estruturais permanentes ou grupos de trabalho.
função de fiel de armazém.
Técnico analista de laboratório. — É o trabalhador que
Recepcionista de materiais. — É o trabalhador que faz executa análises e ensaios laboratoriais, físicos e quí-
a recepção quantitativa e qualitativa de mercadorias que micos, com vista a determinar e controlar a composição
sejam técnica e administrativamente recepcionáveis, dos produtos ou matérias-primas, respectivas proprie-
avaliando-as de acordo com as especificações em vigor. dades e utilizações possíveis. Compila e prepara ele-
Realiza os respectivos registos e demais documentação mentos necessários à utilização das análises e ensaios,

453 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


fazendo o processamento dos resultados obtidos, exe- Técnico ferramenteiro. — É o trabalhador que acom-
cutando cálculos técnicos. Recolhe amostras apoiando panha a evolução das ferramentas em uso na Empresa,
tecnicamente os postos de controlo fabris. Quando dos propondo a sua substituição com o objectivo de melhorar
graus IV e V, colabora na elaboração de estudos de pro- a produtividade da mão-de-obra. Dirige e coordena a
cesso, acompanhando experiências a nível fabril. Realiza actividade do pessoal adstrito à ferramentaria.
experiências laboratoriais complementares das experiências
fabris ou integradas em estudos processuais de índole Técnico industrial de processo. — É o trabalhador que,
laboratorial. Pode coordenar o serviço de outros sob a orientação do superior hierárquico, coordena e
profissionais, que poderá chefiar, quando dos planifica as actividades de um sector produtivo, asse-
graus IV e V. gurando o cumprimento qualitativo e quantitativo dos
programas de produção e objectivos fixados superior-
Técnico auxiliar altamente qualificado. — (Definição mente. Coordena, controla e dirige os profissionais do
de funções idêntica à de técnico administrativo/industrial.) sector nos aspectos funcionais, administrativos e dis-
ciplinares.
Técnico de conservação civil. — É o oficial de con-
servação civil que desempenha indistintamente várias Técnico de instrumentação e controlo industrial. — É
das seguintes funções, consoante o seu nível de res- o trabalhador que desenvolve acções de montagem, cali-
ponsabilidade: pedreiro; decapador/pintor; carpinteiro bragem, ensaio, conservação, detecção e reparação de
(toscos e ou limpos); montador de andaimes. Pode coor- avarias em instrumentos electrónicos, eléctricos, pneu-
denar o serviço de outros profissionais em equipas, que máticos, hidráulicos e servomecânicos de medida, pro-
poderá chefiar, quando dos graus IV e V. tecção e controlo industrial na fábrica, oficinas ou locais
de utilização. Guia-se normalmente por esquemas e
Técnico de conservação eléctrica. — É o oficial de con- outras especificações técnicas e utiliza aparelhos ade-
servação eléctrica que desempenha indistintamente quados ao seu trabalho.
várias das seguintes funções, consoante o seu nível de
responsabilidade: oficial electricista (baixa e alta tensão, Técnico de manutenção. — É o trabalhador que
bobinador e auto); técnico de electrónica; técnico de desenvolve acções de manutenção nas áreas eléctrica,
instrumentação (electrónica e pneumática); técnico de electrónica, instrumentação, mecânica, óleo-hidráulica
telecomunicações. Pode coordenar o serviço de outros e telecomunicações. Executa peças e faz montagens, des-
profissionais em equipas, que poderá chefiar, quando montagens, calibragens, ensaios, ajustes, afinações,
especializado ou principal. detecção e reparação de avarias e conservação de equi-
pamentos eléctricos, electrónicos, hidráulicos, mecâni-
Técnico de conservação mecânica. — É o oficial da cos, pneumáticos e plásticos. Guia-se por esquemas,
conservação mecânica que desempenha indistintamente desenhos e outras especificações técnicas e utiliza
várias das seguintes funções, consoante o seu nível de máquinas, ferramentas e outros aparelhos adequados
responsabilidade, assegurando, sempre que necessário, ao seu trabalho. Sempre que necessário, colabora com
funções de lubrificação e montagem de andaimes: ser- os trabalhos da produção e assegura funções de lubri-
ralheiro (mecânico, civil ou plásticos); soldador; recti- ficação, montagem de acessos, isolamentos e limpeza
ficador, torneiro, fresador; mecânico auto; técnico de após execução dos trabalhos. De acordo com a sua for-
óleo-hidráulica. Pode coordenar o serviço de outros pro- mação/especialização desempenha, indistintamente,
fissionais em equipas, que poderá chefiar, quando espe- várias funções consoante o seu nível de responsabilidade.
cializado ou principal. Assim:
Manutenção eléctrica/instrumentação:
Técnico de controlo e potência. — É o técnico de con-
servação, oriundo da categoria profissional de técnico Electricidade (alta tensão e baixa tensão);
de manutenção, grau V, que, para além de continuar Electrónica;
a desempenhar as funções inerentes à sua anterior cate- Instrumentação (electrónica e pneumática);
goria, detecta e procede à reparação de avarias de natu- Telecomunicações;
reza multidisciplinar (eléctrica, instrumentos, electró-
nica, óleo-hidráulica e telecomunicações). Manutenção mecânica:
Serralharia (mecânica, civil e plásticos);
Técnico de electrónica. — É o trabalhador que desen- Soldadura;
volve acções de montagem, calibragem, ensaio, conser- Máquinas e ferramentas;
vação, detecção e reparação de avarias em aparelhagem Mecânica de viaturas;
electrónica industrial e de controlo analítico, na fábrica Óleo-hidráulica.
ou locais de utilização. Guia-se normalmente por esque-
mas e outras especificações técnicas e utiliza aparelhos Quando necessário, coordena ou chefia equipas
adequados ao seu trabalho. pluridisciplinares.

Técnico especialista (electrónica/óleo-hidráulica/teleco- Técnico principal (electrónica/óleo-hidráulica/teleco-


municações/instrumentação). — É o trabalhador que, municações/instrumentação). — É o trabalhador que
pelo seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, concebe, estuda, instala, utiliza, substitui e conserva sis-
possui um nível de qualificação que permite que lhe temas, equipamentos e aparelhagens no âmbito da sua
sejam conferidas tarefas mais complexas no âmbito da especialização. Pode chefiar outros profissionais de qua-
sua especialidade. Pode coordenar o trabalho de outros lificação inferior.
profissionais de qualificação inferior em equipas, que
não chefia, constituídas para trabalhos bem determi- Técnico de óleo-hidráulica. — É o trabalhador que
nados. desenvolve acções de montagem, calibragem, ensaio,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 454


conservação, detecção e reparação de avarias em equi- de actividade ou possuidor de formação complementar
pamentos óleo-hidráulicos, na fábrica, oficinas ou locais e experiência profissional avançadas ao conhecimento
de utilização. Guia-se normalmente por esquemas e genérico de áreas diversificadas, para além da corres-
outras especificações técnicas e utiliza aparelhos ade- pondente à sua formação base. O nível de funções que
quados ao seu trabalho. normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
tos seguintes:
Técnico superior dos graus I e II. — É o trabalhador
que exerce funções menos qualificadas da sua especia- a) Dispõe de autonomia no âmbito da sua área
lidade. O nível de funções que normalmente desem- de actividade, cabendo-lhe desencadear inicia-
penha é enquadrável entre os seguintes pontos: tivas e tomar decisões condicionadas pela polí-
tica estabelecida para essa área, em cuja defi-
a) De uma forma geral, presta assistência a pro- nição deve participar. Recebe trabalho com
fissionais mais qualificados na sua especialidade simples indicação do seu objectivo. Avalia auto-
ou domínio de actividade dentro da Empresa, nomamente as possíveis implicações das suas
actuando segundo instruções detalhadas, orais decisões ou actuação nos serviços por que é res-
ou escritas. Através da procura espontânea, ponsável no plano das políticas gerais, posição
autónoma e crítica de informações e instruções externa, resultados e relações de trabalho da
complementares, utiliza os elementos de con- Empresa. Fundamenta propostas de actuação
sulta conhecidos e experiências disponíveis na para decisão superior, quando tais implicações
Empresa ou a ela acessíveis; sejam susceptíveis de ultrapassar o seu nível de
b) Quando do grau II, poderá coordenar e orientar responsabilidade;
trabalhadores de qualificação inferior à sua, ou b) Pode desempenhar funções de chefia hierár-
realizar estudos e proceder à análise dos res- quica de unidades de estrutura da Empresa
pectivos resultados; desde que na mesma não se integrem profis-
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos sionais de qualificação superior à sua;
terão uma amplitude e um grau de complexi- c) Os problemas e tarefas que lhe são cometidos
dade compatível com a sua experiência e ser- envolvem o estudo e desenvolvimento de solu-
-lhe-ão claramente delimitados do ponto de ções técnicas novas, com base na combinação
vista de eventuais implicações com as políticas de elementos e técnicas correntes, e ou a coor-
gerais, sectoriais e resultados da Empresa, sua denação de factores ou actividades de tipo e
imagem exterior ou posição no mercado e rela- natureza complexas, com origem em domínios
ções de trabalho no seu interior. que ultrapassem o seu sector específico de acti-
vidade, incluindo entidades exteriores à própria
Técnico superior do grau III. — É o trabalhador cuja Empresa.
formação de base se alargou e consolidou através do
exercício de actividade profissional relevante durante
Técnico superior do grau V. — É o trabalhador deten-
um período limite de tempo. O nível das funções que
tor de sólida formação num campo de actividade espe-
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
cializado, complexo e importante para o funcionamento
tos seguintes:
ou economia da Empresa e também aquele cuja for-
a) Toma decisões autónomas e actua por iniciativa mação e currículo profissional lhe permite assumir
própria no interior do seu domínio de activi- importantes responsabilidades com implicações em
dade, não sendo o seu trabalho supervisado em áreas diversificadas da actividade empresarial. O nível
pormenor, embora receba orientação técnica das funções que normalmente desempenha é enqua-
em problemas invulgares e complexos; drável entre os seguintes pontos:
b) Pode exercer funções de chefia hierárquica ou
condução funcional de unidades estruturais per- a) Dispõe de ampla autonomia de julgamento e
manentes ou grupos de trabalhadores ou actuar iniciativa no quadro das políticas e objectivos
como assistente de profissionais mais qualifi- da(s) respectiva(s) área(s) de actividade da
cados na chefia de estruturas de maior dimen- Empresa em cuja definição participa e por cuja
são, desde que na mesma não se incluam pro- execução é responsável;
fissionais de qualificação superior à sua; b) Como gestor, chefia, coordena e controla um
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos conjunto complexo de unidades estruturais cuja
implicam capacidade técnica evolutiva e ou actividade tem incidência sensível no funciona-
envolvem a coordenação de factores ou acti- mento, posição externa e resultados da
vidades diversificadas no âmbito do seu próprio Empresa, podendo participar na definição das
domínio de actividade; suas políticas gerais, incluindo a política salarial;
d) As decisões tomadas e soluções propostas fun- c) Como técnico ou especialista dedica-se ao estudo,
damentadas em critérios técnico-económicos investigação e solução de problemas complexos
adequados serão necessariamente remetidas ou especializados envolvendo conceitos e ou tec-
para os níveis competentes de decisão quando nologias recentes ou pouco comuns. Apresenta
tenham implicações potencialmente importan- soluções tecnicamente avançadas e valiosas do
tes a nível das políticas gerais e sectoriais da ponto de vista económico-estratégico da
Empresa, seus resultados, imagem exterior ou Empresa.
posição no mercado e relações de trabalho no
seu exterior. Técnico superior do grau VI. — É o trabalhador que,
pela sua formação, currículo profissional e capacidade
Técnico superior do grau IV. — É o trabalhador deten- pessoal, atingiu, dentro de uma especialização ou num
tor de especialização considerável num campo particular vasto domínio de actividade dentro da Empresa, as mais

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elevadas responsabilidades e grau de autonomia. O nível Verificador de equipamentos. — É o trabalhador que,
das funções que normalmente desempenha é enqua- em colaboração com a manutenção preventiva e
drável entre os pontos seguintes: mediante programas preestabelecidos, recolhe, regista
e interpreta dados respeitantes às condições de funcio-
a) Dispõe do máximo grau de autonomia de jul-
namento do equipamento.
gamento e iniciativa, apenas condicionados pela
observância das políticas gerais da Empresa, em
cuja definição vivamente participa, e pela acção Verificador de equipamentos principal. — É o traba-
dos corpos gerentes ou dos seus representantes lhador que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos
exclusivos; e aptidão, possui um nível de qualificação que permite
b) Como gestor, chefia, coordena e controla a acti- que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
vidade de múltiplas unidades estruturais da âmbito da verificação de equipamentos. Colabora direc-
Empresa numa das suas grandes áreas de gestão, tamente com o seu superior na elaboração de programas
ou em várias delas, tomando decisões funda- respeitantes ao funcionamento dos equipamentos. Pode
mentais de carácter estratégico com implicações coordenar o trabalho de outros trabalhadores da sua
directas e importantes no funcionamento, posi- área profissional e de qualificação inferior sem chefiar.
ção exterior e resultados da Empresa; ANEXO II
c) Como técnico ou especialista dedica-se ao estudo,
Condições específicas
investigação e solução de questões complexas
altamente especializadas ou com elevado con- Princípios gerais sobre carreiras profissionais
de progressão não automática e avaliação de desempenho
teúdo de inovação, apresentando soluções ori-
ginais, de elevado alcance técnico, económico 1 — As carreiras profissionais criadas ou a criar pela
ou estratégico. Empresa para os grupos profissionais não abrangidos
pelas carreiras automáticas previstas neste anexo deve-
Técnico de telecomunicações. — É o trabalhador que rão, em princípio, obedecer às seguintes regras básicas,
desenvolve acções de montagem, ensaio, calibragem, sem prejuízo de situações que justifiquem tratamento
conservação, detecção e reparação de avarias em apa- diferente, nomeadamente as já regulamentadas pelo
relhos de telecomunicações e de telessinalização na presente AE.
fábrica, oficinas ou locais de utilização. Guia-se nor- 1.1 — São condições necessárias à progressão na car-
malmente por esquemas e outras especificações técnicas reira profissional:
e utiliza aparelhos adequados ao seu trabalho.
a) A permanência mínima de três e máxima de
Telefonista-recepcionista. — É o trabalhador que, cinco anos na categoria inferior;
além de ter a seu cargo o serviço de telefonemas do b) A obtenção de mérito profissional em processo
e para o exterior, recebe, anuncia e informa os visitantes. de avaliação de desempenho;
Quando necessário, executa, complementarmente, tra- c) Capacidade para desempenhar as tarefas ou
balho de dactilografia e outros afins. assumir as responsabilidades correspondentes
às novas funções/nível de carreira.
Tirocinante de desenho. — É o trabalhador que, ao
nível da formação exigida, faz tirocínio para ingresso 1.2 — O acesso nas carreiras poderá prever condições
na categoria imediatamente superior. A partir de orien- de formação básica e formação profissional, mediante
tações dadas e sem grande exigência de conhecimentos frequência, com aproveitamento, das acções de forma-
específicos, executa trabalhos simples de desenho coad- ção adequadas.
juvando os profissionais de desenho mais qualificados.
2 — Os profissionais em aprendizagem ascenderão
Torneiro mecânico. — É o trabalhador que opera com automaticamente ao primeiro nível da respectiva car-
um torno mecânico, paralelo, vertical, revólver ou de reira, não podendo a permanência em cada nível de
outro tipo; executa todos os trabalhos de torneamento aprendizagem ter duração superior a um ano.
de peças, trabalhando por desenho ou peças modelo.
Prepara a máquina e, se necessário, as ferramentas que 3 — A avaliação de desempenho instituída na
utiliza. Ocasionalmente faz torneamentos com rectifi- Empresa é um sistema de notação profissional que con-
cadoras ou nas instalações fabris. siste na recolha contínua de informação sobre a actua-
lização profissional do avaliado durante o período a que
Trabalhador de limpeza. — É o trabalhador que limpa a avaliação se reporta.
e arruma as salas, corredores e outras dependências da 3.1 — A avaliação terá periodicidade anual e abran-
Empresa, podendo executar outras tarefas relacionadas gerá todos os trabalhadores da Empresa, sendo rea-
com limpezas e arrumações, nomeadamente lavagem lizada, em princípio, no 1.o trimestre de cada ano.
de roupa e louça. 3.2 — A avaliação será realizada pela hierarquia que
enquadra o trabalhador, sendo o processo sustentado
Trabalhador não especializado. — É o trabalhador que em manual de avaliação, previamente divulgado, do qual
exerce funções diversas simples e indiferenciadas e nor- constarão os critérios e factores de avaliação.
malmente não especificadas. Integram-se neste grupo, 3.3 — Os resultados da avaliação serão sempre comu-
nomeadamente, os trabalhadores que se ocupam da lim- nicados ao trabalhador pela hierarquia competente.
peza dos locais de trabalho e exercem funções de movi- 3.4 — Os processos de avaliação deverão prever obri-
mentação, arrumação, cargas e descargas de materiais gatoriamente mecanismos de reclamação, nomeada-
que não impliquem a condução de veículos semoventes. mente instâncias e prazos de recurso, sendo garantido
Trabalha nas instalações fabris, obras, areeiros ou em a cada trabalhador o acesso aos elementos que serviram
outro local que se justifique a sua presença. de base à avaliação.

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Condições únicas de promoção Técnico de instrumentação de controlo industrial
na carreira profissional de 2.a (dois anos);
1 — Os trabalhadores com mais de três anos nas cate- Técnico especialista de instrumentação;
gorias profissionais abaixo indicadas, excepto aquelas Verificador de equipamentos.
indicadas com menor tempo de permanência, poderão
ascender à categoria imediatamente superior após apro- A) Ajudante e ajudante de processo
vação em avaliação de mérito profissional. 1 — Os ajudantes e os ajudantes de processo com
mais de três anos de exercício de função e mérito no
2 — A pedido dos profissionais que preencham as seu desempenho poderão ascender ao grupo de enqua-
condições mínimas acima estabelecidas, poderão ser rea- dramento imediatamente superior.
lizadas provas profissionais complementares da avalia-
ção referida. 2 — Os ajudantes de processo que cumpram os pres-
supostos acima estabelecidos e que demonstrem reco-
3 — A aprovação nestas provas não constitui por si nhecidas qualificações e potencialidades para operado-
só condição de promoção, sendo, contudo, indicação res de processo poderão ter acesso ao respectivo plano
relevante para a avaliação realizada. de carreira pelo seu primeiro nível.
4 — As provas deverão ser realizadas nos meses de B) Assistente administrativo
Maio/Junho e Novembro/Dezembro de cada ano,
devendo os pedidos ser formulados até ao fim dos meses I — Admissão
de Fevereiro e Agosto, respectivamente. 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
fissionais com formação/especialização nas actividades
5 — Se, por motivos devidamente justificados, o tra- administrativas.
balhador não puder comparecer à prova profissional já
marcada, esta transitará para a época de provas ime- 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
diata. são as seguintes:
6 — Na impossibilidade por parte da Empresa de rea- a) Idade mínima — a exigida na lei;
lizar as provas profissionais na época determinada pelo b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
pedido de inscrição do trabalhador, estas serão reali- dário (12.o ano) da área de formação adequada
zadas no período seguinte, produzindo efeitos a eventual à função, sendo condição preferencial o curso
promoção 30 dias após o último dia da época em que via profissionalizante.
se deveria ter realizado a prova.
II — Estágio
7 — As eventuais promoções decorrentes da avaliação 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
de mérito, complementada com provas profissionais, estágio.
produzirão efeitos 30 dias após a realização da respectiva
prova. 4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
8 — Cada candidato só poderá ser submetido a provas III — Progressão na carreira
com o intervalo mínimo de dois anos, contados a partir
da data da realização da prova. 5 — O plano de carreira de assistente administrativo
compreende sete níveis de progressão.
9 — Incluem-se neste regime as seguintes categorias
profissionais: 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
a
cumulativa das seguintes condições:
Analista de 1. ;
Analista principal; Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
Controlador industrial de 1.a; básico ou equivalente, sendo condição preferen-
Controlador industrial de 2.a; cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
Desenhador de execução do grau I; definidas no n.o 2;
Fiel de 1.a; Obter mérito profissional no desempenho da fun-
Fiel principal; ção e potencial para o desempenho de funções
Oficial da construção civil de 1.a; mais qualificadas;
Oficial electricista de 1.a; Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
Oficial electricista principal; gidos para cada nível, que são os seguintes:
Oficial metalúrgico de 1.a;
Grupos Tempos
Oficial metalúrgico principal; de Níveis de qualificação mínimos
Planificador auxiliar (dois anos); enquadramento (anos)

Preparador de trabalho auxiliar (dois anos);


Preparador de trabalho dos graus I e II (mecâ- 7 Assistente administrativo do grau V –
nica/eléctrica); 8 Assistente administrativo do grau IV 5
9 Assistente administrativo do grau III 3
Recepcionista de materiais de 1.a; 10 Assistente administrativo do grau II 3
Recepcionista de materiais de 2.a; 11 Assistente administrativo do grau I 2
Recepcionista de materiais de 3.a (dois anos); 12 Assistente administrativo estagiário
Recepcionista de materiais principal; do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
13 Assistente administrativo estagiário
Técnico de instrumentação de controlo industrial do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
de 1.a;

457 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


IV — Densidades E) Operador industrial

7 — Para os profissionais integrados nas categorias I — Admissão


correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o
seguinte esquema de densidades máximas face ao total 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
do efectivo na carreira: fissionais com formação/especialização nas actividades
de produção, pasta, papel e energia.
Grau V — 25 %;
Graus IV e V — 50 %. 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
são as seguintes:
C) Bombeiros
a) Idade mínima — a exigida na lei;
Os bombeiros com mais de três anos de exercício b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
de função e mérito profissional no seu desempenho dário (12.o ano) da área de formação adequada
poderão ascender ao grupo imediatamente superior. à função, sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante.
D) Fiel de armazém
II — Estágio
I — Admissão
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- estágio.
fissionais com formação/especialização nas actividades
de aprovisionamento. 4 — O estágio terá a duração máxima de um ano.
2 — As condições de admissão destes trabalhadores III — Progressão na carreira
são as seguintes:
a) Idade mínima — a exigida na lei; 5 — O plano de carreira de operador industrial com-
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- preende sete níveis de progressão.
dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função sendo condição preferencial o curso
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
via profissionalizante.
cumulativa das seguintes condições:
II — Progressão na carreira Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
3 — O plano de carreira de fiel de armazém com- básico ou equivalente, sendo condição preferen-
preende quatro níveis de progressão. cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
definidas no n.o 2;
4 — A progressão na carreira dependerá da existência Obter mérito profissional no desempenho da fun-
cumulativa das seguintes condições: ção e potencial para o desempenho de funções
mais qualificadas;
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino Desempenhar duas ou três funções da sua área
básico ou equivalente, sendo condição preferen- de actividade referidas na descrição de funções.
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações Para os níveis de qualificado e extra é exigido
definidas no n.o 2; o desempenho de todas as funções da sua área
Obter mérito profissional no desempenho da fun- de actividade;
ção e potencial para o desempenho de funções Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
mais qualificadas; gidos para cada nível, que são os seguintes:
Cumprir os tempos mínimos de permanência
exigidos para cada nível, que são os
Grupos Tempos
seguintes: de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)

Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos
7 Operador de processo extra . . . . . . . . –
enquadramento (anos) 8 Operador de processo qualificado . . . 5
9 Operador de processo principal . . . . . 4
10 Operador de processo de 1.a . . . . . . . . 3
9 Fiel de armazém qualificado . . . . . . . . – 11 Operador de processo de 2.a . . . . . . . . 3
10 Fiel de armazém principal . . . . . . . . . . 5 12 Operador de processo de 3.a . . . . . . . . 2
11 Fiel de armazém de 1.a . . . . . . . . . . . . 3 13 Operador de processo estagiário . . . . 1
12 Fiel de armazém de 2.a . . . . . . . . . . . . 3

IV — Densidades
III — Densidades

5 — Para os profissionais integrados nas categorias 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos níveis principal e qualificado obser- correspondentes aos níveis de qualificado e extra obser-
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
ao total do efectivo na carreira: ao total do efectivo na carreira:

Qualificado — 10 %; Extra — 10 %;
Principal e qualificado — 25 %. Qualificado e extra — 25 %.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 458


V — Condições específicas e únicas dos trabalhadores II — Progressão na carreira
condutores de geradores de vapor
4 — Consideram-se quatro níveis de responsabilidade
8 — Independentemente das medidas de segurança e de enquadramento desta categoria profissional.
existentes, as funções inerentes à condução de geradores
de vapor ou dos acessórios ao processo de produção 5 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade
de vapor, quando localizados no interior dos compar- dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac-
timentos onde estão instaladas as caldeiras, comportam, terização, da existência cumulativa das seguintes con-
cumulativamente, riscos de graves acidentes corporais dições:
e condições conjuntas de gravosidade e perigosidade
de trabalho, designadamente nos aspectos de existência Mérito profissional no desempenho da função;
permanente de altos valores médios de intensidade de: Potencial para o desempenho de funções mais
qualificadas.
Pressões normais;
Vibrações; G) Técnico analista de laboratório
Radiações térmicas;
I — Admissão
Mudanças térmicas intermitentes;
Ausência de iluminação solar; 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
Frequentes deslocações entre os diversos pisos do fissionais com formação/especialização nas actividades
edifício das caldeiras. laboratoriais.

9 — Nestes termos e em virtude das características 2 — As condições de admissão destes trabalhadores


muito especiais da actividade referida no número ante- são as seguintes:
rior, é atribuído um prémio horário pecuniário a todos
os trabalhadores integrados nestas condições de trabalho a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
e nos termos que seguem:
dário (12.o ano) da área de formação adequada
a) O prémio será atribuído por cada hora efectiva à função, sendo condição preferencial o curso
de trabalho, aos trabalhadores directa e per- via profissionalizante.
manentemente envolvidos na condução de gera-
dores de vapor e de equipamentos auxiliares II — Estágio
dos mesmos, quando localizados no interior dos
compartimentos onde estão instaladas as cal- 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
deiras, e abrange as seguintes categorias pro- estágio.
fissionais:
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
Encarregado de turno da central;
Operador industrial (área/actividade ener- III — Progressão na carreira
gia);
5 — O plano de carreira de técnico analista de labo-
b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será ratório compreende sete níveis de progressão.
pago aos trabalhadores referenciados na alínea
anterior no final de cada mês proporcional- 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
mente às horas de trabalho efectivamente pres- cumulativa das seguintes condições:
tadas; Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
c) O prémio não será atribuído durante as férias, básico ou equivalente, sendo condição preferen-
não integrando a retribuição mensal. cial para o acesso aos graus IV e V as habilitações
definidas no n.o 2;
F) Técnico administrativo/industrial Obter mérito profissional no desempenho da fun-
ção e potencial para o desempenho de funções
I — Admissão e período experimental
mais qualificadas;
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
fissionais que desempenham funções técnicas nas áreas gidos para cada nível, que são os seguintes:
de planeamento, investigação operacional, projecto,
Grupos Tempos
processo, produção, conservação, administração, comer- de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)
cial, recursos humanos, organização e informática.

7 Técnico analista de laboratório do


2 — As condições de admissão destes trabalhadores grau V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . –
são as seguintes: 8 Técnico analista de laboratório do
grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
a) Idade mínima — a exigida na lei; 9 Técnico analista de laboratório do
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
dário (12.o ano) da área de formação adequada 10 Técnico analista de laboratório do
à função, via profissionalizante, sendo condição grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
11 Técnico analista de laboratório do
preferencial para a admissão o nível de bacha- grau I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
relato. 12 Técnico analista de laboratório
estagiário do 2.o ano . . . . . . . . . . 1
13 Técnico analista de laboratório
3 — O período experimental destes profissionais é o estagiário do 1.o ano . . . . . . . . . . 1
previsto neste acordo.

459 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


IV — Densidades IV — Densidades

7 — Para os profissionais integrados nas categorias 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o
seguinte esquema de densidades máximas face ao total seguinte esquema de densidades máximas face ao total
do efectivo na carreira: do efectivo na carreira:
Grau V — 25 %; Grau V — 25 %
Graus IV e V — 50 %. Graus IV e V — 50 %

V — Deontologia profissional
H) Técnico de manutenção

I — Admissão 8 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc-


trica/instrumentação terão sempre direito a recusar cum-
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- prir ordens contrárias à boa técnica profissional, nomea-
fissionais com formação/especialização na actividade de damente normas de segurança das instalações eléctricas.
manutenção mecânica e ou eléctrica.
9 — Estes trabalhadores podem também recusar obe-
diência a ordens de natureza técnica que não sejam
2 — As condições de admissão destes trabalhadores
emanadas de superior habilitado.
são as seguintes:
a) Idade mínima — a exigida na lei; 10 — Sempre que, no exercício da sua profissão, estes
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- trabalhadores corram riscos de electrocussão ou de des-
dário (12.o ano) da área de formação adequada cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco
à função, sendo condição preferencial o curso a sua integridade física não podem trabalhar sem que
via profissionalizante. sejam acompanhados por outro profissional.

II — Estágio 11 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc-


trica/instrumentação obrigam-se a guardar sigilo pro-
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de fissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na
estágio. Empresa, bem como no respeitante a comunicações
escutadas no exercício da sua profissão.
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
I) Técnicos de conservação mecânica, eléctrica e civil
III — Progressão na carreira I — Integração na carreira

5 — O plano da carreira de técnico de manutenção 1 — Os planos de carreira de técnicos de conservação


compreende sete níveis de progressão. mecânica, eléctrica e civil compreendem quatro níveis
de progressão.
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
cumulativa das seguintes condições: 2 — A integração na carreira far-se-á pelo nível de
enquadramento imediatamente superior ao que o tra-
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino balhador possui, dependendo das habilitações escolares,
básico ou equivalente, sendo condição preferen- experiência e mérito profissional.
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
definidas no n.o 2; 3 — Desta integração não poderá resultar a ascensão
Obter mérito profissional no desempenho da fun- para mais do que o nível de enquadramento imedia-
ção e potencial para o desempenho de funções tamente superior.
mais qualificadas;
Desempenhar duas ou três especialidades referidas 4 — É condição necessária para a integração na car-
da definição de funções de acordo com a sua reira o desempenho de duas das funções referidas na
área de actividade. Para os graus IV e V é exigido definição de funções de cada uma das categorias
o desempenho de três especialidades; profissionais.
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes:
5 — Os tempos mínimos de experiência profissional
exigidos para a integração dependem das habilitações
Grupos Tempos escolares e são os seguintes:
de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)

6.o ano 9.o ano


7 Técnico de manutenção do grau V – de escolaridade de escolaridade
Categorias
ou equivalente ou equivalente
8 Técnico de manutenção do grau IV 5 (anos) (anos)
9 Técnico de manutenção do grau III 3
10 Técnico de manutenção do grau II 3
11 Técnico de manutenção do grau I 3 Mecânica/eléctrica
12 Técnico de manutenção estagiário
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 10
13 Técnico de manutenção estagiário Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 9 8
do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 460


6 — O técnico superior do grau I poderá passar ao
6.o ano 9.o ano
de escolaridade de escolaridade
grau II após um ano de permanência naquela categoria.
Categorias
ou equivalente ou equivalente
(anos) (anos)
III — Funções

Civil 7 — As funções destes profissionais serão as corres-


Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 9 8 pondes aos diversos níveis.
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 8 — Enquadram-se neste grupo de técnicos superio-
res os profissionais que desempenham funções técnicas
II — Progressão na carreira nas áreas de planeamento, investigação operacional,
6 — A progressão na carreira dependerá da existência engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos huma-
cumulativa da verificação de mérito profissional no nos, organização, informática e comercial.
desempenho da função, potencial para desempenho de
funções superiores e do cumprimento dos tempos míni- K) Trabalhadores analistas
mos de permanência exigidos para cada nível, que são I — Admissão
os seguintes:
1 — As condições mínimas de admissão de trabalha-
6.o ano 9.o ano dores analistas de laboratório são:
de escolaridade de escolaridade
Categorias
ou equivalente ou equivalente
(anos) (anos) a) Idade mínima — 18 anos;
b) Habilitações mínimas — curso secundário ade-
quado.
Mecânica/eléctrica II — Promoções e acessos
Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . – –
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 4 3 2 — O analista de 2.a ingressará na classe imedia-
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3 tamente superior após três anos na categoria, desde que
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
possua as habilitações mínimas acima previstas.
Civil
3 — Os preparadores de laboratório que possuam ou
Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . – – venham a possuir o curso secundário adequado acima
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 4 3
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3 previsto ingressarão, após quatro meses de estágio, na
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 categoria profissional de analista de 2.a, continuando
a assegurar as funções próprias de preparador de
laboratório.
III — Densidades

7 — O número de profissionais que poderá integrar L) Trabalhadores da construção civil


cada um dos planos de carreira não deverá exceder a I — Admissão
percentagem de 15 % do efectivo existente para estas
áreas de actividade. 1 — A carreira dos profissionais da construção civil
inicia-se pela categoria de pré-oficial de 2.a As condições
J) Técnico superior de admissão de trabalhadores da construção civil são:
I — Admissão e período experimental a) Idade mínima — a exigida na lei;
1 — Neste grupo estão integrados os profissionais de b) Habilitações mínimas exigidas por lei.
formação académica superior, licenciatura, diplomados
em escolas nacionais ou estrangeiras oficialmente reco- II — Promoções e acessos
nhecidas, nomeadamente universidades e institutos
3 — Os pré-oficiais serão promovidos à categoria de
superiores.
oficial de 2.a logo que completem dois anos de per-
2 — Na admissão dos trabalhadores integrados neste manência naquela categoria.
grupo será sempre exigido diploma ou documento equi-
valente e carteira profissional, quando exigido por lei. 4 — Os oficiais de 2.a serão promovidos à categoria
de oficiais de 1.a logo que completem três anos de per-
3 — O período experimental destes trabalhadores é manência naquela categoria.
o previsto neste acordo.
5 — Após três anos de permanência na categoria o
II — Progressão na carreira trabalhador não especializado poderá requerer à
Empresa exame de ingresso em profissão por ele
4 — O plano de carreira de técnico superior com- indicada.
preende seis níveis de responsabilidade e enquadra-
mento. 6 — Se for aprovado, o trabalhador não especializado
será classificado como pré-oficial.
5 — A progressão na carreira dependerá da existência
cumulativa das seguintes condições: 7 — O trabalhador não especializado aprovado con-
Mérito profissional no desempenho da função; tinuará, contudo, a exercer funções de trabalhador não
Potencial para o desempenho de funções mais especializado enquanto não houver vaga na profissão
qualificadas. para que foi aprovado.

461 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


III — Densidades e dotações mínimas rior habilitado com carteira profissional, engenheiro téc-
nico do ramo electrotécnico.
8 — Em cada profissão o número de oficiais de 1.a
não pode ser inferior a 50 % do número de oficiais de
11 — Sempre que no exercício da sua profissão de
2.a devendo, porém, haver sempre um oficial de 1.a
electricista o trabalhador corra riscos de electrocussão,
não pode trabalhar sem ser acompanhado por outro
9 — O número de pré-oficiais em cada profissão não
oficial.
poderá ser superior ao número de oficiais que nela
existem.
N) Trabalhadores de enfermagem

M) Trabalhadores electricistas I — Promoções e acessos

I — Admissão 1 — Os enfermeiros habilitados com o curso de enfer-


magem geral e com cinco anos de permanência na fun-
1 — A carreira dos profissionais electricistas inicia-se ção deverão ser sujeitos a avaliação de mérito profis-
pela categoria de pré-oficial. sional com vista à promoção a enfermeiros especialistas,
cuja concretização dependerá ainda de proposta do
2 — As condições de admissão de trabalhadores elec- médico do trabalho da Empresa.
tricistas são:
a) Idade mínimas — a exigida na lei; II — Densidades e dotações mínimas
b) Habilitações mínimas exigidas por lei.
2 — A Empresa manterá 1 enfermeiro de serviço por
cada grupo, ou fracção, de 500 trabalhadores em labo-
3 — Só poderão ser admitidos ao serviço da Empresa
ração simultânea, seja em horário normal, seja em turnos
os oficiais electricistas que sejam portadores da respec-
rotativos.
tiva carteira profissional devidamente legalizada.
3 — Haverá obrigatoriamente um enfermeiro-coor-
II — Promoções e acessos
denador sempre que, por cada local de trabalho, haja
4 — Os pré-oficiais serão promovidos após dois perío- ao serviço três ou mais profissionais em regime de horá-
dos de um ano. rio normal ou cinco ou mais em regime de turnos ou
misto.
5 — a) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial
do 2.o ano os trabalhadores electricistas diplomados O) Trabalhadores fogueiros
pelas escolas oficiais portuguesas com o curso industrial I — Admissão
de electricista ou de montador electricista e ainda os
diplomados com cursos de electricidade da Casa Pia Condições fixadas na regulamentação da profissão de
de Lisboa, Instituto Técnico Militar dos Pupilos do Exér- fogueiro.
cito, 2.o grau de torpedeiro electricista ou radiomon-
tador da Escola Militar de Electromecânica. II — Condições específicas e únicas dos trabalhadores condutores
de geradores de vapor
b) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial do
1.o ano os trabalhadores electricistas diplomados pelas 1 — Independentemente das medidas de segurança
escolas oficiais portuguesas com o curso do Ministério existentes, as funções inerentes à condução de geradores
do Trabalho e da Solidariedade, através do Fundo de de vapor ou dos acessórios ao processo de produção
Desenvolvimento de Mão-de-Obra. de vapor, quando localizadas no interior dos compar-
timentos onde estão instaladas as caldeiras, comportam,
6 — Os oficiais de 2.a serão promovidos à categoria cumulativamente, riscos de graves acidentes corporais
de oficial de 1.a após dois anos de permanência naquela e condições conjuntas de gravosidade e perigosidade
categoria. de trabalho, designadamente nos aspectos de existência
permanente de altos valores médios de intensidade de:
III — Densidades e dotações mínimas
Pressões normais;
7 — O número de pré-oficiais não poderá ser superior Vibrações;
ao número de oficiais. Radiações térmicas;
Mudanças térmicas intermitentes;
8 — Havendo ao serviço 5 oficiais, 1 será classificado Ausência de iluminação solar;
como encarregado. Se houver 15 oficiais, haverá 2 encar- Frequentes deslocações entre os diversos pisos de
regados. Se o número de oficiais for superior a 15, haverá edifício das caldeiras.
mais 1 encarregado por cada grupo de 15.
2 — Nestes termos, e em virtude das características
IV — Deontologia profissional muito especiais da actividade referida no número ante-
rior, é atribuído um prémio horário pecuniário a todos
9 — O trabalhador electricista terá sempre direito a
os trabalhadores integrados nestas condições de trabalho
recusar cumprir ordens contrárias à boa técnica pro-
e nos termos que seguem:
fissional, nomeadamente normas de segurança das ins-
talações eléctricas. a) O prémio será atribuído por cada hora efectiva
de trabalho aos trabalhadores directa e perma-
10 — O trabalhador electricista pode também recusar nentemente envolvidos na condução de gera-
obediência a ordens de natureza técnica referentes à dores de vapor e de equipamentos auxiliares
execução de serviços, quando não provenientes de supe- dos mesmos, quando localizados no interior dos

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 462


compartimentos onde estão instaladas as cal- II — Promoções e acessos
deiras, e abrange as seguintes categorias pro-
3 — Os praticantes metalúrgicos ao fim de um ano
fissionais:
ascenderão ao grupo de enquadramento superior. Após
Encarregado geral fabril (serviço de energia); dois anos ascenderão à categoria de oficial de 2.a
Encarregado de turno fabril (serviço de
energia); 4 — Os oficiais de 2.a que completem quatro anos
Operador de processo principal (serviço de de permanência na Empresa no exercício da mesma
energia); profissão ascenderão automaticamente ao escalão supe-
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras de rior.
recuperação);
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras con- 5 — Os ferramenteiros ou entregadores de ferramen-
vencionais); tas com mais de três anos no exercício de funções e
Operador turbo-alternador e quadros; mérito profissional no seu desempenho poderão ascen-
Operador de processo de 1.a (serviço de der ao grupo imediatamente superior.
energia);
Operador de evaporação, oxidação e stripping III — Densidades e dotações mínimas
de condensados;
Operador de tratamento de águas e bom- 6 — Relativamente, aos trabalhadores metalúrgicos e
bagem; metalomecânicos da mesma profissão, serão observadas
Operador de processo de 2.a; em cada centro e unidade fabril as proporções mínimas
Ajudante de fogueiro (tanque de smelt); constantes do seguinte quadro de densidades:
Operador de tratamento de efluentes;
Operador de processo de 3.a; Escalões
Sub-operador da central (ajudante de Número de trabalhadores
fogueiro); De 1.a De 2.a Praticantes

b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será


1................................ – 1 –
pago aos trabalhadores referenciados na alínea 2................................ 1 – 1
anterior no final de cada mês, proporcional- 3................................ 1 1 1
mente às horas de trabalho efectivamente pres- 4................................ 1 2 1
tadas nesse mês; 5................................ 1 3 1
c) O prémio não será atribuído durante as férias, 6................................ 1 3 2
7................................ 2 3 2
não integrando a retribuição mensal. 8................................ 3 3 2
9................................ 3 4 2
III — Promoções e acessos 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5 2

3 — Ascendem a operador qualificado os condutores


de caldeiras de recuperação ou os operadores de tur- 7 — Quando o número de trabalhadores seja superior
bo-alternador e quadros que, sendo fogueiros de 1.a, a 10, a respectiva proporção determina-se multiplicando
solicitem a sua reclassificação, sendo submetidos à rea- as dezenas desse número pelos elementos das propor-
lização de provas de aptidão para o desempenho das ções estabelecidas no número anterior.
referidas funções acompanhada de declaração em que
aceita assegurar qualquer das funções acima referidas, 8 — O pessoal de chefia não será considerado para
de acordo com as necessidades de serviço e nos termos o efeito das proporções estabelecidas no número ante-
deste acordo. rior.
4 — A Empresa obriga-se a promover a formação
necessária aos operadores referidos no n.o 1 desde que 9 — O número de oficiais qualificados e principais
o desejem e que se habilitem a desempenhar as funções acresce ao número total de oficiais para efeitos de qua-
necessárias à promoção. dro de densidades, sendo considerados como oficiais
de 1.a
5 — No prazo de 60 dias após a formulação, junto
da Empresa, por parte dos trabalhadores interessados 10 — As proporções fixadas nesta secção podem ser
do pedido de realização de provas de aptidão previstas alteradas desde que de tal alteração resulte a promoção
no n.o 1, aquela marcará a data das mesmas, que se
de trabalhadores.
efectivarão nos 30 dias subsequentes, devendo a pro-
moção efectivar-se nos 30 dias seguintes à aprovação
das provas. 11 — No caso de, por aplicação do quadro de den-
P) Trabalhadores metalúrgicos sidades, haver lugar a promoção, esta far-se-á com base
I — Admissão no mérito profissional, habilitação escolar e antiguidade
do trabalhador.
1 — A carreira dos profissionais metalúrgicos ini-
cia-se pela categoria de praticante de metalúrgico.
Q) Trabalhadores rodoviários e de garagens
2 — As condições de admissão de trabalhadores I — Admissão
metalúrgicos são:
a) Idade mínima — a exigida na lei; 1 — A idade mínima de admissão para a categoria
b) Habilitações mínimas exigidas por lei. de motorista é de 21 anos.

463 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — Para motorista é exigida a carta de condução S) Trabalhadores técnicos de instrumentação
profissional. I — Admissão

3 — As habilitações escolares mínimas são as legal- 1 — É exigido como habilitações mínimas o curso
mente exigidas. industrial de electricidade ou equivalente. Para a pro-
fissão de mecânico de aparelhos de precisão e técnico
de óleo-hidráulica é exigida como habilitação mínima
II — Horário de trabalho o curso industrial de serralheiro ou equivalente.
4 — Os motoristas terão um horário móvel ou fixo, 2 — São condições preferenciais cursos de especia-
podendo efectuar-se as alterações de qualquer destes lidade designadamente o curso complementar de elec-
regimes nos termos da lei. O registo de trabalho efec-
tricidade e o de electromecânica da escola de Paço de
tuado será feito em livretes individuais.
Arcos.
II — Promoções e acessos
5 — O início e o fim do almoço e do jantar terão
de verificar-se, respectivamente, entre as 11 horas e 3 — Os tirocinantes do 2.o ano ascenderão a técnicos
30 minutos e as 14 horas e 30 minutos e entre as 19 horas estagiários após a aprovação em avaliação de mérito
e 30 minutos e as 21 horas e 30 minutos. profissional a realizar até um ano de permanência na
categoria.
6 — Se, por motivo de serviço inadiável, o trabalhador
não puder tomar a sua refeição dentro do horário fixado 4 — Os técnicos estagiários ingressarão automatica-
no número anterior, o tempo de refeição ser-lhe-á pago mente na classe imediatamente superior logo que com-
como trabalho suplementar. pletem um ano de permanência na categoria.

5 — Os praticantes de mecânico de aparelhos de pre-


7 — Após o regresso ao local de trabalho, se ainda cisão ascenderão à categoria de mecânico de aparelhos
não tiver tomado a sua refeição, será concedido ao tra- de precisão após a aprovação em provas de avaliação
balhador o tempo necessário, até ao limite máximo de de conhecimentos após dois anos de permanência na
uma hora, para a tomar dentro do horário normal de categoria.
trabalho.
R) Trabalhadores técnicos de desenho 6 — O mecânico de aparelhos de precisão estagiário
ingressará automaticamente na classe imediatamente
I — Admissão superior logo que complete um ano de permanência
na categoria.
1 — As condições de admissão para os trabalhadores
com vista ao exercício das funções incluídas neste grupo
7 — O acesso às restantes categorias profissionais
são as seguintes:
resultará da avaliação do mérito profissional do traba-
a) Curso secundário unificado/geral (mecânica, lhador, que deverá ser realizada após o tempo mínimo
electricidade, construção civil ou artes visuais), de permanência de três anos em cada uma das categorias
que ingressam em tirocinante de desenho pelo previstas no plano de carreira.
período de dois anos (1.o e 2.o anos), findo o
qual passam a desenhador de execu- III — Deontologia profissional
ção (grau II-A); 8 — O técnico de instrumentos de controlo industrial
b) Curso industrial (Decreto-Lei n.o 37 029) ou e mecânico de instrumentos tem sempre o direito de
curso complementar (11.o ano) (nomeadamente recusar o cumprimento de ordens que sejam contrárias
mecanotecnia, electrotecnia, construção civil ou à boa técnica profissional, nomeadamente normas de
artes gráficas), que ingressam em desenhador segurança ou outras situações que ponham em risco
de execução (grau II-A); a segurança de pessoas e equipamentos.
c) Para os arquivistas técnicos a habilitação é o
ciclo preparatório ou curso secundário unifi- 9 — O técnico de instrumentos de controlo industrial
cado/geral e a idade mínima de 18 anos; e mecânico de instrumentos não deve obediência a
d) Para os operadores heliográficos a habilitação ordens de natureza técnica que não sejam emanadas
é o ensino primário ou o ciclo preparatório e de superior habilitado dentro da sua especialidade.
a idade mínima de 18 anos.
10 — Sempre que no exercício da sua função o técnico
II — Promoções e acessos de instrumentos de controlo industrial e mecânico de
instrumentos corra riscos de electrocussão ou de des-
2 — Na categoria de desenhador de execução o acesso cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco
do grau II-A ao grau II-B e deste ao grau I dá-se auto- a sua integridade física, não pode trabalhar sem que
maticamente logo que o trabalhador complete três anos seja acompanhado por outro técnico.
de grau.
11 — O técnico de instrumentos de controlo industrial
3 — Os operadores heliográficos terão acesso ao e mecânico de instrumentos obriga-se a guardar sigilo
grau I após permanência mínima de três anos de desem- profissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na
penho de funções na categoria de grau II e aprovação sua Empresa, bem como no respeitante a comunicações
em avaliação de mérito profissional. escutadas no exercício da sua profissão.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 464


ANEXO III Preparador de trabalho do grau I.
Enquadramentos e tabela de remunerações mínimas
Programador de aplicações de 2.a
Secretário(a) de direcção/administração do grau II.
Enquadramentos Técnico administrativo/industrial do grau I.
Técnico de conservação eléctrica principal.
Grupo 1:
Técnico de conservação mecânica principal.
Director de departamento/serviço. Técnico principal (electrónica, óleo-hidráulica,
Técnico superior do grau VI. telecomunicações e instrumentação).
Técnico analista de laboratório do grau V.
Grupo 2: Técnico de manutenção do grau V.
Técnico industrial de processo de 3.a
Chefe de departamento.
Técnico superior do grau V.
Grupo 8:
Grupo 3: Analista de laboratório qualificado.
Assistente administrativo do grau IV.
Chefe de serviço I.
Chefe de equipa de conservação.
Técnico superior do grau IV.
Desenhador de execução (grau principal).
Encarregado de protecção contra sinistros/incên-
Grupo 4:
dios.
Chefe de serviço II. Enfermeiro.
Encarregado geral fabril. Mecânico de aparelhos de precisão qualificado.
Programador de aplicações qualificado. Oficial de conservação qualificado.
Secretário(a) de direcção ou administração do Operador de computador principal.
grau V. Operador industrial qualificado.
Técnico administrativo/industrial do grau IV. Operador de processo qualificado.
Técnico auxiliar altamente qualificado. Operador qualificado fogueiro.
Técnico industrial de processo qualificado. Planificador.
Técnico superior do grau III. Preparador de trabalho do grau II.
Recepcionista de materiais qualificado.
Grupo 5: Secretário(a) de direcção/administração do grau I.
Técnico analista de laboratório do grau IV.
Chefe de sector administrativo/industrial.
Técnico de conservação eléctrica especialista.
Encarregado fabril I.
Técnico de conservação mecânica especialista.
Encarregado de turno fabril.
Técnico especialista (electrónica, óleo-hidráulica,
Preparador de trabalho qualificado.
telecomunicações e instrumentação).
Programador de aplicações principal.
Técnico de conservação civil principal.
Secretário(a) de direcção ou administração do
Técnico de manutenção do grau IV.
grau IV.
Técnico ferramenteiro.
Técnico administrativo/industrial do grau III.
Técnico industrial de processo de 1.a
Grupo 9:
Técnico superior do grau II.
Analista de laboratório principal.
Grupo 6: Arvorado.
Assistente administrativo do grau III.
Assistente social.
Chefe de equipa.
Chefe de secção administrativo/industrial.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Encarregado fabril II.
transporte qualificado.
Enfermeiro-coordenador.
Desenhador de execução do grau I.
Planificador qualificado.
Distribuidor de trabalho.
Preparador de trabalho principal.
Electricista principal.
Programador de aplicações de 1.a
Encarregado.
Secretário(a) de direcção ou administração do
Fiel de armazém qualificado.
grau III.
Lubrificador qualificado.
Técnico administrativo/industrial do grau II.
Mecânico de aparelhos de precisão principal.
Técnico de controlo e potência.
Motorista (ligeiros e pesados) qualificado.
Técnico industrial de processo de 2.a
Oficial metalúrgico principal.
Técnico superior do grau I.
Operador de computador de 1.a
Operador industrial principal.
Grupo 7:
Operador de processo principal (a).
Assistente administrativo do grau V. Planificador auxiliar.
Chefe de turno fabril. Preparador de trabalho auxiliar.
Desenhador projectista. Programador de aplicações estagiário.
Enfermeiro especialista. Recepcionista de materiais principal.
Operador de computador qualificado. Técnico analista de laboratório do grau III.
Operador industrial extra. Técnico de conservação civil especializado.
Operador de processo extra. Técnico de conservação eléctrica de 1.a
Planificador principal. Técnico de conservação mecânica de 1.a

465 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Técnico de electrónica de 1.a Operador de evaporação, oxidação e stripping de condensados
Técnico de instrumentação de controlo industrial (Cacia).
Operador de evaporadores.
de 1.a Operador de fornos e caustificações.
Técnico de manutenção do grau III. Operador de máquina de fundos de sacos (máquina rápida).
Técnico de óleo-hidráulica de 1.a Operador de máquinas de sacos de fundo rectangular.
Técnico de telecomunicações de 1.a Operador de máquina de tubos para sacos.
Operador de preparação.
Verificador de equipamentos principal. Operador de preparação de produtos químicos.
Operador de secador de máquina de papel.
(a) Inclui: Operador de tiragem (Setúbal).
Operador de tratamento de águas e bombagem.
Fogueiro de 1.a (operador de caldeira de recuperação). Suboperador de tiragens III e IV.
Operador de branqueamentos (Cacia, Setúbal).
Operador de digestor contínuo.
Operador de máquina de papel. Grupo 11:
Operador de tiragens (Cacia, Setúbal).
Operador de turbo-alternador e quadros (Setúbal). Analista de laboratório de 2.a
Operador de turbo-alternador e quadros (turbo-grupo quadros Assistente administrativo do grau I.
e efluentes) (Cacia). Arquivista técnico do grau I.
Auxiliar administrativo de 1.a
Grupo 10: Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Analista de laboratório de 1.a transporte de 1.a
Arquivista técnico do grau I. Controlador de fabrico de 1.a
Assistente administrativo do grau II. Controlador industrial de 1.a
Auxiliar administrativo principal. Desenhador de execução do grau II-A.
Chefe de guardas. Fiel de armazém de 1.a
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e Maquinista de locomotiva.
transporte principal. Motorista (ligeiros e pesados).
Controlador industrial principal. Oficial de 1.a (a).
Desenhador de execução do grau II-B. Oficial de 2.a (b).
Fiel de armazém principal. Operador de computador estagiário.
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras conven- Operador heliográfico do grau I.
cionais). Operador industrial de 2.a
Lubrificador principal. Operador de parque de apara e silos.
Motorista (ligeiros e pesados) principal. Operador de processo de 2.a (c).
Oficial de 1.a (a). Recepcionista de materiais de 2.a
Oficial conservação civil principal. Técnico analista de laboratório do grau I.
Operador de computador de 2.a Técnico de conservação civil de 2.a
Operador de preparação de madeira. Técnico de electrónica estagiário.
Operador de processo de 1.a (b). Técnico de instrumentação de controlo industrial
Operador industrial de 1.a estagiário.
Recepcionista de armazém. Técnico de manutenção do grau I.
Recepcionista de materiais de 1.a Técnico de telecomunicações estagiário.
Técnico analista de laboratório do grau II. Técnico de óleo-hidráulica estagiário.
Técnico de conservação civil de 1.a Telefonista-recepcionista.
Técnico de conservação eléctrica de 2.a
Técnico de conservação mecânica de 2.a (a) Inclui:
Técnico de electrónica de 2.a Carpinteiro.
Técnico de instrumentação de controlo industrial Decapador por jacto.
de 2.a Lubrificador.
Técnico de óleo-hidráulica de 2.a Montador de andaimes.
Pedreiro.
Técnico de telecomunicações de 2.a Pintor de instalações industriais, veículos, máquinas ou móveis.
Técnico de manutenção do grau II.
Verificador de equipamentos. (b) Inclui:

(a) Inclui: Electricista.


Electricista auto.
Electricista. Fresador mecânico.
Electricista auto. Mecânico de aparelhos de precisão.
Fresador mecânico. Mecânico de automóveis.
Mecânico de aparelhos de precisão. Rectificador mecânico.
Mecânico de automóveis. Serralheiro mecânico.
Rectificador mecânico. Serralheiro plásticos.
Serralheiro mecânico. Soldador.
Serralheiro plásticos. Torneiro mecânico.
Soldador.
Torneiro mecânico.
(c) Inclui:

(b) Inclui: Ajudante de fogueiro (tanque de Smelt).


Ajudante de secador de máquina de papel.
Operador de acabamentos. Bobinador.
Operador de crivagem (duas linhas). Operador de depuração ou preparação de pasta.
Operador de digestor descontínuo. Operador do destroçador e crivagem de aparas.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 466


Operador da linha de acabamentos (tiragem III e IV) (Cacia). (b) Inclui:
Operador de recepção e transferência de produtos químicos.
Operador de tratamento de efluentes. Operador de balança de máquina de papel.
Operador de zona húmida da máquina de papel. Operador de balança e prensa.
Suboperador de branqueamentos.
Suboperador da central (ajudante de fogueiro).
Suboperador de digestor contínuo (lavagem e crivagem).
Suboperador de forno(s) e caustificação(ões). Suboperador de crivagem (duas linhas).
Suboperador de preparação de produtos químicos. Suboperador de embalagem e aramagem.
Suboperador de digestor descontínuo. Suboperador de mandris.
Suboperador da máquina de coser sacos.
Suboperador da máquina de fundos de sacos.
Grupo 12: Suboperador da máquina de sacos de fundo rectangular.
Assistente administrativo estagiário do 2.o ano. Suboperador da máquina de tubos para sacos.
Suboperador de preparação de madeiras.
Auxiliar administrativo de 2.a Suboperador de tratamento de efluentes (Setúbal).
Bombeiro.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
transporte de 2.a Grupo 13:
Condutor de ponte rolante.
Controlador de fabrico de 2.a Ajudante.
Controlador industrial de 2.a Ajudante geral.
Ferramenteiro ou entregador de ferramentas, Ajudante de carga e descargas.
máquinas ou produtos. Ajudante de fiel de armazém.
Fiel de armazém de 2.a Ajudante de processo (a).
Guarda. Assistente administrativo estagiário do 1.o ano.
Lubrificador de 2.a Mecânico de aparelhos de precisão praticante.
Mecânico de aparelhos de precisão. Operador de processo estagiário.
Oficial de 2.a (a). Operador industrial estagiário.
Operador industrial de 3.a Praticante.
Operador heliográfico do grau II. Pré-oficial da construção civil.
Operador manual. (Eliminar.) Pré-oficial electricista do 1.o ano.
Operador de processo de 3.a (b). Preparador de laboratório.
Pré-oficial electricista do 2.o ano. Técnico analista de laboratório estagiário do
Recepcionista de materiais de 3.a 1.o ano.
Técnico analista de laboratório estagiário do Técnico de manutenção estagiário do 1.o ano.
2.o ano. Técnico administrativo estagiário do 1.o ano.
Técnico de conservação civil estagiário do 2.o ano. Trabalhador não especializado.
Técnico de manutenção estagiário do 2.o ano. Trabalhador de limpeza.
Tirocinante de desenhador do 2.o ano. Tirocinante de desenhador do 1.o ano.
Técnico de conservação civil estagiário.
(a) Inclui:
Carpinteiro.
(a) Inclui:
Decapador por jacto.
Lubrificador.
Montador de andaimes. Ajudante de máquina de fundos de sacos.
Pedreiro. Ajudante de máquina de sacos de fundo rectangular.
Pintor de instalações industriais, veículos, máquinas ou móveis. Ajudante de máquina de tubos para sacos.

Tabela de remunerações

Grupos de enquadramento Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V

1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00

Notas

A cada remuneração base constante desta tabela salarial acresce, para todos os efeitos, a importância de 7180$, referente à integração
do subsídio de formação.
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de contratação a termo e aos trabalhadores que se encontram em regime de período
experimental.

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Lisboa, 3 de Novembro de 1998. Tejo — Empresa de Celulose do Tejo, S. A., e, por outro
Pela Portucel Industrial — Empresa Produtora de Celulose, S. A.:
lado, os trabalhadores ao seu serviço membros das orga-
(Assinatura ilegível.)
nizações sindicais outorgantes.
Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços:
António Maria Teixeira de Matos Cordeiro.
Cláusula 2.a
Pelo SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante
Vigência, denúncia e revisão
e Fogueiros de Terra:
(Assinatura ilegível.) 1 — Este acordo de empresa entra em vigor cinco
dias após a data da sua publicação no Boletim de Tra-
Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
Extractiva, Energia e Química: balho e Emprego.
José Luís Carapinha Rei.
2 — O prazo de vigência deste acordo é de dois anos,
Pelo SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio:
salvo o disposto no número seguinte.
(Assinatura ilegível.)

Pelo Sindicato dos Engenheiros da Região Sul: 3 — A matéria de expressão pecuniária será revista
(Assinatura ilegível.) anualmente.

Declaração 4 — A denúncia pode ser efectuada por qualquer das


partes decorridos 10 meses sobre a data da entrega para
A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Traba- depósito do acordo ou da respectiva revisão, total ou
lhadores de Serviços, por si e em representação dos parcial, anteriormente negociada.
sindicatos seus filiados:
SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escri- 5 — Decorridos os prazos mínimos fixados para a
tório, Comércio, Hotelaria e Serviços; denúncia, esta é possível a qualquer momento, perma-
STEIS — Sindicato dos Trabalhadores de Escritó- necendo aplicáveis todas as disposições desta cláusula
rio, Informática e Serviços da Região Sul; quando haja prorrogação da vigência do acordo.
SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinha-
gem da Marinha Mercante e Fogueiros de Terra; 6 — Por denúncia entende-se o pedido de revisão,
Sindicato do Comércio, Escritório e Servi- feito por escrito, à parte contrária, acompanhado da
ços — SINDCES/UGT. proposta de alteração.
Lisboa, 2 de Outubro de 1998. — O Secretariado, 7 — A parte que recebe a denúncia deve responder,
(Assinaturas ilegíveis.) por escrito, no decurso dos 30 dias imediatos contados
a partir da recepção daquela.
Declaração

Para os devidos efeitos se declara que a FETI- 8 — A resposta incluirá a contraproposta de revisão
CEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias para todas as propostas que a parte que responde não
Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química aceita.
representa a seguinte associação sindical:
9 — As negociações iniciar-se-ão dentro dos 15 dias
SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia, a contar do prazo fixado no n.o 8.
Química e Indústrias Diversas.
10 — As tabelas salariais e valores para as cláusulas
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. — Pelo Secretariado, de expressão pecuniária produzem efeitos a partir de
(Assinatura ilegível.) 16 de Setembro de 1998.
Entrado em 27 de Janeiro de 1999.
Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 170 do CAPÍTULO II
livro n.o 8, com o n.o 18/99, nos termos do artigo 24.o
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual. Preenchimento de postos de trabalho

Cláusula 3.a
Preenchimento de postos de trabalho

A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou


AE entre a Portucel Tejo — Empresa de Celulose postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço,
do Tejo, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. desde que estes reúnam as condições necessárias para
dos Trabalhadores de Serviços e outros. esse preenchimento, só recorrendo à admissão do exte-
rior quando estiverem esgotadas todas as possibilidades
CAPÍTULO I de utilização dos seus recursos humanos.
Área, âmbito e vigência
Cláusula 4.a
a
Cláusula 1. Admissões
Área e âmbito
1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con-
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula-
território do continente e obriga, por um lado, a Portucel mentação interna da Empresa.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 468


2 — Toda e qualquer admissão será precedida de 2 — A Empresa definirá condições especiais de pro-
exame médico adequado, feito a expensas da Empresa. gressão profissional decorrentes do exercício de funções
com mérito em regime de comissão de serviço.
3 — No acto de admissão a Empresa fornecerá ao
trabalhador cópias do presente acordo e dos regula- Cláusula 9.a
mentos internos da Empresa.
Reconversões
4 — A Empresa não deverá, em regra, admitir tra- 1 — A Empresa diligenciará reconverter, para função
balhadores reformados. compatível com as suas capacidades, os trabalhadores
parcialmente incapacitados por motivo de acidente de
5 — Na admissão de qualquer trabalhador, a Empresa trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos-
obriga-se a reconhecer os tempos de aprendizagem, tiro- sível, a Empresa informará, por escrito, o trabalhador
cínio ou estágio dentro da mesma profissão ou profissões interessado das razões dessa impossibilidade.
afins prestados noutra empresa, desde que apresente,
para o efeito, certificado comprovativo. 2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a
remuneração base estabelecida para a sua nova cate-
goria, sem prejuízo do número seguinte.
Cláusula 5.a
Período experimental 3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de
remuneração base do trabalhador reconvertido, remu-
1 — Durante o período experimental, salvo acordo neração que, quando seja superior à estabelecida para
escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir a sua nova categoria, irá sendo absorvida pelos sub-
o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo- sequentes aumentos salariais até ao valor desta. Para
cação de justa causa, não havendo direito a qualquer o efeito, o trabalhador terá direito aos seguintes adi-
indemnização. cionais à remuneração correspondente à categoria pro-
fissional para que foi reconvertido:
2 — O período experimental corresponde ao período
inicial de execução do contrato e, salvo acordo em con- a) 75 % da diferença entre a remuneração corres-
trário, tem a seguinte duração: pondente à categoria para que foi reconvertido
e a remuneração correspondente à categoria de
a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores; onde é originário, na primeira revisão salarial;
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car- b) 50 % daquela diferença, pelos novos valores
gos de complexidade técnica e elevado grau de resultantes da segunda revisão salarial, na oca-
responsabilidade ou funções de confiança; sião desta;
c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros c) 25 % daquela diferença, pelos valores resultan-
superiores. tes da terceira revisão salarial, na ocasião desta;
d) Absorção total na quarta revisão salarial.
Cláusula 6.a
Cláusula 10.a
Readmissões
Promoções
1 — Se a Empresa readmitir ao seu serviço um tra-
balhador cujo contrato tenha sido rescindido anterior- 1 — Constitui promoção a passagem a título definitivo
mente, por qualquer das partes, o tempo de antiguidade de um trabalhador para uma categoria, classe ou grau
ao serviço da Empresa, no período anterior à rescisão, superior, ou a sua mudança a título definitivo para outra
será contado na readmissão se nisso acordarem por função a que corresponde remuneração mais elevada.
escrito o trabalhador e a Empresa.
2 — As promoções processar-se-ão de acordo com o
2 — A readmissão de um trabalhador para a mesma estabelecido neste acordo e em regulamentação interna
categoria profissional não está sujeita a período expe- de Empresa, que definirá condições complementares de
rimental. promoção e meios para a sua apreciação e controlo.

3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,


Cláusula 7.a as promoções que resultem do preenchimento de postos
de trabalho vagos deverão efectuar-se por proposta da
Contratos a termo
hierarquia ou por abertura de concurso; neste último
A Empresa poderá celebrar contratos a termo, de caso, e em igualdade de condições, são condições de
acordo com as regras e os limites impostos pela legis- preferência as habilitações literárias e profissionais,
lação aplicável. experiência, mérito e antiguidade.

4 — As promoções para chefe de serviço ou categoria


Cláusula 8.a de grupo de enquadramento igual ou superior serão
Comissão de serviço feitas por nomeação.

1 — As funções de direcção serão exercidas por tra- 5 — É requisito indispensável para qualquer promo-
balhadores da Empresa em regime de comissão de ser- ção, salvo as previstas no número anterior, a perma-
viço, nos termos da legislação aplicável, sem prejuízo nência mínima de 18 meses no exercício de funções
das situações existentes. em categoria inferior.

469 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


6 — O disposto no número anterior não é aplicável sejam incompatíveis com as respectivas normas
às situações de promoção de praticantes, estagiários ou deontológicas ou sejam ilícitas;
aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na d) Proporcionar-lhes boas condições de trabalho,
Empresa dentro da sua carreira profissional e, ainda, tanto do ponto de vista moral como físico,
às promoções automáticas. nomeadamente no que diz respeito à higiene
e segurança e à prevenção de doenças pro-
7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro- fissionais;
moções automáticas serão contados desde o início do e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dos
desempenho de funções ou desde a última promoção prejuízos resultantes de acidentes de trabalho
na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso e doenças profissionais;
algum, mais de uma promoção por efeito da entrada f) Submeter a exame médico todos os trabalha-
em vigor deste acordo. dores, nos termos da lei;
g) Passar certificados aos trabalhadores, nos ter-
mos da lei;
Cláusula 11.a h) Facilitar a consulta de processos individuais aos
Reestruturação de serviços respectivos trabalhadores, sempre que estes o
solicitem;
Nos casos em que a melhoria tecnológica ou a rees- i) Cumprir a lei e este acordo relativamente à acti-
truturação dos serviços tenham como consequência a vidade sindical e às comissões de trabalhadores;
eliminação de postos de trabalho, a Empresa assegurará j) Promover a avaliação do mérito dos trabalha-
aos seus trabalhadores, de harmonia com as possibi- dores ao seu serviço e remunerá-los de acordo
lidades físicas e intelectuais de cada um, que transitem com esta avaliação;
para novas funções, de preferência compatíveis com a l) Proceder à análise e qualificação das funções
sua profissão, toda a preparação necessária, suportando dos trabalhadores ao seu serviço, com efeitos,
os encargos dela decorrentes. designadamente, numa política de enquadra-
mento;
Cláusula 12.a m) Contribuir para a elevação do nível de produ-
tividade dos trabalhadores ao seu serviço.
Diminuídos físicos

A admissão, a promoção e o acesso dos trabalhadores Cláusula 15.a


diminuídos físicos processar-se-ão nos mesmos termos
Mapas de quadros de pessoal
dos restantes trabalhadores desde que se trate de acti-
vidades que possam ser por eles desempenhadas e pos- A Empresa obriga-se a organizar, enviar e afixar os
suam as habilitações e condições exigidas. mapas de quadros de pessoal, nos termos da lei.

Cláusula 13.a Cláusula 16.a


Formação profissional Deveres dos trabalhadores

1 — A Empresa proporcionará aos trabalhadores ao São deveres dos trabalhadores:


seu serviço condições de formação e de valorização pro- a) Cumprir as disposições deste acordo e demais
fissional no âmbito da profissão que exercem na legislação aplicável;
Empresa. b) Exercer com competência, zelo, pontualidade
e assiduidade as funções que lhes estejam con-
2 — O tempo despendido pelos trabalhadores na fre- fiadas e para que foram contratados;
quência de acções de formação profissional que decor- c) Prestar aos outros trabalhadores todos os con-
ram no período normal de trabalho será considerado, selhos e ensinamentos de que necessitem ou
para todos os efeitos, como tempo de trabalho, sem solicitem em matéria de serviço;
prejuízo da retribuição, submetendo-se os trabalhadores d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço
a todas as disposições deste acordo. dos outros trabalhadores nos seus impedimentos
e férias;
e) Observar e fazer observar os regulamentos
CAPÍTULO III internos e as determinações dos seus superiores
Direitos, deveres e garantias das partes hierárquicos no que respeita à execução e dis-
ciplina do trabalho, salvo na medida em que
tais determinações se mostrem contrárias aos
Cláusula 14.a
seus direitos e garantias, bem como observar
Deveres da Empresa e fazer observar as normas de higiene, segurança
e medicina no trabalho;
São deveres da Empresa:
f) Tratar com respeito e consideração os seus supe-
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais riores hierárquicos, os restantes trabalhadores
legislação aplicável; da Empresa e demais pessoas e entidades que
b) Tratar com respeito e consideração os traba- estejam ou entrem em relação com a Empresa;
lhadores ao seu serviço; g) Dar conhecimento à Empresa, através da via
c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de fun- hierárquica, das deficiências de que tenham
ções diferentes das que são próprias da sua pro- conhecimento e que afectem o regular funcio-
fissão, salvo o estabelecido no AE e na lei, ou namento dos serviços;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 470


h) Guardar lealdade à Empresa, nomeadamente c) CI (comissão intersindical), a organização dos
não negociando por conta própria ou alheia em delegados das comissões sindicais no mesmo
concorrência com ela nem divulgando informa- estabelecimento;
ções referentes aos seus métodos de produção d) SS (secção sindical), o conjunto de trabalhado-
e negócio; res filiados no mesmo sindicato.
i) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens
relacionados com o seu trabalho que lhes este-
jam confiados; Cláusula 19.a
j) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento Reuniões
de segurança que lhes for distribuído ou dis-
ponibilizado pela Empresa. 1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante
o horário de trabalho, até um período máximo de quinze
horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como
Cláusula 17.a tempo de serviço efectivo, sem prejuízo da normalidade
Garantias dos trabalhadores da laboração, nos casos de trabalho por turnos ou de
trabalho suplementar, e desde que, nos restantes casos,
É vedado à Empresa: assegurem o funcionamento dos serviços de natureza
a) Opor-se, por qualquer forma, a que os traba- urgente.
lhadores exerçam os seus direitos, bem como
aplicar-lhes sanções por causa desse exercício; 2 — Os trabalhadores poderão reunir-se fora do horá-
b) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores; rio normal de trabalho dentro das instalações da
c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que Empresa, durante o período que entenderem necessário,
actuem no sentido de influir desfavoravelmente sem prejuízo da normalidade da laboração nos casos
nas condições de trabalho deles ou dos seus de trabalho por turnos ou de trabalho suplementar.
colegas;
d) Baixar a categoria dos trabalhadores e diminuir 3 — As reuniões de trabalhadores poderão ser con-
a retribuição, salvo o previsto na lei e no pre- vocadas por um terço ou 50 trabalhadores da Empresa,
sente acordo; pela CS, pela CI ou pelo delegado sindical, quando aque-
e) Admitir trabalhadores exclusivamente remune- las não existam.
rados através de comissões;
f) Transferir os trabalhadores para outro posto de 4 — As entidades promotoras das reuniões, nos ter-
trabalho se aqueles, justificadamente e por mos dos números anteriores, deverão comunicar ao con-
escrito, não derem o seu acordo; selho de administração ou a quem as suas vezes fizer
g) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou a e aos trabalhadores interessados, com a antecedência
utilizar serviços fornecidos pela Empresa ou por mínima de um dia, a data e a hora em que pretendem
pessoa por ela indicada; que elas se efectuem, devendo afixar as respectivas
h) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, convocatórias.
refeitórios, economatos ou outros estabeleci-
mentos directamente relacionados com o tra- 5 — Nos casos de urgência, a comunicação a que se
balho, para fornecimento de bens ou prestação refere o número anterior deverá ser feita com a ante-
de serviço aos trabalhadores; cedência possível.
i) Despedir qualquer trabalhador, salvo nos ter-
mos da lei; 6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza-
j) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo ções sindicais respectivas e os seus representantes que
com o seu acordo, havendo o propósito de os não trabalhem na Empresa podem, desde que devida-
prejudicar em direitos ou garantias decorrentes mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar
da antiguidade; nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com
k) Fazer lock out, nos termos da lei. a antecedência mínima de seis horas.

Cláusula 20.a
CAPÍTULO IV
Competência dos delegados sindicais
Exercício da actividade sindical na empresa
1 — Os delegados sindicais e as CS ou CI têm com-
petência e poderes para desempenhar todas as funções
Cláusula 18.a que lhes estão atribuídas neste acordo e na lei, com
Princípios gerais
observância dos preceitos neles estabelecidos, nomea-
damente:
1 — A actividade sindical na Empresa rege-se pela
a) Acompanhar e fiscalizar a aplicação das dispo-
legislação aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláu-
sições legais e convencionais que tenham reper-
sulas seguintes.
cussões nas condições de trabalho;
2 — Para os efeitos deste acordo entende-se por:
b) Fiscalizar o funcionamento do refeitório, infan-
a) AGT (assembleia geral de trabalhadores), o tário, creche e outras estruturas de assistência
conjunto de todos os trabalhadores da Empresa; social existentes na Empresa;
b) CS (comissão sindical), a organização dos dele- c) Analisar e dar parecer sobre qualquer projecto
gados sindicais do mesmo sindicato na mesma de mudança de local da unidade, instalação ou
Empresa; serviço;

471 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


d) Visar os mapas mensais a enviar pela Empresa e CI, por meio de carta registada, com aviso de recepção,
aos sindicatos, os mapas de contribuições para de que será afixada cópia nos locais reservados às infor-
a segurança social e os documentos das com- mações sindicais.
panhias seguradoras que respeitem ao seguro
dos trabalhadores. 3 — O procedimento referido no número anterior
será igualmente observado nos casos de substituição ou
2 — Sobre as matérias constantes das alíneas b) e cessação de funções.
c), a Empresa não poderá deliberar sem que tenha sido
dado prévio conhecimento das mesmas aos delegados Cláusula 23.a
sindicais ou às CS ou CI.
Reuniões

Cláusula 21.a 1 — A CI, a CS, quando aquela não existir, ou ainda


Direitos e garantias dos delegados sindicais
o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú-
nem-se com o conselho de administração ou com quem
1 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar este designar para o efeito, sempre que uma ou outra
no interior da Empresa textos, convocatórias, comuni- parte o julgar conveniente.
cações ou informações relativos à vida sindical e aos
interesses sócio-profissionais dos trabalhadores, bem 2 — O tempo das reuniões previstas nesta cláusula
como proceder à sua distribuição, mas sem prejuízo, não pode ser considerado para o efeito de créditos de
em qualquer dos casos, da laboração normal da unidade, horas sempre que a reunião não seja da iniciativa dos
instalação ou serviço em causa. trabalhadores.

2 — Os locais de afixação serão reservados pelo con- Cláusula 24.a


selho de administração ou por quem as suas vezes fizer,
ouvida a CI, a CS ou os delegados sindicais. Instalação das comissões

1 — Havendo mais de 100 trabalhadores, a Empresa


3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais,
livremente em todas as dependências da Empresa, sem desde que estes o requeiram, a título permanente, um
prejuízo do serviço e das normas constantes do regu- local situado no interior daquela ou na sua proximidade,
lamento de segurança na Empresa. que seja apropriado para o exercício das suas funções
e que disponha de telefone.
4 — Para o exercício da acção sindical na Empresa,
é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um 2 — Havendo menos de 100 trabalhadores, a Empresa
dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais,
qualidade. desde que estes o requeiram, um local situado no interior
daquela ou na sua proximidade, apropriado para o exer-
5 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men- cício das suas funções e que disponha de telefone.
sal de dez horas aos delegados que façam parte da CI.
Cláusula 25.a
6 — Os delegados que pertençam simultaneamente
à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente Direitos e garantias dos dirigentes
pelo número anterior. das organizações sindicais

1 — Cada membro da direcção das organizações sin-


7 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para
de horas de um delegado sindical seja utilizado por o exercício das suas funções.
outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados
que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas. 2 — A direcção interessada deverá comunicar com
um dia de antecedência as datas e o número de dias
Cláusula 22.a de que os respectivos membros necessitem para o exer-
Número de delegados sindicais
cício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade,
nos dias úteis imediatos ao 1.o dia em que faltarem.
1 — O número de delegados sindicais de cada sin-
dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão Cláusula 26.a
sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos
na cláusula anterior, é calculado da forma seguinte: Quotização sindical

a) Estabelecimento com 50 a 99 trabalhadores A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança


sindicalizados — 2; das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos
b) Estabelecimento com 100 a 199 trabalhadores respectivos, depois de recebidas as declarações indivi-
sindicalizados — 3; duais dos trabalhadores.
c) Estabelecimento com 200 a 499 trabalhadores
sindicalizados — 6. Cláusula 27.a
Direito à greve
2 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con-
selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
na respectiva empresa, a identificação dos delegados o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
sindicais, bem como daqueles que fazem parte das CS o exercício de tal direito.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 472


CAPÍTULO V ultrapasse os limites máximos dos períodos normais de
trabalho diário.
Prestação de trabalho
2 — Os trabalhadores em regime de turnos de labo-
Cláusula 28.a ração contínua tomarão as suas refeições no local de
Período normal de trabalho trabalho, sem que possam abandonar as instalações res-
pectivas e sem prejuízo do normal funcionamento do
1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos serviço.
termos da lei e do presente acordo.
3 — O disposto no número anterior não afecta os
2 — A duração média do período normal de trabalho direitos adquiridos pelos trabalhadores que à data da
semanal é de trinta e nove horas, sem prejuízo dos horá- entrada em vigor deste acordo prestam serviço em
rios de duração média inferior existentes na Empresa. regime de laboração contínua.
3 — A duração média do período normal de trabalho 4 — Os trabalhadores de turno cujo serviço o permita
diário é de oito horas. terão direito a um intervalo de uma hora, que, nos ter-
mos gerais, não se considera tempo de trabalho.
Cláusula 29.a
5 — Nenhum trabalhador poderá ser mudado de
Horário de trabalho
horário ou turno senão após um período de descanso,
1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do nunca inferior a doze horas.
início e do termo do período de trabalho diário, bem
como a dos intervalos de descanso diários. Cláusula 32.a
Troca de turnos
2 — Compete à Empresa elaborar e estabelecer o
horário de trabalho dos trabalhadores ao seu serviço, 1 — As trocas de turnos previstas na presente cláusula
de acordo com o disposto na lei e no presente acordo. são trocas efectuadas por iniciativa e no interesse directo
dos trabalhadores.
Cláusula 30.a
2 — São permitidas trocas de turnos entre trabalha-
Modalidades de horário de trabalho dores desde que previamente acordadas entre eles e
Para os efeitos deste acordo de empresa, entende-se aceites pela Empresa.
por:
3 — As trocas de turno não poderão determinar:
a) Horário fixo aquele em que as horas de início
e termo de período de trabalho, bem como as a) Prestação de trabalho consecutivo com duração
dos intervalos de descanso, são previamente superior a dezasseis horas;
b) Prejuízo para o número de descansos semanais
determinadas e fixas;
a que o trabalhador tenha direito por trabalho
b) Horário móvel aquele em que as horas de início
prestado;
e de termo do período de trabalho, bem como
c) Pagamento de qualquer trabalho suplementar
as dos intervalos de descanso, não são fixas, ou atribuição de quaisquer descansos compen-
podendo entre o início e o termo efectivo do satórios.
período normal de trabalho diário decorrer o
período máximo de quinze horas; 4 — Sempre que, em virtude de troca de turno, o
c) Horário flexível aquele em que as horas de início trabalhador preste serviço no seu dia de descanso sema-
e termo do período de trabalho, bem como as nal, deverá efectuar a «destroca» nos 30 dias subse-
dos intervalos de descanso, podem ser móveis, quentes, de modo que o descanso perdido em virtude
havendo, porém, períodos de trabalho fixos da troca seja recuperado neste prazo.
obrigatórios;
d) Horário de turnos rotativos aquele em que exis- 5 — Os trabalhadores que pretendam trocar de turnos
tem, para o mesmo posto de trabalho, dois ou devem comunicar, por escrito, o facto à Empresa com
mais horários que se sucedem sem sobreposição a máxima antecedência possível ou imediatamente após
que não seja a estritamente necessária para asse- a troca.
gurar a continuidade do trabalho e em que os
trabalhadores mudam periódica e regularmente 6 — O regime desta cláusula é aplicável às trocas
de um horário de trabalho para o subsequente, entre trabalhadores de turnos e trabalhadores em horá-
de harmonia com uma escala preestabelecida; rio geral, desde que, neste último caso, se trate de tra-
e) Regime de laboração contínua aquele em que balhadores cujo elenco de funções integra a substituição
a laboração da instalação é ininterrupta, com de profissionais em turnos, nas suas férias, faltas ou
dispensa de encerramento diário, semanal e nos impedimentos.
dias feriados.
Cláusula 33.a
Cláusula 31.a Regime de prevenção
Turnos
1 — A Empresa instituirá um sistema de prevenção,
1 — Deverão ser organizados turnos rotativos de pes- que porá em funcionamento na medida das necessidades
soal diferente sempre que o período de funcionamento e conveniências do serviço.

473 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — O regime de prevenção consiste na disponibi- Cláusula 36.a
lidade do trabalhador, de modo a poder acorrer às ins- Trabalho suplementar
talações a que pertence, em caso de necessidade. A dis-
ponibilidade traduzir-se-á na permanência do trabalha- 1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele
dor em casa ou em local de fácil acesso, num raio que é prestado fora do horário de trabalho.
máximo de 5 km da sua residência, para efeito de con-
vocação e imediata comparência na instalação a que 2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado:
pertence.
a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés-
cimos eventuais de trabalho;
3 — A identificação dos trabalhadores que integram b) Em caso de força maior ou quando se torne
o regime de prevenção deve constar de uma escala a indispensável para prevenir ou reparar prejuízos
elaborar periodicamente. graves para a Empresa.
4 — O período de prevenção inicia-se imediatamente 3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante-
após o termo do último período normal de trabalho rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi-
anterior e finda imediatamente antes do início do pri- cação da hierarquia feita com a máxima antecedência
meiro período normal de trabalho subsequente. possível.
5 — A convocação compete ao superior hierárquico 4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra-
da instalação ou a quem o substituir e deverá restrin- balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
gir-se às intervenções necessárias ao funcionamento díveis.
dessa instalação ou impostas por situações que afectem
a economia da Empresa e que não possam esperar por 5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se
assistência durante o período normal de trabalho. pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto
nas cláusulas 37.a e 38.a
6 — O trabalhador procederá ao registo da anomalia
verificada, bem como da actuação tida para a sua reso-
lução e resultados obtidos, sobre o que a hierarquia Cláusula 37.a
se pronunciará de imediato. Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho

1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar


7 — O regime de prevenção não se aplica aos tra-
em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar:
balhadores em regime de turnos.
a) Durante o primeiro período do dia de trabalho
8 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro imediato se, entre as 22 horas e as 7 horas, for
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, prestado um mínimo de três a seis horas de
aplica-se o regime constante da cláusula 32.a do AE trabalho suplementar;
da PORTUCEL, S. A., publicado no Boletim do Tra- b) Durante ambos os períodos do dia de trabalho
balho e Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de imediato se, entre as 22 horas e as 7 horas, forem
1992. prestadas seis ou mais horas de trabalho suple-
mentar.
Cláusula 34.a 2 — Se o trabalhador em horário de turnos rotativos
Isenção de horário de trabalho prolongar o seu período de trabalho, tem direito a entrar
ao serviço doze horas após ter concluído a prestação
1 — O regime de isenção de horário de trabalho é de trabalho suplementar ou a não a iniciar se o pro-
o previsto na lei. longamento for superior a sete horas.

2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário 3 — O trabalhador tem direito a uma refeição, nos
de trabalho é também devido no subsídio de férias e termos das alíneas seguintes, quando o período normal
no subsídio de Natal. desta esteja intercalado no período de trabalho suple-
mentar:
Cláusula 35.a a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga-
mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições
Trabalho nocturno previstas na cláusula 74.a;
1 — Considera-se trabalho nocturno o trabalho pres- b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de
tado no período que decorre entre as 20 horas de um 193$;
dia e as 7 horas do dia imediato. c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas
de custo em vigor na Empresa, em caso de des-
2 — Considera-se igualmente como nocturno o tra- locação em serviço.
balho diurno prestado em antecipação ou prolonga-
mento de um turno nocturno. 4 — Para efeitos do número anterior, consideram-se
períodos normais de refeição:
3 — Para efeitos do número anterior considera-se a) Pequeno-almoço — das 7 às 9 horas;
nocturno o turno em que sejam realizadas pelo menos b) Almoço — das 12 às 14 horas;
sete horas consecutivas entre as 20 horas de um dia c) Jantar — das 19 às 21 horas;
e as 7 horas do dia imediato. d) Ceia — das 24 às 2 horas.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 474


5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei- tares da sua remuneração base, designadamente diu-
ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como turnidades, na proporção do tempo de trabalho prestado
trabalho suplementar nos casos em que o período pre- relativamente ao horário de trabalho praticado na
visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi- Empresa para os restantes trabalhadores da mesma cate-
tes definidos no número anterior. Nos casos em que goria profissional em regime de tempo inteiro, sem pre-
o início e o termo previsíveis do período de trabalho juízo de condições eventualmente mais favoráveis já
suplementar coincidam, respectivamente, com o pri- estabelecidas em contrato individual.
meiro ou o último dos limites previstos no número ante-
rior, não será concedido qualquer intervalo para refei-
ção, sendo apenas paga esta de acordo com o disposto CAPÍTULO VI
no n.o 3.
Suspensão da prestação de trabalho
6 — Os trabalhadores em regime de turnos têm
direito ao pagamento de uma refeição nos casos de pres- Cláusula 40.a
tação de quatro horas de trabalho suplementar em ante-
cipação ou prolongamento do seu turno. Descanso semanal

1 — O dia de descanso semanal é o domingo e o


7 — A Empresa fica obrigada a fornecer ou a asse- dia de descanso semanal complementar é o sábado,
gurar transporte: excepto para os trabalhadores em regime de turnos, os
a) Sempre que o trabalhador seja solicitado a pres- quais têm os dias de descanso em conformidade com
tar trabalho suplementar em todos os casos que a respectiva escala de rotação.
não sejam de prolongamento do período normal
de trabalho; 2 — Sempre que o funcionamento das instalações o
b) Sempre que, nos casos de trabalho suplementar justifique, para assegurar a continuidade do serviço,
em prolongamento do período normal de tra- podem ser organizadas escalas de descanso semanal
balho, o trabalhador não disponha do seu trans- diferente do previsto no número anterior, devendo,
porte habitual. porém, um dos dias de descanso coincidir, periodica-
mente, com o domingo.
8 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar
que não sejam de antecipação ou prolongamento do 3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
período normal de trabalho o tempo gasto no transporte efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994,
será pago como trabalho suplementar. aplica-se o regime constante da cláusula 39.a do AE
da PORTUCEL, S. A.; publicado no Boletim do Tra-
Cláusula 38.a balho e Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de
1992.
Trabalho prestado em dia de descanso semanal ou feriado

1 — O trabalho em dia de descanso semanal e o tra-


Cláusula 41.a
balho prestado em dia feriado dão direito a descanso
nos termos da lei. Feriados

2 — O descanso compensatório previsto no número 1 — Serão observados os seguintes feriados:


anterior será concedido até 30 dias após o descanso 1 de Janeiro;
semanal não gozado pelo trabalhador. Terça-feira de Carnaval;
Sexta-Feira Santa;
3 — O período de descanso compensatório a que se 25 de Abril;
referem os números precedentes será de um dia com- 1 de Maio;
pleto no caso de ter sido prestado um mínimo de duas Corpo de Deus (festa móvel);
horas de trabalho e de meio no caso contrário. 10 de Junho;
15 de Agosto;
4 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte sem- 5 de Outubro;
pre que o trabalhador preste trabalho em dia de des- 1 de Novembro;
canso ou de feriado que deva gozar, desde que não 1 de Dezembro;
disponha do seu transporte habitual. 8 de Dezembro;
25 de Dezembro;
5 — Os trabalhadores têm direito ao pagamento de O feriado municipal ou da capital de distrito onde
um subsídio de alimentação nos casos de prestação de se situa o local de trabalho.
quatro horas consecutivas de trabalho suplementar.
2 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser-
6 — O tempo gasto nos transportes será pago como vado em outro dia com significado local no período
trabalho em dia de descanso semanal ou feriado. da Páscoa e em que acordem a Empresa e a maioria
dos trabalhadores.
Cláusula 39.a
Trabalho em tempo parcial
3 — Em substituição dos feriados de terça-feira de
Carnaval e municipal poderá ser observado, a título de
Os trabalhadores que prestem serviço em regime de feriado, qualquer outro dia em que acordem a Empresa
tempo parcial terão direito às prestações complemen- e a maioria dos trabalhadores.

475 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 42.a que possível, a faculdade de gozar as suas férias
Férias
simultaneamente.

1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm 10 — Sempre que as conveniências de produção o
direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da justifiquem, poderá a Empresa, mediante autorização
retribuição, um período de férias igual a 23 dias úteis do Ministério para a Qualificação e o Emprego, subs-
em 1997 e 24 dias úteis a partir de 1998, salvo o disposto tituir o regime fixado, pelo encerramento total ou parcial
nos números seguintes. dos serviços da Empresa até 20 dias.

2 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer 11 — Para efeitos de processamento, o trabalhador


no 1.o semestre do ano civil, o trabalhador tem direito, terá de confirmar à hierarquia e serviço de pessoal a
após um período de 60 dias de trabalho efectivo, a um data de entrada em férias até ao dia 5 do mês anterior.
período de férias de 8 dias úteis.
12 — O mapa de férias deverá estar elaborado até
3 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer 15 de Abril de cada ano e estar afixado nos locais de
no 2.o semestre do ano civil, o direito a férias só se trabalho entre esta data e 31 de Outubro.
vence após o decurso de seis meses completos de serviço
efectivo.
Cláusula 44.a
4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis Acumulação de férias
compreende os dias de semana de segunda-feira a sexta- 1 — As férias devem ser gozadas no mesmo ano civil,
-feira, com a exclusão dos feriados não sendo como não sendo permitido acumular férias de dois ou mais
tal considerados o sábado e o domingo. anos.

Cláusula 43.a 2 — Terão, porém, direito a acumular férias de dois


anos.
Marcação do período de férias
a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias
1 — As férias devem ser gozadas em dias conse- nas Regiões Autónomas da Madeira e dos
cutivos. Açores;
b) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias
2 — É permitida a marcação do período de férias com familiares emigrados ou residentes no
num máximo de três períodos interpolados, devendo estrangeiro.
ser garantido que um deles tenha a duração mínima
efectiva de 10 dias úteis consecutivos. 3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1.o tri-
mestre do ano civil imediato:
3 — A marcação do ou dos períodos de férias deve
ser feita por mútuo acordo entre a Empresa e os a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar
trabalhadores. graves prejuízos à Empresa ou ao trabalhador
e desde que, no primeiro caso, este dê o seu
4 — Para os efeitos do número anterior, os traba- acordo;
lhadores apresentarão à Empresa, por intermédio da b) Quando, após a cessação do impedimento, o
hierarquia e entre os dias 1 de Janeiro e 15 de Março gozo do período de férias exceder o termo do
de cada ano, um boletim de férias com a indicação das ano civil, mas apenas na parte que o exceda.
datas em que pretendem o gozo destas.
4 — Mediante acordo, os trabalhadores poderão
ainda acumular, no mesmo ano, metade do período de
5 — Quando as férias que o trabalhador pretenda
férias do ano anterior com o período a gozar nesse ano.
gozar se situem entre 1 de Janeiro e 30 de Abril, con-
sideram-se marcadas por acordo se no prazo de 15 dias
a contar da apresentação do boletim de férias nos termos Cláusula 45.a
do número anterior a Empresa não se manifestar em
Alteração ou interrupção do período de férias
contrário.
1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
6 — Quanto às férias pretendidas fora do período sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
indicado no número anterior, consideram-se marcadas início, esteja temporariamente impedido por facto que
também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
ano a Empresa não se manifestar expressamente em ou serviço militar.
contrário.
2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul-
7 — Na falta de acordo, caberá à Empresa a elabo- tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
ração do mapa de férias, nos termos da lei. a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri-
buição correspondente ao período de férias não gozado
8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar e respectivo subsídio.
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro.
3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencendo ao Empresa, por exigências imperiosas do seu funciona-
mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 476


lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja Cláusula 49.a
sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente Violação do direito a férias
as férias na época fixada.
No caso de a Empresa obstar ao gozo das férias nos
4 — A alteração e a interrupção das férias não pode- termos previstos no presente acordo, o trabalhador rece-
rão prejudicar o gozo seguido de dez dias úteis con- berá, a título de indemnização, o triplo da retribuição
secutivos. correspondente ao período em falta, que deverá obri-
gatoriamente ser gozado no 1.o trimestre do ano civil
subsequente.
Cláusula 46.a
Cláusula 50.a
Doença no período de férias
Exercício de outra actividade durante as férias
1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o 1 — O trabalhador não pode exercer durante as férias
período de férias, são as mesmas suspensas desde que qualquer outra actividade remunerada, salvo se já a
a Empresa seja do facto informada. O gozo das férias viesse exercendo cumulativamente com conhecimento
prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que da Empresa ou esta o autorizar a isso.
as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após
a alta. 2 — A contravenção ao disposto no número anterior
tem as consequências previstas na lei.
2 — A prova da situação de doença prevista no n.o 1
poderá ser feita por estabelecimento hospitalar ou por Cláusula 51.a
boletim de baixa da ARS, ou por atestado médico, sem Faltas
prejuízo, neste último caso, do direito de fiscalização
e controlo por médico indicado pela Empresa. 1 — Falta é a ausência do trabalhador durante o
período normal de trabalho diário a que está obrigado.
Cláusula 47.a 2 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío-
dos inferiores ao período normal de trabalho diário a
Férias e impedimentos prolongados que está obrigado, os respectivos tempos serão adicio-
nados para determinação dos períodos normais de tra-
1 — No ano da suspensão do contrato de trabalho balho diário em falta.
por impedimento prolongado respeitante ao trabalha-
dor, se se verificar a impossibilidade total ou parcial 3 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
do gozo do direito a férias já vencido, o trabalhador As faltas justificadas podem ser com ou sem retribuição.
terá direito à retribuição correspondente ao período de
férias não gozado e respectivo subsídio.
Cláusula 52.a
Faltas justificadas
2 — No ano da cessação do impedimento prolongado,
o trabalhador tem direito, após a prestação de três meses 1 — Consideram-se justificadas, nos termos da lei e
de efectivo serviço, a um período de férias e respectivo deste acordo, as seguintes faltas:
subsídio equivalentes aos que teriam vencido em 1 de
Janeiro desse ano como se tivesse estado ininterrup- a) As dadas por altura do casamento, até 11 dias
tamente ao serviço. seguidos, excluindo os dias de descanso inter-
correntes;
b) As dadas por falecimento de cônjuge não sepa-
3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes rado de pessoas e bens, pessoa que viva em situa-
de decorrido o prazo referido no número anterior ou ção análoga à do cônjuge, ou pais, filhos, sogros,
de gozado o direito a férias previsto no n.o 1, pode genros, noras, padrasto, madrasta e enteados,
a Empresa marcar as férias para serem gozadas até 30 até cinco dias consecutivos;
de Abril do ano civil subsequente. c) As dadas por falecimento de avós, bisavós e
graus seguintes e afins dos mesmos graus,
irmãos ou cunhados ou ainda de pessoa que
Cláusula 48.a viva em comunhão de vida e habitação com o
trabalhador até dois dias consecutivos;
Efeitos da cessação do contrato de trabalho
d) As motivadas por prática de actos necessários
e inadiáveis no exercício de funções em asso-
1 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquer
ciações sindicais ou instituições de previdência
forma, o trabalhador terá direito a receber a retribuição
e na qualidade de delegado sindical ou de mem-
correspondente a um período de férias proporcional ao
bro da comissão de trabalhadores, nos termos
tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem da lei;
como ao respectivo subsídio. e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-
balho devido a facto que não seja imputável
2 — Se o contrato cessar antes de gozado o período ao trabalhador, nomeadamente doença, aci-
de férias vencido no início desse ano, o trabalhador dente ou cumprimento de obrigações legais,
terá ainda direito a receber a retribuição correspondente conforme convocatória ou notificação expressa
a esse período, bem como o respectivo subsídio. das entidades competentes;

477 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


f) As motivadas pela necessidade de prestação de 2 — Determinam perda de retribuição as seguintes
assistência inadiável e imprescindível a mem- faltas ainda que justificadas:
bros do seu agregado familiar, conforme cer-
tidão médica invocando o carácter inadiável e a) As previstas na alínea d) do n.o 1 da cláu-
imprescindível da assistência; sula 52.a, salvo tratando-se de faltas dadas por
g) As motivadas pela prestação de provas em esta- membros de comissões de trabalhadores, mem-
belecimento de ensino; bros da direcção das associações sindicais e dele-
h) As dadas por ocasião de nascimento de filhos, gados sindicais no exercício das suas funções,
por dois dias, no período de um mês contado dentro do respectivo crédito de horas;
desde a data do nascimento; b) As previstas na alínea f) do n.o 1 da cláusula 52.a,
i) As dadas por trabalhadores que prestam serviço para além de dois dias em cada situação;
em corpo de bombeiros voluntários ou de socor- c) As dadas por motivo de doença, desde que o
ros a náufragos, pelo tempo necessário a acorrer trabalhador tenha direito ao subsídio de segu-
ao sinistro ou acidente; rança social respectivo;
j) As motivadas por doação de sangue a título gra- d) As dadas por motivo de acidente de trabalho,
cioso, a gozar no dia da doação ou no dia ime- desde que o trabalhador tenha direito a qual-
diato, até ao limite de um dia por cada período quer subsídio ou seguro.
de três meses;
l) As dadas até quarenta e oito horas em cada
Cláusula 55.a
ano civil, para tratar de assuntos de ordem par-
ticular, sem necessidade de justificação, não Faltas injustificadas
podendo ser utilizadas de cada vez em tempo
superior ao respectivo período normal de tra- 1 — Consideram-se injustificadas as faltas não con-
balho diário, sem prejuízo do normal funcio- templadas na cláusula 52.a, bem como as que não forem
namento dos serviços. Independentemente do comunicadas nos termos da cláusula 53.a
gozo, o crédito adquire-se ao ritmo de quatro
horas por cada mês de efectivo trabalho, con- 2 — Nos termos das disposições legais aplicáveis, as
siderando-se para este efeito o período de férias; faltas injustificadas determinam sempre perda da retri-
m) As prévia ou posteriormente autorizadas pela buição correspondente ao período de ausência, o qual
Empresa. será descontado, para todos os efeitos, na antiguidade
do trabalhador.
2 — Não são autorizadas as faltas dadas ao abrigo
da alínea l) do n.o 1 em antecipação ou no prolonga- 3 — Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio
mento de férias, feriados ou dias de descanso semanal, período normal de trabalho diário, o período de ausência
quando tenham duração superior a quatro horas. a considerar para efeitos do número anterior abrangerá
os dias ou meios dias de descanso ou feriados imedia-
3 — No caso de trabalho em regime de turnos em tamente anteriores ao dia ou dias de falta.
que os feriados coincidam com dias normais de trabalho,
não se aplica o disposto no número anterior, na parte
respeitante a feriados. 4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito
de desconto de faltas injustificadas é calculado pela fór-
mula da cláusula 61.a
Cláusula 53.a
Participação e justificação de faltas
5 — Incorre em infracção disciplinar grave todo o tra-
balhador que:
1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas
ao superior hierárquico com a antecedência mínima de a) Faltar injustificadamente durante três dias con-
cinco dias. secutivos ou seis interpolados num período de
um ano;
2 — Quando imprevisíveis, as faltas serão obrigato- b) Faltar com alegação de motivo de justificação
riamente comunicadas logo que possível. comprovadamente falso.

3 — O não cumprimento do disposto nos números Cláusula 56.a


anteriores torna as faltas injustificadas.
Efeitos das faltas no direito a férias
4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus-
tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados 1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito
para a justificação. a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
seguinte.

Cláusula 54.a 2 — Nos casos em que as faltas determinem perda


Consequências das faltas justificadas de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
lhador expressamente assim o preferir, por perda de
1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de dias de férias na proporção de um dia de férias por
quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea- cada dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo
damente de retribuição, salvo o disposto no número efectivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis
seguinte. se se tratar de férias no ano de admissão.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 478


Cláusula 57.a 2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór-
Impedimentos prolongados
mula prevista no número anterior não inclui a retri-
buição especial por isenção do horário de trabalho.
1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea- Cláusula 62.a
damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente,
e o impedimento se prolongue por mais de um mês, Diuturnidades
cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efec-
medida em que pressuponham a efectiva prestação de tivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, aplica-se
trabalho. o regime constante da cláusula 62.a do AE PORTU-
CEL, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,
2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
direito no termo da suspensão. Cláusula 63.a
Subsídio de turno
3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por
1 — Os trabalhadores em regime de turnos têm
detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão
direito a receber, mensalmente, um subsídio calculado
judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto
a partir da base de indexação, definida na cláusula
no número anterior, salvo se, entretanto, o contrato tiver
seguinte, de:
sido rescindido com fundamento em justa causa.
a) 9,52 % da referida base de indexação, quando
4 — O contrato caducará a partir do momento em em regime de dois turnos com folga fixa;
que se torne certo que o impedimento é definitivo. b) 10,96 % da base de indexação, quando em
regime de dois turnos com folga variável;
5 — O impedimento prolongado não prejudica a c) 12,38 % da base de indexação, quando em
caducidade do contrato de trabalho no termo do prazo regime de três turnos sem laboração contínua;
pelo qual tenha sido celebrado. d) 18,29 % da base de indexação, quando em
regime de três turnos com laboração contínua.
6 — A suspensão não prejudica o direito de, durante
ela qualquer das partes rescindir o contrato, ocorrendo 1.1 — No regime de três turnos de laboração contínua
justa causa. ou no regime de dois turnos equiparáveis a laboração
contínua, abrangidos pelas condições constantes do n.o 2
da cláusula 31.a, aos valores de subsídio de turno refe-
Cláusula 58.a ridos acrescem, respectivamente, 8 % e 6 % da remu-
Licenças sem retribuição neração base individual.

A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen- 2 — Os subsídios de turno indicados no número ante-
ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha- rior incluem a remuneração por trabalho nocturno.
dores, devidamente fundamentadas.
3 — Estes subsídios serão devidos quando os traba-
lhadores se encontrem no gozo de férias.
CAPÍTULO VII
4 — Os subsídios previstos nesta cláusula vencem-se
Retribuição no fim de cada mês e são devidos a cada trabalhador
em relação e proporcionalmente ao serviço prestado
Cláusula 59.a em regime de turnos no decurso do mês.
Remuneração base
Cláusula 64.a
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu-
Base de indexação
nerações base mínimas constantes do anexo III.
1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno
a obtém-se a partir da média simples das remunerações
Cláusula 60. da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula:
Tempo, local e forma de pagamento
M= R
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até n
ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei. sendo:
M — média simples das remunerações;
Cláusula 61.a R — soma das remunerações de todos os grupos
salariais;
Determinação da retribuição horária n — número de grupos salariais constantes do
1 — O valor da retribuição horária será calculado pela anexo III.
aplicação da fórmula seguinte:
2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos
(Rem. base + diut.+ subsídio turno + IHT)×12 subsídios de turnos serão arredondados para a dezena
Período normal de trabalho semanal×52 de escudos imediatamente superior.

479 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 65.a Cláusula 67.a
Subsídio de Natal Remuneração do trabalho nocturno

1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente A remuneração do trabalho nocturno será superior


acordo têm direito a receber pelo Natal, independen- em 25 % à retribuição a que dá direito o trabalho cor-
temente da assiduidade, um subsídio de valor corres- respondente prestado durante o dia.
pondente a um mês de remuneração, mais diuturnida-
des, subsídio de turno e isenção de horário de trabalho. Cláusula 68.a
Remuneração de trabalho suplementar
2 — O subsídio referido no número anterior será pago
com a retribuição de Novembro, sendo o seu montante 1 — O trabalho suplementar prestado em dia normal
determinado pelos valores a que tenha direito nesse de trabalho será remunerado com os seguintes acrés-
mês. cimos:
a) 75 % para as horas diurnas;
3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano b) 100 % para as horas nocturnas.
a que o subsídio de Natal diz respeito receberão a impor-
tância proporcional aos meses completos que medeiam 2 — A remuneração do trabalho prestado em dia de
entre a data da sua admissão e 31 de Dezembro. descanso semanal ou feriado será calculado de acordo
com a seguinte fórmula:
4 — No ano da cessação do contrato de trabalho,
qualquer que seja a causa, a Empresa pagará ao tra- R(tdf)=Rh×T(tdf)×2
balhador tantos duodécimos, do subsídio de Natal quan- sendo:
tos os meses completos de trabalho no ano da cessação.
R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia
de descanso semanal ou feriado;
5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus- Rh — retribuição horária calculada nos termos da
pensão do contrato de trabalho por impedimento pro- cláusula 61.a;
longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de
proporcional aos meses completos de trabalho prestado descanso semanal ou feriado.
durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se
ao disposto neste número os casos de licença por parto 3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
nos termos da cláusula 86.a, casos em que não produzirão efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994,
qualquer redução ao valor do subsídio. aplica-se o regime constante da cláusula 68.a do AE
PORTUCEL, S. A., publicado no Boletim do Trabalho
6 — Sempre que durante o ano a que corresponde e Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração
superior à sua remuneração normal, nomeadamente em
virtude de substituição, tem direito a um subsídio de Cláusula 69.a
Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida Abono para falhas
de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu-
nerações quantos os meses completos de serviço em 1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer-
que tenha auferido a superior, até 31 de Dezembro. çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo
à sua guarda e responsabilidade valores em numerário,
será atribuído um abono mensal para falhas de 7840$.
7 — Considera-se mês completo de serviço para os
2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra-
efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior
balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentam verba
a 15 dias.
inferior a 70 565$ mensais em média anual.
3 — Nos meses incompletos de serviço o abono para
Cláusula 66.a falhas será proporcional ao período em que o traba-
lhador exerça aquelas funções.
Subsídio de bombeiro

1 — Os trabalhadores seleccionados para o corpo de Cláusula 70.a


bombeiros da Empresa do serviço de protecção contra Substituições temporárias
incêndios receberão mensalmente os subsídios seguin-
tes, de harmonia com a classificação do respectivo posto: 1 — Sempre que um trabalhador substitua tempora-
riamente, por mais de um dia, outro no desempenho
Aspirante — 3910$; integral de funções que não caibam no objecto do seu
Bombeiro de 3.a classe — 4160$; contrato individual de trabalho e a que corresponda
Bombeiro de 2.a classe — 4675$; uma categoria profissional e retribuição superiores às
Bombeiro de 1.a classe — 5200$; suas, passará a receber, desde o 1.o dia de substituição
Subchefe — 5470$; e enquanto esta durar, o correspondente à remuneração
Chefe — 5725$; base da função desempenhada.
Ajudante de comando — 6235$.
2 — A substituição far-se-á mediante ordem da hie-
2 — Perdem o direito ao subsídio os trabalhadores rarquia do órgão em que se integra o trabalhador subs-
que faltem injustificadamente às instruções ou às emer- tituído, confirmada por escrito ao respectivo serviço de
gências para que sejam solicitados. pessoal.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 480


3 — Não se considera substituição para efeitos desta a escala, sendo-lhe garantido, quando chamado
cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes- a prestar trabalho suplementar ou trabalho em
mas funções de diferentes categorias profissionais, clas- dia de descanso, um mínimo de duas horas se
ses ou graus entre as quais exista promoção automática. o serviço prestado tiver sido de duração inferior;
b) A determinação das horas de prevenção, para
4 — A substituição temporária de um trabalhador de o efeito de atribuição do subsídio referido na
categoria superior será considerada uma das condições alínea anterior, resulta do somatório das horas
preferenciais para o preenchimento de qualquer posto correspondentes ao período de duração da
de trabalho a que corresponda essa categoria. escala de prevenção, deduzidas das horas do
horário de trabalho, intervalo de refeição e
5 — Se a substituição se mantiver por um período horas prestadas ou pagas de trabalho suplemen-
superior a 90 dias seguidos ou 120 interpolados, o tra- tar e trabalho em dias de descanso, que integrem
balhador substituto manterá o direito à remuneração o período da escala.
referida no n.o 1 quando, finda a substituição, regressar
ao desempenho da sua antiga função. 2 — Os trabalhadores do quadro permanente da
Empresa à data de 31 de Maio de 1994, a quem se
6 — Para os efeitos de contagem dos tempos de subs- aplica o regime constante da cláusula 32.a do AE POR-
tituição previstos no número anterior, considera-se que: TUCEL, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
a) Os 120 dias interpolados aí previstos devem Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992,
decorrer no período de um ano a contar do podem optar pelo regime constante da presente cláusula.
1.o dia da substituição;
b) Se na data da conclusão do prazo de um ano Cláusula 73.a
acima previsto não se tiverem completado aque-
les 120 dias, o tempo de substituição já prestado Prémio de chamada
ficará sem efeito, iniciando-se nessa data nova 1 — O trabalhador que seja chamado a prestar serviço
contagem de um ano se a substituição continuar; na fábrica ou em qualquer outro local durante o seu
c) Iniciar-se-á uma nova contagem de um ano, nos período de descanso diário ou em dia de descanso sema-
termos da alínea a), sempre que se inicie qual- nal ou feriado e não faça parte de equipa de prevenção
quer nova substituição; ou, fazendo, não esteja escalado tem direito a receber:
d) O trabalhador está em substituição temporária
durante o período, predeterminado ou não, de a) Prémio de chamada, no valor de uma hora de
impedimento do trabalhador substituído, trabalho normal, com o acréscimo previsto na
devendo concluir-se na data precisa em que se cláusula 68.a, conforme o período em que a cha-
conclua essa situação de impedimento e incluir mada se verifique;
os dias de descanso semanal e feriados inter- b) Pagamento do trabalho efectivamente prestado,
correntes; com a garantia mínima da retribuição de duas
e) Os aumentos de remuneração decorrentes da horas de trabalho normal, com o acréscimo pre-
revisão da tabela salarial absorverão, na parte visto na cláusula 68.a, conforme o período em
correspondente, os subsídios de substituição que a chamada se verifique.
auferidos àquela data por substituições já con-
cluídas. 2 — O prémio de chamada não será devido nos casos
em que o trabalhador seja avisado com um mínimo de
Cláusula 71.a doze horas de antecedência.
Retribuição e subsídio de férias
Cláusula 74.a
1 — A retribuição correspondente ao período de
férias não pode ser inferior à que os trabalhadores rece- Subsídio de alimentação
beriam se estivessem em serviço efectivo. 1 — Aos trabalhadores será fornecida uma refeição
em espécie por dia de trabalho prestado nos locais de
2 — Além da retribuição prevista no número anterior, actividade onde for possível a sua confecção.
os trabalhadores têm direito a um subsídio do mesmo
montante, o qual será pago com a retribuição do mês
anterior ao início das férias logo que o trabalhador goze 2 — As refeições fornecidas em espécie pela Empresa
pelo menos cinco dias úteis ou quatro se estiver inte- devem ter níveis equivalentes para todos os trabalha-
grado em turnos de laboração contínua e o confirme dores, seja qual for o local de trabalho, e ser servidas
nos termos do n.o 11 da cláusula 43.a em condições de higiene e conforto.

3 — Para os efeitos desta cláusula o número de dias 3 — Quando não haja possibilidade de fornecimento
úteis previstos no n.o 1 da cláusula 42.a corresponde de refeição em espécie, cada trabalhador terá direito
a um mês de retribuição mensal. a um subsídio de 1425$ por cada dia de trabalho
prestado.
Cláusula 72.a 4 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus-
Retribuição da prevenção tificadas, não tenham prestado trabalho no período de
trabalho imediatamente anterior à refeição não terão
1 — O trabalhador em regime de prevenção terá direito a esta ou ao subsídio respectivo.
direito a:
a) 184$, acrescidos de 5,2 % da taxa horária por 5 — Considera-se que os trabalhadores têm direito
cada hora em que esteja de prevenção, segundo a uma refeição nos termos dos números anteriores

481 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


quando prestem trabalho durante quatro horas entre Cláusula 77.a
as 0 e as 8 horas.
Deslocações

6 — A Empresa encerrará aos sábados, domingos e 1 — O regime das deslocações em serviço é o cons-
feriados os refeitórios e atribuirá, em alternativa, o sub- tante de regulamento interno da Empresa, que faz parte
sídio previsto nesta cláusula, salvo se os trabalhadores integrante deste acordo.
interessados decidirem, por maioria, em contrário.
2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço
implique deslocações habituais e que, com prévia auto-
Cláusula 75.a rização da Empresa, utilizem viatura própria para o
efeito têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido
Subsídio de infantário em serviço, em que P representa o preço da gasolina
super.
1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a
frequência de infantário ou a utilização dos serviços de
3 — Se a Empresa constituir, em benefício do tra-
ama, dentro dos seguintes valores:
balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos,
Infantário — 9105$; incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
previsto no número anterior será de 0,25.
Ama — 5930$.

2 — Não serão consideradas, para efeitos do número CAPÍTULO VIII


anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali-
mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência Cessação do contrato de trabalho
do infantário ou a utilização dos serviços de ama.
Cláusula 78.a
3 — Têm direito ao subsídio de infantário as mães
Cessação do contrato de trabalho
e ainda viúvos, divorciados ou separados judicialmente
a quem tenha sido atribuído com carácter de exclusi- O regime de cessação do contrato de trabalho é o
vidade o poder paternal e que tenham a seu cargo filhos previsto na lei.
até 6 anos de idade, inclusive, enquanto estes não fre-
quentarem o ensino primário.
CAPÍTULO IX
4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias,
sendo nele descontado o valor proporcional ao número Disciplina
de dias completos de ausência do beneficiário.
Cláusula 79.a
5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo Infracção disciplinar
que a trabalhadora possa utilizar serviços adequados
ao dispor da Empresa ou logo que o filho perfaça 7 anos 1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul-
de idade. posa pelo trabalhador dos deveres que lhe são impostos
pelas disposições legais aplicáveis e por este acordo.
Cláusula 76.a 2 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos
Subsídio de transporte
30 dias sobre a data em que a alegada infracção for
do conhecimento do conselho de administração ou de
1 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte gra- quem for por este delegado para o exercício da acção
tuito a todos os trabalhadores ao seu serviço, de e para disciplinar.
o respectivo local de trabalho, no início e termo do
respectivo período normal de trabalho diário, até ao Cláusula 80.a
limite máximo de 20 km, por estrada, para cada lado,
salvo regalias superiores já em vigor. Poder disciplinar

1 — A Empresa tem poder disciplinar sobre os tra-


2 — Nos casos em que o número de trabalhadores balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo
não justifique o fornecimento de transporte ou não seja com as normas estabelecidas no presente acordo e na
possível à Empresa fornecê-lo será concedido um sub- lei.
sídio ao trabalhador igual ao custo da deslocação em
transporte público. Este subsídio não é atribuído para 2 — A Empresa exerce o poder disciplinar por inter-
distâncias inferiores a 1 km. médio do conselho de administração ou dos superiores
hierárquicos do trabalhador, mediante delegação
3 — Quando os trabalhadores residam em locais não daquele.
servidos por transportes públicos ser-lhes-á atribuído um
subsídio de valor equivalente àquele que é atribuído 3 — A acção disciplinar exerce-se obrigatoriamente
para igual distância, nos termos previstos nos números mediante processo disciplinar, salvo se a sanção for a
anteriores. repreensão simples.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 482


Cláusula 81.a mesma as razões aduzidas pela entidade men-
Sanções disciplinares
cionada na alínea anterior que se tiver pro-
nunciado;
1 — As sanções aplicáveis aos trabalhadores pela prá- h) A decisão do processo deve ser comunicada ao
tica de infracção disciplinar são as seguintes: trabalhador, por escrito, com indicação dos fun-
damentos considerados provados.
a) Repreensão simples;
b) Repreensão registada;
4 — A falta das formalidades referidas nas alíneas b),
c) Multa;
f), g) e h) do número anterior determina a nulidade
d) Suspensão do trabalho com perda de retri-
insuprível do processo e a consequente impossibilidade
buição;
de se aplicar a sanção.
e) Despedimento com justa causa.
5 — Se, no caso do número anterior, a sanção for
2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac-
ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um aplicada e consistir no despedimento, o trabalhador terá
quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retri- os direitos consignados na lei.
buição correspondente a 10 dias.
6 — Se, no caso do n.o 4, a sanção consistir no des-
3 — A suspensão do trabalho não pode exceder, por pedimento, o trabalhador tem direito a indemnização
cada infracção, 12 dias e, em cada ano civil, o total a determinar nos termos gerais de direito.
de 30 dias.
7 — O trabalhador arguido em processo disciplinar
pode ser suspenso preventivamente até decisão final,
Cláusula 82.a nos termos da lei, mantendo, porém, o direito à retri-
Processo disciplinar buição e demais regalias durante o tempo em que durar
a suspensão preventiva.
1 — O exercício do poder disciplinar implica a ave-
riguação dos factos, circunstâncias ou situações em que 8 — Em caso de suspensão preventiva, a Empresa
a alegada violação foi praticada, mediante processo dis- obriga-se a comunicá-la ao órgão referido na alínea f)
ciplinar a desenvolver nos termos da lei e dos números do n.o 3 no prazo máximo de cinco dias.
seguintes.
9 — As sanções serão comunicadas ao sindicato res-
2 — A Empresa deverá comunicar a instauração do pectivo no prazo máximo de cinco dias.
processo ao trabalhador, à comissão de trabalhadores
e, caso o trabalhador seja representante sindical, à res- 10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
pectiva associação sindical. lugar nos três meses subsequentes à decisão.
3 — Devem ser asseguradas ao trabalhador as seguin- 11 — O trabalhador, por si ou pelo seu representante,
tes garantias de defesa: pode recorrer da decisão do processo disciplinar para
a) Na inquirição, o trabalhador a que respeita o o tribunal competente.
processo disciplinar, querendo, será assistido
por dois trabalhadores por ele escolhidos; 12 — Só serão atendidos para fundamentar o des-
b) A acusação tem de ser fundamentada na vio- pedimento com justa causa os factos para o efeito expres-
lação das disposições legais aplicáveis, de nor- samente invocados na comunicação prevista na alínea h)
mas deste acordo ou dos regulamentos internos do n.o 3.
da empresa e deve ser levada ao conhecimento
do trabalhador através de nota de culpa reme- Cláusula 83.a
tida por carta registada com aviso de recepção;
c) Na comunicação da nota de culpa deve o tra- Sanções abusivas
balhador ser avisado de que a Empresa pretende 1 — Consideram-se abusivas as sanções disciplinares
aplicar-lhe a sanção de despedimento com justa motivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou por
causa, se tal for a intenção daquela, e esclarecido iniciativa do sindicato, que o represente:
de que com a sua defesa deve indicar as tes-
temunhas e outros meios de prova de que se a) Haver reclamado legitimamente contra as con-
queira servir; dições de trabalho;
d) O prazo de apresentação da defesa é de 10 dias b) Recusar-se a cumprir ordens a que não deva
a contar da recepção da nota de culpa; obediência, nos termos da alínea e) da cláu-
e) Devem ser inquiridas as testemunhas indicadas sula 16.a deste acordo;
pelo trabalhador, com os limites fixados na lei; c) Exercer ou candidatar-se a funções em orga-
f) Quando o processo estiver completo, será apre- nismos sindicais, comissões sindicais, institui-
sentado à comissão de trabalhadores e, caso o ções de previdência ou outras que representem
trabalhador seja representante sindical, à res- os trabalhadores;
pectiva associação sindical, que podem, no prazo d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exer-
de 10 dias, fazer juntar ao processo o seu parecer cer ou invocar os direitos e garantias que lhe
fundamentado; assistem.
g) O conselho de administração ou quem por ele
for delegado deverá ponderar todas as circuns- 2 — Até prova em contrário, presumem-se abusivos
tâncias, fundamentar a decisão e referenciar na o despedimento ou a aplicação de qualquer sanção que,

483 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


sob a aparência de punição de outra falta, tenham lugar vado, não executar tarefas desaconselhadas por
até seis meses após qualquer dos factos mencionados indicação médica, devendo ser imediatamente
nas alíneas a), b) e d) do número anterior, ou até um transferidas para trabalhos que as não preju-
ano após o termo do exercício das funções referidas diquem, sem prejuízo da retribuição do tra-
na alínea c), ou após a data de apresentação da can- balho;
didatura a essas funções, quando as não venha a exercer, b) Cumprir um período de trabalho diário não
se já então, num ou noutro caso, o trabalhador servia superior a sete horas, quando em estado de gra-
a Empresa. videz; no caso de prestação de trabalho normal
nocturno, essa redução incidirá obrigatoria-
3 — É também considerado abusivo o despedimento mente sobre o período nocturno;
da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por
a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela motivo de consultas médicas pré-natais devida-
e este sejam conhecidos da Empresa. mente comprovadas, quando em estado de
gravidez;
d) Gozar, por ocasião do parto, uma licença de
Cláusula 84.a parto em conformidade com a lei, que poderá
Consequências gerais da aplicação de sanções abusivas ter início um mês antes da data prevista para
o parto;
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva nos e) Em caso de hospitalização da criança a seguir
casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior, ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper
indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito, a licença de parto, desde a data do internamento
com as alterações constantes dos números seguintes. da criança até à data em que esta tenha alta,
retomando-a a partir daí até ao final do período;
2 — Se a sanção consistir no despedimento, a indem- este direito só pode ser exercido até 12 meses
nização não será inferior ao dobro da fixada na lei para após o parto;
despedimento nulo, sem prejuízo do direito do traba- f) Interromper o trabalho diário por duas horas,
lhador optar pela reintegração na Empresa, nos termos repartidas pelo máximo de dois períodos, para
legais. prestar assistência aos filhos, até 12 meses após
o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos
3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não referidos nesta alínea podem ser utilizados no
será inferior a 10 vezes a importância da retribuição início ou antes do termo de cada dia de trabalho;
perdida. g) Suspender o contrato de trabalho, com perda
de retribuição, pelo período de seis meses, pror-
rogáveis por períodos sucessivos de três meses
Cláusula 85.a até ao limite máximo de dois anos a iniciar no
Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas termo da licença de parto prevista na alínea d);
h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian-
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva no ças com idade inferior a três anos, uma licença
caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 83.a, de 60 dias a contar do início do processo de
o trabalhador terá os direitos consignados na cláusula adopção. Considera-se início do processo de
anterior, com as seguintes alterações: adopção a data em que a criança é entregue
a) Em caso de despedimento, a indemnização à adoptante pelas entidades competentes;
nunca será inferior à retribuição correspondente i) Utilizar infantários da Empresa, sendo-lhes, na
a um ano; falta destes, atribuído um subsídio nos termos
da cláusula 75.a
b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior
são elevados para o dobro.
2 — O regime de dispensa previsto na alínea f) do
o número anterior não é acumulável, no mesmo período
2 — Se se tratar de caso previsto no n. 3 da cláu- de trabalho, com qualquer outro previsto neste acordo.
sula 83.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar
pela reintegração na Empresa, nos termos legais, a
indemnização será o dobro da fixada na lei para des- Cláusula 87.a
pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri- Trabalho de menores
buições que a trabalhadora teria direito a receber se
continuasse ao serviço até final do período aí fixado, 1 — Pelo menos uma vez por ano, a Empresa asse-
consoante a que for mais elevada. gurará a inspecção médica dos menores ao seu serviço,
de acordo com as disposições legais aplicáveis, a fim
de se verificar se o trabalho é prestado sem prejuízo
CAPÍTULO X da saúde e normal desenvolvimento físico e intelectual.
Condições particulares de trabalho 2 — Os resultados da inspecção referida no número
anterior devem ser registados e assinados pelo médico
a
Cláusula 86. nas respectivas fichas clínicas ou em caderneta própria.
Direitos especiais do trabalho feminino
3 — Aos trabalhadores com idade inferior a 18 anos
1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos é proibido:
especiais:
a) Prestar trabalho durante o período nocturno;
a) Durante o período de gravidez, e até seis meses b) Executar serviços que exijam esforços prejudi-
após o parto ou aborto clinicamente compro- ciais à sua saúde e desenvolvimento físico nor-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 484


mal e ocupar postos de trabalho sujeitos a altas 4 — As regalias especiais de trabalhadores-estudantes
ou baixas temperaturas, elevado grau de toxi- são as seguintes:
cidade, poluição ambiente ou sonora e radioac-
tividade. a) Reembolso das despesas efectuadas com matrí-
culas e propinas, contra documento comprova-
tivo das mesmas, após prova de aproveitamento
Cláusula 88.a em, pelo menos, 50% das disciplinas que cons-
Trabalhadores-estudantes tituem o ano do curso que se frequenta, e na
proporção do aproveitamento tido;
1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes b) Reembolso, nas condições referidas na alínea
é o previsto na lei, sem prejuízo do disposto no número anterior, das despesas com material didáctico
seguinte. recomendado, dentro dos limites seguidamente
indicados:
2 — Aos trabalhadores-estudantes será concedida dis-
pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia Até ao 6.o ano de escolaridade — 9865$/ano;
de aulas, quando necessário, para a frequência e pre- Do 7.o ao 9.o ano de escolaridade —
paração destas. 13 050$/ano;
Do 10.o ao 12.o ano de escolaridade —
3 — O regime de dispensa previsto no número ante- 17 115$/ano;
rior não é acumulável com qualquer outro regime pre- Ensino superior ou equiparado —
visto neste acordo. 31 580$/ano.
4 — Para que os trabalhadores em regime de turnos
possam beneficiar do disposto nesta cláusula e na 5 — O pagamento das despesas referidas no número
seguinte, a Empresa, sem prejuízo para o funcionamento anterior será feito pelos valores praticados no ensino
dos serviços, diligenciará mudá-los para horário com- público, mediante entrega de comprovativo.
patível com a frequência do curso ou facilitará as trocas
de turnos. 6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da
5 — A Empresa facilitará, tanto quanto possível, a Empresa, de atribuição de funções ou categoria de
utilização dos seus transportes nos circuitos e horários acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten-
existentes. der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço.
Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer
6 — É considerada falta grave a utilização abusiva ao serviço da Empresa por um período mínimo de dois
das regalias atribuídas nesta cláusula. anos.

Cláusula 89.a
CAPÍTULO XI
Outras regalias de trabalhadores-estudantes
Regalias sociais
1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula depende do reconhecimento por parte da
Empresa do interesse do curso frequentado para a car- Cláusula 90.a
reira profissional do trabalhador nesta, bem como da Regalias sociais
verificação das condições de aproveitamento previstas
no n.o 2. 1 — A Empresa garantirá a todos os seus trabalha-
dores, nas condições das normas constantes de regu-
2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta lamento próprio que faz parte integrante deste acordo,
cláusula está ainda dependente da verificação cumu-
as seguintes regalias:
lativa das seguintes condições:
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo a) Seguro social;
do curso frequentado ou no mesmo número de b) Complemento de subsídio de doença e acidentes
disciplinas quando em anos sucessivos; de trabalho;
b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos, c) Subsídio de casamento;
dois terços do número de disciplinas do ano d) Subsídio especial a deficientes;
em que se encontrava anteriormente matri- e) Complemento de reforma;
culado. f) Subsídio de funeral.

3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen- 2 — O regime global de regalias sociais previsto no
tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias número anterior substitui quaisquer outros regimes par-
previstas nesta cláusula os trabalhadores que: ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a
a) Não obtenham aproveitamento em qualquer sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à
disciplina por falta de assiduidade; renuncia expressa por parte dos trabalhadores, a esses
b) Permaneçam no mesmo ano lectivo mais de dois regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato
anos. individual de trabalho.

485 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


CAPÍTULO XII 2 — É obrigação dos trabalhadores zelar pela sua
segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde
Segurança, higiene e saúde no trabalho das outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas
acções ou emissões no trabalho.
Cláusula 91.a
Obrigações da Empresa 3 — Os trabalhadores deverão cooperar na empresa
para melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde
1 — A Empresa é obrigada a assegurar aos traba-
no trabalho.
lhadores condições de segurança, higiene e saúde em
todos os aspectos relacionados com o trabalho.
4 — É obrigação dos trabalhadores participarem nas
actividades, procurarem a informação e receberem a
2 — Para efeitos do número anterior, a Empresa deve
aplicar as medidas necessárias tendo em conta as polí- formação sobre todos os aspectos relacionados com a
ticas, os princípios e as técnicas previstas na legislação SHST, assim como comunicar imediatamente ao supe-
nacional sobre esta matéria. rior hierárquico ou, não sendo possível, aos RT-SHST,
previstos na cláusula 93.a, as avarias e deficiências por
3 — Para a aplicação das medidas necessárias no si detectadas que se lhe afigurem susceptíveis de originar
campo da segurança, higiene e saúde no trabalho, a perigo grave e iminente, assim como qualquer defeito
Empresa deverá assegurar o funcionamento de um ser- verificado de protecção.
viço de segurança, higiene e saúde no trabalho (SHST),
dotado de pessoal certificado e de meios adequados Cláusula 93.a
e eficazes, tendo em conta os riscos profissionais exis- Representantes dos trabalhadores
tentes nos locais de trabalho. para a segurança, higiene e saúde no trabalho

4 — Para promoção e avaliação das medidas aplicadas 1 — Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei,
no domínio da SHST, deve a Empresa assegurar a infor- a elegerem e a serem eleitos RT-SHST, representantes
mação, consulta e participação dos trabalhadores, das dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde
organizações representativas dos trabalhadores, assim no trabalho.
como dos seus representantes na Empresa.
2 — É direito das organizações sindicais participarem
5 — A Empresa actuará de forma a facilitar e garantir e intervirem na Empresa na organização e eleição dos
a eleição, funcionamento e organização das actividades, RT-SHST.
dos representantes dos trabalhadores para a segurança,
higiene e saúde no trabalho (RT-SHST), e das comissões 3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos
de higiene e segurança no trabalho (CHST), na Empresa os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo
e nas relações destes representantes dos trabalhadores o princípio da representação pelo método de Hondt,
com o exterior, concedendo-lhes para isso o crédito de podendo concorrer à eleição listas apresentadas pelas
horas necessário e de acordo com a lei. negociações sindicais ou subscritas por 20% dos tra-
balhadores.
6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação ade-
quada e suficiente em todos os domínios da SHST, tendo 4 — As funções, actividades, direitos e obrigações dos
em conta as respectivas funções e o posto de trabalho. RT-SHST são os decorrentes da legislação específica.

7 — A Empresa deverá ainda proporcionar condições 5 — O crédito individual mensal para o exercício de
para que os RT-SHST e os membros das CHST na funções de RT-SHST é o previsto na lei.
Empresa, estabelecimento ou serviço possam receber
informação e formação adequada, concedendo, para Cláusula 94.a
tanto, se necessário, licença sem retribuição.
Comissões de higiene e segurança no trabalho
8 — A Empresa não pode prejudicar, de qualquer 1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con-
forma, os trabalhadores pelas suas actividades na SHST certação social ao nível da Empresa, para as questões
ou em virtude de estes se terem afastado do seu posto de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho,
de trabalho ou de uma área perigosa, em caso de perigo será criada na Empresa comissão de higiene e segurança
grave e imediato, ou por terem adoptado medidas para no trabalho (CHST).
a sua própria segurança ou de outrem.
2 — As CHST são comissões de composição numérica
9 — Os encargos financeiros provenientes das acti- variável, paritárias, de representação dos trabalhadores
vidades da SHST na Empresa deverão ser assegurados e da Empresa, e com acção exclusiva no interior da
na íntegra por esta, nomeadamente as actividades dos Empresa.
representantes dos trabalhadores.
3 — São constituídas pelos RT-SHST, referidos no
Cláusula 92.a artigo anterior, com respeito pelo princípio da propor-
Obrigações dos trabalhadores
cionalidade e por igual número de representantes da
Empresa, a indicar por esta.
1 — Os trabalhadores são obrigados a cumprir as
prescrições de SHST estabelecidas nas disposições legais 4 — A composição do número de elementos efectivos
ou convencionais aplicáveis e as instruções determinadas e suplentes, as formas de funcionamento e de finan-
com esse fim pela Empresa. ciamento, a distribuição de tarefas, o número de reu-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 486


niões, a localização da sua actividade, deverão constar CAPÍTULO XIII
de um regulamento interno a acordar entre todos os
elementos que compõem a CHST, na sua primeira Disposições globais e finais
reunião.
Cláusula 97.a
Comissão paritária
5 — O trabalho de membro da comissão de higiene
e segurança não substitui as tarefas decorrentes da acção 1 — Será constituída uma comissão paritária formada
profissional dos serviços de segurança nem dos por seis elementos, dos quais três são representantes
RT-SHST, previstos na lei. da Empresa e três representantes das organizações sin-
dicais outorgantes; de entre estes é obrigatória a pre-
sença das organizações sindicais representantes dos inte-
Cláusula 95.a resses em causa.
Equipamento de protecção
2 — A comissão paritária tem competência para inter-
1 — A atribuição de equipamento de protecção, pretar as cláusulas do presente acordo de empresa.
incluindo vestuário, terá em consideração os riscos exis-
tentes nos locais de trabalho e será objecto de regu- 3 — As deliberações tomadas por unanimidade con-
lamentação específica. sideram-se como regulamentação do presente acordo
de empresa e serão depositadas e publicadas nos mes-
mos termos.
2 — Incorre em infracção disciplinar grave o traba-
lhador que não utilize o equipamento de protecção posto 4 — As deliberações deverão constar de acta lavrada
à sua disposição, ou não cumpra as regras de segurança logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes.
em vigor.
5 — A comissão paritária reunirá sempre que seja
3 — Para além do disposto no número anterior, o convocada por uma das partes, com a antecedência
não uso do equipamento de protecção em caso de aci- mínima de 10 dias, constando da convocação a ordem
dente tem como consequência a não reparação dos de trabalhos.
danos causados ao trabalhador, nos termos da lei.
6 — A comissão paritária definirá as regras do seu
funcionamento, garantindo-lhe a Empresa os meios de
Cláusula 96.a apoio administrativo necessários para o mesmo, sem pre-
juízo para os serviços.
Medicina no trabalho

1 — A Empresa organizará e manterá serviços médi- 7 — As despesas emergentes do funcionamento da


cos do trabalho e velará pelo seu bom funcionamento, comissão paritária serão suportadas pela Empresa.
nos termos da regulamentação legal em vigor.
Cláusula 98.a
2 — Os serviços médicos referidos no número ante- Convenção globalmente mais favorável
rior, que têm por fim a defesa da saúde dos trabalha-
dores e a vigilância das condições de higiene no trabalho, 1 — As partes outorgantes reconhecem o carácter glo-
têm, essencialmente, carácter preventivo e ficam a cargo balmente mais favorável do presente acordo relativa-
dos médicos do trabalho. mente a todos os instrumentos de regulamentação colec-
tiva anteriormente aplicáveis à Empresa, que ficam inte-
gralmente revogados. São igualmente revogados todos
3 — São atribuições do médico do trabalho, nomea- os regulamentos internos da Empresa elaborados ao
damente: abrigo daqueles instrumentos de regulamentação colec-
tiva.
a) Identificação dos postos de trabalho com risco
de doenças profissionais ou de acidentes de 2 — Da aplicação do presente acordo não poderá
trabalho; resultar baixa de categoria, grau, nível ou classe, apli-
b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores cando-se o regime nele previsto a todos os trabalhadores
de acidentes de trabalho; ao serviço da Empresa, mesmo que eles estejam a auferir
c) Organização de cursos de primeiros socorros regalias mais favoráveis, isto sem prejuízo do reconhe-
e de prevenção de acidentes de trabalho e doen- cimento dos regimes especiais constantes das cláusu-
ças profissionais com o apoio dos serviços téc- las 33.a, 40.a, 62.a, 68.a e 72.a
nicos especializados oficiais ou particulares;
d) Exame médico de admissão e exames periódicos ANEXO I
especiais dos trabalhadores, particularmente das
mulheres, dos menores, dos expostos a riscos Definição de funções
específicos e dos indivíduos de qualquer forma Ajudante. — É o trabalhador que, sob a orientação
inferiorizados. de trabalhador de nível superior, é responsável pela exe-
cução de tarefas predominantemente manuais de carác-
4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão ter auxiliar ou não, pouco complexas.
dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo
da retribuição, qualquer que seja o tempo despendido Analista de laboratório. — É o trabalhador que,
para o efeito. segundo a orientação ou instruções recebidas, executa

487 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


análises e ensaios laboratoriais, físicos ou químicos, com ções telefónicas e envio, preparação, distribuição e
vista a determinar ou controlar a composição e pro- entrega de correspondência e objectos inerentes ao ser-
priedade de matérias-primas, produtos acabados, sub- viço interno e externo. Recebe, anuncia e presta infor-
produtos ou outros materiais, bem como das respectivas mações a visitantes, podendo, quando necessário, exe-
condições de utilização, podendo, igualmente, incum- cutar trabalhos de dactilografia e outros afins. Presta
bir-lhe a execução de tarefas complementares e ine- serviços correlativos ao funcionamento dos escritórios.
rentes a essas actividades, tais como a eventual recolha
de amostras, a preparação e aferição de soluções ou Bombeiro. — É o trabalhador especializado em deter-
reagentes, a conservação do bom estado e calibragem minar e eliminar ou reduzir os riscos de incêndios nas
do equipamento de laboratório. Apoia tecnicamente os instalações da Empresa. Executa tarefas gerais de com-
postos de controlo fabris. bate a incêndios e outros sinistros. Inspecciona, a inter-
valos regulares, o material de combate aos fogos e as
Analista principal. — É o trabalhador que executa instalações da Empresa e mantém operacional o mate-
análises quantitativas e outros trabalhos que exijam rial.
conhecimentos técnicos especializados no domínio da
química laboratorial ou industrial. Pode dirigir e orientar Capataz de 1.a — É o trabalhador que orienta e dirige
tecnicamente grupos de trabalho no âmbito de ensaios um grupo de trabalhadores indiferenciados, podendo
químicos ou físicos inerentes ao controlo do processo. ainda coordenar equipas de trabalhadores semiquali-
ficados, desempenhando também tarefas de executante.
Analista qualificado. — É o analista principal capaz
de desempenhar indistintamente todas as funções das Capataz de 2.a — É o trabalhador que, sob orientação
diferentes especialidades próprias da sua área de acti- superior, orienta e coordena um grupo de trabalhadores
vidade, com o perfeito conhecimento dos processos e indiferenciados, desempenhando também tarefas de
métodos aplicados, bem como do processo industrial executante.
que apoia. Pode desempenhar actividades, incluindo
chefia de profissionais menos qualificados, no âmbito Carpinteiro. — É o trabalhador que trabalha predo-
da sua especialidade e no do estudo do processo. minantemente em madeiras, incluindo os respectivos
acabamentos no banco da oficina ou da obra. Constrói
Analista de sistemas de 1.a — É o trabalhador que além e monta cofragens.
das funções gerais de analista de sistemas (analista de
sistemas de 2.a) avalia sistemas desenvolvidos e dese- Chefe de departamento. — É o trabalhador que estuda,
nhados por outros analistas e recomenda aperfeiçoa- organiza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários
mentos, podendo ainda dirigir e coordenar equipas de serviços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
desenvolvimento de sistemas. exerce, dentro do serviço que chefia, e na esfera da
sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
Analista de sistemas de 2.a — É o trabalhador que calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
recolhe e analisa a informação com vista ao desenvol- das actividades dos serviços, segundo as orientações e
vimento e ou modificação de sistemas de processamento fins definidos. Pode executar tarefas específicas respei-
de dados. O âmbito da análise inclui a racionalização tantes aos serviços que chefia. Pode colaborar na defi-
dos processos administrativos que têm interligação com nição das políticas inerentes à sua área de actividade
os sistemas a desenvolver e ou modificar, bem como e na preparação das respectivas decisões estratégicas.
dos serviços intervenientes. Documenta as conclusões
no dossier de análise de sistemas. Traduz as necessidades Chefe de secção (administrativo/industrial). — É o tra-
em sistemas lógicos, económicos e exequíveis. Prepara balhador que coordena, dirige e controla o trabalho de
conjuntos homogéneos de especificações detalhadas um grupo de profissionais nos aspectos funcionais e
para a programação e respectivos jogos de teste, hierárquicos.
podendo eventualmente realizar as tarefas mais com-
plexas de programação. Orienta e controla a instalação Chefe de sector (administrativo/industrial). — É o tra-
de sistemas. Pode dirigir e coordenar equipas de manu- balhador que planifica, coordena e desenvolve activi-
tenção de sistemas. dades do sector que chefia, assegurando o cumprimento
dos programas e objectivos fixados superiormente.
Assistente administrativo. — É o trabalhador que exe- Orienta nos aspectos funcionais e hierárquicos os pro-
cuta as tarefas de natureza administrativa. Opera equi- fissionais do sector.
pamento de escritório, nomeadamente de tratamento
automático de informação (terminais de computadores Chefe de serviço. — É o trabalhador que estuda, orga-
e microcomputadores), teleimpressoras, telecopiadoras niza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários ser-
e outros. Pode exercer funções de secretariado, traduzir viços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
e retroverter documentos. Quando dos graus IV e V, exerce, dentro do serviço que chefia, e nos limites da
pode realizar estudos e análises sob a orientação da sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
chefia, prestando apoio técnico a profissionais de cate- calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
goria superior; pode ser-lhe atribuída a chefia de pro- das actividades dos serviços, segundo as orientações e
fissionais menos qualificados. fins definidos. Pode executar tarefas específicas relativas
aos serviços que chefia.
Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe-
cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun- Chefe de turno fabril. — É o trabalhador que, sob
cionamento do escritório, nomeadamente reprodução orientação do superior hierárquico, dirige a equipa de
e transmissão de documentos, estabelecimento de liga- um sector produtivo, que trabalha em regime de turnos,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 488


procedendo por forma a que o programa que lhe foi levantamento de elementos existentes; executa
superiormente determinado seja qualitativa e quanti- outros trabalhos, como o de efectuar legenda;
tativamente cumprido. É responsável pela coordenação b) Desenho gráfico — executa desenhos de artes
e utilização do pessoal sob a sua chefia nos seus aspectos gráficas, arte final ou publicitária, a partir de
funcionais, administrativos e disciplinares. Nos períodos esboços ou maquetas que lhe são distribuídos;
fora do horário normal substitui o encarregado res- executa gráficos, quadros, mapas e outras repre-
pectivo. sentações simples a partir de indicações e ele-
mentos recebidos; executa outros trabalhos,
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans- como colorir ou efectuar legendas.
porte. — É o trabalhador que conduz guinchos, pórticos
rolantes, empilhadores, gruas de elevação e quaisquer Desenhador de execução (grau principal). — Para além
outras máquinas de força motriz para transporte e arru- das funções respeitantes aos grupos anteriores, é soli-
mação de materiais ou produtos dentro dos estabele- citado a executar trabalhos mais complexos, no âmbito
cimentos industriais. da sua área profissional, com maior autonomia, con-
siderando o seu grau de experiência, conhecimentos e
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans- aptidão. Desenvolve as suas funções numa ou mais espe-
porte principal. — É o trabalhador oriundo da cate- cialidades. Pode coordenar o trabalho, para tarefas bem
goria de condutor de máquinas e aparelhos de elevação determinadas, de outros profissionais de grau inferior,
e transporte de 1.a que conduz quaisquer máquinas de constituídos em equipa, que não chefia.
força motriz para transporte e arrumação de materiais
ou produtos dentro das instalações industriais. É res- Desenhador projectista. — É o trabalhador que, a par-
ponsável pelo acondicionamento dos materiais, bem tir de um programa dado, verbal ou escrito, concebe
como pela conservação e manutenção dos veículos que anteprojectos de um conjunto ou partes de um conjunto,
conduz. Se habilitado com a carta de condução pro- procedendo ao seu estudo, esboço ou desenho, efec-
fissional, pode exercer funções de motorista. tuando os cálculos que, não sendo específicos de enge-
nharia, sejam necessários à sua estruturação e inter-
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans- ligação. Observa e indica, se necessário, normas e regu-
porte qualificado. — É o trabalhador que, oriundo da lamentos a seguir na execução, assim como os elementos
categoria de condutor de máquinas e aparelhos de ele- para orçamento. Colabora, se necessário, na elaboração
vação e transporte principal, conduz quaisquer tipos de de cadernos de encargos. Pode coordenar grupos de
máquinas de força motriz para transporte e arrumação trabalho para tarefas bem determinadas, que não chefia.
de materiais ou produtos dentro das instalações indus-
triais. Controla e coordena equipas polivalentes, que Director de departamento/serviços. — É o trabalhador
pode chefiar quando necessário. Quando devidamente responsável perante o conselho de administração, ou
habilitado e treinado, desempenha funções de motorista. seus representantes, pela gestão das estruturas funcio-
nais ou operacionais. Participa na definição das políticas,
Controlador industrial. — É o trabalhador que pro- bem como na tomada de decisões estratégicas inerentes
cede à recolha, selecção, verificação de características à sua área de actividade.
ou encaminhamento de elementos respeitantes à mão-
-de-obra e mercadorias, emitindo e controlando toda Electricista principal. — É o trabalhador que se encon-
a documentação necessária. Elabora elementos para fins tra, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti-
estatísticos e de controlo e comunica os desvios encon- dão, habilitado a que lhe seja conferida grande auto-
trados, podendo operar com máquinas de escritório. nomia e atribuição de competência na execução das tare-
Pode executar tarefas de âmbito administrativo. fas mais complexas no âmbito da sua área profissional,
cuja realização pode implicar formação específica. Pode
Decapador por jacto. — É o trabalhador que, manual- coordenar o trabalho de outros profissionais de grau
mente ou com o auxílio de jacto de areia, granalha ou inferior em equipas constituídas para tarefas bem deter-
outros materiais, decapa ou limpa peças ou materiais. minadas, que não chefia.
Pode colaborar na pintura e preparação de superfícies.
Encarregado (I e II). — É o trabalhador que, na sua
Desenhador de execução (graus II-A, II-B e I). — É o área profissional, é responsável pela aplicação do pro-
trabalhador que exerce, eventualmente com o apoio de grama de produção, conservação, montagem e constru-
profissionais de desenho mais qualificados, funções ção, assegurando a sua execução. Coordena e dirige o
gerais da profissão de desenhador numa das áreas modo de funcionamento da respectiva área, por forma
seguintes: a obter dela o melhor rendimento. É responsável pela
a) Desenho técnico — executa desenhos rigorosos coordenação e utilização do pessoal sob a sua chefia
com base em croquis, por decalque ou por ins- nos aspectos funcionais, administrativos e disciplinares.
truções orais ou escritas, estabelecendo crite- O nível II engloba as funções de armazém e exportação,
riosamente a distribuição das projecções orto- segurança e protecção contra incêndios e conservação
gonais, considerando escalas e simbologias apli- civil.
cadas, bem como outros elementos adequados
à informação a produzir; executa alterações, Encarregado geral. — É o trabalhador que, na sua área
reduções ou ampliações de desenho, a partir profissional, colabora na elaboração dos programas de
de indicações recebidas ou por recolha de ele- produção e manutenção, assegurando a sua execução.
mentos; executa desenhos de pormenor ou de Faz cumprir, no local onde se executam as tarefas, a
implantação com base em indicações e elemen- orientação geral que lhe foi superiormente comunicada,
tos detalhados recebidos; efectua esboços e por forma a assegurar quer o melhor rendimento pro-

489 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


dutivo dos instalações quer a conservação, reparação ficadas. Procede a registos para execução de gráficos
e montagem nas áreas de sua responsabilidade espe- de rendimento.
cífica. Para o exercício da sua actividade terá de resolver
problemas de pessoal e de aprovisionamento e esta- Fresador mecânico. — É o trabalhador que opera uma
belecer ligações ou colaborar com outros serviços. fresadora e executa todos os trabalhos de fresagem de
peças, trabalhando por desenho ou peça modelo. Pre-
Encarregado de turno. — É o trabalhador que dirige, para a máquina e, se necessário, as ferramentas que
controla e coordena directamente o funcionamento das utiliza.
diferentes instalações de produção, tendo em vista o
equilíbrio de todos os processos nos seus aspectos qua- Lubrificador. — É o trabalhador que lubrifica as
litativos, quantitativos e de segurança, garantindo o cum- máquinas, veículos e ferramentas, muda óleos nos perío-
primento do programa superiormente definido. É res- dos recomendados, executa os trabalhos necessários
ponsável pela coordenação e utilização do pessoal sob para manter em boas condições os pontos de lubrifi-
a sua chefia nos aspectos funcionais, administrativos e cação. Procede à recolha de amostras de lubrificantes
disciplinares. e presta informações sobre eventuais anomalias que
detecta.
Fiel de armazém. — É o trabalhador que procede às
operações de entrada ou saída de mercadorias ou mate- Lubrificador principal. — É o lubrificador de 1.a que
riais. Identifica e codifica os produtos e procede à rejei- se encontra, pelo seu grau de experiência, conhecimen-
ção dos que não obedeçam aos requisitos contratuais. tos e aptidão, habilitado a que lhe seja conferida grande
Examina a concordância entre as mercadorias recebidas autonomia e atribuição de competência na execução das
ou expedidas e a respectiva documentação. Encarrega-se tarefas mais complexas no âmbito do sua área profis-
da arrumação e conservação de mercadorias e materiais. sional, cuja realização pode implicar formação especí-
Distribui mercadorias ou materiais pelos sectores (clien- fica. Pode coordenar o trabalho de outros profissionais
tes) da Empresa. Informa sobre eventuais anomalias de grau inferior em equipas constituídas para tarefas
de existências, bem como sobre danos e perdas. Cola- bem determinadas, que não chefia.
bora com o superior hierárquico na organização do
material no armazém, podendo desempenhar outras Lubrificador qualificado. — É o trabalhador oriundo
tarefas complementares no âmbito das funções do ser- da categoria profissional de lubrificador principal que
viço em que está inserido. executa as tarefas mais especializadas da sua actividade.
O seu trabalho requer maiores conhecimentos e expe-
riência. Sob a orientação de um superior hierárquico,
Fiel de armazém principal. — É a trabalhador que,
coordena e controla as tarefas de um grupo de traba-
pelo seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão,
lhadores da mesma área de actividade, que chefia.
possui um nível de qualificação que permite que lhe
seja conferida ampla autonomia e atribuição de a com-
Mecânico de automóveis. — É o trabalhador que
petência específica na execução das tarefas mais com- detecta as avarias mecânicas, repara, afina, monta e des-
plexas do âmbito da secção em que trabalha, cuja rea- monta os órgãos dos automóveis e outras viaturas e
lização pode implicar formação específica no âmbito executa outros trabalhos relacionados com esta mecâ-
da profissão de fiel, podendo ainda coordenar trabalho nica.
de outros profissionais de qualificação inferior em equi-
pas constituídas para tarefas bem determinadas, que não Motorista (pesados ou ligeiros). — É o trabalhador
chefia. que, possuindo carta de condução, tem a seu cargo a
condução de veículos automóveis (ligeiros ou pesados),
Fiel de armazém qualificado. — É o trabalhador competindo-lhe ainda zelar pela boa conservação e lim-
oriundo da categoria profissional de fiel de armazém peza do veículo e pela carga que transporta. Verifica
principal que executa as tarefas mais especializadas de diariamente os níveis de óleo e de água.
armazém. O seu trabalho requer maiores conhecimentos
e experiência. Sob a orientação de um superior hie- Motorista principal. — É o trabalhador oriundo da
rárquico, coordena e controla as tarefas de um grupo categoria profissional de motorista que, para além de
de trabalhadores da mesma área de actividade que orientar e auxiliar as operações de carga e descarga
chefia. de mercadorias, assegura o bom estado de funciona-
mento do veículo, procedendo à sua limpeza e zelando
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras de recupera- pela sua manutenção, lubrificação e reparação. Pode
ção). — É o trabalhador que alimenta e conduz gera- eventualmente conduzir máquinas de força motriz no
dores de vapor (caldeiras de recuperação), competin- interior das instalações fabris.
do-lhe, para além do estabelecido no regulamento da
profissão de fogueiro, o estabelecido em normas espe- Motorista qualificado. — É o trabalhador oriundo da
cíficas para a condução de caldeiras de recuperação pró- categoria profissional de motorista principal que, para
prias da indústria de celulose. Procede à limpeza dos além de desempenhar as funções inerentes àquela cate-
tubulares da caldeira, dos tubulares dos economizadores goria, controla e coordena equipas polivalentes, que
e dos rotores dos exaustores de tiragem. Vigia o fun- pode chefiar quando necessário. Coordena a actividade
cionamento dos electrofiltros. Providencia pelo bom de conservação e manutenção de viaturas. Quando devi-
funcionamento de todos os acessórios, bem como pela damente habilitado e treinado, conduz máquinas de
condução de alimentação de água e combustível (lixívias força motriz no interior das instalações industriais.
ou fuelóleo). Verifica, pelos indicadores, se as caldeiras
não ultrapassam as temperaturas e as pressões prees- Oficial de conservação civil principal. — É o trabalha-
tabelecidas. Comunica superiormente anomalias veri- dor que se encontra, pelo seu grau de experiência,

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conhecimentos e aptidão, habilitado a que lhe seja con- painel de comando centralizado, de um conjunto de
ferida grande autonomia e atribuição de competência máquinas constituído por mesas de alimentação, des-
na execução das tarefas mais complexas no âmbito da troçadores de madeira e crivos de aparas, destinados
sua área profissional, cuja realização pode implicar for- a transformar toros em cavacos ou aparas, seleccionan-
mação específica. Pode coordenar o trabalho de outros do-os para o fabrico de pasta para papel; regista as
profissionais de grau inferior em equipas constituídas condições de funcionamento da instalação; comunica
para tarefas bem determinadas, que não chefia. anomalias que não possa ou não deva corrigir e assegura
a limpeza do equipamento.
Oficial de conservação qualificado. — É o trabalhador
oficial metalúrgico ou electricista principal capaz de Operador industrial. — É o trabalhador que, utili-
desempenhar indistintamente todas as funções das dife- zando o equipamento instalado, realiza transformações
rentes especialidades próprias da sua área de actividade, (processos e operações) físico-químicas, ou simples-
com perfeito conhecimento dos sectores onde trabalha, mente físicas, que optimiza no sentido de obter a melhor
bem como das instalações e equipamentos das áreas eficiência. As acções que desenvolve consistem, funda-
a que presta assistência. Pode desempenhar funções de mentalmente, na condução de equipamentos, em função
chefe de equipa, nomeadamente nas paragens técnicas dos valores analíticos (resultados de análises feitas ou
das instalações. não pelo operador) e de leitura de instrumentos de
medida diversos. Compete, ainda, ao operador de pro-
Oficial electricista. — É o trabalhador que executa, cesso velar pelo comportamento e estado de conservação
modifica, conserva e repara instalações eléctricas de alta do equipamento, verificar os níveis dos instrumentos
e ou baixa tensão, desde que devidamente encartado; e lubrificantes, colaborar em trabalhos de manutenção,
orienta o assentamento de estruturas para suporte de manter limpa a sua área de trabalho, fazer relatórios
aparelhagem eléctrica; participa nos ensaios de circuitos, de ocorrência do seu turno, participando anomalias de
máquinas e aparelhagem, inspeccionando periodica- funcionamento que não possa ou não deva corrigir. Esta
mente o seu funcionamento, com vista a detectar defi- definição aplica-se, nomeadamente, aos operadores da
ciências de instalação e funcionamento. Guia-se nor- caldeira de recuperação, turbo-alternador, quadros e
malmente por esquemas e outras especificações técnicas. caldeira a óleo, evaporadores, forno de caustificação
e gaseificação, tanque de smelt, digestor, lavagem e cri-
Oficial metalúrgico principal. — É o trabalhador que vagem, tiragem, secador, cortadora, linhas de acabamen-
se encontra, pelo seu grau de experiência, conhecimen- tos, parque e preparação de madeiras, bem como a
tos e aptidão, habilitado a que lhe seja conferida grande outras do âmbito de actividade.
autonomia e atribuição de competência na execução das
tarefas mais complexas no âmbito da sua área profis- Operador de processo extra. — É o trabalhador ope-
sional, cuja realização pode implicar formação especí- rador de processo qualificado que desempenha indis-
tintamente todas as funções de produção de pasta ou
fica. Pode coordenar o trabalho de outros profissionais
energia. Pode coordenar o serviço de profissionais em
de grau inferior em equipas constituídas para tarefas
equipas, que chefia, nos aspectos funcionais, adminis-
bem determinadas, que não chefia.
trativos e disciplinares. Colabora com os encarregados
ou chefes de turnos no desempenho das suas funções
Operador de computador estagiário. — É o trabalhador podendo substituí-los sempre que necessário.
que desempenha as funções de operador de computador
sob a orientação e supervisão de um operador. Operador de processo de 1.a (pasta e energia). — É o
trabalhador qualificado com formação técnica específica
Operador de computador. — É o trabalhador que e experiência profissional que lhe permite executar tare-
opera e controla o sistema de computador, prepara o fas de operação, compreendendo a responsabilidade de
sistema para execução dos programas e é responsável condução e orientação de máquinas ou conjunto de
pelo cumprimento dos tempos previstos para cada pro- maquinismos. Procede à leitura, registo e interpretação
cessamento de acordo com as normas em vigor. de resultados provenientes de valores analíticos (análises
realizadas ou não por ele) e instrumentos de medida,
Operador de computador principal. — É o operador efectuando as correcções e ajustes necessários, de modo
de computador que, pelo seu grau de experiência, conhe- a assegurar as melhores condições de produção e segu-
cimentos e aptidão, possui um nível de qualificação que rança. Participa anomalias de funcionamento que não
permite que lhe seja conferida ampla autonomia na exe- possa ou não deva corrigir; vela pelo estado de con-
cução das tarefas mais complexas do âmbito da operação servação do equipamento; pode, eventualmente, cola-
de computador, podendo ainda coordenar trabalho de borar em trabalhos de manutenção.
outros profissionais de qualificação inferior.
Operador de processo de 2.a (pasta e energia). — É o
Operador de computador qualificado. — É o trabalha- trabalhador que executa o mesmo tipo de tarefas do
dor oriundo da categoria profissional de operador de operador de processo de 1.a mas que exijam um grau
computador principal que executa as tarefas mais espe- menor de responsabilidade e especialização. Pode igual-
cializadas de operações de computadores. O seu tra- mente executar tarefas relacionadas com o controlo de
balho requer maior experiência e conhecimentos. Sob qualidade de produção. Vigia o estado de conservação
a orientação do superior hierárquico, coordena e con- do equipamento, assegurando a limpeza das instalações.
trola as tarefas de um grupo de operadores de com- Substitui, na sua área de actividade, o operador res-
putador, que chefia. ponsável pelo equipamento.

Operador de preparação de madeiras. — É o trabalha- Operador de processo de 3.a (pasta e energia). — É o


dor que conduz e vigia o funcionamento, através de trabalhador que opera com máquinas ou colabora na

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condução de maquinismos, realizando tarefas pouco um nível de qualificação que permite que lhe seja con-
complexas. Assegura a limpeza do equipamento e das ferida ampla autonomia na execução de tarefas mais
instalações. Pode igualmente colaborar em trabalhos de complexas no âmbito da planificação. Colabora com o
manutenção. Substitui, na sua área de actividade, ope- preparador de trabalho na preparação de trabalhos
radores de nível imediatamente superior. menos qualificados.

Operador de processo principal (pasta e energia). — É Planificador qualificado. — É o trabalhador que,


o trabalhador altamente qualificado cuja formação prá- oriundo da categoria profissional de planificador prin-
tica ou teórica, aptidão e experiência profissional lhe cipal, executa as tarefas mais qualificadas no âmbito
permitem executar tarefas próprias do operador de pro- da sua área de actividade. O seu trabalho requer maiores
cesso de 1.a na condução de equipamentos de maior conhecimentos e experiência. Sob a orientação de um
complexidade tecnológica. Coordena, sem funções de superior hierárquico, pode chefiar, coordenando e con-
chefia, a actividade de trabalhadores de escalão inferior. trolando tarefas de um grupo de trabalhadores da
mesma área de actividade. Colabora com o preparador
Operador de processo qualificado (pasta e ener- de trabalho na preparação de trabalhos de maior
gia). — É o trabalhador operador de processo principal qualificação.
capaz de desempenhar indistintamente todas as funções
próprias da produção de pasta crua e branca, ou pro- Praticante (laboratório e metalúrgico). — É o traba-
dução de papel, podendo colaborar com os encarregados lhador que, sob orientação, coadjuva nos trabalhos e
ou chefes de turnos no desempenho das suas funções. executa trabalhos simples e operações auxiliares.
Pode coordenar o serviço de profissionais em equipas,
que chefia. Pré-oficial (electricista e const. civil do 1.o ou 2.o
ano). — É o trabalhador que coadjuva os oficiais e, coo-
Operador de processo estagiário (pasta e energia). — É perando com eles, executa trabalhos de menor res-
o trabalhador que executa, em colaboração directa com ponsabilidade.
os operadores, tarefas e operações simples no âmbito
da produção, tendo em vista a sua preparação para a Preparador de laboratório. — É o trabalhador que pro-
função de operador de processo. cede à recolha, escolha e preparação de amostras a ana-
lisar; colabora na execução de experiências, ensaios quí-
Operador qualificado fogueiro. — É o trabalhador ope- micos ou físicos, sob a orientação de um técnico analista
rador principal habilitado com a carteira profissional de laboratório, desempenhando também tarefas simples
de fogueiro de 1.a e especializado em condução das e acessórias, nomeadamente as de conservação e limpeza
caldeiras de recuperação e que assegura também as fun- do equipamento.
ções inerentes à condução da central termoeléctrica.
Preparador de trabalho. — É o trabalhador que desen-
Pedreiro. — É o trabalhador que executa, exclusiva volve um conjunto de acções tendentes à correcta defi-
ou predominantemente, alvenarias de tijolo, pedras ou nição da utilização de métodos e processos, meios huma-
blocos, podendo também fazer assentamentos de mani- nos e materiais, por forma a minimizar o tempo de
lhas, tubos ou cantarias, rebocos e outros trabalhos simi- imobilização dos equipamentos e melhorar a qualidade
lares ou complementares. dos trabalhos; estuda os equipamentos, por forma a defi-
nir as operações a efectuar, bem como a periodicidade
Pintor de instalações industriais, veículos, máquinas ou com vista a garantir o bom funcionamento dos mesmos;
móveis. — É o trabalhador que executa todos os tra- estabelece fichas de diagnóstico para pesquisa de avarias
balhos de pintura nas instalações industriais, máquinas e reparações estandardizadas; estabelece métodos e pro-
ou móveis da Empresa. Prepara as superfícies a pintar cessos de trabalho e estima necessidades de mão-de-obra
e, quando necessário, afina as tintas a usar. Procede para o realizar (em quantidade e qualificação); afecta
também à colocação de vidros. aos trabalhos a realizar materiais específicos, sobres-
salentes e ferramentas especiais; faz o acompanhamento
Planificador. — É o trabalhador que colabora com o da evolução do estado dos equipamentos e do desen-
seu superior hierárquico directo na definição dos pro- volvimento dos trabalhos preparados, introduzindo,
gramas de conservação. Procede à utilização dos vários sempre que necessário, as alterações convenientes;
quadros de planeamento e faz o acompanhamento da decide sobre o que deverá ser preparado e qual o res-
execução dos mesmos. Prepara elementos estatísticos pectivo grau de detalhe; colabora no cálculo de custos
e documentais necessários à actualização das políticas de conservação; elabora as listas de sobressalentes por
de planeamento. equipamento e colabora na sua recepção.

Planificador auxiliar. — É o trabalhador que colabora Preparador de trabalho auxiliar. — É o trabalhador que
na actualização dos vários quadros de planeamento. vela pela permanente existência em armazém dos
Colabora com o planificador na verificação da dispo- sobressalentes e dos materiais necessários, de acordo
nibilidade dos meios necessários aos trabalhos, emite com as especificações definidas, através de um controlo
toda a documentação necessária à sua realização e cola- sistemático de consumos e do conhecimento dos parâ-
bora na recolha de elementos que permitam a obtenção metros de gestão. Assegura a existência em armazém
de dados estatísticos para a actualização das políticas de todos os sobressalentes e materiais indicados nas lis-
de planeamento. tas para cada equipamento e colabora com o fiel de
armazém na identificação, especificação e codificação
Planificador principal. — É o trabalhador que, pelo dos sobressalentes e materiais. Em colaboração com os
seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, possui preparadores de trabalho, procede ao cálculo dos parâ-

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metros de gestão, tendo em conta a importância do equi- sitos contratuais. Utiliza, quando necessário, meios
pamento, prazo de entrega e origem dos fornecedores. informáticos para desempenho das suas actividades.
Mantém-se ao corrente dos processos de aquisição de
materiais e sobressalentes e assegura-se de que as requi- Rectificador mecânico. — É o trabalhador que opera
sições efectuadas apresentam as características reque- uma máquina de rectificar e executa todos os trabalhos
ridas. Informa os preparadores e planificadores da che- de rectificação de peças, trabalhando por desenho, peça
gada de materiais e sobressalentes que não havia em modelo ou instruções que lhe forem fornecidas; prepara
stock. Procede à análise periódica do ficheiro de sobres- a máquina e, se necessário, a ferramenta que utiliza.
salentes e informa superiormente sobre consumos anor-
mais de materiais ou sobressalentes. Colabora com o Secretário(a) de direcção ou administração. — É o tra-
preparador nas preparações dos trabalhos menos qua- balhador que se ocupa do secretariado específico da
lificados. administração ou direcção de Empresa. Entre outras
funções administrativas, competem-lhe, normalmente,
Preparador de trabalho principal. — É o trabalhador as seguintes funções: redigir actas de reuniões de tra-
que, pela seu grau de experiência, conhecimentos e apti- balho; assegurar, por sua própria iniciativa, o trabalho
dão, possui um nível de qualificação que permite que de rotina diária do gabinete; providenciar pela realização
lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no âmbito das assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos
da preparação do trabalho. Pode coordenar o trabalho e escrituras; redigir documentação diversa em português
de outros profissionais de qualificação inferior em equi- e línguas estrangeiras.
pas, que não chefia, constituídas para trabalhos de pre-
paração bem determinados. Serralheiro civil. — É o trabalhador que constrói,
monta e ou repara estruturas metálicas, tubos condu-
Preparador de trabalho qualificado. — É o trabalhador tores de combustíveis, ar ou vapor, carroçarias de via-
oriundo da categoria profissional de preparador de tra- turas, andaimes para edifícios, pontes, navios, caldeiras,
balho principal que assegura a execução, coordenação cofres e ou outras obras metálicas. Pode eventualmente
e chefia de trabalhos de preparação que envolvam, desempenhar tarefas simples de traçagem e soldadura
simultaneamente, as actividades de mecânica, electri- e utilização de máquinas específicas, quando sejam
cidade, instrumentos e civil. necessárias ao desempenho das tarefas em curso.

Programador de aplicações. — É o trabalhador que Serralheiro mecânico. — É o trabalhador que executa


desenvolve logicamente, codifica, prepara os dados para peças, monta, repara e conserva vários tipos de máqui-
testes, testa e corrige os programas, com base nas espe- nas, motores e outros conjuntos mecânicos, com excep-
cificações transmitidas de acordo com as normas em ção dos instrumentos de precisão e das instalações eléc-
vigor. Documenta adequadamente o trabalho produ- tricas. Pode eventualmente desempenhar tarefas simples
zido. Quando principal, pode coordenar o trabalho de de traçagem, corte, soldadura e aquecimento a maçarico,
outros profissionais de qualificação inferior em equipas, quando sejam necessárias ao desempenho das tarefas
que não chefia, constituídas para trabalho de análise em curso.
e orgânica e programação bem determinados.
Soldador. — É o trabalhador que, utilizando equipa-
Programador de aplicações estagiário. — É o trabalha- mento apropriado, faz a ligação de peças metálicas pelo
dor que desempenha as funções de programador de apli- processo aluminotérmico, de electroarco, oxi-acetilénico
cações sob a supervisão de um programador. e ou árgon ou aplicando solda a baixo ponto de fusão.
Incluem-se nesta categoria os trabalhadores que, em
Programador de aplicações principal. — É o trabalha- máquinas automáticas e semiautomáticas, procedem à
dor que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos soldadura ou enchimento e revestimento metálicos ou
e aptidão, possui um nível de qualificação que permite metalizados de superfícies de peças.
que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
âmbito da programação e análise orgânica de aplicações Técnico administrativo/industrial. — É o trabalhador
informáticas. Pode coordenar o trabalho de outros pro- que, possuindo elevados conhecimentos teóricos e prá-
fissionais de qualificação inferior em equipas, que não ticos adquiridos no desempenho das suas funções, se
chefia, constituídas para trabalho de análise orgânica ocupa da organização, coordenação e orientação de tare-
e programação bem determinados. fas de maior especialização no âmbito do seu domínio
de actividade, tendo em conta a consecução dos objec-
Programador de aplicações qualificado. — É o traba- tivos fixados pela hierarquia. Colabora na definição dos
lhador oriundo da categoria de programador de apli- programas de trabalho para a sua área de actividade,
cações principal capaz de desempenhar indistintamente garantindo a sua correcta implementação. Presta assis-
as tarefas mais complexas no âmbito da programação tência a profissionais de escalão superior no desempe-
e análise orgânica de aplicações informáticas. Pode coor- nho das funções destes, podendo exercer funções de
denar o serviço de profissionais em equipas, que chefia. chefia hierárquica ou condução funcional de unidades
estruturais permanentes ou grupos de trabalho.
Recepcionista de materiais. — É o trabalhador que faz
a recepção quantitativa e qualitativa de mercadorias que Técnico agro-florestal. — É o trabalhador que assegura
sejam técnica e administrativamente recepcionáveis, a coordenação das actividades de produção de plantas,
avaliando-as de acordo com as especificações em vigor. de arborização, de conservação de povoamentos, de
Realiza os respectivos registos e demais documentação exploração agro-florestal e de produções acessórias, bem
de controlo, identificando e codificando as mercadorias, como a coordenação de recepção, movimentação e exis-
e procede à rejeição das que não obedeçam aos requi- tências de material lenhoso no âmbito dos parques exte-

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riores da Empresa; colabora na definição de programas Técnico de conservação mecânica. — É o oficial da
de trabalho e garante a sua correcta execução; recolhe conservação mecânica que desempenha indistintamente
e transmite informações relativas ao mercado de madei- várias das seguintes funções, consoante o seu nível de
ras na área e estabelece contactos com transportadores responsabilidade, assegurando, sempre que necessário,
e fornecedores de acordo com orientações superiores; funções de lubrificação e montagem de andaimes:
orienta o manuseamento e a expedição do material
lenhoso; supervisiona as actividades agro-florestais Serralheiro (mecânico, civil ou plásticos);
acima nomeadas realizadas por terceiros ou em regime Soldador;
de empreitada e controla a execução dos respectivos Rectificador, torneiro, fresador;
contratos celebrados; executa tarefas enquadradas no Mecânico auto;
âmbito das actividades operacionais em curso; executa Técnico de óleo-hidráulica.
tarefas de inventário e classificação florestal em car-
tografia específica da actividade; preenche documentos Pode coordenar o serviço de outros profissionais em
de carácter administrativo respeitante às actividades equipas, que poderá chefiar, quando especializado ou
referenciadas e pessoal envolvido; promove a angariação principal.
de contratos de compra e de arrendamento de proprie-
dades; responde pela conservação de instalações e
manutenção do equipamento; vigia o património da Técnico de controlo e potência. — É o técnico de con-
Empresa e colabora na preparação e execução de planos servação oriundo da categoria profissional de técnico
de protecção e de defesa contra incêndios; pode chefiar de manutenção do grau V que, para além de continuar
grupos de trabalho. a desempenhar as funções inerentes à sua anterior cate-
goria, detecta e procede à reparação de avarias de natu-
Técnico analista de laboratório. — É o trabalhador que reza multidisciplinar (eléctrica, instrumentos, electró-
executa análises e ensaios laboratoriais, físicos e quí- nica, óleo-hidráulica e telecomunicações).
micos, com vista a determinar e controlar a composição
dos produtos ou matérias-primas, respectivas proprie- Técnico especialista (instrumentação). — É o trabalha-
dades e utilizações possíveis. Compila e prepara ele- dor que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos
mentos necessários à utilização das análises e ensaios, e aptidão, possui um nível de qualificação que permite
fazendo o processamento dos resultados obtidos, exe- que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
cutando cálculos técnicos. Recolhe amostras apoiando âmbito da sua especialidade. Pode coordenar o trabalho
tecnicamente os postos de controlo fabris. Quando dos de outros profissionais de qualificação inferior em equi-
graus IV e V, colabora na elaboração de estudos de pro- pas, que não chefia, constituídas para trabalhos bem
cesso, acompanhando experiências a nível fabril. Realiza determinados.
experiências laboratoriais complementares das experiên-
cias fabris ou integradas, em estudos processuais de
índole laboratorial. Pode coordenar o serviço de outros Técnico de instrumentação e controlo industrial. — É
profissionais, que poderá chefiar, quando dos graus IV o trabalhador que desenvolve acções de montagem, cali-
e V. bragem, ensaio, conservação, detecção e reparação de
avarias em instrumentos electrónicos, eléctricos, pneu-
Técnico auxiliar altamente qualificado. — (Definição máticos, hidráulicos e servomecânicos de medida, pro-
de funções idêntica à de técnico administrativo/industrial.) tecção e controlo industrial na fábrica, oficinas ou locais
de utilização. Guia-se normalmente por esquemas e
Técnico de conservação civil. — É o oficial da con- outras especificações técnicas e utiliza aparelhos ade-
servação civil que desempenha indistintamente várias quados ao seu trabalho.
das seguintes funções, consoante o seu nível de res-
ponsabilidade: Técnico de manutenção. — É o trabalhador que
Pedreiro; desenvolve acções de manutenção nas áreas eléctrica,
Decapador/pintor; electrónica, instrumentação, mecânica, óleo-hidráulica
Carpinteiro (toscos e ou limpos); e telecomunicações. Executa peças, faz montagens, des-
Montador de andaimes. montagens, calibragens, ensaios, ajustes, afinações,
detecção e reparação de avarias, conservação de equi-
Pode coordenar o serviço de outros profissionais em pamentos eléctricos, electrónicos, hidráulicos, mecâni-
equipas que poderá chefiar, quando dos graus IV e V. cos, pneumáticos e plásticos. Guia-se por esquemas,
desenhos e outras especificações técnicas e utiliza
Técnico de conservação eléctrica. — É o oficial da con- máquinas, ferramentas e outros aparelhos adequados
servação eléctrica que desempenha indistintamente ao seu trabalho. Sempre que necessário, colabora com
várias das seguintes funções, consoante o seu nível de os trabalhos da produção, assegura funções de lubri-
responsabilidade: ficação, montagem de acessos, isolamentos e a limpeza
após execução dos trabalhos.
Oficial electricista (baixa e alta tensão, bobinador De acordo com a sua formação/especialização, desem-
e auto); penha indistintamente várias funções, consoante o seu
Técnico de electrónica; nível de responsabilidade. Assim:
Técnico de instrumentação (electrónica e pneu-
mática); Manutenção eléctrica/instrumentação:
Técnico de telecomunicações.
Electricidade (alta tensão e baixa tensão);
Pode coordenar o serviço de outros profissionais em Electrónica;
equipas, que poderá chefiar, quando especializado ou Instrumentação (electrónica e pneumática);
principal. Telecomunicações;

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Manutenção mecânica: d) As decisões tomadas e soluções propostas fun-
damentadas em critérios técnico-económicos
Serralharia (mec., civil e plásticos); adequados serão necessariamente remetidas
Soldadura; para os níveis competentes de decisão quando
Máquinas e ferramentas; tenham implicações potencialmente importan-
Mecânica de viaturas; tes a nível das políticas gerais e sectoriais da
Óleo-hidráulica. Empresa, seus resultados, imagem exterior ou
posição no mercado e relações de trabalho no
Quando necessário, coordena ou chefia equipas seu exterior.
pluridisciplinares.
Técnico superior do grau IV. — É o trabalhador deten-
Técnico principal (instrumentação). — É o trabalhador tor de especialização considerável num campo particular
que concebe, estuda, instala, utiliza, substitui e conserva de actividade ou possuidor de formação complementar
sistemas, equipamentos e aparelhagens no âmbito da e experiência profissional avançadas ao conhecimento
sua especialização. Pode chefiar outros profissionais de genérico de áreas diversificadas, para além da corres-
qualificação inferior. pondente à sua formação base. O nível de funções que
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
Técnico superior dos graus I e II. — É o trabalhador tos seguintes:
que exerce funções menos qualificadas da sua especia- a) Dispõe de autonomia no âmbito da sua área
lidade. O nível de funções que normalmente desem- de actividade, cabendo-lhe desencadear inicia-
penha é enquadrável entre os seguintes pontos: tivas e tomar decisões condicionadas pela polí-
tica estabelecida para essa área, em cuja defi-
a) De uma forma geral, presta assistência a pro- nição deve participar. Recebe trabalho com sim-
fissionais mais qualificados na sua especialidade ples indicação do seu objectivo. Avalia auto-
ou domínio de actividade dentro da Empresa, nomamente as possíveis implicações das suas
actuando segundo instruções detalhadas, orais decisões ou actuação nos serviços por que é res-
ou escritas. Através da procura espontânea, ponsável no plano das políticas gerais, posição
autónoma e crítica de informações e instruções externa, resultados e relações de trabalho da
complementares, utiliza os elementos de con- Empresa. Fundamenta propostas de actuação
sulta conhecidos e experiências disponíveis na para decisão superior quando tais implicações
Empresa ou a ela acessíveis; sejam susceptíveis de ultrapassar o seu nível de
b) Poderá coordenar e orientar trabalhadores de responsabilidade;
qualificação inferior à sua ou realizar estudos b) Pode desempenhar funções de chefia hierár-
e proceder à análise dos respectivos resultados; quica de unidades de estrutura da Empresa
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos desde que na mesma não se integrem profis-
terão uma amplitude e um grau de complexi- sionais de qualificação superior à sua;
dade compatível com a sua experiência e ser- c) Os problemas e tarefas que lhe são cometidos
-lhe-ão claramente delimitados do ponto de envolvem o estudo e desenvolvimento de solu-
vista de eventuais implicações com as políticas ções técnicas novas, com base na combinação
gerais, sectoriais e resultados da Empresa, sua de elementos e técnicas correntes e ou a coor-
imagem exterior ou posição no mercado e rela- denação de factores ou actividades de tipo e
ções de trabalho no seu interior. natureza complexas, com origem em domínios
que ultrapassem o seu sector específico de acti-
Técnico superior do grau III. — É o trabalhador cuja vidade, incluindo entidades exteriores à própria
formação de base se alargou e consolidou através do Empresa.
exercício de actividade profissional relevante, durante
um período limite de tempo. O nível das funções que Técnico superior do grau V. — É o trabalhador deten-
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon- tor de sólida formação num campo de actividade espe-
tos seguintes: cializado, complexo e importante para o funcionamento
ou economia da Empresa e também aquele cuja for-
a) Toma decisões autónomas e actua por iniciativa
mação e currículo profissional lhe permite assumir
própria no interior do seu domínio de activi-
importantes responsabilidades com implicações em
dade, não sendo o seu trabalho supervisado em
áreas diversificadas da actividade empresarial. O nível
pormenor, embora receba orientação técnica
das funções que normalmente desempenha é enqua-
em problemas invulgares e complexos;
drável entre os seguintes pontos:
b) Pode exercer funções de chefia hierárquica ou
condução funcional de unidades estruturais per- a) Dispõe de ampla autonomia de julgamento e
manentes ou grupos de trabalhadores ou actuar iniciativa no quadro das políticas e objectivos
como assistente de profissionais mais qualifi- da(s) respectiva(s) área(s) de actividade da
cados na chefia de estruturas de maior dimen- Empresa, em cuja definição participa e por cuja
são, desde que na mesma não se incluam pro- execução é responsável;
fissionais de qualificação superior à sua; b) Como gestor, chefia, coordena e controla um
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos conjunto complexo de unidades estruturais cuja
implicam capacidade técnica evolutiva e ou actividade tem incidência sensível no funciona-
envolvem a coordenação de factores ou acti- mento, posição externa e resultados da
vidades diversificadas no âmbito do seu próprio Empresa, podendo participar na definição das
domínio de actividade; suas políticas gerais, incluindo política salarial;

495 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


c) Como técnico ou especialista, dedica-se ao estudo, que não impliquem a condução de veículos semoventes.
investigação e solução de problemas complexos Trabalha nas instalações fabris, obras, areeiros ou em
ou especializados envolvendo conceitos e ou tec- outro local que se justifique a sua presença.
nologias recentes ou pouco comuns. Apresenta
soluções tecnicamente avançadas e valiosas do Verificador de equipamentos. — É o trabalhador que,
ponto de vista económico-estratégico da em colaboração com a manutenção preventiva e
Empresa. mediante programas preestabelecidos, recolhe, regista
e interpreta dados respeitantes às condições de funcio-
Técnico superior do grau VI. — É o trabalhador que, namento do equipamento.
pela sua formação, currículo profissional e capacidade
pessoal, atingiu, dentro de uma especialização ou num Verificador de equipamentos principal. — É o traba-
vasto domínio de actividade, dentro da Empresa, as mais lhador que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos
elevadas responsabilidades e grau de autonomia. O nível e aptidão, possui um nível de qualificação que permite
das funções que normalmente desempenha é enqua- que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
drável entre os pontos seguintes: âmbito da verificação de equipamentos. Colabora direc-
a) Dispõe do máximo grau de autonomia de jul- tamente com o seu superior na elaboração de programas
gamento e iniciativa, apenas condicionados pela respeitantes ao funcionamento dos equipamentos. Pode
observância das políticas gerais da Empresa em coordenar o trabalho de outros trabalhadores da sua
cuja definição vivamente participa e pela acção área profissional e de qualificação inferior, sem chefiar.
dos corpos gerentes ou dos seus representantes
exclusivos; ANEXO II
b) Como gestor, chefia, coordena e controla a acti- Condições específicas
vidade de múltiplas unidades estruturais da
Princípios gerais sobre carreiras profissionais de progressão
Empresa numa das suas grandes áreas de gestão, não automática e avaliação de desempenho
ou em várias delas, tomando decisões funda-
mentais de carácter estratégico com implicações 1 — As carreiras profissionais criadas ou a criar pela
directas e importantes no funcionamento, posi- Empresa para os grupos profissionais não abrangidos
ção exterior e resultados da Empresa; pelas carreiras automáticas previstas neste anexo deve-
c) Como técnico ou especialista, dedica-se ao rão, em princípio, obedecer às seguintes regras básicas,
estudo, investigação e solução de questões com- sem prejuízo de situações que justifiquem tratamento
plexas altamente especializadas ou com elevado diferente, nomeadamente as já regulamentadas pelo
conteúdo de inovação, apresentando soluções presente AE.
originais, de elevado alcance técnico, económico
ou estratégico. 1.1 — São condições necessárias à progressão na car-
reira profissional:
Tirocinante. — É o trabalhador que coadjuva os pro- a) A permanência mínima de três e máxima de
fissionais das categorias superiores, faz tirocínio para cinco anos na categoria inferior;
o ingresso nas categorias respectivas. Estuda as bases b) A obtenção de mérito profissional em processo
de controlo automático no âmbito da sua especialidade. de avaliação de desempenho;
c) Capacidade para desempenhar as tarefas ou
Tirocinante de desenhador. — É o trabalhador que, ao assumir as responsabilidades correspondentes
nível da formação exigida, faz tirocínio para ingresso às novas funções/nível de carreira.
na categoria imediatamente superior. A partir de orien-
tações dadas e sem grande exigência de conhecimentos 1.2 — O acesso nas carreiras poderá prever condições
específicos, executa trabalhos simples de desenho coad- de formação básica e formação profissional, mediante
juvando os profissionais de desenho mais qualificados. frequência, com aproveitamento, das acções de forma-
ção adequadas.
Torneiro mecânico. — É o trabalhador que opera com
um torno mecânico, paralelo, vertical, revólver ou de 2 — Os profissionais em aprendizagem acenderão
outro tipo; executa todos os trabalhos de torneamento automaticamente ao primeiro nível da respectiva car-
de peças, trabalhando por desenho ou peças modelo. reira, não podendo a permanência em cada nível de
Prepara a máquina e, se necessário, as ferramentas que aprendizagem ter duração superior a um ano.
utiliza. Ocasionalmente faz torneamentos com rectifi-
cadoras ou nas instalações fabris. 3 — A avaliação de desempenho instituída na
Empresa é um sistema de notação profissional que con-
Trabalhador de limpeza. — É o trabalhador que limpa siste na recolha contínua de informação sobre a actua-
e arruma as salas, corredores e outras dependências da lização profissional do avaliado durante o período a que
Empresa, podendo executar outras tarefas relacionadas a avaliação se reporta.
com limpezas e arrumações, nomeadamente lavagem
de roupa e loiça. 3.1 — A avaliação terá periodicidade anual e abran-
gerá todos os trabalhadores da Empresa, sendo rea-
Trabalhador não especializado. — É o trabalhador que lizada, em princípio, no 1.o trimestre de cada ano.
exerce funções diversas simples e indiferenciadas e nor-
malmente não especificadas. Integram-se neste grupo, 3.2 — A avaliação será realizada pela hierarquia que
nomeadamente, os trabalhadores que se ocupam da lim- enquadra o trabalhador, sendo o processo sustentado
peza dos locais de trabalho e exercem funções de movi- em manual de avaliação, previamente divulgado, do qual
mentação, arrumação, cargas e descargas de materiais constarão os critérios e factores de avaliação.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 496


3.3 — Os resultados da avaliação serão sempre comu- Preparador de trabalho auxiliar (dois anos).
nicados ao trabalhador pela hierarquia competente. Preparador de trabalho do grau I e do grau II
(mecânica/eléctrica).
3.4 — Os processos de avaliação deverão prever obri- Recepcionista de materiais de 1.a
gatoriamente mecanismos de reclamação, nomeada- Recepcionista de materiais de 2.a
mente instâncias e prazos de recurso, sendo garantido, Recepcionista de materiais de 3.a (dois anos).
a cada trabalhador, acesso aos elementos que serviram Recepcionista de materiais principal.
de base à avaliação. Técnico de instrumentação de controlo industrial
de 1.a
Condições únicas de promoção na carreira profissional Técnico de instrumentação de controlo industrial
de 2.a (dois anos).
1 — Os trabalhadores com mais de três anos nas cate- Técnico especialista de instrumentação.
gorias profissionais abaixo indicadas, excepto aquelas Verificador de equipamentos.
indicadas com menor tempo de permanência, poderão
ascender à categoria imediatamente superior após apro- A) Ajudante
vação em avaliação de mérito profissional.
Os ajudantes com mais de três anos de exercício de
2 — A pedido dos profissionais que preencham as função e mérito no seu desempenho poderão ascender
condições mínimas acima estabelecidas, poderão ser rea- ao grupo de enquadramento imediatamente superior.
lizadas provas profissionais complementares da avalia-
ção referida. B) Assistente administrativo
I — Admissão
3 — A aprovação nestas provas não constitui por si
só condição de promoção, sendo, contudo, indicação 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
relevante para a avaliação realizada. fissionais com formação/especialização nas actividades
administrativas.
4 — As provas deverão ser realizadas nos meses de
Maio/Junho e Novembro/Dezembro de cada ano, 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
devendo os pedidos ser formulados até ao fim dos meses são as seguintes:
de Fevereiro e Agosto, respectivamente.
a) Idade mínima — a exigida na lei;
5 — Se, por motivos devidamente justificados, o tra- b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
balhador não puder comparecer à prova profissional já dário (12.o ano) da área de formação adequada
marcada, esta transitará para a época de provas ime- à função sendo condição preferencial curso via
diata. profissionalizante.

6 — Na impossibilidade por parte da Empresa de rea- II — Estágio


lizar as provas profissionais na época determinada pelo
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
pedido de inscrição do trabalhador, estas serão reali-
estágio.
zadas no período seguinte, produzindo efeitos a eventual
promoção 30 dias após o último dia da época em que
se deveria ter realizado a prova. 4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.

III — Progressão na carreira


7 — As eventuais promoções decorrentes da avaliação
de mérito, complementada com provas profissionais, 5 — O plano de carreira de assistente administrativo
produzirão efeitos 30 dias após a realização da respectiva compreende sete níveis de progressão.
prova.
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
8 — Cada candidato só poderá ser submetido a provas cumulativa das seguintes condições:
com o intervalo mínimo de dois anos, contados a partir
da data da realização da prova. Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen-
9 — Incluem-se neste regime as seguintes categorias cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
profissionais: definidas no n.o 2;
Obter mérito profissional no desempenho de fun-
Analista de 1.a ções e potencial para o desempenho de funções
Analista principal. mais qualificadas;
Controlador industrial de 1.a Cumprir os seguintes tempos mínimos de perma-
Controlador industrial de 2.a nência exigidos para cada nível, que são os
Desenhador de execução do grau I. seguintes:
Fiel de 1.a
Fiel principal.
Oficial da construção civil de 1.a Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos
Oficial electricista de 1.a enquadramento (anos)
Oficial electricista principal.
Oficial metalúrgico de 1.a 7 Assistente administrativo do grau V –
Oficial metalúrgico principal. 8 Assistente administrativo do grau IV 5
Planificador auxiliar (dois anos). 9 Assistente administrativo do grau III 3

497 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


III — Densidades
Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos) 5 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos níveis principal e qualificado obser-
var-se-á o seguinte esquema de densidades mínimas face
10 Assistente administrativo do grau II 3
11 Assistente administrativo do grau I 2 ao total do efectivo na carreira:
12 Assistente administrativo estagiário
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Qualificado — 25 %;
13 Assistente administrativo estagiário Principal — 50 %.
do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
E) Operador industrial
IV — Densidades I — Admissão

7 — Para os profissionais integrados nas categorias 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o fissionais com formação/especialização nas actividades
seguinte esquema de densidades máximas face ao total de produção, pasta, papel e energia.
do efectivo na carreira:
Grau V — 25 %; 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
Grau IV — 50 %. são as seguintes:
a) Idade mínima — a exigida na lei;
C) Bombeiros b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
Os bombeiros com mais de três anos de exercício dário (12.o ano) da área de formação adequada
de função e mérito profissional no seu desempenho à função, sendo condição preferencial o curso
poderão ascender ao grupo imediatamente superior. via profissionalizante.

II — Estágio
D) Fiel de armazém
I — Admissão 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio.
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
fissionais com formação/especialização nas actividades 4 — O estágio terá a duração máxima de um ano.
de aprovisionamento.
III — Progressão na carreira
2 — As condições de admissão destes trabalhadores
são as seguintes: 5 — O plano da carreira de operador industrial com-
preende sete níveis de progressão.
a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
dário (12.o ano) da área de formação adequada 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
à função, sendo condição preferencial o curso cumulativa das seguintes condições:
via profissionalizante. Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen-
II — Progressão na carreira cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
definidas no n.o 2;
3 — O plano da carreira de fiel de armazém com-
Obter mérito profissional no desempenho da fun-
preende quatro níveis de progressão.
ção e potencial para o desempenho de funções
mais qualificadas;
4 — A progressão na carreira dependerá da existência Desempenhar duas ou três funções da sua área
cumulativa das seguintes condições: de actividade referidas na descrição de funções.
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
Para os níveis de qualificado e extra é exigido
básico ou equivalente, sendo condição preferen-
o desempenho de todas as funções da sua área
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
de actividade;
definidas no n.o 2;
Obter mérito profissional no desempenho da fun-
ção e potencial para o desempenho de funções Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
mais qualificadas; gidos para cada nível, que são os seguintes:
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes: Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)

Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos) 7 Operador de processo extra . . . . . . –
8 Operador de processo qualificado . . . 5
9 Operador de processo principal . . . 4
9 Fiel de armazém qualificado . . . . . . – 10 Operador de processo de 1.a . . . . . . 3
10 Fiel de armazém principal . . . . . . . . 5 11 Operador de processo de 2.a . . . . . . 3
11 Fiel de armazém de 1.a . . . . . . . . . . 3 12 Operador de processo de 3.a . . . . . . 2
12 Fiel de armazém de 2.a . . . . . . . . . . 3 13 Operador de processo estagiário . . . . 1

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 498


IV — Densidades ção, via profissionalizante, sendo condição pre-
7 — Para os profissionais integrados nas categorias ferencial para a admissão, o nível de bacha-
correspondentes aos níveis qualificado e extra obser- relato.
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
ao total do efectivo na carreira: 3 — O período experimental destes profissionais é o
previsto neste acordo.
Extra — 25 %;
Qualificado — 50 %. II — Progressão na carreira

V — Condições específicas e únicas dos trabalhadores 4 — Consideram-se quatro níveis de responsabilidade


condutores de geradores de vapor e de enquadramento desta categoria profissional.
8 — Independentemente das medidas de segurança
existentes, as funções inerentes à condução de geradores 5 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade
de vapor ou dos acessórios ao processo de produção dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac-
de vapor, quando localizadas no interior dos compar- terização, da existência cumulativa das seguintes con-
timentos onde estão instaladas as caldeiras, comportam, dições:
cumulativamente, riscos de graves acidentes corporais Mérito profissional no desempenho da função;
e condições conjuntas de gravosidade e perigosidade Potencial para o desempenho de funções mais
de trabalho, designadamente nos aspectos de existência qualificadas.
permanente de altos valores médios de intensidade de:
Pressões normais; G) Técnico agro-florestal
Vibrações; I — Admissão
Radiações térmicas;
Mudanças térmicas intermitentes; 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
Ausência de iluminação solar; fissionais com formação/especialização na actividade
Frequentes deslocações entre os diversos pisos do agro-silvícola.
edifício das caldeiras.
2 — As condições de admissão destes trabalhadores
9 — Nestes termos e em virtude das características são as seguintes:
muito especiais da actividade referida no número ante-
rior, é atribuído um prémio horário pecuniário a todos a) Idade mínima — a exigida na lei;
os trabalhadores integrados nestas condições de trabalho b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
e nos termos que seguem: dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso
a) O prémio será atribuído, por cada hora efectiva via profissionalizante.
de trabalho, aos trabalhadores directa e per-
manentemente envolvidos na condução de gera- II — Progressão na carreira
dores de vapor e de equipamentos auxiliares
dos mesmos, quando localizados no interior dos 3 — O plano de carreira de técnico agro-florestal
compartimentos onde estão instaladas as cal- compreende cinco níveis de progressão.
deiras e abrange as seguintes categorias pro-
fissionais: 4 — A progressão na carreira dependerá da existência
Encarregado de turno da central; cumulativa das seguintes condições:
Operador industrial (área/actividade ener- Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
gia); básico ou equivalente, sendo condição preferen-
cial para o acesso aos graus IV e V as habilitações
b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será definidas no n.o 2;
pago aos trabalhadores referenciados na alínea A condição anterior poderá ser substituída
anterior no final de cada mês proporcional- pela participação obrigatória e com aproveita-
mente às horas de trabalho efectivamente pres- mento em acções de formação adequadas;
tadas; Obter mérito profisional no desempenho da função
c) O prémio não será atribuído durante as férias,
e potencial para o desempenho de função de
não integrando a retribuição mensal.
grau superior;
F) Técnico administrativo/industrial
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes:
I — Admissão

1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- Grupos Tempos


de Níveis de qualificação mínimos
fissionais que desempenham funções técnicas nas áreas enquadramento (anos)
de planeamento, investigação operacional, projecto,
processo, produção, conservação, administração, comer-
6 Técnico agro-florestal do grau V ... –
cial, recursos humanos, organização e informática. 7 Técnico agro-florestal do grau IV ... 5
8 Técnico agro-florestal do grau III ... 5
2 — As condições de admissão destes trabalhadores 9 Técnico agro-florestal do grau II ... 4
são as seguintes: 10 Técnico agro-florestal do grau I ... 3

a) Idade mínima — a exigida na lei;


b) Habilitações escolares — curso secundário 5 — Para os profissionais integrados nas categorias
(12.o ano) da área de formação adequada à fun- correspondentes aos graus III, IV e V observar-se-á o

499 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


seguinte esquema de densidades máximas face ao total I) Técnico de manutenção
do efectivo na carreira:
I — Admissão
Grau V — 25 %;
Grau IV — 50 %. 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
H) Técnico analista de laboratório fissionais com formação/especialização na actividade de
manutenção mecânica e ou eléctrica.
I — Admissão

1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
fissionais com formação/especialização nas actividades são as seguintes:
laboratoriais.
a) Idade mínima — a exigida na lei;
2 — As condições de admissão destes trabalhadores b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
são as seguintes: dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso
a) Idade mínima — a exigida na lei; via profissionalizante.
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso II — Estágio
via profissionalizante.
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
II — Estágio estágio.
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio. 4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.

4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos. III — Progressão na carreira

III — Progressão na carreira 5 — O plano de carreira de técnico de manutenção


compreende sete níveis de progressão.
5 — O plano de carreira de técnico analista de labo-
ratório compreende sete níveis de progressão.
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
6 — A progressão na carreira dependerá da existência cumulativa das seguintes condições:
cumulativa das seguintes condições:
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino básico ou equivalente, sendo condição preferen-
básico ou equivalente, sendo condição preferen- cial para o acesso aos graus IV e V as habilitações
cial para o acesso aos graus IV e V as habilitações definidas no n.o 2;
definidas no n.o 2; Obter mérito profissional no desempenho da fun-
Obter mérito profissional no desempenho da fun- ção e potencial para o desempenho de funções
ção e potencial para o desempenho de funções mais qualificadas;
mais qualificadas; Desempenhar duas ou três especialidades referidas
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi- na definição de funções de acordo com a sua
gidos para cada nível, que são os seguintes: área de actividade. Para os graus IV e V é exigido
o desempenho de três especialidades;
Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
enquadramento (anos)
gidos para cada nível, que são os seguintes:

7 Técnico analista de laboratório do –


grau V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Grupos Tempos
de Níveis de qualificação mínimos
8 Técnico analista de laboratório do 5 enquadramento (anos)
grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9 Técnico analista de laboratório do 3
grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Técnico de manutenção do grau V –
10 Técnico analista de laboratório do 3 8 Técnico de manutenção do grau IV 5
grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Técnico de manutenção do grau III 3
11 Técnico analista de laboratório do 2 10 Técnico de manutenção do grau II 3
grau I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Técnico de manutenção do grau I 3
12 Técnico analista de laboratório 1 12 Técnico de manutenção estagiário
estagiário do 2.o ano . . . . . . . . . . do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
13 Técnico analista de laboratório 1 13 Técnico de manutenção estagiário
estagiário do 1.o ano . . . . . . . . . . do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

IV — Densidades

7 — Para os profissionais integrados nas categorias 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o
seguinte esquema de densidades máximas face ao total seguinte esquema de densidades máximas face ao total
do efectivo na carreira: do efectivo na carreira:
Grau V — 25 %; Grau V — 25 %;
Grau IV — 50 %. Grau IV — 50 %.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 500


V — Deontologia profissional funções superiores e do cumprimento dos tempos míni-
8 — Os técnicos de manutenção da actividade eléc- mos de permanência exigidos para cada nível, que são
trica/instrumentação terão sempre direito a recusar cum- os seguintes:
prir ordens contrárias à boa técnica profissional, nomea-
damente normas de segurança das instalações eléctricas. 6.o ano 9.o ano
de escolaridade de escolaridade
Categorias
ou equivalente ou equivalente
9 — Estes trabalhadores podem também recusar obe- (anos) (anos)

diência a ordens de natureza técnica que não sejam


emanadas de superior habilitado. Mecânica/eléctrica
Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – –
10 — Sempre que, no exercício da sua profissão, estes Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
trabalhadores corram riscos de electrocussão ou de des- Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
a sua integridade física, não podem trabalhar sem que Civil
sejam acompanhados por outro profissional.
Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – –
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
11 — Os técnicos de manutenção da actividade eléc- Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
trica/instrumentação obrigam-se a guardar sigilo pro- Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
fissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na
Empresa, bem como no respeitante a comunicações III — Densidades
escutadas no exercício da sua profissão.
7 — O número de profissionais que poderá integrar
J) Técnicos de conservação mecânica, eléctrica e civil cada um dos planos de carreira não deverá exceder a
I — Integração na carreira
percentagem de 15 % do efectivo existente para estas
áreas de actividade.
1 — Os planos de carreira de técnicos de conservação
mecânica, eléctrica e civil compreendem quatro níveis K) Técnico superior
de progressão. I — Admissão e período experimental

2 — A integração na carreira far-se-á pelo nível de 1 — Neste grupo estão integrados os profissionais de
enquadramento imediatamente superior ao que o tra- formação académica superior, licenciatura, diplomados
balhador possui, dependendo das habilitações escolares, em escolas nacionais ou estrangeiras oficialmente reco-
experiência e mérito profissional. nhecidas, nomeadamente universidades e institutos
superiores.
3 — Desta integração não poderá resultar a ascensão
para mais de que o nível de enquadramento imedia- 2 — Na admissão dos trabalhadores integrados neste
tamente superior. grupo será sempre exigido diploma ou documento equi-
valente e carteira profissional, quando exigido por lei.
4 — É condição necessária para a integração na car-
reira o desempenho de duas das funções referidas na 3 — O período experimental destes trabalhadores é
definição de funções de cada uma das categorias o previsto neste acordo.
profissionais.
II — Progressão na carreira
5 — Os tempos mínimos de experiência profissional
exigidos para a integração dependem das habilitações 4 — O plano de carreira de técnico superior com-
escolares e são os seguintes: preende seis níveis de responsabilidade e enquadra-
mento.
6.o ano 9.o ano
de escolaridade de escolaridade
5 — A progressão na carreira dependerá da existência
Categorias
ou equivalente ou equivalente cumulativa das seguintes condições:
(anos) (anos)
Mérito profissional no desempenho da função;
Potencial para o desempenho de funções mais
Mecânica/eléctrica
qualificadas.
Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 10
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 8
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5 6 — O técnico superior do grau I poderá passar ao
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 grau II após um ano de permanência naquela categoria.
Civil III — Funções
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 8
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5 7 — As funções destes profissionais serão as corres-
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 pondentes aos diversos níveis.

II — Progressão na carreira
8 — Enquadram-se neste grupo de técnicos superio-
res os profissionais que desempenham funções técnicas
6 — A progressão na carreira dependerá da existência nas áreas de planeamento, investigação operacional,
cumulativa da verificação de mérito profissional no engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos huma-
desempenho da função, potencial para desempenho de nos, organização, informática e comercial.

501 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


L) Trabalhadores analistas N) Trabalhadores electricistas

I — Admissão I — Admissão

1 — As condições mínimas de admissão de trabalha- 1 — A carreira dos profissionais electricistas inicia-se


dores analistas de laboratório são: pela categoria de pré-oficial.
a) Idade mínima — 18 anos;
2 — As condições de admissão de trabalhadores elec-
b) Habilitações mínimas — curso secundário ade-
tricistas são:
quado.
a) Idade mínima — a exigida na lei;
II — Promoções e acessos b) Habilitações mínimas — as exigidas por lei.
2 — O analista de 2.a ingressará na classe imedia- 3 — Só poderão ser admitidos ao serviço da Empresa
tamente superior após três anos na categoria, desde que os oficiais electricistas que sejam portadores da respec-
possua as habilitações mínimas acima previstas. tiva carteira profissional devidamente legalizada.
3 — Os preparadores de laboratório que possuam ou II — Promoções e acessos
venham a possuir o curso secundário adequado acima
previsto ingressarão, após quatro meses de estágio, na 4 — Os pré-oficiais serão promovidos após dois perío-
categoria profissional de analista de 2.a, continuando dos de um ano.
a assegurar as funções próprias de preparador de
laboratório. 5 — a) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial
do 2.o ano os trabalhadores electricistas diplomados
M) Trabalhadores da construção civil pelas escolas oficiais portuguesas com o curso de indus-
I — Admissão trial electricista ou de montador electricista e ainda os
diplomados com cursos de electricidade da Casa Pia
1 — A carreira dos profissionais da construção civil de Lisboa, Instituto Técnico Militar dos Pupilos do Exér-
inicia-se pela categoria de pré-oficial de 2.a cito, 2.o grau de torpedeiro electricista ou radiomon-
As condições de admissão de trabalhadores de cons- tador da Escola Militar de Electromecânica.
trução civil são: b) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial do
1.o ano os trabalhadores electricistas diplomados pelas
a) Idade mínima — a exigida na lei; escolas oficiais portuguesas com o curso do Ministério
b) Habilitações mínimas — as exigidas por lei. do Trabalho e da Solidariedade, através do Fundo de
Desenvolvimento de Mão-de-Obra.
II — Promoções e acessos
6 — Os oficiais de 2.a serão promovidos à categoria
3 — Os pré-oficiais serão promovidos à categoria de de oficial de 1.a após dois anos de permanência naquela
oficial de 2.a logo que completem dois anos de per- categoria.
manência naquela categoria.
III — Densidade e dotações mínimas
4 — Os oficiais de 2.a serão promovidos à categoria
de oficiais de 1.a logo que completem três anos de per- 7 — O número de pré-oficiais não poderá ser superior
manência naquela categoria. ao número de oficiais.

5 — Após três anos de permanência na categoria o 8 — Havendo ao serviço 5 oficiais, 1 será classificado
trabalhador não especializado poderá requerer à como encarregado. Se houver 15 oficiais, haverá 2 encar-
Empresa exame de ingresso em profissão por ele regados. Se o número de oficiais for superior a 15, haverá
indicada. mais 1 encarregado por cada grupo de 15.

6 — Se for aprovado, o trabalhador não especializado IV — Deontologia profissional


será classificado como pré-oficial.
9 — O trabalhador electricista terá sempre direito a
7 — O trabalhador não especializado aprovado con- recusar cumprir ordens contrárias à boa técnica pro-
tinuará, contudo, a exercer funções de trabalhador não fissional, nomeadamente normas de segurança das ins-
especializado enquanto não houver vaga na profissão talações eléctricas.
para que foi aprovado.
10 — O trabalhador electricista pode também recusar
III — Densidades e dotações mínimas obediência a ordens de natureza técnica referentes à
execução de serviços quando não provenientes de supe-
8 — Em cada profissão o número de oficiais de 1.a rior habilitado com carteira profissional, engenheiro téc-
não pode ser inferior a 50 % do número de oficiais de nico do ramo electrotécnico.
2.a, devendo, porém, haver sempre um oficial de 1.a
11 — Sempre que no exercício da sua profissão de
9 — O número de pré-oficiais em cada profissão não electricista o trabalhador corra riscos de electrocução,
poderá ser superior ao número de oficiais que nela não pode trabalhar sem ser acompanhado por outro
existem. oficial.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 502


O) Trabalhadores fogueiros III — Promoções e acessos

I — Admissão 3 — Ascendem a operador qualificado os condutores


de caldeiras de recuperação ou os operadores de tur-
Condições fixadas na regulamentação da profissão de bo-alternador e quadros que, sendo fogueiros de 1.a,
fogueiro. solicitem a sua reclassificação, sendo submetidos à rea-
lização de provas de aptidão para o desempenho das
referidas funções, acompanhada de declaração em que
II — Condições específicas e únicas dos trabalhadores condutores
de geradores de vapor aceita assegurar qualquer das funções acima referidas,
de acordo com as necessidades de serviço e nos termos
1 — Independentemente das medidas de segurança deste acordo.
existentes, as funções inerentes à condução de geradores
de vapor ou dos acessórios ao processo de produção 4 — A Empresa obriga-se a promover a formação
de vapor, quando localizadas no interior dos compar- necessária aos operadores referidos no n.o 1 desde que
timentos onde estão instaladas as caldeiras, comportam, o desejem e que se habilitem a desempenhar as funções
cumulativamente, riscos de graves acidentes corporais necessárias à promoção.
e condições conjuntas de gravosidade e perigosidade
de trabalho, designadamente nos aspectos de existência 5 — No prazo de 60 dias após a formulação, junto
permanente de altos valores médios de intensidade de: da Empresa, por parte dos trabalhadores interessados
do pedido de realização de provas de aptidão previstas
Pressões normais; no n.o 1, aquela marcará a data das mesmas, que se
Vibrações; efectivarão nos 30 dias subsequentes, devendo a pro-
Radiações térmicas; moção efectivar-se nos 30 dias seguintes à aprovação
Mudanças térmicas intermitentes; das provas.
Ausência de iluminação solar;
P) Trabalhadores metalúrgicos
Frequentes deslocações entre os diversos pisos de
edifício das caldeiras. I — Admissão

1 — A carreira dos profissionais metalúrgicos ini-


2 — Nestes termos e em virtude das características cia-se pela categoria de praticante de metalúrgico.
muito especiais de actividade referida no número ante-
rior, é atribuído um prémio horário pecuniário a todos 2 — As condições de admissão de trabalhadores
os trabalhadores integrados nestas condições de trabalho metalúrgicos são:
e nos termos que seguem:
a) Idade mínima — a exigida na lei;
a) O prémio será atribuído por cada hora efectiva b) Habilitações mínimas — as exigidas por lei.
de trabalho aos trabalhadores directa e perma-
nentemente envolvidos na condução de gera- II — Promoções e acessos
dores de vapor e de equipamentos auxiliares
dos mesmos, quando localizados no interior dos 3 — Os praticantes metalúrgicos ao fim de um ano
compartimentos onde estão instaladas as cal- ascenderão ao grupo de enquadramento superior. Após
deiras e abrange as seguintes categorias pro- dois anos ascenderão à categoria de oficial de 2.a
fissionais:
4 — Os oficiais de 2.a que completem quatro anos
Encarregado geral fabril (serviço de energia de permanência na Empresa no exercício da mesma
e recuperação); profissão ascenderão automaticamente ao escalão supe-
Encarregado de turno fabril (serviço de ener- rior.
gia e recuperação);
Operador de processo principal (serviço de 5 — Os ferramenteiros ou entregadores de ferramen-
energia e recuperação); tas com mais de três anos no exercício de funções e
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras de mérito profissional no seu desempenho poderão ascen-
recuperação); der ao grupo imediatamente superior.
Operador turbo-alternador, quadros e cal-
deira a óleo; III — Densidade e dotações mínimas
Operador de processo de 1.a (serviço de ener- 6 — Relativamente aos trabalhadores metalúrgicos e
gia e recuperação); metalomecânicos da mesma profissão, serão observadas
Operador de evaporadores; em cada centro e unidade fabril as proporções mínimas
Operador de processo de 2.a; constantes do seguinte quadro de densidade:
Ajudante de fogueiro (tanque de smelt);

Número de trabalhadores 1.a 2.a Praticantes


b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será
pago aos trabalhadores referenciados na alínea
anterior no final de cada mês proporcional- 1................................ – 1 –
mente às horas de trabalho efectivamente pres- 2................................ 1 – 1
tadas nesse mês. 3................................ 1 1 1
4................................ 1 2 1
c) O prémio não será atribuído durante as férias, 5................................ 1 3 1
não integrando a retribuição mensal. 6................................ 1 3 2

503 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


R) Trabalhadores técnicos de desenho
Número de trabalhadores 1.a 2.a Praticantes
I — Admissão

7................................ 2 3 2 1 — As condições de admissão para os trabalhadores


8................................ 3 3 2 com vista ao exercício das funções incluídas neste grupo
9................................ 3 4 2 são as seguintes:
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5 2
a) Curso secundário unificado/geral (mecânica,
electricidade, construção civil ou artes visuais) —
7 — Quando o número de trabalhadores seja superior que ingressam em tirocinante de desenho pelo
a 10, a respectiva proporção determina-se multiplicando período de dois anos (1.o e 2.o anos), findo o
as dezenas desse número pelos elementos das propor- qual passam a desenhador de execução do
ções estabelecidas no número anterior. grau II-A;
b) Curso industrial (Decreto-Lei n.o 37 029) ou
8 — O pessoal de chefia não será considerado para curso complementar — 11.o ano (nomeada-
o efeito das proporções estabelecidas no número ante- mente mecanotecnia, electrotecnia, construção
rior. civil ou artes gráficas), que ingressam em dese-
nhador de execução do grau II-A;
9 — O número de oficiais qualificados e principais c) Para os arquivistas técnicos a habilitação é o
acresce ao número total de oficiais para efeitos de qua- ciclo preparatório ou curso secundário unifi-
dro de densidades, sendo considerados como oficiais cado/geral e a idade mínima de 18 anos;
de 1.a d) Para os operadores heliográficos a habilitação
é o ensino primário ou o ciclo preparatório e
10 — As proporções fixadas nesta secção podem ser a idade mínima de 18 anos.
alteradas desde que de tal alteração resulte a promoção
de trabalhadores. II — Promoções e acessos

2 — Na categoria de desenhador de execução o acesso


11 — No caso de, por aplicação do quadro de den- do grau II-A ao grau II-B e deste ao grau I dá-se auto-
sidades, haver lugar a promoção, esta far-se-á com base maticamente logo que o trabalhador complete três anos
no mérito profissional, habilitação escolar e antiguidade de grau.
do trabalhador.
3 — Os operadores heligráficos terão acesso ao grau I
Q) Trabalhadores rodoviários e de garagens após permanência mínima de três anos de desempenho
I — Admissão de funções na categoria de grau II e aprovação em ava-
liação de mérito profissional.
1 — A idade mínima de admissão para a categoria
de motorista é de 21 anos. S) Trabalhadores técnicos de instrumentação

I — Admissão
2 — Para motorista é exigida a carta de condução
profissional. 1 — É exigido como habilitações mínimas o curso
industrial de electricidade ou equivalente. Para a pro-
3 — As habilitações escolares mínimas são as legal- fissão de mecânico de aparelhos de precisão e técnico
mente exigidas. de óleo-hidráulica é exigida como habilitação mínima
o curso industrial de serralheiro ou equivalente.
II — Horário de trabalho
2 — São condições preferenciais cursos de especia-
4 — Os motoristas terão um horário móvel ou fixo, lidade, designadamente o curso complementar de elec-
podendo efectuar-se as alterações de qualquer destes tricidade e o de electromecânica da escola de Paços
regimes nos termos da lei. O registo de trabalho efec- de Arcos.
tuado será feito em livretes individuais.
II — Promoções e acessos
5 — O início e o fim do almoço e do jantar terão
de verificar-se, respectivamente, entre as 11 horas e 3 — Os tirocinantes do 2.o ano ascenderão a técnicos
30 minutos e as 14 horas e 30 minutos e entre as 19 horas estagiários após a aprovação em avaliação de mérito
e 30 minutos e as 21 horas e 30 minutos. profissional a realizar até um ano de permanência na
categoria.
6 — Se, por motivo de serviço inadiável, o trabalhador
não puder tomar a sua refeição dentro do horário fixado 4 — Os técnicos estagiários ingressarão automatica-
no número anterior, o tempo de refeição ser-lhe-á pago mente na classe imediatamente superior logo que com-
como trabalho suplementar. pletem um ano de permanência na categoria.

7 — Após o regresso ao local de trabalho, se ainda 5 — O acesso às restantes categorias profissionais


não tiver tomado a sua refeição, será concedido ao tra- resultará da avaliação do mérito profissional do traba-
balhador o tempo necessário, até ao limite máximo de lhador, que deverá ser realizada após o tempo mínimo
uma hora, para a tomar dentro do horário normal de de permanência de três anos em cada uma das categorias
trabalho. previstas no plano de carreira.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 504


III — Deontologia profissional Técnico administrativo/industrial do grau IV.
6 — O técnico de instrumentos de controlo industrial Técnico auxiliar altamente qualificado.
e mecânico de instrumentos tem sempre o direito de Técnico superior do grau III.
recusar o cumprimento de ordens que sejam contrárias
(a) Inclui:
à boa técnica profissional, nomeadamente normas de
segurança ou outras situações que ponham em risco Conservação eléctrica.
a segurança de pessoas e equipamentos. Conservação de controlo industrial.
Conservação mecânica e viaturas.
Produção de pasta.
7 — O técnico de instrumentos de controlo industrial Energia e recuperação.
e mecânico de instrumentos não deve obediência a
ordens de natureza técnica que não sejam emanadas Grupo 5:
de superior habilitado dentro da sua especialidade.
Chefe de sector administrativo/industrial (a).
8 — Sempre que no exercício da sua função o técnico Encarregado fabril I (b).
de instrumentos de controlo industrial e mecânico de Encarregado de turno fabril (c).
instrumentos corra riscos de electrocussão ou de des- Preparador de trabalho qualificado.
cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco Programador de aplicações principal.
a sua integridade física, não pode trabalhar sem que Secretário(a) de direcção ou administração do
seja acompanhado por outro técnico. grau IV.
Técnico administrativo/industrial do grau III.
9 — O técnico de instrumentos de controlo industrial Técnico superior do grau II.
e mecânico de instrumentos obriga-se a guardar sigilo
profissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na (a) Inclui:
sua empresa, bem como no respeitante a comunicações Pessoal.
escutadas no exercício da sua profissão. Serviços gerais.

ANEXO III (b) Inclui:


Enquadramentos e tabelas de remunerações mínimas Conservação eléctrica de instalações industriais.
Conservação de instrumentos de instalações industriais.
Grupo 1: Conservação mecânica de instalações industriais.
Oficina de conservação mecânica.
Director de departamento/serviços (a). Parque e preparação de madeiras.
Técnico superior do grau VI.
(c) Inclui:
(a) Inclui:
Produção de pasta.
Direcção de conservação e projectos. Energia e recuperação.
Direcção de produção.
Serviços administrativos. Grupo 6:
Serviços comerciais.
Serviços financeiros. Chefe de secção administrativa/industrial (a).
Encarregado fabril II (b).
Grupo 2:
Planificador qualificado.
Analista de sistemas qualificado. Preparador de trabalho principal.
Chefe de departamento (a). Programador de aplicações de 1.a
Técnico superior do grau V. Secretário(a) de direcção ou administração do
grau III.
(a) Inclui: Técnico administrativo/industrial do grau II.
Gabinete de planeamento e controle.
Técnico agro-florestal do grau V.
Serviço de aprovisionamentos. Técnico de controlo e potência.
Serviço de contabilidade e tesouraria. Técnico superior do grau I.
Serviço de conservação eléctrica e instrumentos.
Serviço de conservação mecânica e civil.
Serviço de energia e recuperação. (a) Inclui:
Serviço de estudos e controle do processo.
Gestão de stocks.
Serviço de pessoal.
Contabilidade.
Serviço de planeamento e projectos.
Refeitório e obras sociais.
Serviço de produção de pasta.
Sala de desenho.
Grupo 3: Armazém geral.

Analista de sistemas de 1.a (b) Inclui:


Chefe de serviço. Armazém e exportação.
Técnico superior do grau IV. Conservação civil.
Segurança e protecção contra incêndios.
Grupo 4:
Grupo 7:
Analista de sistemas de 2.a
Encarregado geral fabril (a). Assistente administrativo do grau V.
Programador de aplicações qualificado. Chefe de turno fabril/parque e preparação de
Secretário(a) de direcção ou administração do madeiras.
grau V. Desenhador-projectista.

505 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Operador de computador qualificado. Operador de forno, caustificação e gaseificação.
Operador industrial extra. Operador da tiragem.
Operador de turbo-alternador, quadros e caldeira a óleo.
Operador de processo extra.
Planificador principal. Grupo 10:
Preparador de trabalho do grau I.
Programador de aplicações de 2.a Analista de laboratório de 1.a
Secretário(a) de direcção ou administração do Assistente administrativo do grau II.
grau II. Auxiliar administrativo principal.
Técnico administrativo/industrial do grau I. Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Técnico agro-florestal do grau IV. transporte principal.
Técnico analista de laboratório do grau V. Controlador industrial principal.
Técnico de conservação eléctrica principal. Desenhador de execução do grau II-B.
Técnico de conservação mecânica principal. Fiel de armazém principal.
Técnico de instrumentação principal. Lubrificador principal.
Técnico de manutenção do grau V. Motorista principal.
Grupo 8: Oficial de 1.a (a).
Oficial de conservação civil principal.
Analista de laboratório qualificado. Operador de computador de 2.a
Assistente administrativo do grau IV. Operador industrial de 1.a
Desenhador de execução do grau principal. Operador de processo de 1.a (b).
Oficial de conservação qualificado. Recepcionista de materiais de 1.a
Operador de computador principal. Técnico agro-florestal do grau I.
Operador industrial qualificado. Técnico analista de laboratório do grau II.
Operador qualificado fogueiro. Técnico de conservação civil de 1.a
Operador de processo qualificado. Técnico de conservação eléctrica de 2.a
Planificador. Técnico de conservação mecânica de 2.a
Preparador de trabalho do grau II. Técnico de instrumentação de controlo industrial
Recepcionista de materiais qualificado. de 2.a
Secretário(a) de direcção ou administração do
Técnico de manutenção do grau II.
grau I.
Técnico agro-florestal do grau III. Verificador de equipamentos.
Técnico analista de laboratório do grau IV.
Técnico de conservação civil principal. (a) Inclui:
Técnico de conservação eléctrica especialista. Electricista.
Técnico de conservação mecânica especialista. Frezador mecânico.
Técnico de instrumentação especialista. Mecânico de automóveis.
Técnico de manutenção do grau IV. Rectificador mecânico.
Serralheiro civil.
Grupo 9: Serralheiro mecânico.
Soldador.
Analista de laboratório principal. Torneiro mecânico.
Assistente administrativo do grau III.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e (b) Inclui:
transporte qualificado. Operador de secadores e cortadora da tiragem.
Desenhador de execução do grau I. Operador de lavagem e crivagem.
Electricista principal.
Fiel de armazém qualificado. Grupo 11:
Lubrificador qualificado.
Motorista qualificado. Analista de laboratório de 2.a
Oficial metalúrgico principal. Assistente administrativo do grau I.
Operador de computador de 1.a Auxiliar administrativo de 1.a
Operador industrial principal. Capataz de 1.a
Operador de processo principal (a). Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Planificador auxiliar. transporte de 1.a
Preparador de trabalho auxiliar. Controlador industrial de 1.a
Programador de aplicações estagiário.
Desenhador de execução do grau II-A.
Recepcionista de materiais principal.
Técnico agro-florestal do grau II. Fiel de armazém de 1.a
Técnico analista de laboratório do grau III. Motorista (pesados ou ligeiros).
Técnico de conservação civil especialista. Oficial de 1.a (a).
Técnico de conservação eléctrica de 1.a Oficial de 2.a (b).
Técnico de conservação mecânica de 1.a Operador de computador estagiário.
Técnico de instrumentação de controlo industrial Operador industrial de 2.a
de 1.a Operador de processo de 2.a (c).
Técnico de manutenção do grau III. Recepcionista de materiais de 2.a
Verificador de equipamentos principal. Técnico analista de laboratório do grau I.
Técnico de conservação civil de 2.a
(a) Inclui: Técnico de instrumentação de controlo industrial
Fogueiro de 1.a (operador de caldeira de recuperação). estagiário.
Operador de digestor contínuo. Técnico de manutenção do grau I.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 506


(a) Inclui: Oficial de 2.a (a).
Carpinteiro. Operador industrial de 3.a
Decapador por jacto. Operador de processo de 3.a
Lubrificador. Pré-oficial electricista do 2.o ano.
Pedreiro. Recepcionista de materiais de 3.a
Pintor de instalações industriais, veículos, máquinas ou móveis.
Técnico analista de laboratório estagiário do 2.o ano.
Técnico de manutenção estagiário do 2.o ano.
(b) Inclui:
Tirocinante do 2.o ano (instrumentação).
Electricista.
Frezador mecânico. (a) Inclui:
Mecânico de automóveis.
Rectificador mecânico. Carpinteiro.
Serralheiro civil. Decapador por jacto.
Serralheiro mecânico. Lubrificador.
Soldador. Pedreiro.
Torneiro mecânico. Pintor de instalações industriais, veículos, máquinas ou móveis.

(c) Inclui: Grupo 13:


Ajudante de fogueiro (tanque de smelt).
Operador de evaporadores. Ajudante.
Operador de preparação de madeiras. Assistente administrativo estagiário do 1.o ano.
Operador de secadores e cortadora da tiragem.
Suboperador de forno e caustificação.
Tirocinante de desenhador do 1.o ano.
Operador industrial estagiário.
Grupo 12: Operador de processo estagiário (pasta/energia).
Praticante (laboratório/metalúrgico).
Assistente administrativo estagiário do 2.o ano. Pré-oficial da construção civil.
Auxiliar administrativo de 2.a Pré-oficial electricista do 1.o ano.
Bombeiro. Preparador de laboratório.
Capataz de 2.a Técnico analista de laboratório estagiário do 1.o ano.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e Técnico de manutenção estagiário do 1.o ano.
transporte de 2.a Tirocinante.
Controlador industrial de 2.a Tirocinante do 1.o ano (instrumentação).
Tirocinante de desenhador do 2.o ano. Trabalhador de limpeza.
Fiel de armazém de 2.a Trabalhador não especializado.

Tabela de remunerações

Grupo
de Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
enquadramento

1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00

Pelo SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante


A cada remuneração base constante desta tabela e Fogueiros de Terra:
acresce, para todos os efeitos, a importância de 7180$,
(Assinatura ilegível.)
referente à integração do subsídio de formação.
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de
Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
contratação a termo e aos trabalhadores que se encon- Extractiva, Energia e Química:
tram em regime de período experimental.
José Luís Carapinha Rei.

Lisboa, 3 de Novembro de 1998. Pelo SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio:
Pela Portucel Tejo — Empresa de Celulose do Tejo, S. A.:
(Assinatura ilegível.)
(Assinatura ilegível.)
Pelo Sindicato dos Engenheiros da Região Sul:
Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços:
António Maria Teixeira de Matos Cordeiro. Pedro Manuel de Faria e Melo Forjó.

507 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Declaração depósito do acordo ou da respectiva revisão, total ou
A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Traba- parcial, anteriormente negociada.
lhadores de Serviços, por si e em representação dos
sindicatos seus filiados: 5 — Decorridos os prazos mínimos fixados para a
denúncia, esta é possível a qualquer momento, perma-
SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escri- necendo aplicáveis todas as disposições desta cláusula
tório, Comércio, Hotelaria e Serviços; quando haja prorrogação da vigência do acordo.
SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinha-
gem da Marinha Mercante e Fogueiros de Terra. 6 — Por denúncia entende-se o pedido de revisão,
feito, por escrito, à parte contrária, acompanhado da
Lisboa, 2 de Outubro de 1998. — Pelo secretariado: proposta de alteração.
(Assinaturas ilegíveis.)
7 — A parte que recebe a denúncia deve responder,
Declaração por escrito, no decurso dos 30 dias imediatos contados
a partir da recepção daquela.
Para os devidos efeitos se declara que a FETI-
CEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias
Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química 8 — A resposta incluirá a contraproposta de revisão
representa a seguinte associação sindical: para todas as propostas que a parte que responde não
aceita.
SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia,
Química e Indústrias Diversas. 9 — As negociações iniciar-se-ão dentro dos 15 dias
a contar do prazo fixado no n.o 8.
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. — Pelo Secretariado,
(Assinatura ilegível.)
10 — As tabelas salariais e valores para as cláusulas
Entrado em 27 de Janeiro de 1999. de expressão pecuniária produzem efeitos a partir de
Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 170 do 16 de Setembro de 1998.
livro n.o 8, com o n.o 21/99, nos termos do artigo 24.o
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual.
CAPÍTULO II
Preenchimento de postos de trabalho

Cláusula 3.a
AE entre a Portucel Viana — Empresa Produtora
de Papéis Industriais, S. A., e a FETESE — Feder. Preenchimento de postos de trabalho
dos Sind. dos Trabalhadores de Serviços e
A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou
outros.
postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço,
desde que estes reúnam as condições necessárias para
CAPÍTULO I esse preenchimento, só recorrendo à admissão do exte-
Área, âmbito e vigência rior quando estiverem esgotadas todas as possibilidades
de utilização dos seus recursos humanos.
Cláusula 1.a
Área e âmbito Cláusula 4.a
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o Admissões
território do continente e obriga, por um lado, a Portucel
Viana — Empresa Produtora de Papéis Industriais, 1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con-
S. A., e por outro, os trabalhadores ao seu serviço embros dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula-
das organizações sindicais outorgantes. mentação interna da Empresa.

Cláusula 2.a 2 — Toda e qualquer admissão será precedida de


exame médico adequado, feito a expensas da Empresa.
Vigência, denúncia e revisão

1 — Este acordo de empresa entra em vigor cinco 3 — No acto de admissão, a Empresa fornecerá ao
dias após a data da sua publicação no Boletim do Tra- trabalhador cópias do presente acordo e dos regula-
balho e Emprego. mentos internos da Empresa.

2 — O prazo de vigência deste acordo é de dois anos, 4 — A Empresa não deverá, em regra, admitir tra-
salvo o disposto no número seguinte. balhadores reformados.

3 — A matéria de expressão pecuniária será revista 5 — Na admissão de qualquer trabalhador, a Empresa


anualmente. obriga-se a reconhecer os tempos de aprendizagem, tiro-
cínio ou estágio dentro da mesma profissão ou profissões
4 — A denúncia pode ser efectuada por qualquer das afins prestados noutra empresa, desde que apresente,
partes decorridos 10 meses sobre a data da entrega para para o efeito, certificado comprovativo.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 508


Cláusula 5.a neração que, quando seja superior à estabelecida para
Período experimental
a sua nova categoria, irá sendo absorvida pelos sub-
sequentes aumentos salariais até ao valor desta. Para
1 — Durante o período experimental, salvo acordo o efeito, o trabalhador terá direito aos seguintes adi-
escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir cionais à remuneração correspondente à categoria pro-
o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo- fissional para que foi reconvertido:
cação de justa causa, não havendo direito a qualquer
indemnização. a) 75 % da diferença entre a remuneração corres-
pondente à categoria para que foi reconvertido
2 — O período experimental corresponde ao período e a remuneração correspondente à categoria de
inicial de execução do contrato e, salvo acordo em con- onde é originário, na primeira revisão salarial;
trário, tem a seguinte duração: b) 50 % daquela diferença, pelos novos valores
resultantes da segunda revisão salarial, na oca-
a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores;
sião desta;
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car-
gos de complexidade técnica e elevado grau de c) 25 % daquela diferença, pelos valores resultan-
responsabilidade ou funções de confiança; tes da terceira revisão salarial, na ocasião desta;
c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros d) Absorção total na quarta revisão salarial.
superiores.
Cláusula 6.a Cláusula 10.a
Readmissões
Promoções
1 — Se a Empresa readmitir ao seu serviço um tra-
balhador cujo contrato tenha sido rescindido anterior- 1 — Constitui promoção a passagem a título definitivo
mente, por qualquer das partes, o tempo de antiguidade de um trabalhador para uma categoria, classe ou grau
ao serviço da Empresa no período anterior à rescisão superiores ou a sua mudança a título definitivo para
será contado na readmissão se nisso acordarem por outra função a que corresponda remuneração mais
escrito o trabalhador e a Empresa. elevada.

2 — A readmissão de um trabalhador para a mesma 2 — As promoções processar-se-ão de acordo com o


categoria profissional não está sujeita a período expe- estabelecido neste acordo e em regulamentação interna
rimental. da Empresa, que definirá condições complementares de
Cláusula 7.a promoção e meios para a sua apreciação e controlo.
Contratos a termo
3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
A Empresa poderá celebrar contratos a termo, de as promoções que resultem do preenchimento de postos
acordo com as regras e os limites impostos pela legis- de trabalho vagos deverão efectuar-se por proposta da
lação aplicável. hierarquia ou por abertura de concurso; neste caso, e
Cláusula 8.a em igualdade de condições, será dada preferência nesse
preenchimento aos trabalhadores da direcção da
Comissão de serviço
Empresa em que ocorra a vaga, tendo em atenção as
1 — As funções de direcção serão exercidas por tra- habilitações literárias e profissionais, experiência, mérito
balhadores da Empresa em regime de comissão de ser- e antiguidade.
viço, nos termos da legislação aplicável, sem prejuízo
das situações existentes. 4 — As promoções para chefe de serviço ou categoria
de grupo de enquadramento igual ou superior serão
2 — A Empresa definirá condições especiais de pro- feitas por nomeação.
gressão profissional decorrentes do exercício de funções
com mérito em regime de comissão de serviço.
5 — É requisito indispensável para qualquer promo-
ção, salvo as previstas no número anterior, a perma-
Cláusula 9.a nência mínima de 18 meses no exercício de funções
Reconversões em categoria inferior.
1 — A Empresa diligenciará reconverter, para função
compatível com as suas capacidades, os trabalhadores 6 — O disposto no número anterior não é aplicável
parcialmente incapacitados por motivo de acidente de às situações de promoção de praticantes, estagiários ou
trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos- aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na
sível, a Empresa informará, por escrito, o trabalhador Empresa dentro da sua carreira profissional e ainda às
interessado das razões dessa impossibilidade. promoções automáticas.

2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a 7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro-
remuneração base estabelecida para a sua nova cate- moções automáticas serão contados desde o início do
goria, sem prejuízo do número seguinte. desempenho de funções ou desde a última promoção
na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso
3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de algum, mais de uma promoção por efeito da entrada
remuneração base do trabalhador reconvertido, remu- em vigor deste acordo.

509 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 11.a h) Facilitar a consulta de processos individuais aos
Reestruturação de serviços
respectivos trabalhadores, sempre que estes o
solicitem;
Nos casos em que a melhoria tecnológica ou a rees- i) Cumprir a lei e este acordo, relativamente à
truturação dos serviços tenham como consequência a actividade sindical e às comissões de traba-
eliminação de postos de trabalho, a Empresa assegurará lhadores;
aos seus trabalhadores, de harmonia com as possibi- j) Promover a avaliação do mérito dos trabalha-
lidades físicas e intelectuais de cada um, que transitem dores ao seu serviço e remunerá-los de acordo
para novas funções, de preferência compatíveis com a com esta avaliação;
sua profissão, toda a preparação necessária, suportando k) Proceder à análise e qualificação das funções
os encargos dela decorrentes. dos trabalhadores ao seu serviço, com efeitos,
designadamente, numa política de enquadra-
mento;
Cláusula 12.a
l) Contribuir para a elevação do nível de produ-
Diminuídos físicos tividade dos trabalhadores ao seu serviço.
A admissão, a promoção e o acesso dos trabalhadores
diminuídos físicos processar-se-ão nos mesmos termos Cláusula 15.a
dos restantes trabalhadores, desde que se trate de acti-
vidades que possam ser por eles desempenhadas e pos- Mapas de quadros de pessoal
suam as habilitações e condições exigidas.
A Empresa obriga-se a organizar, enviar e afixar os
mapas de quadros de pessoal, nos termos da lei.
Cláusula 13.a
Formação profissional
Cláusula 16.a
1 — A Empresa proporcionará aos trabalhadores ao
Deveres dos trabalhadores
seu serviço condições de formação e de valorização pro-
fissional no âmbito da profissão que exercem na São deveres dos trabalhadores:
Empresa.
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais
2 — O tempo despendido pelos trabalhadores na fre- legislação aplicável;
quência de acções de formação profissional que decor- b) Exercer com competência, zelo, pontualidade
ram no período normal de trabalho será considerado, e assiduidade as funções que lhes estejam con-
para todos os efeitos, como tempo de trabalho, sem fiadas e para que foram contratados;
prejuízo da retribuição, submetendo-se os trabalhadores c) Prestar aos outros trabalhadores todos os con-
a todas as disposições deste acordo. selhos e ensinamentos de que necessitem ou
solicitem em matéria de serviço;
d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço
CAPÍTULO III dos outros trabalhadores nos seus impedimentos
Direitos, deveres e garantias das partes e férias;
e) Observar e fazer observar os regulamentos
internos e as determinações dos seus superiores
Cláusula 14.a
hierárquicos no que respeita à execução e dis-
Deveres da Empresa ciplina do trabalho, salvo na medida em que
tais determinações se mostrem contrárias aos
São deveres da Empresa:
seus direitos e garantias, bem como observar
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais e fazer observar as normas de higiene, segurança
legislação aplicável; e medicina no trabalho;
b) Tratar com respeito e consideração os traba- f) Tratar com respeito e consideração os seus supe-
lhadores ao seu serviço; riores hierárquicos, os restantes trabalhadores
c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de fun- da Empresa e demais pessoas e entidades que
ções diferentes das que são próprias da sua pro- estejam ou entrem em relação com a Empresa;
fissão, salvo o estabelecido neste acordo e na g) Dar conhecimento à Empresa, através da via
lei, ou sejam incompatíveis com as respectivas hierárquica, das deficiências de que tenham
normas deontológicas ou sejam ilícitas; conhecimento e que afectem o regular funcio-
d) Proporcionar-lhes boas condições de trabalho, namento dos serviços;
tanto do ponto de vista moral como físico, h) Guardar lealdade à Empresa, nomeadamente
nomeadamente no que diz respeito à higiene não negociando por conta própria ou alheia em
e segurança e à prevenção de doenças pro- concorrência com ela nem divulgando informa-
fissionais; ções referentes aos seus métodos de produção
e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dos e negócio;
prejuízos resultantes de acidentes de trabalho i) Zelar pela boa conservação e boa utilização dos
e doenças profissionais; bens relacionados com o seu trabalho que lhes
f) Submeter a exame médico todos os trabalha- estejam confiados;
dores, nos termos da lei; j) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento
g) Passar certificados aos trabalhadores, nos ter- de segurança que lhes for distribuído ou dis-
mos da lei; ponibilizado pela Empresa.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 510


Cláusula 17.a trabalho suplementar, e desde que, nos restantes casos,
Garantias dos trabalhadores assegurem o funcionamento dos serviços de natureza
urgente.
É vedado à Empresa:
a) Opor-se, por qualquer forma, a que os traba- 2 — Os trabalhadores poderão reunir-se fora do horá-
lhadores exerçam os seus direitos, bem como rio normal de trabalho dentro das instalações da
aplicar-lhes sanções por causa desse exercício; Empresa, durante o período que entenderem necessário,
b) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores; sem prejuízo da normalidade da laboração nos casos
c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que de trabalho por turnos ou de trabalho suplementar.
actuem no sentido de influir desfavoravelmente
nas condições de trabalho deles ou dos seus
3 — As reuniões de trabalhadores poderão ser con-
colegas;
vocadas por um terço ou 50 trabalhadores da Empresa,
d) Baixar a categoria dos trabalhadores e diminuir
a retribuição, salvo o previsto na lei e no pre- pela CS, pela CI ou pelo delegado sindical, quando aque-
sente acordo; las não existam.
e) Admitir trabalhadores exclusivamente remune-
rados através de comissões; 4 — As entidades promotoras das reuniões, nos ter-
f) Transferir os trabalhadores para outro posto de mos dos números anteriores, deverão comunicar ao con-
trabalho se aqueles, justificadamente e por selho de administração ou a quem as suas vezes fizer
escrito, não derem o seu acordo; e aos trabalhadores interessados, com a antecedência
g) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou a mínima de um dia, a data e a hora em que pretendem
utilizar serviços fornecidos pela Empresa ou por que elas se efectuem, devendo afixar as respectivas
pessoa por ela indicada; convocatórias.
h) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,
refeitórios, economatos ou outros estabeleci-
5 — Nos casos de urgência, a comunicação a que se
mentos directamente relacionados com o tra-
balho, para fornecimento de bens ou prestação refere o número anterior deverá ser feita com a ante-
de serviços aos trabalhadores; cedência possível.
i) Despedir qualquer trabalhador, salvo nos ter-
mos da lei; 6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza-
j) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo ções sindicais respectivas e os seus representantes que
com o seu acordo, havendo o propósito de os não trabalhem na Empresa podem, desde que devida-
prejudicar em direitos ou garantias decorrentes mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar
da antiguidade; nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com
k) Fazer lock-out, nos termos da lei. a antecedência mínima de seis horas.

CAPÍTULO IV Cláusula 20.a


Exercício da actividade sindical na Empresa Competência dos delegados sindicais

Cláusula 18.a 1 — Os delegados sindicais e as CS ou CI têm com-


Princípios gerais petência e poderes para desempenhar todas as funções
que lhes estão atribuídas neste acordo e na lei, com
1 — A actividade sindical na Empresa rege-se pela observância dos preceitos neles estabelecidos, nomea-
legislação aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláu- damente:
sulas seguintes.
a) Acompanhar e fiscalizar a aplicação das dispo-
2 — Para os efeitos deste acordo entende-se por: sições legais e convencionais que tenham reper-
a) AGT (assembleia geral de trabalhadores) o con- cussões nas condições de trabalho;
junto de todos os trabalhadores da Empresa; b) Fiscalizar o funcionamento do refeitório, infan-
b) CS (comissão sindical) a organização dos dele- tário, creche e outras estruturas de assistência
gados sindicais do mesmo sindicato na Empresa; social existentes na Empresa;
c) CI (comissão intersindical) a organização dos c) Analisar e dar parecer sobre qualquer projecto
delegados das comissões sindicais da Empresa; de mudança de local da unidade, instalação ou
d) SS (secção sindical) o conjunto de trabalhadores serviço;
filiados no mesmo sindicato. d) Visar os mapas mensais a enviar pela Empresa
aos sindicatos, os mapas de contribuições para
a segurança social e os documentos das com-
Cláusula 19.a
panhias seguradoras que respeitem ao seguro
Reuniões dos trabalhadores.
1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante
o horário de trabalho, até um período máximo de quinze 2 — Sobre as matérias constantes das alíneas b) e c)
horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como a Empresa não poderá deliberar sem que tenha sido
tempo de serviço efectivo, sem prejuízo da normalidade dado prévio conhecimento das mesmas aos delegados
da laboração, nos casos de trabalho por turnos ou de sindicais ou às CS ou CI.

511 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 21.a carta registada com aviso de recepção, de que será afi-
xada cópia nos locais reservados às informações sin-
Direitos e garantias dos delegados sindicais
dicais.
1 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar
no interior da Empresa textos, convocatórias, comuni- 4 — O procedimento referido no número anterior
cações ou informações relativos à vida sindical e aos será igualmente observado nos casos de substituição ou
interesses sócio-profissionais dos trabalhadores, bem cessação de funções.
como proceder à sua distribuição, mas sem prejuízo,
em qualquer dos casos, da laboração normal da unidade, Cláusula 23.a
instalação ou serviço em causa. Reuniões

2 — Os locais de afixação serão reservados pelo con- 1 — A CI, a CS quando aquela não existir, ou ainda
selho de administração ou por quem as suas vezes fizer, o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú-
ouvidos a CI, a CS ou os delegados sindicais. nem-se com o conselho de administração ou com quem
este designar para o efeito, sempre que uma ou outra
3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular parte o julgarem conveniente.
livremente em todas as dependências da Empresa, sem
prejuízo do serviço e das normas constantes do regu- 2 — O tempo das reuniões previstas nesta cláusula
lamento de segurança da Empresa. não pode ser considerado para o efeito de créditos de
horas sempre que a reunião não seja da iniciativa dos
4 — Para o exercício da acção sindical na Empresa, trabalhadores.
é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um
Cláusula 24.a
dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa
qualidade. Instalação das comissões

5 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men- 1 — Havendo mais de 100 trabalhadores, a Empresa
sal de dez horas aos delegados que façam parte da CI. é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais,
desde que estes o requeiram, a título permanente, um
local situado no interior daquela ou na sua proximidade,
6 — Os delegados que pertençam simultaneamente
que seja apropriado para o exercício das suas funções
à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente
e que disponha de telefone.
pelo número anterior.
2 — Havendo menos de 100 trabalhadores, a Empresa
7 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito
é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais,
de horas de um delegado sindical seja utilizado por
desde que estes o requeiram, um local situado no interior
outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados
daquela ou na sua proximidade, apropriado para o exer-
que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas.
cício das suas funções e que disponha de telefone.
Cláusula 25.a
Cláusula 22.a
Direitos e garantias dos dirigentes das organizações sindicais
Número de delegados sindicais
1 — Cada membro da direcção das organizações sin-
1 — O número de delegados sindicais de cada sin-
dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para
dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão
o exercício das suas funções.
sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos
na cláusula anterior, é calculado da forma seguinte:
2 — A direcção interessada deverá comunicar com
a) Estabelecimento com menos de 50 trabalhado- um dia de antecedência as datas e o número de dias
res sindicalizados — 1; de que os respectivos membros necessitem para o exer-
b) Estabelecimento com 50 a 99 trabalhadores cício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade,
sindicalizados — 2; nos dias úteis imediatos ao primeiro dia em que faltarem.
c) Estabelecimento com 100 a 199 trabalhadores
sindicalizados — 3; Cláusula 26.a
d) Estabelecimento com 200 a 499 trabalhadores Quotização sindical
sindicalizados — 6;
e) Estabelecimento com 500 ou mais trabalhadores A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança
sindicalizados — 6+n–500 das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos
200 respectivos, depois de recebidas as declarações indivi-
duais dos trabalhadores.
2 — O resultado apurado nos termos da alínea e) do
número anterior será sempre arredondado para a uni-
dade imediatamente superior. Cláusula 27.a
Direito à greve
3 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con-
selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer, Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
a identificação dos delegados sindicais, bem como o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
daqueles que fazem parte das CS e CI, por meio de o exercício de tal direito.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 512


CAPÍTULO V Cláusula 31.a
Turnos
Prestação de trabalho
1 — Deverão ser organizados turnos rotativos de pes-
a soal diferente sempre que o período de funcionamento
Cláusula 28. ultrapasse os limites máximos dos períodos normais de
Período normal de trabalho trabalho diário.

1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos 2 — Os trabalhadores em regime de turnos de labo-


termos da lei e do presente acordo. ração contínua tomarão as suas refeições no local de
trabalho, sem que possam abandonar as instalações res-
pectivas e sem prejuízo do normal funcionamento do
2 — A duração média do período normal de trabalho serviço.
semanal é de trinta e nove horas, sem prejuízo dos horá-
rios de duração média inferior existentes na Empresa.
3 — O disposto no número anterior não afecta os
direitos adquiridos pelos trabalhadores que à data da
3 — A duração média do período normal de trabalho entrada em vigor deste acordo prestam serviço em
diário é de oito horas. regime de laboração contínua.

4 — Os trabalhadores de turno cujo serviço o permita


Cláusula 29.a terão direito a um intervalo de uma hora, que, nos ter-
Horário de trabalho mos gerais, não se considera tempo de trabalho.

1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do 5 — Nenhum trabalhador poderá ser mudado de
início e do termo do período de trabalho diário, bem horário ou turno senão após um período de descanso
como a dos intervalos de descanso diários. nunca inferior a doze horas.

2 — Compete à Empresa elaborar e estabelecer o Cláusula 32.a


horário de trabalho dos trabalhadores ao seu serviço,
de acordo com o disposto na lei e no presente acordo. Troca de turnos

1 — As trocas de turnos previstas na presente cláusula


Cláusula 30.a são trocas efectuadas por iniciativa e no interesse directo
dos trabalhadores.
Modalidades de horário de trabalho
2 — São permitidas trocas de turnos entre trabalha-
Para os efeitos deste acordo de Empresa, entende-se dores desde que previamente acordadas entre eles e
por: aceites pela Empresa.
a) Horário fixo — aquele em que as horas de início 3 — As trocas de turno não poderão determinar:
e termo do período de trabalho, bem como as
dos intervalos de descanso, são previamente a) Prestação de trabalho consecutivo com duração
determinadas e fixas; superior a dezasseis horas;
b) Horário móvel — aquele em que as horas de b) Prejuízo para o número de descansos semanais
início e de termo do período de trabalho, bem a que o trabalhador tenha direito por trabalho
como as dos intervalos de descanso, não são prestado;
fixas, podendo entre o início e o termo efectivo c) Pagamento de qualquer trabalho suplementar
do período normal de trabalho diário decorrer ou atribuição de quaisquer descansos compen-
o período máximo de quinze horas; satórios.
c) Horário flexível — aquele em que as horas de
início e termo do período de trabalho, bem como 4 — Sempre que, em virtude de troca de turno, o
as dos intervalos de descanso, podem ser móveis, trabalhador preste serviço no seu dia de descanso sema-
havendo, porém, períodos de trabalho fixos nal, deverá efectuar a «destroca» nos 30 dias subse-
obrigatórios; quentes, de modo que o descanso perdido em virtude
d) Horário de turnos rotativos — aquele em que da troca seja recuperado neste prazo.
existem, para o mesmo posto de trabalho, dois
ou mais horários de trabalho que se sucedem 5 — Os trabalhadores que pretendam trocar de turno
sem sobreposição que não seja a estritamente devem comunicar, por escrito, o facto à Empresa com
necessária para assegurar a continuidade do tra- a máxima antecedência possível ou imediatamente após
balho em que os trabalhadores mudam perió- a troca.
dica e regularmente de um horário de trabalho
para o subsequente, de harmonia com uma 6 — O regime desta cláusula é aplicável às trocas
escala preestabelecida; entre trabalhadores de turnos e trabalhadores em horá-
e) Regime de laboração contínua — aquele em rio geral desde que, neste último caso, se trate de tra-
que a laboração da instalação é ininterrupta, balhadores cujo elenco de funções integra a substituição
com dispensa de encerramento diário, semanal de profissionais em turnos, nas suas férias, faltas ou
e nos dias feriados. impedimentos.

513 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 33.a 3 — Para efeitos do número anterior, considera-se
Regime de prevenção
nocturno o turno em que sejam realizadas pelo menos
sete horas consecutivas entre as 20 horas de um dia
1 — A Empresa instituirá um sistema de prevenção, e as 7 horas do dia imediato.
que porá em funcionamento na medida das necessidades
e conveniências de serviço.
Cláusula 36.a
2 — O regime de prevenção consiste na disponibi- Trabalho suplementar
lidade do trabalhador, de modo a poder acorrer às ins-
talações a que pertence, em caso de necessidade. A dis- 1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele
ponibilidade traduzir-se-á na permanência do trabalha- que é prestado fora do horário de trabalho.
dor em casa ou em local de fácil acesso, num raio
máximo de 5 km da sua residência, para efeito de con- 2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado:
vocação e imediata comparência na instalação a que
a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés-
pertence.
cimos eventuais de trabalho;
b) Em caso de força maior, ou quando se torne
3 — A identificação dos trabalhadores que integram indispensável para prevenir ou reparar prejuízos
o regime de prevenção deve constar de uma escala a graves para a Empresa.
elaborar periodicamente.
3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante-
4 — O período de prevenção inicia-se imediatamente
rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi-
após o termo do último período normal de trabalho
cação da hierarquia feita com a máxima antecedência
anterior e finda imediatamente antes do início do pri-
possível.
meiro período normal de trabalho subsequente.

5 — A convocação compete ao superior hierárquico 4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra-


da instalação ou a quem o substituir e deverá restrin- balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
gir-se às intervenções necessárias ao funcionamento díveis.
dessa instalação ou impostas por situações que afectem
a economia da Empresa e que não possam esperar por 5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se
assistência durante o período normal de trabalho. pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto
nas cláusulas 37.a e 38.a
6 — O trabalhador procederá ao registo da anomalia
verificada, bem como da actuação tida para a sua reso- Cláusula 37.a
lução e resultados obtidos, sobre o que a hierarquia
se pronunciará de imediato. Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho

1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar


7 — O regime de prevenção não se aplica aos tra-
em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar:
balhadores em regime de turnos.
a) Durante o primeiro período do dia de trabalho
8 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro imediato se, entre as 22 e as 7 horas, for prestado
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, um mínimo de três a seis horas de trabalho
aplica-se o regime constante da cláusula 32.a do AE suplementar;
Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e b) Durante ambos os períodos do dia de trabalho
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. imediato se, entre as 22 e as 7 horas, forem
prestadas seis ou mais horas de trabalho suple-
mentar.
Cláusula 34.a
Isenção de horário de trabalho 2 — Se o trabalhador em horário de turnos rotativos
prolongar o seu período de trabalho, tem direito a entrar
1 — O regime de isenção de horário de trabalho é ao serviço doze horas após ter concluído a prestação
o previsto na lei. de trabalho suplementar ou a não o iniciar se o pro-
longamento for superior a sete horas.
2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário
de trabalho é também devido nos subsídios de férias 3 — Os trabalhadores têm direito a uma refeição, nos
e de Natal. termos das alíneas seguintes, quando o período normal
desta esteja intercalado no período de trabalho suple-
Cláusula 35.a
mentar:
Trabalho nocturno
a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga-
1 — Considera-se trabalho nocturno o trabalho pres- mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições
tado no período que decorre entre as 20 horas de um previstas na cláusula 74.a;
dia e as 7 horas do dia imediato. b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de
193$;
2 — Considera-se igualmente como nocturno o tra- c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas
balho diurno prestado em antecipação ou prolonga- de custo em vigor na Empresa, em caso de des-
mento de um turno nocturno. locação em serviço.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 514


4 — Para efeitos do número anterior, consideram-se 6 — O tempo gasto nos transportes será pago como
períodos normais de refeição: trabalho em dia de descanso semanal ou feriado.
a) Pequeno-almoço — das 7 às 9 horas;
b) Almoço — das 12 às 14 horas; Cláusula 39.a
c) Jantar — das 19 às 21 horas; Trabalho em tempo parcial
d) Ceia — das 24 às 2 horas.
Os trabalhadores que prestem serviço em regime de
5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei- tempo parcial terão direito às prestações complemen-
ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como tares da sua remuneração base, designadamente diu-
trabalho suplementar nos casos em que o período pre- turnidades, na proporção do tempo de trabalho prestado
visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi- relativamente ao horário de trabalho praticado na
tes definidos no número anterior. Nos casos em que Empresa para os restantes trabalhadores da mesma cate-
o início e o termo previsíveis do período de trabalho goria profissional em regime de tempo inteiro, sem pre-
suplementar coincidam, respectivamente, com o pri- juízo de condições eventualmente mais favoráveis já
meiro ou o último dos limites previstos no número ante- estabelecidas em contrato individual.
rior, não será concedido qualquer intervalo para refei-
ção, sendo apenas paga esta de acordo com o disposto
no n.o 3. CAPÍTULO VI
Suspensão da prestação de trabalho
6 — Os trabalhadores em regime de turnos têm
direito ao pagamento de uma refeição nos casos de pres-
Cláusula 40.a
tação de quatro horas de trabalho suplementar em ante-
cipação ou prolongamento do seu turno. Descanso semanal

1 — O dia de descanso semanal é o domingo e o


7 — A Empresa fica obrigada a fornecer ou a asse- dia de descanso semanal complementar é o sábado,
gurar transporte: excepto para os trabalhadores em regime de turnos, os
quais têm os dias de descanso em conformidade com
a) Sempre que o trabalhador seja solicitado a pres- a respectiva escala de rotação.
tar trabalho suplementar em todos os casos que
não sejam de prolongamento do período normal 2 — Sempre que o funcionamento das instalações o
de trabalho; justifique, para assegurar a continuidade do serviço,
b) Sempre que, nos casos de trabalho suplementar podem ser organizadas escalas de descanso semanal
em prolongamento do período normal de tra- diferentes dos previstos no número anterior, devendo,
balho, o trabalhador não disponha do seu trans- porém, um dos dias de descanso coincidir periodica-
porte habitual. mente com o domingo.

8 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar 3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro


que não sejam de antecipação ou prolongamento do efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994,
período normal de trabalho, o tempo gasto no transporte aplica-se o regime constante da cláusula 39.a do AE
será pago como trabalho suplementar. Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
Cláusula 38.a
Cláusula 41.a
Trabalho prestado em dia de descanso semanal ou feriado
Feriados
1 — O trabalho em dia de descanso semanal e o tra-
balho prestado em dia feriado dão direito a descanso 1 — Serão observados os seguintes feriados:
nos termos da lei. 1 de Janeiro;
Terça-feira de Carnaval;
2 — O descanso compensatório previsto no número Sexta-Feira Santa;
anterior será concedido até 30 dias após o descanso 25 de Abril;
semanal não gozado pelo trabalhador. 1 de Maio;
Corpo de Deus (festa móvel);
3 — O período de descanso compensatório a que se 10 de Junho;
referem os números precedentes será de um dia com- 15 de Agosto;
pleto no caso de ter sido prestado um mínimo de duas 20 de Agosto (feriado municipal);
horas de trabalho e de meio dia no caso contrário. 5 de Outubro;
1 de Novembro;
4 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte sem- 1 de Dezembro;
pre que o trabalhador preste trabalho em dia de des- 8 de Dezembro;
canso ou de feriado que deva gozar, desde que não 25 de Dezembro.
disponha do seu transporte habitual.
2 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser-
5 — Os trabalhadores têm direito ao pagamento de vado em outro dia com significado local no período
um subsídio de alimentação nos casos de prestação de da Páscoa e em que acordem a Empresa e a maioria
quatro horas consecutivas de trabalho suplementar. dos trabalhadores.

515 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


3 — Em substituição dos feriados de terça-feira de 9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencendo ao
Carnaval e municipal, poderá ser observado, a título mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre
de feriado, qualquer outro dia em que acordem a que possível, a faculdade de gozar as suas férias
Empresa e a maioria dos trabalhadores. simultaneamente.

Cláusula 42.a 10 — Sempre que as conveniências de produção o


justifiquem, poderá a Empresa, mediante autorização
Férias do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, substituir
1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm o regime fixado pelo encerramento total ou parcial dos
direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da serviços da Empresa até 20 dias.
retribuição, um período de férias igual a 24 dias úteis,
salvo o disposto nos números seguintes. 11 — Para efeitos de processamento, o trabalhador
terá de confirmar à hierarquia e serviço de pessoal a
2 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer data de entrada em férias até ao dia 5 do mês anterior.
no 1.o semestre do ano civil, o trabalhador tem direito,
após um período de 60 dias de trabalho efectivo, a um 12 — O mapa de férias deverá estar elaborado até
período de férias de 8 dias úteis. 15 de Abril de cada ano e afixado nos locais de trabalho
entre esta data e 31 de Outubro.
3 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
no 2.o semestre do ano civil, o direito a férias só se Cláusula 44.a
vence após o decurso de seis meses completos de serviço Acumulação de férias
efectivo.
1 — As férias devem ser gozadas no mesmo ano civil,
4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis não sendo permitido acumular férias de dois ou mais
compreende os dias de semana de segunda-feira a sex- anos.
ta-feira, com a exclusão dos feriados, não sendo como
tal considerados o sábado e o domingo. 2 — Terão, porém, direito a acumular férias de dois
anos:
Cláusula 43.a a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias
Marcação do período de férias nas Regiões Autónomas da Madeira e dos
Açores;
1 — As férias devem ser gozadas em dias conse- b) Os trabalhadores que pretendam gozar férias
cutivos. com familiares emigrados ou residentes no
estrangeiro.
2 — É permitida a marcação do período de férias
num máximo de três períodos interpolados, devendo 3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1.o tri-
ser garantido que um deles tenha a duração mínima mestre do ano civil imediato:
efectiva de 10 dias úteis consecutivos.
a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar
3 — A marcação do ou dos períodos de férias deve graves prejuízos à Empresa ou ao trabalhador
ser feita por mútuo acordo entre a Empresa e os e desde que, no primeiro caso, este dê o seu
trabalhadores. acordo;
b) Quando, após a cessação do impedimento, o
4 — Para os efeitos do número anterior, os traba- gozo do período de férias exceder o termo do
lhadores apresentarão à Empresa, por intermédio da ano civil, mas apenas na parte que o exceda.
hierarquia e entre os dias 1 de Janeiro e 15 de Março
de cada ano, um boletim de férias com a indicação das 4 — Mediante acordo, os trabalhadores poderão
datas em que pretendem o gozo destas. ainda acumular, no mesmo ano, metade do período de
férias do ano anterior com o período a gozar nesse ano.
5 — Quando as férias que o trabalhador pretenda
gozar se situem entre 1 de Janeiro e 30 de Abril, con- Cláusula 45.a
sideram-se marcadas por acordo se no prazo de 15 dias Alteração ou interrupção do período de férias
a contar da apresentação do boletim de férias nos termos
do número anterior a Empresa não se manifestar em 1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
contrário. sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
início, esteja temporariamente impedido por facto que
6 — Quanto às férias pretendidas fora do período não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
indicado no número anterior, consideram-se marcadas ou serviço militar.
também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada
ano a Empresa não se manifestar expressamente em 2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul-
contrário. tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri-
7 — Na falta de acordo, caberá à Empresa a elabo- buição correspondente ao período de férias não gozado
ração do mapa de férias, nos termos da lei. e respectivo subsídio.

8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar 3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro. Empresa, por exigências imperiosas do seu funciona-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 516


mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba- Cláusula 49.a
lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja Violação do direito a férias
sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente
as férias na época fixada. No caso de a Empresa obstar ao gozo das férias nos
termos previstos no presente acordo, o trabalhador rece-
4 — A alteração e a interrupção das férias não pode- berá, a título de indemnização, o triplo da retribuição
rão prejudicar o gozo seguido de 10 dias úteis con- correspondente ao período em falta, que deverá obri-
secutivos. gatoriamente ser gozado no 1.o trimestre do ano civil
subsequente.
Cláusula 46.a Cláusula 50.a
Doença no período de férias Exercício de outra actividade durante as férias

1 — O trabalhador não pode exercer durante as férias


1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o
qualquer outra actividade remunerada, salvo se já a
período de férias, são as mesmas suspensas desde que
viesse exercendo cumulativamente com conhecimento
a Empresa seja do facto informada. O gozo das férias
da Empresa ou esta o autorizar a isso.
prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que
as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após 2 — A contravenção ao disposto no número anterior
a alta. tem as consequências previstas na lei.

2 — A prova da situação de doença prevista no n.o 1


poderá ser feita por estabelecimento hospitalar ou por Cláusula 51.a
boletim de baixa das ARS, ou por atestado médico, Faltas
sem prejuízo, neste último caso, do direito de fiscali-
zação e controlo por médico indicado pela Empresa. 1 — Falta é a ausência do trabalhador durante o
período normal de trabalho diário a que está obrigado.

Cláusula 47.a 2 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío-


dos inferiores ao período normal de trabalho diário a
Férias e impedimentos prolongados que está obrigado, os respectivos tempos serão adicio-
nados para determinação dos períodos normais de tra-
1 — No ano da suspensão do contrato de trabalho balho diário em falta.
por impedimento prolongado respeitante ao trabalha-
dor, se se verificar a impossibilidade total ou parcial 3 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
do gozo do direito a férias já vencido, o trabalhador As faltas justificadas podem ser com ou sem retribuição.
terá direito à retribuição correspondente ao período de
férias não gozado e respectivo subsídio. Cláusula 52.a
Faltas justificadas
2 — No ano da cessação do impedimento prolongado,
o trabalhador tem direito, após a prestação de três meses 1 — Consideram-se justificadas, nos termos da lei e
de efectivo serviço, a um período de férias e respectivo deste acordo, as seguintes faltas:
subsídio equivalentes aos que teriam vencido em 1 de
a) As dadas por altura do casamento, até 11 dias
Janeiro desse ano como se tivesse estado ininterrup-
seguidos, excluindo os dias de descanso inter-
tamente ao serviço.
correntes;
b) As dadas por falecimento de cônjuge não sepa-
3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes rado de pessoas e bens, pessoa que viva em situa-
de decorrido o prazo referido no número anterior ou ção análoga à do cônjuge, ou pais, filhos, sogros,
de gozado o direito a férias previsto no n.o 1, pode genros, noras, padrasto, madrasta e enteados,
a Empresa marcar as férias para serem gozadas até 30 de até cinco dias consecutivos;
Abril do ano civil subsequente. c) As dadas por falecimento de avós, bisavós e
graus seguintes e afins dos mesmos graus,
irmãos ou cunhados ou ainda de pessoa que
Cláusula 48.a viva em comunhão de vida e habitação com o
trabalhador, até dois dias consecutivos;
Efeitos da cessação do contrato de trabalho
d) As motivadas pela prática de actos necessários
e inadiáveis no exercício de funções em asso-
1 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquer ciações sindicais ou instituições de previdência
forma, o trabalhador terá direito a receber a retribuição e na qualidade de delegado sindical ou de mem-
correspondente a um período de férias proporcional ao bro da comissão de trabalhadores, nos termos
tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem da lei;
como ao respectivo subsídio. e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-
balho, devido a facto que não seja imputável
2 — Se o contrato cessar antes de gozado o período ao trabalhador, nomeadamente doença, aci-
de férias vencido no início desse ano, o trabalhador dente ou cumprimento de obrigações legais,
terá ainda direito a receber a retribuição correspondente conforme convocatória ou notificação expressa
a esse período, bem como o respectivo subsídio. das entidades competentes;

517 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


f) As motivadas pela necessidade de prestação de 2 — Determinam perda de retribuição as seguintes
assistência inadiável e imprescindível a mem- faltas, ainda que justificadas:
bros do seu agregado familiar, conforme cer-
tidão médica invocando o carácter inadiável e a) As previstas na alínea d) do n.o 1 da cláu-
imprescindível da assistência; sula 52.a, salvo tratando-se de faltas dadas por
g) As motivadas pela prestação de provas em esta- membros de comissões de trabalhadores, mem-
belecimento de ensino; bros da direcção das associações sindicais e dele-
h) As dadas por ocasião de nascimento de filhos, gados sindicais no exercício das suas funções,
por dois dias, no período de um mês contado dentro do respectivo crédito de horas;
desde a data do nascimento; b) As previstas na alínea f) do n.o 1 da cláusula 52.a,
i) As dadas por trabalhadores que prestam serviço para além de dois dias em cada situação;
em corpo de bombeiros voluntários ou de socor- c) As dadas por motivo de doença, desde que o
ros a náufragos, pelo tempo necessário a acorrer trabalhador tenha direito ao subsídio da segu-
ao sinistro ou acidente; rança social respectivo;
j) As motivadas por doação de sangue a título gra- d) As dadas por motivo de acidente de trabalho,
cioso, a gozar no dia da doação ou no dia ime- desde que o trabalhador tenha direito a qual-
diato, até ao limite de um dia por cada período quer subsídio ou seguro.
de três meses;
k) As dadas até quarenta e oito horas em cada
Cláusula 55.a
ano civil, para tratar de assuntos de ordem par-
ticular, sem necessidade de justificação, não Faltas injustificadas
podendo ser utilizadas de cada vez em tempo
superior ao respectivo período normal de tra- 1 — Consideram-se injustificadas as faltas não con-
balho diário, sem prejuízo do normal funcio- templadas na cláusula 52.a, bem como as que não forem
namento dos serviços. Independentemente do comunicadas nos termos da cláusula 53.a
gozo, o crédito adquire-se ao ritmo de quatro
horas por cada mês de efectivo trabalho, con- 2 — Nos termos das disposições legais aplicáveis, as
siderando-se para este efeito o período de férias; faltas injustificadas determinam sempre perda da retri-
l) As prévia ou posteriormente autorizadas pela buição correspondente ao período de ausência, o qual
Empresa. será descontado, para todos os efeitos, na antiguidade
do trabalhador.
2 — Não são autorizadas as faltas dadas ao abrigo
da alínea k) do n.o 1 em antecipação ou no prolon- 3 — Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio
gamento de férias, feriados ou dias de descanso semanal, período de trabalho diário, o período de ausência a con-
quando tenham duração superior a quatro horas. siderar para efeitos do número anterior abrangerá os
dias ou meios dias de descanso ou feriados imediata-
3 — No caso de trabalho em regime de turnos em mente anteriores ao dia ou dias de falta.
que os feriados coincidam com dias normais de trabalho,
não se aplica o disposto no número anterior, na parte 4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito
respeitante a feriados. de desconto de faltas injustificadas é calculado pela for-
mula da cláusula 61.a
Cláusula 53.a
5 — Incorre em infracção disciplinar grave todo o tra-
Participação e justificação de faltas balhador que:
1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas a) Faltar injustificadamente durante três dias con-
ao superior hierárquico com a antecedência mínima de secutivos ou seis interpolados num período de
cinco dias. um ano;
b) Faltar com alegação de motivo de justificação
2 — Quando imprevisíveis, as faltas serão obrigato- comprovadamente falso.
riamente comunicadas logo que possível.

3 — O não cumprimento do disposto nos números Cláusula 56.a


anteriores torna as faltas injustificadas. Efeitos das faltas no direito a férias

4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus- 1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito
tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
para a justificação. seguinte.

Cláusula 54.a 2 — Nos casos em que as faltas determinem perda


Consequências das faltas justificadas de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
lhador expressamente assim o preferir, por perda de
1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de dias de férias na proporção de 1 dia de férias por cada
quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea- dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo efec-
damente de retribuição, salvo o disposto no número tivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis se
seguinte. se tratar de férias no ano de admissão.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 518


Cláusula 57.a Cláusula 62.a
Impedimentos prolongados Diuturnidades
1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efec-
impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
tivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, aplica-se
damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente,
o regime constante da cláusula 62.a do AE Portucel,
e o impedimento se prolongue por mais de um mês,
S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,
cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na
medida em que pressuponham a efectiva prestação de 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
trabalho.
Cláusula 63.a
2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao Subsídio de turno
lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
direito no termo da suspensão. 1 — Os trabalhadores em regime de turnos têm
direito a receber, mensalmente, um subsídio calculado
3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por a partir da base de indexação definida na cláusula
detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão seguinte, de:
judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto
no número anterior, salvo se, entretanto, o contrato tiver a) 9,52 % da referida base de indexação, quando
sido rescindido com fundamento em justa causa. em regime de dois turnos com folga fixa;
b) 10,96 % da base de indexação, quando em
4 — O contrato caducará a partir do momento em regime de dois turnos com folga variável;
que se torne certo que o impedimento é definitivo. c) 12,38 % da base de indexação, quando em
regime de três turnos sem laboração contínua;
5 — O impedimento prolongado não prejudica a d) 18,29 % da base de indexação, quando em
caducidade do contrato de trabalho no termo do prazo regime de três turnos com laboração contínua.
pelo qual tenha sido celebrado.
1.1 — No regime de três turnos de laboração contínua
6 — A suspensão não prejudica o direito de, durante ou no regime de dois turnos equiparáveis a laboração
ela, qualquer das partes rescindir o contrato, ocorrendo contínua, abrangidos pelas condições constantes no n.o 2
justa causa. da cláusula 31.a, aos valores de subsídio de turno refe-
Cláusula 58.a ridos acrescem, respectivamente, 8 % e 6 % da remu-
neração base individual.
Licenças sem retribuição

A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen- 2 — Os subsídios de turno indicados no número ante-
ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha- rior incluem a remuneração por trabalho nocturno.
dores, devidamente fundamentadas.
3 — Estes subsídios serão devidos quando os traba-
lhadores se encontrem em gozo de férias.
CAPÍTULO VII
Retribuição 4 — Os subsídios previstos nesta cláusula vencem-se
no fim de cada mês e são devidos a cada trabalhador
Cláusula 59.a em relação e proporcionalmente ao serviço prestado
Remuneração base em regime de turnos no decurso do mês.
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu-
nerações base mínimas constantes do anexo III. Cláusula 64.a
Base de indexação
Cláusula 60.a
Tempo, local e forma de pagamento 1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno
obtém-se a partir da média simples das remunerações
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula:
ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei.
M= R
n
a
Cláusula 61. sendo:
Determinação da retribuição horária
M — média simples das remunerações;
1 — O valor da retribuição horária será calculado pela R — soma das remunerações de todos os grupos
aplicação da fórmula seguinte: salariais;
(Remuneração base+diuturnidades+subsídio de turno+IHT)×12 n — número de grupos salariais constantes do
Período normal de trabalho semanal×52 anexo III.

2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór- 2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos
mula prevista no número anterior não inclui a retri- subsídios de turno serão arredondados para a dezena
buição especial por isenção do horário de trabalho. de escudos imediatamente superior.

519 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 65.a Cláusula 68.a
Remuneração de trabalho suplementar
Subsídio de Natal
1 — O trabalho suplementar prestado em dia normal
1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente de trabalho será remunerado com os seguintes acrés-
acordo têm direito a receber pelo Natal, independen- cimos:
temente da assiduidade, um subsídio de valor corres-
pondente a um mês de remuneração, mais diuturnidades a) 75 % para as horas diurnas;
e subsídios de turno e de isenção de horário de trabalho. b) 100 % para as horas nocturnas.

2 — A remuneração do trabalho prestado em dia de


2 — O subsídio referido no número anterior será pago descanso semanal ou feriado será calculada de acordo
com a retribuição de Novembro, sendo o seu montante com a seguinte fórmula:
determinado pelos valores a que tenha direito nesse
mês. R(tdf)=Rh×T(tdf)×2

sendo:
3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano
a que o subsídio de Natal diz respeito receberão a impor- R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia
tância proporcional aos meses completos que medeiam de descanso semanal ou feriado;
entre a data da sua admissão e 31 de Dezembro. Rh — retribuição horária calculada nos termos da
cláusula 61.a;
4 — No ano da cessação do contrato de trabalho, T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de
qualquer que seja a causa, a Empresa pagará ao tra- descanso semanal ou feriado.
balhador tantos duodécimos do subsídio de Natal quan-
tos os meses completos de trabalho no ano da cessação. 3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994,
aplica-se o regime constante da cláusula 68.o do AE
5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus- Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
pensão do contrato de trabalho por impedimento pro- Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal
proporcional aos meses completos de trabalho prestado
Cláusula 69.a
durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se
ao disposto neste número os casos de licença por parto, Abono para falhas
nos termos da cláusula 86.a, casos em que não produzirão
1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer-
qualquer redução ao valor do subsídio.
çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo
à sua guarda e responsabilidade valores em numerário,
6 — Sempre que durante o ano a que corresponde será atribuído um abono mensal para falhas de 7840$.
o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração
superior à sua remuneração normal, nomeadamente em 2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra-
virtude de substituição, tem direito a um subsídio de balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentem verba
Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida inferior a 70 565$ mensais, em média anual.
de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu-
nerações quantos os meses completos de serviço em 3 — Nos meses incompletos de serviço o abono para
que tenham auferido a superior, até 31 de Dezembro. falhas será proporcional ao período em que o traba-
lhador exerça aquelas funções.
7 — Considera-se mês completo de serviço para os
efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior Cláusula 70.a
a 15 dias. Substituições temporárias
a
Cláusula 66. 1 — Sempre que um trabalhador substitua tempora-
riamente, por mais de um dia, outro no desempenho
Subsídio de bombeiro
integral de funções que não caibam no objecto do seu
contrato individual de trabalho e a que corresponda
Os trabalhadores que integram e enquanto integra- uma categoria profissional e retribuição superiores às
rem a brigada de incêndios receberão mensalmente os suas, passará a receber, desde o 1.o dia de substituição
subsídios seguintes: e enquanto esta durar, o correspondente à remuneração
Responsável pelo comando da equipa — 6235$; base da função desempenhada.
Restantes elementos — 4160$.
2 — A substituição far-se-á mediante ordem da hie-
rarquia do órgão em que se integra o trabalhador subs-
Cláusula 67.a tituído, confirmada por escrito ao respectivo serviço de
pessoal.
Remuneração do trabalho nocturno
3 — Não se considera substituição para efeitos desta
A remuneração do trabalho nocturno será superior cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes-
em 25 % à retribuição a que dá direito o trabalho cor- mas funções de diferentes categorias profissionais, clas-
respondente prestado durante o dia. ses ou graus entre as quais exista promoção automática.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 520


4 — A substituição temporária de um trabalhador de b) A determinação das horas de prevenção, para
categoria superior será considerada uma das condições o efeito de atribuição do subsídio referido na
preferenciais para o preenchimento de qualquer posto alínea anterior, resulta do somatório das horas
de trabalho a que corresponda essa categoria. correspondentes ao período de duração da
escala de prevenção, deduzidas das horas do
5 — Se a substituição se mantiver por um período horário de trabalho, intervalo de refeição e
superior a 90 dias ou 120 dias interpolados, o trabalhador horas prestadas ou pagas de trabalho suplemen-
substituto manterá o direito à remuneração referida no tar e trabalho em dias de descanso, que integrem
n.o 1 quando, finda a substituição, regressar ao desem- o período da escala.
penho da sua antiga função.
2 — Os trabalhadores do quadro permanente da
6 — Para os efeitos de contagem dos tempos de subs- Empresa à data de 31 de Maio de 1994, a quem se
tituição previstos no número anterior, considera-se que: aplica o regime constante da cláusula 32.a do AE Por-
a) Os 120 dias interpolados aí previstos devem tucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,
decorrer no período de um ano a contar do 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992, podem optar
1.o dia da substituição; pelo regime constante da presente cláusula.
b) Se na data da conclusão do prazo de um ano
acima previsto não se tiverem completado aque- Cláusula 73.a
les 120 dias, o tempo de substituição já prestado
ficará sem efeito, iniciando-se nessa data nova Prémio de chamada
contagem de um ano se a substituição continuar; 1 — O trabalhador que seja chamado a prestar serviço
c) Iniciar-se-á uma nova contagem de um ano, nos na fábrica ou em qualquer outro local durante o seu
termos da alínea a), sempre que se inicie qual- período de descanso diário ou em dia de descanso sema-
quer nova substituição;
nal ou feriado e não faça parte de equipa de prevenção,
d) O trabalhador está em substituição temporária
ou fazendo, não esteja escalado, tem direito a receber:
durante o período, predeterminado ou não, de
impedimento do trabalhador substituído, a) Prémio de chamada, no valor de uma hora de
devendo concluir-se na data precisa em que se trabalho normal, com o acréscimo previsto na
conclua essa situação de impedimento e incluir cláusula 68.a, conforme o período em que a cha-
os dias de descanso semanal e feriados inter- mada se verifique;
correntes; b) Pagamento do trabalho efectivamente prestado,
e) Os aumentos de remuneração decorrentes da com a garantia mínima da retribuição de duas
revisão da tabela salarial absorverão, na parte horas de trabalho normal, com o acréscimo pre-
correspondente, os subsídios de substituição visto na cláusula 68.a, conforme o período em
auferidos àquela data por substituições já con- que a chamada se verifique.
cluídas.
Cláusula 71.a 2 — O prémio de chamada não será devido nos casos
em que o trabalhador seja avisado com um mínimo de
Retribuição e subsídio de férias
doze horas de antecedência.
1 — A retribuição correspondente ao período de
férias não pode ser inferior à que os trabalhadores rece-
beriam se estivessem em serviço efectivo. Cláusula 74.a
Subsídio de alimentação
2 — Além da retribuição prevista no número anterior,
os trabalhadores têm direito a um subsídio do mesmo 1 — Aos trabalhadores será fornecida uma refeição
montante, o qual será pago com a retribuição do mês em espécie por dia de trabalho prestado, nos locais de
anterior ao início das férias logo que o trabalhador goze actividade onde for possível a sua confecção.
pelo menos cinco dias úteis ou quatro se estiver inte-
grado em turnos de laboração contínua e o confirme 2 — As refeições fornecidas em espécie pela Empresa
nos termos do n.o 11 da cláusula 43.a devem ter níveis equivalentes para todos os trabalha-
dores, seja qual for o local de trabalho, e ser servidas
3 — Para os efeitos desta cláusula, o número de dias em condições de higiene e conforto.
úteis previstos no n.o 1 da cláusula 42.a corresponde
a um mês de retribuição mensal. 3 — Quando não haja possibilidade de fornecimento
de refeição em espécie, cada trabalhador terá direito
a um subsídio de 1425$ por cada dia de trabalho
Cláusula 72.a prestado.
Retribuição da prevenção
4 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus-
1 — O trabalhador em regime de prevenção terá tificadas, não tenham prestado trabalho no período de
direito a: trabalho imediatamente anterior à refeição não terão
a) 184$, acrescidos de 5,2 % da taxa horária por direito a esta ou ao subsídio respectivo.
cada hora que esteja de prevenção, segundo a
escala, sendo-lhe garantido, quando chamado 5 — Considera-se que os trabalhadores têm direito
a prestar trabalho suplementar ou trabalho em a uma refeição nos termos dos números anteriores
dias de descanso, um mínimo de duas horas se quando prestem trabalho durante quatro horas entre
o serviço prestado tiver sido de duração inferior; as 0 e as 8 horas.

521 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


6 — A Empresa encerrará aos sábados, domingos e rização da Empresa, utilizem viatura própria para o
feriados os refeitórios e atribuirá, em alternativa, o sub- efeito, têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido
sídio previsto nesta cláusula, salvo se os trabalhadores em serviço, em que P representa o preço da gasolina
interessados decidirem, por maioria, em contrário. super.

Cláusula 75.a 3 — Se a Empresa constituir, em benefício do tra-


balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos,
Subsídio de infantário incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a previsto no número anterior será de 0,25.
frequência de infantário ou a utilização dos serviços de
ama, dentro dos seguintes valores: CAPÍTULO VIII
Infantário — 9105$; Cessação do contrato de trabalho
Ama — 5930$.
Cláusula 78.a
2 — Não serão consideradas, para efeitos do número
anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali- Cessação do contrato de trabalho
mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência O regime de cessação do contrato de trabalho é o
do infantário ou a utilização dos serviços de ama. previsto na lei.
3 — Têm direito ao subsídio de infantário as mães
e ainda viúvos, divorciados ou separados judicialmente CAPÍTULO IX
a quem tenha sido atribuído com carácter de exclusi-
vidade o poder paternal e que tenham a seu cargo filhos Disciplina
até 6 anos de idade, inclusive, enquanto estes não fre-
Cláusula 79.a
quentarem o ensino primário.
Infracção disciplinar
4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias,
1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul-
sendo nele descontado o valor proporcional ao número posa pelo trabalhador dos deveres que lhe são impostos
de dias completos de ausência do beneficiário. pelas disposições legais aplicáveis e por este acordo.
5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo 2 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos
que a trabalhadora possa utilizar serviços adequados 30 dias sobre a data em que a alegada infracção for
ao dispor da Empresa ou logo que o filho perfaça 7 anos do conhecimento do conselho de administração ou de
de idade. quem for por este delegado para o exercício da acção
disciplinar.
Cláusula 76.a
Cláusula 80.a
Subsídio de transporte
Poder disciplinar
1 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte gra-
tuito a todos os trabalhadores ao seu serviço, de e para 1 — A Empresa tem poder disciplinar sobre os tra-
o respectivo local de trabalho, no início e termo do balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo
respectivo período normal de trabalho diário, até ao com as normas estabelecidas no presente acordo e na
limite máximo de 20 km, por estrada, para cada lado, lei.
salvo regalias superiores já em vigor.
2 — A Empresa exerce o poder disciplinar por inter-
2 — Nos casos em que o número de trabalhadores médio do conselho de administração ou dos superiores
não justifique o fornecimento de transporte ou não seja hierárquicos do trabalhador, mediante delegação
possível à Empresa fornecê-lo, será concedido um sub- daquele.
sídio ao trabalhador igual ao custo da deslocação em
transporte público. Este subsídio não é atribuído para 3 — A acção disciplinar exerce-se obrigatoriamente
distâncias inferiores a 1 km. mediante processo disciplinar, salvo se a sanção for a
repreensão simples.
3 — Quando os trabalhadores residam em locais não Cláusula 81.a
servidos por transportes públicos, ser-lhes-á atribuído Sanções disciplinares
um subsídio de valor equivalente àquele que é atribuído
para igual distância, nos termos previstos nos números 1 — As sanções aplicáveis aos trabalhadores pela prá-
anteriores. tica de infracção disciplinar são as seguintes:
Cláusula 77.a a) Repreensão simples;
Deslocações b) Repreensão registada;
c) Multa;
1 — O regime das deslocações em serviço é o cons- d) Suspensão do trabalho com perda de retri-
tante de regulamento interno da Empresa, que faz parte buição;
integrante deste acordo. e) Despedimento com justa causa.

2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço 2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac-
implique deslocações habituais e que, com prévia auto- ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 522


quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retri- 6 — Se, no caso do n.o 4, a sanção consistir no des-
buição correspondente a 10 dias. pedimento, o trabalhador tem direito a indemnização
a determinar nos termos gerais de direito.
3 — A suspensão do trabalho não pode exceder, por
cada infracção, 12 dias e, em cada ano civil, o total 7 — O trabalhador arguido em processo disciplinar
de 30 dias. pode ser suspenso preventivamente até decisão final,
Cláusula 82.a nos termos da lei, mantendo, porém, o direito à retri-
buição e demais regalias durante o tempo em que durar
Processo disciplinar a suspensão preventiva.
1 — O exercício do poder disciplinar implica a ave-
riguação dos factos, circunstâncias ou situações em que 8 — Em caso de suspensão preventiva, a Empresa
a alegada violação foi praticada, mediante processo dis- obriga-se a comunicá-la ao órgão referido na alínea f)
ciplinar a desenvolver nos termos da lei e dos números do n.o 3 no prazo máximo de cinco dias.
seguintes.
9 — As sanções serão comunicadas ao sindicato res-
2 — A Empresa deverá comunicar a instauração do pectivo no prazo máximo de cinco dias.
processo ao trabalhador, à comissão de trabalhadores
e, caso o trabalhador seja representante sindical, à res-
pectiva associação sindical. 10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
lugar nos três meses subsequentes à decisão.
3 — Devem ser asseguradas ao trabalhador as seguin-
tes garantias de defesa: 11 — O trabalhador, por si ou pelo seu representante,
a) Na inquirição, o trabalhador a que respeita o pode recorrer da decisão do processo disciplinar para
processo disciplinar, querendo, será assistido o tribunal competente.
por dois trabalhadores por ele escolhidos;
b) A acusação tem de ser fundamentada na vio- 12 — Só serão atendidos para fundamentar o des-
lação das disposições legais aplicáveis, de nor- pedimento com justa causa os factos para o efeito expres-
mas deste acordo ou dos regulamentos internos samente invocados na comunicação prevista na alínea h)
da Empresa e deve ser levada ao conhecimento do n.o 3.
do trabalhador através de nota de culpa reme-
tida por carta registada com aviso de recepção; Cláusula 83.a
c) Na comunicação da nota de culpa deve o tra-
Sanções abusivas
balhador ser avisado de que a Empresa pretende
aplicar-lhe a sanção de despedimento com justa 1 — Consideram-se abusivas as sanções disciplinares
causa, se tal for a intenção daquela, e esclarecido motivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou por
de que com a sua defesa deve indicar as tes- iniciativa do sindicato que o represente:
temunhas e outros meios de prova de que se
queira servir; a) Haver reclamado legitimamente contra as con-
d) O prazo de apresentação da defesa é de 10 dias dições de trabalho;
a contar da recepção da nota de culpa; b) Recusar-se a cumprir ordens a que não deva
e) Devem ser inquiridas as testemunhas indicadas obediência, nos termos da alínea e) da cláu-
pelo trabalhador, com os limites fixados na lei; sula 16.a deste acordo;
f) Quando o processo estiver completo, será apre- c) Exercer ou se candidatar a funções em orga-
sentado à comissão de trabalhadores e, caso o nismos sindicais, comissões sindicais, institui-
trabalhador seja representante sindical, à res- ções de previdência ou outras que representem
pectiva associação sindical, que podem, no prazo os trabalhadores;
de 10 dias, fazer juntar ao processo o seu parecer d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exer-
fundamentado; cer ou invocar os direitos e garantias que lhe
g) O conselho de administração ou quem por ele assistem.
for delegado deverá ponderar todas as circuns-
tâncias, fundamentar a decisão e referenciar na
mesma as razões aduzidas pela entidade men- 2 — Até prova em contrário, presumem-se abusivos
cionada na alínea anterior que se tiver pro- o despedimento ou a aplicação de qualquer sanção que,
nunciado; sob a aparência de punição de outra falta, tenham lugar
h) A decisão do processo deve ser comunicada ao até seis meses após qualquer dos factos mencionados
trabalhador, por escrito, com indicação dos fun- nas alíneas a), b) e d) do número anterior, ou até um
damentos considerados provados. ano após o termo do exercício das funções referidas
na alínea c), ou após a data de apresentação da can-
4 — A falta das formalidades referidas nas alíneas b), didatura a essas funções, quando as não venha a exercer,
f), g) e h) do número anterior determina a nulidade se já então, num ou noutro caso, o trabalhador servia
insuprível do processo e a consequente impossibilidade a Empresa.
de se aplicar a sanção.
3 — É também considerado abusivo o despedimento
5 — Se, no caso do número anterior, a sanção for da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante
aplicada e consistir no despedimento, o trabalhador terá a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela
os direitos consignados na lei. e este sejam conhecidos da Empresa.

523 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 84.a ter início um mês antes da data prevista para
Consequências gerais da aplicação de sanções abusivas
o parto;
e) Em caso de hospitalização da criança a seguir
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva nos ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper
casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior, a licença de parto, desde a data do internamento
indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito, da criança até à data em que esta tenha alta,
com as alterações constantes dos números seguintes. retomando-a a partir daí até ao final do período;
este direito só pode ser exercido até 12 meses
2 — Se a sanção consistir no despedimento, a inde- após o parto;
mnização não será inferior ao dobro da fixada na lei f) Interromper o trabalho diário por duas horas,
para despedimento nulo, sem prejuízo do direito de o repartidas pelo máximo de dois períodos, para
trabalhador optar pela reintegração na Empresa, nos prestar assistência aos filhos, até 12 meses após
termos legais. o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos
referidos nesta alínea podem ser utilizados no
3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não início ou antes do termo de cada dia de trabalho;
será inferior a 10 vezes a importância da retribuição g) Suspender o contrato de trabalho, com perda
perdida. de retribuição, pelo período de seis meses, pror-
Cláusula 85.a rogáveis por períodos sucessivos de três meses,
até ao limite máximo de dois anos, a iniciar
Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas
no termo da licença de parto prevista na
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva no alínea d);
caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 83.a, h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian-
o trabalhador terá os direitos consignados na cláusula ças com idade inferior a 3 anos, uma licença
anterior, com as seguintes alterações: de 60 dias a contar do início do processo de
adopção. Considera-se início do processo de
a) Em caso de despedimento, a indemnização adopção a data em que a criança é entregue
nunca será inferior à retribuição correspondente à adoptante pelas entidades competentes;
a um ano; i) Utilizar infantários da Empresa, sendo-lhes, na
b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior falta destes, atribuído um subsídio nos termos
são elevados para o dobro. da cláusula 75.a
2 — Se se tratar do caso previsto no n.o 3 da cláu- 2 — O regime de dispensa previsto na alínea f) do
sula 83.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar número anterior não é acumulável, no mesmo período
pela reintegração na Empresa, nos termos legais, a de trabalho, com qualquer outro previsto neste acordo.
indemnização será o dobro da fixada na lei para des-
pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri-
buições que a trabalhadora teria direito a receber se Cláusula 87.a
continuasse ao serviço até final do período aí fixado, Trabalho de menores
consoante a que for mais elevada.
1 — Pelo menos uma vez por ano, a Empresa asse-
gurará a inspecção médica dos menores ao seu serviço,
CAPÍTULO X de acordo com as disposições legais aplicáveis, a fim
de se verificar se o trabalho é prestado sem prejuízo
Condições particulares de trabalho da saúde e normal desenvolvimento físico e intelectual.
Cláusula 86.a
2 — Os resultados da inspecção referida no número
Direitos especiais do trabalho feminino anterior devem ser registados e assinados pelo médico
1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos nas respectivas fichas clínicas ou em caderneta própria.
especiais:
3 — Aos trabalhadores com idade inferior a 18 anos
a) Durante o período de gravidez, e até seis meses é proibido:
após o parto ou aborto clinicamente compro-
vado, não executar tarefas desaconselhadas por a) Prestar trabalho durante o período nocturno;
indicação médica, devendo ser imediatamente b) Executar serviços que exijam esforços prejudi-
transferidas para trabalhos que as não preju- ciais à sua saúde e desenvolvimento físico nor-
diquem, sem prejuízo da retribuição do tra- mal e ocupar postos de trabalho sujeitos a altas
balho; ou baixas temperaturas, elevado grau de toxi-
b) Cumprir um período de trabalho diário não cidade, poluição ambiente ou sonora e radioac-
superior a sete horas, quando em estado de gra- tividade.
videz; no caso de prestação de trabalho normal Cláusula 88.a
nocturno, essa redução incidirá obrigatoria- Trabalhadores-estudantes
mente sobre o período nocturno;
c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por 1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes
motivo de consultas médicas pré-natais devida- é o previsto na lei, sem prejuízo do disposto no número
mente comprovadas, quando em estado de seguinte.
gravidez;
d) Gozar, por ocasião do parto, uma licença de 2 — Aos trabalhadores-estudantes será concedida dis-
parto em conformidade com a lei, que poderá pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 524


de aulas, quando necessário, para a frequência e pre- Do 10.o ao 12.o ano de escolaridade —
paração destas. 17 115$/ano;
Ensino superior ou equiparado — 31 580$/ano.
3 — O regime de dispensa previsto no número ante-
rior não é acumulável com qualquer outro regime pre- 5 — O pagamento das despesas referidas no número
visto neste acordo. anterior será feito pelos valores praticados no ensino
público, mediante entrega de comprovativo.
4 — Para que os trabalhadores em regime de turnos
possam beneficiar do disposto nesta cláusula e na 6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
seguinte, a Empresa, sem prejuízo para o funcionamento cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da
dos serviços, diligenciará mudá-los para horário com- Empresa, de atribuição de funções ou categoria de
patível com a frequência do curso ou facilitará as trocas acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten-
de turnos. der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço.
Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer
5 — A Empresa facilitará, tanto quanto possível, a ao serviço da Empresa por um período mínimo de dois
utilização dos seus transportes nos circuitos e horários anos.
existentes.
CAPÍTULO XI
6 — É considerada falta grave a utilização abusiva Regalias sociais
das regalias atribuídas nesta cláusula.
Cláusula 90.a
Cláusula 89.a Regalias sociais
Outra regalias de trabalhadores-estudantes
1 — A empresa garantirá a todos os seus trabalha-
1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta dores, nas condições das normas constantes de regu-
cláusula depende do reconhecimento por parte da lamento próprio, que faz parte integrante deste acordo,
Empresa do interesse do curso frequentado para a car- as seguintes regalias:
reira profissional do trabalhador nesta, bem como da
verificação das condições de aproveitamento previstas a) Seguro social;
no n.o 2. b) Complemento de subsídio de doença e acidentes
de trabalho;
c) Subsídio de casamento;
2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula está, ainda, dependente da verificação cumu- d) Subsídio especial a deficientes;
lativa das seguintes condições: e) Complemento de reforma;
f) Subsídio de funeral.
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo
do curso frequentado ou no mesmo número de 2 — O regime global de regalias sociais previsto no
disciplinas, quando em anos sucessivos; número anterior substitui quaisquer outros regimes par-
b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos, ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a
dois terços do número de disciplinas do ano sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à
em que se encontrava anteriormente matri- renúncia expressa, por parte dos trabalhadores, a esses
culado. regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato
individual de trabalho.
3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen-
tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias
previstas nesta cláusula os trabalhadores que: CAPÍTULO XII
a) Não obtenham aproveitamento em qualquer Segurança, higiene e saúde no trabalho
disciplina por falta de assiduidade;
b) Permaneçam no mesmo ano lectivo mais de dois Cláusula 91.a
anos. Obrigações da Empresa

4 — As regalias especiais de trabalhadores-estudantes 1 — A Empresa assegurará aos trabalhadores con-


são as seguintes: dições de segurança, higiene e saúde em todos os aspec-
tos relacionados com o trabalho.
a) Reembolso das despesas efectuadas com matrí-
culas e propinas, contra apresentação de docu- 2 — Para efeitos do número anterior, a Empresa apli-
mento comprovativo das mesmas, após prova cará as medidas necessárias, tendo em conta as políticas,
de aproveitamento em, pelo menos, 50 % das os princípios e as técnicas previstos na lei.
disciplinas que constituem o ano do curso que
se frequente, e na proporção do aproveitamento 3 — Para a aplicação das medidas necessárias no
tido; campo da segurança, higiene e saúde no trabalho
b) Reembolso, nas condições referidas na alínea (SHST), a Empresa deverá assegurar o funcionamento
anterior, das despesas com material didáctico de um serviço de SHST dotado de pessoal certificado
recomendado, dentro dos limites seguidamente e de meios adequados e eficazes, tendo em conta os
indicados: riscos profissionais existentes nos locais de trabalho.
Até ao 6.o ano de escolaridade — 9865$/ano;
Do 7.o ao 9.o ano de escolaridade — 4 — Para promoção e avaliação das medidas aplicadas
13 050$/ano; no domínio da SHST, deve a Empresa assegurar a infor-

525 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


mação, consulta e participação dos trabalhadores e das 2 — É direito das organizações sindicais participarem
suas organizações representativas, assim como dos seus e intervirem na Empresa na organização e eleição dos
representantes na Empresa. RT-SHST.

5 — A Empresa actuará de forma a facilitar e garantir 3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos
a eleição, funcionamento e organização das actividades os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo
dos representantes dos trabalhadores para a a SHST o princípio da representação pelo método de Hondt,
(RT-SHST) e da comissão de higiene e segurança no podendo concorrer à eleição das listas apresentadas
trabalho (CHST) na Empresa e nas relações destes pelas organizações sindicais ou subscritas por 20 % dos
representantes dos trabalhadores com o exterior. trabalhadores.

6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação e 4 — As funções, actividades, direitos e obrigações dos
formação adequada e suficiente em todos os domínios RT-SHST são os decorrentes da legislação específica.
da SHST, tendo em conta as respectivas funções e o
posto de trabalho. 5 — O crédito individual mensal para o exercício de
funções de RT-SHST é o previsto na lei.
7 — A Empresa deverá ainda proporcionar condições
para que os RT-SHST e os membros das CHST na
Empresa possam receber informação e formação ade- Cláusula 94.a
quada, concedendo, para tanto, se necessário, licença Comissões de higiene e segurança no trabalho
sem retribuição.
1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con-
8 — A Empresa não pode prejudicar, de qualquer certação social ao nível da Empresa, para as questões
forma, os trabalhadores pelas suas actividades na SHST de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho,
ou em virtude de estes se terem afastado do seu posto será criada na Empresa a comissão de higiene e segu-
de trabalho ou de uma área perigosa, em caso de perigo rança no trabalho.
grave e imediato, ou por terem adoptado medidas para
a sua própria segurança ou de outrem. 2 — A CHST tem uma composição numérica variável,
sendo paritária de representação dos trabalhadores e
da Empresa, e com acção exclusiva no interior das
9 — Os encargos financeiros provenientes das acti-
instalações.
vidades da SHST na Empresa deverão ser suportados
3 — A CHST é constituída pelos RT-SHST referidos
por esta, nomeadamente as dos representantes dos RT.
no número anterior, com respeito pelo princípio da pro-
Cláusula 92.a porcionalidade e por igual número de representantes
da Empresa, a indicar por esta.
Obrigações dos trabalhadores

1 — Os trabalhadores são obrigados a cumprir as 4 — A composição do número de elementos efectivos


prescrições da SHST estabelecidas nas disposições legais e suplentes, as formas de funcionamento e de finan-
ou convencionais aplicáveis e as instruções determinadas ciamento, a distribuição de tarefas, o número e o local
com esse fim pela Empresa. de reuniões e todos os outros aspectos relacionados com
a sua actividade deverão constar de um regulamento
2 — É obrigação dos trabalhadores zelar pela sua interno a acordar entre todos os elementos que com-
põem a CHST na sua primeira reunião.
segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde
das outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas
acções ou omissões no trabalho. 5 — O trabalho de membro da CHST não substitui
as tarefas decorrentes da acção profissional dos serviços
de segurança nem dos RT-SHST previstos na lei.
3 — Os trabalhadores deverão cooperar na Empresa
para melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde
no trabalho. Cláusula 95.a
Medicina no trabalho
4 — É obrigação dos trabalhadores participarem nas
actividades, procurarem a informação e receberem a 1 — A Empresa organizará e manterá serviços médi-
formação sobre todos os aspectos relacionados com a cos no trabalho e velará pelo seu bom funcionamento,
SHST, assim como comunicar imediatamente ao supe- nos termos da regulamentação legal em vigor.
rior hierárquico ou, não sendo possível, aos RT-SHST,
previstos na cláusula 93.o, as avarias e deficiências por 2 — Os serviços médicos referidos no número ante-
si detectadas que se lhes afigurem susceptíveis de ori- rior, que têm por fim a defesa da saúde dos trabalha-
ginar perigo grave e iminente, assim como qualquer dores e a vigilância das condições de higiene no trabalho,
defeito verificado nos sistemas de protecção. têm, essencialmente, carácter preventivo e ficam a cargo
dos médicos do trabalho.
Cláusula 93.a 3 — São atribuições do médico do trabalho, nomea-
Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene damente:
e saúde no trabalho
a) Identificação dos postos de trabalho com risco
1 — Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei, de doenças profissionais ou de acidentes de
a eleger e a serem eleitos RT-SHST. trabalho;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 526


b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores 2 — Da aplicação do presente acordo não poderá
de acidentes de trabalho; resultar baixa de categoria, grau, nível ou classe, apli-
c) Organização de cursos de primeiros socorros cando-se o regime nele previsto a todos os trabalhadores
e de prevenção de acidentes de trabalho e doen- ao serviço da Empresa, mesmo que eles estejam a auferir
ças profissionais com o apoio dos serviços téc- regalias mais favoráveis, isto sem prejuízo do reconhe-
nicos especializados oficiais ou particulares; cimento dos regimes especiais constantes das cláusu-
d) Exame médico de admissão e exames periódicos las 33.a, 40.a, 62.a, 68.a e 72.a
especiais dos trabalhadores, particularmente das
mulheres, dos menores, dos expostos a riscos ANEXO I
específicos e dos indivíduos de qualquer forma
Definição de funções
inferiorizados.
Ajudante de processo (pasta/papel/energia). — É o tra-
4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão balhador que executa, em colaboração directa com os
dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo operadores, tarefas e operações simples no âmbito da
da retribuição, qualquer seja o tempo despendido para produção. Assegura serviços de movimentação de pro-
o efeito. dutos de limpeza de equipamentos e instalações.

CAPÍTULO XIII Analista de laboratório. — É o trabalhador que,


segundo a orientação ou instruções recebidas, executa
Disposições globais e finais análises e ensaios laboratoriais, físicos ou químicos, com
vista a determinar ou controlar a composição e pro-
Cláusula 96.a priedade de matérias-primas, produtos acabados, sub-
produtos ou outros materiais, bem como das respectivas
Comissão paritária
condições de utilização, podendo, igualmente, incum-
1 — Será constituída uma comissão paritária formada bir-lhe a execução de tarefas complementares e ine-
por seis elementos, dos quais três são representantes rentes a essas actividades, tais como a eventual recolha
da Empresa e três representantes das organizações sin- de amostras, a preparação e aferição de soluções ou
dicais outorgantes; de entre estes, é obrigatória a pre- reagentes, a conservação do bom estado e calibragem
sença das organizações sindicais representantes dos inte- do equipamento de laboratório. Apoia tecnicamente os
resses em causa. postos de controlo fabris.

2 — A comissão paritária tem competência para inter- Analista principal. — É o trabalhador que executa
pretar as cláusulas do presente acordo de empresa. análises quantitativas e outros trabalhos que exijam
conhecimentos técnicos especializados no domínio da
3 — As deliberações tomadas por unanimidade con- química laboratorial ou industrial. Pode dirigir e orientar
sideram-se como regulamentação do presente acordo tecnicamente grupos de trabalho no âmbito de ensaios
de empresa e serão depositadas e publicadas nos mes- químicos ou físicos inerentes ao controlo do processo.
mos termos.
Analista qualificado. — É o analista principal capaz
4 — As deliberações deverão constar de acta lavrada de desempenhar indistintamente todas as funções das
logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes. diferentes especialidades próprias da sua área de acti-
vidade, com o perfeito conhecimento dos processos e
5 — A comissão paritária reunirá sempre que seja métodos aplicados, bem como do processo industrial
convocada por uma das partes, com a antecedência que apoia. Pode desempenhar actividades, incluindo
mínima de 10 dias, constando da convocação a ordem chefia de profissionais menos qualificados, no âmbito
dos trabalhos. da sua especialidade e no do estudo do processo.

6 — A comissão paritária definirá as regras do seu Analista de sistemas de 2.a — É o trabalhador que
funcionamento, garantindo-lhe a Empresa os meios de recolhe e analisa a informação com vista ao desenvol-
apoio administrativo necessários para o mesmo, sem pre- vimento e ou modificação de sistemas de processamento
juízo para os serviços. de dados. O âmbito da análise inclui a racionalização
dos processos administrativos que têm interligação com
7 — As despesas emergentes do funcionamento da os sistemas a desenvolver e ou modificar, bem como
comissão paritária serão suportadas pela Empresa. da organização dos serviços intervenientes. Documenta
as conclusões no dossier de análise de sistemas. Traduz
as necessidades em sistemas lógicos, económicos e exe-
Cláusula 97.a quíveis. Prepara conjuntos homogéneos de especifica-
Convenção globalmente mais favorável
ções detalhadas para a programação e respectivos jogos
de teste, podendo eventualmente realizar as tarefas mais
1 — As partes outorgantes reconhecem o carácter glo- complexas de programação. Orienta e controla a ins-
balmente mais favorável do presente acordo relativa- talação de sistemas. Pode dirigir e coordenar equipas
mente a todos os instrumentos de regulamentação colec- de manutenção de sistemas.
tiva anteriormente aplicáveis à Empresa, que ficam inte-
gralmente revogados. São igualmente revogados todos Analista de sistemas de 1.a — É o trabalhador que,
os regulamentos internos da Empresa elaborados ao além das funções gerais de analista de sistemas (analista
abrigo daqueles instrumentos de regulamentação colec- de sistemas de 2.a), avalia sistemas desenvolvidos e dese-
tiva. nhados por outros analistas e recomenda aperfeiçoa-

527 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


mentos, podendo ainda dirigir e coordenar equipas de aos serviços que chefia. Pode colaborar na aplicação
desenvolvimento de sistemas. de políticas inerentes à sua área de actividade e na pre-
paração das respectivas decisões estratégicas.
Analista de sistemas qualificado. — É o trabalhador
que, oriundo da categoria profissional de analista de Chefe de secção (administrativo/industrial). — É o tra-
sistemas de 1.a, com sólida formação na sua área de balhador que coordena, dirige e controla o trabalho de
actividade, assume importantes responsabilidades. Par- um grupo de profissionais nos aspectos funcionais e
ticipa na definição e é responsável pela execução de hierárquicos.
políticas e objectivos na sua área de actividade. Coor-
dena e dirige equipas de trabalho. Dedica-se ao estudo, Chefe de sector (administrativo/industrial). — É o tra-
investigação e solução de sistemas complexos ou espe- balhador que planifica, coordena e desenvolve activi-
cializados, envolvendo conceitos e ou tecnologias recen- dades do sector que chefia, assegurando o cumprimento
tes ou pouco comuns, apresentando soluções tecnica- dos programas e objectivos fixados superiormente.
mente avançadas. Orienta nos aspectos funcionais e hierárquicos os pro-
fissionais do sector.
Assistente administrativo. — É o trabalhador que exe-
cuta tarefas mais especializadas de natureza adminis- Chefe de serviço. — É o trabalhador que estuda, orga-
trativa. Opera equipamento de escritório, nomeada- niza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários ser-
mente máquinas de contabilidade de tratamento auto- viços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
mático de informação (terminais de computadores e exerce, dentro do serviço que chefia, e nos limites da
microcomputadores), teleimpressoras, telecopiadoras e sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
outros. Pode exercer funções de secretariado, traduzir calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
e retroverter documentos. Quando dos graus IV e V, das actividades dos serviços, segundo as orientações e
pode realizar estudos e análises sob a orientação da fins definidos. Pode executar tarefas específicas relativas
chefia, prestando apoio técnico a profissionais de cate- aos serviços que chefia.
goria superior; pode ser-lhe atribuída a chefia de pro-
fissionais menos qualificados. Chefe de turno fabril. — É o trabalhador que, sob
orientação do superior hierárquico, dirige a equipa de
Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe- um sector produtivo, que trabalha em regime de turnos,
cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun- procedendo por forma que o programa que lhe foi supe-
cionamento de um escritório, nomeadamente reprodu- riormente determinado seja qualitativa e quantitativa-
ção e transmissão de documentos, estabelecimento de mente cumprido. É o responsável pela coordenação e
ligações telefónicas e envio, preparação, distribuição e utilização do pessoal sob a sua chefia nos seus aspectos
entrega de correspondência e objectos inerentes ao ser- funcionais, administrativos e disciplinares. Nos períodos
viço interno e externo. Recebe, anuncia e presta infor- fora do horário normal substitui o encarregado res-
mações a visitantes, podendo, quando necessário, exe- pectivo.
cutar trabalhos de dactilografia e outros afins. Presta
serviços correlativos ao funcionamento dos escritórios. Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
porte. — É o trabalhador que conduz guinchos, pórticos
Auxiliar agro-florestal. — É o trabalhador que, no rolantes, empilhadores, gruas de elevação e quaisquer
domínio agro-silvícola, exerce funções diversas, simples outras máquinas de força motriz para transporte e arru-
e indiferenciadas, normalmente não especificadas e que mação de materiais ou produtos dentro dos estabele-
não exigem especialização, nomeadamente no âmbito cimentos industriais.
da arborização, conservação de povoamentos e explo-
ração florestal. Pode realizar outras tarefas não rela- Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
cionadas com aquela actividade. porte principal. — É o trabalhador, oriundo da cate-
goria profissional de condutor de máquinas e aparelhos
Bate-chapas (chapeiro). — É o trabalhador que pro- de elevação e transporte de 1.a, que conduz quaisquer
cede à execução e reparação de peças em chapa fina, máquinas de força motriz para transporte e arrumação
que enforma e desempena por martelagem, usando as de materiais ou produtos dentro das instalações indus-
ferramentas adequadas na reparação de máquinas e veí- triais. É responsável pelo acondicionamento dos mate-
culos automóveis; pode proceder à montagem e repa- riais, bem como pela conservação e manutenção dos
ração de peças de chapa fina de carroçaria e afins. veículos que conduz. Se habilitado com a carta de con-
dução profissional, pode exercer funções de motorista.
Caldeireiro. — É o trabalhador que constrói, repara
e ou monta caldeiras e depósitos, podendo eventual- Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
mente proceder ao seu ensaio, e enforma e desempena porte qualificado. — É o trabalhador, oriundo da cate-
balizas, chapas e perfis para a indústria. goria de condutor de máquinas e aparelhos de elevação
e transporte principal, que conduz quaisquer tipos de
Chefe de departamento. — É o trabalhador que estuda, máquinas de força motriz para transporte e arrumação
organiza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários de materiais ou produtos dentro das instalações indus-
serviços da Empresa, as actividades que lhe são próprias; triais. Controla e coordena equipas polivalentes, que
exerce, dentro do serviço que chefia, e nos limites da pode chefiar quando necessário. Quando devidamente
sua competência, funções de direcção, orientação e fis- habilitado e treinado, desempenha funções de motorista.
calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
das actividades dos serviços, segundo as orientações e Controlador de fabrico. — É o trabalhador responsável
fins definidos. Pode executar tarefas específicas relativas pelo controlo de fabrico de um sector de produção, atra-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 528


vés de ensaios químicos ou físicos, cujos resultados, que nharia, sejam necessários à sua estruturação e inter-
interpreta, vai fornecendo, por forma a efectuar cor- ligação. Observa e indica, se necessário, normas e regu-
recções adequadas à obtenção do produto final com lamentos a seguir na execução, assim como os elementos
as características pretendidas; procede eventualmente para orçamento. Colabora, se necessário, na elaboração
à recolha de amostras de análises mais complexas, des- de cadernos de encargos. Pode coordenar grupos de
tinadas ao laboratório central; recolhe e regista toda trabalho para tarefas bem determinadas, que não chefia.
a espécie de elementos para fins estatísticos e de
controlo. Director de departamento/serviços. — É o trabalhador
responsável perante o conselho de administração, ou
Controlador industrial. — É o trabalhador que pro- seus representantes, pela gestão das estruturas funcio-
cede à recolha, registo, selecção, verificação de carac- nais ou operacionais a nível orgânico imediatamente
terísticas ou encaminhamento de elementos respeitantes inferior à de director de empresa ou de outro director
à mão-de-obra e mercadorias, emitindo e controlando de hierarquia mais elevada. Participa na definição das
toda a documentação necessária. Elabora elementos políticas, bem como na tomada de decisões estratégicas
para fins estatísticos e de controlo e comunica os desvios inerentes à sua área de actividade.
encontrados, podendo operar com máquinas de escri-
tório. Pode executar tarefas de âmbito administrativo. Electricista auto. — É o trabalhador que instala,
repara, conserva e ensaia circuitos e aparelhagem eléc-
Desenhador tirocinante. — É o trabalhador que, ao trica (circuitos e aparelhagem de sinalização, ilumina-
nível da formação exigida, faz tirocínio para ingresso ção, acústica, aquecimento, ignição, combustível, gera-
na categoria imediatamente superior. A partir de orien- dor, distribuidor, acumulador, bobinas) dos veículos
tações dadas e sem grande exigência de conhecimentos automóveis. Utiliza normalmente esquemas e outras
específicos, executa trabalhos simples de desenho coad- especificações técnicas.
juvando os profissionais de desenho mais qualificados.
Electricista principal. — É o trabalhador que se encon-
Desenhador de execução dos graus II-A, II-B e I. — É tra, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti-
o trabalhador que exerce, eventualmente com o apoio dão, habilitado a que lhe seja conferida grande auto-
de profissionais de desenho mais qualificados, funções nomia e atribuição de competência na execução das tare-
gerais da profissão de desenhador numa das áreas fas mais complexas no âmbito da sua área profissional,
seguintes: cuja realização pode implicar formação específica. Pode
coordenar o trabalho de outros profissionais de grau
a) Desenho técnico — executa desenhos rigorosos inferior em equipas constituídas para tarefas bem deter-
com base em croquis, por decalque ou por ins- minadas, que não chefia.
truções orais ou escritas, estabelecendo crite-
riosamente a distribuição das protecções orto- Encarregado fabril. — É o trabalhador que é respon-
gonais, considerando escalas e simbologias apli- sável pela aplicação do programa de produção, con-
cadas, bem como outros elementos adequados servação, montagem e construção, assegurando a sua
à informação a produzir; executa alterações, execução. Coordena e dirige o modo de funcionamento
reduções ou ampliações de desenho, a partir da respectiva área, por forma a obter dela o melhor
de indicações recebidas ou por recolha de ele- rendimento. É responsável pela coordenação e utiliza-
mentos; executa desenhos de pormenor ou de ção do pessoal sob a sua chefia nos aspectos funcionais,
implantação com base em indicações e elemen- administrativos e disciplinares.
tos detalhados recebidos; efectua esboços e
levantamento de elementos existentes; executa Encarregado geral fabril. — É o trabalhador que cola-
outros trabalhos, como efectuar legendas; bora na elaboração dos programas de produção e manu-
b) Desenho gráfico — executa desenhos de artes tenção, assegurando a sua execução. Faz cumprir, no
gráficas, arte final ou publicitária, a partir de local onde se executam as tarefas, a orientação geral
esboços ou maquetas que lhe são distribuídas; que lhe foi superiormente comunicada, por forma a asse-
executa gráficos, quadros, mapas e outras repre- gurar, quer o melhor rendimento produtivo das insta-
sentações simples a partir de indicações e ele- lações, quer a conservação, reparação e montagem nas
mentos recebidos; executa outros trabalhos áreas da sua responsabilidade específica. Para o exer-
como colorir ou efectuar legendas. cício da sua actividade terá de resolver problemas de
pessoal, problemas de aprovisionamento e estabelecer
Desenhador de execução (grau principal). — Para além ligações ou colaborar com outros serviços.
das funções respeitantes aos grupos anteriores, é soli-
citado a executar trabalhos mais complexos, no âmbito Encarregado de protecção contra sinistros/incên-
da sua área profissional, com maior autonomia, con- dios. — É o trabalhador que coordena as actividades
siderando o seu grau de experiência, conhecimentos e de prevenção e combate a sinistros, incluindo a instrução
aptidão. Desenvolve as suas funções em uma ou mais de pessoal e as ligações com corporações de bombeiros
especialidades. Pode coordenar o trabalho, para tarefas regionais; assegura a conservação de todo o material
bem determinadas, de outros profissionais de grau infe- não só usado nas instalações e existente em armazém
rior, constituídos em equipa, que não chefia. como também o que se encontra montado nas diversas
áreas fabris; fornece os elementos estatísticos necessá-
Desenhador projectista. — É o trabalhador que, a par- rios, sendo responsável nos aspectos funcionais, admi-
tir de um programa dado, verbal ou escrito, concebe nistrativos e disciplinares do pessoal que chefia.
anteprojectos de um conjunto ou partes de um conjunto,
procedendo ao seu estudo, esboço ou desenho, efec- Encarregado de turno fabril. — É o trabalhador que
tuando os cálculos que, não sendo específicos de enge- dirige, controla e coordena directamente o funciona-

529 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


mento das diferentes instalações de produção, tendo Fiel de armazém qualificado. — É o trabalhador,
em vista o equilíbrio de todos os processos no seus aspec- oriundo de principal, que executa as tarefas mais espe-
tos qualitativos, quantitativos e de segurança, garantindo cializadas de armazém. O seu trabalho requer maiores
o cumprimento do programa superiormente definido. conhecimentos e experiência. Sob a orientação de um
É responsável pela coordenação e utilização do pessoal superior hierárquico, coordena e controla as tarefas de
sob a sua chefia, nos aspectos funcionais, administrativos um grupo de trabalhadores da mesma área de activi-
e disciplinares. dades, que chefia.

Enfermeiro. — É o trabalhador que, possuindo habi- Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras convencio-
litações legais e específicas, exerce directa ou indirec- nais). — É o trabalhador que alimenta e conduz gera-
tamente funções que visem o equilíbrio da saúde dos dores de vapor (caldeiras convencionais), competindo-
trabalhadores, através da consulta de enfermagem, rea- -lhe, além do estabelecido pelo Regulamento da Pro-
liza educação sanitária, ensinando os cuidados a ter não fissão de Fogueiro, fazer reparações de conservação e
só para manter o seu nível de saúde e até aumentá-lo, manutenção nos geradores de vapor (caldeiras conven-
com especial ênfase para as medidas de protecção e cionais) e providenciar pelo bom funcionamento dos
segurança no trabalho, na prevenção das doenças em acessórios, bem como pelas bombas de alimentação de
geral e das profissionais em particular. Observa os tra- água e combustível, na central. Comunica superiormente
balhadores sãos e doentes, avalia sinais vitais e biomé- anomalias verificadas. Procede a registos para a exe-
tricos, colaborando com outros técnicos nos diferentes cução de gráficos de rendimento.
tipos de exames; presta cuidados de enfermagem globais
e socorros de urgência. Supervisiona o equipamento e Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras de recupera-
a higiene das instalações do sector da saúde. Assegura ção). — É o trabalhador que alimenta e conduz gera-
as tarefas no âmbito da medicina preventiva, curativa dores de vapor (caldeiras de recuperação), competin-
e de assistência a sinistrados. do-lhe, para além do estabelecido no Regulamento da
Profissão de Fogueiro, o estabelecido em normas espe-
Enfermeiro especialista. — É o trabalhador que além cíficas para a condução de caldeiras de recuperação pró-
de reunir as condições de enfermeiro, possui o respectivo prias da indústria de celulose. Procede à limpeza dos
curso de especialização, reconhecido pela Secretária de tubulares da caldeira, dos tubulares dos economizadores
Estado da Saúde. e dos rotores dos exaustores de tiragem. Vigia o fun-
cionamento dos electrofiltros. Providencia pelo bom
Enfermeiro-coordenador. — É o trabalhador que coor- funcionamento de todos os acessórios, bem como pela
dena a actividade de outros profissionais, devendo reunir condução de alimentação de água e combustível (lixívias
as condições de enfermeiro, desempenhando também ou fuelóleo). Verifica, pelos indicadores, se as caldeiras
tarefas próprias desta função. não ultrapassam as temperaturas e as pressões prees-
tabelecidas. Comunica superiormente anomalias veri-
ficadas. Procede a registos para execução de gráficos
Ferramenteiro ou entregador de ferramentas, materiais de rendimento.
ou produtos. — É o trabalhador que entrega em arma-
zém, ou noutros locais das instalações, as ferramentas,
Fresador mecânico. — É o trabalhador que opera uma
materiais ou produtos que lhe são requisitados, efec-
fresadora e executa todos os trabalhos de fresagem de
tuando o registo e controlo dos mesmos, por cuja guarda
peças, trabalhando por desenho ou peças modelo. Pre-
é responsável. Procede à conservação e a operações sim-
para a máquina e, se necessário, as ferramentas que
ples de reparação.
utiliza.
Fiel de armazém. — É o trabalhador que procede às Guarda. — É o trabalhador que assegura a defesa,
operações de entrada ou saída de mercadorias ou mate- vigilância e conservação das instalações à sua respon-
riais. Examina a concordância entre as mercadorias rece- sabilidade e de outros valores que lhe sejam confiados.
bidas ou expedidas e a respectiva documentação. Encar- Controla as entradas e saídas de mercadorias, veículos
rega-se da arrumação e conservação de mercadorias e e materiais. Procede a pesagens e contagens, registando
materiais. Distribui mercadorias ou materiais pelos sec- os respectivos elementos. Transmite superiormente
tores (clientes) da Empresa. Informa sobre eventuais qualquer facto relevante verificado. Pode, mediante
anomalias de existências, bem como sobre danos e per- indicação da Empresa, ocupar-se das ligações telefó-
das; colabora com o superior hierárquico na organização nicas, podendo fazer o chamamento dos meios de
do material no armazém, podendo desempenhar outras transporte.
tarefas complementares no âmbito das funções do ser-
viço em que está inserido. Lubrificador. — É o trabalhador que lubrifica as
máquinas, veículos e ferramentas, muda óleos nos perío-
Fiel de armazém principal. — É o trabalhador que, pelo dos recomendados, executa os trabalhos necessários
seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, possui para manter em boas condições os pontos de lubrifi-
um nível de qualificação que permite que lhe seja con- cação. Procede à recolha de amostras de lubrificantes
ferida ampla autonomia e atribuição de competência e presta informações sobre eventuais anomalias que
específica na execução das tarefas mais complexas do detecta.
âmbito da secção em que trabalha, cuja realização pode
implicar formação específica, no âmbito da profissão de Lubrificador principal. — É o trabalhador de 1.a que
fiel, podendo ainda coordenar trabalho de outros pro- se encontra, pelo seu grau de experiência, conhecimen-
fissionais de qualificação inferior em equipas constituídas tos e aptidão, habilitado a que lhe seja conferida grande
para tarefas bem determinadas, que não chefia. autonomia e atribuição de competência na execução das

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 530


tarefas mais complexas no âmbito da sua área profis- desempenhar indistintamente todas as funções das dife-
sional, cuja realização pode implicar formação especí- rentes especialidades próprias da sua área de actividade,
fica. Pode coordenar o trabalho de outros profissionais com perfeito conhecimento dos sectores onde trabalha,
de grau inferior em equipas constituídas para tarefas bem como as instalações e equipamentos das áreas a
bem determinadas, que não chefia. que presta assistência. Pode desempenhar funções de
chefe de equipa, nomeadamente nas paragens técnicas
Lubrificador qualificado. — É o trabalhador oriundo das instalações.
da categoria de principal que executa as tarefas mais
especializadas da sua actividade. O seu trabalho requer Oficial electricista. — É o trabalhador que executa,
maiores conhecimentos e experiência. Sob a orientação modifica, conserva e repara instalações eléctricas de alta
de um superior hierárquico coordena e controla as tare- e ou baixa tensão, desde que devidamente encartado,
fas de um grupo de trabalhadores da mesma área de orienta o assentamento de estruturas para suporte de
actividade, que chefia. aparelhagem eléctrica; participa nos ensaios de circuitos,
máquinas e aparelhagem, inspeccionando periodica-
Mecânico de aparelhos de precisão. — É o trabalhador mente o seu funcionamento, com vista a detectar defi-
que executa, repara, transforma e afina aparelhos de ciências de instalação e funcionamento. Guia-se nor-
precisão ou peças mecânicas de determinados sistemas malmente por esquemas e outras especificações técnicas.
eléctricos, hidráulicos, mecânicos, pneumáticos, ópticos
ou outros, podendo eventualmente regular básculas e Oficial metalúrgico principal. — (Definição idêntica à
balanças. Colabora com os técnicos de instrumentação. de electricista principal.)

Mecânico de aparelhos de precisão principal. — (Defi- Operador agro-florestal. — É o trabalhador que exe-
nição idêntica à de electricista principal.) cuta as operações inerentes às actividades de produção
de plantas, de conservação de povoamentos, de explo-
Mecânico de aparelhos de precisão qualifi- ração florestal e de produções acessórias, conduzindo
cado. — (Definição idêntica à de oficial de conservação e manobrando máquinas florestais ou agrícolas a que
qualificado.) poderão adaptar-se alfaias ou outros equipamentos.
Opera com quaisquer máquinas de força motriz para
Mecânico de automóveis. — É o trabalhador que transporte e arrumação de matérias-primas, responsa-
detecta as avarias mecânicas, repara, afina, monta e des- biliza-se pelo acondicionamento de materiais e orienta
monta os órgãos dos automóveis e outras viaturas e e auxilia as respectivas operações; quando habilitado
executa outros trabalhos relacionados com esta mecâ- com carta de condução, conduz veículos automóveis e
nica. cuida do funcionamento, manutenção, limpeza e carga
dos mesmos; zela pela manutenção preventiva e cor-
Motorista (pesados e ligeiros). — É o trabalhador que, rectiva do material que lhe é distribuído; colabora em
possuindo carta de condução profissional, tem a seu processos de laboratório para preparação de ensaios;
cargo a condução de veículos automóveis (ligeiros e executa tarefas de repicagem e introdução de material
pesados), competindo-lhe ainda zelar, sem execução, vegetal, utilizando técnicas e meios adequados; elabora
pela boa conservação e limpeza do veículo e pela carga folhas de registo e de controlo de utilização, consumos,
que transporta. Orienta e auxilia a carga e descarga. etc., das máquinas que lhe estão atribuídas.
Verifica diariamente os níveis de óleo e de água. Con-
duzindo veículos ligeiros com distribuição e veículos Operador de computador estagiário. — É o trabalhador
pesados, poderá ser acompanhado de ajudante de que desempenha as funções de operador de computador
motorista. sob a orientação e supervisão de um operador.

Motorista principal. — É o trabalhador, oriundo da Operador de computador. — É o trabalhador que


categoria profissional de motorista, que, para além de opera e controla o sistema de computador, prepara o
orientar e auxiliar as operações de carga e descarga sistema para execução dos programas e é responsável
de mercadorias, assegura o bom estado de funciona- pelo cumprimento dos tempos previstos para cada pro-
mento do veículo, procedendo à sua limpeza e zelando cessamento de acordo com as normas em vigor.
pela sua manutenção, lubrificação e reparação. Sempre
que a Empresa considere necessário, será acompanhado Operador de computador principal. — É o operador
por um ajudante de motorista. Pode eventualmente con- de computador que, pelo seu grau de experiência, conhe-
duzir máquinas de força motriz no interior das insta- cimentos e aptidão, possui um nível de qualificação que
lações fabris. permite que lhe seja conferida ampla autonomia na exe-
cução das tarefas mais complexas do âmbito da operação
Motorista qualificado. — É o trabalhador, oriundo da de computador, podendo ainda coordenar trabalho de
categoria profissional de motorista principal, que, para outros profissionais de qualificação inferior.
além de desempenhar as funções inerentes àquela cate-
goria, controla e coordena equipas polivalentes, que Operador de computador qualificado. — É o trabalha-
pode chefiar quando necessário. Coordena a actividade dor, oriundo da categoria profissional de operador de
de conservação e manutenção de viaturas. Quando devi- computador principal, que executa as tarefas mais espe-
damente habilitado e treinado, conduz máquinas de cializadas de operações de computadores. O seu tra-
força motriz no interior das instalações industriais. balho requer maior experiência e conhecimentos. Sob
a orientação do superior hierárquico coordena e con-
Oficial de conservação qualificado. — É o trabalhador trola as tarefas de um grupo de operadores de com-
oficial metalúrgico ou electricista principal capaz de putador, que chefia.

531 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Operador heliográfico dos graus I e II. — É o traba- Operador de processo de 2.a (pasta, papel e ener-
lhador que trabalha predominantemente com a máquina gia). — É o trabalhador que executa o mesmo tipo de
heliográfica, corta e dobra as cópias heliográficas, tarefas do operador de processo de 1.a, mas que exijam
podendo arquivar. um grau menor de responsabilidade e especialização.
Pode igualmente executar tarefas relacionadas com o
Operador industrial. — É o trabalhador que, utili- controlo de qualidade de produção. Vigia o estado de
zando o equipamento instalado, realiza transformações conservação do equipamento, assegurando a limpeza das
(processos e operações) físico-químicas, ou simples- instalações. Substitui, na sua área de actividade, o ope-
mente físicas, que optimiza no sentido de obter a melhor rador responsável pelo equipamento.
eficiência. As acções que desenvolve consistem, funda-
mentalmente, na condução de equipamentos, em função Operador de processo de 1.a (pasta, papel e ener-
de valores analíticos (resultados de análises feitas ou gia). — É o trabalhador qualificado com formação téc-
não pelo operador) e de leitura de instrumentos de nica específica e experiência profissional que lhe permite
medida diversos. Compete, ainda, ao operador industrial executar tarefas de operação, compreendendo a respon-
zelar pelo comportamento e estado de conservação do sabilidade de condução e orientação de máquinas ou
equipamento, verificar os níveis dos instrumentos e conjunto de maquinismos. Procede à leitura, registo e
lubrificantes; colaborar em trabalhos de manutenção, interpretação de resultados provenientes de valores ana-
manter limpa a sua área de trabalho, fazer relatórios líticos (análises realizadas ou não por ele) e instrumentos
de ocorrência do seu turno, participando anomalias de de medida, efectuando as correcções e ajustes neces-
funcionamento que não possa ou não deva corrigir. Esta sários, de modo a assegurar as melhores condições de
definição aplica-se aos operadores que operam nos equi- produção e segurança. Participa anomalias de funcio-
pamentos e áreas, nomeadamente nas seguintes: namento que não possa ou não deva corrigir; vela pelo
estado de conservação do equipamento; pode, eventual-
mente, colaborar em trabalhos de manutenção.
Áreas Subáreas

Operador de processo principal (pasta, papel e ener-


A — Produção de pasta . . . . A1 — Madeiras; recepção, armazena- gia). — É o trabalhador altamente qualificado cuja for-
mento e movimentação de madeiras; mação prática ou teórica, aptidão e experiência pro-
produção, armazenamento e movi- fissional lhe permite executar tarefas próprias do ope-
mentação de aparas.
A2 — Digestor contínuo; lavagem rador de processo de 1.a na condução de equipamentos
e crivagem, caustificação e forno. de maior complexidade tecnológica. Coordena, sem fun-
ções de chefia, a actividade de trabalhadores de escalão
B — Produção de papel . . . . B1 — Preparação (refinação), aditivos inferior.
e fibra secundária; condução (zona
húmida) e secagem (zona seca). Operador de processo qualificado (pasta, papel e ener-
B2 — Acabamentos. gia). — É o trabalhador operador de processo principal
capaz de desempenhar indistintamente todas as funções
C — Produção de energia . . . C1 — Produção de distribuição de próprias da produção de pasta crua e branca, produção
vapor e energia. de papel e produção de energia, podendo colaborar com
C2 — Bombagem e tratamento de
águas, utilidades e evaporadores. os encarregados ou chefes de turnos no desempenho
das suas funções. Pode coordenar o serviço de profis-
sionais em equipas, que chefia.
Operador de preparação de madeiras. — É o trabalha-
dor que conduz e vigia o funcionamento, através de Operador de processo extra (pasta, papel e ener-
painel de comando centralizado, de um conjunto de gia). — É o trabalhador operador de processo qualifi-
máquinas constituído por mesas de alimentação, des- cado que desempenha indistintamente todas as funções
troçadores de madeira e crivos de aparas, destinados de produção de pasta, papel e energia. Pode coordenar
a transformar toros em cavacos ou aparas, seleccionan- o serviço de profissionais em equipas, que chefia, nos
do-os para o fabrico de pasta para papel; regista as aspectos funcionais, administrativos e disciplinares.
condições de funcionamento da instalação; assegura o Colabora com os encarregados ou chefes de turnos no
envio de amostras para o laboratório; comunica ano- desempenho das suas funções, podendo substituí-los
malias que não possa ou não deva corrigir e assegura sempre que necessário.
a limpeza do equipamento.
Operador qualificado fogueiro. — É o trabalhador ope-
Operador de processo estagiário (pasta, papel e ener- rador principal habilitado com a carteira profissional
gia). — É o trabalhador que executa, em colaboração de fogueiro de 1.a e especializado em condução das
directa com os operadores, tarefas e operações simples caldeiras de recuperação que assegura também as fun-
no âmbito da produção, tendo em vista a sua preparação ções inerentes à condução da central termoeléctrica.
para a função de operador de processo.
Planificador auxiliar. — É o trabalhador que colabora
Operador de processo de 3.a (pasta, papel e ener- na actualização dos vários quadros de planeamento.
gia). — É o trabalhador que opera com máquinas ou Colabora com o planificador na verificação de dispo-
colabora na condução de maquinismos, realizando tare- nibilidade dos meios necessários aos trabalhos, emite
fas pouco complexas. Assegura a limpeza do equipa- toda a documentação necessária à sua realização e cola-
mento e das instalações. Pode igualmente colaborar em bora na recolha de elementos que permitam a obtenção
trabalhos de manutenção. Substitui, na sua área de acti- de dados estatísticos para a actualização das políticas
vidade, operadores de nível imediatamente superior. de planeamento.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 532


Planificador. — É o trabalhador que colabora com o Preparador de trabalho. — É o trabalhador que desen-
seu superior hierárquico directo na definição dos pro- volve um conjunto de acções tendentes à correcta defi-
gramas de conservação. Procede à utilização dos vários nição da utilização de métodos e processos, meios huma-
quadros de planeamento e faz o acompanhamento da nos e materiais, por forma a minimizar o tempo de
execução dos mesmos. Prepara elementos estatísticos imobilização dos equipamentos e melhorar a qualidade
e documentais necessários à actualização das políticas dos trabalhos; estuda os equipamentos, por forma a defi-
de planeamento. nir as operações a efectuar, bem como a periodicidade,
com vista a garantir o bom funcionamento dos mesmos;
Planificador principal. — É o trabalhador que, pelo estabelece fichas de diagnóstico para pesquisa de avarias
seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, possui e reparações estandardizadas; estabelece métodos e pro-
um nível de qualificação que permite que lhe seja con- cessos de trabalho e estima necessidades de mão-de-obra
ferida ampla autonomia na execução de tarefas mais para o realizar (em quantidade e qualificação); afecta
complexas no âmbito da planificação. Colabora com o aos trabalhos a realizar materiais específicos, sobres-
preparador de trabalho na preparação de trabalhos salentes e ferramentas especiais; faz o acompanhamento
menos qualificados. da evolução do estado dos equipamentos e do desen-
volvimento dos trabalhos preparados, introduzindo,
Planificador qualificado. — É o trabalhador, oriundo sempre que necessário, as alterações convenientes;
da categoria profissional de planificador principal, que decide sobre o que deverá ser preparado e qual o res-
executa as tarefas mais qualificadas no âmbito da sua pectivo grau de detalhe; colabora no cálculo de custos
área de actividade. O seu trabalho requer maiores de conservação; elabora as listas de sobressalentes por
conhecimentos e experiência. Sob a orientação de um equipamento e colabora na sua recepção.
superior hierárquico, pode chefiar, coordenando e con-
trolando tarefas de um grupo de trabalhadores da Preparador de trabalho principal. — É o trabalhador
mesma área de actividade. Colabora com o preparador que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti-
de trabalho na preparação de trabalhos e maior qua- dão, possui um nível de qualificação que lhe permite
lificação. que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
âmbito da preparação do trabalho. Pode coordenar o
Praticante (laboratório, metalúrgico, mecânico de apa- trabalho de outros profissionais de qualificação inferior
relhos de precisão). — É o trabalhador que, sob orien- em equipas, que não chefia, constituídas para trabalhos
tação, coadjuva nos trabalhos e executa trabalhos sim- de preparação bem determinados.
ples e operações auxiliares.
Preparador de trabalho qualificado. — É o trabalha-
Pré-oficial (electricista do 1.o ou 2.o anos). — É o tra- dor, oriundo da categoria de principal, que assegura
balhador que coadjuva os oficiais e, cooperando com a execução, coordenação e chefia de trabalhos de pre-
eles, executa trabalhos de menor responsabilidade. paração que envolvam, simultaneamente, as actividades
de mecânica, electricidade, instrumentos e civil.
Preparador de laboratório. — É o trabalhador que pro-
cede à recolha, escolha e preparação de amostras a ana- Programador de aplicações estagiário. — É o trabalha-
lisar; colabora na execução de experiências, ensaios quí- dor que desempenha as funções de programador de apli-
micos ou físicos, sob a orientação de um técnico analista cações sob a supervisão de um programador.
de laboratório, desempenhando também tarefas simples
e acessórias, nomeadamente as de conservação e limpeza Programador de aplicações. — É o trabalhador que
do equipamento. desenvolve logicamente, codifica e prepara os dados
para testes e testa e corrige os programas, com base
Preparador de trabalho auxiliar. — É o trabalhador que nas especificações transmitidas de acordo com as normas
vela pela permanente existência em armazém dos em vigor. Documenta adequadamente o trabalho pro-
sobressalentes e dos materiais necessários, de acordo duzido.
com as especificações definidas, através de um controlo
sistemático de consumos e dos conhecimentos dos parâ- Programador de aplicações principal. — É o trabalha-
metros de gestão. Assegura a existência em armazém dor que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos
de todos os sobressalentes e materiais indicados nas lis- e aptidão, possui um nível de qualificação que permite
tas para cada equipamento e colabora com o chefe de que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
armazém na identificação, especificação e codificação âmbito da programação e análise orgânica de aplicações
dos sobressalentes e materiais. Em colaboração com os informáticas. Pode coordenar o trabalho de outros pro-
preparadores de trabalho, procede ao cálculo dos parâ- fissionais de qualificação inferior em equipas, que não
metros de gestão, tendo em conta a importância do equi- chefia, constituídas para trabalho de análise e orgânica
pamento, prazo de entrega e origem dos fornecedores. e programação bem determinados.
Mantém-se ao corrente dos processos de aquisição de
materiais e sobressalentes e assegura-se de que as requi- Programador de aplicações qualificado. — É o traba-
sições efectuadas apresentam as características reque- lhador, oriundo da categoria de principal, capaz de
ridas. Informa os preparadores e planificadores da che- desempenhar indistintamente as tarefas mais complexas
gada de materiais e sobressalentes que não havia em no âmbito da programação e análise orgânica de apli-
stock. Procede à análise periódica do ficheiro de sobres- cações informáticas. Pode coordenar o serviço de pro-
salentes e informa superiormente sobre consumos anor- fissionais em equipas, que chefia.
mais de materiais ou sobressalentes. Colabora com o
preparador nas preparações de trabalhos menos qua- Recepcionista de materiais. — É o trabalhador que faz
lificados. a recepção quantitativa e qualitativa de mercadorias que

533 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


sejam técnica e administrativamente recepcionáveis, Técnico administrativo/industrial. — É o trabalhador
avaliando-as de acordo com as especificações em vigor. que, possuindo elevados conhecimentos teóricos e prá-
Realiza os respectivos registos e demais documentação ticos adquiridos no desempenho das suas funções, se
de controlo, identificando e codificando as mercadorias, ocupa da organização, coordenação e orientação de tare-
e procedendo à rejeição das que não obedeçam aos fas de maior especialização no âmbito do seu domínio
requisitos contratuais. Utiliza, quando necessário, meios de actividade, tendo em conta a consecução dos objec-
informáticos para desempenho das suas actividades. tivos fixados pela hierarquia. Colabora na definição dos
programas de trabalho para a sua área de actividade,
Rectificador de peças em série. — É o trabalhador que garantindo a sua correcta implementação. Presta assis-
opera uma máquina de rectificar, em geral regulado tência a profissionais de escalão superior no desempe-
por outrém, para o trabalho em série. Eventualmente nho das funções destes, podendo exercer funções de
poderá regular a máquina quando lhe forem fornecidos chefia hierárquica ou condução funcional de unidades
os dados necessários. estruturais permanentes ou grupos de trabalho.

Secretário(a) de direcção ou administração. — É o tra- Técnico agro-florestal. — É o trabalhador que assegura


balhador que se ocupa do secretariado específico da a coordenação das actividades de produção de plantas,
administração ou direcção da Empresa. Entre outras de arborização, de conservação de povoamentos, de
funções administrativas, competem-lhe, normalmente, exploração agro-florestal e de produções acessórias, bem
as seguintes funções: redigir actas de reuniões de tra- como a coordenação de recepção, movimentação e exis-
balho; assegurar, por sua própria iniciativa, o trabalho tências de material lenhoso no âmbito dos parques exte-
de rotina diária do gabinete; providenciar pela realização riores da Empresa; colabora na definição de programas
das assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos de trabalho e garante a sua correcta execução; recolhe
e escrituras, e redigir documentação diversa em por- e transmite informações relativas ao mercado de madei-
tuguês e línguas estrangeiras. ras na área e estabelece contactos com transportadores
e fornecedores, de acordo com orientações superiores;
Serralheiro civil. — É o trabalhador que constrói, orienta o manuseamento e a expedição do material
monta e ou repara estruturas metálicas, tubos condu- lenhoso; supervisiona as actividades agro-florestais
tores de combustíveis, ar ou vapor, carroçarias de via- acima nomeadas, realizadas por terceiros ou em regime
turas, andaimes para edifícios, pontes, navios, caldeiras, de empreitada, e controla a execução dos respectivos
cofres e outras obras metálicas. Pode eventualmente contratos celebrados; executa tarefas enquadradas no
desempenhar tarefas simples de traçagem e soldadura âmbito das actividades operacionais em curso; executa
e utilização de máquinas específicas, quando sejam tarefas de inventário e classificação florestal em car-
necessárias ao desempenho das tarefas em curso. tografia específica da actividade; preenche documentos
de carácter administrativo respeitantes às actividades
Serralheiro mecânico. — É o trabalhador que executa referenciadas e pessoal envolvido; promove a angariação
peças, monta, repara e conserva vários tipos de máqui- de contratos de compara e arrendamento de proprie-
nas, motores e outros conjuntos mecânicos, com excep- dades; responde pela conservação de instalações e
ção dos instrumentos de precisão e das instalações eléc- manutenção do equipamento; vigia o património da
tricas. Pode eventualmente desempenhar tarefas simples Empresa e colabora na preparação e execução de planos
de traçagem, corte, soldadura e aquecimento a maçarico, de protecção e de defesa contra incêndios; pode chefiar
quando sejam necessárias ao desempenho das tarefas grupos de trabalho.
em curso.
Técnico de ambiente e segurança. — É o trabalhador
Serralheiro em plásticos. — É o trabalhador que exe- que assegura, coordena e promove as actividades rela-
cuta, repara, modifica ou monta equipamento diverso, cionadas com a prevenção e segurança; providencia,
constituído fundamentalmente de material plástico. Exe- acompanha, controla e executa tarefas tendo em vista
cuta tarefas complementares, com traçagem de peças, a implementação e o cumprimento das normas e regu-
cortes, colagens, moldagens, revestimentos, aquecimen- lamentos sobre as referidas actividades de ambiente e
tos a maçarico e soldaduras em materiais plásticos. segurança; acompanha a evolução de sinistralidade,
designadamente por obtenção de elementos sobre as
Soldador. — É o trabalhador que, utilizando equipa- circunstâncias e causas de acidentes, dinamizando ou
mento apropriado, faz a ligação de peças metálicas pelo propondo medidas preventivas para os evitar; trata e
processo aluminotérmico, electroarco, oxi-acetilénico e fornece elementos estatísticos e elabora relatórios.
ou árgon ou aplicando solda a baixo ponto de fusão.
Incluem-se nesta categoria os trabalhadores que, em Técnico analista de laboratório. — É o trabalhador que
máquinas automáticas e semiautomáticas, procedem à executa análises e ensaios laboratoriais, físicos e quí-
soldadura ou enchimento e revestimento metálicos ou micos, com vista a determinar e controlar a composição
metalizados de superfícies de peças. dos produtos ou matérias-primas, respectivas proprie-
dades e utilizações possíveis. Compila e prepara ele-
Suboperador de preparação de madeiras. — Sob a sua mentos necessários à utilização das análises e ensaios,
orientação, colabora com o operador em todas as tarefas fazendo o processamento dos resultados obtidos e exe-
necessárias ao normal funcionamento dos respectivos cutando cálculos técnicos. Recolhe amostras, apoiando
maquinismos e equipamentos, nomeadamente nos tecnicamente os postos de controlo fabris. Quando dos
arranques e paragens, podendo substituí-lo na sua graus IV e V, colabora na elaboração de estudos de pro-
ausência. Efectua registos das informações fornecidas cesso, acompanhando experiências a nível fabril. Realiza
pelos indicadores respectivos, bem como das condições experiências laboratoriais complementares das experiên-
de funcionamento do equipamento que opera. cias fabris ou integradas em estudos processuais de

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 534


índole laboratorial. Pode coordenar o serviço de outros Técnico de instrumentação e controlo industrial. — É
profissionais, que poderá chefiar, quando dos graus IV o trabalhador que desenvolve acções de montagem, cali-
e V. bragem, ensaio, conservação, detecção e reparação de
avarias em instrumentos electrónicos, eléctricos, pneu-
Técnico auxiliar altamente qualificado. — (Definição máticos, hidráulicos e servomecânicos de medida, pro-
de funções idêntica à de técnico administrativo industrial.) tecção e controlo industrial na fábrica, oficinas ou locais
de utilização. Guia-se normalmente por esquemas e
Técnico de conservação civil. — É o oficial da con- outras especificações técnicas e utiliza aparelhos ade-
servação civil que desempenha indistintamente várias quados ao seu trabalho.
das seguintes funções, consoante o seu nível de res-
ponsabilidade: oficial pedreiro; oficial decapador/pintor, Técnico de manutenção. — É o trabalhador que
e oficial carpinteiro (toscos ou limpos). Pode coordenar desenvolve acções de manutenção nas áreas eléctrica,
o serviço de outros profissionais em equipas, que poderá electrónica, instrumentação, mecânica, óleo-hidráulica
chefiar, quando especializado ou principal. e telecomunicações. Executa peças, faz montagens, des-
montagens, calibragens, ensaios, ajustes, afinações,
Técnico de conservação eléctrica. — É o oficial de con- detecção e reparação de avarias, conservação de equi-
servação eléctrica que desempenha indistitamente várias pamentos eléctricos, electrónicos, hidráulicos, mecâni-
das seguintes funções, consoante o seu nível de res- cos, pneumáticos e plásticos. Guia-se por esquemas,
ponsabilidade: oficial electricista (baixa e alta tensão, desenhos e outras especificações técnicas e utiliza
bobinador e auto); técnico de electrónica; técnico de máquinas, ferramentas e outros aparelhos adequados
instrumentação (electrónica e pneumática), e técnico ao seu trabalho. Sempre que necessário, colabora com
de telecomunicações. Pode coordenar o serviço de os trabalhos da produção e assegura funções de lubri-
outros profissionais em equipas, que poderá chefiar, ficação, montagem de acessos, isolamentos e a limpeza
quando especializado ou principal. após a execução dos trabalhos. De acordo com a sua
formação/especialização, desempenha indistintamente
Técnico de conservação mecânica. — É o oficial da várias funções, consoante o seu nível de responsabili-
conservação mecânica que desempenha indistintamente dade. Assim:
várias das seguintes funções, consoante o seu nível de
responsabilidade, assegurando, sempre que necessário, Manutenção eléctrica/instrumentos:
funções de lubrificação e montagem de andaimes: ser- Electricidade (alta tensão e baixa tensão);
ralheiro (mecânico, civil ou plásticos); soldador; recti- Electrónica;
ficador, torneiro, fresador; mecânico auto, e técnico de Instrumentação (electrónica e pneumática);
óleo-hidráulica. Pode coordenar o serviço de outros pro- Telecomunicações;
fissionais em equipas, que poderá chefiar, quando espe-
cializado ou principal. Manutenção mecânica:
Técnico de controlo de potência. — É o técnico de con- Serralharia (mecânica, civil e plásticos);
servação, oriundo de técnico principal de electrónica, Soldadura;
óleo-hidráulica, telecomunicações e instrumentação ou Máquinas e ferramentas;
técnico de conservação eléctrica principal, que, para Mecânica de viaturas;
além de continuar a desempenhar as funções inerentes Óleo-hidráulica.
à sua anterior categoria, detecta e procede à reparação
de avarias de natureza multidisciplinar (eléctrica, ins- Quando necessário, coordena ou chefia equipas
trumentos, electrónica, óleo-hidráulica e telecomu- pluridisciplinares.
nicações). Desenvolve a configuração básica de um
equipamento de controlo distribuído, analisando o seu Técnico de óleo-hidráulica. — É o trabalhador que
funcionamento, procedendo ao diagnóstico e reparação desenvolve acções de montagem, calibragem, ensaio,
de avarias. Detecta e procede à reparação de sistemas conservação, detecção e reparação de avarias em equi-
de velocidade variável (AC e DC). Pode coordenar e pamentos óleo-hidráulicos na fábrica, oficinas ou locais
ou chefiar outros profissionais de qualificação inferior. de utilização. Guia-se normalmente por esquemas e
outras especificações técnicas e utiliza aparelhos ade-
Técnico de electrónica. — É o trabalhador que desen- quados ao seu trabalho.
volve acções de montagem, calibragem, ensaio, conser-
vação, detecção e reparação de avarias em aparelhagem Técnico principal (electrónica/óleo-hidráulica/teleco-
electrónica industrial e de controlo analítico, na fábrica, municações/instrumentação). — É o trabalhador que
oficinas ou locais de utilização. Guia-se normalmente concebe, estuda, instala, utiliza, substitui e conserva sis-
por esquemas e outras especificações técnicas e utiliza temas, equipamentos e aparelhagens no âmbito da sua
aparelhos adequados ao seu trabalho. especialização. Pode chefiar outros profissionais de qua-
lificação inferior.
Técnico especialista (electrónica/óleo-hidráulica/teleco-
municações/instrumentação). — É o trabalhador que, Técnico superior dos graus I e II. — É o trabalhador
pelo seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, que exerce funções menos qualificadas da sua especia-
possui um nível de qualificação que permite que lhe lidade. O nível de funções que normalmente desem-
sejam conferidas tarefas mais complexas no âmbito da penha é enquadrável entre os seguintes pontos:
sua especialidade. Pode coordenar o trabalho de outros
profissionais de qualificação inferior em equipas, que a) De uma forma geral, presta assistência a pro-
não chefia, constituídas para trabalhos bem determi- fissionais mais qualificados na sua especialidade
nados. ou domínio de actividade, dentro da Empresa,

535 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


actuando segundo instruções detalhadas, orais mente as possíveis implicações das suas decisões
ou escritas. Através da procura espontânea, ou actuação nos serviços por que é responsável
autónoma e crítica de informações e instruções no plano das políticas gerais, posição externa,
complementares, utiliza os elementos de con- resultados e relações de trabalho da Empresa.
sulta conhecidos e experiências disponíveis na Fundamenta propostas de actuação para deci-
Empresa ou a ela acessíveis; são superior, quando tais implicações sejam sus-
b) Quando do grau II, poderá coordenar e orientar ceptíveis de ultrapassar o seu nível de res-
trabalhadores de qualificação inferior à sua ou ponsabilidade;
realizar estudos e proceder à análise dos res- b) Pode desempenhar funções de chefia hierár-
pectivos resultados; quica de unidades de estrutura da Empresa,
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos desde que na mesma não se integrem profis-
terão uma amplitude e um grau de complexi- sionais de qualificação superior à sua;
dade compatíveis com a sua experiência e ser- c) Os problemas e tarefas que lhe são cometidos
-lhe-ão claramente delimitados do ponto de envolvem o estudo e desenvolvimento de solu-
vista de eventuais implicações com as políticas ções técnicas novas, com base na combinação
gerais, sectoriais e resultados da Empresa, sua de elementos e técnicas correntes e ou a coor-
imagem exterior ou posição no mercado e rela- denação de factores ou actividades de tipo de
ções de trabalho no seu interior. natureza complexas, com origem em domínios
que ultrapassem o seu sector específico de acti-
Técnico superior do grau III. — É o trabalhador cuja vidade, incluindo entidades exteriores à própria
formação de base se alargou e consolidou através do Empresa.
exercício de actividade profissional relevante, durante
um período limite de tempo. O nível das funções que Técnico superior do grau V. — É o trabalhador deten-
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon- tor de sólida formação num campo de actividade espe-
tos seguintes: cializado, complexo e importante para o funcionamento
ou economia da Empresa e também aquele cuja for-
a) Toma decisões autónomas e actua por iniciativa
mação e currículo profissional lhe permitem assumir
própria no interior do seu domínio de activi-
importantes responsabilidades com implicações em
dade, não sendo o seu trabalho supervisionado
áreas diversificadas da actividade empresarial. O nível
em pormenor, embora receba orientação téc-
das funções que normalmente desempenha é enqua-
nica em problemas invulgares e complexos;
drável entre os seguintes pontos:
b) Pode exercer funções de chefia hierárquica ou
condução funcional de unidades estruturais per- a) Dispõe de ampla autonomia de julgamento e
manentes ou grupos de trabalhadores ou actuar iniciativa no quadro das políticas e objectivos
como assistente de profissional mais qualificado da(s) respectiva(s) área(s) de actividade da
na chefia de estruturas de maior dimensão, Empresa em cuja definição participa e por cuja
desde que na mesma não se incluam profissio- execução é responsável;
nais de qualificação superior à sua; b) Como gestor, chefia, coordena e controla um
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos conjunto complexo de unidades estruturais, cuja
implicam capacidade técnica evolutiva e ou actividade tem incidência sensível no funciona-
envolvem a coordenação de factores ou acti- mento, posição externa e resultados da
vidades diversificadas no âmbito do seu próprio Empresa, podendo participar na definição das
domínio de actividade; suas políticas gerais, incluindo política salarial;
d) As decisões tomadas e soluções propostas, fun- c) Como técnico ou especialista, dedica-se ao
damentadas em critérios técnico-económicos estudo, investigação e solução de problemas
adequados, serão necessariamente remetidas complexos ou especializados, envolvendo con-
para os níveis competentes de decisão quando ceitos e ou tecnologias recentes ou pouco
tenham implicações potencialmente importan- comuns. Apresenta soluções tecnicamente avan-
tes a nível das políticas gerais e sectoriais da çadas e valiosas do ponto de vista económico-
Empresa, seus resultados, imagem exterior ou -estratégico da Empresa.
posição no mercado e relações de trabalho no
seu exterior. Técnico superior do grau VI. — É o trabalhador que,
pela sua formação, currículo profissional e capacidade
Técnico superior do grau IV. — É o trabalhador deten- pessoal, atingiu, dentro de uma especialização ou num
tor de especialização considerável num campo particular vasto domínio de actividade dentro da Empresa, as mais
de actividade ou possuidor de formação complementar elevadas responsabilidades e grau de autonomia. O nível
e experiência profissional avançadas ao conhecimento das funções que normalmente desempenha é enqua-
genérico de áreas diversificadas, para além da corres- drável entre os pontos seguintes:
pondente à sua formação base. O nível de funções que
a) Dispõe do máximo grau de autonomia de jul-
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
gamento e iniciativa, apenas condicionados pela
tos seguintes:
observância das políticas gerais da Empresa em
a) Dispõe de autonomia no âmbito da sua área cuja definição vivamente participa e pela acção
de actividade, cabendo-lhe desencadear iniciativas dos corpos gerantes ou dos seus representantes
e tomar decisões condicionadas pela política exclusivos;
estabelecida para essa área, em cuja definição b) Como gestor, chefia, coordena e controla a acti-
deve participar. Recebe trabalho com simples vidade de múltiplas unidades estruturais da
indicação do seu objectivo. Avalia autonoma- Empresa numa das suas grandes áreas de gestão,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 536


ou em várias delas, tomando decisões funda- 1.2 — O acesso nas carreiras poderá prever condições
mentais de carácter estratégico com implicações de formação básica e formação profissional, mediante
directas e importantes no funcionamento, posi- frequência, com aproveitamento, das acções de forma-
ção exterior e resultados da Empresa; ção adequadas.
c) Como técnico ou especialista, dedica-se ao
estudo, investigação e solução de questões com- 2 — Os profissionais em aprendizagem ascenderão
plexas altamente especializadas ou com elevado automaticamente ao primeiro nível da respectiva car-
conteúdo de inovação, apresentando soluções reira, não podendo a permanência em cada nível de
originais, de elevado alcance técnico, económico aprendizagem ter duração superior a um ano.
ou estratégico.
3 — A avaliação de desempenho instituída na
Telefonista-recepcionista. — É o trabalhador que, Empresa é um sistema de notação profissional que con-
além de ter a seu cargo o serviço de telefonemas de siste na recolha contínua de informação sobre a actua-
e para o exterior, recebe, anuncia e informa os visitantes. lização profissional do avaliado durante o período a que
Quando necessário, executa, complementarmente, tra- a avaliação se reporta.
balhos de dactilografia e outros afins.
3.1 — A avaliação terá periodicidade anual e abran-
Tirocinante. — É o trabalhador que coadjuva os pro- gerá todos os trabalhadores da Empresa, sendo rea-
fissionais das categorias superiores e faz tirocínio para lizada, em princípio, no 1.o trimestre de cada ano.
o ingresso nas categorias respectivas. Estuda as bases 3.2 — A avaliação será realizada pela hierarquia que
de controlo automático no âmbito da sua especialidade. enquadra o trabalhador, sendo o processo sustentado
em manual de avaliação, previamente divulgado, do qual
Torneiro mecânico. — É o trabalhador que opera com constarão os critérios e factores de avaliação.
um torno mecânico, paralelo, vertical, revólver ou de 3.3 — Os resultados da avaliação serão sempre comu-
outro tipo; executa todos os trabalhos de torneamento nicados ao trabalhador pela hierarquia competente.
de peças, trabalhando por desenho ou peças modelo.
3.4 — Os processos de avaliação deverão prever obri-
Prepara a máquina e, se necessário, as ferramentas que
gatoriamente mecanismos de reclamação, nomeada-
utiliza. Ocasionalmente, faz torneamentos com rectifi-
cadores ou nas instalações fabris. mente instâncias e prazos de recurso, sendo garantido
a cada trabalhador o acesso aos elementos que serviram
Verificador de equipamentos. — É o trabalhador que, de base à avaliação.
em colaboração com a manutenção preventiva e
Condições únicas de promoção
mediante programas preestabelecidos, recolhe, regista na carreira profissional
e interpreta dados respeitantes às condições de funcio-
namento do equipamento. 1 — Os trabalhadores com mais de três anos nas cate-
gorias profissionais abaixo indicadas, excepto aquelas
Verificador de equipamentos principal. — É o traba- indicadas com menor tempo de permanência, poderão
lhador que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos ascender à categoria imediatamente superior após apro-
e aptidão, possui um nível de qualificação que permite vação em avaliação de mérito profissional.
que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
âmbito da verificação de equipamentos. Colabora direc- 2 — A pedido dos profissionais que preencham as
tamente com o seu superior na elaboração de programas condições mínimas acima estabelecidas, poderão ser rea-
respeitantes ao funcionamento dos equipamentos. Pode lizadas provas profissionais complementares da avalia-
coordenar o trabalho de outros trabalhadores da sua ção referida.
área profissional e de qualificação inferior, sem chefiar.
3 — A aprovação nestas provas não constitui por si
ANEXO II só condição de promoção, sendo, contudo, indicação
Condições específicas relevante para a avaliação realizada.
Princípios gerais sobre carreiras profissionais
de progressão não automática e avaliação de desempenho 4 — As provas deverão ser realizadas nos meses de
Maio/Junho e Novembro/Dezembro de cada ano,
1 — As carreiras profissionais criadas ou a criar pela devendo os pedidos ser formulados até ao fim dos meses
Empresa para os grupos profissionais não abrangidos de Fevereiro e de Agosto, respectivamente.
pelas carreiras automáticas previstas neste anexo deve-
rão, em princípio, obedecer às seguintes regras básicas, 5 — Se, por motivos devidamente justificados, o tra-
sem prejuízo de situações que justifiquem tratamento balhador não puder comparecer à prova profissional já
diferente, nomeadamente as já regulamentadas pelo marcada, esta transitará para a época de provas ime-
presente AE. diata.
1.1 — São condições necessárias à progressão na car- 6 — Na impossibilidade por parte da Empresa de rea-
reira profissional: lizar as provas profissionais na época determinada pelo
a) A permanência mínima de três e máxima de pedido de inscrição do trabalhador, estas serão reali-
cinco anos na categoria inferior; zadas no período seguinte, produzindo efeitos a eventual
b) A obtenção de mérito profissional em processo promoção 30 dias após o último dia da época em que
de avaliação de desempenho; se deveria ter realizado a prova.
c) Capacidade para desempenhar as tarefas ou
assumir as responsabilidades correspondentes 7 — As eventuais promoções decorrentes da avaliação
às novas funções/nível de carreira. de mérito, complementada com provas profissionais,

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produzirão efeitos 30 dias após a realização da respectiva II — Estágio
prova. 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio.
8 — Cada candidato só poderá ser submetido a provas
com o intervalo mínimo de dois anos, contados a partir 4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
da data da realização da prova.
III — Progressão na carreira
9 — Incluem-se neste regime as seguintes categorias 5 — O plano da carreira de assistente administrativo
profissionais: compreende sete níveis de progressão.
Analista de 1.a 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
Analista principal. cumulativa das seguintes condições:
Controlador industrial de 1.a
Controlador industrial de 2.a Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
Desenhador de execução do grau I; básico ou equivalente, sendo condição preferen-
Fiel de 1.a cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
Fiel principal. definidas no n.o 2;
Oficial electricista de 1.a Obter mérito profissional no desempenho de fun-
Oficial electricista principal. ções e potencial para o desempenho de funções
Oficial metalúrgico de 1.a mais qualificadas;
Oficial metalúrgico principal. Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
Planificador auxiliar (dois anos). gidos para cada nível, que são os seguintes:
Preparador de trabalho auxiliar (dois anos).
Preparador de trabalho dos graus I e II (mecâ- Grupos Tempos
de Níveis/categorias mínimos
nica/eléctrica). enquadramento (anos)
Recepcionista de materiais de 1.a
Recepcionista de materiais de 2.a 7 Assistente administrativo do grau V –
Recepcionista de materiais de 3.a (dois anos). 8 Assistente administrativo do grau IV 5
Recepcionista de materiais principal 9 Assistente administrativo do grau III 3
Técnico de instrumentação de controlo industrial 10 Assistente administrativo do grau II 3
11 Assistente administrativo do grau I 2
de 1.a 12 Assistente administrativo estagiário
Técnico de instrumentação de controlo industrial do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
de 2.a (dois anos). 13 Assistente administrativo estagiário
Técnico especialista de instrumentação. do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Verificador de equipamentos.
IV — Densidades
A) Ajudante de processo 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o
1 — Os ajudantes de processo com mais de três anos seguinte esquema de densidades máximas face ao total
de exercício de função e mérito no seu desempenho do efectivo na carreira:
poderão ascender ao grupo de enquadramento imedia-
tamente superior. Grau V — 25 %;
Graus IV e V — 50 %.
2 — Os ajudantes de processo que cumpram os pres- C) Fiel de armazém
supostos acima estabelecidos e que demonstrem reco-
nhecidas qualificações e potencialidades para operado- I — Admissão
res de processo poderão ter acesso ao respectivo plano 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
de carreira pelo seu primeiro nível. fissionais com formação/especialização nas actividades
de aprovisionamento.
B) Assistente administrativo
2 — As condições de admissão destes trabalhadores
I — Admissão são as seguintes:
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- a) Idade mínima — a exigida na lei;
fissionais com formação/especialização nas actividades b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
administrativas. dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante.
2 — As condições de admissão destes trabalhadores
são as seguintes: II — Progressão na carreira

a) Idade mínima — a exigida na lei; 3 — O plano da carreira de fiel de armazém com-


b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- preende quatro níveis de progressão.
dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso 4 — A progressão na carreira dependerá da existência
via profissionalizante. cumulativa das seguintes condições:

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 538


Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino Para os níveis de qualificado e extra é exigido
básico ou equivalente, sendo condição prefe- o desempenho de todas as funções da sua área
rencial para acesso aos níveis de principal e de actividade;
qualificado as habilitações definidas no n.o 2; Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes:
Obter mérito profissional no desempenho da fun-
ção e potencial para o desempenho de funções
Grupos Tempos
mais qualificadas; de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos)
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes:
7 Operador industrial extra . . . . . . . . . . –
8 Operador industrial qualificado . . . . . 5
Grupos Tempos 9 Operador industrial principal . . . . . . . 4
de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos) 10 Operador industrial de 1.a . . . . . . . . . . 3
11 Operador industrial de 2.a . . . . . . . . . . 3
12 Operador industrial de 3.a . . . . . . . . . . 2
9 Fiel de armazém qualificado . . . . . . – 13 Operador industrial estagiário . . . . . . 1
10 Fiel de armazém principal . . . . . . . . 5
11 Fiel de armazém de 1.a . . . . . . . . . . 3
12 Fiel de armazém de 2.a . . . . . . . . . . 3 IV — Densidades

7 — Para os profissionais integrados nas categorias


III — Densidades
correspondentes aos níveis de qualificado e extra obser-
5 — Para os profissionais integrados nas categorias var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
correspondentes aos níveis principal e qualificado obser- ao total do efectivo na carreira:
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face Extra — 25 %;
ao total do efectivo na carreira: Qualificado e extra — 50 %.
Qualificado — 25 %;
Principal e qualificado — 50 %. V — Condições específicas e únicas dos trabalhadores
condutores de geradores de vapor
D) Operador industrial 8 — Independentemente das medidas de segurança
I — Admissão existentes, as funções inerentes à condução de geradores
de vapor ou dos acessórios ao processo de produção
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- de vapor, quando localizados no interior dos compar-
fissionais com formação/especialização nas actividades timentos onde estão instaladas as caldeiras, comportam,
de produção, pasta, papel e energia. cumulativamente, riscos de graves acidentes corporais
e condições conjuntas de gravosidade e perigosidade
2 — As condições de admissão destes trabalhadores de trabalho, designadamente nos aspectos de existência
são as seguintes: permanente de altos valores médios de intensidade de:
Idade mínima — a exigida na lei; Pressões normais;
Habilitações escolares — curso do ensino secundá- Vibrações;
rio (12.o ano) da área de formação adequada Radiações térmicas;
à função, sendo condição preferencial o curso Mudanças térmicas intermitentes;
via profissionalizante. Ausência de iluminação solar;
Frequentes deslocações entre os diversos pisos do
II — Estágio edifício das caldeiras.
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio. 9 — Nestes termos e em virtude das características
muito especiais da actividade referida no número ante-
4 — O estágio terá a duração máxima de um ano. rior, é atribuído um prémio horário pecuniário a todos
os trabalhadores integrados nestas condições de trabalho
III — Progressão na carreira
e nos termos que seguem:
a) O prémio será atribuído por cada hora efectiva
5 — O plano da carreira de operador industrial com- de trabalho, aos trabalhadores directa e per-
preende sete níveis de progressão. manentemente envolvidos na condução de gera-
dores de vapor e de equipamentos auxiliares
6 — A progressão na carreia dependerá da existência dos mesmos, quando localizados no interior dos
cumulativa das seguintes condições: compartimentos onde estão instaladas as cal-
deiras, e abrange as seguintes categorias pro-
Possuir as habilitações escolares do 3.o ciclo do
fissionais:
ensino básico ou equivalente, sendo condição
preferencial para acesso aos níveis de qualificado Encarregado de turno da central;
e extra as habilitações definidas no n.o 2; Operador industrial (área/actividade ener-
Obter mérito profissional no desempenho da fun- gia);
ção e potencial para o desempenho de funções
mais qualificadas; b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será
Desempenhar duas ou três funções da sua área pago aos trabalhadores referenciados na alínea
de actividade referidas na descrição de funções. anterior no final de cada mês proporcional-

539 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


mente às horas de trabalho efectivamente pres- 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
tadas; cumulativa das seguintes condições:
c) O prémio não será atribuído durante as férias, Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
não integrando a retribuição mensal. básico ou equivalente, sendo condição preferen-
cial para o acesso aos graus IV e V as habilitações
F) Técnico administrativo/industrial definidas no n.o 2;
Obter mérito profissional no desempenho da fun-
I — Admissão e período experimental
ção e potencial para o desempenho de funções
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- mais qualificadas;
fissionais que desempenham funções técnicas nas áreas Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
de planeamento, investigação operacional, projecto, gidos para cada nível, que são os seguintes:
processo, produção, conservação, administração, comer- Grupos Tempos
cial, recursos humanos, organização e informática. de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos)

2 — As condições de admissão destes trabalhadores


são as seguintes: 7 Técnico analista de laboratório do
grau V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . –
Idade mínima — a exigida na lei; 8 Técnico analista de laboratório do
grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Habilitações escolares — curso secundário (12.o 9 Técnico analista de laboratório do
ano) da área de formação adequada à função, grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
via profissionalizante, sendo condição preferen- 10 Técnico analista de laboratório do
cial para a admissão o nível de bacharelato. grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
11 Técnico analista de laboratório do
grau I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3 — O período experimental destes profissionais é o 12 Técnico analista de laboratório
previsto neste acordo. estagiário do 2.o ano . . . . . . . . . . 1
13 Técnico analista de laboratório
estagiário do 1.o ano . . . . . . . . . . 1
II — Progressão na carreira
IV — Densidades
4 — Consideram-se quatro níveis de responsabilidade
e de enquadramento desta categoria profissional. 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o
5 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade seguinte esquema de densidades máximas face ao total
dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac- do efectivo na carreira:
terização, da existência cumulativa das seguintes con- Grau V — 25 %
dições: Graus IV e V — 50 %
Mérito profissional no desempenho da função;
G) Técnico de manutenção
Potencial para o desempenho de funções mais
qualificadas. I — Admissão

1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-


F) Técnico analista de laboratório fissionais com formação/especialização na actividade de
I — Admissão
manutenção mecânica e ou eléctrica.

1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
fissionais com formação/especialização nas actividades são as seguintes:
laboratoriais. Idade mínima — a exigida na lei;
Habilitações escolares — curso do ensino secundá-
2 — As condições de admissão destes trabalhadores rio (12.o ano) da área de formação adequada
são as seguintes: à função, sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante.
Idade mínima — a exigida na lei;
Habilitações escolares — curso do ensino secundá- II — Estágio
rio (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
via profissionalizante. estágio.

II — Estágio 4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.

3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de III — Progressão na carreira


estágio.
5 — O plano da carreira de técnico de manutenção
compreende sete níveis de progressão.
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
III — Progressão na carreira cumulativa das seguintes condições:
5 — O plano da carreira de técnico analista de labo- Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
ratório compreende sete níveis de progressão. básico ou equivalente, sendo condição preferen-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 540


cial para acesso aos graus IV e V as habilitações 3 — Desta integração não poderá resultar a ascensão
definidas no n.o 2; para mais do que o nível de enquadramento imedia-
Obter mérito profissional no desempenho da fun- tamente superior.
ção e potencial para o desempenho de funções
mais qualificadas; 4 — É condição necessária para a integração na car-
Desempenhar duas ou três especialidades referidas reira o desempenho de duas das funções referidas na
na definição de funções de acordo com a sua definição de funções de cada uma das categorias
área de actividade. Para os graus IV e V é exigido profissionais.
o desempenho de três especialidades;
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi- 5 — Os tempos mínimos de experiência profissional
gidos para cada nível, que são os seguintes: exigidos para a integração dependem das habilitações
escolares e são os seguintes:
Grupos Tempos
de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos) 6.o ano 9.o ano
de escolaridade de escolaridade
Categorias ou equivalente ou equivalente
7 Técnico de manutenção do grau V – — —
Anos Anos
8 Técnico de manutenção do grau IV 5
9 Técnico de manutenção do grau III 3
10 Técnico de manutenção do grau II 3
11 Técnico de manutenção do grau I 3 Mecânica/eléctrica
12 Técnico de manutenção estagiário Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 10
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 9 8
13 Técnico de manutenção estagiário Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5
do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2

Civil
IV — Densidades Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 9 8
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5
7 — Para os profissionais integrados nas categorias Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o
seguinte esquema de densidades máximas face ao total
do efectivo na carreira:
II — Progressão na carreira
Grau V — 25 %
Graus IV e V — 50 % 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
cumulativa da verificação de mérito profissional no desem-
V — Deontologia profissional penho da função, potencial para desempenho de funções
8 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc- superiores e do cumprimento dos tempos mínimos de per-
trica/instrumentação terão sempre direito a recusar cum- manência exigidos para cada nível, que são os seguintes:
prir ordens contrárias à boa técnica profissional, nomea-
damente normas de segurança das instalações eléctricas. 6.o ano 9.o ano
de escolaridade de escolaridade
Categorias ou equivalente ou equivalente
9 — Estes trabalhadores podem também recusar obe- —
Anos

Anos
diência a ordens de natureza técnica que não sejam
emanadas de superior habilitado.
Mecânica/eléctrica
10 — Sempre que, no exercício da sua profissão, estes Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . – –
trabalhadores corram riscos de electrocussão ou de des- Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 4 3
cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
a sua integridade física não podem trabalhar sem que Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
sejam acompanhados por outro profissional.
Civil
11 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc- Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . – –
trica/instrumentação obrigam-se a guardar sigilo pro- Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 4 3
fissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
Empresa, bem como no respeitante a comunicações Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
escutadas no exercício da sua profissão.
III — Densidades
H) Técnicos de conservação mecânica, eléctrica e civil
7 — O número de profissionais que poderá integrar
I — Integração na carreira
cada um dos planos de carreira não deverá exceder a
1 — Os planos da carreira de técnicos de conservação percentagem de 15 % do efectivo existente para estas
mecânica, eléctrica e civil compreendem quatro níveis áreas de actividade.
de progressão.
I) Técnico superior
2 — A integração na carreira far-se-á pelo nível de I — Admissão e período experimental
enquadramento imediatamente superior ao que o tra-
balhador possui, dependendo das habilitações escolares, 1 — Neste grupo estão integrados os profissionais de
experiência e mérito profissional. formação académica superior, licenciatura, diplomados

541 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


em escolas nacionais ou estrangeiras oficialmente reco- 3 — Só poderão ser admitidos ao serviço da Empresa
nhecidas, nomeadamente universidades e institutos os oficiais electricistas que sejam portadores da respec-
superiores. tiva carteira profissional devidamente legalizada.

2 — Na admissão dos trabalhadores integrados neste II — Promoções e acessos


grupo será sempre exigido diploma ou documento equi-
valente e carteira profissional, quando exigido por lei. 4 — Os pré-oficiais serão promovidos após dois perío-
dos de um ano.
3 — O período experimental destes trabalhadores é
o previsto neste acordo. 5 — Serão observadas as condições:
a) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial do
II — Progressão na carreira
2.o ano os trabalhadores electricistas diploma-
4 — O plano de carreira de técnico superior com- dos pelas escolas oficiais portuguesas com o
preende seis níveis de responsabilidade e de enqua- curso industrial de electricista ou de montador
dramento. electricista e ainda os diplomados com cursos
de electricidade da Casa Pia de Lisboa, Instituto
5 — A progressão na carreira dependerá da existência Técnico Militar dos Pupilos do Exército, 2.o grau
cumulativa das seguintes condições: de torpedeiro electricista ou radiomontador da
Escola Militar de Electromecânica;
Mérito profissional no desempenho da função; b) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial do
Potencial para o desempenho de funções mais 1.o ano os trabalhadores electricistas diploma-
qualificadas. dos pelas escolas oficiais portuguesas com o
curso do Ministério do Trabalho e da Segurança
6 — O técnico superior do grau I poderá passar ao
Social, através do Fundo de Desenvolvimento
grau II após um ano de permanência naquela categoria.
de Mão-de-Obra.
III — Funções
6 — Os oficiais de 2.a serão promovidos à categoria
7 — As funções destes profissionais serão as corres- de oficial de 1.a após dois anos de permanência naquela
pondes aos diversos níveis. categoria.

8 — Enquadram-se neste grupo de técnicos superio- III — Densidades e dotações mínimas


res os profissionais que desempenham funções técnicas
nas áreas de planeamento, investigação operacional, 7 — O número de pré-oficiais não poderá ser superior
engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos huma- ao número de oficiais.
nos, organização, informática e comercial.
8 — Havendo ao serviço 5 oficiais, 1 será classificado
J) Trabalhadores analistas como encarregado. Se houver 15 oficiais, haverá 2 encar-
regados. Se o número de oficiais for superior a 15, haverá
I — Admissão
mais 1 encarregado por cada grupo de 15.
1 — As condições mínimas de admissão de trabalha-
dores analistas de laboratório são: IV — Deontologia profissional

a) Idade mínima — 18 anos; 9 — O trabalhador electricista terá sempre direito a


b) Habilitações mínimas — curso secundário ade- recusar cumprir ordens contrárias à boa técnica pro-
quado. fissional, nomeadamente normas de segurança das ins-
II — Promoções e acessos talações eléctricas.
2 — O analista de 2.a ingressará na classe imedia-
tamente superior após três anos na categoria, desde que 10 — O trabalhador electricista pode também recusar
possua as habilitações mínimas acima previstas. obediência a ordens de natureza técnica referentes à
execução de serviços, quando não provenientes de supe-
3 — Os preparadores de laboratório que possuam ou rior habilitado com carteira profissional, engenheiro téc-
venham a possuir o curso secundário adequado acima nico do ramo electrotécnico.
previsto ingressarão, após quatro meses de estágio, na
categoria profissional de analista de 2.a, continuando 11 — Sempre que no exercício da sua profissão de
a assegurar as funções próprias de preparador de electricista o trabalhador corra riscos de electrocussão,
laboratório. não pode trabalhar sem ser acompanhado por outro
oficial.
K) Trabalhadores electricistas
I — Admissão L) Trabalhadores de enfermagem

1 — A carreira dos profissionais electricistas inicia-se I — Promoções e acessos


pela categoria de pré-oficial. 1 — Os enfermeiros habilitados com o curso de Enfer-
magem Geral e com cinco anos de permanência na fun-
2 — As condições de admissão de trabalhadores elec- ção deverão ser sujeitos a avaliação de mérito profis-
tricistas são: sional com vista à promoção a enfermeiros especialistas,
a) Idade mínima — a exigida na lei; cuja concretização dependerá ainda de proposta do
b) Habilitações mínimas exigidas por lei. médico do trabalho da Empresa.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 542


II — Densidades e dotações mínimas Esta condição poderá ser substituída pela parti-
2 — A Empresa manterá 1 enfermeiro de serviço por cipação obrigatória e com aproveitamento em
cada grupo, ou fracção, de 500 trabalhadores em labo- acções de formação adequada;
ração simultânea, seja em horário normal, seja em turnos Cumprir os seguintes tempos mínimos de per-
rotativos. manência:

3 — Haverá obrigatoriamente um enfermeiro-coor- Grupos Tempos


denador sempre que, por cada local de trabalho, haja de
enquadramento
Níveis/categorias mínimos
(anos)
ao serviço três ou mais profissionais em regime de horá-
rio normal ou cinco ou mais em regime de turnos ou
9 Técnico agro-florestal grau IV . . . . . . . –
misto. 10 Técnico agro-florestal grau III . . . . . . . 5
11 Técnico agro-florestal grau II . . . . . . . 4
M) Trabalhadores agro-florestais 12 Técnico agro-florestal grau I . . . . . . . . 3
Técnico agro-florestal — operador agro-florestal
Obter mérito e potencial para o desempenho da
1 — Admissão: função de grau superior.
1.1 — Neste grupo profissional estão integrados os
profissionais com formação/especialização na actividade 3 — Densidades:
agro-silvícola. 3.1 — Para os técnicos agro-florestais integrados nas
1.2.1 — As condições de admissão dos técnicos agro- categorias correspondentes aos graus III, IV e V obser-
-florestais são as seguintes: var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
Idade mínima — a exigida na lei; ao total do efectivo na carreira:
Habilitações escolares — curso do ensino secundá- Graus IV e V — 25 %;
rio (12.o ano) da área de formação adequada Grau III — 50 %.
à função, sendo condição preferencial o curso
da via profissionalizante. 3.2 — Para os operadores agro-florestais integrados
nas categorias correspondentes aos graus III e IV obser-
1.1.2 — As condições de admissão dos operadores var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
agro-florestais são as seguintes: ao total do efectivo na carreira:
Idade mínima — a exigida na lei; Grau IV — 25 %;
Habilitações escolares — curso do ensino básico Grau III — 50 %.
(9.o ano) da área de formação adequada à
função. N) Trabalhadores fogueiros

2 — Progressão na carreira: I — Admissão


2.1 — A progressão na carreira de técnico agro-flo- Condições fixadas na regulamentação da profissão de
restal dependerá da existência comulativa das seguintes fogueiro.
condições:
Possuir preferencialmente as habilitações escolares II — Condições específicas e únicas dos trabalhadores condutores
de geradores de vapor
definidas no n.o 1.2.1 para acesso aos níveis dos
graus IV e V e o 9.o ano de escolaridade ou equi- 1 — Independentemente das medidas de segurança
valente para os restantes níveis; existentes, as funções inerentes à condução de geradores
Esta condição poderá ser substituída pela parti- de vapor ou dos acessórios ao processo de produção
cipação obrigatória e com aproveitamento em de vapor, quando localizadas no interior dos compar-
acções de formação adequada; timentos onde estão instaladas as caldeiras, comportam,
Cumprir os seguintes tempos mínimos de per- cumulativamente, riscos de graves acidentes corporais
manência: e condições conjuntas de gravosidade e perigosidade
de trabalho, designadamente nos aspectos de existência
Grupos Tempos permanente de altos valores médios de intensidade de:
de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos) Pressões normais;
Vibrações;
6 Técnico agro-florestal grau V . . . . . . . – Radiações térmicas;
7 Técnico agro-florestal grau IV . . . . . . . 5 Mudanças térmicas intermitentes;
8 Técnico agro-florestal grau III . . . . . . . 5 Ausência de iluminação solar;
9 Técnico agro-florestal grau II . . . . . . . 4
10 Técnico agro-florestal grau I . . . . . . . . 3 Frequentes deslocações entre os diversos pisos de
edifício das caldeiras.
Obter mérito e potencial para o desempenho de
função de grau superior. 2 — Nestes termos, e em virtude das características
muito especiais da actividade referida no número ante-
1.1.2 — A progressão na carreira de operador agro- rior, é atribuído um prémio horário pecuniário a todos
-florestal dependerá da existência cumulativa das seguin- os trabalhadores integrados nestas condições de trabalho
tes condições: e nos termos que seguem:
Possuir as habilitações escolares definidas no a) O prémio será atribuído por cada hora efectiva
n.o 1.2.2; de trabalho aos trabalhadores directa e perma-

543 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


nentemente envolvidos na condução de gera- 4 — Os oficiais de 2.a que completem quatro anos
dores de vapor e de equipamentos auxiliares de permanência na Empresa no exercício da mesma
dos mesmos, quando localizados no interior dos profissão ascenderão automaticamente ao escalão supe-
compartimentos onde estão instaladas as cal- rior.
deiras, e abrange as seguintes categorias pro-
fissionais: 5 — Os ferramenteiros ou entregadores de ferramen-
Encarregado geral fabril (central); tas com mais de três anos no exercício de funções e
Encarregado de turno fabril (central); mérito profissional no seu desempenho poderão ascen-
Fogueiro de 1.a (operador de caldeira de der ao grupo imediatamente superior.
recuperação);
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras con- III — Densidades e dotações mínimas
vencionais);
6 — Relativamente aos trabalhadores metalúrgicos e
Operador de evaporadores;
metalomecânicos da mesma profissão, serão observadas
Operador de tratamento de águas;
na Empresa as proporções mínimas constantes do
Ajudante de fogueiro, suboperador da central
seguinte quadro de densidades:
no exercício de funções relativas à condu-
ção de geradores de vapor;
Operador turbo-alternador e quadros; Escalões
Número de trabalhadores
b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será 1.a 2.a Praticantes
pago aos trabalhadores referenciados na alínea
anterior no final de cada mês, proporcional- 1................................ – 1 –
mente às horas de trabalho efectivamente pres- 2................................ 1 – 1
tadas nesse mês; 3................................ 1 1 1
c) O prémio não será atribuído durante as férias, 4................................ 1 2 1
5................................ 1 3 1
não integrando a retribuição mensal. 6................................ 1 3 2
7................................ 2 3 2
III — Promoções e acessos 8................................ 3 3 2
9................................ 3 4 2
3 — Ascendem a operador qualificado os condutores 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5 2
de caldeiras de recuperação ou os operadores de tur-
bo-alternador e quadros que, sendo fogueiros de 1.a,
solicitem a sua reclassificação, sendo submetidos à rea- 7 — Quando o número de trabalhadores seja superior
lização de provas de aptidão para o desempenho das a 10, a respectiva proporção determina-se multiplicando
referidas funções acompanhada de declaração em que as dezenas desse número pelos elementos das propor-
aceita assegurar qualquer das funções acima referidas, ções estabelecidas no número anterior.
de acordo com as necessidades de serviço e nos termos
deste acordo. 8 — O pessoal de chefia não será considerado para
o efeito das proporções estabelecidas no número ante-
4 — A Empresa obriga-se a promover a formação rior.
necessária aos operadores referidos no n.o 1 desde que
o desejem e que se habilitem a desempenhar as funções 9 — O número de oficiais qualificados e principais
necessárias à promoção. acresce ao número total de oficiais para efeitos de qua-
dro de densidades, sendo considerados como oficiais
5 — No prazo de 60 dias após a formulação, junto de 1.a
da Empresa, por parte dos trabalhadores interessados
no pedido de realização de provas de aptidão previstas 10 — As proporções fixadas nesta secção podem ser
no n.o 1, aquela marcará a data das mesmas, que se alteradas desde que de tal alteração resulte a promoção
efectivarão nos 30 dias subsequentes, devendo a pro- de trabalhadores.
moção efectivar-se nos 30 dias seguintes à aprovação
das provas. 11 — No caso de, por aplicação do quadro de den-
O) Trabalhadores metalúrgicos
sidades, haver lugar a promoção, esta far-se-á com base
I — Admissão no mérito profissional, habilitação escolar e antiguidade
do trabalhador.
1 — A carreira dos profissionais metalúrgicos ini-
cia-se pela categoria de praticante de metalúrgico.
P) Trabalhadores rodoviários e de garagens
2 — As condições de admissão de trabalhadores I — Admissão
metalúrgicos são:
1 — A idade mínima de admissão para a categoria
a) Idade mínima — a exigida na lei; de motorista é de 21 anos.
b) Habilitações mínimas exigidas por lei.
2 — Para motorista é exigida a carta de condução
II — Promoções e acessos
profissional.
3 — Os praticantes metalúrgicos ao fim de um ano
ascenderão ao grupo de enquadramento superior. Após 3 — As habilitações escolares mínimas são as legal-
dois anos ascenderão à categoria de oficial de 2.a mente exigidas.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 544


II — Horário de trabalho 2 — São condições preferenciais cursos de especia-
lidade, designadamente o curso complementar de elec-
4 — Os motoristas terão um horário móvel ou fixo, tricidade e o de electromecânica da Escola de Paço de
podendo efectuar-se a alteração de qualquer destes regi- Arcos.
mes nos termos da lei. O registo de trabalho efectuado II — Promoções e acessos
será feito em livretes individuais.
3 — Os tirocinantes do 2.o ano ascenderão a técnicos
5 — O início e o fim do almoço e do jantar terão estagiários após a aprovação em avaliação de mérito
profissional a realizar até um ano de permanência na
de verificar-se, respectivamente, entre as 11 horas e categoria.
30 minutos e as 14 horas e 30 minutos e entre as 19 horas
e 30 minutos e as 21 horas e 30 minutos. 4 — Os técnicos estagiários ingressarão automatica-
mente na classe imediatamente superior logo que com-
6 — Se, por motivo de serviço inadiável, o trabalhador pletem um ano de permanência na categoria.
não puder tomar a sua refeição dentro do horário fixado
no número anterior, o tempo de refeição ser-lhe-á pago 5 — Os praticantes de mecânico de aparelhos de pre-
como trabalho suplementar. cisão ascenderão à categoria de mecânico de aparelhos
de precisão após a aprovação em provas de avaliação
7 — Após o regresso ao local de trabalho, se ainda de conhecimentos após dois anos de permanência na
não tiver tomado a sua refeição, será concedido ao tra- categoria.
balhador o tempo necessário, até ao limite máximo de
uma hora, para a tomar dentro do horário normal de 6 — O mecânico de aparelhos de precisão estagiário
trabalho. ingressará automaticamente na classe imediatamente
superior logo que complete um ano de permanência
Q) Trabalhadores técnicos de desenho na categoria.
I — Admissão
7 — O acesso às restantes categorias profissionais
1 — As condições de admissão para os trabalhadores resultará da avaliação do mérito profissional do traba-
com vista ao exercício das funções incluídas neste grupo lhador, que deverá ser realizada após o tempo mínimo
são as seguintes: de permanência de três anos em cada uma das categorias
previstas no plano de carreira.
a) Curso secundário unificado/geral (mecânica,
electricidade, construção civil ou artes visuais), III — Deontologia profissional
que ingressam em tirocinante de desenho pelo
período de dois anos (1.o e 2.o anos), findo o 8 — O técnico de instrumentos de controlo industrial
qual passam a desenhador de execu- e mecânico de instrumentos tem sempre o direito de
ção (grau II-A); recusar o cumprimento de ordens que sejam contrárias
à boa técnica profissional, nomeadamente normas de
b) Curso industrial (Decreto-Lei n.o 37 029) ou segurança ou outras situações que ponham em risco
curso complementar (11.o ano) (nomeadamente a segurança de pessoas e equipamentos.
mecanotecnia, electrotecnia, construção civil ou
artes gráficas), que ingressam em desenhador 9 — O técnico de instrumentos de controlo industrial
de execução (grau II-A); e mecânico de instrumentos não deve obediência a
c) Para os arquivistas técnicos a habilitação é o ordens de natureza técnica que não sejam emanadas
ciclo preparatório ou curso secundário unifi- de superior habilitado dentro da sua especialidade.
cado/geral e a idade mínima de 18 anos;
d) Para os operadores heliográficos a habilitação 10 — Sempre que no exercício da sua função o técnico
é o ensino primário ou o ciclo preparatório e de instrumentos de controlo industrial e mecânico de
a idade mínima de 18 anos. instrumentos corra riscos de electrocussão ou de des-
cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco
II — Promoções e acessos
a sua integridade física, não pode trabalhar sem que
seja acompanhado por outro técnico.
2 — Na categoria de desenhador de execução o acesso
do grau II-A ao grau II-B e deste ao grau I dá-se auto- 11 — O técnico de instrumentos de controlo industrial
maticamente logo que o trabalhador complete três anos e mecânico de instrumentos obriga-se a guardar sigilo
de grau. profissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na
sua empresa, bem como no respeitante a comunicações
escutadas no exercício da sua profissão.
3 — Os operadores heliográficos terão acesso ao
grau I após permanência mínima de três anos de desem-
ANEXO III
penho de funções na categoria de grau II e aprovação
em avaliação de mérito profissional. Enquadramentos e tabelas de remunerações mínimas

R) Trabalhadores técnicos de instrumentação


Grupo 1:
Director de departamento/serviço (a).
I — Admissão
Técnico superior do grau VI.
1 — É exigido como habilitações mínimas o curso
industrial de electricidade ou equivalente. Para a pro- (a) Inclui:
fissão de mecânico de aparelhos de precisão e técnico Direcção administrativa e financeira;
Direcção comercial;
de óleo-hidráulica é exigida como habilitação mínima Direcção de conservação e projectos;
o curso industrial de serralheiro ou equivalente. Direcção de produção.

545 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Grupo 2: (b) Inclui:
Armazém de papel e expedição;
Analista de sistemas qualificado. Conservação eléctrica de instalações industriais;
Chefe de departamento (a). Conservação de instrumentos de instalações industriais;
Técnico superior do grau V. Conservação mecânica de instalações industriais;
Oficina de conservação eléctrica;
Oficina de conservação de instrumentos;
(a) Inclui: Oficina de conservação mecânica.
Gabinete de Estudos, Informação e Controlo;
Serviço de Aprovisionamentos; (c) Inclui:
Serviço de Conservação Eléctrica e Instrumentos; Central;
Serviço de Conservação Mecânica e Civil; Produção de papel;
Serviço de Contabilidade e Gestão Financeira; Produção de pasta.
Serviço de Estudos e Controlo do Processo;
Serviço de Logística;
Serviço de Pessoal; Grupo 6:
Serviço de Planeamento e Métodos;
Serviço de Produção de Energia; Chefe de secção administrativa/industrial (a).
Serviço de Produção de Papel; Enfermeiro-coordenador.
Serviço de Produção de Pasta; Planificador qualificado.
Serviço de Projectos;
Serviço de Vendas.
Preparador de trabalho principal.
Programador de aplicações de 1.a
Grupo 3: Secretário(a) de direcção ou administração do
grau III.
Analista de sistemas de 1.a Técnico agro-florestal do grau V.
Chefe de serviço (a). Técnico administrativo/industrial do grau II.
Técnico superior do grau IV. Técnico de controlo e potência.
Técnico superior do grau I.
(a) Inclui:
Gabinete de Métodos e Preparação; (a) Inclui:
Gabinete de Planeamento e Inspecção; Encomendas e programação;
Serviços de Controlo do Processo. Estatística técnica;
Gestão de pessoal;
Grupo 4: Gestão de stocks;
Processamento administrativo de pessoal;
Analista de sistemas de 2.a Tesouraria.
Encarregado geral fabril (a).
Programador de aplicações qualificado. Grupo 7:
Secretário(a) de direcção ou administração do Assistente administrativo do grau V.
grau V. Chefe de turno fabril/parque e preparação de
Técnico administrativo/industrial do grau IV. madeiras.
Técnico auxiliar altamente qualificado. Desenhador projectista.
Técnico superior do grau III. Enfermeiro especialista.
Operador de computador qualificado.
(a) Inclui: Operador industrial extra.
Central; Operador de processo extra.
Conservação elétrica; Planificador principal.
Conservação de instrumentos; Preparador de trabalho do grau I.
Conservação mecânica de instalações industriais;
Parque e preparação de madeiras; Programador de aplicações de 2.a
Produção de papel; Secretário(a) de direcção ou administração do
Produção de pasta. grau II.
Técnico agro-florestal do grau IV.
Grupo 5: Técnico administrativo/industrial do grau I.
Chefe de sector administrativo/industrial (a). Técnico analista de laboratório do grau V.
Encarregado fabril (b). Técnico de conservação eléctrica principal.
Encarregado de turno fabril (c). Técnico de conservação mecânica principal.
Preparador de trabalho qualificado. Técnico de electrónica, óleo-hidráulica, telecomu-
Programador de aplicações principal. nicações e instrumentação principal.
Secretário(a) de direcção ou administração do Técnico de manutenção do grau V.
grau IV. Técnico de ambiente e segurança.
Técnico administrativo/industrial do grau III.
Técnico superior do grau II. Grupo 8:
Analista de laboratório qualificado.
(a) Inclui: Assistente administrativo do grau IV.
Armazéns gerais; Chefe de turno fabril (armazém de papel e expe-
Compras; dição).
Contabilidade; Desenhador de execução (grau principal).
Laboratórios;
Pessoal;
Encarregado de protecção contra incêndios.
Sala de desenho; Enfermeiro.
Serviços gerais. Mecânico de aparelhos de precisão qualificado.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 546


Oficial de conservação qualificado. Lubrificador principal.
Operador de computador principal. Motorista principal (ligeiros e pesados).
Operador industrial qualificado. Oficial de 1.a (a).
Operador fogueiro qualificado. Oficial de conservação civil principal.
Operador de processo qualificado. Operador agro-florestal do grau III.
Planificador. Operador de computador de 2.a
Preparador de trabalho do grau II. Operador industrial de 1.a
Recepcionista de materiais qualificado. Operador de preparação de madeiras.
Secretário(a) de direcção ou administração do Operador de processo de 1.a (b).
grau I. Recepcionista de materiais de 1.a
Técnico agro-florestal do grau III. Técnico agro-florestal do grau I.
Técnico analista de laboratório do grau IV. Técnico analista de laboratório do grau II.
Técnico de conservação civil principal. Técnico de conservação civil de 1.a
Técnico de conservação eléctrica especialista. Técnico de conservação eléctrica de 2.a
Técnico de conservação mecânica especialista. Técnico de conservação mecânica de 2.a
Técnico de electrónica, óleo-hidráulica, telecomu- Técnico de electrónica de 2.a
nicações e instrumentação especialista. Técnico de instrumentação de controlo industrial
Técnico de manutenção do grau IV. de 2.a
Técnico de manutenção do grau II.
Grupo 9: Técnico de óleo-hidráulica de 2.a
Verificador de equipamentos.
Analista de laboratório principal.
Assistente administrativo do grau III.
(a) Inclui:
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
transporte qualificado. Bate-chapas (chapeiro);
Caldeireiro;
Desenhador de execução do grau I. Electricista;
Electricista principal. Electricista auto;
Fiel de armazém qualificado. Fresador mecânico;
Lubrificador qualificado. Mecânico de aparelhos de precisão;
Mecânico de automóveis;
Mecânico de aparelhos de precisão principal. Rectificador de peças em série;
Motorista qualificado (ligeiros e pesados). Serralheiro civil;
Operador agro-florestal do grau IV. Serralheiro mecânico;
Oficial metalúrgico principal. Serralheiro em plásticos;
Soldador;
Operador de computador de 1.a Torneiro mecânico.
Operador industrial principal.
Operador de processo principal (a). (b) Inclui:
Planificador auxiliar. Operador de acabamentos;
Preparador de trabalho auxiliar. Operador de forno e caustificação;
Programador de aplicações estagiário. Operador de lavagem e crivagem;
Operador de secador de máquina de papel;
Recepcionista de materiais principal. Operador de turbo-alternador e quadros.
Técnico agro-florestal do grau II.
Técnico analista de laboratório do grau III. Grupo 11:
Técnico de conservação civil especialista. Analista de laboratório de 2.a
Técnico de conservação eléctrica de 1.a Assistente administrativo do grau I.
Técnico de conservação mecânica de 1.a Auxiliar administrativo de 1.a
Técnico de electrónica de 1.a Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Técnico de instrumentação de controlo industrial transporte de 1.a
de 1.a Controlador de fabrico de 1.a
Técnico de manutenção do grau III. Controlador industrial de 1.a
Técnico de óleo-hidráulica de 1.a Desenhador de execução do grau II-A.
Verificador de equipamentos principal. Fiel de armazém de 1.a
Motorista (pesados e ligeiros).
(a) Inclui: Oficial de 1.a lubrificador.
Fogueiro de 1.a (operador de caldeira de recuperação); Oficial de 2.a (a).
Operador de digestor contínuo; Operador agro-florestal do grau II.
Operador de máquina de papel.
Operador de computador estagiário.
Operador heliográfico do grau I.
Grupo 10:
Operador industrial de 2.a
Analista de laboratório de 1.a Operador de processo de 2.a (b).
Assistente administrativo do grau II. Recepcionista de materiais de 2.a
Auxiliar administrativo principal. Técnico analista de laboratório do grau I.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e Técnico de conservação civil de 2.a
transporte principal. Técnico de electrónica estagiário.
Controlador industrial principal. Técnico de instrumentação de controlo industrial
Desenhador de execução do grau II-B. estagiário.
Fiel de armazém principal. Técnico de manutenção do grau I.
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras conven- Técnico de óleo-hidráulica estagiário.
cionais). Telefonista-recepcionista.

547 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


(a) Inclui: Operador de processo de 3.a (a).
Bate-chapas (chapeiro); Pré-oficial electricista do 2.o ano.
Caldeireiro; Recepcionista de materiais de 3.a
Electricista; Técnico analista de laboratório estagiário do
Electricista auto;
Fresador mecânico; 2.o ano.
Mecânico de aparelhos de precisão; Técnico de conservação civil estagiário do 2.o ano.
Mecânico de automóveis; Técnico de manutenção estagiário do 2.o ano.
Rectificador de peças em série; Tirocinante do 2.o ano (instrumentação, telecomu-
Serralheiro civil;
Serralheiro mecânico; nicações, electrónica e óleo-hidráulica).
Serralheiro em plásticos;
Soldador; (a) Inclui:
Torneiro mecânico.
Operador de zona húmida da máquina de papel;
(b) Inclui: Suboperador de bobinadora;
Operador de evaporadores; Suboperador de preparação de madeira;
Operador de máquina de acabamentos; Suboperador de preparação de pasta;
Operador de preparação de madeira; Suboperador de produção de papel;
Operador de preparação de pasta; Suboperador de produção de pasta;
Operador de rebobinagem e mandris; Suboperador de rebobinagem e mandris;
Operador de secadores de máquina de papel; Suboperador de secadores da máquina de papel.
Operador de tratamento de águas;
Operador de tratamento de efluentes;
Suboperador de digestor contínuo (lavagem e crivagem); Grupo 13:
Suboperador de forno e caustificação.
Ajudante de processo.
Grupo 12: Assistente administrativo estagiário do 1.o ano.
Assistente administrativo estagiário do 2.o ano. Auxiliar agro-florestal.
Auxiliar administrativo de 2.a Desenhador tirocinante do 1.o ano.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e Mecânico de aparelhos de precisão praticante.
transporte de 2.a Operador industrial estagiário.
Controlador de fabrico de 2.a Operador de processo estagiário (pasta/papel/ener-
Controlador industrial de 2.a gia).
Desenhador tirocinante do 2.a ano. Praticante de laboratório.
Ferramenteiro ou entregador de ferramentas, Metalúrgico praticante.
máquinas ou produtos. Pré-oficial electricista do 1.o ano.
Fiel de armazém de 2.a Preparador de laboratório.
Guarda. Técnico analista de laboratório estagiário do
Mecânico de aparelhos de precisão estagiário. 1.o ano.
Oficial de 2.a — lubrificador. Técnico de conservação civil estagiário do 1.o ano.
Operador agro-florestal do grau I Técnico de manutenção estagiário do 1.o ano.
Operador heliográfico do grau I. Tirocinante do 1.o ano (instrumentação, telecomu-
Operador industrial de 3.a nicações, electrónica e óleo-hidráulica).

Tabela de remunerações

Grupo de enquadramento Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V

1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00

Pela Portucel Viana — Empresa Produtora de Papéis Industriais, S. A.:


A cada remuneração base constante desta tabela sala-
rial acresce, para todos os efeitos, a importância de (Assinatura ilegível.)
7180$, referente à integração de parte do subsídio de
formação. Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços:

A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de António Maria Teixeira de Matos Cordeiro.
contratação a termo e aos trabalhadores que se encon-
tram em regime de período experimental. Pelo SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante
e Fogueiros de Terra:

Lisboa, 3 de Novembro de 1998. (Assinatura ilegível.)

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 548


Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
Extractiva, Energia e Química:
2 — O prazo de vigência deste acordo é de dois anos,
José Luís Carapinha Rei.
salvo o disposto no número seguinte.
Pelo SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio:
3 — A matéria de expressão pecuniária será revista
(Assinatura ilegível.)
anualmente.
Pelo Sindicato dos Engenheiros da Região Sul:
(Assinatura ilegível.) 4 — A denúncia pode ser efectuada por qualquer das
partes decorridos 10 meses sobre a data da entrega para
Declaração depósito do acordo ou da respectiva revisão, total ou
parcial, anteriormente negociada.
A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Traba-
lhadores de Serviços, por si e em representação dos 5 — Decorridos os prazos mínimos fixados para a
sindicatos seus filiados: denúncia, esta é possível a qualquer momento, perma-
SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escri- necendo aplicáveis todas as disposições desta cláusula
tório, Comércio, Hotelaria e Serviços; quando haja prorrogação da vigência do acordo.
SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinha-
gem da Marinha Mercante e Fogueiros de Terra; 6 — Por denúncia entende-se o pedido de revisão,
feito, por escrito, à parte contrária, acompanhado da
Lisboa, 2 de Outubro de 1998. — Pelo Secretariado: proposta de alteração.
(Assinaturas ilegíveis.)
7 — A parte que recebe a denúncia deve responder,
Declaração por escrito, no decurso dos 30 dias imediatos contados
a partir da recepção daquela.
Para os devidos efeitos se declara que a FETICEQ —
Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, 8 — A resposta incluirá a contraproposta de revisão
Vidreira, Extractiva, Energia e Química representa a para todas as propostas que a parte que responde não
seguinte associação sindical: aceita.
SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia,
Química e Indústrias Diversas. 9 — As negociações iniciar-se-ão dentro dos 15 dias
a contar do prazo fixado no n.o 8.
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. — Pelo Secretariado,
(Assinatura ilegível.) 10 — As tabelas salariais e valores para as cláusulas
de expressão pecuniária produzem efeitos a partir de
Entrado em 27 de Janeiro de 1999. 16 de Setembro de 1998.
Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 170/99,
nos termos do artigo 24.o do Decreto-Lei n.o 519-C1/79,
na sua redacção actual. CAPÍTULO II
Preenchimento de postos de trabalho

Cláusula 3.a
Preenchimento de postos de trabalho

AE entre a Portucel Recicla — Indústria de Papel A empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou


Reciclado, S. A., e a FETESE — Feder. dos Sind. postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço,
dos Trabalhadores de Serviços e outros. desde que estes reúnam as condições necessárias para
esse preenchimento, só recorrendo à admissão do exte-
rior quando estiverem esgotadas todas as possibilidades
CAPÍTULO I de utilização dos seus recursos humanos.
Área, âmbito e vigência
Cláusula 4.a
Cláusula 1.a
Admissões
Âmbito e conteúdo da revisão
1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con-
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula-
território do continente e obriga, por um lado, a Portucel mentação interna da empresa.
Recicla — Indústria de Papel Reciclado, S. A., e, por
outro lado, os trabalhadores ao seu serviço membros 2 — Toda e qualquer admissão será precedida de
das organizações sindicais outorgantes. exame médico adequado, feito a expensas da empresa.

Cláusula 2.a 3 — No acto de admissão, a empresa fornecerá ao


Vigência, denúncia e revisão
trabalhador cópias do presente acordo e dos regula-
mentos internos da empresa.
1 — Este acordo de empresa entra em vigor cinco
dias após a data da sua publicação no Boletim do Tra- 4 — A empresa não deverá, em regra, admitir tra-
balho e Emprego. balhadores reformados.

549 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


5 — Na admissão de qualquer trabalhador, a empresa 2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a
obriga-se a reconhecer os tempos de aprendizagem, tiro- remuneração base estabelecida para a sua nova cate-
cínio ou estágio dentro da mesma profissão ou profissões goria, sem prejuízo do número seguinte.
afins prestados noutra empresa, desde que apresente,
para o efeito, certificado comprovativo. 3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de
remuneração base do trabalhador reconvertido, remu-
Cláusula 5.a neração que, quando seja superior à estabelecida para
a sua nova categoria, irá sendo absorvida pelos sub-
Período experimental sequentes aumentos salariais até ao valor desta. Para
1 — Durante o período experimental, salvo acordo o efeito, o trabalhador terá direito aos seguintes adi-
escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir cionais à remuneração correspondente à categoria pro-
o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo- fissional para que foi reconvertido:
cação de justa causa, não havendo direito a qualquer a) 75 % da diferença entre a remuneração corres-
indemnização. pondente à categoria para que foi reconvertido
e a remuneração correspondente à categoria de
2 — O período experimental corresponde ao período onde é originário, na primeira revisão salarial;
inicial de execução do contrato e, salvo acordo em con- b) 50 % daquela diferença, pelos novos valores
trário, tem a seguinte duração: resultantes da segunda revisão salarial, na oca-
a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores; sião desta;
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car- c) 25 % daquela diferença, pelos valores resultan-
gos de complexidade técnica e elevado grau de tes da terceira revisão salarial, na ocasião desta;
responsabilidade ou funções de confiança; d) Absorção total na quarta revisão salarial.
c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros
superiores. Cláusula 10.a
a
Cláusula 6. Promoções
Readmissões
1 — Constitui promoção a passagem a título definitivo
1 — Se a empresa readmitir ao seu serviço um tra- de um trabalhador para uma categoria, classe ou grau
balhador cujo contrato tenha sido rescindido anterior- superiores ou a sua mudança a título definitivo para
mente, por qualquer das partes, o tempo de antiguidade outra função a que corresponda remuneração mais
ao serviço da empresa no período anterior à rescisão elevada.
será contado na readmissão se nisso acordarem por
escrito o trabalhador e a empresa. 2 — As promoções processar-se-ão de acordo com o
estabelecido neste acordo e em regulamentação interna
2 — A readmissão de um trabalhador para a mesma da empresa, que definirá condições complementares de
categoria profissional não está sujeita a período expe- promoção e meios para a sua apreciação e controlo.
rimental.
Cláusula 7.a 3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
as promoções que resultem do preenchimento de postos
Contratos a termo de trabalho vagos deverão efectuar-se por proposta da
A empresa poderá celebrar contratos a termo, de hierarquia ou por abertura de concurso; neste último
acordo com as regras e os limites impostos pela legis- caso, são condiçõres preferenciais as habilitações lite-
lação aplicável. rárias e profissionais, experiência, mérito e antiguidade.
Cláusula 8.a 4 — As promoções para chefe de serviço ou categoria
Comissão de serviço de grupo de enquadramento igual ou superior serão
feitas por nomeação.
1 — As funções de direcção serão exercidas por tra-
balhadores da empresa em regime de comissão de ser- 5 — É requisito indispensável para qualquer promo-
viço, nos termos da legislação aplicável, sem prejuízo ção, salvo as previstas no número anterior, a perma-
das situações existentes. nência mínima de 18 meses no exercício de funções
em categoria inferior.
2 — A empresa definirá condições especiais de pro-
gressão profissional decorrentes do exercício de funções 6 — O disposto no número anterior não é aplicável
com mérito em regime de comissão de serviço. às situações de promoção de praticantes, estagiários ou
aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na
Cláusula 9.a empresa dentro da sua carreira profissional e ainda às
promoções automáticas.
Reconversões

1 — A empresa diligenciará reconverter, para função 7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro-
compatível com as suas capacidades, os trabalhadores moções automáticas serão contados desde o início do
parcialmente incapacitados por motivo de acidente de desempenho de funções ou desde a última promoção
trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos- na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso
sível, a empresa informará, por escrito, o trabalhador algum, mais de uma promoção por efeito da entrada
interessado das razões dessa impossibilidade. em vigor deste acordo.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 550


Cláusula 11.a h) Facilitar a consulta de processos individuais aos
Reestruturação de serviços
respectivos trabalhadores, sempre que estes o
solicitem;
Nos casos em que a melhoria tecnológica ou a rees- i) Cumprir a lei e este acordo, relativamente à
truturação dos serviços tenham como consequência a actividade sindical e às comissões de traba-
eliminação de postos de trabalho, a empresa assegurará lhadores;
aos seus trabalhadores, de harmonia com as possibi- j) Promover a avaliação do mérito dos trabalha-
lidades físicas e intelectuais de cada um, que transitem dores ao seu serviço e remunerá-los de acordo
para novas funções, de preferência compatíveis com a com esta avaliação;
sua profissão, toda a preparação necessária, suportando l) Proceder à análise e qualificação das funções
os encargos dela decorrentes. dos trabalhadores ao seu serviço, com efeitos,
designadamente, numa política de enquadra-
mento;
Cláusula 12.a
m) Contribuir para a elevação do nível de produ-
Diminuídos físicos tividade dos trabalhadores ao seu serviço.
A admissão, a promoção e o acesso dos trabalhadores
diminuídos físicos processar-se-ão nos mesmos termos Cláusula 15.a
dos restantes trabalhadores, desde que se trate de acti-
vidades que possam ser por eles desempenhadas e pos- Mapas de quadros de pessoal
suam as habilitações e condições exigidas.
A empresa obriga-se a organizar, enviar e afixar os
mapas de quadros de pessoal, nos termos da lei.
Cláusula 13.a
Formação profissional
Cláusula 16.a
1 — A empresa proporcionará aos trabalhadores ao
Deveres dos trabalhadores
seu serviço condições de formação e de valorização pro-
fissional no âmbito da profissão que exercem na São deveres dos trabalhadores:
empresa.
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais
2 — O tempo despendido pelos trabalhadores na fre- legislação aplicável;
quência de acções de formação profissional que decor- b) Exercer com competência, zelo, pontualidade
ram no período normal de trabalho será considerado, e assiduidade as funções que lhes estejam con-
para todos os efeitos, como tempo de trabalho, sem fiadas e para que foram contratados;
prejuízo da retribuição, submetendo-se os trabalhadores c) Prestar aos outros trabalhadores todos os con-
a todas as disposições deste acordo. selhos e ensinamentos de que necessitem ou
solicitem em matéria de serviço;
d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço
CAPÍTULO III dos outros trabalhadores nos seus impedimentos
Direitos, deveres e garantias das partes e férias;
e) Observar e fazer observar os regulamentos
internos e as determinações dos seus superiores
Cláusula 14.a
hierárquicos no que respeita à execução e dis-
Deveres da empresa ciplina do trabalho, salvo na medida em que
tais determinações se mostrem contrárias aos
São deveres da empresa:
seus direitos e garantias, bem como observar
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais e fazer observar as normas de higiene, segurança
legislação aplicável; e medicina no trabalho;
b) Tratar com respeito e consideração os traba- f) Tratar com respeito e consideração os seus supe-
lhadores ao seu serviço; riores hierárquicos, os restantes trabalhadores
c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de fun- da empresa e demais pessoas e entidades que
ções diferentes das que são próprias da sua pro- estejam ou entrem em relação com a empresa;
fissão, salvo o estabelecido no AE e na lei, ou g) Dar conhecimento à empresa, através da via hie-
sejam incompatíveis com as respectivas normas rárquica, das deficiências de que tenham conhe-
deontológicas ou sejam ilícitas; cimento e que afectem o regular funcionamento
d) Proporcionar-lhes boas condições de trabalho, dos serviços;
tanto do ponto de vista moral como físico, h) Guardar lealdade à empresa, nomeadamente
nomeadamente no que diz respeito à higiene não negociando por conta própria ou alheia em
e segurança e à prevenção de doenças pro- concorrência com ela nem divulgando informa-
fissionais; ções referentes aos seus métodos de produção
e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dos e negócio;
prejuízos resultantes de acidentes de trabalho i) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens
e doenças profissionais; relacionados com o seu trabalho que lhes este-
f) Submeter a exame médico todos os trabalha- jam confiados;
dores, nos termos da lei; j) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento
g) Passar certificados aos trabalhadores, nos ter- de segurança que lhes for distribuído ou dis-
mos da lei; ponibilizado pela empresa.

551 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 17.a assegurem o funcionamento dos serviços de natureza
Garantias dos trabalhadores
urgente.

É vedado à empresa: 2 — Os trabalhadores poderão reunir-se fora do horá-


rio normal de trabalho dentro das instalações da
a) Opor-se, por qualquer forma, a que os traba-
Empresa, durante o período que entenderem necessário,
lhadores exerçam os seus direitos, bem como
sem prejuízo da normalidade da laboração nos casos
aplicar-lhes sanções por causa desse exercício;
de trabalho por turnos ou de trabalho suplementar.
b) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores;
c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que
3 — As reuniões de trabalhadores poderão ser con-
actuem no sentido de influir desfavoravelmente
vocadas por um terço ou 50 trabalhadores da Empresa,
nas condições de trabalho deles ou dos seus
pela CS, pela CI ou pelo delegado sindical, quando aque-
colegas;
las não existam.
d) Baixar a categoria dos trabalhadores e diminuir
a retribuição, salvo o previsto na lei e no pre-
4 — As entidades promotoras das reuniões, nos ter-
sente acordo;
mos dos números anteriores, deverão comunicar ao con-
e) Admitir trabalhadores exclusivamente remune-
selho de administração ou a quem as suas vezes fizer
rados através de comissões;
e aos trabalhadores interessados, com a antecedência
f) Transferir os trabalhadores para outro posto de
mínima de um dia, a data e a hora em que pretendem
trabalho se aqueles, justificadamente e por
que elas se efectuem, devendo afixar as respectivas
escrito, não derem o seu acordo;
convocatórias.
g) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou a
utilizar serviços fornecidos pela empresa ou por
5 — Nos casos de urgência, a comunicação a que se
pessoa por ela indicada;
refere o número anterior deverá ser feita com a ante-
h) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,
cedência possível.
refeitórios, economatos ou outros estabeleci-
mentos directamente relacionados com o tra-
6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza-
balho, para fornecimento de bens ou prestação
ções sindicais respectivas e os seus representantes que
de serviço aos trabalhadores;
não trabalhem na Empresa podem, desde que devida-
i) Despedir qualquer trabalhador, salvo nos ter-
mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar
mos da lei;
nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com
j) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo
a antecedência mínima de seis horas.
com o seu acordo, havendo o propósito de os
prejudicar em direitos ou garantias decorrentes
da antiguidade; Cláusula 20.a
k) Fazer lock-out, nos termos da lei. Competência dos delegados sindicais

CAPÍTULO IV 1 — Os delegados sindicais e as CS ou CI têm com-


petência e poderes para desempenhar todas as funções
Exercício da actividade sindical na Empresa que lhes estão atribuídas neste acordo e na lei, com
observância dos preceitos neles estabelecidos, nomea-
Cláusula 18.a damente:
Princípios gerais a) Acompanhar e fiscalizar a aplicação das dispo-
1 — A actividade sindical na Empresa rege-se pela sições legais e convencionais que tenham reper-
legislação aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláu- cussões nas condições de trabalho;
sulas seguintes. b) Fiscalizar o funcionamento do refeitório, infan-
tário, creche e outras estruturas de assistência
2 — Para os efeitos deste Acordo entende-se por: social existentes na Empresa;
c) Analisar e dar parecer sobre qualquer projecto
a) AGT (assembleia geral de trabalhadores), o de mudança de local da unidade, instalação ou
conjunto de todos os trabalhadores da Empresa; serviço;
b) CS (comissão sindical), a organização dos dele- d) Visar os mapas mensais a enviar pela Empresa
gados sindicais do mesmo sindicato na Empresa; aos sindicatos, os mapas de contribuições para
c) CI (comissão intersindical), a organização dos a segurança social e os documentos das com-
delegados das comissões sindicais na Empresa; panhias seguradoras que respeitem ao seguro
d) SS (secção sindical), o conjunto de trabalhado- dos trabalhadores.
res filiados no mesmo sindicato.
2 — Sobre as matérias constantes das alíneas b) e
Cláusula 19.a c), a Empresa não poderá deliberar sem que tenha sido
dado prévio conhecimento das mesmas aos delegados
Reuniões sindicais ou às CS ou CI.
1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante
o horário de trabalho, até um período máximo de quinze Cláusula 21.a
horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como Direitos e garantias dos delegados sindicais
tempo de serviço efectivo, sem prejuízo da normalidade
da laboração, nos casos de trabalho por turnos ou de 1 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar
trabalho suplementar, e desde que, nos restantes casos, no interior da Empresa textos, convocatórias, comuni-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 552


cações ou informações relativos à vida sindical e aos 2 — O tempo das reuniões previstas nesta cláusula
interesses sócio-profissionais dos trabalhadores, bem não pode ser considerado para o efeito de créditos de
como proceder à sua distribuição, mas sem prejuízo, horas sempre que a reunião não seja da iniciativa dos
em qualquer dos casos, da laboração normal da unidade, trabalhadores.
instalação ou serviço em causa.
Cláusula 24.a
2 — Os locais de afixação serão reservados pelo con- Instalação das comissões
selho de administração ou por quem as suas vezes fizer,
1 — Havendo mais de 100 trabalhadores, a Empresa
ouvida a CI, a CS ou os delegados sindicais do esta-
é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais,
belecimento.
desde que estes requeiram, a título permanente, um
local situado no interior daquela ou na sua proximidade,
3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular
que seja apropriado para o exercício das suas funções
livremente em todas as dependências da Empresa, sem
e que disponha de telefone.
prejuízo do serviço e das normas constantes do regu-
lamento de segurança na Empresa.
2 — Havendo menos de 100 trabalhadores, a Empresa
é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais,
4 — Para o exercício da acção sindical na Empresa,
desde que estes o requeiram, um local situado no interior
é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um
daquela ou na sua proximidade, apropriado para o exer-
dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa
cício das suas funções e que disponha de telefone.
qualidade.

5 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men- Cláusula 25.a


sal de dez horas aos delegados que façam parte da CI. Direitos e garantias dos dirigentes das organizações sindicais

6 — Os delegados que pertençam simultaneamente 1 — Cada membro da direcção das organizações sin-
à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para
pelo número anterior. o exercício das suas funções.

7 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito 2 — A direcção interessada deverá comunicar com
de horas de um delegado sindical seja utilizado por um dia de antecedência as datas e o número de dias
outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados de que os respectivos membros necessitem para o exer-
que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas. cício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade,
nos dias úteis imediatos ao primeiro dia em que faltarem.
Cláusula 22.a
Número de delegados sindicais Cláusula 26.a
1 — O número de delegados sindicais de cada sin- Quotização sindical
dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança
sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos
na cláusula anterior, é calculado da forma seguinte: respectivos, depois de recebidas as declarações indivi-
a) Estabelecimento com 50 a 99 trabalhadores duais dos trabalhadores.
sindicalizados — 2;
b) Estabelecimento com 100 a 199 trabalhadores Cláusula 27.a
sindicalizados — 3;
c) Estabelecimento com 200 a 499 trabalhadores Direito à greve
sindicalizados — 6. Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
2 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con- o exercício de tal direito.
selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer
no respectivo estabelecimento, a identificação dos dele-
gados sindicais, bem como daqueles que fazem parte CAPÍTULO V
das CS e CI, por meio de carta registada com aviso
de recepção, de que será afixada cópia nos locais reser- Prestação de trabalho
vados às informações sindicais.
Cláusula 28.a
3 — O procedimento referido no número anterior
será igualmente observado nos casos de substituição ou Período normal de trabalho
cessação de funções. 1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos
Cláusula 23.a termos da lei e do presente acordo.
Reuniões
2 — A duração média do período normal de trabalho
1 — A CI, a CS, quando aquela não existir, ou ainda semanal é de trinta e nove horas, sem prejuízo dos horá-
o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú- rios de duração média inferior existentes na Empresa.
nem-se com o conselho de administração ou com quem
este designar para o efeito, sempre que uma ou outra 3 — A duração média do período normal de trabalho
parte o julgarem conveniente. diário é de oito horas.

553 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 29.a 5 — Nenhum trabalhador poderá ser mudado de
Horário de trabalho
horário ou turno senão após um período de descanso
nunca inferior a doze horas.
1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do
início e do termo do período de trabalho diário, bem
como a dos intervalos de descanso diários. Cláusula 32.a
Troca de turnos
2 — Compete à empresa elaborar e estabelecer o
horário de trabalho dos trabalhadores ao seu serviço, 1 — As trocas de turnos previstas na presente cláusula
de acordo com o disposto na lei e no presente acordo. são trocas efectuadas por iniciativa e no interesse directo
dos trabalhadores.
Cláusula 30.a
2 — São permitidas trocas de turnos entre trabalha-
Modalidades de horário de trabalho dores desde que previamente acordadas entre eles e
Para os efeitos deste acordo de empresa, entende-se aceites pela Empresa.
por:
3 — As trocas de turno não poderão determinar:
a) Horário fixo — aquele em que as horas de início
e termo do período de trabalho, bem como as a) Prestação de trabalho consecutivo com duração
dos intervalos de descanso, são previamente superior a dezasseis horas;
determinadas e fixas; b) Prejuízo para o número de descansos semanais
b) Horário móvel — aquele em que as horas de a que o trabalhador tenha direito por trabalho
início e de termo do período de trabalho, bem prestado;
como as dos intervalos de descanso, não são c) Pagamento de qualquer trabalho suplementar,
fixas, podendo entre o início e o termo efectivo ou atribuição de quaisquer descansos compen-
do período normal de trabalho diário decorrer satórios.
o período máximo de quinze horas;
c) Horário flexível — aquele em que as horas de 4 — Sempre que, em virtude de troca de turno, o
início e termo do período de trabalho, bem como trabalhador preste serviço no seu dia de descanso sema-
as dos intervalos de descanso, podem ser móveis, nal, deverá efectuar a «destroca» nos 30 dias subse-
havendo, porém, períodos de trabalho fixos quentes, de modo que o descanso perdido em virtude
obrigatórios; da troca seja recuperado neste prazo.
d) Horário de turnos rotativos — aquele em que
existem, para o mesmo posto de trabalho, dois 5 — Os trabalhadores que pretendam trocar de turnos
ou mais horários de trabalho que se sucedem devem comunicar, por escrito, o facto à Empresa com
sem sobreposição que não seja a estritamente a máxima antecedência possível ou imediatamente após
necessária para assegurar a continuidade do tra- a troca.
balho em que os trabalhadores mudam perió-
dica e regularmente de um horário de trabalho 6 — O regime desta cláusula é aplicável às trocas
para o subsequente, de harmonia com uma entre trabalhadores de turnos e trabalhadores em horá-
escala preestabelecida; rio geral desde que, neste último caso, se trate de tra-
e) Regime de laboração contínua — aquele em balhadores cujo elenco de funções integra a substituição
que a laboração da instalação é ininterrupta, de profissionais em turnos, nas suas férias, faltas ou
com dispensa de encerramento diário, semanal impedimentos.
e nos dias feriados.
Cláusula 33.a
Cláusula 31.a Regime de prevenção
Turnos 1 — A empresa instituirá um sistema de prevenção,
1 — Deverão ser organizados turnos rotativos de pes- que porá em funcionamento na medida das necessidades
soal diferente sempre que o período de funcionamento e conveniências de serviço.
ultrapasse os limites máximos dos períodos normais de
trabalho diário. 2 — O regime de prevenção consiste na disponibi-
lidade do trabalhador poder acorrer às instalações a
2 — Os trabalhadores em regime de turnos de labo- que pertence, em caso de necessidade. A disponibilidade
ração contínua tomarão as suas refeições no local de traduzir-se-á na permanência do trabalhador em casa
trabalho, sem que possam abandonar as instalações res- ou em local de fácil acesso, num raio máximo de 5 km
pectivas e sem prejuízo do normal funcionamento do da sua residência, para efeito de convocação e imediata
serviço. comparência na instalação a que pertence.

3 — O disposto no número anterior não afecta os 3 — A identificação dos trabalhadores que integram
direitos adquiridos pelos trabalhadores que à data da o regime de prevenção deve constar de uma escala a
entrada em vigor deste acordo prestam serviço em elaborar periodicamente.
regime de laboração contínua.
4 — O período de prevenção inicia-se imediatamente
4 — Os trabalhadores de turno cujo serviço o permita após o termo do último período normal de trabalho
terão direito a um intervalo de uma hora, que, nos ter- anterior e finda imediatamente antes do início do pri-
mos gerais, não se considera tempo de trabalho. meiro período normal de trabalho subsequente.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 554


5 — A convocação compete ao superior hierárquico 5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se
da instalação ou a quem o substituir e deverá restrin- pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto
gir-se às intervenções necessárias ao funcionamento nas cláusulas 37.a e 38.a
dessa instalação ou impostas por situações que afectem
a economia da empresa e que não possam esperar por Cláusula 37.a
assistência durante o período normal de trabalho.
Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho
6 — O trabalhador procederá ao registo da anomalia 1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar
verificada, bem como da actuação tida para a sua reso- em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar:
lução e resultados obtidos, sobre o que a hierarquia
se pronunciará de imediato. a) Durante o primeiro período do dia de trabalho
imediato se, entre as 22 e as 7 horas, for prestado
7 — O regime de prevenção não se aplica aos tra- um mínimo de três a seis horas de trabalho
balhadores em regime de turnos. suplementar;
b) Durante ambos os períodos do dia de trabalho
8 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro imediato se, entre as 22 e as 7 horas, forem
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994 prestadas seis ou mais horas de trabalho suple-
aplica-se o regime constante da cláusula 32.a do AE mentar.
Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. 2 — Se o trabalhador em horário de turnos rotativos
prolongar o seu período de trabalho, tem direito a entrar
Cláusula 34.a ao serviço doze horas após ter concluído a prestação
de trabalho suplementar ou a não iniciar se o prolon-
Isenção de horário de trabalho
gamento for superior a sete horas.
1 — O regime de isenção de horário de trabalho é
o previsto na lei. 3 — O trabalhador tem direito a uma refeição, nos
termos das alíneas seguintes, quando o período normal
2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário desta esteja intercalado no período de trabalho suple-
de trabalho é também devido nos subsídios de férias mentar:
e de Natal.
a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga-
Cláusula 35.a mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições
Trabalho nocturno previstas na cláusula 74.a;
b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de
1 — Considera-se trabalho nocturno o trabalho pres- 190$;
tado no período que decorre entre as 20 horas de um c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas
dia e as 7 horas do dia imediato. de custo em vigor na Empresa, em caso de des-
locação em serviço.
2 — Considera-se igualmente como nocturno o tra-
balho diurno prestado em antecipação ou prolonga- 4 — Para efeitos do número anterior, consideram-se
mento de um turno nocturno. períodos normais de refeição:
3 — Para efeitos do número anterior, considera-se a) Pequeno-almoço — das 7 às 9 horas;
nocturno o turno em que sejam realizadas pelo menos b) Almoço — das 12 às 14 horas;
sete horas consecutivas entre as 20 horas de um dia c) Jantar — das 19 às 21 horas;
e as 7 horas do dia imediato. d) Ceia — das 24 às 2 horas.

Cláusula 36.a 5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei-


ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como
Trabalho suplementar trabalho suplementar nos casos em que o período pre-
1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi-
que é prestado fora do horário de trabalho. tes definidos no número anterior. Nos casos em que
o início e o termo previsíveis do período de trabalho
2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado: suplementar coincidam, respectivamente, com o pri-
meiro ou o último dos limites previstos no número ante-
a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés- rior, não será concedido qualquer intervalo para refei-
cimos eventuais de trabalho; ção, sendo apenas paga esta de acordo com o disposto
b) Em caso de força maior, ou quando se torne no n.o 3.
indispensável para prevenir ou reparar prejuízos
graves para a Empresa. 6 — Os trabalhadores em regime de turnos têm
direito ao pagamento de uma refeição nos casos de pres-
3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante- tação de quatro horas de trabalho suplementar em ante-
rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi- cipação ou prolongamento do seu turno.
cação da hierarquia feita com a máxima antecedência
possível. 7 — A Empresa fica obrigada a fornecer ou a asse-
gurar transporte:
4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra-
balho suplementar desde que invoquem motivos aten- a) Sempre que o trabalhador seja solicitado a pres-
díveis. tar trabalho suplementar em todos os casos que

555 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


não sejam de prolongamento do período normal 2 — Sempre que o funcionamento das instalações o
de trabalho; justifique, para assegurar a continuidade do serviço,
b) Sempre que, nos casos de trabalho suplementar podem ser organizadas escalas de descanso semanal
em prolongamento do período normal de tra- diferentes dos previstos no número anterior, devendo,
balho, o trabalhador não disponha do seu trans- porém, um dos dias de descanso coincidir periodica-
porte habitual. mente com o domingo.

8 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar 3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro


que não sejam de antecipação ou prolongamento do efectivo da empresa à data de 31 de Maio de 1994,
período normal de trabalho, o tempo gasto no transporte aplica-se o regime constante da cláusula 39.a do AE
será pago como trabalho suplementar. Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
Cláusula 38.a
Trabalho prestado em dia de descanso semanal ou feriado Cláusula 41.a
Feriados
1 — O trabalho em dia de descanso semanal e o tra-
balho prestado em dia feriado dão direito a descanso 1 — Serão observados os seguintes feriados:
nos termos da lei.
1 de Janeiro;
2 — O descanso compensatório previsto no número Terça-feira de Carnaval;
anterior será concedido até 30 dias após o descanso Sexta-Feira Santa;
semanal não gozado pelo trabalhador. 25 de Abril;
1 de Maio;
3 — O período de descanso compensatório a que se Corpo de Deus (festa móvel);
referem os números precedentes será de um dia com- 10 de Junho;
pleto no caso de ter sido prestado um mínimo de duas 15 de Agosto;
horas de trabalho e de meio no caso contrário. 5 de Outubro;
1 de Novembro;
4 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte sem- 1 de Dezembro;
pre que o trabalhador preste trabalho em dia de des- 8 de Dezembro;
canso ou de feriado que deva gozar, desde que não 25 de Dezembro;
disponha do seu transporte habitual. O feriado municipal ou da capital de distrito onde
se situa o local de trabalho.
5 — Os trabalhadores têm direito ao pagamento de
um subsídio de alimentação nos casos de prestação de 2 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser-
quatro horas consecutivas de trabalho suplementar. vado em outro dia com significado local no período
da Páscoa e em que acordem a empresa e a maioria
6 — O tempo gasto nos transportes será pago como dos trabalhadores.
trabalho em dia de descanso semanal ou feriado.
3 — Em substituição dos feriados de terça-feira de
Carnaval e municipal, poderá ser observado, a título
Cláusula 39.a de feriado, qualquer outro dia em que acordem a
empresa e a maioria dos trabalhadores.
Trabalho em tempo parcial

Os trabalhadores que prestem serviço em regime de


tempo parcial terão direito às prestações complemen- Cláusula 42.a
tares da sua remuneração base, designadamente diu- Férias
turnidades, na proporção do tempo de trabalho prestado
relativamente ao horário de trabalho praticado na 1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm
Empresa para os restantes trabalhadores da mesma cate- direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da
goria profissional em regime de tempo inteiro, sem pre- retribuição, um período de férias igual a 24 dias úteis,
juízo de condições eventualmente mais favoráveis já salvo o disposto nos números seguintes.
estabelecidas em contrato individual.
2 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
no 1.o semestre do ano civil, o trabalhador tem direito,
CAPÍTULO VI após um período de 60 dias de trabalho efectivo, a um
período de férias de 8 dias úteis.
Suspensão da prestação de trabalho
3 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
Cláusula 40.a no 2.o semestre do ano civil, o direito a férias só se
Descanso semanal
vence após o decurso de seis meses completos de serviço
efectivo.
1 — O dia de descanso semanal é o domingo e o
dia de descanso semanal complementar é o sábado, 4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis
excepto para os trabalhadores em regime de turnos, os compreende os dias de semana de segunda-feira a sex-
quais têm os dias de descanso em conformidade com ta-feira, com a exclusão dos feriados, não sendo como
a respectiva escala de rotação. tal considerados o sábado e o domingo.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 556


Cláusula 43.a 2 — Terão, porém, direito a acumular férias de dois
anos:
Marcação do período de férias
a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias
1 — As férias devem ser gozadas em dias conse- nas Regiões Autónomas da Madeira e dos
cutivos. Açores;
b) Os trabalhadores que pretendam gozar férias
2 — É permitida a marcação do período de férias com familiares emigrados ou residentes no
num máximo de três períodos interpolados, devendo estrangeiro.
ser garantido que um deles tenha a duração mínima
efectiva de 10 dias úteis consecutivos.
3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1.o tri-
mestre do ano civil imediato:
3 — A marcação do ou dos períodos de férias deve
ser feita por mútuo acordo entre a empresa e os a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar
trabalhadores. graves prejuízos à empresa ou ao trabalhador
e desde que, no primeiro caso, este dê o seu
4 — Para os efeitos do número anterior, os traba- acordo;
lhadores apresentarão à empresa, por intermédio da hie- b) Quando, após a cessação do impedimento, o
rarquia e entre os dias 1 de Janeiro e 15 de Março gozo do período de férias exceder o termo do
de cada ano, um boletim de férias com a indicação das ano civil, mas apenas na parte que o exceda.
datas em que pretendem o gozo destas.
4 — Mediante acordo, os trabalhadores poderão
5 — Quando as férias que o trabalhador pretenda ainda acumular, no mesmo ano, metade do período de
gozar se situem entre 1 de Janeiro e 30 de Abril, con- férias do ano anterior com o período a gozar nesse ano.
sideram-se marcadas por acordo se no prazo de 15 dias
a contar da apresentação do boletim de férias, nos ter-
mos do número anterior, a empresa não se manifestar Cláusula 45.a
em contrário. Alteração ou interrupção do período de férias

6 — Quanto às férias pretendidas fora do período 1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
indicado no número anterior, consideram-se marcadas sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada início, esteja temporariamente impedido por facto que
ano a empresa não se manifestar expressamente em não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
contrário. ou serviço militar.

7 — Na falta de acordo, caberá à empresa a elabo- 2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul-
ração do mapa de férias, nos termos da lei. tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri-
8 — Na falta de acordo, a empresa só poderá marcar buição correspondente ao período de férias não gozado
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro. e respectivo subsídio.

9 — Aos trabalhadores da empresa pertencendo ao 3 — Se, depois de marcado o período de férias, a


mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre empresa, por exigências imperiosas do seu funciona-
que possível, a faculdade de gozar as suas férias mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba-
simultaneamente. lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja
sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente
10 — Sempre que as conveniências de produção o as férias na época fixada.
justifiquem, poderá a empresa, mediante autorização
do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, substituir 4 — A alteração e a interrupção das férias não pode-
o regime fixado pelo encerramento total ou parcial dos rão prejudicar o gozo seguido de 10 dias úteis con-
serviços da empresa até 20 dias. secutivos.

11 — Para efeitos de processamento, o trabalhador Cláusula 46.a


terá de confirmar à hierarquia e serviço de pessoal a Doença no período de férias
data de entrada em férias até ao dia 5 do mês anterior.
1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o
12 — O mapa de férias deverá estar elaborado até período de férias, são as mesmas suspensas desde que
15 de Abril de cada ano e afixado nos locais de trabalho a empresa seja do facto informada. O gozo das férias
entre esta data e 31 de Outubro. prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que
as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após
a alta.
Cláusula 44.a
Acumulação de férias 2 — A prova da situação de doença prevista no n.o 1
poderá ser feita por estabelecimento hospitalar ou por
1 — As férias devem ser gozadas no mesmo ano civil, boletim de baixa das ARS, ou por atestado médico,
não sendo permitido acumular férias de dois ou mais sem prejuízo, neste último caso, do direito de fiscali-
anos. zação e controlo por médico indicado pela empresa.

557 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 47.a nados para determinação dos períodos normais de tra-
Férias e impedimentos prolongados
balho diário em falta.

1 — No ano da suspensão do contrato de trabalho 3 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.


por impedimento prolongado respeitante ao trabalha- As faltas justificadas podem ser com ou sem retribuição.
dor, se se verificar a impossibilidade total ou parcial
do gozo do direito a férias já vencido, o trabalhador
terá direito à retribuição correspondente ao período de Cláusula 52.a
férias não gozado e respectivo subsídio. Faltas justificadas

2 — No ano da cessação do impedimento prolongado, 1 — Consideram-se justificadas, nos termos da lei e


o trabalhador tem direito, após a prestação de três meses deste acordo, as seguintes faltas:
de efectivo serviço, a um período de férias e respectivo a) As dadas por altura do casamento, até 11 dias
subsídio equivalentes aos que teriam vencido em 1 de seguidos, excluindo os dias de descanso inter-
Janeiro desse ano como se tivesse estado ininterrup- correntes;
tamente ao serviço. b) As dadas por falecimento de cônjuge não sepa-
rado de pessoas e bens, pessoa que viva em situa-
3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes ção análoga à do cônjuge, ou pais, filhos, sogros,
de decorrido o prazo referido no número anterior ou genros, noras, padrasto, madrasta e enteados,
de gozado o direito a férias, previsto no n.o 1, pode até cinco dias consecutivos;
a empresa marcar as férias para serem gozadas até 30 de c) As dadas por falecimento de avós, bisavós e
Abril do ano civil subsequente. graus seguintes e afins dos mesmos graus,
irmãos ou cunhados ou ainda de pessoa que
Cláusula 48.a viva em comunhão de vida e habitação com o
trabalhador, até dois dias consecutivos;
Efeitos da cessação do contrato de trabalho
d) As motivadas pela prática de actos necessários
1 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquer e inadiáveis no exercício de funções em asso-
forma, o trabalhador terá direito a receber a retribuição ciações sindicais ou instituições de previdência
correspondente a um período de férias proporcional ao e na qualidade de delegado sindical ou de mem-
tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem bro da comissão de trabalhadores, nos termos
como ao respectivo subsídio. da lei;
e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-
2 — Se o contrato cessar antes de gozado o período balho, devido a facto que não seja imputável
de férias vencido no início desse ano, o trabalhador ao trabalhador, nomeadamente doença, aci-
terá ainda direito a receber a retribuição correspondente dente ou cumprimento de obrigações legais,
a esse período, bem como o respectivo subsídio. conforme convocatória ou notificação expressa
das entidades competentes;
Cláusula 49.a f) As motivadas pela necessidade de prestação de
assistência inadiável e imprescindível a mem-
Violação do direito a férias bros do seu agregado familiar, conforme cer-
No caso de a empresa obstar ao gozo das férias nos tidão médica invocando o carácter inadiável e
termos previstos no presente acordo, o trabalhador rece- imprescindível da assistência;
berá, a título de indemnização, o triplo da retribuição g) As motivadas pela prestação de provas em esta-
correspondente ao período em falta, que deverá obri- belecimento de ensino;
gatoriamente ser gozado no 1.o trimestre do ano civil h) As dadas por ocasião de nascimento de filhos,
subsequente. por dois dias, no período de um mês contado
desde a data do nascimento;
Cláusula 50.a i) As dadas por trabalhadores que prestam serviço
Exercício de outra actividade durante as férias em corpo de bombeiros voluntários ou de socor-
ros a náufragos, pelo tempo necessário a acorrer
1 — O trabalhador não pode exercer durante as férias ao sinistro ou acidente;
qualquer outra actividade remunerada, salvo se já a j) As motivadas por doação de sangue a título gra-
viesse exercendo cumulativamente com conhecimento cioso, a gozar no dia da doação ou no dia ime-
da empresa ou esta o autorizar a isso. diato, até ao limite de um dia por cada período
de três meses;
2 — A contravenção ao disposto no número anterior l) As dadas até quarenta e oito horas em cada
tem as consequências previstas na lei. ano civil, para tratar de assuntos de ordem par-
ticular, sem necessidade de justificação, não
Cláusula 51.a podendo ser utilizado de cada vez um tempo
Faltas
superior ao respectivo período normal de tra-
balho diário, sem prejuízo do normal funcio-
1 — Falta é a ausência do trabalhador durante o namento dos serviços. Independentemente do
período normal de trabalho diário a que está obrigado. gozo, o crédito adquire-se ao ritmo de quatro
horas por cada mês de efectivo trabalho, con-
2 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío- siderando-se para este efeito o período de férias.
dos inferiores ao período normal de trabalho diário a m) As prévia ou posteriormente autorizadas pela
que está obrigado, os respectivos tempos serão adicio- empresa.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 558


2 — Não são autorizadas as faltas dadas ao abrigo a considerar para efeitos do número anterior abrangerá
da alínea l) do n.o 1 em antecipação ou no prolonga- os dias ou meios dias de descanso ou feriados imedia-
mento de férias, feriados ou dias de descanso semanal, tamente anteriores ao dia ou dias de falta.
quando tenham duração superior a quatro horas.
4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito
3 — No caso de trabalho em regime de turnos em de desconto de faltas injustificadas é calculado pela for-
que os feriados coincidam com dias normais de trabalho, mula da cláusula 61.a
não se aplica o disposto no número anterior, na parte
respeitante a feriados. 5 — Incorre em infracção disciplinar grave todo o tra-
balhador que:
Cláusula 53.a
a) Faltar injustificadamente durante três dias con-
Participação e justificação de faltas secutivos ou seis interpolados num período de
1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas um ano;
ao superior hierárquico com a antecedência mínima de b) Faltar com alegação de motivo de justificação
cinco dias. comprovadamente falso.

2 — Quando imprevisíveis, as faltas serão obrigato-


riamente comunicadas logo que possível. Cláusula 56.a
Efeitos das faltas no direito a férias
3 — O não cumprimento do disposto nos números
anteriores torna as faltas injustificadas. 1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito
a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
4 — A empresa pode, em qualquer caso de falta jus- seguinte.
tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados
para a justificação. 2 — Nos casos em que as faltas determinem perda
Cláusula 54.a de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
lhador expressamente assim o preferir, por perda de
Consequências das faltas justificadas dias de férias na proporção de 1 dia de férias por cada
1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo efec-
quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea- tivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis se
damente de retribuição, salvo o disposto no número se tratar de férias no ano de admissão.
seguinte.

2 — Determinam perda de retribuição as seguintes Cláusula 57.a


faltas ainda que justificadas: Impedimentos prolongados
o
a) As previstas na alínea d) do n. 1 da cláu- 1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
sula 52.a, salvo tratando-se de faltas dadas por impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
membros de comissões de trabalhadores, mem- damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente,
bros da direcção das associações sindicais e dele- e o impedimento se prolongue por mais de um mês,
gados sindicais no exercício das suas funções, cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na
dentro do respectivo crédito de horas; medida em que pressuponham a efectiva prestação de
b) As previstas na alínea f) do n.o 1 da cláusula 52.a, trabalho.
para além de dois dias em cada situação;
c) As dadas por motivo de doença, desde que o
trabalhador tenha direito ao subsídio da segu- 2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
rança social respectivo; antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
d) As dadas por motivo de acidente de trabalho, lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
desde que o trabalhador tenha direito a qual- direito no termo da suspensão.
quer subsídio ou seguro.
3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por
detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão
Cláusula 55.a judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto
Faltas injustificadas no número anterior, salvo se, entretanto, o contrato tiver
sido rescindido com fundamento em justa causa.
1 — Consideram-se injustificadas as faltas não con-
templadas na cláusula 52.a, bem como as que não forem
comunicadas nos termos da cláusula 53.a 4 — O contrato caducará a partir do momento em
que se torne certo que o impedimento é definitivo.
2 — Nos termos das disposições legais aplicáveis, as
faltas injustificadas determinam sempre perda da retri- 5 — O impedimento prolongado não prejudica a
buição correspondente ao período de ausência, o qual caducidade do contrato de trabalho no termo do prazo
será descontado, para todos os efeitos, na antiguidade pelo qual tenha sido celebrado.
do trabalhador.
6 — A suspensão não prejudica o direito de, durante
3 — Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio ela, qualquer das partes rescindir o contrato, ocorrendo
período normal de trabalho diário, o período de ausência justa causa.

559 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 58.a em relação e proporcionalmente ao serviço prestado
Licenças sem retribuição
em regime de turnos no decurso do mês.

A empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen- Cláusula 64.a


ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha-
dores, devidamente fundamentadas. Base de indexação

1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno


CAPÍTULO VII obtém-se a partir da média simples das remunerações
Retribuição da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula:
M= R
Cláusula 59.a n
Remuneração base
sendo:
M — média simples das remunerações;
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu- R — soma das remunerações de todos os grupos
nerações base mínimas constantes do anexo III. salariais;
n — número de grupos salariais constantes do
Cláusula 60.a anexo III.
Tempo, local e forma de pagamento
2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até subsídios de turnos serão arredondados para a dezena
ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei. de escudos imediatamente superior.

Cláusula 61.a Cláusula 65.a


Determinação da retribuição horária Subsídio de Natal

1 — O valor da retribuição horária será calculado pela 1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente
aplicação da fórmula seguinte: acordo têm direito a receber pelo Natal, independen-
temente da assiduidade, um subsídio de valor corres-
(Remuneração base+diuturnidades+subsídio de turno+IHT)×12
pondente a um mês de remuneração, mais diuturnidades
Período normal de trabalho semanal×52 e subsídios de turno e de isenção de horário de trabalho.
2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór- 2 — O subsídio referido no número anterior será pago
mula prevista no número anterior não inclui a retri- com a retribuição de Novembro, sendo o seu montante
buição especial por isenção do horário de trabalho. determinado pelos valores a que tenha direito nesse
mês.
Cláusula 62.a
3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano
Diuturnidades
a que o subsídio de Natal diz respeito receberão a impor-
Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efec- tância proporcional aos meses completos que medeiam
tivo da empresa à data de 31 de Maio de 1994, aplica-se entre a data da sua admissão e 31 de Dezembro.
o regime constante da cláusula 62.a do AE Portucel,
S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 4 — No ano da cessação do contrato de trabalho,
1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. qualquer que seja a causa, a empresa pagará ao tra-
balhador tantos duodécimos do subsídio de Natal quan-
tos os meses completos de trabalho no ano da cessação.
Cláusula 63.a
Subsídio de turno 5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus-
pensão do contrato de trabalho por impedimento pro-
1 — Os trabalhadores em regime de turnos têm longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal
direito a receber, mensalmente, um subsídio calculado proporcional aos meses completos de trabalho prestado
a partir da base de indexação definida na cláusula durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se
seguinte de: ao disposto neste número os casos de licença por parto
1.1 — No regime de três turnos de laboração contínua nos termos da cláusula 86.a, casos em que não produzirão
ou no regime de dois turnos equiparáveis a laboração qualquer redução ao valor do subsídio.
contínua, abrangidos pelas condições constantes no n.o 2
da cláusula 31.a, aos valores de subsídio de turno refe- 6 — Sempre que durante o ano a que corresponde
ridos acrescem, respectivamente, 8 % e 6 % da remu- o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração
neração base individual. superior à sua remuneração normal, nomeadamente em
virtude de substituição, tem direito a um subsídio de
2 — Os subsídios de turno indicados no número ante- Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida
rior incluem a remuneração por trabalho nocturno. de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu-
nerações quantos os meses completos de serviço em
3 — Estes subsídios serão devidos quando os traba- que tenham auferido a superior, até 31 de Dezembro.
lhadores se encontrem em gozo de férias.
7 — Considera-se mês completo de serviço para os
4 — Os subsídios previstos nesta cláusula vencem-se efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior
no fim de cada mês e são devidos a cada trabalhador a 15 dias.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 560


Cláusula 66.a 3 — Nos meses incompletos de serviço o abono para
Subsídio de bombeiro falhas será proporcional ao período em que o traba-
lhador exerça aquelas funções.
1 — Os trabalhadores seleccionados para o corpo de
bombeiros da empresa do serviço de protecção contra
incêndios receberão mensalmente os subsídios seguin- Cláusula 70.a
tes, de harmonia com a classificação do respectivo posto:
Substituições temporárias
Aspirante — 3863$;
Bombeiro de 3.a classe — 4113$; 1 — Sempre que um trabalhador substitua tempora-
Bombeiro de 2.a classe — 4622$; riamente, por mais de um dia, outro no desempenho
Bombeiro de 1.a classe — 5141$; integral de funções que não caibam no objecto do seu
Subchefe — 5406$; contrato individual de trabalho e a que corresponda
Chefe — 5660$; uma categoria profissional e retribuição superiores às
Ajudante de comando — 6164$; suas, passará a receber, desde o 1.o dia de substituição
e enquanto esta durar, o correspondente à remuneração
2 — Perdem o direito ao subsídio os trabalhadores base da função desempenhada.
que faltem injustificadamente às instruções ou às emer-
gências para que sejam solicitados.
2 — A substituição far-se-á mediante ordem da hie-
a rarquia do órgão em que se integra o trabalhador subs-
Cláusula 67.
tituído, confirmada por escrito ao respectivo serviço de
Remuneração do trabalho nocturno pessoal.
A remuneração do trabalho nocturno será superior
em 25 % à retribuição a que dá direito o trabalho cor- 3 — Não se considera substituição para efeitos desta
respondente prestado durante o dia. cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes-
mas funções de diferentes categorias profissionais, clas-
Cláusula 68.a ses ou graus entre as quais exista promoção automática.
Remuneração de trabalho suplementar
4 — A substituição temporária de um trabalhador de
1 — O trabalho suplementar prestado em dia normal categoria superior será considerada uma das condições
de trabalho será remunerado com os seguintes acrés- preferenciais para o preenchimento de qualquer posto
cimos: de trabalho a que corresponda essa categoria.
a) 75 % para as horas diurnas;
b) 125 % para as horas nocturnas. 5 — Se a substituição se mantiver por um período
superior a 90 dias seguidos ou 120 interpolados, o tra-
2 — A remuneração do trabalho prestado em dia de balhador substituto manterá o direito à remuneração
descanso semanal ou feriado será calculada de acordo referida no n.o 1 quando, finda a substituição, regressar
com a seguinte fórmula: ao desempenho da sua antiga função.
R(tdf)=Rh×T(tdf)×2
6 — Para os efeitos de contagem dos tempos de subs-
sendo: tituição previstos no número anterior, considera-se que:
R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia
de descanso semanal ou feriado; a) Os 120 dias interpolados aí previstos devem
Rh — retribuição horária calculada nos termos da decorrer no período de um ano a contar do
cláusula 61.a; 1.o dia da substituição;
T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de b) Se na data da conclusão do prazo de um ano
descanso semanal ou feriado. acima previsto não se tiverem completado aque-
les 120 dias, o tempo de substituição já prestado
3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro ficará sem efeito, iniciando-se nessa data nova
efectivo da empresa à data de 31 de Maio de 1994, contagem de um ano se a substituição continuar;
aplica-se o regime constante da cláusula 68.a do AE c) Iniciar-se-á uma nova contagem de um ano, nos
Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e termos da alínea a), sempre que se inicie qual-
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. quer nova substituição;
d) O trabalhador está em substituição temporária
Cláusula 69.a durante o período, predeterminado ou não, de
impedimento do trabalhador substituído,
Abono para falhas devendo concluir-se na data precisa em que se
1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer- conclua essa situação de impedimento e incluir
çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo os dias de descanso semanal e feriados inter-
à sua guarda e responsabilidade valores em numerário, correntes;
será atribuído um abono mensal para falhas de 7747$. e) Os aumentos de remuneração decorrentes da
revisão da tabela salarial absorverão, na parte
2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra- correspondente, os subsídios de substituição
balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentam verba auferidos àquela data por substituições já con-
inferior a 69 743$ mensais, em média anual. cluídas.

561 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 71.a 2 — O prémio de chamada não será devido nos casos
Retribuição e subsídio de férias
em que o trabalhador seja avisado com um mínimo de
doze horas de antecedência.
1 — A retribuição correspondente ao período de
férias não pode ser inferior à que os trabalhadores rece-
beriam se estivessem em serviço efectivo. Cláusula 74.a
Subsídio de alimentação
2 — Além da retribuição prevista no número anterior,
os trabalhadores têm direito a um subsídio do mesmo 1 — Aos trabalhadores será fornecida uma refeição
montante, o qual será pago com a retribuição do mês em espécie por dia de trabalho prestado, nos locais de
anterior ao início das férias logo que o trabalhador goze actividade onde for possível a sua confecção.
pelo menos cinco dias úteis ou quatro se estiver inte-
grado em turnos de laboração contínua e o confirme 2 — As refeições fornecidas em espécie pela empresa
nos termos do n.o 11 da cláusula 43.a devem ter níveis equivalentes para todos os trabalha-
dores, seja qual for o local de trabalho, e ser servidas
3 — Para os efeitos desta cláusula, o número de dias em condições de higiene e conforto.
úteis previstos no n.o 1 da cláusula 42.a corresponde
a um mês de retribuição mensal. 3 — Quando não haja possibilidade de fornecimento
de refeição em espécie, cada trabalhador terá direito
a um subsídio de 1397$ por cada dia de trabalho
Cláusula 72.a prestado.
Retribuição da prevenção 4 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus-
1 — O trabalhador em regime de prevenção terá tificadas, não tenham prestado trabalho no período de
direito a: trabalho imediatamente anterior à refeição não terão
direito a esta ou ao subsídio respectivo.
a) 181$, acrescidos de 5,2 % da taxa horária por
cada hora que esteja de prevenção, segundo a 5 — Considera-se que os trabalhadores têm direito
escala, sendo-lhe garantido, quando chamado a uma refeição nos termos dos números anteriores
a prestar trabalho suplementar ou trabalho em quando prestem trabalho durante quatro horas entre
dias de descanso, um mínimo de duas horas se as 0 e as 8 horas.
o serviço prestado tiver sido de duração inferior;
b) A determinação das horas de prevenção, para 6 — A empresa encerrará aos sábados, domingos e
o efeito de atribuição do subsídio referido na feriados os refeitórios e atribuirá, em alternativa, o sub-
alínea anterior, resulta do somatório das horas sídio previsto nesta cláusula, salvo se os trabalhadores
correspondentes ao período de duração da interessados decidirem, por maioria, em contrário.
escala de prevenção, deduzidas das horas do
horário de trabalho, intervalo de refeição e
horas prestadas ou pagas de trabalho suplemen- Cláusula 75.a
tar e trabalho em dias de descanso, que integrem Subsídio de infantário
o período da escala.
1 — A empresa comparticipará nas despesas com a
2 — Os trabalhadores do quadro permanente da frequência de infantário ou a utilização dos serviços de
empresa à data de 31 de Maio de 1994, a quem se ama, dentro dos seguintes valores:
aplica o regime constante da cláusula 32.a do AE Por- Infantário — 9000$;
tucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, Ama — 5859$.
1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992, podem optar
pelo regime constante da presente cláusula. 2 — Não serão consideradas, para efeitos do número
anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali-
Cláusula 73.a mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência
do infantário ou a utilização dos serviços de ama.
Prémio de chamada

1 — O trabalhador que seja chamado a prestar serviço 3 — Têm direito ao subsídio de infantário as mães
na fábrica ou em qualquer outro local durante o seu e ainda viúvos, divorciados ou separados judicialmente
período de descanso diário ou em dia de descanso sema- a quem tenha sido atribuído com carácter de exclusi-
nal ou feriado e não faça parte de equipa de prevenção, vidade o poder paternal e que tenham a seu cargo filhos
ou fazendo, não esteja escalado, tem direito a receber: até 6 anos de idade, inclusive, enquanto estes não fre-
quentarem o ensino primário.
a) Prémio de chamada, no valor de uma hora de
trabalho normal, com o acréscimo previsto na 4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias,
cláusula 68.a, conforme o período em que a cha- sendo nele descontado o valor proporcional ao número
mada se verifique; de dias completos de ausência do beneficiário.
b) Pagamento do trabalho efectivamente prestado,
com a garantia mínima da retribuição de duas 5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo
horas de trabalho normal, com o acréscimo pre- que a trabalhadora possa utilizar serviços adequados
visto na cláusula 68.a, conforme o período em ao dispor da empresa ou logo que o filho perfaça 7 anos
que a chamada se verifique. de idade.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 562


Cláusula 76.a Cláusula 80.a
Subsídio de transporte Poder disciplinar

1 — A empresa obriga-se a fornecer transporte gra- 1 — A empresa tem poder disciplinar sobre os tra-
tuito a todos os trabalhadores ao seu serviço, de e para balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo
o respectivo local de trabalho, no início e termo do com as normas estabelecidas no presente acordo e na
respectivo período normal de trabalho diário, até ao lei.
limite máximo de 20 km, por estrada, para cada lado,
salvo regalias superiores já em vigor. 2 — A empresa exerce o poder disciplinar por inter-
médio do conselho de administração ou dos superiores
2 — Nos casos em que o número de trabalhadores hierárquicos do trabalhador, mediante delegação
não justifique o fornecimento de transporte ou não seja daquele.
possível à empresa fornecê-lo, será concedido um sub-
sídio ao trabalhador igual ao custo da deslocação em 3 — A acção disciplinar exerce-se obrigatoriamente
transporte público. Este subsídio não é atribuído para mediante processo disciplinar, salvo se a sanção for a
distâncias inferiores a 1 km. repreensão simples.

3 — Quando os trabalhadores residam em locais não Cláusula 81.a


servidos por transportes públicos ser-lhes-á atribuído um Sanções disciplinares
subsídio de valor equivalente àquele que é atribuído
para igual distância, nos termos previstos nos números 1 — As sanções aplicáveis aos trabalhadores pela prá-
anteriores. tica de infracção disciplinar são as seguintes:
Cláusula 77.a a) Repreensão simples;
b) Repreensão registada;
Deslocações c) Multa;
1 — O regime das deslocações em serviço é o cons- d) Suspensão do trabalho com perda de retri-
tante de regulamento interno da empresa, que faz parte buição;
integrante deste acordo. e) Despedimento com justa causa.

2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço 2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac-
implique deslocações habituais e que, com prévia auto- ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um
rização da empresa, utilizem viatura própria para o quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retri-
efeito têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido buição correspondente a 10 dias.
em serviço, em que P representa o preço da gasolina
super. 3 — A suspensão do trabalho não pode exceder, por
cada infracção, 12 dias e, em cada ano civil, o total
3 — Se a empresa constituir, em benefício do tra- de 30 dias.
balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos, Cláusula 82.a
incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
previsto no número anterior será de 0,25. Processo disciplinar

1 — O exercício do poder disciplinar implica a ave-


CAPÍTULO VIII riguação dos factos, circunstâncias ou situações em que
a alegada violação foi praticada, mediante processo dis-
Cessação do contrato de trabalho ciplinar a desenvolver nos termos da lei e dos números
seguintes.
Cláusula 78.a
Cessação do contrato de trabalho 2 — A empresa deverá comunicar a instauração do
processo ao trabalhador, à comissão de trabalhadores
O regime de cessação do contrato de trabalho é o e, caso o trabalhador seja representante sindical, à res-
previsto na lei. pectiva associação sindical.

CAPÍTULO IX 3 — Devem ser asseguradas ao trabalhador as seguin-


tes garantias de defesa:
Disciplina
a) Na inquirição, o trabalhador a que respeita o
Cláusula 79.a processo disciplinar, querendo, será assistido
Infracção disciplinar
por dois trabalhadores por ele escolhidos;
b) A acusação tem de ser fundamentada na vio-
1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul- lação das disposições legais aplicáveis, de nor-
posa pelo trabalhador dos deveres que lhe são impostos mas deste acordo ou dos regulamentos internos
pelas disposições legais aplicáveis e por este acordo. da empresa e deve ser levada ao conhecimento
do trabalhador através de nota de culpa reme-
2 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos tida por carta registada com aviso de recepção;
30 dias sobre a data em que a alegada infracção for c) Na comunicação da nota de culpa deve o tra-
do conhecimento do conselho de administração ou de balhador ser avisado de que a empresa pretende
quem for por este delegado para o exercício da acção aplicar-lhe a sanção de despedimento com justa
disciplinar. causa, se tal for a intenção daquela, e esclarecido

563 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


de que com a sua defesa deve indicar as tes- b) Recusar-se a cumprir ordens a que não deva
temunhas e outros meios de prova de que se obediência, nos termos da alínea e) da cláu-
queira servir; sula 16.a deste acordo;
d) O prazo de apresentação da defesa é de 10 dias c) Exercer ou se candidatar a funções em orga-
a contar da recepção da nota de culpa; nismos sindicais, comissões sindicais, institui-
e) Devem ser inquiridas as testemunhas indicadas ções de previdência ou outras que representem
pelo trabalhador, com os limites fixados na lei; os trabalhadores;
f) Quando o processo estiver completo, será apre- d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exer-
sentado à comissão de trabalhadores e, caso o cer ou invocar os direitos e garantias que lhe
trabalhador seja representante sindical, à res- assistem.
pectiva associação sindical, que podem, no prazo
de 10 dias, fazer juntar ao processo o seu parecer 2 — Até prova em contrário, presumem-se abusivos
fundamentado; o despedimento ou a aplicação de qualquer sanção que,
g) O conselho de administração ou quem por ele sob a aparência de punição de outra falta, tenham lugar
for delegado deverá ponderar todas as circuns- até seis meses após qualquer dos factos mencionados
tâncias, fundamentar a decisão e referenciar na nas alíneas a), b) e d) do número anterior, ou até um
mesma as razões aduzidas pela entidade men-
ano após o termo do exercício das funções referidas
cionada na alínea anterior que se tiver pro-
na alínea c), ou após a data de apresentação da can-
nunciado;
h) A decisão do processo deve ser comunicada ao didatura a essas funções, quando as não venha a exercer,
trabalhador, por escrito, com indicação dos fun- se já então, num ou noutro caso, o trabalhador servia
damentos considerados provados. a empresa.

4 — A falta das formalidades referidas nas alíneas b), 3 — É também considerado abusivo o despedimento
f), g) e h) do número anterior determina a nulidade da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante
insuprível do processo e a consequente impossibilidade a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela
de se aplicar a sanção. e este sejam conhecidos da empresa.

5 — Se, no caso do número anterior, a sanção for


aplicada e consistir no despedimento, o trabalhador terá Cláusula 84.a
os direitos consignados na lei. Consequências gerais da aplicação de sanções abusivas

6 — Se, no caso do n.o 4, a sanção consistir no des- 1 — Se a empresa aplicar alguma sanção abusiva nos
pedimento, o trabalhador tem direito a indemnização casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior,
a determinar nos termos gerais de direito. indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito,
com as alterações constantes dos números seguintes.
7 — O trabalhador arguido em processo disciplinar
pode ser suspenso preventivamente até decisão final, 2 — Se a sanção consistir no despedimento, a inde-
nos termos da lei, mantendo, porém, o direito à retri- mnização não será inferior ao dobro da fixada na lei
buição e demais regalias durante o tempo em que durar para despedimento nulo, sem prejuízo do direito do tra-
a suspensão preventiva. balhador optar pela reintegração na empresa, nos ter-
mos legais.
8 — Em caso de suspensão preventiva, a empresa
obriga-se a comunicá-la ao órgão referido na alínea f) 3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não
do n.o 3 no prazo máximo de cinco dias. será inferior a 10 vezes a importância da retribuição
perdida.
9 — As sanções serão comunicadas ao sindicato res-
pectivo no prazo máximo de cinco dias. Cláusula 85.a
Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas
10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
lugar nos três meses subsequentes à decisão. 1 — Se a empresa aplicar alguma sanção abusiva no
caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 83.a,
11 — O trabalhador, por si ou pelo seu representante, o trabalhador terá os direitos consignados na cláusula
pode recorrer da decisão do processo disciplinar para anterior, com as seguintes alterações:
o tribunal competente.
a) Em caso de despedimento, a indemnização
nunca será inferior à retribuição correspondente
12 — Só serão atendidos para fundamentar o des-
pedimento com justa causa os factos para o efeito expres- a um ano;
samente invocados na comunicação prevista na alínea h) b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior
do n.o 3. são elevados para o dobro.
Cláusula 83.a 2 — Se se tratar de caso previsto no n.o 3 da cláu-
Sanções abusivas sula 83.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar
pela reintegração na empresa, nos termos legais, a
1 — Consideram-se abusivas as sanções disciplinares indemnização será o dobro da fixada na lei para des-
motivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou por pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri-
iniciativa do sindicato que o represente: buições que a trabalhadora teria direito a receber se
a) Haver reclamado legitimamente contra as con- continuasse ao serviço até final do período aí fixado,
dições de trabalho; consoante a que for mais elevada.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 564


CAPÍTULO X de acordo com as disposições legais aplicáveis, a fim
de se verificar se o trabalho é prestado sem prejuízo
Condições particulares de trabalho da saúde e normal desenvolvimento físico e intelectual.
Cláusula 86.a
2 — Os resultados da inspecção referida no número
Direitos especiais do trabalho feminino anterior devem ser registados e assinados pelo médico
1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos nas respectivas fichas clínicas ou em caderneta própria.
especiais:
3 — Aos trabalhadores com idade inferior a 18 anos
a) Durante o período de gravidez, e até seis meses é proibido:
após o parto ou aborto clinicamente compro-
vado, não executar tarefas desaconselhadas por a) Prestar trabalho durante o período nocturno;
indicação médica, devendo ser imediatamente b) Executar serviços que exijam esforços prejudi-
transferidas para trabalhos que as não preju- ciais à sua saúde e desenvolvimento físico nor-
diquem, sem prejuízo da retribuição do tra- mal e ocupar postos de trabalho sujeitos a altas
balho; ou baixas temperaturas, elevado grau de toxi-
b) Cumprir um período de trabalho diário não cidade, poluição ambiente ou sonora e radioac-
superior a sete horas, quando em estado de gra- tividade.
videz; no caso de prestação de trabalho normal
nocturno, essa redução incidirá obrigatoria- Cláusula 88.a
mente sobre o período nocturno;
c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por Trabalhadores-estudantes
motivo de consultas médicas pré-natais devida-
mente comprovadas, quando em estado de 1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes
gravidez; é o previsto na lei, sem prejuízo do disposto no número
d) Gozar, por ocasião do parto, uma licença de seguinte.
parto em conformidade com a lei, que poderá
ter início um mês antes da data prevista para 2 — Aos trabalhadores-estudantes será concedida dis-
o parto; pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia
e) Em caso de hospitalização da criança a seguir de aulas, quando necessário, para a frequência e pre-
ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper paração destas.
a licença de parto, desde a data do internamento
da criança até à data em que esta tenha alta, 3 — O regime de dispensa previsto no número ante-
retomando-a a partir daí até ao final do período; rior não é acumulável com qualquer outro regime pre-
este direito só pode ser exercido até 12 meses visto neste acordo.
após o parto;
f) Interromper o trabalho diário por duas horas, 4 — Para que os trabalhadores em regime de turnos
repartidas pelo máximo de dois períodos, para possam beneficiar do disposto nesta cláusula e na
prestar assistência aos filhos, até 12 meses após seguinte, a empresa, sem prejuízo para o funcionamento
o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos dos serviços, diligenciará mudá-los para horário com-
referidos nesta alínea podem ser utilizados no patível com a frequência do curso ou facilitará as trocas
início ou antes do termo de cada dia de trabalho; de turnos.
g) Suspender o contrato de trabalho, com perda
de retribuição, pelo período de seis meses, pror- 5 — A empresa facilitará, tanto quanto possível, a uti-
rogáveis por períodos sucessivos de três meses, lização dos seus transportes nos circuitos e horários
até ao limite máximo de dois anos, a iniciar existentes.
no termo da licença de parto prevista na
alínea d); 6 — É considerada falta grave a utilização abusiva
h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian- das regalias atribuídas nesta cláusula.
ças com idade inferior a três anos, uma licença
de 60 dias a contar do início do processo de
adopção. Considera-se início do processo de Cláusula 89.a
adopção a data em que a criança é entregue Outra regalias de trabalhadores-estudantes
à adoptante pelas entidades competentes;
i) Utilizar infantários da empresa, sendo-lhes, na 1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
falta destes, atribuído um subsídio nos termos cláusula depende do reconhecimento por parte da
da cláusula 75.a empresa do interesse do curso frequentado para a car-
reira profissional do trabalhador nesta, bem como da
2 — O regime de dispensa previsto na alínea f) do verificação das condições de aproveitamento previstas
número anterior não é acumulável, no mesmo período no n.o 2.
de trabalho, com qualquer outro previsto neste acordo.
2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
a cláusula está, ainda, dependente da verificação cumu-
Cláusula 87. lativa das seguintes condições:
Trabalho de menores
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo
1 — Pelo menos uma vez por ano, a empresa asse- do curso frequentado ou no mesmo número de
gurará a inspecção médica dos menores ao seu serviço, disciplinas, quando em anos sucessivos;

565 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos, ciais anteriormente existentes na empresa, pelo que a
dois terços do número de disciplinas do ano sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à
em que encontrava anteriormente matriculado. renúncia expressa, por parte dos trabalhadores, a esses
regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato
3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen- individual de trabalho.
tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias
previstas nesta cláusula os trabalhadores que:
a) Não obtenham aproveitamento em qualquer CAPÍTULO XII
disciplina por falta de assiduidade;
b) Permaneçam no mesmo ano lectivo mais de dois Segurança, higiene e saúde no trabalho
anos.
Cláusula 91.a
4 — As regalias especiais de trabalhadores-estudantes
são as seguintes: Obrigações da entidade patronal

a) Reembolso das despesas efectuadas com matrí- 1 — A empresa assegurará aos trabalhadores con-
culas e propinas, contra apresentação de docu- dições de segurança, higiene e saúde em todos os aspec-
mento comprovativo das mesmas, após prova tos relacionados com o trabalho.
de aproveitamento em, pelo menos, 50 % das
disciplinas que constituem o ano do curso que 2 — Para efeitos do número anterior, a empresa apli-
se frequenta, e na proporção do aproveitamento cará as medidas necessárias, tendo em conta as políticas,
tido; os princípios e as técnicas previstos na legislação nacio-
b) Reembolso, nas condições referidas na alínea nal sobre esta matéria.
anterior, das despesas com material didáctico
recomendado, dentro dos limites seguidamente
indicados: 3 — Para a aplicação das medidas necessárias no
campo da segurança, higiene e saúde no trabalho
Até ao 6.o ano de escolaridade — 9752$/ano; (SHST), a empresa deverá assegurar o funcionamento
Do 7.o ao 9.o ano de escolaridade — de um serviço de SHST dotado de pessoal certificado
12 898$/ano; e de meios adequados e eficazes, tendo em conta os
Do 10.o ao 12.o ano de escolaridade — riscos profissionais existentes nos locais de trabalho.
16 914$/ano;
Ensino superior ou equiparado — 31 212$/ano. 4 — Para promoção e avaliação das medidas aplicadas
no domínio da SHST, deve a empresa assegurar a infor-
5 — O pagamento das despesas referidas no número mação, consulta e participação dos trabalhadores e das
anterior será feito pelos valores praticados no ensino suas organizações representativas, assim como dos seus
público, mediante entrega de comprovativo. representantes na empresa.
6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da 5 — A empresa actuará de forma a facilitar e garantir
empresa, de atribuição de funções ou categoria de a eleição, funcionamento e organização das actividades
acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten- dos RT-SHST e das CHST na empresa e nas relações
der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço. destes representantes dos trabalhadores com o exterior
Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer de acordo com a lei.
ao serviço da empresa por um período mínimo de dois
anos. 6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação e
formação adequada e suficiente em todos os domínios
CAPÍTULO XI da SHST tendo em conta as respectivas funções e o
Regalias sociais posto de trabalho.

Cláusula 90.a 7 — A empresa deverá ainda proporcionar condições


Regalias sociais
para que os RT-SHST e os membros das CHST na
empresa possam receber informação e formação ade-
1 — A empresa garantirá a todos os seus trabalha- quada, concedendo, para tanto, se necessário, licença
dores, nas condições das normas constantes de regu- sem retribuição.
lamento próprio que faz parte integrante deste acordo,
as seguintes regalias: 8 — A empresa não pode prejudicar, de qualquer
a) Seguro social; forma, os trabalhadores pelas suas actividades na SHST
b) Complemento de subsídio de doença e acidentes ou em virtude de estes se terem afastado do seu posto
de trabalho; de trabalho ou de uma área perigosa, em caso de perigo
c) Subsídio de casamento; grave e imediato, ou por terem adoptado medidas para
d) Subsídio especial a deficientes; a sua própria segurança ou de outrem.
e) Complemento de reforma;
f) Subsídio de funeral. 9 — Os encargos financeiros provenientes das acti-
vidades da SHST na empresa deverão ser assegurados
2 — O regime global de regalias sociais previsto no na íntegra por esta, nomeadamente as dos represen-
número anterior substitui quaisquer outros regimes par- tantes dos trabalhadores.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 566


Cláusula 92.a porcionalidade e por igual número de representantes
Obrigações dos trabalhadores
da entidade patronal, a indicar por esta.

1 — Os trabalhadores são obrigados a cumprir as 4 — A composição do número de elementos efectivos


prescrições da SHST estabelecidas nas disposições legais e suplentes, as formas de funcionamento e de finan-
ou convencionais aplicáveis e as instruções determinadas ciamento, a distribuição de tarefas, o número de reu-
com esse fim pelo empregador. niões, a localização da sua sede e todos os outros aspec-
tos relacionados com a sua actividade deverão constar
2 — É obrigação dos trabalhadores zelar pela sua de um regulamento interno a acordar entre todos os
segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde elementos que compõem a CHST na sua primeira
das outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas reunião.
acções ou omissões no trabalho.
5 — O trabalho de membro da comissão de higiene
3 — Os trabalhadores deverão cooperar na empresa, e segurança no trabalho não substitui as tarefas decor-
estabelecimento ou serviço para melhoria do sistema rentes da acção profissional dos serviços de segurança
de segurança e higiene e saúde no trabalho. nem dos RT-SHST previstos na lei.

4 — É obrigação dos trabalhadores participarem nas Cláusula 95.a


actividades, procurarem a informação e receberem a
Equipamento de protecção
formação sobre todos os aspectos relacionados com a
SHST, assim como comunicar imediatamente ao supe- 1 — A atribuição de equipamento de protecção,
rior hierárquico ou, não sendo possível, aos RT-SHST, incluindo vestuário, terá em consideração os riscos exis-
previstos na cláusula 93.o, as avarias e deficiências por tentes nos locais de trabalho e será objecto de regu-
si detectadas que se lhes afigurem susceptíveis de ori- lamentação específica.
ginar perigo grave e iminente, assim como qualquer
defeito verificado nos sistemas de protecção. 2 — Incorre em infração disciplinar grave o traba-
lhador que não utilize o equipamento de protecção posto
Cláusula 93.a à sua disposição ou não cumpra as regras de segurança
em vigor.
Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene
e saúde no trabalho (RT-SHST)
3 — Para além do disposto no número anterior, o
1 — Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei, não uso do equipamento de protecção em caso de aci-
a eleger e a serem eleitos RT-SHST. dente, tem como consequência a não reparação dos
danos causados ao trabalhador, nos termos da lei.
2 — É direito das organizações sindicais participarem
e intervirem na empresa na organização e eleição dos Cláusula 96.a
RT-SHST.
Medicina no trabalho
3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos 1 — A empresa organizará e manterá serviços médi-
os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo cos no trabalho e velará pelo seu bom funcionamento,
o princípio da representação pelo método de Hondt, nos termos da regulamentação legal em vigor.
podendo concorrer à eleição listas apresentadas pelas
organizações sindicais ou subscritas por 20 % dos tra- 2 — Os serviços referidos no número anterior, que
balhadores. têm por fim a defesa da saúde dos trabalhadores e a
vigilância das condições de higiene no trabalho, têm,
4 — As funções, actividades, direitos e obrigações dos essencialmente, carácter preventivo e ficam a cargo dos
RT-SHST são os decorrentes da legislação específica. médicos do trabalho.

5 — O crédito individual mensal para o exercício de 3 — São atribuições do médico do trabalho, nomea-
funções de RT-SHST é o previsto na lei. damente:
a) Identificação dos postos de trabalho com risco
Cláusula 94.a de doenças profissionais ou de acidentes de
Comissões de higiene e segurança no trabalho (CHST) trabalho;
b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores
1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con- de acidentes de trabalho;
certação social ao nível da empresa, para as questões c) Organização de cursos de primeiros socorros
de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho, e de prevenção de acidentes de trabalho e doen-
serão criadas em cada empresa comissões de higiene ças profissionais com o apoio dos serviços téc-
e segurança no trabalho (CHST). nicos especializados oficiais ou particulares;
d) Exame médico de admissão e exames periódicos
2 — As CHST são comissões de composição numérica especiais dos trabalhadores, particularmente das
variável, paritárias, de representação dos trabalhadores mulheres, dos menores, dos expostos a riscos
e da empresa, e com acção exclusiva no interior da específicos e dos indivíduos de qualquer forma
empresa. inferiorizados.

3 — São constituídas pelos RT-SHST referidos no 4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão
número anterior, com respeito pelo princípio da pro- dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo

567 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


da retribuição, qualquer que seja o tempo despendido movimentação de produtos, limpeza de equipamentos
para o efeito. e instalações.
CAPÍTULO XIII Ajudante. — É o trabalhador que, sob orientação de
Disposições globais e finais trabalhador de nível superior, é responsável pela exe-
cução de tarefas predominantemente manuais de carác-
Cláusula 97.a ter auxiliar ou não, pouco complexas.
Comissão paritária
Ajudante de processo (pasta/papel/energia). — É o tra-
1 — Será constituída uma comissão paritária formada balhador que executa, em colaboração directa com os
por seis elementos, dos quais três são representantes trabalhadores, tarefas e operações simples no âmbito
da empresa e quatro representantes das organizações da produção. Assegura serviços de movimentação de
sindicais outorgantes; de entre estes, é obrigatória a pre- produtos de limpeza de equipamentos e instalações.
sença das organizações sindicais representantes dos inte-
resses em causa. Analista de laboratório. — É o trabalhador que,
segundo a orientação ou instruções recebidas, executa
2 — A comissão paritária tem competência para inter- análises e ensaios laboratoriais, físicos ou químicos, com
pretar as cláusulas do presente acordo de empresa. vista a determinar ou controlar a composição e pro-
priedade de matérias-primas, produtos acabados, sub-
3 — As deliberações tomadas por unanimidade con- produtos ou outros materiais, bem como das respectivas
sideram-se como regulamentação do presente acordo condições de utilização, podendo igualmente incumbir-
de empresa e serão depositadas e publicadas nos mes- -lhe a execução de tarefas complementares e inerentes
mos termos. a essas actividades, tais como a eventual recolha de
amostras, a preparação e aferição de soluções ou rea-
4 — As deliberações deverão constar de acta lavrada gentes, a conservação do bom estado e calibragem do
logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes. equipamento de laboratório. Apoia tecnicamente os pos-
tos de controlo fabris.
5 — A comissão paritária reunirá sempre que seja
convocada por uma das partes, com a antecedência Analista principal. — É o trabalhador que executa
mínima de 10 dias, constando da convocação a ordem análises quantitativas e outros trabalhos que exijam
de trabalhos. conhecimentos técnicos especializados no domínio da
química laboratorial ou industrial. Pode dirigir e orientar
6 — A comissão paritária definirá as regras do seu tecnicamente grupos de trabalho no âmbito de ensaios
funcionamento, garantindo-lhe a empresa os meios de químicos ou físicos inerentes ao controlo do processo.
apoio administrativo necessários para o mesmo, sem pre-
juízo para os serviços. Analista qualificado. — É o analista principal capaz
de desempenhar indistintamente todas as funções das
7 — As despesas emergentes do funcionamento da diferentes especialidades próprias da sua área de acti-
comissão paritária serão suportadas pela empresa. vidade, com o perfeito conhecimento dos processos e
métodos aplicados, bem como do processo industrial
Cláusula 98.a que apoia. Pode desempenhar actividades, incluindo
chefia de profissionais menos qualificados, no âmbito
Convenção globalmente mais favorável
da sua especialidade e no do estudo do processo.
1 — As partes outorgantes reconhecem o carácter glo-
balmente mais favorável do presente acordo relativa- Arquivista técnico dos graus I e II. — É o trabalhador
mente a todos os instrumentos de regulamentação colec- que arquiva os elementos respeitantes à sala de desenho,
tiva anteriormente aplicáveis à empresa, que ficam inte- nomeadamente desenhos, catálogos, normas e toda a
gralmente revogados. São igualmente revogados todos documentação inerentes ao sector técnico, cabendo-lhe
os regulamentos internos da empresa elaborados ao também organizar e preparar os respectivos processos.
abrigo daqueles instrumentos de regulamentação colec-
tiva. Arvorado. — É o trabalhador que chefia uma equipa
de oficiais da mesma categoria e de trabalhadores indi-
2 — Da aplicação do presente acordo não poderá ferenciados. Desempenha também tarefas de execu-
resultar baixa de categoria, grau, nível ou classe, apli- tante.
cando-se o regime nele previsto a todos os trabalhadores
ao serviço da empresa, mesmo que eles estejam a auferir Assistente administrativo. — É o trabalhador que exe-
regalias mais favoráveis, isto sem prejuízo do reconhe- cuta as tarefas de natureza administrativa. Opera equi-
cimento dos regimes especiais constantes das cláusu- pamento de escritório, nomeadamente de tratamento
las 33.a, 40.a, 62.a, 68.a e 72.a automático de informação (terminais de computadores
e microcomputadores), teleimpressoras, telecopiadoras
ANEXO I e outros. Pode exercer funções de secretariado, traduzir
Definição de funções
e retroverter documentos. Quando dos graus IV e V,
pode realizar estudos e análises sob a orientação da
Ajudante geral. — É o trabalhador que, sob a orien- chefia, prestando apoio técnico a profissionais de cate-
tação de nível superior, executa tarefas auxiliares, no goria superior. Pode ser-lhe atribuída a chefia de pro-
âmbito da sua área de actividade. Assegura serviços de fissionais menos qualificados.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 568


Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe- conduz. Se habilitado com a carta de condução pro-
cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun- fissional, pode exercer funções de motorista.
cionamento do escritório, nomeadamente reprodução
e transmissão de documentos, estabelecimento de liga- Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
ções telefónicas e envio, preparação, distribuição e porte qualificado. — É o trabalhador, oriundo da cate-
entrega de correspondência e objectos inerentes ao ser- goria de condutor de máquinas e aparelhos de elevação
viço interno e externo. Recebe, anuncia e presta infor- e transporte principal, que conduz quaisquer tipos de
mações a visitantes, podendo, quando necessário, exe- máquinas de força motriz para transporte e arrumação
cutar trabalhos de dactilografia e outros afins. Presta de materiais ou produtos dentro das instalações indus-
serviços correlativos ao funcionamento dos escritórios. triais. Controla e coordena equipas polivalentes, que
pode chefiar quando necessário. Quando devidamente
Chefe de departamento. — É o trabalhador que estuda, habilitado e treinado desempenha funções de motorista.
organiza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários
serviços da Empresa, as actividades que lhe são próprias. Desenhador de execução do graus II-A, II-B e I. — É
Exerce, dentro do serviço que chefia e na esfera da o trabalhador que exerce, eventualmente com o apoio
sua competência, funções de direcção, orientação e fis- de profissionais de desenho mais qualificados, funções
calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento gerais da profissão de desenhador numa das áreas
das actividades dos serviços, segundo as orientações e seguintes:
fins definidos. Pode executar tarefas específicas respei- a) Desenho técnico — executa desenhos rigorosos
tantes aos serviços que chefia. Pode colaborar na defi- com base em croquis, por decalque ou por ins-
nição das políticas inerentes à sua área de actividade truções orais ou escritas, estabelecendo crite-
e na preparação das respectivas decisões estratégicas. riosamente a distribuição das projecções orto-
gonais, considerando escalas e simbologias
Chefe de equipa. — É o trabalhador que, sob orien- aplicadas, bem como outros elementos adequa-
tação directa do superior hierárquico, dirige e orienta dos à informação a produzir; executa alterações,
tecnicamente um grupo de trabalhadores, que pode ser reduções ou ampliações de desenho, a partir
do grau equivalente ao seu, sem ser chefe de equipa de indicações recebidas ou por recolha de ele-
da mesma área profissional, desempenhando também mentos; executa desenhos de pormenor ou de
tarefas de executante. implantação com base em indicações e elemen-
tos detalhados recebidos; efectua esboços e
Chefe de secção (administrativo/industrial). — É o tra- levantamento de elementos existentes; executa
balhador que coordena, dirige e controla o trabalho de outros trabalhos, como efectuar legenda;
um grupo de profissionais nos aspectos funcionais e b) Desenho gráfico — executa desenhos de artes
hierárquicos. gráficas, arte final ou publicitária, a partir de
esboços ou maquetas que lhe são distribuídas;
Chefe de sector (administrativo/industrial). — É o tra- executa gráficos, quadros, mapas e outras repre-
balhador que planifica, coordena e desenvolve activi- sentações simples a partir de indicações e ele-
dades do sector que chefia, assegurando o cumprimento mentos recebidos; executa outros trabalhos,
dos programas e objectivos fixados superiormente. como colorir ou efectuar legendas.
Orienta nos aspectos funcionais e hierárquicos os pro-
fissionais do sector. Desenhador de execução (grau principal). — Para além
das funções respeitantes aos grupos anteriores, é soli-
Chefe de serviço. — É o trabalhador que estuda, orga- citado a executar trabalhos mais complexos, no âmbito
niza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários ser- da sua área profissional, com maior autonomia, con-
viços da Empresa, as actividades que lhe são próprias; siderando o seu grau de experiência, conhecimentos e
exerce, dentro do serviço que chefia, e nos limites da aptidão. Desenvolve as suas funções em uma ou mais
sua competência, funções de direcção, orientação e fis- especialidades. Pode coordenar o trabalho, para tarefas
calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento bem determinadas, de outros profissionais de grau infe-
das actividades dos serviços, segundo as orientações e rior, constituídos em equipa, que não chefia.
fins definidos. Pode executar tarefas específicas relativas
aos serviços que chefia. Desenhador projectista. — É o trabalhador que, a par-
tir de um programa dado, verbal ou escrito, concebe
Condutor de máquinas, aparelhos de elevação e trans- anteprojectos de um conjunto ou partes de um conjunto,
porte. — É o trabalhador que conduz guinchos, pórticos procedendo ao seu estudo, esboço ou desenho, efec-
rolantes, empilhadores, gruas de elevação e quaisquer tuando os cálculos que, não sendo específicos de enge-
outras máquinas de força motriz para transporte e arru- nharia, sejam necessários à sua estruturação e inter-
mação de materiais ou produtos dentro dos estabele- ligação. Observa e indica, se necessário, normas e
cimentos industriais. regulamentos a seguir na execução, assim como os ele-
mentos para orçamento. Colabora, se necessário, na ela-
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans- boração de cadernos de encargos. Pode coordenar gru-
porte principal. — É o trabalhador, oriundo da categoria pos de trabalho para tarefas bem determinadas, que
de condutor de máquinas e aparelhos de elevação e não chefia.
transporte de 1.a, que conduz quaisquer máquinas de
força motriz para transporte e arrumação de materiais Director de departamento/serviços. — É o trabalhador
ou produtos dentro das instalações industriais. É res- responsável perante o conselho de administração, ou
ponsável pelo acondicionamento dos materiais, bem seus representantes, pela gestão das estruturas funcio-
como pela conservação e manutenção dos veículos que nais ou operacionais. Participa na definição das políticas,

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bem como na tomada de decisões estratégicas inerentes ou expedidas e a respectiva documentação. Encarrega-se
à sua área de actividade. da arrumação e conservação de mercadorias e materiais.
Distribui mercadorias ou materiais pelos sectores (clien-
Distribuidor de trabalho. — É o trabalhador que faz tes) da Empresa. Informa sobre eventuais anomalias
coordenadamente lançamento dos trabalhos na execu- de existências, bem como sobre danos e perdas. Cola-
ção, atendendo a graus de urgência, disponibilidade e bora com o superior hierárquico na organização do
qualificação de mão-de-obra, após se ter assegurado que material no armazém, podendo desempenhar outras
os postos de trabalho foram em tempo oportuno abas- tarefas complementares no âmbito das funções do ser-
tecidos de materiais, ferramentas e documentos infor- viço em que está inserido.
mativos. Controla a progressão dos trabalhos e a devo-
lução de materiais excedentes, ferramentas e documentos Fiel de armazém principal. — É o trabalhador que,
informativos. pelo seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão,
possui um nível de qualificação que permite que lhe
Electricista principal. — É o trabalhador que se encon- seja conferida ampla autonomia e atribuição de com-
tra, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, petência específica na execução das tarefas mais com-
habilitado a que lhe seja conferida grande autonomia plexas do âmbito da secção em que trabalha, cuja rea-
a atribuição de competência na execução das tarefas lização pode implicar formação específica, no âmbito
mais complexas no âmbito da sua área profissional, cuja da profissão de fiel, podendo ainda coordenar trabalho
realização pode implicar formação específica. Pode de outros profissionais de qualificação inferior em equi-
coordenar o trabalho de outros profissionais de grau pas constituídas para tarefas bem determinadas, que não
inferior em equipas constituídas para tarefas bem deter- chefia.
minadas, que não chefia.
Fiel de armazém qualificado. — É o trabalhador,
Encarregado fabril. — É o trabalhador que, na sua oriundo da categoria profissional de fiel de armazém
área profissional, é responsável pela aplicação do pro- principal, que executa as tarefas mais especializadas de
grama de produção, conservação, montagem e constru- armazém. O seu trabalho requer maiores conhecimentos
ção, assegurando a sua execução. Coordena e dirige o e experiência. Sob a orientação de um superior hie-
modo de funcionamento da respectiva área, por forma rárquico, coordena e controla as tarefas de um grupo
a obter dela o melhor rendimento. É responsável pela de trabalhadores da mesma área de actividade, que
coordenação e utilização do pessoal sob a sua chefia chefia.
nos aspectos funcionais, administrativos e disciplinares.
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras convencio-
Encarregado geral fabril. — É o trabalhador que, na nais). — É o trabalhador que alimenta e conduz gera-
sua área profissional, colabora na elaboração dos pro- dores de vapor (caldeiras convencionais), competindo-lhe,
gramas de produção e manutenção, assegurando a sua além do estabelecido pelo Regulamento da Profissão
execução. Faz cumprir, no local onde se executam as de Fogueiro, fazer reparações de conservação e manu-
tarefas, a orientação geral que lhe foi superiormente tenção nos geradores de vapor (caldeiras convencionais)
comunicada, por forma a assegurar, quer o melhor ren- e providenciar pelo bom funcionamento dos acessórios,
dimento produtivo das instalações quer a conservação, bem como pelas bombas de alimentação de água e com-
reparação e montagem nas áreas da sua responsabi- bustível, na central. Comunica superiormente anomalias
lidade específica. Para o exercício da sua actividade terá verificadas. Procede a registos para a execução de grá-
de resolver problemas de pessoal, problemas de apro- ficos de rendimento.
visionamento e estabelecer ligações ou colaborar com
outros serviços. Fogueiro encarregado. — É o trabalhador responsável
pela condução de uma ou mais caldeiras, orientando
Encarregado de turno fabril. — É o trabalhador que e coordenando a actividade de outros fogueiros e aju-
dirige, controla e coordena directamente o funciona- dantes. Vigia as condições de funcionamento das ins-
mento das diferentes instalações de produção, tendo talações e equipamento. Verifica e previne as condições
em vista o equilíbrio de todos os processos nos seus de segurança do equipamento e do pessoal. Poderá asse-
aspectos qualitativos, quantitativos e de segurança, gurar a lubrificação do equipamento a seu cargo. Con-
garantindo o cumprimento do programa superiormente trola, regula e regista variáveis processuais. Integra-se
definido. É responsável pela coordenação e utilização em equipas de manutenção.
do pessoal sob a sua chefia, nos aspectos funcionais,
administrativos e disciplinares. Guarda. — É o trabalhador que assegura a defesa,
vigilância e conservação das instalações à sua respon-
Expedidor. — É o trabalhador que é responsável pelo sabilidade e de outros valores que lhe sejam confiados.
controlo das expedições em veículos de transporte e Controla as entradas e saídas de mercadorias, veículos
pelo carregamento dos mesmos. Substitui o responsável e materiais. Procede a pesagens e contagens, registando
da expedição na sua falta. Pode movimentar viaturas, os respectivos elementos. Transmite superiormente
à responsabilidade da empresa, em toda a área de arma- qualquer facto relevante verificado. Pode, mediante
zém e cais de carga. indicação da Empresa, ocupar-se das ligações telefó-
nicas, podendo fazer o chamamento dos meios de
Fiel de armazém. — É o trabalhador que procede às transporte.
operações de entrada ou saída de mercadorias ou mate-
riais. Identifica e codifica os produtos e procede à rejei- Lubrificador. — É o trabalhador que lubrifica as
ção dos que não obedeçam aos requisitos contratuais. máquinas, veículos e ferramentas, muda óleos nos perío-
Examina a concordância entre as mercadorias recebidas dos recomendados, executa os trabalhos necessários

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para manter em boas condições os pontos de lubrifi- Oficial metalúrgico principal. — É o trabalhador que
cação. Procede à recolha de amostras de lubrificantes se encontra, pelo seu grau de experiência, conhecimen-
e presta informações sobre eventuais anomalias que tos e aptidão, habilitado a que lhe seja conferida grande
detecta. autonomia e atribuição de competência na execução das
tarefas mais complexas no âmbito da sua área profis-
Lubrificador principal. — É o lubrificador de 1.a que sional, cuja realização pode implicar formação especí-
se encontra, pelo seu grau de experiência, conhecimen- fica. Pode coordenar o trabalho de outros profissionais
tos e aptidão, habilitado a que lhe seja conferida grande de grau inferior em equipas constituídas para tarefas
autonomia e atribuição de competência na execução das bem determinadas, que não chefia.
tarefas mais complexas no âmbito da sua área profis-
sional, cuja realização pode implicar formação especí- Operador de computador estagiário. — É o trabalhador
fica. Pode coordenar o trabalho de outros profissionais que desempenha as funções de operador de computador
de grau inferior em equipas constituídas para tarefas sob a orientação e supervisão de um operador.
bem determinadas, que não chefia.
Operador de computador. — É o trabalhador que
Lubrificador qualificado. — É o trabalhador oriundo opera e controla o sistema de computador, prepara o
da categoria profissional de lubrificador principal que sistema para execução dos programas e é responsável
executa as tarefas mais especializadas da sua actividade. pelo cumprimento dos tempos previstos para cada pro-
O seu trabalho requer maiores conhecimentos e expe- cessamento, de acordo com as normas em vigor.
riência. Sob a orientação de um superior hierárquico
coordena e controla as tarefas de um grupo de traba- Operador de computador principal. — É o operador
lhadores da mesma área de actividade, que chefia. de computador que, pelo seu grau de experiência, conhe-
cimentos e aptidão, possui um nível de qualificação que
Motorista (pesados ou ligeiros). — É o trabalhador permite que lhe seja conferida ampla autonomia na exe-
que, possuindo carta de condução, tem a seu cargo a cução das tarefas mais complexas do âmbito da operação
condução de veículos automóveis (ligeiros ou pesados), de computador, podendo ainda coordenar trabalho de
competindo-lhe ainda zelar pela boa conservação e lim- outros profissionais de qualificação inferior.
peza do veículo e pela carga que transporta. Verifica
diariamente os níveis de óleo e de água. Operador de computador qualificado. — É o trabalha-
dor, oriundo da categoria profissional de operador de
Motorista principal. — É o trabalhador, oriundo da computador principal, que executa as tarefas mais espe-
categoria profissional de motorista, que, para além de cializadas de operações de computadores. O seu tra-
orientar e auxiliar as operações de carga e descarga balho requer maior experiência e conhecimentos. Sob
de mercadorias, assegura o bom estado de funciona- a orientação do superior hierárquico coordena e con-
mento do veículo, procedendo à sua limpeza e zelando trola as tarefas de um grupo de operadores de com-
pela sua manutenção, lubrificação e reparação. Pode putador, que chefia.
eventualmente conduzir máquinas de força motriz no
interior das instalações fabris. Operador industrial. — É o trabalhador que, utili-
zando o equipamento instalado, realiza transformações
Motorista qualificado. — É o trabalhador, oriundo da (processos e operações) fisíco-químicas, ou simples-
categoria profissional de motorista principal, que, para mente físicas, que optimiza no sentido de obter a melhor
além de desempenhar as funções inerentes àquela cate- eficiência. As acções que desenvolve consistem, funda-
goria, controla e coordena equipas polivalentes, que mentalmente, na condução de equipamentos, em função
pode chefiar, quando necessário. Coordena a actividade dos valores analíticos (resultados de análises feitas ou
de conservação e manutenção de viaturas. Quando devi- não pelo operador) e de leitura de instrumentos de
damente habilitado e treinado, conduz máquinas de medida diversos. Compete, ainda, ao operador de pro-
força motriz no interior das instalações industriais. cesso velar pelo comportamento e estado de conservação
do equipamento, verificar os níveis dos instrumentos
Oficial de conservação qualificado. — É o trabalhador e lubrificantes; colaborar em trabalhos de manutenção,
oficial metalúrgico ou electricista principal capaz de manter limpa a sua área de trabalho, fazer relatórios
desempenhar indistintamente todas as funções das dife- de ocorrência do seu turno, participando anomalias de
rentes especialidades próprias da sua área de actividade, funcionamento que não possa ou não deva corrigir. Esta
com perfeito conhecimento dos sectores onde trabalha, definição aplica-se aos operadores que operam nos equi-
bem como as instalações e equipamentos das áreas a pamentos e áreas, nomeadamente nas seguintes:
que presta assistência. Pode desempenhar funções de
chefe de equipa, nomeadamente nas paragens técnicas Áreas Subáreas

das instalações.
A — Produção de papel . . . . . . . . A1 — Preparação de pasta e adi-
Oficial electricista. — É o trabalhador que executa, tivos; condução (zona húmida)
modifica, conserva e repara instalações eléctricas de alta e secagem (zona seca).
e ou baixa tensão, desde que devidamente encartado; A2 — Acabamentos.
B — Produção de energia . . . . . . B1 — Produção e distribuição de
orienta o assentamento de estruturas para suporte de vapor e energia.
aparelhagem eléctrica; participa nos ensaios de circuitos, B2 — Bombagem e tratamento
máquinas e aparelhagem, inspeccionando periodica- de águas.
mente o seu funcionamento, com vista a detectar defi-
ciências de instalação e funcionamento. Guia-se nor- Operador de processo extra. — É o trabalhador ope-
malmente por esquemas e outras especificações técnicas. rador de processo qualificado que desempenha indis-

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tintamente todas as funções de produção de pasta ou caldeiras de recuperação e que assegura também as fun-
papel. Pode coordenar o serviço de profissionais em ções inerentes à condução da central termoeléctrica.
equipas, que chefia, nos aspectos funcionais, adminis-
trativos e disciplinares. Colabora com os encarregados Praticante. — É o trabalhador que, sob orientação,
ou chefes de turnos no desempenho das suas funções, coadjuva nos trabalhos e executa trabalhos simples e
podendo substituí-los sempre que necessário. operações auxiliares.

Operador de processo de 1.a (pasta, papel e ener- Pré-oficial electricista. — É o trabalhador que coad-
gia). — É o trabalhador qualificado com formação téc- juva os oficiais e, cooperando com eles, executa tra-
nica específica e experiência profissional que lhe permite balhos de menor responsabilidade.
executar tarefas de operação, compreendendo a respon-
sabilidade de condução e orientação de máquinas ou Preparador de trabalho. — É o trabalhador que desen-
conjunto de maquinismos. Procede à leitura, registo e volve um conjunto de acções tendentes à correcta defi-
interpretação de resultados provenientes de valores ana- nição da utilização de métodos e processos, meios huma-
líticos (análises realizadas ou não por ele) e instrumentos nos e materiais, por forma a minimizar o tempo de
de medida, efectuando as correcções e ajustes neces- imobilização dos equipamentos e melhorar a qualidade
sários, de modo a assegurar as melhores condições de dos trabalhos; estuda os equipamentos, por forma a defi-
produção e segurança. Participa anomalias de funcio- nir as operações a efectuar, bem como a periodicidade,
namento que não possa ou não deva corrigir; vela pelo com vista a garantir o bom funcionamento dos mesmos;
estado de conservação do equipamento; pode, eventual- estabelece fichas de diagnóstico para pesquisa de avarias
mente, colaborar em trabalhos de manutenção. e reparações estandardizadas; estabelece métodos e pro-
cessos de trabalho e estima necessidades de mão-de-obra
Operador de processo de 2.a (pasta, papel e energia). — para o realizar (em quantidade e qualificação); afecta
É o trabalhador que executa o mesmo tipo de tarefas aos trabalhos a realizar materiais específicos, sobres-
do operador de processo de 1.a, mas que exijam um salentes e ferramentas especiais; faz o acompanhamento
grau menor de responsabilidade e especialização. Pode da evolução do estado dos equipamentos e do desen-
igualmente executar tarefas relacionadas com o controlo volvimento dos trabalhos preparados, introduzindo,
de qualidade de produção. Vigia o estado de conser- sempre que necessário, as alterações convenientes;
vação do equipamento, assegurando a limpeza das ins- decide sobre o que deverá ser preparado e qual o res-
talações. Substitui, na sua área de actividade, o operador pectivo grau de detalhe; colabora no cálculo de custos
responsável pelo equipamento. de conservação; elabora as listas de sobressalentes por
equipamento e colabora na sua recepção.
Operador de processo de 3.a (pasta, papel e energia). —
É o trabalhador que opera com máquinas ou colabora Preparador de trabalho auxiliar. — É o trabalhador que
na condução de maquinismos, realizando tarefas pouco vela pela permanente existência em armazém dos
complexas. Assegura a limpeza do equipamento e das sobressalentes e dos materiais necessários, de acordo
com as especificações definidas, através de um controlo
instalações. Pode igualmente colaborar em trabalhos de
sistemático de consumos e dos conhecimentos dos parâ-
manutenção. Substitui, na sua área de actividade, ope-
metros de gestão. Assegura a existência em armazém
radores de nível imediatamente superior.
de todos os sobressalentes e materiais indicados nas lis-
tas para cada equipamento e colabora com o fiel de
Operador de processo principal (pasta, papel e ener- armazém na identificação, especificação e codificação
gia). — É o trabalhador altamente qualificado cuja dos sobressalentes e materiais. Em colaboração com os
formação prática ou teórica, aptidão e experiência pro- preparadores de trabalho, procede ao cálculo dos parâ-
fissional lhe permite executar tarefas próprias do ope- metros da gestão, tendo em conta a importância do equi-
rador de processo de 1.a na condução de equipamentos pamento, prazo de entrega e origem dos fornecedores.
de maior complexidade tecnológica. Coordena, sem fun- Mantém-se ao corrente dos processos de aquisição de
ções de chefia, a actividade de trabalhadores de escalão materiais e sobressalentes e assegura-se de que as requi-
inferior. sições efectuadas apresentam as características reque-
ridas. Informa os preparadores e planificadores da che-
Operador de processo qualificado (pasta, papel e ener- gada de materiais e sobressalentes que não havia em
gia). — É o trabalhador operador de processo principal stock. Procede à análise periódica do ficheiro de sobres-
capaz de desempenhar indistintamente todas as funções salentes e informa superiormente sobre consumos anor-
próprias da produção de pasta crua e branca, ou pro- mais de materiais ou sobressalentes. Colabora com o
dução de papel, podendo colaborar com os encarregados preparador nas preparações dos trabalhos menos qua-
ou chefes de turnos no desempenho das suas funções. lificados.
Pode coordenar o serviço de profissionais em equipas,
que chefia. Preparador de trabalho principal. — É o trabalhador
que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti-
Operador de processo estagiário (pasta, papel e ener- dão, possui um nível de qualificação que lhe permite
gia). — É o trabalhador que executa, em colaboração que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
directa com os operadores, tarefas e operações simples âmbito da preparação do trabalho. Pode coordenar o
no âmbito da produção, tendo em vista a sua preparação trabalho de outros profissionais de qualificação inferior
para a função de operador de processo. em equipas, que não chefia, constituídas para trabalhos
de preparação bem determinados.
Operador qualificado fogueiro. — É o trabalhador ope-
rador principal habilitado com a carteira profissional Preparador de trabalho qualificado. — É o trabalha-
de fogueiro de 1.a e especializado em condução das dor, oriundo da categoria profissional de preparador

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 572


de trabalho principal, que assegura a execução, coor- Técnico analista de laboratório. — É o trabalhador que
denação e chefia de trabalhos de preparação que envol- executa análises e ensaios laboratoriais, físicos e quí-
vam, simultaneamente, as actividades de mecânica, elec- micos, com vista a determinar e controlar a composição
tricidade, instrumentos e civil. dos produtos ou matérias-primas, respectivas proprie-
dades e utilizações possíveis. Compila e prepara ele-
mentos necessários à utilização das análises e ensaios,
Recepcionista de materiais. — É o trabalhador que faz fazendo o processamento dos resultados obtidos, exe-
a recepção quantitativa e qualitativa de mercadorias que cutando cálculos técnicos. Recolhe amostras apoiando
sejam técnica e administrativamente recepcionáveis, tecnicamente os postos de controlo fabris. Quando dos
avaliando-as de acordo com as especificações em vigor. graus IV e V, colabora na elaboração de estudos de pro-
Realiza os respectivos registos e demais documentação cesso, acompanhando experiências a nível fabril. Realiza
de controlo, identificando e codificando as mercadorias, experiências laboratoriais complementares das experiências
e procedendo à rejeição das que não obedeçam aos fabris ou integradas em estudos processuais de índole
requisitos contratuais. Utiliza, quando necessário, meios laboratorial. Pode coordenar o serviço de outros
informáticos para desempenho das suas actividades. profissionais, que poderá chefiar, quando dos
graus IV e V.
Secretário(a) de direcção ou administração. — É o tra-
balhador que se ocupa do secretariado específico da Técnico de conservação eléctrica. — É o oficial de con-
administração ou direcção da Empresa. Entre outras servação eléctrica que desempenha indistintamente
funções administrativas, competem-lhe, normalmente, várias das seguintes funções, consoante o seu nível de
as seguintes funções: redigir actas de reuniões de tra- responsabilidade: oficial electricista (baixa e alta tensão,
balho; assegurar, por sua própria iniciativa, o trabalho bobinador e auto); técnico de electrónica; técnico de
de rotina diária do gabinete; providenciar pela realização instrumentação (electrónica e pneumática); técnico de
das assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos telecomunicações. Pode coordenar o serviço de outros
e escrituras; redigir documentação diversa em português profissionais em equipas, que poderá chefiar, quando
e línguas estrangeiras. especializado ou principal.

Serralheiro civil. — É o trabalhador que constrói, Técnico de conservação mecânica. — É o oficial da


monta e ou repara estruturas metálicas, tubos condu- conservação mecânica que desempenha indistintamente
tores de combustíveis, ar ou vapor, carroçarias de via- várias das seguintes funções, consoante o seu nível de
turas, andaimes para edifícios, pontes, navios, caldeiras, responsabilidade, assegurando, sempre que necessário,
cofres e outras obras metálicas. Pode eventualmente funções de lubrificação e montagem de andaimes: ser-
desempenhar tarefas simples de traçagem e soldadura ralheiro (mecânico, civil ou plásticos); soldador; recti-
e utilização de máquinas específicas, quando sejam ficador, torneiro, fresador; mecânico auto; técnico de
necessárias ao desempenho das tarefas em curso. óleo-hidráulica. Pode coordenar o serviço de outros pro-
fissionais em equipas, que poderá chefiar, quando espe-
Serralheiro mecânico. — É o trabalhador que executa cializado ou principal.
peças, monta, repara e conserva vários tipos de máqui-
nas, motores e outros conjuntos mecânicos, com excep- Técnico de controlo e potência. — É o técnico de con-
ção dos instrumentos de precisão e das instalações eléc- servação, oriundo da categoria profissional de técnico
tricas. Pode eventualmente desempenhar tarefas simples de manutenção, grau V, que, para além de continuar
de traçagem, corte, soldadura e aquecimento a maçarico, a desempenhar as funções inerentes à sua anterior cate-
quando sejam necessárias ao desempenho das tarefas goria, detecta e procede à reparação de avarias de natu-
em curso. reza multidisciplinar (eléctrica, instrumentos, electró-
nica, óleo-hidráulica e telecomunicações).
Soldador. — É o trabalhador que, utilizando equipa-
mento apropriado, faz a ligação de peças metálicas pelo Técnico especialista de instrumentação. — É o traba-
processo aluminotérmico, de electroarco, oxi-acetilénico lhador que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos
e ou árgon ou aplicando solda a baixo ponto de fusão. e aptidão, possui um nível de qualificação que permite
Incluem-se nesta categoria os trabalhadores que, em que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
máquinas automáticas e semiautomáticas, procedem à âmbito da sua especialidade. Pode coordenar o trabalho
soldadura ou enchimento e revestimento metálicos ou de outros profissionais de qualificação inferior em equi-
metalizados de superfícies de peças. pas, que não chefia, constituídas para trabalhos bem
determinados.
Técnico administrativo/industrial. — É o trabalhador
que, possuindo elevados conhecimentos teóricos e prá- Técnico de instrumentação e controlo industrial. — É
ticos adquiridos no desempenho das suas funções, se o trabalhador que desenvolve acções de montagem, cali-
ocupa da organização, coordenação e orientação de tare- bragem, ensaio, conservação, detecção e reparação de
fas de maior especialização no âmbito do seu domínio avarias em instrumentos electrónicos, eléctricos, pneu-
de actividade, tendo em conta a consecução dos objec- máticos, hidráulicos e servomecânicos de medida, pro-
tivos fixados pela hierarquia. Colabora na definição dos tecção e controlo industrial na fábrica, oficinas ou locais
programas de trabalho para a sua área de actividade, de utilização. Guia-se normalmente por esquemas e
garantindo a sua correcta implementação. Presta assis- outras especificações técnicas e utiliza aparelhos ade-
tência a profissionais de escalão superior no desempe- quados ao seu trabalho.
nho das funções destes, podendo exercer funções de
chefia hierárquica ou condução funcional de unidades Técnico de manutenção. — É o trabalhador que
estruturais permanentes ou grupos de trabalho. desenvolve acções de manutenção nas áreas eléctrica,

573 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


electrónica, instrumentação, mecânica, óleo-hidráulica um período limite de tempo. O nível das funções que
e telecomunicações. Executa peças, faz montagens, des- normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
montagens, calibragens, ensaios, ajustes, afinações, tos seguintes:
detecção e reparação de avarias e conservação de equi-
pamentos eléctricos, electrónicos, hidráulicos, mecâni- a) Toma decisões autónomas e actua por iniciativa
cos, pneumáticos e plásticos. Guia-se por esquemas, própria no interior do seu domínio de activi-
desenhos e outras especificações técnicas e utiliza dade, não sendo o seu trabalho supervisado em
máquinas, ferramentas e outros aparelhos adequados pormenor, embora receba orientação técnica
ao seu trabalho. Sempre que necessário, colabora com em problemas invulgares e complexos;
os trabalhos da produção e assegura funções de lubri- b) Pode exercer funções de chefia hierárquica ou
ficação, montagem de acessos, isolamentos e limpeza condução funcional de unidades estruturais per-
após execução dos trabalhos. De acordo com a sua for- manentes ou grupos de trabalhadores ou actuar
mação/especialização desempenha, indistintamente, como assistente de profissionais mais qualifi-
várias funções consoante o seu nível de responsabilidade. cados na chefia de estruturas de maior dimen-
Assim: são, desde que na mesma não se incluam pro-
fissionais de qualificação superior à sua;
Manutenção eléctrica/instrumentação: c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos
Electricidade (alta tensão e baixa tensão); implicam capacidade técnica evolutiva e ou
Electrónica; envolvem a coordenação de factores ou acti-
Instrumentação (electrónica e pneumática); vidades diversificadas no âmbito do seu próprio
Telecomunicações; domínio de actividade;
d) As decisões tomadas e soluções propostas fun-
Manutenção mecânica: damentadas em critérios técnico-económicos
adequados serão necessariamente remetidas
Serralharia (mecânica, civil e plásticos); para os níveis competentes de decisão quando
Soldadura; tenham implicações potencialmente importan-
Máquinas e ferramentas; tes a nível das políticas gerais e sectoriais da
Mecânica de viaturas; empresa, seus resultados, imagem exterior ou
Óleo-hidráulica. posição no mercado e relações de trabalho no
seu exterior.
Quando necessário, coordena ou chefia equipas
pluridisciplinares.
Técnico superior do grau IV. — É o trabalhador deten-
Técnico principal de instrumentação. — É o trabalha- tor de especialização considerável num campo particular
dor que concebe, estuda, instala, utiliza, substitui e con- de actividade ou possuidor de formação complementar
serva sistemas, equipamentos e aparelhagens no âmbito e experiência profissional avançadas ao conhecimento
da sua especialização. Pode chefiar outros profissionais genérico de áreas diversificadas, para além da corres-
de qualificação inferior. pondente à sua formação base. O nível de funções que
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
Técnico superior dos graus I e II. — É o trabalhador tos seguintes:
que exerce funções menos qualificadas da sua especia-
a) Dispõe de autonomia no âmbito da sua área
lidade. O nível de funções que normalmente desem-
de actividade, cabendo-lhe desencadear inicia-
penha é enquadrável entre os seguintes pontos:
tivas e tomar decisões condicionadas pela polí-
a) De uma forma geral, presta assistência a pro- tica estabelecida para essa área, em cuja defi-
fissionais mais qualificados na sua especialidade nição deve participar. Recebe trabalho com sim-
ou domínio de actividade dentro da empresa, ples indicação do seu objectivo. Avalia auto-
actuando segundo instruções detalhadas, orais nomamente as possíveis implicações das suas
ou escritas. Através da procura espontânea, decisões ou actuação nos serviços por que é res-
autónoma e crítica de informações e instruções ponsável no plano das políticas gerais, posição
complementares, utiliza os elementos de con- externa, resultados e relações de trabalho da
sulta conhecidos e experiências disponíveis na empresa. Fundamenta propostas de actuação
empresa ou a ela acessíveis; para decisão superior, quando tais implicações
b) Poderá coordenar e orientar trabalhadores de sejam susceptíveis de ultrapassar o seu nível de
qualificação inferior à sua, ou realizar estudos responsabilidade;
e proceder à análise dos respectivos resultados; b) Pode desempenhar funções de chefia hierár-
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos quica de unidades de estrutura da empresa
terão uma amplitude e um grau de complexi- desde que na mesma não se integrem profis-
dade compatível com a sua experiência e ser- sionais de qualificação superior à sua;
-lhe-ão claramente delimitados do ponto de c) Os problemas e tarefas que lhe são cometidos
vista de eventuais implicações com as políticas envolvem o estudo e desenvolvimento de solu-
gerais, sectoriais e resultados da empresa, sua ções técnicas novas, com base na combinação
imagem exterior ou posição no mercado e rela- de elementos e técnicas correntes, e ou a coor-
ções de trabalho no seu interior. denação de factores ou actividades de tipo e
natureza complexas, com origem em domínios
Técnico superior do grau III. — É o trabalhador cuja que ultrapassem o seu sector específico de acti-
formação de base se alargou e consolidou através do vidade, incluindo entidades exteriores à própria
exercício de actividade profissional relevante durante empresa.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 574


Técnico superior do grau V. — É o trabalhador deten- Tirocinante. — É o trabalhador que coadjuva os pro-
tor de sólida formação num campo de actividade espe- fissionais das categorias superiores, faz tirocínio para
cializado, complexo e importante para o funcionamento o ingresso nas categorias respectivas. Estuda as bases
ou economia da empresa e também aquele cuja for- de controlo automático no âmbito da sua especialidade.
mação e currículo profissional lhe permite assumir
importantes responsabilidades com implicações em Torneiro mecânico. — É o trabalhador que opera com
áreas diversificadas da actividade empresarial. O nível um torno mecânico, paralelo, vertical, revólver ou de
das funções que normalmente desempenha é enqua- outro tipo; executa todos os trabalhos de torneamento
drável entre os seguintes pontos: de peças, trabalhando por desenho ou peças modelo.
a) Dispõe de ampla autonomia de julgamento e Prepara a máquina e, se necessário, as ferramentas que
iniciativa no quadro das políticas e objectivos utiliza. Ocasionalmente faz torneamentos com rectifi-
da(s) respectiva(s) área(s) de actividade da cadoras ou nas instalações fabris.
empresa em cuja definição participa e por cuja
execução é responsável; ANEXO II
b) Como gestor, chefia, coordena e controla um Condições específicas
conjunto complexo de unidades estruturais cuja
Princípios gerais sobre carreiras profissionais
actividade tem incidência sensível no funciona- de progressão não automática e avaliação de desempenho
mento, posição externa e resultados da empresa,
podendo participar na definição das suas polí- 1 — As carreiras profissionais criadas ou a criar pela
ticas gerais, incluindo a política salarial; empresa para os grupos profissionais não abrangidos
c) Como técnico ou especialista dedica-se ao estudo, pelas carreiras automáticas previstas neste anexo deve-
investigação e solução de problemas complexos rão, em princípio, obedecer às seguintes regras básicas,
ou especializados envolvendo conceitos e ou tec- sem prejuízo de situações que justifiquem tratamento
nologias recentes ou pouco comuns. Apresenta diferente, nomeadamente as já regulamentadas pelo
soluções tecnicamente avançadas e valiosas do presente AE.
ponto de vista económico-estratégico da
empresa. 1.1 — São condições necessárias à progressão na car-
reira profissional:
Técnico superior do grau VI. — É o trabalhador que,
pela sua formação, currículo profissional e capacidade a) A permanência mínima de três e máxima de
pessoal, atingiu, dentro de uma especialização ou num cinco anos na categoria inferior;
vasto domínio de actividade dentro da empresa, as mais b) A obtenção de mérito profissional em processo
elevadas responsabilidades e grau de autonomia. O nível de avaliação de desempenho;
das funções que normalmente desempenha é enqua- c) Capacidade para desempenhar as tarefas ou
drável entre os pontos seguintes: assumir as responsabilidades correspondentes
às novas funções/nível de carreira.
a) Dispõe do máximo grau de autonomia de jul-
gamento e iniciativa, apenas condicionados pela 1.2 — O acesso nas carreiras poderá prever condições
observância das políticas gerais da empresa, em de formação básica e formação profissional, mediante
cuja definição vivamente participa, e pela acção frequência, com aproveitamento, das acções de forma-
dos corpos gerentes ou dos seus representantes ção adequadas.
exclusivos;
b) Como gestor, chefia, coordena e controla a acti-
vidade de múltiplas unidades estruturais da 2 — Os profissionais em aprendizagem ascenderão
empresa numa das suas grandes áreas de gestão, automaticamente ao primeiro nível da respectiva car-
ou em várias delas, tomando decisões funda- reira, não podendo a permanência em cada nível de
mentais de carácter estratégico com implicações aprendizagem ter duração superior a um ano.
directas e importantes no funcionamento, posi-
ção exterior e resultados da empresa; 3 — A avaliação de desempenho instituída na
c) Como técnico ou especialista dedica-se ao estudo, empresa é um sistema de notação profissional que con-
investigação e solução de questões complexas siste na recolha contínua de informação sobre a actua-
altamente especializadas ou com elevado con- lização profissional do avaliado durante o período a que
teúdo de inovação, apresentando soluções ori- a avaliação se reporta.
ginais, de elevado alcance técnico, económico
ou estratégico. 3.1 — A avaliação terá periodicidade anual e abran-
gerá todos os trabalhadores da Empresa, sendo rea-
Telefonista. — É o trabalhador que se ocupa das liga- lizada, em princípio, no 1.o trimestre de cada ano.
ções telefónicas. Responde se necessário a pedidos de 3.2 — A avaliação será realizada pela hierarquia que
informação telefónica, quando necessário, executa, com- enquadra o trabalhador, sendo o processo sustentado
plementarmente, trabalhos de dactilografia ou outros em manual de avaliação, previamente divulgado, do qual
afins. constarão os critérios e factores de avaliação.
3.3 — Os resultados da avaliação serão sempre comu-
Tirocinante de desenhador. — É o trabalhador que, ao nicados ao trabalhador pela hierarquia competente.
nível da formação exigida, faz tirocínio para ingresso 3.4 — Os processos de avaliação deverão prever obri-
na categoria imediatamente superior. A partir de orien- gatoriamente mecanismos de reclamação, nomeada-
tações dadas e sem grande exigência de conhecimentos mente instâncias e prazos de recurso, sendo garantido
específicos, executa trabalhos simples de desenho coad- a cada trabalhador o acesso aos elementos que serviram
juvando os profissionais de desenho mais qualificados. de base à avaliação.

575 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Condições únicas de promoção A) Ajudante e ajudante de processo
na carreira profissional
1 — Os ajudantes e os ajudantes de processo com
1 — Os trabalhadores com mais de três anos nas cate-
mais de três anos de exercício de função e mérito no
gorias profissionais abaixo indicadas, excepto aquelas
seu desempenho poderão ascender ao grupo de enqua-
indicadas com menor tempo de permanência, poderão
dramento imediatamente superior.
ascender à categoria imediatamente superior após apro-
vação em avaliação de mérito profissional.
2 — Os ajudantes de processo que cumpram os pres-
2 — A pedido dos profissionais que preencham as supostos acima estabelecidos e que demonstrem reco-
condições mínimas acima estabelecidas, poderão ser rea- nhecidas qualificações e potencialidades para operado-
lizadas provas profissionais complementares da avalia- res de processo poderão ter acesso ao respectivo plano
ção referida. de carreira pelo seu primeiro nível.

3 — A aprovação nestas provas não constitui por si B) Assistente administrativo


só condição de promoção, sendo, contudo, indicação
relevante para a avaliação realizada. I — Admissão

4 — As provas deverão ser realizadas nos meses de 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
Maio/Junho e Novembro/Dezembro de cada ano, fissionais com formação/especialização nas actividades
devendo os pedidos ser formulados até ao fim dos meses administrativas.
de Fevereiro e Agosto, respectivamente.
2 — As condições de admissão destes trabalhadores
5 — Se, por motivos devidamente justificados, o tra- são as seguintes:
balhador não puder comparecer à prova profissional já
marcada, esta transitará para a época de provas ime- a) Idade mínima — a exigida na lei;
diata. b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
dário (12.o ano) da área de formação adequada
6 — Na impossibilidade por parte da empresa de rea- à função, sendo condição preferencial o curso
lizar as provas profissionais na época determinada pelo via profissionalizante.
pedido de inscrição do trabalhador, estas serão reali-
zadas no período seguinte, produzindo efeitos a eventual II — Estágio
promoção 30 dias após o último dia da época em que
se deveria ter realizado a prova. 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio.
7 — As eventuais promoções decorrentes da avaliação
de mérito, complementada com provas profissionais, 4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
produzirão efeitos 30 dias após a realização da respectiva
prova. III — Progressão na carreira

8 — Cada candidato só poderá ser submetido a provas 5 — O plano de carreira de assistente administrativo
com o intervalo mínimo de dois anos, contados a partir compreende sete níveis de progressão.
da data da realização da prova.
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
9 — Incluem-se neste regime as seguintes categorias
cumulativa das seguintes condições:
profissionais:
Analista de 1.a Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
Analista principal. básico ou equivalente, sendo condição preferen-
Desenhador de execução do grau I. cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
Fiel de 1.a definidas no n.o 2;
Fiel principal. Obter mérito profissional no desempenho da fun-
Oficial da construção civil de 1.a ção e potencial para o desempenho de funções
Oficial electricista de 1.a mais qualificadas;
Oficial electricista principal. Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
Oficial metalúrgico de 1.a gidos para cada nível, que são os seguintes:
Oficial metalúrgico principal.
Preparador de trabalho auxiliar (dois anos). Grupos Tempos
Preparador de trabalho dos graus I e II (mecâ- de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)
nica/eléctrica).
Recepcionista de materiais de 1.a
Recepcionista de materiais de 2.a 7 Assistente administrativo do grau V –
Recepcionista de materiais de 3.a (dois anos). 8 Assistente administrativo do grau IV 5
9 Assistente administrativo do grau III 3
Recepcionista de materiais principal. 10 Assistente administrativo do grau II 3
Técnico de instrumentação de controlo industrial 11 Assistente administrativo do grau I 2
de 1.a 12 Assistente administrativo estagiário
Técnico de instrumentação de controlo industrial do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
13 Assistente administrativo estagiário
de 2.a (dois anos). do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Técnico especialista de instrumentação.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 576


IV — Densidades 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
são as seguintes:
7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o a) Idade mínima — a exigida na lei;
seguinte esquema de densidades máximas face ao total b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
do efectivo na carreira: dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso
Grau V — 25 %; via profissionalizante.
Graus IV e V — 50 %.
II — Estágio
C) Fiel de armazém
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
I — Admissão estágio.
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
4 — O estágio terá a duração máxima de um ano.
fissionais com formação/especialização nas actividades
de aprovisionamento.
III — Progressão na carreira

2 — As condições de admissão destes trabalhadores 5 — O plano da carreira de operador industrial com-


são as seguintes: preende sete níveis de progressão.
a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
dário (12.o ano) da área de formação adequada cumulativa das seguintes condições:
à função, sendo condição preferencial o curso Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
via profissionalizante. básico ou equivalente, sendo condição preferen-
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
II — Progressão na carreira definidas no n.o 2;
Obter mérito profissional no desempenho da fun-
3 — O plano da carreira de fiel de armazém com-
ção e potencial para o desempenho de funções
preende quatro níveis de progressão.
mais qualificadas;
4 — A progressão na carreira dependerá da existência Desempenhar duas ou três funções da sua área
cumulativa das seguintes condições: de actividade referidas na descrição de funções;
Para os níveis de qualificado e extra é exigido
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
o desempenho de todas as funções da sua área
básico ou equivalente, sendo condição preferen-
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações de actividade;
definidas no n.o 2; Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
Obter mérito profissional no desempenho da fun- gidos para cada nível, que são os seguintes:
ção e potencial para o desempenho de funções
mais qualificadas; Grupos
de Níveis de qualificação
Tempos
mínimos
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi- enquadramento (anos)
gidos para cada nível, que são os seguintes:
7 Operador de processo extra . . . . . . –
8 Operador de processo qualificado . . . 5
Grupos Tempos 9 Operador de processo principal . . . 4
de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos) 10 Operador de processo de 1.a . . . . . . 3
11 Operador de processo de 2.a . . . . . . 3
12 Operador de processo de 3.a . . . . . . 2
9 Fiel de armazém qualificado . . . . . . – 13 Operador de processo estagiário . . . . 1
10 Fiel de armazém principal . . . . . . . . 5
11 Fiel de armazém de 1.a . . . . . . . . . . 3
12 Fiel de armazém de 2.a . . . . . . . . . . 3 IV — Densidades

7 — Para os profissionais integrados nas categorias


III — Densidades correspondentes aos níveis qualificado e extra obser-
var-se-á o seguinte esquema de densidades máximas face
5 — Para os profissionais integrados nas categorias ao total do efectivo na carreira:
correspondentes aos níveis principal e qualificado obser-
Extra — 10 %;
var-se-á o seguinte esquema de densidades mínimas face
Qualificado e extra — 25 %.
ao total do efectivo na carreira:
Qualificado — 10 %; V — Condições específicas e únicas dos trabalhadores
Principal e qualificado — 25 %. condutores de geradores de vapor

8 — Independentemente das medidas de segurança


D) Operador industrial existentes, as funções inerentes à condução de geradores
I — Admissão de vapor ou dos acessórios ao processo de produção
de vapor, quando localizadas no interior dos compar-
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- timentos onde estão instaladas as caldeiras, comportam,
fissionais com formação/especialização nas actividades cumulativamente, riscos de graves acidentes corporais
de produção, pasta, papel e energia. e condições conjuntas de gravosidade e perigosidade

577 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


de trabalho, designadamente nos aspectos de existência terização, da existência cumulativa das seguintes con-
permanente de altos valores médios de intensidade de: dições:
Pressões normais; Mérito profissional no desempenho da função;
Vibrações; Potencial para o desempenho de funções mais
Radiações térmicas; qualificadas.
Mudanças térmicas intermitentes;
Ausência de iluminação solar; F) Técnico analista de laboratório
Frequentes deslocações entre os diversos pisos do I — Admissão
edifício das caldeiras.
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
9 — Nestes termos e em virtude das características fissionais com formação/especialização nas actividades
muito especiais da actividade referida no número ante- laboratoriais.
rior, é atribuído um prémio horário pecuniário a todos
os trabalhadores integrados nestas condições de trabalho 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
e nos termos que seguem: são as seguintes:

a) O prémio será atribuído, por cada hora efectiva a) Idade mínima — a exigida na lei;
de trabalho, aos trabalhadores directa e per- b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
manentemente envolvidos na condução de gera- dário (12.o ano) da área de formação adequada
dores de vapor e de equipamentos auxiliares à função, sendo condição preferencial o curso
dos mesmos quando localizados no interior dos via profissionalizante.
compartimentos onde estão instaladas as cal-
deiras e abrange a seguinte categoria profis- II — Estágio
sional: 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio.
Operador industrial (área/actividade ener-
gia);
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será III — Progressão na carreira
pago aos trabalhadores referenciados na alínea
anterior no final de cada mês, proporcional- 5 — O plano de carreira de técnico analista de labo-
mente às horas de trabalho efectivamente pres- ratório compreende sete níveis de progressão.
tadas;
c) O prémio não será atribuído durante as férias, 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
não integrando a retribuição mensal. cumulativa das seguintes condições:
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
E) Técnico administrativo/industrial básico ou equivalente, sendo condição preferen-
I — Admissão
cial para o acesso aos graus IV e V as habilitações
definidas no n.o 2;
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- Obter mérito profissional no desempenho da fun-
fissionais que desempenham funções técnicas nas áreas ção e potencial para o desempenho de funções
de planeamento, investigação operacional, projecto, mais qualificadas;
processo, produção, conservação, administração, comer- Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
cial, recursos humanos, organização e informática. gidos para cada nível, que são os seguintes:

2 — As condições de admissão destes trabalhadores Grupos Tempos


de Níveis de qualificação mínimos
são as seguintes: enquadramento (anos)

a) Idade mínima — a exigida na lei;


b) Habilitações escolares — curso secundário 7 Técnico analista de laboratório do
grau V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . –
(12.o ano) da área de formação adequada à fun- 8 Técnico analista de laboratório do
ção, via profissionalizante, sendo condição pre- grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
ferencial para a admissão, o nível de bacha- 9 Técnico analista de laboratório do
relato. grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
10 Técnico analista de laboratório do
grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3 — O período experimental destes profissionais é o 11 Técnico analista de laboratório do
previsto neste acordo. grau I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
12 Técnico analista de laboratório
estagiário do 2.o ano . . . . . . . . . . 1
II — Progressão na carreira 13 Técnico analista de laboratório
estagiário do 1.o ano . . . . . . . . . . 1
4 — Consideram-se quatro níveis de responsabilidade
e de enquadramento desta categoria profissional.
IV — Densidades

5 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac- correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 578


seguinte esquema de densidades máximas face ao total V — Deontologia profissional
do efectivo na carreira:
8 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc-
Grau V — 25 %; trica/instrumentação terão sempre direito a recusar cum-
Graus IV e V — 50 %. prir ordens contrárias à boa técnica profissional, nomea-
G) Técnico de manutenção
damente normas de segurança das instalações eléctricas.
I — Admissão
9 — Estes trabalhadores podem também recusar obe-
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- diência a ordens de natureza técnica que não sejam
fissionais com formação/especialização na actividade de emanadas de superior habilitado.
manutenção mecânica e ou eléctrica.
10 — Sempre que, no exercício da sua profissão, estes
2 — As condições de admissão destes trabalhadores trabalhadores corram riscos de electrocussão ou de des-
são as seguintes: cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco
a) Idade mínima — a exigida na lei; a sua integridade física, não podem trabalhar sem que
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- sejam acompanhados por outro profissional.
dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso 11 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc-
via profissionalizante. trica/instrumentação obrigam-se a guardar sigilo pro-
fissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na
II — Estágio empresa, bem como no respeitante a comunicações escu-
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de tadas no exercício da sua profissão.
estágio.
H) Técnicos de conservação mecânica e eléctrica
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
I — Integração na carreira
III — Progressão na carreira
1 — Os planos de carreira de técnicos de conservação
5 — O plano de carreira de técnico de manutenção mecânica e eléctrica compreendem quatro níveis de
compreende sete níveis de progressão. progressão.

6 — A progressão na carreira dependerá da existência 2 — A integração na carreira far-se-á pelo nível de


cumulativa das seguintes condições: enquadramento imediatamente superior ao que o tra-
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino balhador possui, dependendo das habilitações escolares,
básico ou equivalente, sendo condição preferen- experiência e mérito profissional.
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
definidas no n.o 2; 3 — Desta integração não poderá resultar a ascensão
Obter mérito profissional no desempenho da fun- para mais do que o nível de enquadramento imedia-
ção e potencial para o desempenho de funções tamente superior.
mais qualificadas;
Desempenhar duas ou três especialidades referidas 4 — É condição necessária para a integração na car-
na definição de funções de acordo com a sua reira o desempenho de duas das funções referidas na
área de actividade. Para os graus IV e V é exigido definição de funções de cada uma das categorias
o desempenho de três especialidades; profissionais.
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes: 5 — Os tempos mínimos de experiência profissional
exigidos para a integração dependem das habilitações
Grupos Tempos
escolares e são os seguintes:
de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)
6.o ano 9.o ano
de escolaridade de escolaridade
Categorias
7 Técnico de manutenção do grau V – ou equivalente ou equivalente
(anos) (anos)
8 Técnico de manutenção do grau IV 5
9 Técnico de manutenção do grau III 3
10 Técnico de manutenção do grau II 3 Mecânica/eléctrica
11 Técnico de manutenção do grau I 3
12 Técnico de manutenção estagiário Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 10
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 8
13 Técnico de manutenção estagiário Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5
do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2

7 — Para os profissionais integrados nas categorias


correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o II — Progressão na carreira
seguinte esquema de densidades máximas face ao total
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
do efectivo na carreira:
cumulativa da verificação de mérito profissional no
Grau V — 25 %; desempenho da função, potencial para desempenho de
Graus IV e V — 50 %. funções superiores e do cumprimento dos tempos míni-

579 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


mos de permanência exigidos para cada nível, que são J) Trabalhadores analistas
os seguintes: I — Admissão

1 — As condições mínimas de admissão de trabalha-


6.o ano 9.o ano dores analistas de laboratório são:
de escolaridade de escolaridade
Categorias
ou equivalente ou equivalente
(anos) (anos) a) Idade mínima — 18 anos;
b) Habilitações mínimas — curso secundário ade-
quado.
Mecânica/eléctrica
Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – – II — Promoções e acessos
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3 2 — O analista de 2.a ingressará na classe imedia-
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
tamente superior após três anos na categoria, desde que
possua as habilitações mínimas acima previstas.
III — Densidades
3 — Os preparadores de laboratório que possuam ou
7 — O número de profissionais que poderá integrar venham a possuir o curso secundário adequado acima
cada um dos planos de carreira não deverá exceder a previsto ingressarão, após quatro meses de estágio, na
percentagem de 15 % do efectivo existente para estas categoria profissional de analista de 2.a, continuando
áreas de actividade. a assegurar as funções próprias de preparador de
laboratório.
I) Técnico superior
K) Trabalhadores electricistas
I — Admissão e período experimental I — Admissão

1 — Neste grupo estão integrados os profissionais de 1 — A carreira dos profissionais electricistas inicia-se
formação académica superior, licenciatura, diplomados pela categoria de pré-oficial.
em escolas nacionais ou estrangeiras oficialmente reco-
nhecidas, nomeadamente universidades e institutos 2 — As condições de admissão de trabalhadores elec-
superiores. tricistas são:
a) Idade mínima — a exigida na lei;
2 — Na admissão dos trabalhadores integrados neste b) Habilitações mínimas — as exigidas por lei.
grupo será sempre exigido diploma ou documento equi-
valente e carteira profissional, quando exigido por lei. 3 — Só poderão ser admitidos ao serviço da empresa
os oficiais electricistas que sejam portadores da respec-
tiva carteira profissional devidamente legalizada.
3 — O período experimental destes trabalhadores é
o previsto neste acordo. II — Promoções e acessos

4 — Os pré-oficiais serão promovidos após dois perío-


II — Progressão na carreira
dos de um ano.
4 — O plano de carreira de técnico superior com- 5:
preende seis níveis de responsabilidade e enquadra- a) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial do
mento. 2.o ano os trabalhadores electricistas diplomados pelas
escolas oficiais portuguesas com o curso de industrial
5 — A progressão na carreira dependerá da existência electricista ou de montador electricista e ainda os diplo-
cumulativa das seguintes condições: mados com cursos de electricidade da Casa Pia de Lis-
boa, Instituto Técnico Militar dos Pupilos do Exército,
Mérito profissional no desempenho da função; 2.o grau de torpedeiro electricista ou radiomontador da
Potencial para o desempenho de funções mais Escola Militar de Electromecânica.
qualificadas. b) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial do
1.o ano os trabalhadores electricistas diplomados pelas
escolas oficiais portuguesas com o curso do Ministério
6 — O técnico superior do grau I poderá passar ao do Trabalho e da Solidariedade, através do Fundo de
grau II após um ano de permanência naquela categoria. Desenvolvimento de Mão-de-Obra.

III — Funções 6 — Os oficiais de 2.a serão promovidos à categoria


de oficial de 1.a após dois anos de permanência naquela
7 — As funções destes profissionais serão as corres- categoria.
pondentes aos diversos níveis.
III — Densidades e dotações mínimas
8 — Enquadram-se neste grupo de técnicos superio- 7 — O número de pré-oficiais não poderá ser superior
res os profissionais que desempenham funções técnicas ao número de oficiais.
nas áreas de planeamento, investigação operacional,
engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos huma- 8 — Havendo ao serviço 5 oficiais, 1 será classificado
nos, organização, informática e comercial. como encarregado. Se houver 15 oficiais, haverá 2 encar-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 580


regados. Se o número de oficiais for superior a 15, haverá mente às horas de trabalho efectivamente pres-
mais 1 encarregado por cada grupo de 15. tadas nesse mês;
c) O prémio não será atribuído durante as férias,
IV — Deontologia profissional não integrando a retribuição mensal.
9 — O trabalhador electricista terá sempre direito a
recusar cumprir ordens contrárias à boa técnica pro- III — Promoções e acessos
fissional, nomeadamente normas de segurança das ins-
talações eléctricas.
3 — Ascendem a operador qualificado os condutores
10 — O trabalhador electricista pode também recusar de caldeiras de recuperação ou os operadores de tur-
obediência a ordens de natureza técnica referentes à bo-alternador e quadros que, sendo fogueiros de 1.a,
execução de serviços quando não provenientes de supe- solicitem a sua reclassificação, sendo submetidos à rea-
rior habilitado com carteira profissional, engenheiro téc- lização de provas de aptidão para o desempenho das
nico do ramo electrotécnico. referidas funções, acompanhada de declaração em que
aceita assegurar qualquer das funções acima referidas,
11 — Sempre que no exercício da sua profissão de de acordo com as necessidades de serviço e nos termos
electricista o trabalhador corra riscos de electrocussão, deste acordo.
não pode trabalhar sem ser acompanhado por outro
oficial.
4 — A empresa obriga-se a promover a formação
L) Trabalhadores fogueiros
necessária aos operadores referidos no n.o 1 desde que
o desejem e que se habilitem a desempenhar as funções
I — Admissão necessárias à promoção.
Condições fixadas na regulamentação da profissão de
fogueiro. 5 — No prazo de 60 dias após a formulação, junto
da empresa, por parte dos trabalhadores interessados
II — Condições específicas e únicas dos trabalhadores condutores
de geradores de vapor do pedido de realização de provas de aptidão previstas
no n.o 1, aquela marcará a data das mesmas, que se
1 — Independentemente das medidas de segurança efectivarão nos 30 dias subsequentes, devendo a pro-
existentes, as funções inerentes à condução de geradores moção efectivar-se nos 30 dias seguintes à aprovação
de vapor ou dos acessórios ao processo de produção das provas.
de vapor, quando localizadas no interior dos compar-
timentos onde estão instaladas as caldeiras, comportam,
cumulativamente, riscos de graves acidentes corporais M) Trabalhadores metalúrgicos
e condições conjuntas de gravosidade e perigosidade
de trabalho, designadamente nos aspectos de existência I — Admissão
permanente de altos valores médios de intensidade de:
Pressões normais; 1 — A carreira dos profissionais metalúrgicos ini-
Vibrações; cia-se pela categoria de praticante de metalúrgico.
Radiações térmicas;
Mudanças térmicas intermitentes;
Ausência de iluminação solar; 2 — As condições de admissão de trabalhadores
Frequentes deslocações entre os diversos pisos de metalúrgicos são:
edifício das caldeiras.
a) Idade mínima — a exigida na lei;
2 — Nestes termos e em virtude das características b) Habilitações mínimas — as exigidas por lei.
muito especiais da actividade referida no número ante-
rior, é atribuído um prémio horário pecuniário a todos
os trabalhadores integrados nestas condições de trabalho II — Promoções e acessos
e nos termos que seguem: 3 — Os praticantes metalúrgicos ao fim de um ano
a) O prémio será atribuído por cada hora efectiva ascenderão ao grupo de enquadramento superior. Após
de trabalho aos trabalhadores directa e perma- dois anos ascenderão à categoria de oficial de 2.a
nentemente envolvidos na condução de gera-
dores de vapor e de equipamentos auxiliares 4 — Os oficiais de 2.a que completem quatro anos
dos mesmos quando localizados no interior dos de permanência na empresa no exercício da mesma pro-
compartimentos onde estão instaladas as cal- fissão ascenderão automaticamente ao escalão superior.
deiras e abrange as seguintes categorias pro-
fissionais: 5 — Os ferramenteiros ou entregadores de ferramen-
tas com mais de três anos no exercício de funções e
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras con- mérito profissional no seu desempenho poderão ascen-
vencionais); der ao grupo imediatamente superior.
Operador de processo (serviço de energia);
III — Densidades e dotações mínimas
b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será
pago aos trabalhadores referenciados na alínea 6 — Relativamente aos trabalhadores metalúrgicos e
anterior no final de cada mês, proporcional- metalomecânicos da mesma profissão, serão observadas

581 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


em cada centro e unidade fabril as proporções mínimas 7 — Após o regresso ao local de trabalho, se ainda
constantes do seguinte quadro de densidades: não tiver tomado a sua refeição, será concedido ao tra-
balhador o tempo necessário, até ao limite máximo de
uma hora, para a tomar dentro do horário normal de
Número de trabalhadores 1.a 2.a Praticantes trabalho.

1................................ – 1 – O) Trabalhadores técnicos de desenho


2................................ 1 – 1
3................................ 1 1 1 I — Admissão
4................................ 1 2 1
5................................ 1 3 1 1 — As condições de admissão para os trabalhadores
6................................ 1 3 2 com vista ao exercício das funções incluídas neste grupo
7................................ 2 3 2 são as seguintes:
8................................ 3 3 2
9................................ 3 4 2 a) Curso secundário unificado/geral (mecânica,
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5 2 electricidade, construção civil ou artes visuais) —
que ingressam em tirocinante de desenho pelo
período de dois anos (1.o e 2.o anos), findo o
7 — Quando o número de trabalhadores seja superior qual passam a desenhador de execução do
a 10, a respectiva proporção determina-se multiplicando grau II-A;
as dezenas desse número pelos elementos das propor- b) Curso industrial (Decreto-Lei n.o 37 029) ou
ções estabelecidas no número anterior. curso complementar — 11.o ano (nomeada-
mente mecanotecnia, electrotecnia, construção
8 — O pessoal de chefia não será considerado para civil ou artes gráficas), que ingressam em dese-
o efeito das proporções estabelecidas no número ante- nhador de execução do grau II-A;
rior. c) Para os arquivistas técnicos a habilitação é o
ciclo preparatório ou curso secundário unifi-
9 — O número de oficiais qualificados e principais cado/geral e a idade mínima de 18 anos;
acresce ao número total de oficiais para efeitos de qua- d) Para os operadores heliográficos a habilitação
dro de densidades, sendo considerados como oficiais é o ensino primário ou o ciclo preparatório e
de 1.a a idade mínima de 18 anos.
10 — As proporções fixadas nesta secção podem ser
II — Promoções e acessos
alteradas desde que de tal alteração resulte a promoção
de trabalhadores. 2 — Na categoria de desenhador de execução, o
acesso do grau II-A ao grau II-B e deste ao grau I dá-se
11 — No caso de, por aplicação do quadro de den- automaticamente logo que o trabalhador complete três
sidades, haver lugar a promoção, esta far-se-á com base anos de grau.
no mérito profissional, habilitação escolar e antiguidade
do trabalhador. 3 — Os operadores heligráficos terão acesso ao grau I
após permanência mínima de três anos de desempenho
N) Trabalhadores rodoviários e de garagens de funções na categoria de grau II e aprovação em ava-
I — Admissão liação de mérito profissional.
1 — A idade mínima de admissão para a categoria P) Trabalhadores técnicos de instrumentação
de motorista é de 21 anos.
I — Admissão
2 — Para motorista é exigida a carta de condução
profissional. 1 — É exigido como habilitações mínimas o curso
industrial de electricidade ou equivalente. Para a pro-
3 — As habilitações escolares mínimas são as legal- fissão de mecânico de aparelhos de precisão e técnico
mente exigidas. de óleo-hidráulica é exigido como habilitação mínima
o curso industrial de serralheiro ou equivalente.
II — Horário de trabalho
2 — São condições preferenciais cursos de especia-
4 — Os motoristas terão um horário móvel ou fixo, lidade, designadamente o curso complementar de elec-
podendo efectuar-se as alterações de qualquer destes tricidade e o de electromecânica da escola de Paço de
regimes nos termos da lei. O registo de trabalho efec- Arcos.
tuado será feito em livretes individuais.
II — Promoções e acessos
5 — O início e o fim do almoço e do jantar terão
de verificar-se, respectivamente, entre as 11 horas e 3 — Os tirocinantes do 2.o ano ascenderão a técnicos
30 minutos e as 14 horas e 30 minutos e entre as 19 horas estagiários após a aprovação em avaliação de mérito
e 30 minutos e as 21 horas e 30 minutos. profissional a realizar até um ano de permanência na
categoria.
6 — Se, por motivo de serviço inadiável, o trabalhador
não puder tomar a sua refeição dentro do horário fixado 4 — Os técnicos estagiários ingressarão automatica-
no número anterior, o tempo de refeição ser-lhe-á pago mente na classe imediatamente superior logo que com-
como trabalho suplementar. pletem um ano de permanência na categoria.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 582


5 — Os praticantes de mecânico de aparelhos de pre- Grupo 4:
cisão ascenderão à categoria de mecânico de aparelhos
Chefe de serviço.
de precisão após a aprovação em provas de avaliação
Encarregado geral fabril (a).
de conhecimentos, após dois anos de permanência na
Secretário(a) de direcção ou administração do
categoria. grau V.
6 — O mecânico de aparelhos de precisão estagiário Técnico administrativo/industrial do grau IV.
ingressará automaticamente na classe imediatamente Técnico superior do grau III.
superior logo que complete um ano de permanência
na categoria. (a) Inclui:
Conservação eléctrica;
7 — O acesso às restantes categorias profissionais Conservação mecânica e de viaturas.
resultará da avaliação do mérito profissional do traba-
lhador, que deverá ser realizada após o tempo mínimo Grupo 5:
de permanência de três anos em cada uma das categorias
previstas no plano de carreira. Chefe de sector administrativo/industrial (a).
Encarregado fabril (b).
III — Deontologia profissional Encarregado de turno fabril (c).
Preparador de trabalho qualificado.
8 — O técnico de instrumentos de controlo industrial Secretário(a) de direcção ou administração do
e mecânico de instrumentos tem sempre o direito de grau IV.
recusar o cumprimento de ordens que sejam contrárias Técnico administrativo/industrial do grau III.
à boa técnica profissional, nomeadamente normas de Técnico superior do grau II.
segurança ou outras situações que ponham em risco
a segurança de pessoas e equipamentos. (a) Inclui:

9 — O técnico de instrumentos de controlo industrial Aprovisionamento;


e mecânico de instrumentos não deve obediência a Pessoal.
ordens de natureza técnica que não sejam emanadas
de superior habilitado dentro da sua especialidade. (b) Inclui:
Conservação eléctrica de instalações industriais.
10 — Sempre que no exercício da sua função o técnico
de instrumentos de controlo industrial e mecânico de (c) Inclui:
instrumentos corra riscos de electrocussão ou de des-
cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco Produção de papel.
a sua integridade física, não pode trabalhar sem que
seja acompanhado por outro técnico. Grupo 6:

11 — O técnico de instrumentos de controlo industrial Chefe de secção administrativa/industrial.


e mecânico de instrumentos obriga-se a guardar sigilo Preparador de trabalho principal.
profissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na Secretário(a) de direcção ou administração do
sua empresa, bem como no respeitante a comunicações grau III.
escutadas no exercício da sua profissão. Técnico administrativo/industrial do grau II.
Técnico de controlo e potência.
Técnico superior do grau I.
ANEXO III Grupo 7:
Enquadramentos e tabelas de remunerações mínimas
Assistente administrativo do grau V.
Grupo 1: Desenhador-projectista.
Operador de computador qualificado.
Director de departamento/serviços (a). Operador industrial extra.
Técnico superior do grau VI. Operador de processo extra.
Preparador de trabalho do grau I.
(a) Inclui: Secretário(a) de direcção ou administração do
Direcção administrativa e financeira;
grau II.
Direcção de produção e conservação. Técnico administrativo/industrial do grau I.
Técnico de conservação eléctrica principal.
Grupo 2: Técnico de conservação mecânica principal.
Técnico principal (instrumentação).
Chefe de departamento (a). Técnico analista de laboratório do grau V.
Técnico superior do grau V. Técnico de manutenção do grau V.
(a) Inclui: Grupo 8:
Serviço de conservação eléctrica e instrumentos; Analista de laboratório qualificado.
Serviço de conservação mecânica e civil; Assistente administrativo do grau IV.
Serviço de desenvolvimento e coordenação de qualidade;
Serviço de produção.
Chefe de equipa.
Desenhador de execução do grau principal.
Grupo 3: Encarregado protecção contra sinistros/incêndios.
Fogueiro encarregado.
Técnico superior do grau IV. Oficial de conservação qualificado.

583 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Operador de computador principal. (a) Inclui:
Operador industrial qualificado. Electricista;
Operador qualificado fogueiro. Serralheiro civil;
Operador de processo qualificado. Serralheiro mecânico;
Operador qualificado fogueiro. Soldador;
Torneiro mecânico.
Preparador de trabalho do grau II.
Recepcionista de materiais qualificado. (b) Inclui:
Secretário(a) de direcção ou administração do
Operador de máquina de papel.
grau I. Operador de central termoeléctrica.
Técnico analista de laboratório do grau IV.
Técnico de conservação eléctrica especialista. Grupo 11:
Técnico de conservação mecânica especialista.
Técnico especialista (instrumentação). Analista de laboratório de 2.a
Técnico de manutenção do grau IV. Assistente administrativo do grau I.
Grupo 9: Arquivista técnico do grau I.
Auxiliar administrativo de 1.a
Analista de laboratório principal. Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Arvorado. transporte de 1.a
Assistente administrativo do grau III. Desenhador de execução do grau II-A.
Chefe de equipa. Fiel de armazém de 1.a
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e Motorista (ligeiros e pesados).
transporte qualificado. Oficial de 1.a (a).
Desenhador de execução do grau I. Oficial de 2.a (b).
Distribuidor de trabalho. Operador de computador estagiário.
Electricista principal. Operador industrial de 2.a
Operador de processo de 2.a (c).
Encarregado. Recepcionista de materiais de 2.a
Fiel de armazém qualificado. Técnico analista de laboratório do grau I.
Lubrificador qualificado. Técnico de instrumentação de controlo industrial
Motorista (ligeiros e pesados) qualificado. estagiário.
Oficial metalúrgico principal. Técnico de manutenção do grau I.
Operador de computador de 1.a
Operador industrial principal. (a) Inclui:
Operador de processo principal.
Preparador de trabalho auxiliar. Lubrificador.
Recepcionista de materiais principal.
Técnico analista de laboratório do grau III. (b) Inclui:
Técnico de conservação eléctrica de 1.a Electricista;
Técnico de conservação mecânica de 1.a Serralheiro civil;
Técnico de instrumentação de controlo industrial Serralheiro mecânico;
de 1.a Soldador;
Torneiro mecânico.
Técnico de manutenção do grau III.
(c) Inclui:
Grupo 10:
Operador de bobinadora;
Analista de laboratório de 1.a Operador de central termoeléctrica;
Arquivista técnico do grau II. Operador de preparação de pasta;
Assistente administrativo do grau II. Operador de secadores de máquina de papel.
Auxiliar administrativo principal.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e Grupo 12:
transporte principal. Assistente administrativo estagiário do 2.o ano.
Desenhador de execução do grau II-B. Auxiliar administrativo de 2.a
Fiel de armazém principal. Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Expedidor. transporte de 2.a
Fogueiro de 1.a (operador de caldeiras conven- Fiel de armazém de 2.a
cionais). Guarda.
Lubrificador principal. Oficial de 2.a (a).
Motorista (ligeiros e pesados) principal. Operador industrial de 3.a
Oficial de 1.a (a). Operador de processo de 3.a (b).
Operador de computador de 2.a Pré-oficial electricista do 2.o ano.
Operador industrial de 1.a Recepcionista de materiais de 3.a
Operador de processo de 1.a (b). Técnico analista de laboratório estagiário do 2.o ano.
Recepcionista de materiais de 1.a Técnico de manutenção estagiário do 2.o ano.
Técnico analista de laboratório do grau II. Tirocinante desenhador do 2.o ano.
Técnico de conservação eléctrica de 2.a Tirocinante do 2.o ano.
Técnico de conservação mecânica de 2.a Telefonista.
Técnico de instrumentação de controlo industrial
(a) Inclui:
de 2.a
Técnico de manutenção do grau II. Lubrificador.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 584


(b) Inclui: Ajudante de processo.
Operador de desfibrador; Assistente administrativo estagiário do 1.o ano.
Operador de zona húmida de máquina de papel; Operador de processo estagiário.
Preparador de matérias-primas; Operador industrial estagiário.
Suboperador da central. Pré-oficial electricista do 1.o ano.
Técnico analista de laboratório estagiário do 1.o ano.
Grupo 13: Técnico de manutenção estagiário do 1.o ano.
Ajudante. Técnico administrativo estagiário do 1.o ano.
Ajudante geral. Tirocinante desenhador do 1.o ano.

Tabela de remunerações

Grupo
de Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
enquadramento

1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00

A cada remuneração base constante desta tabela sala- Declaração


rial acresce, para todos os efeitos, a importância de Para os devidos efeitos se declara que a FETI-
7180$, referente à integração do subsídio de formação. CEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química
contratação a termo e aos trabalhadores que se encon- representa a seguinte associação sindical:
tram em regime de período experimental.
SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia,
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. Química e Indústrias Diversas.
Pela Portucel Recicla — Indústria de Papel Reciclado, S. A.:
Lisboa, 3 de Novembro de 1998. — Pelo Secretariado,
Ana Nery. (Assinatura ilegível.)
Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços:
António Maria Teixeira de Matos Cordeiro.
Entrado em 27 de Janeiro de 1999.
Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 171 do
Pelo SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante livro n.o 8, com o n.o 22/99, nos termos do artigo 24.o
e Fogueiros de Terra:
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual.
(Assinatura ilegível.)

Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,


Extractiva, Energia e Química:
José Luís Carapinha Rei.

Pelo SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio:


AE entre a Portucel Embalagem — Empresa Pro-
(Assinatura ilegível.) dutora de Embalagens de Cartão, S. A., e a
Pelo Sindicato dos Engenheiros da Região Sul:
FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores
Pedro Manuel de Faria e Melo Forjó.
de Serviços e outros.

Declaração CAPÍTULO I
A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Traba- Área, âmbito e vigência
lhadores de Serviços, por si e em representação dos
sindicatos seus filiados: Cláusula 1.a
Área e âmbito
SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escri-
tório, Comércio, Hotelaria e Serviços; O presente acordo de empresa aplica-se a todo o
SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinha- território do continente e obriga, por um lado, a Portucel
gem da Marinha Mercante e Fogueiros de Terra. Embalagem — Empresa Produtora de Embalagens de
Cartão, S. A., e por outro lado, os trabalhadores ao
Lisboa, 2 de Outubro de 1998. — Pelo Secretariado: seu serviço membros das organizações sindicais outor-
(Assinaturas ilegíveis.) gantes.

585 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 2.a 3 — No acto de admissão a Empresa fornecerá ao
Vigência, denúncia e revisão
trabalhador cópias do presente acordo e dos regula-
mentos internos da Empresa.
1 — Este acordo de empresa entra em vigor cinco dias
após a data da sua publicação no Boletim do Trabalho 4 — A Empresa não deverá, em regra, admitir tra-
e Emprego. balhadores reformados.
2 — O prazo de vigência deste acordo é de dois anos, 5 — Na admissão de qualquer trabalhador, a Empresa
salvo o disposto no número seguinte. obriga-se a reconhecer os tempos de aprendizagem, tiro-
cínio ou estágio dentro da mesma profissão ou profissões
3 — A matéria de expressão pecuniária será revista afins prestados noutra empresa, desde que apresente,
anualmente. para o efeito, certificado comprovativo.
4 — A denúncia pode ser efectuada por qualquer das
partes decorridos 10 meses sobre a data da entrega para Cláusula 5.a
depósito do acordo ou da respectiva revisão, total ou
parcial, anteriormente negociada. Período experimental

1 — Durante o período experimental, salvo acordo


5 — Decorridos os prazos mínimos fixados para a escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir
denúncia, esta é possível a qualquer momento, perma- o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo-
necendo aplicáveis todas as disposições desta cláusula cação de justa causa, não havendo direito a qualquer
quando haja prorrogação da vigência do acordo. indemnização.
6 — Por denúncia entende-se o pedido de revisão,
feito, por escrito, à parte contrária, acompanhado da 2 — O período experimental corresponde ao período
proposta de alteração. inicial de execução do contrato e, salvo acordo em con-
trário tem a seguinte duração:
7 — A parte que recebe a denúncia deve responder, a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores;
por escrito, no decurso dos 30 dias imediatos contados b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car-
a partir da recepção daquela. gos de complexidade técnica e elevado grau de
responsabilidade ou funções de confiança;
8 — A resposta incluirá a contraproposta de revisão c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros
para todas as propostas que a parte que responde não superiores.
aceita.
Cláusula 6.a
9 — As negociações iniciar-se-ão dentro dos 15 dias
a contar do prazo fixado no n.o 8. Readmissões

1 — Se a Empresa readmitir ao seu serviço um tra-


10 — O presente acordo integra as tabelas salariais balhador cujo contrato tenha sido rescindido anterior-
e valores para as cláusulas de expressão pecuniária que mente, por qualquer das partes, o tempo de antiguidade
produzem efeitos a partir de 16 de Setembro de 1998. ao serviço da Empresa no período anterior à rescisão
será contado na readmissão se nisso acordarem por
escrito o trabalhador e a Empresa.
CAPÍTULO II
Preenchimento de postos de trabalho 2 — A readmissão de um trabalhador para a mesma
categoria profissional não está sujeita a período expe-
rimental.
Cláusula 3.a
Preenchimento de postos de trabalho Cláusula 7.a
A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou Contratos a termo
postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço,
A Empresa poderá celebrar contratos a termo, de
desde que estes reúnam as condições necessárias para
acordo com as regras e os limites impostos pela legis-
esse preenchimento, só recorrendo à admissão do exte-
lação aplicável.
rior quando estiverem esgotadas todas as possibilidades
de utilização dos seus recursos humanos. Cláusula 8.a
Comissão de serviço
Cláusula 4.a
1 — As funções de direcção serão exercidas por tra-
Admissões
balhadores da Empresa em regime de comissão de ser-
1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con- viço nos termos da legislação aplicável, sem prejuízo
dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula- das situações existentes.
mentação interna da Empresa.
2 — A Empresa definirá condições especiais de pro-
2 — Toda e qualquer admissão será precedida de gressão profissional decorrentes do exercício de funções
exame médico adequado, feito a expensas da Empresa. com mérito em regime de comissão de serviço.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 586


Cláusula 9.a 6 — O disposto no número anterior não é aplicável
às situações de promoção de praticantes, estagiários ou
Reconversões
aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na
1 — A Empresa diligenciará reconverter, para função Empresa dentro da sua carreira profissional e ainda às
compatível com as suas capacidades, os trabalhadores promoções automáticas.
parcialmente incapacitados por motivo de acidente de
trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos- 7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro-
sível, a Empresa informará, por escrito, o trabalhador moções automáticas serão contados desde o início do
interessado das razões dessa impossibilidade. desempenho de funções ou desde a última promoção
na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso
2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a algum, mais de uma promoção por efeito da entrada
remuneração base estabelecida para a sua nova cate- em vigor deste acordo.
goria, sem prejuízo do número seguinte.
Cláusula 11.a
3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de
remuneração base do trabalhador reconvertido, remu- Reestruturação de serviços
neração que, quando seja superior à estabelecida para Nos casos em que a melhoria tecnológica ou a rees-
a sua nova categoria, irá sendo absorvida pelos sub- truturação dos serviços tenham como consequência a
sequentes aumentos salariais até ao valor desta. Para eliminação de postos de trabalho, a Empresa assegurará
o efeito, o trabalhador terá direito aos seguintes adi- aos seus trabalhadores, de harmonia com as possibi-
cionais à remuneração correspondente à categoria pro- lidades físicas e intelectuais de cada um, que transitem
fissional para que foi reconvertido: para novas funções, de preferência compatíveis com a
a) 75 % da diferença entre a remuneração corres- sua profissão, toda a preparação necessária, suportando
pondente à categoria para que foi reconvertido os encargos dela decorrentes.
e a remuneração correspondente à categoria de
onde é originário, na primeira revisão salarial; Cláusula 12.a
b) 50 % daquela diferença, pelos novos valores
Diminuídos físicos
resultantes da segunda revisão salarial, na oca-
sião desta; A admissão, a promoção e o acesso dos trabalhadores
c) 25 % daquela diferença, pelos valores resultan- diminuídos físicos processar-se-ão nos mesmos termos
tes da terceira revisão salarial, na ocasião desta; dos restantes trabalhadores, desde que se trate de acti-
d) Absorção total na quarta revisão salarial. vidades que possam ser por eles desempenhadas e pos-
suam as habilitações e condições exigidas.
Cláusula 10.a
Cláusula 13.a
Promoções
Transferências
1 — Constitui promoção a passagem a título definitivo
de um trabalhador para uma categoria, classe ou grau 1 — Entende-se por transferência de local de trabalho
superiores ou a sua mudança a título definitivo para a alteração do contrato individual que vise mudar, com
outra função a que corresponda remuneração mais carácter definitivo, o local de prestação de trabalho para
elevada. outra localidade.

2 — As promoções processar-se-ão de acordo com o 2 — Por local de trabalho entende-se aquele em que
estabelecido neste acordo e em regulamentação interna o trabalhador presta normalmente serviço ou, quando
da Empresa, que definirá condições complementares de o local não seja fixo, a sede, delegação ou estabele-
promoção e meios para a sua apreciação e controlo. cimento a que o trabalhador esteja adstrito.

3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, 3 — No caso de transferências colectivas aplicar-se-á


as promoções que resultem do preenchimento de postos o seguinte regime:
de trabalho vagos deverão efectuar-se por proposta da a) A Empresa só poderá transferir o trabalhador
hierarquia ou por abertura de concurso; neste caso, e para outro local de trabalho se essa transferên-
em igualdade de condições, será dada preferência nesse cia resultar de mudança total da instalação ou
preenchimento aos trabalhadores da direcção da serviço onde aquele trabalha;
Empresa em que ocorra a vaga, tendo em atenção as b) No caso previsto na alínea anterior, o traba-
habilitações literárias e profissionais, experiência, mérito lhador, querendo, pode rescindir o contrato,
e antiguidade. com direito à indemnização fixada na lei;
c) Quando a Empresa fizer prova de que a trans-
4 — As promoções para chefe de serviço ou categoria ferência não causou prejuízo sério ao trabalha-
de grupo de enquadramento igual ou superior serão dor e este mantiver a sua opção pela rescisão
feitas por nomeação. do contrato, não é devida a indemnização refe-
rida na alínea anterior.
5 — É requisito indispensável para qualquer promo-
ção, salvo as previstas no número anterior, a perma- 4 — Nos restantes casos não previstos no número
nência mínima de 18 meses no exercício de funções anterior, a Empresa só poderá transferir o trabalhador
em categoria inferior. de local de trabalho de acordo com o regime legal.

587 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


5 — No caso de necessidade de transferência, a c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de fun-
Empresa deverá avisar o trabalhador por escrito, com ções diferentes das que são próprias da sua pro-
a antecedência mínima de 30 dias, salvo se for acordado fissão, salvo o estabelecido no AE e na lei, ou
entre as partes um prazo menor. sejam incompatíveis com as respectivas normas
deontológicas ou sejam ilícitas;
6 — Nas transferências por iniciativa ou interesse do d) Proporcionar-lhes boas condições de trabalho,
trabalhador, este acordará com a Empresa as condições tanto do ponto de vista moral como físico,
em que as mesmas se realizarão; consideram-se do inte- nomeadamente no que diz respeito à higiene
resse do trabalhador as transferências resultantes de e segurança e à prevenção de doenças pro-
concurso interno. fissionais;
e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dos
7 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, prejuízos resultantes de acidentes de trabalho
o documento de abertura de concurso interno que possa e doenças profissionais;
implicar transferência de local de trabalho deverá incluir f) Submeter a exame médico todos os trabalha-
todas as condições de transferências garantidas pela dores, nos termos da lei;
Empresa aos trabalhadores seleccionados. g) Passar certificados aos trabalhadores, nos ter-
mos da lei;
8 — Nas transferências por iniciativa da Empresa que h) Facilitar a consulta de processos individuais aos
impliquem mudança de residência do trabalhador, a respectivos trabalhadores, sempre que estes o
Empresa: solicitem;
a) Suportará as despesas directamente impostas i) Cumprir a lei e este acordo, relativamente à
pela mudança, ou seja, despesas efectuadas com actividade sindical e às comissões de traba-
o transporte de mobiliário e outros haveres e lhadores;
com a viagem do próprio e respectivo agregado j) Promover a avaliação do mérito dos trabalha-
familiar; dores ao seu serviço e remunerá-los de acordo
b) Pagará um subsídio de renda de casa, que, não com esta avaliação;
podendo ultrapassar 11 295$ mensais, corres- l) Proceder à análise e qualificação das funções
ponderá à diferença entre os novos e os ante- dos trabalhadores ao seu serviço, com efeitos,
riores encargos do trabalhador com a habitação; designadamente, numa política de enquadra-
este subsídio será reduzido de 10 % daquele no mento;
termo de cada ano de permanência no novo m) Contribuir para a elevação do nível de produ-
domicílio, até à absorção total do subsídio; tividade dos trabalhadores ao seu serviço.
c) Pagará um valor igual a um mês de remuneração
base efectiva mais diuturnidades. Cláusula 16.a
Mapas de quadros de pessoal
9 — Em qualquer transferência, o trabalhador sujei-
tar-se-á ao cumprimento das regras de trabalho e de A Empresa obriga-se a organizar, enviar e afixar os
funcionamento do novo local de trabalho. mapas de quadros de pessoal, nos termos da lei.

Cláusula 14.a Cláusula 17.a


Formação profissional Deveres dos trabalhadores

1 — A Empresa proporcionará aos trabalhadores ao São deveres dos trabalhadores:


seu serviço condições de formação e de valorização pro-
fissional no âmbito da profissão que exercem na a) Cumprir as disposições deste acordo e demais
Empresa. legislação aplicável;
b) Exercer com competência, zelo, pontualidade
2 — O tempo despendido pelos trabalhadores na fre- e assiduidade as funções que lhes estejam con-
quência de acções de formação profissional que decor- fiadas e para que foram contratados;
ram no período normal de trabalho será considerado, c) Prestar aos outros trabalhadores todos os con-
para todos os efeitos, como tempo de trabalho, sem selhos e ensinamentos de que necessitem ou
prejuízo da retribuição, submetendo-se os trabalhadores solicitem em matéria de serviço;
a todas as disposições deste acordo. d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço
dos outros trabalhadores nos seus impedimentos
e férias;
CAPÍTULO III e) Observar e fazer observar os regulamentos
internos e as determinações dos seus superiores
Direitos, deveres e garantias das partes hierárquicos no que respeita à execução e dis-
ciplina do trabalho, salvo na medida em que
Cláusula 15.a tais determinações se mostrem contrárias aos
Deveres da Empresa seus direitos e garantias, bem como observar
e fazer observar as normas de higiene, segurança
São deveres da Empresa: e medicina no trabalho;
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais f) Tratar com respeito e consideração os seus supe-
legislação aplicável; riores hierárquicos, os restantes trabalhadores
b) Tratar com respeito e consideração os traba- da Empresa e demais pessoas e entidades que
lhadores ao seu serviço; estejam ou entrem em relação com a Empresa;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 588


g) Dar conhecimento à Empresa, através da via 2 — Para os efeitos deste capítulo, as zonas sindicais
hierárquica, das deficiências de que tenham delimitam-se por cada um dos seguintes órgãos ou locais
conhecimento e que afectem o regular funcio- de trabalho:
namento dos serviços;
h) Guardar lealdade à Empresa, nomeadamente U. Albarraque;
não negociando por conta própria ou alheia em U. Guilhabreu;
concorrência com ela nem divulgando informa- U. Leiria.
ções referentes aos seus métodos de produção
e negócio; 3 — Para os efeitos deste acordo entende-se por:
i) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens
relacionados com o seu trabalho que lhes este- a) AGT (assembleia geral de trabalhadores) o con-
jam confiados; junto de todos os trabalhadores do mesmo
j) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento estabelecimento;
de segurança que lhes for distribuído ou dis- b) CS (comissão sindical) a organização dos dele-
ponibilizado pela Empresa. gados sindicais do mesmo sindicato no mesmo
estabelecimento;
Cláusula 18.a c) CI (comissão intersindical) a organização dos
delegados das comissões sindicais no mesmo
Garantias dos trabalhadores estabelecimento;
d) SS (secção sindical) o conjunto de trabalhadores
É vedado à Empresa: filiados no mesmo sindicato.
a) Opor-se, por qualquer forma, a que os traba-
lhadores exerçam os seus direitos, bem como
Cláusula 20.a
aplicar-lhes sanções por causa desse exercício;
b) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores; Reuniões
c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que
actuem no sentido de influir desfavoravelmente 1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante
nas condições de trabalho deles ou dos seus o horário de trabalho, até um período máximo de quinze
colegas; horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como
d) Baixar a categoria dos trabalhadores e diminuir tempo de serviço efectivo, sem prejuízo da normalidade
a retribuição, salvo o previsto na lei e no pre- da laboração, nos casos de trabalho por turnos ou de
sente acordo; trabalho suplementar, e desde que, nos restantes casos,
e) Admitir trabalhadores exclusivamente remune- assegurem o funcionamento dos serviços de natureza
rados através de comissões; urgente.
f) Transferir os trabalhadores para outro local de
trabalho, salvo o disposto na cláusula 13.a;
g) Transferir os trabalhadores para outro posto de 2 — Os trabalhadores poderão reunir-se fora do horá-
trabalho se aqueles, justificadamente e por rio normal de trabalho dentro das instalações da
escrito, não derem o seu acordo; Empresa, durante o período que entenderem necessário,
h) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou a sem prejuízo da normalidade da laboração nos casos
utilizar serviços fornecidos pela Empresa ou por de trabalho por turnos ou de trabalho suplementar.
pessoa por ela indicada;
i) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas, 3 — As reuniões de trabalhadores poderão ser con-
refeitórios, economatos ou outros estabeleci- vocadas por um terço ou 50 trabalhadores da Empresa,
mentos directamente relacionados com o tra- pela CS, pela CI ou pelo delegado sindical, quando aque-
balho, para fornecimento de bens ou prestação las não existam.
de serviço aos trabalhadores;
j) Despedir qualquer trabalhador, salvo nos ter-
4 — As entidades promotoras das reuniões, nos ter-
mos da lei;
mos dos números anteriores, deverão comunicar ao con-
k) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo
selho de administração ou a quem as suas vezes fizer
com o seu acordo, havendo o propósito de os
e aos trabalhadores interessados, com a antecedência
prejudicar em direitos ou garantias decorrentes
mínima de um dia, a data e a hora em que pretendem
da antiguidade;
que elas se efectuem, devendo afixar as respectivas
l) Fazer lock-out, nos termos da lei.
convocatórias.

CAPÍTULO IV 5 — Nos casos de urgência, a comunicação a que se


refere o número anterior deverá ser feita com a ante-
Exercício da actividade sindical na empresa cedência possível.

Cláusula 19.a 6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza-


Princípios gerais ções sindicais respectivas e os seus representantes que
não trabalhem na Empresa podem, desde que devida-
1 — A actividade sindical na Empresa rege-se pela mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar
legislação aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláu- nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com
sulas seguintes. a antecedência mínima de seis horas.

589 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 21.a 8 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito
Competência dos delegados sindicais
de horas de um delegado sindical seja utilizado por
outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados
1 — Os delegados sindicais e as CS ou CI têm com- que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas.
petência e poderes para desempenhar todas as funções
que lhes estão atribuídas neste acordo e na lei, com Cláusula 23.a
observância dos preceitos neles estabelecidos, nomea-
Número de delegados sindicais
damente:
a) Acompanhar e fiscalizar a aplicação das dispo- 1 — O número de delegados sindicais de cada sin-
sições legais e convencionais que tenham reper- dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão
cussões nas condições de trabalho; sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos
b) Fiscalizar o funcionamento do refeitório, infan- na cláusula anterior, é calculado da forma seguinte:
tário, creche e outras estruturas de assistência a) Estabelecimento com menos de 50 trabalhado-
social existentes na Empresa; res sindicalizados — 1;
c) Analisar e dar parecer sobre qualquer projecto b) Estabelecimento com 50 a 99 trabalhadores
de mudança de local da unidade, instalação ou sindicalizados — 2;
serviço; c) Estabelecimento com 100 a 199 trabalhadores
d) Visar os mapas mensais a enviar pela Empresa sindicalizados — 3;
aos sindicatos, os mapas de contribuições para d) Estabelecimento com 200 a 499 trabalhadores
a segurança social e os documentos das com- sindicalizados — 6;
panhias seguradoras que respeitem ao seguro e) Estabelecimento com 500 ou mais trabalhadores
dos trabalhadores. sindicalizados — 6+n–500
200
2 — Sobre as matérias constantes das alíneas b) e
c) a Empresa não poderá deliberar sem que tenha sido 2 — O resultado apurado nos termos da alínea e) do
dado prévio conhecimento das mesmas aos delegados número anterior será sempre arredondado para a uni-
sindicais ou às CS ou CI. dade imediatamente superior.

3 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con-


Cláusula 22.a selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer
Direitos e garantias dos delegados sindicais
no respectivo estabelecimento, a identificação dos dele-
gados sindicais, bem como daqueles que fazem parte
1 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar das CS e CI, por meio de carta registada com aviso
no interior da Empresa textos, convocatórias, comuni- de recepção, de que será afixada cópia nos locais reser-
cações ou informações relativos à vida sindical e aos vados às informações sindicais.
interesses sócio-profissionais dos trabalhadores, bem
como proceder à sua distribuição, mas sem prejuízo, 4 — O procedimento referido no número anterior
em qualquer dos casos, da laboração normal da unidade, será igualmente observado nos casos de substituição ou
instalação ou serviço em causa. cessação de funções.
Cláusula 24.a
2 — Os locais de afixação serão reservados pelo con-
Reuniões
selho de administração ou por quem as suas vezes fizer,
ouvida a CI, a CS ou os delegados sindicais do esta- 1 — A CI, a CS quando aquela não existir, ou ainda
belecimento. o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú-
nem-se com o conselho de administração ou com quem
3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular este designar para o efeito, sempre que uma ou outra
livremente em todas as dependências da Empresa, sem parte o julgarem conveniente.
prejuízo do serviço e das normas constantes do regu-
lamento de segurança na Empresa. 2 — O tempo das reuniões previstas nesta cláusula
não pode ser considerado para o efeito de créditos de
4 — Os delegados sindicais não podem ser transfe- horas sempre que a reunião não seja da iniciativa dos
ridos de local de trabalho sem o seu acordo e sem o trabalhadores.
prévio conhecimento da direcção do sindicato respec- Cláusula 25.a
tivo.
Instalação das comissões
5 — Para o exercício da acção sindical na Empresa, 1 — Nos estabelecimentos com mais de 100 traba-
é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um lhadores, a Empresa é obrigada a pôr à disposição dos
dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa delegados sindicais, desde que estes o requeiram, a título
qualidade. permanente, um local situado no interior daqueles ou
na sua proximidade, que seja apropriado para o exercício
6 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men- das suas funções e que disponha de telefone.
sal de dez horas aos delegados que façam parte da CI.
2 — Nos estabelecimentos com menos de 100 traba-
7 — Os delegados que pertençam simultaneamente lhadores, a Empresa é obrigada a pôr à disposição dos
à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente delegados sindicais, desde que estes o requeiram, um
pelo número anterior. local situado no interior daqueles ou na sua proximidade,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 590


apropriado para o exercício das suas funções e que dis- Cláusula 31.a
ponha de telefone. Modalidades de horário de trabalho
a
Cláusula 26. Para os efeitos deste acordo de empresa, entende-se
Direitos e garantias dos dirigentes das organizações sindicais
por:
a) Horário fixo — aquele em que as horas de início
1 — Cada membro da direcção das organizações sin- e de termo do período de trabalho, bem como
dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para as dos intervalos de descanso, são previamente
o exercício das suas funções. determinadas e fixas;
b) Horário móvel — aquele em que as horas de
2 — A direcção interessada deverá comunicar com início e de termo do período de trabalho, bem
um dia de antecedência as datas e o número de dias como as dos intervalos de descanso, não são
de que os respectivos membros necessitem para o exer- fixas, podendo entre o início e o termo efectivo
cício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade, do período normal de trabalho diário decorrer
nos dias úteis imediatos ao 1.o dia em que faltarem. o período máximo de quinze horas;
c) Horário flexível — aquele em que as horas de
3 — Os membros dos corpos gerentes das associações início e de termo do período de trabalho, bem
sindicais não podem ser transferidos de local de trabalho como as dos intervalos de descanso, podem ser
sem o seu acordo. móveis, havendo, porém, períodos de trabalho
fixos obrigatórios;
Cláusula 27.a d) Horário de turnos rotativos — aquele em que
existem, para o mesmo posto de trabalho, dois
Quotização sindical
ou mais horários de trabalho que se sucedem
A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança sem sobreposição que não seja a estritamente
das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos necessária para assegurar a continuidade do tra-
respectivos, depois de recebidas as declarações indivi- balho em que os trabalhadores mudam perió-
duais dos trabalhadores. dica e regularmente de um horário de trabalho
para o subsequente, de harmonia com uma
escala preestabelecida;
Cláusula 28.a e) Regime de laboração contínua — aquele em
que a laboração da instalação é ininterrupta,
Direito à greve com dispensa de encerramento diário, semanal
e nos dias feriados.
Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
o direito de greve, não podendo a Empresa impedir
o exercício de tal direito. Cláusula 32.a
Turnos

1 — Deverão ser organizados turnos rotativos de pes-


CAPÍTULO V soal diferente sempre que o período de funcionamento
Prestação de trabalho ultrapasse os limites máximos dos períodos normais de
trabalho diário.

Cláusula 29.a 2 — Os trabalhadores em regime de turnos de labo-


ração contínua tomarão as suas refeições no local de
Período normal de trabalho trabalho, sem que possam abandonar as instalações res-
pectivas e sem prejuízo do normal funcionamento do
1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos
serviço.
termos da lei e do presente acordo.
3 — O disposto no número anterior não afecta os
2 — A duração média do período normal de trabalho direitos adquiridos pelos trabalhadores que à data da
semanal é de trinta e nove horas, sem prejuízo dos horá- entrada em vigor deste acordo prestam serviço em
rios de duração média inferior existentes na Empresa. regime de laboração contínua.

3 — A duração média do período normal de trabalho 4 — Os trabalhadores de turno cujo serviço o permita
diário é de oito horas. terão direito a um intervalo de uma hora, que, nos ter-
mos gerais, não se considera tempo de trabalho.
Cláusula 30.a 5 — Nenhum trabalhador poderá ser mudado de
Horário de trabalho horário ou turno senão após um período de descanso
nunca inferior a doze horas.
1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do
início e do termo do período de trabalho diário, bem Cláusula 33.a
como a dos intervalos de descanso diários.
Troca de turnos

2 — Compete à Empresa elaborar e estabelecer o 1 — As trocas de turnos previstas na presente cláusula


horário de trabalho dos trabalhadores ao seu serviço, são trocas efectuadas por iniciativa e no interesse directo
de acordo com o disposto na lei e no presente acordo. dos trabalhadores.

591 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — São permitidas trocas de turnos entre trabalha- 7 — O regime de prevenção não se aplica aos tra-
dores desde que previamente acordadas entre eles e balhadores em regime de turnos.
aceites pela Empresa.
8 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
3 — As trocas de turno não poderão determinar: efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994,
aplica-se o regime constante da cláusula 32.a do AE
a) Prestação de trabalho consecutivo com duração Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
superior a dezasseis horas; Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
b) Prejuízo para o número de descansos semanais
a que o trabalhador tenha direito por trabalho
prestado; Cláusula 35.a
c) Pagamento de qualquer trabalho suplementar, Isenção de horário de trabalho
ou atribuição de quaisquer descansos compen- 1 — O regime de isenção de horário de trabalho é
satórios. o previsto na lei.
4 — Sempre que, em virtude de troca de turno, o 2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário
trabalhador preste serviço no seu dia de descanso sema- de trabalho é também devido nos subsídios de férias
nal, deverá efectuar a «destroca» nos 30 dias subse- e de Natal.
quentes, de modo que o descanso perdido em virtude
da troca seja recuperado neste prazo. Cláusula 36.a
Trabalho nocturno
5 — Os trabalhadores que pretendam trocar de turnos
1 — Considera-se trabalho nocturno o trabalho pres-
devem comunicar, por escrito, o facto à Empresa com tado no período que decorre entre as 20 horas de um
a máxima antecedência possível ou imediatamente após dia e as 7 horas do dia imediato.
a troca.
2 — Considera-se igualmente como nocturno o tra-
6 — O regime desta cláusula é aplicável às trocas balho diurno prestado em antecipação ou prolonga-
entre trabalhadores de turnos e trabalhadores em horá- mento de um turno nocturno.
rio geral desde que, neste último caso, se trate de tra-
balhadores cujo elenco de funções integra a substituição 3 — Para efeitos do número anterior, considera-se
de profissionais em turnos, nas suas férias, faltas ou nocturno o turno em que sejam realizadas pelo menos
impedimentos. sete horas consecutivas entre as 20 horas de um dia
e as 7 horas do dia imediato.
Cláusula 34.a
Regime de prevenção Cláusula 37.a
1 — A Empresa instituirá um sistema de prevenção, Trabalho suplementar
que porá em funcionamento na medida das necessidades
e conveniências de serviço. 1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele
que é prestado fora do horário de trabalho.
2 — O regime de prevenção consiste na disponibi-
lidade do trabalhador poder acorrer às instalações a 2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado:
que pertence, em caso de necessidade. A disponibilidade a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés-
traduzir-se-á na permanência do trabalhador em casa cimos eventuais de trabalho;
ou em local de fácil acesso, num raio máximo de 5 km b) Em caso de força maior, ou quando se torne
da sua residência, para efeito de convocação e imediata indispensável para prevenir ou reparar prejuízos
comparência na instalação a que pertence. graves para a Empresa.

3 — A identificação dos trabalhadores que integram 3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante-
o regime de prevenção deve constar de uma escala a rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi-
elaborar periodicamente. cação da hierarquia feita com a máxima antecedência
possível.
4 — O período de prevenção inicia-se imediatamente
após o termo do último período normal de trabalho 4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra-
anterior e finda imediatamente antes do início do pri- balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
meiro período normal de trabalho subsequente. díveis.

5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se


5 — A convocação compete ao superior hierárquico pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto
da instalação ou a quem o substituir e deverá restrin- nas cláusulas 38.a e 39.a
gir-se às intervenções necessárias ao funcionamento
dessa instalação ou impostas por situações que afectem
a economia da Empresa e que não possam esperar por Cláusula 38.a
assistência durante o período normal de trabalho. Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho

6 — O trabalhador procederá ao registo da anomalia 1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar


verificada, bem como da actuação tida para a sua reso- em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar:
lução e resultados obtidos, sobre o que a hierarquia a) Durante o primeiro período do dia de trabalho
se pronunciará de imediato. imediato se, entre as 22 e as 7 horas, for prestado

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 592


um mínimo de três a seis horas de trabalho Cláusula 39.a
suplementar; Trabalho prestado em dia de descanso semanal ou feriado
b) Durante ambos os períodos do dia de trabalho
imediato se, entre as 22 e as 7 horas, forem 1 — O trabalho em dia de descanso semanal e o tra-
prestadas seis ou mais horas de trabalho suple- balho prestado em dia feriado dão direito a descanso
mentar. nos termos da lei.

2 — Se o trabalhador em horário de turnos rotativos 2 — O descanso compensatório previsto no número


prolongar o seu período de trabalho, tem direito a entrar anterior será concedido até 30 dias após o descanso
ao serviço doze horas após ter concluído a prestação semanal não gozado pelo trabalhador.
de trabalho suplementar ou a não a iniciar se o pro-
longamento for superior a sete horas. 3 — O período de descanso compensatório a que se
referem os números precedentes será de um dia com-
3 — O trabalhador tem direito a uma refeição, nos pleto no caso de ter sido prestado um mínimo de duas
termos das alíneas seguintes, quando o período normal horas de trabalho e de meio no caso contrário.
desta esteja intercalado no período de trabalho suple-
mentar: 4 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte sem-
pre que o trabalhador preste trabalho em dia de des-
a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga- canso ou de feriado que deva gozar, desde que não
mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições disponha do seu transporte habitual.
previstas na cláusula 75.a;
b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de 5 — Os trabalhadores têm direito ao pagamento de
193$; um subsídio de alimentação nos casos de prestação de
c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas quatro horas consecutivas de trabalho suplementar.
de custo em vigor na Empresa, em caso de des-
locação em serviço. 6 — O tempo gasto nos transportes será pago como
trabalho em dia de descanso semanal ou feriado.
4 — Para efeitos do número anterior, consideram-se
períodos normais de refeição:
Cláusula 40.a
a) Pequeno-almoço — das 7 às 9 horas;
b) Almoço — das 12 às 14 horas; Trabalho em tempo parcial
c) Jantar — das 19 às 21 horas; Os trabalhadores que prestem serviço em regime de
d) Ceia — das 24 às 2 horas. tempo parcial terão direito às prestações complemen-
tares da sua remuneração base, designadamente diu-
5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei- turnidades, na proporção do tempo de trabalho prestado
ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como relativamente ao horário de trabalho praticado na
trabalho suplementar nos casos em que o período pre- Empresa para os restantes trabalhadores da mesma cate-
visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi- goria profissional em regime de tempo inteiro, sem pre-
tes definidos no número anterior. Nos casos em que juízo de condições eventualmente mais favoráveis já
o início e o termo previsíveis do período de trabalho estabelecidas em contrato individual.
suplementar coincidam, respectivamente, com o pri-
meiro ou o último dos limites previstos no número ante-
rior, não será concedido qualquer intervalo para refei- CAPÍTULO VI
ção, sendo apenas paga esta de acordo com o disposto
no n.o 3. Suspensão da prestação de trabalho

6 — Os trabalhadores em regime de turnos têm Cláusula 41.a


direito ao pagamento de uma refeição nos casos de pres- Descanso semanal
tação de quatro horas de trabalho suplementar em ante-
cipação ou prolongamento do seu turno. 1 — O dia de descanso semanal é o domingo e o
dia de descanso semanal complementar é o sábado,
7 — A Empresa fica obrigada a fornecer ou a asse- excepto para os trabalhadores em regime de turnos, os
gurar transporte: quais têm os dias de descanso em conformidade com
a respectiva escala de rotação.
a) Sempre que o trabalhador seja solicitado a pres-
tar trabalho suplementar em todos os casos que 2 — Sempre que o funcionamento das instalações o
não sejam de prolongamento do período normal justifique, para assegurar a continuidade do serviço,
de trabalho; podem ser organizadas escalas de descanso semanal
b) Sempre que, nos casos de trabalho suplementar diferentes das previstas no número anterior, devendo,
em prolongamento do período normal de tra- porém, um dos dias de descanso coincidir periodica-
balho, o trabalhador não disponha do seu trans- mente com o domingo.
porte habitual.
3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
8 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994
que não sejam de antecipação ou prolongamento do aplica-se o regime constante da cláusula 39.a do AE
período normal de trabalho, o tempo gasto no transporte Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
será pago como trabalho suplementar. Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.

593 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 42.a 3 — A marcação do ou dos períodos de férias deve
Feriados
ser feita por mútuo acordo entre a Empresa e os
trabalhadores.
1 — Serão observados os seguintes feriados:
4 — Para os efeitos do número anterior, os traba-
1 de Janeiro; lhadores apresentarão à Empresa, por intermédio da
Terça-feira de Carnaval; hierarquia e entre os dias 1 de Janeiro e 15 de Março
Sexta-Feira Santa; de cada ano, um boletim de férias com a indicação das
25 de Abril; datas em que pretendem o gozo destas.
1 de Maio;
Corpo de Deus (festa móvel); 5 — Quando as férias que o trabalhador pretenda
10 de Junho; gozar se situem entre 1 de Janeiro e 30 de Abril, con-
15 de Agosto; sideram-se marcadas por acordo se no prazo de 15 dias
5 de Outubro; a contar da apresentação do boletim de férias nos termos
1 de Novembro; do número anterior a Empresa não se manifestar em
1 de Dezembro; contrário.
8 de Dezembro;
25 de Dezembro; 6 — Quanto às férias pretendidas fora do período
O feriado municipal ou da capital de distrito onde indicado no número anterior, consideram-se marcadas
se situa o local de trabalho. também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada
ano a Empresa não se manifestar expressamente em
2 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser- contrário.
vado em outro dia com significado local no período
da Páscoa e em que acordem a Empresa e a maioria 7 — Na falta de acordo, caberá à Empresa a elabo-
dos trabalhadores adstritos a um mesmo local de ração do mapa de férias, nos termos da lei.
trabalho.
8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar
3 — Em substituição dos feriados de terça-feira de o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro.
Carnaval e municipal, poderá ser observado, a título
de feriado, qualquer outro dia em que acordem a 9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencendo ao
mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre
Empresa e a maioria dos trabalhadores adstritos a um
que possível, a faculdade de gozar as suas férias
mesmo local de trabalho. simultaneamente.

Cláusula 43.a 10 — Sempre que as conveniências de produção o


justifiquem, poderá a empresa, mediante autorização
Férias do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, substituir
o regime fixado pelo encerramento total ou parcial dos
1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm serviços da Empresa até 20 dias.
direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da
retribuição, um período de férias igual a 24 dias úteis, 11 — Para efeitos de processamento, o trabalhador
salvo o disposto nos números seguintes. terá de confirmar à hierarquia e serviço de pessoal a
data de entrada em férias até ao dia 5 do mês anterior.
2 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
no 1.o semestre do ano civil, o trabalhador tem direito, 12 — O mapa de férias deverá estar elaborado até
após um período de 60 dias de trabalho efectivo, a um 15 de Abril de cada ano e afixado nos locais de trabalho
período de férias de 8 dias úteis. entre esta data e 31 de Outubro.
3 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer Cláusula 45.a
no 2.o semestre do ano civil, o direito a férias só se
vence após o decurso de seis meses completos de serviço Acumulação de férias
efectivo. 1 — As férias devem ser gozadas no mesmo ano civil,
não sendo permitido acumular férias de dois ou mais
4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis anos.
compreende os dias de semana de segunda-feira a sex-
ta-feira, com a exclusão dos feriados, não sendo como 2 — Terão, porém, direito a acumular férias de dois
tal considerados o sábado e o domingo. anos:
a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias
Cláusula 44.a nas Regiões Autónomas da Madeira e dos
Açores;
Marcação do período de férias b) Os trabalhadores que pretendam gozar férias
1 — As férias devem ser gozadas em dias conse- com familiares emigrados ou residentes no
cutivos. estrangeiro.

2 — É permitida a marcação do período de férias 3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1.o tri-
num máximo de três períodos interpolados, devendo mestre do ano civil imediato:
ser garantido que um deles tenha a duração mínima a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar
efectiva de 10 dias úteis consecutivos. graves prejuízos à Empresa ou ao trabalhador

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 594


e desde que, no primeiro caso, este dê o seu Janeiro desse ano como se tivesse estado ininterrup-
acordo; tamente ao serviço.
b) Quando, após a cessação do impedimento, o
gozo do período de férias exceder o termo do 3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes
ano civil, mas apenas na parte que o exceda. de decorrido o prazo referido no número anterior ou
de gozado o direito a férias, previsto no n.o 1, pode
4 — Mediante acordo, os trabalhadores poderão a Empresa marcar as férias para serem gozadas até 30 de
ainda acumular, no mesmo ano, metade do período de Abril do ano civil subsequente.
férias do ano anterior com o período a gozar nesse ano.
Cláusula 49.a
Cláusula 46.a Efeitos da cessação do contrato de trabalho

Alteração ou interrupção do período de férias 1 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquer


forma, o trabalhador terá direito a receber a retribuição
1 — Haverá lugar à alteração do período de férias correspondente a um período de férias proporcional ao
sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem
início, esteja temporariamente impedido por facto que como ao respectivo subsídio.
não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
ou serviço militar. 2 — Se o contrato cessar antes de gozado o período
o
de férias vencido no início desse ano, o trabalhador
2 — Se de qualquer dos factos previstos no n. 1 resul- terá ainda direito a receber a retribuição correspondente
tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito a esse período, bem como o respectivo subsídio.
a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri-
buição correspondente ao período de férias não gozado
e respectivo subsídio. Cláusula 50.a
Violação do direito a férias
3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
Empresa, por exigências imperiosas do seu funciona- No caso de a Empresa obstar ao gozo das férias nos
mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba- termos previstos no presente acordo, o trabalhador rece-
berá, a título de indemnização, o triplo da retribuição
lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja
correspondente ao período em falta, que deverá obri-
sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente
gatoriamente ser gozado no 1.o trimestre do ano civil
as férias na época fixada. subsequente.
4 — A alteração e a interrupção das férias não pode- Cláusula 51.a
rão prejudicar o gozo seguido de 10 dias úteis con- Exercício de outra actividade durante as férias
secutivos.
1 — O trabalhador não pode exercer durante as férias
Cláusula 47.a qualquer outra actividade remunerada, salvo se já a
Doença no período de férias
viesse exercendo cumulativamente com conhecimento
da Empresa ou esta o autorizar a isso.
1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o
período de férias, são as mesmas suspensas desde que 2 — A contravenção ao disposto no número anterior
a Empresa seja do facto informada. O gozo das férias tem as consequências previstas na lei.
prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que
as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após Cláusula 52.a
a alta.
Faltas
o
2 — A prova da situação de doença prevista no n. 1 1 — Falta é a ausência do trabalhador durante o
poderá ser feita por estabelecimento hospitalar ou por período normal de trabalho diário a que está obrigado.
boletim de baixa da ARS, ou por atestado médico, sem
prejuízo, neste último caso, do direito de fiscalização 2 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío-
e controlo por médico indicado pela Empresa. dos inferiores ao período normal de trabalho diário a
que está obrigado, os respectivos tempos serão adicio-
nados para determinação dos períodos normais de tra-
Cláusula 48.a balho diário em falta.
Férias e impedimentos prolongados
3 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
1 — No ano da suspensão do contrato de trabalho As faltas justificadas podem ser com ou sem retribuição.
por impedimento prolongado respeitante ao trabalha-
dor, se se verificar a impossibilidade total ou parcial
do gozo do direito a férias já vencido, o trabalhador Cláusula 53.a
terá direito à retribuição correspondente ao período de Faltas justificadas
férias não gozado e respectivo subsídio.
1 — Consideram-se justificadas, nos termos da lei e
2 — No ano da cessação do impedimento prolongado, deste acordo, as seguintes faltas:
o trabalhador tem direito, após a prestação de três meses a) As dadas por altura do casamento, até 11 dias
de efectivo serviço, a um período de férias e respectivo seguidos, excluindo os dias de descanso inter-
subsídio equivalentes aos que teriam vencido em 1 de correntes;

595 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


b) As dadas por falecimento de cônjuge não sepa- 2 — Quando imprevisíveis, as faltas serão obrigato-
rado de pessoas e bens, pessoa que viva em situa- riamente comunicadas logo que possível.
ção análoga à do cônjuge, ou pais, filhos, sogros,
genros, noras, padrasto, madrasta e enteados, 3 — O não cumprimento do disposto nos números
até cinco dias consecutivos; anteriores torna as faltas injustificadas.
c) As dadas por falecimento de avós, bisavós e
graus seguintes e afins dos mesmos graus, 4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus-
irmãos ou cunhados ou ainda de pessoa que tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados
viva em comunhão de vida e habitação com o para a justificação.
trabalhador, até dois dias consecutivos;
d) As motivadas pela prática de actos necessários Cláusula 55.a
e inadiáveis no exercício de funções em asso-
ciações sindicais ou instituições de previdência Consequências das faltas justificadas
e na qualidade de delegado sindical ou de mem- 1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de
bro da comissão de trabalhadores, nos termos quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea-
da lei;
damente de retribuição, salvo o disposto no número
e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-
balho, devido a facto que não seja imputável seguinte.
ao trabalhador, nomeadamente doença, aci-
dente ou cumprimento de obrigações legais, 2 — Determinam perda de retribuição as seguintes
conforme convocatória ou notificação expressa faltas ainda que justificadas:
das entidades competentes; a) As previstas na alínea d) do n.o 1 da cláu-
f) As motivadas pela necessidade de prestação de sula 53.a, salvo tratando-se de faltas dadas por
assistência inadiável e imprescindível a mem- membros de comissões de trabalhadores, mem-
bros do seu agregado familiar, conforme cer- bros da direcção das associações sindicais e dele-
tidão médica invocando o carácter inadiável e gados sindicais no exercício das suas funções,
imprescindível da assistência; dentro do respectivo crédito de horas;
g) As motivadas pela prestação de provas em esta-
b) As previstas na alínea f) do n.o 1 da cláusula 53.a,
belecimento de ensino;
h) As dadas por ocasião de nascimento de filhos, para além de dois dias em cada situação;
por dois dias, no período de um mês contado c) As dadas por motivo de doença, desde que o
desde a data do nascimento; trabalhador tenha direito ao subsídio da segu-
i) As dadas por trabalhadores que prestam serviço rança social respectivo;
em corpo de bombeiros voluntários ou de socor- d) As dadas por motivo de acidente de trabalho,
ros a náufragos, pelo tempo necessário a acorrer desde que o trabalhador tenha direito a qual-
ao sinistro ou acidente; quer subsídio ou seguro.
j) As motivadas por doação de sangue a título gra-
cioso, a gozar no dia da doação ou no dia ime-
diato, até ao limite de um dia por cada período Cláusula 56.a
de três meses; Faltas injustificadas
l) As dadas até quarenta e oito horas em cada
ano civil, para tratar de assuntos de ordem par- 1 — Consideram-se injustificadas as faltas não con-
ticular, sem necessidade de justificação, não templadas na cláusula 53.a, bem como as que não forem
podendo ser utilizado de cada vez um tempo comunicadas nos termos da cláusula 54.a
superior ao respectivo período normal de tra-
balho diário, sem prejuízo do normal funcio- 2 — Nos termos das disposições legais aplicáveis, as
namento dos serviços. Independentemente do faltas injustificadas determinam sempre perda da retri-
gozo, o crédito adquire-se ao ritmo de quatro buição correspondente ao período de ausência, o qual
horas por cada mês de efectivo trabalho, con- será descontado, para todos os efeitos, na antiguidade
siderando-se para este efeito o período de férias; do trabalhador.
m) As prévia ou posteriormente autorizadas pela
Empresa. 3 — Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio
período normal de trabalho diário, o período de ausência
2 — Não são autorizadas as faltas dadas ao abrigo a considerar para efeitos do número anterior abrangerá
da alínea l) do n.o 1 em antecipação ou no prolonga- os dias ou meios dias de descanso ou feriados imedia-
mento de férias, feriados ou dias de descanso semanal, tamente anteriores ao dia ou dias de falta.
quando tenham duração superior a quatro horas.
4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito
3 — No caso de trabalho em regime de turnos em de desconto de faltas injustificadas é calculado pela fór-
que os feriados coincidam com dias normais de trabalho,
não se aplica o disposto no número anterior, na parte mula da cláusula 62.a
respeitante a feriados.
5 — Incorre em infracção disciplinar grave todo o tra-
balhador que:
Cláusula 54.a
a) Faltar injustificadamente durante três dias con-
Participação e justificação de faltas
secutivos ou seis interpolados num período de
1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas um ano;
ao superior hierárquico com a antecedência mínima de b) Faltar com alegação de motivo de justificação
cinco dias. comprovadamente falso.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 596


Cláusula 57.a Cláusula 61.a
Efeitos das faltas no direito a férias Tempo, local e forma de pagamento

1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito O pagamento da retribuição deve ser efectuado até
a férias do trabalhador, salvo o disposto no número ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei.
seguinte.

2 — Nos casos em que as faltas determinem perda Cláusula 62.a


de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
lhador expressamente assim o preferir, por perda de Determinação da retribuição horária
dias de férias na proporção de 1 dia de férias por cada
1 — O valor da retribuição horária será calculado pela
dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo efec-
aplicação da fórmula seguinte:
tivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis se
se tratar de férias no ano de admissão. (Remuneração base+diuturnidades+subsídio de turno+IHT)×12
Período normal de trabalho semanal×52

Cláusula 58.a
2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór-
Impedimentos prolongados mula prevista no número anterior não inclui a retri-
buição especial por isenção do horário de trabalho.
1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente, Cláusula 63.a
e o impedimento se prolongue por mais de um mês,
cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na Diuturnidades
medida em que pressuponham a efectiva prestação de
trabalho. Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efec-
tivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, aplica-se
o regime constante da cláusula 62.a do AE Portucel,
2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,
antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
direito no termo da suspensão.
Cláusula 64.a
3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por
detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão Subsídio de turno
judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto
no número anterior, salvo se, entretanto, o contrato tiver 1 — Os trabalhadores em regime de turnos têm
sido rescindido com fundamento em justa causa. direito a receber, mensalmente, um subsídio calculado
a partir da base de indexação definida na cláusula
4 — O contrato caducará a partir do momento em seguinte, de:
que se torne certo que o impedimento é definitivo. a) 9,52 % da referida base de indexação, quando
em regime de dois turnos com folga fixa;
5 — O impedimento prolongado não prejudica a b) 10,96 % da base de indexação, quando em
caducidade do contrato de trabalho no termo do prazo regime de dois turnos com folga variável;
pelo qual tenha sido celebrado. c) 12,38 % da base de indexação, quando em
regime de três turnos sem laboração contínua;
6 — A suspensão não prejudica o direito de, durante d) 18,29 % da base de indexação, quando em
ela qualquer das partes rescindir o contrato, ocorrendo regime de três turnos com laboração contínua.
justa causa.
Cláusula 59.a 1.1 — No regime de três turnos de laboração contínua
ou no regime de dois turnos equiparáveis a laboração
Licenças sem retribuição contínua, abrangidos pelas condições constantes no n.o 2
da cláusula 32.a, aos valores de subsídio de turno refe-
A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen- ridos acrescem, respectivamente, 8 % e 6 % da remu-
ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha- neração base individual.
dores, devidamente fundamentada.
2 — Os subsídios de turno indicados no número ante-
CAPÍTULO VII rior incluem a remuneração por trabalho nocturno.

Retribuição 3 — Estes subsídios serão devidos quando os traba-


lhadores se encontrem em gozo de férias.
Cláusula 60.a
Remuneração base 4 — Os subsídios previstos nesta cláusula vencem-se
no fim de cada mês e são devidos a cada trabalhador
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu- em relação e proporcionalmente ao serviço prestado
nerações base mínimas constantes do anexo III. em regime de turnos no decurso do mês.

597 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 65.a Cláusula 67.a
Base de indexação Subsídio de bombeiro

1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno 1 — Os trabalhadores seleccionados para o corpo de
obtém-se a partir da média simples das remunerações bombeiros da Empresa do serviço de protecção contra
da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula: incêndios receberão mensalmente os subsídios seguin-
tes, de harmonia com a classificação do respectivo posto:
M= R
n Aspirante — 3910$;
sendo: Bombeiro de 3.a classe — 4160$;
Bombeiro de 2.a classe — 4675$;
M — média simples das remunerações; Bombeiro de 1.a classe — 5200$;
R — soma das remunerações de todos os grupos Subchefe — 5470$;
salariais; Chefe — 5725$;
n — número de grupos salariais constantes do Ajudante de comando — 6235$.
anexo III.
2 — Perdem o direito ao subsídio os trabalhadores
2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos que faltem injustificadamente às instruções ou às emer-
subsídios de turnos serão arredondados para a dezena gências para que sejam solicitados.
de escudos imediatamente superior.
Cláusula 68.a
Cláusula 66.a Remuneração do trabalho nocturno

Subsídio de Natal A remuneração do trabalho nocturno será superior


em 25 % à retribuição a que dá direito o trabalho cor-
1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente respondente prestado durante o dia.
acordo têm direito a receber pelo Natal, independen-
temente da assiduidade, um subsídio de valor corres-
Cláusula 69.a
pondente a um mês de remuneração, mais diuturnidades
e subsídios de turno e de isenção de horário de trabalho. Remuneração de trabalho suplementar

1 — O trabalho suplementar prestado em dia normal


2 — O subsídio referido no número anterior será pago de trabalho será remunerado com os seguintes acrés-
com a retribuição de Novembro, sendo o seu montante cimos:
determinado pelos valores a que tenha direito nesse
mês. a) 75 % para as horas diurnas;
b) 100 % para as horas nocturnas.
3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano
a que o subsídio de Natal diz respeito receberão a impor- 2 — A remuneração do trabalho prestado em dia de
tância proporcional aos meses completos que medeiam descanso semanal ou feriado será calculada de acordo
entre a data da sua admissão e 31 de Dezembro. com a seguinte fórmula:
R(tdf)=Rh×T(tdf)×2
4 — No ano da cessação do contrato de trabalho,
qualquer que seja a causa, a Empresa pagará ao tra- sendo:
balhador tantos duodécimos do subsídio de Natal quan- R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia
tos os meses completos de trabalho no ano da cessação. de descanso semanal ou feriado;
Rh — retribuição horária calculada nos termos da
5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus- cláusula 62.a;
pensão do contrato de trabalho por impedimento pro- T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de
longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal descanso semanal ou feriado.
proporcional aos meses completos de trabalho prestado
durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se 3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
ao disposto neste número os casos de licença por parto efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994,
nos termos da cláusula 87.a, casos em que não produzirão aplica-se o regime constante da cláusula 68.o do AE
qualquer redução ao valor do subsídio. Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
6 — Sempre que durante o ano a que corresponde
o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração Cláusula 70.a
superior à sua remuneração normal, nomeadamente em
virtude de substituição, tem direito a um subsídio de Abono para falhas
Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida 1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer-
de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu- çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo
nerações quantos os meses completos de serviço em à sua guarda e responsabilidade valores em numerário,
que tenham auferido a superior, até 31 de Dezembro. será atribuído um abono mensal para falhas de 7840$.

7 — Considera-se mês completo de serviço para os 2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra-
efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentam verba
a 15 dias. inferior a 70 565$ mensais, em média anual.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 598


3 — Nos meses incompletos de serviço o abono para Cláusula 72.a
falhas será proporcional ao período em que o traba- Retribuição e subsídio de férias
lhador exerça aquelas funções.
1 — A retribuição correspondente ao período de
férias não pode ser inferior à que os trabalhadores rece-
Cláusula 71.a beriam se estivessem em serviço efectivo.
Substituições temporárias 2 — Além da retribuição prevista no número anterior,
os trabalhadores têm direito a um subsídio do mesmo
1 — Sempre que um trabalhador substitua tempora- montante, o qual será pago com a retribuição do mês
riamente, por mais de um dia, outro no desempenho anterior ao início das férias logo que o trabalhador goze
integral de funções que não caibam no objecto do seu pelo menos cinco dias úteis e o confirme nos termos
contrato individual de trabalho e a que corresponda do n.o 11 da cláusula 44.a
uma categoria profissional e retribuição superiores às
suas, passará a receber, desde o 1.o dia de substituição 3 — Para os efeitos desta cláusula, o número de dias
e enquanto esta durar, o correspondente à remuneração úteis previstos no n.o 1 da cláusula 43.a corresponde
base da função desempenhada. a um mês de retribuição mensal.

2 — A substituição far-se-á mediante ordem da hie- Cláusula 73.a


rarquia do órgão em que se integra o trabalhador subs- Retribuição da prevenção
tituído, confirmada por escrito ao respectivo serviço de
pessoal. 1 — O trabalhador em regime de prevenção terá
direito a:
3 — Não se considera substituição para efeitos desta a) 184$, acrescidos de 5,2 % da taxa horária por
cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes- cada hora que esteja de prevenção, segundo a
mas funções de diferentes categorias profissionais, clas- escala, sendo-lhe garantido, quando chamado
ses ou graus entre as quais exista promoção automática. a prestar trabalho suplementar ou trabalho em
dias de descanso, um mínimo de duas horas se
o serviço prestado tiver sido de duração inferior;
4 — A substituição temporária de um trabalhador de b) A determinação das horas de prevenção, para
categoria superior será considerada uma das condições o efeito de atribuição do subsídio referido na
preferenciais para o preenchimento de qualquer posto alínea anterior, resulta do somatório das horas
de trabalho a que corresponda essa categoria. correspondentes ao período de duração da
escala de prevenção, deduzidas das horas do
5 — Se a substituição se mantiver por um período horário de trabalho, intervalo de refeição e
superior a 90 dias seguidos ou 120 interpolados, o tra- horas prestadas ou pagas de trabalho suplemen-
balhador substituto manterá o direito à remuneração tar e trabalho em dias de descanso, que integrem
referida no n.o 1 quando, finda a substituição, regressar o período da escala.
ao desempenho da sua antiga função.
2 — Os trabalhadores do quadro permanente da
Empresa à data de 31 de Maio de 1994, a quem se
6 — Para os efeitos de contagem dos tempos de subs- aplica o regime constante da cláusula 32.a do AE Por-
tituição previstos no número anterior, considera-se que: tucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego,
1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992, podem optar
a) Os 120 dias interpolados aí previstos devem pelo regime constante da presente cláusula.
decorrer no período de um ano a contar do
1.o dia da substituição; Cláusula 74.a
b) Se na data da conclusão do prazo de 1 ano acima
previsto não se tiverem completado aqueles Prémio de chamada
120 dias, o tempo de substituição já prestado 1 — O trabalhador que seja chamado a prestar serviço
ficará sem efeito, iniciando-se nessa data nova na fábrica ou em qualquer outro local durante o seu
contagem de 1 ano se a substituição continuar; período de descanso diário ou em dia de descanso sema-
c) Iniciar-se-á uma nova contagem de 1 ano, nos nal ou feriado e não faça parte de equipa de prevenção,
termos da alínea a), sempre que se inicie qual- ou fazendo, não esteja escalado, tem direito a receber:
quer nova substituição;
a) Prémio de chamada, no valor de uma hora de
d) O trabalhador está em substituição temporária trabalho normal, com o acréscimo previsto na
durante o período, predeterminado ou não, de cláusula 69.a, conforme o período em que a cha-
impedimento do trabalhador substituído, mada se verifique;
devendo concluir-se na data precisa em que se b) Pagamento do trabalho efectivamente prestado,
conclua essa situação de impedimento e incluir com a garantia mínima da retribuição de duas
os dias de descanso semanal e feriados inter- horas de trabalho normal, com o acréscimo pre-
correntes; visto na cláusula 69.a, conforme o período em
e) Os aumentos de remuneração decorrentes da que a chamada se verifique.
revisão da tabela salarial absorverão, na parte
correspondente, os subsídios de substituição 2 — O prémio de chamada não será devido nos casos
auferidos àquela data por substituições já con- em que o trabalhador seja avisado com um mínimo de
cluídas. doze horas de antecedência.

599 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 75.a limite máximo de 20 km, por estrada, para cada lado,
Subsídio de alimentação
salvo regalias superiores já em vigor.

1 — Aos trabalhadores será fornecida uma refeição 2 — Nos casos em que o número de trabalhadores
em espécie por dia de trabalho prestado, nos locais de não justifique o fornecimento de transporte ou não seja
actividade onde for possível a sua confecção. possível à Empresa fornecê-lo, será concedido um sub-
sídio ao trabalhador igual ao custo da deslocação em
2 — As refeições fornecidas em espécie pela Empresa transporte público. Este subsídio não é atribuído para
devem ter níveis equivalentes para todos os trabalha- distâncias inferiores a 1 km.
dores, seja qual for o local de trabalho, e ser servidas
em condições de higiene e conforto. 3 — Quando os trabalhadores residam em locais não
servidos por transportes públicos ser-lhes-á atribuído um
3 — Quando não haja possibilidade de fornecimento subsídio de valor equivalente àquele que é atribuído
de refeição em espécie, cada trabalhador terá direito para igual distância, nos termos previstos nos números
a um subsídio de 1425$ por cada dia de trabalho anteriores.
prestado.
Cláusula 78.a
4 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus- Deslocações
tificadas, não tenham prestado trabalho no período de
1 — O regime das deslocações em serviço é o cons-
trabalho imediatamente anterior à refeição não terão
tante de regulamento interno da Empresa, que faz parte
direito a esta ou ao subsídio respectivo.
integrante deste acordo.
5 — Considera-se que os trabalhadores têm direito
2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço
a uma refeição nos termos dos números anteriores
implique deslocações habituais e que, com prévia auto-
quando prestem trabalho durante quatro horas entre
rização da Empresa, utilizem viatura própria para o
as 0 e as 8 horas.
efeito têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido
em serviço, em que P representa o preço da gasolina
6 — A Empresa encerrará aos sábados, domingos e
super.
feriados os refeitórios e atribuirá, em alternativa, o sub-
sídio previsto nesta cláusula, salvo se os trabalhadores
3 — Se a Empresa constituir, em benefício do tra-
interessados decidirem, por maioria, em contrário.
balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos,
incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
Cláusula 76.a previsto no número anterior será de 0,25.
Subsídio de infantário

1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a CAPÍTULO VIII


frequência de infantário ou a utilização dos serviços de
ama, dentro dos seguintes valores: Cessação do contrato de trabalho
Infantário — 9105$; Cláusula 79.a
Ama — 5930$.
Cessação do contrato de trabalho
2 — Não serão consideradas, para efeitos do número O regime de cessação do contrato de trabalho é o
anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali- previsto na lei.
mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência
do infantário ou a utilização dos serviços de ama.
CAPÍTULO IX
3 — Têm direito ao subsídio de infantário as mães
e ainda viúvos, divorciados ou separados judicialmente Disciplina
a quem tenha sido atribuído com carácter de exclusi-
vidade o poder paternal e que tenham a seu cargo filhos Cláusula 80.a
até 6 anos de idade, inclusive, enquanto estes não fre- Infracção disciplinar
quentarem o ensino primário.
1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul-
4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias, posa pelo trabalhador dos deveres que lhe são impostos
sendo nele descontado o valor proporcional ao número pelas disposições legais aplicáveis e por este acordo.
de dias completos de ausência do beneficiário.
2 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos
5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo 30 dias sobre a data em que a alegada infracção for
que o filho perfaça 7 anos de idade. do conhecimento do conselho de administração ou de
quem for por este delegado para o exercício da acção
Cláusula 77.a
disciplinar.
Subsídio de transporte
Cláusula 81.a
1 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte gra- Poder disciplinar
tuito a todos os trabalhadores ao seu serviço, de e para
o respectivo local de trabalho, no início e termo do 1 — A Empresa tem poder disciplinar sobre os tra-
respectivo período normal de trabalho diário, até ao balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 600


com as normas estabelecidas no presente acordo e na e) Devem ser inquiridas as testemunhas indicadas
lei. pelo trabalhador, com os limites fixados na lei;
f) Quando o processo estiver completo, será apre-
2 — A Empresa exerce o poder disciplinar por inter- sentado à comissão de trabalhadores e, caso o
médio do conselho de administração ou dos superiores trabalhador seja representante sindical, à res-
hierárquicos do trabalhador, mediante delegação pectiva associação sindical, que podem, no prazo
daquele. de 10 dias, fazer juntar ao processo o seu parecer
fundamentado;
3 — A acção disciplinar exerce-se obrigatoriamente g) O conselho de administração ou quem por ele
mediante processo disciplinar, salvo se a sanção for a for delegado deverá ponderar todas as circuns-
repreensão simples. tâncias, fundamentar a decisão e referenciar na
mesma as razões aduzidas pela entidade men-
Cláusula 82.a cionada na alínea anterior que se tiver pro-
Sanções disciplinares nunciado;
h) A decisão do processo deve ser comunicada ao
1 — As sanções aplicáveis aos trabalhadores pela prá- trabalhador, por escrito, com indicação dos fun-
tica de infracção disciplinar são as seguintes: damentos considerados provados.
a) Repreensão simples;
b) Repreensão registada; 4 — A falta das formalidades referidas nas alíneas b),
c) Multa; f), g) e h) do número anterior determina a nulidade
d) Suspensão do trabalho com perda de retri- insuprível do processo e a consequente impossibilidade
buição; de se aplicar a sanção.
e) Despedimento com justa causa.
5 — Se, no caso do número anterior, a sanção for
2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac- aplicada e consistir no despedimento, o trabalhador terá
ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um os direitos consignados na lei.
quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retri-
buição correspondente a 10 dias. 6 — Se, no caso do n.o 4, a sanção consistir no des-
pedimento, o trabalhador tem direito a indemnização
3 — A suspensão do trabalho não pode exceder, por a determinar nos termos gerais de direito.
cada infracção, 12 dias e, em cada ano civil, o total
de 30 dias. 7 — O trabalhador arguido em processo disciplinar
pode ser suspenso preventivamente até decisão final,
Cláusula 83.a nos termos da lei, mantendo, porém, o direito à retri-
Processo disciplinar buição e demais regalias durante o tempo em que durar
a suspensão preventiva.
1 — O exercício do poder disciplinar implica a ave-
riguação dos factos, circunstâncias ou situações em que 8 — Em caso de suspensão preventiva, a Empresa
a alegada violação foi praticada, mediante processo dis- obriga-se a comunicá-la ao órgão referido na alínea f)
ciplinar a desenvolver nos termos da lei e dos números do n.o 3 no prazo máximo de cinco dias.
seguintes.
9 — As sanções serão comunicadas ao sindicato res-
2 — A Empresa deverá comunicar a instauração do pectivo no prazo máximo de cinco dias.
processo ao trabalhador, à comissão de trabalhadores
e, caso o trabalhador seja representante sindical, à res- 10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
pectiva associação sindical. lugar nos três meses subsequentes à decisão.
3 — Devem ser asseguradas ao trabalhador as seguin- 11 — O trabalhador, por si ou pelo seu representante,
tes garantias de defesa: pode recorrer da decisão do processo disciplinar para
a) Na inquirição, o trabalhador a que respeita o o tribunal competente.
processo disciplinar, querendo, será assistido
por dois trabalhadores por ele escolhidos; 12 — Só serão atendidos para fundamentar o des-
b) A acusação tem de ser fundamentada na vio- pedimento com justa causa os factos para o efeito expres-
lação das disposições legais aplicáveis, de nor- samente invocados na comunicação prevista na alínea h)
mas deste acordo ou dos regulamentos internos do n.o 3.
da Empresa e deve ser levada ao conhecimento
Cláusula 84.a
do trabalhador através de nota de culpa reme-
tida por carta registada com aviso de recepção; Sanções abusivas
c) Na comunicação da nota de culpa deve o tra-
1 — Consideram-se abusivas as sanções disciplinares
balhador ser avisado de que a Empresa pretende
motivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou por
aplicar-lhe a sanção de despedimento com justa
iniciativa do sindicato que o represente:
causa, se tal for a intenção daquela, e esclarecido
de que com a sua defesa deve indicar as tes- a) Haver reclamado legitimamente contra as con-
temunhas e outros meios de prova de que se dições de trabalho;
queira servir; b) Recusar-se a cumprir ordens a que não deva
d) O prazo de apresentação da defesa é de 10 dias obediência, nos termos da alínea e) da cláu-
a contar da recepção da nota de culpa; sula 17.a deste acordo;

601 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


c) Exercer ou se candidatar a funções em orga- CAPÍTULO X
nismos sindicais, comissões sindicais, institui-
ções de previdência ou outras que representem Condições particulares de trabalho
os trabalhadores;
Cláusula 87.a
d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exer-
cer ou invocar os direitos e garantias que lhe Direitos especiais do trabalho feminino
assistem.
1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos
especiais:
2 — Até prova em contrário, presumem-se abusivos
o despedimento ou a aplicação de qualquer sanção que, a) Durante o período de gravidez, e até seis meses
sob a aparência de punição de outra falta, tenham lugar após o parto ou aborto clinicamente compro-
até seis meses após qualquer dos factos mencionados vado, não executar tarefas desaconselhadas por
nas alíneas a), b) e d) do número anterior, ou até um indicação médica, devendo ser imediatamente
ano após o termo do exercício das funções referidas transferidas para trabalhos que as não preju-
na alínea c), ou após a data de apresentação da can- diquem, sem prejuízo da retribuição do tra-
didatura a essas funções, quando as não venha a exercer, balho;
se já então, num ou noutro caso, o trabalhador servia b) Cumprir um período de trabalho diário não
a Empresa. superior a sete horas, quando em estado de gra-
videz; no caso de prestação de trabalho normal
nocturno, essa redução incidirá obrigatoria-
3 — É também considerado abusivo o despedimento mente sobre o período nocturno;
da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por
a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela motivo de consultas médicas pré-natais devida-
e este sejam conhecidos da Empresa. mente comprovadas, quando em estado de
gravidez;
Cláusula 85.a d) Gozar, por ocasião do parto, uma licença de
parto em conformidade com a lei, que poderá
Consequências gerais da aplicação de sanções abusivas ter início um mês antes da data prevista para
o parto;
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva nos e) Em caso de hospitalização da criança a seguir
casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior, ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper
indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito, a licença de parto, desde a data do internamento
com as alterações constantes dos números seguintes. da criança até à data em que esta tenha alta,
retomando-a a partir daí até ao final do período;
2 — Se a sanção consistir no despedimento, a inde- este direito só pode ser exercido até 12 meses
mnização não será inferior ao dobro da fixada na lei após o parto;
para despedimento nulo, sem prejuízo do direito do tra- f) Interromper o trabalho diário por duas horas,
balhador optar pela reintegração na Empresa, nos ter- repartidas pelo máximo de dois períodos, para
mos legais. prestar assistência aos filhos, até 12 meses após
o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos
referidos nesta alínea podem ser utilizados no
3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não início ou antes do termo de cada dia de trabalho;
será inferior a 10 vezes a importância da retribuição g) Suspender o contrato de trabalho, com perda
perdida. de retribuição, pelo período de seis meses, pror-
rogáveis por períodos sucessivos de três meses,
Cláusula 86.a
até ao limite máximo de dois anos, a iniciar
Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas no termo da licença de parto prevista na
alínea d);
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva no h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian-
caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 84.a, ças com idade inferior a três anos, uma licença
o trabalhador terá os direitos consignados na cláusula de 60 dias a contar do início do processo de
anterior, com as seguintes alterações: adopção. Considera-se início do processo de
adopção a data em que a criança é entregue
a) Em caso de despedimento, a indemnização à adoptante pelas entidades competentes;
nunca será inferior à retribuição correspondente i) Utilizar infantários da Empresa, sendo-lhes, na
a um ano; falta destes, atribuído um subsídio nos termos
b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior da cláusula 76.a
são elevados para o dobro.
2 — O regime de dispensa previsto na alínea f) do
2 — Se se tratar de caso previsto no n.o 3 da cláu- número anterior não é acumulável, no mesmo período
sula 84.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar de trabalho, com qualquer outro previsto neste acordo.
pela reintegração na Empresa, nos termos legais, a
indemnização será o dobro da fixada na lei para des- Cláusula 88.a
pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri- Trabalho de menores
buições que a trabalhadora teria direito a receber se
continuasse ao serviço até final do período aí fixado, 1 — Pelo menos uma vez por ano, a Empresa asse-
consoante a que for mais elevada. gurará a inspecção médica dos menores ao seu serviço,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 602


de acordo com as disposições legais aplicáveis, a fim em que se encontrava anteriormente matri-
de se verificar se o trabalho é prestado sem prejuízo culado.
da saúde e normal desenvolvimento físico e intelectual.
3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen-
2 — Os resultados da inspecção referida no número tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias
anterior devem ser registados e assinados pelo médico previstas nesta cláusula os trabalhadores que:
nas respectivas fichas clínicas ou em caderneta própria.
a) Não obtenham aproveitamento em qualquer
3 — Aos trabalhadores com idade inferior a 18 anos disciplina por falta de assiduidade;
é proibido: b) Permaneçam no mesmo ano lectivo mais de dois
anos.
a) Prestar trabalho durante o período nocturno;
b) Executar serviços que exijam esforços prejudi- 4 — As regalias especiais de trabalhadores-estudantes
ciais à sua saúde e desenvolvimento físico nor- são as seguintes:
mal e ocupar postos de trabalho sujeitos a altas
ou baixas temperaturas, elevado grau de toxi- a) Reembolso das despesas efectuadas com matrí-
cidade, poluição ambiente ou sonora e radioac- culas e propinas, contra apresentação de docu-
tividade. mento comprovativo das mesmas, após prova
de aproveitamento em, pelo menos, 50 % das
disciplinas que constituem o ano do curso que
Cláusula 89.a se frequenta, e na proporção do aproveitamento
Trabalhadores-estudantes tido;
b) Reembolso, nas condições referidas na alínea
1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes anterior, das despesas com material didáctico
é o previsto na lei, sem prejuízo do disposto no número recomendado, dentro dos limites seguidamente
seguinte. indicados:
2 — Aos trabalhadores-estudantes será concedida dis- Até ao 6.o ano de escolaridade — 9865$/ano;
pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia Do 7.o ao 9.o ano de escolaridade —
de aulas, quando necessário, para a frequência e pre- 13 050$/ano;
paração destas. Do 10.o ao 12.o ano de escolaridade —
17 115$/ano;
3 — O regime de dispensa previsto no número ante- Ensino superior ou equiparado — 31 580$/ano.
rior não é acumulável com qualquer outro regime pre-
visto neste acordo. 5 — O pagamento das despesas referidas no número
anterior será feito pelos valores praticados no ensino
4 — Para que os trabalhadores em regime de turnos público, mediante entrega de comprovativo.
possam beneficiar do disposto nesta cláusula e na
seguinte, a Empresa, sem prejuízo para o funcionamento 6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
dos serviços, diligenciará mudá-los para horário com- cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da
patível com a frequência do curso ou facilitará as trocas Empresa, de atribuição de funções ou categoria de
de turnos. acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten-
der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço.
5 — A Empresa facilitará, tanto quanto possível, a Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer
utilização dos seus transportes nos circuitos e horários ao serviço da Empresa por um período mínimo de dois
existentes. anos.

6 — É considerada falta grave a utilização abusiva CAPÍTULO XI


das regalias atribuídas nesta cláusula. Regalias sociais

Cláusula 90.a Cláusula 91.a


Outras regalias de trabalhadores-estudantes Regalias sociais

1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta 1 — A Empresa garantirá a todos os seus trabalha-
cláusula depende do reconhecimento por parte da dores, nas condições das normas constantes de regu-
Empresa do interesse do curso frequentado para a car- lamento próprio que faz parte integrante deste acordo,
reira profissional do trabalhador nesta, bem como da as seguintes regalias:
verificação das condições de aproveitamento previstas a) Seguro social;
no n.o 2. b) Complemento de subsídio de doença e acidentes
de trabalho;
2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta c) Subsídio de casamento;
cláusula está, ainda, dependente da verificação cumu- d) Subsídio especial a deficientes;
lativa das seguintes condições: e) Complemento de reforma;
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo f) Subsídio de funeral.
do curso frequentado ou no mesmo número de
disciplinas, quando em anos sucessivos; 2 — O regime global de regalias sociais previsto no
b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos, número anterior substitui quaisquer outros regimes par-
dois terços do número de disciplinas do ano ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a

603 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à Cláusula 93.a
renúncia expressa, por parte dos trabalhadores, a esses Obrigações dos trabalhadores
regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato
individual de trabalho. 1 — Os trabalhadores são obrigados a cumprir as
prescrições da SHST estabelecidas nas disposições legais
ou convencionais aplicáveis e as instruções determinadas
CAPÍTULO XII com esse fim pela Empresa.

Segurança, higiene e saúde no trabalho 2 — É obrigação dos trabalhadores zelar pela sua
segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde
das outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas
Cláusula 92.a
acções ou omissões no trabalho.
Obrigações da Empresa
3 — Os trabalhadores deverão cooperar na Empresa,
1 — A Empresa assegurará aos trabalhadores con- estabelecimento ou serviço para melhoria do sistema
dições de segurança, higiene e saúde em todos os aspec- de SHST.
tos relacionados com o trabalho.
4 — É obrigação dos trabalhadores participarem nas
2 — Para efeitos do número anterior, a Empresa apli- actividades, procurarem a informação e receberem a
cará as medidas necessárias, tendo em conta as políticas, formação sobre todos os aspectos relacionados com a
os princípios e as técnicas previstos na legislação nacio- SHST, assim como comunicar imediatamente ao supe-
nal sobre esta matéria. rior hierárquico ou, não sendo possível, aos RT-SHST,
previstos na cláusula 94.o, as avarias e deficiências por
si detectadas que se lhes afigurem susceptíveis de ori-
3 — Para a aplicação das medidas necessárias no ginar perigo grave e iminente, assim como qualquer
campo da segurança, higiene e saúde no trabalho defeito verificado nos sistemas de protecção.
(SHST), a Empresa deverá assegurar o funcionamento
de um serviço de SHST dotado de pessoal certificado
e de meios adequados e eficazes, tendo em conta os Cláusula 94.a
riscos profissionais existentes nos locais de trabalho. Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene
e saúde no trabalho
4 — Para promoção e avaliação das medidas aplicadas 1 — Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei,
no domínio da SHST, deve a Empresa assegurar a infor- a eleger e a serem eleitos RT-SHST.
mação, consulta e participação dos trabalhadores e das
suas organizações representativas, assim como dos seus 2 — É direito das organizações sindicais participarem
representantes na Empresa. e intervirem na Empresa na organização e eleição dos
RT-SHST.
5 — A Empresa actuará de forma a facilitar e garantir
a eleição, funcionamento e organização das actividades 3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos
dos representantes dos trabalhadores (RT-SHST) e das os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo
comissões de higiene e segurança no trabalho (CHST) o princípio da representação pelo método de Hondt,
na Empresa e nas relações destes representantes dos podendo concorrer à eleição listas apresentadas pelas
trabalhadores com o exterior de acordo com a lei. organizações sindicais ou subscritas por 20 % dos tra-
balhadores.
6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação e
formação adequada e suficiente em todos os domínios 4 — As funções, actividades, direitos e obrigações dos
da SHST tendo em conta as respectivas funções e o RT-SHST são os decorrentes da legislação específica.
posto de trabalho.
5 — O crédito individual mensal para o exercício de
funções de RT-SHST é o previsto na lei.
7 — A Empresa deverá ainda proporcionar condições
para que os RT-SHST e os membros das CHST na
Empresa possam receber informação e formação ade- Cláusula 95.a
quada, concedendo, para tanto, se necessário, licença Comissões de higiene e segurança no trabalho
sem retribuição.
1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con-
certação social ao nível da Empresa, para as questões
8 — A Empresa não pode prejudicar, de qualquer de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho,
forma, os trabalhadores pelas suas actividades na SHST será criada em cada estabelecimento da Empresa uma
ou em virtude de estes se terem afastado do seu posto CHST.
de trabalho ou de uma área perigosa, em caso de perigo
grave e imediato, ou por terem adoptado medidas para 2 — As CHST são comissões de composição numérica
a sua própria segurança ou de outrem. variável, paritárias, de representação dos trabalhadores
e da Empresa em cada estabelecimento, e com acção
9 — Os encargos financeiros provenientes das acti- exclusiva no interior da Empresa.
vidades da SHST na Empresa deverão ser assegurados
na íntegra por esta, nomeadamente as actividades dos 3 — São constituídas pelos RT-SHST referidos no
representantes dos RT. artigo anterior, com respeito pelo princípio da propor-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 604


cionalidade e por igual número de representantes da da retribuição, qualquer que seja o tempo despendido
entidade patronal, a indicar por esta. para o efeito.

4 — A composição do número de elementos efectivos CAPÍTULO XIII


e suplentes, as formas de funcionamento e de finan-
Disposições globais e finais
ciamento, a distribuição de tarefas, o número de reu-
niões, a localização da sua sede e todos os outros aspec-
tos relacionados com a sua actividade deverão constar Cláusula 98.a
de um regulamento interno a acordar entre todos os Comissão paritária
elementos que compõem a CHST na sua primeira
reunião. 1 — Será constituída uma comissão paritária formada
por seis elementos, dos quais três são representantes
5 — O trabalho de membro da CHST não substitui da Empresa e representantes das organizações sindicais
as tarefas decorrentes da acção profissional dos serviços outorgantes; de entre estes, é obrigatória a presença
de segurança nem dos RT-SHST previstos na lei. das organizações sindicais representantes dos interesses
em causa.
Cláusula 96.a 2 — A comissão paritária tem competência para inter-
Equipamento de protecção pretar as cláusulas do presente acordo de empresa.
1 — A atribuição de equipamento de protecção, 3 — As deliberações tomadas por unanimidade con-
incluindo vestuário, terá em consideração os riscos exis- sideram-se como regulamentação do presente acordo
tentes nos locais de trabalho e será objecto de regu- de empresa e serão depositadas e publicadas nos mes-
lamentação específica. mos termos.
2 — Incorre em infracção disciplinar grave o traba- 4 — As deliberações deverão constar de acta lavrada
lhador que não utilize o equipamento de protecção posto logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes.
à sua disposição ou não cumpra as regras de segurança
em vigor. 5 — A comissão paritária reunirá sempre que seja
convocada por uma das partes, com a antecedência
3 — Para além do disposto no número anterior, o mínima de 10 dias, constando da convocação a ordem
não uso do equipamento de protecção em caso de aci- dos trabalhos.
dente, tem como consequência a não reparação dos
danos causados ao trabalhador, nos termos da lei. 6 — A comissão paritária definirá as regras do seu
funcionamento, garantindo-lhe a Empresa os meios de
Cláusula 97.a apoio administrativo necessários para o mesmo, sem pre-
Medicina no trabalho
juízo para os serviços.

1 — A Empresa organizará e manterá serviços médi- 7 — As despesas emergentes do funcionamento da


cos no trabalho e velará pelo seu bom funcionamento, comissão paritária serão suportadas pela Empresa.
nos termos da regulamentação legal em vigor.
Cláusula 99.a
2 — Os serviços médicos referidos no número ante-
rior, que têm por fim a defesa da saúde dos trabalha- Convenção globalmente mais favorável
dores e a vigilância das condições de higiene no trabalho, 1 — As partes outorgantes reconhecem o carácter
têm, essencialmente, carácter preventivo e ficam a cargo globalmente mais favorável do presente acordo rela-
dos médicos do trabalho. tivamente a todos os instrumentos de regulamentação
colectiva anteriormente aplicáveis à Empresa, que
3 — São atribuições do médico do trabalho, nomea- ficam integralmente revogados. São igualmente revo-
damente: gados todos os regulamentos internos da Empresa ela-
a) Identificação dos postos de trabalho com risco borados ao abrigo daqueles instrumentos de regula-
de doenças profissionais ou de acidentes de mentação colectiva.
trabalho;
b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores 2 — Da aplicação do presente acordo não poderá
de acidentes de trabalho; resultar baixa de categoria, grau, nível ou classe, apli-
c) Organização de cursos de primeiros socorros cando-se o regime nele previsto a todos os trabalhadores
e de prevenção de acidentes de trabalho e doen- ao serviço da Empresa, mesmo que eles estejam a auferir
ças profissionais com o apoio dos serviços téc- regalias mais favoráveis, isto sem prejuízo do reconhe-
nicos especializados oficiais ou particulares; cimento dos regimes especiais constantes das cláusu-
d) Exame médico de admissão e exames periódicos las 34.a, 41.a, 63.a, 69.a e 73.a
especiais dos trabalhadores, particularmente das
mulheres, dos menores, dos expostos a riscos
ANEXO I
específicos e dos indivíduos de qualquer forma
inferiorizados. Definição de funções

4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão Ajudante. — É o trabalhador que, sob orientação de
dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo trabalhador de nível superior, é responsável pela exe-

605 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


cução de tarefas predominantemente manuais de carác- Analista de sistemas qualificado. — É o trabalhador
ter auxiliar ou não, pouco complexas. que, oriundo da categoria profissional de analista de
sistemas de 1.a, com sólida formação na sua área de
Ajudante (produção de embalagem). — É o trabalha- actividade, assume importantes responsabilidades. Par-
dor que auxilia os operadores de produção de emba- ticipa na definição e é responsável pela execução de
lagem e, cooperando com eles, executa tarefas e ope- políticas e objectivos na sua área de actividade. Coor-
rações simples no âmbito da produção, movimentação dena e dirige equipas de trabalho. Dedica-se ao estudo,
e limpezas na sua área de trabalho. Esta função inclui investigação e solução de sistemas complexos ou espe-
os ajudantes das seguintes máquinas: metralhadora com cializados, envolvendo conceitos e ou tecnologias recen-
entrega manual, máquina de encaixar divisórias, tes ou pouco comuns, apresentando soluções tecnica-
máquina semiautomática de fecho, saída da cortadora mente avançadas.
de abas e saída da escateladora de divisórias. Inclui ainda
o alimentador de bocas de desperdício. Analista de sistemas de 1.a — É o trabalhador que,
além das funções gerais de analista de sistemas (analista
Ajudante de cargas e descargas de expedição. — É o de 2.a), avalia sistemas desenvolvidos e desenhados por
trabalhador que assegura a carga e descarga de veículos outros analistas e recomenda aperfeiçoamentos,
de transporte. Pode, excepcionalmente, acompanhar o podendo ainda dirigir e coordenar equipas de desen-
motorista e respectivo ajudante na distribuição. volvimento de sistemas.
Ajudante de fiel de armazém. — É o trabalhador que Analista de sistemas de 2.a — É o trabalhador que
coadjuva o fiel de armazém nas suas tarefas, substituin- recolhe e analisa informação com vista ao desenvolvi-
do-o nos seus impedimentos. mento e ou modificação de sistemas de processamento
de dados. O âmbito da análise inclui a racionalização
Ajudante de motorista. — É o trabalhador que acom- dos processos administrativos que têm interligação com
panha o motorista, competindo-lhe auxiliá-lo na manu- os sistemas a desenvolver e ou modificar, bem como
tenção do veículo; vigia e indica as manobras; arruma da organização dos serviços intervenientes. Documenta
mercadorias no veículo e auxilia na sua descarga, as conclusões no dossier de análise de sistemas. Traduz
podendo, eventualmente, fazer a cobrança da merca- as necessidades em sistemas lógicos, económicos e exe-
doria que entrega. quíveis. Prepara conjuntos homogéneos de especifica-
ções detalhadas para a programação e respectivos jogos
Amostrista ou maquetista. — É o trabalhador que exe- de teste, podendo eventualmente realizar as tarefas mais
cuta tanto amostras clássicas de caixas de todos os tipos complexas de programação. Orienta e controla a ins-
como todas as resultantes de estudos de embalagens talação de sistemas. Pode dirigir e coordenar equipas
especiais e de extras, corta as amostras a partir de dese- de manutenção de sistemas.
nhos, agrafa-as e cola-as, procede à selecção e arru-
mação dos diferentes tipos de cartão e colabora na arru-
Arquivista técnico dos graus I e II. — É o trabalhador
mação e limpeza da secção.
que arquiva os elementos respeitantes à sala de desenho,
nomeadamente desenhos, catálogos, normas e toda a
Analista de laboratório. — É o trabalhador que,
documentação inerente ao sector técnico, cabendo-lhe
segundo a orientação ou instruções recebidas, executa
análises e ensaios laboratoriais, físicos ou químicos, com também organizar e preparar os respectivos processos.
vista a determinar ou controlar a composição e pro-
priedades da matéria-prima, produtos acabados, sub- Assistente administrativo. — É o trabalhador que exe-
produtos ou outros materiais, bem como das respectivas cuta tarefas de natureza administrativa. Opera equipa-
condições de utilização, podendo igualmente incumbir- mento de escritório, nomeadamente de tratamento auto-
-lhe a execução de tarefas complementares e inerentes mático de informação (terminais de computadores e
a essas actividades, tais como a eventual recolha de microcomputadores), teleimpressoras, telecopiadoras e
amostras, a preparação e aferição de soluções ou rea- outros. Pode exercer funções de secretariado e traduzir
gentes, a conservação do bom estado e calibração do e retroverter documentos; pode exercer funções próprias
equipamento de laboratório. Apoia tecnicamente os pos- de caixa. Quando dos graus IV e V, pode realizar estudos
tos de controlo fabris. e análises sob a orientação da chefia, prestando apoio
técnico a profissionais de categoria superior; pode ser-
Analista de laboratório principal. — É o trabalhador -lhe atribuída a chefia de profissionais menos qua-
que executa análises quantitativas e outros trabalhos que lificados.
exijam conhecimentos técnicos especializados no domí-
nio da química laboratorial ou industrial. Pode dirigir Assistente de vendas. — É o profissional responsável
e orientar tecnicamente grupos de trabalho no âmbito pelo apoio administrativo a todos os intervenientes no
de ensaios químicos ou físicos inerentes ao controlo do processo de vendas, vendedores e clientes, nomeada-
processo. mente quanto a pedidos de orçamentos, encomendas,
reclamações e demais elementos de consulta. Aceita
Analista de laboratório qualificado. — É o analista encomendas, dando, posteriormente, o seguimento
principal capaz de desempenhar indistintamente todas apropriado.
as funções das diferentes especialidades próprias da sua
área de actividade, com o perfeito conhecimento dos Assistente técnico de vendas. — É o trabalhador que
processos e métodos aplicados, bem como do processo desenvolve acções técnico-comerciais nas áreas de dese-
industrial que apoia. Pode desempenhar actividades, nho, amostras de caixas e administrativas. Pode exercer
incluindo chefia de profissionais menos qualificados, no ainda funções de apoio ao técnico de vendas. Exerce
âmbito da sua especialidade e no do estudo do processo. eventualmente funções gerais da profissão de desenha-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 606


dor, amostrista ou maquetista. Para além das funções desenvolve actividades do sector que chefia, assegurando
referidas, é solicitado a executar trabalhos mais com- o cumprimento dos programas e objectivos fixados supe-
plexos, no âmbito da sua área profissional, com maior riormente. Orienta nos aspectos funcionais e hierárqui-
autonomia, considerando o seu grau de experiência, cos os profissionais do sector.
conhecimentos e aptidão.
Chefe de serviço. — É o trabalhador que estuda, orga-
Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe- niza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários ser-
cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun- viços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
cionamento do escritório, nomeadamente reprodução exerce, dentro do serviço que chefia, e nos limites da
e transmissão de documentos, serviço de telefonemas sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
de e para o exterior, e envio, preparação, distribuição calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
e entrega de correspondência e objectos inerentes ao das actividades dos serviços, segundo as orientações e
serviço interno e externo. Recebe, anuncia e presta infor- fins definidos. Pode executar tarefas específicas relativas
mações a visitantes, podendo, quando necessário, exe- aos serviços que chefia.
cutar trabalhos de dactilografia e outros afins. Presta
serviços correlativos ao funcionamento dos escritórios. Chefe de turno fabril. — É o trabalhador que, sob
Pode efectuar, fora dos escritórios, recebimentos, paga- orientação do superior hierárquico, dirige a equipa de
mentos e depósitos e assegura outro expediente rela- um sector produtivo que trabalha em regime de turnos,
cionado com os escritórios. procedendo por forma que o programa que lhe foi supe-
riormente determinado seja qualitativa e quantitativa-
Chefe de departamento. — É o trabalhador que estuda, mente cumprido. É o responsável pela coordenação e
organiza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários utilização do pessoal sob a sua chefia nos seus aspectos
serviços da Empresa, as actividades que lhe são próprias; funcionais, administrativos e disciplinares. Nos períodos
exerce, dentro do serviço que chefia, e na esfera da fora do horário normal substitui o encarregado res-
sua competência, funções de direcção, orientação e fis- pectivo.
calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
das actividades dos serviços, segundo as orientações e Condutor de empilhador. — É o trabalhador que con-
fins definidos. Pode executar tarefas específicas respei- duz e manobra em carro automotor, equipado de pla-
tantes aos serviços que chefia. Pode colaborar na defi- taforma elevadora, «colher», «garfo» ou «garras», para
nição das políticas inerentes à sua área de actividade transferir ou empilhar materiais ou produtos; é respon-
e na preparação das respectivas decisões estratégicas. sável pela sua manutenção e conservação.

Chefe de equipa. — É o trabalhador que, sob orien- Condutor de máquinas, aparelhos de elevação e trans-
tação directa do superior hierárquico, dirige e orienta porte. — É o trabalhador que conduz guinchos, pórticos
tecnicamente um grupo de trabalhadores, que pode ser rolantes, empilhadores, gruas de elevação e quaisquer
do grau equivalente ao seu, sem ser chefe de equipa outras máquinas de força motriz para transporte e arru-
da mesma área profissional, desempenhando também mação de materiais ou produtos dentro dos estabele-
tarefas de executante. cimentos industriais.

Chefe de equipa de máquinas de execução manual. — É Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
o trabalhador que, sob orientação directa do superior porte principal. — É o trabalhador, oriundo da categoria
hierárquico, dirige e orienta tecnicamente um grupo de profissional de condutor de máquinas e aparelhos de
trabalhadores que pode ser de grau equivalente ao seu elevação e transporte de 1.a, que conduz quaisquer
desde que em máquinas de execução manual de tra- máquinas de força motriz para transporte e arrumação
balhos complementares de embalagem. Esta função de materiais ou produtos dentro das instalações indus-
inclui as seguintes máquinas: escateladora de divisórias, triais. É responsável pelo acondicionamento dos mate-
parafinadora, prensa de recortes sem desmoldagem, riais, bem como pela conservação e manutenção dos
agrafadeira de braço, agrafadeira de prato, agrafadeira veículos que conduz. Se habilitado com a carta de con-
semiautomática, cortadora de abas, cortadora de placas, dução profissional, pode exercer funções de motorista.
escateladora de divisórias, máquina de encaixar divi-
sórias, máquina semiautomática de fecho e metralha- Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
dora de entrega manual. porte qualificado. — É o trabalhador, oriundo da cate-
goria profissional de condutor de máquinas e aparelhos
Chefe de equipa de máquinas transformadoras. — É de elevação e transporte principal, que conduz quaisquer
o trabalhador que, sob orientação directa do superior tipos de máquinas de força motriz para transporte e
hierárquico, dirige e orienta tecnicamente um grupo de arrumação de materiais ou produtos dentro das insta-
trabalhadores que pode ser de grau equivalente ao seu, lações industriais. Controla e coordena equipas poli-
englobando trabalhos de máquinas transformadoras não valentes, que pode chefiar quando necessário. Quando
referidas na anterior definição de funções. devidamente habilitado e treinado desempenha funções
de motorista.
Chefe de secção (função industrial ou função admi-
nistrativa). — É o trabalhador que coordena, dirige e Controlador de fabrico. — É o trabalhador responsável
controla o trabalho de um grupo de profissionais nos pelo controlo de fabrico de um sector de produção, atra-
aspectos funcionais e hierárquicos. vés de ensaios químicos ou físicos, cujos resultados, que
interpreta, vai fornecendo, por forma a efectuar cor-
Chefe de sector (função industrial ou função adminis- recções adequadas à obtenção do produto final com
trativa). — É o trabalhador que planifica, coordena e as características pretendidas; procede eventualmente

607 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


à recolha de amostras, de análise mais complexa, des- Desenhador projectista. — É o trabalhador que, a par-
tinadas ao laboratório central; recolhe e regista toda tir de um programa dado, verbal ou escrito, concebe
a espécie de elementos para fins estatísticos e de anteprojectos de um conjunto ou partes de um conjunto,
controlo. procedendo ao seu estudo, esboço ou desenho, efec-
tuando os cálculos que, não sendo específicos de enge-
Controlador industrial. — É o trabalhador que pro- nharia, sejam necessários à sua estruturação e inter-
cede à recolha, registo, selecção, verificação de carac- ligação. Observa e indica, se necessário, normas e
terísticas ou encaminhamento de elementos respeitantes regulamentos a seguir na execução, assim como os ele-
à mão-de-obra e mercadorias, emitindo e controlando mentos para orçamento. Colabora, se necessário, na ela-
toda a documentação necessária. Elabora elementos boração de cadernos de encargos. Pode coordenar gru-
para fins estatísticos e de controlo e comunica os desvios pos de trabalho para tarefas bem determinadas, que
encontrados, podendo operar com máquinas de escri- não chefia.
tório. Pode executar tarefas de âmbito administrativo.
Director de departamento/serviços. — É o trabalhador
Delegado técnico comercial. — É o profissional que responsável perante o conselho de administração, ou
assegura a planificação de uma zona de vendas, de seus representantes, pela gestão das estruturas funcio-
acordo com as directrizes definidas, assumindo a res- nais ou operacionais a nível orgânico imediatamente
inferior à de director de empresa ou de outro director
ponsabilidade pelo seu cumprimento e assegurando a
de hierarquia mais elevada. Participa na definição das
sua execução. Assegura uma informação, relativa aos
políticas, bem como na tomada de decisões estratégicas
clientes, no sentido de garantir uma boa cobrança, inerentes à sua área de actividade.
desenvolvendo estudos de mercados com vista à defi-
nição de estratégias adequadas à melhoria das vendas Electricista principal. — É o trabalhador que se encon-
e à introdução de novos produtos. Equaciona a actuação tra, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão,
da concorrência nos aspectos referentes à dimensão e habilitado a que lhe seja conferida grande autonomia
capacidade, organização operacional, estratégias comer- e atribuição de competência na execução das tarefas
ciais, produtos, qualidades e preços. mais complexas no âmbito da sua área profissional, cuja
realização pode implicar formação específica. Pode
Desenhador de execução do graus II-A, II-B e I. — É coordenar o trabalho de outros profissionais de grau
o trabalhador que exerce, eventualmente com o apoio inferior em equipas constituídas para tarefas bem deter-
de profissionais de desenho mais qualificados, funções minadas, que não chefia.
gerais da profissão de desenhador numa das áreas
seguintes: Encarregado. — É o trabalhador que, na sua área pro-
a) Desenho técnico — executa desenhos rigorosos fissional, é responsável pela aplicação do programa de
com base em croquis, por decalque ou por ins- produção, conservação, montagem e construção, asse-
truções orais ou escritas, estabelecendo crite- gurando a sua execução. Coordena e dirige o modo
de funcionamento da respectiva área, por forma a obter
riosamente a distribuição das projecções orto-
dela o melhor rendimento. É responsável pela coor-
gonais, considerando escalas e simbologias denação e utilização do pessoal sob a sua chefia nos
aplicadas, bem como outros elementos adequa- seus aspectos funcionais, administrativos e disciplinares.
dos à informação a produzir; executa alterações,
reduções ou ampliações de desenho, a partir Encarregado de armazém. — É o trabalhador que
de indicações recebidas ou por recolha de ele- dirige outros trabalhadores e toda a actividade de um
mentos; executa desenhos de pormenor ou de armazém ou de uma secção de um armazém, respon-
implantação com base em indicações e elemen- sabilizando-se pelo seu bom funcionamento.
tos detalhados recebidos; efectua esboços e
levantamento de elementos existentes; executa Encarregado fabril I. — É o trabalhador que, na sua
outros trabalhos, como efectuar legendas; área profissional, é responsável pela aplicação do pro-
b) Desenho gráfico — executa desenhos de artes grama de produção, conservação, montagem e constru-
gráficas, arte final ou publicitária, a partir de ção, assegurando a sua execução. Coordena e dirige o
esboços ou maquetas que lhe são distribuídas; modo de funcionamento da respectiva área, por forma
executa gráficos, quadros, mapas e outras repre- a obter dela o melhor rendimento. É responsável pela
sentações simples a partir de indicações e ele- coordenação e utilização do pessoal sob a sua chefia
mentos recebidos; executa outros trabalhos, nos aspectos funcionais, administrativos e disciplinares.
como colorir ou efectuar legendas.
Encarregado fabril II. — (Definição idêntica à de encar-
Desenhador de execução (grau principal). — Para além regado fabril I.)
das funções respeitantes aos grupos anteriores, é soli-
citado a executar trabalhos mais complexos, no âmbito Encarregado geral fabril I. — É o trabalhador que na
da sua área profissional, com maior autonomia, con- sua área profissional colabora na elaboração dos pro-
siderando o seu grau de experiência, conhecimentos e gramas de produção e manutenção, assegurando a sua
aptidão. Desenvolve as suas funções em uma ou mais execução. Faz cumprir, no local onde se executam as
especialidades. Pode coordenar o trabalho, para tarefas tarefas, a orientação geral que lhe foi superiormente
bem determinadas, de outros profissionais de grau infe- comunicada, por forma a assegurar, quer o melhor ren-
rior, constituídos em equipa, que não chefia. dimento produtivo das instalações, quer a conservação,
reparação e montagem nas áreas da sua responsabi-
Desenhador maquetista (arte finalista). — (Definição lidade específica. Para o exercício da sua actividade terá
idêntica à de desenhador projectista.) de resolver problemas de pessoal, problemas de apro-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 608


visionamento e estabelecer ligações ou colaborar com principal, que executa as tarefas mais especializadas de
outros serviços. armazém. O seu trabalho requer maiores conhecimentos
e experiência. Sob a orientação de um superior hie-
Encarregado geral fabril II. — (Definição idêntica à de rárquico, coordena e controla as tarefas de um grupo
encarregado geral fabril I.) de trabalhadores da mesma área de actividade, que
chefia.
Expedidor. — É o trabalhador que é responsável pelo
controlo das expedições em veículos de transporte e Lubrificador. — É o trabalhador que lubrifica as
pelo carregamento dos mesmos. Substitui o responsável máquinas, veículos e ferramentas, muda óleos nos perío-
da expedição na sua falta. Pode movimentar viaturas dos recomendados, executa os trabalhos necessários
à responsabilidade da Empresa, em toda a área do arma- para manter em boas condições os pontos de lubrifi-
zém e cais de carga. cação. Procede à recolha de amostras de lubrificantes
e presta informações sobre eventuais anomalias que
Expedidor principal. — É o trabalhador que, pelo seu detecta.
grau de experiência, conhecimentos e aptidão, possui
um nível de qualificação que permite que lhe seja con- Lubrificador principal. — É o trabalhador de 1.a, que
ferida ampla autonomia e atribuição de competência se encontra, pelo seu grau de experiência, conhecimen-
específica na execução das tarefas mais complexas no tos e aptidão, habilitado a que lhe seja conferida grande
âmbito da área em que trabalha, cuja realização pode autonomia e atribuição de competência na execução das
implicar formação específica, no âmbito da profissão tarefas mais complexas no âmbito da sua área profis-
de expedidor, podendo ainda coordenar trabalho de sional, cuja realização pode implicar formação especí-
outros profissionais de qualificação inferior em equipas fica. Pode coordenar o trabalho de outros profissionais
constituídas para tarefas determinadas, que não chefia. de grau inferior em equipas constituídas para tarefas
bem determinadas, que não chefia.
Expedidor qualificado. — É o trabalhador, oriundo da
categoria profissional de expedidor principal, que, pelo Lubrificador qualificado. — É o trabalhador, oriundo
seu grau de experiência e conhecimento, executa tarefas da categoria profissional de lubrificador principal, que
mais complexas no âmbito da sua área profissional. executa as tarefas mais especializadas da sua actividade.
Pode, ainda, sob orientação de um superior hierárquico, O seu trabalho requer maiores conhecimentos e expe-
coordenar e controlar as tarefas desenvolvidas por tra- riência. Sob a orientação de um superior hierárquico
balhadores da sua área de actividade, que chefia. coordena e controla as tarefas de um grupo de traba-
lhadores da mesma área de actividade, que chefia.
Fiel de armazém. — É o trabalhador que procede às
operações de entrada ou saída de mercadorias ou mate- Mecânico de automóveis. — É o trabalhador que
riais. Identifica e codifica os produtos e procede à rejei-
detecta as avarias mecânicas, repara, afina, monta e des-
ção dos que não obedeçam aos requisitos contratuais.
monta os órgãos dos automóveis e outras viaturas e
Examina a concordância entre as mercadorias recebidas
executa outros trabalhos relacionados com esta mecâ-
ou expedidas e a respectiva documentação. Encarrega-se
da arrumação e conservação de mercadorias e materiais. nica.
Distribui mercadorias ou materiais pelos sectores uten-
tes e ou clientes da Empresa. Informa sobre eventuais Motorista (pesados ou ligeiros). — É o trabalhador
anomalias de existências, bem como sobre danos e per- que, possuindo carta de condução, tem a seu cargo a
das. Colabora com o superior hierárquico na organi- condução de veículos automóveis (ligeiros ou pesados),
zação material do armazém, podendo desempenhar competindo-lhe ainda zelar pela boa conservação e lim-
outras tarefas complementares no âmbito das funções peza do veículo e pela carga que transporta. Orienta
do serviço em que será inserido. e auxilia a carga e descarga. Verifica diariamente os
níveis de óleo e de água.
Fiel de armazém de carimbos. — É o trabalho que efec-
tua operações de entrada e saída de equipamento, tendo Motorista principal. — É o trabalhador, oriundo da
em atenção o seu estado qualificativo e a concordância categoria profissional de motorista, que, para além de
entre as normas de impressão e os carimbos. Informa orientar e auxiliar as operações de carga e descarga
sobre as deficiências encontradas e procede ao controlo de mercadorias, assegura o bom estado de funciona-
da arrumação e limpeza dos mesmos. mento do veículo, procedendo à sua limpeza e zelando
pela sua manutenção, lubrificação e reparação. Pode
Fiel de armazém principal. — É o trabalhador que, eventualmente conduzir máquinas de força motriz no
pelo seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, interior das instalações fabris.
possui um nível de qualificação que permite que lhe
seja conferida ampla autonomia e atribuição de com- Motorista qualificado. — É o trabalhador, oriundo da
petência específica na execução das tarefas mais com- categoria profissional de motorista principal, que, para
plexas do âmbito da secção em que trabalha, cuja rea- além de desempenhar as funções inerentes àquela cate-
lização pode implicar formação específica, no âmbito goria, controla e coordena equipas polivalentes, que
da profissão de fiel, podendo ainda coordenar trabalho pode chefiar quando necessário. Coordena a actividade
de outros profissionais de qualificação inferior em equi- de conservação e manutenção de viaturas. Quando devi-
pas constituídas para tarefas bem determinadas, que não damente habilitado e treinado, conduz máquinas de
chefia. força motriz no interior das instalações industriais.

Fiel de armazém qualificado. — É o trabalhador, Oficial de conservação qualificado. — É o trabalhador


oriundo da categoria profissional de fiel de armazém oficial metalúrgico ou electricista principal capaz de

609 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


desempenhar indistintamente todas as funções das dife- estado geral de conservação do equipamento, colabo-
rentes especialidades próprias da sua área de actividade, rando, eventualmente, em trabalhos de manutenção.
com perfeito conhecimento dos sectores onde trabalha, Esta definição aplica-se aos operadores que operam na
bem como as instalações e equipamentos das áreas a área da produção de embalagem, nomeadamente, nas
que presta assistência. Pode desempenhar funções de subáreas de produção de cartão canelado e ou trans-
chefe de equipa, nomeadamente nas paragens técnicas formação.
das instalações.
Operador industrial de fluidos e efluentes (fogueiro). — É
Oficial electricista. — É o trabalhador que executa, o trabalhador que opera com os equipamentos insta-
modifica, conserva e repara instalações eléctricas de alta lados de: produção de vapor e respectiva rede de dis-
e ou baixa tensão, desde que devidamente encartado. tribuição, alimentação, tratamento e distribuição de
Orienta o assentamento de estruturas para suporte de águas; central de ar comprimido e rede de distribuição;
aparelhagem eléctrica. Participa nos ensaios de circuitos, estação de tratamento de efluentes industriais, optimi-
máquinas e aparelhagem, inspeccionando periodica- zando a sua utilização com vista a obter a melhor efi-
mente o seu funcionamento, com vista a detectar defi- ciência. Assegura a lubrificação dos equipamentos dos
ciências de instalação e funcionamento. Guia-se nor- sectores em que trabalha e colabora em trabalhos de
malmente por esquemas e outras especificações técnicas. manutenção e conservação. Procede ao controlo e
registo dos parâmetros operacionais da central de vapor
Oficial metalúrgico principal. — (Definição idêntica à e da ETARI, sendo responsável por alguns e colabo-
de electricista principal.) rando na manutenção dos restantes.

Oficial de pré-montagem. — É o trabalhador que exe- Operador de produção de embalagem de 1.a — É o


cuta a montagem de carimbos em telas para serem apli- trabalhador qualificado com formação técnica e espe-
cadas nas máquinas impressoras. Pode executar outras cífica e experiência profissional que lhe permitam super-
tarefas no âmbito da confecção e armazenagem de visionar e conduzir máquinas ou conjuntos de maqui-
carimbos. nismos de tecnologia elevada no âmbito da produção
de embalagem. Procede ao controlo de qualidade e
Operador de computador. — É o trabalhador que quantidade do produto e ritmo de execução, preen-
opera e controla o sistema de computador, prepara o chendo mapas de fabrico ou de serviço das máquinas,
sistema para execução dos programas e é responsável indicando quantidades produzidas, tempos e anomalias
pelo cumprimento dos tempos previstos para cada pro- verificadas. Zela pelo estado geral de conservação do
cessamento de acordo com as normas em vigor. equipamento, colaborando, eventualmente, em traba-
lhos de manutenção. Esta função inclui a responsabi-
Operador de computador estagiário. — É o trabalhador lidade de condução das seguintes máquinas: escatela-
que desempenha as funções de operador de computador dora-impressora, máquina integrada, prensa de recortes
sob a orientação e supervisão de um operador. com desmoldagem e impressão, prensa rotativa com
impressão, controlo de formatos, simples face/canela-
Operador de computador principal. — É o operador dora e dobradora-coladora para caixas especiais.
de computador que, pelo seu grau de experiência, conhe-
cimentos e aptidão possui um nível de qualificação que Operador de produção de embalagem de 2.a — É o
permite que lhe seja conferida ampla autonomia na exe- trabalhador qualificado responsável pela condução de
cução das tarefas mais complexas no âmbito da operação máquinas de tecnologia inferior às adstritas ao operador
de computador, podendo ainda coordenar trabalho de de 1.a, executando, contudo, as mesmas tarefas de infor-
outros profissionais de qualificação inferior. mação, controlo e conservação; coadjuva-o, sempre que
as necessidades de serviço o exijam, substituindo-o nos
Operador de computador qualificado. — É o trabalha- seus impedimentos. Esta função inclui a responsabili-
dor, oriundo da categoria profissional de operador de dade de condução das seguintes máquinas: agrafadeira
computador principal, que executa as tarefas mais espe- automática, dobradora-encoladeira, encoladeira,
cializadas de operações de computadores. O seu tra- máquina automática de fecho, prensa de recortes com
balho requer maior experiência e conhecimentos. Sob desmoldagem, vincadeira, prensa, triturador de desper-
a orientação do superior hierárquico coordena e con- dício, máquina automática de cintar palletes e parafi-
trola as tarefas de um grupo de operadores de com- nadora, é ainda o primeiro-ajudante da escateladora-
putador, que chefia. -impressora, máquina integrada e prensa rotativa com
impressão e da dobradora-coladora para caixas espe-
Operador estagiário. — É o trabalhador que estagia ciais.
para operador depois de terminado o período de
aprendizagem. Operador de produção de embalagem de 3.a — É o
trabalhador responsável pela condução de máquinas
Operador industrial. — É o trabalhador que, utili- pouco complexas, assegurando a sua regulação e ali-
zando o equipamento instalado, pode conduzir ou uti- mentação. Procede ao controlo qualitativo e quantitativo
lizar máquinas ou conjuntos de maquinismos no âmbito da produção, recolhendo elementos informativos quanto
da produção de embalagem, optimizando a sua utili- a quantidades produzidas, tempos e anomalias verifi-
zação com vista a obter a melhor eficiência. Procede cados. Assegura a limpeza do equipamento e das ins-
ao controlo de qualidade e quantidade do produto e talações. Coadjuva o operador de 2.a sempre que as
ritmo de execução, preenchendo mapas de fabrico ou necessidades de serviço o exijam, substituindo-o nos seus
de serviço das máquinas, indicando quantidades pro- impedimentos. Esta função inclui a responsabilidade de
duzidas, tempos e anomalias verificadas. Zela pelo condução das seguintes máquinas: escateladora de divi-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 610


sórias, prensa de recortes sem desmoldagem, saída auto- cipal, executa as tarefas mais qualificadas no âmbito
mática da máquina de canelar, cortadora de abas e da sua área de actividade. O seu trabalho requer maiores
metralhadora de entrega automática, corte e vinco; é conhecimentos e experiência. Sob a orientação de um
ainda o primeiro-ajudante da agrafadeira automática, superior hierárquico, pode chefiar, coordenando e con-
máquina automática de fecho, prensa de recortes com trolando tarefas de um grupo de trabalhadores da
desmoldagem; inclui também o ajudante de operador mesma área de actividade. Colabora com o preparador
de dobradora-encoladeira e preparador de colante. de trabalho na preparação de trabalhos de maior
Inclui ainda a responsabilidade pela condução das qualificação.
seguintes máquinas: agrafadeira de braço, agrafadeira
de prato, agrafadeira semiautomática, cortadora de pla- Praticante (metalúrgico e mecânico). — É o trabalha-
cas, escateladora de divisórias, máquina de encaixar divi- dor que, sob orientação, coadjuva nos trabalhos e exe-
sórias, máquina semiautomática de fecho, metralhadora cuta trabalhos simples e operações auxiliares.
de entrega manual, prensa de desperdícios automática
e triturador de desperdícios; é ainda o segundo-ajudante Pré-oficial (electricista do 1.o ou 2.o ano). — É o tra-
de escateladora-impressora, máquina integrada, prensa balhador que coadjuva os oficiais e, cooperando com
rotativa com impressão, agrafadeira automática, eles, executa trabalhos de menor responsabilidade.
máquina automática de fecho, prensa de recortes com
desmoldagem, dobradora-encoladeira, dobradora-cola- Preparador de laboratório. — É o trabalhador que
dora para caixas especiais; inclui também o primeiro- procede à recolha, escolha e preparação de amostras
-ajudante da prensa de recortes sem desmoldagem, o a analisar: colabora na execução de experiências, ensaios
ajudante da parafinadora e o preparador de cantoneiras. químicos ou físicos, sob a orientação de um analista,
desempenhando também tarefas simples e acessórias,
Operador de produção de embalagem principal. — É nomeadamente as de conservação e limpeza do equi-
o trabalhador altamente qualificado que, pelo seu grau pamento.
de experiência, conhecimentos e aptidão, possui um
nível de qualificação que lhe permite exercer com ampla Preparador de trabalho. — É o trabalhador que desen-
autonomia quaisquer funções de operador, podendo volve um conjunto de acções tendentes à correcta defi-
coordenar trabalhos de outros profissionais de quali- nição da utilização de métodos e processos, meios huma-
ficação inferior em equipas para tarefas bem determi- nos e materiais, por forma a minimizar o tempo de
nadas, que não chefia. Pode conduzir quaisquer equi- imobilização dos equipamentos e melhorar a qualidade
pamentos, nomeadamente os adstritos ao operador de dos trabalhos. Estuda os equipamentos, por forma a
produção de 1.a definir as operações a efectuar, bem como a periodi-
cidade, com vista a garantir o bom funcionamento dos
Operador de produção de embalagem qualificado. — É mesmos. Estabelece fichas de diagnóstico para pesquisa
o trabalhador, oriundo da categoria profissional de ope- de avarias e reparações standardizadas. Estabelece
rador de produção de embalagem principal, que executa métodos e processos de trabalho e estima necessidades
sobretudo as tarefas mais especializadas e as que reque- de mão-de-obra para o realizar (em quantidade e qua-
rem maiores conhecimentos e experiência. Sob a orien- lidade). Afecta aos trabalhos a realizar materiais espe-
tação de um superior hierárquico coordena e controla cíficos, sobressalentes e ferramentas especiais. Faz o
as tarefas de um grupo de trabalhadores, que chefia. acompanhamento da evolução do estado dos equipa-
mentos e do desenvolvimento dos trabalhos preparados,
Planificador. — É o trabalhador que colabora com o introduzindo, sempre que necessário, as alterações con-
seu superior hierárquico directo na definição dos pro- venientes. Decide sobre o que deverá ser preparado e
gramas de conservação. Procede à utilização dos vários qual o respectivo grau de detalhe. Colabora no cálculo
quadros de planeamento e faz o acompanhamento da de custos de conservação. Elabora as listas de sobres-
execução dos mesmos. Prepara elementos estatísticos salentes por equipamento e colabora na sua recepção.
e documentais necessários à actualização das políticas
de planeamento. Preparador de trabalho auxiliar. — É o trabalhador que
vela pela permanente existência em armazém dos
Planificador auxiliar. — É o trabalhador que colabora sobressalentes e dos materiais necessários, de acordo
na actualização dos vários quadros de planeamento. com as especificações definidas, através de um controlo
Colabora com o planificador na verificação da dispo- sistemático de consumos e dos conhecimentos dos parâ-
nibilidade dos meios necessários aos trabalhos, emite metros de gestão. Assegura a existência em armazém
toda a documentação necessária à sua realização e cola- de todos os sobressalentes e materiais indicados nas lis-
bora na recolha de elementos que permitam a obtenção tas para cada equipamento e colabora com o fiel de
de dados estatísticos para a actualização das políticas armazém na identificação, especificação e codificação
de planeamento. dos sobressalentes e materiais. Em colaboração com os
preparadores de trabalho, procede ao cálculo dos parâ-
Planificador principal. — É o trabalhador que, pelo metros da gestão, tendo em conta a importância do equi-
seu grau de experiência, conhecimentos e aptidão, possui pamento, prazo de entrega e origem dos fornecedores.
um nível de qualificação que permite que lhe seja con- Mantém-se ao corrente dos processos de aquisição de
ferida ampla autonomia na execução de tarefas mais materiais e sobressalentes e assegura-se de que as requi-
complexas no âmbito da planificação. Colabora com o sições efectuadas apresentam as características reque-
preparador de trabalho na preparação de trabalhos ridas. Informa os preparadores e planificadores da che-
menos qualificados. gada de materiais e sobressalentes que não havia em
stock. Procede à análise periódica do ficheiro de sobres-
Planificador qualificado. — É o trabalhador que, salentes e informa superiormente sobre consumos anor-
oriundo da categoria profissional de planificador prin- mais de materiais ou sobressalentes. Colabora com o

611 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


preparador nas preparações dos trabalhos menos qua- de traçagem, corte, soldadura e aquecimento a maçarico,
lificados. quando sejam necessárias ao desempenho das tarefas
em curso.
Preparador de trabalho principal. — É o trabalhador
que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti- Técnico administrativo industrial. — É o trabalhador
dão, possui um nível de qualificação que lhe permite que, possuindo elevados conhecimentos teóricos e prá-
que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no ticos adquiridos no desempenho das suas funções, se
âmbito da preparação do trabalho. Pode coordenar o ocupa da organização, coordenação e orientação de tare-
trabalho de outros profissionais de qualificação inferior fas de maior especialização no âmbito do seu domínio
em equipas, que não chefia, constituídas para trabalhos de actividade, tendo em conta a consecução dos objec-
de preparação bem determinados. tivos fixados pela hierarquia. Colabora na definição dos
programas de trabalho para a sua área de actividade,
Preparador de trabalho qualificado. — É o trabalha- garantindo a sua correcta implementação. Presta assis-
dor, oriundo da categoria profissional de preparador tência a profissionais de escalão superior no desempe-
de trabalho principal, que assegura a execução, coor- nho das funções destes, podendo exercer funções de
denação e chefia de trabalhos de preparação que envol- chefia hierárquica ou condução funcional de unidades
vam, simultaneamente, as actividades de mecânica e estruturais permanentes ou grupos de trabalho.
electricidade.
Técnico analista de laboratório. — É o trabalhador que
Programador de aplicações. — É o trabalhador que executa análises e ensaios laboratoriais, físicos e quí-
desenvolve logicamente, codifica, prepara os dados para micos, com vista a determinar e a controlar a composição
teste, testa e corrige os programas, com base nas espe- dos produtos ou matérias-primas, respectivas proprie-
cificações transmitidas de acordo com as normas em dades e utilizações possíveis. Compila e prepara ele-
vigor. Documenta adequadamente o trabalho produ- mentos necessários à utilização das análises e ensaios,
zido. fazendo o processamento dos resultados obtidos, exe-
cutando cálculos técnicos. Recolhe amostras apoiando
Programador de aplicações estagiário. — É o trabalha- tecnicamente os postos de controlo fabris. Quando dos
dor que desempenha as funções de programador de apli- graus IV e V, colabora na elaboração de estudos de pro-
cações sob a supervisão de um programador. cesso acompanhando experiências a nível fabril. Realiza
experiências laboratoriais complementares das experiên-
Programador de aplicações principal. — É o trabalha- cias fabris ou integradas em estudos processuais de
dor que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos índole laboratorial. Pode coordenar o serviço de outros
e aptidão, possui um nível de qualificação que permite profissionais, que poderá chefiar quando dos graus IV
que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no e V.
âmbito da programação e análise orgânica de aplicações
informáticas. Pode coordenar o trabalho de outros pro- Técnico de conservação eléctrica. — É o oficial de con-
fissionais de qualificação inferior em equipas, que não servação eléctrica que desempenha indistintamente
chefia, constituídas para trabalhos de análise e orgânica várias das seguintes funções, consoante o seu nível de
e programação bem determinados. responsabilidade: oficial electricista (baixa e alta tensão,
bobinador e auto); técnico de electrónica; técnico de
Programador de aplicações qualificado. — É o traba- instrumentação (electrónica e pneumática), e técnico
lhador, oriundo da categoria de programador de apli- de telecomunicações. Pode coordenar o serviço de
cações principal, capaz de desempenhar indistintamente outros profissionais em equipas que poderá chefiar,
as tarefas mais complexas no âmbito da programação quando especializado ou principal.
e análise orgânica de aplicações informáticas. Pode coor-
denar o serviço de profissionais em equipas que chefia. Técnico de conservação mecânica. — É o oficial de
conservação mecânica que desempenha indistintamente
Promotor de vendas. — É o assistente de vendas que várias das seguintes funções, consoante o seu nível de
efectua vendas e assegura todos os contactos com os responsabilidade, assegurando, sempre que necessário,
clientes. funções de lubrificação: serralheiro (mecânico, civil ou
plásticos); soldador; rectificador, torneiro, fresador;
Secretário(a) de direcção ou administração. — É o tra- mecânico auto, e técnico de óleo-hidráulica. Pode coor-
balhador que se ocupa do secretariado específico da denar o serviço de outros profissionais em equipas que
administração ou direcção da Empresa. Entre outras poderá chefiar, quando especializado ou principal.
funções administrativas, competem-lhe, normalmente,
as seguintes funções: redigir actas de reuniões de tra- Técnico de electrónica. — É o trabalhador que desen-
balho; assegurar, por sua própria iniciativa, o trabalho volve acções de montagem, calibragem, ensaio, conser-
de rotina diária do gabinete; providenciar pela realização vação, detecção e reparação de avarias em aparelhagem
das assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos electrónica industrial e de controlo analítico, na fábrica,
e escrituras, e redigir documentação diversa em por- oficinas ou locais de utilização. Guia-se normalmente
tuguês e línguas estrangeiras. por esquemas e outras especializações técnicas e utiliza
aparelhos adequados ao seu trabalho.
Serralheiro mecânico. — É o trabalhador que executa
peças, monta, repara e conserva vários tipos de máqui- Técnico especialista de electrónica. — É o trabalhador
nas, motores e outros conjuntos mecânicos, com excep- que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti-
ção dos instrumentos de precisão e das instalações eléc- dão, possui um nível de qualificação que permite que
tricas. Pode eventualmente desempenhar tarefas simples lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no âmbito

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 612


da sua especialidade. Pode coordenar o trabalho de vista de eventuais implicações com as políticas
outros profissionais de qualificação inferior em equipas, gerais, sectoriais e resultados da empresa, sua
que não chefia, constituídas para trabalhos bem deter- imagem exterior ou posição no mercado e rela-
minados. ções de trabalho no seu interior.

Técnico de manutenção. — É o trabalhador que Técnico superior do grau III. — É o trabalhador cuja
desenvolve acções de manutenção nas áreas eléctrica, formação de base se alargou e consolidou através do
electrónica, instrumentação, mecânica, óleo-hidráulica exercício de actividade profissional relevante durante
e telecomunicações. Executa peças, faz montagens, des- um período limite de tempo. O nível das funções que
montagens, calibragens, ensaios, ajustes, afinações, normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
detecção e reparação de avarias, conservação de equi- tos seguintes:
pamentos eléctricos, electrónicos, hidráulicos, mecâni-
cos, pneumáticos e plásticos. Guia-se por esquemas, a) Toma decisões autónomas e actua por iniciativa
desenhos e outras especificações técnicas e utiliza própria no interior do seu domínio de activi-
máquinas, ferramentas e outros aparelhos adequados dade, não sendo o seu trabalho supervisionado
ao seu trabalho. Sempre que necessário, colabora com em pormenor, embora receba orientação téc-
os trabalhos da produção, assegura funções de lubri- nica em problemas invulgares ou complexos;
ficação, montagem de acessos, isolamentos e a limpeza b) Pode exercer funções de chefia hierárquica ou
após a execução dos trabalhos. De acordo com a sua condução funcional de unidades estruturais per-
formação/especialização, desempenha, indistintamente, manentes ou grupos de trabalhadores ou actuar
várias funções consoante o seu nível de responsabilidade. como assistente de profissionais mais qualifi-
Assim: cados na chefia de estruturas de maior dimen-
são, desde que na mesma não se incluam pro-
Manutenção eléctrica/instrumentação: fissionais de qualificação superior à sua;
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos
Electricidade (alta tensão e baixa tensão);
implicam capacidade técnica evolutiva e ou
Electrónica;
envolvem a coordenação de factores ou acti-
Instrumentação (electrónica e pneumática);
vidades diversificadas no âmbito do seu próprio
Telecomunicações;
domínio de actividade;
d) As decisões tomadas e soluções propostas, fun-
Manutenção mecânica:
damentadas em critérios técnico-económicos
Serralharia (mecânica, civil e plásticos); adequados, serão necessariamente remetidas
Soldadura; para os níveis competentes de decisão quando
Máquinas e ferramentas; tenham implicações potencialmente importan-
Mecânica de viaturas; tes a nível das políticas gerais e sectoriais da
Óleo-hidráulica. Empresa, seus resultados, imagem exterior ou
posição no mercado e relações de trabalho no
Quando necessário, coordena ou chefia equipas seu exterior.
pluridisciplinares.
Técnico superior do grau IV. — É o trabalhador deten-
Técnico principal de electrónica. — É o trabalhador tor de especialização considerável num campo particular
que concebe, estuda, instala, utiliza, substitui e conserva de actividade ou possuidor de formação complementar
sistemas, equipamentos e aparelhagens no âmbito da e experiência profissional avançadas ao conhecimento
sua especialização. Pode chefiar outros profissionais de genérico de áreas diversificadas para além da corres-
qualificação inferior. pondente à sua formação base. O nível de funções que
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
Técnico superior dos graus I e II. — É o trabalhador tos seguintes:
que exerce funções menos qualificadas da sua especia-
a) Dispõe de autonomia no âmbito da sua área
lidade. O nível de funções que normalmente desem-
de actividade, cabendo-lhe desencadear iniciativas
penha é enquadrável entre os seguintes pontos:
e tomar decisões condicionadas pela política
a) De uma forma geral, presta assistência a pro- estabelecida para essa área, em cuja definição
fissionais mais qualificados na sua especialidade deve participar. Recebe trabalho com simples
ou domínio de actividade dentro da Empresa, indicação do seu objectivo. Avalia autonoma-
actuando segundo instruções detalhadas, orais mente as possíveis implicações das suas decisões
ou escritas. Através da procura espontânea, ou actuação nos serviços por que é responsável
autónoma e crítica de informações e instruções no plano das políticas gerais, posição externa,
complementares, utiliza os elementos de con- resultados e relações de trabalho da Empresa.
sulta conhecidos e experiências disponíveis na Fundamenta propostas de actuação para deci-
Empresa ou a ela acessíveis; são superior quando tais implicações sejam sus-
b) Quando do grau II, poderá coordenar e orientar ceptíveis de ultrapassar o seu nível de res-
trabalhadores de qualificação inferior à sua ou ponsabilidade;
realizar estudos e proceder à análise dos res- b) Pode desempenhar funções de chefia hierár-
pectivos resultados; quica de unidades de estrutura da Empresa
c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos desde que na mesma não se integrem profis-
terão uma amplitude e um grau de complexi- sionais de qualificação superior à sua;
dade compatível com a sua experiência e ser- c) Os problemas e tarefas que lhe são cometidos
-lhe-ão claramente delimitados, do ponto de envolvem o estudo e desenvolvimento de solu-

613 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


ções técnicas novas, com base na combinação complementarmente, trabalhos de dactilografia ou
de elementos e técnicas correntes e ou a coor- outros afins.
denação de factores ou actividades de tipo de
natureza complexas, com origem em domínios Telefonista-recepcionista. — É o trabalhador que,
que ultrapassem o seu sector específico de acti- além de ter a seu cargo o serviço de telefonemas de
vidade, incluindo entidades exteriores à própria e para o exterior, recebe, anuncia e informa os visitantes.
Empresa. Quando necessário, executa, complementarmente, tra-
balhos de dactilografia ou outros afins.
Técnico superior do grau V. — É o trabalhador deten-
tor de sólida formação num campo de actividade espe- Tirocinante. — É o trabalhador que coadjuva os pro-
cializado, complexo e importante para o funcionamento fissionais das categorias superiores e faz tirocínio para
ou economia da Empresa e também aquele cuja for- o ingresso nas categorias respectivas.
mação e currículo profissional lhe permitem assumir
importantes responsabilidades com implicações em Tirocinante de desenho. — É o trabalhador que, ao
áreas diversificadas da actividade empresarial. O nível nível da formação exigida, faz tirocínio para ingresso
das funções que normalmente desempenha é enqua- na categoria imediatamente superior. A partir de orien-
drável entre os seguintes pontos: tações dadas e sem grande exigência de conhecimentos
específicos, executa trabalhos simples de desenho, coad-
a) Dispõe de ampla autonomia de julgamento e juvando os profissionais de desenho mais qualificados.
iniciativa no quadro das políticas e objectivos
da(s) respectiva(s) área(s) de actividade da Vendedor técnico. — É o trabalhador que, predomi-
Empresa em cuja definição participa e por cuja nantemente fora do estabelecimento, promove e vende,
execução é responsável; por conta da Empresa, mercadorias que exigem conhe-
b) Como gestor, chefia, coordena e controla um cimentos especiais. Auxilia o cliente a efectuar a escolha,
conjunto complexo de unidades estruturais, cuja evidenciando as qualidades comerciais e vantagens do
actividade tem incidência sensível no funciona- produto e salientando as características de ordem téc-
mento, posição externa e resultados da Empresa, nica; enuncia o preço e condições de pagamento. Faz
podendo participar na definição das suas polí- relatórios sobre as transacções comerciais que efectuou.
ticas gerais, incluindo política salarial; Colabora na realização de estudos de mercado e asse-
c) Como técnico ou especialista, dedica-se ao gura informação sobre as condições do mercado onde
estudo, investigação e solução de problemas actua. Aprecia reclamações.
complexos ou especializados envolvendo con-
ceitos e ou tecnologias recentes ou pouco ANEXO II
comuns. Apresenta soluções tecnicamente avan-
Condições específicas
çadas e valiosas do ponto de vista económico-
-estratégico da Empresa. Princípios gerais sobre carreiras profissionais
de progressão não automática e avaliação de desempenho

Técnico superior do grau VI. — É o trabalhador que, 1 — As carreiras profissionais criadas ou a criar pela
pela sua formação, currículo profissional e capacidade Empresa para os grupos profissionais não abrangidos
pessoal, atingiu, dentro de uma especialização ou num pelas carreiras automáticas previstas neste anexo deve-
vasto domínio de actividade dentro da Empresa, as mais rão, em princípio, obedecer às seguintes regras básicas,
elevadas responsabilidades e grau de autonomia. O nível sem prejuízo de situações que justifiquem tratamento
das funções que normalmente desempenha é enqua- diferente, nomeadamente as já regulamentadas pelo
drável entre os pontos seguintes: presente acordo.
1.1 — São condições necessárias à progressão na car-
a) Dispõe do máximo grau de autonomia de jul-
reira profissional:
gamento e iniciativa, apenas condicionados pela
observância das políticas gerais da Empresa em a) A permanência mínima de três e máxima de
cuja definição vivamente participa e pela acção cinco anos na categoria inferior;
dos corpos gerentes ou dos seus representantes b) A obtenção de mérito profissional em processo
exclusivos; de avaliação de desempenho;
b) Como gestor, chefia, coordena e controla a acti- c) Capacidade para desempenhar as tarefas ou
vidade de múltiplas unidades estruturais da assumir as responsabilidades correspondentes
Empresa numa das suas grandes áreas de gestão, às novas funções/nível de carreira.
ou em várias delas, tomando decisões funda-
mentais de carácter estratégico com implicações 1.2 — O acesso nas carreiras poderá prever condições
directas e importantes no funcionamento, posi- de formação básica e formação profissional, mediante
ção exterior e resultados da Empresa; frequência, com aproveitamento, das acções de forma-
c) Como técnico ou especialista, dedica-se ao ção adequadas.
estudo, investigação e solução de questões com-
plexas altamente especializadas ou com elevado 2 — Os profissionais em aprendizagem ascenderão
conteúdo de inovação, apresentando soluções automaticamente ao primeiro nível da respectiva car-
originais de elevado alcance técnico, económico reira, não podendo a permanência em cada nível de
ou estratégico. aprendizagem ter duração superior a um ano.

Telefonista. — É o trabalhador que se ocupa das liga- 3 — A avaliação de desempenho instituída na


ções telefónicas. Responde, se necessário, a pedidos de Empresa é um sistema de notação profissional que con-
informação telefónica. Quando necessário, executa, siste na recolha contínua de informação sobre a actua-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 614


lização profissional do avaliado durante o período a que Desenhador de execução do grau I;
a avaliação se reporta. Fiel de 1.a;
3.1 — A avaliação terá periodicidade anual e abran- Fiel principal;
gerá todos os trabalhadores da Empresa, sendo rea- Oficial electricista de 1.a;
lizada, em princípio, no 1.o trimestre de cada ano. Oficial electricista principal;
3.2 — A avaliação será realizada pela hierarquia que Oficial metalúrgico de 1.a;
enquadra o trabalhador, sendo o processo sustentado Oficial metalúrgico principal;
em manual de avaliação, previamente divulgado, do qual Operador de equipamento de gravação de carimbos
constarão os critérios e factores de avaliação. especializado;
3.3 — Os resultados da avaliação serão sempre comu- Operador de equipamento de gravação de carimbos
nicados ao trabalhador pela hierarquia competente. de 1.a;
3.4 — Os processos de avaliação deverão prever obri- Planificador auxiliar (dois anos);
gatoriamente mecanismos de reclamação, nomeada- Preparador de trabalho auxiliar (dois anos);
mente instâncias e prazos de recurso, sendo garantido Preparador de trabalho dos graus I e II (mecânica
a cada trabalhador o acesso aos elementos que serviram eléctrica).
de base à avaliação.
A) Ajudante e ajudante de embalagem
Condições únicas de promoção
na carreira profissional 1 — Os ajudantes e os ajudantes de embalagem com
mais de três anos de exercício de função e mérito no
1 — Os trabalhadores com mais de três anos nas cate-
seu desempenho poderão ascender ao grupo de enqua-
gorias profissionais abaixo indicadas, excepto aquelas
dramento imediatamente superior.
indicadas com menor tempo de permanência, poderão
ascender à categoria imediatamente superior após apro-
vação em avaliação de mérito profissional. 2 — Os ajudantes de embalagem que cumpram os
pressupostos acima estabelecidos e que demonstrem
2 — A pedido dos profissionais que preencham as reconhecidas qualificações e potencialidades para ope-
condições mínimas acima estabelecidas, poderão ser rea- radores de embalagem poderão ter acesso ao respectivo
lizadas provas profissionais complementares da avalia- plano de carreira pelo seu primeiro nível.
ção referida.
B) Assistente administrativo
3 — A aprovação nestas provas não constitui por si I — Admissão
só condição de promoção, sendo, contudo, indicação
relevante para a avaliação realizada. 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
fissionais com formação/especialização nas actividades
4 — As provas deverão ser realizadas nos meses de administrativas.
Maio/Junho e Novembro/Dezembro de cada ano,
devendo os pedidos ser formulados até ao fim dos meses 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
de Fevereiro e Agosto, respectivamente. são as seguintes:
5 — Se, por motivos devidamente justificados, o tra- a) Idade mínima — a exigida na lei;
balhador não puder comparecer à prova profissional já b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
marcada, esta transitará para a época de provas ime- dário (12.o ano) da área de formação adequada
diata. à função, sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante.
6 — Na impossibilidade por parte da Empresa de rea-
lizar as provas profissionais na época determinada pelo II — Estágio
pedido de inscrição do trabalhador, estas serão reali-
zadas no período seguinte, produzindo efeitos a eventual 3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
promoção 30 dias após o último dia da época em que estágio.
se deveria ter realizado a prova.
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
7 — As eventuais promoções decorrentes da avaliação
de mérito, complementada com provas profissionais, III — Progressão na carreira
produzirão efeitos 30 dias após a realização da respectiva
prova. 5 — O plano de carreira de assistente administrativo
compreende sete níveis de progressão.
8 — Cada candidato só poderá ser submetido a provas
com o intervalo mínimo de dois anos, contados a partir 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
da data da realização da prova. cumulativa das seguintes condições:
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
9 — Incluem-se neste regime as seguintes categorias
básico ou equivalente, sendo condição preferen-
profissionais:
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações
Analista de 1.a; definidas no n.o 2;
Analista principal; Obter mérito profissional no desempenho da fun-
Controlador industrial de 1.a; ção e potencial para o desempenho de funções
Controlador industrial de 2.a; mais qualificadas;

615 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cumprir os tempos mínimos de permanência exi- Obter mérito profissional no desempenho da fun-
gidos para cada nível, que são os seguintes: ção e potencial para o desempenho de funções
mais qualificadas;
Grupos Tempos
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
de Níveis/categorias mínimos gidos para cada nível, que são os seguintes:
enquadramento (anos)

Grupos Tempos
7 Assistente administrativo do grau V – de Níveis/categorias mínimos
8 Assistente administrativo do grau IV 5 enquadramento (anos)
9 Assistente administrativo do grau III 3
10 Assistente administrativo do grau II 3
11 Assistente administrativo do grau I 2 7 Assistente técnico de vendas do
12 Assistente administrativo estagiário grau V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . –
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 8 Assistente técnico de vendas do
13 Assistente administrativo estagiário grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9 Assistente técnico de vendas do
grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
10 Assistente técnico de vendas do
grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Os profissionais que não possuam as habilitações 11 Assistente técnico de vendas do
escolares definidas no n.o 2 poderão progredir grau I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
para os graus IV e V com o 9.o ano de escolaridade 12 Assistente técnico de vendas esta-
giário do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . 1
e um mínimo de 10 anos de experiência pro- 13 Assistente técnico de vendas esta-
fissional na actividade; para os restantes graus giário do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . 1
desde que com o 6.o ano de escolaridade pos-
suam o mínimo de 10 anos de experiência pro-
fissional na actividade. Os profissionais que não possuam as habilitações
escolares definidas no n.o 2 poderão progredir
IV — Densidades para os graus IV e V com o 9.o ano de escolaridade
e um mínimo de 10 anos de experiência pro-
7 — Para os profissionais integrados nas categorias fissional na actividade; para os restantes graus
correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o desde que com o 6.o ano de escolaridade pos-
seguinte esquema de densidades máximas face ao total suam o mínimo de 10 anos de experiência pro-
do efectivo na carreira: fissional na actividade.
Grau V — 25 %;
Graus IV e V — 50 %. IV — Densidades

7 — Para os profissionais integrados nas categorias


C) Assistente técnico de vendas correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o
I — Admissão seguinte esquema de densidades máximas face ao total
do efectivo na carreira:
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
fissionais com formação/especialização nas actividades Grau V — 25 %;
técnicas de vendas. Grau IV e V — 50 %.

2 — As condições de admissão destes trabalhadores D) Fiel de armazém


são as seguintes: I — Admissão
a) Idade mínima — a exigida na lei; 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- fissionais com formação/especialização nas actividades
dário (12.o ano) da área de formação adequada de aprovisionamento.
à função, sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante. 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
são as seguintes:
II — Estágio
a) Idade mínima — a exigida na lei;
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
estágio. dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos. via profissionalizante.
III — Progressão na carreira II — Progressão na carreira

5 — O plano da carreira de assistente técnico de ven- 3 — O plano da carreira de fiel de armazém com-
das compreende sete níveis de progressão. preende quatro níveis de progressão.

6 — A progressão na carreira dependerá da existência 4 — A progressão na carreira dependerá da existência


cumulativa das seguintes condições: cumulativa das seguintes condições:
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen- básico ou equivalente, sendo condição preferen-
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações cial para acesso aos níveis principal e qualificado
definidas no n.o 2; as habilitações definidas no n.o 2;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 616


Obter mérito profissional no desempenho da fun- Obter mérito profissional no desempenho da fun-
ção e potencial para o desempenho de funções ção e potencial para o desempenho de funções
mais qualificadas; mais qualificadas;
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi- Desempenhar duas ou três funções da sua área
gidos para cada nível, que são os seguintes: de actividade referidas na descrição de funções.
Para os níveis de principal e qualificado é exigido
o desempenho de todas as funções da sua área
Grupos Tempos
de Níveis/categorias mínimos de actividade;
enquadramento (anos) Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes:
9 Fiel de armazém qualificado . . . . . . –
10 Fiel de armazém principal . . . . . . . . 5
Grupos Tempos
11 Fiel de armazém de 1.a . . . . . . . . . . 3 de Níveis/categorias mínimos
12 Fiel de armazém de 2.a . . . . . . . . . . 3 enquadramento (anos)

8 Operador industrial qualificado . . . –


Os profissionais que não possuam as habilitações 9 Operador industrial principal . . . . . 5
escolares definidas no n.o 2 poderão progredir 10 Operador industrial de 1.a . . . . . . . . 3
para os níveis principal e qualificado com o 9.o ano 11 Operador industrial de 2.a . . . . . . . . 3
12 Operador industrial de 3.a . . . . . . . . 3
de escolaridade e um mínimo de 10 anos de expe- 13 Operador industrial estagiário . . . . 1
riência profissional na actividade; para os restantes
níveis desde que com o 6.o ano de escolaridade
possuam o mínimo de 10 anos de experiência pro- Os profissionais que não possuam as habilitações
fissional na actividade. escolares definidas no n.o 2 poderão progredir
para os níveis principal e qualificado com o
III — Densidades 9.o ano de escolaridade e um mínimo de 10 anos
de experiência profissional na actividade; para
5 — Para os profissionais integrados nas categorias os restantes níveis desde que com o 6.o ano de
correspondentes aos níveis principal e qualificado obser- escolaridade possuam o mínimo de 10 anos de
var-se-á o seguinte esquema de densidades mínimas face experiência profissional na actividade.
ao total do efectivo na carreira:
Qualificado — 25 %; IV — Densidades
Principal e qualificado — 50 %. 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
correspondentes aos níveis de principal e qualificado
E) Operador industrial observar-se-á o seguinte esquema de densidades máxi-
I — Admissão mas face ao total do efectivo na carreira:

1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- Qualificado — 25 %;


fissionais com formação/especialização nas actividades Principal e qualificado — 50 %.
de produção de embalagem.
F) Operador industrial de fluidos e efluentes
2 — As condições de admissão destes trabalhadores (fogueiro)
são as seguintes: I — Admissão

a) Idade mínima — a exigida na lei; 1 — Para além das condições fixadas na regulamen-
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- tação da profissão de fogueiro, as condições de admissão
dário (12.o ano) da área de formação adequada destes trabalhadores são as seguintes:
à função, sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante. a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
II — Estágio
dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de via profissionalizante.
estágio.
II — Estágio
4 — O estágio terá a duração máxima de um ano.
2 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
III — Progressão na carreira
estágio.

5 — O plano da carreira de operador industrial com- 3 — O estágio terá a duração máxima de um ano.
preende seis níveis de progressão.
III — Condições específicas e únicas dos trabalhadores
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
4 — Independentemente das medidas de segurança
cumulativa das seguintes condições:
existentes, as funções inerentes à operação de caldeiras
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino convencionais, quando localizadas no interior dos com-
básico ou equivalente, sendo condição preferen- partimentos onde estão instaladas as caldeiras, compor-
cial para acesso aos níveis principal e qualificado tam, cumulativamente, riscos de graves acidentes cor-
as habilitações definidas no n.o 2; porais e condições conjuntas de gravosidade e perigo-

617 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


sidade de trabalho, designadamente nos aspectos de para os níveis principal e qualificado com o
existência permanente de altos valores médios de inten- 9.o ano de escolaridade e um mínimo de 10 anos
sidade de: de experiência profissional na actividade; para
os restantes níveis desde que com o 6.o ano de
Pressões normais;
escolaridade possuam o mínimo de 10 anos de
Vibrações;
experiência profissional na actividade.
Radiações térmicas;
Mudanças térmicas intermitentes;
Ausência de iluminação solar. V — Densidades

8 — Para os profissionais integrados nas categorias


5 — Nestes termos e em virtude das características correspondentes aos níveis de principal e qualificado
muito especiais da actividade referida no número ante- observar-se-á o seguinte esquema de densidades máxi-
rior, é atribuído um prémio horário pecuniário a todos mas face ao total do efectivo na carreira:
os trabalhadores integrados nestas condições de trabalho
e nos termos que seguem: Qualificado — 25 %;
a) O prémio será atribuído por cada hora efectiva Principal e qualificado — 50 %.
de trabalho aos trabalhadores directa e perma-
nentemente envolvidos na condução de caldei- G) Técnico administrativo/industrial
ras e equipamentos auxiliares, quando locali- I — Admissão e período experimental
zados no interior dos compartimentos onde
estão instaladas as caldeiras e abrange a seguinte 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
categoria profissional: operador industrial de fissionais que desempenham funções técnicas nas áreas
fluidos e efluentes (fogueiro); de planeamento, investigação operacional, projecto,
b) O prémio terá o valor horário de 99$ e será processo, produção, conservação, administração, comer-
pago aos trabalhadores referenciados na alínea cial, recursos humanos, organização e informática.
anterior no final de cada mês proporcional-
mente às horas de trabalho efectivamente pres- 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
tadas nesse mês; são as seguintes:
c) O prémio não será atribuído durante as férias,
não integrando a retribuição mensal. a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações escolares — curso secundário
IV — Progressão na carreira (12.o ano) da área de formação adequada à fun-
6 — O plano da carreira de operador industrial de ção, via profissionalizante, sendo condição pre-
fluidos e efluentes (fogueiro) compreende quatro níveis ferencial para a admissão o nível de bacharelato.
de progressão.
3 — O período experimental destes profissionais é o
7 — A progressão na carreira dependerá da existência previsto neste acordo.
cumulativa das seguintes condições:
II — Progressão na carreira
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen- 4 — Consideram-se quatro níveis de responsabilidade
cial para acesso aos níveis principal e qualificado e de enquadramento nesta categoria profissional.
as habilitações definidas no n.o 2;
Obter mérito profissional no desempenho da fun- 5 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade
ção e potencial para o desempenho de funções dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac-
mais qualificadas; terização, da existência cumulativa das seguintes con-
Desempenhar duas ou três funções da sua área dições:
de actividade referidas na descrição de funções.
Para os níveis de principal e qualificado é exigido Mérito profissional no desempenho da função;
o desempenho de todas as funções da sua área Potencial para o desempenho de funções mais
de actividade; qualificadas.
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes: H) Técnico analista de laboratório

Grupos Tempos I — Admissão


de Níveis/categorias mínimos
enquadramento (anos)
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
fissionais com formação/especialização nas actividades
8 Operador industrial de fluidos e laboratoriais.
efluentes (fogueiro) qualificado –
9 Operador industrial de fluidos e
efluentes (fogueiro) principal . . . 5 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
10 Operador industrial de fluidos e são as seguintes:
efluentes (fogueiro) de 1.a . . . . . 3
11 Operador industrial de fluidos e a) Idade mínima — a exigida na lei;
efluentes (fogueiro) de 2.a . . . . . 3 b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
dário (12.o ano) da área de formação adequada
Os profissionais que não possuam as habilitações à função, sendo condição preferencial o curso
escolares definidas no n.o 2 poderão progredir via profissionalizante.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 618


II — Estágio 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
são as seguintes:
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio. a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos. dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso
via profissionalizante.
III — Progressão na carreira

5 — O plano de carreira de técnico analista de labo- II — Estágio


ratório compreende sete níveis de progressão.
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de
estágio.
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
cumulativa das seguintes condições: 4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen- III — Progressão na carreira
cial para o acesso aos graus IV e V as habilitações 5 — O plano de carreira de técnico de manutenção
definidas no n.o 2; compreende sete níveis de progressão.
Obter mérito profissional no desempenho da fun-
ção e potencial para o desempenho de funções 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
mais qualificadas; cumulativa das seguintes condições:
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes: Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen-
cial para o acesso aos graus IV e V as habilitações
Grupos Tempos
de Níveis/categorias mínimos definidas no n.o 2;
enquadramento (anos) Obter mérito profissional no desempenho da fun-
ção e potencial para o desempenho de funções
7 Técnico analista de laboratório do – mais qualificadas;
grau V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Desempenhar duas ou três especialidades referidas
8 Técnico analista de laboratório do 5 na definição de funções de acordo com a sua
grau IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
9 Técnico analista de laboratório do 3 área de actividade. Para os graus IV e V é exigido
grau III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o desempenho de três especialidades;
10 Técnico analista de laboratório do 3 Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
grau II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . gidos para cada nível, que são os seguintes:
11 Técnico analista de laboratório do 2
grau I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
12 Técnico analista de laboratório 1
estagiário do 2.o ano . . . . . . . . . . Grupos Tempos
de Níveis/categorias mínimos
13 Técnico analista de laboratório 1 enquadramento (anos)
estagiário do 1.o ano . . . . . . . . . .

7 Técnico de manutenção do grau V –


8 Técnico de manutenção do grau IV 5
Os profissionais que não possuam as habilitações 9 Técnico de manutenção do grau III 3
escolares definidas no n.o 2 poderão progredir 10 Técnico de manutenção do grau II 3
para os graus IV e V com o 9.o ano de escolaridade 11 Técnico de manutenção do grau I 2
e um mínimo de 10 anos de experiência pro- 12 Técnico de manutenção estagiário
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
fissional na actividade; para os restantes graus 13 Técnico de manutenção estagiário
desde que com o 6.o ano de escolaridade pos- do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
suam o mínimo de 10 anos de experiência pro-
fissional na actividade.
Os profissionais que não possuam as habilitações
IV — Densidades escolares definidas no n.o 2 poderão progredir
para os graus IV e V com o 9.o ano de escolaridade
7 — Para os profissionais integrados nas categorias e um mínimo de 10 anos de experiência pro-
correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o fissional na actividade; para os restantes graus
seguinte esquema de densidades máximas face ao total desde que com o 6.o ano de escolaridade pos-
do efectivo na carreira: suam o mínimo de 10 anos de experiência pro-
fissional na actividade.
Grau V — 25 %;
Graus IV e V — 50 %. IV — Densidades

I) Técnico de manutenção 7 — Para os profissionais integrados nas categorias


correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o
I — Admissão seguinte esquema de densidades máximas face ao total
do efectivo na carreira:
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
fissionais com formação/especialização na actividade de Grau V — 25 %;
manutenção mecânica e ou eléctrica. Graus IV e V — 50 %.

619 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


V — Deontologia profissional mos de permanência exigidos para cada nível, que são
os seguintes:
8 — Os técnicos de manutenção da actividade eléc-
trica/instrumentação terão sempre direito a recusar cum-
prir ordens contrárias à boa técnica profissional, nomea- 6.o ano 9.o ano
de escolaridade de escolaridade
damente normas de segurança das instalações eléctricas. Categorias
ou equivalente ou equivalente
(anos) (anos)

9 — Estes trabalhadores podem também recusar obe-


diência a ordens de natureza técnica que não sejam Mecânica/eléctrica
emanadas de superior habilitado. Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . – –
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
10 — Sempre que, no exercício da sua profissão, estes Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
trabalhadores corram riscos de electrocussão ou de des-
cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco
a sua integridade física, não podem trabalhar sem que III — Densidades
sejam acompanhados por outro profissional.
7 — O número de profissionais que poderá integrar
11 — Os técnicos de manutenção da actividade eléc- cada um dos planos de carreira não deverá exceder a
trica/instrumentação obrigam-se a guardar sigilo pro- percentagem de 15 % do efectivo existente para estas
fissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na áreas de actividade.
Empresa, bem como no respeitante a comunicações
escutadas no exercício da sua profissão. K) Técnico superior

I — Admissão e período experimental


J) Técnicos de conservação mecânica e eléctrica

I — Integração na carreira 1 — Neste grupo estão integrados os profissionais de


formação académica superior, licenciatura, diplomados
1 — Os planos de carreira de técnicos de conservação em escolas nacionais ou estrangeiras oficialmente reco-
mecânica e eléctrica compreendem quatro níveis de nhecidas, nomeadamente universidades e institutos
progressão. superiores.

2 — A integração na carreira far-se-á pelo nível de 2 — Na admissão dos trabalhadores integrados neste
enquadramento imediatamente superior ao que o tra- grupo será sempre exigido diploma ou documento equi-
balhador possui, dependendo das habilitações escolares, valente e carteira profissional, quando exigido por lei.
experiência e mérito profissional.
3 — O período experimental destes trabalhadores é
3 — Desta integração não poderá resultar a ascensão o previsto neste acordo.
para mais do que o nível de enquadramento imedia-
tamente superior.
II — Progressão na carreira

4 — É condição necessária para a integração na car- 4 — O plano de carreira de técnico superior com-
reira o desempenho de duas das funções referidas na preende seis níveis de responsabilidade e enquadra-
definição de funções de cada uma das categorias mento.
profissionais.
5 — A progressão na carreira dependerá da existência
5 — Os tempos mínimos de experiência profissional
cumulativa das seguintes condições:
exigidos para a integração dependem das habilitações
escolares e são os seguintes: Mérito profissional no desempenho da função;
Potencial para o desempenho de funções mais
6.o ano 9.o ano qualificadas.
de escolaridade de escolaridade
Categorias
ou equivalente ou equivalente
(anos) (anos)
6 — O técnico superior do grau I poderá passar ao
grau II após um ano de permanência naquela categoria.
Mecânica/eléctrica
Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 10 III — Funções
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 8
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 7 — As funções destes profissionais serão as corres-
pondentes aos diversos níveis.
II — Progressão na carreira
8 — Enquadram-se neste grupo de técnicos superio-
6 — A progressão na carreira dependerá da existência res os profissionais que desempenham funções técnicas
cumulativa da verificação de mérito profissional no nas áreas de planeamento, investigação operacional,
desempenho da função, potencial para desempenho de engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos huma-
funções superiores e do cumprimento dos tempos míni- nos, organização, informática e comercial.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 620


L) Trabalhadores analistas IV — Deontologia profissional
I — Admissão 9 — O trabalhador electricista terá sempre direito a
1 — As condições mínimas de admissão de trabalha- recusar cumprir ordens contrárias à boa técnica pro-
dores analistas de laboratório são: fissional, nomeadamente normas de segurança das ins-
talações eléctricas.
a) Idade mínima — 18 anos;
b) Habilitações mínimas — curso secundário ade- 10 — O trabalhador electricista pode também recusar
quado. obediência a ordens de natureza técnica referentes à
execução de serviços quando não provenientes de supe-
II — Promoções e acessos rior habilitado com carteira profissional, engenheiro téc-
2 — O analista de 2.a ingressará na classe imedia- nico do ramo electrotécnico.
tamente superior após três anos na categoria, desde que
possua as habilitações mínimas acima previstas. 11 — Sempre que no exercício da sua profissão de
electricista o trabalhador corra riscos de electrocussão,
3 — Os preparadores de laboratório que possuam ou não pode trabalhar sem ser acompanhado por outro
venham a possuir o curso secundário adequado acima oficial.
previsto ingressarão, após quatro meses de estágio, na N) Trabalhadores metalúrgicos
categoria profissional de analista de 2.a, continuando
I — Admissão
a assegurar as funções próprias de preparador de
laboratório. 1 — A carreira dos profissionais metalúrgicos ini-
M) Trabalhadores electricistas cia-se pela categoria de praticante de metalúrgico.
I — Admissão 2 — As condições de admissão de trabalhadores
1 — A carreira dos profissionais electricistas inicia-se metalúrgicos são:
pela categoria de pré-oficial. a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações mínimas — as exigidas por lei.
2 — As condições de admissão de trabalhadores elec-
tricistas são: II — Promoções e acessos
a) Idade mínima — a exigida na lei; 3 — Os praticantes metalúrgicos ao fim de um ano
b) Habilitações mínimas — as exigidas por lei. ascenderão ao grupo de enquadramento superior. Após
dois anos ascenderão à categoria de oficial de 2.a
3 — Só poderão ser admitidos ao serviço da Empresa
os oficiais electricistas que sejam portadores da respec- 4 — Os oficiais de 2.a que completem quatro anos
tiva carteira profissional devidamente legalizada. de permanência na Empresa no exercício da mesma
profissão ascenderão automaticamente ao escalão supe-
II — Promoções e acessos rior.
4 — Os pré-oficiais serão promovidos após dois perío- III — Densidade e dotações mínimas
dos de um ano.
5 — Relativamente aos trabalhadores metalúrgicos e
5 — a) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial metalomecânicos da mesma profissão, serão observadas
do 2.o ano os trabalhadores electricistas diplomados em cada unidade fabril as proporções mínimas cons-
pelas escolas oficiais portuguesas com o curso de indus- tantes do seguinte quadro de densidade:
trial electricista ou de montador electricista e ainda os
diplomados com cursos de electricidade da Casa Pia Escalões
de Lisboa, Instituto Técnico Militar dos Pupilos do Exér-
cito, 2.o grau de torpedeiro electricista ou radiomon- Número de trabalhadores 1.a 2.a Praticantes
tador da Escola Militar de Electromecânica.
b) Terão, no mínimo, a categoria de pré-oficial do
1.o ano os trabalhadores electricistas diplomados pelas 1................................ – 1 –
2................................ 1 – 1
escolas oficiais portuguesas com o curso do Ministério 3................................ 1 1 1
do Trabalho e da Solidariedade, através do Fundo de 4................................ 1 2 1
Desenvolvimento de Mão-de-Obra. 5................................ 1 3 1
6................................ 1 3 2
7................................ 2 3 2
6 — Os oficiais de 2.a serão promovidos à categoria 8................................ 3 3 2
de oficial de 1.a após dois anos de permanência naquela 9................................ 3 4 2
categoria. 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5 2

III — Densidade e dotações mínimas


6 — Quando o número de trabalhadores seja superior
7 — O número de pré-oficiais não poderá ser superior a 10, a respectiva proporção determina-se multiplicando
ao número de oficiais. as dezenas desse número pelos elementos das propor-
ções estabelecidas no número anterior.
8 — Havendo ao serviço 5 oficiais, 1 será classificado
como encarregado. Se houver 15 oficiais, haverá 2 encar- 7 — O pessoal de chefia não será considerado para
regados. Se o número de oficiais for superior a 15, haverá o efeito das proporções estabelecidas no número ante-
mais 1 encarregado por cada grupo de 15. rior.

621 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


8 — O número de oficiais qualificados e principais civil ou artes gráficas), que ingressam em dese-
acresce ao número total de oficiais para efeitos de qua- nhador de execução do grau II-A;
dro de densidades, sendo considerados como oficiais c) Para os arquivistas técnicos a habilitação é o
de 1.a ciclo preparatório ou curso secundário unifi-
cado/geral e a idade mínima de 18 anos;
9 — As proporções fixadas nesta secção podem ser d) Para os operadores heliográficos a habilitação
alteradas desde que de tal alteração resulte a promoção é o ensino primário ou o ciclo preparatório e
de trabalhadores. a idade mínima de 18 anos.

10 — No caso de, por aplicação do quadro de den- II — Promoções e acessos


sidades, haver lugar a promoção, esta far-se-á com base
no mérito profissional, habilitação escolar e antiguidade 2 — Na categoria de desenhador de execução o acesso
do trabalhador. do grau II-A ao grau II-B e deste ao grau I dá-se auto-
maticamente logo que o trabalhador complete três anos
de grau.
O) Trabalhadores rodoviários e de garagens
I — Admissão 3 — Os operadores heligráficos e os arquivistas téc-
nicos terão acesso ao grau I após permanência mínima
1 — A idade mínima de admissão dos trabalhadores de três anos de desempenho de funções na categoria
rodoviários e de garagens é de 16 anos, excepto para de grau II e aprovação em avaliação de mérito pro-
as categorias de ajudante de motorista, em que será fissional.
de 18 anos, e de motorista, em que será de 21 anos.
ANEXO III
2 — Para motorista é exigida a carta de condução
profissional. Enquadramentos
Grupo 1:
3 — As habilitações escolares mínimas são as legal-
mente exigidas. Director de departamento/serviços (a).
Técnico superior do grau VI.
II — Horário de trabalho
(a) Inclui:
4 — Os motoristas e ajudantes de motorista terão um
horário móvel ou fixo, podendo efectuar-se a alteração Direcção Administrativa e Financeira.
Direcção de Logística e Administrativa (Albarraque, Guilha-
de qualquer destes regimes nos termos da lei. O registo breu, Leiria).
de trabalho efectuado será feito em livretes individuais. Direcção de Produção e Conservação (Albarraque, Guilhabreu,
Leiria).
5 — O início e o fim do almoço e do jantar terão Direcção de Vendas (Albarraque, Guilhabreu, Leiria.)
de verificar-se, respectivamente, entre as 11 horas e
30 minutos e as 14 horas e 30 minutos e entre as 19 horas Grupo 2:
e 30 minutos e as 21 horas e 30 minutos. Analista de sistemas qualificado.
Chefe de departamento (a).
6 — Se, por motivo de serviço inadiável, o trabalhador Técnico superior do grau V.
não puder tomar a sua refeição dentro do horário fixado
no número anterior, o tempo de refeição ser-lhe-á pago (a) Inclui:
como trabalho suplementar.
Serviço da Qualidade.
Gabinete de Planeamento e Controlo.
7 — Após o regresso ao local de trabalho, se ainda Serviço Administrativo (Albarraque, Guilhabreu, Leiria).
não tiver tomado a sua refeição, será concedido ao tra- Serviço de Aprovisionamentos.
balhador o tempo necessário, até ao limite máximo de Serviço de Contabilidade.
Serviço de Energia e Conservação (Albarraque e Leiria).
uma hora, para a tomar dentro do horário normal de Serviço Financeiro.
trabalho. Serviço de Marketing.
Serviço de Pessoal.
P) Trabalhadores técnicos de desenho Serviço de Produção (Guilhabreu).

I — Admissão Grupo 3:
1 — As condições de admissão para os trabalhadores Analista de sistemas de 1.a
com vista ao exercício das funções incluídas neste grupo Técnico superior do grau IV.
são as seguintes:
Grupo 4:
a) Curso secundário unificado/geral (mecânica,
electricidade, construção civil ou artes visuais) — Analista de sistemas de 2.a
que ingressam em tirocinante de desenho pelo Delegado técnico-comercial do grau III.
período de dois anos (1.o e 2.o anos), findo o Encarregado geral fabril (a).
qual passam a desenhador de execução do Programador de aplicações qualificado.
grau II-A; Secretário(a) de direcção ou administração do
b) Curso industrial (Decreto-Lei n.o 37 029) ou grau V.
curso complementar — 11.o ano (nomeada- Técnico administrativo/industrial do grau IV.
mente mecanotecnia, electrotecnia, construção Técnico superior do grau III.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 622


(a) Inclui: Preparador de trabalho do grau I.
Programador de aplicações de 2.a
Conservação eléctrica e electrónica (Albarraque, Guilhabreu,
Leiria). Promotor de vendas do grau II.
Conservação mecânica e viaturas (Albarraque, Guilhabreu, Secretário(a) de direcção ou administração do
Leiria). grau II.
Técnico administrativo/industrial do grau I.
Grupo 5: Técnico analista de laboratório do grau V.
Técnico de conservação eléctrica principal.
Chefe de sector administrativo (a).
Técnico de conservação mecânica principal.
Chefe de sector industrial (a).
Delegado técnico-comercial do grau II. Técnico de manutenção do grau V.
Encarregado fabril I. Técnico principal de electrónica.
Encarregado geral fabril II. Vendedor técnico do grau II.
Preparador de trabalho qualificado.
Programador de aplicações principal. Grupo 8:
Secretário(a) de direcção ou administração do
grau IV. Analista de laboratório qualificado.
Técnico administrativo/industrial do grau III. Assistente administrativo do grau IV.
Técnico superior do grau II. Assistente técnico de vendas do grau IV.
Vendedor técnico do grau IV. Chefe de equipa de conservação (Guilhabreu,
Leiria).
(a) Inclui:
Chefe de equipa de máquinas transformadoras.
Desenhador de execução (grau principal).
Aprovisionamento (Albarraque, Guilhabreu, Leiria). Encarregado (a).
Gabinete técnico (Albarraque, Leiria). Expedidor qualificado.
Pessoal e assuntos sociais (Albarraque, Guilhabreu, Leiria).
Planificação e controlo de encomendas (Albarraque, Guilha- Oficial de conservação qualificado.
breu, Leiria). Operador de computador principal.
Operador industrial de fluidos e efluentes (fogueiro)
Grupo 6: qualificado.
Operador industrial qualificado.
Chefe de secção administrativa (a). Operador de produção de embalagem qualificado.
Chefe de secção industrial (a). Planificador.
Chefe de turno fabril (b). Preparador de trabalho do grau II.
Delegado técnico-comercial do grau I. Promotor de vendas do grau I.
Encarregado fabril II (c). Secretário(a) de direcção ou administração do
Planificador qualificado. grau I.
Preparador de trabalho principal. Técnico analista de laboratório do grau IV.
Programador de aplicações de 1.a Técnico de conservação eléctrica especialista.
Promotor de vendas do grau III. Técnico de conservação mecânica especialista.
Secretário(a) de direcção ou administração do
Técnico especialista de electrónica.
grau III.
Técnico de manutenção do grau IV.
Técnico administrativo/industrial do grau II.
Técnico superior do grau I. Vendedor técnico do grau I.
Vendedor técnico do grau III.
(a) Inclui:
(a) Inclui:
Armazéns de materiais e de matérias-primas e subsidiárias
Contabilidade e caixa (Albarraque, Guilhabreu, Leiria). (Albarraque, Guilhabreu, Leiria).
Controlo orçamental e contabilidade de custos.
Expedição (Albarraque, Guilhabreu, Leiria).
Sala de desenho (Guilhabreu). Grupo 9:

(b) Inclui:
Analista de laboratório principal.
Assistente administrativo do grau III.
Produção de embalagem (Albarraque, Guilhabreu, Leiria). Assistente de vendas do grau II.
Assistente técnico de vendas do grau III.
(c) Inclui: Chefe de equipa (a).
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Conservação mecânica e lubrificação (Albarraque). transporte qualificado.
Conservação de viaturas e lubrificação (Albarraque).
Desenhador de execução do grau I.
Electricista principal.
Grupo 7: Encarregado (b).
Assistente administrativo do grau V. Expedidor principal.
Assistente técnico de vendas do grau V. Fiel de armazém qualificado.
Desenhador-maquetista (arte finalista). Lubrificador qualificado.
Desenhador-projectista. Motorista qualificado (ligeiros e pesados).
Operador de computador qualificado. Oficial metalúrgico principal.
Planificador principal. Operador de computador de 1.a

623 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Operador industrial de fluidos e efluentes (fogueiro) Controlador industrial de 1.a
principal. Desenhador de execução do grau II-A.
Operador industrial principal. Fiel de armazém de 1.a
Operador de produção de embalagem principal. Lubrificador de 1.a
Planificador auxiliar. Motorista de ligeiros.
Preparador de trabalho auxiliar. Motorista de pesados.
Programador de aplicações estagiário. Oficial de 2.a (a).
Técnico analista de laboratório do grau III. Operador de computador estagiário.
Técnico de conservação eléctrica de 1.a Operador industrial de 2.a
Técnico de conservação mecânica de 1.a Operador industrial de fluidos e efluentes (fogueiro)
Técnico de electrónica de 1.a de 2.a
Técnico de manutenção do grau III.
Operador de produção de embalagem de 2.a
Técnico analista de laboratório do grau I.
(a) Inclui: Técnico de electrónica estagiário.
Máquinas de execução manual.
Técnico de manutenção do grau I.
Telefonista-recepcionista.
(b) Inclui:
(a) Inclui:
Equipamento (Guilhabreu).
Electricista.
Mecânico de automóveis.
Grupo 10: Pré-montagem.
Serralheiro mecânico.
Analista de laboratório de 1.a
Arquivista técnico do grau II.
Assistente administrativo do grau II. Grupo 12:
Assistente de vendas do grau I.
Assistente técnico de vendas do grau II. Amostrista ou maquetista de 2.a
Auxiliar administrativo principal. Assistente administrativo estagiário do 2.o ano.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e Assistente técnico de vendas estagiário do 2.o ano.
transporte principal. Auxiliar administrativo de 2.a
Controlador industrial principal. Condutor de empilhador.
Desenhador de execução do grau II-B. Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Expedidor de 1.a transporte de 2.a
Fiel de armazém principal.
Controlador de fabrico de 2.a
Lubrificador principal.
Motorista principal (ligeiros e pesados). Controlador industrial de 2.a
Oficial de 1.a (a). Fiel de armazém de 2.a
Operador de computador de 2.a Lubrificador de 2.a
Operador industrial de 1.a Operador industrial de 3.a
Operador industrial de fluidos e efluentes (fogueiro) Operador de produção de embalagem de 3.a
de 1.a Praticante do 2.o ano.
Operador de produção de embalagem de 1.a Pré-oficial electricista do 2.o ano.
Técnico analista de laboratório do grau II. Técnico analista de laboratório estagiário do 2.o ano.
Técnico de conservação eléctrica de 2.a Técnico de manutenção estagiário do 2.o ano.
Técnico de conservação mecânica de 2.a Telefonista.
Técnico de electrónica de 2.a Tirocinante de desenhador do 2.o ano.
Técnico de manutenção do grau II.
Grupo 13:
(a) Inclui:

Electricista. Ajudante.
Mecânico de automóveis. Ajudante de cargas e descargas.
Pré-montagem. Ajudante de fiel de armazém.
Serralheiro mecânico.
Ajudante de motorista.
Ajudante de produção de embalagem.
Grupo 11: Assistente administrativo estagiário do 1.o ano.
Assistente técnico de vendas estagiário do 1.o ano.
Amostrista ou maquetista de 1.a Fiel de armazém de carimbos.
Analista de laboratório de 2.a Operador industrial estagiário.
Arquivista técnico do grau I. Praticante do 1.o ano.
Assistente administrativo do grau I. Pré-oficial electricista do 1.o ano.
Assistente técnico de vendas do grau I. Preparador de laboratório.
Auxiliar administrativo de 1.a Técnico analista de laboratório estagiário do 1.o ano.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e Técnico de manutenção estagiário do 1.o ano.
transporte de 1.a Tirocinante.
Controlador de fabrico de 1.a Tirocinante desenhador do 1.o ano.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 624


Tabela de remunerações

Grupo
de Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
enquadramento

1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00

A cada remuneração base constante desta tabela salarial acresce, Vidreira, Extractiva, Energia e Química representa a
para todos os efeitos, a importância de 7180$, referente à integração seguinte associação sindical:
do subsídio de formação.
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de contratação SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia,
a termo e aos trabalhadores que se encontram em regime de período
experimental. Química e Indústrias Diversas.

Base de indexação — 177 100$, Lisboa, 3 de Novembro de 1998. — Pelo Secretariado,


Diuturnidades — 1560$. (Assinatura ilegível.)
Subsídio de turno:

16 860$;
Entrado em 27 de Janeiro de 1999.
19 420$; Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 170 do
21 930$; livro n.o 8, com o n.o 20/99, nos termos do artigo 24.o
32 400$. do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual.
Lisboa, 3 de Novembro de 1998.
Pela Portucel Embalagem — Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S. A.:
(Assinatura ilegível.)

Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços:


António Maria Teixeira de Matos Cordeiro.
AE entre a PORTUCEL — Empresa de Celulose e
Pelo SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante
e Fogueiros de Terra:
Papel de Portugual, SGPS, S. A., e a FETESE —
(Assinatura ilegível.)
Feder. dos Sind. dos Trabalhadores de Serviços
e outros.
Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
Extractiva, Energia e Química: CAPÍTULO I
José Luís Carapinha Rei.
Área, âmbito e vigência
Pelo SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio:
(Assinatura ilegível.) Cláusula 1.a
Pelo Sindicato dos Engenheiros da Região Sul: Área e âmbito
Pedro Manuel de Faria e Melo Forjó.
O presente acordo de empresa aplica-se a todo o
território do continente e obriga, por um lado, a POR-
Declaração TUCEL — Empresa de Celulose e Papel de Portugal,
SGPS, S. A., e, por outro lado, os trabalhadores ao
A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Traba- seu serviço membros das organizações sindicais outor-
lhadores de Serviços, por si e em representação dos gantes.
sindicatos seus filiados:
SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escri- Cláusula 2.a
tório, Comércio, Hotelaria e Serviços;
Vigência, denúncia e revisão
SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinha-
gem da Marinha Mercante e Fogueiros de Terra. 1 — Este acordo de empresa entra em vigor cinco
dias após a data da sua publicação no Boletim do Tra-
Lisboa, 2 de Outubro de 1998. — Pelo Secretariado: balho e Emprego.
(Assinaturas ilegíveis.)
2 — O prazo de vigência deste acordo é de dois anos,
Declaração salvo o disposto no número seguinte.

Para os devidos efeitos se declara que a FETICEQ — 3 — A matéria de expressão pecuniária será revista
Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, anualmente.

625 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


4 — A denúncia pode ser efectuada por qualquer das Cláusula 5.a
partes decorridos 10 meses sobre a data da entrega para Período experimental
depósito do acordo ou da respectiva revisão, total ou
parcial, anteriormente negociada. 1 — Durante o período experimental, salvo acordo
escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir
5 — Decorridos os prazos mínimos fixados para a o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo-
denúncia, esta é possível a qualquer momento, perma- cação de justa causa, não havendo direito a qualquer
necendo aplicáveis todas as disposições desta cláusula indemnização.
quando haja prorrogação da vigência do acordo.
2 — O período experimental corresponde ao período
6 — Por denúncia entende-se o pedido de revisão, inicial de execução do contrato e, salvo acordo em con-
feito, por escrito, à parte contrária, acompanhado da trário, tem a seguinte duração:
proposta de alteração.
a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores;
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car-
7 — A parte que recebe a denúncia deve responder, gos de complexidade técnica e elevado grau de
por escrito, no decurso dos 30 dias imediatos contados responsabilidade ou funções de confiança;
a partir da recepção daquela. c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros
superiores.
8 — A resposta incluirá a contraproposta de revisão
para todas as propostas que a parte que responde não Cláusula 6.a
aceita. Readmissões

9 — As negociações iniciar-se-ão dentro dos 15 dias 1 — Se a Empresa readmitir ao seu serviço um tra-
a contar do prazo fixado no n.o 8. balhador cujo contrato tenha sido rescindido anterior-
mente, por qualquer das partes, o tempo de antiguidade
10 — O presente acordo intergra as tabelas salariais ao serviço da Empresa no período anterior à rescisão
e valores para as cláusulas de expressão pecuniária em será contado na readmissão se nisso acordarem por
vigor na Empresa a partir de 16 de Setembro de 1998. escrito o trabalhador e a Empresa.

2 — A readmissão de um trabalhador para a mesma


CAPÍTULO II categoria profissional não está sujeita a período expe-
rimental.
Preenchimento de postos de trabalho Cláusula 7.a
Contratos a termo
Cláusula 3.a
Preenchimento de postos de trabalho A Empresa poderá celebrar contratos a termo, de
acordo com as regras e os limites impostos pela legis-
A Empresa preferirá, no preenchimento de vagas ou lação aplicável.
postos de trabalho, os trabalhadores ao seu serviço, Cláusula 8.a
desde que estes reúnam as condições necessárias para
esse preenchimento, só recorrendo à admissão do exte- Comissão de serviço
rior quando estiverem esgotadas todas as possibilidades 1 — As funções de direcção serão exercidas por tra-
de utilização dos seus recursos humanos. balhadores da Empresa em regime de comissão de ser-
viço, nos termos da legislação aplicável, sem prejuízo
Cláusula 4.a das situações existentes.
Admissões 2 — A Empresa definirá condições especiais de pro-
1 — Nas admissões deverão ser respeitadas as con- gressão profissional decorrentes do exercício de funções
dições estabelecidas na lei, neste acordo e na regula- com mérito em regime de comissão de serviço.
mentação interna da Empresa.
Cláusula 9.a
2 — Toda e qualquer admissão será precedida de Reconversões
exame médico adequado, feito a expensas da Empresa.
1 — A Empresa diligenciará reconverter, para função
3 — No acto de admissão, a Empresa fornecerá ao compatível com as suas capacidades, os trabalhadores
trabalhador cópias do presente acordo e dos regula- parcialmente incapacitados por motivo de acidente de
mentos internos da Empresa. trabalho ou doença profissional; quando tal não for pos-
sível, a Empresa informará, por escrito, o trabalhador
4 — A Empresa não deverá, em regra, admitir tra- interessado das razões dessa impossibilidade.
balhadores reformados.
2 — O trabalhador reconvertido passará a auferir a
5 — Na admissão de qualquer trabalhador, a Empresa remuneração base estabelecida para a sua nova cate-
obriga-se a reconhecer os tempos de aprendizagem, tiro- goria, sem prejuízo do número seguinte.
cínio ou estágio dentro da mesma profissão ou profissões
afins prestados noutra empresa, desde que apresente, 3 — Da reconversão não poderá resultar baixa de
para o efeito, certificado comprovativo. remuneração base do trabalhador reconvertido, remu-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 626


neração que, quando seja superior à estabelecida para Cláusula 11.a
a sua nova categoria, irá sendo absorvida pelos sub- Reestruturação de serviços
sequentes aumentos salariais até ao valor desta. Para
o efeito, o trabalhador terá direito aos seguintes adi- Nos casos em que a melhoria tecnológica ou a rees-
cionais à remuneração correspondente à categoria pro- truturação dos serviços tenham como consequência a
fissional para que foi reconvertido: eliminação de postos de trabalho, a Empresa assegurará
aos seus trabalhadores, de harmonia com as possibi-
a) 75 % da diferença entre a remuneração corres- lidades físicas e intelectuais de cada um, que transitem
pondente à categoria para que foi reconvertido para novas funções, de preferência compatíveis com a
e a remuneração correspondente à categoria de sua profissão, toda a preparação necessária, suportando
onde é originário, na primeira revisão salarial; os encargos dela decorrentes.
b) 50 % daquela diferença, pelos novos valores
resultantes da segunda revisão salarial, na oca-
Cláusula 12.a
sião desta;
c) 25 % daquela diferença, pelos valores resultan- Diminuídos físicos
tes da terceira revisão salarial, na ocasião desta; A admissão, a promoção e o acesso dos trabalhadores
d) Absorção total na quarta revisão salarial. diminuídos físicos processar-se-ão nos mesmos termos
dos restantes trabalhadores, desde que se trate de acti-
Cláusula 10.a vidades que possam ser por eles desempenhadas e pos-
suam as habilitações e condições exigidas.
Promoções
Cláusula 13.a
1 — Constitui promoção a passagem a título definitivo
de um trabalhador para uma categoria, classe ou grau Formação profissional
superiores ou a sua mudança a título definitivo para 1 — A Empresa proporcionará aos trabalhadores ao
outra função a que corresponda remuneração mais seu serviço condições de formação e de valorização pro-
elevada. fissional no âmbito da profissão que exercem na
Empresa.
2 — As promoções processar-se-ão de acordo com o
estabelecido neste acordo e em regulamentação interna 2 — O tempo despendido pelos trabalhadores na fre-
da Empresa, que definirá condições complementares de quência de acções de formação profissional que decor-
promoção e meios para a sua apreciação e controlo. ram no período normal de trabalho será considerado,
para todos os efeitos, como tempo de trabalho, sem
prejuízo da retribuição, submetendo-se os trabalhadores
3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,
a todas as disposições deste acordo.
as promoções que resultem do preenchimento de postos
de trabalho vagos deverão efectuar-se por proposta da
hierarquia ou por abertura de concurso; neste caso, e CAPÍTULO III
em igualdade de condições, será dada preferência nesse
preenchimento aos trabalhadores da direcção da Direitos, deveres e garantias das partes
Empresa em que ocorra a vaga, tendo em atenção as
habilitações literárias e profissionais, experiência, mérito Cláusula 14.a
e antiguidade.
Deveres da Empresa

4 — As promoções para chefe de serviço ou categoria São deveres da Empresa:


de grupo de enquadramento igual ou superior serão a) Cumprir as disposições deste acordo e demais
feitas por nomeação. legislação aplicável;
b) Tratar com respeito e consideração os traba-
5 — É requisito indispensável para qualquer promo- lhadores ao seu serviço;
ção, salvo as previstas no número anterior, a perma- c) Não exigir dos trabalhadores o exercício de fun-
nência mínima de 18 meses no exercício de funções ções diferentes das que são próprias da sua pro-
em categoria inferior. fissão, salvo o estabelecido no AE e na lei, ou
sejam incompatíveis com as respectivas normas
deontológicas ou sejam ilícitas;
6 — O disposto no número anterior não é aplicável d) Proporcionar-lhes boas condições de trabalho,
às situações de promoção de praticantes, estagiários ou tanto do ponto de vista moral como físico,
aprendizes, à primeira promoção do trabalhador na nomeadamente no que diz respeito à higiene
Empresa dentro da sua carreira profissional e ainda às e segurança e à prevenção de doenças pro-
promoções automáticas. fissionais;
e) Indemnizar os trabalhadores ao seu serviço dos
7 — Os prazos definidos neste acordo para as pro- prejuízos resultantes de acidentes de trabalho
moções automáticas serão contados desde o início do e doenças profissionais;
desempenho de funções ou desde a última promoção f) Submeter a exame médico todos os trabalha-
na sua profissão, mas sem que daí resulte, em caso dores, nos termos da lei;
algum, mais de uma promoção por efeito da entrada g) Passar certificados aos trabalhadores, nos ter-
em vigor deste acordo. mos da lei;

627 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


h) Facilitar a consulta de processos individuais aos Cláusula 17.a
respectivos trabalhadores, sempre que estes o Garantias dos trabalhadores
solicitem;
i) Cumprir a lei e este acordo, relativamente à É vedado à Empresa:
actividade sindical e às comissões de traba-
a) Opor-se, por qualquer forma, a que os traba-
lhadores;
lhadores exerçam os seus direitos, bem como
j) Promover a avaliação do mérito dos trabalha-
aplicar-lhes sanções por causa desse exercício;
dores ao seu serviço e remunerá-los de acordo
b) Ofender a honra e dignidade dos trabalhadores;
com esta avaliação;
c) Exercer pressão sobre os trabalhadores para que
l) Proceder à análise e qualificação das funções
actuem no sentido de influir desfavoravelmente
dos trabalhadores ao seu serviço, com efeitos,
nas condições de trabalho deles ou dos seus
designadamente, numa política de enquadra-
colegas;
mento;
d) Baixar a categoria dos trabalhadores e diminuir
m) Contribuir para a elevação do nível de produ-
a retribuição, salvo o previsto na lei e no pre-
tividade dos trabalhadores ao seu serviço.
sente acordo;
e) Admitir trabalhadores exclusivamente remune-
Cláusula 15.a rados através de comissões;
f) Transferir os trabalhadores para outro posto de
Mapas de quadros de pessoal trabalho se aqueles, justificadamente e por
escrito, não derem o seu acordo;
A Empresa obriga-se a organizar, enviar e afixar os g) Obrigar os trabalhadores a adquirir bens ou a
mapas de quadros de pessoal, nos termos da lei. utilizar serviços fornecidos pela Empresa ou por
pessoa por ela indicada;
h) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,
Cláusula 16.a
refeitórios, economatos ou outros estabeleci-
Deveres dos trabalhadores mentos directamente relacionados com o tra-
balho, para fornecimento de bens ou prestação
São deveres dos trabalhadores: de serviço aos trabalhadores;
i) Despedir qualquer trabalhador, salvo nos ter-
a) Cumprir as disposições deste acordo e demais mos da lei;
legislação aplicável; j) Despedir e readmitir os trabalhadores, mesmo
b) Exercer com competência, zelo, pontualidade com o seu acordo, havendo o propósito de os
e assiduidade as funções que lhes estejam con- prejudicar em direitos ou garantias decorrentes
fiadas e para que foram contratados; da antiguidade;
c) Prestar aos outros trabalhadores todos os con- k) Fazer lockout, nos termos da lei.
selhos e ensinamentos de que necessitem ou
solicitem em matéria de serviço;
CAPÍTULO IV
d) Desempenhar, na medida do possível, o serviço
dos outros trabalhadores nos seus impedimentos Exercício da actividade sindical na Empresa
e férias;
e) Observar e fazer observar os regulamentos Cláusula 18.a
internos e as determinações dos seus superiores
Princípios gerais
hierárquicos no que respeita à execução e dis-
ciplina do trabalho, salvo na medida em que 1 — A actividade sindical na Empresa rege-se pela
tais determinações se mostrem contrárias aos legislação aplicável, sem prejuízo do disposto nas cláu-
seus direitos e garantias, bem como observar sulas seguintes.
e fazer observar as normas de higiene, segurança
e medicina no trabalho; 2 — Para os efeitos deste acordo entende-se por:
f) Tratar com respeito e consideração os seus supe-
riores hierárquicos, os restantes trabalhadores a) AGT (assembleia geral de trabalhadores) o con-
da Empresa e demais pessoas e entidades que junto de todos os trabalhadores da Empresa;
estejam ou entrem em relação com a Empresa; b) CS (comissão sindical) a organização dos dele-
g) Dar conhecimento à Empresa, através da via gados sindicais do mesmo sindicato na Empresa;
hierárquica, das deficiências de que tenham c) CI (comissão intersindical) a organização dos
conhecimento e que afectem o regular funcio- delegados das comissões sindicais da Empresa;
namento dos serviços; d) SS (secção sindical) o conjunto de trabalhadores
h) Guardar lealdade à Empresa, nomeadamente filiados no mesmo sindicato.
não negociando por conta própria ou alheia em
concorrência com ela nem divulgando informa- Cláusula 19.a
ções referentes aos seus métodos de produção Reuniões
e negócio;
i) Zelar pela conservação e boa utilização dos bens 1 — Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante
relacionados com o seu trabalho que lhes este- o horário de trabalho, até um período máximo de quinze
jam confiados; horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como
j) Utilizar em serviço o vestuário e equipamento tempo de serviço efectivo, sem prejuízo da normalidade
de segurança que lhes for distribuído ou dis- da laboração, nos casos de trabalho por turnos ou de
ponibilizado pela Empresa. trabalho suplementar, e desde que, nos restantes casos,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 628


assegurem o funcionamento dos serviços de natureza cações ou informações relativos à vida sindical e aos
urgente. interesses sócio-profissionais dos trabalhadores, bem
como proceder à sua distribuição, mas sem prejuízo,
2 — Os trabalhadores poderão reunir-se fora do horá- em qualquer dos casos, da laboração normal da unidade,
rio normal de trabalho dentro das instalações da instalação ou serviço em causa.
Empresa, durante o período que entenderem necessário,
sem prejuízo da normalidade da laboração nos casos 2 — Os locais de afixação serão reservados pelo con-
de trabalho por turnos ou de trabalho suplementar. selho de administração ou por quem as suas vezes fizer,
ouvida a CI, a CS ou os delegados sindicais.
3 — As reuniões de trabalhadores poderão ser con-
vocadas por um terço ou 50 trabalhadores da Empresa, 3 — Os delegados sindicais têm o direito de circular
pela CS, pela CI ou pelo delegado sindical, quando aque- livremente em todas as dependências da Empresa, sem
las não existam. prejuízo do serviço e das normas constantes do regu-
lamento de segurança na Empresa.
4 — As entidades promotoras das reuniões, nos ter-
mos dos números anteriores, deverão comunicar ao con- 4 — Para o exercício da acção sindical na Empresa,
selho de administração ou a quem as suas vezes fizer é atribuído um crédito mensal de seis horas a cada um
e aos trabalhadores interessados, com a antecedência dos delegados titulares dos direitos inerentes a essa
mínima de um dia, a data e a hora em que pretendem qualidade.
que elas se efectuem, devendo afixar as respectivas
convocatórias. 5 — Para os mesmos fins, é atribuído um crédito men-
sal de dez horas aos delegados que façam parte da CI.
5 — Nos casos de urgência, a comunicação a que se
refere o número anterior deverá ser feita com a ante- 6 — Os delegados que pertençam simultaneamente
cedência possível. à CS e à CI consideram-se abrangidos exclusivamente
pelo número anterior.
6 — Os membros dos corpos gerentes das organiza-
ções sindicais respectivas e os seus representantes que 7 — Sempre que a CI ou a CS pretenda que o crédito
não trabalhem na Empresa podem, desde que devida- de horas de um delegado sindical seja utilizado por
mente credenciados pelo sindicato respectivo, participar outro, indicará até ao dia 15 de cada mês os delegados
nas reuniões, mediante comunicação à Empresa com que no mês seguinte irão utilizar os créditos de horas.
a antecedência mínima de seis horas.
Cláusula 22.a
Cláusula 20.a
Número de delegados sindicais
Competência dos delegados sindicais
1 — O número de delegados sindicais de cada sin-
1 — Os delegados sindicais e a CS ou CI têm com-
dicato, em função dos quais, no âmbito de cada comissão
petência e poderes para desempenhar todas as funções
sindical, são atribuídos os créditos de horas referidos
que lhes estão atribuídas neste acordo e na lei, com
na cláusula anterior, é calculado da forma seguinte:
observância dos preceitos neles estabelecidos, nomea-
damente: a) Estabelecimento com 50 a 99 trabalhadores
sindicalizados — 2;
a) Acompanhar e fiscalizar a aplicação das dispo-
b) Estabelecimento com 100 a 199 trabalhadores
sições legais e convencionais que tenham reper-
sindicalizados — 3;
cussões nas condições de trabalho;
c) Estabelecimento com 200 a 499 trabalhadores
b) Fiscalizar o funcionamento do refeitório, infan-
sindicalizados — 6.
tário, creche e outras estruturas de assistência
social existentes na Empresa;
2 — As direcções dos sindicatos comunicarão ao con-
c) Analisar e dar parecer sobre qualquer projecto
selho de administração, ou a quem as suas vezes fizer
de mudança de local da unidade, instalação ou
no respectivo estabelecimento, a identificação dos dele-
serviço;
gados sindicais, bem como daqueles que fazem parte
d) Visar os mapas mensais a enviar pela Empresa
das CS e CI, por meio de carta registada com aviso
aos sindicatos, os mapas de contribuições para
de recepção, de que será afixada cópia nos locais reser-
a segurança social e os documentos das com-
vados às informações sindicais.
panhias seguradoras que respeitem ao seguro
dos trabalhadores.
3 — O procedimento referido no número anterior
será igualmente observado nos casos de substituição ou
2 — Sobre as matérias constantes das alíneas b) e
cessação de funções.
c) a Empresa não poderá deliberar sem que tenha sido
dado prévio conhecimento das mesmas aos delegados Cláusula 23.a
sindicais ou à CS ou CI.
Reuniões
a
Cláusula 21. 1 — A CI, a CS quando aquela não existir, ou ainda
Direitos e garantias dos delegados sindicais
o delegado sindical, quando aquelas não existirem, reú-
nem-se com o conselho de administração ou com quem
1 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar este designar para o efeito, sempre que uma ou outra
no interior da Empresa textos, convocatórias, comuni- parte o julgarem conveniente.

629 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


2 — O tempo das reuniões previstas nesta cláusula Cláusula 29.a
não pode ser considerado para o efeito de créditos de
Horário de trabalho
horas sempre que a reunião não seja da iniciativa dos
trabalhadores. 1 — Entende-se por horário de trabalho a fixação do
a início e do termo do período de trabalho diário, bem
Cláusula 24. como a dos intervalos de descanso diários.
Instalação das comissões

1 — Havendo mais de 100 trabalhadores, a Empresa 2 — Compete à Empresa elaborar e estabelecer o


é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais, horário de trabalho dos trabalhadores ao seu serviço,
desde que estes requeiram, a título permanente, um de acordo com o disposto na lei e no presente acordo.
local situado no interior daquela ou na sua proximidade
que seja apropriado para o exercício das suas funções Cláusula 30.a
e que disponha de telefone.
Modalidades de horário de trabalho
2 — Havendo menos de 100 trabalhadores, a Empresa
é obrigada a pôr à disposição dos delegados sindicais, Para os efeitos deste acordo de empresa, entende-se
desde que estes o requeiram, um local situado no interior por:
daquela ou na sua proximidade que seja apropriado para a) Horário fixo — aquele em que as horas de início
o exercício das suas funções e que disponha de telefone. e termo do período de trabalho, bem como as
dos intervalos de descanso, são previamente
Cláusula 25.a determinadas e fixas;
Direitos e garantias dos dirigentes das organizações sindicais b) Horário móvel — aquele em que as horas de
início e de termo do período de trabalho, bem
1 — Cada membro da direcção das organizações sin- como as dos intervalos de descanso, não são
dicais dispõe de um crédito mensal de quatro dias para fixas, podendo entre o início e o termo efectivo
o exercício das suas funções. do período normal de trabalho diário decorrer
o período máximo de quinze horas;
2 — A direcção interessada deverá comunicar com c) Horário flexível — aquele em que as horas de
um dia de antecedência as datas e o número de dias início e termo do período de trabalho, bem como
de que os respectivos membros necessitem para o exer- as dos intervalos de descanso, podem ser móveis,
cício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade, havendo, porém, períodos de trabalho fixos
nos dias úteis imediatos ao primeiro dia em que faltarem. obrigatórios;
d) Horário de turnos rotativos — aquele em que
Cláusula 26.a existem, para o mesmo posto de trabalho, dois
ou mais horários de trabalho que se sucedem
Quotização sindical sem sobreposição que não seja a estritamente
A Empresa procederá, nos termos da lei, à cobrança necessária para assegurar a continuidade do tra-
das quotizações sindicais e ao seu envio aos sindicatos balho e em que os trabalhadores mudam perió-
respectivos, depois de recebidas as declarações indivi- dica e regularmente de um horário de trabalho
duais dos trabalhadores. para o subsequente, de harmonia com uma
escala preestabelecida.

Cláusula 27.a
Cláusula 31.a
Direito à greve
Turnos
Os trabalhadores poderão, nos termos da lei, exercer
o direito de greve, não podendo a Empresa impedir 1 — Deverão ser organizados turnos rotativos de pes-
o exercício de tal direito. soal diferente sempre que o período de funcionamento
ultrapasse os limites máximos dos períodos normais de
trabalho diário.
CAPÍTULO V
2 — Os trabalhadores de turno cujo serviço o permita
Prestação de trabalho terão direito a um intervalo de uma hora, que, nos ter-
mos gerais, não se considera tempo de trabalho.
Cláusula 28.a
Período normal de trabalho
3 — Nenhum trabalhador poderá ser mudado de
horário ou turno senão após um período de descanso
1 — A organização temporal do trabalho faz-se nos nunca inferior a doze horas.
termos da lei e do presente acordo.

2 — A duração média do período normal de trabalho Cláusula 32.a


semanal é de trinta e nove horas, sem prejuízo dos horá- Troca de turnos
rios de duração média inferior existentes na Empresa.
1 — As trocas de turnos previstas na presente cláusula
3 — A duração média do período normal de trabalho são trocas efectuadas por iniciativa e no interesse directo
diário é de oito horas. dos trabalhadores.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 630


2 — São permitidas trocas de turnos entre trabalha- b) Em caso de força maior, ou quando se torne
dores desde que previamente acordadas entre eles e indispensável para prevenir ou reparar prejuízos
aceites pela Empresa. graves para a Empresa.

3 — As trocas de turno não poderão determinar: 3 — Ocorrendo os motivos previstos no número ante-
rior, o trabalho suplementar será prestado segundo indi-
a) Prestação de trabalho consecutivo com duração
cação da hierarquia feita com a máxima antecedência
superior a dezasseis horas;
possível.
b) Prejuízo para o número de descansos semanais
a que o trabalhador tenha direito por trabalho
4 — Os trabalhadores podem recusar-se a prestar tra-
prestado;
balho suplementar desde que invoquem motivos aten-
c) Pagamento de qualquer trabalho suplementar,
díveis.
ou atribuição de quaisquer descansos compen-
satórios.
5 — A prestação de trabalho suplementar rege-se
pelo regime estabelecido na lei, sem prejuízo do disposto
4 — Sempre que, em virtude de troca de turno, o
nas cláusulas 36.a e 37.a
trabalhador preste serviço no seu dia de descanso sema-
nal, deverá efectuar a «destroca» nos 30 dias subse-
quentes, de modo que o descanso perdido em virtude Cláusula 36.a
da troca seja recuperado neste prazo.
Trabalho suplementar prestado em dia normal de trabalho
5 — Os trabalhadores que pretendam trocar de turnos 1 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar
devem comunicar, por escrito, o facto à Empresa com em dia normal de trabalho, haverá direito a descansar:
a máxima antecedência possível ou imediatamente após
a troca. a) Durante o primeiro período do dia de trabalho
imediato se, entre as 22 e as 7 horas, for prestado
6 — O regime desta cláusula é aplicável às trocas um mínimo de três a seis horas de trabalho
entre trabalhadores de turnos e trabalhadores em horá- suplementar;
rio geral desde que, neste último caso, se trate de tra- b) Durante ambos os períodos do dia de trabalho
balhadores cujo elenco de funções integra a substituição imediato se, entre as 22 e as 7 horas, forem
de profissionais em turnos, nas suas férias, faltas ou prestadas seis ou mais horas de trabalho suple-
impedimentos. mentar.
Cláusula 33.a 2 — Se o trabalhador em horário de turnos rotativos
Isenção de horário de trabalho prolongar o seu período de trabalho, tem direito a entrar
ao serviço doze horas após ter concluído a prestação
1 — O regime de isenção de horário de trabalho é de trabalho suplementar ou a não a iniciar se o pro-
o previsto na lei. longamento for superior a sete horas.
2 — O pagamento do subsídio de isenção de horário 3 — O trabalhador tem direito a uma refeição, nos
de trabalho é também devido nos subsídios de férias termos das alíneas seguintes, quando o período normal
e de Natal. desta esteja intercalado no período de trabalho suple-
Cláusula 34.a mentar:
Trabalho nocturno a) Fornecimento de refeição em espécie ou paga-
mento de almoço, jantar ou ceia, nas condições
1 — Considera-se trabalho nocturno o trabalho pres- previstas na cláusula 70.a;
tado no período que decorre entre as 20 horas de um b) Pagamento do pequeno-almoço pelo valor de
dia e as 7 horas do dia imediato. 193$;
c) Pagamento de refeição pelo valor das ajudas
2 — Considera-se igualmente como nocturno o tra- de custo em vigor na Empresa, em caso de des-
balho diurno prestado em antecipação ou prolonga- locação em serviço.
mento de um turno nocturno.
4 — Para efeitos do número anterior, consideram-se
3 — Para efeitos do número anterior, considera-se períodos normais de refeição:
nocturno o turno em que sejam realizadas pelo menos
sete horas consecutivas entre as 20 horas de um dia a) Pequeno-almoço — das 7 às 9 horas;
e as 7 horas do dia imediato. b) Almoço — das 12 às 14 horas;
c) Jantar — das 19 às 21 horas;
d) Ceia — das 24 às 2 horas.
Cláusula 35.a
Trabalho suplementar 5 — Será concedido um intervalo para tomar a refei-
ção, o qual, até ao limite de uma hora, será pago como
1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele
trabalho suplementar nos casos em que o período pre-
que é prestado fora do horário de trabalho.
visível de trabalho suplementar ultrapasse ambos os limi-
tes definidos no número anterior. Nos casos em que
2 — O trabalho suplementar só poderá ser prestado:
o início e o termo previsíveis do período de trabalho
a) Quando a Empresa tenha de fazer face a acrés- suplementar coincidam, respectivamente, com o pri-
cimos eventuais de trabalho; meiro ou o último dos limites previstos no número ante-

631 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


rior, não será concedido qualquer intervalo para refei- CAPÍTULO VI
ção, sendo apenas paga esta de acordo com o disposto
no n.o 3. Suspensão da prestação de trabalho

6 — Os trabalhadores em regime de turnos têm Cláusula 39.a


direito ao pagamento de uma refeição nos casos de pres- Descanso semanal
tação de quatro horas de trabalho suplementar em ante-
cipação ou prolongamento do seu turno. 1 — O dia de descanso semanal é o domingo e o
dia de descanso semanal complementar é o sábado,
7 — A Empresa fica obrigada a fornecer ou a asse- excepto para os trabalhadores em regime de turnos, os
gurar transporte: quais têm os dias de descanso em conformidade com
a respectiva escala de rotação.
a) Sempre que o trabalhador seja solicitado a pres-
tar trabalho suplementar em todos os casos que 2 — Sempre que o funcionamento das instalações o
não sejam de prolongamento do período normal justifique, para assegurar a continuidade do serviço,
de trabalho; podem ser organizadas escalas de descanso semanal
b) Sempre que, nos casos de trabalho suplementar diferente do previsto no número anterior, devendo,
em prolongamento do período normal de tra- porém, um dos dias de descanso coincidir periodica-
balho, o trabalhador não disponha do seu trans- mente com o domingo.
porte habitual.
3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro
8 — Nos casos de prestação de trabalho suplementar efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994
que não sejam de antecipação ou prolongamento do aplica-se o regime constante da cláusula 39.a do AE
período normal de trabalho, o tempo gasto no transporte Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e
será pago como trabalho suplementar. Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.

Cláusula 37.a Cláusula 40.a


Trabalho prestado em dia de descanso semanal ou feriado Feriados

1 — O trabalho em dia de descanso semanal e o tra- 1 — Serão observados os seguintes feriados:


balho prestado em dia feriado dão direito a descanso 1 de Janeiro;
nos termos da lei. Terça-feira de Carnaval;
Sexta-Feira Santa;
2 — O descanso compensatório previsto no número 25 de Abril;
anterior será concedido até 30 dias após o descanso 1 de Maio;
semanal não gozado pelo trabalhador. Corpo de Deus (festa móvel);
10 de Junho;
3 — O período de descanso compensatório a que se 15 de Agosto;
referem os números precedentes será de um dia com- 5 de Outubro;
pleto no caso de ter sido prestado um mínimo de duas 1 de Novembro;
horas de trabalho e de meio no caso contrário. 1 de Dezembro;
8 de Dezembro;
4 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte sem- 25 de Dezembro;
pre que o trabalhador preste trabalho em dia de des- O feriado municipal ou da capital de distrito onde
canso ou de feriado que deva gozar, desde que não se situa o local de trabalho.
disponha do seu transporte habitual.
2 — O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser obser-
5 — Os trabalhadores têm direito ao pagamento de vado em outro dia com significado local no período
um subsídio de alimentação nos casos de prestação de da Páscoa e em que acordem a Empresa e a maioria
quatro horas consecutivas de trabalho suplementar. dos trabalhadores.
6 — O tempo gasto nos transportes será pago como 3 — Em substituição dos feriados de terça-feira de
trabalho em dia de descanso semanal ou feriado. Carnaval e municipal, poderá ser observado, a título
de feriado, qualquer outro dia em que acordem a
Empresa e a maioria dos trabalhadores.
Cláusula 38.a
Trabalho em tempo parcial
Cláusula 41.a
Os trabalhadores que prestem serviço em regime de Férias
tempo parcial terão direito às prestações complemen-
tares da sua remuneração base, designadamente diu- 1 — Os trabalhadores abrangidos por este acordo têm
turnidades, na proporção do tempo de trabalho prestado direito a gozar, em cada ano civil, e sem prejuízo da
relativamente ao horário de trabalho praticado na retribuição, um período de férias igual a 24 dias úteis,
Empresa para os restantes trabalhadores da mesma cate- salvo o disposto nos números seguintes.
goria profissional em regime de tempo inteiro, sem pre-
juízo de condições eventualmente mais favoráveis já 2 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
estabelecidas em contrato individual. no 1.o semestre do ano civil, o trabalhador tem direito,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 632


após um período de 60 dias de trabalho efectivo, a um 12 — O mapa de férias deverá estar elaborado até
período de férias de 8 dias úteis. 15 de Abril de cada ano e estar afixado nos locais de
trabalho entre esta data e 31 de Outubro.
3 — Quando o início da prestação do trabalho ocorrer
no 2.o semestre do ano civil, o direito a férias só se Cláusula 43.a
vence após o decurso de seis meses completos de serviço
efectivo. Acumulação de férias

1 — As férias devem ser gozadas no mesmo ano civil,


4 — Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis não sendo permitido acumular férias de dois ou mais
compreende os dias de semana de segunda-feira a sex- anos.
ta-feira, com a exclusão dos feriados, não sendo como
tal considerados o sábado e o domingo. 2 — Terão, porém, direito a acumular férias de dois
anos:
Cláusula 42.a
a) Os trabalhadores que pretendam gozar as férias
Marcação do período de férias nas Regiões Autónomas da Madeira e dos
1 — As férias devem ser gozadas em dias conse- Açores;
cutivos. b) Os trabalhadores que pretendam gozar férias
com familiares emigrados ou residentes no
2 — É permitida a marcação do período de férias estrangeiro.
num máximo de três períodos interpolados, devendo
ser garantido que um deles tenha a duração mínima 3 — As férias poderão ainda ser gozadas no 1.o tri-
efectiva de 10 dias úteis consecutivos. mestre do ano civil imediato:
a) Quando a regra estabelecida no n.o 1 causar
3 — A marcação do ou dos períodos de férias deve graves prejuízos à Empresa ou ao trabalhador
ser feita por mútuo acordo entre a Empresa e os e desde que, no primeiro caso, este dê o seu
trabalhadores. acordo;
b) Quando, após a cessação do impedimento, o
4 — Para os efeitos do número anterior, os traba- gozo do período de férias exceder o termo do
lhadores apresentarão à Empresa, por intermédio da ano civil, mas apenas na parte que o exceda.
hierarquia e entre os dias 1 de Janeiro e 15 de Março
de cada ano, um boletim de férias com a indicação das 4 — Mediante acordo, os trabalhadores poderão
datas em que pretendem o gozo destas. ainda acumular, no mesmo ano, metade do período de
férias do ano anterior com o período a gozar nesse ano.
5 — Quando as férias que o trabalhador pretenda
gozar se situem entre 1 de Janeiro e 30 de Abril, con-
Cláusula 44.a
sideram-se marcadas por acordo se no prazo de 15 dias
a contar da apresentação do boletim de férias nos termos Alteração ou interrupção do período de férias
do número anterior a Empresa não se manifestar em
contrário. 1 — Haverá lugar à alteração do período de férias
sempre que o trabalhador, na data prevista para o seu
6 — Quanto às férias pretendidas fora do período início, esteja temporariamente impedido por facto que
indicado no número anterior, consideram-se marcadas não lhe seja imputado, nos casos de doença, acidente
também por acordo se até ao dia 31 de Março de cada ou serviço militar.
ano a Empresa não se manifestar expressamente em
contrário. 2 — Se de qualquer dos factos previstos no n.o 1 resul-
tar impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
7 — Na falta de acordo, caberá à Empresa a elabo- a férias já vencido, o trabalhador terá direito à retri-
ração do mapa de férias, nos termos da lei. buição correspondente ao período de férias não gozado
e respectivo subsídio.
8 — Na falta de acordo, a Empresa só poderá marcar
o período de férias entre 1 de Maio e 31 de Outubro. 3 — Se, depois de marcado o período de férias, a
Empresa, por exigências imperiosas do seu funciona-
9 — Aos trabalhadores da Empresa pertencendo ao mento, o adiar ou interromper, indemnizará o traba-
mesmo agregado familiar deverá ser concedida, sempre lhador dos prejuízos que este comprovadamente haja
que possível, a faculdade de gozar as suas férias sofrido na pressuposição de que gozaria integralmente
simultaneamente. as férias na época fixada.

10 — Sempre que as conveniências de produção o 4 — A alteração e a interrupção das férias não pode-
justifiquem, poderá a empresa, mediante autorização rão prejudicar o gozo seguido de 10 dias úteis con-
do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, substituir secutivos.
o regime fixado pelo encerramento total ou parcial dos Cláusula 45.a
serviços da Empresa até 20 dias. Doença no período de férias

11 — Para efeitos de processamento, o trabalhador 1 — No caso de o trabalhador adoecer durante o


terá de confirmar à hierarquia e serviço de pessoal a período de férias, são as mesmas suspensas desde que
data de entrada em férias até ao dia 5 do mês anterior. a Empresa seja do facto informada. O gozo das férias

633 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


prosseguirá após o fim da doença, nos termos em que Cláusula 50.a
as partes acordarem, ou, na falta de acordo, logo após Faltas
a alta.
1 — Falta é a ausência do trabalhador durante o
2 — A prova da situação de doença prevista no n.o 1 período normal de trabalho diário a que está obrigado.
poderá ser feita por estabelecimento hospitalar ou por
boletim de baixa da ARS, ou por atestado médico, sem 2 — Nos casos de ausência do trabalhador por perío-
prejuízo, neste último caso, do direito de fiscalização dos inferiores ao período normal de trabalho diário a
e controlo por médico indicado pela Empresa. que está obrigado, os respectivos tempos serão adicio-
nados para determinação dos períodos normais de tra-
Cláusula 46.a balho diário em falta.
Férias e impedimentos prolongados 3 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
1 — No ano da suspensão do contrato de trabalho As faltas justificadas podem ser com ou sem retribuição.
por impedimento prolongado respeitante ao trabalha-
dor, se se verificar a impossibilidade total ou parcial Cláusula 51.a
do gozo do direito a férias já vencido, o trabalhador
terá direito à retribuição correspondente ao período de Faltas justificadas
férias não gozado e respectivo subsídio. 1 — Consideram-se justificadas, nos termos da lei e
deste acordo, as seguintes faltas:
2 — No ano da cessação do impedimento prolongado,
o trabalhador tem direito, após a prestação de três meses a) As dadas por altura do casamento, até 11 dias
de efectivo serviço, a um período de férias e respectivo seguidos, excluindo os dias de descanso inter-
subsídio equivalentes aos que teriam vencido em 1 de correntes;
Janeiro desse ano como se tivesse estado ininterrup- b) As dadas por falecimento de cônjuge não sepa-
tamente ao serviço. rado de pessoas e bens, pessoa que viva em situa-
ção análoga à do cônjuge, ou pais, filhos, sogros,
3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes genros, noras, padrasto, madrasta e enteados,
de decorrido o prazo referido no número anterior ou até cinco dias consecutivos;
de gozado o direito a férias, previsto no n.o 1, pode c) As dadas por falecimento de avós, bisavós e
a Empresa marcar as férias para serem gozadas até 30 de graus seguintes e afins dos mesmos graus,
Abril do ano civil subsequente. irmãos ou cunhados ou ainda de pessoa que
viva em comunhão de vida e habitação com o
Cláusula 47.a trabalhador, até dois dias consecutivos;
d) As motivadas pela prática de actos necessários
Efeitos da cessação do contrato de trabalho e inadiáveis no exercício de funções em asso-
1 — Cessando o contrato de trabalho, por qualquer ciações sindicais ou instituições de previdência
forma, o trabalhador terá direito a receber a retribuição e na qualidade de delegado sindical ou de mem-
correspondente a um período de férias proporcional ao bro da comissão de trabalhadores, nos termos
tempo de serviço prestado no ano da cessação, bem da lei;
como ao respectivo subsídio. e) As motivadas por impossibilidade de prestar tra-
balho, devido a facto que não seja imputável
2 — Se o contrato cessar antes de gozado o período ao trabalhador, nomeadamente doença, aci-
de férias vencido no início desse ano, o trabalhador dente ou cumprimento de obrigações legais,
terá ainda direito a receber a retribuição correspondente conforme convocatória ou notificação expressa
a esse período, bem como o respectivo subsídio. das entidades competentes;
f) As motivadas pela necessidade de prestação de
assistência inadiável e imprescindível a mem-
Cláusula 48.a bros do seu agregado familiar, conforme cer-
Violação do direito a férias tidão médica invocando o carácter inadiável e
imprescindível da assistência;
No caso de a Empresa obstar ao gozo das férias nos g) As motivadas pela prestação de provas em esta-
termos previstos no presente acordo, o trabalhador rece- belecimento de ensino;
berá, a título de indemnização, o triplo da retribuição h) As dadas por ocasião de nascimento de filhos,
correspondente ao período em falta, que deverá obri- por dois dias, no período de um mês contado
gatoriamente ser gozado no 1.o trimestre do ano civil desde a data do nascimento;
subsequente. i) As dadas por trabalhadores que prestam serviço
Cláusula 49.a em corpo de bombeiros voluntários ou de socor-
Exercício de outra actividade durante as férias
ros a náufragos, pelo tempo necessário a acorrer
ao sinistro ou acidente;
1 — O trabalhador não pode exercer durante as férias j) As motivadas por doação de sangue a título gra-
qualquer outra actividade remunerada, salvo se já a cioso, a gozar no dia da doação ou no dia ime-
viesse exercendo cumulativamente com conhecimento diato, até ao limite de um dia por cada período
da Empresa ou esta o autorizar a isso. de três meses;
l) As dadas até quarenta e oito horas em cada
2 — A contravenção ao disposto no número anterior ano civil, para tratar de assuntos de ordem par-
tem as consequências previstas na lei. ticular, sem necessidade de justificação, não

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 634


podendo ser utilizado de cada vez um tempo Cláusula 54.a
superior ao respectivo período normal de tra- Faltas injustificadas
balho diário, sem prejuízo do normal funcio-
namento dos serviços. Independentemente do 1 — Consideram-se injustificadas as faltas não con-
gozo, o crédito adquire-se ao ritmo de quatro templadas na cláusula 51.a, bem como as que não forem
horas por cada mês de efectivo trabalho, con- comunicadas nos termos da cláusula 52.a
siderando-se para este efeito o período de férias;
m) As prévia ou posteriormente autorizadas pela 2 — Nos termos das disposições legais aplicáveis, as
Empresa. faltas injustificadas determinam sempre perda da retri-
buição correspondente ao período de ausência, o qual
será descontado, para todos os efeitos, na antiguidade
2 — Não são autorizadas as faltas dadas ao abrigo do trabalhador.
da alínea l) do n.o 1 em antecipação ou no prolonga-
mento de férias, feriados ou dias de descanso semanal, 3 — Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio
quando tenham duração superior a quatro horas. período normal de trabalho diário, o período de ausência
a considerar para efeitos do número anterior abrangerá
3 — No caso de trabalho em regime de turnos em os dias ou meios dias de descanso ou feriados imedia-
que os feriados coincidam com dias normais de trabalho, tamente anteriores ao dia ou dias de falta.
não se aplica o disposto no número anterior, na parte
respeitante a feriados. 4 — O valor da hora de retribuição normal para efeito
de desconto de faltas injustificadas é calculado pela for-
mula da cláusula 60.a
Cláusula 52.a
5 — Incorre em infracção disciplinar grave todo o tra-
Participação e justificação de faltas
balhador que:
1 — As faltas, quando previsíveis, serão comunicadas a) Faltar injustificadamente durante três dias con-
ao superior hierárquico com a antecedência mínima de secutivos ou seis interpolados num período de
cinco dias. um ano;
b) Faltar com alegação de motivo de justificação
comprovadamente falso.
2 — Quando imprevisíveis, as faltas serão obrigato-
riamente comunicadas logo que possível.
Cláusula 55.a
3 — O não cumprimento do disposto nos números Efeitos das faltas no direito a férias
anteriores torna as faltas injustificadas.
1 — As faltas não têm qualquer efeito sobre o direito
a férias do trabalhador, salvo o disposto no número
4 — A Empresa pode, em qualquer caso de falta jus- seguinte.
tificada, exigir ao trabalhador prova dos factos invocados
para a justificação. 2 — Nos casos em que as faltas determinem perda
Cláusula 53. a de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
lhador expressamente assim o preferir, por perda de
Consequências das faltas justificadas dias de férias na proporção de 1 dia de férias por cada
dia em falta, desde que seja salvaguardado o gozo efec-
1 — As faltas não determinam perda ou prejuízo de tivo de 15 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis se
quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, nomea- se tratar de férias no ano de admissão.
damente de retribuição, salvo o disposto no número
seguinte.
Cláusula 56.a
Impedimentos prolongados
2 — Determinam perda de retribuição as seguintes
faltas, ainda que justificadas: 1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente
o
impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
a) As previstas na alínea d) do n. 1 da cláu- damente serviço militar obrigatório, doença ou acidente,
sula 51.a, salvo tratando-se de faltas dadas por e o impedimento se prolongue por mais de um mês,
membros de comissões de trabalhadores, mem- cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na
bros da direcção das associações sindicais e dele- medida em que pressuponham a efectiva prestação de
gados sindicais no exercício das suas funções, trabalho.
dentro do respectivo crédito de horas;
b) As previstas na alínea f) do n.o 1 da cláusula 51.a, 2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
para além de dois dias em cada situação; antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
c) As dadas por motivo de doença, desde que o lugar, com a categoria e demais regalias a que tinha
trabalhador tenha direito ao subsídio da segu- direito no termo da suspensão.
rança social respectivo;
d) As dadas por motivo de acidente de trabalho, 3 — Se o trabalhador impedido de prestar serviço por
desde que o trabalhador tenha direito a qual- detenção ou prisão não vier a ser condenado por decisão
quer subsídio ou seguro. judicial transitada em julgado, aplicar-se-á o disposto

635 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


no número anterior, salvo se, entretanto, o contrato tiver a partir da base de indexação definida na cláusula
sido rescindido com fundamento em justa causa. seguinte, de:
a) 9,52 % da referida base de indexação, quando
4 — O contrato caducará a partir do momento em
em regime de dois turnos com folga fixa;
que se torne certo que o impedimento é definitivo.
b) 10,96 % da base de indexação, quando em
regime de dois turnos com folga variável;
5 — O impedimento prolongado não prejudica a
c) 12,38 % da base de indexação, quando em
caducidade do contrato de trabalho no termo do prazo
regime de três turnos sem laboração contínua.
pelo qual tenha sido celebrado.
2 — Os subsídios de turno indicados no número ante-
6 — A suspensão não prejudica o direito de, durante
rior incluem a remuneração por trabalho nocturno.
ela, qualquer das partes rescindir o contrato, ocorrendo
justa causa.
3 — Estes subsídios serão devidos quando os traba-
Cláusula 57.a lhadores se encontrem em gozo de férias.
Licenças sem retribuição 4 — Os subsídios previstos nesta cláusula vencem-se
A Empresa poderá conceder, nos termos da lei, licen- no fim de cada mês e são devidos a cada trabalhador
ças sem retribuição a solicitação escrita dos trabalha- em relação e proporcionalmente ao serviço prestado
dores, devidamente fundamentadas. em regime de turnos no decurso do mês.

Cláusula 63.a
CAPÍTULO VII
Base de indexação
Retribuição
1 — A base de cálculo do valor dos subsídios de turno
Cláusula 58. a obtém-se a partir da média simples das remunerações
da tabela I, obtida segundo a seguinte fórmula:
Remuneração base
M= R
A todos os trabalhadores são asseguradas as remu- n
nerações base mínimas constantes do anexo III. sendo:
M — média simples das remunerações;
a R — soma das remunerações de todos os grupos
Cláusula 59. salariais;
Tempo, local e forma de pagamento n — número de grupos salariais constantes do
anexo III.
O pagamento da retribuição deve ser efectuado até
ao último dia útil de cada mês, nos termos da lei. 2 — Os valores apurados por efeito da indexação dos
subsídios de turnos serão arredondados para a dezena
Cláusula 60.a de escudos imediatamente superior.
Determinação da retribuição horária
Cláusula 64.a
1 — O valor da retribuição horária será calculado pela
aplicação da fórmula seguinte: Subsídio de Natal

(Remuneração base+diuturnidades+subsídio turno+IHT)×12


1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente
acordo têm direito a receber pelo Natal, independen-
Período normal de trabalho semanal×52
temente da assiduidade, um subsídio de valor corres-
pondente a um mês de remuneração, mais diuturnida-
2 — Para pagamento do trabalho suplementar, a fór- des, subsídio de turno e isenção de horário de trabalho.
mula prevista no número anterior não inclui a retri-
buição especial por isenção do horário de trabalho. 2 — O subsídio referido no número anterior será pago
com a retribuição de Novembro, sendo o seu montante
Cláusula 61.a determinado pelos valores a que tenha direito nesse
mês.
Diuturnidades

Exclusivamente para os trabalhadores do quadro efec- 3 — Os trabalhadores admitidos no decurso do ano


tivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, aplica-se a que o subsídio de Natal diz respeito receberão a impor-
o regime constante da cláusula 62.a do AE PORTUCEL, tância proporcional aos meses completos que medeiam
S. A., publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, entre a data da sua admissão e 31 de Dezembro.
1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992.
4 — No ano da cessação do contrato de trabalho,
qualquer que seja a causa, a Empresa pagará ao tra-
Cláusula 62.a balhador tantos duodécimos do subsídio de Natal quan-
Subsídio de turno
tos os meses completos de trabalho no ano da cessação.

1 — Os trabalhadores em regime de turnos têm 5 — No caso de licença sem retribuição ou de sus-


direito a receber, mensalmente, um subsídio calculado pensão do contrato de trabalho por impedimento pro-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 636


longado o trabalhador receberá um subsídio de Natal 2 — Não têm direito ao abono para falhas os tra-
proporcional aos meses completos de trabalho prestado balhadores que, nos termos do n.o 1, movimentam verba
durante o ano a que respeita o subsídio. Exceptuam-se inferior a 70 565$ mensais, em média anual.
ao disposto neste número os casos de licença por parto
até três meses nos termos da cláusula 82.a, casos em 3 — Nos meses incompletos de serviço o abono para
que não produzirão qualquer redução ao valor do falhas será proporcional ao período em que o traba-
subsídio. lhador exerça aquelas funções.

6 — Sempre que durante o ano a que corresponde


o subsídio de Natal o trabalhador aufira remuneração Cláusula 68.a
superior à sua remuneração normal, nomeadamente em Substituições temporárias
virtude de substituição, tem direito a um subsídio de
Natal que integre a sua remuneração normal, acrescida 1 — Sempre que um trabalhador substitua tempora-
de tantos duodécimos da diferença entre aquelas remu- riamente, por mais de um dia, outro no desempenho
nerações quantos os meses completos de serviço em integral de funções que não caibam no objecto do seu
que tenha auferido a remuneração superior, até 31 de contrato individual de trabalho e a que corresponda
Dezembro. uma categoria profissional e retribuição superiores às
suas, passará a receber, desde o 1.o dia de substituição
7 — Considera-se mês completo de serviço para os e enquanto esta durar, o correspondente à remuneração
efeitos desta cláusula qualquer fracção igual ou superior base da função desempenhada.
a 15 dias.
2 — A substituição far-se-á mediante ordem da hie-
Cláusula 65. a rarquia do órgão em que se integra o trabalhador subs-
tituído, confirmada por escrito ao respectivo serviço de
Remuneração do trabalho nocturno pessoal.
A remuneração do trabalho nocturno será superior
em 25 % à retribuição a que dá direito o trabalho cor- 3 — Não se considera substituição para efeitos desta
respondente prestado durante o dia. cláusula a substituição entre trabalhadores com as mes-
mas funções de diferentes categorias profissionais, clas-
ses ou graus entre as quais exista promoção automática.
Cláusula 66.a
Remuneração de trabalho suplementar
4 — A substituição temporária de um trabalhador de
categoria superior será considerada uma das condições
1 — O trabalho suplementar prestado em dia normal preferenciais para o preenchimento de qualquer posto
de trabalho será remunerado com os seguintes acrés- de trabalho a que corresponda essa categoria.
cimos:
5 — Se a substituição se mantiver por um período
a) 75 % para as horas diurnas; superior a 90 dias seguidos ou 120 interpolados, o tra-
b) 100 % para as horas nocturnas. balhador substituto manterá o direito à remuneração
referida no n.o 1 quando, finda a substituição, regressar
2 — A remuneração do trabalho prestado em dia de ao desempenho da sua antiga função.
descanso semanal ou feriado será calculada de acordo
com a seguinte fórmula: 6 — Para os efeitos de contagem dos tempos de subs-
R(tdf)=Rh×T(tdf)×2 tituição previstos no número anterior, considera-se que:
a) Os 120 dias interpolados aí previstos devem
sendo: decorrer no período de um ano a contar do
R(tdf) — remuneração do trabalho prestado em dia 1.o dia da substituição;
de descanso semanal ou feriado; b) Se na data da conclusão do prazo de 1 ano acima
Rh — retribuição horária calculada nos termos da previsto não se tiverem completado aqueles 120
cláusula 60.a; dias, o tempo de substituição já prestado ficará
T(tdf) — tempo de trabalho prestado em dia de sem efeito, iniciando-se nessa data nova con-
descanso semanal ou feriado. tagem de 1 ano se a substituição continuar;
c) Iniciar-se-á uma nova contagem de 1 ano, nos
3 — Exclusivamente para os trabalhadores do quadro termos da alínea a), sempre que se inicie qual-
efectivo da Empresa à data de 31 de Maio de 1994, quer nova substituição;
aplica-se o regime constante da cláusula 68.o do AE d) O trabalhador está em substituição temporária
Portucel, S. A., publicado no Boletim do Trabalho e durante o período, predeterminado ou não, de
Emprego, 1.a série, n.o 4, de 29 de Janeiro de 1992. impedimento do trabalhador substituído,
devendo concluir-se na data precisa em que se
conclua essa situação de impedimento e incluir
Cláusula 67.a os dias de descanso semanal e feriados inter-
Abono para falhas
correntes;
e) Os aumentos de remuneração decorrentes da
1 — Aos trabalhadores que exerçam e enquanto exer- revisão da tabela salarial absorverão, na parte
çam funções de caixa, cobrança ou pagamentos, tendo correspondente, os subsídios de substituição
à sua guarda e responsabilidade valores em numerário, auferidos àquela data por substituições já con-
será atribuído um abono mensal para falhas de 7840$. cluídas.

637 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 69.a a quem tenha sido atribuído com carácter de exclusi-
Retribuição e subsídio de férias
vidade o poder paternal e que tenham a seu cargo filhos
até 6 anos de idade, inclusive, enquanto estes não fre-
1 — A retribuição correspondente ao período de quentarem o ensino primário.
férias não pode ser inferior à que os trabalhadores rece-
beriam se estivessem em serviço efectivo. 4 — O subsídio de infantário não será pago nas férias,
sendo nele descontado o valor proporcional ao número
2 — Além da retribuição prevista no número anterior, de dias completos de ausência do beneficiário.
os trabalhadores têm direito a um subsídio do mesmo
montante, o qual será pago com a retribuição do mês 5 — O direito ao subsídio de infantário cessa logo
anterior ao início das férias logo que o trabalhador goze que a trabalhadora possa utilizar serviços adequados
pelo menos cinco dias úteis e o confirme nos termos ao dispor da Empresa ou logo que o filho perfaça 7 anos
do n.o 11 da cláusula 42.a de idade.
3 — Para os efeitos desta cláusula, o número de dias Cláusula 72.a
úteis previstos no n.o 1 da cláusula 41.a corresponde
Subsídio de transporte
a um mês de retribuição mensal.
1 — A Empresa obriga-se a fornecer transporte gra-
Cláusula 70.a tuito a todos os trabalhadores ao seu serviço, de e para
o respectivo local de trabalho, no início e termo do
Subsídio de alimentação
respectivo período normal de trabalho diário, até ao
1 — Aos trabalhadores será fornecida uma refeição limite máximo de 20 km, por estrada, para cada lado,
em espécie por dia de trabalho prestado, nos locais de salvo regalias superiores já em vigor.
actividade onde for possível a sua confecção.
2 — Nos casos em que o número de trabalhadores
2 — As refeições fornecidas em espécie pela Empresa não justifique o fornecimento de transporte ou não seja
devem ter níveis equivalentes para todos os trabalha- possível à Empresa fornecê-lo, será concedido um sub-
dores, seja qual for o local de trabalho, e ser servidas sídio ao trabalhador igual ao custo da deslocação em
em condições de higiene e conforto. transporte público. Este subsídio não é atribuído para
distâncias inferiores a 1 km.
3 — Quando não haja possibilidade de fornecimento
de refeição em espécie, cada trabalhador terá direito 3 — Quando os trabalhadores residam em locais não
a um subsídio de 1425$ por cada dia de trabalho servidos por transportes públicos ser-lhes-á atribuído um
prestado. subsídio de valor equivalente àquele que é atribuído
para igual distância, nos termos previstos nos números
4 — Os trabalhadores que, por motivo de faltas injus- anteriores.
tificadas, não tenham prestado trabalho no período de
trabalho imediatamente anterior à refeição não terão Cláusula 73.a
direito a esta ou ao subsídio respectivo. Deslocações

5 — Considera-se que os trabalhadores têm direito 1 — O regime das deslocações em serviço é o cons-
a uma refeição nos termos dos números anteriores tante de regulamento interno da Empresa, que faz parte
quando prestem trabalho durante quatro horas entre integrante deste acordo.
as 0 e as 8 horas.
2 — Nas situações dos trabalhadores cujo serviço
6 — A Empresa encerrará aos sábados, domingos e implique deslocações habituais e que, com prévia auto-
feriados os refeitórios e atribuirá, em alternativa, o sub- rização da Empresa, utilizem viatura própria para o
sídio previsto nesta cláusula, salvo se os trabalhadores efeito têm direito a 0,26×P por quilómetro percorrido
interessados decidirem, por maioria, em contrário. em serviço, em que P representa o preço da gasolina
super.
Cláusula 71.a
Subsídio de infantário
3 — Se a Empresa constituir, em benefício do tra-
balhador, um seguro automóvel contra todos os riscos,
1 — A Empresa comparticipará nas despesas com a incluindo responsabilidade civil ilimitada, o coeficiente
frequência de infantário ou a utilização dos serviços de previsto no número anterior será de 0,25.
ama, dentro dos seguintes valores:
Infantário — 9105$;
Ama — 5930$. CAPÍTULO VIII
Cessação do contrato de trabalho
2 — Não serão consideradas, para efeitos do número
anterior, despesas respeitantes a fornecimento de ali-
mentação ou outros serviços, mas apenas a frequência Cláusula 74.a
do infantário ou a utilização dos serviços de ama. Cessação do contrato de trabalho

3 — Têm direito ao subsídio de infantário as mães O regime de cessação do contrato de trabalho é o


e ainda viúvos, divorciados ou separados judicialmente previsto na lei.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 638


CAPÍTULO IX 3 — Devem ser asseguradas ao trabalhador as seguin-
tes garantias de defesa:
Disciplina
a) Na inquirição, o trabalhador a que respeita o
Cláusula 75. a processo disciplinar, querendo, será assistido
por dois trabalhadores por ele escolhidos;
Infracção disciplinar b) A acusação tem de ser fundamentada na vio-
1 — Considera-se infracção disciplinar a violação cul- lação das disposições legais aplicáveis, de nor-
posa pelo trabalhador dos deveres que lhe são impostos mas deste acordo ou dos regulamentos internos
pelas disposições legais aplicáveis e por este acordo. da Empresa e deve ser levada ao conhecimento
do trabalhador através de nota de culpa reme-
2 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos tida por carta registada com aviso de recepção;
30 dias sobre a data em que a alegada infracção for c) Na comunicação da nota de culpa deve o tra-
do conhecimento do conselho de administração ou de balhador ser avisado de que a Empresa pretende
quem for por este delegado para o exercício da acção aplicar-lhe a sanção de despedimento com justa
disciplinar. causa, se tal for a intenção daquela, e esclarecido
de que com a sua defesa deve indicar as tes-
Cláusula 76.a temunhas e outros meios de prova de que se
Poder disciplinar queira servir;
d) O prazo de apresentação da defesa é de 10 dias
1 — A Empresa tem poder disciplinar sobre os tra- a contar da recepção da nota de culpa;
balhadores que se encontrem ao seu serviço, de acordo e) Devem ser inquiridas as testemunhas indicadas
com as normas estabelecidas no presente acordo e na pelo trabalhador, com os limites fixados na lei;
lei. f) Quando o processo estiver completo, será apre-
sentado à comissão de trabalhadores e, caso o
2 — A Empresa exerce o poder disciplinar por inter- trabalhador seja representante sindical, à res-
médio do conselho de administração ou dos superiores pectiva associação sindical, que podem, no prazo
hierárquicos do trabalhador, mediante delegação de 10 dias, fazer juntar ao processo o seu parecer
daquele. fundamentado;
g) O conselho de administração ou quem por ele
3 — A acção disciplinar exerce-se obrigatoriamente for delegado deverá ponderar todas as circuns-
mediante processo disciplinar, salvo se a sanção for a tâncias, fundamentar a decisão e referenciar na
repreensão simples. mesma as razões aduzidas pela entidade men-
Cláusula 77.a cionada na alínea anterior que se tiver pro-
nunciado;
Sanções disciplinares h) A decisão do processo deve ser comunicada ao
1 — As sanções aplicáveis aos trabalhadores pela prá- trabalhador, por escrito, com indicação dos fun-
tica de infracção disciplinar são as seguintes: damentos considerados provados.

a) Repreensão simples; 4 — A falta das formalidades referidas nas alíneas b),


b) Repreensão registada; f), g) e h) do número anterior determina a nulidade
c) Multa; insuprível do processo e a consequente impossibilidade
d) Suspensão do trabalho com perda de retri- de se aplicar a sanção.
buição;
e) Despedimento com justa causa. 5 — Se, no caso do número anterior, a sanção for
aplicada e consistir no despedimento, o trabalhador terá
2 — As multas aplicadas a um trabalhador por infrac- os direitos consignados na lei.
ções praticadas no mesmo dia não podem exceder um
quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retri- 6 — Se, no caso do n.o 4, a sanção consistir no des-
buição correspondente a 10 dias. pedimento, o trabalhador tem direito a indemnização
a determinar nos termos gerais de direito.
3 — A suspensão do trabalho não pode exceder, por
cada infracção, 12 dias e, em cada ano civil, o total 7 — O trabalhador arguido em processo disciplinar
de 30 dias. pode ser suspenso preventivamente até decisão final,
Cláusula 78.a nos termos da lei, mantendo, porém, o direito à retri-
buição e demais regalias durante o tempo em que durar
Processo disciplinar a suspensão preventiva.
1 — O exercício do poder disciplinar implica a ave-
riguação dos factos, circunstâncias ou situações em que 8 — Em caso de suspensão preventiva, a Empresa
a alegada violação foi praticada, mediante processo dis- obriga-se a comunicá-la ao órgão referido na alínea f)
ciplinar a desenvolver nos termos da lei e dos números do n.o 3 no prazo máximo de cinco dias.
seguintes.
9 — As sanções serão comunicadas ao sindicato res-
2 — A Empresa deverá comunicar a instauração do pectivo no prazo máximo de cinco dias.
processo ao trabalhador, à comissão de trabalhadores
e, caso o trabalhador seja representante sindical, à res- 10 — A execução da sanção disciplinar só pode ter
pectiva associação sindical. lugar nos três meses subsequentes à decisão.

639 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


11 — O trabalhador, por si ou pelo seu representante, o trabalhador terá os direitos consignados na cláusula
pode recorrer da decisão do processo disciplinar para anterior, com as seguintes alterações:
o tribunal competente.
a) Em caso de despedimento, a indemnização
nunca será inferior à retribuição correspondente
12 — Só serão atendidos para fundamentar o des-
a um ano;
pedimento com justa causa os factos para o efeito expres-
b) Os mínimos fixados no n.o 3 da cláusula anterior
samente invocados na comunicação prevista na alínea h)
são elevados para o dobro.
do n.o 3.
Cláusula 79.a 2 — Se se tratar de caso previsto no n.o 3 da cláu-
Sanções abusivas
sula 79.a, sem prejuízo do direito de a trabalhadora optar
pela reintegração na Empresa, nos termos legais, a
1 — Consideram-se abusivas as sanções disciplinares indemnização será o dobro da fixada na lei para des-
motivadas pelo facto de um trabalhador, por si ou por pedimento nulo ou a correspondente ao valor das retri-
iniciativa do sindicato que o represente: buições que a trabalhadora teria direito a receber se
continuasse ao serviço até final do período aí fixado,
a) Haver reclamado legitimamente contra as con- consoante a que for mais elevada.
dições de trabalho;
b) Recusar-se a cumprir ordens a que não deva
obediência, nos termos da alínea e) da cláu- CAPÍTULO X
sula 16.a deste acordo;
c) Exercer ou se candidatar a funções em orga- Condições particulares de trabalho
nismos sindicais, comissões sindicais, institui-
ções de previdência ou outras que representem Cláusula 82.a
os trabalhadores; Direitos especiais do trabalho feminino
d) Em geral, exercer, ter exercido, pretender exer-
cer ou invocar os direitos e garantias que lhe 1 — São assegurados às mulheres os seguintes direitos
assistem. especiais:
a) Durante o período de gravidez, e até seis meses
2 — Até prova em contrário, presumem-se abusivos após o parto ou aborto clinicamente compro-
o despedimento ou a aplicação de qualquer sanção que, vado, não executar tarefas desaconselhadas por
sob a aparência de punição de outra falta, tenham lugar indicação médica, devendo ser imediatamente
até seis meses após qualquer dos factos mencionados transferidas para trabalhos que as não preju-
nas alíneas a), b) e d) do número anterior, ou até um diquem, sem prejuízo da retribuição do tra-
ano após o termo do exercício das funções referidas balho;
na alínea c), ou após a data de apresentação da can- b) Cumprir um período de trabalho diário não
didatura a essas funções, quando as não venha a exercer, superior a sete horas, quando em estado de gra-
se já então, num ou noutro caso, o trabalhador servia videz; no caso de prestação de trabalho normal
a Empresa. nocturno, essa redução incidirá obrigatoria-
mente sobre o período nocturno;
3 — É também considerado abusivo o despedimento c) Faltar ao trabalho sem perda de retribuição por
da mulher trabalhadora, salvo com justa causa, durante motivo de consultas médicas pré-natais devida-
a gravidez e até um ano após o parto, desde que aquela mente comprovadas, quando em estado de
e este sejam conhecidos da Empresa. gravidez;
d) Gozar, por ocasião do parto, uma licença de
Cláusula 80.a parto em conformidade com a lei, que poderá
ter início um mês antes da data prevista para
Consequências gerais da aplicação de sanções abusivas o parto;
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva nos e) Em caso de hospitalização da criança a seguir
casos das alíneas a), b) e d) do n.o 1 da cláusula anterior, ao parto, a mãe, querendo, poderá interromper
indemnizará o trabalhador nos termos gerais de direito, a licença de parto, desde a data do internamento
com as alterações constantes dos números seguintes. da criança até à data em que esta tenha alta,
retomando-a a partir daí até ao final do período;
2 — Se a sanção consistir no despedimento, a inde- este direito só pode ser exercido até 12 meses
mnização não será inferior ao dobro da fixada na lei após o parto;
para despedimento nulo, sem prejuízo do direito do tra- f) Interromper o trabalho diário por duas horas,
balhador optar pela reintegração na Empresa, nos ter- repartidas pelo máximo de dois períodos, para
mos legais. prestar assistência aos filhos, até 12 meses após
o parto; se a mãe assim o desejar, os períodos
3 — Tratando-se de suspensão, a indemnização não referidos nesta alínea podem ser utilizados no
será inferior a 10 vezes a importância da retribuição início ou antes do termo de cada dia de trabalho;
perdida. g) Suspender o contrato de trabalho, com perda
de retribuição, pelo período de seis meses, pror-
Cláusula 81.a rogáveis por períodos sucessivos de 3 meses, até
Consequências especiais da aplicação de sanções abusivas
ao limite máximo de dois anos, a iniciar no termo
da licença de parto prevista na alínea d);
1 — Se a Empresa aplicar alguma sanção abusiva no h) Gozar, pelas trabalhadoras que adoptem crian-
caso previsto na alínea c) do n.o 1 da cláusula 79.a, ças com idade inferior a três anos, uma licença

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 640


de 60 dias a contar do início do processo de Cláusula 85.a
adopção. Considera-se início do processo de
adopção a data em que a criança é entregue Outras regalias de trabalhadores-estudantes
à adoptante pelas entidades competentes;
i) Utilizar infantários da Empresa, sendo-lhes, na 1 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
falta destes, atribuído um subsídio nos termos cláusula depende do reconhecimento por parte da
da cláusula 71.a Empresa do interesse do curso frequentado para a car-
reira profissional do trabalhador nesta, bem como da
2 — O regime de dispensa previsto na alínea f) do verificação das condições de aproveitamento previstas
número anterior não é acumulável, no mesmo período no n.o 2.
de trabalho, com qualquer outro previsto neste acordo.
2 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula está, ainda, dependente da verificação cumu-
Cláusula 83.a lativa das seguintes condições:
Trabalho de menores
a) Matrícula em todas as disciplinas do ano lectivo
1 — Pelo menos uma vez por ano, a Empresa asse- do curso frequentado ou no mesmo número de
gurará a inspecção médica dos menores ao seu serviço, disciplinas, quando em anos sucessivos;
de acordo com as disposições legais aplicáveis, a fim b) Prova anual de aproveitamento em, pelo menos,
de se verificar se o trabalho é prestado sem prejuízo dois terços do número de disciplinas do ano
da saúde e normal desenvolvimento físico e intelectual. em que se encontrava anteriormente matri-
culado.
2 — Os resultados da inspecção referida no número
anterior devem ser registados e assinados pelo médico 3 — Perdem definitivamente, no curso que frequen-
nas respectivas fichas clínicas ou em caderneta própria. tam ou noutro que venham a frequentar, as regalias
previstas nesta cláusula os trabalhadores que:
3 — Aos trabalhadores com idade inferior a 18 anos
é proibido: a) Não obtenham aproveitamento em qualquer
disciplina por falta de assiduidade;
a) Prestar trabalho durante o período nocturno;
b) Permaneçam no mesmo ano lectivo mais de dois
b) Executar serviços que exijam esforços prejudi-
anos.
ciais à sua saúde e desenvolvimento físico nor-
mal e ocupar postos de trabalho sujeitos a altas
ou baixas temperaturas, elevado grau de toxi- 4 — As regalias especiais de trabalhadores-estudantes
cidade, poluição ambiente ou sonora e radioac- são as seguintes:
tividade.
a) Reembolso das despesas efectuadas com matrí-
culas e propinas, contra apresentação de docu-
Cláusula 84.a mento comprovativo das mesmas, após prova
de aproveitamento em, pelo menos, 50 % das
Trabalhadores-estudantes
disciplinas que constituem o ano do curso que
1 — O regime jurídico dos trabalhadores-estudantes se frequenta, e na proporção do aproveitamento
é o previsto na lei, sem prejuízo do disposto no número tido;
seguinte. b) Reembolso, nas condições referidas na alínea
anterior, das despesas com material didáctico
2 — Aos trabalhadores-estudantes será concedida dis- recomendado, dentro dos limites seguidamente
pensa de duas horas, sem perda de retribuição, em dia indicados:
de aulas, quando necessário, para a frequência e pre-
paração destas. Até ao 6.o ano de escolaridade — 9865$/ano;
Do 7.o ao 9.o ano de escolaridade —
13 050$/ano;
3 — O regime de dispensa previsto no número ante-
Do 10.o ao 12.o ano de escolaridade —
rior não é acumulável com qualquer outro regime pre-
17 115$/ano;
visto neste acordo.
Ensino superior ou equiparado — 31 580$/ano.
4 — Para que os trabalhadores em regime de turnos
possam beneficiar do disposto nesta cláusula e na 5 — O pagamento das despesas referidas no número
seguinte, a Empresa, sem prejuízo para o funcionamento anterior será feito pelos valores praticados no ensino
dos serviços, diligenciará mudá-los para horário com- público, mediante entrega de comprovativo.
patível com a frequência do curso ou facilitará as trocas
de turnos. 6 — A concessão das regalias especiais previstas nesta
cláusula não gera qualquer obrigação, por parte da
5 — A Empresa facilitará, tanto quanto possível, a Empresa, de atribuição de funções ou categoria de
utilização dos seus transportes nos circuitos e horários acordo com as novas habilitações, salvo se aquela enten-
existentes. der necessário utilizar essas habilitações ao seu serviço.
Neste caso, o trabalhador compromete-se a permanecer
6 — É considerada falta grave a utilização abusiva ao serviço da Empresa por um período mínimo de dois
das regalias atribuídas nesta cláusula. anos.

641 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


CAPÍTULO XI da SHST tendo em conta as respectivas funções e o
posto de trabalho.
Regalias sociais
7 — A Empresa deverá ainda proporcionar condições
Cláusula 86.a para que os RT-SHST e os membros das CHST na
Regalias sociais Empresa possam receber informação e formação ade-
quadas, concedendo, para tanto, se necessário, licença
1 — A empresa garantirá a todos os seus trabalha- sem retribuição.
dores, nas condições das normas constantes de regu-
lamento próprio que faz parte integrante deste acordo, 8 — A Empresa não pode prejudicar, de qualquer
as seguintes regalias: forma, os trabalhadores pelas suas actividades na SHST
a) Seguro social; ou em virtude de estes se terem afastado do seu posto
b) Complemento de subsídio de doença e acidentes de trabalho ou de uma área perigosa, em caso de perigo
de trabalho; grave e imediato, ou por terem adoptado medidas para
c) Subsídio de casamento; a sua própria segurança ou de outrem.
d) Subsídio especial a deficientes;
e) Complemento de reforma; 9 — Os encargos financeiros provenientes das acti-
f) Subsídio de funeral. vidades da SHST na Empresa deverão ser assegurados
na íntegra por esta, nomeadamente as dos represen-
2 — O regime global de regalias sociais previsto no tantes dos RT.
número anterior substitui quaisquer outros regimes par- Cláusula 88.a
ciais anteriormente existentes na Empresa, pelo que a
sua aplicação implica e está, por isso, condicionada à Obrigações dos trabalhadores
renúncia expressa, por parte dos trabalhadores, a esses 1 — Os trabalhadores são obrigados a cumprir as
regimes parciais, ainda que estabelecidos em contrato prescrições de SHST estabelecidas nas disposições legais
individual de trabalho. ou convencionais aplicáveis e as instruções determinadas
com esse fim pela empresa.
CAPÍTULO XII 2 — É obrigação dos trabalhadores zelar pela sua
Segurança, higiene e saúde no trabalho segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde
das outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas
Cláusula 87.a acções ou omissões no trabalho.
Obrigações da Empresa 3 — Os trabalhadores deverão cooperar na Empresa,
1 — A Empresa assegurará aos trabalhadores con- estabelecimento ou serviço para melhoria do sistema
dições de segurança, higiene e saúde em todos os aspec- de SHST.
tos relacionados com o trabalho.
4 — É obrigação dos trabalhadores participarem nas
2 — Para efeitos do número anterior, a Empresa apli- actividades, procurarem a informação e receberem a
cará as medidas necessárias, tendo em conta as políticas, formação sobre todos os aspectos relacionados com a
os princípios e as técnicas previstos na legislação nacio- SHST, assim como comunicar imediatamente ao supe-
nal sobre esta matéria. rior hierárquico ou, não sendo possível, aos RT-SHST,
previstos na cláusula 89.o, as avarias e deficiências por
3 — Para a aplicação das medidas necessárias no si detectadas que se lhes afigurem susceptíveis de ori-
campo da segurança, higiene e saúde no trabalho ginar perigo grave e iminente, assim como qualquer
(SHST), a Empresa deverá assegurar o funcionamento defeito verificado nos sistemas de protecção.
de um serviço de SHST dotado de pessoal certificado
e de meios adequados e eficazes, tendo em conta os Cláusula 89.a
riscos profissionais existentes nos locais de trabalho.
Representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene
e saúde no trabalho
4 — Para promoção e avaliação das medidas aplicadas
no domínio da SHST, deve a Empresa assegurar a infor- 1 — Os trabalhadores têm direito, nos termos da lei,
mação, consulta e participação dos trabalhadores e das a elegem e a serem eleitos RT-SHST-representantes
suas organizações representativas, assim como dos seus dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde
representantes na Empresa. no trabalho.

5 — A Empresa actuará de forma a facilitar e garantir 2 — É direito das organizações sindicais participarem
a eleição, funcionamento e organização das actividades e intervirem na Empresa na organização e eleição dos
dos representantes dos trabalhadores (RT)-segurança, RT-SHST.
higiene e saúde no trabalho (SHST) e das comissões
de higiene e saúde no trabalho (CHST) na Empresa 3 — A eleição dos RT-SHST será efectuada por todos
e nas relações destes representantes dos trabalhadores os trabalhadores, por voto directo e secreto, segundo
com o exterior de acordo com a lei. o princípio da representação pelo método de Hondt,
podendo concorrer à eleição listas apresentadas pelas
6 — Aos trabalhadores deve ser dada informação e associações sindicais ou subscritas por 20 % dos tra-
formação adequada e suficiente em todos os domínios balhadores.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 642


4 — As funções, actividades, direitos e obrigações dos dores e a vigilância das condições de higiene no trabalho,
RT-SHST são os decorrentes da legislação específica. têm, essencialmente, carácter preventivo e ficam a cargo
dos médicos do trabalho.
5 — O crédito individual mensal para o exercício de
funções dos RT-SHST é o previsto na lei. 3 — São atribuições do médico do trabalho, nomea-
damente:
Cláusula 90.a
a) Identificação dos postos de trabalho com risco
Comissões de higiene e segurança no trabalho de doenças profissionais ou de acidentes de
1 — Com o fim de criar um espaço de diálogo e con- trabalho;
certação social ao nível da Empresa, para as questões b) Estudo e vigilância dos factores favorecedores
de segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho, de acidentes de trabalho;
serão criadas na Empresa comissões de higiene e segu- c) Organização de cursos de primeiros socorros
rança no trabalho (CHST). e de prevenção de acidentes de trabalho e doen-
ças profissionais com o apoio dos serviços téc-
2 — As CHST são comissões de composição numérica nicos especializados oficiais ou particulares;
variável, paritárias, de representação dos trabalhadores d) Exame médico de admissão e exames periódicos
e da Empresa, e com acção exclusiva no interior da especiais dos trabalhadores, particularmente das
Empresa. mulheres, dos menores, dos expostos a riscos
específicos e dos indivíduos de qualquer forma
3 — São constituídas pelos RT-SHST referidos no inferiorizados.
número anterior, com respeito pelo princípio da pro-
porcionalidade e por igual número de representantes 4 — Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão
da Empresa a indicar por esta. dentro do período normal de trabalho, sem prejuízo
da retribuição, qualquer seja o tempo despendido para
4 — A composição do número de elementos efectivos o efeito.
e suplentes, as formas de funcionamento e de finan-
ciamento, a distribuição de tarefas, o número de reu- CAPÍTULO XIII
niões, a localização da sua sede e todos os outros aspec-
tos relacionados com a sua actividade deverão constar Disposições globais e finais
de um regulamento interno a acordar entre todos os
elementos que compõem a CHST na sua primeira Cláusula 93.a
reunião.
Comissão paritária
5 — O trabalho de membro da comissão de higiene
e segurança não substitui as tarefas decorrentes da acção 1 — Será constituída uma comissão paritária formada
profissional dos serviços de segurança nem dos por quatro elementos, dos quais dois são representantes
RT-SHST previstos na lei. da Empresa e dois representantes das organizações sin-
dicais outorgantes; de entre estes, é obrigatória a pre-
Cláusula 91.a sença das organizações sindicais representantes dos inte-
resses em causa.
Equipamento de protecção

1 — A atribuição de equipamento de protecção, 2 — A comissão paritária tem competência para inter-


incluindo vestuário, terá em consideração os riscos exis- pretar as cláusulas do presente acordo de empresa.
tentes nos locais de trabalho e será objecto de regu-
lamentação específica. 3 — As deliberações tomadas por unanimidade con-
sideram-se como regulamentação do presente acordo
2 — Incorre em infração disciplinar grave o traba- de empresa e serão depositadas e publicadas nos mes-
lhador que não utilize o equipamento de protecção posto mos termos.
à sua disposição ou não cumpra as regras de segurança
em vigor.
4 — As deliberações deverão constar de acta lavrada
logo no dia da reunião e assinada por todos os presentes.
3 — Para além do disposto no número anterior, o
não uso do equipamento de protecção em caso de aci-
dente tem como consequência a não reparação dos 5 — A comissão paritária reunirá sempre que seja
danos causados ao trabalhador, nos termos da lei. convocada por uma das partes, com a antecedência
mínima de 10 dias, constando da convocação a ordem
dos trabalhos.
Cláusula 92.a
Medicina no trabalho 6 — A comissão paritária definirá as regras do seu
1 — A Empresa organizará e manterá serviços médi- funcionamento, garantindo-lhe a Empresa os meios de
cos do trabalho e velará pelo seu bom funcionamento, apoio administrativo necessários para o mesmo, sem pre-
nos termos da regulamentação legal em vigor. juízo para os serviços.

2 — Os serviços médicos referidos no número ante- 7 — As despesas emergentes do funcionamento da


rior, que têm por fim a defesa da saúde dos trabalha- comissão paritária serão suportadas pela Empresa.

643 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Cláusula 94.a quíveis. Prepara conjuntos homogéneos de especifica-
Convenção globalmente mais favorável
ções detalhadas para a programação e respectivos jogos
de teste, podendo eventualmente realizar as tarefas mais
1 — As partes outorgantes reconhecem o carácter glo- complexas de programação. Orienta e controla a ins-
balmente mais favorável do presente acordo relativa- talação de sistemas. Pode dirigir e coordenar equipas
mente a todos os instrumentos de regulamentação colec- de manutenção de sistemas.
tiva anteriormente aplicáveis à Empresa, que ficam inte-
gralmente revogados. São igualmente revogados todos Assistente administrativo. — É o trabalhador que exe-
os regulamentos internos da Empresa elaborados ao cuta as tarefas de natureza administrativa. Opera equi-
abrigo daqueles instrumentos de regulamentação colec- pamento de escritório, nomeadamente de tratamento
tiva. automático de informação (terminais de computadores
e microcomputadores), teleimpressoras, telecopiadoras
2 — Da aplicação do presente acordo não poderá e outros. Pode exercer funções de secretariado e traduzir
resultar baixa de categoria, grau, nível ou classe, apli- e retroverter documentos. Quando dos graus IV e V,
cando-se o regime nele previsto a todos os trabalhadores pode realizar estudos e análises sob a orientação da
ao serviço da Empresa, mesmo que eles estejam a auferir chefia, prestando apoio técnico a profissionais de cate-
regalias mais favoráveis, isto sem prejuízo do reconhe- goria superior; pode ser-lhe atribuída a chefia de pro-
cimento dos regimes especiais constantes das cláusu- fissionais menos qualificados.
las 39.a, 61.a e 66.a
Auditor assistente. — É o trabalhador responsável pela
ANEXO I verificação e análise de transacções e registos neces-
sários à condução das revisões relativas às actividades
Definição de funções
funcionais e de organização.
Analista de aplicações de 1.a — É o trabalhador que
desenvolve as soluções apresentadas pela análise de sis- Auditor sénior. — É o trabalhador responsável na con-
temas, tomando em conta o equipamento a utilizar. dução das verificações exigidas pelas actividades fun-
Define e documenta as fases elementares do proces- cionais e de organização.
samento, esboçando os planos de teste. Coordena o tra-
balho da programação a nível da aplicação. Pode tam- Auditor subsénior. — É o trabalhador que colabora
bém efectuar tarefas complexas do domínio da pro- na condução das verificações exigidas pelas actividades
gramação. funcionais e de organização.

Analista de aplicações de 2.a — É o trabalhador que Auxiliar administrativo. — É o trabalhador que exe-
desenvolve as soluções apresentadas pelo analista de cuta tarefas de apoio administrativo necessárias ao fun-
sistemas, tomando em conta o equipamento a utilizar cionamento do escritório, nomeadamente reprodução
e sendo apoiado na análise funcional por um analista e transmissão de documentos, estabelecimento de liga-
mais qualificado. Define e documenta, no âmbito das ções telefónicas e envio, preparação, distribuição e
suas actividades, as fases elementares do processamento, entrega de correspondência e objectos inerentes ao ser-
esboçando os planos de teste. Pode também efectuar viço interno e externo. Recebe, anuncia e presta infor-
tarefas complexas do domínio da programação. mações a visitantes, podendo, quando necessário, exe-
cutar trabalhos de dactilografia e outros afins. Presta
Analista de aplicações principal. — É o trabalhador serviços correlativos ao funcionamento dos escritórios.
que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos e apti-
dão, possui um nível de qualificação que permite que Chefe de departamento. — É o trabalhador que estuda,
lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no âmbito organiza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários
da análise de aplicações informáticas e eventualmente serviços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
de programação. Pode coordenar o trabalho de outros exerce, dentro do serviço que chefia, e na esfera da
profissionais de qualificação inferior em equipas, que sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
não chefia, constituídas para trabalhos de análise e pro- calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento
gramação bem determinados. das actividades dos serviços, segundo as orientações e
fins definidos. Pode executar tarefas específicas respei-
Analista de sistemas de 1.a — É o trabalhador que, tantes aos serviços que chefia. Pode colaborar na defi-
além das funções gerais de analista de sistemas (analista nição das políticas inerentes à sua área de actividade
de sistemas de 2.a), avalia sistemas desenvolvidos e dese- e na preparação das respectivas decisões estratégicas.
nhados por outros analistas e recomenda aperfeiçoa-
mentos, podendo ainda dirigir e coordenar equipas de Chefe de sector administrativo. — É o trabalhador que
desenvolvimento de sistemas. planifica, coordena e desenvolve actividades do sector
que chefia, assegurando o cumprimento dos programas
Analista de sistemas de 2.a — É o trabalhador que e objectivos fixados superiormente. Orienta nos aspectos
recolhe e analisa a informação com vista ao desenvol- funcionais e hierárquicos os profissionais do sector.
vimento e ou modificação de sistemas de processamento
de dados. O âmbito da análise inclui a racionalização Chefe de serviço. — É o trabalhador que estuda, orga-
dos processos administrativos que têm interligação com niza, dirige, coordena e desenvolve, num ou vários ser-
os sistemas a desenvolver e ou modificar, bem como viços da Empresa, as actividades que lhe são próprias;
da organização dos serviços intervenientes. Documenta exerce, dentro do serviço que chefia, e nos limites da
as conclusões no dossier de análise de sistemas. Traduz sua competência, funções de direcção, orientação e fis-
as necessidades em sistemas lógicos, económicos e exe- calização de pessoal sob as suas ordens e de planeamento

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 644


das actividades dos serviços, segundo as orientações e a orientação do superior hierárquico, coordena e con-
fins definidos. Pode executar tarefas específicas relativas trola as tarefas de um grupo de operadores de com-
aos serviços que chefia. putador, que chefia.

Director de departamento/serviços. — É o trabalhador Programador de aplicações. — É o trabalhador que


responsável perante o conselho de administração, ou desenvolve logicamente, codifica, prepara os dados para
seus representantes, pela gestão das estruturas funcio- testes, testa e corrige os programas, com base nas espe-
nais ou operacionais. Participa na definição das políticas, cificações transmitidas de acordo com as normas em
bem como na tomada de decisões estratégicas inerentes vigor. Documenta adequadamente o trabalho produ-
à sua área de actividade. zido. Quando principal, pode coordenar o trabalho de
outros profissionais de qualificação inferior em equipas,
Encarregado. — É o trabalhador que, na sua área pro- que não chefia, constituídas para trabalho de análise
fissional, é responsável pela aplicação do programa de e orgânica e programação bem determinados.
produção, conservação, montagem e construção, asse-
gurando a sua execução. Coordena e dirige o modo Programador de aplicações estagiário. — É o trabalha-
de funcionamento da respectiva área, por forma a obter dor que desempenha as funções de programador de apli-
dela o melhor rendimento. É responsável pela coor- cações sob a supervisão de um programador.
denação e utilização do pessoal sob a sua chefia nos
seus aspectos funcionais, administrativos e disciplinares. Programador de aplicações principal. — É o trabalha-
dor que, pelo seu grau de experiência, conhecimentos
Motorista (pesados ou ligeiros). — É o trabalhador e aptidão, possui um nível de qualificação que permite
que, possuindo carta de condução, tem a seu cargo a que lhe sejam conferidas tarefas mais complexas no
condução de veículos automóveis (ligeiros ou pesados), âmbito da programação e análise orgânica de aplicações
competindo-lhe ainda zelar pela boa conservação e lim- informáticas. Pode coordenar o trabalho de outros pro-
peza do veículo e pela carga que transporta. Verifica fissionais de qualificação inferior em equipas, que não
diariamente os níveis de óleo e de água. chefia, constituídas para trabalho de análise orgânica
e programação bem determinados.
Motorista principal. — É o trabalhador, oriundo da
categoria profissional de motorista, que, para além de Programador de aplicações qualificado. — É o traba-
orientar e auxiliar as operações de carga e descarga lhador, oriundo da categoria de programador de apli-
de mercadorias, assegura o bom estado de funciona- cações principal, capaz de desempenhar indistintamente
mento do veículo, procedendo à sua limpeza e zelando as tarefas mais complexas no âmbito da programação
pela sua manutenção, lubrificação e reparação. Pode e análise orgânica de aplicações informáticas. Pode coor-
eventualmente conduzir máquinas de força motriz no denar o serviço de profissionais em equipas, que chefia.
interior das instalações fabris.
Programador de sistemas. — É o trabalhador que ela-
Motorista qualificado. — É o trabalhador, oriundo da bora programas e rotinas utilitárias, participa na ins-
categoria profissional de motorista principal, que, para talação de programas-produto, bem como na sua manu-
além de desempenhar as funções inerentes àquela cate- tenção. Compila e analisa a documentação necessária
goria, controla e coordena equipas polivalentes, que para a determinação e correcção de anomalias de fun-
pode chefiar, quando necessário. Coordena a actividade cionamento do equipamento.
de conservação e manutenção de viaturas. Quando devi-
damente habilitado e treinado, conduz máquinas de Programador de sistemas principal. — É o trabalhador
força motriz no interior das instalações industriais. que elabora programas e rotinas utilitárias, participa
na instalação de programas-produto, bem como na sua
Operador de computador estagiário. — É o trabalhador manutenção. Compila e analisa a documentação neces-
que desempenha as funções de operador de computador sária para a determinação e correcção de anomalias de
sob a orientação e supervisão de um operador. funcionamento do equipamento. Pode coordenar o tra-
balho de outros profissionais de qualificação inferior
Operador de computador. — É o trabalhador que em equipas, que não chefia, constituídas para trabalhos
opera e controla o sistema de computador, prepara o de programação de sistemas bem determinados.
sistema para execução dos programas e é responsável
pelo cumprimento dos tempos previstos para cada pro- Secretário(a) de direcção ou administração. — É o tra-
cessamento, de acordo com as normas em vigor. balhador que se ocupa do secretariado específico da
administração ou direcção da Empresa. Entre outras
Operador de computador principal. — É o operador funções administrativas, competem-lhe, normalmente,
de computador que, pelo seu grau de experiência, conhe- as seguintes funções: redigir actas de reuniões de tra-
cimentos e aptidão, possui um nível de qualificação que balho; assegurar, por sua própria iniciativa, o trabalho
permite que lhe seja conferida ampla autonomia na exe- de rotina diária do gabinete; providenciar pela realização
cução das tarefas mais complexas do âmbito da operação das assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos
de computador, podendo ainda coordenar trabalho de e escrituras; redigir documentação diversa em português
outros profissionais de qualificação inferior. e línguas estrangeiras.

Operador de computador qualificado. — É o trabalha- Supervisor de auditoria. — É o trabalhador responsá-


dor, oriundo da categoria profissional de operador de vel pelo desenvolvimento de um programa prático e
computador principal, que executa as tarefas mais espe- completo de auditoria que cubra as áreas que lhe tenham
cializadas de operações de computadores. O seu tra- sido atribuídas, sob a orientação geral do superior
balho requer maior experiência e conhecimentos. Sob hierárquico.

645 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Técnico administrativo. — É o trabalhador que, pos- Quando necessário, coordena ou chefia equipas
suindo elevados conhecimentos teóricos e práticos pluridisciplinares.
adquiridos no desempenho das suas funções, se ocupa
da organização, coordenação e orientação de tarefas Técnico de sistemas de 1.a — É o trabalhador que,
de maior especialização no âmbito do seu domínio de para além das funções de técnico de sistemas de 2.a,
actividade, tendo em conta a consecução dos objectivos analisa e avalia perante situações concretas produtos
fixados pela hierarquia. Colabora na definição dos pro- informáticos existentes no mercado. Propõe e coordena
gramas de trabalho para a sua área de actividade, garan- planos de formação e cursos de reciclagem aprovados
tindo a sua correcta implementação. Presta assistência para o pessoal informático. Pode dirigir e coordenar
a profissionais de escalão superior no desempenho das equipas de técnicos de sistemas.
funções destes, podendo exercer funções de chefia hie-
rárquica ou condução funcional de unidades estruturais Técnico de sistemas de 2.a — É o trabalhador que,
permanentes ou grupos de trabalho. para além das funções de programador de sistemas, é
responsável pelo planeamento e execução da instalação
Técnico auxiliar altamente qualificado. — (Definição de programas-produto, bem como da sua manutenção.
de funções idêntica à de técnico administrativo/industrial.) Estuda e elabora normas standard de utilização do equi-
pamento, assim como define programas e rotinas uti-
Técnico de conservação eléctrica. — É o oficial de con- litárias. Apoia a análise de sistemas de aplicações na
servação eléctrica que desempenha indistintamente definição das soluções técnicas mais adequadas. Pro-
várias das seguintes funções, consoante o seu nível de grama e coordena acções de formação e reciclagem
responsabilidade: oficial electricista (baixa e alta tensão, aprovados para o pessoal informático. Pode, ainda, coor-
bobinador e auto); técnico de electrónica; técnico de denar equipas de programação de sistemas.
instrumentação (electrónica e pneumática); técnico de
telecomunicações. Pode coordenar o serviço de outros Técnico superior dos graus I e II. — É o trabalhador
profissionais em equipas, que poderá chefiar, quando que exerce funções menos qualificadas da sua especia-
especializado ou principal. lidade. O nível de funções que normalmente desem-
penha é enquadrável entre os seguintes pontos:
Técnico de conservação mecânica. — É o oficial da
conservação mecânica que desempenha indistintamente a) De uma forma geral, presta assistência a pro-
várias das seguintes funções, consoante o seu nível de fissionais mais qualificados na sua especialidade
responsabilidade, assegurando, sempre que necessário, ou domínio de actividade dentro da Empresa,
funções de lubrificação e montagem de andaimes: ser- actuando segundo instruções detalhadas, orais
ralheiro (mecânico, civil ou plásticos); soldador; recti- ou escritas. Através da procura espontânea,
ficador, torneiro, fresador; mecânico auto e técnico de autónoma e crítica de informações e instruções
óleo-hidráulica. Pode coordenar o serviço de outros pro- complementares, utiliza os elementos de con-
fissionais em equipas, que poderá chefiar, quando espe- sulta conhecidos e experiências disponíveis na
cializado ou principal. Empresa ou a ela acessíveis;
b) Poderá coordenar e orientar trabalhadores de
Técnico de manutenção. — É o trabalhador que qualificação inferior à sua ou realizar estudos
desenvolve acções de manutenção nas áreas eléctrica, e proceder à análise dos respectivos resultados;
electrónica, instrumentação, mecânica, óleo-hidráulica c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos
e telecomunicações. Executa peças, faz montagens, des- terão uma amplitude e um grau de complexi-
montagens, calibragens, ensaios, ajustes, afinações, dade compatível com a sua experiência e ser-
detecção e reparação de avarias, conservação de equi- -lhe-ão claramente delimitados do ponto de
pamentos eléctricos, electrónicos, hidráulicos, mecâni- vista de eventuais implicações com as políticas
cos, pneumáticos e plásticos. Guia-se por esquemas, gerais, sectoriais e resultados da Empresa, sua
desenhos e outras especificações técnicas e utiliza imagem exterior ou posição no mercado e rela-
máquinas, ferramentas e outros aparelhos adequados
ções de trabalho no seu interior.
ao seu trabalho. Sempre que necessário, colabora com
os trabalhos da produção e assegura funções de lubri-
ficação, montagem de acessos, isolamentos e limpeza Técnico superior do grau III. — É o trabalhador cuja
após execução dos trabalhos. De acordo com a sua for- formação de base se alargou e consolidou através do
mação/especialização desempenha, indistintamente, exercício de actividade profissional relevante durante
várias funções consoante o seu nível de responsabilidade. um período limite de tempo. O nível das funções que
Assim: normalmente desempenha é enquadrável entre os pon-
tos seguintes:
Manutenção eléctrica/instrumentação:
a) Toma decisões autónomas e actua por iniciativa
Electricidade (alta tensão e baixa tensão); própria no interior do seu domínio de activi-
Electrónica; dade, não sendo o seu trabalho supervisado em
Instrumentação (electrónica e pneumática); pormenor, embora receba orientação técnica
Telecomunicações; em problemas invulgares e complexos;
b) Pode exercer funções de chefia hierárquica ou
Manutenção mecânica: condução funcional de unidades estruturais per-
Serralharia (mecânica, civil e plásticos); manentes ou grupos de trabalhadores ou actuar
Soldadura; como assistente de profissionais mais qualifi-
Máquinas e ferramentas; cados na chefia de estruturas de maior dimen-
Mecânica de viaturas; são, desde que na mesma não se incluam pro-
Óleo-hidráulica. fissionais de qualificação superior à sua;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 646


c) Os problemas ou tarefas que lhe são cometidos actividade tem incidência sensível no funciona-
implicam capacidade técnica evolutiva e ou mento, posição externa e resultados da Em-
envolvem a coordenação de factores ou acti- presa, podendo participar na definição das suas
vidades diversificadas no âmbito do seu próprio políticas gerais, incluindo a política salarial;
domínio de actividade; c) Como técnico ou especialista dedica-se ao estudo,
d) As decisões tomadas e soluções propostas, fun- investigação e solução de problemas complexos
damentadas em critérios técnico-económicos ou especializados envolvendo conceitos e ou tec-
adequados, serão necessariamente remetidas nologias recentes ou pouco comuns. Apresenta
para os níveis competentes de decisão quando soluções tecnicamente avançadas e valiosas do
tenham implicações potencialmente importan- ponto de vista económico-estratégico da
tes a nível das políticas gerais e sectoriais da Empresa.
Empresa, seus resultados, imagem exterior ou
posição no mercado e relações de trabalho no Técnico superior do grau VI. — É o trabalhador que,
seu exterior. pela sua formação, currículo profissional e capacidade
pessoal, atingiu, dentro de uma especialização ou num
Técnico superior do grau IV. — É o trabalhador deten- vasto domínio de actividade dentro da Empresa, as mais
tor de especialização considerável num campo particular elevadas responsabilidades e grau de autonomia. O nível
de actividade ou possuidor de formação complementar das funções que normalmente desempenha é enqua-
e experiência profissional avançadas ao conhecimento drável entre os pontos seguintes:
genérico de áreas diversificadas, para além da corres-
pondente à sua formação base. O nível de funções que a) Dispõe do máximo grau de autonomia de jul-
normalmente desempenha é enquadrável entre os pon- gamento e iniciativa, apenas condicionados pela
tos seguintes: observância das políticas gerais da Empresa, em
cuja definição vivamente participa, e pela acção
a) Dispõe de autonomia no âmbito da sua área dos corpos gerentes ou dos seus representantes
de actividade, cabendo-lhe desencadear inicia- exclusivos;
tivas e tomar decisões condicionadas pela polí- b) Como gestor, chefia, coordena e controla a acti-
tica estabelecida para essa área, em cuja defi- vidade de múltiplas unidades estruturais da
nição deve participar. Recebe trabalho com sim- Empresa numa das suas grandes áreas de gestão,
ples indicação do seu objectivo. Avalia auto- ou em várias delas, tomando decisões funda-
nomamente as possíveis implicações das suas mentais de carácter estratégico com implicações
decisões ou actuação nos serviços por que é res- directas e importantes no funcionamento, posi-
ponsável no plano das políticas gerais, posição ção exterior e resultados da Empresa;
externa, resultados e relações de trabalho da c) Como técnico ou especialista, dedica-se ao estudo,
Empresa. Fundamenta propostas de actuação investigação e solução de questões complexas
para decisão superior, quando tais implicações altamente especializadas ou com elevado con-
sejam susceptíveis de ultrapassar o seu nível de teúdo de inovação, apresentando soluções ori-
responsabilidade;
ginais, de elevado alcance técnico, económico
b) Pode desempenhar funções de chefia hierár-
ou estratégico.
quica de unidades de estrutura da Empresa
desde que na mesma não se integrem profis-
sionais de qualificação superior à sua; Telefonista-recepcionista. — É o trabalhador que,
c) Os problemas e tarefas que lhe são cometidos além de ter a seu cargo o serviço de telefonemas do
envolvem o estudo e desenvolvimento de solu- e para o exterior, recebe, anuncia e informa os visitantes.
ções técnicas novas, com base na combinação Quando necessário, executa, complementarmente, tra-
de elementos e técnicas correntes, e ou a coor- balho de dactilografia e outros afins.
denação de factores ou actividades de tipo e
natureza complexas, com origem em domínios ANEXO II
que ultrapassem o seu sector específico de acti- Condições específicas
vidade, incluindo entidades exteriores à própria Princípios gerais sobre carreiras profissionais
Empresa. de progressão não automática e avaliação de desempenho

Técnico superior do grau V. — É o trabalhador deten- 1 — As carreiras profissionais criadas ou a criar pela
tor de sólida formação num campo de actividade espe- Empresa para os grupos profissionais não abrangidos
cializado, complexo e importante para o funcionamento pelas carreiras automáticas previstas neste anexo deve-
ou economia da Empresa e também aquele cuja for- rão, em princípio, obedecer às seguintes regras básicas,
mação e currículo profissional lhe permite assumir sem prejuízo de situações que justifiquem tratamento
importantes responsabilidades com implicações em diferente, nomeadamente as já regulamentadas pelo
áreas diversificadas da actividade empresarial. O nível presente AE.
das funções que normalmente desempenha é enqua- 1.1 — São condições necessárias à progressão na car-
drável entre os seguintes pontos: reira profissional:
a) Dispõe de ampla autonomia de julgamento e a) A permanência mínima de três e máxima de
iniciativa no quadro das políticas e objectivos cinco anos na categoria inferior;
da(s) respectiva(s) área(s) de actividade da b) A obtenção de mérito profissional em processo
Empresa em cuja definição participa e por cuja de avaliação de desempenho;
execução é responsável; c) Capacidade para desempenhar as tarefas ou
b) Como gestor, chefia, coordena e controla um assumir as responsabilidades correspondentes
conjunto complexo de unidades estruturais cuja às novas funções/nível de carreira.

647 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


1.2 — O acesso nas carreiras poderá prever condições Obter mérito profissional no desempenho da fun-
de formação básica e formação profissional, mediante ção e potencial para o desempenho de funções
frequência, com aproveitamento, das acções de forma- mais qualificadas;
ção adequadas. Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes:
2 — Os profissionais em aprendizagem ascenderão
automaticamente ao primeiro nível da respectiva car- Grupos Tempos
reira, não podendo a permanência em cada nível de de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)
aprendizagem ter duração superior a um ano.
7 Assistente administrativo do grau V –
3 — A avaliação de desempenho instituída na 8 Assistente administrativo do grau IV 5
Empresa é um sistema de notação profissional que con- 9 Assistente administrativo do grau III 3
siste na recolha contínua de informação sobre a actua- 10 Assistente administrativo do grau II 3
lização profissional do avaliado durante o período a que 11 Assistente administrativo do grau I 2
12 Assistente administrativo estagiário
a avaliação se reporta. do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
3.1 — A avaliação terá periodicidade anual e abran- 13 Assistente administrativo estagiário
gerá todos os trabalhadores da Empresa, sendo rea- do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
lizada, em princípio, no 1.o trimestre de cada ano.
3.2 — A avaliação será realizada pela hierarquia que
enquadra o trabalhador, sendo o processo sustentado IV — Densidades
em manual de avaliação, previamente divulgado, do qual 7 — Para os profissionais integrados nas categorias
constarão os critérios e factores de avaliação. correspondentes aos graus IV e V, observar-se-á o
3.3 — Os resultados da avaliação serão sempre comu- seguinte esquema de densidades máximas face ao total
nicados ao trabalhador pela hierarquia competente. do efectivo na carreira:
3.4 — Os processos de avaliação deverão prever obri-
gatoriamente mecanismos de reclamação, nomeada- Grau V — 25 %;
mente instâncias e prazos de recurso, sendo garantido Graus IV e V — 50 %.
a cada trabalhador o acesso aos elementos que serviram
de base à avaliação. B) Técnico administrativo

1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-


A) Assistente administrativo fissionais que desempenham funções técnicas nas áreas
I — Admissão
de planeamento, investigação operacional, projecto,
processo, produção, conservação, administração, comer-
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- cial, recursos humanos, organização e informática.
fissionais com formação/especialização nas actividades
administrativas. 2 — As condições de admissão destes trabalhadores
são as seguintes:
2 — As condições de admissão destes trabalhadores a) Idade mínima — a exigida na Lei;
são as seguintes: b) Habilitações escolares — curso secundário
(12.o ano) da áera de formação adequada à fun-
a) Idade mínima — a exigida na lei; ção, via profissionalizante, sendo condição pre-
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun- ferencial para a admissão o nível de bacharelato.
dário (12.o ano) da área de formação adequada
à função, sendo condição preferencial o curso 3 — O período experimental destes profissionais é o
via profissionalizante. previsto neste acordo.

II — Estágio II — Progressão na carreira

3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de 4 — Consideram-se quatro níveis de responsabilidade


estágio. e de enquadramento desta categoria profissional.

4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos. 5 — O acesso aos quatro níveis de responsabilidade
dependerá, tendo por base os respectivos perfis de carac-
terização, da existência cumulativa das seguintes con-
III — Progressão na carreira dições:
5 — O plano de carreira de assistente administrativo Mérito profissional no desempenho da função;
compreende sete níveis de progressão. Potencial para o desempenho de funções mais
qualificadas.
6 — A progressão na carreira dependerá da existência
cumulativa das seguintes condições: C) Técnico de manutenção
I — Admissão
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen- 1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro-
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações fissionais com formação/especialização na actividade de
definidas no n.o 2; manutenção mecânica e ou eléctrica.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 648


2 — As condições de admissão destes trabalhadores cargas acidentais de fluidos que possam pôr em risco
são as seguintes: a sua integridade física não podem trabalhar sem que
sejam acompanhados por outro profissional.
a) Idade mínima — a exigida na lei;
b) Habilitações escolares — curso do ensino secun-
dário (12.o ano) da área de formação adequada 11 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc-
à função sendo condição preferencial o curso trica/instrumentação obrigam-se a guardar sigilo pro-
via profissionalizante. fissional quanto a técnicas de controlo aplicadas na
Empresa, bem como no respeitante a comunicações
II — Estágio escutadas no exercício da sua profissão.
3 — O ingresso na carreira poderá ser precedido de D) Técnicos de conservação mecânica e eléctrica
estágio.
I — Integração na carreira
4 — O estágio terá a duração máxima de dois anos.
1 — Os planos de carreira de técnicos de conservação
III — Progressão na carreira mecânica e eléctrica compreendem quatro níveis de
5 — O plano de carreira de técnico de manutenção progressão.
compreende sete níveis de progressão.
2 — A integração na carreira far-se-á pelo nível de
6 — A progressão na carreira dependerá da existência enquadramento imediatamente superior ao que o tra-
cumulativa das seguintes condições: balhador possui, dependendo das habilitações escolares,
experiência e mérito profissional.
Possuir habilitações escolares do 3.o ciclo do ensino
básico ou equivalente, sendo condição preferen-
cial para acesso aos graus IV e V as habilitações 3 — Desta integração não poderá resultar a ascensão
definidas no n.o 2; para mais de que o nível de enquadramento imedia-
Obter mérito profissional no desempenho da fun- tamente superior.
ção e potencial para o desempenho de funções
mais qualificadas; 4 — É condição necessária para a integração na car-
Desempenhar duas ou três especialidades referidas reira o desempenho de duas das funções referidas na
na definição de funções de acordo com a sua definição de funções de cada uma das categorias
área de actividade. Para os graus IV e V é exigido profissionais.
o desempenho de três especialidades;
Cumprir os tempos mínimos de permanência exi-
gidos para cada nível, que são os seguintes: 5 — Os tempos mínimos de experiência profissional
exigidos para a integração dependem das habilitações
Grupos Tempos escolares e são os seguintes:
de Níveis de qualificação mínimos
enquadramento (anos)

6.o ano 9.o ano


7 Técnico de manutenção do grau V – Categorias
de escolaridade de escolaridade
8 Técnico de manutenção do grau IV 5 ou equivalente ou equivalente
(anos) (anos)
9 Técnico de manutenção do grau III 3
10 Técnico de manutenção do grau II 3
11 Técnico de manutenção do grau I 3 Mecânica/eléctrica
12 Técnico de manutenção estagiário 1
do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 10
13 Técnico de manutenção estagiário 1 Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 9 8
do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5
Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2

7 — Para os profissionais integrados nas categorias


correspondentes aos graus IV e V observar-se-á o II — Progressão na carreira
seguinte esquema de densidades máximas face ao total
do efectivo na carreira: 6 — A progressão na carreira dependerá da existência
Grau V — 25 %; cumulativa da verificação de mérito profissional no
Graus IV e V — 50 %. desempenho da função, potencial para desempenho de
funções superiores e do cumprimento dos tempos míni-
IV — Deontologia profissional
mos de permanência exigidos para cada nível, que são
os seguintes:
8 — Os técnicos de manutenção das actividades eléc-
trica/instrumentação terão sempre direito a recusar cum-
6.o ano 9.o ano
prir ordens contrárias à boa técnica profissional, nomea- de escolaridade de escolaridade
Categorias
damente normas de segurança das instalações eléctricas. ou equivalente
(anos)
ou equivalente
(anos)

9 — Estes trabalhadores podem também recusar obe-


diência a ordens de natureza técnica que não sejam Mecânica/eléctrica
emanadas de superior habilitado. Técnico principal . . . . . . . . . . . . . . . . . . – –
Técnico especializado . . . . . . . . . . . . . . 4 3
Técnico de 1.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
10 — Sempre que, no exercício da sua profissão, estes Técnico de 2.a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2
trabalhadores corram riscos de electrocussão ou de des-

649 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


III — Densidades 6 — Se, por motivo de serviço inadiável, o trabalhador
7 — O número de profissionais que poderá integrar não puder tomar a sua refeição dentro do horário fixado
cada um dos planos de carreira não deverá exceder a no número anterior, o tempo de refeição ser-lhe-á pago
percentagem de 15 % do efectivo existente para estas como trabalho suplementar.
áreas de actividade.
7 — Após o regresso ao local de trabalho, se ainda
E) Técnico superior não tiver tomado a sua refeição, será concedido ao tra-
balhador o tempo necessário, até ao limite máximo de
I — Admissão e período experimental
uma hora, para a tomar dentro do horário normal de
1 — Neste grupo profissional estão integrados os pro- trabalho.
fissionais de formação académica superior, licenciatura, ANEXO III
diplomados em escolas nacionais ou estrangeiras ofi-
cialmente reconhecidas, nomeadamente universidades Enquadramentos e tabelas de remunerações mínimas
e institutos superiores. Grupo 1:
2 — Na admissão dos trabalhadores integrados neste Director de departamento/serviços.
grupo será sempre exigido diploma ou documento equi- Técnico superior do grau VI.
valente e carteira profissional, quando exigido por lei.
Grupo 2:
3 — O período experimental destes trabalhadores é Chefe de departamento.
o previsto neste acordo. Técnico de sistemas qualificado.
Técnico superior do grau V.
II — Progressão na carreira

4 — O plano de carreira de técnico superior com- Grupo 3:


preende seis níveis de responsabilidade e enquadra- Analista de sistemas de 1.a
mento. Chefe de serviço.
Supervisor de auditoria de 1.a
5 — A progressão na carreira dependerá da existência Técnico de sistemas de 1.a
cumulativa das seguintes condições: Técnico superior do grau IV.
Mérito profissional no desempenho da função;
Potencial para o desempenho de funções mais Grupo 4:
qualificadas. Analista de aplicações principal.
Analista de sistemas de 2.a
6 — O técnico superior do grau I poderá passar ao Programador de aplicações qualificado.
grau II após um ano de permanência naquela categoria. Programador de sistemas principal.
Secretário(a) de direcção ou administração do
III — Funções grau V.
Supervisor de auditoria de 2.a
7 — As funções destes profissionais serão as corres- Técnico administrativo do grau IV.
pondentes aos diversos níveis. Técnico auxiliar altamente qualificado.
Técnico de sistemas de 2.a
8 — Enquadram-se neste grupo de técnicos superio- Técnico superior do grau III.
res os profissionais que desempenham funções técnicas
nas áreas de planeamento, investigação operacional, Grupo 5:
engenharia, economia/finanças, jurídica, recursos huma-
nos, organização, informática e comercial. Analista de aplicações de 1.a
Auditor sénior.
F) Trabalhadores rodoviários e de garagens Chefe de sector administrativo.
Programador de aplicações principal.
I — Admissão Programador de sistemas de 1.a
1 — A idade mínima de admissão para a categoria Secretário(a) de direcção ou administração do
de motorista é de 21 anos. grau IV.
Técnico administrativo do grau III.
2 — Para motorista é exigida a carta de condução Técnico superior do grau II.
profissional.
Grupo 6:
3 — As habilitações escolares mínimas são as legal- Analista de aplicações de 2.a
mente exigidas. Auditor subsénior.
II — Horário de trabalho Programador de aplicações de 1.a
4 — Os motoristas terão um horário móvel ou fixo, Programador de sistemas de 2.a
podendo efectuar-se as alterações de quaisquer destes Secretário(a) de direcção ou administração do
regimes nos termos da lei. O registo de trabalho efec- grau III.
tuado será feito em livretes individuais. Técnico administrativo do grau II.
Técnico superior do grau I.
5 — O início e o fim do almoço e do jantar terão Grupo 7:
de verificar-se, respectivamente, entre as 11 horas e
30 minutos e as 14 horas e 30 minutos e entre as 19 horas Assistente administrativo do grau V.
e 30 minutos e as 21 horas e 30 minutos. Auditor assistente.

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Operador de computador qualificado. Grupo 10:
Programador de aplicações de 2.a
Assistente administrativo do grau II.
Secretário(a) de direcção ou administração do
Auxiliar administrativo principal.
grau II. Motorista principal (ligeiros e pesados).
Técnico administrativo do grau I. Operador de computador de 2.a
Técnico de conservação eléctrica principal. Técnico de conservação eléctrica de 2.a
Técnico de conservação mecânica principal. Técnico de conservação mecânica de 2.a
Técnico de manutenção do grau V. Técnico de manutenção do grau II.
Grupo 8: Grupo 11:
Assistente administrativo do grau IV. Assistente administrativo do grau I.
Encarregado. Auxiliar administrativo de 1.a
Operador de computador principal. Motorista (ligeiros e pesados).
Secretário(a) de direcção ou administração do Operador de computador estagiário.
grau I. Técnico de manutenção do grau I.
Técnico de conservação eléctrica especialista. Telefonista-recepcionista.
Técnico de conservação mecânica especialista.
Técnico de manutenção do grau IV.
Grupo 12:
Grupo 9:
Assistente administrativo estagiário do 2.o ano.
Analista de aplicações estagiário. Auxiliar administrativo de 2.a
Assistente administrativo do grau III. Técnico de manutenção estagiário do 2.o ano.
Encarregado.
Motorista qualificado (ligeiros e pesados).
Operador de computador de 1.a Grupo 13:
Programador de aplicações estagiário.
Técnico de conservação eléctrica de 1.a Assistente administrativo estagiário do 1.o ano.
Técnico de conservação mecânica de 1.a Técnico de manutenção estagiário do 1.o ano.
Técnico de manutenção do grau III. Técnico administrativo estagiário do 1.o ano.

Tabela de remunerações

Grupo
de Tabela X Tabela Y Tabela Z Tabela I Tabela II Tabela III Tabela IV Tabela V
enquadramento

1 ................... 305 870$00 329 060$00 348 250$00 365 830$00 391 520$00
2 ................... 257 210$00 271 160$00 284 890$00 282 310$00 304 310$00 321 910$00 337 690$00 348 240$00
3 ................... 219 110$00 230 410$00 241 910$00 237 970$00 257 210$00 271 160$00 284 890$00 304 300$00
4 ................... 199 830$00 209 860$00 219 970$00 203 600$00 219 110$00 230 410$00 241 910$00 257 210$00
5 ................... 176 840$00 185 050$00 194 520$00 186 010$00 200 220$00 210 250$00 220 410$00 230 850$00
6 ................... 153 760$00 160 770$00 168 770$00 164 230$00 176 840$00 185 050$00 194 520$00 200 220$00
7 ................... 142 360$00 153 750$00 160 770$00 168 770$00 176 840$00
8 ................... 132 670$00 146 460$00 152 730$00 160 390$00 161 860$00
9 ................... 124 100$00 136 920$00 142 670$00 150 030$00 152 720$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118 530$00 128 520$00 133 890$00 139 650$00 142 930$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 220$00 120 540$00 125 230$00 131 430$00 133 890$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 080$00 112 830$00 117 050$00 122 970$00 125 350$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 010$00 103 930$00 107 810$00 113 190$00 117 050$00

Pelo SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio:


A cada remuneração base constante desta tabela
(Assinatura ilegível.)
acresce, para todos os efeitos, a importância de 7180$,
referente à integração do subsídio de formação. Pelo Sindicato dos Engenheiros da Região Sul:
A tabela I aplica-se aos trabalhadores em regime de Pedro Manuel de Faria e Melo Forjó.
contratação a termo e aos trabalhadores que se encon-
tram em regime de período experimental. Lisboa, 3 de Novembro de 1998.
Pela Portucel — Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S. A:
(Assinatura ilegível.) Declaração

Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços: A FETESE — Federação dos Sindicatos dos Traba-
António Maria Teixeira de Matos Cordeiro. lhadores de Serviços, por si e em representação dos
sindicatos seus filiados:
Pelo SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante
e Fogueiros de Terra: SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escri-
(Assinatura ilegível.) tório, Comércio, Hotelaria e Serviços.
Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
Extractiva, Energia e Química: Lisboa, 2 de Outubro de 1998. — Pelo secretariado:
José Luís Carapinha Rei. (Assinaturas ilegíveis.)

651 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Declaração
Grupo Categorias profissionais Retribuição
Para os devidos efeitos se declara que a FETI-
CEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias
Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química Ajudante de guarda-livros . . . . . . . . . . . . . .
representa a seguinte associação sindical: IV Caixeiro de dois até três anos . . . . . . . . . . . 118 400$00
Motorista de ligeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . .
SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia,
Química e Indústrias Diversas. V Primeiro-escriturário . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 000$00

Lisboa, 3 de Novembro de 1998. — Pelo Secretariado,


(Assinatura ilegível.) Segundo-escriturário . . . . . . . . . . . . . . . . . .
VI 114 800$00
Polidor de vidro plano . . . . . . . . . . . . . . . . .

Entrado em 27 de Janeiro de 1999.


Depositado em 8 de Fevereiro de 1999, a fl. 170 do VII Terceiro-escriturário . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 600$00
livro n.o 8, com o n.o 17/99, nos termos do artigo 24.o
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual. VIII Ajudante de motorista . . . . . . . . . . . . . . . . 109 000$00

IX Servente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 400$00

X Servente de limpeza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 900$00


AE entre a VIDRARTE — Armando Barbosa & Car-
neiro, L.da, e a FETICEQ — Feder. dos Trabalha- XI
Estagiário do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . .
65 000$00
Dactilógrafo do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . .
dores das Ind. Cerâmica, Vidreira, Extractiva,
Energia e Química — Alteração salarial e outra.
Estagiário do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . .
XII 62 000$00
Cláusula 1. a Dactilógrafo do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . .

Área e âmbito
XIII Paquete 16/17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 000$00
O presente AE obriga, por um lado, todos os tra-
balhadores ao serviço dessa empresa, qualquer que seja
a categoria profissional atribuída, desde que represen- Praticantes/aprendizes e pré-oficiais
tados pelas organizações sindicais outorgantes.

Cláusula 71.a Categoria Remuneração

Produção de efeitos

As tabelas salariais constantes do anexo II produzem Praticante:


efeitos a 1 de Janeiro de 1999. 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 600$00
2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 600$00
Cláusula 72.a Aprendiz geral:
Subsídio de alimentação Com 16 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 000$00
Com 17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 000$00
1 — Os trabalhadores terão direito a um subsídio de
alimentação no valor de 650$, por cada dia de trabalho, Pré-oficial (colocador, biselador, espelhador,
com efeitos a 1 de Janeiro de 1999. cortador, operador de máquinas de biselar e
arestar):

ANEXO II 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 300$00


2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 300$00
Remunerações mínimas
Pré-oficial (polidor de vidro plano):
Tabela a vigorar entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 1999
1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79 600$00
2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 100$00
Grupo Categorias profissionais Retribuição
Pré-oficial (operador de máquinas de fazer ares-
tas e polir):
Encarregado geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
I 162 100$00 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 900$00
Chefe de escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 600$00

Contabilista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
II 128 800$00
Encarregado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Porto, 15 de Janeiro de 1999.
Caixeiro mais de três anos . . . . . . . . . . . . .
Biselador/lapidador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pela VIDRARTE — Armando Barbosa & Carneiro, L.da:
Colocador de vidro . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cortador de vidros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Assinatura ilegível.)
III 123 000$00
Espelhador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Guarda-livros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pela FETICEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Cerâmica, Vidreira,
Motorista de pesados . . . . . . . . . . . . . . . . . Extractiva, Energia e Química:
Operador de fazer arestas ou bisel . . . . . . .
(Assinaturas ilegíveis.)

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 652


Declaração ANEXO II

Para os devidos e legais efeitos se declara que a FETI-


CEQ — Federação dos Trabalhadores das Indústrias Grupos Remunerações

Cerâmica, Vidreira, Extractiva, Energia e Química


representa a seguinte associação sindical: 01 ......................................... 101 700$00
02 ......................................... 89 000$00
SINDEQ — Sindicato Democrático da Energia, 03 ......................................... 76 200$00
Química e Indústrias Diversas. 04 ......................................... 67 465$00
05 ......................................... 66 300$00
Lisboa, 25 de Janeiro de 1999. — Pelo Secretariado, 06 ......................................... 64 900$00
07 ......................................... 63 700$00
(Assinatura ilegível.) 08 ......................................... 61 150$00
09 ......................................... 59 900$00
Entrado em 27 de Janeiro de 1999. 10 ......................................... 59 800$00
Depositado em 10 de Fevereiro de 1999, a fl. 171 11 ......................................... 53 500$00
12 ......................................... 50 900$00
do livro n.o 8, com o n.o 26/99, nos termos do artigo 24.o 13 ......................................... 48 400$00
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual. 14 ......................................... 44 340$00
15 ......................................... 43 630$00
16 ......................................... 43 050$00

Não houve outras alterações ao clausulado do acordo


em vigor.
E nada mais havendo a tratar, foi encerrada a presente
AE entre a Cerâmica de Conímbriga, Lameiro, Gon- reunião, de que se lavrou esta acta, que vai ser assinada
çalves & C.a, L.da, e o SINTICAVS — Sind. Nacio- pelos representantes das partes.
nal dos Trabalhadores das Ind. de Cerâmica,
Cimentos, Abrasivos, Vidro e Similares — Alte- Pelo SINTICAVS — Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâ-
mica, Cimentos, Abrasivos, Vidro e Similares:
ração salarial e outras. (Assinatura ilegível.)

Pela Cerâmica de Conímbriga, Lameiro, Gonçalves & C.a, L.da:


Acta
António Mário Henriques da Silva.

Aos 8 dias do mês de Janeiro do ano de 1999, reu-


niram na sede do SINTICAVS — Sindicato Nacional Entrado em 13 de Janeiro de 1999.
dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimen- Depositado em 10 de Fevereiro de 1999, a fl. 171
tos, Abrasivos, Vidro e Similares, em Aveiro, o repre- do livro n.o 8, com o n.o 25/99, nos termos do artigo 24.o
sentante deste Sindicato, Eurico José dos Santos Mou- do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual.
rão, e o representante da Cerâmica de Conímbriga,
Lameiro, Gonçalves & C, L.da, com vista à revisão do
acordo de empresa celebrado em 1992, publicado no
Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 16, de
29 de Abril de 1992, cuja última revisão foi publicada
no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 47,
de 22 de Dezembro de 1994.
Após análise e discussão das cláusulas constantes da
proposta sindical de revisão e da respectiva contrapro- AE entre a CIMPOR — Indústria de Cimentos, S. A.,
posta da empresa, foi conseguido o acordo nas seguintes e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalha-
condições: dores de Escritório e Serviços e outros — Rec-
tificação.
Cláusula 2.a
No Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 45,
Vigência
de 8 de Dezembro de 1998, encontra-se publicado o
O presente acordo entra em vigor a partir da data AE mencionado em epígrafe, o qual enferma de ine-
da sua publicação, considerando-se os seus efeitos repor- xactidão, impondo-se, por isso, a necessária correcção.
tados a 1 de Janeiro de 1999. Assim, a p. 2196 da citada publicação, no n.o 8 da
Clásula 58.a («Complemento da pensão de reforma e
de sobrevivência»), onde se lê:
Cláusula 39.a «Em caso de morte do trabalhador, cada filho, até
Diuturnidades atingir a maioridade e enquanto solteiro e não exercer
qualquer profissão remunerada, receberá uma pensão
1 — Foi acordado o valor de 1060$ por cada diu- correspondente a 25 % do montante da pensão garan-
turnidade, mantendo-se inalterável a redacção da cláu- tida ao trabalhador nos termos desta cláusula.»
sula. deve ler-se:
«Em caso de morte do trabalhador, cada filho, até
Cláusula 67.a atingir a maioridade e enquanto solteiro e não exercer
Subsídio de refeição
qualquer profissão remunerada, receberá uma pensão
correspondente a 25 % do montante da pensão garan-
Foi acordado o valor de 500$ para este subsídio, man- tida ao cônjuge sobrevivo do trabalhador nos termos
tendo-se a redacção da cláusula actualmente em vigor. desta cláusula.»

653 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999


Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 7, 22/2/1999 654

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