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SÁBADO, 11 DE MARÇO DE 2023

Constituição, de 12 de maio

Publicação: Diário da República n.º 110/2001, Série III de 2001-05-12, páginas 10233
Data de Publicação: 2001-05-12
Empresa: PRIMA SA - REPRESENTAÇÃO EM PORTUGAL
Concelho: LISBOA
TEXTO

Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, 4.ª  Secção. Matrícula n.º  9890/010207; identificação de
pessoa colectiva n.º 980216010; inscrição n.º 1; números e data das apresentações: 34 e 35/010207.

Certifico que foi criada em Portugal a representação permanente, que se rege pelo seguinte contrato:

Inscrição n.º 1, pelas apresentações 34 e 35/010207 - Representação permanente Prima, SA

Sede: Paris (75014), 37 Boulevard Brune, França

Objecto: A realização das operações de seguros visadas nos parágrafos 2  e 3  do artigo  L310.º, n.º  1, do
Código de Seguros, por referência aos parágrafos 1, 2, 3, 9, 9, 10, 13  e 17  do artigo  R.321.º, n.º  1, do
referido Código, assim como todas as operações de resseguros, e de um modo geral, todas as operações
financeiras, comerciais, industriais, civis, imobiliárias ou mobiliárias que possam estar, directa ou
indirectamente, relacionadas com o objecto da sociedade, ou que sejam de natureza a facilitar a realização
do mesmo.

Capital: 200 000 000 de francos.

Sucursal:

Firma: PRIMA SA - Representação em Portugal

Sede: Lisboa, Rua do Viriato, 27, 4.º, B, freguesia de São Sebastião da Pedreira.

Objecto: Seguros não vida.


Representante designado: François Henri Xavier Bracquart, casado, Rua de Antero de Figueiredo, 8, 4.º, A,
Linda-a-Velha.

A Conservadora, Assinatura ilegível

PRIMA

Sociedade PRIMA

Sociedade anónima com capital de 200 000 000 de francos, constituída sem recurso público à poupança.

Sede social em Paris (75014), 37 Boulevard Brune.

Inscrita na Conservatória do Registo Comercial e das Sociedades em data de 5 de Agosto de 1985, sob o
n.º R. C. S. Paris B 333193795.

ARTIGO 1.º

Forma

Entre os detentores das acções adiante criadas e das que poderão vir a sê-lo posteriormente, é constituída
uma sociedade anónima, a qual se rege pelas leis em vigor, pelo Código das Seguradoras e pelos presentes
estatutos.

ARTIGO 2.º

Objecto

A sociedade tem por objecto:

A realização das operações de seguros visados nos parágrafos 2  e 3  do artigo  L 310.º, n.º  1, do referido
Código de Seguros, por referência aos parágrafos 1, 2, 3, 8, 9, 10, 13 e 17 do artigo R.321.1 do referido
Código, assim como todas as operações de resseguros; e
De um modo geral, todas as operações financeiras, comerciais, industriais, civis, imobiliárias ou
mobiliárias que possam estar, directa ou indirectamente, relacionadas com o objecto da sociedade, ou que
sejam de natureza a facilitar a realização do mesmo.

ARTIGO 3.º

Denominação

A denominação da sociedade é PRIMA.

Em todos os actos, contratos e documentos provenientes da sociedade, a respectiva denominação social


deve ser imediatamente precedida ou seguida das palavras «sociedade anónima», ou das iniciais S. A. e da
indicação do respectivo capital social.

ARTIGO 4.º

Sede social

A sede social é fixada em Paris (75014), 37 Boulevard Brune.

A mesma poderá ser transferida para qualquer outro local, dentro da mesma zona administrativa, mediante
simples decisão do conselho de administração, sob reserva de ratificação de tal decisão pela assembleia
geral ordinária seguinte, ou para qualquer outro local dentro do território de França, mediante deliberação
tomada em assembleia geral extraordinária dos accionistas.

Quando da transferência decidida pelo conselho de administração, o mesmo estará autorizado a modificar
os estudos da sociedade, em conformidade.

ARTIGO 5.º

Duração

A duração da sociedade está fixada em 99 anos, a contar da data da sua inscrição no Registo Comercial e
das Sociedades, salvo o caso de dissolução antecipada ou de prorrogação decidida em assembleia geral
extraordinária dos accionistas.

ARTIGO 6.º
Quotas

Quando da sua constituição, foi feita entrega à sociedade de um montante de 10  000  000  de Frs (dez
milhões de francos), soma correspondente ao valor nominal das acções, todas em numerário, que
constituem o capital social.

Mediante decisão da assembleia geral extraordinária de 13  de Março de 1987, o capital social foi
aumentado para 30  000  000  de Frs (trinta milhões de francos), mediante uma entrada em numerário de
20  000  000  de Frs (vinte milhões de francos), tendo as acções correspondentes sido imediata e
integralmente liberadas.

Mediante decisão da assembleia geral extraordinária de 22 de Dezembro de 1989, o capital social foi
aumentado para 34  000  000 de Frs (trinta e quatro milhões de francos), mediante uma entrada em
numerário de 4 000 000 de Frs (quatro milhões de francos), tendo as acções correspondentes sido imediata
e integralmente liberadas.

Mediante decisão da assembleia geral extraordinária de 26 de Maio de 1993  e do conselho de


administração de 16  de Novembro de 1993, o capital social foi aumentado para 51  000  000  de Frs
(cinquenta e um milhões de francos), mediante uma entrada em numerário de 17 000 000 de Frs (dezassete
milhões de francos), tendo as acções correspondentes sido imediata e integralmente liberadas.

Mediante decisão da assembleia geral extraordinária e do conselho de administração de 10  de Junho de


1997, o capital social foi aumentado para 142 800 000 de Frs (cento e quarenta e dois milhões e oitocentos
mil francos), mediante uma entrada em numerário de 91 800 000 de Frs (novena e um milhões e oitocentos
mil de francos), tendo um quarto das acções correspondentes sido liberadas quando da respectiva
subscrição. As restantes acções foram liberadas nas condições previstas no artigo 9.º abaixo.

Mediante decisão da assembleia geral extraordinária de 15  de Junho de 1999, o capital social foi
aumentado para 200 000 000 de Frs (duzentos milhões de francos), mediante uma entrada em numerário de
57 200 000 de Frs (cinquenta e sete milhões e duzentos mil francos), tendo as acções correspondentes sido
integralmente liberadas.

ARTIGO 7.º

Capital social

O capital social é fixado em 200  000  000  Frs (duzentos milhões de francos) e está dividido em
2 000 000 de acções de 100 francos cada, da mesma categoria, numeradas de 1 a 2 000 000, inclusive.
ARTIGO 8.º

Alterações ao capital social

I - O capital social pode ser aumentado de todos os modos e modalidades autorizadas por lei.

A assembleia geral extraordinária é o único órgão competente para decidir quanto ao aumento do capital da
sociedade, mediante relatório do conselho de administração contendo as indicações legalmente exigidas.

Em conformidade com a lei, os accionistas dispõem, proporcionalmente ao montante das acções que detêm,
de um direito de preferência na subscrição das acções em numerário, emitidas para a concretização do
aumento do capital da sociedade, direito esse ao qual podem renunciar a título individual. Dispõem ainda
de um direito de subscrição a título dedutível, caso a assembleia geral decida expressamente nesse sentido.

O direito de atribuição de novas acções, na sequência da incorporação de reservas, benefícios ou prémios


de emissão no capital social cabe ao proprietário sem usufruto, sob reserva dos direitos do usufrutuário.

II  - A  assembleia geral extraordinária dos accionistas pode assim, e se for caso disso, sob reserva dos
direitos dos credores, autorizar ou decidir a redução do capital social, por qualquer razão e modo, embora,
em caso algum, a redução do capital social possa ter em vista uma igualdade entre accionistas.

A redução do capital social, qualquer que seja a sua causa, para um montante inferior ao mínimo legal,
apenas poderá ser decidida na condição de suspensão de um aumento do capital destinado a igualar este,
pelo menos, ao mínimo montante legal, a menos que a sociedade se transforme numa sociedade sob outra
forma legal que não exija um capital superior ao capital social, após a respectiva redução.

À falta do mesmo, todos os interessados poderão solicitar perante a justiça a dissolução da sociedade, a
qual não poderá ser pronunciada se, no dia em que o tribunal decidir quanto à matéria de base, a
regularização da mesma tiver ocorrido.

ARTIGO 9.º

Liberação das acções

As acções subscritas em numerário para aumento do capital social devem ser liberadas em conformidade
com as modalidades fixadas pela assembleia geral extraordinária, liberação essa que não poderá ser inferior
a, pelo menos, um quarto do respectivo valor nominal quando da sua subscrição e, se for caso disso, da
totalidade do prémio de emissão.

A liberação do excedente deverá ocorrer de uma só vez, ou em várias vezes, mediante pedido do conselho
de administração, no prazo de cinco anos a contar do dia em que tal aumento do capital se torna definitivo.

As entradas de fundos são levadas ao conhecimento dos subscritores, pelo menos, 15  dias antes da data
estabelecida para cada entrega, mediante carta registada com aviso de recepção, dirigida a cada titular de
acções da sociedade.

ARTIGO 10.º

Forma das acções

As acções são nominativas.

As acções implicam uma inscrição em conta, nas condições e segundo as modalidades previstas na lei.

Na media em que tal inscrição em conta não se torne definitiva, os títulos são representados por
certificados dos quais consta o nome próprio, apelido e morada do respectivo titular, o número do título e o
número de acções que o titular possui. Trata-se de extractos de registo com recibo, dos quais consta um
número de ordem, o carimbo da sociedade e a assinatura de dois administradores em exercício, ou de um
administrador e de um membro do conselho de administração.

As assinaturas podem ser impressas ou apostas por uma chancela.

No entanto, a assinatura dos membros do conselho de administração será obrigatoriamente manuscrita.

ARTIGO 11.º

Cessão e transmissão das acções - Cláusula de acordo e preempção

I  - Enquanto a inscrição em conta não for definitiva, a propriedade das acções resulta da respectiva
inscrição em nome do ou dos titulares, em registos criados para esse efeito na sede da sociedade. A sua
cessão, relativamente a terceiros e à sociedade, é efectuada mediante uma declaração de transferência,
assinada pelo titular cedente, ou pelo seu representante, sendo tal facto mencionado nos referidos registos.
Se as acções não forem totalmente liberadas, a declaração de transferência deverá ainda ser assinada pelo
cessionário.

A cessão de acções, a título gratuito ou por óbito do seu titular, é igualmente efectuada por transferência
mencionada no registo de transferências, mediante justificação da transferência, nas condições legais e sob
reserva, se for caso disso, do respeito pelo procedimento a seguir definido.

As despesas de transferência são por conta dos titulares cessionários, salvo acordado em contrário entre os
titulares cedentes e cessionários.

As acções não liberadas dos pagamentos exigidos não serão admitidas para transferência.

A sociedade deverá manter actualizada a lista dos titulares das suas acções, com indicação do respectivo
endereço declarado para cada um deles.

As acções de numerário, resultantes de um aumento do capital social, apenas são negociáveis após
inscrição no registo comercial e das sociedades da nota de alteração do aumento de capital a que se
referem.

As acções de aumento de capital não podem ser destacadas do respectivo talão de recibo e apenas são
negociáveis dois anos após o cumprimento da mesma formalidade, sob reserva das excepções previstas na
lei. Durante este prazo, estas acções podem, no entanto, ser cedidas por via cível, desde que observadas as
formalidades previstas no artigo 1690.º do Código Civil.

II  - Salvo o caso de sucessão, liquidação de bens comuns entre cônjuges ou cessão, a um cônjuge,
ascendente ou descendente, ou em proveito de um indivíduo nomeado administrador da sociedade, a cessão
de acções a um terceiro, não accionista, a qualquer título, estará sujeita ao acordo da sociedade nas
condições seguintes:

1.º Em caso de cessão programada, o cedente deve efectuar a respectiva declaração à sociedade, mediante
acto extrajudiciário ou carta registada com aviso de recepção, indicando o nome próprio, apelido, profissão
e domicílio do cessionário, ou a denominação da sede social, caso se trate de uma sociedade, o número de
acções cuja cessão pretende, assim como o preço oferecido.

Nos três meses a seguir a esta declaração, o conselho de administração deverá notificar o cedente, a fim de
determinar se este aceita ou recusa a cessão em vista. Caso tal notificação não seja efectuada no prazo de
três meses, considera-se o acordo como adquirido.
A decisão de aceitação deve ser tomada por maioria de dois terços dos administradores presentes ou
representados. Se o cedente for administrador, não poderá participar na votação. Em conformidade com a
lei e com os presentes estatutos, é necessária a presença efectiva de, pelo menos, metade dos
administradores em funções.

A decisão não é motivada e, em caso de recusa, não poderá nunca ser alvo de qualquer reclamação.

Nos 10 dias reservados à decisão, o cedente deverá ser informado por carta registada. Em caso de recusa, o
cedente disporá de oito dias para comunicar, da mesma forma, se renuncia ou não à sua pretensão de
cessão.

2.º No caso de o cedente não renunciar à sua pretensão, espera-se que o conselho de administração da
sociedade mande proceder à aquisição das acções, quer pelos accionistas, quer por terceiros, quer ainda, e
após consentimento do cedente, pela própria sociedade, visando uma redução do capital, desde que tal
decorra dentro do prazo de três meses a contar da data da notificação de recusa.

Para este efeito, o conselho de administração deverá notificar os accionistas, mediante carta registada, da
cessão prevista, solicitando a cada accionista a indicação do número de acções que pretende adquirir.

As ofertas de aquisição devem ser endereçadas pelos accionistas ao conselho de administração, mediante
carta registada com aviso de recepção, no prazo de 15 dias a contar da notificação por eles recebida.

A divisão das acções entre os accionistas compradores das acções oferecidas é efectuada pelo conselho de
administração, proporcionalmente à sua participação no capital e dentro do limite dos seus pedidos.

Se for caso disso, as acções não divididas serão atribuídas por sorteio - ao qual procederá o conselho de
administração, na presença dos accionistas compradores ou devidamente convocados - a tantos accionistas
quantas as acções que estejam por atribuir.

3.º Caso não seja enviado qualquer pedido de aquisição ao conselho de administração, dentro do prazo
acima estipulado, ou se os pedidos não se referirem à totalidade das acções oferecidas, o conselho de
administração poderá ordenar a compra das acções disponíveis por uma terceira entidade.

4.º As acções podem igualmente ser adquiridas pela sociedade, caso o cedente esteja de acordo. Para tal, o
conselho de administração deverá, em primeiro lugar, solicitar esse acordo, mediante carta registada com
aviso de recepção. O accionista cedente deverá comunicar a sua resposta no prazo de oito dias a seguir à
recepção da referida solicitação.
Em caso de acordo, o conselho de administração convoca uma assembleia geral extraordinária de
accionistas, a fim de decidir, se for caso disso, quanto à compra das acções pela sociedade e quanto à
redução do capital social em conformidade. Esta convocatória deverá ser efectuada atempadamente, a fim
de poder ser respeitado o prazo de três meses a ser seguido indicado.

Em todos os casos de compra ou recompra visados acima, o preço das acções é fixado conforme referido
no ponto 6.º abaixo.

5.º Caso não seja comprada ou recomprada a totalidade das acções no prazo de três meses a contar da data
de notificação de recusa da autorização de cessão, o accionista vendedor pode efectuar a venda em proveito
do cessionário inicial, relativamente à totalidade das acções cedidas, não obstante as ofertas de compra
parciais que tenham sido efectuadas nas condições acima indicadas.

Este prazo de três meses pode ser prorrogado mediante despacho não susceptível de recurso, do presidente
do Tribunal de Comércio, o qual deliberará por decisão de recurso, devendo o accionista cedente e o
cessionário ser devidamente convocados.

6.º No caso de as acções oferecidas serem adquiridas por accionistas ou por terceiros, o conselho de
administração notifica o accionista cedente relativamente ao nome próprio, apelidos e residência do ou dos
adquirentes.

O preço de cessão das acções é fixado por acordo entre estes e o cedente. Caso não haja acordo quanto ao
preço, o mesmo deverá ser determinado por um técnico, em conformidade com o disposto no artigo 1843.º,
n.º 4, do Código Civil.

As despesas de peritagem são divididas em duas partes iguais, uma a pagar pelo vendedor e a outra pelos
compradores.

7.º A cessão em nome do ou dos adquirentes designados é obrigatoriamente regularizada mediante a


aposição da assinatura do presidente do conselho de administração, ou de um membro do mesmo, sem que
seja necessária a assinatura do titular das acções. A notificação é dada ao referido titular por carta registada
com aviso de recepção, no prazo de oito dias a contar da determinação do preço, devendo chegar à sede da
sociedade, para regularizar esse preço, o qual não deverá produzir juros.

8.º O disposto no presente artigo é aplicável em todos os casos de cessão inter vivos, quer a título gratuito,
quer a título oneroso, enquanto que a cessão deveria ter lugar por adjudicação pública, na sequência de
decisão judicial. Estas disposições são igualmente aplicáveis em caso de entrada de capital na sociedade,
entrada parcial de activo, fusão ou cisão.
9.º A cláusula de acordo, objecto do presente artigo, pode ser aplicada igualmente à cessão dos direitos de
atribuição, em caso de aumento do capital, por incorporação de reservas, provisões ou benefícios.

Aplica-se igualmente em caso de cessão do direito de subscrição para um aumento de capital, através de
entradas de capital em numerário.

Em ambos os casos, o direito de acordo e as condições de recompra estipuladas no presente artigo  são
exercidas sobre as acções subscritas, sendo o prazo atribuído ao conselho de administração para notificação
do terceiro subscritor, quer este aceite ou não a sua continuidade como accionista, de três meses a contar da
data de realização definitiva do aumento de capital.

Em caso de recompra, o preço a pagar é igual ao valor das novas acções, determinado conforme o disposto
no artigo 1843.º, n.º 4, do Código Civil.

10.º Em caso de atribuição de acções da presente sociedade, na sequência da partilha de uma sociedade
terceira que possua tais acções em carteira, as atribuições feitas a pessoas que não tenham já a qualidade de
accionista, estarão sujeitas ao acordo instituído pelo presente artigo.

O projecto de atribuição a pessoas que não sejam accionistas, deverá, por conseguinte, ser objecto de um
pedido de acordo pelo liquidatário da sociedade, nas condições estabelecidos no ponto 1.º acima.

Caso não seja feita notificação ao liquidatário relativamente à decisão do conselho de administração no
prazo de três meses a seguir ao pedido de acordo, o referido acordo será considerado como adquirido.

Em caso de recusa de acordo dos adjudicatários, ou de alguns de entre estes, o liquidatário poderá, no prazo
de 30 dias a contar da notificação de recusa do acordo, alterar as atribuições feitas, por forma a apresentar
apenas os adjudicatários acordados.

Se não for acordado nenhum adjudicatário, como no caso em que o liquidatário não tenha alterado a sua
pretensão de partilha no prazo acima indicado, as acções atribuídas aos accionistas não acordados deverão
ser compradas ou recompradas à sociedade em liquidação, nas condições estabelecidas nos artigos 2.º e 4.º
acima.

Caso a totalidade das acções objecto da recusa de acordo não seja comprada ou recomprada no prazo
estipulado no ponto 5.º acima, a partilha poderá ser efectuada em conformidade com o projecto
apresentado.

ARTIGO 12.º
Direitos e obrigações inerentes às acções

I - Cada acção confere direito, no âmbito dos benefícios e do activo da sociedade, a uma parte proporcional
à quotização do capital que representa.

Por outro lado, confere direito de voto e representação nas assembleias gerais, nas condições legais e
estatutárias em vigor.

II  - Os accionistas são responsáveis até ao montante nominal das acções que possuem; para além desse
valor, está interdito qualquer pedido de fundos.

Os direitos e obrigações inerentes à acção acompanham o título, independentemente do seu destinatário.

A propriedade de uma acção implica o pleno direito de adesão aos estatutos da sociedade e às decisões da
assembleia geral.

III - Os herdeiros, credores, detentores de direitos, ou outros representantes de um accionista não podem
requerer a aposição dos selos judiciais nos bens e valores da sociedade, nem requerer a respectiva partilha
ou licitação, nem imiscuir-se nos actos da sua administração. Para o exercício dos seus direitos, deverão
tomar por base os inventários da sociedade e as decisões da sua assembleia geral.

ARTIGO 13.º

Conselho de administração

I - A sociedade é administrada por um conselho de administração, constituído por um mínimo de três e um
máximo de 12 membros, sob reserva da anulação prevista na lei em caso de fusão.

Ao longo da vida da sociedade, os administradores são nomeados ou renovados nas suas funções, pela
assembleia geral ordinária dos accionistas.

O número dos administradores que tenham ultrapassado os 75 anos de idade não pode ser superior a um
terço do número de administradores em funções. Qualquer nomeação que infrinja esta regra será
considerada nula. Quando esta quota estatutária fixada para a idade dos administradores é ultrapassada, o
administrador mais velho é considerado demissionário do seu cargo.

II - A duração das suas funções é no máximo de seis anos.


As funções de um administrador terminam no final da reunião da assembleia geral originária que decide
quanto às contas do exercício findo, elaborado ao longo do ano durante o qual expira o mandato do referido
administrador.

Os administradores são sempre passíveis de reeleição.

Poderão, a qualquer momento, ser alvo de revogação pela assembleia geral ordinária.

III - Os administradores podem ser pessoas singulares ou colectivas, devendo estas últimas, quando da sua
nomeação, designar um representante permanente, o qual estará sujeito às mesmas condições e obrigações
e que incorrerá as mesmas responsabilidades que incorreria como administrador em seu próprio nome, sem
prejuízo da responsabilidade solidária da pessoa colectiva que representa. Este mandato de representante
permanente é-lhe atribuído pelo mesmo tempo que a duração da pessoa colectiva que representa e deverá
ser renovado a cada renovação do mandato desta.

Se a pessoa colectiva revogar o mandato do seu representante, deverá notificar essa revogação à sociedade,
no mais breve prazo, por carta registada, assim como a identidade do seu novo representante permanente. O
mesmo sucederá em caso de falecimento, demissão ou impedimento prolongado do representante
permanente.

IV - Se um ou vários cargos de administradores ficarem vagos entre duas assembleias gerais, na sequência
de falecimento ou demissão, o conselho de administração poderá proceder a uma ou mais nomeações
necessárias, a título provisório.

As nomeações dos administradores, feitas pelo conselho de administração, estão sujeitas à ratificação da
assembleia geral ordinária mais próxima. Caso não seja feita qualquer ratificação, as deliberações tomadas
e os actos realizados anteriormente não deixam de ser válidos.

Se restar apenas um único administrador, ou dois administradores, em funções, este, ou estes, na ausência
do revisor oficial de contas, deverão convocar de imediato uma assembleia geral ordinária de accionistas
para completar o conselho.

O administrador nomeado substituto de um outro apenas permanece em funções durante o tempo que resta
do mandato do seu antecessor.

V  - Os administradores pessoas singulares não podem pertencer, no total, a mais de oito conselhos de
administração ou conselhos fiscais de sociedades anónimas com sede na França metropolitana, salvo nos
casos excepcionais previstos na lei.
Um funcionário da sociedade poderá ser nomeado administrador, caso o seu contrato de trabalho seja
anterior a um mínimo de dois anos, em relação à sua nomeação, e o mesmo disponha de um contrato de
trabalho efectivo. No entanto, o número de administradores vinculados à sociedade por um contrato de
trabalho não pode ser superior a um terço do número de administradores em funções.

ARTIGO 14.º

Acções de garantias

Cada um dos administradores deve ser titular de, pelo menos, cinco acções, ao longo de toda a vigência do
seu mandato.

Os administradores nomeados durante a vigência da sociedade podem não ser accionistas no momento da
sua nomeação, mas deverão passar a sê-lo no prazo de três meses, pois, caso assim não seja, serão
considerados como demissionários do seu cargo.

ARTIGO 15.º

Mesa do conselho de administração

O conselho de administração nomeia, entre os seus membros pessoas individuais, um presidente, ao qual
fixa a duração das respectivas funções, a qual não poderá, no entanto, exceder a duração do seu mandato de
administrador.

O conselho de administração nomeia igualmente, caso entenda útil, um ou vários vice-presidentes, aos
quais fixa também a duração das respectivas funções, mas que não poderá exceder a duração do seu
mandato de administrador.

O conselho pode igualmente nomear um secretário, ainda que fora do âmbito dos respectivos membros.

Em caso de falta ou impedimento do presidente, a sessão do conselho será presidida pelo vice-presidente
mais antigo.

Na falta deste, o conselho designa entre os seus membros o presidente da sessão.

O presidente, os vice-presidentes e o secretário podem ser sempre reeleitos.


O limite de idade para o exercício das funções de presidente e de vice-presidente está fixado em 70 anos.

Qualquer nomeação efectuada violando este limite de idade é nula.

Quando o presidente atinge a idade de 70 anos, é considerado afastado do cargo. O(s) vice-presidente(s) é
(são) igualmente considerado(s) demissionário(s) do cargo quando atingem os 70 anos.

ARTIGO 16.º

Deliberações do conselho

I - O conselho de administração reúne-se com a frequência que o interesse da sociedade exigir, mediante
convocação do seu presidente, ou de, pelo menos, um terço dos seus membros, ainda que a última reunião
tenha sido realizado há menos de dois meses.

A reunião tem lugar quer na sede social, quer em qualquer outro local indicado na convocatória.

Em princípio, a convocação deve ser feita com três dias de antecedência, por carta, telegrama ou telex, mas
também pode ser verbal e sem antecedência, se todos os administradores o permitirem.

Qualquer convocação deve mencionar as principais questões que figuram na ordem do dia.

II  - Para a validade das deliberações é necessária a presença efectiva de, pelo menos, metade dos
administradores.

As decisões são tomadas por maioria de votos dos membros presentes ou representados, sendo que cada
administrador dispõe de um voto e não pode representar mais do que um dos seus colegas. Porém, quando
o conselho de administração é chamado a deliberar sobre um projecto de cessão de acções a terceiros não
accionistas, nas condições previstas no artigo 11.º dos presentes estatutos, a decisão de aprovação é tomada
por maioria de dois terços dos votos dos membros presentes ou representados.

Em caso de empate, o presidente da cessão tem o voto de qualidade.

III - Existirá um registo de presenças, que será assinado pelos administradores que participem na sessão do
conselho de administração.
A justificação do número de administradores em exercício e da sua nomeação é válida em relação a
terceiros, pela simples, indicação na acta de cada reunião dos nomes dos administradores presentes,
representados ou ausentes.

IV  - As deliberações do conselho de administração são registadas em actas elaboradas nos termos das
disposições legais em vigor e assinadas pelo presidente da sessão e por um administrador ou, em caso de
impedimento do presidente, por dois administradores.

As cópias ou resumos destas actas são certificadas pelo presidente do conselho de administração, um
director geral, o administrador-delegado temporariamente nas funções de presidente, ou um procurador
habilitado para o efeito.

ARTIGO 17.º

Poderes do conselho de administração

O conselho de administração tem os mais amplos poderes para agir em nome da sociedade e para realizar
ou autorizar todas as operações que interessem à actividade da sociedade, conforme está indicado no
objecto da mesma.

Nas relações com terceiros, a sociedade é obrigada igualmente pelos actos do conselho de administração
que não fazem parte do objecto social, a menos que prove que estas pessoas tinham conhecimento de que o
acto em causa ultrapassava este objecto, ou que não o podiam ignorar tendo em conta as circunstâncias,
ficando excluído que a simples publicação dos estatutos é suficiente para constituir tal prova.

Quaisquer actos de administração, e mesmo de regulamentação, que não estejam expressamente reservados
à assembleia geral pela lei e pelos presentes estatutos, são da sua competência.

O conselho de administração pode delegar em mandatários à sua escolha todos os poderes, dentro dos
limites de poderes que lhe são conferidos pela lei e pelos presentes estatutos.

Pode decidir a criação de comités encarregados de estudar as questões que ele próprio ou o seu presidente
apresentem para emissão de parecer.

ARTIGO 18.º

Direcção geral - delegação de poderes


I  - O  presidente do conselho de administração assume, sob a sua responsabilidade, a direcção geral da
sociedade e representa-a nas suas relações com terceiros, com os mais amplos poderes, dentro dos limites
do objecto social, sob reserva, contudo, dos poderes expressamente atribuídos pela lei às assembleias gerais
e dos poderes específicos do conselho de administração.

O presidente obriga a sociedade, mesmo pelos actos que não fazem parte do objecto social, a menos que
esta prove que as pessoas em causa sabiam que o acto ultrapassava esse objecto, ou que essas mesmas
pessoas não podiam ignorá-lo, tendo em conta as circunstâncias.

Fica excluído que a simples publicação dos estatutos é suficiente para constituir tal prova.

Qualquer limite dos poderes do presidente, por decisão do conselho de administração, não tem efeito em
relação a terceiros.

O presidente do conselho de administração tem a faculdade de se fazer substituir parcialmente nos seus
poderes pelo número de mandatários que entender.

Em caso de impedimento temporário ou de morte do presidente, o conselho de administração pode delegar


as funções de presidente num administrador. Em caso de impedimento, esta delegação tem duração
limitada e renovável. Em caso de morte, é válida até à eleição do novo presidente.

II - Mediante proposta do presidente, o conselho de administração pode nomear um director-geral e, nos
casos autorizados pela lei, dois directores gerais.

Os directores gerais são obrigatoriamente pessoas singulares; podem ser nomeados de entre os
administradores ou fora destes.

Os directores gerais são passíveis de revogação a qualquer momento pelo conselho de administração,
mediante proposta do presidente; em caso de morte, demissão ou revogação deste último, mantêm as
funções e exercem as funções que lhes foram atribuídas até à nomeação do novo presidente, salvo decisão
em contrário do conselho.

A extensão e a duração dos poderes delegados aos directores gerais são determinadas pelo conselho de
administração de acordo com o presidente.

Porém, o limite destes poderes não é válido para terceiros, perante os quais cada director-geral tem os
mesmos poderes que o presidente.
Quando um director-geral é administrador, a duração das suas funções não pode exceder a do seu mandato.

III - O conselho de administração pode confiar a quaisquer mandatários, eleitos de entre os seus membros
ou fora deles, missões permanentes ou temporárias por ele determinadas, delegar-lhes os poderes e fixar a
remuneração que considerar conveniente.

ARTIGO 19.º

Remuneração dos administradores, do presidente, dos directores gerais e dos mandatários do conselho de
administração

I - A assembleia geral ordinária não pode atribuir remunerações de órgãos sociais aos administradores.

II  - A  remuneração do presidente do conselho de administração e a dos directores gerais é fixada pelo
conselho de administração, podendo ser fixa ou proporcional, ou simultaneamente fixa e proporcional.

III  - O  conselho de administração pode atribuir remunerações excepcionais às missões ou mandatos


confiados a administradores;

neste caso, estas remunerações são lançadas na conta de exploração e submetidas à aprovação da
assembleia geral ordinária.

Nenhuma outra remuneração, permanente ou não, para além das previstas nos presentes estatutos pode ser
atribuída aos administradores, salvo se estes estiverem ligados à sociedade por um contrato de trabalho nas
condições autorizadas pela lei.

ARTIGO 20.º

Convenções entre a sociedade e um administrador ou um director-geral

Qualquer convenção entre a sociedade e um dos seus administradores ou directores gerais, quer directa,
quer indirectamente, quer ainda por interposta pessoa, deve ser submetida à autorização prévia do conselho
de administração.
O mesmo sucede nas convenções entre uma sociedade e uma outra empresa, se um dos administradores ou
directores gerais da sociedade for proprietário, sócio em nome individual, gerente, administrador, director-
geral, membro do conselho fiscal ou do directório da empresa.

As disposições anteriores só se aplicam às convenções relacionadas com operações correntes da sociedade


e concluídas em condições normais.

O administrador ou o director-geral interessado deve informar o conselho a partir do momento em que


toma conhecimento de uma convenção submetida a autorização. Não pode tomar parte na votação sobre a
autorização solicitada.

Estas convenções são autorizadas nas condições previstas na lei.

ARTIGO 21.º

Revisores de contas

O controlo é exercido por um ou dois revisores de contas e, se for caso disso, por um ou dois revisores de
contas suplentes que são nomeados e exercem a sua missão nos termos da lei.

ARTIGO 22.º

Assembleias gerais

As decisões colectivas dos accionistas são tomadas em assembleia geral, sendo esta qualificada de
ordinária, extraordinária ou especial conforme a natureza das decisões que é chamada a tomar.

As assembleias especiais reúnem os titulares de acções de uma determinada categoria, para deliberar sobre
qualquer alteração dos direitos das acções dessa categoria. Estas assembleias são convocadas e deliberam
nas mesmas condições que as assembleias gerais extraordinárias.

Qualquer assembleia geral regularmente constituída representa a universalidade dos accionistas.

As deliberações das assembleias gerais obrigam todos os accionistas, mesmo ausentes, dissidentes ou
incapazes.

ARTIGO 23.º
Convocação e local de reunião das assembleias gerais

As assembleias gerais são convocadas quer pelo conselho de administração, quer pelo(s) revisor(es) de
contas, em caso de urgência, quer ainda por qualquer pessoa habilitada para o efeito.

As assembleias gerais reúnem-se na sede social ou em qualquer outro local indicado na convocatória.

A convocação é efectuada 15 dias antes da data da assembleia, quer mediante aviso publicado num jornal
de anúncios legais da área do local da sede social, quer através de carta registada, enviada a cada
accionista. No primeiro caso, cada um deles deve ser igualmente convocado por carta normal, ou, a seu
pedido e por sua conta, ou por carta registada.

Quando a assembleia não tiver podido deliberar por não ter reunido o quórum necessário, a segunda
assembleia e, se for caso disso, a segunda assembleia prorrogada, são convocadas com, pelo menos, seis
dias de antecedência, nas mesmas condições que a primeira. O aviso e/ou as cartas de convocação desta
segunda assembleia reproduzem a data e a ordem do dia da primeira.

Cada aviso e/ou as cartas de convocação devem conter os dados determinados pela lei.

ARTIGO 24.º

Ordem do dia

I - A ordem do dia das assembleias é determinada pelo autor da convocatória.

II  - Um ou mais accionistas, representando pelo menos o lote  mínimo de acções do capital social
estabelecido por lei, e agindo nas condições e prazo legais, têm a faculdade de requerer, por carta registada
com aviso de recepção, a inscrição na ordem do dia da assembleia de projectos de resoluções.

III - A assembleia não pode deliberar relativamente a um assunto que não esteja inscrito na ordem do dia, a
qual não pode ser alterada mediante uma segunda convocatória. Contudo, pode, em quaisquer
circunstâncias, revogar um ou mais administradores e proceder à sua substituição.

ARTIGO 25.º
Acesso às assembleias - Poderes

I  - Qualquer accionista tem o direito de assistir às assembleias gerais e de participar nas deliberações,
pessoalmente ou por representação, independentemente do número de acções que detenha, mediante a
simples comprovação da sua identidade, bem como da propriedade dos respectivos títulos, sob a forma e no
prazo mencionado na convocatória, mas nunca com uma antecedência de mais de cinco dias em relação à
reunião da assembleia.

II - Qualquer accionista só pode fazer-se representar pelo seu cônjuge ou por um outro accionista. Para esse
efeito, o representante deve comprovar o seu mandato.

Os representantes legais de accionistas juridicamente incapazes e as pessoas singulares que representem


pessoas colectivas accionistas participam nas assembleias, quer sejam ou não pessoalmente accionistas.

III  - Qualquer accionista pode votar por correspondência através de um formulário redigido e enviado à
sociedade nas condições determinadas pela lei.

ARTIGO 26.º

Folha de presenças - mesa - actas

I - Em cada assembleia existe uma folha de presenças contendo as indicações determinadas pela lei.

Esta folha de presenças, devidamente rubricada à margem pelos accionistas presentes e os seus
representantes, e à qual são anexas as procurações dadas a cada representante e ainda, se for caso disso, os
formulários de voto por correspondência, é certificada conforme pela mesa da assembleia.

II - As assembleias são presididas pelo presidente do conselho de administração ou, na sua ausência, por
um vice-presidente ou por um administrador especialmente delegado para o efeito pelo conselho.

Se a assembleia for convocada pelo(s) revisor(es) oficial (oficiais) de contas, será presidida por um deles.

Em qualquer caso, na falta da pessoa habilitada ou designada para presidir à assembleia, esta elege o seu
presidente.

As funções dos escrutinadores são desempenhadas pelos dois accionistas presentes, que aceitem essa
função, e que disponham, tanto por si próprios como na qualidade de representantes, do maior número de
votos.
A mesa assim composta designa um secretário que pode não ser accionista.

Os membros da mesa têm por missão verificar, certificar e assinar a folha de presenças, zelar pelo bom
decurso dos debates, resolver os incidentes da sessão, controlar os votos emitidos e assegurar-se da sua
regularidade e, ainda, providenciar a elaboração da acta.

III - As actas são redigidas e as cópias ou resumos das deliberações são entregues e certificadas de acordo
com a lei.

ARTIGO 27.º

Quórum - Votação - Número de votos

I  - Nas assembleias gerais ordinárias e extraordinárias, o quórum é calculado com base no conjunto das
acções que compõem o capital social e, nas assembleias especiais, no conjunto das acções de categoria
interessada, após dedução das acções privadas do direito de voto, em virtude do disposto na lei.

Em caso de votação por correspondência, só são tidos em consideração para o cálculo do quórum os
formulários recebidos pela sociedade antes da realização da assembleia, nas condições e prazos fixados por
decreto.

II  - O  direito de voto ligado às acções é proporcional ao capital que estas representam. Em caso de
igualdade de valor nominal, cada acção de capital ou de usufruto dá direito a um voto.

III  - Se as acções forem hipotecadas, o direito de voto é exercido pelo proprietário dos títulos. Para este
efeito, o credor hipotecário deposita, a pedido do seu devedor, as acções que detém em hipoteca, sob a
forma e no prazo indicado na convocatória.

A sociedade emissora não pode votar validamente com acções por ela subscritas, adquiridas ou tomadas de
penhor. Estas acções não contam para o cálculo do quórum.

IV  - A  votação tem lugar e os sufrágios são expressos, de braço no ar ou por levantados e sentados, ou
ainda por chamada nominal, conforma a mesa da assembleia decidir.

ARTIGO 28.º
Assembleia geral ordinária

I - A assembleia geral ordinária é a que é chamada a tomar todas as decisões que não alteram os estatutos.

Reúne-se pelo menos uma vez por ano, nos prazos legais e regulamentares em vigor, para deliberar sobre
as contas do exercício financeiro anterior.

Tem, entre outros poderes, os seguintes:

Aprovar, alterar ou rejeitar as contas que lhe são apresentadas;

Deliberar sobre a distribuição e afectação dos lucros, cumprindo as disposições estatutárias;

Nomear e revogar os administradores e os revisores oficiais de contas;

Aprovar ou rejeitar as nomeações de administradores efectuadas a título provisório pelo conselho de


administração;

Fixar o valor das remunerações atribuídas ao conselho de administração;

Decidir sobre o relatório especial dos revisores oficiais de contas relativamente às convenções sujeitas à
autorização prévia do conselho de administração.

II  - A  assembleia geral ordinária só delibera validamente, à primeira convocação, se os accionistas


presentes, representados ou que tenham votado por correspondência, possuírem pelo menos um quarto das
acções com direito a voto.

Numa segunda convocação, não é necessário quórum.

Esta assembleia decide por maioria dos votos de que os accionistas presentes ou representados dispõem,
incluindo os accionistas que tenham votado por correspondência.

ARTIGO 29.º

Assembleia geral extraordinária


I - A assembleia geral extraordinária é a única habilitada a alterar os estatutos em todas as suas disposições.
No entanto, não pode aumentar as responsabilidades dos accionistas, sob reserva das operações resultantes
de uma troca de um conjunto de acções decidido e efectuado de acordo com o regulamento.

II - A assembleia geral extraordinária só delibera validamente se os accionistas presentes, representados, ou


que tenham votado por correspondência, possuírem pelo menos, na primeira convocação, um terço e, na
segunda convocação, um quarto das acções com direito a voto. À falta deste último quórum, a segunda
assembleia pode ser adiada para o máximo de dois meses após a data para a qual for convocada.

Esta assembleia decide por maioria de dois terços dos votos de que disponham os accionistas presentes ou
representados, incluindo os accionistas que tenham votado por correspondência.

III - Por derrogação legal às disposições anteriores, a assembleia geral que decide um aumento de capital
pela via da incorporação de reservas, lucros ou prémios de emissão, pode decidir nas condições de quórum
e de maioria de uma assembleia geral ordinária.

Além disso, nas assembleias gerais extraordinárias chamadas a deliberar sobre a aprovação de uma entrada
em espécie ou sobre a concessão de uma vantagem especial, o autor da entrada ou o beneficiário cujas
acções são privadas do direito de voto, não tem voto deliberativo, nem por si próprio nem como
representante, devendo cada um dos outros accionistas dispor de um número de votos igual ao das acções
que possui. Este número não pode ser superior a 10, sendo que o representante de um accionista dispõe dos
votos do seu mandato nas mesmas condições e dentro dos mesmos limites.

IV - Se existirem várias categorias de acções, não poderá ser efectuada qualquer alteração aos direitos das
acções de uma destas categorias sem o voto conforme de uma assembleia geral extraordinária, aberta a
todos os accionistas e ainda sem a votação, igualmente conforme, de uma assembleia especial aberta
unicamente aos titulares das acções da categoria afectada.

As assembleias especiais são convocadas e deliberam nas mesmas condições que a assembleia geral
extraordinária, sob reserva das disposições especiais aplicáveis às assembleias de titulares de acções com
dividendo prioritário sem direito a voto.

ARTIGO 30.º

Direito de comunicação dos accionistas

Qualquer accionista tem o direito de obter a comunicação dos documentos necessários para lhe permitir
pronunciar-se com conhecimento de causa e fazer uma apreciação informada sobre a gestão e o andamento
dos negócios da empresa.

A natureza destes documentos e as condições do seu envio ou disponibilização são determinadas pela lei.

ARTIGO 31.º

Exercício financeiro

O exercício financeiro tem início em 1 de Janeiro e termina em 31 de Dezembro de cada ano.

Excepcionalmente, o primeiro exercício financeiro compreende o período entre a data de inscrição da


sociedade no registo comercial e 31 de Dezembro de 1996.

ARTIGO 32.º

Inventário - contas anuais

É obrigatória a realização de uma contabilidade regular das operações sociais, nos termos da lei e das
disposições do Código de Seguros.

No fecho de cada exercício, o conselho de administração elabora o inventário dos diversos elementos do
activo e do passivo existentes nesta data.

Elabora igualmente o balanço que descreve os elementos activos e passivos, destacando o capital próprio, a
demonstração de resultados, com as receitas e despesas do exercício, assim como o anexo que completa e
comenta a informação dada no balanço e na demonstração de resultados.

A empresa procederá, mesmo em caso de ausência ou de insuficiência de lucros, às amortizações e


provisões necessárias. O valor das obrigações caucionadas, avalizadas ou garantidas pela sociedade é
mencionado a seguir ao balanço.

O conselho de administração elabora o relatório de gestão sobre a situação da sociedade durante o exercício
transacto, a sua evolução previsível, os acontecimentos importantes ocorridos entre a data de fecho do
exercício e a data na qual o mesmo foi elaborado e as suas actividades em matéria de investigação e
desenvolvimento.

ARTIGO 33.º
Determinação e distribuição dos lucros

A demonstração de resultados, que recapitula as receitas e despesas do exercício, indica, por diferença,
após dedução das amortizações e provisões, o lucro do exercício.

Do lucro do exercício deduzido, se for caso disso, das perdas anteriores, são retirados pelo menos, 5% para
constituir o fundo de reserva legal. Esta retirada deixa de ser obrigatória a partir do momento em que o
fundo de reserva atingir um décimo do capital social, sendo retomada quando, por qualquer razão, a reserva
legal descer abaixo desse décimo.

O lucro a distribuir é constutído pelo lucro do exercício deduzido das perdas anteriores e das somas
retiradas para a reserva, segundo os termos da lei e dos estatutos, e acrescido do lucro transitado do
exercício anterior.

Este lucro é distribuído por todos os accionistas, na proporção do número de acções detidas por cada um. A
assembleia geral pode decidir a distribuição de valores retirados das reservas que tem ao seu dispor,
indicando expressamente as rubricas da reserva nas quais as retiradas foram efectuadas.

Todavia, os dividendos são retirados prioritariamente em relação aos lucros do exercício. À excepção dos
casos de redução do capital, não pode ser efectuada qualquer distribuição aos accionistas quando os
capitais próprios se tiverem tornado, na sequência desta, inferiores ao valor do capital, acrescido das
reservas que a lei ou os estatutos não permitem distribuir.

A diferença de reavaliação não pode ser distribuída, podendo ser incorporada, na íntegra ou em parte, ao
capital.

Porém, após a retirada dos valores transitados para reserva, nos termos da lei, a assembleia geral pode
retirar todos os valores que considere conveniente afectar à dotação de todos os fundos de reservas
facultativos, ordinários ou extraordinários, ou transitar para o saldo do exercício seguinte.

As diferenças de realização não são passíveis de distribuição, podendo ser incorporadas na totalidade ou
em parte do capital.

No entanto, após o levantamento das quantias levadas ao fundo de reserva, e em conformidade com a lei, a
assembleia geral pode proceder ao levantamento das quantias que considere dever afectar à dotação dos
fundos de reservas facultativos, ordinários ou extraordinários, ou voltar a transferi-las.
ARTIGO 34.º

Modalidades de pagamento dos dividendos

I  - A  assembleia geral tem a faculdade de dar a cada accionista, relativamente à totalidade ou parte do
dividendo a distribuir, uma opção entre o pagamento do dividendo em acções, nas condições legais, ou em
numerário.

II - As modalidades de pagamento dos dividendos em numerário são fixadas pela assembleia geral ou, na
falta desta, pelo conselho de administração.

O pagamento dos dividendos em numerário deve ter lugar no prazo máximo de nove meses após o fecho do
exercício, salvo prorrogação deste prazo por autorização judicial.

Os dividendos não reclamados no prazo de 5 anos a partir da data em que são postos a pagamento estão
interditos.

ARTIGO 35.º

Capital próprio de valor inferior a metade do capital social

Se, devido a perdas constatadas nos documentos contabilísticos, o capital próprio da empresa se tornar
inferior a metade do capital social, o conselho de administração é obrigado, nos quatro meses subsequentes
à aprovação das contas que deram a conhecer as perdas, a convocar uma assembleia geral extraordinária de
accionistas, com vista a decidir se haverá ou não lugar à dissolução antecipada da sociedade.

Se a dissolução não for pronunciada, o capital deverá ser, no prazo fixado pela lei e sob reserva das
disposições do artigo 8.º - II acima, reduzido em valor igual ao das perdas constatadas, caso, dentro deste
prazo, os capitais próprios não voltem a ser, pelo menos, equivalentes a metade do capital social.

Em ambos os casos, a decisão da assembleia geral é publicada nas condições regulamentares.

Em caso de não cumprimento das disposições de uma ou mais alíneas  acima indicadas, qualquer
interessado pode requerer judicialmente a dissolução da sociedade. O mesmo sucede se os accionistas não
tiverem conseguido deliberar validamente.

Todavia, o tribunal não pode pronunciar a dissolução se, no dia em que se pronunciar sobre o mérito da
causa, a regularização tiver tido lugar.
ARTIGO 36.º

Dissolução - liquidação

Salvo os casos de dissolução judicial previstos na lei, haverá lugar à dissolução da sociedade terminado o
prazo fixado pelos estatutos ou por decisão da assembleia geral extraordinária dos accionistas.

Nesse caso, serão nomeados por esta assembleia geral extraordinária, nas condições de quórum e de
maioria previstas para as assembleias gerais ordinárias, um ou mais liquidatários.

O liquidatário representa a sociedade. Está investido dos mais amplos poderes para realizar o activo,
mesmo pela via amigável. Está também habilitado a pagar aos credores e distribuir o saldo disponível.

A assembleia geral de accionistas pode autorizá-lo a prosseguir os negócios em curso ou a empreender


novos negócios para efeitos da liquidação.

A distribuição do activo líquido que subsista após reembolso do valor nominal das acções é efectuada entre
os accionistas, na proporção da respectiva participação no capital.

ARTIGO 37.º

Litígio

Quaisquer litígios que possam sobrevir durante a vigência da sociedade ou a sua liquidação, seja entre os
accionistas, os administradores e a sociedade, seja entre os próprios accionistas, relativamente aos assuntos
sociais, serão julgados nos termos da lei e estão sujeitos à jurisdição dos tribunais competentes. (Consta
apostilha da Convenção de Haia com o n.º 1775/01, de 16 de Janeiro de 2001)

Eu, abaixo assinado, Jacques JUSOT, notário em Paris (75008) 6, Rue de Miromesnil, certifico como
verdadeira e autêntica a assinatura de Jean-Louis de MOURGES, aposta acima.

Paris, 11 de Janeiro de 2001.

Está conforme o original.


15 de Março de 2001. - A Ajudante, Maria da Graça Bicho Martins.

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