Você está na página 1de 5

NOÇÕES DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

Gestão de Riscos

 Gestão de Riscos: é um processo fundamental para a governança corporativa de uma organização, consistindo na identificação,
avaliação e mitigação dos riscos aos quais a empresa está exposta, buscando minimizar a probabilidade e o impacto de eventos
adversos que possam afetar os objetivos da empresa.
 A gestão de riscos pode ser dividida em 3 etapas principais: identificação, avaliação e mitigação.
 Etapa de Identificação: são identificados os riscos aos quais a empresa está exposta, tanto internos quanto externos.
 Etapa de Avaliação: é feita uma análise de probabilidade e do impacto de cada risco identificado.
 Etapa de Mitigação: são definidas ações para minimizar a probabilidade e o impacto dos riscos identificados.
 A gestão de riscos é importante para a governança corporativa, pois ajuda a garantir a eficiência e eficácia das operações da
empresa, além de proteger a empresa contra perdas financeiras e danos à reputação, também podendo contribuir para o
aumento da confiança dos investidores, clientes e demais stakeholders na empresa.
 A gestão de riscos pode ser implementada por meio de um sistema de gestão de riscos, que consiste em um conjunto de
políticas, processos e procedimentos para a identificação, avaliação e mitigação dos riscos.
 O sistema de gestão de riscos deve ser integrado aos demais sistemas de gestão da empresa, como o sistema de gestão de
qualidade e o sistema de gestão ambiental.
 A gestão de riscos também pode ser realizada por meio de uma abordagem baseada em padrões e melhores práticas, como a
ISSO 31.000, que é uma norma internacional que estabelece princípios e diretrizes para a gestão de riscos. Outros padrões e
melhores práticas incluem: COSO ERM, NIST SP 800-30 e ISO 27005.
 A governança corporativa deve ser responsável por garantir a efetividade da gestão de riscos na empresa, e que a mesma esteja
devidamente implementada na empresa, devendo fornecer a estrutura necessária para que a gestão de riscos seja eficaz,
incluindo a definição de políticas e diretrizes, a alocação de recursos, a monitoração do desempenho e a avaliação contínua da
eficácia do sistema de gestão de riscos.
 A gestão de riscos é um processo fundamental para a governança corporativa de uma organização, pois ajuda a minimizar a
probabilidade e o impacto de eventos adversos que possam afetar os objetivos da empresa, podendo ser implementada por
meio de um sistema de gestão de riscos integrado aos demais sistemas de gestão da empresa, ou por meio de uma abordagem
baseada em padrões e melhores práticas.
Processos de Análise e Tomada de Decisão

 Governança Corporativa: é o conjunto de práticas e processos que buscam garantir a transparência, responsabilidade e ética na
gestão das empresas, visando proteger os interesses dos acionistas, investidores e demais partes interessadas.
 A análise e tomada de decisão é um dos processos fundamentais da governança corporativa, envolvendo a avaliação criteriosa
de informações e dados relevantes para a empresa, com o objetivo de tomar decisões estratégicas e operacionais que
impactam diretamente nos resultados da organização.
 Os processos de análise e tomada de decisão em governança corporativa envolvem diversas etapas e ferramentas que
permitem a empresa avaliar as informações disponíveis e escolher a melhor opção para a organização.
 A análise e tomada de decisão na governança corporativa requerem um processo sistemático e cuidadoso, que envolve a
identificação de alternativas de ação, avaliação dos riscos envolvidos e escolha da melhor opção para a empresa. Para isso, é
necessária uma equipe qualificada e experiente, que possua visão estratégica do negócio e conhecimento profundo das áreas
de atuação da empresa.
 Os processos de análise e tomada de decisão são contínuos e precisam ser adaptados às mudanças no ambiente interno e
externo da empresa.
 Principais etapas e ferramentas utilizadas em Processos de Análise e Tomada de Decisão:
a) Coleta de Dados: o processo de análise e tomada de decisão começa com a coleta de dados e informações relevantes para a
empresa. Esses dados podem ser obtidos por meio de diversas fontes, tais como: relatórios financeiros, pesquisas de
mercado, análise da concorrência, etc.
b) Análise de Dados: depois de coletar os dados, é necessário fazer uma análise criteriosa das informações para identificar
tendências, oportunidades e ameaças para a empresa. É importante utilizar ferramentas de análise, gráficos, tabelas e
indicadores.
c) Identificação de Alternativas: com base na análise de dados, a empresa pode identificar diversas alternativas de ação para
alcançar seus objetivos estratégicos. Essas alternativas podem incluir mudanças na estrutura organizacional, lançamento de
novos produtos ou serviços, expansão para novos mercados, entre outras.
d) Avaliação de Riscos: depois de identificar as alternativas, é necessário avaliar os riscos envolvidos em cada opção. A avaliação
de riscos ajuda a empresa a entender os potenciais impactos negativos de cada alternativa e a tomar decisões mais
informadas e seguras.
e) Escolha da Melhor Opção: com base na análise de dados e avaliação de riscos, a empresa pode escolher a melhor opção para
alcançar seus objetivos estratégicos. Nessa etapa, é importante considerar fatores como viabilidade financeira, recursos
necessários e potencial de retorno sobre o investimento.
f) Implementação da decisão: depois de escolher a melhor opção, a empresa precisa implementar a decisão de forma efetiva e
eficiente. Isso pode envolver a definição de metas e indicadores de desempenho, a alocação de recursos, o monitoramento
constante e a realização de ajustes conforme necessário.
Gerenciamento de Crises

 Gerenciamento de crises: é uma área essencial da gestão empresarial que se concentra em identificar e lidar com situações
críticas que possam afetar a reputação e a estabilidade financeira da empresa, tais como desastres naturais, problemas de
saúde pública, escândalos corporativos, disputas de propriedade intelectual e falhas de segurança cibernética.
 O gerenciamento de crises requer um plano de ação prévio que envolve a identificação de riscos potenciais e a implementação
de medidas de mitigação, podendo incluir a criação de um plano de continuidade de negócios, designação de uma equipe de
gerenciamento de crises e comunicação clara de papeis e responsabilidades.
 Um dos principais objetivos do gerenciamento de crises no âmbito de governança corporativa é minimizar o impacto da crise na
reputação e na estabilidade financeira da empresa. Isso envolve uma comunicação eficaz com stakeholders (acionistas,
funcionários, cliente e parceiros de negócios), a fim de manter a transparência e a confiança.
 O gerenciamento de crises no âmbito de governança corporativa também pode envolver a revisão e atualização contínuas das
políticas e práticas de governança da empresa, a fim de garantir que estejam alinhadas com as melhores práticas do setor e que
permitam a prevenção de crises futuras.
 O gerenciamento de crises no âmbito de governança corporativa é um processo essencial para qualquer empresa que deseje se
proteger de possíveis crises e manter a confiança de seus stakeholders, tratando-se de um esforço contínuo que requer uma
abordagem proativa e uma cultura organizacional comprometida com a transparência, a responsabilidade e a ética.
 O gerenciamento de crises também pode envolver a realização de treinamentos e simulações para preparar a equipe de
gerenciamento de crises e garantir que todos saibam como agir de maneira adequada em momentos de crise.
 Um aspecto importante do gerenciamento de crises é a capacidade de aprender com as crises passadas e implementar
melhorias em políticas e práticas para evitar que problemas semelhantes ocorram no futuro. Isso pode incluir uma revisão
detalhada das circunstâncias que levaram à crise, a identificação de lacunas na política de gestão de riscos, a atualização de
políticas e processos de tomada de decisão e a melhoria da comunicação com stakeholders.
 Uma das principais ferramentas utilizadas no gerenciamento de crises é a comunicação efetiva com todos os stakeholders. Isso
pode incluir a comunicação transparente de informações importantes sobre a crise, atualizações regulares sobre as medidas
tomadas para lidar com a crise e a expressão de empatia e preocupação com aqueles afetados pela crise.
 O gerenciamento de crises pode envolver a colaboração com outras empresas e organizações do setor para compartilhar
conhecimentos e melhores práticas em relação à gestão de crises. Isso pode incluir a participação em grupos de trabalho e
fóruns de discussão, bem como a colaboração em iniciativas de responsabilidade social corporativa relacionadas à gestão de
crises.
 O gerenciamento de crises é uma atividade crítica para empresas que buscam minimizar o impacto de crises e proteger a
reputação e a estabilidade financeira da empresa, requerendo um esforço contínuo e uma abordagem proativa para identificar
riscos potenciais, implementar medidas de mitigação e aprender com crises passadas para evitar problemas futuros.
Agentes de Governança

 Agentes de governança: são indivíduos ou grupos de indivíduos que desempenham um papel importante na implementação e
monitoramento das políticas de governança corporativa de uma empresa, possuindo a responsabilidade de garantir que a
empresa esteja operando de forma ética, transparente e em conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis.
 Os agentes de governança desempenham um papel importante na governança corporativa, e trabalham juntos para garantir
que a empresa esteja operando de forma ética, transparente e em conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis. A
interação entre os agentes de governança é fundamental para garantir uma boa governança corporativa
 Os principais agentes de governança são: Conselho de Administração; Diretoria Executiva; Auditoria Interna; Auditoria Externa;
Comitê de Auditoria; Acionistas; Reguladores; Comitê de Remuneração; Comitê de Ética; Investidores Institucionais; Auditor
Social; e Conselheiro Independente.
 Conselho de Administração: é responsável por definir a estratégia da empresa e monitorar a gestão executiva, sendo composto
por diretores independentes e executivos que são eleitos pelos acionistas.
 Diretoria Executiva: é responsável pela gestão do dia a dia da empresa e pela implementação de estratégia definida pelo
conselho de administração, sendo composta pelo CEO e outros executivos de alto nível.
 Auditoria Interna: é responsável por avaliar a eficácia dos controles internos da empresa, identificar riscos e propor melhorias
para mitigar esses riscos.
 Auditoria Externa: é responsável por auditar as demonstrações financeiras da empresa e garantir que elas estejam em
conformidade com as normas contábeis aplicáveis.
 Comitê de Auditoria: é responsável por fornecer supervisão independente das atividades de auditoria interna e externa da
empresa e monitorar a eficácia dos controles internos.
 Acionistas: são os proprietários da empresa e têm o direito de eleger os membros do conselho de administração e aprovas as
principais decisões da empresa.
 Reguladores: são as autoridades governamentais que regulam a indústria em que a empresa opera e monitoram o cumprimento
das leis e regulamentações aplicáveis.
 Comitê de Remuneração: é responsável por estabelecer as políticas de remuneração da empresa, incluindo salários, bônus,
opções de ações e outros benefícios. Possui a responsabilidade de garantir que os executivos sejam remunerados de forma
justa e que a estrutura de remuneração esteja alinhada com os interesses dos acionistas.
 Comitê de Ética: é responsável por estabelecer as políticas e os procedimentos relacionados à ética e à conduta empresarial,
garantindo que a empresa esteja operando de forma ética e que os funcionários e diretores estejam agindo de acordo com os
valores da empresa.
 Investidores Institucionais: são instituições financeiras, como fundos de pensão, seguradoras e gestores de investimentos, que
investem em empresas em nome de seus clientes. Possuem um papel importante na governança corporativa, pois têm o poder
de influenciar as decisões da empresa por meio de seus votos em assembleias de acionistas e de suas ações como proprietários
da empresa.
 Auditor Social: é uma figura externa que tem a responsabilidade de monitorar a empresa e avaliar seu impacto social e
ambiental. O auditor social avalia as práticas da empresa em relação aos direitos humanos, meio ambiente, saúde e segurança,
entre outros aspectos, e reporta suas descobertas aos acionistas e outros stakeholders.
 Conselheiro Independente: é um membro do conselho de administração que não tem relação direta com a empresa, como um
executivo ou acionista significativo. Traz uma perspectiva externa para o conselho de administração e ajuda a garantir que as
decisões tomadas sejam justas e em linha com os interesses dos acionistas.

Modelo das Três Linhas de Defesa


 O Modelo das Três Linhas de Defesa é uma estrutura de gestão de riscos corporativos, que possui como objetivo promover a
efetividade da gestão de riscos e controles internos, de modo que a organização possa atingir seus objetivos de maneira
sustentável e gerenciar seus riscos de maneira apropriada.
 A primeira linha de defesa é composta pelas áreas de negócios da organização, sendo responsável por identificar, avaliar e
gerenciar os riscos que estão presentes em suas atividades diárias. Isso inclui a implementação de controles internos
adequados para mitigar os riscos identificados. Também é responsável por monitorar e reportar os riscos e controles internos
relevantes para as áreas de gestão de riscos e compliance da organização;
 A segunda linha de defesa é composta pelas áreas de gestão de riscos, compliance e controles internos, sendo responsável por
definir as políticas, normas e procedimentos que orientam a gestão de riscos e controles internos em toda a organização.
Também monitora e avalia a efetividade da gestão de riscos e controles internos em toda a organização, além de fornecer
orientação e suporte às áreas de negócios em relação a esses temas.
 A terceira linha de defesa é composta pela auditoria interna ou outras funções de auditoria independentes, sendo responsável
por fornecer uma avaliação independente e objetiva da efetividade da gestão de riscos e controles internos em toda a
organização. Também avalia a aderência às políticas, normas e procedimentos definidos pela segunda linha de defesa, e
fornece recomendações para aprimorar a gestão de riscos e controles internos.
 O modelo das três linhas de defesa é amplamente aceito para a gestão de riscos corporativos, pois promove a clareza nas
responsabilidades de gestão de riscos e controles internos dentro da organização, permitindo que as empresas identifiquem,
avaliem e gerenciem seus riscos de maneira mais eficaz, reduzindo a possibilidade de eventos adversos e protegendo a
reputação e a continuidade dos negócios.

Você também pode gostar