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BOL. TRAB. EMP. 1.A SÉRIE LISBOA VOL. 66 N.o 4 P. 173-274 29-JANEIRO-1999
ÍNDICE
Regulamentação do trabalho:
Pág.
Despachos/portarias:
Portarias de extensão:
— Aviso para PE das alterações dos CCT entre a Assoc. dos Agricultores do Concelho de Vila Real e o Sind. dos Trabalhadores
e Técnicos da Agricultura, Florestas e Pecuária e entre a mesma associação patronal e o SETAA — Sind. da Agricultura,
Alimentação e Florestas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175
— Aviso para PE das alterações do CCT entre a Assoc. Portuguesa de Empresários de Espectáculos e outras e o Sind.
dos Músicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
— CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Automóvel de Portugal e outras e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Tra-
balhadores de Serviços e outro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
— CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Automóvel de Portugal e outras e o SITESC — Sind. dos Trabalhadores
de Escritório, Serviços e Comércio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222
— CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Automóvel de Portugal e outros e a FEPCES — Feder. Portuguesa dos
Sind. do Comércio, Escritórios e Serviços — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268
— AE entre a Stagecoach-Portugal — Transportes Rodoviários, L.da, e a FESTRU — Feder. dos Sind. de Transportes Rodo-
viários e Urbanos — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272
— CCT entre a Assoc. Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza e o SINDPAB — Sind dos Profissionais
do Penteado, Arte e Beleza — Integração em níveis de qualificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274
SIGLAS ABREVIATURAS
CCT — Contrato colectivo de trabalho. Feder. — Federação.
ACT — Acordo colectivo de trabalho. Assoc. — Associação.
PRT — Portaria de regulamentação de trabalho. Sind. — Sindicato.
PE — Portaria de extensão. Ind. — Indústria.
CT — Comissão técnica. Dist. — Distrito.
DA — Decisão arbitral.
AE — Acordo de empresa.
Composição e impressão: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, E. P. — Depósito legal n.o 8820/85 — Tiragem: 3500 ex.
DESPACHOS/PORTARIAS
PORTARIAS DE EXTENSÃO
Aviso para PE das alterações dos CCT entre a serviços competentes deste Ministério a eventual emis-
Assoc. dos Agricultores do Concelho de Vila são de uma portaria de extensão das alterações do CCT
Real e o Sind. dos Trabalhadores e Técnicos da celebrado entre a Associação dos Agricultores do Con-
Agricultura, Florestas e Pecuária e entre a
mesma associação patronal e o SETAA — Sind. celho de Vila Real e o Sindicato Nacional dos Tra-
da Agricultura, Alimentação e Florestas. balhadores e Técnicos da Agricultura, Florestas e Pecuá-
ria, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego,
Nos termos do n.o 5 e para efeitos do n.o 6 do 1.a série, n.o 25, de 8 de Julho de 1995, bem como das
artigo 29.o do Decreto-Lei n.o 519-C/79, de 29 de Dezem- alterações dos CCT celebrados entre as mesmas asso-
bro, torna-se público que se encontra em estudo nos ciações patronal e sindical, publicadas no Boletim do
CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Auto- ANECRA — Associação Nacional das Empresas
móvel de Portugal e outras e a FETESE — Feder. do Comércio e da Reparação Automóvel;
dos Sind. dos Trabalhadores de Serviços e ARAN — Associação Nacional do Ramo Auto-
outro. móvel.
O presente contrato colectivo de trabalho aplica-se 3 — São também abrangidos por este contrato colec-
em todo o território português. tivo os trabalhadores, independentemente da categoria
profissional atribuída, representados pelos sindicatos
signatários.
Cláusula 2.a
Âmbito 4 — Excluem-se do âmbito do presente contrato as
empresas representadas pelas associações outorgantes
1 — O presente contrato colectivo de trabalho é ver- (ARAN e AIM) que exerçam exclusivamente as acti-
tical e obriga as empresas representadas pelas seguintes
vidades de garagens, estações de serviços, postos de
associações patronais:
abastecimento de combustíveis, parques de estaciona-
ACAP — Associação do Comércio Automóvel de mento e postos de assistência a pneumáticos e ainda
Portugal; as que nas actividades acima mencionadas empreguem
AIMA — Associação dos Industriais de Montagem de 6 a 12 trabalhadores e possuam, além daquelas acti-
de Automóveis; vidades, apenas uma secção comercial a que esteja ads-
5 — Todavia, aos trabalhadores que prestem serviço 1 — Os trabalhadores abrangidos pelo presente
nas secções de comércio automóvel das empresas refe- CCTV serão obrigatoriamente classificados pelas enti-
ridas no número anterior aplicar-se-á o presente CCTV. dades patronais de acordo com as funções efectivamente
desempenhadas.
Cláusula 31.a
SUBSECÇÃO II
Condições de admissão
Trabalhadores da construção civil
1 — Só podem ser admitidos trabalhadores maiores
Cláusula 26.a de 18 anos.
Idade de admissão
2 — Têm preferência de admissão:
A idade mínima de admissão dos trabalhadores da a) Os diplomados pelas escolas profissionais da
construção civil é de 18 anos. indústria hoteleira oficialmente reconhecidas e
já titulares da respectiva carteira profissional;
Cláusula 27.a b) Os trabalhadores titulares da carteira profissio-
nal que tenham sido aprovados em curso de
Habilitações mínimas aperfeiçoamento das escolas hoteleiras oficial-
As habilitações mínimas dos trabalhadores da cons- mente reconhecidas.
trução civil são a escolaridade obrigatória.
Cláusula 32.a
SUBSECÇÃO III Título profissional
4 — Os delegados, sempre que pretendam exercer o Entende-se por horário de trabalho a determinação
direito previsto nesta cláusula, deverão comunicá-lo à das horas do início e do termo do período de trabalho
entidade patronal ou aos seus responsáveis directos com diário normal, bem como os intervalos de descanso
a antecedência, sempre que possível, de quatro horas. diários.
4 — O período normal de trabalho diário será inter- 2 — Em caso de prestação de trabalho suplementar
rompido por um intervalo para refeição ou descanso por período não inferior a duas horas, haverá uma inter-
não inferior a uma hora nem superior a duas horas, rupção de quinze minutos entre o termo do período
fora do local de trabalho, não podendo os trabalhadores normal e o início do período suplementar, cujo paga-
prestar mais de cinco horas seguidas de trabalho. mento será sempre da responsabilidade da entidade
patronal.
5 — Consideram-se não abrangidos pelos limites de Cláusula 57.a
horários previstos nesta cláusula os vendedores, quando Limite máximo de horas de trabalho suplementar
actuando fora do estabelecimento patronal, salvo nos
casos em que sejam incumbidos de tarefas específicas Em caso de necessidade de prestação de trabalho
para além desses limites. suplementar para além de duzentas horas por ano, este
6 — Se o mapa de férias não for fixado até 15 de 1 — São consideradas faltas justificadas:
Maio, o trabalhador gozará as férias no período que
tiver indicado nos termos do n.o 2, a não ser que tenha a) As dadas por motivo de acidente ou doença
indicado as suas férias para Maio, caso em que o prazo de qualquer natureza;
termina em 30 de Abril. b) As dadas durante cinco dias consecutivos por
falecimento do cônjuge não separado de pessoas
7 — Aos trabalhadores que, pertencendo ao mesmo e bens ou pessoa com quem o trabalhador viva
agregado familiar, se encontram ao serviço da mesma maritalmente, parente ou afim no 1.o grau da
entidade patronal será concedida obrigatoriamente a linha recta (pais e filhos, por parentesco ou
faculdade de gozar férias simultaneamente. adopção plena, padrastos, enteados, sogros, gen-
ros e noras);
8 — As férias podem ser marcadas para serem goza- c) As dadas durante dois dias consecutivos por
das interpoladamente, mediante acordo entre o traba- falecimento de outros parentes ou afins da linha
lhador e a entidade empregadora e desde que salva- recta ou do 2.o grau colateral (avós e bisavós
guardando, no mínimo um período de 10 dias úteis por parentesco ou afinidade, netos e bisnetos
consecutivos. por parentesco, afinidade ou adopção plena,
irmãos consanguíneos ou por adopção plena e
Cláusula 68.a cunhados) ou de pessoas que vivam em comu-
Alteração ou interrupção do período de férias nhão de vida e habitação com os trabalhadores;
d) As dadas para acompanhamento de funerais de
1 — Se depois de fixada a época de férias, a entidade pessoas previstas nas alíneas b) e c), quando
patronal, por motivos de interesse da empresa, a alterar o funeral não tiver lugar nos dias de falta resul-
ou fazer interromper as férias já iniciadas indemnizará tantes daquelas alíneas;
o trabalhador dos prejuízos que comprovadamente este e) As dadas durante 11 dias consecutivos, excluindo
haja sofrido na pressuposição de que gozaria férias na os dias de descanso intercorrentes por ocasião
época fixada; em caso de interrupção de férias, a enti- do casamento do trabalhador;
dade patronal pagará ainda ao trabalhador os dias de f) As dadas durante 2 dias úteis, seguidos ou inter-
trabalho prestado com o acréscimo de 100 %. polados dentro dos 20 dias subsequentes ao nas-
cimento dos filhos;
2 — A interrupção das férias não poderá prejudicar g) As dadas pelo tempo indispensável para pres-
o gozo seguido de metade do respectivo período. tação de assistência inadiável a membros do
agregado familiar do trabalhador, consideran-
Cláusula 69.a do-se como tal o cônjuge, parentes e afins e
bem assim quaisquer outras pessoas que com
Violação do direito a férias ele vivam em comunhão de mesa e habitação;
1 — A entidade patronal que, intencionalmente, não h) As dadas pelo tempo indispensável ao desem-
cumprir total ou parcialmente a obrigação de conceder penho de funções em associações sindicais ou
férias pagará ao trabalhador, a título de indemnização, em quaisquer outros organismos legalmente
o quádruplo da retribuição e o subsídio correspondente reconhecidos que promovam a defesa dos inte-
ao tempo de férias que este deixou de gozar. resses materiais ou culturais dos trabalhadores;
i) As que resultem de motivo de força maior, em
2 — O disposto nesta cláusula não prejudica a apli- consequência de cataclismo, inundação, tempes-
cação das sanções em que a entidade patronal incorra tade ou situação extraordinária semelhante,
por violação das normas reguladoras das relações de impeditiva de apresentação do trabalhador ao
trabalho. serviço;
j) As que resultem de imposição, devidamente
SECÇÃO II comprovada, de autoridade judicial, militar ou
policial;
Faltas l) As dadas por motivo de detenção ou prisão pre-
ventiva do trabalhador, enquanto não se veri-
Cláusula 70.a ficar a prisão efectiva resultante de decisão
Definição de falta
condenatória;
m) As dadas pelo tempo necessário para exercer
1 — Falta é a ausência durante o tempo correspon- as funções de bombeiro, se como tal o traba-
dente a um dia normal de trabalho. lhador estiver inscrito;
n) As dadas nos dias em que o trabalhador doar
2 — As ausências durante períodos inferiores a um sangue;
dia serão consideradas somando os tempos respectivos o) As que forem prévia ou posteriormente auto-
e reduzido o total a dias. rizadas pela entidade patronal.
1 — Considera-se justa causa o comportamento cul- 4 — O trabalhador dispõe de cinco dias úteis para
poso do trabalhador que, pela sua gravidade e conse- consultar o processo e responder à nota de culpa, dedu-
quências, torne imediata e praticamente impossível a zindo por escrito os elementos que considera relevantes
subsistência da relação de trabalho. para o esclarecimento dos factos e da sua participação
nos mesmos, podendo juntar documentos e solicitar as
2 — Constituirão, nomeadamente, justa causa de des- diligências probatórias que se mostrem pertinentes para
pedimento os seguintes comportamentos do trabalha- o esclarecimento da verdade.
dor:
a) Desobediência ilegítima às ordens dadas por 5 — A entidade empregadora, directamente ou atra-
responsáveis hierarquicamente superiores; vés de instrutor que tenha nomeado, procederá obri-
b) Violação de direitos e garantias dos trabalha- gatoriamente às diligências probatórias requeridas na
dores da empresa; resposta à nota de culpa, a menos que as considere
c) Provocação repetida de conflitos com outros tra- patentemente dilatórias ou impertinentes, devendo,
balhadores da empresa; nesse caso, alegá-lo fundamentadamente por escrito.
d) Desinteresse repetido pelo cumprimento, com
a diligência devida, das obrigações inerentes ao 6 — A entidade empregadora não é obrigada a pro-
exercício do cargo ou posto de trabalho que ceder à audição de mais de 3 testemunhas por cada
lhe esteja confiado; facto descrito na nota de culpa, nem mais de 10 no
e) Lesão de interesses patrimoniais sérios da total, cabendo ao arguido assegurar a respectiva com-
empresa; parência para o efeito.
8 — Decorrido o prazo referido no número anterior, 3 — O processo só pode ser declarado nulo se:
a entidade empregadora dispõe de 30 dias para proferir
a decisão, que deve ser fundamentada e constar de docu- a) Faltar a comunicação referida no n.o 1 da
mento escrito. cláusula 80.a;
b) Não tiverem sido respeitados os direitos que
9 — Na decisão devem ser ponderadas as circunstân- ao trabalhador são reconhecidos nos n.os 4 e
cias do caso, a adequação do despedimento à culpa- 5 da cláusula 80.a e no n.o 2 do artigo 15.o do
bilidade do trabalhador, bem como os pareceres que Decreto-Lei n.o 64-A/89;
tenham sido juntos nos termos do n.o 7, não podendo c) A decisão de despedimento e os seus funda-
ser invocados factos não constantes da nota de culpa, mentos não constarem de documento escrito,
nem referidos na defesa do trabalhador, salvo se ate- nos termos dos n.os 8 a 10 da cláusula 80.a ou
nuarem ou dirimirem a responsabilidade. do n.o 3 do artigo 15.o do Decreto-Lei
n.o 64-A/89.
10 — A decisão, fundamentada, deve ser comunicada,
por cópia ou transcrição, ao trabalhador e à comissão 4 — Na acção de impugnação judicial do despedi-
de trabalhadores, bem como, no caso do n.o 3 à asso- mento, a entidade empregadora apenas pode invocar
ciação sindical. factos constantes da decisão referida nos n.os 8 a 10
da cláusula 80.a, competindo-lhe a prova dos mesmos.
11 — A comunicação da nota de culpa ao trabalhador
suspende o decurso do prazo estabelecido no n.o 1 do 5 — Para apreciação da justa causa deve o tribunal
artigo 31.o do Regime Jurídico do Contrato Individual atender, no quadro da gestão da empresa, ao grau de
de Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 49 408, de lesão das relações entre as partes ou entre o trabalhador
24 de Novembro de 1969. e os seus companheiros e às demais circunstâncias que
no caso se mostrem relevantes.
12 — Igual suspensão decorre da instauração de pro-
cesso prévio de inquérito, desde que, mostrando-se este 6 — As acções de impugnação do despedimento de
necessário para fundamentar a nota de culpa, seja anun- representantes sindicais ou de membros de comissão
ciado e conduzido de forma diligente, não mediando de trabalhadores têm natureza urgente.
mais de 30 dias entre a suspeita de existência de com-
portamentos irregulares e o início do inquérito, nem
CAPÍTULO VIII
entre a sua conclusão e a notificação da nota de culpa.
Retribuição
13 — Nas empresas com um número de trabalhadores
não superior a 20, no processo de despedimento são Cláusula 82.a
dispensadas as formalidades previstas nos n.os 2 a 5 e
Remuneração mínima do trabalho
7 a 10 desta cláusula.
As remunerações mínimas mensais devidas aos tra-
14 — É garantida a audição do trabalhador, que a balhadores abrangidos por este contrato são as cons-
poderá substituir, no prazo de cinco dias úteis contados tantes do anexo I da parte I.
da notificação da nota de culpa, por alegação escrita
dos elementos que considere relevantes para o escla-
recimento dos factos e da sua participação dos mesmos, Cláusula 83.a
podendo requerer a audição de testemunhas. Forma de pagamento
15 — A decisão do despedimento deve ser fundamen- 1 — A retribuição será paga por períodos certos e
tada, com discriminação dos factos imputados ao tra- iguais correspondentes ao mês.
balhador, sendo-lhe comunicada por escrito. A forma para cálculo da remuneração/hora é a
seguinte:
16 — No caso de o trabalhador arguido ser membro RM×12
RH =
de comissão de trabalhadores ou representante sindical, 52×HS
o processo disciplinar segue os termos da cláusula 81.a sendo:
RM — retribuição mensal;
Cláusula 81.a HS — horário semanal.
A ilicitude do despedimento
Cláusula 84.a
1 — O despedimento é ilícito:
Desconto das horas de faltas
a) Se não tiver sido precedido do processo res-
pectivo ou este for nulo; 1 — As horas de falta não remuneradas serão des-
b) Se se fundar em motivos políticos, ideológicos contadas na remuneração mensal na base da remune-
ou religiosos, ainda que com invocação de ração/hora, excepto se as horas de falta no decurso do
motivo diverso; mês forem em número superior à media mensal das
Hs×52
12 Primeira hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,50×RH 1,75×RH
Segunda hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,75×RH 2,00×RH
Horas restantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,00×RH 2,25×RH
sendo Hs o número de horas correspondente ao período
normal de trabalho semanal.
2 — As horas feitas no mesmo dia não precisam de
a ser prestadas consecutivamente para serem retribuídas
Cláusula 85.
de acordo com o esquema fixado no número anterior.
Situações especiais
3 — Sempre que o trabalho se prolongue para além
1 — Sempre que um trabalhador aufira uma retri-
das 20 horas e o trabalhador execute mais de duas horas
buição mista, isto é, constituída por uma parte certa
suplementares para além do horário normal, a empresa
e uma parte variável, ser-lhe-á sempre assegurada, inde-
obriga-se ao fornecimento gratuito da refeição, ou, no
pendentemente desta, a remuneração certa prevista
caso de não possuir refeitório próprio, ao pagamento
neste contrato.
da mesma até ao limite previsto na cláusula 94.a
2 — A retribuição mista referida no número anterior
4 — Sempre que, verificado o circunstancialismo do
deverá ser considerada para todos os efeitos previstos
número anterior, o trabalhador não possa utilizar os
neste contrato.
transportes habituais, a empresa assegurará os meios
Cláusula 86.a de transporte a utilizar pelo trabalhador, ou o respectivo
pagamento.
Condições especiais de retribuição
1 — Os caixas e os cobradores têm direito a um abono 5 — O trabalho suplementar prestado em dias feria-
mensal para falhas no valor de 4500$ enquanto no dos ou de descanso semanal, para além do período cor-
desempenho dessas funções. respondente ao trabalho normal em dia útil, dá ao tra-
balhador direito a 100 % sobre a retribuição especial
2 — Para pagamento das remunerações e abonos de prevista na cláusula 88.a
família deverão ser destacados trabalhadores de escri-
tório com classificação profissional nunca inferior a 6 — Exceptuam-se do disposto no número anterior
terceiro-escriturário. as situações de iminência de riscos ou prejuízos graves,
para a empresa, devidamente comprovados, e, bem
3 — Os trabalhadores que procedam aos pagamentos assim, os trabalhos de balanço e ou encerramento de
referidos no número anterior, terão direito a uma gra- contas do exercício anual das empresas em que as horas
tificação mensal calculada da seguinte forma sobre o de trabalho suplementares prestadas em dias de des-
montante global manuseado: canso e feriados serão remuneradas com o acréscimo
das percentagens previstas no n.o 1 desta cláusula, cal-
Até 1 000 000$ — 3100$; culado sobre a remuneração especial devida pelas horas
Mais de 1 000 000$ — 4500$. prestadas nesses dias.
4 — O subsídio previsto no n.o 1 é também devido
aos trabalhadores na retribuição do período de férias, Cláusula 88.a
subsídio de férias e subsídio de Natal. Retribuição do trabalho em dias feriados ou de descanso
5 — Sempre que os trabalhadores referidos no n.o 1 1 — O trabalhador tem direito à retribuição corres-
sejam substituídos no desempenho das respectivas fun- pondente aos feriados.
ções, o substituto receberá o subsídio na parte propor-
cional ao tempo das substituições, deixando o titular 2 — As horas de trabalho prestadas nos dias de des-
de o receber na mesma proporção. canso semanal obrigatório ou complementar serão pagas
pelo valor correspondente a três vezes a remunera-
6 — Consideram-se apenas abrangidos pelo n.o 3 os ção/hora normal, isto é:
trabalhadores que recebam do caixa um valor global R=3×N×RN
(ensacado ou não) e procedam à sua conferência, repar- sendo:
tição e prestação de contas aos serviços de tesouraria
ou outros pelos pagamentos efectuados. R=remuneração correspondente ao trabalho em
dia de descanso semanal obrigatório ou com-
plementar;
Cláusula 87.a N=número de horas de trabalho prestado;
Remuneração do trabalho suplementar
RN=remuneração/hora normal.
1 — O trabalho será remunerado com um acréscimo 3 — As horas de trabalho prestadas em dias feriados
de 50 % sobre a remuneração normal na primeira hora serão pagas pelo valor correspondente a duas vezes e
1 — Quando se verifique diminuição de rendimento 5 — O subsídio será pago conjuntamente com a retri-
do trabalhador por incapacidade parcial resultante de buição do mês de Novembro. Verificando- se manifesta
doença profissional ou acidente de trabalho ocorrido incapacidade económica da empresa para o efeito e
dentro ou fora do local habitual de trabalho, pode a havendo acordo dos trabalhadores, poderá ser pago o
empresa atribuir ao trabalhador diminuído uma retri- mais tardar até 15 de Dezembro. Exceptuam-se as situa-
buição inferior àquela a que tinha direito, desde que ções de suspensão emergentes do serviço militar obri-
a redução efectuada não seja superior ao valor da pensão gatório e de cessação do contrato de trabalho em que
paga pela entidade responsável. o pagamento terá lugar na data da suspensão ou da
cessação.
2 — As empresas obrigam-se a colocar os trabalha-
dores referidos no número anterior em postos de tra-
6 — Para efeitos do cálculo do subsídio de Natal dos
balho de acordo com as suas aptidões físicas e a pro-
trabalhadores que aufiram uma retribuição mista, isto
mover as diligências adequadas à sua readaptação ou
é, composta por uma parte fixa e uma parte variável,
reconversão profissional.
deverá considerar-se a média da parte variável recebida
nos últimos 12 meses acrescida da parte fixa auferida
3 — Os trabalhadores afectados de incapacidade par-
no momento.
cial permanente resultante de doença profissional ou
de acidente de trabalho não poderão ser prejudicados Cláusula 92.a
no regime de promoções e demais regalias.
Data de pagamento
4 — Quando a diminuição do rendimento de trabalho
por incapacidade parcial resultar de doença ou acidente 1 — As empresas obrigam-se a entregar aos traba-
não profissional, a empresa diligenciará por conseguir lhadores ao seu serviço no acto de pagamento da retri-
a reconversão para função compatível com as diminui- buição um talão preenchido por forma indelével, no
ções verificadas. qual figurem o nome completo dos trabalhadores, o
número de inscrição na segurança social, retribuição
Cláusula 91.a mensal, categoria profissional e escalão, os dias de tra-
Subsídio de Natal balho normal e as horas de trabalho suplementares ou
em dias de descanso semanal ou feriados, os descontos
1 — Os trabalhadores com, pelo menos, seis meses e o montante líquido a receber.
de antiguidade em 31 de Dezembro terão direito ao
subsídio de Natal correspondente a um mês de retri-
buição. 2 — O pagamento efectuar-se-á até ao último dia do
período a que respeita e dentro do período normal de
2 — Os trabalhadores que tenham menos de 6 meses trabalho.
de antiguidade e aqueles cujo contrato de trabalho cesse
antes da data do pagamento do subsídio receberão uma 3 — Sempre que o trabalhador seja retido, para efei-
fracção proporcional ao tempo de serviço prestado no tos de pagamento da retribuição, para além dos limites
ano civil correspondente, contando sempre qualquer do seu horário normal de trabalho desde que a res-
fracção de 1 mês como mês completo, desde que supe- ponsabilidade seja objectivamente imputável à entidade
rior a 15 dias de serviço efectivo, e se o trabalhador, patronal, receberá o respectivo período de tempo na
no mês anterior tiver perfeito pelo menos 15 dias de primeira hora como trabalho normal, daí em diante
serviço efectivo. como trabalho suplementar.
1 — Os trabalhadores com as categorias de inspector 6 — Aos trabalhadores referidos nesta cláusula será
de vendas, chefe de vendas, vendedor (viajante, pracista) aplicada, no caso de deslocação para fora do seu local
ou outros, demonstrador, técnico avaliador, distribuidor, de trabalho habitual, o regime previsto nas cláusulas
cobrador, inspector administrativo, empregado de ser- anteriores deste capítulo.
viços externos (estafeta), motorista e ajudantes de moto-
rista e cujas funções sejam habitualmente desempenha-
das no exterior ficam exclusivamente sujeitos ao regime Cláusula 101.a
definido na presente cláusula. Falecimento do pessoal deslocado
5 — O regime previsto nesta cláusula aplica-se exclu- 1 — O trabalhador só não terá direito ao comple-
sivamente aos trabalhadores dos subsectores de repa- mento do subsídio de doença nos casos seguintes:
ração e montagem que, ao abrigo da regulamentação
a) Quando, em resultado da reclamação prevista
colectiva de trabalho anterior aplicável, já deles bene-
no n.o 2 da cláusula anterior, se conclua pela
ficiavam.
não verificação da doença;
b) Desde que o trabalhador, sem motivo justifi-
CAPÍTULO X cado, se recuse a ser observado pelo médico
designado pela empresa;
Prestações complementares c) Quando a empresa demonstrar através de fun-
damentação escrita que o trabalhador não cum-
SECÇÃO I priu as indicações da caixa sobre a sua perma-
nência no domicílio, a não ser que o trabalhador
Subsídio complementar de doença apresente motivos justificáveis;
d) Quando o trabalhador não comunicar à empresa
Cláusula 105.a a situação de doença no próprio dia ou, havendo
Conceito e âmbito motivos justificáveis, nos três dias úteis subse-
quentes à data do seu início, bem como das
1 — Em caso de doença com baixa, é atribuído aos prorrogações da respectiva baixa.
trabalhadores dos subsectores de comércio e garagens
um subsídio complementar do das instituições de pre- 2 — No caso da alínea c) do número anterior, o com-
vidência, limitado, respectivamente, a 60 ou 90 dias por plemento só poderá deixar de ser atribuído a partir da
ano, seguidos ou interpolados. altura em que se comprove a situação aí verificada.
2 — O subsídio referido no número anterior é devido 3 — O pagamento de subsídio ficará condicionado à
a partir do 4.o dia de baixa, inclusive. exibição pelo trabalhador do boletim de baixa. No termo
desta, o trabalhador deverá apresentar à empresa o
3 — Aos trabalhadores dos subsectores de garagens documento da alta.
que comprovadamente padeçam de doença profissional
será atribuído um complemento de subsídio pago pela SECÇÃO II
previdência, até ao montante da retribuição auferida
Subsídio complementar das indemnizações
à data da baixa e até ao limite de 180 dias de baixa. por acidente de trabalho
Categorias profissionais com aprendizagem e prática e com oficiais de 1.a nos graus 8 e 9
Tabela I Tabela II
GRUPO II
GRUPO III
GRUPO IV
Chefe de divisão.
II Técnico IV (3).
Empresas estritamente de reparação são aquelas que Nível 3
se dedicam exclusivamente à reparação de veículos
automóveis. Chefe de serviços/chefe de departamento.
Técnico III (4).
III Nível 4
Carpinteiro de limpos e ou conservação. — É o tra- Cobrador. — É o trabalhador que efectua, fora dos
balhador que, predominantemente, trabalha em madei- escritórios, recebimentos, pagamentos e depósitos ou
ras, incluindo os respectivos acabamentos no banco da serviços análogos.
oficina ou na obra, executa os trabalhos de conservação,
reparação ou modificação de equipamentos ou insta- Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans-
lações em madeira ou matérias similares. porte. — É o trabalhador que, dentro das instalações da
empresa, conduz guinchos, pontes e pórticos rolantes,
Carregador-descarregador. — É o trabalhador que, em empilhadores, gruas de elevação e quaisquer outras
predominantemente, executa tarefas de carregamento máquinas de força motriz para transporte e arrumação
e descarregamento dos materiais, ou produtos, quer nas de materiais ou produtos. Estas máquinas só podem
instalações da empresa quer em outros locais. ter capacidade até 15 t de carga e estarem equipadas
com lanças de comprimento inferior a 15 m e serem
Casquinheiro. — É o trabalhador que repara e even- manobradas a menos de 10 m de altura.
tualmente fabrica radiadores de refrigeração de motores
e os seus componentes e ainda acessórios ornamentais Conferente. — É o trabalhador que desempenha pre-
para viaturas automóveis. dominantemente as funções de abertura de caixotes de
peças e acessórios, desencaixotamento e confere e clas-
Chefe de compras. — É o trabalhador especialmente sifica o material e eventualmente regista a entrada e
encarregado de apreciar e ou adquirir os artigos para ou a saída de mercadorias e ou materiais com vista
uso e venda no estabelecimento de acordo com a política ao seu acondicionamento ou expedição.
da empresa.
Conferente abastecedor de linha. — É o trabalhador
que, nas oficinas e em linhas de montagem, confere
Chefe de divisão. — É o trabalhador que estuda, orga- e verifica o material quanto ao seu estado e o distribui
niza, redige e coordena, sob a orientação do seu superior pelos postos de trabalho.
hierárquico, nas várias áreas da empresa as actividades
que lhe são próprias; exerce, dentro da área que chefia Contínuo. — É o trabalhador cuja missão consiste em
e nos limites da sua competência, funções de direcção, anunciar visitantes, fazer a entrega de documentos, men-
orientação e fiscalização do pessoal sob as suas ordens sagens e objectos inerentes ao serviço interno e estam-
e de planeamento das actividades da área, segundo as pilhar ou entregar correspondência. Quando menor de
orientações e fins definidos; propõe a aquisição de equi- 18 anos, pode ser denominado «paquete». Pode ainda
pamento e materiais e a admissão de pessoal necessário executar o serviço de reprodução de documentos, de
ao bom funcionamento do departamento e executa endereçamento, assim como serviços externos que não
outras funções semelhantes. sejam predominantemente os já definidos como atri-
buições de outras categorias profissionais.
Chefe de serviços/chefe de departamento. — É o tra-
balhador que faz estudos, dirige ou coordena, sob orien- Controlador de aplicação. — É o trabalhador que pla-
tação do seu superior hierárquico, num ou vários sec- nifica, prepara e controla diariamente os documentos
tores da empresa (departamento ou serviço, consoante para perfuração ou codificação ou verifica a qualidade
a orgânica da empresa), as actividades que lhe são pró- e a exactidão de documentos entrados e saídos de um
prias. Exerce, dentro do sector que chefia e nos limites sistema automatizado de informação. Pode ainda pre-
da sua competência, funções de planeamento, organi- parar e controlar os dados recolhidos para introdução
zação e controlo do pessoal sob a sua supervisão, de num sistema de tratamento de dados.
acordo com orientações e fins definidos. Poderá propor
ao seu superior hierárquico a aquisição de equipamento Controlador-caixa (hotelaria). — É o trabalhador cuja
e outros meios materiais, bem como a admissão dos actividade predominante consiste na emissão das contas
recursos humanos necessários ao bom funcionamento de consumo nas salas de refeições, recebimento das
dos serviços por que é responsável. importâncias respectivas, mesmo quando se trate de pro-
cessos de pré-pagamento, venda e recebimento de
Chefe de equipa (chefe de grupo). — É o trabalhador senhas, elaboração dos mapas de movimento da sala
que, executando ou não funções da sua profissão, na em que preste serviço e auxilia os serviços de controlo
dependência de um superior hierárquico, dirige e orienta e recepção.
directamente um grupo de profissionais que executem
funções análogas e ou complementares (12). Controlador de qualidade. — É o trabalhador que veri-
fica se o trabalho executado ou em execução corres-
Chefe de linha de montagem. — É o trabalhador que, ponde às características expressas em desenhos, normas
sob a orientação de um superior hierárquico, dirige, de fabrico ou especificações técnicas. Detecta e assinala
controla e coordena directamente um grupo de traba- possíveis defeitos ou inexactidões de execução ou aca-
lhadores e dois ou mais chefes de equipa. bamento, podendo eventualmente elaborar relatórios
simples.
Chefe de secção. — É o trabalhador que coordena,
dirige e controla o trabalho de um grupo de profissionais Correspondente em línguas estrangeiras. — É o traba-
de escritórios e correlativos. lhador que redige cartas, eventualmente notando-as em
Encarregado de garagens. — É o trabalhador que nas Escriturário. — É o trabalhador que executa várias
garagens, estações de serviço, postos de abastecimento, tarefas que variam consoante a natureza e importância
parques de estacionamento e nos estabelecimentos de do escritório onde trabalha; nomeadamente, redige rela-
combustíveis, lubrificantes e de pneus substitui e ou tórios, cartas, notas informativas e documentos, manual-
representa, eventualmente, a gerência, atende clientes, mente ou à máquina, dando-lhes seguimento apro-
cobra facturas, orienta o movimento interno, fiscaliza priado; tira as notas necessárias à execução das tarefas
e auxilia o restante pessoal e, quando expressamente que lhe competem; examina o correio recebido, sepa-
autorizado, ajusta contratos e admite pessoal. ra-o, classifica-o e compila os dados que são necessários
para preparar as respostas; elabora, ordena ou prepara
Encarregado geral. — É o trabalhador que, nos limites os documentos relativos à encomenda, distribuição e
de poderes em que está investido, organiza os seus ser- regularização das compras e vendas, recebe pedidos de
Jardineiro. — É o trabalhador que trata das plantas Mandrilador mecânico. — É o trabalhador que, ope-
e zonas verdes da empresa. rando uma mandriladora, executa trabalhos de man-
drilagem de peças, trabalhando por desenho ou peça
Lavador. — É o trabalhador que procede à lavagem, modelo. Prepara a máquina e, se necessário, as ferra-
interior ou exterior, simples ou completa, dos veículos mentas que utiliza. Incluem-se nesta profissão os tra-
automóveis, retirando-lhes, nomeadamente, colas e mas- balhadores que, em máquinas de furar radiais apropria-
sas, com meios próprios, executa serviços para prepa- das, executam os mesmos trabalhos.
ração e acabamentos nas lavagens efectuadas por máqui-
nas e, eventualmente, assiste a pneus e câmaras-de-ar. Manufactor de material de higiene e segurança. — É o
trabalhador que executa, conserta e repara o material
Lavador-lubrificador. — É o trabalhador que, com de protecção, individual ou colectivo, em tecido, couro
meios ou produtos próprios, procede à limpeza e lava- e matérias plásticas.
Prospector de vendas. — É o trabalhador que verifica Repuxador. — É o trabalhador que conduz um torno
as possibilidades do mercado nos seus vários aspectos de repuxar utilizando ferramentas manuais para enfor-
de gastos, poder aquisitivo e solvabilidade; observa os mar chapas metálicas ou conduz máquinas automáticas
produtos ou serviços quanto à sua aceitação pelo público ou semiautomáticas para o trabalho em série de enfor-
e a melhor maneira de os vender: estuda os meios mais mar chapas metálicas por repuxagem.
SECÇÃO V
3 — Os ajudantes serão promovidos a pré-oficiais
logo que completem dois anos nessa mesma categoria.
Regimes especiais
4 — Os pré-oficiais, após dois anos de permanência
SUBSECÇÃO I nessa categoria, serão promovidos a oficiais.
Trabalhadores de escritório e correlativos
SUBSECÇÃO IV
Cláusula 25.a
Trabalhadores técnicos de serviço social
Idade mínima de admissão
4 — Os delegados, sempre que pretendam exercer o Entende-se por horário de trabalho a determinação
direito previsto nesta cláusula, deverão comunicá-lo à das horas do início e do termo do período de trabalho
entidade patronal ou aos seus responsáveis directos com diário normal, bem como os intervalos de descanso
a antecedência, sempre que possível, de quatro horas. diários.
4 — O período normal de trabalho diário será inter- 2 — Em caso de prestação de trabalho suplementar
rompido por um intervalo para refeição ou descanso por período não inferior a duas horas, haverá uma inter-
não inferior a uma hora nem superior a duas horas, rupção de quinze minutos entre o termo do período
fora do local de trabalho, não podendo os trabalhadores normal e o início do período suplementar, cujo paga-
prestar mais de cinco horas seguidas de trabalho. mento será sempre da responsabilidade da entidade
patronal.
5 — Consideram-se não abrangidos pelos limites de Cláusula 57.a
horários previstos nesta cláusula os vendedores, quando Limite máximo de horas de trabalho suplementar
actuando fora do estabelecimento patronal, salvo nos
casos em que sejam incumbidos de tarefas específicas Em caso de necessidade de prestação de trabalho
para além desses limites. suplementar para além de duzentas horas por ano, este
2 — Verificando-se justa causa, o trabalhador pode 3 — Se o trabalhador for representante sindical, será
ser despedido, quer o contrato seja a termo ou não. ainda enviada cópia dos dois documentos à associação
sindical respectiva.
Cláusula 79.a
4 — O trabalhador dispõe de cinco dias úteis para
Justa causa consultar o processo e responder à nota de culpa, dedu-
1 — Considera-se justa causa o comportamento cul- zindo por escrito os elementos que considera relevantes
poso do trabalhador que, pela sua gravidade e conse- para o esclarecimento dos factos e da sua participação
quências, torne imediata e praticamente impossível a nos mesmos, podendo juntar documentos e solicitar as
subsistência da relação de trabalho. diligências probatórias que se mostrem pertinentes para
o esclarecimento da verdade.
2 — Constituirão, nomeadamente, justa causa de des-
pedimento os seguintes comportamentos do trabalha- 5 — A entidade empregadora, directamente ou atra-
dor: vés de instrutor que tenha nomeado, procederá obri-
gatoriamente às diligências probatórias requeridas na
a) Desobediência ilegítima às ordens dadas por resposta à nota de culpa, a menos que as considere
responsáveis hierarquicamente superiores; patentemente dilatórias ou impertinentes, devendo,
b) Violação de direitos e garantias dos trabalha- nesse caso, alegá-lo fundamentadamente por escrito.
dores da empresa;
c) Provocação repetida de conflitos com outros tra- 6 — A entidade empregadora não é obrigada a pro-
balhadores da empresa; ceder à audição de mais de 3 testemunhas por cada
d) Desinteresse repetido pelo cumprimento, com facto descrito na nota de culpa, nem mais de 10 no
a diligência devida, das obrigações inerentes ao total, cabendo ao arguido assegurar a respectiva com-
exercício do cargo ou posto de trabalho que parência para o efeito.
lhe esteja confiado;
e) Lesão de interesses patrimoniais sérios da 7 — Concluídas as diligências probatórias, deve o pro-
empresa; cesso ser apresentado, por cópia integral, à comissão
11 — A comunicação da nota de culpa ao trabalhador 5 — Para apreciação da justa causa deve o tribunal
suspende o decurso do prazo estabelecido no n.o 1 do atender, no quadro da gestão da empresa, ao grau de
artigo 31.o do Regime Jurídico do Contrato Individual lesão das relações entre as partes ou entre o trabalhador
de Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 49 408, de e os seus companheiros e às demais circunstâncias que
24 de Novembro de 1969. no caso se mostrem relevantes.
a) Se não tiver sido precedido do processo res- 1 — As horas de falta não remuneradas serão des-
pectivo ou este for nulo; contadas na remuneração mensal na base da remune-
b) Se se fundar em motivos políticos, ideológicos ração/hora, excepto se as horas de falta no decurso do
ou religiosos, ainda que com invocação de mês forem em número superior à media mensal das
motivo diverso; horas de trabalho, caso em que a remuneração mensal
c) Se for declarada improcedente a justa causa será a correspondente às horas de trabalho efectiva-
invocada. mente prestadas.
É vedada às empresas a adopção de regimes especiais 4 — Em caso de suspensão do contrato por qualquer
de retribuição por peça ou tarefa, salvo acordo escrito outro impedimento prolongado do trabalhador, este terá
da comissão sindical ou da comissão intersindical ou, direito, quer no ano de suspensão, quer no ano de
na sua falta, do sindicato respectivo. regresso, à totalidade do subsídio, se tiver prestado
6 meses de serviço, e à parte proporcional ao tempo
de serviço prestado, se este não tiver atingido 6 meses,
Cláusula 90.a contando-se sempre qualquer fracção de 1 mês como
mês completo, desde que superior a 15 dias de serviço
Casos de redução de capacidade para o trabalho efectivo, e se o trabalhador, no mês anterior, tiver per-
feito pelo menos 15 dias de serviço efectivo.
1 — Quando se verifique diminuição de rendimento
do trabalhador por incapacidade parcial resultante de
doença profissional ou acidente de trabalho ocorrido 5 — O subsídio será pago conjuntamente com a retri-
dentro ou fora do local habitual de trabalho, pode a buição do mês de Novembro. Verificando-se manifesta
empresa atribuir ao trabalhador diminuído uma retri- incapacidade económica da empresa para o efeito e
buição inferior àquela a que tinha direito, desde que havendo acordo dos trabalhadores, poderá ser pago o
a redução efectuada não seja superior ao valor da pensão mais tardar até 15 de Dezembro. Exceptuam-se as situa-
paga pela entidade responsável. ções de suspensão emergentes do serviço militar obri-
gatório e de cessação do contrato de trabalho em que
o pagamento terá lugar na data da suspensão ou da
2 — As empresas obrigam-se a colocar os trabalha-
cessação.
dores referidos no número anterior em postos de tra-
balho de acordo com as suas aptidões físicas e a pro-
mover as diligências adequadas à sua readaptação ou 6 — Para efeitos do cálculo do subsídio de Natal dos
reconversão profissional. trabalhadores que aufiram uma retribuição mista, isto
é, composta por uma parte fixa e uma parte variável,
3 — Os trabalhadores afectados de incapacidade par- deverá considerar-se a média da parte variável recebida
cial permanente resultante de doença profissional ou nos últimos 12 meses acrescida da parte fixa auferida
de acidente de trabalho não poderão ser prejudicados no momento.
no regime de promoções e demais regalias. Cláusula 92.a
4 — Quando a diminuição do rendimento de trabalho Data de pagamento
por incapacidade parcial resultar de doença ou acidente
não profissional, a empresa diligenciará por conseguir 1 — As empresas obrigam-se a entregar aos traba-
a reconversão para função compatível com as diminui- lhadores ao seu serviço no acto de pagamento da retri-
ções verificadas. buição um talão preenchido por forma indelével, no
qual figurem o nome completo dos trabalhadores, o
Cláusula 91.a número de inscrição na segurança social, retribuição
mensal, categoria profissional e escalão, os dias de tra-
Subsídio de Natal
balho normal e as horas de trabalho suplementares ou
1 — Os trabalhadores com, pelo menos, seis meses em dias de descanso semanal ou feriados, os descontos
de antiguidade em 31 de Dezembro terão direito ao e o montante líquido a receber.
subsídio de Natal correspondente a um mês de retri-
buição. 2 — O pagamento efectuar-se-á até ao último dia do
período a que respeita e dentro do período normal de
2 — Os trabalhadores que tenham menos de 6 meses trabalho.
de antiguidade e aqueles cujo contrato de trabalho cesse
antes da data do pagamento do subsídio receberão uma 3 — Sempre que o trabalhador seja retido, para efei-
fracção proporcional ao tempo de serviço prestado no tos de pagamento da retribuição, para além dos limites
ano civil correspondente, contando sempre qualquer do seu horário normal de trabalho desde que a res-
fracção de 1 mês como mês completo, desde que supe- ponsabilidade seja objectivamente imputável à entidade
rior a 15 dias de serviço efectivo, e se o trabalhador, patronal, receberá o respectivo período de tempo na
no mês anterior tiver perfeito pelo menos 15 dias de primeira hora como trabalho normal, daí em diante
serviço efectivo. como trabalho suplementar.
1 — Os trabalhadores com as categorias de inspector 6 — Aos trabalhadores referidos nesta cláusula será
de vendas, chefe de vendas, vendedor (viajante, pracista) aplicada, no caso de deslocação para fora do seu local
ou outros, demonstrador, técnico avaliador, distribuidor, de trabalho habitual, o regime previsto nas cláusulas
cobrador, inspector administrativo, empregado de ser- anteriores deste capítulo.
viços externos (estafeta), motorista e ajudantes de moto-
rista e cujas funções sejam habitualmente desempenha-
das no exterior ficam exclusivamente sujeitos ao regime Cláusula 101.a
definido na presente cláusula. Falecimento do pessoal deslocado
5 — O regime previsto nesta cláusula aplica-se exclu- 1 — O trabalhador só não terá direito ao comple-
sivamente aos trabalhadores dos subsectores de repa- mento do subsídio de doença nos casos seguintes:
ração e montagem que, ao abrigo da regulamentação
a) Quando, em resultado da reclamação prevista
colectiva de trabalho anterior aplicável, já deles bene-
no n.o 2 da cláusula anterior, se conclua pela
ficiavam.
não verificação da doença;
b) Desde que o trabalhador, sem motivo justifi-
CAPÍTULO X cado, se recuse a ser observado pelo médico
designado pela empresa;
Prestações complementares c) Quando a empresa demonstrar através de fun-
damentação escrita que o trabalhador não cum-
SECÇÃO I priu as indicações da caixa sobre a sua perma-
nência no domicílio, a não ser que o trabalhador
Subsídio complementar de doença
apresente motivos justificáveis;
d) Quando o trabalhador não comunicar à empresa
Cláusula 105.a a situação de doença no próprio dia ou, havendo
Conceito e âmbito motivos justificáveis, nos três dias úteis subse-
quentes à data do seu início, bem como das
1 — Em caso de doença com baixa, é atribuído aos prorrogações da respectiva baixa.
trabalhadores dos subsectores de comércio e garagens
um subsídio complementar do das instituições de pre- 2 — No caso da alínea c) do número anterior, o com-
vidência, limitado, respectivamente, a 60 ou 90 dias por plemento só poderá deixar de ser atribuído a partir da
ano, seguidos ou interpolados. altura em que se comprove a situação aí verificada.
2 — O subsídio referido no número anterior é devido 3 — O pagamento de subsídio ficará condicionado à
a partir do 4.o dia de baixa, inclusive. exibição pelo trabalhador do boletim de baixa. No termo
desta, o trabalhador deverá apresentar à empresa o
3 — Aos trabalhadores dos subsectores de garagens documento da alta.
que comprovadamente padeçam de doença profissional
será atribuído um complemento de subsídio pago pela SECÇÃO II
previdência, até ao montante da retribuição auferida
à data da baixa e até ao limite de 180 dias de baixa. Subsídio complementar das indemnizações
por acidente de trabalho
3 — Nas precisas condições do número anterior, para 3 — Considera-se para todos os efeitos como parte
os trabalhadores que não possam beneficiar da refeição integrante do presente CCTV o Decreto-Lei n.o 392/79,
as empresas deverão compensá-los com um subsídio de de 20 de Setembro, e a Lei n.o 105/97, de 13 de Setembro.
valor igual à comparticipação delas no custo da refeição.
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XI
Disciplina
Do trabalho das mulheres
A infracção disciplinar prescreve ao fim de um ano 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
a contar do momento em que teve lugar ou logo que considera-se expressamente este CCTV mais favorável
cesse o contrato de trabalho. do que os instrumentos de regulamentação colectiva de
trabalho substituídos nos termos do número anterior.
Categorias profissionais com aprendizagem e prática e com oficiais de 1.a nos graus 8 e 9
Tabela I Tabela II
GRUPO II
GRUPO III
GRUPO IV
Chefe de linha de montagem. — É o trabalhador que, Controlador de qualidade. — É o trabalhador que veri-
sob a orientação de um superior hierárquico, dirige, fica se o trabalho executado ou em execução corres-
controla e coordena directamente um grupo de traba- ponde às características expressas em desenhos, normas
lhadores e dois ou mais chefes de equipa. de fabrico ou especificações técnicas. Detecta e assinala
possíveis defeitos ou inexactidões de execução ou aca-
Chefe de secção. — É o trabalhador que coordena, bamento, podendo eventualmente elaborar relatórios
dirige e controla o trabalho de um grupo de profissionais simples.
de escritórios e correlativos.
Correspondente em línguas estrangeiras. — É o traba-
Chefe de vendas. — É o trabalhador que dirige, coor- lhador que redige cartas, eventualmente notando-as em
dena ou controla um ou mais sectores de venda da estenografia, e quaisquer outros documentos de escri-
empresa. tório em línguas estrangeiras, dando-lhes seguimento
apropriado; lê, traduz, se necessário, o correio recebido
Cobrador. — É o trabalhador que efectua, fora dos e junta-lhe a correspondência anterior sobre o mesmo
escritórios, recebimentos, pagamentos e depósitos ou assunto; estuda documentos e informa-se sobre a maté-
serviços análogos. ria em questão ou recebe instruções definidas com vista
à resposta; redige textos, faz rascunhos de cartas, nor-
Condutor de máquinas e aparelhos de elevação e trans- malmente em língua estrangeira, dita-as ou dactilogra-
porte. — É o trabalhador que, dentro das instalações da fa-as. Pode ser encarregado de se ocupar dos respectivos
empresa, conduz guinchos, pontes e pórticos rolantes, processos.
Encarregado de garagens. — É o trabalhador que nas Escriturário. — É o trabalhador que executa várias
garagens, estações de serviço, postos de abastecimento, tarefas que variam consoante a natureza e importância
parques de estacionamento e nos estabelecimentos de do escritório onde trabalha; nomeadamente, redige rela-
combustíveis, lubrificantes e de pneus substitui e ou tórios, cartas, notas informativas e documentos, manual-
representa, eventualmente, a gerência, atende clientes, mente ou à máquina, dando-lhes seguimento apro-
cobra facturas, orienta o movimento interno, fiscaliza priado; tira as notas necessárias à execução das tarefas
e auxilia o restante pessoal e, quando expressamente que lhe competem; examina o correio recebido, sepa-
autorizado, ajusta contratos e admite pessoal. ra-o, classifica-o e compila os dados que são necessários
para preparar as respostas; elabora, ordena ou prepara
Encarregado geral. — É o trabalhador que, nos limites os documentos relativos à encomenda, distribuição e
de poderes em que está investido, organiza os seus ser- regularização das compras e vendas, recebe pedidos de
viços dirigindo e coordenando directamente um ou mais informação e transmite-os à pessoa ou serviço compe-
encarregados. tente; põe em caixa os pagamentos de contas e despesas
assim como outras operações contabilísticas; estabelece
Encarregado de refeitório. — É o trabalhador que orga- o extracto das operações efectuadas e de outros docu-
niza, coordena, orienta e vigia os serviços de um refei- mentos para informação da direcção, atende os can-
tório. Requisita géneros, utensílios e quaisquer outros didatos às vagas existentes, informa-os das condições
produtos necessários ao normal funcionamento dos ser- de admissão e efectua registos de pessoal; preenche for-
viços. Fixa ou colabora no estabelecimento das ementas, mulários oficiais e internos relativos ao pessoal ou à
tomando em consideração o tipo de trabalhadores a empresa, ordena e arquiva notas de livranças, recibos,
que se destinam e o valor dietético dos alimentos. Dis- cartas e outros documentos e elabora dados estatísticos
tribui as tarefas ao pessoal, velando pelo cumprimento e atende o telefone nos casos inerentes à sua função.
das regras de higiene, eficiência e disciplina. Verifica Acessoriamente nota em estenografia, escreve à
a quantidade e qualidade das refeições. Elabora mapas máquina e opera com máquinas de escritório. Pode
Pintor de construção civil. — É o trabalhador que, pre- Pré-oficial (electricista). — É o trabalhador que, sob
dominantemente, prepara ou repara para pintar super- a orientação do oficial, executa trabalhos da sua pro-
fícies de estuque, reboco, madeira ou metal. Desmonta fissão de menos responsabilidade.
e monta ferragens que se encontram aplicadas, prepara
e aplica aparelhos e outras tintas primárias, prepara e Preparador auxiliar de trabalho. — É o trabalhador
aplica massas, betumando ou barrando. Aplica tintas que, com base em elementos técnicos simples que lhe
de acabamento manual ou mecanicamente, afina as res- são fornecidos e sob a adequada hierarquia, indica os
pectivas cores e enverniza. modos operatórios, máquinas e ferramentas a utilizar
atribuindo tempo de execução constantes das tabelas
Pintor de veículos, máquinas ou móveis. — É o tra- existentes.
balhador que prepara as superfícies das máquinas, velo-
cípedes com ou sem motor, móveis e veículos ou seus Preparador de pintura. — É o trabalhador que prepara
componentes e outros objectivos. Aplica as demãos de as superfícies para pintar, utilizando meios manuais,
primário, capa e subcapa e de tinta e esmalte, podendo, mecânicos, eléctricos ou outros, nomeadamente retira
quando necessário, afinar as tintas e proceder ao res- impurezas, gorduras ou óxidos. Pode aplicar vedantes
pectivo polimento. e insonorizantes e ainda protecção à pintura.
Prospector de vendas. — É o trabalhador que verifica Repuxador. — É o trabalhador que conduz um torno
as possibilidades do mercado nos seus vários aspectos de repuxar utilizando ferramentas manuais para enfor-
de gastos, poder aquisitivo e solvabilidade; observa os mar chapas metálicas ou conduz máquinas automáticas
produtos ou serviços quanto à sua aceitação pelo público ou semiautomáticas para o trabalho em série de enfor-
e a melhor maneira de os vender: estuda os meios mais mar chapas metálicas por repuxagem.
eficazes de publicidade, de acordo com as características
do público a que os produtos ou serviços se destinam; Roupeiro. — É o trabalhador que, existindo rouparia,
pode eventualmente organizar exposições. se ocupa do recebimento, encaminhamento adequado
ou arrumação e distribuição das roupas e respectivos
Rebarbador. — É o trabalhador que regulariza super- registos.
fícies ou peças metálicas vazadas, soldadas, forjadas,
estampadas ou prensadas, utilizando ferramentas ade- Secretário(a). — É o(a) trabalhador(a) que se ocupa
quadas. do secretariado específico de qualquer das estruturas
da empresa. Entre outras, competem-lhe, normalmente,
Rebitador. — É o trabalhador que, com auxílio de as seguintes funções: redigir e dactilografar cartas, rela-
martelo manual ou pneumático, prensa hidráulica ou tórios e outros textos e copiar directamente as minutas
Técnico de métodos. — É o trabalhador que colabora Torneiro mecânico. — É o trabalhador que, operando
em acções conducentes à definição de métodos e pro- em torno mecânico paralelo, vertical, revólver ou de
cessos industriais de trabalho; coopera em operações outro tipo, executa trabalhos de torneamento de peças,
de análise-diagnóstico e na implementação de novos trabalhando por desenho ou peça modelo. Prepara a
métodos de trabalho e participa na verificação dos des- máquina e, se necessário, as ferramentas que utiliza.
vios e na averiguação das suas causas; colabora em tra-
balhos relacionados com a elaboração do manual de Trabalhador de qualificação especializada. — É o tra-
métodos, participa na resolução de problemas no âmbito balhador do 1.o escalão que, pelos seus conhecimentos
da sua especialidade. técnicos, aptidão, experiência profissional e ou situações
de polivalência no trabalho, desempenha, predominan-
Técnico de metrologia. — É o trabalhador que procede temente, funções inerentes a grau de qualificação supe-
em laboratório, com rigor e elevado grau de precisão, rior às exigidas à sua profissão. Será designado como
ao controlo dimensional de ferramentas e peças diversas, «qualificado» e ser-lhe-á atribuído o grau de remune-
partes, conjuntos e subconjuntos em chapa respeitantes ração imediatamente superior.
a diversas fases de montagem, em conformidade com
as gamas, planos, especificações e padrões primários Tradutor. — É o trabalhador que elabora traduções
previamente estabelecidos, utilizando para o efeito equi- técnicas de língua estrangeira, retroverte para as mesmas
pamento apropriado (suta, raminho, máquina de defei- línguas cartas e outros textos, traduz catálogos e artigos
tos de forma, aparelhagem tridimensional, etc.). Pode de revistas técnicas.
elaborar gamas de controlo, ajuste de calibragem de
todos os meios de inspecção e equipamento de medida Vendedor. — É o trabalhador que promove e vende
utilizados, zelando para que as suas condições de uti- veículos automóveis, máquinas agrícolas e ou industriais,
lização, conservação e armazenagem assegurem precisão pneus, peças e acessórios, por conta exclusiva da enti-
e aptidão constantes. Elabora relatórios simples de aná- dade patronal dentro e fora do estabelecimento.
lise relacionados com as medidas e intervenções efec-
tuadas. Vendedor estagiário. — É o trabalhador que se prepara
para ingressar na categoria de vendedor.
Técnico de prevenção. — É o trabalhador que tem por
função superintender nos serviços de higiene e segu- Verificador de produtos adquiridos. — É o trabalhador
rança e responsabilizar-se por todo o esquema de pre- que procede à verificação das dimensões e da qualidade
venção da empresa. dos materiais ou produtos adquiridos.
Técnico fabril. — É o trabalhador que tem por função Vulcanizador. — É o trabalhador que tem como fun-
organizar, adaptar e coordenar a planificação técnica ção executar, reparar, modificar ou montar peças em
fabril determinada pelos órgãos superiores. Poderá diri- borracha ou materiais afins e ainda revestir peças
gir tecnicamente um ou mais sectores da produção e metálicas.
desempenhar as funções de coordenação no estudo de
métodos ou projectos. (1) Nos termos da Portaria n.o 714/93, de 3 de Março, entende-se
por «trabalho leve» «[. . .] a actividade integrada por tarefas simples
e definidas que pressuponham conhecimentos elementares e não exi-
Telefonista. — É a trabalhadora que presta serviço jam esforços físicos ou mentais que ponham em risco a saúde e o
numa central telefónica, transmitindo aos telefones desenvolvimento global do menor [. . .]».
internos as chamadas recebidas e estabelecendo ligações (2) Já se encontra eliminada para a FETESE/SITESC/STV.
internas ou para o exterior. Responde, se necessário, (3) Foram reclassificados em técnico IV os técnicos industriais
(escalão III) (publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série,
a pedidos de informações telefónicas. As categorias que n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
correspondem a esta profissão serão atribuídas de (4) Foram reclassificados em técnico III o analista de sistemas,
acordo com as seguintes exigências: manipulação de apa- o contabilista — empresa do grupo A, o técnico industrial e o técnico
relhos de comutação com capacidade superior a 16 pos- de software (publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.a série,
n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
tos suplementares; manipulação de aparelhos de comu- (5) Foram reclassificados em técnico II o contabilista — empresa
tação com capacidade igual ou inferior a 16 postos do grupo B e o tesoureiro (publicado no Boletim do Trabalho e
suplementares. Emprego, 1.a série, n.o 41, de 8 de Novembro de 1993).
CAPÍTULO VIII
CCT entre a ACAP — Assoc. do Comércio Auto- Retribuição
móvel de Portugal e outros e a FEPCES — Feder.
Portuguesa dos Sind. do Comércio, Escritórios Cláusula 86.a
e Serviços — Alteração salarial e outras.
Condições especiais de retribuição
1—..........................................
Cláusula 95.a
2—..........................................
Direitos dos trabalhadores nas pequenas deslocações
1 — Os trabalhadores, além da sua retribuição nor- 3 — No exercício das suas funções, dentro do seu local
mal, terão direito, nas pequenas deslocações: habitual de trabalho, estes trabalhadores terão direito
ao seguinte:
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) Ao pagamento de uma verba diária de 280$ para b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
cobertura de despesas correntes, desde que o c) Ao pagamento das despesas de alimentação e
tempo de deslocação seja superior a metade do alojamento nos termos seguintes:
período normal de trabalho; Pequeno-almoço — 280$;
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Almoço/jantar — 1500$;
Alojamento — 3700$;
2—..........................................
ou, havendo acordo entre as partes, ao paga-
3 — O quantitativo a prestar pelas refeições será o mento destas despesas contra a apresentação
seguinte: de documentos comprovativos.
Pequeno-almoço — 280$;
Almoço/jantar — 1390$; 4—..........................................
5—..........................................
ou, havendo acordo entre as partes, o pagamento das
despesas contra a apresentação de documentos.
6—..........................................
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SECÇÃO II
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Subsídio complementar das indemnizações por acidente
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de trabalho
d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cláusula 109.a
f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Subsídio complementar das indemnizações por acidente de trabalho
g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
h) A verba diária de 1500$ para cobertura de des- 1—..........................................
pesas correntes, além do pagamento das des-
pesas de alojamento e alimentação, a contar da I) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
data da partida até à data da chegada; a) ........................................
i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . b) ........................................
j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c) ........................................
GRUPO I
Categorias profissionais com aprendizagem e prática e com oficiais de 1.a nos graus 8 e 9
Tabela I Tabela II
GRUPO III
GRUPO IV
............................................. 1 — 2490$.
1 — Considera-se trabalho suplementar todo aquele 3 — Os trabalhadores não classificados numa das
que é prestado fora do horário normal de trabalho. categorias referidas nos n.os 1 e 2, quando exerçam fun-
ções de venda de passes ou de bilhetes pré-comprados,
............................................. terão direito a um abono para falhas no montante de
270$ por dia ou fracção em que prestem serviço, até
ao limite de 2980$.
4 — No caso previsto no número anterior a prestação
de trabalho suplementar não ultrapassará, em regra, as Cláusula 45.a
duas horas diárias e, no total, as duzentas horas anuais, Retribuição do trabalho por turnos
salvo em caso de força maior ou quando for indispen-
sável para prevenir ou reparar prejuízos graves para 1 — a) 7120$.
a empresa ou para a sua viabilidade. b) 10 320$.
c) 14 260$.
Cláusula 52.a
a
Cláusula 27. Subsídio de refeição
Direito a férias
1 — 1085$.
1—..........................................
.............................................
2 — Os trabalhadores que sejam admitidos no
1.o semestre têm direito, no próprio ano de admissão Cláusula 54.a
e após a prestação de um período de 120 dias de tra- Alojamento e deslocações no continente
balho, a um período de férias correspondente a 2 dias
úteis por cada mês completo de serviço contados até 1—..........................................
31 de Dezembro desse ano.
2 — Os trabalhadores têm direito a tomar uma refei-
3 — Os trabalhadores admitidos por contrato cuja ção ao fim de um mínimo de três horas e um máximo
duração inicial ou renovada não atinja um ano têm de cinco horas após o início do serviço.
direito a um período de férias correspondente a dois
dias úteis por cada mês completo de serviço, o qual 3—..........................................
será gozado durante o contrato ou no final do período
inicial ou renovado, consoante seja acordado. 4—..........................................
Grupos Valores