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Boletim do 4

Trabalho e Emprego 1.A SÉRIE


Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade
Preço 1071$00
Edição: Centro de Informação Científica e Técnica (IVA incluído)

BOL. TRAB. EMP. 1.A SÉRIE LISBOA VOL. 66 N.o 4 P. 173-274 29-JANEIRO-1999

ÍNDICE
Regulamentação do trabalho:
Pág.

Despachos/portarias:

— Franco — Manufactura de Luvas, L.da — Autorização de laboração contínua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175

Portarias de regulamentação do trabalho:

Portarias de extensão:

— Aviso para PE das alterações dos CCT entre a Assoc. dos Agricultores do Concelho de Vila Real e o Sind. dos Trabalhadores
e Técnicos da Agricultura, Florestas e Pecuária e entre a mesma associação patronal e o SETAA — Sind. da Agricultura,
Alimentação e Florestas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175

— Aviso para PE das alterações do CCT entre a Assoc. Portuguesa de Empresários de Espectáculos e outras e o Sind.
dos Músicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176

Convenções colectivas de trabalho:

— CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Automóvel de Portugal e outras e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Tra-
balhadores de Serviços e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176

— CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Automóvel de Portugal e outras e o SITESC — Sind. dos Trabalhadores
de Escritório, Serviços e Comércio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222

— CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Automóvel de Portugal e outros e a FEPCES — Feder. Portuguesa dos
Sind. do Comércio, Escritórios e Serviços — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268

— AE entre a Stagecoach-Portugal — Transportes Rodoviários, L.da, e a FESTRU — Feder. dos Sind. de Transportes Rodo-
viários e Urbanos — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272

— CCT entre a Assoc. Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza e o SINDPAB — Sind dos Profissionais
do Penteado, Arte e Beleza — Integração em níveis de qualificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274
SIGLAS ABREVIATURAS
CCT — Contrato colectivo de trabalho. Feder. — Federação.
ACT — Acordo colectivo de trabalho. Assoc. — Associação.
PRT — Portaria de regulamentação de trabalho. Sind. — Sindicato.
PE — Portaria de extensão. Ind. — Indústria.
CT — Comissão técnica. Dist. — Distrito.
DA — Decisão arbitral.
AE — Acordo de empresa.

Composição e impressão: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, E. P. — Depósito legal n.o 8820/85 — Tiragem: 3500 ex.

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REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS

Franco — Manufactura de Luvas, L.da Assim, e considerando:


Autorização de laboração contínua
1) Que não há comissão de trabalhadores cons-
tituída na empresa;
A empresa Franco — Manufactura de Luvas, L.da, 2) Que os trabalhadores envolvidos no regime de
com sede na Zona Industrial de Vila Nova de Poiares, laboração pretendido deram o seu acordo por
Coimbra, requereu autorização para laborar continua- escrito;
mente no sector de laboratório da sua unidade sita no 3) Que o instrumento de regulamentação colectiva
lugar da sede. de trabalho aplicável não veda o regime pre-
A actividade que prossegue está subordinada, do tendido;
ponto de vista laboral, à disciplina do contrato colectivo 4) Que se comprovam os fundamentos aduzidos
de trabalho para a indústria têxtil, publicado no Boletim pela empresa.
do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 37, de 8 de Outubro
de 1981, e subsequentes alterações. Nestes termos, e ao abrigo do n.o 3 do artigo 26.o
do Decreto-Lei n.o 409/71, de 27 de Setembro, é deter-
À requerente foi já concedida autorização para labo- minado o seguinte:
ral continuamente nos sectores de vulcanização e emba- É autorizada a empresa Franco — Manufactura de
lagem, por despacho conjunto de 5 de Julho de 1996 Luvas, L.da, a laborar continuamente no sector de labo-
dos Secretários de Estado da Indústria e Energia e do ratório da sua unidade industrial sita na Zona Industrial
Trabalho. de Vila Nova de Poiares, Coimbra.
A requerente fundamenta o pedido em razões de
ordem técnica e económica, nomeadamente a neces- Ministérios da Economia e do Trabalho e da Soli-
sidade do aproveitamento integral dos equipamentos dariedade, 4 de Janeiro de 1999. — O Secretário de
instalados, que, levando ao aumento significativo da Estado da Indústria e Energia, Fernando Manuel dos
capacidade produtiva, permitirá responder, eficaz e Santos Vigário Pacheco. — O Secretário de Estado da
atempadamente, às solicitações crescentes do mercado, Segurança Social e das Relações Laborais, Fernando
além de ocasionar a criação de novos postos de trabalho. Lopes Ribeiro Mendes.

PORTARIAS DE REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO


...

PORTARIAS DE EXTENSÃO

Aviso para PE das alterações dos CCT entre a serviços competentes deste Ministério a eventual emis-
Assoc. dos Agricultores do Concelho de Vila são de uma portaria de extensão das alterações do CCT
Real e o Sind. dos Trabalhadores e Técnicos da celebrado entre a Associação dos Agricultores do Con-
Agricultura, Florestas e Pecuária e entre a
mesma associação patronal e o SETAA — Sind. celho de Vila Real e o Sindicato Nacional dos Tra-
da Agricultura, Alimentação e Florestas. balhadores e Técnicos da Agricultura, Florestas e Pecuá-
ria, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego,
Nos termos do n.o 5 e para efeitos do n.o 6 do 1.a série, n.o 25, de 8 de Julho de 1995, bem como das
artigo 29.o do Decreto-Lei n.o 519-C/79, de 29 de Dezem- alterações dos CCT celebrados entre as mesmas asso-
bro, torna-se público que se encontra em estudo nos ciações patronal e sindical, publicadas no Boletim do

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Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 28, de 29 de Julho Aviso para PE das alterações do CCT entre a
de 1998, e entre a mesma associação patronal e o Assoc. Portuguesa de Empresários de Espec-
SETAA — Sindicato da Agricultura, Alimentação e Flo- táculos e outras e o Sind. dos Músicos.
restas, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego,
1.a série, n.o 42, de 15 de Novembro de 1998. Nos termos do n.o 5 e para os efeitos do n.o 6 do
A portaria, a emitir ao abrigo do n.o 1 da citada dis- artigo 29.o do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, de 29 de
Dezembro, torna-se público que se encontra em estudo
posição legal, na redacção do Decreto-Lei n.o 209/92, neste Ministério a eventual emissão de uma portaria
de 2 de Outubro, tornará as referidas alterações exten- de extensão das alterações da convenção colectiva de
sivas, na área da sua aplicação: trabalho em epígrafe, publicadas no Boletim do Trabalho
e Emprego, 1.a série, n.o 3, de 22 de Janeiro de 1999.
A portaria, a emitir ao abrigo do n.o 1 dos citados
a) Às relações de trabalho entre entidades patro- preceito e diploma, tornará a convenção extensiva, no
nais não filiadas na associação patronal outor- território do continente:
gante que exerçam a actividade económica
a) Às relações de trabalho entre entidades patro-
abrangida pelas convenções e trabalhadores ao nais não filiadas nas associações patronais
seu serviço das profissões e categorias profis- outorgantes que exerçam a actividade econó-
sionais nelas previstas; mica abrangida pela convenção e trabalhadores
b) Às relações de trabalho entre entidades patro- ao seu serviço das profissões e categorias pro-
nais filiadas na associação patronal outorgante fissionais nela previstas;
b) Às relações de trabalho entre entidades patro-
e trabalhadores ao seu serviço das profissões
nais filiadas nas associações patronais outorgan-
e categorias profissionais previstas nas conven- tes e trabalhadores ao seu serviço das profissões
ções não filiados nas associações sindicais outor- e categorias profissionais previstas na convenção
gantes. não filiados na associação sindical outorgante.

CONVENÇÕES COLECTIVAS DE TRABALHO

CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Auto- ANECRA — Associação Nacional das Empresas
móvel de Portugal e outras e a FETESE — Feder. do Comércio e da Reparação Automóvel;
dos Sind. dos Trabalhadores de Serviços e ARAN — Associação Nacional do Ramo Auto-
outro. móvel.

2 — O presente contrato obriga também as empresas


CAPÍTULO I de reparação automóvel e respectivos subsectores de
Área, âmbito e vigência garagens, estações de serviço, postos de abastecimento
de combustíveis e postos de assistência e pneumáticos,
Cláusula 1.a representadas pela AIM (Associação Industrial do
Minho).
Área

O presente contrato colectivo de trabalho aplica-se 3 — São também abrangidos por este contrato colec-
em todo o território português. tivo os trabalhadores, independentemente da categoria
profissional atribuída, representados pelos sindicatos
signatários.
Cláusula 2.a
Âmbito 4 — Excluem-se do âmbito do presente contrato as
empresas representadas pelas associações outorgantes
1 — O presente contrato colectivo de trabalho é ver- (ARAN e AIM) que exerçam exclusivamente as acti-
tical e obriga as empresas representadas pelas seguintes
vidades de garagens, estações de serviços, postos de
associações patronais:
abastecimento de combustíveis, parques de estaciona-
ACAP — Associação do Comércio Automóvel de mento e postos de assistência a pneumáticos e ainda
Portugal; as que nas actividades acima mencionadas empreguem
AIMA — Associação dos Industriais de Montagem de 6 a 12 trabalhadores e possuam, além daquelas acti-
de Automóveis; vidades, apenas uma secção comercial a que esteja ads-

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trito um único trabalhador, desde que a secção comercial Cláusula 5.a
tenha uma facturação inferior a 50 % da facturação geral Enquadramento profissional
da empresa, e as que nas actividades acima mencionadas
empreguem mais de 12 trabalhadores e possuam, além As categorias profissionais do presente CCTV cons-
daquelas actividades, apenas uma secção comercial a tam do enquadramento profissional definido (anexo II).
que estejam adstritos apenas 1 ou 2 trabalhadores, desde
que a secção comercial tenha uma facturação inferior Cláusula 6.a
a 50 % da facturação geral da empresa.
Classificação profissional

5 — Todavia, aos trabalhadores que prestem serviço 1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente
nas secções de comércio automóvel das empresas refe- CCTV serão obrigatoriamente classificados pelas enti-
ridas no número anterior aplicar-se-á o presente CCTV. dades patronais de acordo com as funções efectivamente
desempenhadas.

Cláusula 3.a 2 — É vedado às entidades patronais atribuir aos tra-


balhadores categorias profissionais e graus de enqua-
Vigência e forma de denúncia dramento diferentes dos estabelecidos neste contrato.
1 — O presente contrato colectivo de trabalho entra
em vigor, após a sua publicação nos termos da lei. Cláusula 7.a
Níveis profissionais
2 — O período de vigência do contrato colectivo é
As diversas categorias profissionais abrangidas pelo
de 12 meses.
presente contrato são distribuídas em níveis, tendo por
base as exigências das tarefas realmente desempenha-
3 — As tabelas salariais e cláusulas com expressão das, níveis de formação profissional e de conhecimentos
pecuniária poderão ser denunciadas decorridos 10 meses técnicos necessários, grau de autonomia das decisões
sobre a data da sua aplicação, podendo o restante clau- a tomar no desempenho das tarefas, tempo de prática
sulado ser denunciado com a antecedência máxima de e aprendizagem necessários, como também o esforço
180 dias em relação ao termo do respectivo período físico ou mental e meio ambiente em que o trabalhador
de vigência. desempenhe as suas funções ou tarefas.

4 — O termo dos prazos de denúncia previsto no Cláusula 8.a


número anterior poderá, a requerimento de qualquer
Condições de admissão
das partes, ser antecipado de dois meses, respectiva-
mente, iniciando-se desde logo um período de pré-ne- 1 — Para o preenchimento de lugares na empresa,
gociação com base em proposta e resposta provisórias. através de novas admissões ou promoções, o homem
e a mulher estão em iguais condições, desde que satis-
5 — Terminado o prazo e vigência do contrato sem façam os requisitos exigidos para a função, nomeada-
que haja denúncia do mesmo, considera-se automati- mente os estabelecidos neste contrato.
camente renovado, por períodos de 90 dias, se não for
denunciado nos 30 dias imediatamente anteriores ao 2 — Para o preenchimento de lugares na empresa a
termo de cada um dos períodos em curso. entidade patronal dará preferência aos trabalhadores
já em serviço, desde que a entidade patronal considere
que esses trabalhadores reúnem as condições necessárias
6 — A proposta de revisão, devidamente fundamen- para o preenchimento dos referidos lugares.
tada, revestirá a forma escrita, devendo a outra parte
responder, também fundamentadamente e por escrito, 3 — Salvo acordo em contrário, a entidade patronal
nos 30 dias imediatos, contados da data da sua recepção. que admita um trabalhador obriga-se a respeitar a cate-
goria profissional e grau de enquadramento por este
7 — As negociações iniciar-se-ão nos 15 dias seguintes adquiridos anteriormente, desde que o trabalhador apre-
à recepção da resposta à proposta. sente, para o efeito, no acto da admissão, documento
comprovativo da categoria profissional ou grau adqui-
ridos ao serviço da entidade patronal anterior.
CAPÍTULO II
4 — Quando qualquer trabalhador transitar, por
Admissão e carreira profissional transferência, de uma empresa para outra, da qual a
primeira seja associada, tenha administradores ou sócios
gerentes comuns, ser-lhe-á contada, para todos os efei-
SECÇÃO I tos, a data da admissão na primeira.
Princípios gerais
5 — A admissão deve constar de um documento
escrito e assinado por ambas as partes, sendo um exem-
Cláusula 4.a plar entregue ao trabalhador e outro enviado ao sin-
dicato respectivo, no prazo de 15 dias, do qual constam
Definição de categorias profissionais
as seguintes informações:
No anexo III deste contrato são definidas as categorias a) Identidade das partes;
profissionais por ele abrangidas, com a indicação das b) Local de trabalho ou, na falta de um local fixo
funções que lhes são incumbidas. ou predominante, a indicação de que o traba-

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lhador está obrigado a exercer a sua actividade b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car-
em vários locais, bem como a sede ou domicílio gos de complexidade técnica, elevado grau de
da entidade patronal; responsabilidade ou funções de confiança;
c) Categoria do trabalhador e caracterização sumá- c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros
ria do seu conteúdo, bem como grau do CCTV; superiores.
d) Data de celebração do contrato e início dos seus
efeitos;
e) Duração previsível do contrato, se este for Cláusula 10.a
sujeito a termo resolutivo; Exames médicos e inspecções médicas periódicas
f) Duração das férias remuneradas ou, se não for
possível conhecer essa duração, as regras para Esta matéria é regulada pelos diplomas relativos à
a sua determinação; higiene e segurança no trabalho.
g) Prazos de aviso prévio a observar pela entidade
empregadora e pelo trabalhador para a denún- Cláusula 11.a
cia ou rescisão do contrato ou, se não for pos-
sível conhecer essa duração, as regras para a Serviço efectivo
sua determinação; Salvo os casos previstos na lei e neste contrato, não
h) Valor e periodicidade da remuneração base ini- se considera serviço efectivo para efeitos de promoção
cial, bem como as demais prestações retribu- o tempo correspondente a faltas injustificadas e bem
tivas; assim o de licença sem retribuição, na parte que exceda
i) Período normal de trabalho diário e semanal, os dois meses.
especificando os casos em que é definido em
termos médios; Cláusula 12.a
j) Instrumento de regulamentação colectiva de Idade e habilitações mínimas
trabalho aplicável, quando seja o caso.
1 — A idade mínima de admissão é de 16 anos, sem
6 — A contagem do tempo de aprendizagem e tiro- prejuízo do disposto no número seguinte.
cínio da mesma profissão far-se-á em relação à soma
dos períodos de trabalho prestado numa ou em várias 2 — Apenas podem ser admitidos com 15 anos os
entidades patronais deste ramo de actividade, desde que jovens que desempenham actividade considerada «tra-
seja certificado por escrito o cumprimento dos respec- balho leve» (1).
tivos períodos.
3 — As habilitações mínimas exigidas são a escola-
ridade obrigatória ou equivalente.
7 — Sempre que se verifiquem vagas no quadro dos
caixeiros deverá ser dada preferência aos serventes que 4 — As habilitações referidas no número anterior não
se encontrem ao serviço na empresa. serão exigidas aos trabalhadores que à data da entrada
em vigor do presente contrato desempenhem as cor-
8 — No preenchimento de vagas para a categoria de respondentes profissões.
inspector de vendas deverá ser dada preferência a ven-
dedores do quadro da empresa.
Cláusula 13.a
Trabalho de menores
Cláusula 9.a
1 — É válido o contrato com menores que tenham
Período experimental completado 16 anos, sem prejuízo no disposto na lei.
1 — Durante o período experimental, salvo acordo 2 — O menor tem capacidade para receber a retri-
escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir buição devida pelo seu trabalho, salvo quando houver
o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo- oposição do seu representante legal.
cação de justa causa, não havendo direito a qualquer
indemnização.
Cláusula 14.a
2 — Em qualquer caso, será sempre garantida ao tra- Menores e trabalho nocturno
balhador a retribuição correspondente ao período de
trabalho efectivo. Aos menores é vedado o trabalho nocturno, excepto
quando a sua prestação seja indispensável para a res-
pectiva formação profissional.
3 — Caso se mantenha a admissão, contar-se-á o
período de experiência para efeitos de antiguidade.
Cláusula 15.a
4 — Sem prejuízo do disposto relativamente à con- Condições especiais do trabalho dos menores
tratação a termo, o período experimental tem a seguinte
duração: É vedado às entidades patronais utilizar menores nos
serviços de balancés, guilhotinas, quinadeiras, prensas
a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores de qualquer tipo e com polimento de metais, assim como
ou, se a empresa tiver 20 ou menos trabalha- em postos de trabalho sujeitos a condições que possam
dores, 90 dias; ser prejudiciais ao normal desenvolvimento do jovem.

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Cláusula 16.a c) O terceiro-caixeiro e o segundo-caixeiro ascen-
Emprego de deficientes
derão obrigatoriamente à classe imediata após
três anos de permanência na categoria;
As empresas abrangidas pelo presente contrato que d) Os terceiros-escriturários e os segundos-escri-
necessitem admitir trabalhadores procurarão incluir turários ascenderão obrigatoriamente à classe
entre os recém-admitidos trabalhadores deficientes físi- imediata após três anos de permanência na
cos, garantindo-lhes, na medida do possível, iguais con- categoria;
dições às dos restantes trabalhadores da mesma pro- e) Os paquetes após três anos de prática ou quando
fissão e escalão. atingirem 18 anos de idade serão promovidos
a estagiários; não possuindo as habilitações para
estagiários serão promovidos a contínuos ou
SECÇÃO II porteiros;
Carreira profissional f) Estagiários e dactilógrafos: os estagiários após
dois anos de permanência nesta categoria ou
logo que atinjam 21 anos de idade ascenderão
Cláusula 17.a a terceiros-escriturários, tendo, em qualquer
Definição caso, de prestar um mínimo de quatro meses
de estágio;
Constitui promoção ou acesso a passagem de um tra- g) Os dactilógrafos serão equiparados, para todos
balhador a um grau mais elevado do seu enquadramento os efeitos, a terceiros-escriturários após dois
profissional ou a mudança para outro serviço de natu- anos de permanência naquela categoria ou logo
reza e hierarquia a que corresponda uma escala de retri- que atinjam 21 anos, sem prejuízo de continua-
buições mais elevada. rem adstritos ao seu próprio serviço;
h) A recepcionista-telefonista de 2.a ascenderá a
Cláusula 18.a recepcionista-telefonista de 1.a após três anos
de permanência na categoria;
Condições de promoção e acesso
i) Para os efeitos previstos nesta cláusula, conta-se
1 — Em relação aos trabalhadores metalúrgicos, elec- a antiguidade que o trabalhador tiver na cate-
tricistas, construção civil e hotelaria observar-se-á o goria profissional à data da entrada em vigor
seguinte: do presente contrato.
a) Os profissionais do 3.o escalão que completem 3 — No sector de garagens observar-se-á o seguinte:
dois anos de permanência na mesma empresa
e na categoria profissional respectiva ascende- O estagiário para lavador após três meses de prática
rão automaticamente ao escalão superior, salvo será obrigatoriamente promovido a lavador; o
se a entidade patronal comprovar, por escrito, estagiário para lubrificador após um ano de prá-
a inaptidão do trabalhador; tica será obrigatoriamente promovido a lubri-
b) Os profissionais do 2.o escalão que completem ficador; o estagiário para lavador-lubrificador
quatro anos de permanência na mesma empresa após um ano de estágio será promovido a lava-
e na categoria profissional respectiva ascende- dor-lubrificador; o candidato a recepcionista
rão automaticamente ao escalão imediatamente (garagens) logo que complete dois anos de prá-
superior, salvo se a entidade patronal compro- tica será obrigatoriamente promovido a recep-
var, por escrito, a inaptidão do trabalhador; cionista.
c) No caso de o trabalhador não aceitar a prova
apresentada nos termos das alíneas a) e b) para 4 — O estágio de vendedor terá a duração de
a sua promoção, terá o direito de exigir um 12 meses, período após o qual o estagiário passará ime-
exame técnico-profissional, a efectuar no seu diatamente a vendedor.
posto normal de trabalho, sendo no caso do cozi-
nheiro, realizado no organismo competente; 5 — Para as categorias profissionais constantes no
d) Os exames a que se refere a alínea anterior anexo I, grupo I, todo o trabalhador com idade superior
destinam-se exclusivamente a averiguar da apti- a 20 anos será admitido directamente para qualquer
dão do trabalhador para o exercício das funções dos escalões das referidas categorias profissionais.
normalmente desempenhadas no seu posto de
trabalho e serão efectuados por um júri com-
SECÇÃO III
posto por dois elementos, um em representação
dos trabalhadores e outro em representação da Dotações mínimas e quadros de densidade
empresa. O trabalhador designará o seu repre-
sentante. Cláusula 19.a
Dotações mínimas
2 — Em relação aos trabalhadores do comércio e de
escritório observar-se-á o seguinte: I — Trabalhadores metalúrgicos

a) O praticante de caixeiro será obrigatoriamente 1 — As empresas que tenham apenas um trabalhador


promovido a caixeiro-ajudante logo que com- ao seu serviço que seja o executante predominante do
plete três anos de prática ou 18 anos de idade; trabalho da oficina atribuir-lhe-ão o 1.o escalão.
b) O caixeiro-ajudante será obrigatoriamente pro-
movido a terceiro-caixeiro logo que complete 2 — O trabalhador do 1.o escalão que desempenhe
dois anos de permanência na categoria; funções a que corresponda a categoria de trabalhador

179 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


de qualificação especializada deverá ser reclassificado SECÇÃO IV
nessa categoria.
Regulamento de aprendizagem e tirocínio

II — Trabalhadores da construção civil Cláusula 21.a


Princípios gerais
Nos locais de trabalho onde o estabelecimento tenha
mais de 20 trabalhadores haverá 1 encarregado por cada 1 — Sem prejuízo do disposto na lei, podem ser admi-
grupo. tidos como aprendizes os jovens com menos de 16 anos
de idade para ingresso em categoria profissional onde,
Cláusula 20.a nos termos do presente CCTV, seja permitida a apren-
dizagem. As habilitações literárias mínimas para admis-
Quadros de densidade são como aprendiz são a escolaridade obrigatória ou
equivalente.
Para as empresas que venham a constituir-se e no
respeitante ao início da sua actividade deverão ser obser- 2 — O objecto da aprendizagem é a formação pro-
vados os seguintes quadros de densidade: fissional para as profissões constantes do anexo II,
mediante a correspondente retribuição constante do
anexo I do presente CCTV.
Trabalhadores metalúrgicos e metalomecânicos
3 — O aprendiz não pode ser responsabilizado por
Escalões eventuais deteriorações que provoque nos equipamentos
Número de trabalhadores
e materiais que maneje, resultantes da sua natural inex-
1.o 2.o 3.o
Pratican- periência, no exercício da aprendizagem, nem ser-lhe
tes
exigida contribuição efectiva para a produtividade da
empresa.
1................................ – 1 – –
2................................ 1 – – 1
3................................ 1 – 1 1 4 — Quando cessar um contrato como aprendiz ou
4................................ 1 1 1 1 praticante, a empresa obriga-se a passar-lhe certificado
5................................ 1 2 1 1 referente ao tempo de formação profissional e ao apro-
6................................ 1 2 1 2 veitamento que já possui, com a indicação da profissão
7................................ 1 2 2 2
8................................ 2 2 2 2 ou profissões em que tal se verificou.
9................................ 2 3 2 2
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3 3 2 5 — O tempo de aprendizagem ou tirocínio dentro
da mesma profissão ou profissões afins, independen-
temente da empresa em que tenha sido prestado, con-
Trabalhadores electricistas ta-se sempre para efeitos de antiguidade, desde que seja
certificado nos termos do número anterior.
Pré- Ajudan-
Número de trabalhadores Oficiais
-oficiais tes
6 — Quando durante o período de aprendizagem na
empresa qualquer aprendiz conclua o curso complemen-
tar de aprendizagem ou de formação profissional das
1 ...................................... 1 – –
2 ...................................... 1 – 1 escolas do ensino técnico oficial ou particular equipa-
3 ...................................... 1 1 1 rado, ou estágio devidamente certificado de um centro
4 ...................................... 2 1 1 de formação profissional, será obrigatoriamente promo-
5 ...................................... 3 1 1 vido a praticante no prazo de três meses sobre o termo
6 ...................................... 3 1 2
7 ...................................... 3 2 2 de um ou outro dos referidos cursos.
8 ...................................... 4 2 2
9 ...................................... 5 2 2
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3 2
Cláusula 22.a
Promoções

Ascenderão automaticamente a praticantes os apren-


Trabalhadores cozinheiros dizes que hajam terminado o seu período de apren-
dizagem e ao grau imediato os praticantes que hajam
Escalões completado o seu período de tirocínio.
Número de trabalhadores
1.o 2.o 3.o
Cláusula 23.a
Duração de aprendizagem
1 ...................................... – – 1
2 ...................................... – – 2 1 — A duração de aprendizagem não poderá ultra-
3 ...................................... – 1 2 passar 3, 2, ou 1 ano, conforme os aprendizes forem
4 ...................................... – 1 3
5 ...................................... – 2 3
admitidos com 15, 16 ou 17 anos de idade, respecti-
6 ...................................... – 2 4 vamente, sem prejuízo no disposto na lei.
7 ...................................... – 3 4
8 ...................................... 1 3 4 2 — O aprendiz que perfaça 18 anos de idade será
9 ...................................... 1 3 5
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3 6
promovido ao escalão imediatamente superior, desde
que permaneça um mínimo de 12 meses como aprendiz.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 180


Cláusula 24.a da Escola Militar de Electromecânica e com os cursos
Duração do tirocínio
do Instituto de Formação Profissional do ministério
competente, salvo se o regulamento da carteira pro-
O período máximo de tirocínio dos praticantes será fissional legalmente aprovado estabelecer condições
de: mais favoráveis para o trabalhador.
a) Nas profissões do grau 8 que admita o tirocínio:
Cláusula 29.a
1) Dois anos para os candidatos que con-
Promoções e acesso
cluírem a aprendizagem;
2) Três anos para os candidatos que não 1 — A duração da aprendizagem, à excepção do elec-
tenham frequentado qualquer escola de tricista auto, não poderá ultrapassar os dois anos.
aprendizagem.
Estes no primeiro ano serão designa- 2 — O aprendiz que complete 18 anos de idade será
dos por praticantes iniciados; promovido ao grau superior desde que perfaça um
mínimo de seis meses de aprendizagem.
b) Para as profissões dos graus 9 e 10 que admitam
tirocínio, 3, 2 e 1 ano, conforme tenham sido 3 — Os ajudantes serão promovidos a pré-oficiais
admitidos com 15, 16 e 17 anos, respectiva- logo que completem dois anos nessa mesma categoria.
mente.
4 — Os pré-oficiais, após dois anos de permanência
SECÇÃO V nessa categoria, serão promovidos a oficiais.
Regimes especiais
SUBSECÇÃO IV
SUBSECÇÃO I
Trabalhadores técnicos de serviço social
Trabalhadores de escritório e correlativos
Cláusula 30.a
Cláusula 25.a
Condições de admissão
Idade mínima de admissão
São admitidos como técnicos de serviço social os
A idade mínima de admissão é de: diplomados por escolas de serviço social oficialmente
a) 16 anos, sem prejuízo das excepções previstas reconhecidas.
na lei; SUBSECÇÃO V
b) 18 anos para os contínuos, cobradores, porteiros
e guardas. Trabalhadores de hotelaria

Cláusula 31.a
SUBSECÇÃO II
Condições de admissão
Trabalhadores da construção civil
1 — Só podem ser admitidos trabalhadores maiores
Cláusula 26.a de 18 anos.
Idade de admissão
2 — Têm preferência de admissão:
A idade mínima de admissão dos trabalhadores da a) Os diplomados pelas escolas profissionais da
construção civil é de 18 anos. indústria hoteleira oficialmente reconhecidas e
já titulares da respectiva carteira profissional;
Cláusula 27.a b) Os trabalhadores titulares da carteira profissio-
nal que tenham sido aprovados em curso de
Habilitações mínimas aperfeiçoamento das escolas hoteleiras oficial-
As habilitações mínimas dos trabalhadores da cons- mente reconhecidas.
trução civil são a escolaridade obrigatória.
Cláusula 32.a
SUBSECÇÃO III Título profissional

Trabalhadores electricistas Para as categorias abaixo indicadas os candidatos


terão de preencher os seguintes requisitos:
Cláusula 28.a a) Para controlador-caixa, cozinheiro e despen-
Habilitações mínimas seiro, ser maior de 18 anos de idade, possuir
escolaridade obrigatória e ter sido aprovado em
Serão classificados como pré-oficiais os trabalhadores exame de aptidão profissional oficialmente
electricistas diplomados pelas escolas oficiais portugue- reconhecido, precedido de estágio não inferior
sas nos cursos industriais de electricista ou de montador a 12 meses;
electricista e ainda os diplomados com os cursos de elec- b) Para encarregado de refeitório, ser maior de
tricidade da Casa Pia de Lisboa, do Instituto Técnico 21 anos de idade e ter sido aprovado em exame
Militar dos Pupilos do Exército, de Electricidade da de aptidão profissional oficialmente reconhe-
Marinha de Guerra Portuguesa, da Escola da Marinha cido, precedido de estágio não inferior a 12
Portuguesa, de Mecânico Electricista ou Rádio Amador meses.

181 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Cláusula 33.a CAPÍTULO III
Direito à alimentação Direitos, deveres e garantias
1 — Nos refeitórios, os trabalhadores apenas têm
Cláusula 37.a
direito às refeições aí servidas ou confeccionadas.
Deveres dos trabalhadores
2 — A alimentação será fornecida em espécie e será São deveres dos trabalhadores:
igual à das refeições servidas aos utentes.
a) Cumprir rigorosamente as disposições do pre-
3 — As horas destinadas às refeições são fixadas pela sente contrato;
entidade patronal, dentro dos períodos destinados às b) Exercer as funções que lhes forem cometidas
refeições do pessoal constante do mapa de horário de com zelo e competência;
trabalho. c) Respeitar e fazer-se respeitar por todos aqueles
com quem profissionalmente tenham de privar;
4 — Quando os períodos destinados às refeições não d) Zelar pelo bom estado e conservação de todo
estejam incluídos nos períodos de trabalho, deverão o material que lhes tenha sido confiado, não
estes ser fornecidos nos trinta minutos imediatamente podendo em caso algum fazer uso abusivo do
anteriores ou posteriores ao início ou termo dos mesmos mesmo;
períodos de trabalho. e) Cumprir e fazer cumprir as normas de salubri-
dade, higiene e segurança no trabalho;
5 — Nenhum trabalhador pode ser obrigado a tomar f) Comparecer ao serviço com assiduidade e pon-
as suas refeições principais com intervalo inferior a cinco tualidade e realizar o trabalho que lhes for
horas. cometido com zelo e diligência;
g) Não negociar por conta própria ou alheia em
6 — O pequeno-almoço terá de ser tomado até às concorrência com a entidade patronal, nem
10 horas da manhã. divulgar informações respeitantes à propriedade
industrial ou comercial, métodos de fabrico e
7 — O trabalhador que, por prescrição médica, neces- segredos negociais, bem como, no que respeita
site de alimentação especial (dieta) terá direito a que à específica actividade de reparação de auto-
esta lhe seja fornecida, confeccionada ou, no caso de móveis, não prestar serviços para reparação de
manifesta impossibilidade, em géneros. veículos a qualquer outra entidade, ainda que
efectuados fora das horas de serviço;
8 — Para todos os efeitos deste contrato, o valor de h) Cumprir os regulamentos internos da empresa,
alimentação não pode ser deduzido da parte pecuniária uma vez aprovados pelo Ministério do Trabalho,
da remuneração. nos termos da lei, mediante parecer prévio da
comissão sindical, comissão intersindical ou, na
Cláusula 34.a falta destes, o sindicato representativo da maio-
Aprendizagem ria dos trabalhadores;
i) Não se deslocar para fora do local de trabalho,
As profissões enquadradas nas secções de refeitório nas horas de serviço, sem autorização do seu
ou cozinha não admitem aprendizagem. superior hierárquico;
j) Prestar informações com verdade, isenção e
SUBSECÇÃO VI
espírito de justiça a respeito dos seus subor-
dinados e vice-versa;
Trabalhadores de enfermagem l) Usar os fatos de trabalho que forem distribuídos
pela empresa durante o tempo de serviço, desde
Cláusula 35.a que os mesmos se encontrem em boas condições
Condições de admissão de apresentação;
m) Cumprir o horário de trabalho estabelecido para
Os trabalhadores de enfermagem são os diplomados a sua actividade profissional, não abandonando
por escolas oficialmente reconhecidas. a mesma, sem prejuízo do disposto na matéria
relativa ao regime de turnos;
n) Equipar-se e desequipar-se sem prejuízo de
SUBSECÇÃO VII cumprimento do seu horário de trabalho.
Trabalhadores de garagem
Cláusula 38.a
Cláusula 36.a Deveres das entidades patronais
Idade de admissão São deveres das entidades patronais:
1 — A idade mínima de admissão dos trabalhadores a) Cumprir rigorosamente as disposições do pre-
de garagens é de 16 anos, sem prejuízo do disposto sente contrato;
na lei para «trabalhos leves». b) Providenciar boas condições no local de traba-
lho, instalando os trabalhadores em boas con-
2 — Os trabalhadores admitidos com mais de 18 anos dições de higiene e segurança, de acordo com
de idade para exercerem as funções de lavador e lubri- as normas aplicáveis;
ficador serão classificados como estagiário para lavador c) Não exigir do trabalhador serviços não com-
e estagiário para lubrificador. preendidos no objecto do contrato individual,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 182


salvo nos casos e condições previstas neste judicar ou diminuir direitos ou garantias decor-
CCTV; rentes da antiguidade;
d) Facilitar a missão dos trabalhadores que sejam h) Exercer pressão sobre o trabalhador para que
dirigentes ou delegados de associações sindicais actue no sentido de influir desfavoravelmente
outorgantes, instituições de segurança social ou nas condições de trabalho dele ou dos seus
membros de comissões paritárias; companheiros;
e) Prestar às associações outorgantes, quando pedi- i) Mudar o trabalhador de secção ou sector, ainda
dos, todos os elementos relativos ao cumpri- que seja para exercer as mesmas funções, sem
mento deste contrato em relação aos seus o seu prévio consentimento, quando tal
associados; mudança implique condições de trabalho mais
f) Acompanhar com interesse a aprendizagem dos desfavoráveis;
que ingressam na profissão; j) Impedir aos trabalhadores o acesso aos serviços
g) Tratar com correcção os profissionais sob as dos técnicos de assistência social da empresa,
suas ordens e exigir idêntico procedimento do sem prejuízo da normal laboração desta e do
pessoal investido em funções de chefia, devendo disposto na alínea i) da cláusula 37.a;
qualquer observação ou admoestação ser feita l) Descontar na retribuição dos trabalhadores
em particular e de forma a não ferir a dignidade quaisquer importâncias a que se julguem com
dos trabalhadores; direito, salvo nos casos previstos na lei.
h) Indicar para lugares de chefia trabalhadores de
comprovado valor profissional e humano, dando 2 — A violação das garantias estabelecidas nesta cláu-
conhecimento ao órgão representativo dos tra- sula constitui justa causa de rescisão por parte do tra-
balhadores na empresa; balhador, com direito às indemnizações previstas neste
i) Facilitar ao trabalhador a consulta do seu pro- contrato.
cesso individual, sempre que este o solicite;
j) Zelar por que os trabalhadores ao seu serviço 3 — Constituem violação das leis do trabalho e como
não sejam privados dos meios didácticos, inter- tal serão punidas as infracções ao disposto nesta
nos ou externos, destinados a melhorarem a pró- cláusula.
pria formação e actualização profissional; Cláusula 40.a
l) Registar em documento próprio da empresa,
Transferência do trabalhador
quando solicitado pelo trabalhador, as datas do para outro local de trabalho
início e fim do contrato, bem como a sua cate-
goria profissional; 1 — Entende-se por transferência a mudança de local
m) Informar os trabalhadores sobre tudo que diga de trabalho com carácter de permanência, estabilidade
respeito às questões da sua segurança e da sua e definitividade.
saúde relativas ao posto de trabalho.
2 — As entidades patronais só podem transferir os
a
trabalhadores para outro local de trabalho com o seu
Cláusula 39. acordo escrito, salvo quando da transferência não resulte
Garantias aos trabalhadores uma variação sensível, ou de qualquer forma mais pre-
judicial, do tempo de trajecto para esse local.
1 — É proibido às empresas:
a) Opor-se, por qualquer forma, a que o traba- 3 — Em caso de mudança total ou parcial do esta-
lhador exerça os seus direitos, bem como des- belecimento, os trabalhadores poderão, contudo, e salvo
pedi-lo ou aplicar-lhe sanções por causa desse acordo em contrário, ser transferidos, desde que essa
exercício; transferência não lhes cause prejuízo sério.
b) Diminuir a retribuição do trabalhador por qual-
quer forma, excepto nos casos em que, prece- 4 — Em caso de transferência do local de trabalho
dendo autorização do Ministério do Trabalho, a título definitivo, a entidade patronal custeará as des-
haja acordo do trabalhador e parecer do sin- pesas de transporte do trabalhador e agregado familiar,
dicato; mobiliário e outros bens.
c) Baixar a profissão ou escalão do trabalhador
excepto nos casos em que, nas condições legais, 5 — Se a transferência do local de trabalho não envol-
precedendo autorização do Ministério do Tra- ver mudança de residência do trabalhador, a entidade
balho, haja acordo do trabalhador e parecer do patronal deverá custear o acréscimo de despesas de
sindicato; transporte e remunerar a diferença do tempo gasto no
d) Transferir o trabalhador para outro local de tra- trajecto.
balho, salvo o disposto na cláusula 40.a;
e) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a uti- 6 — O trabalhador, em caso de transferência de local
lizar serviços fornecidos pela empresa ou por de trabalho, a título provisório, considera-se em regime
pessoas por ela indicadas; de deslocação, sem prejuízo do disposto nos n.os 2 e 3.
f) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,
refeitórios, economatos ou outros estabeleci- Cláusula 41.a
mentos directamente relacionados com o tra- Transmissão do estabelecimento
balho para o fornecimento de bens ou prestação
de serviços aos trabalhadores; 1 — A posição que dos contratos de trabalho decorre
g) Despedir e readmitir o trabalhador, mesmo com para a entidade patronal transmite-se ao adquirente,
o seu acordo, havendo o propósito de o pre- por qualquer título, do estabelecimento onde os tra-

183 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


balhadores exerçam a sua actividade, salvo se, antes da 3 — Entende-se por comissão sindical de empresa a
transmissão, o contrato de trabalho houver deixado de organização dos delegados do mesmo sindicato na
vigorar nos termos legais ou se tiver havido acordo entre empresa ou unidade de produção.
o transmitente e o adquirente no sentido de os tra-
balhadores continuarem ao serviço daquele noutro esta- 4 — Entende-se por comissão intersindical de
belecimento, sem prejuízo do disposto na cláusula 40.a empresa a organização dos delegados de diversos sin-
dicatos na empresa ou unidade de produção.
2 — O adquirente do estabelecimento é solidaria-
mente responsável pelas obrigações do transmitente ven- 5 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar
cidas, ainda que respeitem a trabalhadores cujos con- no interior da empresa e em local apropriado, para o
tratos hajam cessado, desde que reclamadas pelos inte- efeito reservado pela entidade patronal, textos, convo-
ressados, junto do transmitente e do adquirente, até catórias, comunicações ou informações relativas à vida
ao momento da transmissão. sindical e aos interesses sócio-profissionais dos traba-
lhadores, bem como proceder à sua distribuição, mas
3 — Para efeito do disposto no n.o 2, deverá o adqui- sem prejuízo, em qualquer caso, da laboração normal
rente durante os 30 dias anteriores à transmissão fazer da empresa.
afixar um aviso nos locais de trabalho, em lugar bem
visível, no qual dê conhecimento aos trabalhadores de 6 — Os dirigentes sindicais ou seus representantes,
que devem reclamar os seus créditos; e quanto aos tra- devidamente credenciados, podem ter acesso às insta-
balhadores ausentes por motivos justificados, deverá avi- lações da empresa desde que seja dado prévio conhe-
sá-los no início daquele período, por carta registada, cimento à entidade patronal, ou seu representante, do
com aviso de recepção, para a última morada por eles dia, hora e assunto a tratar.
comunicada à empresa.

4 — O disposto nesta cláusula é aplicável, com as Cláusula 45.a


necessárias adaptações, a quaisquer actos ou factos que Número de delegados sindicais
envolvam a transmissão da exploração do estabele-
cimento. 1 — O número máximo de delegados sindicais a quem
Cláusula 42.a são atribuídos os direitos referidos na cláusula 48.a, é
o seguinte:
Quotizações
a) Empresas com menos de 50 trabalhadores
1 — Os sistemas de cobrança de quotas sindicais sindicalizados — 1;
resultarão de acordo entre as entidades patronais e os b) Empresas com 50 a 99 trabalhadores sindi-
delegados sindicais, a comissão sindical ou intersindical calizados — 2;
ou, na falta daqueles, com o sindicato respectivo e c) Empresas com 100 a 199 trabalhadores sin-
mediante declaração expressa nesse sentido dos traba- dicalizados — 3;
lhadores, indicando o respectivo sindicato. d) Empresas com 200 a 499 trabalhadores sindi-
calizados — 6 delegados;
2 — No caso de ser firmado o acordo referido no e) Empresas com 500 ou mais trabalhadores sin-
número anterior, as empresas obrigam-se a fazer chegar dicalizados — o número de delegados resultante
aos respectivos sindicatos, até ao dia 30 do mês seguinte da fórmula 6+n — 500
200
, representando n o número
a que respeitem, o produto das quotizações pela forma
que considerarem mais adequada (numerário, cheque de trabalhadores.
ou vale de correio).
2 — O disposto no número anterior é aplicável por
Cláusula 43.a sindicatos desde que estes representem nas empresas
Higiene e segurança no trabalho mais de 10 trabalhadores sindicalizados.
As entidades patronais instalarão obrigatoriamente 3 — Nas empresas a que se refere a alínea a) do n.o 1,
os trabalhadores ao serviço em boas condições de e seja qual for o número de trabalhadores sindicalizados
higiene e segurança observando os preceitos legais ao serviço, haverá sempre um delegado sindical com
aplicáveis. direito ao crédito de horas previsto na cláusula 48.a

CAPÍTULO IV Cláusula 46.a


Exercício da actividade sindical na empresa Do direito de reunião nas instalações da empresa

Cláusula 44.a 1 — Os trabalhadores podem reunir-se nos locais de


Direito à actividade sindical na empresa
trabalho fora do horário normal, mediante convocação
de um terço ou de 50 trabalhadores da respectiva uni-
1 — Os trabalhadores e os sindicatos têm direito a dade de produção, ou da comissão sindical ou inter-
desenvolver actividade sindical na empresa, nomeada- sindical.
mente através de delegados sindicais, comissões sindicais
e comissões intersindicais da empresa. 2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior
os trabalhadores têm direito a reunir-se durante o horá-
2 — Os delegados sindicais são eleitos e destituídos rio normal de trabalho, até ao limite de quinze horas
nos termos dos estatutos dos respectivos sindicatos. em cada ano.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 184


3 — As reuniões referidas nos números anteriores não CAPÍTULO V
podem prejudicar a normalidade da laboração no caso
de trabalho por turnos ou de trabalho suplementar. Prestação de trabalho

4 — Os promotores das reuniões referidas nos núme- SECÇÃO I


ros anteriores são obrigados a comunicar à entidade
patronal ou a quem a represente, com a antecedência Substituições
mínima de um dia, a data e hora em que pretendem
que elas se efectuem, devendo afixar no local reservado Cláusula 49.a
para esse fim a respectiva convocatória, a menos que,
Substituição dos trabalhadores da mesma profissão
pela urgência dos acontecimentos, não seja possível efec-
tuar tal comunicação com a referida antecedência. 1 — Sempre que um trabalhador substitua integral-
mente outro de categoria profissional superior à sua
5 — Os dirigentes das organizações sindicais repre- terá direito ao respectivo grau de remuneração, previsto
sentativas dos trabalhadores da empresa podem par- neste contrato, durante o tempo efectivo da substituição.
ticipar nas reuniões, mediante comunicação dirigida à
empresa com a antecedência mínima de seis horas. 2 — Os trabalhadores referidos no número anterior
terão direito a um subsídio de férias e de Natal sobre
o grau de remuneração do trabalhador substituído pro-
6 — Para as reuniões previstas nesta cláusula, a enti- porcional ao tempo da respectiva substituição.
dade patronal cederá as instalações convenientes.
Cláusula 50.a
a
Cláusula 47. Execução de funções de diversas profissões
Cedência de instalações 1 — O trabalhador que execute funções de diversas
profissões tem direito a receber a retribuição mais
1 — Nas empresas ou unidades de produção com 100 elevada.
ou mais trabalhadores, a entidade patronal é obrigada
a pôr à disposição dos delegados sindicais, desde que 2 — Sempre que o trabalhador execute funções de
estes o requeiram, a título permanente, um local situado profissão a que corresponda retribuição superior,
no interior da empresa ou na sua proximidade e que adquire, para todos os efeitos, ao fim de três meses
seja apropriado ao exercício das suas funções. consecutivos ou cinco intercalados, a nova profissão e
respectiva retribuição, sem prejuízo do recebimento
2 — Nas empresas ou unidades de produção com desta retribuição durante os períodos referidos.
menos de 100 trabalhadores a entidade patronal é obri-
gada a pôr à disposição dos delegados sindicais, sempre 3 — Exceptuam-se do disposto no número anterior
que estes o requeiram, um local apropriado para o exer- as profissões de chefia, em relação às quais o trabalhador
cício das suas funções. adquire tão-somente o direito à retribuição mais ele-
vada, a menos que o seu exercício se prolongue por
mais de um ano, caso em que o trabalhador adquirirá
Cláusula 48.a igualmente a nova profissão.
Tempo para o exercício das funções sindicais 4 — Nos casos de substituição previstos no número
anterior, o substituto adquire o direito a ocupar a vaga
1 — Cada delegado sindical dispõe, para o exercício do substituído, caso esta venha a ocorrer durante o
das suas funções, de um crédito de horas não inferior período de substituição.
a oito por mês, quer se trate ou não de delegado que
faça parte da comissão intersindical. 5 — Os tempos de trabalho intercalados a que se
refere o n.o 2 contam-se por períodos de um ano a
2 — O crédito de horas estabelecido no número ante- partir da data do seu início.
rior será acrescido de uma hora por mês, em relação
a cada delegado, no caso de empresas integradas num 6 — O disposto nos números anteriores não prejudica
grupo económico ou em várias unidades de produção o regime de promoções previsto neste contrato.
e caso esteja organizada a comissão sindical das empre-
sas do grupo ou daquelas unidades.
SECÇÃO II
3 — O crédito de horas estabelecido nos números Duração do trabalho
anteriores respeita ao período normal de trabalho e
conta, para todos os efeitos, como tempo de serviço Cláusula 51.a
efectivo.
Definição do horário de trabalho

4 — Os delegados, sempre que pretendam exercer o Entende-se por horário de trabalho a determinação
direito previsto nesta cláusula, deverão comunicá-lo à das horas do início e do termo do período de trabalho
entidade patronal ou aos seus responsáveis directos com diário normal, bem como os intervalos de descanso
a antecedência, sempre que possível, de quatro horas. diários.

185 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Cláusula 52.a 6 — O regime definido nesta cláusula não se aplica
Períodos normais de trabalho
ao trabalho por turnos.

1 — Sem prejuízo de horários de menor duração que Cláusula 53.a


já estejam a ser praticados o horário de trabalho é de
trinta e nove horas semanais para empregados de escri- Fixação do horário de trabalho
tório e quarenta para os restantes trabalhadores, dis- Compete às entidades patronais estabelecer os horá-
tribuídos de segunda-feira a sexta-feira, com excepção rios de trabalho dentro dos condicionalismos da lei e
do disposto nos números seguintes. do presente contrato, devendo os órgãos representativos
dos trabalhadores na empresa pronunciar-se sobre tudo
2 — No entanto, é permitida às empresas que nos o que se refira ao estabelecimento e organização dos
subsectores de garagens, estações de serviço, parques horários de trabalho.
de estacionamento, postos de abastecimento de com-
bustível e postos de assistência a pneumáticos prati-
quem, à data da entrada em vigor do presente contrato, Cláusula 54.a
um horário de segunda-feira até às 13 horas de sábado Isenção de horário de trabalho
continuarem a praticá-lo naqueles subsectores.
Os trabalhadores desses subsectores que pratiquem 1 — Podem ser isentos de horário de trabalho,
este período de trabalho semanal podem, no entanto, mediante requerimento das entidades empregadoras, os
optar por um período de descanso semanal compreen- trabalhadores que se encontrem nas seguintes con-
dido entre as 13 horas de sábado e as 13 horas de segun- dições:
da-feira. Por acordo entre as partes, pode o descanso a) Exercício de cargos de direcção, de confiança
de segunda-feira ser substituído por igual período de ou de fiscalização;
tempo noutro dia dentro da mesma semana. b) Execução de trabalhos preparatórios ou com-
plementares que, pela sua natureza, só possam
3 — a) Os vendedores de veículos automóveis, máqui- ser efectuados fora dos limites dos horários nor-
nas agrícolas, máquinas industriais e motociclos podem mais de trabalho;
prestar trabalho ao sábado em stands, desde que o acor- c) Exercício regular da actividade fora do estabe-
dem por escrito com a empresa. lecimento, sem controle imediato da hierarquia.
b) Não obstante as circunstâncias atrás referidas,
haverá direito a dois dias de descanso semanal, a cumprir 2 — Os trabalhadores isentos de horário de trabalho
no domingo e segunda-feira seguintes ou das 13 horas têm direito a um suplemento adicional à sua remune-
de sábado às 13 horas de segunda-feira, quando o tra- ração correspondente a duas horas de trabalho normal
balho ao sábado abranja apenas o período da manhã. por dia.
c) Por acordo entre as partes, pode o descanso de
segunda-feira ser substituído por igual período de tempo 3 — Os requerimentos de isenção de horário de tra-
em outro dia dentro da mesma semana. balho, dirigidos ao Ministério do Emprego e da Segu-
d) Quando mais de um vendedor acorde na prestação rança Social, serão acompanhados de declaração de con-
de trabalho ao sábado, será instituído um sistema rota- cordância dos trabalhadores, depois de ouvidos os res-
tivo entre eles, de forma que o estabelecimento esteja pectivos sindicatos, bem como dos documentos que
aberto ao público, mas sem que todos os vendedores sejam necessários para comprovar os factos alegados.
estejam presentes.
e) Por cada manhã de sábado em que o vendedor Cláusula 55.a
preste a sua actividade terá direito a uma retribuição
complementar correspondente a 2 % do valor de remu- Contratos a termo
neração mínima mensal fixa para o nível 8 da tabela A celebração dos contratos a termo é admitida nos
que lhe seja aplicável. termos da legislação aplicável.
f) Por cada sábado completo em que o vendedor
preste a sua actividade, a percentagem prevista na alínea
anterior será de 5 %. Cláusula 56.a
g) Os vendedores referidos na alínea a) que tenham Trabalho suplementar
estabelecido outros acordos podem em qualquer
momento optar, em sua substituição, pelo regime global 1 — O trabalhador deve ser dispensado da prestação
previsto neste número, mediante comunicação escrita de trabalho suplementar quando, por motivos justifi-
dirigida à empresa. cáveis, expressamente o solicite.

4 — O período normal de trabalho diário será inter- 2 — Em caso de prestação de trabalho suplementar
rompido por um intervalo para refeição ou descanso por período não inferior a duas horas, haverá uma inter-
não inferior a uma hora nem superior a duas horas, rupção de quinze minutos entre o termo do período
fora do local de trabalho, não podendo os trabalhadores normal e o início do período suplementar, cujo paga-
prestar mais de cinco horas seguidas de trabalho. mento será sempre da responsabilidade da entidade
patronal.
5 — Consideram-se não abrangidos pelos limites de Cláusula 57.a
horários previstos nesta cláusula os vendedores, quando Limite máximo de horas de trabalho suplementar
actuando fora do estabelecimento patronal, salvo nos
casos em que sejam incumbidos de tarefas específicas Em caso de necessidade de prestação de trabalho
para além desses limites. suplementar para além de duzentas horas por ano, este

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 186


será remunerado com o acréscimo de 75 % sobre a retri- entidade patronal justifique por escrito a sua necessi-
buição normal da primeira hora e de 100 % nas restantes. dade, ouvida a comissão de trabalhadores ou, na sua
falta, a comissão sindical ou intersindical ou os sindicatos
interessados, devendo o respectivo parecer acompanhar
Cláusula 58.a o pedido de aprovação para o ministério competente.
Trabalho suplementar e turnos
5 — A prestação de trabalho em regime de turnos
Não é permitida a prestação de trabalho suplementar confere aos trabalhadores o direito a um complemento
aos trabalhadores em regime de turnos, salvo na imi- de retribuição no montante de:
nência de prejuízos graves para a empresa ou mediante
acordo dos trabalhadores. a) 15 % de retribuição de base efectiva, no caso
de prestação de trabalho em regime de dois tur-
nos de que apenas um seja total ou parcialmente
Cláusula 59.a nocturno;
Trabalho nocturno b) 25 % de retribuição de base efectiva, no caso
de prestação de trabalho em regime de três tur-
1 — Considera-se nocturno o trabalho prestado no nos ou de dois turnos total ou parcialmente
período que decorre entre as 20 horas de um dia e nocturnos.
as 7 horas do dia seguinte, só sendo autorizado, para
além dos casos de laboração em regime de turnos, 6 — Considera-se que se mantém a prestação de tra-
quando a entidade patronal comprovar a sua necessi- balho em regime de turnos durante as férias e durante
dade, ouvido o órgão representativo dos trabalhadores. qualquer suspensão de prestação de trabalho ou de con-
trato de trabalho sempre que esse regime se verifique
2 — Considera-se também como nocturno, até ao até ao momento imediatamente anterior ao das sus-
limite de duas horas diárias, o trabalho suplementar pensões referidas.
prestado depois das 7 horas, desde que em prolonga-
mento de um período normal de trabalho predominan- 7 — O acréscimo de retribuição previsto no número
temente nocturno. anterior inclui a retribuição especial do trabalho como
nocturno.
3 — A remuneração do trabalho nocturno será supe-
rior em 25 % à do trabalho prestado durante o dia. 8 — Os acréscimos de retribuição previstos no n.o 5
integram, para todos os efeitos, a retribuição dos tra-
Cláusula 60.a balhadores, mas não são devidos quando deixar de se
verificar a prestação de trabalho em regime de turnos.
Regime geral de trabalho por turnos

1 — Apenas é considerado trabalho em regime de 9 — Em regime de turnos, os trabalhadores têm


turnos o prestado em turnos de rotação contínua ou direito a um período para repouso ou refeição, de dura-
descontínua em que o trabalhador está sujeito às cor- ção não inferior a trinta minutos, o qual será considerado
respondentes variações de horário de trabalho. para todos os efeitos como tempo de trabalho; durante
o período atrás referido o trabalhador poderá não aban-
2 — O trabalho em regime de turnos só é autorizado donar o posto de trabalho mas deve, sempre que pos-
desde que a entidade patronal comprove devidamente sível, ser substituído nas suas ausências por outro
a sua necessidade, ouvida a comissão de trabalhadores trabalhador.
ou, na sua falta, a comissão sindical ou intersindical
ou os sindicatos interessados, devendo o respectivo pare- 10 — Os trabalhadores que completem 50 anos de
cer acompanhar o pedido de aprovação ao Ministério idade e 20 anos de serviço neste regime têm direito
do Trabalho. a mudar de turno ou passar ao horário normal, devendo
a empresa assegurar tal mudança ou passagem nos
3 — Em caso de prestação de trabalho em regime 60 dias imediatos à comunicação do trabalhador, até
de turnos deverá observar-se, em regra, o seguinte: ao limite anual de 10 % do total dos trabalhadores inte-
grados no respectivo turno.
a) Em regime de dois turnos, o período normal
de trabalho semanal é de quarenta horas, dis- 11 — Qualquer trabalhador que comprove através de
tribuídas de segunda-feira a sexta-feira; atestado médico a impossibilidade de continuar a tra-
b) Em regime de três turnos, o período normal balhar em regime de turnos passará imediatamente ao
de trabalho é de quarenta horas, podendo ser horário normal, as empresas reservam-se o direito de
distribuído por seis dias, de segunda-feira a mandar proceder a exame médico, sendo facultado ao
sábado, sem prejuízo de horários de menor trabalhador o acesso ao resultado desse exame e os res-
duração que já estejam a ser praticados. Em pectivos elementos de diagnóstico.
regra e salvo acordo em contrário com a comis-
são de trabalhadores ou, na sua falta, com a 12 — Na organização dos turnos deverão ser tomados
comissão sindical ou intersindical ou com o sin- em conta, na medida do possível, os interesses dos
dicato respectivo, as horas do turno predomi- trabalhadores.
nantemente nocturno serão distribuídas de
segunda-feira a sexta-feira. 13 — São permitidas as trocas de turnos entre os tra-
balhadores da mesma categoria e nível, desde que pre-
4 — A distribuição do período normal de trabalho viamente acordadas entre os interessados e a entidade
semanal poderá fazer-se de outra forma, desde que a patronal.

187 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


14 — Os trabalhadores só poderão mudar de turno 2 — O direito a férias é irrenunciável e não pode
após o período de descanso semanal. ser substituído por trabalho suplementar ou qualquer
outra modalidade ainda que o trabalhador dê o seu
15 — Salvo casos imprevisíveis ou de força maior, consentimento, salvo nos casos especiais previstos na
devidamente comprovados à comissão de trabalhadores lei e neste contrato.
ou, na sua falta, à comissão sindical ou intersindical,
ou ao sindicato respectivo, a entidade patronal obriga-se 3 — As férias não poderão ter início num dos dias
a fixar a escala de turnos, pelo menos, com um mês destinados ao descanso semanal nem em dia feriado.
de antecedência.
Cláusula 65.a
16 — Nenhum trabalhador pode ser obrigado a pres- Duração de férias
tar trabalho em regime de turnos sem ter dado o seu
acordo por forma expressa. 1 — O período de férias é de 22 dias úteis.

2 — O trabalhador que seja admitido no decurso do


Cláusula 61.a 1.o semestre do ano civil gozará nesse ano, após o
Trabalhadores-estudantes decurso do período experimental, um período de férias
proporcional aos meses de antiguidade que teria em
A regulamentação do Estatuto do Trabalhador-Es- 31 de Dezembro, na razão de dois dias seguidos por
tudante encontra-se prevista no Decreto-Lei n.o 396/91, cada mês de serviço.
de 16 de Outubro, e na Lei n.o 116/97, de 4 de Novembro.
3 — As férias deverão ser gozadas em dias seguidos,
salvo se a entidade patronal e o trabalhador acordem
CAPÍTULO VI que o respectivo período seja gozado interpoladamente.
Suspensão da prestação de trabalho
4 — Cessando o contrato de trabalho, a entidade
patronal pagará ao trabalhador, além das férias e subsí-
SECÇÃO I
dios vencidos, se ainda as não tiver gozado, a parte
Descanso semanal, feriados, férias proporcional das férias e subsídios relativos ao tempo
de serviço prestado no ano da cessação.
Cláusula 62.a
Cláusula 66.a
Descanso semanal
Subsídio de férias
1 — Salvo os casos especialmente previstos no pre-
sente contrato, os dias de descanso semanal são o sábado 1 — No mínimo de oito dias antes do início das férias,
e o domingo, sendo o sábado considerado dia de des- a entidade patronal pagará ao trabalhador um subsídio
canso semanal complementar. igual à retribuição correspondente ao período de férias
a que tenha direito.
2 — A entidade patronal deve proporcionar aos tra-
balhadores que pertençam ao mesmo agregado familiar 2 — O subsídio de férias beneficia sempre de qual-
o descanso semanal no mesmo dia. quer aumento de retribuição que se efectue até ao início
das férias.
3 — Nenhum trabalhador poderá ser obrigado a pres-
tar trabalho nos dias de descanso desde que apresente 3 — Para efeito dos cálculos, quer da retribuição do
motivos atendíveis. período de férias, quer do respectivo subsídio dos tra-
balhadores que aufiram retribuição mista, isto é, com-
Cláusula 63.a posta de uma parte fixa e uma parte variável, deverá
considerar-se a média da parte variável recebida nos
Feriados
últimos 12 meses, acrescida da parte fixa auferida no
1 — Para além dos feriados obrigatórios previstos na momento.
lei, serão igualmente considerados feriados obrigatórios Cláusula 67.a
o feriado municipal da localidade e a terça-feira de Marcação do período de férias
Carnaval.
1 — A marcação do período de férias deve ser feita
2 — Toda e qualquer suspensão de trabalho por por mútuo acordo entre a entidade patronal e o
motivo de «pontes», «fins-de-semana», tradição local trabalhador.
e outros dará lugar a distribuição de trabalho por calen-
dário anual, mediante acordo entre a empresa e a comis- 2 — Para o efeito deverá o trabalhador indicar à enti-
são de trabalhadores, comissão sindical ou intersindical dade patronal, até 31 de Março, o período de férias
ou a maioria dos trabalhadores. que pretende gozar.

3 — Na falta de acordo, caberá à entidade patronal


Cláusula 64.a a elaboração do mapa de férias, ouvindo para o efeito
Direito a férias a comissão de trabalhadores ou, na sua falta, a comissão
sindical ou intersindical.
1 — Em cada ano civil os trabalhadores abrangidos
por este contrato têm direito a gozar férias, respeitantes 4 — No caso previsto no número anterior, a entidade
ao trabalho prestado no ano anterior. patronal só pode marcar o período de férias entre

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 188


1 de Maio e 31 de Outubro, salvo se outra coisa resultar 3 — Quando seja praticado horário variável, a falta
de acordo celebrado entre a entidade patronal e as enti- durante um dia de trabalho apenas se considerará repor-
dades referidas naquele número. tada ao período de presença obrigatória dos traba-
lhadores.
5 — O mapa de férias definitivo deverá estar elabo-
rado e afixado nos locais de trabalho até ao dia 15 de Cláusula 71.a
Abril de cada ano. Faltas justificadas

6 — Se o mapa de férias não for fixado até 15 de 1 — São consideradas faltas justificadas:
Maio, o trabalhador gozará as férias no período que
tiver indicado nos termos do n.o 2, a não ser que tenha a) As dadas por motivo de acidente ou doença
indicado as suas férias para Maio, caso em que o prazo de qualquer natureza;
termina em 30 de Abril. b) As dadas durante cinco dias consecutivos por
falecimento do cônjuge não separado de pessoas
7 — Aos trabalhadores que, pertencendo ao mesmo e bens ou pessoa com quem o trabalhador viva
agregado familiar, se encontram ao serviço da mesma maritalmente, parente ou afim no 1.o grau da
entidade patronal será concedida obrigatoriamente a linha recta (pais e filhos, por parentesco ou
faculdade de gozar férias simultaneamente. adopção plena, padrastos, enteados, sogros, gen-
ros e noras);
8 — As férias podem ser marcadas para serem goza- c) As dadas durante dois dias consecutivos por
das interpoladamente, mediante acordo entre o traba- falecimento de outros parentes ou afins da linha
lhador e a entidade empregadora e desde que salva- recta ou do 2.o grau colateral (avós e bisavós
guardando, no mínimo um período de 10 dias úteis por parentesco ou afinidade, netos e bisnetos
consecutivos. por parentesco, afinidade ou adopção plena,
irmãos consanguíneos ou por adopção plena e
Cláusula 68.a cunhados) ou de pessoas que vivam em comu-
Alteração ou interrupção do período de férias nhão de vida e habitação com os trabalhadores;
d) As dadas para acompanhamento de funerais de
1 — Se depois de fixada a época de férias, a entidade pessoas previstas nas alíneas b) e c), quando
patronal, por motivos de interesse da empresa, a alterar o funeral não tiver lugar nos dias de falta resul-
ou fazer interromper as férias já iniciadas indemnizará tantes daquelas alíneas;
o trabalhador dos prejuízos que comprovadamente este e) As dadas durante 11 dias consecutivos, excluindo
haja sofrido na pressuposição de que gozaria férias na os dias de descanso intercorrentes por ocasião
época fixada; em caso de interrupção de férias, a enti- do casamento do trabalhador;
dade patronal pagará ainda ao trabalhador os dias de f) As dadas durante 2 dias úteis, seguidos ou inter-
trabalho prestado com o acréscimo de 100 %. polados dentro dos 20 dias subsequentes ao nas-
cimento dos filhos;
2 — A interrupção das férias não poderá prejudicar g) As dadas pelo tempo indispensável para pres-
o gozo seguido de metade do respectivo período. tação de assistência inadiável a membros do
agregado familiar do trabalhador, consideran-
Cláusula 69.a do-se como tal o cônjuge, parentes e afins e
bem assim quaisquer outras pessoas que com
Violação do direito a férias ele vivam em comunhão de mesa e habitação;
1 — A entidade patronal que, intencionalmente, não h) As dadas pelo tempo indispensável ao desem-
cumprir total ou parcialmente a obrigação de conceder penho de funções em associações sindicais ou
férias pagará ao trabalhador, a título de indemnização, em quaisquer outros organismos legalmente
o quádruplo da retribuição e o subsídio correspondente reconhecidos que promovam a defesa dos inte-
ao tempo de férias que este deixou de gozar. resses materiais ou culturais dos trabalhadores;
i) As que resultem de motivo de força maior, em
2 — O disposto nesta cláusula não prejudica a apli- consequência de cataclismo, inundação, tempes-
cação das sanções em que a entidade patronal incorra tade ou situação extraordinária semelhante,
por violação das normas reguladoras das relações de impeditiva de apresentação do trabalhador ao
trabalho. serviço;
j) As que resultem de imposição, devidamente
SECÇÃO II comprovada, de autoridade judicial, militar ou
policial;
Faltas l) As dadas por motivo de detenção ou prisão pre-
ventiva do trabalhador, enquanto não se veri-
Cláusula 70.a ficar a prisão efectiva resultante de decisão
Definição de falta
condenatória;
m) As dadas pelo tempo necessário para exercer
1 — Falta é a ausência durante o tempo correspon- as funções de bombeiro, se como tal o traba-
dente a um dia normal de trabalho. lhador estiver inscrito;
n) As dadas nos dias em que o trabalhador doar
2 — As ausências durante períodos inferiores a um sangue;
dia serão consideradas somando os tempos respectivos o) As que forem prévia ou posteriormente auto-
e reduzido o total a dias. rizadas pela entidade patronal.

189 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


2 — Não implicam perda de retribuição: na medida em que pressuponham a efectiva prestação
de trabalho, sem prejuízo da observância das disposições
a) As faltas previstas nas alíneas b), c), e), f), i), aplicáveis da legislação sobre segurança social.
j) e n), do número anterior;
b) As faltas previstas na alínea g) do número ante- 2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
rior até ao limite de 12 dias por ano, desde antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
que justificadas por uma declaração de um ser- lugar e continuando obrigado a guardar lealdade à enti-
viço médico ou por um outro meio idóneo, sem dade patronal.
prejuízo da sua eventual comprovação pelos ser-
viços da empresa;
3 — O disposto no n.o 1 começará a observar-se
c) As faltas previstas na alínea m) do número ante-
mesmo antes de expirado o prazo de um mês, a partir
rior quando comprovadamente não forem
do momento em que haja a certeza ou se preveja com
remuneradas integralmente por outra entidade.
segurança que o impedimento terá a duração superior
àquele prazo.
3 — No caso das alíneas b) e c) do n.o 1 as faltas
serão dadas a partir da data em que o trabalhador teve
4 — O contrato caducará, porém, no momento em
conhecimento do falecimento, desde que este conhe-
que se torne certo que o impedimento é definitivo, sem
cimento se verifique até oito dias após o facto, sob pena
prejuízo da observância das disposições aplicáveis da
de a regalia caducar.
legislação sobre segurança social.
Cláusula 72.a
5 — Ninguém pode ser prejudicado na sua colocação
Comunicação e prova das faltas ou emprego permanente ou acesso por virtude da obri-
gação de prestar serviço militar.
1 — As comunicações de ausência e os pedidos de
dispensa deverão ser transmitidos à empresa com a
maior brevidade possível após o trabalhador ter tido 6 — O tempo de prestação obrigatória de serviço efec-
conhecimento do motivo que os justificam; nos casos tivo nas forças armadas é contado para efeitos de pro-
de manifesta urgência ou tratando-se de situação impre- moção, aposentação ou reforma e não prejudica as rega-
visível, deverão ser transmitidos no mais curto período lias conferidas pelo estatuto do funcionário ou resul-
possível após a ocorrência. tantes de contrato de trabalho, que não sejam inerentes
ao exercício efectivo da função ou serviço.
2 — Os pedidos de dispensa ou as comunicações de
ausência devem ser feitos por escrito, em documento Cláusula 75.a
próprio e em duplicado, devendo um dos exemplares
depois de visado, ser entregue ao trabalhador. Licença sem retribuição

1 — A entidade patronal concederá ao trabalhador,


Cláusula 73.a a pedido deste devidamente fundamentado, licença sem
retribuição até ao limite de dois meses.
Efeitos das faltas no direito a férias
2 — A entidade patronal poderá negar a concessão
1 — Nos casos em que as faltas determinem perda de licença sem retribuição nos seguintes casos:
de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba-
lhador expressamente assim o preferir, por perda de a) Quando o pedido não se achar devidamente
dias de férias, na proporção de um dia de férias por fundamentado;
cada dia de falta, desde que seja salvaguardado o gozo b) Quando a licença se destinar ao exercício remu-
efectivo de dois terços dos dias úteis de férias. nerado de qualquer das funções enumeradas no
anexo III noutra empresa ou por conta própria;
2 — Sem prejuízo do direito estabelecido no número c) Quando da concessão de licença resultarem
anterior a proporção de um dia de férias por cada dia comprovadamente prejuízos directos que
de falta nele estabelecido poderá ser alterado por acordo ponham em causa a própria actividade da
entre a entidade patronal e o trabalhador em termos empresa nos casos em que o trabalhador não
de mais dias de falta por dias de férias. possa ser substituído por outros, ou quando haja
riscos de outros prejuízos de excepcional gra-
vidade.
SECÇÃO III
3 — O trabalhador que pretender exercer o direito
Suspensão da prestação do trabalho por impedimento prolongado previsto no n.o 1 desta cláusula deverá apresentar o
seu pedido, por escrito, com a antecedência mínima de
Cláusula 74.a 10 dias.
Suspensão da prestação do trabalho por impedimento
prolongado do trabalhador 4 — A entidade patronal só será obrigada a conceder
o direito previsto no n.o 1 decorrido que seja um ano
1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente sobre o termo da última licença.
impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
damente o serviço militar obrigatório, doença ou aci- 5 — Os limites fixados nos n.os 1 e 4 não se aplicam
dente, e o impedimento se prolongue por mais de um quando a licença se destinar à frequência de cursos ou
mês, cessam os direitos, deveres e garantias das partes, estágios de formação profissional ou cultural.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 190


6 — O período de licença sem retribuição conta-se f) Prática intencional no âmbito da empresa, de
para efeitos de antiguidade. actos lesivos da economia nacional;
g) Faltas não justificadas ao trabalho que deter-
minem directamente prejuízos ou riscos graves
CAPÍTULO VII para a empresa ou, independentemente de qual-
quer prejuízo ou risco, quando o número de
Cessação do contrato de trabalho faltas injustificadas atingir, em cada ano, 5 segui-
SECÇÃO I
das ou 10 interpoladas;
h) Falta culposa da observância de normas de
Princípios gerais higiene e segurança no trabalho;
i) Prática no âmbito da empresa de violências físi-
Cláusula 76.a cas, de injúrias ou das ofensas punidas por lei
sobre trabalhadores da empresa, elementos dos
Cessação do contrato de trabalho
corpos sociais ou sobre a entidade patronal indi-
A cessação do contrato de trabalho fica sujeita ao vidual não pertencente aos mesmos órgãos, seus
regime legal aplicável, salvo na parte expressamente pre- delegados ou representantes;
vista neste contrato. j) Sequestro e em geral crimes contra a liberdade
das pessoas referidas na alínea anterior;
Cláusula 77.a l) Incumprimento ou oposição ao cumprimento de
Certificado de trabalho decisões judiciais ou actos administrativos defi-
nitivos e executórios;
1 — Ao cessar o contrato de trabalho, a entidade m) Reduções anormais da produtividade do tra-
patronal deve passar ao trabalhador certificado donde balhador;
conste o tempo durante o qual esteve ao serviço e o n) Falsas declarações relativas à justificação de
cargo ou cargos que desempenhou. faltas.
2 — O certificado não pode conter quaisquer outras Cláusula 80.a
referências, a não ser se expressamente requeridas pelo
trabalhador. Processo disciplinar para despedimento

SECÇÃO II 1 — Nos casos em que se verifique algum compor-


tamento que integre o conceito de justa causa, a entidade
Cessação do contrato de trabalho por despedimento empregadora comunicará, por escrito, ao trabalhador
promovido pela entidade patronal
que tenha incorrido nas respectivas infracções a sua
intenção de proceder ao despedimento, juntando nota
Cláusula 78.a de culpa com a descrição circunstanciada dos factos que
Princípio geral lhe são imputáveis.
1 — São proibidos os despedimentos sem justa causa
ou por motivos políticos ou ideológicos. 2 — Na mesma data será remetida à comissão de tra-
balhadores da empresa cópia daquela comunicação e
2 — Verificando-se justa causa, o trabalhador pode da nota de culpa.
ser despedido, quer o contrato seja a termo ou não.
3 — Se o trabalhador for representante sindical, será
a ainda enviada cópia dos dois documentos à associação
Cláusula 79.
sindical respectiva.
Justa causa

1 — Considera-se justa causa o comportamento cul- 4 — O trabalhador dispõe de cinco dias úteis para
poso do trabalhador que, pela sua gravidade e conse- consultar o processo e responder à nota de culpa, dedu-
quências, torne imediata e praticamente impossível a zindo por escrito os elementos que considera relevantes
subsistência da relação de trabalho. para o esclarecimento dos factos e da sua participação
nos mesmos, podendo juntar documentos e solicitar as
2 — Constituirão, nomeadamente, justa causa de des- diligências probatórias que se mostrem pertinentes para
pedimento os seguintes comportamentos do trabalha- o esclarecimento da verdade.
dor:
a) Desobediência ilegítima às ordens dadas por 5 — A entidade empregadora, directamente ou atra-
responsáveis hierarquicamente superiores; vés de instrutor que tenha nomeado, procederá obri-
b) Violação de direitos e garantias dos trabalha- gatoriamente às diligências probatórias requeridas na
dores da empresa; resposta à nota de culpa, a menos que as considere
c) Provocação repetida de conflitos com outros tra- patentemente dilatórias ou impertinentes, devendo,
balhadores da empresa; nesse caso, alegá-lo fundamentadamente por escrito.
d) Desinteresse repetido pelo cumprimento, com
a diligência devida, das obrigações inerentes ao 6 — A entidade empregadora não é obrigada a pro-
exercício do cargo ou posto de trabalho que ceder à audição de mais de 3 testemunhas por cada
lhe esteja confiado; facto descrito na nota de culpa, nem mais de 10 no
e) Lesão de interesses patrimoniais sérios da total, cabendo ao arguido assegurar a respectiva com-
empresa; parência para o efeito.

191 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


7 — Concluídas as diligências probatórias, deve o pro- c) Se for declarada improcedente a justa causa
cesso ser apresentado, por cópia integral, à comissão invocada.
de trabalhadores e, no caso do n.o 3, à associação sindical
respectiva, que podem, no prazo de cinco dias úteis, 2 — A ilicitude do despedimento só pode ser decla-
fazer juntar o seu parecer fundamentado. rada pelo tribunal em acção intentada pelo trabalhador.

8 — Decorrido o prazo referido no número anterior, 3 — O processo só pode ser declarado nulo se:
a entidade empregadora dispõe de 30 dias para proferir
a decisão, que deve ser fundamentada e constar de docu- a) Faltar a comunicação referida no n.o 1 da
mento escrito. cláusula 80.a;
b) Não tiverem sido respeitados os direitos que
9 — Na decisão devem ser ponderadas as circunstân- ao trabalhador são reconhecidos nos n.os 4 e
cias do caso, a adequação do despedimento à culpa- 5 da cláusula 80.a e no n.o 2 do artigo 15.o do
bilidade do trabalhador, bem como os pareceres que Decreto-Lei n.o 64-A/89;
tenham sido juntos nos termos do n.o 7, não podendo c) A decisão de despedimento e os seus funda-
ser invocados factos não constantes da nota de culpa, mentos não constarem de documento escrito,
nem referidos na defesa do trabalhador, salvo se ate- nos termos dos n.os 8 a 10 da cláusula 80.a ou
nuarem ou dirimirem a responsabilidade. do n.o 3 do artigo 15.o do Decreto-Lei
n.o 64-A/89.
10 — A decisão, fundamentada, deve ser comunicada,
por cópia ou transcrição, ao trabalhador e à comissão 4 — Na acção de impugnação judicial do despedi-
de trabalhadores, bem como, no caso do n.o 3 à asso- mento, a entidade empregadora apenas pode invocar
ciação sindical. factos constantes da decisão referida nos n.os 8 a 10
da cláusula 80.a, competindo-lhe a prova dos mesmos.
11 — A comunicação da nota de culpa ao trabalhador
suspende o decurso do prazo estabelecido no n.o 1 do 5 — Para apreciação da justa causa deve o tribunal
artigo 31.o do Regime Jurídico do Contrato Individual atender, no quadro da gestão da empresa, ao grau de
de Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 49 408, de lesão das relações entre as partes ou entre o trabalhador
24 de Novembro de 1969. e os seus companheiros e às demais circunstâncias que
no caso se mostrem relevantes.
12 — Igual suspensão decorre da instauração de pro-
cesso prévio de inquérito, desde que, mostrando-se este 6 — As acções de impugnação do despedimento de
necessário para fundamentar a nota de culpa, seja anun- representantes sindicais ou de membros de comissão
ciado e conduzido de forma diligente, não mediando de trabalhadores têm natureza urgente.
mais de 30 dias entre a suspeita de existência de com-
portamentos irregulares e o início do inquérito, nem
CAPÍTULO VIII
entre a sua conclusão e a notificação da nota de culpa.
Retribuição
13 — Nas empresas com um número de trabalhadores
não superior a 20, no processo de despedimento são Cláusula 82.a
dispensadas as formalidades previstas nos n.os 2 a 5 e
Remuneração mínima do trabalho
7 a 10 desta cláusula.
As remunerações mínimas mensais devidas aos tra-
14 — É garantida a audição do trabalhador, que a balhadores abrangidos por este contrato são as cons-
poderá substituir, no prazo de cinco dias úteis contados tantes do anexo I da parte I.
da notificação da nota de culpa, por alegação escrita
dos elementos que considere relevantes para o escla-
recimento dos factos e da sua participação dos mesmos, Cláusula 83.a
podendo requerer a audição de testemunhas. Forma de pagamento

15 — A decisão do despedimento deve ser fundamen- 1 — A retribuição será paga por períodos certos e
tada, com discriminação dos factos imputados ao tra- iguais correspondentes ao mês.
balhador, sendo-lhe comunicada por escrito. A forma para cálculo da remuneração/hora é a
seguinte:
16 — No caso de o trabalhador arguido ser membro RM×12
RH =
de comissão de trabalhadores ou representante sindical, 52×HS
o processo disciplinar segue os termos da cláusula 81.a sendo:
RM — retribuição mensal;
Cláusula 81.a HS — horário semanal.
A ilicitude do despedimento
Cláusula 84.a
1 — O despedimento é ilícito:
Desconto das horas de faltas
a) Se não tiver sido precedido do processo res-
pectivo ou este for nulo; 1 — As horas de falta não remuneradas serão des-
b) Se se fundar em motivos políticos, ideológicos contadas na remuneração mensal na base da remune-
ou religiosos, ainda que com invocação de ração/hora, excepto se as horas de falta no decurso do
motivo diverso; mês forem em número superior à media mensal das

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 192


horas de trabalho, caso em que a remuneração mensal diária, 75 % na segunda hora e 100 % nas restantes, o
será a correspondente às horas de trabalho efectiva- que se traduz na aplicação das seguintes fórmulas (em
mente prestadas. que RH significa remuneração/hora normal):

2 — A média mensal das horas de trabalho obtém-se


pela aplicação da seguinte fórmula: Trabalho suplementar Trabalho diurno Trabalho nocturno

Hs×52
12 Primeira hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,50×RH 1,75×RH
Segunda hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,75×RH 2,00×RH
Horas restantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,00×RH 2,25×RH
sendo Hs o número de horas correspondente ao período
normal de trabalho semanal.
2 — As horas feitas no mesmo dia não precisam de
a ser prestadas consecutivamente para serem retribuídas
Cláusula 85.
de acordo com o esquema fixado no número anterior.
Situações especiais
3 — Sempre que o trabalho se prolongue para além
1 — Sempre que um trabalhador aufira uma retri-
das 20 horas e o trabalhador execute mais de duas horas
buição mista, isto é, constituída por uma parte certa
suplementares para além do horário normal, a empresa
e uma parte variável, ser-lhe-á sempre assegurada, inde-
obriga-se ao fornecimento gratuito da refeição, ou, no
pendentemente desta, a remuneração certa prevista
caso de não possuir refeitório próprio, ao pagamento
neste contrato.
da mesma até ao limite previsto na cláusula 94.a
2 — A retribuição mista referida no número anterior
4 — Sempre que, verificado o circunstancialismo do
deverá ser considerada para todos os efeitos previstos
número anterior, o trabalhador não possa utilizar os
neste contrato.
transportes habituais, a empresa assegurará os meios
Cláusula 86.a de transporte a utilizar pelo trabalhador, ou o respectivo
pagamento.
Condições especiais de retribuição

1 — Os caixas e os cobradores têm direito a um abono 5 — O trabalho suplementar prestado em dias feria-
mensal para falhas no valor de 4500$ enquanto no dos ou de descanso semanal, para além do período cor-
desempenho dessas funções. respondente ao trabalho normal em dia útil, dá ao tra-
balhador direito a 100 % sobre a retribuição especial
2 — Para pagamento das remunerações e abonos de prevista na cláusula 88.a
família deverão ser destacados trabalhadores de escri-
tório com classificação profissional nunca inferior a 6 — Exceptuam-se do disposto no número anterior
terceiro-escriturário. as situações de iminência de riscos ou prejuízos graves,
para a empresa, devidamente comprovados, e, bem
3 — Os trabalhadores que procedam aos pagamentos assim, os trabalhos de balanço e ou encerramento de
referidos no número anterior, terão direito a uma gra- contas do exercício anual das empresas em que as horas
tificação mensal calculada da seguinte forma sobre o de trabalho suplementares prestadas em dias de des-
montante global manuseado: canso e feriados serão remuneradas com o acréscimo
das percentagens previstas no n.o 1 desta cláusula, cal-
Até 1 000 000$ — 3100$; culado sobre a remuneração especial devida pelas horas
Mais de 1 000 000$ — 4500$. prestadas nesses dias.
4 — O subsídio previsto no n.o 1 é também devido
aos trabalhadores na retribuição do período de férias, Cláusula 88.a
subsídio de férias e subsídio de Natal. Retribuição do trabalho em dias feriados ou de descanso

5 — Sempre que os trabalhadores referidos no n.o 1 1 — O trabalhador tem direito à retribuição corres-
sejam substituídos no desempenho das respectivas fun- pondente aos feriados.
ções, o substituto receberá o subsídio na parte propor-
cional ao tempo das substituições, deixando o titular 2 — As horas de trabalho prestadas nos dias de des-
de o receber na mesma proporção. canso semanal obrigatório ou complementar serão pagas
pelo valor correspondente a três vezes a remunera-
6 — Consideram-se apenas abrangidos pelo n.o 3 os ção/hora normal, isto é:
trabalhadores que recebam do caixa um valor global R=3×N×RN
(ensacado ou não) e procedam à sua conferência, repar- sendo:
tição e prestação de contas aos serviços de tesouraria
ou outros pelos pagamentos efectuados. R=remuneração correspondente ao trabalho em
dia de descanso semanal obrigatório ou com-
plementar;
Cláusula 87.a N=número de horas de trabalho prestado;
Remuneração do trabalho suplementar
RN=remuneração/hora normal.

1 — O trabalho será remunerado com um acréscimo 3 — As horas de trabalho prestadas em dias feriados
de 50 % sobre a remuneração normal na primeira hora serão pagas pelo valor correspondente a duas vezes e

193 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


meia a remuneração/hora normal, além do pagamento 3 — Suspendendo-se o contrato de trabalho para
do dia integrado na retribuição mensal. prestação de serviço militar obrigatório, observar-se-à
o seguinte:
4 — O trabalho prestado no dia de descanso semanal
obrigatório dá ao trabalhador o direito de descansar a) No ano da incorporação o trabalhador receberá
num dos três dias úteis seguidos, sem perda de retri- o subsídio na totalidade se na data do paga-
buição. mento estiver ao serviço da entidade; caso con-
trário, receberá uma fracção proporcional ao
5 — Em nenhum caso pode o trabalhador receber tempo de serviço prestado nesse ano;
em relação ao trabalho em dias de descanso ou feriados b) No ano de regresso receberá igualmente o sub-
uma remuneração inferior à devida pelo mínimo de três sídio na totalidade, se na data do pagamento
horas. estiver de novo ao serviço da entidade patronal.
Cláusula 89.a
4 — Em caso de suspensão do contrato por qualquer
Proibição de regimes especiais de retribuição outro impedimento prolongado do trabalhador, este terá
direito, quer no ano de suspensão, quer no ano de
É vedada às empresas a adopção de regimes especiais
regresso, à totalidade do subsídio, se tiver prestado
de retribuição por peça ou tarefa, salvo acordo escrito
6 meses de serviço, e à parte proporcional ao tempo
da comissão sindical ou da comissão intersindical ou,
de serviço prestado, se este não tiver atingido 6 meses,
na sua falta, do sindicato respectivo.
contando-se sempre qualquer fracção de 1 mês como
mês completo, desde que superior a 15 dias de serviço
Cláusula 90.a efectivo, e se o trabalhador, no mês anterior, tiver per-
feito pelo menos 15 dias de serviço efectivo.
Casos de redução de capacidade para o trabalho

1 — Quando se verifique diminuição de rendimento 5 — O subsídio será pago conjuntamente com a retri-
do trabalhador por incapacidade parcial resultante de buição do mês de Novembro. Verificando- se manifesta
doença profissional ou acidente de trabalho ocorrido incapacidade económica da empresa para o efeito e
dentro ou fora do local habitual de trabalho, pode a havendo acordo dos trabalhadores, poderá ser pago o
empresa atribuir ao trabalhador diminuído uma retri- mais tardar até 15 de Dezembro. Exceptuam-se as situa-
buição inferior àquela a que tinha direito, desde que ções de suspensão emergentes do serviço militar obri-
a redução efectuada não seja superior ao valor da pensão gatório e de cessação do contrato de trabalho em que
paga pela entidade responsável. o pagamento terá lugar na data da suspensão ou da
cessação.
2 — As empresas obrigam-se a colocar os trabalha-
dores referidos no número anterior em postos de tra-
6 — Para efeitos do cálculo do subsídio de Natal dos
balho de acordo com as suas aptidões físicas e a pro-
trabalhadores que aufiram uma retribuição mista, isto
mover as diligências adequadas à sua readaptação ou
é, composta por uma parte fixa e uma parte variável,
reconversão profissional.
deverá considerar-se a média da parte variável recebida
nos últimos 12 meses acrescida da parte fixa auferida
3 — Os trabalhadores afectados de incapacidade par-
no momento.
cial permanente resultante de doença profissional ou
de acidente de trabalho não poderão ser prejudicados Cláusula 92.a
no regime de promoções e demais regalias.
Data de pagamento
4 — Quando a diminuição do rendimento de trabalho
por incapacidade parcial resultar de doença ou acidente 1 — As empresas obrigam-se a entregar aos traba-
não profissional, a empresa diligenciará por conseguir lhadores ao seu serviço no acto de pagamento da retri-
a reconversão para função compatível com as diminui- buição um talão preenchido por forma indelével, no
ções verificadas. qual figurem o nome completo dos trabalhadores, o
número de inscrição na segurança social, retribuição
Cláusula 91.a mensal, categoria profissional e escalão, os dias de tra-
Subsídio de Natal balho normal e as horas de trabalho suplementares ou
em dias de descanso semanal ou feriados, os descontos
1 — Os trabalhadores com, pelo menos, seis meses e o montante líquido a receber.
de antiguidade em 31 de Dezembro terão direito ao
subsídio de Natal correspondente a um mês de retri-
buição. 2 — O pagamento efectuar-se-á até ao último dia do
período a que respeita e dentro do período normal de
2 — Os trabalhadores que tenham menos de 6 meses trabalho.
de antiguidade e aqueles cujo contrato de trabalho cesse
antes da data do pagamento do subsídio receberão uma 3 — Sempre que o trabalhador seja retido, para efei-
fracção proporcional ao tempo de serviço prestado no tos de pagamento da retribuição, para além dos limites
ano civil correspondente, contando sempre qualquer do seu horário normal de trabalho desde que a res-
fracção de 1 mês como mês completo, desde que supe- ponsabilidade seja objectivamente imputável à entidade
rior a 15 dias de serviço efectivo, e se o trabalhador, patronal, receberá o respectivo período de tempo na
no mês anterior tiver perfeito pelo menos 15 dias de primeira hora como trabalho normal, daí em diante
serviço efectivo. como trabalho suplementar.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 194


CAPÍTULO IX b) Ao pagamento das refeições a que houver lugar,
nos termos dos números seguintes;
Despesas com deslocações c) Ao pagamento de uma verba diária de 280$ para
cobertura de despesas correntes, desde que o
Cláusula 93.a tempo de deslocação seja superior a metade do
Conceitos gerais período normal de trabalho;
d) Ao regresso imediato, com transportes pagos,
1 — Entende-se por deslocação em serviço a pres- se ocorrer falecimento, acidente ou doença
tação de trabalho fora do local habitual. grave de cônjuges [ou companheiro(a) com
quem coabite maritalmente], filhos ou pais.
2 — Para efeitos deste capítulo, e sem prejuízo do
disposto na cláusula 100.a, considera-se local habitual 2 — Entende-se por refeições o pequeno-almoço, o
de trabalho: almoço e o jantar. O trabalhador tem direito ao peque-
a) O estabelecimento definido no contrato indi- no-almoço quando inicie a deslocação antes das 7 horas
vidual; da manhã. Terá direito ao almoço sempre que se encon-
b) Na falta de especificação, e para a generalidade tre deslocado entre as 12 e as 15 horas e ao jantar
dos trabalhadores, a sede, delegação, filial ou se a deslocação se verificar entre as 19 e as 22 horas.
outro estabelecimento da empresa em que o
trabalhador preste normalmente serviço. 3 — O quantitativo a prestar pelas refeições será o
seguinte:
3 — As despesas com transporte, alojamento e ali- Pequeno-almoço — 280$;
mentação serão documentadas em conformidade com Almoço/jantar — 1390$;
a prática existente nas empresas.
ou havendo acordo entre as partes, o pagamento das
a despesas contra a apresentação de documentos.
Cláusula 94.
Pequenas deslocações Cláusula 96.a
1 — Consideram-se pequenas deslocações as que per- Grandes deslocações
mitam em menos de duas horas por cada percurso a
ida e o regresso diário do trabalhador ao seu local habi- 1 — Consideram-se grandes deslocações em serviço
tual de trabalho ou à sua residência habitual. todas as que não estão compreendidas no n.o 1 da
cláusula 94.a
2 — O período efectivo de deslocação começa a con-
tar-se desde a partida do local habitual de trabalho ou 2 — O período efectivo de deslocação conta-se desde
da residência habitual do trabalhador, caso esta se situe a partida do local habitual de trabalho ou da residência
mais perto do local da deslocação, e termina, no local do trabalhador e termina no local habitual de trabalho
habitual de trabalho; se, no entanto, o regresso ao local ou da residência do trabalhador.
de trabalho não puder efectuar-se dentro do período
normal de trabalho, a deslocação terminará com a che- 3 — A grande deslocação supõe sempre prévio acordo
gada do trabalhador à sua residência habitual. entre a entidade patronal e o trabalhador, a não ser
que:
3 — O tempo de trajecto e espera, na parte que a) A realização de deslocações decorra do contrato
exceda o período normal de trabalho, não será con- individual de trabalho;
siderado para efeitos dos limites do trabalho suplemen- b) A realização de deslocações seja inerente às fun-
tar, mas será sempre remunerado como tal. ções próprias da categoria profissional do tra-
balhador;
4 — Se o tempo de trajecto e espera não exceder c) Se verifique iminência de prejuízos graves para
o período normal de deslocação para o local habitual a empresa, devidamente comprovados, e desde
de trabalho, não será considerado para efeitos do que o trabalhador não invoque em contrário
número anterior. motivos justificáveis.
Cláusula 95.a
Direitos dos trabalhadores nas pequenas deslocações
Cláusula 97.a
Grandes deslocações no continente
1 — Os trabalhadores, além da sua retribuição nor-
mal, terão direito, nas pequenas deslocações: 1 — Nas grandes deslocações no continente, os tra-
balhadores terão direito:
a) Às despesas de transporte, quando o trabalha-
dor não utilize viatura da empresa, deverá, em a) Ao pagamento de uma verba diária fixa de 570$
princípio, utilizar os transportes públicos; se pre- para cobertura de despesas correntes;
ferir e a entidade patronal concordar na uti- b) Ao pagamento das despesas de transportes, alo-
lização de veículo próprio, obriga-se a empresa jamento e alimentação durante o período efec-
a pagar por cada quilómetro percorrido 0,26 tivo de deslocação; se o trabalhador preferir,
ou 0,12 do preço do litro de gasolina super que e a entidade patronal concordar na utilização
vigorar, consoante se trate de veículo automó- de veículo próprio, obriga-se a empresa a pagar-
vel, motociclo ou ciclomotor, considerando-se -lhe por cada quilómetro percorrido 0,26 ou 0,12
os seguros incluídos; do preço do litro de gasolina super que vigorar,

195 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


consoante se trate de veículo automóvel, moto- fique, respectivamente, depois das 22 horas ou
ciclo ou de ciclomotor, considerando-se os segu- depois das 3 horas, salvo se tiver havido mani-
ros incluídos; festo e intencional desvio por parte do traba-
c) Ao pagamento de viagens por altura do Natal lhador ao programa da viagem estabelecido;
e da Páscoa, salvo se for estabelecido acordo g) Ao regresso imediato e pagamento das viagens
em contrário entre o trabalhador e a empresa; se ocorrer falecimento, acidente ou doença
d) Ao regresso imediato com pagamento de trans- grave do cônjuge [ou companheiro(a) que com
porte se ocorrer falecimento ou doença grave ele coabite maritalmente], filhos ou pais;
dos cônjuges [ou companheiro(a) que com o h) A uma verba diária de 1500$ para cobertura
trabalhador coabite maritalmente], filhos ou
de despesas correntes, além do pagamento das
pais;
e) A descansar no primeiro período de trabalho despesas de alojamento e alimentação, a contar
ou em todo o dia do trabalho seguinte, conforme da data da partida até à data da chegada;
a chegada ao local de trabalho se verifique, res- i) Ao meio e à classe de transporte adequados
pectivamente, depois das 22 horas ou depois à natureza própria da deslocação em condições
das 3 horas, salvo se tiver havido manifesto e normais de comodidade, devendo em regra,
intencional desvio por parte do trabalhador ao quando se trate de deslocação em grupo, ser
programa de viagem estabelecido; idênticas para todos os trabalhadores;
f) Ao meio e à classe de transporte que habitual- j) Ao pagamento do tempo de trajecto e espera
mente utilizem nas suas deslocações particu- como trabalho normal, na parte que exceda o
lares. período normal diário de trabalho, a não ser
que o trabalhador prefira compensar esse tempo
2 — O pagamento referido nas alíneas a) e b) poderá com descanso em data a acordar com a entidade
ser substituído por ajuda de custo diária, a acordar pelas patronal. No entanto, a parte que exceda o
partes. período normal de trabalho diário até ao limite
de quatro horas será pago como horas suple-
3 — Em princípio, as deslocações deverão ter lugar mentares desde que o trabalhador justifique o
durante o período normal de trabalho. As horas que
trabalho prestado nesse tempo, sendo o restante
excederem o horário normal serão pagas como trabalho
do trajecto e espera remunerado como tempo
normal, a não ser que o trabalhador prefira compensar
com o tempo de descanso em data a acordar com a de trabalho normal.
entidade patronal.
Cláusula 99.a
Cláusula 98.a Doença do pessoal nas grandes deslocações
Grandes deslocações ao estrangeiro,
Regiões Autónomas e Macau 1 — Durante o período de deslocação, os riscos de
Nas grandes deslocações ao estrangeiro, Regiões doença que, em razão do lugar em que o trabalho seja
Autónomas e Macau, além da retribuição normal, os prestado, deixem eventualmente de ser assegurados pela
trabalhadores terão direito: respectiva caixa de previdência ou não sejam igualmente
garantidos na área por qualquer outra instituição de
a) Às despesas da preparação legalmente obriga- previdência passarão a ser cobertos pela empresa, que
tórias e devidamente documentadas; para tanto assumirá as obrigações que competiriam
b) Ao abono correspondente às despesas com a àquela caixa se o trabalhador não estivesse deslocado.
aquisição de equipamento e, bem assim, nas
situações em que o rigor climatérico do local
de deslocação o justifiquem, ou exigências espe- 2 — Durante o período de doença, comprovado por
ciais de representação o imponham, às despesas atestado médico, o trabalhador deslocado manterá os
com a aquisição de vestuário que eventualmente direitos previstos em caso de deslocação e terá direito
o trabalhador não possua, em termos a acordar, ao pagamento da viagem de regresso, se esta for pres-
caso a caso; crita pelo médico assistente, ou faltar no local a assis-
c) Às despesas com os transportes. Quando o tra- tência médica necessária.
balhador não utilize viatura da empresa, deverá
em princípio utilizar os transportes públicos. Se
preferir, e a entidade patronal concordar na uti- 3 — No caso de o trabalhador vir a contrair doença
lização de veículo próprio, obriga-se a empresa específica do local de trabalho, aquando da deslocação,
a pagar-lhe por cada quilómetro percorrido 0,26 a empresa obriga-se:
do preço do litro de gasolina super que vigorar,
considerando-se os seguros incluídos; a) No caso de perda de direitos como beneficiário
d) Ao pagamento das despesas de alojamento e da caixa de previdência, a pagar integralmente
refeições a que houver lugar; a retribuição devida, bem como a respectiva
e) Ao pagamento das viagens por altura do Natal, assistência médica e medicamentosa durante o
salvo se for manifestada intenção em contrário período de incapacidade;
por parte do trabalhador; b) No caso contrário, a pagar a diferença entre
f) A descansar no primeiro período de trabalho, o valor da retribuição devida e os subsídios a
ou em todo o dia de trabalho seguinte, conforme que o trabalhador tenha direito durante o
a chegada ao local da residência habitual se veri- período de baixa.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 196


Cláusula 100.a lhes permitam tomá-las no local da empresa ou da sua
Regime especial de deslocações
residência, nos horários do referido número.

1 — Os trabalhadores com as categorias de inspector 6 — Aos trabalhadores referidos nesta cláusula será
de vendas, chefe de vendas, vendedor (viajante, pracista) aplicada, no caso de deslocação para fora do seu local
ou outros, demonstrador, técnico avaliador, distribuidor, de trabalho habitual, o regime previsto nas cláusulas
cobrador, inspector administrativo, empregado de ser- anteriores deste capítulo.
viços externos (estafeta), motorista e ajudantes de moto-
rista e cujas funções sejam habitualmente desempenha-
das no exterior ficam exclusivamente sujeitos ao regime Cláusula 101.a
definido na presente cláusula. Falecimento do pessoal deslocado

2 — O local habitual de trabalho destes trabalhadores No caso de falecimento do trabalhador ou familiar


será a área ou zona onde forem contratados e em que deslocado, serão suportados pela empresa os encargos
prestem habitualmente serviço. decorrentes da transferência do corpo para o local da
área da residência habitual.
3 — No exercício das suas funções, dentro do seu local No caso da transferência do corpo ter de ser feita
habitual de trabalho, estes trabalhadores terão direito para local diferente da área da residência habitual, a
ao seguinte: empresa suportará os encargos correspondentes aos pre-
vistos no parágrafo anterior.
a) Ao pagamento das despesas de transporte, bem
como de outros gastos efectuados no interesse
da empresa e devidamente comprovados e por Cláusula 102.a
aquela aceites; Férias do pessoal deslocado
b) Sempre que o trabalhador, de acordo com a
entidade patronal, utilize carro próprio, obser- 1 — Para efeitos de gozo de férias, o trabalhador des-
var-se-á o seguinte: locado regressa ao local da residência, com pagamento
de despesas de transporte pela entidade patronal, con-
Sendo o seguro por conta da empresa, ser- siderando-se suspensa a sua deslocação durante esse
-lhe-á pago cada quilómetro percorrido período.
pelo produto do coeficiente de 0,23 sobre
o preço do litro de gasolina super, cobrindo 2 — Se o trabalhador preferir gozar as férias no local
o seguro o total dos riscos do veículo, desig- onde está deslocado, tem direito à retribuição que aufe-
nadamente passageiros, furtos e responsa- riria se não estivesse deslocado e ao pagamento do valor
bilidade civil, até ao limite civil previsto das despesas de transporte que a entidade patronal dis-
obrigatoriamente; penderia se ele fosse gozar férias no local da sua
Sendo o seguro por conta do trabalhador, ser- residência.
-lhe-á pago o coeficiente de 0,26 sobre o
preço do litro de gasolina super; Cláusula 103.a
Tratando-se de motociclo ou ciclomotor, o
coeficiente será respectivamente e nas mes- Período de inactividade
mas condições acima indicadas de 0,10 e As obrigações das empresas para com o pessoal des-
0,12; locado subsistem durante os períodos de inactividade
cuja responsabilidade não pertença ao trabalhador.
c) Ao pagamento das despesas de alimentação e
alojamento nos termos seguintes:
Cláusula 104.a
Pequeno-almoço — 280$;
Almoço/jantar — 1500$; Seguro do pessoal deslocado
Alojamento — 3700$;
1 — Sempre que um trabalhador se desloque em ser-
viço da empresa para fora do local de trabalho habitual
ou, havendo acordo entre as partes ao paga-
e tenha qualquer acidente, a entidade patronal será res-
mento destas despesas contra a apresentação
ponsável por todos e quaisquer prejuízos (incluindo
de documentos comprovativos.
perda de salário daí resultante).
4 — As refeições deverão ser pagas ao trabalhador 2 — Sempre que, ao serviço da empresa, o trabalha-
sempre que por motivo de serviço as não possa tomar dor conduza um veículo, todas as responsabilidades ou
no local habitual e no horário seguinte: prejuízos cabem à entidade patronal.
Pequeno-almoço, quando inicie o serviço antes das
7 horas; 3 — Nas grandes deslocações as empresas deverão
Almoço/jantar, sempre que se encontre em serviço, segurar os trabalhadores, durante o período de deslo-
respectivamente, entre as 12 e as 15 e as 19 e cação, contra riscos de acidentes de trabalho, nos termos
as 22 horas. da lei, e deverão ainda efectuar um seguro de acidentes
pessoais, cobrindo os riscos de morte e invalidez per-
5 — Os trabalhadores cujo local habitual de trabalho manente, de valor nunca inferior a 1550 contos.
é definido numa área ou zona terão direito ao paga-
mento das refeições sempre que nos horários referidos 4 — Os familiares que, mediante acordo com a enti-
no n.o 4 desta cláusula estejam em local tal que não dade patronal, acompanhem o trabalhador serão cober-

197 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


tos individualmente por um seguro de riscos de viagem Cláusula 108.a
no valor de 1050 contos. Perda de direito ao complemento

5 — O regime previsto nesta cláusula aplica-se exclu- 1 — O trabalhador só não terá direito ao comple-
sivamente aos trabalhadores dos subsectores de repa- mento do subsídio de doença nos casos seguintes:
ração e montagem que, ao abrigo da regulamentação
a) Quando, em resultado da reclamação prevista
colectiva de trabalho anterior aplicável, já deles bene-
no n.o 2 da cláusula anterior, se conclua pela
ficiavam.
não verificação da doença;
b) Desde que o trabalhador, sem motivo justifi-
CAPÍTULO X cado, se recuse a ser observado pelo médico
designado pela empresa;
Prestações complementares c) Quando a empresa demonstrar através de fun-
damentação escrita que o trabalhador não cum-
SECÇÃO I priu as indicações da caixa sobre a sua perma-
nência no domicílio, a não ser que o trabalhador
Subsídio complementar de doença apresente motivos justificáveis;
d) Quando o trabalhador não comunicar à empresa
Cláusula 105.a a situação de doença no próprio dia ou, havendo
Conceito e âmbito motivos justificáveis, nos três dias úteis subse-
quentes à data do seu início, bem como das
1 — Em caso de doença com baixa, é atribuído aos prorrogações da respectiva baixa.
trabalhadores dos subsectores de comércio e garagens
um subsídio complementar do das instituições de pre- 2 — No caso da alínea c) do número anterior, o com-
vidência, limitado, respectivamente, a 60 ou 90 dias por plemento só poderá deixar de ser atribuído a partir da
ano, seguidos ou interpolados. altura em que se comprove a situação aí verificada.
2 — O subsídio referido no número anterior é devido 3 — O pagamento de subsídio ficará condicionado à
a partir do 4.o dia de baixa, inclusive. exibição pelo trabalhador do boletim de baixa. No termo
desta, o trabalhador deverá apresentar à empresa o
3 — Aos trabalhadores dos subsectores de garagens documento da alta.
que comprovadamente padeçam de doença profissional
será atribuído um complemento de subsídio pago pela SECÇÃO II
previdência, até ao montante da retribuição auferida
Subsídio complementar das indemnizações
à data da baixa e até ao limite de 180 dias de baixa. por acidente de trabalho

Cláusula 106.a Cláusula 109.a


Quantitativo de complemento do subsídio Subsídio complementar das indemnizações por acidente de trabalho

1 — O complemento do subsídio será de 25 % da 1 — No que respeita a subsídio complementar das


retribuição. indemnizações por acidente de trabalho e as situações
decorrentes de incapacidade dos subsectores de comér-
2 — Para o subsector de garagens no caso de tra- cio e garagens, observar-se-á o seguinte:
balhadores que não tenham ainda adquirido o direito I) Quanto ao subsector do comércio auto-
à assistência médica da respectiva instituição de pre- móvel:
vidência, a entidade patronal garantirá 85 % da retri-
buição líquida auferida pelo trabalhador, após o decurso a) Em caso de incapacidade parcial ou absoluta
do período experimental e até ao limite de 90 dias. para o trabalho habitual, proveniente de aci-
dente de trabalho ou doença profissional ao ser-
3 — A soma das subvenções atribuídas pela entidade viço da empresa, a entidade patronal diligen-
patronal e da comparticipação das instituições de pre- ciará por forma a conseguir a reconversão para
vidência não poderá, em caso algum, ser superior à retri- função compatível com as diminuições veri-
buição líquida auferida pelo trabalhador à data de baixa. ficadas;
b) Se a retribuição da nova função acrescida da
pensão relativa à incapacidade for inferior à
Cláusula 107.a
auferida à data da baixa, a entidade patronal
Controlo da situação de doença pela entidade patronal pagará a respectiva diferença;
c) No caso de incapacidade absoluta temporária,
1 — A situação de doença pode ser comprovada por
a empresa pagará um subsídio igual à diferença
um médico designado pela empresa.
entre a retribuição líquida à data da baixa e
a indemnização legal a que o trabalhador tenha
2 — Havendo discrepância entre o parecer do médico
direito, durante seis meses;
designado pela empresa e o médico responsável pela
baixa, poderá a empresa reclamar para as instituições
II) Quanto ao subsector de garagens:
de previdência respectivas.
a) Em caso de acidente de trabalho, as entidades
3 — A empresa poderá mandar verificar a presença patronais pagarão aos seus trabalhadores a dife-
no seu domicílio do trabalhador com baixa. rença entre a retribuição auferida à data da

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 198


baixa e a importância recebida do seguro obri- para quaisquer efeitos, designadamente férias,
gatório por lei, enquanto durar a baixa; antiguidade ou aposentação.
b) Em caso de assalto à mão armada, ou roubo, Entre o dia 1 de Janeiro e 31 de Dezembro
a abastecedores de combustíveis durante as de 1999, a licença de maternidade será de 110 dias.
horas de serviço de que resulte para estes pro- A partir de 1 de Janeiro do ano 2000 vigorarão
fissionais incapacidade total ou parcial perma- 120 dias consecutivos;
nente para o trabalho, as entidades patronais c) Dois períodos de uma hora por dia às traba-
pagar-lhes-ão ainda a diferença entre a retri- lhadoras que aleitem filhos até 10 meses após
buição auferida à data do acidente e a impor- parto, sem diminuição de retribuição nem redu-
tância recebida do seguro obrigatório por lei ção do período de férias; os dois períodos de
no montante limitado a um capital de 520 000$, uma hora podem ser acumulados mediante
quando a incapacidade for total, ou quando o acordo das partes.
não for, a uma percentagem deste capital idên-
tica à percentagem de incapacidade atribuída 2 — As trabalhadoras deverão dar conhecimento à
por tribunal de trabalho; empresa dos factos que determinem a aplicação do dis-
c) Esta cláusula somente fica a constituir o direito posto nas alíneas a), b) e c) do número anterior com
adquirido para além da vigência deste contrato a brevidade possível, após deles terem tido conhe-
se as companhias seguradoras não agravarem cimento.
as condições actuais dos contratos de seguro
inerentes a esta matéria. 3 — É vedado às mulheres o trabalho com produtos
tóxicos, ácidos ou líquidos corrosivos e gases nocivos,
2 — A prática intencional por parte do trabalhador salvo se esse trabalho estiver especificamente compreen-
de qualquer acto que vise tirar benefícios desta cláusula dido no exercício da sua profissão a todos os trabalhos
por meios dolosos constitui infracção disciplinar. que, por diploma legal, sejam considerados como impli-
cando riscos efectivos ou potenciais para a função gené-
tica, bem como o transporte de pesos superiores a 15 kg
SECÇÃO III com carácter de regularidade e a 20 kg em casos
excepcionais.
Refeitório
4 — Em tudo o mais rege o disposto na legislação
Cláusula 110.a aplicável.
Refeitório

1 — As empresas do subsector de montagem de auto- Cláusula 112.a


móveis que empreguem 50 ou mais trabalhadores devem Proibição de discriminação
dispor de uma ou mais salas destinadas exclusivamente
a refeitório, com meios próprios para aquecer a comida, 1 — É proibida qualquer discriminação baseada no
não comunicando directamente com locais de trabalho, sexo, quer directa, quer indirecta, nomeadamente pela
instalações sanitárias ou locais insalubres. referência ao estado civil, ou à situação familiar, sendo
garantido o acesso das mulheres a qualquer emprego,
2 — No mesmo subsector, por acordo entre as empre- profissão ou posto de trabalho.
sas e os órgãos legalmente representativos dos traba-
2 — Não são consideradas discriminatórias as dispo-
lhadores, e no seu interior deverão ser fornecidas refei-
sições de carácter temporário que estabeleçam uma pre-
ções mediante uma comparticipação dos utentes não
ferência em razão do sexo imposta pela necessidade
inferior a 30 % nem superior a 60 % do custo total da de corrigir uma desigualdade enquanto valor social.
refeição.
3 — Considera-se para todos os efeitos como parte
3 — Nas precisas condições do número anterior, para integrante do presente CCTV o Decreto-Lei n.o 392/79,
os trabalhadores que não possam beneficiar da refeição de 20 de Setembro, e a Lei n.o 105/97, de 13 de Setembro.
as empresas deverão compensá-los com um subsídio de
valor igual à comparticipação delas no custo da refeição.
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XI Disciplina
Do trabalho das mulheres Cláusula 113.a
Sanções disciplinares
Cláusula 111.a
Direitos especiais das mulheres 1 — As infracções disciplinares dos trabalhadores
serão punidas, conforme a gravidade da falta, com as
1 — São, em especial, assegurados às mulheres os seguintes sanções:
seguintes direitos:
a) Admoestação simples e verbal pelo superior
a) Não desempenhar durante a gravidez e até três hierárquico;
meses após o parto tarefas clinicamente desa- b) Repreensão registada e comunicada por escrito
conselhadas para o seu estado, sem diminuição ao trabalhador;
da retribuição; c) Suspensão do trabalho e da retribuição pelos
b) Faltar durante 98 dias por período da mater- períodos de 1 a 12 dias;
nidade, os quais não poderão ser descontados d) Despedimento.

199 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


2 — Para efeito da graduação das sanções deverá que for estabelecido nas revisões salariais que ocorre-
atender-se à natureza e gravidade da infracção e ao rem, tendo a mesma produção de efeitos.
comportamento anterior.

3 — A suspensão do trabalho e da retribuição não Cláusula 119.a


pode exceder, em cada ano civil, o total de 30 dias úteis.
Reclassificação profissional
4 — As empresas comunicarão ao sindicato respectivo
a aplicação das penalidades previstas nas alíneas b) e 1 — Para efeitos de reclassificação profissional não
seguintes do n.o 1 desta cláusula, bem como os motivos poderá resultar qualquer prejuízo para os trabalhadores,
que as determinaram. designadamente baixa de escalão ou de outra posição
que ocupem na carreira profissional.
Cláusula 114.a
2 — Para efeitos de promoção contar-se-á todo o
Aplicação de sanções tempo de serviço prestado na empresa.
1 — Nenhuma sanção disciplinar, com excepção da
prevista na alínea a) do n.o 1 da cláusula anterior, poderá
ser aplicada sem audiência prévia do trabalhador através Cláusula 120.a
da entrega de uma nota de culpa em que se lhe dê
Princípio geral de igualdade de tratamento
conhecimento da acusação.
As relações de trabalho abrangidas por este contrato
2 — O trabalhador dispõe de um prazo de cinco dias regem-se pelo princípio constitucional de que a trabalho
úteis para deduzir por escrito os elementos que con- igual deve corresponder salário igual.
sidere relevantes para o esclarecimento da verdade.

3 — Decorrido o prazo referido no número anterior


a entidade patronal proferirá uma decisão fundamen- Cláusula 121.a
tada através de documento escrito do qual será entregue Carácter globalmente mais favorável
uma cópia ao trabalhador.
1 — O presente CCTV no âmbito do seu contexto
Cláusula 115.a substitui todos os instrumentos de regulamentação de
trabalho aplicável aos trabalhadores e às empresas
Prescrição de infracção disciplinar representadas pelas associações outorgantes.
A infracção disciplinar prescreve ao fim de um ano
a contar do momento em que teve lugar ou logo que 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
cesse o contrato de trabalho. considera-se expressamente este CCTV mais favorável
do que os instrumentos de regulamentação colectiva de
trabalho substituídos nos termos do número anterior.
Cláusula 116.a
Caducidade do procedimento disciplinar (2) 3 — Da aplicação do CCTV não poderá resultar para
os trabalhadores baixa de categoria, e, bem assim, dimi-
Qualquer que seja a sanção disciplinar a aplicar ao
nuição de retribuição, nem dos quantitativos dos abonos
trabalhador, o procedimento disciplinar caduca se não
para falhas, das ajudas de custo e das despesas de des-
for exercido nos 30 dias subsequentes à verificação ou
locação resultantes de instrumentos de regulamentação
conhecimento dos factos constitutivos da infracção dis-
colectiva de trabalho vigentes à data da sua entrada
ciplinar pela entidade patronal ou pelo superior hie-
em vigor.
rárquico com competência disciplinar.
ANEXO I
a
Cláusula 117. Tabelas salariais
Execução de sanções
Níveis Tabela I Tabela II
A execução de sanções terá lugar nos três meses sub-
sequentes à decisão.
1 ........................... 173 250$00 192 750$00
2 ........................... 154 150$00 173 250$00
CAPÍTULO XIII 3 ........................... 134 850$00 151 600$00
4 ........................... 122 300$00 134 900$00
5 ........................... 109 600$00 122 300$00
Disposições finais 6 ........................... 100 450$00 109 650$00
7 ........................... 92 600$00 100 850$00
8 ........................... 84 450$00 93 750$00
Cláusula 118.a 9 ........................... 78 900$00 86 100$00
Actualização 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 150$00 81 150$00
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 050$00 77 900$00
As cláusulas de expressão pecuniária sofrerão um 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 600$00 74 050$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 550$00 70 050$00
acréscimo de valor percentual igual ao aumento global

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 200


GRUPO I

Categorias profissionais com aprendizagem e prática e com oficiais de 1.a nos graus 8 e 9

Tabela salarial de aprendizes das categorias profissionais dos graus 8 e 9

1.o ano 2.o ano 3.o ano


Idade de admissão
Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II

15 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00


16 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 -$- -$-
17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 -$- -$- -$- -$-

Tabela salarial dos praticantes das categorias profissionais dos graus 8 e 9

Tabela I Tabela II

Praticante iniciado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00


Praticante do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00
Praticante do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00

GRUPO II

Categorias profissionais sem aprendizagem mas com prática

Praticantes das categorias profissionais sem aprendizagem

1.o ano 2.o ano 3.o ano


Idade de admissão
Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II

15 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00


16 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 -$- -$-
17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 -$- -$- -$- -$-

GRUPO III

Categorias profissionais com prática e início aos 18 anos

Idade Tabela I Tabela II

Praticante de 18 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00


Praticante de 19 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00

GRUPO IV

Categorias profissionais de escalão único com prática e início aos 18 anos

Idade Tabela I Tabela II

Praticante do 1.o ano com 18 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00


Praticante do 1.o ano com 19 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 150$00 54 600$00
Praticante do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00

201 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Paquetes (escritório) e praticantes (comércio e armazém)

1.o ano 2.o ano 3.o ano

Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II

Paquetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00


Praticantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00

Critério diferenciador de tabelas ANEXO II

Enquadramento das categorias profissionais


I em níveis ou graus do remuneração

Empresas estritamente comerciais são aquelas que Nível 1


se dedicam em separado ou conjuntamente à impor-
tação, comércio por grosso e ou retalho de veículos, Director de serviços.
máquinas agrícolas e industriais, pneus, peças e aces- Gerente comercial.
sórios, motociclos, reboques e outros bens ligados à acti-
vidade automóvel. Nível 2

Chefe de divisão.
II Técnico IV (3).
Empresas estritamente de reparação são aquelas que Nível 3
se dedicam exclusivamente à reparação de veículos
automóveis. Chefe de serviços/chefe de departamento.
Técnico III (4).
III Nível 4

Empresas estritamente de montagem de automóveis Caixeiro-encarregado geral.


são aquelas que se dedicam exclusivamente à montagem Encarregado geral.
de automóveis. Inspector administrativo.
Instrutor técnico.
Programador de informática.
IV Técnico II (5).
Empresas polivalentes são aquelas que, além das acti- Nível 5
vidades estritamente comerciais ligadas ao comércio
automóvel, exercem outras actividades comerciais e ou Agente de métodos (mais de quatro anos).
industriais de prestação de serviços. Caixeiro-encarregado ou caixeiro chefe de secção.
Chefe de compras.
Chefe de secção.
V Chefe de vendas.
Desenhador maquetista.
Às empresas referidas no n.o I aplicam-se as tabelas I Desenhador projectista.
e II, consoante o valor da facturação anual global seja, Encarregado geral de armazém.
respectivamente, inferior ou superior a 187 000 000$. Gestor de stocks.
Às empresas referidas nos n.os II, III e IV aplicar-se-ão Medidor-orçamentista coordenador.
as tabelas I ou II, consoante o valor da facturação anual Planificador — 1.o escalão.
global seja, respectivamente, inferior ou superior a Secretário(a) III.
261 000 000$, deduzidos os impostos e taxas sobre as Técnico fabril.
quais não indicam margens de lucro e ainda as vendas Técnico I (6).
de combustíveis. Tradutor.
Às empresas em que, por virtude da aplicação de
instrumentação anterior, já seja aplicada a tabela II da Nível 6
referida instrumentação aplicar-se-á a tabela II do pre-
sente CCT, não podendo, a partir da data da entrada Agente de compras.
em vigor do mesmo, passar a aplicar-se a tabela I. Agente de métodos (menos de quatro anos).
Agente de normalização.
Analista de funções.
VI Chefe de linha de montagem.
Correspondente em língua estrangeira.
As tabelas salariais e o critério diferenciador de tabe- Desenhador de estudos.
las constantes do anexo I produzem efeitos a partir de Desenhador retocador (artes gráficas).
1 de Agosto de 1998. Encarregado.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 202


Encarregado (electricista). Electricista auto de 1.a
Encarregado de armazém. Electricista bobinador (mais de três anos).
Enfermeiro. Electricista de baixa tensão (mais de três anos).
Inspector de vendas. Electricista de conservação industrial (mais de três
Inspector técnico. anos).
Medidor-orçamentista (mais de seis anos). Encarregado de refeitório.
Monitor. Ensaiador-afinador de 1.a
Monitor informático. Estofador de 1.a
Planificador — 2.o escalão (mais de seis anos). Experimentador (mais de um ano).
Preparador de trabalho (mais de um ano). Fiel de armazém.
Prospector de vendas. Fogueiro de 1.a
Secretário(a) II. Forjador de 1.a
Subchefe de secção. Fresador mecânico de 1.a
Técnico administrativo. Fundidor ou moldador manual de 1.a
Técnico avaliador. Mandrilador mecânico de 1.a
Técnico de controle de qualidade. Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas agrícolas
Técnico de electrónica industrial e ou telecomunicações. e ou industriais de 1.a
Técnico de gás auto. Mecânico de aparelhos de precisão de 1.a
Técnico de manutenção industrial. Mecânico auto gás de 2.a
Técnico de prevenção. Mecânico de automóveis de 1.a
Nível 7 Mecânico de bombas de injecção de 1.a
Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ventilação
Chefe de equipa (chefe de grupo). e aquecimento de 1.a
Chefe de equipa (electricista). Medidor (três a seis anos).
Correspondente em línguas estrangeiras (7). Medidor-orçamentista (menos de três anos).
Cronometrista (mais de um ano). Montador-reconstrutor de baterias (mais de três anos).
Demonstrador de máquinas e equipamentos. Motorista de pesados.
Desenhador gráfico. Operador de máquinas de fundição injectada de 1.a
Encarregado de garagem. Operador periférico.
Mecânico auto gás de 1.a Pintor de construção civil de 1.a
Medidor (mais de seis anos). Pintor de veículos, máquinas ou móveis de 1.a
Medidor-orçamentista (mais de três e menos de seis Planeador [programador de fabrico (menos de um ano)].
anos). Planificador — 2.o escalão (menos de três anos).
Operador de computador. Preparador auxiliar de trabalho.
Operador de laboratório químico. Preparador técnico de sobressalentes e peças de reserva
Orçamentista. (menos de três anos).
Planeador [programador de fabrico (mais de um ano)]. Primeiro-escriturário (8).
Planificador — 2.o escalão (mais de três e menos de seis Promotor de vendas.
anos). Recepcionista mecânico de 1.a
Preparador de ferramentas, moldes, cunhos e cortantes Recepcionista ou atendedor de oficina (mais de um
de 1.a ano).
Preparador técnico de sobressalentes e de peças de Repuxador de 1.a
reserva (mais de um ano). Serralheiro civil de 1.a
Secretário (a) I. Serralheiro de ferramentas, moldes, cunhos e cortantes
Técnico de métodos. de 1.a
Técnico de metrologia. Serralheiro de rastos de 1.a
Nível 8
Serralheiro mecânico de 1.a
Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico de 1.a
Afinador de máquinas de 1.a Temperador de metais de 1.a
Agente de aprovisionamento (mais de um ano). Torneiro mecânico de 1.a
Arvorado de construção civil. Vendedor (caixeiro-viajante ou caixeiro de praça).
Bate-chapas de 1.a Nível 9
Caixa.
Caixeiro de 1.a Afiador de ferramentas de 1.a
Canalizador de 1.a Afinador de máquinas de 2.a
Carpinteiro de carroçarias/estruturas de 1.a Afinador, reparador e montador de bicicletas e ciclo-
Carpinteiro de limpos e ou conservação de 1.a motores de 1.a
Cobrador (mais de três anos). Agente de aprovisionamento (menos de um ano).
Condutor/operador de estação de tratamento de águas Agente de produção (mais de 1 ano).
residuais. Ajudante de fiei de armazém.
Conferente (mais de três anos). Apontador (mais de um ano).
Controlador de aplicação de 1.a Assentador de isolamentos de 1.a
Controlador de qualidade (mais de um ano). Bate-chapas de 2.a
Cozinheiro de 1.a Bombeiro fabril de 1.a
Cronometrista (menos de um ano). Caixa de balcão.
Desenhador gráfico (três a seis anos). Caixeiro de 2.a
Electricista (mais de três anos). Canalizador de 2.a

203 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Carpinteiro de carroçarias/estruturas de 2.a Operador de prevenção, higiene e segurança (com mais
Carpinteiro de limpos e ou conservação de 2.a de dois anos).
Casquinheiro de 1.a Operador de quinadeira e ou viradeira e ou calandra
Cobrador (menos de três anos). de 1.a
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans- Operador de telex.
portes de 1.a Operador de tratamentos térmicos de 1.a
Condutor/operador de estação de tratamento de águas Operador fabril de 2.a
residuais. Pedreiro de 1.a
Conferente (menos de três anos). Pintor da construção civil de 2.a
Conferente-abastecedor de linha (mais de dois anos). Pintor de veículos, máquinas e móveis de 2.a
Controlador de aplicação de 2.a Polidor de 1.a
Controlador-caixa. Preparador de pintura de 1.a
Cortador de metal de 1.a Preparador de tintas para linhas de montagem de 1.a
Cozinheiro de 2.a Preparador-repositor (mais de três anos).
Decapador por jactos de 1.a Rebarbador de 1.a
Decapador por processos químicos de 1.a Rebitador de 1.a
Desenhador gráfico (até três anos). Recepcionista de parques de estacionamento.
Despachante (mais de um ano). Recepcionista/telefonista de 1.a
Despenseiro. Recepcionista-atendedor de oficina (menos de um ano).
Electricista auto de 2.a Rectificador mecânico de 2.a
Electricista (menos de três anos). Repuxador de 2.a
Electricista bobinador (menos de três anos). Segundo-escriturário (9).
Electricista de baixa tensão (menos de três anos). Serralheiro civil de 2.a
Electricista de conservação industrial (menos de três anos). Serralheiro de ferramentas, moldes, cunhos e cortantes
Empregado de balcão. de 3.a
Encadernador gráfico. Serralheiro de rastos de 2.a
Encalcador de 1.a Serralheiro mecânico de 2.a
Ensaiador-afinador de 2.a Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico de 2.a
Estanhador de 1.a Soldador por pontos ou costura de 1.a
Esteno-dactilógrafo em língua portuguesa. Telefonista de 1.a
Estofador de 2.a Temperador de metais de 2.a
Estofador em série de 1.a Torneiro mecânico de 2.a
Estucador de 1.a Verificador de produtos adquiridos (mais de um ano).
Experimentador (menos de um ano). Vulcanizador de 1.a
Ferrageiro de 1.a
Nível 10
Ferramenteiro de 1.a
Fogueiro de 2.a Afinador de ferramentas de 2.a
Forjador de 2.a Afinador de máquinas de 3.a
Fresador mecânico de 2.a Afinador, reparador e montador de bicicletas ou ciclo-
Fundidor ou moldador manual de 2.a motores de 2.a
Guilhotineiro de 1.a Agente de produção (menos de um ano).
Maçariqueiro de 1.a Ajudante de motorista.
Mandrilador mecânico de 2.a Apontador (menos de um ano).
Maquinista de força motriz de 1.a Arquivista fabril (mais de quatro anos).
Mecânico auto gás de 3.a Arquivista técnico (mais de quatro anos).
Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas agrícolas Assentador de isolamentos de 2.a
e ou industriais de 2.a Bate-chapas de 3.a
Mecânico de aparelhos de precisão de 2.a Bombeiro fabril de 2.a
Mecânico de automóveis de 2.a Caixeiro de 3.a
Mecânico de bombas de injecção de 2.a Caixoteiro (mais de um ano).
Mecânico de madeiras de 1.a Canalizador de 3.a
Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ventilação Carpinteiro de carroçarias/estruturas de 3.a
e aquecimento de 2.a Carpinteiro de limpos e ou conservação de 3.a
Medidor (menos de três anos). Carregador-descarregador (mais de um ano).
Metalizador à pistola de 1.a Casquinheiro de 2.a
Moldador de estruturas de fibra de 1.a Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
Montador de estruturas metálicas e ligeiras de 1.a porte de 2.a
Montador de peças ou órgãos mecânicos em série de 1.a Condutor/operador de estação de tratamento de águas
Montador de pneus especializado. residuais (com menos de dois anos).
Montador-ajustador de máquinas de 2.a Conferente-abastecedor de linha (menos de dois anos).
Montador-reconstrutor de baterias (menos de três anos). Controlador de aplicação de 3.a
Motorista de ligeiros. Controlador de qualidade (menos de um ano).
Operador de banhos químicos e ou electroquímicos Cortador de metal de 2.a
de 1.a Cortador de tecidos ou pergamóides (mais de dois anos).
Operador de máquinas de fundição injectada de 2.a Cortador ou serrador de materiais de 1.a
Operador de máquinas — pantógrafo de 1.a Cozinheiro de 3.a
Operador de prensa ou balancé de 1.a Decapador por jacto de 2.a

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 204


Decapador por processos químicos de 2.a Recepcionista ou acendedor de stand.
Desempenador (mais de dois anos). Recepcionista/telefonista de 2.a
Despachante (menos de um ano). Rectificador mecânico de 3.a
Detector de deficiências de fabrico (mais de dois anos). Repuxador de 3.a
Encalcador de 2.a Serralheiro civil de 3.a
Ensaiador-afinador de 3.a Serralheiro de rastos de 3.a
Entregador de ferramentas, materiais ou produto (mais Serralheiro mecânico de 3.a
de um ano). Soldador de baixo ponto de fusão (mais de dois anos).
Estanhador de 2.a Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico de 3.a
Estofador de 3.a Soldador por pontos ou costura de 2.a
Estofador em série de 2.a Telefonista de 2.a
Estucador de 2.a Temperador de metais de 3.a
Ferrageiro de 2.a Terceiro-escriturário.
Ferramenteiro de 2.a Torneiro mecânico de 3.a
Fogueiro de 3.a Vendedor de automóveis (10).
Forjador de 3.a Verificador de produtos adquiridos (menos de um ano).
Fresador mecânico de 3.a Vulcanizador de 2.a
Fundidor-moldador manual de 3.a
Nível 11
Guilhotineiro de 2.a
Lavadeiro (mais de dois anos). Amarrador.
Lavador de viaturas. Arquivista fabril (menos de quatro anos).
Lavador-lubrificador. Arquivista técnico (menos de quatro anos).
Lubrificador. Caixeiro-ajudante (mais de um ano).
Lubrificador de veículos automóveis. Caixoteiro (menos de um ano).
Maçariqueiro de 2.a Carregador/descarregador (menos de um ano).
Mandrilador mecânico de 3.a Contínuo.
Manufactor de materiais de higiene e segurança. Cortador de tecidos ou pergamóides (menos de
Maquinista de força motriz de 2.a dois anos).
Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas agrícolas Cortador ou serrador de materiais de 2.a
e ou industriais de 3.a Dactilógrafo do 2.o ano
Mecânico de aparelho de precisão de 3.a Decapador por jacto de 3.a
Mecânico de automóveis de 3.a Desempenador (menos de dois anos).
Mecânico de bombas de injecção de 3.a Detector de deficiências de fabrico (menos de dois anos).
Mecânico de madeiras de 2.a Distribuidor.
Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ventilação Embalador.
e aquecimento de 3.a Empilhador.
Metalizador à pistola de 2.a Empregado de lavandaria.
Montador de estruturas de fibra de 2.a Empregado de serviços externos (estafeta).
Montador de estruturas metálicas ligeiras de 2.a Entregador de ferramentas (menos de um ano).
Montador de peças ou órgãos mecânicos em série de 2.a Escolhedor e classificador de sucatas.
Montador-ajustador de máquinas de 3.a Estagiário do 1.o ano.
Movimentador de carros em parque. Jardineiro.
Operador de banhos químicos e ou electroquímicos Lavadeiro (menos de dois anos).
de 2.a Lavador.
Operador de engenho de coluna ou portátil (mais de Limpador de viaturas.
dois anos). Mecânico de madeiras de 3.a
Operador de estufas (mais de dois anos). Moldador de estruturas de fibra de 3.a
Operador de máquinas — pantógrafo de 2.a Montador de pneus.
Operador de máquinas de fabrico de colchão ou estofos Operador de engenho de coluna ou portátil (menos de
(mais de dois anos). dois anos).
Operador de máquinas de fundição injectada de 3.a Operador de máquinas de fabrico de colchão ou estofos
Operador de prensa ou balancé de 3.a (menos de dois anos).
Operador de prevenção, higiene e segurança (com Operador heliográfico (mais de quatro anos).
menos de dois anos). Pré-oficial electricista do 1.o ano.
Operador de quinadeira e ou viradeira e ou calandra Soldador de baixo ponto de fusão (menos de dois anos).
de 2.a Tirocinante técnico de desenho do 2.o ano.
Operador de tratamentos térmicos de 2.a Vendedor estagiário.
Pedreiro de 2.a Nível 12
Pintor de construção civil de 3.a
Pintor de veículos, máquinas e móveis de 3.a Abastecedor de combustíveis.
Polidor de 2.a Ajudante de electricista do 2.o ano (à excepção do elec-
Pré-oficial electricista do 2.o ano. tricista auto) (10).
Preparador de pintura de 2.a Caixeiro-ajudante (menos de um ano).
Preparador de tintas para linha de montagem de 2.a Dactilógrafo do 1.o ano.
Preparador-repositor (menos de três anos). Empregado de refeitório.
Rebarbador de 2.a Estagiário do 1.o ano.
Rebitador de 2.a Estagiário para lavador-lubrificador.

205 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Estagiário para lubrificador. Subchefe de secção.
Guarda. Técnico administrativo.
Guarda de garagens. Técnico avaliador.
Operador heliográfico (menos de quatro anos). Tradutor.
Porteiro.
Roupeiro. 4.2 — Produção:
Servente/operário não especializado.
Desenhador de estudos.
Tirocinante técnico de desenho do 1.o ano.
Desenhador-maquestista.
Desenhador-projectista.
Nível 13
Monitor.
Ajudante de electricista do 1.o ano (à excepção do elec- Montador-ajustador de máquinas.
tricista auto) (11). Planificador (1.o escalão).
Estagiário para lavador. Planificador (2.o escalão).
Servente de limpeza. Preparador de trabalho.
Técnico de controlo de qualidade.
Integração das profissões abrangidas por este CCTV Técnico fabril.
em níveis de qualificação (*) Técnico industrial.
Técnico de manutenção industrial.
1 — Quadros superiores:
Técnico de métodos.
Analista de sistemas. Técnico de metrologia.
Chefe de serviços (chefe de departamento). Técnico de prevenção.
Contabilista.
Director de serviços. 5 — Profissionais qualificados:
Técnico de software. 5.1 — Administrativos:
Caixa.
2 — Quadros médios: Controlador de aplicação.
2.1 — Técnicos administrativos: Escriturário.
Esteno-dactilógrafo em língua portuguesa.
Gestor de stocks. Operador de computador.
Inspector administrativo. Operador de máquinas de contabilidade.
Programador de informática. Operador mecanográfico.
Tesoureiro. Operador periférico.
Operador de telex.
2.2 — Técnicos de produção e outros:
Agente de métodos. 5.2 — Comércio:
Agente de normalização.
Caixeiro.
Caixeiro-encarregado.
Demonstrador de máquinas e equipamentos.
Gerente comercial.
Promotor de vendas.
Inspector técnico.
Prospector de vendas.
Instrutor técnico.
Vendedor.
Verificador de produtos adquiridos.
3 — Encarregados, contramestres, mestres e chefes
de equipa:
5.3 — Produção:
Caixeiro-encarregado ou caixeiro chefe de secção.
Afiador de ferramentas.
Chefe de vendas.
Afinador de máquinas.
Encarregado.
Afinador, reparador e montador de bicicletas e
Encarregado de armazém.
ciclomotores.
Encarregado geral de armazém.
Afinador, reparador e montador de bicicletas, ciclo-
Encarregado de garagens.
motores e motociclos.
Encarregado geral.
Apontador.
Encarregado de refeitório.
Arvorado em linha de montagem.
Inspector de vendas.
Assentador de isolamentos.
Medidor-orçamentista-coordenador.
Bate-chapas (chapeiro).
Canalizador.
4 — Profissionais altamente qualificados:
Carpinteiro de carroçarias/estruturas.
4.1 — Administrativos, comércio e outros:
Carpinteiro de limpos e ou conservação.
Agente de compras. Casquinheiro.
Analista de funções. Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Chefe de compras. transporte.
Correspondente em línguas estrangeiras. Controlador de qualidade.
Enfermeiro. Cortador de metal.
Esteno-dactilógrafo em línguas estrangeiras. Cronometrista.
Orçamentista. Desenhador gráfico.
Programador mecanográfico. Desenhador retocador (artes gráficas).
Secretário de direcção. Electricista.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 206


Electricista auto. Fiel de armazém.
Electricista bobinador. Medidor.
Electricista de baixa tensão. Medidor-orçamentista.
Electricista de conservação industrial. Motorista (pesados ou ligeiros).
Encadernador. Operador de laboratório químico.
Encalcador. Tirocinante TD.
Ensaiador-afinador.
Estanhador. 6 — Profissionais semiqualificados (especializados):
Estofador. 6.1 — Administrativos, comércio e outros:
Estucador (construção civil).
Experimentador. Abastecedor de combustíveis.
Ferrageiro. Ajudante de motorista.
Ferramenteiro. Arquivista fabril.
Fogueiro. Arquivista técnico.
Forjador. Bombeiro fabril.
Fresador mecânico. Caixa de balcão.
Fundidor-moldador manual. Conferente.
Maçariqueiro. Controlador-caixa (hotelaria).
Mandrilador mecânico. Dactilógrafo.
Maquinista de força motriz. Distribuidor.
Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas Embalador.
agrícolas e ou industriais. Empilhador.
Mecânico de aparelhos de precisão. Empregado de balcão.
Mecânico de automóveis. Empregado de lavandaria.
Mecânico de bombas de injecção. Empregado de refeitório.
Mecânico de madeiras. Lavadeiro.
Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ven- Lavador.
tilação e aquecimento. Lavador de viaturas.
Metalizador à pistola. Lavador-lubrificador.
Montador de pneus especializado. Limpador de viaturas.
Montador-reconstrutor de baterias. Lubrificador.
Operador de banhos químicos e ou electroquí- Lubrificador de veículos automóveis.
micos. Operador de máquinas auxiliares.
Operador-condutor de estação de tratamento de Operador de máquinas auxiliares (informática).
residuais. Preparador-repositor.
Operador de prevenção, higiene e segurança. Recepcionista de garagens.
Operador de tratamento de térmicos. Recepcionista de parques de estacionamento.
Pedreiro (trolha). Recepcionista ou acendedor de stand.
Pintor da construção civil. Roupeiro.
Pintor de veículos, máquinas ou móveis. Telefonista.
Planeador (programador do fabrico).
Polidor. 6.2 — Produção:
Preparador técnico de sobressalentes e peças de Caixoteiro.
reserva. Conferente abastecedor de linha.
Preparador de tintas para linhas de montagem. Cortador de tecidos ou pergamóides.
Rebitador. Cortador ou serrador de materiais.
Recepcionista ou acendedor de oficina. Decapador por processos químicos.
Rectificador mecânico. Desempenador.
Repuxador. Detector de deficiências de fabrico.
Serralheiro civil. Entregador de ferramentas, materiais ou produtos.
Serralheiro de ferramentas, moldes, cunhos e Escolhedor e classificador de sucata.
cortantes. Estofador em série e ou colchoeiro mecânico.
Serralheiro mecânico. Guilhotineiro.
Serralheiro de rastos. Manufactor de material de higiene e segurança.
Soldador de baixo ponto de fusão. Montador de estruturas metálicas ligeiras.
Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico. Montador de peças ou órgãos mecânicos em série.
Soldador por pontos ou costura. Montador de pneus.
Técnico de electrónica industrial e ou telecomu- Movimentador de carros em parques.
nicações. Operador de engenho de coluna ou portátil.
Temperador de metais. Operador de estufa.
Torneiro mecânico. Operador de máquinas de fundição injectada.
Trabalhador de qualificação especializada.
Operador de prensa (ou de balancé).
Operador de quinadeira e ou viradeira e ou
5.4 — Outros:
calandra.
Agente de aprovisionamento. Operador de máquinas para o fabrico de colchões
Cozinheiro. ou estofos.
Despenseiro. Operador heliográfico.

207 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Preparador auxiliar de trabalho. e ciclomotores até 125 cc, procedendo por vezes à sua
Preparador de pintura. montagem.
Rebarbador.
Vulcanizador. Afinador, reparador e montador de bicicletas, ciclomo-
tores e motociclos. — É o trabalhador que repara e afina
7 — Profissionais não qualificados (indiferenciados): bicicletas, ciclomotores e motociclos, procedendo por
7.1 — Administrativos, comércio e outros: vezes à sua montagem.
Carregador-descarregador.
Contínuo. Agente de aprovisionamento. — É o trabalhador que,
Estagiário para lavador-lubrificador. existindo secção de aprovisionamento, recebe e enca-
Estagiário a lavador. minha documentação relativa às encomendas, assegu-
Estagiário a lubrificador. rando a existência dos materiais necessários à fabricação
Guarda. dentro dos prazos previstos, bem como estabelecer a
Guarda de garagens. ligação entre o sector comercial e o sector oficinal.
Paquete (não integr. em níveis remuneração).
Porteiro. Agente de compras. — É o trabalhador que, mediante
Servente. directrizes superiores, estuda e interpreta especificações
Servente de limpeza. técnicas, pedidos de compra, desenhos, catálogos, etc.,
Servente/trabalhador não especializado. das matérias-primas, máquinas e equipamentos neces-
sários a produção directa ou indirecta. Procede a diver-
7.2 — Produção: sas operações essenciais ao aprovisionamento das
melhores condições de preço, qualidade e prazos de
Amarrador. entrega, elaborando consultas a diversos fornecedores.
Operário não especializado. Procede ao estudo e comparação técnico-comercial das
diversas propostas. Em casos especiais trata do desem-
8 — Estágio e aprendizagem: baraço alfandegário.
Caixeiro-ajudante.
Estagiário. Agente de métodos. — É o trabalhador que, utilizando
Praticante. conhecimentos técnicos e experiência oficinal, analisa
Pré-oficial (electricista). projectos nas fases de orçamentação e ou execução,
podendo propor alterações, estuda métodos (de traba-
Profissões integráveis em dois níveis lho, tempos, ferramentas) e indica os materiais e ou
matérias-primas, de acordo com as especificações do
Arvorado (construção civil) — 3/5.3. projecto. Pode acessoriamente acumular as funções de
Chefe de equipa (chefe de grupo) — 3/5.3. preparador de trabalho.
Chefe de divisão.
Chefe de linha de montagem — 3/5.3.
Agente de normalização. — É o trabalhador que pro-
Chefe de secção — 2.1/4.1.
cede ao estudo de normas a utilizar na empresa quanto
Cobrador — 5.1/6.1.
aos produtos, materiais, processos ou formas de pro-
Guarda-livros — 2.1/4.1.
cedimento. Pode superintender no arquivo e divulgação
Perfurador-verificador/operador de dados — 5.1/6.1.
das normas.
Técnico.
ANEXO III Agente de produção. — É o trabalhador que, gene-
ricamente, agrupa, selecciona, examina e encaminha
Definição de funções todos os elementos referentes a materiais, desenhos,
Abastecedor de combustíveis. — É o trabalhador maior mão-de-obra, equipamentos e outros referentes à pro-
de 18 anos de idade que faz a venda de combustíveis dução, auxiliando e colaborando com os trabalhadores
e de todos os demais produtos ligados à actividade, com- dos diferentes serviços de produção. Regista, preenche
petindo-lhe cuidar do local e do equipamento afectos e arquiva a documentação relacionada com o serviço
à venda de combustíveis e prestar toda a assistência ou secção de onde tem a sua actividade.
à clientela, nomeadamente verificar e atestar o óleo,
a água e a pressão dos pneumáticos. Ajudante de fiel de armazém. — É o trabalhador que
coadjuva o fiel de armazém e o substitui em caso de
Afiador de ferramentas. — É o trabalhador que afia impedimento.
com mós abrasivas e máquinas adequadas ferramentas,
como fresas, machos de atarraxar, caçonetes, brocas e Ajudante de motorista. — É o trabalhador que acom-
ferros de corte. Eventualmente poderá trabalhar de panha o motorista, competindo-lhe auxiliá-lo na manu-
acordo com normas ou instruções recebidas. tenção do veículo, vigiar e indicar as manobras e arrumar
as mercadorias no veículo. Poderá ainda ocasionalmente
Afinador de máquinas. — É o trabalhador que afina, proceder à distribuição das mercadorias pelos clientes
prepara ou ajusta as máquinas, de modo a garantir-lhes e efectuar as respectivas cobranças.
a eficiência no seu trabalho, podendo proceder à mon-
tagem das respectivas ferramentas. Amarrador. — É o trabalhador que amarra e ou pen-
dura peças ligeiras em ganchos de arame ou suportes
Afinador, reparador e montador de bicicletas e ciclo- similares apropriados para receberem tratamento por
motores. — É o trabalhador que repara e afina bicicletas pintura, banhos químicos ou electro-químicos.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 208


Analista de funções. — É o trabalhador que reúne, tagem de mangueira, a fim de conduzir fluidos a diversos
analisa e elabora informações sobre as funções dos dife- locais da empresa onde seja necessário.
rentes postos de trabalho. Escolhe ou recebe a incum-
bência de estudar o posto ou postos de trabalho mais Caixa. — É o trabalhador que, nos escritórios, tem
adequados à observação que se propõe realizar; analisa a seu cargo como função exclusiva ou predominante
as tarefas tal como se apresentam; faz as perguntas o serviço de recebimento, pagamento e guarda de
necessárias ao profissional e ou a alguém conhecedor dinheiro e valores; prepara os sobrescritos segundo as
do trabalho; regista de modo claro, directo e porme- folhas de pagamento. Pode preparar os fundos desti-
norizado as diversas fases do trabalho tendo em atenção nados a serem depositados e tomar as disposições neces-
a sequência lógica de movimentos, acções e tarefas de sárias para os levantamentos.
forma a responder às perguntas da fórmula de análise
sobre o que faz o trabalhador, como o faz, por que Caixa de balcão. — É o trabalhador que, exclusiva ou
o faz e o que exige o seu trabalho; executa um resumo predominantemente, recebe numerário ou cheques em
tão sucinto quanto possível do posto de trabalho no pagamento de mercadorias ou serviços no local de
seu conjunto. venda, verifica as somas devidas, passa um recibo ou
bilhete, conforme o caso, e regista estas operações em
Apontador. — É o trabalhador que procede à recolha, folhas de caixa.
registo, selecção e ou encaminhamento de elementos
respeitantes à mão-de-obra, entrada e saída de pessoal, Caixeiro. — É o trabalhador que vende mercadorias,
materiais, produtos, ferramentas, máquinas e instalações no comércio, por grosso ou a retalho, elaborando guias
necessárias a sectores ligados à produção, podendo aces- de remessa (vendas a dinheiro ou crédito) no momento
soriamente ajudar na distribuição das remunerações ao da venda. Fala com o cliente no local de venda e infor-
pessoal de produção junto dos seus postos de trabalho. ma-se do género de produto que deseja; ajuda o cliente
a efectuar a escolha do produto; enuncia o preço, cuida
Arquivista fabril. — É o trabalhador que, nas secções da embalagem do produto ou toma as medidas neces-
de métodos, programação, planificação e preparação de sárias para a sua entrega; recebe encomendas, elabora
trabalho, ou similares, predominantemente, arquiva notas de encomenda e transmite-as para execução.
desenhos, catálogos, normas e toda a documentação Poderá eventualmente colaborar na conferência e arru-
relativa aos processos de fabrico e mão-de-obra. Procede mação das mercadorias entradas na loja. É por vezes
também à entrega dos documentos quando solicitados, encarregado de fazer o inventário periódico das exis-
e pode eventualmente proceder à reprodução de do- tências.
cumentos.
Caixeiro-ajudante. — É o trabalhador que, terminado
Arquivista técnico. — É o trabalhador que, na secção o período de aprendizagem, estagia para caixeiro.
de desenho, predominantemente, arquiva desenhos,
catálogos, normas e toda a documentação relativa ao Caixeiro-encarregado geral. — É o trabalhador a quem
sector. Procede também à entrega de documentos, compete coordenar e orientar o serviço dos caixeiros-
quando solicitado, e pode eventualmente proceder à -encarregados ou chefes de secção.
reprodução de documentos.
Caixeiro-encarregado ou caixeiro-chefe de secção. — É
Arvorado (construção civil). — É o trabalhador que o trabalhador a quem compete dirigir um estabeleci-
chefia uma equipa de oficiais da mesma profissão e os mento ou uma secção e ou que coadjuva o caixeiro-
trabalhadores indiferenciados. -encarregado geral.

Arvorado em linha de montagem. — É o trabalhador Caixeiro de praça (pracista). — É o vendedor que


que, em linha de montagem em cadeia, substitui, sempre exerce a sua actividade na área da sede da entidade
que necessário e num intervalo de tempo relativamente patronal e concelhos limítrofes ou ainda segundo a natu-
curto, qualquer dos trabalhadores da respectiva linha reza do produto que vende.
durante a ausência destes. A sua função é a de um
trabalhador polivalente dentro da respectiva linha de Caixeiro-viajante. — É o vendedor que exerce a sua
montagem; não lhe compete exercer funções de chefia. actividade numa zona geográfica determinada fora da
área definida para o caixeiro de praça.
Assentador de isolamentos. — É o trabalhador que
prepara e aplica os produtos isolantes para revestimento Caixoteiro. — É o trabalhador que constrói e repara
de superfícies metálicas ou eventualmente outras, ser- caixas, caixotes ou paletes de madeira para a embalagem
vindo-se de ferramentas apropriadas. de máquinas ou produtos diversos ligados à metalurgia,
com vista à sua expedição ou armazenamento.
Bate-chapas (chapeiro). — É o trabalhador que exe-
cuta e ou repara peças em chapa fina, enforma e desem- Canalizador. — É o trabalhador que corta, rosca e
pena por martelagem e ou prensagem, substitui peças solda tubos de ferro galvanizado, chumbo, plástico ou
de chapa ou partes, regulariza superfícies e respectivas matérias afins e executa e ou repara canalizações em
ligações, alinha correctamente conjuntos e subconjuntos edifícios, instalações industriais e outros locais.
utilizando ferramentas e equipamentos adequados.
Carpinteiro de carroçarias/estruturas. — É o trabalhador
Bombeiro fabril. — É o trabalhador que assegura con- que fabrica, monta e repara, manual ou mecanicamente,
dições de segurança e combate contra incêndios e presta estruturas para vários tipos de carroçarias, procedendo aos
primeiros socorros a sinistrados. Poderá efectuar mon- seus acabamentos, nomeadamente à fixação e montagem

209 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


de alumínios, vidros, vedante, fechos, guias, redes, aplicações Chefe de vendas. — É o trabalhador que dirige, coor-
laminadas de madeiras prensadas, revestimentos plásticos dena ou controla um ou mais sectores de venda da
e outros. empresa.

Carpinteiro de limpos e ou conservação. — É o tra- Cobrador. — É o trabalhador que efectua, fora dos
balhador que, predominantemente, trabalha em madei- escritórios, recebimentos, pagamentos e depósitos ou
ras, incluindo os respectivos acabamentos no banco da serviços análogos.
oficina ou na obra, executa os trabalhos de conservação,
reparação ou modificação de equipamentos ou insta- Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
lações em madeira ou matérias similares. porte. — É o trabalhador que, dentro das instalações da
empresa, conduz guinchos, pontes e pórticos rolantes,
Carregador-descarregador. — É o trabalhador que, em empilhadores, gruas de elevação e quaisquer outras
predominantemente, executa tarefas de carregamento máquinas de força motriz para transporte e arrumação
e descarregamento dos materiais, ou produtos, quer nas de materiais ou produtos. Estas máquinas só podem
instalações da empresa quer em outros locais. ter capacidade até 15 t de carga e estarem equipadas
com lanças de comprimento inferior a 15 m e serem
Casquinheiro. — É o trabalhador que repara e even- manobradas a menos de 10 m de altura.
tualmente fabrica radiadores de refrigeração de motores
e os seus componentes e ainda acessórios ornamentais Conferente. — É o trabalhador que desempenha pre-
para viaturas automóveis. dominantemente as funções de abertura de caixotes de
peças e acessórios, desencaixotamento e confere e clas-
Chefe de compras. — É o trabalhador especialmente sifica o material e eventualmente regista a entrada e
encarregado de apreciar e ou adquirir os artigos para ou a saída de mercadorias e ou materiais com vista
uso e venda no estabelecimento de acordo com a política ao seu acondicionamento ou expedição.
da empresa.
Conferente abastecedor de linha. — É o trabalhador
que, nas oficinas e em linhas de montagem, confere
Chefe de divisão. — É o trabalhador que estuda, orga- e verifica o material quanto ao seu estado e o distribui
niza, redige e coordena, sob a orientação do seu superior pelos postos de trabalho.
hierárquico, nas várias áreas da empresa as actividades
que lhe são próprias; exerce, dentro da área que chefia Contínuo. — É o trabalhador cuja missão consiste em
e nos limites da sua competência, funções de direcção, anunciar visitantes, fazer a entrega de documentos, men-
orientação e fiscalização do pessoal sob as suas ordens sagens e objectos inerentes ao serviço interno e estam-
e de planeamento das actividades da área, segundo as pilhar ou entregar correspondência. Quando menor de
orientações e fins definidos; propõe a aquisição de equi- 18 anos, pode ser denominado «paquete». Pode ainda
pamento e materiais e a admissão de pessoal necessário executar o serviço de reprodução de documentos, de
ao bom funcionamento do departamento e executa endereçamento, assim como serviços externos que não
outras funções semelhantes. sejam predominantemente os já definidos como atri-
buições de outras categorias profissionais.
Chefe de serviços/chefe de departamento. — É o tra-
balhador que faz estudos, dirige ou coordena, sob orien- Controlador de aplicação. — É o trabalhador que pla-
tação do seu superior hierárquico, num ou vários sec- nifica, prepara e controla diariamente os documentos
tores da empresa (departamento ou serviço, consoante para perfuração ou codificação ou verifica a qualidade
a orgânica da empresa), as actividades que lhe são pró- e a exactidão de documentos entrados e saídos de um
prias. Exerce, dentro do sector que chefia e nos limites sistema automatizado de informação. Pode ainda pre-
da sua competência, funções de planeamento, organi- parar e controlar os dados recolhidos para introdução
zação e controlo do pessoal sob a sua supervisão, de num sistema de tratamento de dados.
acordo com orientações e fins definidos. Poderá propor
ao seu superior hierárquico a aquisição de equipamento Controlador-caixa (hotelaria). — É o trabalhador cuja
e outros meios materiais, bem como a admissão dos actividade predominante consiste na emissão das contas
recursos humanos necessários ao bom funcionamento de consumo nas salas de refeições, recebimento das
dos serviços por que é responsável. importâncias respectivas, mesmo quando se trate de pro-
cessos de pré-pagamento, venda e recebimento de
Chefe de equipa (chefe de grupo). — É o trabalhador senhas, elaboração dos mapas de movimento da sala
que, executando ou não funções da sua profissão, na em que preste serviço e auxilia os serviços de controlo
dependência de um superior hierárquico, dirige e orienta e recepção.
directamente um grupo de profissionais que executem
funções análogas e ou complementares (12). Controlador de qualidade. — É o trabalhador que veri-
fica se o trabalho executado ou em execução corres-
Chefe de linha de montagem. — É o trabalhador que, ponde às características expressas em desenhos, normas
sob a orientação de um superior hierárquico, dirige, de fabrico ou especificações técnicas. Detecta e assinala
controla e coordena directamente um grupo de traba- possíveis defeitos ou inexactidões de execução ou aca-
lhadores e dois ou mais chefes de equipa. bamento, podendo eventualmente elaborar relatórios
simples.
Chefe de secção. — É o trabalhador que coordena,
dirige e controla o trabalho de um grupo de profissionais Correspondente em línguas estrangeiras. — É o traba-
de escritórios e correlativos. lhador que redige cartas, eventualmente notando-as em

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 210


estenografia, e quaisquer outros documentos de escri- impurezas, gorduras ou óxidos, procedendo a outras
tório em línguas estrangeiras, dando-lhes seguimento operações até obter o estado desejado para que a peça
apropriado; lê, traduz, se necessário, o correio recebido receba a protecção que lhe vai ser aplicada.
e junta-lhe a correspondência anterior sobre o mesmo
assunto; estuda documentos e informa-se sobre a maté- Demonstrador de máquinas e equipamentos. — É o tra-
ria em questão ou recebe instruções definidas com vista balhador que efectua demonstrações, dentro ou fora
à resposta, redige textos, faz rascunhos de cartas, nor- das instalações, de diversos tipos de viaturas, máquinas
malmente em língua estrangeira, dita-as ou dactilogra- e equipamentos ou acessórios, com o objectivo de per-
fa-as. Pode ser encarregado de se ocupar dos respectivos mitir que os clientes se apercebam das suas caracte-
processos. rísticas, qualidades técnicas e do conveniente funcio-
namento dos mesmos.
Cortador de metal. — É o trabalhador que, por dese-
nho ou instruções que lhe são fornecidas, e em máquinas Desempenador. — É o trabalhador que, manual ou
de disco ou mó de diamante, procede ao corte e rec- mecanicamente, procede a desempanes simples em
tificação de metal. peças ou materiais, sem que para isso utilize réguas,
esquadros ou outras ferramentas de precisão ou plano
Cortador ou serrador de materiais. — É o trabalhador de desempeno.
que, manual ou mecanicamente, corta perfilados, chapas
metálicas, vidros e plásticos. As máquinas e ferramentas Desenhador de estudos. — É o trabalhador que, a par-
que utiliza são afinadas e reguladas por outrem, só o tir de directivas definidas superiormente, estuda, modi-
sendo pelo próprio excepcionalmente, na ausência fica, amplia e executa desenhos de conjunto ou de por-
imprevista do trabalhador que normalmente procede à menor relativos a anteprojectos e projectos simples de
referida afinação e regulação. construção, instalação, equipamentos, manutenção ou
reparação, com base em elementos por ele recolhidos
Cortador de tecidos ou pergamóides. — É o trabalha- ou que lhe sejam fornecidos. Estuda soluções alterna-
dor que coloca em lote as peças de tecido ou pergamóide tivas de procedimento e propõe as mais aconselháveis,
a cortar, conta-as, marca as linhas de corte e corta-as os materiais a utilizar, os acabamentos e tolerâncias a
com o auxílio de máquina apropriada. respeitar, as formas de ligação dos elementos e a nor-
malização aplicável. Desenha e pormenoriza as peças
Cozinheiro. — É o trabalhador que prepara, tempera até ao pormenor necessário para a sua execução em
e cozinha os alimentos destinados às refeições; elabora obra, utilizando conhecimentos de materiais e a tec-
ou contribui para a composição das ementas; recebe nologia de execução. Pode eventualmente orientar
os víveres e outros produtos necessários à sua confecção, outros trabalhadores da sua especialidade. Executa as
podendo ser incumbido de proceder à sua requisição, tarefas da sua função sob directivas gerais e com liber-
tendo em conta o número provável de utentes; amanha dade para escolha de processos de execução.
o peixe, prepara os legumes e as carnes e procede à
execução das operações culinárias segundo o tipo de Desenhador gráfico. — É o trabalhador que conforme
pratos a confeccionar, emprata-os e guarnece-os; exe- a especialidade, executa trabalhos gráficos ou publici-
cuta ou vela pela limpeza da cozinha e dos utensílios. tários a partir de esboços ou elementos técnicos for-
Quando exerça a chefia da cozinha, compete-lhe, ainda, necidos. Copia, por decalque, ou amplia, através de apa-
organizar, coordenar e dirigir os trabalhos da mesma relhagem apropriada ou técnicas de desenho, cada uma
e, em especial, requisitar os géneros necessários à con- das cores da maqueta com tintas-da-china autográficas
fecção das ementas: organizar o serviço e a distribuição ou tintas opacas (nanquins) para posterior execução de
dos turnos do pessoal e seus horários, vigiar a sua apre- películas fotográficas. Em litografia, poderá desenhar,
sentação e higiene; manter em dia o inventário de todo a lápis ou a tinta, cada uma das cores do original ou
o material de cozinha; tratar do aprovisionamento (da maqueta, dando-lhes ponto, ou não, inclinações, esba-
cozinha) e do registo dos consumos. tidos por pintura ou por sombra ou fazer as necessárias
gravações.
Cronometrista. — É o trabalhador que analisa os
ciclos operatórios de tarefas executadas nos postos de Desenhador maquetista. — É o trabalhador que, a par-
trabalho, procedendo à medição dos tempos de exe- tir dos dados verbais ou escritos, cria esboços e maque-
cução, ritmos ou cadência de trabalho, podendo registar tiza todo o material gráfico ou campanha publicitária
em impressos próprios as medições que efectua. destinada à imprensa, televisão, postos de venda, publi-
cidade exterior e directa, marcas, livros, folhetos, logo-
Dactilógrafo. — É o trabalhador que, predominante- tipos, papel de carta, embalagens, stands ou montras.
mente, executa trabalhos dactilográficos minutados ou
redigidos por outrem, podendo, acessoriamente, exe- Desenhador projectista. — É o trabalhador que par-
cutar serviços auxiliares de escritório, nomeadamente ticipa, de harmonia com o ramo de actividade sectorial
de arquivo, registo ou cópia de correspondência. ou especialidade(s), na concepção, no estudo e na ela-
boração de anteprojectos e projectos, colhendo os ele-
Decapador por jacto. — É o trabalhador que manual- mentos indispensáveis às soluções em estudo, alterna-
mente e com o auxilio de jacto de areia, granalha ou tivas, gerais ou parcelares, em planos de conjunto e de
outros materiais, decapa ou limpa peças ou materiais. execução; a partir de um programa dado, verbal ou
escrito, estuda, esboça ou projecta a totalidade de um
Decapador por processos químicos. — É o trabalhador conjunto, ou partes de um conjunto, concebendo a sua
que, por processos químicos, prepara peças metálicas estruturação e interligação; prepara planos para exe-
para ulteriores operações industriais, retirando-lhes cução, desenhos de conjunto ou de pormenor, listagem

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de materiais e especificações técnicas, podendo elaborar nos serviços de embalagem e acondicionamento dessas
notas descritivas e de síntese, incluídas em desenhos mercadorias.
que completem ou esclareçam aspectos particulares das
peças desenhadas com perfeita observância de normas Electricista. — É o trabalhador que instala, conserva
e regulamentos técnicos, e efectua cálculos necessários e repara circuitos e aparelhagem eléctrica em estabe-
que não sejam específicos de profissionais de engenha- lecimentos comerciais ou industrias e outros locais;
ria; pode fazer a recepção de desenhos e proceder à orienta, frequentemente, a sua actividade por desenhos,
sua verificação, preparando estudos de soluções alter- esquemas ou outras especificações técnicas, que inter-
nativas a planos gerais e a projectos executivos; colabora, preta.
sempre que necessário, na preparação de cadernos de
encargos, elementos para orçamento e processos para Electricista auto. — É o trabalhador que instala,
concurso; com base na sua experiência técnico-profis- repara, conserva e ensaia circuitos e aparelhagem eléc-
sional e percepção das concepções e formas estruturais trica, nomeadamente circuitos e aparelhagem de sina-
apresentadas para estudo e elaboração, responde a soli- lização, iluminação, acústica, aquecimento, ignição,
citações de trabalho em termos de desenvolvimento de combustível, gerador, distribuidor e acumulador. Utiliza
projectos. Executa tarefas da sua função sob directivas normalmente esquemas e outras especificações técnicas.
gerais e com liberdade para conceber e definir os pro-
cessos de execução e planear algumas acções decorren-
Electricista bobinador. — É o trabalhador que, utili-
tes; o seu trabalho não é supervisado em pormenor,
zando dispositivos adequados, bobina e ensaia toda a
podendo comportar normalmente a orientação ou coor-
gama de máquinas eléctricas, bobinas e transformadores
denação de outros profissionais.
de alta e baixa tensão, de acordo com as suas carac-
terísticas eléctricas. Guia-se normalmente por esquemas
Desenhador retocador (artes gráficas). — É o trabalha-
e outras especificações técnicas.
dor que, a partir de uma maqueta ou dispositivos, inter-
preta tecnicamente e executa, sobre película fotográfica,
cartazes, folhetos, calendários, marcas, rótulos, etc. Electricista de baixa tensão. — É o trabalhador que
Poderá dar assistência aos trabalhos em execução. instala, conserva e repara circuitos de baixa tensão e
executa as tarefas fundamentais do electricista, mas em
Despachante. — É o trabalhador que, no sector de relação a circuitos e aparelhagem eléctrica de baixa
expedição e transporte, procede a registos e emissão tensão.
de documentos indispensáveis ao movimento de trans-
porte e expedição da empresa. Electricista de conservação industrial. — É o trabalha-
dor que monta, ajusta, instala, conserva e repara diversos
Despenseiro. — É o trabalhador que armazena, con- tipos de circuitos, máquinas e aparelhagem eléctrica de
serva e distribui géneros alimentícios e outros produtos comando, corte e protecção de baixa tensão em fábricas,
em refeitórios; recebe os produtos e verifica se coin- oficinas ou nos locais de utilização. Inspecciona perio-
cidem em quantidade e qualidade com os discriminados dicamente o funcionamento dos circuitos, máquinas e
nas notas de encomenda; arruma-os convenientemente, aparelhagem e determina as suas revisões. Guia-se nor-
cuida da sua conservação e fornece, mediante requisição, malmente por esquemas e outras especificações técnicas.
os produtos que lhe sejam solicitados. Mantém actua-
lizado o seu registo, verifica periodicamente as existên- Embalador. — É o trabalhador que predominante-
cias e informa superiormente sobre as necessidades de mente embala e ou desembala mercadorias diversas, por
aquisição. Pode ser incumbido de efectuar a compra métodos manuais ou mecânicos, com vista à sua expo-
de géneros de consumo diário. sição ou armazenamento.

Detector de deficiências de fabrico. — É o trabalhador Empilhador. — É o trabalhador cuja actividade pre-


que, de forma simples, por tacto, visão ou utilizando dominante é empilhar ou enlotar mercadorias por pro-
instrumentos de fácil leitura, verifica se o produto adqui- cessos físicos ou mecânicos, podendo eventualmente
rido, em curso de fabrico ou acabado, está em condições executar outras tarefas afins.
de utilização, separando o que apresenta deficiências;
para o efeito recebe instruções simples. Empregado de balcão. — É o trabalhador que serve
bebidas e refeições ao balcão, coloca no balcão toalhetes,
Director de serviços. — É o trabalhador que estuda, pratos, copos, talheres e demais utensílios necessários;
dirige, organiza e coordena, nos limites dos poderes de serve os vários pratos e bebidas, substitui a louça servida,
que está investido, as actividades da empresa, ou de prepara e serve misturas, batidos, sandes, cafés, infusões
um ou vários dos seus departamentos. Exerce funções e outros artigos complementares das refeições. Por vezes
tais como colaborar na determinação da política da prepara pratos de rápida confecção, tais como bifes e
empresa; planear a utilização mais conveniente da mão- omeletas. Fornece aos empregados das mesas os artigos
-de-obra, equipamento, materiais, instalações e capitais; por estes solicitados, passa as contas e cobra as impor-
orientar, dirigir e fiscalizar a actividade da empresa tâncias ou respectivos consumos e arrecada os docu-
segundo os planos estabelecidos, a política adoptada e mentos e créditos autorizados. Executa ou coopera nos
as normas e regulamentos prescritos; criar e manter uma trabalhos de asseio, arrumação e abastecimento da
estrutura que permita explorar e dirigir a empresa de secção.
maneira eficaz; colaborar na fixação da política finan-
ceira e ou outras e exercer a verificação dos custos. Empregado de lavandaria. — É o trabalhador que pro-
cede à recepção, lavagem e secagem manual ou mecâ-
Distribuidor. — É o trabalhador que distribui merca- nica dos fatos e sapatos de trabalho, engoma roupas
dorias por clientes ou sector de vendas, podendo auxiliar e faz arranjos de costura sempre que necessário.

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Empregado de refeitório. — É o trabalhador que exe- viços dirigindo e coordenando directamente um ou mais
cuta nos diversos sectores de um refeitório trabalhos encarregados.
relativos ao serviço das refeições; empacota ou dispõe
talheres e outros utensílios destinados às refeições; pre- Encarregado de refeitório. — É o trabalhador que orga-
para as salas, lavando e dispondo mesas e cadeiras da niza, coordena, orienta e vigia os serviços de um refei-
forma mais conveniente; coloca nos balcões ou nas tório. Requisita géneros, utensílios e quaisquer outros
mesas pão, fruta, doces, sumos, vinhos, cafés e outros produtos necessários ao normal funcionamento dos ser-
artigos de consumo, recepciona e distribui refeições, viços. Fixa ou colabora no estabelecimento das ementas,
levanta tabuleiros ou louças das mesas e transporta-os tomando em consideração o tipo de trabalhadores a
para a copa; lava louças, recipientes e outros utensílios. que se destinam e o valor dietético dos alimentos. Dis-
Pode proceder a serviços de preparação das refeições tribui as tarefas ao pessoal, velando pelo cumprimento
e executar serviços de limpeza e asseio dos diversos das regras de higiene, eficiência e disciplina. Verifica
sectores. a quantidade e qualidade das refeições. Elabora mapas
explicativos das refeições fornecidas para posterior con-
Empregado de serviços externos (estafeta). — É o tra- tabilização. Pode ainda ser encarregado de receber os
balhador que efectua no exterior pequenas aquisições, produtos e verificar se coincidem em quantidade e qua-
entrega ou recolha de documentos, serviço de infor- lidade com os discriminados nas requisições.
mação, podendo eventualmente proceder a pagamentos
de pequeno montante. Enfermeiro. — É o trabalhador que administra a tera-
pêutica e os tratamentos prescritos pelo médico; presta
Encadernador. — É o trabalhador que executa a tota- primeiros socorros de urgência; presta cuidados de
lidade ou as principais tarefas em que se decompõe enfermagem básicos e globais aos trabalhadores da
o trabalho de encadernação. Vigia e orienta a dobragem, empresa, sãos ou doentes; faz educação sanitária, ensi-
alceamento e passagem à letra; abre os sulcos do tipo nando os cuidados a ter não só para manter o seu grau
de costura e dimensão da obra; faz o lombo, corta e de saúde e até a aumentá-lo, com especial ênfase para
apara, faz o revestimento; prepara e cola as guardas, as medidas de protecção e segurança no trabalho, como
confecciona ainda álbuns, pastas de secretária, caixas prevenir as doenças em geral e as profissionais em par-
de arquivo e outros arquivos e obras de encadernação. ticular: observa os trabalhadores sãos ou doentes; veri-
Dá às peles diferentes tonalidades e efeitos. Pode enca- fica temperatura, pulso, respiração, tensão arterial, peso,
dernar livros usados ou restaurar obras antigas. Pode altura, procurando detectar precocemente sinais e sin-
agrafar ou aplicar títulos e desenhos a ouro por meio tomas de doença e encaminha-os para o médico; auxilia
de balancé. o médico na consulta e nos meios complementares de
diagnóstico e tratamento; responsabiliza-se pelo equi-
Encalcador. — É o trabalhador que veda as juntas
pamento médico; efectua registo relacionado com a sua
de peças metálicas utilizando ferramentas manuais ou
actividade, por forma a informar o médico e assegurar
mecânicas apropriadas. Bate as juntas, esmagando-lhes
a continuidade dos cuidados de enfermagem.
os rebordos de forma a obter vedação. Pode chanfrar
bordos de chaparia ou afagar determinadas superfícies
de soldaduras. Ensaiador-afinador. — É o trabalhador que, predomi-
nantemente, analisa o estado das máquinas ou veículos
Encarregado. — É o trabalhador que dirige, coordena a reparar a fim de determinar as reparações a efectuar
e orienta directamente chefes de linha de montagem e ultimar as respectivas afinações depois da reparação
e ou chefes de equipa e ou outros trabalhadores com ou na fase final de fabricação.
profissões comuns ou diversas. Incluem-se nesta cate-
goria profissional os trabalhadores que, estando clas- Entregador de ferramentas, materiais ou produtos. —
sificados como chefes de equipa, são coordenados direc- É o trabalhador que nos armazéns entrega as ferra-
tamente pela entidade patronal. mentas, materiais ou produtos que lhe são requisitados,
e tem a seu cargo o registo e controle das existências
Encarregado de armazém. — É o trabalhador que dos mesmos. Incluem-se nesta profissão os trabalhado-
dirige os trabalhadores e toda a actividade de armazém, res que em linhas de montagem procedem à distribuição
responsabilizando-se pelo bom funcionamento do de materiais e produtos pelos postos de trabalho.
mesmo.
Escolhedor e classificador de sucata. — É o trabalha-
Encarregado geral de armazém. — É o trabalhador que dor que escolhe e classifica sucata de metais destinados
dirige e coordena a acção de dois ou mais encarregados a fusão e outros fins, podendo, se necessário, proceder
de armazém. à desmontagem simples.

Encarregado de garagens. — É o trabalhador que nas Escriturário. — É o trabalhador que executa várias
garagens, estações de serviço, postos de abastecimento, tarefas que variam consoante a natureza e importância
parques de estacionamento e nos estabelecimentos de do escritório onde trabalha; nomeadamente, redige rela-
combustíveis, lubrificantes e de pneus substitui e ou tórios, cartas, notas informativas e documentos, manual-
representa, eventualmente, a gerência, atende clientes, mente ou à máquina, dando-lhes seguimento apro-
cobra facturas, orienta o movimento interno, fiscaliza priado; tira as notas necessárias à execução das tarefas
e auxilia o restante pessoal e, quando expressamente que lhe competem; examina o correio recebido, sepa-
autorizado, ajusta contratos e admite pessoal. ra-o, classifica-o e compila os dados que são necessários
para preparar as respostas; elabora, ordena ou prepara
Encarregado geral. — É o trabalhador que, nos limites os documentos relativos à encomenda, distribuição e
de poderes em que está investido, organiza os seus ser- regularização das compras e vendas, recebe pedidos de

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informação e transmite-os à pessoa ou serviço compe- Ferramenteiro. — É o trabalhador que controla as
tente; põe em caixa os pagamentos de contas e despesas entradas e saídas de ferramentas, dispositivos ou mate-
assim como outras operações contabilísticas; estabelece riais acessórios, procede à sua verificação e conservação
o extracto das operações efectuadas e de outros docu- e à operação simples de reparação. Controla as exis-
mentos para informação da direcção, atende os can- tências, faz requisições para abastecimento da ferramen-
didatos às vagas existentes, informa-os das condições taria e procede ao seu recebimento e ou entrega.
de admissão e efectua registos de pessoal; preenche for-
mulários oficiais e internos relativos ao pessoal ou à Fiel de armazém. — É o trabalhador que superintende
empresa, ordena e arquiva notas de livranças, recibos, as operações de entrada e saída de mercadorias e ou
cartas e outros documentos e elabora dados estatísticos materiais, executa ou fiscaliza os respectivos documen-
e atende o telefone nos casos inerentes à sua função. tos; responsabiliza-se pela enumeração e conservação
Acessoriamente nota em estenografia, escreve à das mercadorias e ou materiais; examina a concordância
máquina e opera com máquinas de escritório. Pode entre as mercadorias recebidas e as notas de encomenda,
ainda efectuar, fora do escritório, serviços necessários recibos ou outros documentos e toma nota dos danos
ao andamento de processos em tribunais ou repartições e perdas; orienta e controla a distribuição das merca-
públicas.
dorias pelos sectores da empresa, utentes ou clientes;
promove a elaboração de inventários; colabora com o
Estagiário. — É o trabalhador que se prepara para
ingressar na categoria de escriturário. superior hierárquico na organização do material do
armazém.
Estagiário de lavador. — É o trabalhador que ajuda
ou pratica no serviço de lavagem. Fogueiro. — É o trabalhador que alimenta e conduz
geradores de vapor, competindo-lhe, além do estabe-
Estagiário de lubrificador. — É o trabalhador que lecido pelo Regulamento da Profissão de Fogueiro,
ajuda ou pratica no serviço de lubrificador. aprovado pelo Decreto n.o 46 989, de 30 de Abril de
1966, a limpeza do tubular, fornalhas e condutas e pro-
Estanhador. — É o trabalhador que, com o auxílio videnciar pelo bom funcionamento de todos os aces-
de equipamento adequado, aplica um revestimento de sórios, bem como pelas bombas de alimentação de água
estanho sobre peças ou materiais para os proteger. Pre- e de combustível.
para e executa operações de soldadura e enchimentos
a estanho, assim como outras operações inerentes a esta Forjador. — É o trabalhador que forja, martelando,
profissão. manual ou mecanicamente, metais aquecidos, fabri-
cando ou reparando peças e ferramentas. Pode proceder
Esteno-dactilógrafo em língua estrangeira. — É o tra- também à execução de soldaduras por caldeamento e
balhador que, em mais de um idioma, anota em este- tratamentos térmicos de recozimento, têmpera ou
nografia e transcreve em dactilografia cartas, relatórios, revenido.
minutas, manuscritos e registos de máquinas de ditar.
Fresador mecânico. — É o trabalhador que, operando
Estofador. — É o trabalhador que traça os moldes e uma fresadora, executa trabalhos de fresagem de peças,
o material e executa as operações de talhar, coser, trabalhando por desenhos ou peça modelo. Prepara a
enchumaçar, pregar ou grampar, na confecção e repa- máquina e, se necessário, as ferramentas que utiliza.
ração de estofos, guarnições e outros componentes de
veículos, móveis ou outras estruturas Pode proceder às Fundidor-moldador manual. — É o trabalhador que,
montagens inerentes à função e operações subsequentes com base em determinados métodos de fabrico que lhe
necessárias ao seu desenvolvimento, designadamente são fornecidos, executa manualmente moldações em
reparação de entradas de água, desde que compatíveis areia, utilizando moldes soltos ou cérceas.
com os seus conhecimentos profissionais e com o seu
trabalho quotidiano. Gerente comercial. — É o trabalhador que, mediante
procuração bastante, gere e administra o estabeleci-
Estofador em série e ou colchoeiro mecânico. — É o mento em substituição da entidade patronal ou em cola-
trabalhador que, em fabricação em série, monta enchi- boração com esta, de acordo com a política da empresa
mentos, capas, guarnições ou outros materiais inerentes
à estofagem e ou que opera uma máquina de debruar que para o efeito for decidida.
colchões de molas. Incluem-se aqui os trabalhadores
que operem em máquinas de soldar plásticos e per- Gestor de «stocks». — É o trabalhador responsável pela
gamóides por alta frequência. gestão, rotação e controlo dos stocks de matérias-primas,
materiais ou peças. Baseia-se em dados informáticos ou
Estucador (construção civil). — É o trabalhador que outros, que selecciona criteriosamente, tratando-os de
trabalha em esboços, estuques e lambris. Não interpreta acordo com a política de gestão da empresa. Quando
desenhos ou plantas. necessário, propõe alterações do regime de gestão, rota-
ção e controle dos stocks de matérias-primas, materiais
Experimentador. — É o trabalhador que na linha de ou peças.
montagem experimenta e verifica as unidades em curso
de montagem, a fim de assinalar anomalias no funcio- Guarda. — É o trabalhador que assegura a defesa,
namento, tendo em vista a sua posterior correcção. vigilância e conservação das instalações gerais do escri-
tório e ou das instalações gerais da empresa e de outros
Ferrageiro. — É o trabalhador que monta, acerta ou valores que lhe estejam confiados, registando, na ausên-
conjuga ferragens normais, tais como dobradiças, fechos, cia do porteiro, entradas e saídas de mercadorias, veí-
fechaduras, puxadores e outros artigos afins. culos e materiais.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 214


Guarda de garagens. — É o trabalhador a quem é con- gem, interior ou exterior, simples ou completa, de veí-
fiada a guarda e vigilância das instalações e das viaturas culos, máquinas e peças, retirando-lhes, nomeadamente,
nelas recolhidas, bem como todo o material e máquinas, impurezas, colas e massa, executa serviços para prepa-
podendo também proceder à venda de combustíveis e ração e acabamentos efectuados por máquinas e, even-
lubrificantes e à entrega de veículos aos clientes e rece- tualmente, assiste a pneus e câmaras-de-ar. Lubrifica,
ber facturas. muda óleos ou atesta níveis em peças, máquinas ou veí-
culos. Executa os trabalhos necessários para manter em
Guilhotineiro. — É o trabalhador que, em guilhotinas boas condições os pontos de lubrificação. Procede ao
apropriadas, corta chapas metálicas de diversas espes- aproveitamento de resíduos de metais não ferrosos.
suras. Trabalha de acordo com instruções, planos de
corte ou croquis das peças em chapa a obter na gui- Lavador de viaturas. — É o trabalhador que procede
lhotina. Regula as esferas e guias da máquina, segundo à lavagem interior ou exterior, simples ou composta,
as dimensões e ângulos indicados. Pode, quando neces- dos veículos automóveis, retirando-lhes, nomeada-
sário, marcar nas chapas as linhas de corte. mente, colas e massas, com meios próprios, executa ser-
viços para preparação e acabamentos nas lavagens efec-
Inspector administrativo. — É o trabalhador que tem tuadas por máquinas e, eventualmente, assiste a pneus
como função predominante a inspecção no que respeita e câmaras-de-ar. Eventualmente poderá proceder à
à contabilidade e administração de todos os departa- lubrificação de viaturas, desde que esta tarefa seja com-
mentos da empresa, suas delegações, agências, escri- patível com os seus conhecimentos profissionais e com
tórios ou empresas associadas. o seu trabalho quotidiano.
Inspector técnico. — É o trabalhador que controla o Lavadeiro. — É o trabalhador que procede à limpeza
serviço de assistência dos concessionários e agentes. Ins- de peças ou artigos metálicos em banhos detergentes,
pecciona o serviço do pessoal de assistência, fornecen- alcalinos ou acidulados, desde que fortemente diluídos
do-lhe apoio de consulência e formação. Analisa recla- em água. Incluem-se nesta categoria os profissionais que
mações dos clientes nos aspectos de garantia do produto procedem ao aproveitamento de resíduos de metais não
e de eficiência na assistência, efectuando contactos ferrosos e também os que, com o auxílio de uma escova
directos com estes para a sua resolução. Executa pro- manual ou mecânica, limpam peças antes ou depois de
gramas para melhoria de condições de produtividade temperadas.
e assistência e analisa dados deste sector de actividade,
tais como rendimentos e objectivos mensais. Limpador de viaturas. — É o trabalhador que, com
meios ou produtos próprios, procede à limpeza das via-
Inspector de vendas. — É o trabalhador que controla turas, retirando-lhes quaisquer impurezas, excesso de
o serviço de agências. Inspecciona o serviço dos ven- colas e outras substâncias.
dedores, caixeiros-viajantes, de praça ou pracistas, visita
os clientes e informa-se das suas necessidades, recebe
Lubrificador. — É o trabalhador que lubrifica as
as reclamações dos clientes, verifica a acção dos seus
inspeccionados pelas notas de encomenda, auscultação máquinas, veículos e ferramentas, muda óleos nos perío-
da praça, programas cumpridos, etc. dos apropriados e executa os trabalhos necessários para
manter em boas condições os pontos de lubrificação.
Instrutor técnico. — É o trabalhador que tem a seu
cargo a escola de formação, aperfeiçoamento e espe- Lubrificador de veículos automóveis. — É o trabalha-
cialização. Elabora toda a matéria a ministrar na for- dor especialmente incumbido de proceder à lubrificação
mação. Rege cursos técnicos, teóricos e práticos, desde dos veículos automóveis, mudança de óleo no motor,
o mais modesto grau de qualificação dos instruendos caixa de velocidades e diferencial, ou atesta os mesmos,
ao mais elevado, em grupo ou individualmente. Os os níveis da caixa de direcção, bateria e depósito de
conhecimentos obtidos ao longo da sua carreira pro- óleo de travões, podendo ainda proceder a operações
fissional, o estudo permanente das técnicas, a eventual de lavagem, sempre que a conveniência de serviço assim
frequência de cursos e estágios em Portugal e ou no o justifique.
estrangeiro habilitam-no a prestar, quando solicitado,
apoio na resolução de problemas técnicos, dentro ou Maçariqueiro. — É o trabalhador que corta metais por
fora da empresa, a solicitação desta. Traduz dados e meio de maçaricos oxi-acetilénicos ou outros processos
informações de literatura estrangeira na versão portu- de fusão; manobra máquinas automáticas e semiauto-
guesa, assim como a compilação de esquemas, fórmulas máticas de oxicorte e corta peças metálicas de várias
e métodos operacionais de importância didáctica. formas.

Jardineiro. — É o trabalhador que trata das plantas Mandrilador mecânico. — É o trabalhador que, ope-
e zonas verdes da empresa. rando uma mandriladora, executa trabalhos de man-
drilagem de peças, trabalhando por desenho ou peça
Lavador. — É o trabalhador que procede à lavagem, modelo. Prepara a máquina e, se necessário, as ferra-
interior ou exterior, simples ou completa, dos veículos mentas que utiliza. Incluem-se nesta profissão os tra-
automóveis, retirando-lhes, nomeadamente, colas e mas- balhadores que, em máquinas de furar radiais apropria-
sas, com meios próprios, executa serviços para prepa- das, executam os mesmos trabalhos.
ração e acabamentos nas lavagens efectuadas por máqui-
nas e, eventualmente, assiste a pneus e câmaras-de-ar. Manufactor de material de higiene e segurança. — É o
trabalhador que executa, conserta e repara o material
Lavador-lubrificador. — É o trabalhador que, com de protecção, individual ou colectivo, em tecido, couro
meios ou produtos próprios, procede à limpeza e lava- e matérias plásticas.

215 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Maquinista de força motriz. — É o trabalhador que de equipamento e programação de desenvolvimento dos
manobra e vigia o funcionamento de uma ou mais trabalhos. No decurso da obra efectua in loco autos
máquinas de força motriz, quer de origem térmica quer de medição, procurando ainda detectar erros, omissões
de origem hidráulica ou outras. ou incongruências, de modo a esclarecer e avisar os
técnicos responsáveis.
Mecânico auto gás. — É o trabalhador mecânico de
automóveis que, para além do exercício destas funções, Medidor orçamentista. — É o trabalhador que, pre-
está credenciado pela Direcção-Geral da Energia para dominantemente, estabelece com precisão as quantida-
o exercício da montagem de componentes de veículos des e o custo dos materiais e da mão-de-obra para a
automóveis, para a queima de combustível gasoso. execução de uma obra. Deverá ter conhecimentos de
Monta, desmonta e repara os kits de conversão e seus desenho, de matérias-primas e de processos ou métodos
componentes e acessórios, experimenta e afina os veí- de execução de obra. No desempenho das suas funções
culos convertidos, utilizando os materiais e equipamen- baseia-se nas diversas partes componentes do projecto,
tos homologados para o efeito e satisfazendo as normas memória descritiva e cadernos de encargos. Determina
legais aplicáveis, com respeito pelas instruções e regras as quantidades de materiais e volumes de mão-de-obra
da boa técnica do uso do gás. e serviços necessários e, utilizando as tabelas de preços
de que dispõe, calcula os valores globais corresponden-
Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas agrí- tes. Organiza o orçamento. Deve completar o orça-
colas e ou industriais. — É o trabalhador que detecta mento, que estabelece com a indicação pormenorizada
as avarias mecânicas, repara, afina, monta, desmonta de todos os materiais a empregar e operações a efectuar.
e conserva os órgãos de aparelhagem pesada de máqui- Cabe-lhe providenciar para que estejam sempre actua-
nas agrícolas e ou industriais, nomeadamente de escavar, lizadas as tabelas de preços simples e compostos que
terraplenar, tractores, ceifeiras, debulhadoras e cei- utiliza.
feiras-debulhadoras.
Medidor orçamentista-coordenador. — É o trabalha-
Mecânico de aparelhos de precisão. — É o trabalhador dor que, tendo sob a sua responsabilidade um gabinete
que executa, repara, transforma e afina aparelhos de ou sector de medições e orçamentos, coordena a ela-
precisão ou peças mecânicas de determinados sistemas boração completa de medições e orçamentos de qual-
eléctricos, hidráulicos, mecânicos, pneumáticos, ópticos quer tipo, dado o seu conhecimento das técnicas de
ou outros. orçamentação de materiais e de métodos e execução.
Para isto, deverá possuir conhecimentos práticos da obra
em geral. Colabora, dentro da sua especialidade, com
Mecânico de automóveis. — É o trabalhador que
os autores dos projectos na elaboração dos respectivos
detecta as avarias mecânicas, afina, repara, monta e des-
cadernos de encargos.
monta os órgãos de automóveis e de outras viaturas
e executa outros trabalhos de assistência e manutenção
Metalizador à pistola. — É o trabalhador que, utili-
relacionados com esta mecânica. zando equipamento apropriado, pulveriza e projecta
metal fundido para cobrir materiais, peças ou objectos,
Mecânico de bombas de injecção. — É o trabalhador com camada protectora ou decorativa, ou para recu-
que, predominantemente, monta e desmonta, repara, peração de peças danificadas ou com desgaste.
transforma e afina bombas de injecção e injectores e
executa outros trabalhos relacionados com esta mecâ- Moldador de estruturas de fibra. — É o trabalhador
nica. que prepara e executa a moldagem para construção de
apetrechos e outras estruturas de fibra. Constrói e dá
Mecânico de madeiras. — É o trabalhador que tra- os acabamentos (sempre trabalhando em fibra). Poderá
balha madeira com serra de fita, engenho de furar, forno, executar o molde de madeira se tiver conhecimentos
garlopa, tupia, plaina ou outras máquinas para fabri- de carpinteiro.
cação de estruturas.
Monitor. — É o trabalhador que ensina teórica e ou
Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ventilação praticamente a formação e aperfeiçoamento profissional
e aquecimento. — É o trabalhador que monta e repara dentro ou fora da empresa. Terá de colaborar na pro-
instalações de refrigeração, ar condicionado, ventilação gramação dos cursos e seu desenvolvimento, assim como
e aquecimento e a sua aparelhagem de controle. Procede das matérias a ministrar aos instruendos.
à limpeza, vazio e desidratação das instalações e à sua
carga com fluido frigorígeno. Faz o ensaio e ajustamento Monitor informático. — É o trabalhador que planifica
das instalações após a montagem e afinação da respec- o trabalho dos postos de dados, distribui e supervisiona
tiva aparelhagem de protecção e controle. a execução das tarefas e assegura a formação e treino
dos operadores de postos de dados.
Medidor. — É o trabalhador que, predominante-
mente, efectua os cálculos dimensionais requeridos pelo Montador-ajustador de máquinas. — É o trabalhador
projecto ou das diferentes parcelas de uma obra a exe- que monta e ajusta máquinas, corrigindo possíveis defi-
cutar. No desempenho das suas funções baseia-se na ciências, para obter o seu bom funcionamento.
análise do projecto e dos respectivos elementos escritos Incluem-se nestas profissões os trabalhadores que pro-
e desenhados e também das orientações que lhe são cedem à rascagem das peças, por forma a conseguir
definidas. Elabora listas discriminativas dos custos e determinado grau do acabamento das superfícies.
quantidades de materiais ou outros elementos de cons-
trução, tendo em vista, designadamente, orçamentação, Montador de estruturas metálicas ligeiras. — É o tra-
apuramento do tempo de utilização de mão-de-obra e balhador que procede à montagem de elementos metá-

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licos ligeiros prefabricados, sem que tenha de proceder Quer em multiprocessamento quer em monoprocessa-
a qualquer modificação nos mesmos, à excepção de mento opera e controla o computador através da consola.
pequenos acertos sem grande rigor. Prepara o computador para execução dos programas e
é responsável pelo cumprimento dos prazos previstos
Montador de peças ou órgãos mecânicos em série. — para cada operação. Pode orientar a secção dos ope-
É o trabalhador que, em linhas de montagem, monta radores de periférico.
peças, aparelhos ou órgãos mecânicos e pequenos con-
juntos, podendo ou não ser aplicados em máquinas. Não Operador de engenho de coluna ou portátil. — É o tra-
lhe compete qualquer modificação ou ajustamento nas balhador que no engenho de furar de coluna ou portátil
peças que monta. executa furação, roscagem e facejamento do material
ou peças devidamente marcadas e ou na falta de mar-
Montador de pneus. — É o trabalhador que procede cação pode utilizar ferramentas adequadas de simples
à montagem e desmontagem de pneumáticos e à repa- manejo como esperas ou apoios previamente regulados
ração de furos em pneus ou câmaras-de-ar. por outrem.
Montador de pneus especializado. — É o trabalhador Operador de estufa. — É o trabalhador que controla
que procede à montagem e desmontagem de pneumá- o funcionamento de estufas e procede à carga e descarga
ticos, reparação de furos em pneus ou câmaras-de-ar das mesmas.
e à calibragem das rodas e ou alinhamento de direcção.
Operador de laboratório químico. — É o trabalhador
Montador-reconstrutor de bateria. — É o trabalhador que procede à análise química de materiais ferrosos e
que efectua a montagem e conservação dos diversos ou não ferrosos e a exames metalográficos, sabendo
elementos constituintes de baterias ou acumuladores, interpretar os resultados, nomeadamente controlar a
monta as placas e outros elementos de uma bateria; composição, qualidade e propriedades de matérias-pri-
liga as placas umas às outras por soldadura, fecha as mas.
baterias, prepara o electrólito, efectua a ligação da bate-
ria às barras de distribuição, controla a carga com auxílio Operador de máquinas — pantógrafo. — É o trabalha-
de aparelhos eléctricos de medida e retira e substitui dor que regula, manobra e opera a máquina — pan-
as placas deficientes. Pode executar apenas parte dessas tógrafo que faz diversos trabalhos de reprodução ou
operações e ser denominado em conformidade. cópia de modelos e outros de natureza análoga.
Motorista (pesados ou ligeiros). — É o trabalhador Operador de máquinas de fundição injectada. — É o
que, possuindo carta de condução profissional, tem a trabalhador que opera máquinas de fundição injectada
seu cargo a condução de veículos automóveis (pesados procedendo à montagem e desmontagem das respectivas
ou ligeiros), competindo-lhe ainda zelar pela boa con-
ferramentas.
servação do veículo e pela carga que transporta. Procede
à verificação directa dos níveis de óleo, água e com-
bustível e do estado e pressão dos pneumáticos. Quando Operador de máquinas para o fabrico de colchões ou
em condução de veículos de carga, compete-lhe orientar estofos. — É o trabalhador que pode operar as seguintes
as cargas e descargas e arrumação das mercadorias trans- máquinas: de agrafar, de costurar e de acolchoar e ou
portadas. Em caso de avaria ou acidente, toma as pro- manualmente executar as operações de encher colchões
vidências adequadas e recolhe os elementos necessários ou almofadas.
para apreciação das entidades competentes.
Operador de prensa (ou de balancé). — É o trabalha-
Movimentador de carros em parques. — É o trabalha- dor que afina, regula e manobra máquinas, à excepção
dor que movimenta nas linhas de montagem as unidades das prensas de forjar ou das máquinas de enformar por
e as arruma nos parques da empresa. outro processo e para o efeito de acordo com o desenho,
plano de corte ou escantilhão próprio; monta e regula
Operador-condutor de estação de tratamento de águas esperas ou guias e fixa os dispositivos ou ferramentas
residuais. — É o trabalhador que, de acordo com ins- de corte ou de enformar (punção, alfece, cunhos, matri-
truções e ou especificações simples, executa todas as zes e lâminas).
tarefas inerentes ao funcionamento da estação, nomea-
damente, dosagem de produtos químicos, manobras de Operador de prevenção, higiene e segurança. — É o tra-
sistemas de bombagem, leitura e registos de instrumen- balhador que, predominantemente, assegura as condi-
tos de controlo e limpeza. ções de segurança e combate a incêndios e presta os
primeiros socorros a sinistrados. Auxilia directamente
Operador de banhos químicos e ou electroquímicos. — o técnico de prevenção na sua actividade normal, desig-
É o trabalhador que coloca e retira em instalações apro- nadamente na inspecção diária de equipamentos e ins-
priadas objectos de metal para tratamento por processos talações, na análise das condições de trabalho, na medi-
químicos e ou electroquímicos e conduz os banhos ção dos factores ambientais (humidade, temperatura,
segundo instruções que lhe são fornecidas a fim de se iluminação, ruídos, poeiras e gases tóxicos) existentes
obter depósitos metálicos, regularização das superfícies nos diversos locais de protecção individual, na assis-
(abrilhantamento) ou oxidação anódica ou outro tra- tência a trabalhos que impliquem cuidados especiais de
tamento semelhante. Incluem-se nesta profissão os segurança, cumprindo e fazendo cumprir as normas
metalizadores por imersão, em banho de metal em fusão. gerais de segurança em vigor na empresa.

Operador de computador. — É o trabalhador que pla- Operador de quinadeira e ou viradeira e ou calandra. —


nifica o trabalho a realizar e controla a sua execução. É o trabalhador que, utilizando máquinas apropriadas,

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quina, dobra ou enrola chapas ou outros materiais metá- cípedes com ou sem motor, móveis e veículos ou seus
licos segundo formas previamente determinadas. componentes e outros objectivos. Aplica as demãos de
primário, capa e subcapa e de tinta e esmalte, podendo,
Operador de telex. — É o trabalhador que transmite quando necessário, afinar as tintas e proceder ao res-
e recebe mensagens numa ou mais línguas para e de pectivo polimento.
diferentes postos de telex; transcreve as mensagens e
efectua os preparativos necessários para a sua trans- Planeador (programador de fabrico). — É o trabalha-
missão e transmite-as; recebe mensagens transmitidas dor que, tendo em conta diversos elementos que lhe
pelos teleimpressores; arquiva mensagens para consulta são fornecidos, nomeadamente ordens de execução ou
posterior; providencia pela manutenção do material para pedidos de trabalho, analisa e prepara uma adequada
o normal funcionamento do serviço. distribuição de trabalho, tendo em conta os tempos e
prazos de execução, bem como a melhor utilização da
Operador de tratamentos térmicos. — É o trabalhador mão-de-obra e do equipamento. Incluem-se nesta pro-
que opera com fornos de tratamento térmico, proce- fissão os trabalhadores que elaboram estatísticas indus-
dendo também à condução de geradores. Opera ainda triais.
com prensas de endireitamento e máquinas de grana-
lhar, fosfatar e lavar. Opera com máquinas de dureza Planificador (1.o escalão). — É o trabalhador que,
e tem a seu cargo a vigilância das respectivas instalações além de desempenhar as funções indicadas para o pla-
e equipamentos. nificador do 2.o escalão, coordena a progressão das pla-
nificações ou programas em curso, fundamentalmente
Operador heliográfico. — É o trabalhador que predo- tornando-os compatíveis e exequíveis no tempo e nas
minantemente trabalha com máquina heliográfica, corta disponibilidades da produção. Para a resolução de situa-
e dobra as cópias heliográficas, podendo acessoriamente ções de desvios de planificação ou programação, toma
efectuar outro tipo de reprodução de documentos. iniciativas tendentes ao cumprimento das obrigações
assumidas, transmitindo às diferentes actividades sec-
Operário não especializado. — É o trabalhador que toriais as decisões tomadas.
exerce funções simples, indiferenciadas, repetitivas e
normalmente não especificadas. Planificador (2.o escalão). — É o trabalhador que, uti-
lizando técnicas de planificação e sistemas de progra-
Operador periférico. — É o trabalhador que opera o mação de médio e longo prazos a partir de elementos
computador, em especial nos seus órgãos periféricos, do projecto, orçamento, obrigações contratuais e outros,
sob a orientação do operador de computador. Pode elabora a planificação ou o programa das obras, esta-
eventualmente preparar o computador para execução belecendo o esquema de desenvolvimento das diferentes
dos programas. Acessoriamente, em centros de pequena actividades sectoriais que participam na respectiva exe-
dimensão, opera e controla equipamento mecanográfico cução, prevendo os prazos e meios de acção necessários,
clássico e cartões perfurados e máquinas auxiliares, tais materiais e humanos requeridos, tendo em atenção a
como máquinas de corte, ordenadores e separadoras planificação ou programação já estabelecida para as
de papel. obras em curso. Elabora, organiza e coordena toda a
documentação necessária e relacionada com a plani-
Orçamentista. — É o trabalhador que, interpretando ficação ou programação de médio e longo prazos.
normas, especificações, utilizando tabelas e outros ele-
mentos que lhe são fornecidos, efectua cálculos e obtém
Polidor. — É o trabalhador que, manual ou mecani-
os resultados necessários à previsão e controle dos custos
camente, procede ao polimento de superfícies de peças
de mão-de-obra e dos produtos.
metálicas e de outros materiais, utilizando discos de polir
em arame de aço, esmeril, lixa, feltro, pano ou outros.
Paquete. — É o trabalhador menor de 18 anos que
presta os serviços enumerados para o contínuo.
Porteiro. — É o trabalhador cuja missão consiste prin-
Pedreiro (trolha). — É o trabalhador que, exclusiva ou cipalmente em vigiar as entradas e saídas de pessoas
predominantemente, executa alvenarias de tijolo, pedra ou visitantes das instalações, mercadorias e viaturas e
ou blocos, podendo fazer assentamento de manilhas, receber correspondência.
tubos ou cantarias, rebocos ou outros trabalhos similares
ou complementares, podendo executar serviços de con- Praticante. — É o trabalhador com menos de 18 anos
servação e reparação e de construção civil. Não inter- de idade em regime de aprendizagem para caixeiro ou
preta desenhos ou plantas. o profissional de armazém, consoante o serviço em que
está inserido.
Pintor de construção civil. — É o trabalhador que, pre-
dominantemente, prepara ou repara para pintar super- Pré-oficial (electricista). — É o trabalhador que, sob
fícies de estuque, reboco, madeira ou metal. Desmonta a orientação do oficial, executa trabalhos da sua pro-
e monta ferragens que se encontram aplicadas, prepara fissão de menos responsabilidade.
e aplica aparelhos e outras tintas primárias, prepara e
aplica massas, betumando ou barrando. Aplica tintas Preparador auxiliar de trabalho. — É o trabalhador
de acabamento manual ou mecanicamente, afina as res- que, com base em elementos técnicos simples que lhe
pectivas cores e enverniza. são fornecidos e sob a adequada hierarquia, indica os
modos operatórios, máquinas e ferramentas a utilizar
Pintor de veículos, máquinas ou móveis. — É o tra- atribuindo tempo de execução constantes das tabelas
balhador que prepara as superfícies das máquinas, velo- existentes.

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Preparador de pintura. — É o trabalhador que prepara eficazes de publicidade, de acordo com as características
as superfícies para pintar, utilizando meios manuais, do público a que os produtos ou serviços se destinam;
mecânicos, eléctricos ou outros, nomeadamente retira pode eventualmente organizar exposições.
impurezas, gorduras ou óxidos. Pode aplicar vedantes
e insonorizantes e ainda protecção à pintura. Rebarbador. — É o trabalhador que regulariza super-
fícies ou peças metálicas vazadas, soldadas, forjadas,
Preparador de tintas para linhas de montagem. — É o estampadas ou prensadas, utilizando ferramentas ade-
trabalhador que prepara e combina os produtos de pin- quadas.
tura, adaptando-os às necessidades de cada sistema.
Rebitador. — É o trabalhador que, com auxílio de
Preparador de trabalho. — É o trabalhador que, uti- martelo manual ou pneumático, prensa hidráulica ou
lizando elementos técnicos, estuda e estabelece os outras máquinas apropriadas, faz embutidos e encalca
modos operatórios a utilizar com vista ao melhor apro- rebites para a junção de elementos metálicos.
veitamento da mão-de-obra, máquinas e materiais,
podendo eventualmente atribuir tempos de execução e Recepcionista de garagens. — É o trabalhador que
especificar máquinas e ferramentas. recebe e atende os clientes e anota o serviço a efectuar,
podendo ocasionalmente receber o valor dos serviços
Preparador-repositor. — É o trabalhador que prepara prestados.
a execução de encomendas ou pedidos, separando as
mercadorias ou materiais, através das notas respectivas. Recepcionista de parques de estacionamento. — É o
Repõe nos locais devidos os materiais ou mercadorias trabalhador que atende os clientes e anota alguma ano-
que dão entrada no armazém ou no estabelecimento. malia ou reclamação.

Preparador técnico de sobressalentes e peças de Recepcionista ou atendedor de oficina. — É o traba-


reserva. — É o trabalhador que, com base em critérios lhador que atende clientes, faz exame sumário das via-
e princípios que lhe são indicados, define existências turas, máquinas, órgãos mecânicos ou produtos e ela-
de stocks, encargos de posse e riscos ou prejuízos deri- bora e encaminha para as diversas secções as notas dos
vados da sua ausência. Elabora pedidos para a compra trabalhos a executar, podendo proceder à verificação
de sobressalentes e peças de reserva com conhecimento e ou demonstração das características e qualidades
de materiais a adquirir, sua função, natureza, origem, mecânicas daquelas ou das reparações efectuadas.
fontes de abastecimento, qualidade, prazo de entrega
e hipótese de compra a fornecedores estrangeiros ou Recepcionista ou atendedor de «stand». — É o traba-
fabricação nacional. Vigia e rectifica o nível de stocks lhador que recebe clientes e dá explicações sobre os
de material. Transfere materiais de conservação para veículos, transmitindo indicações que lhe são fornecidas;
stocks de armazém. Faz periodicamente o inventário do assiste na portaria recebendo e atendendo visitantes que
material requisitado e não levantado. Actualiza as fichas pretendam adquirir veículos transmitindo posterior-
de material de conservação. Presta todos os esclare- mente ao responsável pela secção ou ao vendedor a
cimentos necessários para a identificação e demais fim de efectivar as eventuais transacções.
características dos materiais pedidos. Recepciona qua-
litativamente e eventualmente pode proceder à sua Recepcionista-telefonista. — É o trabalhador que
recepção quantitativa. atende os visitantes da empresa a fim de lhes prestar
informações e esclarecer dúvidas, pondo-os em contacto
Programador de informática. — É o trabalhador que com as pessoas, sectores ou locais pretendidos. Controla
estabelece programas que se destinam a comandar ope- as entradas de visitantes, mediante identificação e
rações de tratamento automático da informação por registo, evitando a permanência de pessoas estranhas
computador, recebe as especificações e instruções pre- no interior das instalações. Contacta telefonicamente
paradas pelo analista, incluindo todos os dados eluci- ou por outro processo com os restantes serviços para
dativos dos objectivos a atingir, prepara os ordinogramas obter os elementos pretendidos ou para anunciar a pre-
e procede à codificação dos programas; escreve instru- sença dos visitantes. Comunica aos visitantes as instru-
ções para o computador; procede a testes para verificar ções recebidas e indica-lhes os locais onde se devem
a validade do programa e introduz-lhe alterações sempre dirigir. Opera uma central telefónica, transmitindo aos
que necessário; apresenta os resultados obtidos sob a telefones internos as chamadas recebidas estabelecendo
forma de mapas, cartões perfurados, suportes magné- ligações internas ou para o exterior, bem como a acti-
ticos ou por outros processos pode fornecer instruções vidade de envio e recepção de fax. Pode também cola-
escritas para o pessoal encarregado de trabalhar com borar na recepção, registo e envio de correspondência.
o computador.
Rectificador mecânico. — É o trabalhador que, ope-
Promotor de vendas. — É o trabalhador que, actuando rando uma máquina de rectificar, executa trabalhos de
em postos directos e indirectos de consumo, procede rectificação de peças, trabalhando por desenho, peça
no sentido de esclarecer o mercado com o fim específico modelo ou instruções que lhe forem fornecidas. Prepara
de incrementar as vendas. a máquina e, se necessário, a ferramenta que utiliza.

Prospector de vendas. — É o trabalhador que verifica Repuxador. — É o trabalhador que conduz um torno
as possibilidades do mercado nos seus vários aspectos de repuxar utilizando ferramentas manuais para enfor-
de gastos, poder aquisitivo e solvabilidade; observa os mar chapas metálicas ou conduz máquinas automáticas
produtos ou serviços quanto à sua aceitação pelo público ou semiautomáticas para o trabalho em série de enfor-
e a melhor maneira de os vender: estuda os meios mais mar chapas metálicas por repuxagem.

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Roupeiro. — É o trabalhador que, existindo rouparia, nesta profissão os trabalhadores que em máquinas auto-
se ocupa do recebimento, encaminhamento adequado máticas ou semiautomáticas procedem a soldadura e
ou arrumação e distribuição das roupas e respectivos ou enchimentos.
registos.
Soldador por pontos ou costura. — É o trabalhador
Secretário(a). — É o(a) trabalhador(a) que se ocupa que, utilizando equipamento apropriado, faz ligação de
do secretariado específico de qualquer das estruturas peças metálicas por processo alumínio-térmico ou por
da empresa. Entre outras, competem-lhe, normalmente, resistência (pontos, costura e topo a topo). Incluem-se
as seguintes funções: redigir e dactilografar cartas, rela- nesta profissão os trabalhadores que operem com uma
tórios e outros textos e copiar directamente as minutas máquina de fabricar rede soldada por pontos.
ou registos de máquinas de ditar, em língua portuguesa
ou estrangeira, preparar a realização de reuniões de Subchefe de secção. — É o trabalhador que coadjuva
trabalho e redigir as respectivas actas; receber clientes e assiste ao chefe de secção, podendo ainda executar
e visitantes; assegurar o trabalho de rotina diária da as tarefas mais exigentes que competem ao escriturário.
sua estrutura ao nível do secretariado, incluindo recep-
ção de correspondência e respectiva sequência; provi-
denciar para a realização de assembleias gerais, con- Técnico. — É o trabalhador que, possuindo conhe-
tratos, escrituras; manter o seu arquivo e ficheiros. cimentos técnico-profissionais, teóricos e ou práticos,
desempenha funções no campo de estudos e projectos
Serralheiro civil. — É o trabalhador que constrói e ou em determinado domínio da actividade empresarial,
monta ou repara estruturas metálicas, tubos condutores podendo também ocupar-se da execução, organização
de combustíveis, ar ou vapor, carroçarias de viaturas, e ou coordenação das tarefas que exigem especialização
atrelados, reboques, andaimes para edifícios, pontes, e responsabilidade na sua área de competência. Poderá
navios, caldeiras, cofres e outras obras. Pode ser desig- prestar assistência a profissionais de escalão superior
nado pelas tarefas específicas que executa, nomeada- no desempenho das funções destes e dirige tecnicamente
mente como serralheiro civil de carroçarias. um grupo de profissionais que o coadjuvam. Pode ser
designado de acordo com a área onde exerce a sua acti-
Serralheiro de ferramentas, moldes, cunhos e cortan- vidade (por exemplo: técnico de relações públicas, téc-
tes. — É o trabalhador que executa, monta e repara fer- nico de informática, etc.)
ramentas, moldes, cunhos e cortantes metálicos utilizados
para forjar, ponçar ou estampar materiais, dando-lhes Técnico administrativo. — É o trabalhador que, possuindo
forma. Trabalha por desenho ou peça modelo. conhecimentos teóricos e práticos no desempenho da sua
actividade profissional, a partir de orientações e objectivos
Serralheiro de rastos. — É o trabalhador que, predo- definidos pelo superior hierárquico, organiza e executa um
minantemente, procede à execução e ou reparação de conjunto de tarefas que implicam autonomia, análise,
rastos e seus componentes, tais como roletes, rodas de estudo, interpretação e elaboração de procedimentos; cola-
guia, correntes e sapatas para máquinas de escavação, bora em estudos relativos à actividade administrativa em
gruas e outras máquinas congéneres. Para o efeito inter- que está integrado e na preparação de pareceres.
preta desenhos e especificações técnicas e utiliza fer-
ramentas e máquinas adequadas. Técnico avaliador. — É o trabalhador que tem a fun-
ção de avaliar as viaturas propostas a transacção. Pro-
Serralheiro mecânico. — É o trabalhador que executa cede e auxilia os vendedores no escoamento das viaturas
peças, monta, repara e conserva vários tipos de máqui- retomadas.
nas, motores e outros conjuntos mecânicos, com excep-
ção dos instrumentos de precisão e das instalações Técnico de controlo de qualidade. — É o trabalhador
eléctricas. que, possuindo reconhecidos conhecimentos técnicos
relativos aos produtos fabricados ou não no sector ou
Servente. — É o trabalhador que exerce funções sim-
local de trabalho onde exerce a sua actividade, procede
ples, indiferenciadas e não especificadas.
a análises cuidadas do trabalho executado ou em exe-
cução de modo a verificar se este corresponde às carac-
Servente de limpeza. — É o trabalhador cuja actividade
terísticas técnicas da qualidade exigida, com o objectivo
consiste principalmente em proceder à limpeza das ins-
talações da empresa. de eliminar os defeitos. Procura as suas causas e apre-
senta sugestões oportunas fundamentadas em relatórios,
Servente/trabalhador não especializado. — É o traba- executando, se necessário, esboços ou croquis.
lhador que exerce funções simples, indiferenciadas e não
especificadas. Técnico de electrónica industrial e ou telecomunica-
ções. — É o trabalhador que monta, calibra, ensaia,
Soldador de baixo ponto de fusão. — É o trabalhador conserva, detecta e repara avarias em toda a gama de
que procede à ligação de elementos metálicos aque- aparelhagem electrónica industrial, controlo analítico
cendo-os e aplicando-lhes solda apropriada em estado e telecomunicações em empresas ou nos locais de uti-
de fusão ou utilizando o ferro de soldar. lização. Guia-se normalmente por esquemas e outras
especificações técnicas.
Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico. — É o tra-
balhador que, pelos processos de soldadura de elec- Técnico de gás auto. — É o trabalhador que, dispondo
troarco ou oxi-acetilénico, liga entre si os elementos de credencial da Direcção-Geral da Energia para o
ou conjuntos de peças de natureza metálica, podendo efeito, organiza, adapta e coordena a planificação téc-
proceder a corte com eléctrodos especiais. Incluem-se nica, instalação, montagem e reparação dos kits de con-

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 220


versão dos veículos automóveis, para o consumo de desempenhar as funções de coordenação no estudo de
combustível gasoso. Usando os seus conhecimentos de métodos ou projectos.
funcionamento dos motores, designadamente de car-
buração, injecção, ignição, verifica e corrige eventuais Telefonista. — É a trabalhadora que presta serviço
defeitos nos sistemas de GPL, quer por vaporização, numa central telefónica, transmitindo aos telefones
quer por injecção directa, experimentando e afinando internos as chamadas recebidas e estabelecendo ligações
quando necessário. internas ou para o exterior. Responde, se necessário,
a pedidos de informações telefónicas. As categorias que
Técnico de manutenção industrial. — É o trabalhador correspondem a esta profissão serão atribuídas de
que, pelo seu elevado grau de formação técnica e expe- acordo com as seguintes exigências: manipulação de apa-
riência profissional, a empresa reconhece possuir apti- relhos de comutação com capacidade superior a 16 pos-
dões, conhecimentos actualizados relativos a mais de tos suplementares; manipulação de aparelhos de comu-
uma profissão, de um ou mais dos domínios da mecânica, tação com capacidade igual ou inferior a 16 postos
electricidade e electrónica e conhecimentos detalhados suplementares.
dos equipamentos que lhe possibilitem, em efectiva poli-
valência no âmbito da manutenção correctiva, preven-
tiva e curativa e em qualquer sector do estabelecimento Temperador de metais. — É o trabalhador que utili-
fabril a que pertence, a execução das tarefas de mais zando instalações de tratamentos térmicos ou outros
de uma profissão e o desempenho, com autonomia, das meios adequados, a partir de diagramas de temperatura,
actividades de maior exigência, complexidade e respon- instruções ou especificações técnicas pré-estabelecidas,
sabilidade dessas profissões, nomeadamente as decor- procede ao tratamento térmico de ligas metálicas,
rentes de estudos e projectos, análises técnicas de avarias nomeadamente tempera, recozimento e revenido.
e análises de diagnósticos dos equipamentos, estudo e
proposição de modificações. Presta ainda assistência téc- Tirocinante TD. — É o trabalhador que, coadjuvando
nica a profissionais de qualificação superior e coadjuva, os profissionais dos escalões superiores, faz tirocínio
sempre que necessário, o seu superior hierárquico na para ingresso nas categorias de TD imediatamente supe-
orientação, coordenação e controlo da actividade dos riores. A partir de orientações dadas e sem grande exi-
trabalhadores de qualificação inferior, podendo substi- gência de conhecimentos profissionais, executa os seus
tuí-los nos seus impedimentos. trabalhos em escalas rigorosas, tanto por decalque como
por desenho próprio, redução ou ampliação. Executa
Técnico de métodos. — É o trabalhador que colabora tarefas da sua função sob directivas gerais definidas por
em acções conducentes à definição de métodos e pro- profissionais mais qualificados.
cessos industriais de trabalho; coopera em operações
de análise-diagnóstico e na implementação de novos Torneiro mecânico. — É o trabalhador que, operando
métodos de trabalho e participa na verificação dos des- em torno mecânico paralelo, vertical, revólver ou de
vios e na averiguação das suas causas; colabora em tra-
outro tipo, executa trabalhos de torneamento de peças,
balhos relacionados com a elaboração do manual de
trabalhando por desenho ou peça modelo. Prepara a
métodos, participa na resolução de problemas no âmbito
máquina e, se necessário, as ferramentas que utiliza.
da sua especialidade.

Técnico de metrologia. — É o trabalhador que procede Trabalhador de qualificação especializada. — É o tra-


em laboratório, com rigor e elevado grau de precisão, balhador do 1.o escalão que, pelos seus conhecimentos
ao controlo dimensional de ferramentas e peças diversas, técnicos, aptidão, experiência profissional e ou situações
partes, conjuntos e subconjuntos em chapa respeitantes de polivalência no trabalho, desempenha, predominan-
a diversas fases de montagem, em conformidade com temente, funções inerentes a grau de qualificação supe-
as gamas, planos, especificações e padrões primários rior às exigidas à sua profissão. Será designado como
previamente estabelecidos, utilizando para o efeito equi- «qualificado» e ser-lhe-á atribuído o grau de remune-
pamento apropriado (suta, raminho, máquina de defei- ração imediatamente superior.
tos de forma, aparelhagem tridimensional, etc.). Pode
elaborar gamas de controlo, ajuste de calibragem de Tradutor. — É o trabalhador que elabora traduções
todos os meios de inspecção e equipamento de medida técnicas de língua estrangeira, retroverte para as mesmas
utilizados, zelando para que as suas condições de uti- línguas cartas e outros textos, traduz catálogos e artigos
lização, conservação e armazenagem assegurem precisão de revistas técnicas.
e aptidão constantes. Elabora relatórios simples de aná-
lise relacionados com as medidas e intervenções efec-
tuadas. Vendedor. — É o trabalhador que promove e vende
veículos automóveis, máquinas agrícolas e ou industriais,
pneus, peças e acessórios, por conta exclusiva da enti-
Técnico de prevenção. — É o trabalhador que tem por dade patronal dentro e fora do estabelecimento.
função superintender nos serviços de higiene e segu-
rança e responsabilizar-se por todo o esquema de pre-
venção da empresa. Vendedor estagiário. — É o trabalhador que se prepara
para ingressar na categoria de vendedor.
Técnico fabril. — É o trabalhador que tem por função
organizar, adaptar e coordenar a planificação técnica Verificador de produtos adquiridos. — É o trabalhador
fabril determinada pelos órgãos superiores. Poderá diri- que procede à verificação das dimensões e da qualidade
gir tecnicamente um ou mais sectores da produção e dos materiais ou produtos adquiridos.

221 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Vulcanizador. — É o trabalhador que tem como fun- CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Auto-
ção executar, reparar, modificar ou montar peças em móvel de Portugal e outras e o SITESC — Sind.
borracha ou materiais afins e ainda revestir peças dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e
metálicas. Comércio.
(1) Nos termos da Portaria n.o 714/93, de 3 de Março, entende-se
por «trabalho leve» «[. . .] a actividade integrada por tarefas simples
e definidas que pressuponham conhecimentos elementares e não exi- CAPÍTULO I
jam esforços físicos ou mentais que ponham em risco a saúde e o
desenvolvimento global do menor [. . .]». Área, âmbito e vigência
(2) Já se encontra eliminada para a FETESE/SITESC/STV.
(3) Foram reclassificados em técnico IV os técnicos industriais
(escalão III) (publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, Cláusula 1.a
n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
(4) Foram reclassificados em técnico III o analista de sistemas, Área
o contabilista — empresa do grupo A, o técnico industrial e o técnico
de software (publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série,
n.o 41, de 8 de Novembro de 1993). O presente contrato colectivo de trabalho aplica-se
(5) Foram reclassificados em técnico II o contabilista — empresa em todo o território português.
do grupo B e o tesoureiro (publicado no Boletim do Trabalho e
Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
(6) Foram reclassificados em técnico I o guarda-livros e o pro-
gramador mecanográfico (publicado no Boletim do Trabalho e Cláusula 2.a
Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
(7) Foi reclassificado em correspondente em língua estrangeira, Âmbito
o esteno-dactilógrafo em língua estrangeira (publicado no Boletim
do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 41 de 8 de Novembro de 1993). 1 — O presente contrato colectivo de trabalho é ver-
(8) Foram reclassificados em primeiro-escriturário o operador de tical e obriga as empresas representadas pelas seguintes
máquinas de contabilidade de 1.a, o operador mecanográfico e o per- associações patronais:
furador-verificador/operador de dados (publicado no Boletim do Tra-
balho e Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
(9) Foram reclassificados em segundo-escriturário, o operador de
ACAP — Associação do Comércio Automóvel de
máquinas auxiliares (escritório), o operador de máquinas auxiliares Portugal;
(informática) e o operador de máquinas de contabilidade de 2.a (publi- AIMA — Associação dos Industriais de Montagem
cado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de de Automóveis;
Novembro de 1993).
(10) A retribuição certa ou fixa é a do nível 10, ficando-lhe, porém, ANECRA — Associação Nacional das Empresas
assegurada uma retribuição mínima mensal não inferior à do nível 8. do Comércio e da Reparação Automóvel;
(11) O electricista auto tem prática, vencendo as remunerações ARAN — Associação Nacional do Ramo Auto-
previstas para os praticantes das categorias profissionais com apren- móvel.
dizagem e prática e com oficiais dos graus 8 e 9 (anexo I, grupo I).
(*) Publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 19,
de 22 de Maio de 1982. 2 — O presente contrato obriga também as empresas
(12) Incluem-se nesta profissão os trabalhadores designados por
operário-chefe. O número de trabalhadores sob as ordens do chefe
de reparação automóvel e respectivos subsectores de
de equipa não poderá exceder 12. garagens, estações de serviço, postos de abastecimento
de combustíveis e postos de assistência e pneumáticos,
Lisboa, 13 de Novembro de 1998. representadas pela AIM (Associação Industrial do
Pela ACAP — Associação do Comércio Automóvel de Portugal:
Minho).
Alexandra Afonso.
3 — São também abrangidos por este contrato colec-
Pela AIMA — Associação dos Industriais de Montagem de Automóveis:
tivo os trabalhadores, independentemente da categoria
Alexandra Afonso.
profissional atribuída, representados pelos sindicatos
Pela ANECRA — Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação signatários.
Automóvel:
(Assinatura ilegível.)
4 — Excluem-se do âmbito do presente contrato as
Pela ARAN — Associação Nacional do Ramo Automóvel:
empresas representadas pelas associações outorgantes
(Assinatura ilegível.)
(ARAN e AIM) que exerçam exclusivamente as acti-
Pela FETESE — Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços, por si vidades de garagens, estações de serviços, postos de
e em representação dos sindicatos seus filiados:
abastecimento de combustíveis, parques de estaciona-
SITESE — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria
e Serviços; mento e postos de assistência a pneumáticos e ainda
STEIS — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Informática e Serviços
da Região Sul;
as que nas actividades acima mencionadas empreguem
SITEMAQ — Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante de 6 a 12 trabalhadores e possuam, além daquelas acti-
e Fogueiros de Terra;
SITAM — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio e Serviços vidades, apenas uma secção comercial a que esteja ads-
da Região Autónoma da Madeira;
Sindicato dos Trabalhadores de Escritório e Comércio de Angra do trito um único trabalhador, desde que a secção comercial
Heroísmo;
SINDESCOM — Sindicato dos Profissionais de Escritório, Comércio, Indús-
tenha uma facturação inferior a 50 % da facturação geral
tria, Turismo, Serviços e Correlativos das Ilhas de São Miguel e Santa da empresa, e as que nas actividades acima mencionadas
Maria;
Sindicato do Comércio, Escritório e Serviços — SINDCES/UGT: empreguem mais de 12 trabalhadores e possuam, além
(Assinatura ilegível.) daquelas actividades, apenas uma secção comercial a
que estejam adstritos apenas 1 ou 2 trabalhadores, desde
Pelo Sindicato dos Técnicos de Vendas:
que a secção comercial tenha uma facturação inferior
(Assinatura ilegível.)
a 50 % da facturação geral da empresa.
Entrado em 11 de Janeiro de 1999.
Depositado em 19 de Janeiro de 1999, a fl. 169 do 5 — Todavia, aos trabalhadores que prestem serviço
livro n.o 8, com o n.o 9/99, nos termos do artigo 24.o nas secções de comércio automóvel das empresas refe-
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual. ridas no número anterior aplicar-se-á o presente CCTV.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 222


Cláusula 3.a 2 — É vedado às entidades patronais atribuir aos tra-
Vigência e forma de denúncia
balhadores categorias profissionais e graus de enqua-
dramento diferentes dos estabelecidos neste contrato.
1 — O presente contrato colectivo de trabalho entra
em vigor, após a sua publicação nos termos da lei.
Cláusula 7.a
2 — O período de vigência do contrato colectivo é Níveis profissionais
de 12 meses.
As diversas categorias profissionais abrangidas pelo
3 — As tabelas salariais e cláusulas com expressão presente contrato são distribuídas em níveis, tendo por
pecuniária poderão ser denunciadas decorridos 10 meses base as exigências das tarefas realmente desempenha-
sobre a data da sua aplicação, podendo o restante clau- das, níveis de formação profissional e de conhecimentos
sulado ser denunciado com a antecedência máxima de técnicos necessários, grau de autonomia das decisões
180 dias em relação ao termo do respectivo período a tomar no desempenho das tarefas, tempo de prática
de vigência. e aprendizagem necessários, como também o esforço
físico ou mental e meio ambiente em que o trabalhador
4 — O termo dos prazos de denúncia previsto no desempenhe as suas funções ou tarefas.
número anterior poderá, a requerimento de qualquer
das partes, ser antecipado de dois meses, respectiva-
mente, iniciando-se desde logo um período de pré-ne- Cláusula 8.a
gociação com base em proposta e resposta provisórias.
Condições de admissão

5 — Terminado o prazo e vigência do contrato sem 1 — Para o preenchimento de lugares na empresa,


que haja denúncia do mesmo, considera-se automati- através de novas admissões ou promoções, o homem
camente renovado, por períodos de 90 dias, se não for e a mulher estão em iguais condições, desde que satis-
denunciado nos 30 dias imediatamente anteriores ao façam os requisitos exigidos para a função, nomeada-
termo de cada um dos períodos em curso. mente os estabelecidos neste contrato.
6 — A proposta de revisão, devidamente fundamen-
2 — Para o preenchimento de lugares na empresa a
tada, revestirá a forma escrita, devendo a outra parte
entidade patronal dará preferência aos trabalhadores
responder, também fundamentadamente e por escrito,
já em serviço, desde que a entidade patronal considere
nos 30 dias imediatos, contados da data da sua recepção.
que esses trabalhadores reúnem as condições necessárias
para o preenchimento dos referidos lugares.
7 — As negociações iniciar-se-ão nos 15 dias seguintes
à recepção da resposta à proposta.
3 — Salvo acordo em contrário, a entidade patronal
que admita um trabalhador obriga-se a respeitar a cate-
goria profissional e grau de enquadramento por este
CAPÍTULO II adquiridos anteriormente, desde que o trabalhador apre-
Admissão e carreira profissional sente, para o efeito, no acto da admissão, documento
comprovativo da categoria profissional ou grau adqui-
SECÇÃO I ridos ao serviço da entidade patronal anterior.

Princípios gerais 4 — Quando qualquer trabalhador transitar, por


transferência, de uma empresa para outra, da qual a
Cláusula 4.a primeira seja associada, tenha administradores ou sócios
gerentes comuns, ser-lhe-á contada, para todos os efei-
Definição de categorias profissionais
tos, a data da admissão na primeira.
No anexo III deste contrato são definidas as categorias
profissionais por ele abrangidas, com a indicação das 5 — A admissão deve constar de um documento
funções que lhes são incumbidas. escrito e assinado por ambas as partes, sendo um exem-
plar entregue ao trabalhador e outro enviado ao sin-
dicato respectivo, no prazo de 15 dias, do qual constam
Cláusula 5.a as seguintes informações:
Enquadramento profissional
a) Identidade das partes;
As categorias profissionais do presente CCTV cons- b) Local de trabalho ou, na falta de um local fixo
tam do enquadramento profissional definido (anexo II). ou predominante, a indicação de que o traba-
lhador está obrigado a exercer a sua actividade
em vários locais, bem como a sede ou domicílio
Cláusula 6.a da entidade patronal;
Classificação profissional c) Categoria do trabalhador e caracterização sumá-
ria do seu conteúdo, bem como grau do CCTV;
1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente d) Data de celebração do contrato e início dos seus
CCTV serão obrigatoriamente classificados pelas enti- efeitos;
dades patronais de acordo com as funções efectivamente e) Duração previsível do contrato, se este for
desempenhadas. sujeito a termo resolutivo;

223 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


f) Duração das férias remuneradas ou, se não for Cláusula 11.a
possível conhecer essa duração, as regras para
Serviço efectivo
a sua determinação;
g) Prazos de aviso prévio a observar pela entidade Salvo os casos previstos na lei e neste contrato, não
empregadora e pelo trabalhador para a denún- se considera serviço efectivo para efeitos de promoção
cia ou rescisão do contrato ou, se não for pos- o tempo correspondente a faltas injustificadas e bem
sível conhecer essa duração, as regras para a assim o de licença sem retribuição, na parte que exceda
sua determinação; os dois meses.
h) Valor e periodicidade da remuneração base ini-
cial, bem como as demais prestações retribu- Cláusula 12.a
tivas;
Idade e habilitações mínimas
i) Período normal de trabalho diário e semanal,
especificando os casos em que é definido em 1 — A idade mínima de admissão é de 16 anos, sem
termos médios; prejuízo do disposto no número seguinte.
j) Instrumento de regulamentação colectiva de
trabalho aplicável, quando seja o caso. 2 — Apenas podem ser admitidos com 15 anos os
jovens que desempenham actividade considerada «tra-
6 — A contagem do tempo de aprendizagem e tiro- balho leve» (1).
cínio da mesma profissão far-se-á em relação à soma
dos períodos de trabalho prestado numa ou em várias
entidades patronais deste ramo de actividade, desde que 3 — As habilitações mínimas exigidas são a escola-
seja certificado por escrito o cumprimento dos respec- ridade obrigatória ou equivalente.
tivos períodos.
4 — As habilitações referidas no número anterior não
7 — Sempre que se verifiquem vagas no quadro dos serão exigidas aos trabalhadores que à data da entrada
caixeiros deverá ser dada preferência aos serventes que em vigor do presente contrato desempenhem as cor-
se encontrem ao serviço na empresa. respondentes profissões.

8 — No preenchimento de vagas para a categoria de


inspector de vendas deverá ser dada preferência a ven- Cláusula 13.a
dedores do quadro da empresa. Trabalho de menores

1 — É válido o contrato com menores que tenham


Cláusula 9.a completado 16 anos, sem prejuízo no disposto na lei.
Período experimental
2 — O menor tem capacidade para receber a retri-
1 — Durante o período experimental, salvo acordo buição devida pelo seu trabalho, salvo quando houver
escrito em contrário, qualquer das partes pode rescindir oposição do seu representante legal.
o contrato sem aviso prévio e sem necessidade de invo-
cação de justa causa, não havendo direito a qualquer
indemnização. Cláusula 14.a
Menores e trabalho nocturno
2 — Em qualquer caso, será sempre garantida ao tra-
balhador a retribuição correspondente ao período de Aos menores é vedado o trabalho nocturno, excepto
trabalho efectivo. quando a sua prestação seja indispensável para a res-
pectiva formação profissional.
3 — Caso se mantenha a admissão, contar-se-á o
período de experiência para efeitos de antiguidade.
Cláusula 15.a
4 — Sem prejuízo do disposto relativamente à con-
Condições especiais do trabalho dos menores
tratação a termo, o período experimental tem a seguinte
duração: É vedado às entidades patronais utilizar menores nos
a) 60 dias para a generalidade dos trabalhadores serviços de balancés, guilhotinas, quinadeiras, prensas
ou, se a empresa tiver 20 ou menos trabalha- de qualquer tipo e com polimento de metais, assim como
dores, 90 dias; em postos de trabalho sujeitos a condições que possam
b) 180 dias para os trabalhadores que exerçam car- ser prejudiciais ao normal desenvolvimento do jovem.
gos de complexidade técnica, elevado grau de
responsabilidade ou funções de confiança;
c) 240 dias para pessoal de direcção e quadros Cláusula 16.a
superiores. Emprego de deficientes

As empresas abrangidas pelo presente contrato que


Cláusula 10.a necessitem admitir trabalhadores procurarão incluir
Exames médicos e inspecções médicas periódicas
entre os recém-admitidos trabalhadores deficientes físi-
cos, garantindo-lhes, na medida do possível, iguais con-
Esta matéria é regulada pelos diplomas relativos à dições às dos restantes trabalhadores da mesma pro-
higiene e segurança no trabalho. fissão e escalão.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 224


SECÇÃO II f) Estagiários e dactilógrafos: os estagiários após
dois anos de permanência nesta categoria ou
Carreira profissional
logo que atinjam 21 anos de idade ascenderão
Cláusula 17.a a terceiros-escriturários, tendo, em qualquer
caso, de prestar um mínimo de quatro meses
Definição de estágio;
Constitui promoção ou acesso a passagem de um tra- g) Os dactilógrafos serão equiparados, para todos
balhador a um grau mais elevado do seu enquadramento os efeitos, a terceiros-escriturários após dois
profissional ou a mudança para outro serviço de natu- anos de permanência naquela categoria ou logo
reza e hierarquia a que corresponda uma escala de retri- que atinjam 21 anos, sem prejuízo de continua-
buições mais elevada. rem adstritos ao seu próprio serviço;
h) A recepcionista-telefonista de 2.a ascenderá a
recepcionista-telefonista de 1.a após três anos
Cláusula 18.a de permanência na categoria;
Condições de promoção e acesso i) Para os efeitos previstos nesta cláusula, conta-se
a antiguidade que o trabalhador tiver na cate-
1 — Em relação aos trabalhadores metalúrgicos, elec- goria profissional à data da entrada em vigor
tricistas, construção civil e hotelaria observar-se-á o do presente contrato.
seguinte:
a) Os profissionais do 3.o escalão que completem 3 — No sector de garagens observar-se-á o seguinte:
dois anos de permanência na mesma empresa
e na categoria profissional respectiva ascende- O estagiário para lavador após três meses de prática
rão automaticamente ao escalão superior, salvo será obrigatoriamente promovido a lavador; o
se a entidade patronal comprovar, por escrito, estagiário para lubrificador após um ano de prá-
a inaptidão do trabalhador; tica será obrigatoriamente promovido a lubri-
b) Os profissionais do 2.o escalão que completem ficador; o estagiário para lavador-lubrificador
quatro anos de permanência na mesma empresa após um ano de estágio será promovido a lava-
e na categoria profissional respectiva ascende- dor-lubrificador; o candidato a recepcionista
rão automaticamente ao escalão imediatamente (garagens) logo que complete dois anos de prá-
superior, salvo se a entidade patronal compro- tica será obrigatoriamente promovido a recep-
var, por escrito, a inaptidão do trabalhador; cionista.
c) No caso de o trabalhador não aceitar a prova
apresentada nos termos das alíneas a) e b) para
4 — O estágio de vendedor terá a duração de
a sua promoção, terá o direito de exigir um
12 meses, período após o qual o estagiário passará ime-
exame técnico-profissional, a efectuar no seu
diatamente a vendedor.
posto normal de trabalho, sendo no caso do cozi-
nheiro, realizado no organismo competente;
d) Os exames a que se refere a alínea anterior 5 — Para as categorias profissionais constantes no
destinam-se exclusivamente a averiguar da apti- anexo I, grupo I, todo o trabalhador com idade superior
dão do trabalhador para o exercício das funções a 20 anos será admitido directamente para qualquer
normalmente desempenhadas no seu posto de dos escalões das referidas categorias profissionais.
trabalho e serão efectuados por um júri com-
posto por dois elementos, um em representação
dos trabalhadores e outro em representação da SECÇÃO III
empresa. O trabalhador designará o seu repre-
sentante. Dotações mínimas e quadros de densidade

2 — Em relação aos trabalhadores do comércio e de Cláusula 19.a


escritório observar-se-á o seguinte:
Dotações mínimas
a) O praticante de caixeiro será obrigatoriamente
promovido a caixeiro-ajudante logo que com- I — Trabalhadores metalúrgicos
plete três anos de prática ou 18 anos de idade;
b) O caixeiro-ajudante será obrigatoriamente pro- 1 — As empresas que tenham apenas um trabalhador
movido a terceiro-caixeiro logo que complete ao seu serviço que seja o executante predominante do
dois anos de permanência na categoria; trabalho da oficina atribuir-lhe-ão o 1.o escalão.
c) O terceiro-caixeiro e o segundo-caixeiro ascen-
derão obrigatoriamente à classe imediata após
2 — O trabalhador do 1.o escalão que desempenhe
três anos de permanência na categoria;
funções a que corresponda a categoria de trabalhador
d) Os terceiros-escriturários e os segundos-escri-
de qualificação especializada deverá ser reclassificado
turários ascenderão obrigatoriamente à classe
nessa categoria.
imediata após três anos de permanência na
categoria;
e) Os paquetes após três anos de prática ou quando II — Trabalhadores da construção civil
atingirem 18 anos de idade serão promovidos
a estagiários; não possuindo as habilitações para Nos locais de trabalho onde o estabelecimento tenha
estagiários serão promovidos a contínuos ou mais de 20 trabalhadores haverá 1 encarregado por cada
porteiros; grupo.

225 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Cláusula 20.a são como aprendiz são a escolaridade obrigatória ou
Quadros de densidade
equivalente.

Para as empresas que venham a constituir-se e no 2 — O objecto da aprendizagem é a formação pro-


respeitante ao início da sua actividade deverão ser obser- fissional para as profissões constantes do anexo II,
vados os seguintes quadros de densidade: mediante a correspondente retribuição constante do
anexo I do presente CCTV.
Trabalhadores metalúrgicos e metalomecânicos
3 — O aprendiz não pode ser responsabilizado por
eventuais deteriorações que provoque nos equipamentos
Escalões
e materiais que maneje, resultantes da sua natural inex-
Número de trabalhadores
Pratican- periência, no exercício da aprendizagem, nem ser-lhe
1.o 2.o 3.o
tes exigida contribuição efectiva para a produtividade da
empresa.
1................................ – 1 – –
2................................ 1 – – 1 4 — Quando cessar um contrato como aprendiz ou
3................................ 1 – 1 1 praticante, a empresa obriga-se a passar-lhe certificado
4................................ 1 1 1 1
5................................ 1 2 1 1 referente ao tempo de formação profissional e ao apro-
6................................ 1 2 1 2 veitamento que já possui, com a indicação da profissão
7................................ 1 2 2 2 ou profissões em que tal se verificou.
8................................ 2 2 2 2
9................................ 2 3 2 2
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3 3 2 5 — O tempo de aprendizagem ou tirocínio dentro
da mesma profissão ou profissões afins, independen-
temente da empresa em que tenha sido prestado, con-
Trabalhadores electricistas ta-se sempre para efeitos de antiguidade, desde que seja
certificado nos termos do número anterior.
Pré- Ajudan-
Número de trabalhadores Oficiais
-oficiais tes 6 — Quando durante o período de aprendizagem na
empresa qualquer aprendiz conclua o curso complemen-
1 ...................................... 1 – – tar de aprendizagem ou de formação profissional das
2 ...................................... 1 – 1 escolas do ensino técnico oficial ou particular equipa-
3 ...................................... 1 1 1 rado, ou estágio devidamente certificado de um centro
4 ...................................... 2 1 1
5 ...................................... 3 1 1 de formação profissional, será obrigatoriamente promo-
6 ...................................... 3 1 2 vido a praticante no prazo de três meses sobre o termo
7 ...................................... 3 2 2 de um ou outro dos referidos cursos.
8 ...................................... 4 2 2
9 ...................................... 5 2 2
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3 2
Cláusula 22.a
Promoções
Trabalhadores cozinheiros
Ascenderão automaticamente a praticantes os apren-
dizes que hajam terminado o seu período de apren-
Escalões
dizagem e ao grau imediato os praticantes que hajam
Número de trabalhadores completado o seu período de tirocínio.
1.o 2.o 3.o

1 ...................................... – – 1 Cláusula 23.a


2 ...................................... – – 2 Duração de aprendizagem
3 ...................................... – 1 2
4 ...................................... – 1 3 1 — A duração de aprendizagem não poderá ultra-
5 ...................................... – 2 3
6 ...................................... – 2 4
passar 3, 2, ou 1 ano, conforme os aprendizes forem
7 ...................................... – 3 4 admitidos com 15, 16 ou 17 anos de idade, respecti-
8 ...................................... 1 3 4 vamente, sem prejuízo no disposto na lei.
9 ...................................... 1 3 5
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3 6
2 — O aprendiz que perfaça 18 anos de idade será
promovido ao escalão imediatamente superior, desde
SECÇÃO IV que permaneça um mínimo de 12 meses como aprendiz.
Regulamento de aprendizagem e tirocínio
Cláusula 24.a
a
Cláusula 21. Duração do tirocínio
Princípios gerais
O período máximo de tirocínio dos praticantes será
1 — Sem prejuízo do disposto na lei, podem ser admi- de:
tidos como aprendizes os jovens com menos de 16 anos
a) Nas profissões do grau 8 que admita o tirocínio:
de idade para ingresso em categoria profissional onde,
nos termos do presente CCTV, seja permitida a apren- 1) Dois anos para os candidatos que con-
dizagem. As habilitações literárias mínimas para admis- cluírem a aprendizagem;

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 226


2) Três anos para os candidatos que não Cláusula 29.a
tenham frequentado qualquer escola de
Promoções e acesso
aprendizagem.
Estes no primeiro ano serão designa- 1 — A duração da aprendizagem, à excepção do elec-
dos por praticantes iniciados; tricista auto, não poderá ultrapassar os dois anos.
b) Para as profissões dos graus 9 e 10 que admitam 2 — O aprendiz que complete 18 anos de idade será
tirocínio, 3, 2 e 1 ano, conforme tenham sido promovido ao grau superior desde que perfaça um
admitidos com 15, 16 e 17 anos, respectiva- mínimo de seis meses de aprendizagem.
mente.

SECÇÃO V
3 — Os ajudantes serão promovidos a pré-oficiais
logo que completem dois anos nessa mesma categoria.
Regimes especiais
4 — Os pré-oficiais, após dois anos de permanência
SUBSECÇÃO I nessa categoria, serão promovidos a oficiais.
Trabalhadores de escritório e correlativos
SUBSECÇÃO IV
Cláusula 25.a
Trabalhadores técnicos de serviço social
Idade mínima de admissão

A idade mínima de admissão é de: Cláusula 30.a


a) 16 anos, sem prejuízo das excepções previstas Condições de admissão
na lei;
b) 18 anos para os contínuos, cobradores, porteiros São admitidos como técnicos de serviço social os
e guardas. diplomados por escolas de serviço social oficialmente
reconhecidas.
SUBSECÇÃO II SUBSECÇÃO V
Trabalhadores da construção civil Trabalhadores de hotelaria

Cláusula 26.a Cláusula 31.a


Idade de admissão Condições de admissão
A idade mínima de admissão dos trabalhadores da 1 — Só podem ser admitidos trabalhadores maiores
construção civil é de 18 anos. de 18 anos.

Cláusula 27.a 2 — Têm preferência de admissão:


Habilitações mínimas a) Os diplomados pelas escolas profissionais da
indústria hoteleira oficialmente reconhecidas e
As habilitações mínimas dos trabalhadores da cons- já titulares da respectiva carteira profissional;
trução civil são a escolaridade obrigatória. b) Os trabalhadores titulares da carteira profissio-
nal que tenham sido aprovados em curso de
aperfeiçoamento das escolas hoteleiras oficial-
SUBSECÇÃO III mente reconhecidas.
Trabalhadores electricistas
Cláusula 32.a
Cláusula 28.a
Título profissional
Habilitações mínimas
Para as categorias abaixo indicadas os candidatos
Serão classificados como pré-oficiais os trabalhadores terão de preencher os seguintes requisitos:
electricistas diplomados pelas escolas oficiais portugue-
sas nos cursos industriais de electricista ou de montador a) Para controlador-caixa, cozinheiro e despen-
electricista e ainda os diplomados com os cursos de elec- seiro, ser maior de 18 anos de idade, possuir
tricidade da Casa Pia de Lisboa, do Instituto Técnico escolaridade obrigatória e ter sido aprovado em
Militar dos Pupilos do Exército, de Electricidade da exame de aptidão profissional oficialmente
Marinha de Guerra Portuguesa, da Escola da Marinha reconhecido, precedido de estágio não inferior
Portuguesa, de Mecânico Electricista ou Rádio Amador a 12 meses;
da Escola Militar de Electromecânica e com os cursos b) Para encarregado de refeitório, ser maior de
do Instituto de Formação Profissional do ministério 21 anos de idade e ter sido aprovado em exame
competente, salvo se o regulamento da carteira pro- de aptidão profissional oficialmente reconhe-
fissional legalmente aprovado estabelecer condições cido, precedido de estágio não inferior a 12
mais favoráveis para o trabalhador. meses.

227 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Cláusula 33.a CAPÍTULO III
Direito à alimentação Direitos, deveres e garantias
1 — Nos refeitórios, os trabalhadores apenas têm
Cláusula 37.a
direito às refeições aí servidas ou confeccionadas.
Deveres dos trabalhadores
2 — A alimentação será fornecida em espécie e será São deveres dos trabalhadores:
igual à das refeições servidas aos utentes.
a) Cumprir rigorosamente as disposições do pre-
3 — As horas destinadas às refeições são fixadas pela sente contrato;
entidade patronal, dentro dos períodos destinados às b) Exercer as funções que lhes forem cometidas
refeições do pessoal constante do mapa de horário de com zelo e competência;
trabalho. c) Respeitar e fazer-se respeitar por todos aqueles
com quem profissionalmente tenham de privar;
4 — Quando os períodos destinados às refeições não d) Zelar pelo bom estado e conservação de todo
estejam incluídos nos períodos de trabalho, deverão o material que lhes tenha sido confiado, não
estes ser fornecidos nos trinta minutos imediatamente podendo em caso algum fazer uso abusivo do
anteriores ou posteriores ao início ou termo dos mesmos mesmo;
períodos de trabalho. e) Cumprir e fazer cumprir as normas de salubri-
dade, higiene e segurança no trabalho;
5 — Nenhum trabalhador pode ser obrigado a tomar f) Comparecer ao serviço com assiduidade e pon-
as suas refeições principais com intervalo inferior a cinco tualidade e realizar o trabalho que lhes for
horas. cometido com zelo e diligência;
g) Não negociar por conta própria ou alheia em
6 — O pequeno-almoço terá de ser tomado até às concorrência com a entidade patronal, nem
10 horas da manhã. divulgar informações respeitantes à propriedade
industrial ou comercial, métodos de fabrico e
7 — O trabalhador que, por prescrição médica, neces- segredos negociais, bem como, no que respeita
site de alimentação especial (dieta) terá direito a que à específica actividade de reparação de auto-
esta lhe seja fornecida, confeccionada ou, no caso de móveis, não prestar serviços para reparação de
manifesta impossibilidade, em géneros. veículos a qualquer outra entidade, ainda que
efectuados fora das horas de serviço;
8 — Para todos os efeitos deste contrato, o valor de h) Cumprir os regulamentos internos da empresa,
alimentação não pode ser deduzido da parte pecuniária uma vez aprovados pelo Ministério do Trabalho,
da remuneração. nos termos da lei, mediante parecer prévio da
comissão sindical, comissão intersindical ou, na
Cláusula 34.a falta destes, o sindicato representativo da maio-
Aprendizagem ria dos trabalhadores;
i) Não se deslocar para fora do local de trabalho,
As profissões enquadradas nas secções de refeitório nas horas de serviço, sem autorização do seu
ou cozinha não admitem aprendizagem. superior hierárquico;
j) Prestar informações com verdade, isenção e
espírito de justiça a respeito dos seus subor-
SUBSECÇÃO VI dinados e vice-versa;
Trabalhadores de enfermagem l) Usar os fatos de trabalho que forem distribuídos
pela empresa durante o tempo de serviço, desde
que os mesmos se encontrem em boas condições
Cláusula 35.a de apresentação;
Condições de admissão m) Cumprir o horário de trabalho estabelecido para
a sua actividade profissional, não abandonando
Os trabalhadores de enfermagem são os diplomados a mesma, sem prejuízo do disposto na matéria
por escolas oficialmente reconhecidas. relativa ao regime de turnos;
n) Equipar-se e desequipar-se sem prejuízo de
SUBSECÇÃO VII cumprimento do seu horário de trabalho.
Trabalhadores de garagem
Cláusula 38.a
Cláusula 36.a Deveres das entidades patronais
Idade de admissão São deveres das entidades patronais:
1 — A idade mínima de admissão dos trabalhadores a) Cumprir rigorosamente as disposições do pre-
de garagens é de 16 anos, sem prejuízo do disposto sente contrato;
na lei para «trabalhos leves». b) Providenciar boas condições no local de traba-
lho, instalando os trabalhadores em boas con-
2 — Os trabalhadores admitidos com mais de 18 anos dições de higiene e segurança, de acordo com
de idade para exercerem as funções de lavador e lubri- as normas aplicáveis;
ficador serão classificados como estagiário para lavador c) Não exigir do trabalhador serviços não com-
e estagiário para lubrificador. preendidos no objecto do contrato individual,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 228


salvo nos casos e condições previstas neste judicar ou diminuir direitos ou garantias decor-
CCTV; rentes da antiguidade;
d) Facilitar a missão dos trabalhadores que sejam h) Exercer pressão sobre o trabalhador para que
dirigentes ou delegados de associações sindicais actue no sentido de influir desfavoravelmente
outorgantes, instituições de segurança social ou nas condições de trabalho dele ou dos seus
membros de comissões paritárias; companheiros;
e) Prestar às associações outorgantes, quando pedi- i) Mudar o trabalhador de secção ou sector, ainda
dos, todos os elementos relativos ao cumpri- que seja para exercer as mesmas funções, sem
mento deste contrato em relação aos seus o seu prévio consentimento, quando tal
associados; mudança implique condições de trabalho mais
f) Acompanhar com interesse a aprendizagem dos desfavoráveis;
que ingressam na profissão; j) Impedir aos trabalhadores o acesso aos serviços
g) Tratar com correcção os profissionais sob as dos técnicos de assistência social da empresa,
suas ordens e exigir idêntico procedimento do sem prejuízo da normal laboração desta e do
pessoal investido em funções de chefia, devendo disposto na alínea i) da cláusula 37.a;
qualquer observação ou admoestação ser feita l) Descontar na retribuição dos trabalhadores
em particular e de forma a não ferir a dignidade quaisquer importâncias a que se julguem com
dos trabalhadores; direito, salvo nos casos previstos na lei.
h) Indicar para lugares de chefia trabalhadores de
comprovado valor profissional e humano, dando 2 — A violação das garantias estabelecidas nesta cláu-
conhecimento ao órgão representativo dos tra- sula constitui justa causa de rescisão por parte do tra-
balhadores na empresa; balhador, com direito às indemnizações previstas neste
i) Facilitar ao trabalhador a consulta do seu pro- contrato.
cesso individual, sempre que este o solicite;
j) Zelar por que os trabalhadores ao seu serviço 3 — Constituem violação das leis do trabalho e como
não sejam privados dos meios didácticos, inter- tal serão punidas as infracções ao disposto nesta
nos ou externos, destinados a melhorarem a pró- cláusula.
pria formação e actualização profissional; Cláusula 40.a
l) Registar em documento próprio da empresa,
Transferência do trabalhador
quando solicitado pelo trabalhador, as datas do para outro local de trabalho
início e fim do contrato, bem como a sua cate-
goria profissional; 1 — Entende-se por transferência a mudança de local
m) Informar os trabalhadores sobre tudo que diga de trabalho com carácter de permanência, estabilidade
respeito às questões da sua segurança e da sua e definitividade.
saúde relativas ao posto de trabalho.
2 — As entidades patronais só podem transferir os
a
trabalhadores para outro local de trabalho com o seu
Cláusula 39. acordo escrito, salvo quando da transferência não resulte
Garantias aos trabalhadores uma variação sensível, ou de qualquer forma mais pre-
judicial, do tempo de trajecto para esse local.
1 — É proibido às empresas:
a) Opor-se, por qualquer forma, a que o traba- 3 — Em caso de mudança total ou parcial do esta-
lhador exerça os seus direitos, bem como des- belecimento, os trabalhadores poderão, contudo, e salvo
pedi-lo ou aplicar-lhe sanções por causa desse acordo em contrário, ser transferidos, desde que essa
exercício; transferência não lhes cause prejuízo sério.
b) Diminuir a retribuição do trabalhador por qual-
quer forma, excepto nos casos em que, prece- 4 — Em caso de transferência do local de trabalho
dendo autorização do Ministério do Trabalho, a título definitivo, a entidade patronal custeará as des-
haja acordo do trabalhador e parecer do sin- pesas de transporte do trabalhador e agregado familiar,
dicato; mobiliário e outros bens.
c) Baixar a profissão ou escalão do trabalhador
excepto nos casos em que, nas condições legais, 5 — Se a transferência do local de trabalho não envol-
precedendo autorização do Ministério do Tra- ver mudança de residência do trabalhador, a entidade
balho, haja acordo do trabalhador e parecer do patronal deverá custear o acréscimo de despesas de
sindicato; transporte e remunerar a diferença do tempo gasto no
d) Transferir o trabalhador para outro local de tra- trajecto.
balho, salvo o disposto na cláusula 40.a;
e) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a uti- 6 — O trabalhador, em caso de transferência de local
lizar serviços fornecidos pela empresa ou por de trabalho, a título provisório, considera-se em regime
pessoas por ela indicadas; de deslocação, sem prejuízo do disposto nos n.os 2 e 3.
f) Explorar com fins lucrativos quaisquer cantinas,
refeitórios, economatos ou outros estabeleci- Cláusula 41.a
mentos directamente relacionados com o tra- Transmissão do estabelecimento
balho para o fornecimento de bens ou prestação
de serviços aos trabalhadores; 1 — A posição que dos contratos de trabalho decorre
g) Despedir e readmitir o trabalhador, mesmo com para a entidade patronal transmite-se ao adquirente,
o seu acordo, havendo o propósito de o pre- por qualquer título, do estabelecimento onde os tra-

229 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


balhadores exerçam a sua actividade, salvo se, antes da 3 — Entende-se por comissão sindical de empresa a
transmissão, o contrato de trabalho houver deixado de organização dos delegados do mesmo sindicato na
vigorar nos termos legais ou se tiver havido acordo entre empresa ou unidade de produção.
o transmitente e o adquirente no sentido de os tra-
balhadores continuarem ao serviço daquele noutro esta- 4 — Entende-se por comissão intersindical de
belecimento, sem prejuízo do disposto na cláusula 40.a empresa a organização dos delegados de diversos sin-
dicatos na empresa ou unidade de produção.
2 — O adquirente do estabelecimento é solidaria-
mente responsável pelas obrigações do transmitente ven- 5 — Os delegados sindicais têm o direito de afixar
cidas, ainda que respeitem a trabalhadores cujos con- no interior da empresa e em local apropriado, para o
tratos hajam cessado, desde que reclamadas pelos inte- efeito reservado pela entidade patronal, textos, convo-
ressados, junto do transmitente e do adquirente, até catórias, comunicações ou informações relativas à vida
ao momento da transmissão. sindical e aos interesses sócio-profissionais dos traba-
lhadores, bem como proceder à sua distribuição, mas
3 — Para efeito do disposto no n.o 2, deverá o adqui- sem prejuízo, em qualquer caso, da laboração normal
rente durante os 30 dias anteriores à transmissão fazer da empresa.
afixar um aviso nos locais de trabalho, em lugar bem
visível, no qual dê conhecimento aos trabalhadores de 6 — Os dirigentes sindicais ou seus representantes,
que devem reclamar os seus créditos; e quanto aos tra- devidamente credenciados, podem ter acesso às insta-
balhadores ausentes por motivos justificados, deverá avi- lações da empresa desde que seja dado prévio conhe-
sá-los no início daquele período, por carta registada, cimento à entidade patronal, ou seu representante, do
com aviso de recepção, para a última morada por eles dia, hora e assunto a tratar.
comunicada à empresa.

4 — O disposto nesta cláusula é aplicável, com as Cláusula 45.a


necessárias adaptações, a quaisquer actos ou factos que Número de delegados sindicais
envolvam a transmissão da exploração do estabele-
cimento. 1 — O número máximo de delegados sindicais a quem
Cláusula 42.a são atribuídos os direitos referidos na cláusula 48.a, é
o seguinte:
Quotizações
a) Empresas com menos de 50 trabalhadores
1 — Os sistemas de cobrança de quotas sindicais sindicalizados — 1;
resultarão de acordo entre as entidades patronais e os b) Empresas com 50 a 99 trabalhadores sindi-
delegados sindicais, a comissão sindical ou intersindical calizados — 2;
ou, na falta daqueles, com o sindicato respectivo e c) Empresas com 100 a 199 trabalhadores sin-
mediante declaração expressa nesse sentido dos traba- dicalizados — 3;
lhadores, indicando o respectivo sindicato. d) Empresas com 200 a 499 trabalhadores sindi-
calizados — 6 delegados;
2 — No caso de ser firmado o acordo referido no e) Empresas com 500 ou mais trabalhadores sin-
número anterior, as empresas obrigam-se a fazer chegar dicalizados — o número de delegados resultante
aos respectivos sindicatos, até ao dia 30 do mês seguinte da fórmula 6+n — 500
200
, representando n o número
a que respeitem, o produto das quotizações pela forma
que considerarem mais adequada (numerário, cheque de trabalhadores.
ou vale de correio).
2 — O disposto no número anterior é aplicável por
Cláusula 43.a sindicatos desde que estes representem nas empresas
Higiene e segurança no trabalho mais de 10 trabalhadores sindicalizados.
As entidades patronais instalarão obrigatoriamente 3 — Nas empresas a que se refere a alínea a) do n.o 1,
os trabalhadores ao serviço em boas condições de e seja qual for o número de trabalhadores sindicalizados
higiene e segurança observando os preceitos legais ao serviço, haverá sempre um delegado sindical com
aplicáveis. direito ao crédito de horas previsto na cláusula 48.a

CAPÍTULO IV Cláusula 46.a


Exercício da actividade sindical na empresa Do direito de reunião nas instalações da empresa

Cláusula 44.a 1 — Os trabalhadores podem reunir-se nos locais de


Direito à actividade sindical na empresa
trabalho fora do horário normal, mediante convocação
de um terço ou de 50 trabalhadores da respectiva uni-
1 — Os trabalhadores e os sindicatos têm direito a dade de produção, ou da comissão sindical ou inter-
desenvolver actividade sindical na empresa, nomeada- sindical.
mente através de delegados sindicais, comissões sindicais
e comissões intersindicais da empresa. 2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior
os trabalhadores têm direito a reunir-se durante o horá-
2 — Os delegados sindicais são eleitos e destituídos rio normal de trabalho, até ao limite de quinze horas
nos termos dos estatutos dos respectivos sindicatos. em cada ano.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 230


3 — As reuniões referidas nos números anteriores não CAPÍTULO V
podem prejudicar a normalidade da laboração no caso
de trabalho por turnos ou de trabalho suplementar. Prestação de trabalho

4 — Os promotores das reuniões referidas nos núme- SECÇÃO I


ros anteriores são obrigados a comunicar à entidade
patronal ou a quem a represente, com a antecedência Substituições
mínima de um dia, a data e hora em que pretendem
que elas se efectuem, devendo afixar no local reservado Cláusula 49.a
para esse fim a respectiva convocatória, a menos que,
Substituição dos trabalhadores da mesma profissão
pela urgência dos acontecimentos, não seja possível efec-
tuar tal comunicação com a referida antecedência. 1 — Sempre que um trabalhador substitua integral-
mente outro de categoria profissional superior à sua
5 — Os dirigentes das organizações sindicais repre- terá direito ao respectivo grau de remuneração, previsto
sentativas dos trabalhadores da empresa podem par- neste contrato, durante o tempo efectivo da substituição.
ticipar nas reuniões, mediante comunicação dirigida à
empresa com a antecedência mínima de seis horas. 2 — Os trabalhadores referidos no número anterior
terão direito a um subsídio de férias e de Natal sobre
o grau de remuneração do trabalhador substituído pro-
6 — Para as reuniões previstas nesta cláusula, a enti- porcional ao tempo da respectiva substituição.
dade patronal cederá as instalações convenientes.
Cláusula 50.a
a
Cláusula 47. Execução de funções de diversas profissões
Cedência de instalações 1 — O trabalhador que execute funções de diversas
profissões tem direito a receber a retribuição mais
1 — Nas empresas ou unidades de produção com 100 elevada.
ou mais trabalhadores, a entidade patronal é obrigada
a pôr à disposição dos delegados sindicais, desde que 2 — Sempre que o trabalhador execute funções de
estes o requeiram, a título permanente, um local situado profissão a que corresponda retribuição superior,
no interior da empresa ou na sua proximidade e que adquire, para todos os efeitos, ao fim de três meses
seja apropriado ao exercício das suas funções. consecutivos ou cinco intercalados, a nova profissão e
respectiva retribuição, sem prejuízo do recebimento
2 — Nas empresas ou unidades de produção com desta retribuição durante os períodos referidos.
menos de 100 trabalhadores a entidade patronal é obri-
gada a pôr à disposição dos delegados sindicais, sempre 3 — Exceptuam-se do disposto no número anterior
que estes o requeiram, um local apropriado para o exer- as profissões de chefia, em relação às quais o trabalhador
cício das suas funções. adquire tão-somente o direito à retribuição mais ele-
vada, a menos que o seu exercício se prolongue por
mais de um ano, caso em que o trabalhador adquirirá
Cláusula 48.a igualmente a nova profissão.
Tempo para o exercício das funções sindicais 4 — Nos casos de substituição previstos no número
anterior, o substituto adquire o direito a ocupar a vaga
1 — Cada delegado sindical dispõe, para o exercício do substituído, caso esta venha a ocorrer durante o
das suas funções, de um crédito de horas não inferior período de substituição.
a oito por mês, quer se trate ou não de delegado que
faça parte da comissão intersindical. 5 — Os tempos de trabalho intercalados a que se
refere o n.o 2 contam-se por períodos de um ano a
2 — O crédito de horas estabelecido no número ante- partir da data do seu início.
rior será acrescido de uma hora por mês, em relação
a cada delegado, no caso de empresas integradas num 6 — O disposto nos números anteriores não prejudica
grupo económico ou em várias unidades de produção o regime de promoções previsto neste contrato.
e caso esteja organizada a comissão sindical das empre-
sas do grupo ou daquelas unidades.
SECÇÃO II
3 — O crédito de horas estabelecido nos números Duração do trabalho
anteriores respeita ao período normal de trabalho e
conta, para todos os efeitos, como tempo de serviço Cláusula 51.a
efectivo.
Definição do horário de trabalho

4 — Os delegados, sempre que pretendam exercer o Entende-se por horário de trabalho a determinação
direito previsto nesta cláusula, deverão comunicá-lo à das horas do início e do termo do período de trabalho
entidade patronal ou aos seus responsáveis directos com diário normal, bem como os intervalos de descanso
a antecedência, sempre que possível, de quatro horas. diários.

231 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Cláusula 52.a 6 — O regime definido nesta cláusula não se aplica
Períodos normais de trabalho
ao trabalho por turnos.

1 — Sem prejuízo de horários de menor duração que Cláusula 53.a


já estejam a ser praticados o horário de trabalho é de
trinta e nove horas semanais para empregados de escri- Fixação do horário de trabalho
tório e quarenta para os restantes trabalhadores, dis- Compete às entidades patronais estabelecer os horá-
tribuídos de segunda-feira a sexta-feira, com excepção rios de trabalho dentro dos condicionalismos da lei e
do disposto nos números seguintes. do presente contrato, devendo os órgãos representativos
dos trabalhadores na empresa pronunciar-se sobre tudo
2 — No entanto, é permitida às empresas que nos o que se refira ao estabelecimento e organização dos
subsectores de garagens, estações de serviço, parques horários de trabalho.
de estacionamento, postos de abastecimento de com-
bustível e postos de assistência a pneumáticos prati-
quem, à data da entrada em vigor do presente contrato, Cláusula 54.a
um horário de segunda-feira até às 13 horas de sábado Isenção de horário de trabalho
continuarem a praticá-lo naqueles subsectores.
Os trabalhadores desses subsectores que pratiquem 1 — Podem ser isentos de horário de trabalho,
este período de trabalho semanal podem, no entanto, mediante requerimento das entidades empregadoras, os
optar por um período de descanso semanal compreen- trabalhadores que se encontrem nas seguintes con-
dido entre as 13 horas de sábado e as 13 horas de segun- dições:
da-feira. Por acordo entre as partes, pode o descanso a) Exercício de cargos de direcção, de confiança
de segunda-feira ser substituído por igual período de ou de fiscalização;
tempo noutro dia dentro da mesma semana. b) Execução de trabalhos preparatórios ou com-
plementares que, pela sua natureza, só possam
3 — a) Os vendedores de veículos automóveis, máqui- ser efectuados fora dos limites dos horários nor-
nas agrícolas, máquinas industriais e motociclos podem mais de trabalho;
prestar trabalho ao sábado em stands, desde que o acor- c) Exercício regular da actividade fora do estabe-
dem por escrito com a empresa. lecimento, sem controle imediato da hierarquia.
b) Não obstante as circunstâncias atrás referidas,
haverá direito a dois dias de descanso semanal, a cumprir 2 — Os trabalhadores isentos de horário de trabalho
no domingo e segunda-feira seguintes ou das 13 horas têm direito a um suplemento adicional à sua remune-
de sábado às 13 horas de segunda-feira, quando o tra- ração correspondente a duas horas de trabalho normal
balho ao sábado abranja apenas o período da manhã. por dia.
c) Por acordo entre as partes, pode o descanso de
segunda-feira ser substituído por igual período de tempo 3 — Os requerimentos de isenção de horário de tra-
em outro dia dentro da mesma semana. balho, dirigidos ao Ministério do Emprego e da Segu-
d) Quando mais de um vendedor acorde na prestação rança Social, serão acompanhados de declaração de con-
de trabalho ao sábado, será instituído um sistema rota- cordância dos trabalhadores, depois de ouvidos os res-
tivo entre eles, de forma que o estabelecimento esteja pectivos sindicatos, bem como dos documentos que
aberto ao público, mas sem que todos os vendedores sejam necessários para comprovar os factos alegados.
estejam presentes.
e) Por cada manhã de sábado em que o vendedor Cláusula 55.a
preste a sua actividade terá direito a uma retribuição
complementar correspondente a 2 % do valor de remu- Contratos a termo
neração mínima mensal fixa para o nível 8 da tabela A celebração dos contratos a termo é admitida nos
que lhe seja aplicável. termos da legislação aplicável.
f) Por cada sábado completo em que o vendedor
preste a sua actividade, a percentagem prevista na alínea
anterior será de 5 %. Cláusula 56.a
g) Os vendedores referidos na alínea a) que tenham Trabalho suplementar
estabelecido outros acordos podem em qualquer
momento optar, em sua substituição, pelo regime global 1 — O trabalhador deve ser dispensado da prestação
previsto neste número, mediante comunicação escrita de trabalho suplementar quando, por motivos justifi-
dirigida à empresa. cáveis, expressamente o solicite.

4 — O período normal de trabalho diário será inter- 2 — Em caso de prestação de trabalho suplementar
rompido por um intervalo para refeição ou descanso por período não inferior a duas horas, haverá uma inter-
não inferior a uma hora nem superior a duas horas, rupção de quinze minutos entre o termo do período
fora do local de trabalho, não podendo os trabalhadores normal e o início do período suplementar, cujo paga-
prestar mais de cinco horas seguidas de trabalho. mento será sempre da responsabilidade da entidade
patronal.
5 — Consideram-se não abrangidos pelos limites de Cláusula 57.a
horários previstos nesta cláusula os vendedores, quando Limite máximo de horas de trabalho suplementar
actuando fora do estabelecimento patronal, salvo nos
casos em que sejam incumbidos de tarefas específicas Em caso de necessidade de prestação de trabalho
para além desses limites. suplementar para além de duzentas horas por ano, este

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 232


será remunerado com o acréscimo de 75 % sobre a retri- entidade patronal justifique por escrito a sua necessi-
buição normal da primeira hora e de 100 % nas restantes. dade, ouvida a comissão de trabalhadores ou, na sua
falta, a comissão sindical ou intersindical ou os sindicatos
interessados, devendo o respectivo parecer acompanhar
Cláusula 58.a o pedido de aprovação para o ministério competente.
Trabalho suplementar e turnos
5 — A prestação de trabalho em regime de turnos
Não é permitida a prestação de trabalho suplementar confere aos trabalhadores o direito a um complemento
aos trabalhadores em regime de turnos, salvo na imi- de retribuição no montante de:
nência de prejuízos graves para a empresa ou mediante
acordo dos trabalhadores. a) 15 % de retribuição de base efectiva, no caso
de prestação de trabalho em regime de dois tur-
nos de que apenas um seja total ou parcialmente
Cláusula 59.a nocturno;
Trabalho nocturno b) 25 % de retribuição de base efectiva, no caso
de prestação de trabalho em regime de três tur-
1 — Considera-se nocturno o trabalho prestado no nos ou de dois turnos total ou parcialmente
período que decorre entre as 20 horas de um dia e nocturnos.
as 7 horas do dia seguinte, só sendo autorizado, para
além dos casos de laboração em regime de turnos, 6 — Considera-se que se mantém a prestação de tra-
quando a entidade patronal comprovar a sua necessi- balho em regime de turnos durante as férias e durante
dade, ouvido o órgão representativo dos trabalhadores. qualquer suspensão de prestação de trabalho ou de con-
trato de trabalho sempre que esse regime se verifique
2 — Considera-se também como nocturno, até ao até ao momento imediatamente anterior ao das sus-
limite de duas horas diárias, o trabalho suplementar pensões referidas.
prestado depois das 7 horas, desde que em prolonga-
mento de um período normal de trabalho predominan- 7 — O acréscimo de retribuição previsto no número
temente nocturno. anterior inclui a retribuição especial do trabalho como
nocturno.
3 — A remuneração do trabalho nocturno será supe-
rior em 25 % à do trabalho prestado durante o dia. 8 — Os acréscimos de retribuição previstos no n.o 5
integram, para todos os efeitos, a retribuição dos tra-
Cláusula 60.a balhadores, mas não são devidos quando deixar de se
verificar a prestação de trabalho em regime de turnos.
Regime geral de trabalho por turnos

1 — Apenas é considerado trabalho em regime de 9 — Em regime de turnos, os trabalhadores têm


turnos o prestado em turnos de rotação contínua ou direito a um período para repouso ou refeição, de dura-
descontínua em que o trabalhador está sujeito às cor- ção não inferior a trinta minutos, o qual será considerado
respondentes variações de horário de trabalho. para todos os efeitos como tempo de trabalho; durante
o período atrás referido o trabalhador poderá não aban-
2 — O trabalho em regime de turnos só é autorizado donar o posto de trabalho mas deve, sempre que pos-
desde que a entidade patronal comprove devidamente sível, ser substituído nas suas ausências por outro
a sua necessidade, ouvida a comissão de trabalhadores trabalhador.
ou, na sua falta, a comissão sindical ou intersindical
ou os sindicatos interessados, devendo o respectivo pare- 10 — Os trabalhadores que completem 50 anos de
cer acompanhar o pedido de aprovação ao Ministério idade e 20 anos de serviço neste regime têm direito
do Trabalho. a mudar de turno ou passar ao horário normal, devendo
a empresa assegurar tal mudança ou passagem nos
3 — Em caso de prestação de trabalho em regime 60 dias imediatos à comunicação do trabalhador, até
de turnos deverá observar-se, em regra, o seguinte: ao limite anual de 10 % do total dos trabalhadores inte-
grados no respectivo turno.
a) Em regime de dois turnos, o período normal
de trabalho semanal é de quarenta horas, dis- 11 — Qualquer trabalhador que comprove através de
tribuídas de segunda-feira a sexta-feira; atestado médico a impossibilidade de continuar a tra-
b) Em regime de três turnos, o período normal balhar em regime de turnos passará imediatamente ao
de trabalho é de quarenta horas, podendo ser horário normal, as empresas reservam-se o direito de
distribuído por seis dias, de segunda-feira a mandar proceder a exame médico, sendo facultado ao
sábado, sem prejuízo de horários de menor trabalhador o acesso ao resultado desse exame e os res-
duração que já estejam a ser praticados. Em pectivos elementos de diagnóstico.
regra e salvo acordo em contrário com a comis-
são de trabalhadores ou, na sua falta, com a 12 — Na organização dos turnos deverão ser tomados
comissão sindical ou intersindical ou com o sin- em conta, na medida do possível, os interesses dos
dicato respectivo, as horas do turno predomi- trabalhadores.
nantemente nocturno serão distribuídas de
segunda-feira a sexta-feira. 13 — São permitidas as trocas de turnos entre os tra-
balhadores da mesma categoria e nível, desde que pre-
4 — A distribuição do período normal de trabalho viamente acordadas entre os interessados e a entidade
semanal poderá fazer-se de outra forma, desde que a patronal.

233 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


14 — Os trabalhadores só poderão mudar de turno 2 — O direito a férias é irrenunciável e não pode
após o período de descanso semanal. ser substituído por trabalho suplementar ou qualquer
outra modalidade ainda que o trabalhador dê o seu
15 — Salvo casos imprevisíveis ou de força maior, consentimento, salvo nos casos especiais previstos na
devidamente comprovados à comissão de trabalhadores lei e neste contrato.
ou, na sua falta, à comissão sindical ou intersindical,
ou ao sindicato respectivo, a entidade patronal obriga-se 3 — As férias não poderão ter início num dos dias
a fixar a escala de turnos, pelo menos, com um mês destinados ao descanso semanal nem em dia feriado.
de antecedência.
Cláusula 65.a
16 — Nenhum trabalhador pode ser obrigado a pres- Duração de férias
tar trabalho em regime de turnos sem ter dado o seu
acordo por forma expressa. 1 — O período de férias é de 22 dias úteis.

2 — O trabalhador que seja admitido no decurso do


Cláusula 61.a 1.o semestre do ano civil gozará nesse ano, após o
Trabalhadores-estudantes decurso do período experimental, um período de férias
proporcional aos meses de antiguidade que teria em
A regulamentação do Estatuto do Trabalhador-Es- 31 de Dezembro, na razão de dois dias seguidos por
tudante encontra-se prevista no Decreto-Lei n.o 396/91, cada mês de serviço.
de 16 de Outubro, e na Lei n.o 116/97, de 4 de Novembro.
3 — As férias deverão ser gozadas em dias seguidos,
salvo se a entidade patronal e o trabalhador acordem
CAPÍTULO VI que o respectivo período seja gozado interpoladamente.
Suspensão da prestação de trabalho
4 — Cessando o contrato de trabalho, a entidade
patronal pagará ao trabalhador, além das férias e subsí-
SECÇÃO I
dios vencidos, se ainda as não tiver gozado, a parte
Descanso semanal, feriados, férias proporcional das férias e subsídios relativos ao tempo
de serviço prestado no ano da cessação.
Cláusula 62.a
Cláusula 66.a
Descanso semanal
Subsídio de férias
1 — Salvo os casos especialmente previstos no pre-
sente contrato, os dias de descanso semanal são o sábado 1 — No mínimo de oito dias antes do início das férias,
e o domingo, sendo o sábado considerado dia de des- a entidade patronal pagará ao trabalhador um subsídio
canso semanal complementar. igual à retribuição correspondente ao período de férias
a que tenha direito.
2 — A entidade patronal deve proporcionar aos tra-
balhadores que pertençam ao mesmo agregado familiar 2 — O subsídio de férias beneficia sempre de qual-
o descanso semanal no mesmo dia. quer aumento de retribuição que se efectue até ao início
das férias.
3 — Nenhum trabalhador poderá ser obrigado a pres-
tar trabalho nos dias de descanso desde que apresente 3 — Para efeito dos cálculos, quer da retribuição do
motivos atendíveis. período de férias, quer do respectivo subsídio dos tra-
balhadores que aufiram retribuição mista, isto é, com-
Cláusula 63.a posta de uma parte fixa e uma parte variável, deverá
considerar-se a média da parte variável recebida nos
Feriados
últimos 12 meses, acrescida da parte fixa auferida no
1 — Para além dos feriados obrigatórios previstos na momento.
lei, serão igualmente considerados feriados obrigatórios Cláusula 67.a
o feriado municipal da localidade e a terça-feira de Marcação do período de férias
Carnaval.
1 — A marcação do período de férias deve ser feita
2 — Toda e qualquer suspensão de trabalho por por mútuo acordo entre a entidade patronal e o
motivo de «pontes», «fins-de-semana», tradição local trabalhador.
e outros dará lugar a distribuição de trabalho por calen-
dário anual, mediante acordo entre a empresa e a comis- 2 — Para o efeito deverá o trabalhador indicar à enti-
são de trabalhadores, comissão sindical ou intersindical dade patronal, até 31 de Março, o período de férias
ou a maioria dos trabalhadores. que pretende gozar.

3 — Na falta de acordo, caberá à entidade patronal


Cláusula 64.a a elaboração do mapa de férias, ouvindo para o efeito
Direito a férias a comissão de trabalhadores ou, na sua falta, a comissão
sindical ou intersindical.
1 — Em cada ano civil os trabalhadores abrangidos
por este contrato têm direito a gozar férias, respeitantes 4 — No caso previsto no número anterior, a entidade
ao trabalho prestado no ano anterior. patronal só pode marcar o período de férias entre

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 234


1 de Maio e 31 de Outubro, salvo se outra coisa resultar 3 — Quando seja praticado horário variável, a falta
de acordo celebrado entre a entidade patronal e as enti- durante um dia de trabalho apenas se considerará repor-
dades referidas naquele número. tada ao período de presença obrigatória dos traba-
lhadores.
5 — O mapa de férias definitivo deverá estar elabo-
rado e afixado nos locais de trabalho até ao dia 15 de Cláusula 71.a
Abril de cada ano.
Faltas justificadas
6 — Se o mapa de férias não for fixado até 15 de
Maio, o trabalhador gozará as férias no período que 1 — São consideradas faltas justificadas:
tiver indicado nos termos do n.o 2, a não ser que tenha
indicado as suas férias para Maio, caso em que o prazo a) As dadas por motivo de acidente ou doença
termina em 30 de Abril. de qualquer natureza;
b) As dadas durante cinco dias consecutivos por
7 — Aos trabalhadores que, pertencendo ao mesmo falecimento do cônjuge não separado de pessoas
agregado familiar, se encontram ao serviço da mesma e bens ou pessoa com quem o trabalhador viva
entidade patronal será concedida obrigatoriamente a maritalmente, parente ou afim no 1.o grau da
faculdade de gozar férias simultaneamente. linha recta (pais e filhos, por parentesco ou
adopção plena, padrastos, enteados, sogros, gen-
8 — As férias podem ser marcadas para serem goza- ros e noras);
das interpoladamente, mediante acordo entre o traba- c) As dadas durante dois dias consecutivos por
lhador e a entidade empregadora e desde que salva- falecimento de outros parentes ou afins da linha
guardando, no mínimo um período de 10 dias úteis recta ou do 2.o grau colateral (avós e bisavós
consecutivos. por parentesco ou afinidade, netos e bisnetos
por parentesco, afinidade ou adopção plena,
Cláusula 68.a irmãos consanguíneos ou por adopção plena e
Alteração ou interrupção do período de férias cunhados) ou de pessoas que vivam em comu-
nhão de vida e habitação com os trabalhadores;
1 — Se depois de fixada a época de férias, a entidade d) As dadas para acompanhamento de funerais de
patronal, por motivos de interesse da empresa, a alterar pessoas previstas nas alíneas b) e c), quando
ou fazer interromper as férias já iniciadas indemnizará o funeral não tiver lugar nos dias de falta resul-
o trabalhador dos prejuízos que comprovadamente este tantes daquelas alíneas;
haja sofrido na pressuposição de que gozaria férias na
e) As dadas durante 11 dias consecutivos, excluindo
época fixada; em caso de interrupção de férias, a enti-
os dias de descanso intercorrentes por ocasião
dade patronal pagará ainda ao trabalhador os dias de
do casamento do trabalhador;
trabalho prestado com o acréscimo de 100 %.
f) As dadas durante 2 dias úteis, seguidos ou inter-
2 — A interrupção das férias não poderá prejudicar polados dentro dos 20 dias subsequentes ao nas-
o gozo seguido de metade do respectivo período. cimento dos filhos;
g) As dadas pelo tempo indispensável para pres-
tação de assistência inadiável a membros do
Cláusula 69.a agregado familiar do trabalhador, consideran-
Violação do direito a férias do-se como tal o cônjuge, parentes e afins e
bem assim quaisquer outras pessoas que com
1 — A entidade patronal que, intencionalmente, não ele vivam em comunhão de mesa e habitação;
cumprir total ou parcialmente a obrigação de conceder h) As dadas pelo tempo indispensável ao desem-
férias pagará ao trabalhador, a título de indemnização, penho de funções em associações sindicais ou
o quádruplo da retribuição e o subsídio correspondente em quaisquer outros organismos legalmente
ao tempo de férias que este deixou de gozar. reconhecidos que promovam a defesa dos inte-
resses materiais ou culturais dos trabalhadores;
2 — O disposto nesta cláusula não prejudica a apli- i) As que resultem de motivo de força maior, em
cação das sanções em que a entidade patronal incorra consequência de cataclismo, inundação, tempes-
por violação das normas reguladoras das relações de tade ou situação extraordinária semelhante,
trabalho. impeditiva de apresentação do trabalhador ao
serviço;
SECÇÃO II
j) As que resultem de imposição, devidamente
Faltas comprovada, de autoridade judicial, militar ou
policial;
Cláusula 70.a l) As dadas por motivo de detenção ou prisão pre-
ventiva do trabalhador, enquanto não se veri-
Definição de falta
ficar a prisão efectiva resultante de decisão
1 — Falta é a ausência durante o tempo correspon- condenatória;
dente a um dia normal de trabalho. m) As dadas pelo tempo necessário para exercer
as funções de bombeiro, se como tal o traba-
2 — As ausências durante períodos inferiores a um lhador estiver inscrito;
dia serão consideradas somando os tempos respectivos n) As dadas nos dias em que o trabalhador doar
e reduzido o total a dias. sangue;

235 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


o) As que forem prévia ou posteriormente auto- na medida em que pressuponham a efectiva prestação
rizadas pela entidade patronal. de trabalho, sem prejuízo da observância das disposições
aplicáveis da legislação sobre segurança social.
2 — Não implicam perda de retribuição:
a) As faltas previstas nas alíneas b), c), e), f), i), 2 — O tempo de suspensão conta-se para efeitos de
j) e n) do número anterior; antiguidade, conservando o trabalhador o direito ao
b) As faltas previstas na alínea g) do número ante- lugar e continuando obrigado a guardar lealdade à enti-
rior até ao limite de 12 dias por ano, desde dade patronal.
que justificadas por uma declaração de um ser-
viço médico ou por um outro meio idóneo, sem 3 — O disposto no n.o 1 começará a observar-se
prejuízo da sua eventual comprovação pelos ser- mesmo antes de expirado o prazo de um mês, a partir
viços da empresa; do momento em que haja a certeza ou se preveja com
c) As faltas previstas na alínea m) do número ante- segurança que o impedimento terá a duração superior
rior quando comprovadamente não forem àquele prazo.
remuneradas integralmente por outra entidade.
4 — O contrato caducará, porém, no momento em
3 — No caso das alíneas b) e c) do n.o 1 as faltas que se torne certo que o impedimento é definitivo, sem
serão dadas a partir da data em que o trabalhador teve prejuízo da observância das disposições aplicáveis da
conhecimento do falecimento, desde que este conhe- legislação sobre segurança social.
cimento se verifique até oito dias após o facto, sob pena
de a regalia caducar. 5 — Ninguém pode ser prejudicado na sua colocação
ou emprego permanente ou acesso por virtude da obri-
Cláusula 72.a gação de prestar serviço militar.
Comunicação e prova das faltas
6 — O tempo de prestação obrigatória de serviço efec-
1 — As comunicações de ausência e os pedidos de
tivo nas forças armadas é contado para efeitos de pro-
dispensa deverão ser transmitidos à empresa com a
moção, aposentação ou reforma e não prejudica as rega-
maior brevidade possível após o trabalhador ter tido
lias conferidas pelo estatuto do funcionário ou resul-
conhecimento do motivo que os justificam; nos casos
tantes de contrato de trabalho, que não sejam inerentes
de manifesta urgência ou tratando-se de situação impre-
ao exercício efectivo da função ou serviço.
visível, deverão ser transmitidos no mais curto período
possível após a ocorrência.
Cláusula 75.a
2 — Os pedidos de dispensa ou as comunicações de
ausência devem ser feitos por escrito, em documento Licença sem retribuição
próprio e em duplicado, devendo um dos exemplares 1 — A entidade patronal concederá ao trabalhador,
depois de visado, ser entregue ao trabalhador. a pedido deste devidamente fundamentado, licença sem
retribuição até ao limite de dois meses.
Cláusula 73.a
Efeitos das faltas no direito a férias 2 — A entidade patronal poderá negar a concessão
de licença sem retribuição nos seguintes casos:
1 — Nos casos em que as faltas determinem perda
de retribuição, esta poderá ser substituída, se o traba- a) Quando o pedido não se achar devidamente
lhador expressamente assim o preferir, por perda de fundamentado;
dias de férias, na proporção de um dia de férias por b) Quando a licença se destinar ao exercício remu-
cada dia de falta, desde que seja salvaguardado o gozo nerado de qualquer das funções enumeradas no
efectivo de dois terços dos dias úteis de férias. anexo III noutra empresa ou por conta própria;
c) Quando da concessão de licença resultarem
2 — Sem prejuízo do direito estabelecido no número comprovadamente prejuízos directos que
anterior a proporção de um dia de férias por cada dia ponham em causa a própria actividade da
de falta nele estabelecido poderá ser alterado por acordo empresa nos casos em que o trabalhador não
entre a entidade patronal e o trabalhador em termos possa ser substituído por outros, ou quando haja
de mais dias de falta por dias de férias. riscos de outros prejuízos de excepcional gra-
vidade.
SECÇÃO III 3 — O trabalhador que pretender exercer o direito
Suspensão da prestação do trabalho por impedimento prolongado previsto no n.o 1 desta cláusula deverá apresentar o
seu pedido, por escrito, com a antecedência mínima de
Cláusula 74.a 10 dias.
Suspensão da prestação do trabalho por impedimento 4 — A entidade patronal só será obrigada a conceder
prolongado do trabalhador
o direito previsto no n.o 1 decorrido que seja um ano
1 — Quando o trabalhador esteja temporariamente sobre o termo da última licença.
impedido por facto que não lhe seja imputável, nomea-
damente o serviço militar obrigatório, doença ou aci- 5 — Os limites fixados nos n.os 1 e 4 não se aplicam
dente, e o impedimento se prolongue por mais de um quando a licença se destinar à frequência de cursos ou
mês, cessam os direitos, deveres e garantias das partes, estágios de formação profissional ou cultural.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 236


6 — O período de licença sem retribuição conta-se f) Prática intencional no âmbito da empresa, de
para efeitos de antiguidade. actos lesivos da economia nacional;
g) Faltas não justificadas ao trabalho que deter-
minem directamente prejuízos ou riscos graves
CAPÍTULO VII para a empresa ou, independentemente de qual-
quer prejuízo ou risco, quando o número de
Cessação do contrato de trabalho faltas injustificadas atingir, em cada ano, 5 segui-
das ou 10 interpoladas;
SECÇÃO I
h) Falta culposa da observância de normas de
Princípios gerais higiene e segurança no trabalho;
i) Prática no âmbito da empresa de violências físi-
Cláusula 76.a cas, de injúrias ou das ofensas punidas por lei
sobre trabalhadores da empresa, elementos dos
Cessação do contrato de trabalho corpos sociais ou sobre a entidade patronal indi-
A cessação do contrato de trabalho fica sujeita ao vidual não pertencente aos mesmos órgãos, seus
regime legal aplicável, salvo na parte expressamente pre- delegados ou representantes;
vista neste contrato. j) Sequestro e em geral crimes contra a liberdade
das pessoas referidas na alínea anterior;
Cláusula 77.a l) Incumprimento ou oposição ao cumprimento de
Certificado de trabalho decisões judiciais ou actos administrativos defi-
nitivos e executórios;
1 — Ao cessar o contrato de trabalho, a entidade m) Reduções anormais da produtividade do tra-
patronal deve passar ao trabalhador certificado donde balhador;
conste o tempo durante o qual esteve ao serviço e o n) Falsas declarações relativas à justificação de
cargo ou cargos que desempenhou. faltas.
Cláusula 80.a
2 — O certificado não pode conter quaisquer outras
referências, a não ser se expressamente requeridas pelo Processo disciplinar para despedimento
trabalhador.
1 — Nos casos em que se verifique algum compor-
SECÇÃO II tamento que integre o conceito de justa causa, a entidade
empregadora comunicará, por escrito, ao trabalhador
Cessação do contrato de trabalho por despedimento que tenha incorrido nas respectivas infracções a sua
promovido pela entidade patronal intenção de proceder ao despedimento, juntando nota
de culpa com a descrição circunstanciada dos factos que
Cláusula 78.a lhe são imputáveis.
Princípio geral
2 — Na mesma data será remetida à comissão de tra-
1 — São proibidos os despedimentos sem justa causa balhadores da empresa cópia daquela comunicação e
ou por motivos políticos ou ideológicos. da nota de culpa.

2 — Verificando-se justa causa, o trabalhador pode 3 — Se o trabalhador for representante sindical, será
ser despedido, quer o contrato seja a termo ou não. ainda enviada cópia dos dois documentos à associação
sindical respectiva.
Cláusula 79.a
4 — O trabalhador dispõe de cinco dias úteis para
Justa causa consultar o processo e responder à nota de culpa, dedu-
1 — Considera-se justa causa o comportamento cul- zindo por escrito os elementos que considera relevantes
poso do trabalhador que, pela sua gravidade e conse- para o esclarecimento dos factos e da sua participação
quências, torne imediata e praticamente impossível a nos mesmos, podendo juntar documentos e solicitar as
subsistência da relação de trabalho. diligências probatórias que se mostrem pertinentes para
o esclarecimento da verdade.
2 — Constituirão, nomeadamente, justa causa de des-
pedimento os seguintes comportamentos do trabalha- 5 — A entidade empregadora, directamente ou atra-
dor: vés de instrutor que tenha nomeado, procederá obri-
gatoriamente às diligências probatórias requeridas na
a) Desobediência ilegítima às ordens dadas por resposta à nota de culpa, a menos que as considere
responsáveis hierarquicamente superiores; patentemente dilatórias ou impertinentes, devendo,
b) Violação de direitos e garantias dos trabalha- nesse caso, alegá-lo fundamentadamente por escrito.
dores da empresa;
c) Provocação repetida de conflitos com outros tra- 6 — A entidade empregadora não é obrigada a pro-
balhadores da empresa; ceder à audição de mais de 3 testemunhas por cada
d) Desinteresse repetido pelo cumprimento, com facto descrito na nota de culpa, nem mais de 10 no
a diligência devida, das obrigações inerentes ao total, cabendo ao arguido assegurar a respectiva com-
exercício do cargo ou posto de trabalho que parência para o efeito.
lhe esteja confiado;
e) Lesão de interesses patrimoniais sérios da 7 — Concluídas as diligências probatórias, deve o pro-
empresa; cesso ser apresentado, por cópia integral, à comissão

237 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


de trabalhadores e, no caso do n.o 3, à associação sindical 2 — A ilicitude do despedimento só pode ser decla-
respectiva, que podem, no prazo de cinco dias úteis, rada pelo tribunal em acção intentada pelo trabalhador.
fazer juntar o seu parecer fundamentado.
3 — O processo só pode ser declarado nulo se:
8 — Decorrido o prazo referido no número anterior,
a entidade empregadora dispõe de 30 dias para proferir a) Faltar a comunicação referida no n.o 1 da
a decisão, que deve ser fundamentada e constar de do- cláusula 80.a;
cumento escrito. b) Não tiverem sido respeitados os direitos que
ao trabalhador são reconhecidos nos n.os 4 e
9 — Na decisão devem ser ponderadas as circunstân- 5 da cláusula 80.a e no n.o 2 do artigo 15.o do
cias do caso, a adequação do despedimento à culpa- Decreto-Lei n.o 64-A/89;
bilidade do trabalhador, bem como os pareceres que c) A decisão de despedimento e os seus funda-
tenham sido juntos nos termos do n.o 7, não podendo mentos não constarem de documento escrito,
ser invocados factos não constantes da nota de culpa, nos termos dos n.os 8 a 10 da cláusula 80.a ou
nem referidos na defesa do trabalhador, salvo se ate- do n.o 3 do artigo 15.o do Decreto-Lei
nuarem ou dirimirem a responsabilidade. n.o 64-A/89.

10 — A decisão, fundamentada, deve ser comunicada, 4 — Na acção de impugnação judicial do despedi-


por cópia ou transcrição, ao trabalhador e à comissão mento, a entidade empregadora apenas pode invocar
de trabalhadores, bem como, no caso do n.o 3 à asso- factos constantes da decisão referida nos n.os 8 a 10
ciação sindical. da cláusula 80.a, competindo-lhe a prova dos mesmos.

11 — A comunicação da nota de culpa ao trabalhador 5 — Para apreciação da justa causa deve o tribunal
suspende o decurso do prazo estabelecido no n.o 1 do atender, no quadro da gestão da empresa, ao grau de
artigo 31.o do Regime Jurídico do Contrato Individual lesão das relações entre as partes ou entre o trabalhador
de Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 49 408, de e os seus companheiros e às demais circunstâncias que
24 de Novembro de 1969. no caso se mostrem relevantes.

12 — Igual suspensão decorre da instauração de pro- 6 — As acções de impugnação do despedimento de


cesso prévio de inquérito, desde que, mostrando-se este representantes sindicais ou de membros de comissão
necessário para fundamentar a nota de culpa, seja anun- de trabalhadores têm natureza urgente.
ciado e conduzido de forma diligente, não mediando
mais de 30 dias entre a suspeita de existência de com-
CAPÍTULO VIII
portamentos irregulares e o início do inquérito, nem
entre a sua conclusão e a notificação da nota de culpa. Retribuição

13 — Nas empresas com um número de trabalhadores Cláusula 82.a


não superior a 20, no processo de despedimento são
Remuneração mínima do trabalho
dispensadas as formalidades previstas nos n.os 2 a 5 e
7 a 10 desta cláusula. As remunerações mínimas mensais devidas aos tra-
balhadores abrangidos por este contrato são as cons-
14 — É garantida a audição do trabalhador, que a tantes do anexo I da parte I.
poderá substituir, no prazo de cinco dias úteis contados
da notificação da nota de culpa, por alegação escrita
dos elementos que considere relevantes para o escla- Cláusula 83.a
recimento dos factos e da sua participação dos mesmos, Forma de pagamento
podendo requerer a audição de testemunhas.
1 — A retribuição será paga por períodos certos e
15 — A decisão do despedimento deve ser fundamen- iguais correspondentes ao mês.
tada, com discriminação dos factos imputados ao tra- A forma para cálculo da remuneração/hora é a
balhador, sendo-lhe comunicada por escrito. seguinte:
RM×12
RH =
16 — No caso de o trabalhador arguido ser membro 52×HS
de comissão de trabalhadores ou representante sindical, sendo:
o processo disciplinar segue os termos da cláusula 81.a RM — retribuição mensal;
HS — horário semanal.
Cláusula 81.a
A ilicitude do despedimento Cláusula 84.a
1 — O despedimento é ilícito: Desconto das horas de faltas

a) Se não tiver sido precedido do processo res- 1 — As horas de falta não remuneradas serão des-
pectivo ou este for nulo; contadas na remuneração mensal na base da remune-
b) Se se fundar em motivos políticos, ideológicos ração/hora, excepto se as horas de falta no decurso do
ou religiosos, ainda que com invocação de mês forem em número superior à media mensal das
motivo diverso; horas de trabalho, caso em que a remuneração mensal
c) Se for declarada improcedente a justa causa será a correspondente às horas de trabalho efectiva-
invocada. mente prestadas.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 238


2 — A média mensal das horas de trabalho obtém-se que se traduz na aplicação das seguintes fórmulas (em
pela aplicação da seguinte fórmula: que RH significa remuneração/hora normal):
Hs×52
Trabalho suplementar Trabalho diurno Trabalho nocturno
12

sendo Hs o número de horas correspondente ao período Primeira hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,50×RH 1,75×RH


normal de trabalho semanal. Segunda hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,75×RH 2,00×RH
Horas restantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,00×RH 2,25×RH

Cláusula 85.a 2 — As horas feitas no mesmo dia não precisam de


ser prestadas consecutivamente para serem retribuídas
Situações especiais
de acordo com o esquema fixado no número anterior.
1 — Sempre que um trabalhador aufira uma retri-
buição mista, isto é, constituída por uma parte certa 3 — Sempre que o trabalho se prolongue para além
e uma parte variável, ser-lhe-á sempre assegurada, inde- das 20 horas e o trabalhador execute mais de duas horas
pendentemente desta, a remuneração certa prevista suplementares para além do horário normal, a empresa
neste contrato. obriga-se ao fornecimento gratuito da refeição, ou, no
caso de não possuir refeitório próprio, ao pagamento
da mesma até ao limite previsto na cláusula 94.a
2 — A retribuição mista referida no número anterior
deverá ser considerada para todos os efeitos previstos
4 — Sempre que, verificado o circunstancialismo do
neste contrato.
número anterior, o trabalhador não possa utilizar os
Cláusula 86.a transportes habituais, a empresa assegurará os meios
de transporte a utilizar pelo trabalhador, ou o respectivo
Condições especiais de retribuição pagamento.
1 — Os caixas e os cobradores têm direito a um abono 5 — O trabalho suplementar prestado em dias feria-
mensal para falhas no valor de 4500$ enquanto no dos ou de descanso semanal, para além do período cor-
desempenho dessas funções. respondente ao trabalho normal em dia útil, dá ao tra-
balhador direito a 100 % sobre a retribuição especial
2 — Para pagamento das remunerações e abonos de prevista na cláusula 88.a
família deverão ser destacados trabalhadores de escri-
tório com classificação profissional nunca inferior a 6 — Exceptuam-se do disposto no número anterior
terceiro-escriturário. as situações de iminência de riscos ou prejuízos graves,
para a empresa, devidamente comprovados, e, bem
3 — Os trabalhadores que procedam aos pagamentos assim, os trabalhos de balanço e ou encerramento de
referidos no número anterior, terão direito a uma gra- contas do exercício anual das empresas em que as horas
tificação mensal calculada da seguinte forma sobre o de trabalho suplementares prestadas em dias de des-
montante global manuseado: canso e feriados serão remuneradas com o acréscimo
das percentagens previstas no n.o 1 desta cláusula, cal-
Até 1 000 000$ — 3100$; culado sobre a remuneração especial devida pelas horas
Mais de 1 000 000$ — 4500$. prestadas nesses dias.
4 — O subsídio previsto no n.o 1 é também devido
Cláusula 88.a
aos trabalhadores na retribuição do período de férias,
subsídio de férias e subsídio de Natal. Retribuição do trabalho em dias feriados ou de descanso

1 — O trabalhador tem direito à retribuição corres-


5 — Sempre que os trabalhadores referidos no n.o 1 pondente aos feriados.
sejam substituídos no desempenho das respectivas fun-
ções, o substituto receberá o subsídio na parte propor- 2 — As horas de trabalho prestadas nos dias de des-
cional ao tempo das substituições, deixando o titular canso semanal obrigatório ou complementar serão pagas
de o receber na mesma proporção. pelo valor correspondente a três vezes a remunera-
ção/hora normal, isto é:
6 — Consideram-se apenas abrangidos pelo n.o 3 os
trabalhadores que recebam do caixa um valor global R=3×N×RN
(ensacado ou não) e procedam à sua conferência, repar- sendo:
tição e prestação de contas aos serviços de tesouraria R=remuneração correspondente ao trabalho em
ou outros pelos pagamentos efectuados. dia de descanso semanal obrigatório ou com-
plementar;
N=número de horas de trabalho prestado;
Cláusula 87.a RN=remuneração/hora normal.
Remuneração do trabalho suplementar
3 — As horas de trabalho prestadas em dias feriados
1 — O trabalho será remunerado com um acréscimo serão pagas pelo valor correspondente a duas vezes e
de 50 % sobre a remuneração normal na primeira hora meia a remuneração/hora normal, além do pagamento
diária, 75 % na segunda hora e 100 % nas restantes, o do dia integrado na retribuição mensal.

239 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


4 — O trabalho prestado no dia de descanso semanal 3 — Suspendendo-se o contrato de trabalho para
obrigatório dá ao trabalhador o direito de descansar prestação de serviço militar obrigatório, observar-se-à
num dos três dias úteis seguidos, sem perda de retri- o seguinte:
buição.
a) No ano da incorporação o trabalhador receberá
5 — Em nenhum caso pode o trabalhador receber o subsídio na totalidade se na data do paga-
em relação ao trabalho em dias de descanso ou feriados mento estiver ao serviço da entidade; caso con-
uma remuneração inferior à devida pelo mínimo de três trário, receberá uma fracção proporcional ao
horas. tempo de serviço prestado nesse ano;
b) No ano de regresso receberá igualmente o sub-
Cláusula 89.a sídio na totalidade, se na data do pagamento
estiver de novo ao serviço da entidade patronal.
Proibição de regimes especiais de retribuição

É vedada às empresas a adopção de regimes especiais 4 — Em caso de suspensão do contrato por qualquer
de retribuição por peça ou tarefa, salvo acordo escrito outro impedimento prolongado do trabalhador, este terá
da comissão sindical ou da comissão intersindical ou, direito, quer no ano de suspensão, quer no ano de
na sua falta, do sindicato respectivo. regresso, à totalidade do subsídio, se tiver prestado
6 meses de serviço, e à parte proporcional ao tempo
de serviço prestado, se este não tiver atingido 6 meses,
Cláusula 90.a contando-se sempre qualquer fracção de 1 mês como
mês completo, desde que superior a 15 dias de serviço
Casos de redução de capacidade para o trabalho efectivo, e se o trabalhador, no mês anterior, tiver per-
feito pelo menos 15 dias de serviço efectivo.
1 — Quando se verifique diminuição de rendimento
do trabalhador por incapacidade parcial resultante de
doença profissional ou acidente de trabalho ocorrido 5 — O subsídio será pago conjuntamente com a retri-
dentro ou fora do local habitual de trabalho, pode a buição do mês de Novembro. Verificando-se manifesta
empresa atribuir ao trabalhador diminuído uma retri- incapacidade económica da empresa para o efeito e
buição inferior àquela a que tinha direito, desde que havendo acordo dos trabalhadores, poderá ser pago o
a redução efectuada não seja superior ao valor da pensão mais tardar até 15 de Dezembro. Exceptuam-se as situa-
paga pela entidade responsável. ções de suspensão emergentes do serviço militar obri-
gatório e de cessação do contrato de trabalho em que
o pagamento terá lugar na data da suspensão ou da
2 — As empresas obrigam-se a colocar os trabalha-
cessação.
dores referidos no número anterior em postos de tra-
balho de acordo com as suas aptidões físicas e a pro-
mover as diligências adequadas à sua readaptação ou 6 — Para efeitos do cálculo do subsídio de Natal dos
reconversão profissional. trabalhadores que aufiram uma retribuição mista, isto
é, composta por uma parte fixa e uma parte variável,
3 — Os trabalhadores afectados de incapacidade par- deverá considerar-se a média da parte variável recebida
cial permanente resultante de doença profissional ou nos últimos 12 meses acrescida da parte fixa auferida
de acidente de trabalho não poderão ser prejudicados no momento.
no regime de promoções e demais regalias. Cláusula 92.a
4 — Quando a diminuição do rendimento de trabalho Data de pagamento
por incapacidade parcial resultar de doença ou acidente
não profissional, a empresa diligenciará por conseguir 1 — As empresas obrigam-se a entregar aos traba-
a reconversão para função compatível com as diminui- lhadores ao seu serviço no acto de pagamento da retri-
ções verificadas. buição um talão preenchido por forma indelével, no
qual figurem o nome completo dos trabalhadores, o
Cláusula 91.a número de inscrição na segurança social, retribuição
mensal, categoria profissional e escalão, os dias de tra-
Subsídio de Natal
balho normal e as horas de trabalho suplementares ou
1 — Os trabalhadores com, pelo menos, seis meses em dias de descanso semanal ou feriados, os descontos
de antiguidade em 31 de Dezembro terão direito ao e o montante líquido a receber.
subsídio de Natal correspondente a um mês de retri-
buição. 2 — O pagamento efectuar-se-á até ao último dia do
período a que respeita e dentro do período normal de
2 — Os trabalhadores que tenham menos de 6 meses trabalho.
de antiguidade e aqueles cujo contrato de trabalho cesse
antes da data do pagamento do subsídio receberão uma 3 — Sempre que o trabalhador seja retido, para efei-
fracção proporcional ao tempo de serviço prestado no tos de pagamento da retribuição, para além dos limites
ano civil correspondente, contando sempre qualquer do seu horário normal de trabalho desde que a res-
fracção de 1 mês como mês completo, desde que supe- ponsabilidade seja objectivamente imputável à entidade
rior a 15 dias de serviço efectivo, e se o trabalhador, patronal, receberá o respectivo período de tempo na
no mês anterior tiver perfeito pelo menos 15 dias de primeira hora como trabalho normal, daí em diante
serviço efectivo. como trabalho suplementar.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 240


CAPÍTULO IX b) Ao pagamento das refeições a que houver lugar,
nos termos dos números seguintes;
Despesas com deslocações c) Ao pagamento de uma verba diária de 280$ para
cobertura de despesas correntes, desde que o
Cláusula 93.a tempo de deslocação seja superior a metade do
Conceitos gerais período normal de trabalho;
d) Ao regresso imediato, com transportes pagos,
1 — Entende-se por deslocação em serviço a pres- se ocorrer falecimento, acidente ou doença
tação de trabalho fora do local habitual. grave de cônjuges [ou companheiro(a) com
quem coabite maritalmente], filhos ou pais.
2 — Para efeitos deste capítulo, e sem prejuízo do
disposto na cláusula 100.a, considera-se local habitual 2 — Entende-se por refeições o pequeno-almoço, o
de trabalho: almoço e o jantar. O trabalhador tem direito ao peque-
a) O estabelecimento definido no contrato indi- no-almoço quando inicie a deslocação antes das 7 horas
vidual; da manhã. Terá direito ao almoço sempre que se encon-
b) Na falta de especificação, e para a generalidade tre deslocado entre as 12 e as 15 horas e ao jantar
dos trabalhadores, a sede, delegação, filial ou se a deslocação se verificar entre as 19 e as 22 horas.
outro estabelecimento da empresa em que o
trabalhador preste normalmente serviço. 3 — O quantitativo a prestar pelas refeições será o
seguinte:
3 — As despesas com transporte, alojamento e ali- Pequeno-almoço — 280$;
mentação serão documentadas em conformidade com Almoço/jantar — 1390$;
a prática existente nas empresas.
ou havendo acordo entre as partes, o pagamento das
a despesas contra a apresentação de documentos.
Cláusula 94.
Pequenas deslocações Cláusula 96.a
1 — Consideram-se pequenas deslocações as que per- Grandes deslocações
mitam em menos de duas horas por cada percurso a
ida e o regresso diário do trabalhador ao seu local habi- 1 — Consideram-se grandes deslocações em serviço
tual de trabalho ou à sua residência habitual. todas as que não estão compreendidas no n.o 1 da
cláusula 94.a
2 — O período efectivo de deslocação começa a con-
tar-se desde a partida do local habitual de trabalho ou 2 — O período efectivo de deslocação conta-se desde
da residência habitual do trabalhador, caso esta se situe a partida do local habitual de trabalho ou da residência
mais perto do local da deslocação, e termina, no local do trabalhador e termina no local habitual de trabalho
habitual de trabalho; se, no entanto, o regresso ao local ou da residência do trabalhador.
de trabalho não puder efectuar-se dentro do período
normal de trabalho, a deslocação terminará com a che- 3 — A grande deslocação supõe sempre prévio acordo
gada do trabalhador à sua residência habitual. entre a entidade patronal e o trabalhador, a não ser
que:
3 — O tempo de trajecto e espera, na parte que a) A realização de deslocações decorra do contrato
exceda o período normal de trabalho, não será con- individual de trabalho;
siderado para efeitos dos limites do trabalho suplemen- b) A realização de deslocações seja inerente às fun-
tar, mas será sempre remunerado como tal. ções próprias da categoria profissional do tra-
balhador;
4 — Se o tempo de trajecto e espera não exceder c) Se verifique iminência de prejuízos graves para
o período normal de deslocação para o local habitual a empresa, devidamente comprovados, e desde
de trabalho, não será considerado para efeitos do que o trabalhador não invoque em contrário
número anterior. motivos justificáveis.
Cláusula 95.a
Direitos dos trabalhadores nas pequenas deslocações
Cláusula 97.a
Grandes deslocações no continente
1 — Os trabalhadores, além da sua retribuição nor-
mal, terão direito, nas pequenas deslocações: 1 — Nas grandes deslocações no continente, os tra-
balhadores terão direito:
a) Às despesas de transporte, quando o trabalha-
dor não utilize viatura da empresa, deverá, em a) Ao pagamento de uma verba diária fixa de 570$
princípio, utilizar os transportes públicos; se pre- para cobertura de despesas correntes;
ferir e a entidade patronal concordar na uti- b) Ao pagamento das despesas de transportes, alo-
lização de veículo próprio, obriga-se a empresa jamento e alimentação durante o período efec-
a pagar por cada quilómetro percorrido 0,26 tivo de deslocação; se o trabalhador preferir,
ou 0,12 do preço do litro de gasolina super que e a entidade patronal concordar na utilização
vigorar, consoante se trate de veículo automó- de veículo próprio, obriga-se a empresa a pagar-
vel, motociclo ou ciclomotor, considerando-se -lhe por cada quilómetro percorrido 0,26 ou 0,12
os seguros incluídos; do preço do litro de gasolina super que vigorar,

241 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


consoante se trate de veículo automóvel, moto- fique, respectivamente, depois das 22 horas ou
ciclo ou de ciclomotor, considerando-se os segu- depois das 3 horas, salvo se tiver havido mani-
ros incluídos; festo e intencional desvio por parte do traba-
c) Ao pagamento de viagens por altura do Natal lhador ao programa da viagem estabelecido;
e da Páscoa, salvo se for estabelecido acordo g) Ao regresso imediato e pagamento das viagens
em contrário entre o trabalhador e a empresa; se ocorrer falecimento, acidente ou doença
d) Ao regresso imediato com pagamento de trans- grave do cônjuge [ou companheiro(a) que com
porte se ocorrer falecimento ou doença grave ele coabite maritalmente], filhos ou pais;
dos cônjuges [ou companheiro(a) que com o h) A uma verba diária de 1500$ para cobertura
trabalhador coabite maritalmente], filhos ou
de despesas correntes, além do pagamento das
pais;
e) A descansar no primeiro período de trabalho despesas de alojamento e alimentação, a contar
ou em todo o dia do trabalho seguinte, conforme da data da partida até à data da chegada;
a chegada ao local de trabalho se verifique, res- i) Ao meio e à classe de transporte adequados
pectivamente, depois das 22 horas ou depois à natureza própria da deslocação em condições
das 3 horas, salvo se tiver havido manifesto e normais de comodidade, devendo em regra,
intencional desvio por parte do trabalhador ao quando se trate de deslocação em grupo, ser
programa de viagem estabelecido; idênticas para todos os trabalhadores;
f) Ao meio e à classe de transporte que habitual- j) Ao pagamento do tempo de trajecto e espera
mente utilizem nas suas deslocações parti- como trabalho normal, na parte que exceda o
culares. período normal diário de trabalho, a não ser
que o trabalhador prefira compensar esse tempo
2 — O pagamento referido nas alíneas a) e b) poderá com descanso em data a acordar com a entidade
ser substituído por ajuda de custo diária, a acordar pelas patronal. No entanto, a parte que exceda o
partes. período normal de trabalho diário até ao limite
de quatro horas será pago como horas suple-
3 — Em princípio, as deslocações deverão ter lugar mentares desde que o trabalhador justifique o
durante o período normal de trabalho. As horas que
trabalho prestado nesse tempo, sendo o restante
excederem o horário normal serão pagas como trabalho
do trajecto e espera remunerado como tempo
normal, a não ser que o trabalhador prefira compensar
com o tempo de descanso em data a acordar com a de trabalho normal.
entidade patronal.
Cláusula 99.a
Cláusula 98.a Doença do pessoal nas grandes deslocações
Grandes deslocações ao estrangeiro,
Regiões Autónomas e Macau 1 — Durante o período de deslocação, os riscos de
Nas grandes deslocações ao estrangeiro, Regiões doença que, em razão do lugar em que o trabalho seja
Autónomas e Macau, além da retribuição normal, os prestado, deixem eventualmente de ser assegurados pela
trabalhadores terão direito: respectiva caixa de previdência ou não sejam igualmente
garantidos na área por qualquer outra instituição de
a) Às despesas da preparação legalmente obriga- previdência passarão a ser cobertos pela empresa, que
tórias e devidamente documentadas; para tanto assumirá as obrigações que competiriam
b) Ao abono correspondente às despesas com a àquela caixa se o trabalhador não estivesse deslocado.
aquisição de equipamento e, bem assim, nas
situações em que o rigor climatérico do local
de deslocação o justifiquem, ou exigências espe- 2 — Durante o período de doença, comprovado por
ciais de representação o imponham, às despesas atestado médico, o trabalhador deslocado manterá os
com a aquisição de vestuário que eventualmente direitos previstos em caso de deslocação e terá direito
o trabalhador não possua, em termos a acordar, ao pagamento da viagem de regresso, se esta for pres-
caso a caso; crita pelo médico assistente, ou faltar no local a assis-
c) Às despesas com os transportes. Quando o tra- tência médica necessária.
balhador não utilize viatura da empresa, deverá
em princípio utilizar os transportes públicos. Se
preferir, e a entidade patronal concordar na uti- 3 — No caso de o trabalhador vir a contrair doença
lização de veículo próprio, obriga-se a empresa específica do local de trabalho, aquando da deslocação,
a pagar-lhe por cada quilómetro percorrido 0,26 a empresa obriga-se:
do preço do litro de gasolina super que vigorar,
considerando-se os seguros incluídos; a) No caso de perda de direitos como beneficiário
d) Ao pagamento das despesas de alojamento e da caixa de previdência, a pagar integralmente
refeições a que houver lugar; a retribuição devida, bem como a respectiva
e) Ao pagamento das viagens por altura do Natal, assistência médica e medicamentosa durante o
salvo se for manifestada intenção em contrário período de incapacidade;
por parte do trabalhador; b) No caso contrário, a pagar a diferença entre
f) A descansar no primeiro período de trabalho, o valor da retribuição devida e os subsídios a
ou em todo o dia de trabalho seguinte, conforme que o trabalhador tenha direito durante o
a chegada ao local da residência habitual se veri- período de baixa.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 242


Cláusula 100.a lhes permitam tomá-las no local da empresa ou da sua
Regime especial de deslocações
residência, nos horários do referido número.

1 — Os trabalhadores com as categorias de inspector 6 — Aos trabalhadores referidos nesta cláusula será
de vendas, chefe de vendas, vendedor (viajante, pracista) aplicada, no caso de deslocação para fora do seu local
ou outros, demonstrador, técnico avaliador, distribuidor, de trabalho habitual, o regime previsto nas cláusulas
cobrador, inspector administrativo, empregado de ser- anteriores deste capítulo.
viços externos (estafeta), motorista e ajudantes de moto-
rista e cujas funções sejam habitualmente desempenha-
das no exterior ficam exclusivamente sujeitos ao regime Cláusula 101.a
definido na presente cláusula. Falecimento do pessoal deslocado

No caso de falecimento do trabalhador ou familiar


2 — O local habitual de trabalho destes trabalhadores
deslocado, serão suportados pela empresa os encargos
será a área ou zona onde forem contratados e em que
decorrentes da transferência do corpo para o local da
prestem habitualmente serviço.
área da residência habitual.
No caso da transferência do corpo ter de ser feita
3 — No exercício das suas funções, dentro do seu local para local diferente da área da residência habitual, a
habitual de trabalho, estes trabalhadores terão direito empresa suportará os encargos correspondentes aos pre-
ao seguinte: vistos no parágrafo anterior.
a) Ao pagamento das despesas de transporte, bem
como de outros gastos efectuados no interesse
da empresa e devidamente comprovados e por Cláusula 102.a
aquela aceites; Férias do pessoal deslocado
b) Sempre que o trabalhador, de acordo com a
entidade patronal, utilize carro próprio, obser- 1 — Para efeitos de gozo de férias, o trabalhador des-
var-se-á o seguinte: locado regressa ao local da residência, com pagamento
de despesas de transporte pela entidade patronal, con-
Sendo o seguro por conta da empresa, ser- siderando-se suspensa a sua deslocação durante esse
-lhe-á pago cada quilómetro percorrido período.
pelo produto do coeficiente de 0,23 sobre
o preço do litro de gasolina super, cobrindo 2 — Se o trabalhador preferir gozar as férias no local
o seguro o total dos riscos do veículo, desig- onde está deslocado, tem direito à retribuição que aufe-
nadamente passageiros, furtos e responsa- riria se não estivesse deslocado e ao pagamento do valor
bilidade civil, até ao limite civil previsto das despesas de transporte que a entidade patronal dis-
obrigatoriamente; penderia se ele fosse gozar férias no local da sua
Sendo o seguro por conta do trabalhador, ser- residência.
-lhe-á pago o coeficiente de 0,26 sobre o
preço do litro de gasolina super; Cláusula 103.a
Tratando-se de motociclo ou ciclomotor, o
coeficiente será respectivamente e nas mes- Período de inactividade
mas condições acima indicadas de 0,10 e As obrigações das empresas para com o pessoal des-
0,12; locado subsistem durante os períodos de inactividade
cuja responsabilidade não pertença ao trabalhador.
c) Ao pagamento das despesas de alimentação e
alojamento nos termos seguintes:
Cláusula 104.a
Pequeno-almoço — 280$;
Almoço/jantar — 1500$; Seguro do pessoal deslocado
Alojamento — 3700$; 1 — Sempre que um trabalhador se desloque em ser-
ou, havendo acordo entre as partes ao paga- viço da empresa para fora do local de trabalho habitual
mento destas despesas contra a apresentação e tenha qualquer acidente, a entidade patronal será res-
de documentos comprovativos. ponsável por todos e quaisquer prejuízos (incluindo
perda de salário daí resultante).
4 — As refeições deverão ser pagas ao trabalhador
sempre que por motivo de serviço as não possa tomar 2 — Sempre que, ao serviço da empresa, o trabalha-
no local habitual e no horário seguinte: dor conduza um veículo, todas as responsabilidades ou
prejuízos cabem à entidade patronal.
Pequeno-almoço, quando inicie o serviço antes das
7 horas; 3 — Nas grandes deslocações as empresas deverão
Almoço/jantar, sempre que se encontre em serviço, segurar os trabalhadores, durante o período de deslo-
respectivamente, entre as 12 e as 15 e as 19 e cação, contra riscos de acidentes de trabalho, nos termos
as 22 horas. da lei, e deverão ainda efectuar um seguro de acidentes
pessoais, cobrindo os riscos de morte e invalidez per-
5 — Os trabalhadores cujo local habitual de trabalho manente, de valor nunca inferior a 1550 contos.
é definido numa área ou zona terão direito ao paga-
mento das refeições sempre que nos horários referidos 4 — Os familiares que, mediante acordo com a enti-
no n.o 4 desta cláusula estejam em local tal que não dade patronal, acompanhem o trabalhador serão cober-

243 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


tos individualmente por um seguro de riscos de viagem Cláusula 108.a
no valor de 1050 contos. Perda de direito ao complemento

5 — O regime previsto nesta cláusula aplica-se exclu- 1 — O trabalhador só não terá direito ao comple-
sivamente aos trabalhadores dos subsectores de repa- mento do subsídio de doença nos casos seguintes:
ração e montagem que, ao abrigo da regulamentação
a) Quando, em resultado da reclamação prevista
colectiva de trabalho anterior aplicável, já deles bene-
no n.o 2 da cláusula anterior, se conclua pela
ficiavam.
não verificação da doença;
b) Desde que o trabalhador, sem motivo justifi-
CAPÍTULO X cado, se recuse a ser observado pelo médico
designado pela empresa;
Prestações complementares c) Quando a empresa demonstrar através de fun-
damentação escrita que o trabalhador não cum-
SECÇÃO I priu as indicações da caixa sobre a sua perma-
nência no domicílio, a não ser que o trabalhador
Subsídio complementar de doença
apresente motivos justificáveis;
d) Quando o trabalhador não comunicar à empresa
Cláusula 105.a a situação de doença no próprio dia ou, havendo
Conceito e âmbito motivos justificáveis, nos três dias úteis subse-
quentes à data do seu início, bem como das
1 — Em caso de doença com baixa, é atribuído aos prorrogações da respectiva baixa.
trabalhadores dos subsectores de comércio e garagens
um subsídio complementar do das instituições de pre- 2 — No caso da alínea c) do número anterior, o com-
vidência, limitado, respectivamente, a 60 ou 90 dias por plemento só poderá deixar de ser atribuído a partir da
ano, seguidos ou interpolados. altura em que se comprove a situação aí verificada.
2 — O subsídio referido no número anterior é devido 3 — O pagamento de subsídio ficará condicionado à
a partir do 4.o dia de baixa, inclusive. exibição pelo trabalhador do boletim de baixa. No termo
desta, o trabalhador deverá apresentar à empresa o
3 — Aos trabalhadores dos subsectores de garagens documento da alta.
que comprovadamente padeçam de doença profissional
será atribuído um complemento de subsídio pago pela SECÇÃO II
previdência, até ao montante da retribuição auferida
à data da baixa e até ao limite de 180 dias de baixa. Subsídio complementar das indemnizações
por acidente de trabalho

Cláusula 106.a Cláusula 109.a


Quantitativo de complemento do subsídio Subsídio complementar das indemnizações por acidente de trabalho

1 — O complemento do subsídio será de 25 % da 1 — No que respeita a subsídio complementar das


retribuição. indemnizações por acidente de trabalho e as situações
decorrentes de incapacidade dos subsectores de comér-
2 — Para o subsector de garagens no caso de tra- cio e garagens, observar-se-á o seguinte:
balhadores que não tenham ainda adquirido o direito
I) Quanto ao subsector do comércio auto-
à assistência médica da respectiva instituição de pre-
móvel:
vidência, a entidade patronal garantirá 85 % da retri-
buição líquida auferida pelo trabalhador, após o decurso a) Em caso de incapacidade parcial ou absoluta
do período experimental e até ao limite de 90 dias. para o trabalho habitual, proveniente de aci-
dente de trabalho ou doença profissional ao ser-
3 — A soma das subvenções atribuídas pela entidade viço da empresa, a entidade patronal diligen-
patronal e da comparticipação das instituições de pre- ciará por forma a conseguir a reconversão para
vidência não poderá, em caso algum, ser superior à retri- função compatível com as diminuições veri-
buição líquida auferida pelo trabalhador à data de baixa. ficadas;
b) Se a retribuição da nova função acrescida da
pensão relativa à incapacidade for inferior à
Cláusula 107.a
auferida à data da baixa, a entidade patronal
Controlo da situação de doença pela entidade patronal pagará a respectiva diferença;
c) No caso de incapacidade absoluta temporária,
1 — A situação de doença pode ser comprovada por
a empresa pagará um subsídio igual à diferença
um médico designado pela empresa.
entre a retribuição líquida à data da baixa e
a indemnização legal a que o trabalhador tenha
2 — Havendo discrepância entre o parecer do médico
direito, durante seis meses;
designado pela empresa e o médico responsável pela
baixa, poderá a empresa reclamar para as instituições
II) Quanto ao subsector de garagens:
de previdência respectivas.
a) Em caso de acidente de trabalho, as entidades
3 — A empresa poderá mandar verificar a presença patronais pagarão aos seus trabalhadores a dife-
no seu domicílio do trabalhador com baixa. rença entre a retribuição auferida à data da

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 244


baixa e a importância recebida do seguro obri- Entre o dia 1 de Janeiro e 31 de Dezembro
gatório por lei, enquanto durar a baixa; de 1999, a licença de maternidade será de 110 dias.
b) Em caso de assalto à mão armada, ou roubo, A partir de 1 de Janeiro do ano 2000 vigorarão
a abastecedores de combustíveis durante as 120 dias consecutivos;
horas de serviço de que resulte para estes pro- c) Dois períodos de uma hora por dia às traba-
fissionais incapacidade total ou parcial perma- lhadoras que aleitem filhos até 10 meses após
nente para o trabalho, as entidades patronais parto, sem diminuição de retribuição nem redu-
pagar-lhes-ão ainda a diferença entre a retri- ção do período de férias; os dois períodos de
buição auferida à data do acidente e a impor- uma hora podem ser acumulados mediante
tância recebida do seguro obrigatório por lei acordo das partes.
no montante limitado a um capital de 520 000$,
quando a incapacidade for total, ou quando o 2 — As trabalhadoras deverão dar conhecimento à
não for, a uma percentagem deste capital idên- empresa dos factos que determinem a aplicação do dis-
tica à percentagem de incapacidade atribuída posto nas alíneas a), b) e c) do número anterior com
por tribunal de trabalho; a brevidade possível, após deles terem tido conhe-
c) Esta cláusula somente fica a constituir o direito cimento.
adquirido para além da vigência deste contrato
se as companhias seguradoras não agravarem
as condições actuais dos contratos de seguro 3 — É vedado às mulheres o trabalho com produtos
inerentes a esta matéria. tóxicos, ácidos ou líquidos corrosivos e gases nocivos,
salvo se esse trabalho estiver especificamente compreen-
2 — A prática intencional por parte do trabalhador dido no exercício da sua profissão a todos os trabalhos
de qualquer acto que vise tirar benefícios desta cláusula que, por diploma legal, sejam considerados como impli-
por meios dolosos constitui infracção disciplinar. cando riscos efectivos ou potenciais para a função gené-
tica, bem como o transporte de pesos superiores a 15 kg
com carácter de regularidade e a 20 kg em casos
SECÇÃO III excepcionais.
Refeitório
4 — Em tudo o mais rege o disposto na legislação
Cláusula 110. a aplicável.
Refeitório
Cláusula 112.a
1 — As empresas do subsector de montagem de auto-
móveis que empreguem 50 ou mais trabalhadores devem Proibição de discriminação
dispor de uma ou mais salas destinadas exclusivamente
1 — É proibida qualquer discriminação baseada no
a refeitório, com meios próprios para aquecer a comida,
não comunicando directamente com locais de trabalho, sexo, quer directa, quer indirecta, nomeadamente pela
instalações sanitárias ou locais insalubres. referência ao estado civil, ou à situação familiar, sendo
garantido o acesso das mulheres a qualquer emprego,
2 — No mesmo subsector, por acordo entre as empre- profissão ou posto de trabalho.
sas e os órgãos legalmente representativos dos traba-
lhadores, e no seu interior deverão ser fornecidas refei- 2 — Não são consideradas discriminatórias as dispo-
ções mediante uma comparticipação dos utentes não sições de carácter temporário que estabeleçam uma pre-
inferior a 30 % nem superior a 60 % do custo total da ferência em razão do sexo imposta pela necessidade
refeição. de corrigir uma desigualdade enquanto valor social.

3 — Nas precisas condições do número anterior, para 3 — Considera-se para todos os efeitos como parte
os trabalhadores que não possam beneficiar da refeição integrante do presente CCTV o Decreto-Lei n.o 392/79,
as empresas deverão compensá-los com um subsídio de de 20 de Setembro, e a Lei n.o 105/97, de 13 de Setembro.
valor igual à comparticipação delas no custo da refeição.

CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XI
Disciplina
Do trabalho das mulheres

Cláusula 111.a Cláusula 113.a


Direitos especiais das mulheres Sanções disciplinares

1 — São, em especial, assegurados às mulheres os 1 — As infracções disciplinares dos trabalhadores


seguintes direitos: serão punidas, conforme a gravidade da falta, com as
seguintes sanções:
a) Não desempenhar durante a gravidez e até três
meses após o parto tarefas clinicamente desa- a) Admoestação simples e verbal pelo superior
conselhadas para o seu estado, sem diminuição hierárquico;
da retribuição; b) Repreensão registada e comunicada por escrito
b) Faltar durante 98 dias por período da mater- ao trabalhador;
nidade, os quais não poderão ser descontados c) Suspensão do trabalho e da retribuição pelos
para quaisquer efeitos, designadamente férias, períodos de 1 a 12 dias;
antiguidade ou aposentação. d) Despedimento.

245 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


2 — Para efeito da graduação das sanções deverá que for estabelecido nas revisões salariais que ocorre-
atender-se à natureza e gravidade da infracção e ao rem, tendo a mesma produção de efeitos.
comportamento anterior.

3 — A suspensão do trabalho e da retribuição não Cláusula 119.a


pode exceder, em cada ano civil, o total de 30 dias úteis.
Reclassificação profissional
4 — As empresas comunicarão ao sindicato respectivo
a aplicação das penalidades previstas nas alíneas b) e 1 — Para efeitos de reclassificação profissional não
seguintes do n.o 1 desta cláusula, bem como os motivos poderá resultar qualquer prejuízo para os trabalhadores,
que as determinaram. designadamente baixa de escalão ou de outra posição
que ocupem na carreira profissional.

Cláusula 114.a 2 — Para efeitos de promoção contar-se-á todo o


Aplicação de sanções tempo de serviço prestado na empresa.

1 — Nenhuma sanção disciplinar, com excepção da


prevista na alínea a) do n.o 1 da cláusula anterior, poderá Cláusula 120.a
ser aplicada sem audiência prévia do trabalhador através
da entrega de uma nota de culpa em que se lhe dê Princípio geral de igualdade de tratamento
conhecimento da acusação.
As relações de trabalho abrangidas por este contrato
2 — O trabalhador dispõe de um prazo de cinco dias regem-se pelo princípio constitucional de que a trabalho
úteis para deduzir por escrito os elementos que con- igual deve corresponder salário igual.
sidere relevantes para o esclarecimento da verdade.
Cláusula 121.a
3 — Decorrido o prazo referido no número anterior
a entidade patronal proferirá uma decisão fundamen- Carácter globalmente mais favorável
tada através de documento escrito do qual será entregue
uma cópia ao trabalhador. 1 — O presente CCTV no âmbito do seu contexto
substitui todos os instrumentos de regulamentação de
trabalho aplicável aos trabalhadores e às empresas
Cláusula 115.a representadas pelas associações outorgantes.
Prescrição de infracção disciplinar

A infracção disciplinar prescreve ao fim de um ano 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
a contar do momento em que teve lugar ou logo que considera-se expressamente este CCTV mais favorável
cesse o contrato de trabalho. do que os instrumentos de regulamentação colectiva de
trabalho substituídos nos termos do número anterior.

Cláusula 116.a 3 — Da aplicação do CCTV não poderá resultar para


Caducidade do procedimento disciplinar (2) os trabalhadores baixa de categoria, e, bem assim, dimi-
nuição de retribuição, nem dos quantitativos dos abonos
Qualquer que seja a sanção disciplinar a aplicar ao para falhas, das ajudas de custo e das despesas de des-
trabalhador, o procedimento disciplinar caduca se não locação resultantes de instrumentos de regulamentação
for exercido nos 30 dias subsequentes à verificação ou colectiva de trabalho vigentes à data da sua entrada
conhecimento dos factos constitutivos da infracção dis- em vigor.
ciplinar pela entidade patronal ou pelo superior hie-
rárquico com competência disciplinar. ANEXO I
Tabelas salariais
a
Cláusula 117.
Execução de sanções Níveis Tabela I Tabela II

A execução de sanções terá lugar nos três meses sub-


sequentes à decisão. 1 ........................... 173 250$00 192 750$00
2 ........................... 154 150$00 173 250$00
3 ........................... 134 850$00 151 600$00
4 ........................... 122 300$00 134 900$00
CAPÍTULO XIII 5 ........................... 109 600$00 122 300$00
6 ........................... 100 450$00 109 650$00
Disposições finais 7 ........................... 92 600$00 100 850$00
8 ........................... 84 450$00 93 750$00
Cláusula 118.a 9 ........................... 78 900$00 86 100$00
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 150$00 81 150$00
Actualização 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 050$00 77 900$00
12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 600$00 74 050$00
As cláusulas de expressão pecuniária sofrerão um
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 550$00 70 050$00
acréscimo de valor percentual igual ao aumento global

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 246


GRUPO I

Categorias profissionais com aprendizagem e prática e com oficiais de 1.a nos graus 8 e 9

Tabela salarial de aprendizes das categorias profissionais dos graus 8 e 9

1.o ano 2.o ano 3.o ano


Idade de admissão
Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II

15 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00


16 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 -$- -$-
17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 -$- -$- -$- -$-

Tabela salarial dos praticantes das categorias profissionais dos graus 8 e 9

Tabela I Tabela II

Praticante iniciado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00


Praticante do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00
Praticante do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00

GRUPO II

Categorias profissionais sem aprendizagem mas com prática

Praticantes das categorias profissionais sem aprendizagem

1.o ano 2.o ano 3.o ano


Idade de admissão
Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II

15 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00


16 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 -$- -$-
17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 -$- -$- -$- -$-

GRUPO III

Categorias profissionais com prática e início aos 18 anos

Idade Tabela I Tabela II

Praticante de 18 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00


Praticante de 19 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00

GRUPO IV

Categorias profissionais de escalão único com prática e início aos 18 anos

Idade Tabela I Tabela II

Praticante do 1.o ano com 18 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00


Praticante do 1.o ano com 19 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 150$00 54 600$00
Praticante do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00

247 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Paquetes (escritório) e praticantes (comércio e armazém)

1.o ano 2.o ano 3.o ano

Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II

Paquetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00


Praticantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00

Critério diferenciador de tabelas ANEXO II

Enquadramento das categorias profissionais


I em níveis ou graus do remuneração

Empresas estritamente comerciais são aquelas que Nível 1


se dedicam em separado ou conjuntamente à impor-
tação, comércio por grosso e ou retalho de veículos, Director de serviços.
máquinas agrícolas e industriais, pneus, peças e aces- Gerente comercial.
sórios, motociclos, reboques e outros bens ligados à acti- Nível 2
vidade automóvel.
Chefe de divisão.
II Técnico IV (3).
Nível 3
Empresas estritamente de reparação são aquelas que
se dedicam exclusivamente à reparação de veículos Chefe de serviços/chefe de departamento.
automóveis. Técnico III (4).
Nível 4
III
Caixeiro-encarregado geral.
Empresas estritamente de montagem de automóveis Encarregado geral.
são aquelas que se dedicam exclusivamente à montagem Inspector administrativo.
de automóveis. Instrutor técnico.
Programador de informática.
IV Técnico II (5).
Nível 5
Empresas polivalentes são aquelas que, além das acti-
vidades estritamente comerciais ligadas ao comércio Agente de métodos (mais de quatro anos).
automóvel, exercem outras actividades comerciais e ou Caixeiro-encarregado ou caixeiro chefe de secção.
industriais de prestação de serviços. Chefe de compras.
Chefe de secção.
Chefe de vendas.
V Desenhador maquetista.
Desenhador projectista.
Às empresas referidas no n.o I aplicam-se as tabelas I Encarregado geral de armazém.
e II, consoante o valor da facturação anual global seja, Gestor de stocks.
respectivamente, inferior ou superior a 187 000 000$. Medidor-orçamentista coordenador.
Às empresas referidas nos n.os II, III e IV aplicar-se-ão Planificador — 1.o escalão.
as tabelas I ou II, consoante o valor da facturação anual Secretário(a) III.
global seja, respectivamente, inferior ou superior a Técnico fabril.
261 000 000$, deduzidos os impostos e taxas sobre as Técnico I (6).
quais não indicam margens de lucro e ainda as vendas Tradutor.
de combustíveis.
Às empresas em que, por virtude da aplicação de Nível 6
instrumentação anterior, já seja aplicada a tabela II da
referida instrumentação aplicar-se-á a tabela II do pre- Agente de compras.
sente CCT, não podendo, a partir da data da entrada Agente de métodos (menos de quatro anos).
em vigor do mesmo, passar a aplicar-se a tabela I. Agente de normalização.
Analista de funções.
Chefe de linha de montagem.
VI Correspondente em língua estrangeira.
Desenhador de estudos.
As tabelas salariais e o critério diferenciador de tabe- Desenhador retocador (artes gráficas).
las constantes do anexo I produzem efeitos a partir de Encarregado.
1 de Agosto de 1998. Encarregado (electricista).

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 248


Encarregado de armazém. Electricista bobinador (mais de três anos).
Enfermeiro. Electricista de baixa tensão (mais de três anos).
Inspector de vendas. Electricista de conservação industrial (mais de três
Inspector técnico. anos).
Medidor-orçamentista (mais de seis anos). Encarregado de refeitório.
Monitor. Ensaiador-afinador de 1.a
Monitor informático. Estofador de 1.a
Planificador — 2.o escalão (mais de seis anos). Experimentador (mais de um ano).
Preparador de trabalho (mais de um ano). Fiel de armazém.
Prospector de vendas. Fogueiro de 1.a
Secretário(a) II. Forjador de 1.a
Subchefe de secção. Fresador mecânico de 1.a
Técnico administrativo. Fundidor ou moldador manual de 1.a
Técnico avaliador. Mandrilador mecânico de 1.a
Técnico de controle de qualidade. Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas agrícolas
Técnico de electrónica industrial e ou telecomunicações. e ou industriais de 1.a
Técnico de gás auto. Mecânico de aparelhos de precisão de 1.a
Técnico de manutenção industrial. Mecânico auto gás de 2.a
Técnico de prevenção. Mecânico de automóveis de 1.a
Nível 7 Mecânico de bombas de injecção de 1.a
Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ventilação
Chefe de equipa (chefe de grupo). e aquecimento de 1.a
Chefe de equipa (electricista). Medidor (três a seis anos).
Correspondente em línguas estrangeiras (7). Medidor-orçamentista (menos de três anos).
Cronometrista (mais de um ano). Montador-reconstrutor de baterias (mais de três anos).
Demonstrador de máquinas e equipamentos. Motorista de pesados.
Desenhador gráfico. Operador de máquinas de fundição injectada de 1.a
Encarregado de garagem. Operador periférico.
Mecânico auto gás de 1.a Pintor de construção civil de 1.a
Medidor (mais de seis anos). Pintor de veículos, máquinas ou móveis de 1.a
Medidor-orçamentista (mais de três e menos de seis Planeador [programador de fabrico (menos de um ano)].
anos). Planificador — 2.o escalão (menos de três anos).
Operador de computador. Preparador auxiliar de trabalho.
Operador de laboratório químico. Preparador técnico de sobressalentes e peças de reserva
Orçamentista. (menos de três anos).
Planeador [programador de fabrico (mais de um ano)]. Primeiro-escriturário (8).
Planificador — 2.o escalão (mais de três e menos de seis Promotor de vendas.
anos). Recepcionista mecânico de 1.a
Preparador de ferramentas, moldes, cunhos e cortantes Recepcionista ou atendedor de oficina (mais de um
de 1.a ano).
Preparador técnico de sobressalentes e de peças de Repuxador de 1.a
reserva (mais de um ano). Serralheiro civil de 1.a
Secretário(a) I. Serralheiro de ferramentas, moldes, cunhos e cortantes
Técnico de métodos. de 1.a
Técnico de metrologia. Serralheiro de rastos de 1.a
Nível 8
Serralheiro mecânico de 1.a
Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico de 1.a
Afinador de máquinas de 1.a Temperador de metais de 1.a
Agente de aprovisionamento (mais de um ano). Torneiro mecânico de 1.a
Arvorado de construção civil. Vendedor (caixeiro-viajante ou caixeiro de praça).
Bate-chapas de 1.a Nível 9
Caixa.
Caixeiro de 1.a Afiador de ferramentas de 1.a
Canalizador de 1.a Afinador de máquinas de 2.a
Carpinteiro de carroçarias/estruturas de 1.a Afinador, reparador e montador de bicicletas e ciclo-
Carpinteiro de limpos e ou conservação de 1.a motores de 1.a
Cobrador (mais de três anos). Agente de aprovisionamento (menos de um ano).
Condutor/operador de estação de tratamento de águas Agente de produção (mais de 1 ano).
residuais. Ajudante de fiel de armazém.
Conferente (mais de três anos). Apontador (mais de um ano).
Controlador de aplicação de 1.a Assentador de isolamentos de 1.a
Controlador de qualidade (mais de um ano). Bate-chapas de 2.a
Cozinheiro de 1.a Bombeiro fabril de 1.a
Cronometrista (menos de um ano). Caixa de balcão.
Desenhador gráfico (três a seis anos). Caixeiro de 2.a
Electricista (mais de três anos). Canalizador de 2.a
Electricista auto de 1.a Carpinteiro de carroçarias/estruturas de 2.a

249 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Carpinteiro de limpos e ou conservação de 2.a Operador de quinadeira e ou viradeira e ou calandra
Casquinheiro de 1.a de 1.a
Cobrador (menos de três anos). Operador de telex.
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans- Operador de tratamentos térmicos de 1.a
portes de 1.a Operador fabril de 2.a
Condutor/operador de estação de tratamento de águas Pedreiro de 1.a
residuais. Pintor da construção civil de 2.a
Conferente (menos de três anos). Pintor de veículos, máquinas e móveis de 2.a
Conferente-abastecedor de linha (mais de dois anos). Polidor de 1.a
Controlador de aplicação de 2.a Preparador de pintura de 1.a
Controlador-caixa. Preparador de tintas para linhas de montagem de 1.a
Cortador de metal de 1.a Preparador-repositor (mais de três anos).
Cozinheiro de 2.a Rebarbador de 1.a
Decapador por jactos de 1.a Rebitador de 1.a
Decapador por processos químicos de 1.a Recepcionista de parques de estacionamento.
Desenhador gráfico (até três anos). Recepcionista/telefonista de 1.a
Despachante (mais de um ano). Recepcionista-atendedor de oficina (menos de um ano).
Despenseiro. Rectificador mecânico de 2.a
Electricista auto de 2.a Repuxador de 2.a
Electricista (menos de três anos). Segundo-escriturário (9).
Electricista bobinador (menos de três anos). Serralheiro civil de 2.a
Electricista de baixa tensão (menos de três anos). Serralheiro de ferramentas, moldes, cunhos e cortantes
Electricista de conservação industrial (menos de três anos). de 3.a
Empregado de balcão. Serralheiro de rastos de 2.a
Encadernador gráfico. Serralheiro mecânico de 2.a
Encalcador de 1.a Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico de 2.a
Ensaiador-afinador de 2.a Soldador por pontos ou costura de 1.a
Estanhador de 1.a Telefonista de 1.a
Esteno-dactilógrafo em língua portuguesa. Temperador de metais de 2.a
Estofador de 2.a Torneiro mecânico de 2.a
Estofador em série de 1.a Verificador de produtos adquiridos (mais de um ano).
Estucador de 1.a Vulcanizador de 1.a
Experimentador (menos de um ano).
Ferrageiro de 1.a Nível 10
Ferramenteiro de 1.a
Fogueiro de 2.a Afinador de ferramentas de 2.a
Forjador de 2.a Afinador de máquinas de 3.a
Fresador mecânico de 2.a Afinador, reparador e montador de bicicletas ou ciclo-
Fundidor ou moldador manual de 2.a motores de 2.a
Guilhotineiro de 1.a Agente de produção (menos de um ano).
Maçariqueiro de 1.a Ajudante de motorista.
Mandrilador mecânico de 2.a Apontador (menos de um ano).
Maquinista de força motriz de 1.a Arquivista fabril (mais de quatro anos).
Mecânico auto gás de 3.a Arquivista técnico (mais de quatro anos).
Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas agrícolas Assentador de isolamentos de 2.a
e ou industriais de 2.a Bate-chapas de 3.a
Mecânico de aparelhos de precisão de 2.a Bombeiro fabril de 2.a
Mecânico de automóveis de 2.a Caixeiro de 3.a
Mecânico de bombas de injecção de 2.a Caixoteiro (mais de um ano).
Mecânico de madeiras de 1.a Canalizador de 3.a
Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ventilação Carpinteiro de carroçarias/estruturas de 3.a
e aquecimento de 2.a Carpinteiro de limpos e ou conservação de 3.a
Medidor (menos de três anos). Carregador-descarregador (mais de um ano).
Metalizador à pistola de 1.a Casquinheiro de 2.a
Moldador de estruturas de fibra de 1.a Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
Montador de estruturas metálicas e ligeiras de 1.a porte de 2.a
Montador de peças ou órgãos mecânicos em série de 1.a Condutor/operador de estação de tratamento de águas
Montador de pneus especializado. residuais (com menos de dois anos).
Montador-ajustador de máquinas de 2.a Conferente-abastecedor de linha (menos de dois anos).
Montador-reconstrutor de baterias (menos de três anos). Controlador de aplicação de 3.a
Motorista de ligeiros. Controlador de qualidade (menos de um ano).
Operador de banhos químicos e ou electroquímicos Cortador de metal de 2.a
de 1.a Cortador de tecidos ou pergamóides (mais de dois anos).
Operador de máquinas de fundição injectada de 2.a Cortador ou serrador de materiais de 1.a
Operador de máquinas — pantógrafo de 1.a Cozinheiro de 3.a
Operador de prensa ou balancé de 1.a Decapador por jacto de 2.a
Operador de prevenção, higiene e segurança (com mais Decapador por processos químicos de 2.a
de dois anos). Desempenador (mais de dois anos).

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 250


Despachante (menos de um ano). Rectificador mecânico de 3.a
Detector de deficiências de fabrico (mais de dois anos). Repuxador de 3.a
Encalcador de 2.a Serralheiro civil de 3.a
Ensaiador-afinador de 3.a Serralheiro de rastos de 3.a
Entregador de ferramentas, materiais ou produto (mais Serralheiro mecânico de 3.a
de um ano). Soldador de baixo ponto de fusão (mais de dois anos).
Estanhador de 2.a Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico de 3.a
Estofador de 3.a Soldador por pontos ou costura de 2.a
Estofador em série de 2.a Telefonista de 2.a
Estucador de 2.a Temperador de metais de 3.a
Ferrageiro de 2.a Terceiro-escriturário.
Ferramenteiro de 2.a Torneiro mecânico de 3.a
Fogueiro de 3.a Vendedor de automóveis (10).
Forjador de 3.a Verificador de produtos adquiridos (menos de um ano).
Fresador mecânico de 3.a Vulcanizador de 2.a
Fundidor-moldador manual de 3.a
Guilhotineiro de 2.a Nível 11
Lavadeiro (mais de dois anos). Amarrador.
Lavador de viaturas. Arquivista fabril (menos de quatro anos).
Lavador-lubrificador. Arquivista técnico (menos de quatro anos).
Lubrificador. Caixeiro-ajudante (mais de um ano).
Lubrificador de veículos automóveis. Caixoteiro (menos de um ano).
Maçariqueiro de 2.a Carregador/descarregador (menos de um ano).
Mandrilador mecânico de 3.a Contínuo.
Manufactor de materiais de higiene e segurança. Cortador de tecidos ou pergamóides (menos de
Maquinista de força motriz de 2.a dois anos).
Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas agrícolas Cortador ou serrador de materiais de 2.a
e ou industriais de 3.a Dactilógrafo do 2.o ano.
Mecânico de aparelho de precisão de 3.a Decapador por jacto de 3.a
Mecânico de automóveis de 3.a Desempenador (menos de dois anos).
Mecânico de bombas de injecção de 3.a Detector de deficiências de fabrico (menos de dois anos).
Mecânico de madeiras de 2.a Distribuidor.
Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ventilação Embalador.
e aquecimento de 3.a Empilhador.
Metalizador à pistola de 2.a Empregado de lavandaria.
Montador de estruturas de fibra de 2.a Empregado de serviços externos (estafeta).
Montador de estruturas metálicas ligeiras de 2.a Entregador de ferramentas (menos de um ano).
Escolhedor e classificador de sucatas.
Montador de peças ou órgãos mecânicos em série de 2.a
Estagiário do 1.o ano.
Montador-ajustador de máquinas de 3.a Jardineiro.
Movimentador de carros em parque. Lavadeiro (menos de dois anos).
Operador de banhos químicos e ou electroquímicos Lavador.
de 2.a Limpador de viaturas.
Operador de engenho de coluna ou portátil (mais de Mecânico de madeiras de 3.a
dois anos). Moldador de estruturas de fibra de 3.a
Operador de estufas (mais de dois anos). Montador de pneus.
Operador de máquinas — pantógrafo de 2.a Operador de engenho de coluna ou portátil (menos de
Operador de máquinas de fabrico de colchão ou estofos dois anos).
(mais de dois anos). Operador de máquinas de fabrico de colchão ou estofos
Operador de máquinas de fundição injectada de 3.a (menos de dois anos).
Operador de prensa ou balancé de 3.a Operador heliográfico (mais de quatro anos).
Operador de prevenção, higiene e segurança (com Pré-oficial electricista do 1.o ano.
menos de dois anos). Soldador de baixo ponto de fusão (menos de dois anos).
Operador de quinadeira e ou viradeira e ou calandra Tirocinante técnico de desenho do 2.o ano.
de 2.a Vendedor estagiário.
Operador de tratamentos térmicos de 2.a
Pedreiro de 2.a Nível 12
Pintor de construção civil de 3.a Abastecedor de combustíveis.
Pintor de veículos, máquinas e móveis de 3.a Ajudante de electricista do 2.o ano (à excepção do elec-
Polidor de 2.a tricista auto) (10).
Pré-oficial electricista do 2.o ano. Caixeiro-ajudante (menos de um ano).
Preparador de pintura de 2.a Dactilógrafo do 1.o ano.
Preparador de tintas para linha de montagem de 2.a Empregado de refeitório.
Preparador-repositor (menos de três anos). Estagiário do 1.o ano.
Rebarbador de 2.a Estagiário para lavador-lubrificador.
Rebitador de 2.a Estagiário para lubrificador.
Recepcionista ou acendedor de stand. Guarda.
Recepcionista/telefonista de 2.a Guarda de garagens.

251 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Operador heliográfico (menos de quatro anos). 4.2 — Produção:
Porteiro.
Desenhador de estudos.
Roupeiro.
Desenhador-maquestista.
Servente/operário não especializado.
Desenhador-projectista.
Tirocinante técnico de desenho do 1.o ano.
Monitor.
Montador-ajustador de máquinas.
Nível 13
Planificador (1.o escalão).
Ajudante de electricista do 1.o ano (à excepção do elec- Planificador (2.o escalão).
tricista auto) (11). Preparador de trabalho.
Estagiário para lavador. Técnico de controlo de qualidade.
Servente de limpeza. Técnico fabril.
Técnico industrial.
Integração das profissões abrangidas por este CCTV Técnico de manutenção industrial.
em níveis de qualificação (*) Técnico de métodos.
Técnico de metrologia.
1 — Quadros superiores:
Técnico de prevenção.
Analista de sistemas.
Chefe de serviços (chefe de departamento). 5 — Profissionais qualificados:
Contabilista. 5.1 — Administrativos:
Director de serviços.
Técnico de software. Caixa.
Controlador de aplicação.
2 — Quadros médios: Escriturário.
2.1 — Técnicos administrativos: Esteno-dactilógrafo em língua portuguesa.
Operador de computador.
Gestor de stocks. Operador de máquinas de contabilidade.
Inspector administrativo. Operador mecanográfico.
Programador de informática. Operador periférico.
Tesoureiro. Operador de telex.
2.2 — Técnicos de produção e outros: 5.2 — Comércio:
Agente de métodos.
Caixeiro.
Agente de normalização.
Demonstrador de máquinas e equipamentos.
Caixeiro-encarregado.
Promotor de vendas.
Gerente comercial.
Prospector de vendas.
Inspector técnico.
Vendedor.
Instrutor técnico.
Verificador de produtos adquiridos.
3 — Encarregados, contramestres, mestres e chefes
5.3 — Produção:
de equipa:
Afiador de ferramentas.
Caixeiro-encarregado ou caixeiro chefe de secção.
Afinador de máquinas.
Chefe de vendas.
Afinador, reparador e montador de bicicletas e
Encarregado.
ciclomotores.
Encarregado de armazém.
Afinador, reparador e montador de bicicletas, ciclo-
Encarregado geral de armazém.
motores e motociclos.
Encarregado de garagens.
Apontador.
Encarregado geral.
Arvorado em linha de montagem.
Encarregado de refeitório.
Assentador de isolamentos.
Inspector de vendas.
Bate-chapas (chapeiro).
Medidor-orçamentista-coordenador.
Canalizador.
Carpinteiro de carroçarias/estruturas.
4 — Profissionais altamente qualificados:
Carpinteiro de limpos e ou conservação.
4.1 — Administrativos, comércio e outros:
Casquinheiro.
Agente de compras. Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e
Analista de funções. transporte.
Chefe de compras. Controlador de qualidade.
Correspondente em línguas estrangeiras. Cortador de metal.
Enfermeiro. Cronometrista.
Esteno-dactilógrafo em línguas estrangeiras. Desenhador gráfico.
Orçamentista. Desenhador retocador (artes gráficas).
Programador mecanográfico. Electricista.
Secretário de direcção. Electricista auto.
Subchefe de secção. Electricista bobinador.
Técnico administrativo. Electricista de baixa tensão.
Técnico avaliador. Electricista de conservação industrial.
Tradutor. Encadernador.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 252


Encalcador. 6 — Profissionais semiqualificados (especializados):
Ensaiador-afinador. 6.1 — Administrativos, comércio e outros:
Estanhador. Abastecedor de combustíveis.
Estofador. Ajudante de motorista.
Estucador (construção civil). Arquivista fabril.
Experimentador. Arquivista técnico.
Ferrageiro. Bombeiro fabril.
Ferramenteiro. Caixa de balcão.
Fogueiro. Conferente.
Forjador. Controlador-caixa (hotelaria).
Fresador mecânico. Dactilógrafo.
Fundidor-moldador manual. Distribuidor.
Maçariqueiro. Embalador.
Mandrilador mecânico. Empilhador.
Maquinista de força motriz. Empregado de balcão.
Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas Empregado de lavandaria.
agrícolas e ou industriais. Empregado de refeitório.
Mecânico de aparelhos de precisão. Lavadeiro.
Mecânico de automóveis. Lavador.
Mecânico de bombas de injecção. Lavador de viaturas.
Mecânico de madeiras. Lavador-lubrificador.
Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ven- Limpador de viaturas.
tilação e aquecimento. Lubrificador.
Metalizador à pistola. Lubrificador de veículos automóveis.
Montador de pneus especializado. Operador de máquinas auxiliares.
Montador-reconstrutor de baterias. Operador de máquinas auxiliares (informática).
Operador de banhos químicos e ou electroquí- Preparador-repositor.
micos. Recepcionista de garagens.
Operador-condutor de estação de tratamento de Recepcionista de parques de estacionamento.
residuais. Recepcionista ou acendedor de stand.
Operador de prevenção, higiene e segurança. Roupeiro.
Operador de tratamento de térmicos. Telefonista.
Pedreiro (trolha).
Pintor da construção civil. 6.2 — Produção:
Pintor de veículos, máquinas ou móveis.
Planeador (programador do fabrico). Caixoteiro.
Conferente abastecedor de linha.
Polidor.
Cortador de tecidos ou pergamóides.
Preparador técnico de sobressalentes e peças de
Cortador ou serrador de materiais.
reserva. Decapador por processos químicos.
Preparador de tintas para linhas de montagem. Desempenador.
Rebitador. Detector de deficiências de fabrico.
Recepcionista ou acendedor de oficina. Entregador de ferramentas, materiais ou produtos.
Rectificador mecânico. Escolhedor e classificador de sucata.
Repuxador. Estofador em série e ou colchoeiro mecânico.
Serralheiro civil. Guilhotineiro.
Serralheiro de ferramentas, moldes, cunhos e Manufactor de material de higiene e segurança.
cortantes. Montador de estruturas metálicas ligeiras.
Serralheiro mecânico. Montador de peças ou órgãos mecânicos em série.
Serralheiro de rastos. Montador de pneus.
Soldador de baixo ponto de fusão. Movimentador de carros em parques.
Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico. Operador de engenho de coluna ou portátil.
Soldador por pontos ou costura. Operador de estufa.
Técnico de electrónica industrial e ou telecomu- Operador de máquinas de fundição injectada.
nicações. Operador de prensa (ou de balancé).
Temperador de metais. Operador de quinadeira e ou viradeira e ou
Torneiro mecânico. calandra.
Trabalhador de qualificação especializada. Operador de máquinas para o fabrico de colchões
ou estofos.
5.4 — Outros: Operador heliográfico.
Agente de aprovisionamento. Preparador auxiliar de trabalho.
Cozinheiro. Preparador de pintura.
Despenseiro. Rebarbador.
Fiel de armazém. Vulcanizador.
Medidor.
Medidor-orçamentista. 7 — Profissionais não qualificados (indiferenciados):
Motorista (pesados ou ligeiros). 7.1 — Administrativos, comércio e outros:
Operador de laboratório químico. Carregador-descarregador.
Tirocinante TD. Contínuo.

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Estagiário para lavador-lubrificador. minha documentação relativa às encomendas, assegu-
Estagiário a lavador. rando a existência dos materiais necessários à fabricação
Estagiário a lubrificador. dentro dos prazos previstos, bem como estabelecer a
Guarda. ligação entre o sector comercial e o sector oficinal.
Guarda de garagens.
Paquete (não integr. em níveis remuneração). Agente de compras. — É o trabalhador que, mediante
Porteiro. directrizes superiores, estuda e interpreta especificações
Servente. técnicas, pedidos de compra, desenhos, catálogos, etc.,
Servente de limpeza. das matérias-primas, máquinas e equipamentos neces-
Servente/trabalhador não especializado. sários a produção directa ou indirecta. Procede a diver-
sas operações essenciais ao aprovisionamento das
7.2 — Produção: melhores condições de preço, qualidade e prazos de
Amarrador. entrega, elaborando consultas a diversos fornecedores.
Operário não especializado. Procede ao estudo e comparação técnico-comercial das
diversas propostas. Em casos especiais trata do desem-
8 — Estágio e aprendizagem: baraço alfandegário.
Caixeiro-ajudante. Agente de métodos. — É o trabalhador que, utilizando
Estagiário. conhecimentos técnicos e experiência oficinal, analisa
Praticante. projectos nas fases de orçamentação e ou execução,
Pré-oficial (electricista). podendo propor alterações, estuda métodos (de traba-
lho, tempos, ferramentas) e indica os materiais e ou
Profissões integráveis em dois níveis matérias-primas, de acordo com as especificações do
Arvorado (construção civil) — 3/5.3. projecto. Pode acessoriamente acumular as funções de
Chefe de equipa (chefe de grupo) — 3/5.3. preparador de trabalho.
Chefe de divisão.
Chefe de linha de montagem — 3/5.3. Agente de normalização. — É o trabalhador que pro-
Chefe de secção — 2.1/4.1. cede ao estudo de normas a utilizar na empresa quanto
Cobrador — 5.1/6.1. aos produtos, materiais, processos ou formas de pro-
Guarda-livros — 2.1/4.1. cedimento. Pode superintender no arquivo e divulgação
Perfurador-verificador/operador de dados — 5.1/6.1. das normas.
Técnico.
Agente de produção. — É o trabalhador que, gene-
ANEXO III ricamente, agrupa, selecciona, examina e encaminha
todos os elementos referentes a materiais, desenhos,
Definição de funções mão-de-obra, equipamentos e outros referentes à pro-
Abastecedor de combustíveis. — É o trabalhador maior dução, auxiliando e colaborando com os trabalhadores
de 18 anos de idade que faz a venda de combustíveis dos diferentes serviços de produção. Regista, preenche
e de todos os demais produtos ligados à actividade, com- e arquiva a documentação relacionada com o serviço
petindo-lhe cuidar do local e do equipamento afectos ou secção de onde tem a sua actividade.
à venda de combustíveis e prestar toda a assistência
à clientela, nomeadamente verificar e atestar o óleo, Ajudante de fiel de armazém. — É o trabalhador que
a água e a pressão dos pneumáticos. coadjuva o fiel de armazém e o substitui em caso de
impedimento.
Afiador de ferramentas. — É o trabalhador que afia
com mós abrasivas e máquinas adequadas ferramentas, Ajudante de motorista. — É o trabalhador que acom-
como fresas, machos de atarraxar, caçonetes, brocas e panha o motorista, competindo-lhe auxiliá-lo na manu-
ferros de corte. Eventualmente poderá trabalhar de tenção do veículo, vigiar e indicar as manobras e arrumar
acordo com normas ou instruções recebidas. as mercadorias no veículo. Poderá ainda ocasionalmente
proceder à distribuição das mercadorias pelos clientes
Afinador de máquinas. — É o trabalhador que afina, e efectuar as respectivas cobranças.
prepara ou ajusta as máquinas, de modo a garantir-lhes
a eficiência no seu trabalho, podendo proceder à mon- Amarrador. — É o trabalhador que amarra e ou pen-
tagem das respectivas ferramentas. dura peças ligeiras em ganchos de arame ou suportes
similares apropriados para receberem tratamento por
Afinador, reparador e montador de bicicletas e ciclo- pintura, banhos químicos ou electro-químicos.
motores. — É o trabalhador que repara e afina bicicletas
e ciclomotores até 125 cc, procedendo por vezes à sua Analista de funções. — É o trabalhador que reúne,
montagem. analisa e elabora informações sobre as funções dos dife-
rentes postos de trabalho. Escolhe ou recebe a incum-
Afinador, reparador e montador de bicicletas, ciclomo- bência de estudar o posto ou postos de trabalho mais
tores e motociclos. — É o trabalhador que repara e afina adequados à observação que se propõe realizar; analisa
bicicletas, ciclomotores e motociclos, procedendo por as tarefas tal como se apresentam; faz as perguntas
vezes à sua montagem. necessárias ao profissional e ou a alguém conhecedor
do trabalho; regista de modo claro, directo e porme-
Agente de aprovisionamento. — É o trabalhador que, norizado as diversas fases do trabalho tendo em atenção
existindo secção de aprovisionamento, recebe e enca- a sequência lógica de movimentos, acções e tarefas de

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 254


forma a responder às perguntas da fórmula de análise Caixa de balcão. — É o trabalhador que, exclusiva ou
sobre o que faz o trabalhador, como o faz, por que predominantemente, recebe numerário ou cheques em
o faz e o que exige o seu trabalho; executa um resumo pagamento de mercadorias ou serviços no local de
tão sucinto quanto possível do posto de trabalho no venda, verifica as somas devidas, passa um recibo ou
seu conjunto. bilhete, conforme o caso, e regista estas operações em
folhas de caixa.
Apontador. — É o trabalhador que procede à recolha,
registo, selecção e ou encaminhamento de elementos Caixeiro. — É o trabalhador que vende mercadorias,
respeitantes à mão-de-obra, entrada e saída de pessoal, no comércio, por grosso ou a retalho, elaborando guias
materiais, produtos, ferramentas, máquinas e instalações de remessa (vendas a dinheiro ou crédito) no momento
necessárias a sectores ligados à produção, podendo aces- da venda. Fala com o cliente no local de venda e infor-
soriamente ajudar na distribuição das remunerações ao ma-se do género de produto que deseja; ajuda o cliente
pessoal de produção junto dos seus postos de trabalho. a efectuar a escolha do produto; enuncia o preço, cuida
da embalagem do produto ou toma as medidas neces-
Arquivista fabril. — É o trabalhador que, nas secções sárias para a sua entrega; recebe encomendas, elabora
de métodos, programação, planificação e preparação de notas de encomenda e transmite-as para execução.
trabalho, ou similares, predominantemente, arquiva Poderá eventualmente colaborar na conferência e arru-
desenhos, catálogos, normas e toda a documentação mação das mercadorias entradas na loja. É por vezes
relativa aos processos de fabrico e mão-de-obra. Procede encarregado de fazer o inventário periódico das exis-
também à entrega dos documentos quando solicitados, tências.
e pode eventualmente proceder à reprodução de do-
cumentos. Caixeiro-ajudante. — É o trabalhador que, terminado
o período de aprendizagem, estagia para caixeiro.
Arquivista técnico. — É o trabalhador que, na secção
de desenho, predominantemente, arquiva desenhos, Caixeiro-encarregado geral. — É o trabalhador a quem
catálogos, normas e toda a documentação relativa ao compete coordenar e orientar o serviço dos caixeiros-
sector. Procede também à entrega de documentos, -encarregados ou chefes de secção.
quando solicitado, e pode eventualmente proceder à
reprodução de documentos. Caixeiro-encarregado ou caixeiro-chefe de secção. — É
o trabalhador a quem compete dirigir um estabeleci-
Arvorado (construção civil). — É o trabalhador que mento ou uma secção e ou que coadjuva o caixeiro-
chefia uma equipa de oficiais da mesma profissão e os -encarregado geral.
trabalhadores indiferenciados.
Caixeiro de praça (pracista). — É o vendedor que
Arvorado em linha de montagem. — É o trabalhador
exerce a sua actividade na área da sede da entidade
que, em linha de montagem em cadeia, substitui, sempre
patronal e concelhos limítrofes ou ainda segundo a natu-
que necessário e num intervalo de tempo relativamente
reza do produto que vende.
curto, qualquer dos trabalhadores da respectiva linha
durante a ausência destes. A sua função é a de um
trabalhador polivalente dentro da respectiva linha de Caixeiro-viajante. — É o vendedor que exerce a sua
montagem; não lhe compete exercer funções de chefia. actividade numa zona geográfica determinada fora da
área definida para o caixeiro de praça.
Assentador de isolamentos. — É o trabalhador que
prepara e aplica os produtos isolantes para revestimento Caixoteiro. — É o trabalhador que constrói e repara
de superfícies metálicas ou eventualmente outras, ser- caixas, caixotes ou paletes de madeira para a embalagem
vindo-se de ferramentas apropriadas. de máquinas ou produtos diversos ligados à metalurgia,
com vista à sua expedição ou armazenamento.
Bate-chapas (chapeiro). — É o trabalhador que exe-
cuta e ou repara peças em chapa fina, enforma e desem- Canalizador. — É o trabalhador que corta, rosca e
pena por martelagem e ou prensagem, substitui peças solda tubos de ferro galvanizado, chumbo, plástico ou
de chapa ou partes, regulariza superfícies e respectivas matérias afins e executa e ou repara canalizações em
ligações, alinha correctamente conjuntos e subconjuntos edifícios, instalações industriais e outros locais.
utilizando ferramentas e equipamentos adequados.
Carpinteiro de carroçarias/estruturas. — É o trabalha-
Bombeiro fabril. — É o trabalhador que assegura con- dor que fabrica, monta e repara, manual ou mecani-
dições de segurança e combate contra incêndios e presta camente, estruturas para vários tipos de carroçarias, pro-
primeiros socorros a sinistrados. Poderá efectuar mon- cedendo aos seus acabamentos, nomeadamente à fixa-
tagem de mangueira, a fim de conduzir fluidos a diversos ção e montagem de alumínios, vidros, vedante, fechos,
locais da empresa onde seja necessário. guias, redes, aplicações laminadas de madeiras pren-
sadas, revestimentos plásticos e outros.
Caixa. — É o trabalhador que, nos escritórios, tem
a seu cargo como função exclusiva ou predominante Carpinteiro de limpos e ou conservação. — É o tra-
o serviço de recebimento, pagamento e guarda de balhador que, predominantemente, trabalha em madei-
dinheiro e valores; prepara os sobrescritos segundo as ras, incluindo os respectivos acabamentos no banco da
folhas de pagamento. Pode preparar os fundos desti- oficina ou na obra, executa os trabalhos de conservação,
nados a serem depositados e tomar as disposições neces- reparação ou modificação de equipamentos ou insta-
sárias para os levantamentos. lações em madeira ou matérias similares.

255 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Carregador-descarregador. — É o trabalhador que, em empilhadores, gruas de elevação e quaisquer outras
predominantemente, executa tarefas de carregamento máquinas de força motriz para transporte e arrumação
e descarregamento dos materiais, ou produtos, quer nas de materiais ou produtos. Estas máquinas só podem
instalações da empresa quer em outros locais. ter capacidade até 15 t de carga e estarem equipadas
com lanças de comprimento inferior a 15 m e serem
Casquinheiro. — É o trabalhador que repara e even- manobradas a menos de 10 m de altura.
tualmente fabrica radiadores de refrigeração de motores
e os seus componentes e ainda acessórios ornamentais Conferente. — É o trabalhador que desempenha pre-
para viaturas automóveis. dominantemente as funções de abertura de caixotes de
peças e acessórios, desencaixotamento e confere e clas-
Chefe de compras. — É o trabalhador especialmente sifica o material e eventualmente regista a entrada e
encarregado de apreciar e ou adquirir os artigos para ou a saída de mercadorias e ou materiais com vista
uso e venda no estabelecimento de acordo com a política ao seu acondicionamento ou expedição.
da empresa.
Conferente abastecedor de linha. — É o trabalhador
Chefe de divisão. — É o trabalhador que estuda, orga- que, nas oficinas e em linhas de montagem, confere
niza, redige e coordena, sob a orientação do seu superior e verifica o material quanto ao seu estado e o distribui
hierárquico, nas várias áreas da empresa, as actividades pelos postos de trabalho.
que lhe são próprias; exerce, dentro da área que chefia
e nos limites da sua competência, funções de direcção, Contínuo. — É o trabalhador cuja missão consiste em
orientação e fiscalização do pessoal sob as suas ordens anunciar visitantes, fazer a entrega de documentos, men-
e de planeamento das actividades da área, segundo as sagens e objectos inerentes ao serviço interno e estam-
orientações e fins definidos; propõe a aquisição de equi- pilhar ou entregar correspondência. Quando menor de
pamento e materiais e a admissão de pessoal necessário 18 anos, pode ser denominado «paquete». Pode ainda
ao bom funcionamento do departamento e executa executar o serviço de reprodução de documentos, de
outras funções semelhantes. endereçamento, assim como serviços externos que não
sejam predominantemente os já definidos como atri-
Chefe de serviços/chefe de departamento. — É o tra- buições de outras categorias profissionais.
balhador que faz estudos, dirige ou coordena, sob orien-
tação do seu superior hierárquico, num ou vários sec-
tores da empresa (departamento ou serviço, consoante Controlador de aplicação. — É o trabalhador que pla-
a orgânica da empresa), as actividades que lhe são pró- nifica, prepara e controla diariamente os documentos
prias. Exerce, dentro do sector que chefia e nos limites para perfuração ou codificação ou verifica a qualidade
da sua competência, funções de planeamento, organi- e a exactidão de documentos entrados e saídos de um
zação e controlo do pessoal sob a sua supervisão, de sistema automatizado de informação. Pode ainda pre-
acordo com orientações e fins definidos. Poderá propor parar e controlar os dados recolhidos para introdução
ao seu superior hierárquico a aquisição de equipamento num sistema de tratamento de dados.
e outros meios materiais, bem como a admissão dos
recursos humanos necessários ao bom funcionamento Controlador-caixa (hotelaria). — É o trabalhador cuja
dos serviços por que é responsável. actividade predominante consiste na emissão das contas
de consumo nas salas de refeições, recebimento das
Chefe de equipa (chefe de grupo). — É o trabalhador importâncias respectivas, mesmo quando se trate de pro-
que, executando ou não funções da sua profissão, na cessos de pré-pagamento, venda e recebimento de
dependência de um superior hierárquico, dirige e orienta senhas, elaboração dos mapas de movimento da sala
directamente um grupo de profissionais que executem em que preste serviço e auxilia os serviços de controlo
funções análogas e ou complementares (12). e recepção.

Chefe de linha de montagem. — É o trabalhador que, Controlador de qualidade. — É o trabalhador que veri-
sob a orientação de um superior hierárquico, dirige, fica se o trabalho executado ou em execução corres-
controla e coordena directamente um grupo de traba- ponde às características expressas em desenhos, normas
lhadores e dois ou mais chefes de equipa. de fabrico ou especificações técnicas. Detecta e assinala
possíveis defeitos ou inexactidões de execução ou aca-
Chefe de secção. — É o trabalhador que coordena, bamento, podendo eventualmente elaborar relatórios
dirige e controla o trabalho de um grupo de profissionais simples.
de escritórios e correlativos.
Correspondente em línguas estrangeiras. — É o traba-
Chefe de vendas. — É o trabalhador que dirige, coor- lhador que redige cartas, eventualmente notando-as em
dena ou controla um ou mais sectores de venda da estenografia, e quaisquer outros documentos de escri-
empresa. tório em línguas estrangeiras, dando-lhes seguimento
apropriado; lê, traduz, se necessário, o correio recebido
Cobrador. — É o trabalhador que efectua, fora dos e junta-lhe a correspondência anterior sobre o mesmo
escritórios, recebimentos, pagamentos e depósitos ou assunto; estuda documentos e informa-se sobre a maté-
serviços análogos. ria em questão ou recebe instruções definidas com vista
à resposta; redige textos, faz rascunhos de cartas, nor-
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans- malmente em língua estrangeira, dita-as ou dactilogra-
porte. — É o trabalhador que, dentro das instalações da fa-as. Pode ser encarregado de se ocupar dos respectivos
empresa, conduz guinchos, pontes e pórticos rolantes, processos.

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Cortador de metal. — É o trabalhador que, por dese- Desempenador. — É o trabalhador que, manual ou
nho ou instruções que lhe são fornecidas, e em máquinas mecanicamente, procede a desempanes simples em
de disco ou mó de diamante, procede ao corte e rec- peças ou materiais, sem que para isso utilize réguas,
tificação de metal. esquadros ou outras ferramentas de precisão ou plano
de desempeno.
Cortador ou serrador de materiais. — É o trabalhador
que, manual ou mecanicamente, corta perfilados, chapas Desenhador de estudos. — É o trabalhador que, a par-
metálicas, vidros e plásticos. As máquinas e ferramentas tir de directivas definidas superiormente, estuda, modi-
que utiliza são afinadas e reguladas por outrem, só o fica, amplia e executa desenhos de conjunto ou de por-
sendo pelo próprio excepcionalmente, na ausência menor relativos a anteprojectos e projectos simples de
imprevista do trabalhador que normalmente procede à construção, instalação, equipamentos, manutenção ou
referida afinação e regulação. reparação, com base em elementos por ele recolhidos
ou que lhe sejam fornecidos. Estuda soluções alterna-
Cortador de tecidos ou pergamóides. — É o trabalha- tivas de procedimento e propõe as mais aconselháveis,
dor que coloca em lote as peças de tecido ou pergamóide os materiais a utilizar, os acabamentos e tolerâncias a
a cortar, conta-as, marca as linhas de corte e corta-as respeitar, as formas de ligação dos elementos e a nor-
com o auxílio de máquina apropriada. malização aplicável. Desenha e pormenoriza as peças
até ao pormenor necessário para a sua execução em
Cozinheiro. — É o trabalhador que prepara, tempera obra, utilizando conhecimentos de materiais e a tec-
e cozinha os alimentos destinados às refeições; elabora nologia de execução. Pode eventualmente orientar
ou contribui para a composição das ementas; recebe outros trabalhadores da sua especialidade. Executa as
os víveres e outros produtos necessários à sua confecção, tarefas da sua função sob directivas gerais e com liber-
podendo ser incumbido de proceder à sua requisição, dade para escolha de processos de execução.
tendo em conta o número provável de utentes; amanha
o peixe, prepara os legumes e as carnes e procede à Desenhador gráfico. — É o trabalhador que conforme
execução das operações culinárias segundo o tipo de a especialidade executa trabalhos gráficos ou publici-
pratos a confeccionar, emprata-os e guarnece-os; exe- tários a partir de esboços ou elementos técnicos for-
cuta ou vela pela limpeza da cozinha e dos utensílios. necidos. Copia, por decalque, ou amplia, através de apa-
Quando exerça a chefia da cozinha, compete-lhe, ainda, relhagem apropriada ou técnicas de desenho, cada uma
organizar, coordenar e dirigir os trabalhos da mesma das cores da maqueta com tintas-da-china autográficas
e, em especial, requisitar os géneros necessários à con- ou tintas opacas (nanquins) para posterior execução de
fecção das ementas: organizar o serviço e a distribuição películas fotográficas. Em litografia, poderá desenhar,
dos turnos do pessoal e seus horários, vigiar a sua apre- a lápis ou a tinta, cada uma das cores do original ou
sentação e higiene; manter em dia o inventário de todo maqueta, dando-lhes ponto, ou não, inclinações, esba-
o material de cozinha; tratar do aprovisionamento (da tidos por pintura ou por sombra ou fazer as necessárias
cozinha) e do registo dos consumos. gravações.

Cronometrista. — É o trabalhador que analisa os Desenhador maquetista. — É o trabalhador que, a par-


ciclos operatórios de tarefas executadas nos postos de tir dos dados verbais ou escritos, cria esboços e maque-
trabalho, procedendo à medição dos tempos de exe- tiza todo o material gráfico ou campanha publicitária
cução, ritmos ou cadência de trabalho, podendo registar destinada à imprensa, televisão, postos de venda, publi-
em impressos próprios as medições que efectua. cidade exterior e directa, marcas, livros, folhetos, logó-
tipos, papel de carta, embalagens, stands ou montras.
Dactilógrafo. — É o trabalhador que, predominante-
mente, executa trabalhos dactilográficos minutados ou Desenhador projectista. — É o trabalhador que par-
redigidos por outrem, podendo, acessoriamente, exe- ticipa, de harmonia com o ramo de actividade sectorial
cutar serviços auxiliares de escritório, nomeadamente ou especialidade(s), na concepção, no estudo e na ela-
de arquivo, registo ou cópia de correspondência. boração de anteprojectos e projectos, colhendo os ele-
mentos indispensáveis às soluções em estudo, alterna-
Decapador por jacto. — É o trabalhador que manual- tivas, gerais ou parcelares, em planos de conjunto e de
mente e com o auxilio de jacto de areia, granalha ou execução; a partir de um programa dado, verbal ou
outros materiais, decapa ou limpa peças ou materiais. escrito, estuda, esboça ou projecta a totalidade de um
conjunto, ou partes de um conjunto, concebendo a sua
Decapador por processos químicos. — É o trabalhador estruturação e interligação; prepara planos para exe-
que, por processos químicos, prepara peças metálicas cução, desenhos de conjunto ou de pormenor, listagem
para ulteriores operações industriais, retirando-lhes de materiais e especificações técnicas, podendo elaborar
impurezas, gorduras ou óxidos, procedendo a outras notas descritivas e de síntese, incluídas em desenhos
operações até obter o estado desejado para que a peça que completem ou esclareçam aspectos particulares das
receba a protecção que lhe vai ser aplicada. peças desenhadas com perfeita observância de normas
e regulamentos técnicos, e efectua cálculos necessários
Demonstrador de máquinas e equipamentos. — É o tra- que não sejam específicos de profissionais de engenha-
balhador que efectua demonstrações, dentro ou fora ria; pode fazer a recepção de desenhos e proceder à
das instalações, de diversos tipos de viaturas, máquinas sua verificação, preparando estudos de soluções alter-
e equipamentos ou acessórios, com o objectivo de per- nativas a planos gerais e a projectos executivos; colabora,
mitir que os clientes se apercebam das suas caracte- sempre que necessário, na preparação de cadernos de
rísticas, qualidades técnicas e do conveniente funcio- encargos, elementos para orçamento e processos para
namento dos mesmos. concurso; com base na sua experiência técnico-profis-

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sional e percepção das concepções e formas estruturais trica, nomeadamente circuitos e aparelhagem de sina-
apresentadas para estudo e elaboração, responde a soli- lização, iluminação, acústica, aquecimento, ignição,
citações de trabalho em termos de desenvolvimento de combustível, gerador, distribuidor e acumulador. Utiliza
projectos. Executa tarefas da sua função sob directivas normalmente esquemas e outras especificações técnicas.
gerais e com liberdade para conceber e definir os pro-
cessos de execução e planear algumas acções decorren- Electricista bobinador. — É o trabalhador que, utili-
tes; o seu trabalho não é supervisado em pormenor, zando dispositivos adequados, bobina e ensaia toda a
podendo comportar normalmente a orientação ou coor- gama de máquinas eléctricas, bobinas e transformadores
denação de outros profissionais. de alta e baixa tensão, de acordo com as suas carac-
terísticas eléctricas. Guia-se normalmente por esquemas
Desenhador retocador (artes gráficas). — É o trabalha- e outras especificações técnicas.
dor que, a partir de uma maqueta ou dispositivos, inter-
preta tecnicamente e executa, sobre película fotográfica, Electricista de baixa tensão. — É o trabalhador que
cartazes, folhetos, calendários, marcas, rótulos, etc. instala, conserva e repara circuitos de baixa tensão e
Poderá dar assistência aos trabalhos em execução. executa as tarefas fundamentais do electricista, mas em
relação a circuitos e aparelhagem eléctrica de baixa
Despachante. — É o trabalhador que, no sector de tensão.
expedição e transporte, procede a registos e emissão
de documentos indispensáveis ao movimento de trans- Electricista de conservação industrial. — É o trabalha-
porte e expedição da empresa. dor que monta, ajusta, instala, conserva e repara diversos
tipos de circuitos, máquinas e aparelhagem eléctrica de
Despenseiro. — É o trabalhador que armazena, con- comando, corte e protecção de baixa tensão em fábricas,
serva e distribui géneros alimentícios e outros produtos oficinas ou nos locais de utilização. Inspecciona perio-
em refeitórios; recebe os produtos e verifica se coin- dicamente o funcionamento dos circuitos, máquinas e
cidem em quantidade e qualidade com os discriminados aparelhagem e determina as suas revisões. Guia-se nor-
nas notas de encomenda; arruma-os convenientemente, malmente por esquemas e outras especificações técnicas.
cuida da sua conservação e fornece, mediante requisição,
os produtos que lhe sejam solicitados. Mantém actua- Embalador. — É o trabalhador que predominante-
lizado o seu registo, verifica periodicamente as existên- mente embala e ou desembala mercadorias diversas, por
cias e informa superiormente sobre as necessidades de métodos manuais ou mecânicos, com vista à sua expo-
aquisição. Pode ser incumbido de efectuar a compra sição ou armazenamento.
de géneros de consumo diário.
Empilhador. — É o trabalhador cuja actividade pre-
Detector de deficiências de fabrico. — É o trabalhador dominante é empilhar ou enlotar mercadorias por pro-
que, de forma simples, por tacto, visão ou utilizando cessos físicos ou mecânicos, podendo eventualmente
instrumentos de fácil leitura, verifica se o produto adqui- executar outras tarefas afins.
rido, em curso de fabrico ou acabado, está em condições
de utilização, separando o que apresenta deficiências; Empregado de balcão. — É o trabalhador que serve
para o efeito recebe instruções simples. bebidas e refeições ao balcão, coloca no balcão toalhetes,
pratos, copos, talheres e demais utensílios necessários;
Director de serviços. — É o trabalhador que estuda, serve os vários pratos e bebidas, substitui a louça servida,
dirige, organiza e coordena, nos limites dos poderes de prepara e serve misturas, batidos, sandes, cafés, infusões
que está investido, as actividades da empresa, ou de e outros artigos complementares das refeições. Por vezes
prepara pratos de rápida confecção, tais como bifes e
um ou vários dos seus departamentos. Exerce funções
omeletas. Fornece aos empregados das mesas os artigos
tais como colaborar na determinação da política da por estes solicitados, passa as contas e cobra as impor-
empresa; planear a utilização mais conveniente da mão- tâncias ou respectivos consumos e arrecada os docu-
-de-obra, equipamento, materiais, instalações e capitais; mentos e créditos autorizados. Executa ou coopera nos
orientar, dirigir e fiscalizar a actividade da empresa trabalhos de asseio, arrumação e abastecimento da
segundo os planos estabelecidos, a política adoptada e secção.
as normas e regulamentos prescritos; criar e manter uma
estrutura que permita explorar e dirigir a empresa de Empregado de lavandaria. — É o trabalhador que pro-
maneira eficaz; colaborar na fixação da política finan- cede à recepção, lavagem e secagem manual ou mecâ-
ceira e ou outras e exercer a verificação dos custos. nica dos fatos e sapatos de trabalho, engoma roupas
e faz arranjos de costura sempre que necessário.
Distribuidor. — É o trabalhador que distribui merca-
dorias por clientes ou sector de vendas, podendo auxiliar Empregado de refeitório. — É o trabalhador que exe-
nos serviços de embalagem e acondicionamento dessas cuta nos diversos sectores de um refeitório trabalhos
mercadorias. relativos ao serviço das refeições; empacota ou dispõe
talheres e outros utensílios destinados às refeições; pre-
Electricista. — É o trabalhador que instala, conserva para as salas, lavando e dispondo mesas e cadeiras da
e repara circuitos e aparelhagem eléctrica em estabe- forma mais conveniente; coloca nos balcões ou nas
lecimentos comerciais ou industrias e outros locais; mesas pão, fruta, doces, sumos, vinhos, cafés e outros
orienta, frequentemente, a sua actividade por desenhos, artigos de consumo, recepciona e distribui refeições,
esquemas ou outras especificações técnicas, que inter- levanta tabuleiros ou louças das mesas e transporta-os
preta. para a copa; lava louças, recipientes e outros utensílios.
Pode proceder a serviços de preparação das refeições
Electricista auto. — É o trabalhador que instala, e executar serviços de limpeza e asseio dos diversos
repara, conserva e ensaia circuitos e aparelhagem eléc- sectores.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 258


Empregado de serviços externos (estafeta). — É o tra- explicativos das refeições fornecidas para posterior con-
balhador que efectua no exterior pequenas aquisições, tabilização. Pode ainda ser encarregado de receber os
entrega ou recolha de documentos, serviço de infor- produtos e verificar se coincidem em quantidade e qua-
mação, podendo eventualmente proceder a pagamentos lidade com os discriminados nas requisições.
de pequeno montante.
Enfermeiro. — É o trabalhador que administra a tera-
Encadernador. — É o trabalhador que executa a tota- pêutica e os tratamentos prescritos pelo médico; presta
lidade ou as principais tarefas em que se decompõe primeiros socorros de urgência; presta cuidados de
o trabalho de encadernação. Vigia e orienta a dobragem, enfermagem básicos e globais aos trabalhadores da
alceamento e passagem à letra; abre os sulcos do tipo empresa, sãos ou doentes; faz educação sanitária, ensi-
de costura e dimensão da obra; faz o lombo, corta e nando os cuidados a ter não só para manter o seu grau
apara, faz o revestimento; prepara e cola as guardas, de saúde e até a aumentá-lo, com especial ênfase para
confecciona ainda álbuns, pastas de secretária, caixas as medidas de protecção e segurança no trabalho, como
de arquivo e outros arquivos e obras de encadernação. prevenir as doenças em geral e as profissionais em par-
Dá às peles diferentes tonalidades e efeitos. Pode enca- ticular: observa os trabalhadores sãos ou doentes; veri-
dernar livros usados ou restaurar obras antigas. Pode fica temperatura, pulso, respiração, tensão arterial, peso,
agrafar ou aplicar títulos e desenhos a ouro por meio altura, procurando detectar precocemente sinais e sin-
de balancé. tomas de doença e encaminha-os para o médico; auxilia
o médico na consulta e nos meios complementares de
Encalcador. — É o trabalhador que veda as juntas diagnóstico e tratamento; responsabiliza-se pelo equi-
de peças metálicas utilizando ferramentas manuais ou pamento médico; efectua registo relacionado com a sua
mecânicas apropriadas. Bate as juntas, esmagando-lhes actividade, por forma a informar o médico e assegurar
os rebordos de forma a obter vedação. Pode chanfrar a continuidade dos cuidados de enfermagem.
bordos de chaparia ou afagar determinadas superfícies
de soldaduras. Ensaiador-afinador. — É o trabalhador que, predomi-
nantemente, analisa o estado das máquinas ou veículos
Encarregado. — É o trabalhador que dirige, coordena a reparar a fim de determinar as reparações a efectuar
e orienta directamente chefes de linha de montagem e ultimar as respectivas afinações depois da reparação
e ou chefes de equipa e ou outros trabalhadores com ou na fase final de fabricação.
profissões comuns ou diversas. Incluem-se nesta cate-
goria profissional os trabalhadores que, estando clas- Entregador de ferramentas, materiais ou produtos. —
sificados como chefes de equipa, são coordenados direc- É o trabalhador que nos armazéns entrega as ferra-
tamente pela entidade patronal. mentas, materiais ou produtos que lhe são requisitados,
e tem a seu cargo o registo e controle das existências
Encarregado de armazém. — É o trabalhador que dos mesmos. Incluem-se nesta profissão os trabalhado-
dirige os trabalhadores e toda a actividade de armazém, res que em linhas de montagem procedem à distribuição
responsabilizando-se pelo bom funcionamento do de materiais e produtos pelos postos de trabalho.
mesmo.
Escolhedor e classificador de sucata. — É o trabalha-
Encarregado geral de armazém. — É o trabalhador que dor que escolhe e classifica sucata de metais destinados
dirige e coordena a acção de dois ou mais encarregados a fusão e outros fins, podendo, se necessário, proceder
de armazém. à desmontagem simples.

Encarregado de garagens. — É o trabalhador que nas Escriturário. — É o trabalhador que executa várias
garagens, estações de serviço, postos de abastecimento, tarefas que variam consoante a natureza e importância
parques de estacionamento e nos estabelecimentos de do escritório onde trabalha; nomeadamente, redige rela-
combustíveis, lubrificantes e de pneus substitui e ou tórios, cartas, notas informativas e documentos, manual-
representa, eventualmente, a gerência, atende clientes, mente ou à máquina, dando-lhes seguimento apro-
cobra facturas, orienta o movimento interno, fiscaliza priado; tira as notas necessárias à execução das tarefas
e auxilia o restante pessoal e, quando expressamente que lhe competem; examina o correio recebido, sepa-
autorizado, ajusta contratos e admite pessoal. ra-o, classifica-o e compila os dados que são necessários
para preparar as respostas; elabora, ordena ou prepara
Encarregado geral. — É o trabalhador que, nos limites os documentos relativos à encomenda, distribuição e
de poderes em que está investido, organiza os seus ser- regularização das compras e vendas, recebe pedidos de
viços dirigindo e coordenando directamente um ou mais informação e transmite-os à pessoa ou serviço compe-
encarregados. tente; põe em caixa os pagamentos de contas e despesas
assim como outras operações contabilísticas; estabelece
Encarregado de refeitório. — É o trabalhador que orga- o extracto das operações efectuadas e de outros docu-
niza, coordena, orienta e vigia os serviços de um refei- mentos para informação da direcção, atende os can-
tório. Requisita géneros, utensílios e quaisquer outros didatos às vagas existentes, informa-os das condições
produtos necessários ao normal funcionamento dos ser- de admissão e efectua registos de pessoal; preenche for-
viços. Fixa ou colabora no estabelecimento das ementas, mulários oficiais e internos relativos ao pessoal ou à
tomando em consideração o tipo de trabalhadores a empresa, ordena e arquiva notas de livranças, recibos,
que se destinam e o valor dietético dos alimentos. Dis- cartas e outros documentos e elabora dados estatísticos
tribui as tarefas ao pessoal, velando pelo cumprimento e atende o telefone nos casos inerentes à sua função.
das regras de higiene, eficiência e disciplina. Verifica Acessoriamente nota em estenografia, escreve à
a quantidade e qualidade das refeições. Elabora mapas máquina e opera com máquinas de escritório. Pode

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ainda efectuar, fora do escritório, serviços necessários tos; responsabiliza-se pela enumeração e conservação
ao andamento de processos em tribunais ou repartições das mercadorias e ou materiais; examina a concordância
públicas. entre as mercadorias recebidas e as notas de encomenda,
recibos ou outros documentos e toma nota dos danos
Estagiário. — É o trabalhador que se prepara para e perdas; orienta e controla a distribuição das merca-
ingressar na categoria de escriturário. dorias pelos sectores da empresa, utentes ou clientes;
promove a elaboração de inventários; colabora com o
Estagiário de lavador. — É o trabalhador que ajuda superior hierárquico na organização do material do
ou pratica no serviço de lavagem. armazém.

Estagiário de lubrificador. — É o trabalhador que Fogueiro. — É o trabalhador que alimenta e conduz


ajuda ou pratica no serviço de lubrificador. geradores de vapor, competindo-lhe, além do estabe-
lecido pelo Regulamento da Profissão de Fogueiro,
Estanhador. — É o trabalhador que, com o auxílio aprovado pelo Decreto n.o 46 989, de 30 de Abril de
de equipamento adequado, aplica um revestimento de 1966, a limpeza do tubular, fornalhas e condutas e pro-
estanho sobre peças ou materiais para os proteger. Pre- videnciar pelo bom funcionamento de todos os aces-
para e executa operações de soldadura e enchimentos sórios, bem como pelas bombas de alimentação de água
a estanho, assim como outras operações inerentes a esta e de combustível.
profissão.
Forjador. — É o trabalhador que forja, martelando,
Esteno-dactilógrafo em língua estrangeira. — É o tra- manual ou mecanicamente, metais aquecidos, fabri-
balhador que, em mais de um idioma, anota em este- cando ou reparando peças e ferramentas. Pode proceder
nografia e transcreve em dactilografia cartas, relatórios, também à execução de soldaduras por caldeamento e
minutas, manuscritos e registos de máquinas de ditar. tratamentos térmicos de recozimento, têmpera ou
revenido.
Estofador. — É o trabalhador que traça os moldes e
o material e executa as operações de talhar, coser, Fresador mecânico. — É o trabalhador que, operando
enchumaçar, pregar ou grampar, na confecção e repa- uma fresadora, executa trabalhos de fresagem de peças,
ração de estofos, guarnições e outros componentes de trabalhando por desenhos ou peça modelo. Prepara a
veículos, móveis ou outras estruturas. Pode proceder máquina e, se necessário, as ferramentas que utiliza.
às montagens inerentes à função e operações subse-
quentes necessárias ao seu desenvolvimento, designa- Fundidor-moldador manual. — É o trabalhador que,
damente reparação de entradas de água, desde que com- com base em determinados métodos de fabrico que lhe
patíveis com os seus conhecimentos profissionais e com são fornecidos, executa manualmente moldações em
o seu trabalho quotidiano. areia, utilizando moldes soltos ou cérceas.

Estofador em série e ou colchoeiro mecânico. — É o Gerente comercial. — É o trabalhador que, mediante


trabalhador que, em fabricação em série, monta enchi- procuração bastante, gere e administra o estabeleci-
mentos, capas, guarnições ou outros materiais inerentes mento em substituição da entidade patronal ou em cola-
à estofagem e ou que opera uma máquina de debruar boração com esta, de acordo com a política da empresa
colchões de molas. Incluem-se aqui os trabalhadores que para o efeito for decidida.
que operem em máquinas de soldar plásticos e per-
gamóides por alta frequência. Gestor de «stocks». — É o trabalhador responsável pela
gestão, rotação e controlo dos stocks de matérias-primas,
Estucador (construção civil). — É o trabalhador que materiais ou peças. Baseia-se em dados informáticos ou
trabalha em esboços, estuques e lambris. Não interpreta outros, que selecciona criteriosamente, tratando-os de
desenhos ou plantas. acordo com a política de gestão da empresa. Quando
necessário, propõe alterações do regime de gestão, rota-
Experimentador. — É o trabalhador que na linha de ção e controle dos stocks de matérias-primas, materiais
montagem experimenta e verifica as unidades em curso ou peças.
de montagem, a fim de assinalar anomalias no funcio-
namento, tendo em vista a sua posterior correcção. Guarda. — É o trabalhador que assegura a defesa,
vigilância e conservação das instalações gerais do escri-
Ferrageiro. — É o trabalhador que monta, acerta ou tório e ou das instalações gerais da empresa e de outros
conjuga ferragens normais, tais como dobradiças, fechos, valores que lhe estejam confiados, registando, na ausên-
fechaduras, puxadores e outros artigos afins. cia do porteiro, entradas e saídas de mercadorias, veí-
culos e materiais.
Ferramenteiro. — É o trabalhador que controla as
entradas e saídas de ferramentas, dispositivos ou mate- Guarda de garagens. — É o trabalhador a quem é con-
riais acessórios, procede à sua verificação e conservação fiada a guarda e vigilância das instalações e das viaturas
e à operação simples de reparação. Controla as exis- nelas recolhidas, bem como todo o material e máquinas,
tências, faz requisições para abastecimento da ferramen- podendo também proceder à venda de combustíveis e
taria e procede ao seu recebimento e ou entrega. lubrificantes e à entrega de veículos aos clientes e rece-
ber facturas.
Fiel de armazém. — É o trabalhador que superintende
as operações de entrada e saída de mercadorias e ou Guilhotineiro. — É o trabalhador que, em guilhotinas
materiais, executa ou fiscaliza os respectivos documen- apropriadas, corta chapas metálicas de diversas espes-

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suras. Trabalha de acordo com instruções, planos de Lavador de viaturas. — É o trabalhador que procede
corte ou croquis das peças em chapa a obter na gui- à lavagem interior ou exterior, simples ou composta,
lhotina. Regula as esferas e guias da máquina, segundo dos veículos automóveis, retirando-lhes, nomeada-
as dimensões e ângulos indicados. Pode, quando neces- mente, colas e massas, com meios próprios, executa ser-
sário, marcar nas chapas as linhas de corte. viços para preparação e acabamentos nas lavagens efec-
tuadas por máquinas e, eventualmente, assiste a pneus
Inspector administrativo. — É o trabalhador que tem e câmaras-de-ar. Eventualmente poderá proceder à
como função predominante a inspecção no que respeita lubrificação de viaturas, desde que esta tarefa seja com-
à contabilidade e administração de todos os departa- patível com os seus conhecimentos profissionais e com
mentos da empresa, suas delegações, agências, escri- o seu trabalho quotidiano.
tórios ou empresas associadas.
Lavadeiro. — É o trabalhador que procede à limpeza
Inspector técnico. — É o trabalhador que controla o de peças ou artigos metálicos em banhos detergentes,
serviço de assistência dos concessionários e agentes. Ins- alcalinos ou acidulados, desde que fortemente diluídos
pecciona o serviço do pessoal de assistência, fornecen- em água. Incluem-se nesta categoria os profissionais que
do-lhe apoio de consulência e formação. Analisa recla- procedem ao aproveitamento de resíduos de metais não
mações dos clientes nos aspectos de garantia do produto ferrosos e também os que, com o auxílio de uma escova
e de eficiência na assistência, efectuando contactos manual ou mecânica, limpam peças antes ou depois de
directos com estes para a sua resolução. Executa pro- temperadas.
gramas para melhoria de condições de produtividade
e assistência e analisa dados deste sector de actividade, Limpador de viaturas. — É o trabalhador que, com
tais como rendimentos e objectivos mensais. meios ou produtos próprios, procede à limpeza das via-
turas, retirando-lhes quaisquer impurezas, excesso de
Inspector de vendas. — É o trabalhador que controla colas e outras substâncias.
o serviço de agências. Inspecciona o serviço dos ven-
dedores, caixeiros-viajantes, de praça ou pracistas, visita Lubrificador. — É o trabalhador que lubrifica as
os clientes e informa-se das suas necessidades, recebe máquinas, veículos e ferramentas, muda óleos nos perío-
as reclamações dos clientes, verifica a acção dos seus dos apropriados e executa os trabalhos necessários para
inspeccionados pelas notas de encomenda, auscultação manter em boas condições os pontos de lubrificação.
da praça, programas cumpridos, etc.
Lubrificador de veículos automóveis. — É o trabalha-
Instrutor técnico. — É o trabalhador que tem a seu dor especialmente incumbido de proceder à lubrificação
cargo a escola de formação, aperfeiçoamento e espe- dos veículos automóveis, mudança de óleo no motor,
cialização. Elabora toda a matéria a ministrar na for- caixa de velocidades e diferencial, ou atesta os mesmos,
mação. Rege cursos técnicos, teóricos e práticos, desde os níveis da caixa de direcção, bateria e depósito de
o mais modesto grau de qualificação dos instruendos
óleo de travões, podendo ainda proceder a operações
ao mais elevado, em grupo ou individualmente. Os
de lavagem, sempre que a conveniência de serviço assim
conhecimentos obtidos ao longo da sua carreira pro-
o justifique.
fissional, o estudo permanente das técnicas, a eventual
frequência de cursos e estágios em Portugal e ou no
estrangeiro habilitam-no a prestar, quando solicitado, Maçariqueiro. — É o trabalhador que corta metais por
apoio na resolução de problemas técnicos, dentro ou meio de maçaricos oxi-acetilénicos ou outros processos
fora da empresa, a solicitação desta. Traduz dados e de fusão; manobra máquinas automáticas e semiauto-
informações de literatura estrangeira na versão portu- máticas de oxicorte e corta peças metálicas de várias
guesa, assim como a compilação de esquemas, fórmulas formas.
e métodos operacionais de importância didáctica.
Mandrilador mecânico. — É o trabalhador que, ope-
Jardineiro. — É o trabalhador que trata das plantas rando uma mandriladora, executa trabalhos de man-
e zonas verdes da empresa. drilagem de peças, trabalhando por desenho ou peça
modelo. Prepara a máquina e, se necessário, as ferra-
Lavador. — É o trabalhador que procede à lavagem, mentas que utiliza. Incluem-se nesta profissão os tra-
interior ou exterior, simples ou completa, dos veículos balhadores que, em máquinas de furar radiais apropria-
automóveis, retirando-lhes, nomeadamente, colas e mas- das, executam os mesmos trabalhos.
sas, com meios próprios, executa serviços para prepa-
ração e acabamentos nas lavagens efectuadas por máqui- Manufactor de material de higiene e segurança. — É o
nas e, eventualmente, assiste a pneus e câmaras-de-ar. trabalhador que executa, conserta e repara o material
de protecção, individual ou colectivo, em tecido, couro
Lavador-lubrificador. — É o trabalhador que, com e matérias plásticas.
meios ou produtos próprios, procede à limpeza e lava-
gem, interior ou exterior, simples ou completa, de veí- Maquinista de força motriz. — É o trabalhador que
culos, máquinas e peças, retirando-lhes, nomeadamente, manobra e vigia o funcionamento de uma ou mais
impurezas, colas e massa, executa serviços para prepa- máquinas de força motriz, quer de origem térmica quer
ração e acabamentos efectuados por máquinas e, even- de origem hidráulica ou outras.
tualmente, assiste a pneus e câmaras-de-ar. Lubrifica,
muda óleos ou atesta níveis em peças, máquinas ou veí- Mecânico auto gás. — É o trabalhador mecânico de
culos. Executa os trabalhos necessários para manter em automóveis que, para além do exercício destas funções,
boas condições os pontos de lubrificação. Procede ao está credenciado pela Direcção-Geral da Energia para
aproveitamento de resíduos de metais não ferrosos. o exercício da montagem de componentes de veículos

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automóveis, para a queima de combustível gasoso. execução de uma obra. Deverá ter conhecimentos de
Monta, desmonta e repara os kits de conversão e seus desenho, de matérias-primas e de processos ou métodos
componentes e acessórios, experimenta e afina os veí- de execução de obra. No desempenho das suas funções
culos convertidos, utilizando os materiais e equipamen- baseia-se nas diversas partes componentes do projecto,
tos homologados para o efeito e satisfazendo as normas memória descritiva e cadernos de encargos. Determina
legais aplicáveis, com respeito pelas instruções e regras as quantidades de materiais e volumes de mão-de-obra
da boa técnica do uso do gás. e serviços necessários e, utilizando as tabelas de preços
de que dispõe, calcula os valores globais corresponden-
Mecânico de aparelhagem pesada de máquinas agrí- tes. Organiza o orçamento. Deve completar o orça-
colas e ou industriais. — É o trabalhador que detecta mento, que estabelece com a indicação pormenorizada
as avarias mecânicas, repara, afina, monta, desmonta de todos os materiais a empregar e operações a efectuar.
e conserva os órgãos de aparelhagem pesada de máqui- Cabe-lhe providenciar para que estejam sempre actua-
nas agrícolas e ou industriais, nomeadamente de escavar, lizadas as tabelas de preços simples e compostos que
terraplenar, tractores, ceifeiras, debulhadoras e cei- utiliza.
feiras-debulhadoras.
Medidor orçamentista-coordenador. — É o trabalha-
Mecânico de aparelhos de precisão. — É o trabalhador dor que, tendo sob a sua responsabilidade um gabinete
que executa, repara, transforma e afina aparelhos de ou sector de medições e orçamentos, coordena a ela-
precisão ou peças mecânicas de determinados sistemas boração completa de medições e orçamentos de qual-
eléctricos, hidráulicos, mecânicos, pneumáticos, ópticos quer tipo, dado o seu conhecimento das técnicas de
ou outros. orçamentação de materiais e de métodos de execução.
Para isto, deverá possuir conhecimentos práticos da obra
Mecânico de automóveis. — É o trabalhador que em geral. Colabora, dentro da sua especialidade, com
detecta as avarias mecânicas, afina, repara, monta e des- os autores dos projectos na elaboração dos respectivos
monta os órgãos de automóveis e de outras viaturas cadernos de encargos.
e executa outros trabalhos de assistência e manutenção
relacionados com esta mecânica. Metalizador à pistola. — É o trabalhador que, utili-
zando equipamento apropriado, pulveriza e projecta
Mecânico de bombas de injecção. — É o trabalhador metal fundido para cobrir materiais, peças ou objectos,
que, predominantemente, monta e desmonta, repara, com camada protectora ou decorativa, ou para recu-
transforma e afina bombas de injecção e injectores e peração de peças danificadas ou com desgaste.
executa outros trabalhos relacionados com esta mecâ-
nica. Moldador de estruturas de fibra. — É o trabalhador
que prepara e executa a moldagem para construção de
Mecânico de madeiras. — É o trabalhador que tra- apetrechos e outras estruturas de fibra. Constrói e dá
balha madeira com serra de fita, engenho de furar, forno, os acabamentos (sempre trabalhando em fibra). Poderá
garlopa, tupia, plaina ou outras máquinas para fabri- executar o molde de madeira se tiver conhecimentos
cação de estruturas. de carpinteiro.

Mecânico de refrigeração, ar condicionado, ventilação Monitor. — É o trabalhador que ensina teórica e ou


e aquecimento. — É o trabalhador que monta e repara praticamente a formação e aperfeiçoamento profissional
instalações de refrigeração, ar condicionado, ventilação dentro ou fora da empresa. Terá de colaborar na pro-
e aquecimento e a sua aparelhagem de controle. Procede gramação dos cursos e seu desenvolvimento, assim como
à limpeza, vazio e desidratação das instalações e à sua das matérias a ministrar aos instruendos.
carga com fluido frigorígeno. Faz o ensaio e ajustamento
das instalações após a montagem e afinação da respec- Monitor informático. — É o trabalhador que planifica
tiva aparelhagem de protecção e controle. o trabalho dos postos de dados, distribui e supervisiona
a execução das tarefas e assegura a formação e treino
Medidor. — É o trabalhador que, predominante- dos operadores de postos de dados.
mente, efectua os cálculos dimensionais requeridos pelo
projecto ou das diferentes parcelas de uma obra a exe- Montador-ajustador de máquinas. — É o trabalhador
cutar. No desempenho das suas funções baseia-se na que monta e ajusta máquinas, corrigindo possíveis defi-
análise do projecto e dos respectivos elementos escritos ciências, para obter o seu bom funcionamento.
e desenhados e também das orientações que lhe são Incluem-se nestas profissões os trabalhadores que pro-
definidas. Elabora listas discriminativas dos custos e cedem à rascagem das peças, por forma a conseguir
quantidades de materiais ou outros elementos de cons- determinado grau do acabamento das superfícies.
trução, tendo em vista, designadamente, orçamentação,
apuramento do tempo de utilização de mão-de-obra e Montador de estruturas metálicas ligeiras. — É o tra-
de equipamento e programação de desenvolvimento dos balhador que procede à montagem de elementos metá-
trabalhos. No decurso da obra efectua in loco autos licos ligeiros prefabricados, sem que tenha de proceder
de medição, procurando ainda detectar erros, omissões a qualquer modificação nos mesmos, à excepção de
ou incongruências, de modo a esclarecer e avisar os pequenos acertos sem grande rigor.
técnicos responsáveis.
Montador de peças ou órgãos mecânicos em série. —
Medidor orçamentista. — É o trabalhador que, pre- É o trabalhador que, em linhas de montagem, monta
dominantemente, estabelece com precisão as quantida- peças, aparelhos ou órgãos mecânicos e pequenos con-
des e o custo dos materiais e da mão-de-obra para a juntos, podendo ou não ser aplicados em máquinas. Não

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 262


lhe compete qualquer modificação ou ajustamento nas executa furação, roscagem e facejamento do material
peças que monta. ou peças devidamente marcadas e ou na falta de mar-
cação pode utilizar ferramentas adequadas de simples
Montador de pneus. — É o trabalhador que procede manejo como esperas ou apoios previamente regulados
à montagem e desmontagem de pneumáticos e à repa- por outrem.
ração de furos em pneus ou câmaras-de-ar.
Operador de estufa. — É o trabalhador que controla
Montador de pneus especializado. — É o trabalhador o funcionamento de estufas e procede à carga e descarga
que procede à montagem e desmontagem de pneumá- das mesmas.
ticos, reparação de furos em pneus ou câmaras-de-ar
e à calibragem das rodas e ou alinhamento de direcção. Operador de laboratório químico. — É o trabalhador
que procede à análise química de materiais ferrosos e
Montador-reconstrutor de bateria. — É o trabalhador ou não ferrosos e a exames metalográficos, sabendo
que efectua a montagem e conservação dos diversos interpretar os resultados, nomeadamente controlar a
elementos constituintes de baterias ou acumuladores, composição, qualidade e propriedades de matérias-pri-
monta as placas e outros elementos de uma bateria; mas.
liga as placas umas às outras por soldadura, fecha as
baterias, prepara o electrólito, efectua a ligação da bate- Operador de máquinas — pantógrafo. — É o trabalha-
ria às barras de distribuição, controla a carga com auxílio dor que regula, manobra e opera a máquina — pan-
de aparelhos eléctricos de medida e retira e substitui tógrafo que faz diversos trabalhos de reprodução ou
as placas deficientes. Pode executar apenas parte dessas cópia de modelos e outros de natureza análoga.
operações e ser denominado em conformidade.
Operador de máquinas de fundição injectada. — É o
Motorista (pesados ou ligeiros). — É o trabalhador trabalhador que opera máquinas de fundição injectada
que, possuindo carta de condução profissional, tem a
procedendo à montagem e desmontagem das respectivas
seu cargo a condução de veículos automóveis (pesados
ou ligeiros), competindo-lhe ainda zelar pela boa con- ferramentas.
servação do veículo e pela carga que transporta. Procede
à verificação directa dos níveis de óleo, água e com- Operador de máquinas para o fabrico de colchões ou
bustível e do estado e pressão dos pneumáticos. Quando estofos. — É o trabalhador que pode operar as seguintes
em condução de veículos de carga, compete-lhe orientar máquinas: de agrafar, de costurar e de acolchoar e ou
as cargas e descargas e arrumação das mercadorias trans- manualmente executar as operações de encher colchões
portadas. Em caso de avaria ou acidente, toma as pro- ou almofadas.
vidências adequadas e recolhe os elementos necessários
para apreciação das entidades competentes. Operador de prensa (ou de balancé). — É o trabalha-
dor que afina, regula e manobra máquinas, à excepção
Movimentador de carros em parques. — É o trabalha- das prensas de forjar ou das máquinas de enformar por
dor que movimenta nas linhas de montagem as unidades outro processo e para o efeito de acordo com o desenho,
e as arruma nos parques da empresa. plano de corte ou escantilhão próprio; monta e regula
esperas ou guias e fixa os dispositivos ou ferramentas
Operador-condutor de estação de tratamento de águas de corte ou de enformar (punção, alfece, cunhos, matri-
residuais. — É o trabalhador que, de acordo com ins- zes e lâminas).
truções e ou especificações simples, executa todas as
tarefas inerentes ao funcionamento da estação, nomea- Operador de prevenção, higiene e segurança. — É o tra-
damente, dosagem de produtos químicos, manobras de balhador que, predominantemente, assegura as condi-
sistemas de bombagem, leitura e registos de instrumen- ções de segurança e combate a incêndios e presta os
tos de controlo e limpeza. primeiros socorros a sinistrados. Auxilia directamente
o técnico de prevenção na sua actividade normal, desig-
Operador de banhos químicos e ou electroquímicos. — nadamente na inspecção diária de equipamentos e ins-
É o trabalhador que coloca e retira em instalações apro- talações, na análise das condições de trabalho, na medi-
priadas objectos de metal para tratamento por processos ção dos factores ambientais (humidade, temperatura,
químicos e ou electroquímicos e conduz os banhos iluminação, ruídos, poeiras e gases tóxicos) existentes
segundo instruções que lhe são fornecidas a fim de se nos diversos locais de protecção individual, na assis-
obter depósitos metálicos, regularização das superfícies
tência a trabalhos que impliquem cuidados especiais de
(abrilhantamento) ou oxidação anódica ou outro tra-
tamento semelhante. Incluem-se nesta profissão os segurança, cumprindo e fazendo cumprir as normas
metalizadores por imersão, em banho de metal em fusão. gerais de segurança em vigor na empresa.

Operador de computador. — É o trabalhador que pla- Operador de quinadeira e ou viradeira e ou calandra. —


nifica o trabalho a realizar e controla a sua execução. É o trabalhador que, utilizando máquinas apropriadas,
Quer em multiprocessamento quer em monoprocessa- quina, dobra ou enrola chapas ou outros materiais metá-
mento opera e controla o computador através da consola. licos segundo formas previamente determinadas.
Prepara o computador para execução dos programas e
é responsável pelo cumprimento dos prazos previstos Operador de telex. — É o trabalhador que transmite
para cada operação. Pode orientar a secção dos ope- e recebe mensagens numa ou mais línguas para e de
radores de periférico. diferentes postos de telex; transcreve as mensagens e
efectua os preparativos necessários para a sua trans-
Operador de engenho de coluna ou portátil. — É o tra- missão e transmite-as; recebe mensagens transmitidas
balhador que no engenho de furar de coluna ou portátil pelos teleimpressores; arquiva mensagens para consulta

263 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


posterior; providencia pela manutenção do material para pedidos de trabalho, analisa e prepara uma adequada
o normal funcionamento do serviço. distribuição de trabalho, tendo em conta os tempos e
prazos de execução, bem como a melhor utilização da
Operador de tratamentos térmicos. — É o trabalhador mão-de-obra e do equipamento. Incluem-se nesta pro-
que opera com fornos de tratamento térmico, proce- fissão os trabalhadores que elaboram estatísticas indus-
dendo também à condução de geradores. Opera ainda triais.
com prensas de endireitamento e máquinas de grana-
lhar, fosfatar e lavar. Opera com máquinas de dureza Planificador (1.o escalão). — É o trabalhador que,
e tem a seu cargo a vigilância das respectivas instalações além de desempenhar as funções indicadas para o pla-
e equipamentos. nificador do 2.o escalão, coordena a progressão das pla-
nificações ou programas em curso, fundamentalmente
Operador heliográfico. — É o trabalhador que predo- tornando-os compatíveis e exequíveis no tempo e nas
minantemente trabalha com máquina heliográfica, corta disponibilidades da produção. Para a resolução de situa-
e dobra as cópias heliográficas, podendo acessoriamente ções de desvios de planificação ou programação, toma
efectuar outro tipo de reprodução de documentos. iniciativas tendentes ao cumprimento das obrigações
assumidas, transmitindo às diferentes actividades sec-
Operário não especializado. — É o trabalhador que toriais as decisões tomadas.
exerce funções simples, indiferenciadas, repetitivas e
normalmente não especificadas. Planificador (2.o escalão). — É o trabalhador que, uti-
lizando técnicas de planificação e sistemas de progra-
Operador periférico. — É o trabalhador que opera o mação de médio e longo prazos a partir de elementos
computador, em especial nos seus órgãos periféricos, do projecto, orçamento, obrigações contratuais e outros,
sob a orientação do operador de computador. Pode elabora a planificação ou o programa das obras, esta-
eventualmente preparar o computador para execução belecendo o esquema de desenvolvimento das diferentes
dos programas. Acessoriamente, em centros de pequena actividades sectoriais que participam na respectiva exe-
dimensão, opera e controla equipamento mecanográfico cução, prevendo os prazos e meios de acção necessários,
clássico e cartões perfurados e máquinas auxiliares, tais materiais e humanos requeridos, tendo em atenção a
como máquinas de corte, ordenadores e separadoras planificação ou programação já estabelecida para as
de papel. obras em curso. Elabora, organiza e coordena toda a
documentação necessária e relacionada com a plani-
Orçamentista. — É o trabalhador que, interpretando ficação ou programação de médio e longo prazos.
normas, especificações, utilizando tabelas e outros ele-
mentos que lhe são fornecidos, efectua cálculos e obtém Polidor. — É o trabalhador que, manual ou mecani-
os resultados necessários à previsão e controle dos custos camente, procede ao polimento de superfícies de peças
de mão-de-obra e dos produtos. metálicas e de outros materiais, utilizando discos de polir
em arame de aço, esmeril, lixa, feltro, pano ou outros.
Paquete. — É o trabalhador menor de 18 anos que
presta os serviços enumerados para o contínuo. Porteiro. — É o trabalhador cuja missão consiste prin-
cipalmente em vigiar as entradas e saídas de pessoas
Pedreiro (trolha). — É o trabalhador que, exclusiva ou ou visitantes das instalações, mercadorias e viaturas e
predominantemente, executa alvenarias de tijolo, pedra ou receber correspondência.
blocos, podendo fazer assentamento de manilhas, tubos ou
cantarias, rebocos ou outros trabalhos similares ou com- Praticante. — É o trabalhador com menos de 18 anos
plementares, podendo executar serviços de conservação e de idade em regime de aprendizagem para caixeiro ou
reparação e de construção civil. Não interpreta desenhos o profissional de armazém, consoante o serviço em que
ou plantas. está inserido.

Pintor de construção civil. — É o trabalhador que, pre- Pré-oficial (electricista). — É o trabalhador que, sob
dominantemente, prepara ou repara para pintar super- a orientação do oficial, executa trabalhos da sua pro-
fícies de estuque, reboco, madeira ou metal. Desmonta fissão de menos responsabilidade.
e monta ferragens que se encontram aplicadas, prepara
e aplica aparelhos e outras tintas primárias, prepara e Preparador auxiliar de trabalho. — É o trabalhador
aplica massas, betumando ou barrando. Aplica tintas que, com base em elementos técnicos simples que lhe
de acabamento manual ou mecanicamente, afina as res- são fornecidos e sob a adequada hierarquia, indica os
pectivas cores e enverniza. modos operatórios, máquinas e ferramentas a utilizar
atribuindo tempo de execução constantes das tabelas
Pintor de veículos, máquinas ou móveis. — É o tra- existentes.
balhador que prepara as superfícies das máquinas, velo-
cípedes com ou sem motor, móveis e veículos ou seus Preparador de pintura. — É o trabalhador que prepara
componentes e outros objectivos. Aplica as demãos de as superfícies para pintar, utilizando meios manuais,
primário, capa e subcapa e de tinta e esmalte, podendo, mecânicos, eléctricos ou outros, nomeadamente retira
quando necessário, afinar as tintas e proceder ao res- impurezas, gorduras ou óxidos. Pode aplicar vedantes
pectivo polimento. e insonorizantes e ainda protecção à pintura.

Planeador (programador de fabrico). — É o trabalha- Preparador de tintas para linhas de montagem. — É o


dor que, tendo em conta diversos elementos que lhe trabalhador que prepara e combina os produtos de pin-
são fornecidos, nomeadamente ordens de execução ou tura, adaptando-os às necessidades de cada sistema.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 264


Preparador de trabalho. — É o trabalhador que, uti- outras máquinas apropriadas, faz embutidos e encalca
lizando elementos técnicos, estuda e estabelece os rebites para a junção de elementos metálicos.
modos operatórios a utilizar com vista ao melhor apro-
veitamento da mão-de-obra, máquinas e materiais, Recepcionista de garagens. — É o trabalhador que
podendo eventualmente atribuir tempos de execução e recebe e atende os clientes e anota o serviço a efectuar,
especificar máquinas e ferramentas. podendo ocasionalmente receber o valor dos serviços
prestados.
Preparador-repositor. — É o trabalhador que prepara
a execução de encomendas ou pedidos, separando as Recepcionista de parques de estacionamento. — É o
mercadorias ou materiais, através das notas respectivas. trabalhador que atende os clientes e anota alguma ano-
Repõe nos locais devidos os materiais ou mercadorias malia ou reclamação.
que dão entrada no armazém ou no estabelecimento.
Recepcionista ou atendedor de oficina. — É o traba-
Preparador técnico de sobressalentes e peças de lhador que atende clientes, faz exame sumário das via-
reserva. — É o trabalhador que, com base em critérios turas, máquinas, órgãos mecânicos ou produtos e ela-
e princípios que lhe são indicados, define existências bora e encaminha para as diversas secções as notas dos
de stocks, encargos de posse e riscos ou prejuízos deri- trabalhos a executar, podendo proceder à verificação
vados da sua ausência. Elabora pedidos para a compra e ou demonstração das características e qualidades
de sobressalentes e peças de reserva com conhecimento mecânicas daquelas ou das reparações efectuadas.
de materiais a adquirir, sua função, natureza, origem,
fontes de abastecimento, qualidade, prazo de entrega Recepcionista ou atendedor de «stand». — É o traba-
e hipótese de compra a fornecedores estrangeiros ou lhador que recebe clientes e dá explicações sobre os
fabricação nacional. Vigia e rectifica o nível de stocks veículos, transmitindo indicações que lhe são fornecidas;
de material. Transfere materiais de conservação para assiste na portaria recebendo e atendendo visitantes que
stocks de armazém. Faz periodicamente o inventário do pretendam adquirir veículos transmitindo posterior-
material requisitado e não levantado. Actualiza as fichas mente ao responsável pela secção ou ao vendedor a
de material de conservação. Presta todos os esclare- fim de efectivar as eventuais transacções.
cimentos necessários para a identificação e demais
características dos materiais pedidos. Recepciona qua- Recepcionista-telefonista. — É o trabalhador que
litativamente e eventualmente pode proceder à sua atende os visitantes da empresa a fim de lhes prestar
recepção quantitativa. informações e esclarecer dúvidas, pondo-os em contacto
com as pessoas, sectores ou locais pretendidos. Controla
Programador de informática. — É o trabalhador que as entradas de visitantes, mediante identificação e
estabelece programas que se destinam a comandar ope-
registo, evitando a permanência de pessoas estranhas
rações de tratamento automático da informação por
no interior das instalações. Contacta telefonicamente
computador, recebe as especificações e instruções pre-
ou por outro processo com os restantes serviços para
paradas pelo analista, incluindo todos os dados eluci-
dativos dos objectivos a atingir, prepara os ordinogramas obter os elementos pretendidos ou para anunciar a pre-
e procede à codificação dos programas; escreve instru- sença dos visitantes. Comunica aos visitantes as instru-
ções para o computador; procede a testes para verificar ções recebidas e indica-lhes os locais onde se devem
a validade do programa e introduz-lhe alterações sempre dirigir. Opera uma central telefónica, transmitindo aos
que necessário; apresenta os resultados obtidos sob a telefones internos as chamadas recebidas estabelecendo
forma de mapas, cartões perfurados, suportes magné- ligações internas ou para o exterior, bem como a acti-
ticos ou por outros processos pode fornecer instruções vidade de envio e recepção de fax. Pode também cola-
escritas para o pessoal encarregado de trabalhar com borar na recepção, registo e envio de correspondência.
o computador.
Rectificador mecânico. — É o trabalhador que, ope-
Promotor de vendas. — É o trabalhador que, actuando rando uma máquina de rectificar, executa trabalhos de
em postos directos e indirectos de consumo, procede rectificação de peças, trabalhando por desenho, peça
no sentido de esclarecer o mercado com o fim específico modelo ou instruções que lhe forem fornecidas. Prepara
de incrementar as vendas. a máquina e, se necessário, a ferramenta que utiliza.

Prospector de vendas. — É o trabalhador que verifica Repuxador. — É o trabalhador que conduz um torno
as possibilidades do mercado nos seus vários aspectos de repuxar utilizando ferramentas manuais para enfor-
de gastos, poder aquisitivo e solvabilidade; observa os mar chapas metálicas ou conduz máquinas automáticas
produtos ou serviços quanto à sua aceitação pelo público ou semiautomáticas para o trabalho em série de enfor-
e a melhor maneira de os vender: estuda os meios mais mar chapas metálicas por repuxagem.
eficazes de publicidade, de acordo com as características
do público a que os produtos ou serviços se destinam; Roupeiro. — É o trabalhador que, existindo rouparia,
pode eventualmente organizar exposições. se ocupa do recebimento, encaminhamento adequado
ou arrumação e distribuição das roupas e respectivos
Rebarbador. — É o trabalhador que regulariza super- registos.
fícies ou peças metálicas vazadas, soldadas, forjadas,
estampadas ou prensadas, utilizando ferramentas ade- Secretário(a). — É o(a) trabalhador(a) que se ocupa
quadas. do secretariado específico de qualquer das estruturas
da empresa. Entre outras, competem-lhe, normalmente,
Rebitador. — É o trabalhador que, com auxílio de as seguintes funções: redigir e dactilografar cartas, rela-
martelo manual ou pneumático, prensa hidráulica ou tórios e outros textos e copiar directamente as minutas

265 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


ou registos de máquinas de ditar, em língua portuguesa Subchefe de secção. — É o trabalhador que coadjuva
ou estrangeira, preparar a realização de reuniões de e assiste ao chefe de secção, podendo ainda executar
trabalho e redigir as respectivas actas; receber clientes as tarefas mais exigentes que competem ao escriturário.
e visitantes; assegurar o trabalho de rotina diária da
sua estrutura ao nível do secretariado, incluindo recep- Técnico. — É o trabalhador que, possuindo conhecimen-
ção de correspondência e respectiva sequência; provi- tos técnico-profissionais, teóricos e ou práticos, desempenha
denciar para a realização de assembleias gerais, con- funções no campo de estudos e projectos em determinado
tratos, escrituras; manter o seu arquivo e ficheiros. domínio da actividade empresarial, podendo também ocu-
par-se da execução, organização e ou coordenação das tare-
Serralheiro civil. — É o trabalhador que constrói e ou fas que exigem especialização e responsabilidade na sua
monta ou repara estruturas metálicas, tubos condutores de área de competência. Poderá prestar assistência a profis-
combustíveis, ar ou vapor, carroçarias de viaturas, atrelados, sionais de escalão superior no desempenho das funções
reboques, andaimes para edifícios, pontes, navios, caldeiras, destes e dirige tecnicamente um grupo de profissionais que
cofres e outras obras. Pode ser designado pelas tarefas espe- o coadjuvam. Pode ser designado de acordo com a área
cíficas que executa, nomeadamente como serralheiro civil onde exerce a sua actividade (por exemplo: técnico de rela-
de carroçarias. ções públicas, técnico de informática, etc.)
Serralheiro de ferramentas, moldes, cunhos e cortan- Técnico administrativo. — É o trabalhador que, pos-
tes. — É o trabalhador que executa, monta e repara fer- suindo conhecimentos teóricos e práticos no desempe-
ramentas, moldes, cunhos e cortantes metálicos utilizados nho da sua actividade profissional, a partir de orien-
para forjar, ponçar ou estampar materiais, dando-lhes tações e objectivos definidos pelo superior hierárquico,
forma. Trabalha por desenho ou peça modelo. organiza e executa um conjunto de tarefas que implicam
autonomia, análise, estudo, interpretação e elaboração
Serralheiro de rastos. — É o trabalhador que, predo- de procedimentos; colabora em estudos relativos à acti-
minantemente, procede à execução e ou reparação de vidade administrativa em que está integrado e na pre-
rastos e seus componentes, tais como roletes, rodas de paração de pareceres.
guia, correntes e sapatas para máquinas de escavação,
gruas e outras máquinas congéneres. Para o efeito inter- Técnico avaliador. — É o trabalhador que tem a função
preta desenhos e especificações técnicas e utiliza fer- de avaliar as viaturas propostas a transacção. Procede e
ramentas e máquinas adequadas. auxilia os vendedores no escoamento das viaturas reto-
madas.
Serralheiro mecânico. — É o trabalhador que executa
peças, monta, repara e conserva vários tipos de máqui-
Técnico de controlo de qualidade. — É o trabalhador
nas, motores e outros conjuntos mecânicos, com excep-
ção dos instrumentos de precisão e das instalações que, possuindo reconhecidos conhecimentos técnicos
eléctricas. relativos aos produtos fabricados ou não no sector ou
local de trabalho onde exerce a sua actividade, procede
Servente. — É o trabalhador que exerce funções sim- a análises cuidadas do trabalho executado ou em exe-
ples, indiferenciadas e não especificadas. cução de modo a verificar se este corresponde às carac-
terísticas técnicas da qualidade exigida, com o objectivo
Servente de limpeza. — É o trabalhador cuja actividade de eliminar os defeitos. Procura as suas causas e apre-
consiste principalmente em proceder à limpeza das ins- senta sugestões oportunas fundamentadas em relatórios,
talações da empresa. executando, se necessário, esboços ou croquis.

Servente/trabalhador não especializado. — É o traba- Técnico de electrónica industrial e ou telecomunica-


lhador que exerce funções simples, indiferenciadas e não ções. — É o trabalhador que monta, calibra, ensaia,
especificadas. conserva, detecta e repara avarias em toda a gama de
aparelhagem electrónica industrial, controlo analítico
Soldador de baixo ponto de fusão. — É o trabalhador e telecomunicações em empresas ou nos locais de uti-
que procede à ligação de elementos metálicos aque- lização. Guia-se normalmente por esquemas e outras
cendo-os e aplicando-lhes solda apropriada em estado especificações técnicas.
de fusão ou utilizando o ferro de soldar.
Técnico de gás auto. — É o trabalhador que, dispondo
Soldador por electroarco ou oxi-acetilénico. — É o tra- de credencial da Direcção-Geral da Energia para o
balhador que, pelos processos de soldadura de elec- efeito, organiza, adapta e coordena a planificação téc-
troarco ou oxi-acetilénico, liga entre si os elementos nica, instalação, montagem e reparação dos kits de con-
ou conjuntos de peças de natureza metálica, podendo versão dos veículos automóveis, para o consumo de
proceder a corte com eléctrodos especiais. Incluem-se combustível gasoso. Usando os seus conhecimentos de
nesta profissão os trabalhadores que em máquinas auto- funcionamento dos motores, designadamente de car-
máticas ou semiautomáticas procedem a soldadura e buração, injecção, ignição, verifica e corrige eventuais
ou enchimentos. defeitos nos sistemas de GPL, quer por vaporização,
quer por injecção directa, experimentando e afinando
Soldador por pontos ou costura. — É o trabalhador quando necessário.
que, utilizando equipamento apropriado, faz ligação de
peças metálicas por processo alumínio-térmico ou por Técnico de manutenção industrial. — É o trabalhador que,
resistência (pontos, costura e topo a topo). Incluem-se pelo seu elevado grau de formação técnica e experiência
nesta profissão os trabalhadores que operem com uma profissional, a empresa reconhece possuir aptidões, conhe-
máquina de fabricar rede soldada por pontos. cimentos actualizados relativos a mais de uma profissão,

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 266


de um ou mais dos domínios da mecânica, electricidade Temperador de metais. — É o trabalhador que utili-
e electrónica e conhecimentos detalhados dos equipamentos zando instalações de tratamentos térmicos ou outros
que lhe possibilitem, em efectiva polivalência no âmbito meios adequados, a partir de diagramas de temperatura,
da manutenção correctiva, preventiva e curativa e em qual- instruções ou especificações técnicas pré-estabelecidas,
quer sector do estabelecimento fabril a que pertence, a procede ao tratamento térmico de ligas metálicas,
execução das tarefas de mais de uma profissão e o desem- nomeadamente têmpera, recozimento e revenido.
penho, com autonomia, das actividades de maior exigência,
complexidade e responsabilidade dessas profissões, nomea- Tirocinante TD. — É o trabalhador que, coadjuvando
damente as decorrentes de estudos e projectos, análises os profissionais dos escalões superiores, faz tirocínio
técnicas de avarias e análises de diagnósticos dos equipa- para ingresso nas categorias de TD imediatamente supe-
mentos, estudo e proposição de modificações. Presta ainda riores. A partir de orientações dadas e sem grande exi-
assistência técnica a profissionais de qualificação superior gência de conhecimentos profissionais, executa os seus
e coadjuva, sempre que necessário, o seu superior hierár- trabalhos em escalas rigorosas, tanto por decalque como
quico na orientação, coordenação e controlo da actividade por desenho próprio, redução ou ampliação. Executa
dos trabalhadores de qualificação inferior, podendo tarefas da sua função sob directivas gerais definidas por
substituí-los nos seus impedimentos. profissionais mais qualificados.

Técnico de métodos. — É o trabalhador que colabora Torneiro mecânico. — É o trabalhador que, operando
em acções conducentes à definição de métodos e pro- em torno mecânico paralelo, vertical, revólver ou de
cessos industriais de trabalho; coopera em operações outro tipo, executa trabalhos de torneamento de peças,
de análise-diagnóstico e na implementação de novos trabalhando por desenho ou peça modelo. Prepara a
métodos de trabalho e participa na verificação dos des- máquina e, se necessário, as ferramentas que utiliza.
vios e na averiguação das suas causas; colabora em tra-
balhos relacionados com a elaboração do manual de Trabalhador de qualificação especializada. — É o tra-
métodos, participa na resolução de problemas no âmbito balhador do 1.o escalão que, pelos seus conhecimentos
da sua especialidade. técnicos, aptidão, experiência profissional e ou situações
de polivalência no trabalho, desempenha, predominan-
Técnico de metrologia. — É o trabalhador que procede temente, funções inerentes a grau de qualificação supe-
em laboratório, com rigor e elevado grau de precisão, rior às exigidas à sua profissão. Será designado como
ao controlo dimensional de ferramentas e peças diversas, «qualificado» e ser-lhe-á atribuído o grau de remune-
partes, conjuntos e subconjuntos em chapa respeitantes ração imediatamente superior.
a diversas fases de montagem, em conformidade com
as gamas, planos, especificações e padrões primários Tradutor. — É o trabalhador que elabora traduções
previamente estabelecidos, utilizando para o efeito equi- técnicas de língua estrangeira, retroverte para as mesmas
pamento apropriado (suta, raminho, máquina de defei- línguas cartas e outros textos, traduz catálogos e artigos
tos de forma, aparelhagem tridimensional, etc.). Pode de revistas técnicas.
elaborar gamas de controlo, ajuste de calibragem de
todos os meios de inspecção e equipamento de medida Vendedor. — É o trabalhador que promove e vende
utilizados, zelando para que as suas condições de uti- veículos automóveis, máquinas agrícolas e ou industriais,
lização, conservação e armazenagem assegurem precisão pneus, peças e acessórios, por conta exclusiva da enti-
e aptidão constantes. Elabora relatórios simples de aná- dade patronal dentro e fora do estabelecimento.
lise relacionados com as medidas e intervenções efec-
tuadas. Vendedor estagiário. — É o trabalhador que se prepara
para ingressar na categoria de vendedor.
Técnico de prevenção. — É o trabalhador que tem por
função superintender nos serviços de higiene e segu- Verificador de produtos adquiridos. — É o trabalhador
rança e responsabilizar-se por todo o esquema de pre- que procede à verificação das dimensões e da qualidade
venção da empresa. dos materiais ou produtos adquiridos.
Técnico fabril. — É o trabalhador que tem por função Vulcanizador. — É o trabalhador que tem como fun-
organizar, adaptar e coordenar a planificação técnica ção executar, reparar, modificar ou montar peças em
fabril determinada pelos órgãos superiores. Poderá diri- borracha ou materiais afins e ainda revestir peças
gir tecnicamente um ou mais sectores da produção e metálicas.
desempenhar as funções de coordenação no estudo de
métodos ou projectos. (1) Nos termos da Portaria n.o 714/93, de 3 de Março, entende-se
por «trabalho leve» «[. . .] a actividade integrada por tarefas simples
e definidas que pressuponham conhecimentos elementares e não exi-
Telefonista. — É a trabalhadora que presta serviço jam esforços físicos ou mentais que ponham em risco a saúde e o
numa central telefónica, transmitindo aos telefones desenvolvimento global do menor [. . .]».
internos as chamadas recebidas e estabelecendo ligações (2) Já se encontra eliminada para a FETESE/SITESC/STV.
internas ou para o exterior. Responde, se necessário, (3) Foram reclassificados em técnico IV os técnicos industriais
(escalão III) (publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série,
a pedidos de informações telefónicas. As categorias que n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
correspondem a esta profissão serão atribuídas de (4) Foram reclassificados em técnico III o analista de sistemas,
acordo com as seguintes exigências: manipulação de apa- o contabilista — empresa do grupo A, o técnico industrial e o técnico
relhos de comutação com capacidade superior a 16 pos- de software (publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série,
n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
tos suplementares; manipulação de aparelhos de comu- (5) Foram reclassificados em técnico II o contabilista — empresa
tação com capacidade igual ou inferior a 16 postos do grupo B e o tesoureiro (publicado no Boletim do Trabalho e
suplementares. Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).

267 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


(6) Foram reclassificados em técnico I o guarda-livros e o pro- AIMA — Associação dos Industriais de Montagem
gramador mecanográfico (publicado no Boletim do Trabalho e de Automóveis;
Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
(7) Foi reclassificado em correspondente em língua estrangeira, ANECRA — Associação Nacional das Empresas
o esteno-dactilógrafo em língua estrangeira (publicado no Boletim do Comércio e da Reparação Automóvel;
do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de Novembro de 1993). ARAN — Associação Nacional do Ramo Auto-
(8) Foram reclassificados em primeiro-escriturário o operador de
máquinas de contabilidade de 1.a, o operador mecanográfico e o per- móvel.
furador-verificador/operador de dados (publicado no Boletim do Tra-
balho e Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de Novembro de 1993). 2 — O presente contrato obriga também as empresas
(9) Foram reclassificados em segundo-escriturário o operador de de reparação automóvel e respectivos subsectores de
máquinas auxiliares (escritório), o operador de máquinas auxiliares
(informática) e o operador de máquinas de contabilidade de 2.a (publi- garagens, estações de serviço, postos de abastecimento
cado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de de combustíveis e postos de assistência e pneumáticos,
Novembro de 1993). representadas pela AIM (Associação Industrial do
(10) A retribuição certa ou fixa é a do nível 10, ficando-lhe, porém, Minho).
assegurada uma retribuição mínima mensal não inferior à do nível 8.
(11) O electricista auto tem prática, vencendo as remunerações
previstas para os praticantes das categorias profissionais com apren- 3 — São também abrangidos por este contrato colec-
dizagem e prática e com oficiais dos graus 8 e 9 (anexo I, grupo I). tivo os trabalhadores, independentemente da categoria
(*) Publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 19,
de 22 de Maio de 1982.
profissional atribuída, representados pelos sindicatos
(12) Incluem-se nesta profissão os trabalhadores designados por signatários.
operário-chefe. O número de trabalhadores sob as ordens do chefe
de equipa não poderá exceder 12. 4 — Excluem-se do âmbito do presente contrato as
empresas representadas pelas associações outorgantes
Lisboa, 13 de Novembro de 1998.
(ARAN e AIM) que exerçam exclusivamente as acti-
Pela ACAP — Associação do Comércio Automóvel de Portugal: vidades de garagens, estações de serviços, postos de
Alexandra Afonso. abastecimento de combustíveis, parques de estaciona-
Pela AIMA — Associação dos Industriais de Montagem de Automóveis:
mento e postos de assistência a pneumáticos e ainda
Alexandra Afonso.
as que nas actividades acima mencionadas empreguem
de 6 a 12 trabalhadores e possuam, além daquelas acti-
Pela ANECRA — Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação
Automóvel: vidades, apenas uma secção comercial a que esteja ads-
(Assinatura ilegível.) trito um único trabalhador, desde que a secção comercial
tenha uma facturação inferior a 50% da facturação geral
Pela ARAN — Associação Nacional do Ramo Automóvel:
da empresa, e as que nas actividades acima mencionadas
(Assinatura ilegível.)
empreguem mais de 12 trabalhadores e possuam, além
Pela SITESC — Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio: daquelas actividades, apenas uma secção comercial a
(Assinatura ilegível.) que estejam adstritos apenas 1 ou 2 trabalhadores, desde
que a secção comercial tenha uma facturação inferior
Entrado em 11 de Janeiro de 1999. a 50% da facturação geral da empresa.
Depositado em 19 de Janeiro de 1999, a fl. 169 do
livro n.o 8, com o n.o 10/99, nos termos do artigo 24.o 5 — Todavia, aos trabalhadores que prestem serviço
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual. nas secções de comércio automóvel das empresas refe-
ridas no número anterior aplicar-se-á o presente CCTV.

CAPÍTULO VIII
CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Auto- Retribuição
móvel de Portugal e outros e a FEPCES — Feder.
Portuguesa dos Sind. do Comércio, Escritórios Cláusula 86.a
e Serviços — Alteração salarial e outras.
Condições especiais de retribuição

CAPÍTULO I 1 — Os caixas e os cobradores têm direito a um abono


mensal para falhas no valor de 4500$ enquanto no
Área, âmbito e vigência desempenho dessas funções.
Cláusula 1.a 2—..........................................
Área
3 — Os trabalhadores que procedam aos pagamentos
O presente contrato colectivo de trabalho aplica-se referidos no número anterior, terão direito a uma gra-
em todo o território português. tificação mensal calculada da seguinte forma sobre o
montante global manuseado:
Cláusula 2.a Até 1 000 000$ — 3100$
Âmbito Mais de 1 000 000$ — 4500$.
1 — O presente contrato colectivo de trabalho é ver- 4—..........................................
tical e obriga as empresas representadas pelas seguintes
associações patronais:
5—..........................................
ACAP — Associação do Comércio Automóvel de
Portugal; 6—..........................................

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 268


CAPÍTULO IX Cláusula 100.a
Despesas com deslocações Regime especial de deslocações

1—..........................................
Cláusula 95.a
2—..........................................
Direitos dos trabalhadores nas pequenas deslocações

1 — Os trabalhadores, além da sua retribuição nor- 3 — No exercício das suas funções, dentro do seu local
mal, terão direito, nas pequenas deslocações: habitual de trabalho, estes trabalhadores terão direito
ao seguinte:
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) Ao pagamento de uma verba diária de 280$ para b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
cobertura de despesas correntes, desde que o c) Ao pagamento das despesas de alimentação e
tempo de deslocação seja superior a metade do alojamento nos termos seguintes:
período normal de trabalho; Pequeno-almoço — 280$;
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Almoço/jantar — 1500$;
Alojamento — 3700$;
2—..........................................
ou, havendo acordo entre as partes, ao paga-
3 — O quantitativo a prestar pelas refeições será o mento destas despesas contra a apresentação
seguinte: de documentos comprovativos.
Pequeno-almoço — 280$;
Almoço/jantar — 1390$; 4—..........................................

5—..........................................
ou, havendo acordo entre as partes, o pagamento das
despesas contra a apresentação de documentos.
6—..........................................

Cláusula 97.a Cláusula 104.a


Grandes deslocações no continente Seguro do pessoal deslocado

1 — Nas grandes deslocações no continente os tra- 1—..........................................


balhadores terão direito a:
2—..........................................
a) Ao pagamento de uma verba diária fixa de 570$
para cobertura de despesas correntes; 3 — Nas grandes deslocações as empresas deverão
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . segurar os trabalhadores, durante o período de deslo-
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cação, contra riscos de acidentes de trabalho, nos termos
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . da lei, e deverão ainda efectuar um seguro de acidentes
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . pessoais, cobrindo os riscos de morte e invalidez per-
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . manente, de valor nunca inferior a 1550 contos.
2—.......................................... 4 — Os familiares que, mediante acordo com a enti-
dade patronal, acompanhem o trabalhador, serão cober-
3—.......................................... tos individualmente por um seguro de riscos de viagem
no valor de 1050 contos.
Cláusula 98.a 5— .........................................
Grandes deslocações ao estrangeiro, Regiões Autónomas e Macau

Nas grandes deslocações ao estrangeiro, Regiões CAPÍTULO X


Autónomas e Macau, além da retribuição normal, os
trabalhadores terão direito: Prestações complementares

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SECÇÃO II
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Subsídio complementar das indemnizações por acidente
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de trabalho
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cláusula 109.a
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Subsídio complementar das indemnizações por acidente de trabalho
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
h) A verba diária de 1500$ para cobertura de des- 1—..........................................
pesas correntes, além do pagamento das des-
pesas de alojamento e alimentação, a contar da I) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
data da partida até à data da chegada; a) ........................................
i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) ........................................
j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) ........................................

269 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


II) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) Dois períodos de uma hora por dia, às traba-
lhadoras que aleitem filhos até 10 meses após
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . parto, sem diminuição de retribuição nem redu-
b) Em caso de assalto à mão armada, ou roubo, ção do período de férias; os dois períodos de
a abastecedores de combustíveis durante as uma hora podem ser acumulados mediante
horas de serviço de que resulte para estes pro- acordo das partes.
fissionais incapacidade total ou parcial perma-
nente para o trabalho, as entidades patronais 2 — As trabalhadoras deverão dar conhecimento à
pagar-lhes-ão ainda a diferença entre a retri- empresa dos factos que determinem a aplicação do dis-
buição auferida à data do acidente e a impor- posto nas alíneas a), b) e c) do número anterior com
tância recebida do seguro obrigatório por lei a brevidade possível, após deles terem tido conhe-
no montante limitado a um capital de 520 000$, cimento.
quando a incapacidade for total, ou, quando o
não for, a uma percentagem deste capital idên- 3 — É vedado às mulheres o trabalho com produtos
tica à percentagem de incapacidade atribuída tóxicos, ácidos ou líquidos corrosivos e gases nocivos,
por tribunal de trabalho; salvo se esse trabalho estiver especificamente compreen-
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dido no exercício da sua profissão a todos os trabalhos
que, por diploma legal, sejam considerados como impli-
cando riscos efectivos ou potenciais para a função gené-
tica, bem como o transporte de pesos superiores a 15 kg
CAPÍTULO XI
com carácter de regularidade, e a 20 kg em casos
excepcionais.
Do trabalho das mulheres
4 — Em tudo o mais rege o disposto na legislação
Cláusula 111.a aplicável.
Direitos especiais das mulheres ANEXO I
Tabelas salariais
1 — São, em especial, assegurados às mulheres os
seguintes direitos:
Níveis Tabela I Tabela II

a) Não desempenhar durante a gravidez e até três


meses após o parto tarefas clinicamente desa- 1 ........................... 173 250$00 192 750$00
conselhadas para o seu estado, sem diminuição 2 ........................... 154 150$00 173 250$00
da retribuição; 3 ........................... 134 850$00 151 600$00
4 ........................... 122 300$00 134 900$00
b) Faltar durante 98 dias por período da mater- 5 ........................... 109 600$00 122 300$00
nidade, os quais não poderão ser descontados 6 ........................... 100 450$00 109 650$00
para quaisquer efeitos, designadamente férias, 7 ........................... 92 600$00 100 850$00
antiguidade ou aposentação. 8 ........................... 84 450$00 93 750$00
9 ........................... 78 900$00 86 100$00
Entre o dia 1 de Janeiro e 31 de Dezembro 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 150$00 81 150$00
de 1999, a licença de maternidade será de 110 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 050$00 77 900$00
dias. A partir de 1 de Janeiro do ano 2000 vigo- 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 600$00 74 050$00
13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 550$00 70 050$00
rarão 120 dias consecutivos;

GRUPO I

Categorias profissionais com aprendizagem e prática e com oficiais de 1.a nos graus 8 e 9

Tabela salarial de aprendizes das categorias profissionais dos graus 8 e 9

1.o ano 2.o ano 3.o ano


Idade de admissão
Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II

15 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00


16 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 -$- -$-
17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 -$- -$- -$- -$-

Tabela salarial dos praticantes das categorias profissionais dos graus 8 e 9

Tabela I Tabela II

Praticante iniciado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00


Praticante do 1.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00
Praticante do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 270


GRUPO II

Categorias profissionais sem aprendizagem mas com prática

Praticantes das categorias profissionais sem aprendizagem

1.o ano 2.o ano 3.o ano


Idade de admissão
Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II

15 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00


16 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 -$- -$-
17 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 -$- -$- -$- -$-

GRUPO III

Categorias profissionais com prática e início aos 18 anos

Idade Tabela I Tabela II

Praticante de 18 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00


Praticante de 19 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00

GRUPO IV

Categorias profissionais de escalão único com prática e início aos 18 anos

Idade Tabela I Tabela II

Praticante do 1.o ano com 18 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00


Praticante do 1.o ano com 19 anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 150$00 54 600$00
Praticante do 2.o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00

Paquetes (escritório) e praticantes (comércio e armazém)

1.o ano 2.o ano 3.o ano

Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II Tabela I Tabela II

Paquetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00


Praticantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 100$00 47 100$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00 58 900$00

Critério diferenciador de tabelas IV

I Empresas polivalentes são aquelas que, além das acti-


vidades estritamente comerciais ligadas ao comércio
Empresas estritamente comerciais são aquelas que automóvel, exercem outras actividades comerciais e ou
se dedicam em separado ou conjuntamente à impor- industriais de prestação de serviços.
tação, comércio por grosso e ou retalho de veículos,
máquinas agrícolas e industriais, pneus, peças e aces-
sórios, motociclos, reboques e outros bens ligados à acti- V
vidade automóvel.
II
Às empresas referidas no n.o 1 aplicam-se as tabelas I
Empresas estritamente de reparação são aquelas que e II, consoante o valor da facturação anual global seja,
se dedicam exclusivamente à reparação de veículos respectivamente, inferior ou superior a 187 000 000$.
automóveis. Às empresas referidas nos n.os II, III e IV aplicar-se-ão
III as tabelas I ou II, consoante o valor da facturação anual
global seja, respectivamente, inferior ou superior a
Empresas estritamente de montagem de automóveis 261 000 000$, deduzidos os impostos e taxas sobre as
são aquelas que se dedicam exclusivamente à montagem quais não indicam margens de lucro e ainda as vendas
de automóveis. de combustíveis.

271 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Às empresas em que, por virtude da aplicação de Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e
instrumentação anterior, já seja aplicada a tabela II da Serviços do Distrito de Santarém;
referida instrumentação aplicar-se-á a tabela II do pre- Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,
sente CCT, não podendo, a partir da data da entrada Escritórios e Serviços do Sul;
em vigor do mesmo, passar a aplicar-se a tabela I. Sindicato dos Trabalhadores de Escritório,
Comércio e Serviços do Distrito de Viseu;
VI
Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Ser-
As tabelas salariais e o critério diferenciador de tabe- viços do Distrito de Braga, ora denominado Sin-
las constantes do anexo I produzem efeitos a partir de dicato dos Trabalhadores do Comércio, Escri-
1 de Agosto de 1998. tórios e Serviços do Minho;
ANEXO II
CESNORTE — Sindicato dos Trabalhadores do
Comércio, Escritórios e Serviços do Norte;
Enquadramento das categorias profissionais Sindicato dos Trabalhadores Aduaneiros em Des-
em níveis ou graus de remuneração pachantes e Empresas;
Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Por-
Nível 7 taria, Vigilância, Limpeza, Domésticas, Profis-
. ............................................... sões Similares e Actividades Diversas;
Técnico estagiário. Sindicato dos Empregados de Escritório, Caixeiros
. ............................................... e Serviços da Horta;
SITAM — Sindicato dos Trabalhadores de Escri-
tório, Comércio e Serviços da Região Autónoma
ANEXO III da Madeira;
Sindicato dos Trabalhadores de Escritório e
Definição de funções Comércio de Angra do Heroísmo;
Técnico estagiário. — É o trabalhador que se prepara SINDESCOM — Sindicato dos Profissionais de
para ingressar na categoria de técnico. Escritório, Comércio, Indústria, Turismo, Ser-
viços e Correlativos das Ilhas de São Miguel e
Lisboa, 26 de Novembro de 1998. Santa Maria.
Pela ACAP — Associação do Comércio Automóvel de Portugal:
Pela Comissão Executiva da Direcção Nacional, (Assi-
Alexandre Afonso.
natura ilegível.)
Pela AIMA — Associação dos Industriais de Montagem de Automóveis:
Alexandre Afonso.
Entrado em 8 de Janeiro de 1999.
Depositado em 19 de Janeiro de 1999, a fl. 169 do
Pela ANECRA — Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação
Automóvel:
livro n.o 8, com o n.o 8/99, nos termos do artigo 24.o
(Assinatura ilegível.)
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual.
Pela ARAN — Associação Nacional do Ramo Automóvel:
(Assinatura ilegível.)

Pela FEPCES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e


Serviços:
AE entre a Stagecoach-Portugal — Transportes
(Assinaturas ilegíveis.)
Rodoviários, L.da, e a FESTRU — Feder. dos
Sind. de Transportes Rodoviários e Urbanos —
Declaração Alteração salarial e outras.
Para todos os efeitos se declara que a FEP-
CAPÍTULO I
CES — Federação Portuguesa dos Sindicatos do
Comércio, Escritórios e Serviços representa os seguintes Âmbito, vigência e revisão
sindicatos:
Cláusula 1.a
CESP — Sindicato dos Trabalhadores do Comér-
cio, Escritórios e Serviços de Portugal, que se Área e âmbito
constitui como sucessor dos seguintes sindicatos
A presente convenção colectiva de trabalho, adiante
agora extintos (publicação inserta no Boletim do designada por AE ou acordo de empresa, aplica-se em
Trabalho e Emprego, 1.a série, n.o 14, de 30 de Portugal e abrange, por um lado, a Stagecoach Por-
Julho de 1998): tugal — Transportes Rodoviários, L.da, e, por outro,
Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e todos os trabalhadores ao seu serviço com as categorias
Escritórios do Distrito de Castelo Branco; profissionais previstas neste AE ou acordo de empresa,
Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, representados pelas associações sindicais outorgantes.
Escritórios e Serviços do Distrito de Coim-
bra; Cláusula 2.a
Sindicato dos Profissionais de Escritório e
Vigência
Comércio do Distrito da Guarda;
Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e .............................................
Escritórios do Distrito de Leiria;
Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, 4 — A tabela salarial e as cláusulas de expressão pecu-
Escritórios e Serviços do Distrito de Lisboa; niária produzem efeitos a partir de Janeiro de cada ano.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 272


Cláusula 8.a Cláusula 42.a
Mapas de pessoal e quotização Diuturnidades

............................................. 1 — 2490$.

6 — Os mapas obtidos por meios mecanográficos ou 2 — (Eliminar.)


informáticos poderão não respeitar os modelos referidos Cláusula 43.a
no número anterior, mas conterão os elementos neles Abono para falhas
registados.
1 — 2980$.
Cláusula 23.a
Trabalho suplementar
2—..........................................

1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele 3 — Os trabalhadores não classificados numa das
que é prestado fora do horário normal de trabalho. categorias referidas nos n.os 1 e 2, quando exerçam fun-
ções de venda de passes ou de bilhetes pré-comprados,
............................................. terão direito a um abono para falhas no montante de
270$ por dia ou fracção em que prestem serviço, até
ao limite de 2980$.
4 — No caso previsto no número anterior a prestação
de trabalho suplementar não ultrapassará, em regra, as Cláusula 45.a
duas horas diárias e, no total, as duzentas horas anuais, Retribuição do trabalho por turnos
salvo em caso de força maior ou quando for indispen-
sável para prevenir ou reparar prejuízos graves para 1 — a) 7120$.
a empresa ou para a sua viabilidade. b) 10 320$.
c) 14 260$.
Cláusula 52.a
a
Cláusula 27. Subsídio de refeição
Direito a férias
1 — 1085$.
1—..........................................
.............................................
2 — Os trabalhadores que sejam admitidos no
1.o semestre têm direito, no próprio ano de admissão Cláusula 54.a
e após a prestação de um período de 120 dias de tra- Alojamento e deslocações no continente
balho, a um período de férias correspondente a 2 dias
úteis por cada mês completo de serviço contados até 1—..........................................
31 de Dezembro desse ano.
2 — Os trabalhadores têm direito a tomar uma refei-
3 — Os trabalhadores admitidos por contrato cuja ção ao fim de um mínimo de três horas e um máximo
duração inicial ou renovada não atinja um ano têm de cinco horas após o início do serviço.
direito a um período de férias correspondente a dois
dias úteis por cada mês completo de serviço, o qual 3—..........................................
será gozado durante o contrato ou no final do período
inicial ou renovado, consoante seja acordado. 4—..........................................

5 — A segunda refeição, com a duração de uma hora,


Cláusula 30.a não poderá ocorrer antes da terceira hora após o termo
do intervalo da 1.a refeição, nem após o fim da décima
Férias em caso de impedimento prolongado segunda hora, após o início do serviço, incluindo o
período da primeira refeição.
1—..........................................
6 — 1240$.
2 — No ano da cessação do impedimento prolongado
e após a prestação de três meses de serviço o trabalhador 7 — O trabalhador que, encontrando-se dentro dos
terá direito ao período de férias e respectivo subsídio limites referidos no n.o 1, não tenha período de refeição
que teria vencido em 1 de Janeiro desse ano. ou, tendo-o, não for respeitado o disposto no n.o 5,
terá direito, por cada refeição:
Cláusula 35.a a) Ao valor de 1090$, se se tratar de intervalo para
refeição a que alude o n.o 2; ou
Impedimento prolongado b) Ao valor de 1070$, se se tratar de intervalo para
refeição a que alude o segundo parágrafo do
............................................. n.o 4.
3 — Terminado o impedimento, o trabalhador deve, 8 — a) 700$.
no prazo de cinco dias, comunicar à empresa que pre- c) 1240$.
tende retomar o lugar e apresentar-se nos cinco dias d) 240$.
subsequentes a contar da data da comunicação, sob pena
de perder o direito ao lugar. 9 — 1240$.

273 Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999


Cláusula 55.a Declaração

Deslocações no estrangeiro — Alojamento e refeições A FESTRU — Federação dos Sindicatos de Trans-


portes Rodoviários e Urbanos/CGTP-IN representa os
1—.......................................... seguintes sindicatos:

2 — a) 1250$; Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-


viários de Aveiro;
Sindicato dos Transportes Rodoviários do Distrito
............................................. de Braga;
Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-
3 — a) 13 830$; viários e Urbanos do Centro;
b) 11 710$. Sindicato dos Transportes Rodoviários do Distrito
de Faro;
Cláusula 62.a Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-
viários da Região Autónoma da Madeira;
Consequências da aplicação de sanção abusiva
Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-
a) Se a sanção consistir no despedimento, tratando-se viários e Urbanos do Norte;
de dirigentes ou delegados sindicais, membros da comis- Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-
são ou subcomissão de trabalhadores que integrem viários do Sul;
piquetes de greve, a indemnização nunca será inferior Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Colec-
ao dobro do estabelecido por lei para os trabalhadores tivos do Distrito de Lisboa — TUL;
que não revistam essa qualidade. Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-
viários e Urbanos de Viana do Castelo;
Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodo-
Cláusula 84.a viários do Distrito de Vila Real;
Sindicato dos Transportes Rodoviários e Urbanos
Complemento de reforma por invalidez ou velhice de Viseu e Guarda;
Sindicato dos Profissionais de Transportes,
............................................. Turismo e Outros Serviços de Angra do
Heroísmo.
3 — Respeitando-se os limites mínimos e máximos
atrás referidos, o complemento a receber pelo traba- Pela Direcção Nacional, Vítor Pereira.
lhador será igual ao produto do número de anos de
antiguidade na empresa por 1,5 % da sua remuneração Entrado em 14 de Janeiro de 1999.
à data do deferimento da reforma.
Depositado em 19 de Janeiro de 1999, a fl. 168 do
livro n.o 8, com o n.o 7/99, nos termos do artigo 24.o
ANEXO II
do Decreto-Lei n.o 519-C1/79, na sua redacção actual.
Tabela salarial

Grupos Valores

I............................................. 109 750$00


II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 550$00 CCT entre a Assoc. Portuguesa de Barbearias,
III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98 500$00 Cabeleireiros e Institutos de Beleza e o SIND-
IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94 820$00
V ............................................ 90 340$00 PAB — Sind dos Profissionais do Penteado, Arte
VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 650$00 e Beleza — Integração em níveis de qualificação.
VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 700$00
VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 650$00
IX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 420$00 Nos termos do despacho do Secretário de Estado
X ............................................ 66 240$00 Adjunto do Ministro do Emprego e da Segurança Social
XI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 200$00
XII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 400$00 de 5 de Março de 1990, publicado no Boletim do Trabalho
XIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 870$00 e Emprego, 1.a série, n.o 11, de 22 de Março de 1990,
XIV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 140$00 procede-se à integração em níveis de qualificação da
profissão que a seguir se indica, abrangida pela con-
Lisboa, 11 de Janeiro de 1999. venção colectiva de trabalho mencionada em título,
publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série,
Pela FESTRU — Federação dos Sindicatos de Transportes Rodoviários e Urba-
nos/CGTP-IN:
n.o 16, de 29 de Abril de 1996:
(Assinaturas ilegíveis.)
6 — Profissionais semiqualificados (especializados):
6.1 — Administrativos, comércio e outros:
Pela Stagecoach Portugal — Transportes Rodoviários, L.da:
(Assinatura ilegível.) Auxiliar de recepção.

Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 4, 29/1/1999 274

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