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Código do Registo Comercial - Decreto-Lei n.

º 42 644, de 13 de Agosto de 1966


SUMÁRIO:
Actualiza as disposições privativas do Registo Comercial.

NOTA 1: De acordo com a Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro, são subsidiariamente aplicáveis ao Registo Comercial, com as necessárias adaptações, os
preceitos legais reguladores do Registo Predial que não sejam contrários à natureza do Registo Comercial e às disposições do seu Capítulo V.
NOTA 2: De acordo com a Portaria n.º 22 139, de 29 de Julho de 1966, as referências ao Diário do Governo, conservatórias de Lisboa e Porto,
conservatórias de registo predial e comercial e secções de finanças consideram-se feitas, respectivamente, a Boletim Oficial, conservatórias do
registo comercial, conservatórias dos registos e repartições de Fazenda.

APROVADO POR:
Decreto-Lei n.º 42 644, de 13 de Agosto de 1966

ALTERADO POR:
Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro (última alteração)
Portaria n.º 24 129, de 7 de Julho de 1969
Portaria n.º 22 139, de 29 de Julho de 1966

Preâmbulo
A Publicação do novo Código do Registo Predial, destinado a entrar em vigor no próximo dia 1 de Janeiro de 1960, obriga a rever paralelamente
as disposições privativas do registo comercial (ainda hoje fundamentalmente contidas no Regulamento de 15 de Novembro de 1888), no
sentido de as actualizar, por um lado, e de as adaptar, por outro, às novas directrizes da disciplina comum da instituição do registo, da qual o
ramo comercial constitui pura especialidade.
Nestes termos:
Usando da faculdade conferida pela 1.ª parte do n.º 2 do artigo 109.º da Constituição, o Governo decreta e eu promulgo, para valer como lei, o
seguinte:

Artigo 1.º Finalidade do registo


O registo comercial tem essencialmente por fim dar publicidade à qualidade de comerciante das pessoas singulares e colectivas, bem como aos
factos jurídicos, especificamente na lei, referentes aos comerciantes e aos navios mercantes
NOTA: Revogado pela Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro.

Artigo 2.º Âmbito do registo comercial


O registo comercial compreende:

a) a matrícula dos comerciantes em nome individual;


b) a matrícula das sociedades;
c) a matrícula dos navios mercantes;
d) a inscrição dos factos jurídicos a ele sujeitos, referentes aos comerciantes em nome individual, às sociedades e aos navios matriculados.

NOTA: Revogado pela Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro.

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Artigo 3.º Factos sujeitos a registos referentes aos comerciantes
Estão sujeitos a registo:

a) (revogado);
b) (revogado);
c) o mandato comercial escrito, na sua modificação, renovação, revogação ou renúncia;
d) a nomeação, recondução, exoneração de gerentes, administradores, governadores, directores, representantes e liquidatários das
sociedades;
e) a constituição, prorrogação, transformação, fusão, incorporação, dissolução ou liquidação das sociedades, bem como a redução, o reforço e
a reintegração do capital social e, em geral, toda e qualquer alteração dos respectivos pactos ou estatutos;
f) a emissão de acções, obrigações, cédulas ou escritos de obrigação geral das sociedades ou de particulares e sua amortização, ordinária ou
extraordinária;
g) a transmissão de acções e obrigações das sociedades referidas no artigo 5.º do Decreto de 9 de Novembro de 1910, bem como a transmissão
de acções das sociedades referidas no artigo 10.º do Decreto n.º 14 495, de 28 de Outubro de 1927, e das abrangidas pelo § 2.º do Decreto n.º 19
354, de 3 de Janeiro de 1931;
h) a transmissão da propriedade ou do usufruto de quotas das sociedades por quotas ou a divisão destas quotas e a cedência de parte do
capital social nas sociedades em nome colectivo;
i) a amortização de quotas e a exclusão de sócios remissos das sociedades por quotas;
j) a autorização para o nome ou apelido de sócio, que se retira ou falece, ser mantido na firma social;
k) a transferência de todos ou de parte dos ramos de seguros das sociedades de seguros que exerçam indústria no País;
l) os balanços das sociedades anónimas e os das sociedades por quotas que exerçam o comércio bancário, nos termos prescritos no artigo
149.º do Código Comercial e no § único do artigo 44.º da Lei de 11 de Abril de 1911;
m) o penhor, o arresto e a penhora de quotas de sociedades por quotas;
n) quaisquer outros factos referentes aos comerciantes que a lei expressamente declare sujeitos ao regime comercial.

NOTA 1: Redacção actualizada pela Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro.

NOTA 2: De acordo com a Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro, o registo dos factos indicados nas alíneas e), h) e i) do presente artigo deve ser requerido
no prazo de 90 dias a contar da data dos respectivos títulos.

NOTA 3: De acordo com a Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro, o registo dos factos indicados na alínea c) do presente artigo só pode ser pedido por
qualquer interessado, se os respectivos gerentes, administradores e outros representantes o não fizerem dentro do prazo legalmente fixado.

NOTA 4: De acordo com a Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro, é obrigatória a publicação dos factos sujeitos a registo previstos na alínea c) do presente
artigo.
NOTA 5: De acordo com a Portaria n.º 22 139, de 29 de Julho de 1966, a referência no artigo 83 do Decreto 42 645, de 13 de Agosto de 1966 ao n.º
6 do artigo 49.º do Código Comercial considera-se extensiva à alínea f) do presente artigo.

Artigo 4.º Factos sujeitos a registos referentes a navios


Estão sujeitos a registo, quando referentes a navios:
a) os factos jurídicos que importem reconhecimento, aquisição ou divisão do direito de propriedade;
b) os factos jurídicos que importem reconhecimento, constituição, aquisição, modificação ou extinção do direito de usufruto;
c) os contratos de construção ou de grande reparação;
d) as hipotecas, sua modificação ou extinção, bem como a cessão da hipoteca ou do grau de propriedade do respectivo registo;
e) o penhor de créditos hipotecários;
f) a penhora, o arresto e o arrolamento de navios ou de créditos hipotecários, bem como quaisquer outros actos ou providências que afectem
a livre disposição deles;
g) a cessão de créditos hipotecários e a sub-rogação neles.

Artigo 5.º Acções e decisões judiciais sujeitas a registo


Estão igualmente sujeitas a registo:

a) as acções que tenham como fim, principal ou acessório, declarar, fazer reconhecer, constituir, modificar ou extinguir qualquer dos direitos
referidos nos artigos anteriores ou a reforma, a declaração de nulidade ou a anulação de um registo ou do seu cancelamento;
b) (revogado)
c) as acções de divórcio, anulação ou declaração de nulidade do casamento e as de interdição, relativas a comerciantes em nome individual,
assim como a de levantamento desta.
d) as acções de anulação de deliberações sociais e os respectivos actos preparatórios de suspensão;
e) as decisões finais, com trânsito em julgado, proferidas nas acções e actos preparatórios referidos nas alíneas anteriores;
f) as sentenças declaratórias da falência e o seu trânsito em julgado ou a sua revogação;
g) os despachos, com trânsito em julgado, de levantamento da interdição ou de reabilitação de falido;
h) os despachos de recebimento de concordata, acordo de credores e moratória, bem como as respectivas sentenças de homologação ou
rejeição, com trânsito em julgado.

NOTA: Redacção actualizada pela Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro.

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Artigo 6.º Matrículas obrigatórias e facultativas
A matrícula das sociedades e navios é obrigatória; é facultativa a dos comerciantes em nome individual.

Artigo 7.º Presunção jurídica da qualidade de comerciante


A matrícula das pessoas singulares ou colectivas constitui presunção jurídica da sua qualidade de comerciante.

NOTA: Revogado pela Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro.

Artigo 8.º Da matrícula, como condição de registo dos factos a eles sujeitos
Nenhum facto pode ser levado a registo comercial sem que o comerciante ou o navio a que respeite se mostre devidamente matriculado.

Artigo 9.º Sanção para a falta de matrícula das sociedades


As sociedades não matriculadas não poderão prevalecer-se da qualidade de comerciante em relação a terceiros, mas não poderão invocar a
falta da matrícula para se subtraírem às responsabilidades e obrigações inerentes a essa qualidade.

Artigo 10.º Sanção para a falta de matrícula dos navios


Os navios sujeitos a matricula não poderão compreender qualquer viagem enquanto não estiverem matriculados.

Artigo 11.º Primeira inscrição referente às sociedades


1. Nenhum facto referente a sociedades pode ser registado sem que se mostre efectuada a inscrição da respectiva constituição.
2. Exceptuam-se a falência, a concordata, o acordo de credores e a moratória, bem como a penhora e o arresto sobre quotas ou partes sociais.

Artigo 12.º Primeira inscrição referente a navios


1. A primeira inscrição referente a navios será a da sua construção ou aquisição.
2. A hipoteca provisória de navios em construção ou a construir, bem como a sua penhora, arresto ou arrolamento, podem, porém, ser
registados, independentemente da prévia inscrição referida no número anterior.

Artigo 13.º Factos sujeitos a registo obrigatório


1. O registo da constituição das sociedades, bem como das subsequentes alterações do pacto social, será obrigatoriamente requerido no prazo
de noventa dias, a contar da data da correspondente escritura.
2. Relativamente aos factos já titulados, o registo deve ser requerido dentro do prazo de um ano, contados da data da entrada em vigor do
presente diploma.

NOTA 1: Redacção actualizada pela Portaria n.º 22 139, de 29 de Julho de 1966.


NOTA 2: Revogado pela Lei n.º 1/97, de 17 de Janeiro.

Artigo 14.º Sanção da falta de cumprimento da obrigação de registar


1. As sociedades que não requeiram, dentro do prazo legal, a inscrição dos factos sujeitos a registo obrigatório incorrem na pena de multa de
100$00 até 5000$00.
2. Havendo procedimento criminal, o quantitativo da multa será fixado pelo juiz em atenção ao capital social da sociedade infractora.

NOTA 1: Redacção actualizada pela Portaria 24 129, de 7 Julho de 1969.


NOTA 2: Revogado pela Lei 1/97, de 17 de Janeiro.

Artigo 15.º Remessa das relações mensais dos actos notariais referentes às
sociedades
Até ao último dia de cada mês, devem os notários remeter às conservatórias competentes a relação dos documentos referentes às sociedades
lavrados no mês anterior para prova dos factos sujeitos a registo obrigatório.

Artigo 16.º Disposições transitórias


As sociedades por quotas que, por falta de títulos bastantes, estejam impossibilitadas de levar a registo qualquer alteração introduzida no
pacto social, por deliberação tomada, há mais de dez anos, pela respectiva Assembleia Geral, podem, dentro do prazo a que se refere o n.º 2 do
artigo 13.º e para fins de registo, suprir a falta de título mediante justificação notarial.

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Artigo 17.º Em que consiste a justificação notarial
1. A justificação notarial, para fins de registo, consiste na reconstituição das obrigações introduzidas no pacto social, por meio de declarações
prestadas na escritura pública por três sócios fundadores ou por mandatários seus, com poderes especiais e confirmada por mais três
declarantes que o notário reconheça idóneos, em que se especifiquem as alterações verificadas e as datas das respectivas deliberações sociais,
bem como as circunstâncias que impossibilitam a sociedade de as comprovar pelos meios normais.
2. A escritura de justificação deve ser instruída com certidão de teor da matrícula da sociedade e das inscrições em vigor que lhe respeitem, com
os documentos comprovativos de estar efectuado ou assegurado o pagamento dos impostos devidos pelas transmissões das quotas, quando
as houver e, bem assim, como quaisquer outros documentos que os justificantes apresentem para corroborar as suas declarações.
3. É aplicável a esta escritura, com as necessárias adaptações, o disposto nos artigos 212.º e seguintes do Código do Registo Predial.

Artigo 19.º Direito aplicável


1. São aplicáveis ao registo comercial, com as necessárias adaptações, todas as disposições legais relativas ao registo predial que não forem
contrárias à natureza daquele e às disposições especiais do presente diploma ou do respectivo regulamento.
2. Ao registo de navios são ainda aplicáveis, nos mesmos termos, as normas regulamentares da marinha mercante.

Artigo 18.º Emolumentos e taxas devidos por actos de registo


Pelos actos praticados nos serviços do registo comercial serão cobrados os emolumentos e as taxas constantes das tabelas vigentes nas
diversas províncias ultramarinas.

NOTA: Redacção actualizada pela Portaria n.º 22 139, de 29 de Julho de 1966.

Artigo 20.º
O presente diploma começará a vigorar, em todo o continente e ilhas adjacentes, no dia 1 de Janeiro de 1960.
Publique-se e cumpra-se o que nele se contém.

Paços do Governo da República, 14 de Novembro de 1959. - AMÉRICO DEUS RODRIGUES THOMAZ - António de Oliveira Salazar - Pedro
Theotónio Pereira - Júlio Carlos Alves Dias Botelho Moniz - Arnaldo Schulz- João de Matos Antunes Varela - António Manuel Pinto Barbosa -
Afonso Magalhães de Almeida Fernandes - Fernando Quintanilha Mendonça Dias - Marcelo Gonçalves Nunes Duarte Mathias - Eduardo de
Arantes e Oliveira - Vasco Lopes Alves - Francisco de Paula Leite Pinto - José do Nascimento Ferreira Dias Júnior - Carlos Gomes da Silva Ribeiro -
Henrique Veiga de Macedo - Henrique de Miranda Vasconcelos Martins de Carvalho.

ANEXO
Tabela de emolumentos do registo comercial
Artigo 1.º Por cada nota de apresentação no Diário, a que corresponda um só número de ordem.....7$00
Artigo 2.º Por cada matrícula:

a) De comerciante em nome individual.....70$00


b) De sociedade ou de navios.....40$00

Artigo 3.º1. Por cada inscrição.....50$00


2. Sendo a inscrição de valor determinado e superior a 5000$, acresce sobre o total do valor, por cada, 1000$ ou fracção:

a) Até 5 000 000$.....2$00


b) Acima de 5 000 000$ até 10 000 000$, mais, sobre o excedente.....1$50
c) Acima de 10 000 000$ até 20 000 000$, mais, sobre o excedente.....1$00
d) Acima de 20 000 000$, mais, sobre o excedente.....$50

3. Se a inscrição for de escritura antenupcial, de valor indeterminado será cobrado o emolumento único de.....150$00
Artigo 4.º Nas inscrições que tenham por objecto qualquer modificação parcial do pacto social, que não envolva aumento do capital social, o
emolumento previsto no n.º 2 do artigo anterior é reduzido a metade.
Artigo 5.º Pela transcrição, fundada na mudança voluntária da sede da sociedade ou da capitania do navio:

a) De cada matricula e seus averbamentos.....20$00


b) De cada inscrição e seus averbamentos.....30$00

Artigo 4.º Nas inscrições que tenham por objecto qualquer modificação parcial do pacto social, que não envolva aumento de capital, o
emolumento previsto no n.º 2 do artigo anterior é reduzido a metade.
Artigo 5.º Pela transcrição, fundada na mudança voluntária da sede da sociedade ou da capitania do navio:

a) De cada matrícula e seus averbamentos.....20$00


b) De cada inscrição e seus averbamentos.....30$00

Artigo 6.º 1. Por cada averbamento do cancelamento da matrícula.....30$00


2. O emolumento por cada averbamento do cancelamento de matrículas transferidas nas condições previstas no artigo anterior, a realizar,
oficiosamente, na conservatória onde essas matrículas foram inicialmente abertas, será cobrado na conservatória da transcrição,
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conjuntamente com os emolumentos devidos por esta.
Artigo 7.º 1. Por cada averbamento de cancelamento de inscrições e pelos de penhor, penhora, arresto ou arrolamento de créditos
hipotecários, bem como de cessão ou transmissão de direitos constantes da inscrição, serão devidos os emolumentos dos n.ºs 1 e 2 do
artigo 3.º, reduzidos a metade.
2. Nos cancelamentos parciais observar-se-á, com as necessárias adaptações, o disposto no n.º 2 do artigo 5.º da tabela do registo predial.
Artigo 8.º Por qualquer averbamento, excluídos os referidos nos artigos anteriores.....20$00
Artigo 9.º 1. Pela busca de cada matrícula.....5$00
2. Se, simultâneamente, forem requeridos, pelo mesmo requerente, vários actos de registo referentes ao mesmo comerciante ou navio, a
busca só será contada em relação ao primeiro acto.
3. O emolumento de busca não é devido quando o requerente indique o número da respectiva matrícula.
Artigo 10.º Pela redacção antecipada de cada minuta avulsa, para fins de passagem de certidão comprovativa de que o registo requerido
está em condições de ser realizado.....30$00
Artigo 11.º 1. Por cada certificado ou certidão de teor.....15$00
2. Se o certificado ou certidão ocuparem mais de duas páginas, por cada página ou fracção a mais acrescerá.....4$00
Artigo 12.º 1. Por cada certidão de narrativa.....30$00
2. Se a certidão for em parte de narrativa e em parte de teor, cobrar-se-á somente o emolumento deste artigo.
2. Se a certidão for apenas de apresentação dos títulos a registo, o emolumento do n.º 1 é reduzido a metade.
3. É aplicável às certidões de narrativa o disposto no n.º 2 do artigo anterior.
Artigo 13.º Por cada nota de registo.....7$50
Artigo 14.º Por cada informação dada por escrito:

a) Em relação a um comerciante ou navio.....10$00


b) Por cada comerciante ou navio a mais.....2$50
c) Não respeitando a comerciante ou navio.....10$00

Artigo 15.º 1. Por cada nota lançada nos livros das sociedades comerciais, nos termos previstos no § 1.º do artigo 77.º do Código das Custas
Judiciais, é devido o emolumento do artigo 8.º
2. Se, na mesma ocasião, forem apresentados diversos livros da mesma sociedade, só se contará uma busca para todas as notas, bem
como, para todas elas, se fará uma única conta, a qual será lançada num dos livros, com a indicação do número dos apresentados; nas
notas exaradas nos restantes livros apenas se mencionará o livro em que a conta global foi lançada e o número do seu registo.
3. As notas são lavradas independentemente da apresentação no Diário.
Artigo 16.º Os registos de actos respeitantes a sociedades cooperativas beneficiam da redução de 50 por cento dos emolumentos.
Artigo 17.º 1. Para efeito desta tabela, o valor do facto registado será, em regra, o que conste dos respectivos títulos ou o que lhe for
atribuído pelas partes, na falta daquele ou se lhe for superior.
2. Se nos títulos forem mencionados diversos valores, atender-se-á ao mais elevado ou à soma desses valores, quando acresçam entre si, ao
facto registado.
Artigo 18.º 1. Se a inscrição tiver por objecto a constituição de uma sociedade ou a alteração de pacto social, o valor do facto inscrito será o
do respectivo capital ou, no caso de alteração, aquele com que a sociedade ficar.
2. Se o facto inscrito consistir apenas no aumento de capital, o valor a considerar será, porém, sòmente o do aumento.
3. Se, além do aumento de capital, houver alteração parcial de quaisquer cláusulas do pacto, atender-se-á ao valor do aumento ou ao da
alteração, conforme o que produzir maior aumento de emolumento.
4. Havendo alteração total do pacto, com ou sem aumento do capital social, atender-se-á sempre à alteração do valor.
Artigo 19.º 1. Na hipoteca ou no penhor relativos a crédito que vença juros, só os de um ano serão considerados para a determinação do
valor do facto registado.
2. O valor da penhora, arresto ou arrolamento será o da importância líquida que se destine a assegurar ou o dos bens a acautelar.
3. O valor de qualquer averbamento sobre créditos hipotecários ou pignoratícios nunca será superior ao valor do respectivo crédito.
Artigo 20.º 1. Sempre que não seja possível determinar, mediante a aplicação das normas previstas nos artigos antecedentes, o valor do
facto registado, será este considerado de valor indeterminado.
2. A falência e os balanços são, para fins emolumentares, factos de valor indeterminado.
Artigo 21.º Os emolumentos devidos pelos registos em que seja determinado o valor, mas representado em moeda estrangeira, são
calculados pelo câmbio da véspera do dia da apresentação.
Artigo 22.º É aplicável, com as necessárias adaptações, aos registos respeitantes a diversos navios, o disposto no artigo 16.º da tabela do
registo predial.
Artigo 23.º O imposto de selo devido pelo certificado, certidões e notas de registo é pago separadamente pelos requerentes.
Artigo 24.º Para reembolsar as despesas referidas no artigo 154.º da Lei n.º 2049, podem os conservadores cobrar as seguintes taxas:

a) Por linha, nos livros A, E e F.....$30


b) Por lauda, nos livros B, C e D 15$00

Artigo 25.º O total dos emolumentos, bem como das taxas de reembolso, será arredondado, por excesso, em escudos.
Artigo 26.º Os emolumentos e demais encargos devidos pelo registo de falência, mandato, moratória e acordo de credores são liquidados
quando forem pagas as custas dos respectivos processos, para o que o conservador remeterá, oficiosamente, ao tribunal a competente
nota de registo, com a conta em dívida.
Artigo 27.º 1. A presente tabela não admite qualquer interpretação extensiva, ainda que haja identidade ou maioria de razão.
2. No caso de dúvida sobre se é devido um ou outro emolumento cobrar-se-á sempre o menor.

O Ministério da Justiça, 14 de Novembro de 1959. - O Ministro da Justiça, João de Matos Antunes Varela.

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