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Instituto de Biociências

Universidade de São Paulo

POSSIBILIDADES DIDATICAS
PARA O ENSINO DE
ZOOLOGIA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA
VOLUME II

Rosana Louro Ferreira Silva


Pércia Paiva Barbosa
(Organizadoras)
São Paulo
2016

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POSSIBILIDADES DIDÁTICAS
PARA O ENSINO DE
ZOOLOGIA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA
VOLUME II

Rosana Louro Ferreira Silva


Pércia Paiva Barbosa
(Organizadoras)

Instituto de Biociências
Universidade de São Paulo
2016

Ficha catalográfica

Possibilidades didáticas para o ensino de Zoologia na educação básica –


volume II / Organização de Rosana Louro Ferreira Silva, Pércia Paiva
Barbosa. -- São Paulo : Instituto de Biociências da Universidade de
São Paulo, 2016.
v. 2 128 p. : il.

ISBN 978-85-85658-65-6

1. Zoologia. 2. Práticas de ensino. I. Silva, Rosana Louro Ferreira. II.


Barbosa, Pércia Paiva. Título: Possibilidades didáticas para o ensino de
Zoologia na educação básica.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO................................................................................................................4

INTRODUÇÃO....................................................................................................................7

SUGESTÕES:
I - Arthopoda - Diversidade e Filogenia: uma Abordagem para o Ensino Médio..............9
Dalmo A. Kawauchi, Elton P. Antunes e Virgínia G. de França

II - Artrópodes: uma abordagem filogenética................................................................35


Carlos Diego N. Ananias, Cristiane S. Apolinário dos Santos, Janaína de A. Serrano, Sara
A. Watanabe e Talitha M. Justino

III - Biodiversidade e adaptação.....................................................................................42


Bianca Silles, Mariana Antonieta e Priscila Moreira

IV - Diversidade de Organismos Vertebrados.................................................................55


Marília Duarte, Tabata Caldeira e Tamíres Ito

V - Ensino de Zoologia com Ênfase em Evolução - Diversidade e Adaptação dos


Animais: Um enfoque evolutivo.................................................................................69
André C. Ubriaco de Oliveira, Carla B. Pavone, Daiane P. Oliveira, Henrique I. Neves,
Maria Angélica S. Barrios e Rafaela A. dos Santos

VI - Evolução dos Animais, Ecologia e Geologia: o que podemos aprender estudando


Biogeografia?.............................................................................................................88
Angela Prochilo, Julia Molina, Luísa Novara e Luiz Carlos Machado

VII - Sistemática Filogenética – Artrópodes..................................................................103


Bruno Fancio Lima, Lucas Romero de Oliveira e Mariana H. Bressan Martins

VIII - Os vertebrados e os ambientes............................................................................115


Anderson Tatsuki Tamakoshi, Rafael Buoro Takahashi, Renata Andrade M. de Araujo e
Stefane Saruhashi
APRESENTAÇÃO

A oleção Possi ilidades didáti as o e si o de )oologia t ata-se de um


conjunto de sequências didáticas voltadas a possibilitar ideias inovadoras para
dinamizar o ensino de Zoologia na educação básica, produzidas de forma colaborativa
por alunos e alunas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas participantes da
dis ipli a BI) - Co texto e p áti as o E si o de )oologia , o a o ie tação da
professora da disciplina e dos monitores.
A disciplina tem por objetivos propiciar aos licenciandos: desenvolver sequências
didáticas que articulem diversidade e filogenia dos animais; analisar e discutir a
seleção de conteúdos, estratégias didáticas e instrumentos de avaliação no Ensino de
Biologia; refletir sobre Ensino de Zoologia na escola básica e em outros espaços
educativos; elaborar e analisar diferentes recursos didáticos, tais como texto,
multimídia, modelos, imagens, jogos, filmes, animações; reconhecer o campo de
pesquisa em Ensino de Biologia. Após analisar como a Zoologia se expressa nos
currículos de ensino fundamental II e médio, a disciplina apresentou para discussão
artigos de pesquisa que criticam o ensino memorístico e descritivo dos animais na
educação básica, o que distancia o interesse dos jovens, e propõem um ensino na
perspectiva ecológico-evolutiva. Também são apresentadas contribuições das
perspectivas da educação ambiental crítica para pensar atividades que permitam a
discussão de temáticas controversas que envolvam os animais e a busca pela
conservação da biodiversidade. Nas aulas em que os grupos apresentavam essas
produções, constituídas da sequência didática e de um recurso didático, foram
convidados professores da educação básica da rede pública e privada do ensino, que
assistiram, contribuíram e auxiliaram na avaliação dos trabalhos.
Neste volume, apresentamos a segunda sistematização desse trabalho,
desenvolvida junto à turma que cursou a disciplina em 2014. São apresentadas oito
sugestões construídas por licenciandos, com orientação da docente do curso, que
buscaram considerar deferentes elementos da alfabetização científica, com o desafio
de propor situações de ensino em que a compreensão do conhecimento científico seja
acompanhada de discussões e questionamentos sobre sua aplicação no cotidiano dos
estudantes, para que este seja capaz de participar de decisões que envolvam questões

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sócio científicas de forma fundamentada e responsável. Um desses exemplos é um dos
tópicos da primeira sequência de desmistificar o senso comum de que insetos são
apenas indesejáveis (embora muitos o sejam por conta de problemas de saúde
pública). Para tanto, trazem situações em que, por meio de notícias disponíveis na
web, o professor possa discutir sobre a importância ecológica e econômica dos insetos,
como agentes polinizadores e de controle biológico, mas também abordando a
necessidade dos cuidados com os transmissores de doenças e as pragas agrícolas. Há
ainda, na sugestão VI, uma abordagem para o trabalho do tema de biogeografia,
aspecto tão pouco explorado no ensino médio.
Ressaltamos, mais uma, vez, que tratam-se de produtos de trabalho acadêmico
de professores em formação inicial, a maioria sem experiência em sala de aula. Dessa
forma, tais sugestões não devem ser tomadas como um manual a ser seguido
rigidamente. Os professores e professoras, no exercício de sua autonomia intelectual,
pode utilizar as propostas e os materiais disponibilizados conforme as características
do currículo, do contexto, dos(as) alunos(as) e de seu próprio perfil docente. Assim
como diferentes autores da área de ensino de Ciências, entendemos que não há
inovação educacional sem a participação do professor. Os materiais didáticos criados
podem ser reproduzidos e/ou modificados nas escolas com auxílio dos próprios
estudantes em sua confecção. Cientes dos novos desafios colocados aos professores
de Ciências e Biologia, frente à uma produção de conhecimento científico crescente, às
diferentes tecnologias de informação e comunicação que fazem parte do cotidiano dos
alunos, embora nem sempre incorporadas de maneira adequada na escola, à
emergência de questões sócio científicas, às avaliações externas e às exigências cada
vez maiores dos processos seletivos do ensino superior que influenciam a educação
básica, o material pretende apresentar uma pequena contribuição didática para a
exploração da área de Zoologia de forma significativa, lúdica e contextualizada.
Agradeço imensamente aos alunos da disciplina, proponentes das sequências
didáticas, com os quais compartilhei as discussões daquele semestre e que encararam
o desafio de produzir materiais que pudessem ser disponibilizados não só entre os
colegas do curso, mas também para todos os professores e professoras da educação
básica, em uma perspectiva de articulação entre o ensino e a extensão universitária.

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INTRODUÇÃO

O livro Possibilidades Didáticas no Ensino de Zoologia na Educação Básica –


volume II é um dos produtos da disciplina Co texto e Prática no Ensino de Zoologia ,
oferecida no segundo semestre de 2014 para alunos de licenciatura em Ciências
Biológicas da Universidade de São Paulo.
O produto final da disciplina são sequências didáticas (SD) de vários temas que
perpassam a zoologia. Cabe dizer que os discentes foram orientados pela professora
Rosana L. F. Silva e pelos monitores da disciplina. Ao final, apresentaram tais
sequências para professores da rede pública do Estado de São Paulo, que avaliaram a
possível aplicação dessas atividades, além dos eventuais desafios que poderiam ser
encontrados durante essa aplicação, constituindo uma aproximação entre a pesquisa e
a prática educativa.
A primeira sugestão, Arthopoda-Diversidade e Filogenia: uma Abordagem para
o Ensino Médio, trabalha com a hipótese de um grupo formado por Nematoda e
Ecdysozoa, a qual representa uma proposta filogenética recente dessa área do saber.
Além disso, a sequência busca discutir as características gerais e classificação dos
artrópodes, associando suas características aos respectivos ambientes em que vivem,
trabalhando processos adaptativos. Por fim, por meio de estudo de textos, trabalha a
importância ecológica, econômica e evolutiva desse grupo.
Em seguida, Artrópodes: uma abordagem filogenética, busca diversificar as
estratégias didáticas, propondo jogos, seminários e debates. Dessa forma, os alunos
podem construir novos conhecimentos sobre relações filogenéticas e história evolutiva
deste fabuloso grupo, pensando de maneira crítica sobre questões sociais relevantes a
esse tema.
A terceira sugestão de SD, Biodiversidade e adaptação, por sua vez, pretende
realizar um estudo sobre os seres vivos e suas adaptações. Dessa maneira, tal
sequência é composta por atividades que abordam, de forma integrada, diferentes
conceitos da Biologia, como Biodiversidade, Seleção Natural, Biomas, dentre outros.
Além de conceituar e discutir o termo Biodi e sidade , espera-se queque os discentes
saibam analisar, de forma crítica, o meio ambiente e os seres vivos que nele habitam,
produzindo textos descritivos com base em observações.

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A quarta sugestão, Diversidade de Organismos vertebrados, tem o intuito de
ap ese ta u a fo a de a o dage do te a di e sidade de e te ados de
maneira diferente da aula tradicional expositiva. Para isso, com base na exibição de
animações, os grupos produzirão infográficos, com desenvolvimento em sala de aula,
interpretando as diferentes representações sobre vertebrados e sua diversidade..
A quinta sequência didática apresentada neste livro, Ensino de Zoologia com
ênfase na Evolução – diversidade e adaptação dos animais: um enfoque evolutivo, tem
o intuito de abordar a temática da diversidade animal com enfoque evolutivo, a partir
das adaptações desses animais em relação aos meios em que vivem. Para isso, vale-se
da discussão de teorias elaboradas por Lamarck e Darwin e solução de problemas
relacionados a seleção natural e artificial.
A sexta sugestão de sequência didática, Evolução dos Animais, Ecologia e
Geologia: o que podemos aprender estudando Biogeografia? pretende auxiliar o
desenvolvimento de uma visão evolucionista em alunos do Ensino Médio por meio da
abordagem de temas relacionados à Evolução e à Biogeografia. Trabalhando conceitos
como Mutação, Seleção Natural e Variabilidade Genética, espera-se que os discentes
sejam capazes de fazer previsões acerca de padrões ecológicos, assim como relacionar
tais padrões a eventos históricos e a processos evolutivos em situações problemas
peculiares e representativas do tema.
Na penúltima sequência sugerida neste livro, Sistemática Filogenética –
Artrópodes, são abordados a Teoria da Evolução de Darwin, processo de especiação,
conceito de árvore da vida, dentre outros. Conta com uma oficina de contrução de
árvores filogenéticas de organismos hipotéticos, trabalhando conceitos de matriz de
caracteres, sistemática filogenética e argumentação científica.
Por fim, a oitava sugestão de sequência didática, Os vertebrados e os
ambientes, aborda o tema diversidade de animais vertebrados reconhecendo
características dos principais grupos e desenvolvendo nos estudantes aptidões que os
permitam montar uma filogenia e interpretá-la.

Pércia Paiva Barbosa – organizador

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SUGESTÃO I – ARTHOPODA: DIVERSIDADE E FILOGENIA: UMA
ABORDAGEM PARA O ENSINO MÉDIO
Sumário
AUTORES: Dalmo A. Kawauchi, Elton P. Antunes e Virgínia G. de França.

PÚBLICO-ALVO: 2º ano do Ensino Médio.

CONTEXTO: Esse tema estaria inserido nos conteúdos da área de Zoologia numa
se u ia didáti a ap s o te a Ne atoda , pa a se t a alha a hip tese de u g upo
formado por Nematoda e Arthropoda, denominado Ecdysozoa (agrupados pela
presença de cutícula orgânica, ecdise e análise molecular), proposta filogenética
recente dessa área do saber. Além disso, espera-se que os alunos possam aplicar
conceitos de ecologia, evolução e filogenia, trabalhados em aulas anteriores.

OBJETIVOS: Ao final da sequência o aluno deverá estar apto a:

1. Reconhecer as características gerais de artrópodes e de suas respectivas classes;


2. Compreender sua importância ecológica (interações, relações tróficas), econômica
(pragas, alimentos, controle biológico, polinização), médica/veterinária
(transmissão de doenças, ectoparasitismo, acidentes com picadas, compostos
químicos para fármacos) e evolutiva (sinapomorfias, adaptações do grupo)
abordando o terceiro Eixo de Alfabetização Científica (Sasseron, 2011);
3. Entender o processo de metamorfose nos insetos correlacionando-o com sua
importância no sucesso evolutivo do grupo;
4. Conhecer a linguagem científica associada às características mais importantes dos
artrópodes (apêndices articulados, mandíbula, tagmose ou segmentação etc.)
abordando o primeiro Eixo de Alfabetização Científica (Sasseron, 2011);
5. Familiarizar-se com a Sistemática Filogenética;
6. Sensibilizar o olhar do aluno à grande diversidade de artrópodes que encontramos
tanto no nosso dia-a-dia, quanto em uma observação mais atenta da natureza;
7. Desmistificar o senso comum de que insetos são apenas indesejáveis, mostrando
todos os seus aspectos positivos e negativos.

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MATERIAIS:

1. Figuras de animais que representem cada grupo e seus respectivos habitats;


2. Vídeos mostrando comportamento animal, por exemplo, alimentares, defensivos,
locomoção ou de qualquer outra informação relacionada e atrativa;
3. Quadro negro ou datashow para as aulas expositivas;
4. Livros didáticos e cadernos e outros materiais para registros de atividades;
5. Jardim, parque etc. para a realização de saída a campo;
6. Roteiro de campo, lista de exercícios e objeto didático sugeridos nessa SD;
7. Notícias de jornal sobre insetos.

DINÂMICA:

1ª Aula: Morfologia e características gerais de Arthropoda


Após a apresentação de um trecho de vídeo (anexo 1), os alunos deverão
discutir prováveis características que agrupam Arthropoda numa aula expositiva
dialogada. Pode-se le a ta algu as pe gu tas, o o po exe plo: algu já iu a
a apaça de u i seto ou a a ha? ou o s sa e o ue essa a apaça, pa a
ue ela se e, e po ue os a t podes deixa ela pa a t ás? ; para explicar
posteriormente o exoesqueleto formado por quitina que com mais compostos tornam
esses animais enrijecidos. Pode-se mencionar também a muda usando o exemplo do
bicho-da-seda, artrópode de grande valor econômico. Além disso, tal vídeo trará
algumas curiosidades que os alunos possam ter quanto ao comportamento animal
deles instigando-os a pensar sobre o tema que será posteriormente contextualizado.
A seguir, introduza os 4 grandes grupos de artrópodes atuais (Chelicerata,
Crustácea, Insecta e Miriapoda), alertando-os de aulas que explorem cada um destes
grupos separadamente. A importância e número de espécies de artrópodes também
deverá apresentada aos alunos, de forma generalizada e (em cada uma das aulas
posteriores) será aprofundada, para permitir aos alunos uma compreensão sobre
importância e relevância do grupo para o mundo.

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2ª Aula: Chelicerata
Introdução de Chelicerata por meio de aula expositiva dialogada. A partir de
imagens desses artrópodes, os alunos deverão levantar e discutir prováveis
características que agrupam artrópodes nesse clado, além de discutir anatomia básica
de circulação, respiração e excreção. Para além das características morfológicas, a aula
também deve versar sobre a forma de alimentação dos quelicerados e sua relação com
o desenvolvimento de toxinas proteolíticas e/ou neurotóxicas, apontando diferenças
mecanismos de ação. A importância farmacológica também deve ser explorada, uma
vez que muitos medicamentos foram desenvolvidos com base em toxinas de
aracnídeos (especialmente anticoagulantes e supressores do sistema nervoso central).
Introduza aspectos sobre espécies que causam mais acidentes por picadas ao ser
humano e a animais (escorpião amarelo, aranha armadeira, aranha marrom,
carrapato). Esses tópicos vão de encontro ao tema transversal de saúde, recomendado
pelo PCN.

3ª Aula: Crustacea + Miriapoda (Milipedes compõe um tema rápido)


Introdução a Crustácea e Miriapoda por meio de aula expositiva dialogada.
Pode ser feito um levantamento dos crustáceos que eles conhecem (ou que acham
que são crustáceos). Em seguida perguntá-los o que acham que os crustáceos têm em
comum que nos permitem agrupá-los. A partir de imagens desses artrópodes, os
alunos deverão discutir prováveis características que incluem esses invertebrados
nesse clado. O professor deve ter em mente essas características e anotar na lousa as
respostas dos alunos que batem com as respostas esperadas, além de discutir
anatomia básica de circulação, respiração e excreção. Por fim, o professor deve
destacar a importância ecológica dos crustáceos nas teias tróficas, na nossa economia
(alimentação e ornamental).
Os miriápodes também serão abordados nessa aula, dialogue com os alunos
sobre 2 animais distintos: piolho-de-cobra e lacraias (Diplopoda e Chilopoda,
respectivamente), a partir de suas respostas, discuta as diferenças e semelhanças
entre esses grupos, principalmente a respeito de morfologia, locomoção, alimentação,
circulação, respiração e excreção. Em seguida, mostre um vídeo de uma lacraia
predando, e o de locomoção de um piolho-de-cobra (anexo 1). Com esses vídeos é

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possível explorar que os segmentos de um piolho-de-cobra não correspondem a
segmentos verdadeiros, pois por vezes apresentam mais de um par de apêndices por
segmento, em contraposição com a segmentação das lacraias com um par de
apêndices por segmento, e como isso influência nos padrões de locomoção (piolho-de-
cobra são mais lentos; enquanto centopeia são rápidas, com explosões de
movimento), e como isso se relaciona com seu modo de se alimentar. Também
discutiremos as toxinas de quilópodes e os acidentes mais comuns com esses animais.
Finalize a aula com a entrega de lição de casa com lista de exercícios do livro
didático e/ou vestibular sobre as três aulas ministradas até então que serão
posteriormente avaliados.

4ª Aula: Insecta + Aplicação de atividade didática


A aula começa com a distribuição de duas notícias sobre insetos, uma negativa,
mostrando insetos como pragas e outra positiva, mostrando insetos como agentes
importantes no ecossistema (ver links no final dessa aula). Com essas reportagens, é
possível mostrar a importância econômica (polinização, pragas agrícolas e agentes de
controle biológico), medicinal (explicando ciclos de vida mosquitos vetores, como
Culex, Aedes e Lutzomyia, abordando as doenças que transmitem, assim como
percevejos hematófagos e a Doe ça de Chagas , ete i á ia (com miiases,
parasitoidismo e doenças) e ecológica (teias tróficas, predação, dispersão).
Também discutir morfologia básica de insetos (partes do corpo de um inseto,
modificação/redução dos apêndices locomotores, bucais e sensoriais) e anatomia
básica de respiração, excreção e circulação.
Após esses conceitos e informações da aula anterior, aplique a atividade
didática (anexo 2) para discutir metamorfose, diversidade do grupo e implicações
evolutivas que determinam ao sucesso do grupo.
Deverá ser apresentado os conceitos: ametábolos (insetos que não sofrem
metamorfose), hemimetábolos (insetos com metamorfose incompleta) e
holometábolos (insetos com metamorfose completa)
Hemimetabolia
Jovem Adulto
Holometabolia
Larva Pupa Adulto

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O exoesqueleto e os apêndices articulados foram e ainda são características
muito importantes para o sucesso evolutivo de Arthropoda. Nessa aula, os alunos
devem ser instigados a pensar sobre a vantagem dessas características (proteção,
sustentação em ambiente terrestre, rápida locomoção). Nos insetos as asas e o
desenvolvimento indireto foram importantes para o sucesso ainda maior. Por meio da
atividade, demonstrar que a grande maioria dos insetos está no grupo dos
holometábolos, o que ratifica a ideia de que a metamorfose completa foi responsável
por um grande sucesso evolutivo.
Links dos textos:
Negativa: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/06/infestacao-
de-pragas-preocupa-produtores-de-algodao-de-mt.html Acesso em 09/04/2015;
Positiva: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=707430 Acesso em
09/04/2015.

5ª Aula: Discussão geral sobre a evolução e diversidade de Arthropoda


Essa aula pode ser utilizada como retomada de todos os conteúdos discutidos
em aulas anteriores e é flexível caso a discussão do OD da aula anterior seja estendida.
Haverá uma discussão com a sala de que características foram responsáveis pelo o
sucesso evolutivo do grupo de Arthropoda, com enfoque nos insetos que são o grupo
com maior diversidade. A filogenia a seguir pode ser utilizada em sala de aula e as
sinapormorfias ou características gerais dos grupos podem ser adicionadas nos
respectivos ramos. Adicione Nematoda ao ramo para retomar o grupo anterior a essa
SD.

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6ª Aula: Saída de campo
Atividade de observação de organismos, incorporando uma atividade para
nota. O local será escolhido pelo professor de acordo com a viabilidade, desde que seja
um lugar com grandes chances de encontrar artrópodes (jardim, parque etc.). Utilize o
roteiro (anexo 3) com questões a serem pensadas em grupo que posteriormente será
avaliado.

7ª Aula: Avaliação individual sem consulta sobre o tema.


Sugestão de avaliação disponível no Anexo 4.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.


Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999. 4v.
BRUSCA, R.C., BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2ªed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
Koogan S.A., 2007.
KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 4ª ed. rev. e ampl., 2ª reimpr. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
Nova Escola, acesso em 08/06/2014: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/8-
razoes-usar-youtube-sala-aula-647214.shtml
Museu de Zoologia da Universidade Federal da Bahia, acesso em 15/06/2014
httphttp://www.mzufba.ufba.br/WEB/MZV_arquivos/index.html://www.mzufba.ufba.
br/WEB/MZV_arquivos/index.html
SASSERON, L. H.; Carvalho, A. M. P. Alfabetização científica: uma revisão bibliográfica.
Investigações em Ensino de Ciências. V. 16 (1), pp. 59-77, 2011.
VIVEIRO, A., & Diniz, R. As atividades de campo no ensino das ciências. In R. Nardi
(Org), Ensino de ciências e matemática I: temas sobre a formação de professores V. 2
(1) pp.27-42, São Paulo: Cultura Acadêmica. 2009.

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ANEXOS:

ANEXO 1. VÍDEOS (Acessados em 09/04/2015)


A seguir, sugestões de vídeos que podem ser utilizados durante a aula que estão gratuitamente
disponíveis na Internet. Mencionaremos aqui alguns trechos que podem ser apresentados para os fins
dessa SD, entretanto o professor tem autonomia para escolher e selecionar outros:
- A história da Vida na Terra - Os artrópodes - por RTP - www.youtube.com/watch?v=eaK9_UiaFnM -
Recomendação de 0:50 a 3:15;
- Insetos-Discovery- www.youtube.com/watch?v=dOEy_zKcdTs - Recomendação de 0:00 a 1:00;
Obs.: Todos eles são grandes e precisam de cortes para utilizar em aula, não pelo tempo, mas por
assuntos pouco relevantes com a SD ou repetitivos.
Os vídeos a seguir são complementares às aulas e bem específicos:
- Locomoção de piolho de cobra www.youtube.com/watch?v=J8Ey_tAqAwQ;
- Lacraia alimentando-se www.youtube.com/watch?v=Qf8pAwGsuF4;
- Comportamento de rola-bosta: www.youtube.com/watch?v=W4O6PqJ3w5k.

ANEXO 2. ATIVIDADE DIDÁTICA


Insecta - Metamorfose e Evolução: Uma Abordagem para o Ensino Médio
Tema: Arthopoda - Diversidade e Filogenia
Público Alvo: 2º ano do Ensino Médio
Objetivo: O objeto didático proposto tem por objetivo discutir as possíveis vantagens de estágios da
metamorfose de Insecta em diferentes nichos (de forma lúdica), e ilustrar a diversidade do grupo, além
de desenvolver competências de trabalho em grupo e argumentação.
Descrição da atividade: Organize os alunos em grupos de 5 a 6 integrantes. Distribua habitats para os
g upos, isto , o ju to de a ie tes ue esta ão o ide tifi ação de foto e o e, olados e
bandejas de isopor (Anexo 2.3). Cada grupo receberá uma ficha resumo contendo características do
adulto, jovens e larvas (Anexo 2.1) e fichas dos insetos com seus nomes, estágios de vida e ordem a que
pertencem (Anexo 2.2). Um grupo pode receber fichas repetidas, em caso de animais que ocupam mais
de um ambiente. Depois de reconhecidos os insetos, seus hábitos de vida, características morfológicas e
de habitats, eles deverão ser colocados na bandeja correspondente ao seu ambiente, o que pode ou não
implicar em associar uma mesma espécie a mais de um ambiente, e mais de uma espécie a um mesmo
ambiente.
Será aplicado um quiz ao final da atividade (Anexo 2.4). A associação correta de cada animal
recebido ao seu ambiente contará meio ponto na atividade. Cada resposta correta ao quiz contará 2
pontos. O professor poderá optar por premiar o grupo com mais pontos se achar interessante.
Ao final da aula, será discutido a vantagem da metamorfose (nichos diferentes) e os motivos do
sucesso evolutivo dos artrópodes.
Instruções:
 Alunos devem se organizar em grupos de 5 ou 6 integrantes.

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 Ao receber os anexos, os alunos devem tentar associar as fichas de insetos aos seus ambientes.
o Nem todos os ambientes precisam ter insetos, e alguns ambientes podem ter mais de
um inseto
o Alguns insetos podem ser associados a mais de um ambiente
o Os alunos podem achar mais fácil separar adultos de jovens (e larvas), e associa-los
independentemente a cada ambiente.
o Após terminar as associações, respondam ao quiz.

ANEXO 2.1. FICHAS RESUMO DE HÁBITOS E AMBIENTES


Ficha Resumo
Características morfológicas de Jovens e larvas:
- Predadores:
Jovens: Apêndices do tórax e mandíbulas bem desenvolvidos, corpo endurecido (esclerotizado), olhos
grandes e visíveis.
Larvas: Apêndices do tórax e mandíbulas bem desenvolvidos, corpo endurecido (esclerotizado), olhos
grandes e visíveis, podem apresentar modificações para cavar ou fazer emboscadas.
- Herbívoros/consumidores de matéria em decomposição (ou orgânica):
Jovens: podem ou não apresentar apêndices bem desenvolvidos, olhos bem desenvolvidos e adaptações
cursoriais (para correr e percorrer grandes distâncias). Podem ou não ser endurecidos.
Larvas: herbívoras geralmente são moles, com apêndices e mandíbulas pouco desenvolvidos, podem
apresentar pseudopodes p s o a d e . La as de o posito as pode te o po g a de e
e tu e idos go di hos , ap di es eduzidos ou pou o dese ol idos.
- Aquáticos:
Jovens: apresentam brânquias ao longo do corpo, ou no ultimo segmento do abdômen (algumas no
reto), geralmente são predadoras.
Larvas: apresentam brânquias ao longo do corpo, ou no ultimo segmento do abdômen, podem
apresentar estruturas para se fixar no substrato, podem ser predadoras ou comedoras de matérias
orgânicas.
- Sociais:
Larvas: são pouco desenvolvidas, com apêndices e olhos ausentes. Habitam colmeias e formigueiros.

Blattodea - Barata
Nicho: habitam locais quentes, úmidos e escuros, alimentam-se de matéria orgânica morta/em
decomposição.
Diptera - Mosca
Nicho: Se alimentam de matéria orgânica em decomposição, parasitoides (inserção de ovo na
presa ainda viva) de mamíferos e outros grupos.
Mosca-varejeira.

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Nicho: Alimentam-se de matéria orgânica em decomposição (especialmente resíduos orgânicos
animais), mas podem depositar ovos em animais vivos para que as larvas comam sua carne (miiase).
Geralmente são encontradas em lugares com matéria orgânica em decomposição.
Mosquito
Nicho: fêmeas se alimentam do sangue de vertebrados para maturar os ovos e posteriormente
procuram o local adequado para depositá-los. Habitam ambientes com vertebrados homeotermos
sa gue ue te .

Lepidoptera - Borboleta
Nicho: se alimentam do néctar de flores, vivem em ambientes ensolarados e com muitas flores.
Mariposa
Nicho: Normalmente noturnas, são pouco ativas. Raramente se alimentam, mas quando o
fazem, é do néctar de flores. São comumente encontradas em troncos de árvores e atraídas pela luz.
Mantodea - Louva-a-deus
Nicho: São predadores de emboscada de outros insetos, vivem em plantas, gravetos ou no solo
de florestas. Possuem camuflagem bem desenvolvida.
Odonata - Libélula
Nicho: São predadoras em voo de insetos menores (geralmente mosquitos e moscas). Preferem
a ie tes de água pa ada e li pa o o lagos e o pos d’agua .
Orthoptera - Gafanhoto
Nicho: São herbívoros, alimentando-se de folhas ou grãos de gramíneas, possuem boa
camuflagem em seus ambientes, e podem habitar árvores, arbustos, gravetos secos ou solo de matas.
Hemyptera - Percevejo
Nicho: Se alimentam de fluidos, tanto vegetais como animais. Geralmente são encontrados em
árvores, arbustos ou ervas, mas podem habitar buracos em solo ou rochas.
Hymenoptera - Abelha/Vespa/Marimbondo
Nicho: Podem ser sociais ou solitários, fazendo colmeias divididas em castas ou apenas para se
reproduzir. Espécies solitárias são predadoras, espécies sociais são geralmente herbívoras que se
alimentam de nectar e pólen.
Formiga
Nicho: São insetos sociais, divididos em castas. Se alimentam de fungos que cultivam no interior
de seus formigueiros (usando folhas cortadas como alimento para os fungos). São encontrados no solo
de florestas, ou de qualquer lugar.
Coleoptera - Besouro
Nicho: as espécies podem ser predadoras de outros insetos (neste caso, são bem ativos e vivem
no solo), herbívoras ou comedoras de matéria orgânica/em decomposição (são besouros que vivem no
solo de folhas mortas, em arbustos e vegetação herbácea), aquáticos (geralmente são predadores, e

17
bons nadadores), entre muitos outros hábitos de vida e características biológicas diferentes. Possuem
hábitos de vida muito variados e habitats muito variados
Siphonaptera - Pulga
Nicho: São ectoparasitas de animais homeotermos, consomem seu sangue. São exímias
saltadoras. São encontradas em pelos de mamíferos e em penas de aves.
Phthiraptera - Piolho
Nicho: São ectoparasitas de animais homeotermos, agarram-se aos seus pêlos ou suas penas, se
alimentando de sangue ou resíduos de pele.

ANEXO 2.2. FICHAS DE ANIMAIS

Fichas 1 e 2

18
Fichas 11 e 12

Fichas 13 e 14

21
Fichas 19 e 20

Fichas 21 e 22

23
Fichas 27 e 28

Fichas 29 e 30

25
Fichas 31 e 32

Fichas 33 e 34

26
Fichas 35 e 36

Ficha 37

27
Tronco de Árvore - http://pixabay.com/ Colméia - http://pixabay.com/
Fichas esperadas: 12, 14, 23 Fichas esperadas: 35, 36

Formigueiro - http://pixabay.com/
Fichas esperadas: 21, 22

Fonte das imagens:


Banco de imagens e outras fontes de imagens (último acesso em 08/06/2014):
http://antzbrazil.wordpress.com/
http://www.arkive.org/
http://beetlesinthebush.wordpress.com/
http://www.discoverlife.org/mp/20q?search=Blattaria
http://blattodea.speciesfile.org/
http://borboletasbr.blogspot.com.br/2010_10_03_archive.html
http://bugguide.net/node/view/15740
http://commons.wikimedia.org/http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosca-varejeira
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/piolho.htm
https://flbenthos.shutterfly.com/
http://www.fotoclubelondrina.art.br/
http://globomidia.com.br/animais/pulgao
http://www.jeffpippen.com/naturephotos/beetles.htm
http://meliponariodoluna.blogspot.com.br/
http://nature.berkeley.edu/upmc/insectlist.php
http://www.ninha.bio.br/biologia/indice.html
http://pixabay.com/
http://pt.dreamstime.com/free-photos
http://www.sevendesentupidora.com.br/blog/dicas/saiba-como-combater-tracas/
http://www.taringa.net/posts/imagenes/10635538/Mi-mascota-mientras-duro.html
http://www.zoology.ubc.ca/bclepetal/Order%20Lepidoptera%20et%20al%20Text%20Files/order_lepido
ptera.htm
Brusca, R.C., Brusca, G.J. Invertebrados. 2ªed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2007.

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

29
ANEXO 2.4 - QUIZ - INSETOS
1) Identifique uma espécie de inseto que ocupa diferentes ambientes em cada estágio de vida. Cite a
ordem, o tipo de metamorfose e os ambientes de cada estágio desses insetos.
2) Uma das diferenças entre jovens e adultos é a ausência de estruturas sexuais nos jovens. De
acordo com as informações contidas nas fichas, cite mais duas características que podem
diferenciar jovens de adultos.
3) Assinale a alternativa correta:
a) Larvas geralmente competem com os adultos, mas jovens e adultos ocupam nichos diferentes.
b) Jovens geralmente competem com os adultos, mas larvas e adultos ocupam nichos diferentes.
c) Jovens e larvas geralmente competem com os adultos, mas os adultos sempre levam vantagem.
d) Não há competição intraespecífica em insetos, todos os estágios ocupam nichos diferentes.
4) Por que algumas baratas têm asas e outras não?
a) Pois são baratas de espécies diferentes.
b) Dependendo da alimentação delas, elas podem desenvolver asas ou não.
c) Aquelas que apresentam asas são adultas e as que não apresentam são jovens.
d) Elas perdem as asas com a idade.
e) As baratas com asas são mutantes.
5) Existe uma diversidade enorme de insetos, com diferentes formatos, cores e outras características.
Assinale a alternativa com a explicação mais aceita para explicar essa diversidade:
a) Os insetos se adaptaram para mimetizar vários seres vivos diferentes, por isso se diversificaram
tanto, já que a diversidade de outros seres é tão grande.
b) Para atender a demanda dos demais seres vivos por alimento e polinizadores, já que os insetos
são animais essenciais em todos os ecossistemas terrestres
c) Os insetos estiveram presentes em eras em que a radiação no planeta era extremamente alta,
gerando grande quantidade de insetos mutantes.
d) Os insetos são um grupo extremamente antigo de animais, um dos primeiros a surgirem na
Terra, por isso hoje são tão diversificados.
e) A presença de asas e exoesqueleto contribuiu para a dispersão e sobrevivência dos insetos, que
ao longo da evolução, ocuparam diferentes nichos.
6) Por que podemos dizer que a metamorfose é uma vantagem evolutiva para os insetos?
a) Pois os animais nos primeiros estágios de vida estão menos sujeito à escassez de alimentos, já
que sua alimentação difere dos adultos.
b) Uma parte das larvas, que atingem grande tamanho, servem de alimento para os adultos da
própria espécie, que obtém energia para procriar ainda mais.
c) A metamorfose é a evolução de um inseto de uma fase de vida frágil, que dura pouco tempo,
para outra mais resistente, com tempo de vida mais longo.

30
d) A metamorfose despista os predadores, pois os insetos se transformam rapidamente, de forma
que o predador não encontra o animal que estava perseguindo.
RESPOSTAS
1) Exemplo: ordem Lepidoptera, holometabolia, larvas e pupas aparecem em folhas e adultos próximos
às flores.
2) Nos jovens as asas estão ausentes ou não são desenvolvidas. Alguns jovens apresentam brânquias
(são aquáticos).
3) b.
4) c.
5) e.
6) a.

ANEXO 3. ROTEIRO DE SAÍDA DE CAMPO


Introdução à atividade Os artrópodes são o maior grupo de seres vivos existente, tanto em diversidade
de espécies, quanto em biomassa. Arthropoda é um grupo com uma enorme importância, evolutiva,
ecológica, econômica e médica/veterinária, a exemplos vistos em sala de aula. Considerando a
importância de conhecer e trabalhar com esse grupo in vivo, o presente roteiro propõe uma atividade
de observação e discussão em grupo sobre a grande diversidade de artrópodes que podemos encontrar
em um pequeno local. Nesse caso, iremos trabalhar no jardim da escola com a finalidade de aplicar os
conhecimentos adquiridos em sala de aula no cotidiano e desenvolver habilidades de trabalho em grupo
por meio de questões. Observe que tais questões devem ser discutidas em grupo, mas respondidas
individualmente para posterior avaliação.
Objetivos: Esta atividade de campo pretende demonstrar a grande variação morfológica, ambiental e
comportamental dos artrópodes. Também pretende possibilitar ao aluno identificar grandes grupos de
artrópodes, e em quais ambientes encontrá-los.
Metodologia de observação
Instruções importantes:
1. Os alunos devem se organizar em grupos de 4 ou 5 integrantes;
2. Serão observados artrópodes em A ie tes e em Ha itats (habitats estão contidos em
ambientes);
3. Esta atividade deverá ser executada em até 30min;
4. Em momento algum devem ser coletados artrópodes de cada ambiente (apenas observem-
nos).
Elaboração da lista de artrópodes:
1. Os alunos devem fazer uma lista com os artrópodes que se encontram em cada ambiente, e
em cada habitat.
2. No jardim/parque/floresta observe ambientes generalizados pelas seguintes características:
a. Muita luminosidade, pouca umidade (no solo e na vegetação);
b. Muita luminosidade, muita umidade (no solo e na vegetação);
c. Pouca luminosidade, pouca umidade (no solo e na vegetação);
d. Pouca luminosidade, muita umidade (no solo e na vegetação).

31
3. Em cada um destes ambientes, vasculhe e observe (cuidadosamente para evitar perturbação
de ambiente, e para evitar acidentes) os seguintes habitats:
a. Árvores e arbustos (galhos, folhas, caules/troncos, sólo próximos as raízes, flores e
frutos, se presentes);
b. Vegetação he á ea, po exe plo, g a a e pla tas aixas folhas, solo p xi o aos
caules e às raízes, flores e frutos, se presentes);
c. Pedras no solo (verificar nos entornos, embaixo e em cima);
d. Solo (podem cavucar superficialmente).
Obs.: O p ofesso pode esta ele e lo ais p évios e fo a de estações pa a os alu os visita e e se
rotacionar para a observação.

Fazendo esquemas, desenhos e tirando fotos:


Ao final da observação, cada grupo deve escolher um destes artrópodes para desenhá-lo com o maior
nível de detalhamento possível. Também devem anotar características de comportamento e ambiente
que ele apresenta-se/encontra-se, e, quando possível, fotografá-lo.

QUESTÕES
1) A respeito dos artrópodes encontrados, responda:
a) Qual foi/foram o(s) artrópode(s) mais encontrado(s)? Elabore hipóteses para que ele tenha sido o
mais encontrado.
Rp: população abundante (formiga), perto da fonte de alimento dele (abelhas e borboletas), época
de acasalamento, fatores abióticos ótimos (umidade, temperatura, etc).
b) Compare a morfologia dos artrópodes encontrados e discuta em grupo: com essas informações é
podemos afirmar que Arthopoda é um grupo com muita variação morfológica? E na diversidade de
comportamentos e habitats?
Rp: inferir não é possível, mas a ideia é fazê-los pensar na diversidade que se pode encontrar num
pequeno espaço. Pelo menos, é mais fácil de encontrar artrópodes que outros grupos de animais.
2) Sobre o artrópode escolhido pelo grupo, respondam:
a) Por que esse artrópode foi considerado o mais interessante pelo grupo? Que características dele
chamou/chamam mais a atenção?
Rp: cor (brilhante, colorida), hábito (se enrola, estava comendo), etc.
b) Em que ordem você colocaria esse artrópode? Justifique sua resposta por meio de características
morfológicas e do ambiente em que ele se encontrou.
Rp: Chelicerata, Crustácea, Insecta ou Miriapoda.
c) Imagine que vocês fazem parte de um grupo de biólogos que pensam que a conservação desse
local deva ser investida. Alguém do grupo propôs que se use um artrópode como espécie bandeira,
isto é, espécie que representa uma causa ambiental de conservação para divulgar a conservação do
local. Nesse caso, cite características importantes que esse artrópode deva ter. Nesse caso, o
artrópode que vocês escolheram nessa atividade poderia ser a espécie bandeira? Por quê?
Rp: Ela poderia ser escolhida pela importância ecológica ou para o homem, pela vulnerabilidade ou
simplesmente pelo carisma.

32
*: Respostas possíveis e provavelmente dadas pelos alunos. Elas são aceitas como corretas, porém,
não se exclui outras possibilidades de respostas corretas, equivocadas ou conceitualmente erradas.

ANEXO 4. SUGESTÃO DE QUESTÕES PARA A AVALIAÇÃO:


Ge aldo oae u a asa o ja di . E u dia e sola ado de e ão, ele esta a passea do e
seu jardim e começou a reparar nos animais que ele encontrava ali: nas folhas e em flores ele encontrou
borboletas, abelhas e besouros, teias de aranhas e aranhas saltadoras; na grama e em locais mais
úmidos e escuros (debaixo de pedras, entulhos e arbustos fechados) ele encontrou aranhas, pequenos
es o pi es, e topeias e tatus de ja di .
A partir dos artrópodes citados, classifique as afirmações a seguir em verdadeira (V) e falsa (F):
( ) O escorpião e a aranha são aracnídeos caracterizados por cabeça, tórax e abdômen, 4 pares de patas
e olhos compostos.
( ) Borboletas e abelhas são importantes polinizadores, diferente dos piolhos de cobra e tatus de jardim
que possuem um papel de decompositor.
( ) Tatu de jardim é um crustáceo, borboleta é um inseto e a centopeia é uma miriapoda.
( ) Besouros e centopeias apresentam antenas enquanto que aranhas e tatus de jardim não.
Assinale a sequencia correta:
a) V-V-F-F
b) F-V-V-V
c) F-V-V-F
d) F-V-F-V
e) V-F-V-V
2) João foi ao mercado comprar ingredientes para uma receita nova contendo frutos-do-mar que
aprendeu. Nesse prato, estão entre os ingredientes, lula, camarão e mariscos.
a) Entre os animais utilizados, qual (is) pode(m) ser classificado(s) como artrópode?
b) À qual(is) classes ele(s) pertencem? Cite duas características que permitem identificá-los nessa classe.
3) Em uma discussão sobre insetos, Hilton dizia para Carmen que os insetos deveriam ser todos
exterminados, por causarem inúmeros danos aos seres humanos. Carmen reprimiu a Hilton, dizendo
que se não fossem os insetos, é provável que boa parte dos seres vivos atuais não estaria no planeta.
Qual dos dois expressou a opinião mais sensata? Justifique com exemplos.
4) (Unicamp) Um estudante encontrou um animal adulto com seis patas articuladas, sem antenas e
corpo dividido em cefalotórax e abdome. Cite a classe a que esse animal pertence e o aspecto
morfológico discordante em relação às características gerais dessa classe. Sugira uma possível causa
para tal discordância.
5) (F.M.Santa Casa - SP) A abelha A encontra-se com a abelha B, da mesma espécie, mas de outra
colmeia. Diz A:
— Olá, como vão seu pai e sua mãe?

33
Responde B:
— Bem, meu pai já morreu, mas minha mãe está ótima. E seus quatro avós, como vão?
Retruca A:
— Como quatro, se eu só tenho dois?
Po esse diálogo pode os o lui o eta e te ue:
a) A pode ser uma rainha e B uma operária.
b) A é uma rainha e B é uma operária.
c) A pode ser uma operária e B é um zangão.
d) A é um zangão e B pode ser uma rainha, mas não uma operária.
e) A é um zangão e B é uma operária ou rainha.

GABARITO:
1-c
2 - a) apenas o camarão.
b) Pertence à classe dos crustáceos. Apresentam dois pares de antenas e cabeça fundida ao tórax.
3 - Hilton foi o mais sensato. Muitos insetos são polinizadores importantíssimos, sem contar que por
serem numerosos e fazerem parte de inúmeras cadeias alimentares e interações ecológicas, sua
extinção levaria a um grande desequilíbrio ecológico.
4 - Esse animal pertence à classe dos aracnídeos e o aspecto discordante seria o número de patas, pois
os animais desta classe possuem oito patas. A causa possível seria uma mutilação por algum predador
ou embate com outro indivíduo da mesma espécie.
5–e

34
SUGESTÃO II – ARTRÓPODES: UMA ABORDAGEM FILOGENÉTICA
Sumário
AUTORES: Carlos Diego N. Ananias, Cristiane S. Apolinário dos Santos, Janaína de A.
Serrano, Sara A. Watanabe e Talitha M. Justino.

PÚBLICO-ALVO: 2 º ano do Ensino Médio.

CONTEXTO: A Sistemática Filogenética é um método utilizado para inferir o parentesco


entre os seres vivos, evidenciando a relação ancestral-descendente, baseado nas
características compartilhadas (sinapomorfias) (Ruppert e Barnes, 2005). O Ensino de
Zoologia norteado pela Sistemática Filogenética pode proporcionar um melhor
entendimento acerca da biodiversidade animal, sendo a filogenia um registro gráfico
de hipóteses de como algumas características dos organismos se modificaram e como
são compartilhadas entre os diversos grupos. Os artrópodes possuem uma grande
importância ecológica, assumindo papéis essenciais como polinizadores e na cadeia
alimentar. É o grupo mais abundante na Terra, podendo ser observados nos mais
diversos ambientes, e por isso são um modelo de estudo de fácil abordagem,
principalmente quando se pretende levar os alunos a simulações de campo. Além
disso, eles também possuem grande importância econômica e para a saúde.

OBJETIVOS:
Objetivos conceituais: Espera-se que o Ensino de Zoologia norteado pela Sistemática
Filogenética contribua para que os alunos aprimorem e construam novos
conhecimentos sobre a diversidade dos artrópodes por intermédio do estudo das suas
relações filogenéticas e da história evolutiva dos diferentes grupos.
Objetivos procedimentais: Espera-se que o aluno seja capaz de construir filogenias
(com o exemplo da construção da filogenia dos artrópodes), reconhecendo essa
ferramenta no estudo e pesquisa de biologia, elencando as principais características
baseadas na visão filogenética evolutiva ensinada em aula; seja capaz observar os
animais na natureza e classificá-los de acordo com suas características morfológicas.
Objetivos atitudinais: Espera-se que o aluno pense criticamente sobre as questões
sociais relacionadas aos artrópodes através da elaboração de seminários que possuirão
temas problematizadores; entenda o ser humano e os outros organismos como

35
protagonistas do equilíbrio da biodiversidade; trabalhe em grupo de forma
cooperativa; dialogue com o professor e a classe, expondo suas ideias, sempre
respeitando o tempo de fala dos demais.
A sequência didática exposta trabalha com algumas das estratégias sugeridas no PCN+
Ensino Médio: Jogos, Seminário e Debate. As suas atividades somadas alcançam dois
objetivos também do PCN, de promover a Investigação e Compreensão (3- Medidas,
Quantificações, Grandezas e Escalas) e a Expressão e Comunicação (1- Símbolos,
Códigos e Nomenclatura, 2- Articulação de dados, Símbolos e Códigos).

MATERIAL:
Jogo da memória - Artrópodes
Objetivo: Enfatizar a diversidade do grande grupo artrópode e especificar suas
particularidades como apêndices, asas, antenas e segmentação permitindo que os
alunos compreendam de modo análogo como é elaborado um agrupamento de seres
vivos.
A partir das fotos tiradas na segunda aula, o professor confeccionará um jogo de
memória. Serão 21 cartas divididas em três tipos - FOTOS, GRUPOS e
CARACATERÍSTICAS. Os grupos serão: Diplópode, Quilópode, Quelicerados, Insetos,
Crustáceos, Anelídeos e um Grupo Ancestral. Cada grupo terá uma foto com um
animal representante e mais duas cartas, uma contendo as características do grupo e
outra com o respectivo nome do grupo.
Número de jogadores: 2 a 3
Composição do jogo: Vinte e uma (21) cartas divididas em três (3) tipos de cartas -
fotos¹, características² e grupos³.
1- Sete (7) cartas FOTOS: uma (1) unidade de cada grupo: Insetos, Quelicerados,
Crustáceos, Quilópodes, Diplópodes, Anelídeos, Grupo Ancestral
2- Sete (7) cartas CARACTERÍSTICAS
3- Sete (7) cartas GRUPOS: Insetos, Quelicerados, Crustáceos, Quilópodes,
Diplópodes, Anelídeos, Grupo Ancestral

36
Instruções: Separe as cartas de cada tipo e as disponha em linhas, uma linha para cada
tipo de carta, como na figura abaixo.

A cada rodada, um jogador deve desvirar uma carta de cada tipo (FOTO, GRUPO e
CARACTERÍSTICAS), ou seja, três cartas por rodada.
Objetivo: Como num jogo de memória, ganha o jogador que fizer um maior número de
associações, FOTO x GRUPO x CARACTERÍSTICAS, corretas.
Ao final do jogo, os alunos podem socializar com os demais colegas as trincas de cartas
que associaram. Faz-se a correção das associações incorretas e mostraria as
associações que deveriam ter sido realizadas, enfatizando as características que
definem os grupos.

DINÂMICA: A Sequência Didática pode ser aplicada num conjunto de 8 aulas,


baseando-se em um aprendizado por observação e questionamento. Inicialmente o
professor deve utilizar o conhecimento prévio dos alunos acerca dos Artrópodes.
Como são? Quais artrópodes vocês conhecem? (provavelmente quase todos alunos
conheçam, mas talvez apenas uma classe especifica, os insetos, esquecendo de outras
classes como crustáceos e aracnídeos que também compõem o grupo). Num primeiro
momento, esse debate será interessante para saber o grau de conhecimento sobre
diversidade que a turma possui. Posteriormente deve ser realizada uma saída de
campo, em um jardim, quintal, ou outra área esteja disponível nas imediações da
escola. Os alunos registrariam fotos dos indivíduos que acreditam pertencer ao filo
Arthropoda. Em um outro momento essas imagens seriam analisadas em sala de aula
com uma discussão acerca das fotos tiradas, se de fato representam artrópodes ou
não. Dada a grande diversificação dos artrópodes, outra aula seria destinada a
discussão dessa diversidade, inclusive mostrando aos alunos vários outros indivíduos
não amostrados durante o trabalho de campo. As próximas aulas seriam voltadas para

37
uma explicação teórica sobre o grupo: as principais sinapomorfias, conceitos de
filogenia e evolução e finalmente aplicação de um jogo da memória. Então, no fim da
sequência, três aulas seriam dedicadas a apresentações e discussão com os demais
grupos de alunos sobre temas problemáticos relacionados a artrópodes.

Aula 1: O professor propõe uma discussão aos alunos sobre o que eles pensam ser os
artrópodes, quais as suas supostas características e sua biologia. Supondo que a escola
de trabalho tenha um jardim ou uma área verde, a primeira aula ocorreria nesta área
livre. Após um rápido debate, cada aluno seria orientado a tirar 3 fotos de organismos
que achassem ser artrópodes. A ideia de usar fotos tiradas pelos próprios alunos tem
como objetivo oferecer aos alunos a sensação de autoria do projeto e estimular
inicialmente o aprendizado científico através de observação e pesquisa de campo (por
isso, o(a) professor(a) deve solicitar na aula anterior que os alunos tragam celulares ou
câmeras para tirarem fotos).

Aula 2: A turma dividida em grupos discute se as fotos retratam de fato artrópodes.


Então, com base no que já foi discutido e observado, o professor dará esclarecimentos
sobre quais fotos eram ou não de artrópodes e deverá trazer mais exemplos (e fotos)
de artrópodes que não seriam fáceis de encontrar ou abundantemente encontrados
no jardim - crustáceos, aracnídeos, entre outros, evidenciando assim a grande
diversidade do grupo.
Obs.: O(a) professor(a) deverá imprimir e distribuir as fotos para os grupos que as
tiraram.

Aula 3: A partir do conhecimento sobre a diversidade e abundância dos artropódes, o


professor iniciará uma etapa mais teórica. Na primeira parte da aula serão abordadas
as principais características (sinapormorfias) do grupo (exoesqueleto quitinosos,
apêndices articulados etc.), utilizando questões como ecdise, segmentação, número de
apêndices, de asas, de antenas, entre outros caracteres, para definir os grupos dentro
de Arthropoda. Depois disso proponha uma pesquisa sobre temas problematizadores
envolvendo os artrópodes. Os temas escolhidos visam desenvolver a alfabetização
científica, especificamente o tópico relacionado a aspectos sociocientíficos, incluindo

38
questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais. Cada grupo
(formado por até 3 alunos) deverá escolher um dos temas (Ver avaliação) e apresentar
nas últimas aulas da sequência. O professor deve orientar os alunos a escolher um ou
mais exemplos dentro do tema, relacionando-o com o grupo dos artrópodes. Ex:
Pragas - pulgões, prejuízos, formas de controle, problemas das formas de controle
biológico.

Aula 4: Aula expositiva, com intuito de mostrar conceitos de ancestralidade comum,


citando grupos fósseis (trilobitas) e as características encontradas que levaram os
cientistas a propor relações de parentesco com os grupos atuais (exoesqueleto e corpo
dividido em três tagmas, por exemplo) e sua importância na construção das
associações filogenéticas. Por fim, as hipóteses e filogenias do grupo propostas devem
ser apresentadas (e esta última parte demonstrando a natureza científica, que não é
estática e está em constante mudança). Ao fim dessa aula, o(a) professor(a) deve
solicitar que os alunos tragam na próxima aula uma proposta de filogenia dos
artrópodes com as sinapomorfias do grupo e dos subgrupos. (Um exemplo de filogenia
que pode servir de base para o professor avaliar a construção da filogenia feita pelos
alunos se encontra no fim desta sequência).

Aula 5: Aplicação do jogo. Neste, além dos grupos de artrópodes atuais abordados,
haverá também um ancestral comum hipotético desses organismos e um anelídeo.
Este último seria um possível grupo externo, sendo que em algumas hipóteses
filogenéticas é descrito como grupo irmão de Arthropoda. Com isso, instigar-se-ia uma
discussão filogenética e sobre o fazer ciência por hipóteses.

Aulas finais: De acordo com a divisão de grupos proposta distibua as apresentações de


modo que haja tempo para que cada problema possa ser apresentado e seja discutido
em conjunto com a sala. Ao final, o professor faz um fechamento resgatando a
importância econômica e ecológica dos artrópodes, remetendo-se aos temas
apresentados pelos alunos.

AVALIAÇÃO: Os alunos podem ser avaliados através de duas atividades com o objetivo
de que vários tipos de competências possam ser reconhecidas. Primeiramente, a partir

39
das apresentações das pesquisas realizadas pelos alunos sobre os seguintes temas a
serem escolhidos envolvendo artrópodes:
- Pragas
- Doenças transmitidas por artrópodes
- Interação inseto-planta
- Infestações em áreas urbanas
- E se as abelhas desaparecessem?
- Aranhas e escorpiões peçonhentos
- Metamorfose em insetos
- Insetos sociais
- Impacto de pesca predatória de artrópodes aquáticos
Em seguida, avaliar a partir da construção de filogenia dos Artrópodes justificada pelas
sinapomorfias aprendidas, permitindo que o aluno construa seu próprio argumento
científico, pondo em ação a linguagem científica aprendida ao longo da sequência de
aulas.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:

BRASIL, 2002. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio:


Orientações Educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Brasília: Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Média e Tecnológica. 244p.
RUPPERT, E.E. & BARNES, R.D. 1996. Zoologia dos invertebrados. 6a ed., São Paulo,
Rocca.1029p.
ZABALA, A. 1998. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed. 223p.

40
ANEXOS

Exemplo de construção de filogenia de Arthopoda e suas sinapomorfias (simplificadas)

Sinapomorfias utilizadas na construção da filogenia:


1- Arthropoda: Exoesqueleto articulado; apêndices articulados; cabeça com ácron e 5 segmentos; um
par de olhos compostos.
2- Mandibulata: 5 pares de apêndices (antenas 1 e 2, mandíbulas, maxilas 1 e 2); cérebro dividido em
três partes; ecdise controlada por hormônios.
3- Crustacea: apêndices birremes; larva náuplio; antenas no segundo segmento da cabeça.
4- Diplópoda: corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen; dois pares de apêndices locomotores por
segmento; um par de antenas.
5- Quilópoda: forcípula; um par de mandíbulas; antena longa articulada; um par de apêndices
locomotores por segmento.
6- Insetos: três pares de apêndices locomotores; dois pares de asas; túbulos de Malpighi.
7- Quelicerados: corpo dividido em cefalotórax e abdômen; quelíceras; pedipalpos; 4 pares de apêndices
locomotores.

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

41
SUGESTÃO III – BIODIVERSIDADE E ADAPTAÇÃO
Sumário
AUTORES: Bianca Silles, Mariana Antonieta e Priscila Moreira.

PÚBLICO-ALVO: 7º ano do Ensino Fundamental II.

CONTEXTO: As crescentes descobertas acerca do uso de diversas espécies de interesse


humano e a crescente degradação de biomas e ecossistemas tem aumentado a
importância do tema biodiversidade nos ensinos fundamentais e médio (BIZERRIL et al,
2007). No entanto, alguns estudos têm mostrado que os estudantes pouco conhecem
sobre biodiversidade e que isto se deve ao fato de o ensino de zoologia e de botânica
ser feito de maneira fragmentada e desconexa dos demais temas (BIZERRIL et al,
2007).
O estudo dos seres vivos em seus ambientes, conforme é visto na sequência
didática (SD) apresentada a seguir, além de agregar conhecimento de particularidades
morfológicas e comportamentais de cada grupo animal também proporciona a
aprendizagem de conceitos zoológicos e evolutivos aos alunos. Isso vai ao encontro do
que é apresentado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino
Fundamental, que apontam para a importância do estudo das diferentes formas de
vida e suas adaptações ao meio sob a perspectiva evolucionista (BRASIL, 1998).
Nesta SD, o estudo dos seres vivos e suas adaptações ao meio são abordados
através dos três pilares da alfabetização científica, conforme apresentado por Sasseron
& Carvalho (2011): a linguagem científica, por meio de conceitos e princípios à
evolução, relação forma-função, relação organismo-ambiente-diversidade e a
argumentação científica; natureza da ciência, através da observação crítica, elaboração
de textos descritivos e criação de hipóteses (mesmo que de forma inconsciente); e
aspectos sociocientíficos, com a reflexão de questões socioambientais trazidas pelos
próprios alunos. A SD descrita a seguir é composta por atividades que abordam de
maneira integrada diferentes conceitos das ciências biológicas como biodiversidade,
seleção natural, biomas e conceitos zoológicos. Por este motivo ela pode ser
facilmente aplicada em diferentes situações ligadas a qualquer um destes temas,
desde que o conteúdo já tenha sido apresentado aos alunos anteriormente, mesmo

42
que de forma superficial. A SD está organizada em aulas sequenciais apenas como
sugestão de trabalho, não sendo necessário seguir essa ordem.

OBJETIVOS: Ao final desta sequência didática, o aluno deve ser capaz de:

1. Compreender o termo biodiversidade;


2. Analisar de forma crítica o meio ambiente e os seres vivos que nele habitam,
levando em consideração os fatores abióticos predominantes e as adaptações
evolutivas dos animais;
3. Produzir textos descritivos com base em sua observação;
4. Argumentar seus pontos de vista e tomar decisões em grupo baseado nos
conhecimentos adquiridos e na catalogação de informações;
5. Desenvolver uma noção dos termos convergência, divergência, seleção natural e
adaptação.

MATERIAL:
1. Data show para transmissão de vídeos;
2. Computadores ou tablets com acesso à internet;
3. Fichas com imagens dos ambientes e de animais.

DINÂMICA:

Aula 1 - O que é biodiversidade?


Divida a turma em grupos de trabalho para levantar os seus conhecimentos
prévios. Após isso, apresente dois vídeos, um deles demonstra a biodiversidade
existente entre organismos de uma mesma espécie, diversidade ecológica e
também genética. O outro vídeo mostra a variedade de adaptações existente nos
animais em relação aos os ambientes que habitam. Para finalizar a aula, elaborem
em conjunto, alunos e professor, uma frase que defina o que é biodiversidade para
a sala. A seguir, os links dos vídeos:
1. Biodiversidade - www.youtube.com/watch?v=Mcj6OBmGlrQ Acesso em
13/04/2015.
2. Animais e Ambiente - www.youtube.com/watch?v=vwgHNFuD8Sg Acesso em
13/04/2015.

43
Aulas 2 e 3 - Descrição de alguns animais, plantas e ambientes
Pesquisa de imagens de animais, descrevendo suas características morfológicas
(que permitem a locomoção, respiração, alimentação, tamanho corporal). Esta
atividade deverá ser realizada em grupo e cada um será responsável pela descrição de
4 animais. Para esta descrição os alunos deverão utilizar computadores ou tablets com
acesso à internet para realizarem pesquisas. Bizerril (2007) destaca a importância de se
trabalhar com imagens de espécies para a formação da concepção das mesmas e do
conceito de biodiversidade.
Faça um procedimento semelhante em relação às imagens de biomas, que
serão descritos pelos alunos. Após a primeira tentativa de pesquisa, forneça alguns
elementos para direcionar as observações a serem feitas (umidade, exposição ao sol,
densidade de plantas, tipo de solo etc.).
Durante esta atividade serão desenvolvidas habilidades como observação
íti a e des ição, ap oxi a do os alu os do faze i ia , o fo e o defe dido
pelo PCN (BRASIL, 1998). Os registros devem ser recolhidos, para que sejam
apresentados juntamente com o material didático a ser usado nas aulas seguintes.

Aula 4 - Dinâmica: qual animal se adequa melhor a qual ambiente? (Anexo 1)


Jogo A i ais e a ie te : so teado pa a ada g upo u a a ta a ie te .
O g upo, o o apoio da ta ela dos a i ais , deve decidir quais dos animais
representados estão adaptados aquele ambiente. O professor acompanha essa
atividade para ajudar os alunos na escolha, a fim de garantir que os animais escolhidos
sejam os corretos. Após todos os grupos entrarem em acordo, o jogo iniciará.
A ordem de início deve ser definida em conjunto. Serão distribuídas 5 cartas
para cada grupo, sendo que um dos grupos ficará com uma carta a mais (carta
coringa). Inicia o jogo aquele que tiver 6 cartas. A cada rodada, o grupo terá que
repassar uma de suas cartas para o grupo ao seu lado direito. Ganha o jogo aquele que
completar os 4 animais mais adaptados ao seu ambiente sorteado.

Aula 5 - Discussão e aula expositiva


O professor retoma a dinâmica da aula anterior elaborando uma tabela com as
principais características dos ambientes e dos animais encontrados nele. Esta tabela

44
deve estimular a discussão e argumentação pelos estudantes sobre as características
dos a i ais e seus a ie tes . Esse exercício é defendido por Sasseron (2014) como
uma das maneiras de se aplicar o ensino de ciências por investigação.
O docente deve explicar as causas das diferenças adaptativas encontradas em
diferentes organismos da mesma espécie e deve retomar os conteúdos apresentados
nos dois vídeos assistidos na segunda aula. Após essa discussão, o docente pode, por
via de uma aula expositiva, contextualizar as pesquisas e o jogo com conceitos
biológicos, como : convergência e divergência adaptativa, seleção natural e adaptação,
os quais deverão ser registrados pelos alunos em seus cadernos.

Aulas 6, 7 e 8 - Atividades avaliativas


Como método de avaliação cada grupo produz um infográfico de um bioma,
abordando uma questão socioambiental a ser julgada pelos demais alunos. Para tanto
eles acabarão por usar e apresentar dados e conceitos aprendidos durante as aulas e
pesquisas anteriores, tais como os animais melhor adaptados.
Por meio desta atividade procura-se avaliar a aprendizagem de conceitos,
descrição de ambientes e seres vivos, a capacidade de análise e de argumentação
perante questões polêmicas. Além de servir como avaliação, a atividade também
incentiva debates, já os estudantes deverão decidir quais animais estão bem
adaptados ao bioma que estão trabalhando e justificar tal escolha.
Por fim, deverá ser feita a socialização dos infográficos com o objetivo de que
os demais grupos possam ter contato com outro ambiente. A apresentação dos
infográficos deve ser feita para os professores e demais estudantes no formato de um
mini congresso, no qual os trabalhos serão apresentados várias vezes para um grupo
pequeno de pessoas. A finalidade de utilizar este método de avaliação é estimular e
desenvolver a capacidade de os alunos se apresentarem em público bem como
proporcionar um momento para que o docente avalie o trabalho produzido pelos
grupos.

45
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:
BIZERRIL et al. Percepção de alunos de ensino fundamental sobre a biodiversidade:
relações entre nomes de organismos, mídia e periculosidade. In: Encontro Nacional
de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), VI, 2007, Florianópolis.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
curriculares nacionais terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Ciências
Naturais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
SASSERON, L. Alfabetização Científica, Ensino por Investigação e Argumentação. In:
WORKSHOP ARGUMENTAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS. 2014. São Paulo.
“A““ERON, L.H. e CARVALHO, A.M.P., Alfa etização Cie tífi a: u a e isão
i liog áfi a , Investigações em Ensino de Ciências, v.16 n.1 pp. 59-77, 2011.

46
ANEXOS:

ANEXO 1 - Jogo A i ais e a ie tes

REGRAS DO JOGO: ANIMAIS E AMBIENTES


Faixa etária: A partir de 13 anos (indicado para o Ensino Fundamental II)
Tempo de duração: no mínimo 7 minutos, podendo durar até 20 min.
Componentes: Este jogo o t a tas a i ais e des e a tas a ie tes a a elas . Cada
ambiente contêm 4 animais associados a ele.
Jogadores: O jogo comporta no mínimo 3 jogadores e no máximo 7. Pode ser jogado em duplas ou
equipes, respeitando o máximo de 6 de grupos.
O baralho: Deve-se separar o baralho de acordo com o número de jogadores ou equipes. Por exemplo, se
houver 5 jogadores ou equipes, deve-se separar 5 cartas de ambientes com as 4 cartas de animais
asso iadas a ada a ie te, e u total de a tas a i ais .
Objetivo: O objetivo do jogo é juntar 4 cartas de animais que vivem em determinado ambiente sorteado.
O jogo: O professor deve preparar o jogo antes da partida começar, de acordo com o número de
participantes. No final dessa explicação, haverá um gabarito associando os animais aos seus ambientes.
Primeiramente, o professor deve sortear as cartas de ambientes amarelas entre os jogadores ou equipes.
Os jogadores não podem revelar aos outros qual carta é a sua. Depois de embaralhar as cartas verdes, o
professor deve distribuir as cartas para cada jogador/equipe. Os jogadores devem escolher uma carta que
não sirva para seu jogo. Todos os jogadores devem, ao mesmo tempo, passar uma carta ao próximo
jogador, sem mostrar a carta aos outros jogadores. Os jogadores devem analisar a carta recebida e
escolher a próxima carta a ser repassada ao próximo jogador, e assim por diante, até que alguém consiga
formar o grupo de 4 animais correspondentes ao seu ambiente. Assim que alguém formar um grupo de 4
animais correspondentes ao ambiente, deve chamar o professor para conferir a vitória. Caso o jogador
não acerte, o jogo deve continuar.
Gabarito:
Deserto - rato-canguru; feneco, camelo, cascavel-chifruda.
Deserto polar - foca; raposa-do-ártico; pinguim-rei; krill.
Floresta temperada - lobo cinzento; veado-de-cauda-branca; esquilo, urso-europeu.
Floresta Tropical - borboleta-folha indiana, camaleão-folha; araçari, morcego-vampiro.
Cerrado brasileiro - boca-de sapo; gavião-carijó; coruja buraqueira, lobo guará
Cavernas - Troglorhopalurus translucidus; bagre-cego; Amplaria adamsi; morcego-vampiro.
Savana Africana - Elefante; hipopótamo; guepardo; girafa.

47
Floresta Tropical
(https://neeasciencenews.files.wordpress.com/2012/08/bac3ada_de_antonina_vista_da_serra_do_mar2.jpg)

Fonte: Fonte:
www.magicoflife.org/butterfly_photos/Indian_Leaf_Butterfly_ http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/38/Rieppel
Kallima_inachus%20-%20top.jpg; eon_brevicaudatus_M015.jpg
www.photomacrography1.net/images/KallimaParalekta.jpg

Fonte: Fonte:
http://image.wangchao.net.cn/baike/1258354413721.jpg http://staticf5a.lavozdelinterior.com.ar/sites/default/files/styles
/landscape_894_503/public/archivo/2-desmodus.jpg

48
Cerrado Brasileiro
(Fonte: http://ecodatainforma.files.wordpress.com/2012/02/m1_82480004-copy.jpg)

Fonte: Fonte:
http://msalx.viajeaqui.abril.com.br/2013/09/10/1502/5tY2z/co http://msalx.viajeaqui.abril.com.br/2013/09/10/1400/5tY2z/bo
ruja-buraqueira2.jpeg?1378840033 ca-de-sapo.jpeg?1378835571

Lobo guará (Chrysocyon brachyurus)

Seus pelos de cor avermelhada confundem-se


com a grama seca e o deixa camuflado no
ambiente em que vive. É uma espécie
vulnerável segundo o livro vermelho Fauna
Brasileira Ameaçada de Extinção

Fonte:
http://msalx.viajeaqui.abril.com.br/2013/09/10/1401/5tY2z/ga Fonte: http://escolakids.uol.com.br/loboguara.htm
via-carijo.jpeg?1378835562

49
Savana Africana
(Fonte:http://images.forwallpaper.com/files/images/1/193e/193ece2c/214693/highlands-beautiful-landscape-savannas-shrubs-
mountains-sand-blue-sky-clouds-landscape.jpg)

Fonte:http://cdn1.arkive.org/media/00/000EBD39-D1D9-4221-
Fonte: http://3.citynews-
8384-5CABECD5528B/Presentation.Small/Cheetah-
today.stgy.it/~media/originale/46741580264386/elefante-5.jpg
camouflaged-in-habitat.jpg

Fonte: http://www.tocadacotia.com/wp-
Fonte: http://www.whereincity.com/files/animals/16/main.jpg
content/gallery/animal/dd.jpg

50
Caverna
(Fonte:http://store.donanimhaber.com/52/ea/46/52EA46CD4C250E25D192A96D42680CF4.jpg)

Fonte:
Fonte:http://staticf5a.lavozdelinterior.com.ar/sites/default/files
http://i254.photobucket.com/albums/hh109/Tadash1/pimelod
/styles/landscape_894_503/public/archivo/2-desmodus.jpg
ellakronei.jpg

Fonte: Fonte:
http://msalx.viajeaqui.abril.com.br/2013/06/05/1031/5tY2z/6.j http://i0.statig.com.br/fw/95/q2/qe/95q2qe37tbb5ga9wok60v
peg?1370442597 7cst.jpg

51
Deserto
(Fonte: http://i2.wp.com/visions-of-earth.com/wp-content/uploads/NamibNaukluftParkDunes.jpg)

Fonte: http://04varvara.files.wordpress.com/2011/07/02m- Fonte:


smaller-brothers-16-07-11.jpg?w=1200&h=750 http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/70/Crotalu
s_cerastes_mesquite_springs_CA-2.jpg

Fonte: Fonte:
http://images.forwallpaper.com/files/images/2/2523/252353d http://vanessaelizabeth.files.wordpress.com/2012/12/2011_tra
4/24054/kangaroo-rat.jpg mpeltier_1528.jpeg

52
Deserto Polar
(Fonte: http://www.yousay.gr/wp-content/uploads/2013/12/Mt_Herschel_Antarctica_Jan_2006-932x620.jpg?4db4b8)

Fonte: http://poxe.ru/uploads/posts/2008- Fonte: http://www.pimentanamuqueca.com.br/wp-


05/1211621027_online_ua-5slvnupug3.jpg content/uploads/10Foca.jpg

Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c7/ Fonte: http://img27.fansshare.com/pic122/w/homosexual-
Antarctic_krill_(Euphausia_superba).jpg/260px- behavior-in-animals/1200/13124_homosexual_bpenguins.jpg
Antarctic_krill_(Euphausia_superba).jpg

53
Floresta Temperada
(Fonte: www.1000dias.com/fototmp/574-chegando-a-floresta-temperada-umida-de-hoh,-no-olympic-national-park,-no-estado-de-
washington,-oeste-dos-estados-unidos-nikon%20(58748).jpg)

Fonte: www.fotosimagenes.org/imagenes/canis-lupus-lupus-
Fonte: www.salix.cz/rs/image/200502240730_jelenec.jpg
1.jpg

Fonte: www.topdesktopwallpapers.net/_papers/45/red- Fonte:


squirrel_1600x1200.jpg http://img171.imageshack.us/img171/8706/img1860qb.jpg

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

54
SUGESTÃO IV – DIVERSIDADE DE ORGANISMOS VERTEBRADOS
Sumário
AUTORES: Marília Duarte, Tabata Caldeira e Tamíres Ito.

PÚBLICO-ALVO: ou 7º ano.
CONTEXTO: No 7° ano do ensino fundamental II os alunos normalmente estudam a
diversidade dos seres vivos. Resolvemos então elaborar uma sequencia didática para o
ensino da diversidade dos vertebrados de maneira diferente da tradicional aula
expositiva. O grupo considera esse tema pertinente pois ao demonstrar a variedade de
vertebrados existentes o aluno pode começar a ter uma visão menos antropocêntrica,
além de respeitar e apreciar todos os tipos de seres vivos (e não só aqueles com os
quais mantém contato diário).
Esta sequência didática será aplicada após os alunos já terem estudado alguns
temas de Ecologia (obtenção de matéria e energia; transferência de energia entre
seres vivos; cadeia alimentar; causas e consequências da extinção de espécies) e
aspectos dos seres vivos (características básicas; organização celular; reprodução;
classificação: reinos Monera, Fungi, Protista e Invertebrados).

OBJETIVOS:
1. Ler e interpretar diferentes representações sobre os vertebrados, expressas em
textos de natureza diversa.
2. Reconhecer a grande diversidade de animais vertebrados e seus aspectos
comparativos.
3. Confrontar interpretações diversas dadas a classificação dos seres vivos,
comparando diferentes pontos de vista, identificando os pressupostos de cada
interpretação e analisando a validade dos argumentos utilizados.
4. Desenvolver um projeto em grupo, respeitando a multidisciplinaridade de ideias e
a opinião dos colegas.
5. Representar os vertebrados e suas características por meio de desenhos.
6. Utilizar conceitos biológicos na caracterização dos seres vivos.
7. Comparar diferentes critérios que podem ser utilizados na classificação biológica.

55
8. Construir, apresentar e reconhecer argumentação plausível para a defesa da
preservação da biodiversidade.
9. Desenvolver os eixos estruturantes da alfabetização científica.
10. Avaliar seu aprendizado sobre o tema.
MATERIAL:

1. Computador conectado ao um projetor;


2. DVDs de desenhos animados;
3. Saída de campo ao Museu de Zoologia da USP;
4. Jogo Passa ou Repassa Animal;
5. Computadores para pesquisa;
6. Material de papelaria para produção dos painéis.

DINÂMICA: Serão utilizadas dezesseis aulas, assim divididas:


1ª aula: atividade introdutória – jogo passa ou epassa a i al (Anexo I), com perguntas
sobre conhecimento geral dos vertebrados;

2a aula: discussão sobre o jogo e conhecimento prévios dos alunos sobre os vertebrados;

3a aula: projeção de trechos de filmes (Anexo II), para que alunos identifiquem individualmente
a qual grupo cada animal mostrado no filme pertence;

4a aula: divisão da sala em grupos para o desenvolvimento de um projeto onde cada grupo de
alunos será responsável por um dos animais do filme;

5ª aula: aula expositiva (peixes);

6a aula: aula expositiva (anfíbios);

7a aula: aula expositiva (répteis);

8a aula: aula expositiva (aves);

9a aula: aula expositiva (mamíferos);

10a aula: aula expositiva (evolução, homologia e analogia);

56
11a aula: trabalho em grupo nos projetos (tempo para pesquisa, discussão e montagem dos
painéis);
12a aula: saída de campo ao Museu de Zoologia da USP (Anexo III).

13a aula: trabalho em grupo nos projetos (tempo para pesquisa, discussão e montagem dos
painéis);

14a aula: trabalho em grupo nos projetos (tempo para pesquisa, discussão e montagem dos
painéis);

15a aula: apresentação dos projetos sobre cada animal mostrado nos filmes (pelo menos um
de cada grupo de vertebrados); mostrando fotos do desenho e do animal de verdade;
características gerais e classificação.

16a aula: retomada do jogo didático, conclusões sobre os vertebrados.

AVALIAÇÃO: avaliação formativa que engloba a participação no jogo, frequência, participação


e argumentação nas discussões, contribuições para o grupo do projeto, apresentação dos
projetos, atividade sobre a visita ao museu. Além disso, com a retomada do jogo ao final da
SD, os alunos poderão mostrar o quanto aprenderam ao longo das aulas, além de ser uma
ferramenta alternativa para a avaliação do professor. O docente pode selecionar as questões
do jogo específicas dos grupos de vertebrados e usá-las com os alunos que pesquisaram sobre
aqueles respectivos animais.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:

AGUIAR, J.B. V. – Para Viver Juntos: ciências, 7º ano : ensino fundamental – 2ª Ed. – São Paulo
– Edições SM – 2011
CARVALHO, A. M. P. - Formação Continuada de Professores. 1 ed. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003.
TRIVELATO, S. F. Ciências, natureza e cotidiano- 7o. ano. 2. ed. São Paulo: FTD, 2012.

57
ANEXOS

Anexo I: Jogo Passa ou Repassa Animal:


Professor prepara perguntas sobre vertebrados cujas respostas possíveis são curtas e diretas.
No dia da aplicação do jogo separa a sala em dois times e pede para cada um fazer uma fila, indo da
mesa do professor até o fundo da sala. Um dos alunos, que não pertence a nenhum time, atua como
ajudante do professor, para anotar as respostas que os alunos irão dar e contar a pontuação.
A ideia principal do jogo é ver o quanto os alunos já conhecem sobre a diversidade de
vertebrados e, através do registro das respostas, comparar o quanto aprenderam até o final desse
módulo.
Reg as do Jogo Passa ou Repassa A i al
Tempo médio: 40 minutos
Objetivo: atividade introdutória com perguntas e curiosidades sobre vertebrados, para despertar
interesse sobre o assunto nos estudantes.
Instruções e regras:
 O(a) professor(a) divide a sala em dois times, que devem formar uma fila de cada lado de sua
mesa.
 E ada odada o do e te le á u a uestão das a tas do Passa ou Repassa A i al! e os
alunos devem responder corretamente à pergunta. Para ganhar a chance de resposta, o aluno
que souber responder deve, por exemplo, bater na mesa com a mão. O aluno que bater
primeiro pode responder. Se ele não quiser/souber responder, pode passar a vez para o colega
do outro time. Esse, por sua vez, pode repassar a obrigação da resposta para o colega que
ateu a esa p i ei o epassa .
 Na etapa do epassa o alu o o igado a espo de – se acertar, ganha 3 (três) pontos para
seu time. Se errar, perde 1 (um).
 Se ninguém souber responder a pergunta o(a) professor(a) responde para os alunos e passa
para a próxima carta.
 O(a) professor(a) deve escolher (sorteio ou predisposição) no início do jogo um aluno para
marcar a pontuação e as respostas dadas pelos alunos.
 Só é permitido bater na mesa para responder quando a pergunta for lida até o final. Se algum
aluno bater antes o time perde 1 (um) ponto.
 Os dois alunos que estão à frente da fila para responder à questão devem ficar com uma
levantada na altura da orelha e a outra mão atrás das costas enquanto o professor lê o cartão.
 Ao final, o time que tiver mais pontos ganha.

Sugestões de perguntas jogo Passa ou Repassa A i al . As perguntas foram formuladas pensando em


no dinamismo do jogo, por isso são suas respostas são simples, curtas e diretas. Você pode usar o grupo
de questões abaixo ou formular novas, ilustrando-as em apresentações e discutindo os desdobramentos

58
das respostas nos contextos pertinentes. Algumas delas foram elaboradas a partir dos links abaixo
(Acessados em 18/04/2015):
www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/vcsabia-animais/
www.sobiologia.com.br/conteudos/Curiosidades/Curiosidades4.php
http://ciencia.hsw.uol.com.br/curiosidades-mundo-animal.htm
http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/11-curiosidades-sobre-o-cerebro-dos-animais/

QUESTÕES
1. Quantos quilos de carne um leão adulto deve comer em média por dia? R: letra C
a) 100 kg
b) 20 kg
c) 5 kg
d) 1 kg
2. Quantos metros pode alcançar um representante adulto da cobra mais longa do mundo, a
Phyton? R: letra B
a) Entre 5 m e 10 m
b) Entre 11 m e 15 m
c) Entre 16 m e 20 m
d) Entre 21 m e 25 m
3. Quanto pesa em média um adulto da cobra sucuri preta. R: letra A
a) Entre 100 e 200 kg
b) Entre 200 e 300 kg
c) Entre 300 e 400 kg
d) Entre 400 e 500 kg
4. Qual é a função das vibrissas num gato doméstico? R: letra C
a) Correr
b) Comer
c) Perceber o mundo a seu redor
d) Dormir
5. Hipopótamos são carnívoros, herbívoros ou onívoros? R: herbívoros
6. Quantos anos pode atingir a tartarugas-de-Galápagos? R: letra C
a) 50 anos
b) 90 anos
c) 170 anos
d) 250 anos

7. O falcão peregrino, o pássaro com o mergulho vertical mais rápido do mundo, pode atingir que
velocidade? R: letra C

59
a) Entre 50 e 100 km/h
b) Entre 100 e 200 km/h
c) Entre 200 e 300 km/h
d) Entre 300 e 400 km/h
8. O guepardo mamífero terrestre mais rápido do mundo, pode atingir que velocidade? R: letra B
a) 60 km/h
b) 110 km/h
c) 180 km/h
d) 250 km/h
9. O agulhão-vela, peixe que nada mais rápido no mundo, pode atingir que velocidade? R: letra A
a) 110 km/h
b) 130 km/h
c) 150 km/h
d) 180 km/h
10. Qual a maior profundidade que o elefante marinho mamífero que mergulha mais fundo no
mundo, atinge? R: letra D
a) 100 m
b) 500 m
c) 1000 m
d) 1700 m
11. Um adulto de elande, o maior antílope do mundo, tem quantos centímetros de altura? R: letra
C
a) Até 50 cm
b) Entre 100 e 150 cm
c) Entre 150 e 200 cm
d) Entre 200 e 250 cm
12. Um exemplar adulto de dik dik, menor antílope do mundo, tem quantos centímetros de altura
em média? R: letra D
a) Entre 5 e 10 cm
Entre 10 e 20 cm
b) Entre 20 e 30 cm
c) Entre 30 e 40 cm
13. Quanto pesa a baleia azul o maior mamífero marinho do mundo? R: letra D
a) 500 kg
b) 1 tonelada
c) 10 toneladas
d) Mais de 100 toneladas
14. Quanto mede o menor peixe conhecido do mundo, Paedocypris progenetica? R: letra A

60
a) 1 cm
b) 5 cm
c) 10 cm
d) 15 cm
15. Baleias são consideradas peixes ou mamíferos? R: mamíferos
16. O que surgiu primeiro: o ovo ou a galinha? R: o ovo
17. Peixes respiram por pulmões? R: não, eles respiram por brânquias
18. Quantos membros possui uma galinha? R: quatro
19. Pinguins são considerados do grupo das aves? R: sim
20. Diga o nome dos cinco grandes agrupamentos dos vertebrados. R: peixes, anfíbios, répteis,
aves e mamíferos
21. Além dos sapos e rãs, cite o nome popular de mais um anfíbio. R: salamandra ou cobra cega
22. Crocodilos e jacarés são uma mesma espécie? R: não
23. A qual grupo dos vertebrados pertence o morcego? R: letra B
a) Répteis
b) Mamíferos
c) Anfíbios
d) Aves
24. Em qual dos grandes grupos de vertebrados os filhotes se alimentam de leite? R: letra B
a) Répteis
b) Mamíferos
c) Anfíbios
d) Aves
25. Qual desses animais não bota ovos? R: letra B
a) serpente
b) morcego
c) arara-azul
d) jacaré
26. Tubarões são considerados peixes? R: sim
27. No reino animal, qual o grupo de animais tem grau de parentesco mais próximo dos tubarões?
R: letra D
a) As baleias
b) As salamandras
c) Os sapos
d) As raias
28. Morcegos que não se alimentam de sangue comem o quê? R: letra A
a) Frutas
b) Folhas

61
c) Pedras
d) Nada
29. Qual desses grupos de animais vertebrados que possui pelos? R: letra C
a) Peixes
b) Aves
c) Mamíferos
d) Anfíbios
30. A que grupo pertencem os animais que podem respirar pela pele? R: letra D
a) Peixes
b) Aves
c) Répteis
d) Anfíbios
31. A qual grupo dos vertebrados pertence o touro? R: letra B
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
32. A qual grupo dos vertebrados pertence a vaca? R: letra B
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
33. A qual grupo dos vertebrados pertence a lagartixa? R: letra C
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
34. A qual grupo dos vertebrados pertence o elefante? R: letra B
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
35. A qual grupo dos vertebrados pertence o crocodilo? R: letra C
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
36. A qual grupo dos vertebrados pertence a cascavel? R: letra C

62
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
37. A qual grupo dos vertebrados pertence a rã? R: letra D
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
38. A qual grupo dos vertebrados pertence o urubu? R: letra A
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
39. A qual grupo dos vertebrados pertence o avestruz? R: letra A
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
40. A qual grupo dos vertebrados pertence o morcego? R: letra B
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Anfíbios
41. A qual grupo dos vertebrados pertence o atum? R: letra D
a) Anfíbios
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Peixes
42. A qual grupo dos vertebrados pertence o cavalo marinho? R: letra D
a) Anfíbios
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Peixes
43. A qual grupo dos vertebrados pertence a tartaruga? R: letra C
a) Anfíbios
b) Mamíferos
c) Répteis

63
d) Peixes
44. A qual grupo dos vertebrados pertence o golfinho? R: letra B
a) Anfíbios
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Peixes
45. Os répteis botam ovos? R: sim
46. Os anfíbios botam ovos? R: sim
47. Os mamíferos botam ovos? R: não
48. Qual característica distingue os vertebrados dos invertebrados? R: letra B
a) Pulmão
b) Coluna vertebral
c) Escamas
d) Penas
49. Qual desses grupos de vertebrados apresenta mais espécies? R: letra D
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Peixes
50. A qual grupo dos vertebrados pertence o camelo? R: letra B
a) Anfíbios
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Peixes
51. Em quais ambientes podemos encontrar animais vertebrados? R: aquático, terrestre e aéreo
52. Como podemos classificar as formas de alimentação dos vertebrados? R: carnívoros, herbívoros
e onívoros
53. Todas as cobras são venenosas? R: não
54. Todos os sapos são venenosos? R: não
55. Todas as cobras venenosas possuem o mesmo tipo de veneno? R: não
56. Nos cavalos marinhos, quem carrega os ovos, o macho ou a fêmea? R: o macho
57. Como são chamadas as aves que não podem voar? R: letra A
a) Ratitas
b) Carinatas
c) Inatas
d) Terrestres
58. Quais os dois g upos de e te ados o he idos popula e te po te e sa gue ue te ? R:
mamíferos e aves

64
59. Quem, dentre os vertebrados, possui cloaca? R: répteis e aves
60. As glândulas sudoríparas estão relacionadas com: R: letra B
a) Reprodução
b) Regulação da temperatura
c) Digestão
d) Transmissão de impulsos nervosos
61. Qual é a vantagem do camaleão mudar de cor? R: letra B
a) Atrair a fêmea
b) Camuflar-se
c) Divertir-se
d) Espantar outros animais
62. Como uma cobra venenosa percebe sua presa? R: letra C
a) Pela visão
b) Pelo olfato
c) Pelo calor
d) Pela audição
63. A qual grupo dos vertebrados pertence o tatu? R: letra B
a) Anfíbios
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Peixes
64. A qual grupo dos vertebrados pertence o ornitorrinco? R: letra B
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Peixes
65. A qual grupo dos vertebrados pertence o lêmure? R: letra B
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Peixes
66. A qual grupo dos vertebrados pertence o porco-espinho? R: letra B
a) Aves
b) Mamíferos
c) Répteis
d) Peixes
67. Para que serve a bolsa do canguru? R: para completar o desenvolvimento do filhote
68. Algum outro animal possui uma bolsa como a do canguru? R: sim, outros marsupiais

65
69. As corcovas dos camelos armazenam: R: letra A
a) gordura
b) folhas
c) frutas
d) nada
70. Um grupo de piranhas pode devorar uma vaca inteira? R: sim
71. As zebras são brancas com listas pretas ou pretas com listas brancas? R: pretas com listras
brancas, pois a cor primária do seu corpo é preto
72. Baleias e golfinhos dormem? R: sim
73. Por que alguns animais hibernam e/ou migram ao longo do ano? R: para sobreviver ao inverno
74. Quantas vértebras tem o pescoço da girafa? R: letra B
a) cinco
b) sete
c) dez
d) doze
75. Uma tartaruga pode crescer mais que seu casco? R: não
76. Por que um pavão possui uma cauda colorida? R: para cortejar a fêmea
77. Por que os cangurus saltam? R: para se locomover mais rápido no seu ambiente
78. Qual seria uma boa aproximação quando queremos medir força de uma mordida de tubarão-
branco? R: letra C
a) menos de 50 kg
b) 100 kg
c) 200 kg
d) 500 kg
79. Por que os morcegos dormem de cabeça para baixo? R: letra D
a) Eles gostam
b) Para se alimentar
c) Para fugir da luz
d) Para ficar na posição ideal para voar
80. O coração do gato bate quantas vezes mais rápido do que o do ser humano? R: letra A
a) 2 vezes
b) 4 vezes
c) 6 vezes
d) 8 vezes
81. Quanto pesa um leão macho adulto? R: letra D
a) Menos de 50 kg
b) Entre 50 e 100 kg
c) Entre 100 e 200 kg

66
d) Entre 200 e 300 kg
82. O grito do bugio pode ser ouvido a quantos quilômetros de distância? R: letra D
a) 1 km
b) 2 km
c) 3 km
d) 4 km
83. Qual é o mamífero mais lento do mundo? R: a preguiça
84. Qual é o maior carnívoro terrestre do mundo? R: o urso polar
85. O olho de um avestruz é maior que seu cérebro? R: sim
86. Quantos joelhos tem um elefante? R: letra B
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
87. O porco-espinho pode flutuar na água? R: sim
88. Quantos litros de água um camelo pode beber em 10 minutos? R: letra C
a) 1 litro
b) 10 litros
c) 100 litros
d) 1000 litros

ANEXO II: LISTA COM OS TRECHOS DE FILMES UTILIZADOS NA ATIVIDADE (Acessados em 18/04/2015):
Procurando Nemo
Cena tartaruga Crush e outros peixes: www.youtube.com/watch?v=uQfdiWJRF1Y
Cena tubarão Bruce: www.youtube.com/watch?v=Dn4F5BZx7O8
Cena do peixe abissal: www.youtube.com/watch?v=fMTHrvskSW8
Princesa e o Sapo
Cena jacaré, sapos, tartaruga: www.youtube.com/watch?v=ew-WpCcp9vg
Rei Leão
Cena o que eu quero mais é ser rei (grande diversidade de animais):
www.youtube.com/watch?v=bDLJJHnKd-w
Tarzan
Cena como um grande homem deve ser (grande diversidade de animais):
www.youtube.com/watch?v=SwvHrbsEau8
Rio
Cena inicial das aves: www.youtube.com/watch?v=DpN0z47hYjQ
Phineas e Ferb
Cena Perry ornitorrinco: www.youtube.com/watch?v=EdbFOM_D13A

67
Enrolados
Cena da torre, camaleão Pascal: www.youtube.com/watch?v=4PekACFN7Ko

ANEXO III: ROTEIRO – EXCURSÃO NO MUSEU DE ZOOLOGIA DA USP


Dados Pessoais:
Data:
Durante a visita ao museu, é possível observar de perto muitos animais diferentes. Entre todos eles,
você deverá escolher cinco representantes cada um dos grupos de vertebrados estudados em sala
(peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Anote algumas informações sobre cada animal escolhido e
faça um desenho. Aproveite a ajuda dos professores e monitores para tirar todas as suas dúvidas!

Animal: Grupo (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos)


Nome popular:
Nome científico:
Habitat:
Está em extinção?
Uma característica marcante:
Por que você escolheu esse animal?
Desenho:

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

68
SUGESTÃO V – ENSINO DE ZOOLOGIA COM ÊNFASE EM EVOLUÇÃO:
DIVERSIDADE E ADAPTAÇÃO DOS ANIMAIS: UM ENFOQUE EVOLUTIVO

Sumário
AUTORES: André C. Ubriaco de Oliveira, Carla B. Pavone, Daiane P. Oliveira, Henrique I.
Neves, Maria Angélica S. Barrios e Rafaela A. dos Santos.

PÚBLICO-ALVO: 2º ou 3º ano do Ensino Médio.

CONTEXTO: A ideia desta proposta é ensinar aos alunos sobre a diversidade animal,
com um enfoque evolutivo, a partir das adaptações dos animais aos ambientes em que
vivem. Toda esta sequência didática tem como escopo demonstrar aos alunos como
uma mutação surgida na população se propaga por gerações, caso ela integre alguma
vantagem ao seu portador e, a partir daí, ilustrar as diferentes formas e hábitos de vida
animal, características que foram resultado deste processo evolutivo. Esse tema foi
escolhido pelo fato de ser uma das bases da Teoria da Seleção Natural e por ser, em
geral, pouco compreendido pelos alunos - por ocorrer em uma escala de tempo bem
mais ampla do que a vivenciada por um ser humano; assim, a sua compreensão exige
um grau de abstração muito maior do que o comumente desenvolvido em atividades
usuais da sala de aula.
O tema proposto busca levar os alunos a refletirem acerca de pontos, às vezes
confusos, sobre um assunto complexo como a Evolução dos organismos. A Sequência
Didática proposta seria inserida justamente em um momento em que o tema
utação já te ia sido a o dado pelo p ofesso e te as o o o ige e e olução da
di e sidade esta ia pa a se estudados pelos alu os PCN+,

OBJETIVOS: ao término desta Sequência Didática, espera-se que o aluno seja capaz de:

1. Identificar semelhanças e diferenças entre as teorias evolutivas;


2. Compreender que fatores aleatórios são, muitas vezes, causa de sucesso (ou
insucesso) de determinadas variabilidades dentro de uma mesma população;

69
3. Reconhecer que a diversidade da vida e das paisagens da Terra se modificou ao
longo do tempo. A seguir, alguns dos principais conteúdos a serem desenvolvidos
durante a Sequência Didática:

Conceituais: Evolução; mutações; Seleção Natural; (o papel dos) eventos estocásticos.


Procedimentais: Levantamento de hipóteses; tomada e síntese de registros.
Atitudinais: Trabalho e discussão em grupo.

MATERIAL:

1. Jogo (desenvolvido especialmente para esta Sequência Didática).


2. Textos informativos (oriundos da mídia ou de simplificações de artigos científicos
clássicos).
3. Vídeos para ilustração dos conteúdos dados em aula, se possível.

DINÂMICA: Serão utilizadas um total de oito a quinze aulas (o professor pode ter a
flexibilidade de alongar algumas discussões ou adiantar algumas atividades
dependendo da resposta da classe aos conteúdos ensinados e da
assimilação/compreensão dos mesmos).
Aulas 1, 2 e 3
Levantamento de conceitos prévios através de diálogo e sistematização em lousa
(registrada pelo próprio professor para retomada de ideias em momento oportuno).
Retomada/introdução aos principais conceitos.
Co flito og iti o e expa são de ideias: O ue se e te de po e olução ?
Confronto entre as teorias lamarckista e darwinista.

Aula 4
Aplicação do Jogo (Anexo 1).

Aula 5
Retomada do jogo:
Comparação dos registros do jogo;
Discussão entre os alunos com a mediação do professor;

70
Levantamento de hipóteses para explicar o padrão observado (aqui o professor pode
retomar as idéias de Lamarck e Darwin para testar com as situações do jogo, ou esta
iniciativa pode partir dos próprios alunos com mediação do professor também).

Aula 6
Introdução à adaptação com ênfase em evolução.
Analogia Vs. Homologia: ideias gerais, ideias intuitivas, termos e conceitos formais.

Aula 7 e 8
Adaptações à vida marinha.
Comparação das adaptações de diferentes grupos de animais:
Peixes;
Répteis;
Aves;
Mamíferos.
○ Filme sugerido: Oceans-Disney Nature

Aula 9 e 10
Adaptações à vida fora da água.
Comparação das adaptações de diferentes grupos de animais:
Anfíbios;
Répteis;
Aves;
Mamíferos.
○ Vídeos sugeridos (Acessados em 18/04/2015):
1. Conquista do ambiente terrestre pelos animais
www.youtube.com/watch?v=DuG-hjNDZCQ

2. Projeto Tamar: Reprodução de tartarugas marinhas


www.youtube.com/watch?v=hA1jgsjbd10

3. Vida Extrema / Nerdologia 11


www.youtube.com/watch?v=yvBJg3io7q4

4. Lineu - A Força da Natureza – documentário

71
○ Textos sugeridos (Acessados em 18/04/2015):
1. Que animais vivem no deserto?: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/que-animais-
vivem-no-deserto

2. Répteis: Primeiros vertebrados a conquistar o ambiente terrestre:


http://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/repteis-primeiros-vertebrados-a-conquistar-o-
ambiente-terrestre.htm

3. Adaptações ao voo: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioaves2.php

Aula 11
Atividade de avaliação (apenas para verificação do aluno acerca de seu próprio
conhecimento; não vale nota): um caso é trazido à aula pelo professor para discussão
(por exemplo: Os tentilhões de Darwin; (Grant, 1995) - Famoso caso da ilha de
Daphyne Maior, registrado pelo casal Grant); os alunos propõem hipóteses para
expli a o pad ão ap ese tado o odelo. O ideal ão te u e to / e ado o o
resposta; cabe ao professor avaliar a pertinência das ideias apresentadas pelos
estudantes dentro da situação apresentada e o raciocínio construído nesta atividade.

Aula 12
Feedback da atividade de verificação. Comentários gerais sobre as respostas e
considerações gerais (com explicação do porquê) acerca dos itens que mais se
aproximaram do raciocínio conduzido pelos estudiosos.
Atividade avaliativa pontuada (vale nota) – Aqui, o professor deverá priorizar o
raciocínio lógico e o poder de argumentação do aluno durante a correção da atividade,
em detrimento de buscar por uma única resposta a ser considerada como gabarito.
Sugestões de questões a serem abordadas:
1) Um dos maiores problemas que preocupa o produtor rural é a grande quantidade de insetos
considerados pragas em lavouras das mais diversas culturas. A prática mais comum para
combater esses animais é o uso de inseticidas sistêmicos, cujo processo de fabricação é
se elha te ao de u edi a e to: u a ol ula dese ol ida pa a ata a o
organismo alvo (por exemplo, o sistema nervoso de lagartas) e vários produtos são
formulados a partir dessa molécula. Com o passar dos anos, esses produtos se tornam mais
fracos ou até mesmo ineficazes contra essas pragas de lavoura. Explique, com base em
argumentos evolutivos, o motivo dessa ineficácia. Dê algum outro exemplo cotidiano em
que ocorra um processo semelhante a esse.

72
2) De forma bem resumida, justifique, utilizando a teoria de evolução por seleção natural,
como a diversidade animal se sustenta tão vasta até os dias de hoje.
Aula 13
Feedback da atividade pontuada. O professor deve explicar os parâmetros que o
levaram a considerar algumas respostas mais adequadas do que outras. É importante
explicar a resposta que lhe parece mais coerente com os pontos vistos em aula
(baseada em conceitos bem consolidados na área biológica) e fazer considerações
sobre possíveis pontos alternativos apresentados pelos alunos. Finalização da SD com
apresentação do novo conteúdo que será visto a partir da próxima aula (nova SD).

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA


BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Brasília: MEC, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais + (PCN+) - Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Brasília: MEC, 2002.
RIDLEY, M. Evolução. Artmed, 2006.
GRANT, P. R.; GRANT, B. R. Predicting Microevolutionary Responses to Directional
Selection on Heritable Variation. Evolution. Vol. 49, pp. 241-251.

73
ANEXOS

ANEXO I: JOGO BATE COM A ILHA


O jogo tem por objetivo simular a dinâmica populacional de uma ilha, onde as mudanças nos fenótipos
que compõe a população. Os estudantes controlam uma ilha e sua população de animais; a cada
rodada, devem passar pelos pontos onde há possíveis eventos com efeitos na ilha; alimentar os animais
e acompanhar a reprodução, onde potencialmente pode surgir um mutante. O fenótipo dos mutantes
produzirá um efeito na constituição da ilha. Os anexos abaixo trazem os materiais necessários.

Roteiro: (A ser entregue aos alunos)


Instruções:
Você poderá acompanhar como um grupo de indivíduos de uma mesma espécie, uma população, se
instala e se adapta a em um novo ambiente. Aqui, será demonstrada de modo simplificado a teoria da
evolução por seleção natural de Darwin. Você poderá observar como o surgimento de indivíduos
diferentes na população, os chamados mutantes, alteram não só a composição da população, mas
também a sua dinâmica. Preste atenção e tente responder, o que acontece de diferente com os
diferentes tipos, fenótipos, de indivíduos na sua ilha? Qual o efeito que a presença desse tipo de
indivíduo teve na população de sua ilha?

Como funciona:
● O jogo pode ser jogado individualmente ou em grupos de até 4 alunos por ilha;
● Leia as intruções até o final antes de iniciar o jogo;
● Você escolherá o formato e a cor da ilha. Uma pequena população de animais chega a essa ilha e se
instala ali. Cada rodada representará uma geração da população nessa ilha e será composta pelas
seguintes etapas:
1. Evento: No começo de cada rodada pode acontecer um evento, algo imprevisível que afetará sua
população por aquela rodada; ou pode não acontecer nada. Preste atenção nos diferentes tipos de
eventos e em como eles afetam a população;
2. Distribuição de recursos: Todos precisam comer, mas a ilha oferece alimentos limitados. Nessa
parte, veja como os diferentes indivíduos obtêm os recursos disponíveis. Analise também, o que
acontece se não houver recursos suficientes.
3. Reprodução: Todo o indivíduo nessas populações se reproduz, mas para isso, os indivíduos
precisam arrumar parceiros para se reproduzir. Observe como os diferentes indivíduos se juntam
para se reproduzir.

Regras:
1) Evento:
1.1) Jogue o dado Evento/Mutação, se o resultado for que um evento ocorreu retire uma carta dos
eventos e veja o que aconteceu na ilha;
1.2) Nos eventos em que ocorre morte de animais ou diminuição na quantidade de recursos, jogue o
dado numérico e remova o número de animais ou alimento equivalente ao resultado do dado.

2) Distribuição dos recursos:


2.1) Após os eventos distribua os alimentos na seguinte ordem:
(a) Indivíduos da mesma cor da ilha recebem alimento primeiro e recebem duas (2) unidades;
(b) Indivíduos brancos recebem alimento em seguida, recebem uma (1) unidade;
(c) Indivíduos coloridos de cor diferente da ilha recebem alimento após os indivíduos brancos e
também recebem uma unidade.
2.2) Se houver algum indivíduo que não recebeu alimento, remova-o do tabuleiro;
2.3) Mova os alimentos novamente para o espaço indicado;

3) Reprodução:
3.1) Forme os casais da seguinte maneira:
(a) Indivíduos coloridos formam casais primariamente com indivíduos da mesma cor;
(b) Se não houver indivíduos da mesma cor, os indivíduos coloridos formam casais com indivíduos
brancos;

74
(c) Se não houver indivíduos nem da mesma cor nem brancos, casais podem ser formados de
indivíduos de cores diferentes;
3.2) Geração do filhote (cada casal terá um filhote por rodada):
(a) Jogue o dado Mutação/Evento:
a.1. Se der Mutação jogue o dado numerado. A cor do número resultante será a cor do indivíduo
resultante, se der a casa sem número, jogue o dado novamente.
a.2. Se não der Mutação, a cor do filhote seguirá a seguinte regra:
a.2.1 Se o casal for da mesma cor, o filhote será da cor dos pais;
a.2.2 Se o casal for composto por um indivíduo branco e outro colorido, o filhote será da
cor do indivíduo colorido;
a.2.3 Se o casal for composto de indivíduos de coloração diferente, o filhote será da cor de
um dos pais;

4) Após essa etapa, separe os casais;


5) Ao final da rodada, marque na folha o número da rodada e como está a constituição da sua
população na ilha.

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81
82
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85
86
OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

87
SUGESTÃO VI – EVOLUÇÃO DOS ANIMAIS, ECOLOGIA E GEOLOGIA: O
QUE PODEMOS APRENDER ESTUDANDO BIOGEOGRAFIA?
Sumário
AUTORES: Angela Prochilo, Julia Molina, Luísa Novara e Luiz Carlos Machado.

PÚBLICO-ALVO: 1º ano do Ensino Médio.

CONTEXTO: Esta proposta se baseia em alicerçar o aluno recém ingresso ao Ensino


Médio com conhecimentos de Evolução e Biogeografia, com o intuito de proporcionar-
lhe uma visão evolucionista, que, de acordo com o pensamento do grupo, será de
extrema importância para todo o restante do curso de Biologia no Ensino Médio.
Acreditamos que essas informações não apenas facilitarão a compreensão da
diversidade e distribuição dos organismos no planeta, como também motivarão a
formação de uma compreensão integrada dos processos que compõem esse cenário,
fundamental para um estudante do Ensino Médio. Acreditamos que seja bastante
produtivo integrar o estudo de Zoologia aos conceitos de Evolução e Biogeografia,,
uma vez que os alunos, em geral, tem mais proximidade com assuntos relacionados a
animais. Posteriormente, prevê-se que esses conceitos serão trabalhados também
para espécies vegetais.
A Sequência Didática apresentada deve ser realizada no primeiro ano do Ensino
Médio, antes dos alunos estudarem Zoologia específcamente, afim de evitar a
formação de visões essencialistas e de estimular compreensões integradas de eventos
geológicos, evolução e distribuição de espécies. Espera-se que os alunos já tenham
estudado em anos anteriores ou estejam estudando simultaneamente, na disciplina de
Geografia, a história geológica da Terra e a formação dos continentes, e, na própria
disciplina de Biologia, princípios de Ecologia.

OBJETIVOS: Os objetivos de aplicação desta sequência didática serão subdivididos em


relação ao tipo de conteúdo a que fazem referência. Dessa forma, tem-se:
Objetivos relacionados aos conteúdos conceituais:
1. Assimilar conceitos de Evolução, os quais: Herança de Caracteres, Mutação, Variabilidade
Genética, Adaptação, Seleção Natural, Lamarckismo, Darwinismo, Neodarwinismo.

88
2. Assimilar conceitos de Sistemática, os quais: Biodiversidade, Espécie, População,
Homologia/Analogia, conceitos básicos para compreensão e construção de árvores
filogenéticas (nó, ramo, grupo-irmão, ancestralidade).
3. Assimilar conceitos de Biogeografia, os quais: Especiação, Dispersão, Barreira Geográfica,
Isolamento Reprodutivo.
Objetivos relacionados aos conteúdos procedimentais:
1. Ser capaz de fazer previsões acerca de padrões ecológicos e relacioná-los com eventos
históricos e processos evolutivos.
2. Reconhecer que as categorizações e divisões nos estudos de Evolução, Sistemática e
Biogeografia são para fins didáticos.
3. Conseguir relacionar os conceitos de Evolução, Sistemática e Biogeografia
Objetivos relacionados aos conteúdos atitudinais:
1. Aprimorar a cooperação para trabalhar em grupo.
2. Ter atenção à apresentação oral de trabalhos de outros grupos.
3. Ser capaz de relacionar outros trabalhos produzidos ao trabalho realizado por você e/ou
seu grupo.

MATERIAL: Diversidade no uso de recursos didáticos é ideal para manter o dinamismo


das aulas. Utilize o data show para a parte expositiva para introduzir os conceitos,
sempre fazendo uso de imagens, esquemas e ilustrações. Além do data show, podem
se utilizados outros recursos didáticos quando conveniente, como, por exemplo, a
aplicação de jogos e debates em grupo para trabalhar teorias de Evolução e realização
de exercícios práticos para trabalhar conceitos de Sistemática e Biogeografia.

DINÂMICA: Serão 9 aulas e 1 avaliação, assim dividas:

Aula 1: Evolução
Tipo de Aula: Teórica.
Duração: 50 minutos.
Sequência de conceitos:
1. Discutir brevemente o conhecimento prévio dos alunos acerca de Genética: o que é DNA,
cromossomos e genes. Vídeo.
2. Herança de caracteres e variabilidade genética.
3. O que são e como ocorrem mutações. Discutir por que e em que medida mutações
podem ser vantajosas ou desvantajosas para as espécies.

89
Atividade para Casa: Apresente uma situação para os alunos em que um indivíduo que
estava doente foi ao médico e lhe foi recomendado que tomasse uma caixa de
antibiótico pois tratava-se de uma infecção bacteriana, totalizando uma semana de
tratamento. Porém, após o terceiro dia, o individuo sentia-se melhor e optou por não
continuar com o tratamento. Entretanto, após 5 dias os sintomas voltaram e o
individuo voltou a tomar o mesmo antibiótico mesmo sem ter retornado ao médico.
Os sintomas dessa vez não passaram e seu quadro se agravou. Peça aos alunos que
analisem a situação e escrevam um texto sobre o que pode ter ocorrido. Com esta
atividade, pretende-se que os alunos trabalhem o conceito de variabilidade genética e
seleção que serão fundamentais para aula seguinte de teorias evolucionistas, além de
entrar contato com a ideia de seleção artificial. Estimule a socialização desses
entendimentos em sala de aula.

Aula 2: Evolução
Tipo de Aula: Teórica.
Duração: 50 minutos.
Sequência de Conceitos:
1. Conceito de adaptação
2. Processo de seleção natural
3. Teoria lamarckista
4. Darwinismo e Neodarwinismo

Aula 3: Evolução
Tipo de Aula: Simulação.
Atividade Prática: A sala será dividida em dois grupos. Cada grupo irá defender uma
teoria - Lamarckista e Darwinista - e receberá um texto descrevendo o contexto
histórico em que cada teoria surgiu e como cada cientista chegou a essa conclusão.
Então será proposta uma atividade de debate em que cada grupo defenderá um ponto
de vista. Pretende-se que os alunos ganhem noção do contexto histórico em que as
teorias surgiram e sua importância, exercitar a capacidade de debate, desenvolver o
senso crítico, argumentação e permitir que os alunos entendam que teorias baseiam-
se em evidências porém são questionáveis. Ao final o professor fará um fechamento

90
com os alunos e se espera que os alunos assimilem a importância e relevância da
teoria Darwinista.

Aula 4: Sistemática
Tipo de Aula: Teórica.
Duração: 50 minutos.
Sequência de Conceitos:
1. Biodiversidade.
2. Por que existe a sistemática?
3. Aspectos históricos (Aristóteles, Lineu)
4. Aspectos técnicos: espécie, população (sob um aspecto evolutivo), homologia, analogia.

Aula 5: Sistemática
Tipo de Aula: Teórica.
Duração: 50 minutos.
Sequência de Conceitos:
1. Retoma os conceitos de homologia e analogia.
2. Conceitos de Cladística.
3. Características de árvores filogenéticas.
4. Construção de árvores filogenéticas (conceitos de nó, ramo).

Aula 6: Sistemática
Tipo de Aula: Exercitação.
Duração: 50 minutos.
Atividade: Apresente uma árvore filogenética de invertebrados para os alunos terem
como base e outras que podem ser equivalentes ou diferentes da primeira
apresentada. Os alunos deverão identificar aquelas que são equivalentes à primeira e
justificar suas escolhas; para isso, deverão ter claros os conceitos de grupo-irmão e
ancestralidade e deverão saber os passos para a construção de árvores filogenéticas.
Atividade para Casa: Com base nas duas aulas expostas os alunos deverão, a partir de
desenhos de organismos hipotéticos propor uma árvore filogenética com relação entre
organismos e explicar como chegaram a essa proposta. É um exercício bastante
complexo, por isso, deverá ser salientando que não existe uma árvore certa. Dessa
forma, tem-se como objetivo uma atividade lúdica que possibilita os alunos

91
repensarem e debaterem entre si os conceitos ensinados. Não atribua nota de acordo
com a coerência da árvore proposta, mas sim de acordo com a realização ou não da
atividade.

Aula 7: Biogeografia
Tipo de Aula: Teórica.
Duração: 50 minutos.
Sequência de Conceitos:
1. O que é biogeografia? Diferenciar biogeografia histórica e ecológica.
2. Gradientes formados por fatores abióticos
3. Padrões de distribuição dos seres vivos
4. Processos: extinção, dispersão, isolamento reprodutivo e especiação
Atividade para Casa: Revise os conceitos e explique a influência da tectônica e placas
na distribuição atual de seres vivos, fazendo uma ponte com os conteúdos aprendidos
na disciplina de Geografia.

Aula 8: "Desafio Biogeográfico"(parte I)


Tipo de Aula: Prática.
Duração: 50 minutos.
Atividade Prática: A atividade com uso do jogo Desafio Biogeog áfi o o sisti á,
primeiramente, na divisão dos alunos da sala em um número par de grupos, de 2 a 5
alunos em cada um. Metade dos grupos receberá mapas com a distribuição de
espécies e a outra metade receberá as histórias de eventos geológicos. Os grupos
terão um tempo para analisar seu material separadamente, e, em seguida, cada grupo
explicará para o restante da sala qual é o conteúdo de seu material.

Aula 9: "Desafio Biogeográfico" (parte II – Fechamento)


Tipo de Aula: Prática.
Duração: 50 minutos.
Atividade Prática: Material didático "Desafio Biogeográfico": os alunos da sala em
conjunto, guiados pelo professor, deverão encontrar, para cada caso de distribuição
das espécies (apresentados pelos grupos com mapas), o evento geológico associado a
ele (apresentados pelos grupos com as histórias). Terão tempo para retomar seus

92
debates em grupos individuais da aula anterior e agora a conversa deverá ser realizada
com toda a sala, chegando às conclusões previstas pelo jogo. O professor guiará o
fechamento, unindo todos os conteúdos das aulas da Sequência Didática.

AVALIAÇÃO: Haverá quatro métodos avaliativos utilizados ao longo da sequência


didática:
1. Avaliação por participação nas aulas expositivas.
2. Avaliação por observação do engajamento dos alunos nas atividades em grupo e por
respeito à apresentação oral de trabalhos de outros grupos.
3. Avaliação das atividades realizadas em sala.
4. Avaliação das atividades realizadas em casa.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:

Materiais para produção das aulas (Acessados em 18/04/2015):


1) Plano de aula de Evolução (Darwin, Lamarck e Neodarwinismo) (Duas aulas)
http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/charles-darwin-evolucao-plano-aula-
637337.shtml
2) Plano de aula de Biogeografia (duas aulas)
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7253
Vídeos
1) Evolução e Lamarck (www.youtube.com/watch?v=FHfx6wlxDw4)
2) Evolução e Darwin (www.youtube.com/watch?v=kTjewD4LRiU)
3) Evolução geral (http://vimeo.com/45298522).

93
ANEXOS

ANEXO 1 - MATERIAL A SER PRODUZIDO: "DESAFIO BIOGEOGRÁFICO"

PARA O PROFESSOR

O ate ial didáti o Desafio Biogeog áfi o t a alha o os alu os oç es de Biogeog afia,
extremamente importante para a compreensão da relação entre a evolução de espécies e sua
distribuição atual na superfície da Terra com eventos geológicos ou geográficos. Essa relação é essencial
para que os alunos não desenvolvam conceitos isolados dentro de evolução, estrutura de comunidades,
história geológica da Terra e conservação da biodiversidade, e percebam que esses quatro temas estão
completamente interligados na natureza (a separação se dá para fins didáticos). Para a aplicação deste
material, espera-se que os alunos já tenham conhecimentos básicos em Ecologia, Evolução, Sistemática
e Biogeografia. Julga-se, para tal, que a atividade deve ser aplicada a alunos de Ensino Médio.
O material é composto por 4 conjuntos de 2 cartilhas cada (total de 8 cartilhas). Os 4 conjuntos
são: (1 Ist o do Pa a á e Os Ca a es do Pa a á ; 2) Pa ues Na io ais os Estados U idos e
Exti ção de Esp ies De t o de Á eas P otegidas ; (3) A uip lago de Galápagos e Os Te tilh es de
Da i ; (4 Fo ação da Ba ia A az i a e Dist i uição da A ifau a a A az ia . E ada
conjunto, as 2 cartilhas contêm histórias que se complementam e que unem aspectos
geológicos/geográficos, aspectos evolutivos e aspectos ecológicos no estudo de um mesmo caso,
eliminando a separação usual entre Evolução, Ecologia e Geologia. Dessa forma, os alunos tem uma
compreensão integrada dos eventos e visualizam o que é e qual a importância da Biogeografia.
A ati idade o uso do ate ial Desafio Biogeog áfi o o sisti á, p i ei a e te, a di isão
dos alunos da sala em 8 grupos (de pelo menos 2 alunos cada), cada grupo receberá uma cartilha. Os
grupos terão um tempo para analisar seu material separadamente e responder as questões
apresentadas (não há necessidade das respostas serem entregues ao professor), e, em seguida, cada
grupo explicará para o restante da sala qual é o conteúdo de seu material. Ao final, os alunos da sala em
conjunto, guiados pelo professor, deverão identificar quais histórias são complementares e debater
sobre os conteúdos nelas presentes, retomando conceitos ministrados em aulas anteriores. Aconselha-
se que a atividade seja realizada no período de uma aula de 50 minutos, podendo ser estendida a outras
aulas. Caso não haja alunos suficientes para a formação de 8 grupos, pares de cartilhas podem ser
retirados sem que a dinâmica seja prejudicada.

PARA ALUNOS E ALUNAS 


REGRA“ PARA U“O DO MATERIAL DIDÁTICO DE“AFIO BIOGEOGRÁFICO 



1) Dividam-se em 8 grupos. Cada grupo receberá uma cartilha. 

2) Leiam com atenção a cartilha recebida e discutam juntos eventuais dúvidas. 

3) Reflitam sobre as questões apresentadas e organizem suas respostas de modo a 
facilitar no
momento da apresentação oral ao restante da sala. 

4) Cada grupo deverá apresentar a situação contida em sua cartilha aos grupos 
restantes. Em
seguida, haverá um debate conjunto. 

5) Após discutir com os outros grupos, a situação contida em sua cartilha ficou mais 
clara para
vocês? 


94
Istmo do Panamá
Há milhões de anos, as Américas do Norte e Central eram separadas da América do Sul, havendo uma
comunicação entre os oceanos Pacífico e Atlântico. Entre cerca de 15 e 4,5 milhões de anos atrás,
formou-se o chamado istmo do Panamá, uma extensão de terra estreita que conectou as duas grandes
porções. Esse istmo originou-se por meio da lenta colisão entre a Placa do Pacífico e a Placa do Caribe,
que gerou grande pressão e calor e levou à formação de vulcões. Alguns destes vulcões ficaram
submersos e outros foram grandes o suficiente para formarem ilhas. Enquanto isso, o movimento das
duas placas tectônicas também foi responsável pelo levantamento do assoalho oceânico, que emergiu
em diversos pontos nesta região. Ao longo do tempo, a chegada de muitos sedimentos provenientes das
Américas Central e do Norte e da América do Sul preencheu os espaços entre as ilhas recém-formadas e
as porções emersas do assoalho, completando a formação do istmo. Geólogos e biólogos acreditam que
a formação do istmo do Panamá foi um dos eventos geológicos mais importantes nos últimos 60
milhões de anos.

Mapa com representação de um estágio intermediário da formação do istmo do Panamá. As setas pretas representam o sentido
da movimentação das placas tectônicas. Note os arcos de vulcões representados pela linha pontilhada amarela. Imagem retirada
de www.stri.si.edu/english/about_stri/headline_news/news/article.php?id=1574.

Reflita e responda:
a) Por que os biólogos acreditam que a formação do istmo foi um dos principais eventos
geológicos nos últimos 60 milhões de anos ? Discutam e formulem suas hipóteses. 

b) Em 1914, foi inaugurado o canal do Panamá, um canal marítimo com 81 km de extensão
que corta o istmo do Panamá. Este canal é muito importante para o comércio
internacional, já que é utilizado para tráfego de navios cargueiros. Sabendo-se disso,
hipotetizem quais seriam possíveis consequências biogeográficas geradas pela construção
deste canal. 


95
Os Camarões do Panamá
Na região marítima do Panamá, país da América Central que faz fronteira com a Costa Rica e a
Colômbia, existem diversas espécies de camarão do gênero Alpheus, distribuídas tanto pela costa do
oceano Atlântico quanto pela costa do Pacífico. Estudos moleculares dos genes de organismos destas
espécies evidenciaram que estas são aparentadas e que compõem três grandes clados. O segundo e o
terceiro clados são grupos-irmãos e o primeiro clado é grupo-irmão do clado formado pelos outros dois
grupos.

Mapa do Panamá com ilustrações de algumas espécies de camarão do gênero Alpheus e suas distribuições geográficas
aproximadas. Imagem retirada de: http://www.pbs.org/wgbh/evolution/library/05/2/image_pop/l_052_03.html.

Reflita e responda:
a) Em grupo, discutam e formulem hipóteses sobre processos evolutivos que podem ter
gerado a relação de parentesco das espécies do gênero Alpheus descrita acima. 

b) Que tipo de evento geológico pode ter sido responsável pela distribuição geográfica das
espécies deste gênero? 

Referência:
Williams, S.T.; Knowlton, N.; Weigt, L.A.; Jara, J.A. Evidence for Three Major Clades within the Snapping
Shrimp Genus Alpheus Inferred from Nuclear and Mitochondrial Gene Sequence Data. Molecular
Phylogenetics and Evolution. 20, 3, 375–389. 2001.

96
Parques Nacionais nos Estados Unidos
As últimas décadas do séc. XIX e a primeira década do século XX foram marcadas pela criação de
grandes Parques Nacionais nos Estados Unidos. Entre eles, podemos citar Sequoia-Kings Canyon
National Park, famoso pela sua importância na preservação das gigantescas árvores de sequoia, e o
Yellowstone National Park, o mais antigo Parque Nacional do mundo, onde já foram relatadas a
presença de diversas espécies de grandes e pequenos mamíferos, como o lobo-cinzento (Canis lúpus), o
urso marrom (Ursus arctos ssp.), guaxinins (Procyon lotor) e espécies de esquilos.
Mais tarde, a partir da segunda década do século XX, os novos parques apresentariam áreas menores,
em média. Parques como Bryce Canyon National Park e Lassen National Park totalizam juntos 570 km2,
o que corresponde a menos de um sexto da área total do parque Sequoia-Kings, por exemplo. Uma das
razões para tal diferença na extensão dos parques seria a expansão de centros urbanos e cultivos
agropecuários. Além disso, outra consequência das atividades humanas foi o isolamento destas
limitadas áreas protegidas das demais.

Mapa da região oeste dos Estados Unidos, onde há sua maior concentração de Parques Nacionais. As manchas em azul
representam as áreas dos respectivos parques. Imagem retirada de http://cohp.org/natl_parks/national_parks.html.

Reflita e responda:
a) Em grupo, discutam como vocês esperariam que o tamanho dos parques estivesse
relacionado com o tamanho das populações de espécies que nele habitam. 

b) Muitos pesquisadores acreditam que o isolamento dos parques representa um risco a sua
biodiversidade. Por que vocês acham que isso seria possível? 


97
Extinção de Espécies Dentro de Áreas Protegidas
A criação de áreas sob proteção ambiental tem enorme importância para a conservação da flora, fauna
e patrimônios geológicos e históricos. Entretanto, biólogos tem relatado uma diminuição no número de
espécies de determinados grupos de mamíferos em algumas áreas protegidas. Ao criar uma área
protegida em determinado local, não se pode esperar que esta área assegure a sobrevivência de todas
as espécies ali presentes anteriormente. A extinção local de espécies tem sido relacionada tanto a
características da área protegida, que podem não ser suficientes para assegurar a sobrevivência de
determinadas espécies, assim como características da paisagem em que área se inclui. Portanto, o
contexto biogeográfico e social de seu entorno é de grande importância para a compreensão da
dinâmica de suas populações.
Um pesquisador obteve os seguintes dados ao analisar diversas áreas sob proteção ambiental dos
Estados Unidos :

Gráfico 1. Número de extinções de mamíferos em relação ao Gráfico 2. Colonizações e extinções de espécies pós criação de
total de área protegida. áreas protegidas.

Reflita e responda:
a) Em grupo, discutam a que razões vocês atribuiriam a relação obtida no gráfico 1. 

b) Baseando-se em seu conhecimento e nas informações acima, que fatores devem 
levar a
extinção local das espécies? 

Referência :
Adaptado de Newmark, W. D. (1987). A land-bridge island perspective on mammalian extinctions in
western North American parks. Nature, 325(6103), 430-432.

98
Os Tentilhões de Darwin
Quando Charles Darwin passou pelo arquipélago de Galápagos, ele começava a reunir argumentos em
favor de sua teoria da evolução das espécies. Nas diferentes ilhas, ele identificou diversas espécies de
uma ave chamada Tentilhão. Elas tinham muitas semelhanças entre si e com outra espécie do
continente sul-americano, mas diferiam quanto ao tamanho e à forma de seus bicos, como mostra a
figura abaixo. A forma do bico tem uma relação com o hábito alimentar das espécies.

Diversificação de bicos e hábitos das diferentes espécies de tentilhões nas ilhas de Galápagos. Imagem retirada de
http://modeling-natural-selection.wikispaces.com/how-does-speciation- occur%3F.

Reflita e responda:
a) Levando em consideração que as ilhas possuem ambientes ecológicos diferentes, como
vocês imaginam que os diferentes tipos de bico inicialmente se originaram nos tentilhões
das Galápagos? Conseguem estabelecer uma relação entre sua hipótese e a teoria de
evolução de espécies proposta por Darwin?
b) O que ocorreria se uma população de tentilhões terrícolas de bico fino, especializada em
comer sementes pequenas, fosse transportada para uma ilha com pouca abundância de
plantas com sementes pequenas?
Referência:
Sato, A., Tichy, H., O'hUigin, C., Grant, P. R., Grant, B. R., & Klein, J. On the origin of Darwin's finches.
Molecular Biology and Evolution, 18(3), 299-311. 2001.

100
Distribuição da Avifauna na Amazônia
Hipóteses sobre como as espécies evoluíram no tempo e no espaço são formuladas a partir, dentre
outras coisas, da identificação de padrões de distribuição de espécies, da delimitação de áreas de
endemismo de espécies que compartilham histórias evolutivas comuns e da identificação de processos
físicos e biológicos que podem atuar como mecanismos causais destas distribuições. Naturalistas nos
séculos passados e biólogos modernos vêm continuamente acumulando dados sobre a distribuição
geográfica da avifauna amazônica. Um dos padrões mais conhecidos é o apresentado abaixo, onde
várias espécies aparentadas (mesmo gênero ou diferentes subespécies), provavelmente originárias de
espécies ancestrais comuns, estão distribuídas em grandes zonas de endemismo na bacia amazônica.

Representação mostrando as áreas de endemismo de aves na bacia Amazônica. 1. Napo, 2. Jaú, 3. Guiana, 4. Inambari, 5.
Rondônia, 6. Tapajós, 7. Xingu, 8. Belém. Imagem retirada de http://biogeoamazonica.blogspot.com.br/2013/06/novas- especies-
de-aves-descobertas-para.html.

Reflita e responda:
a) Em grupo, formulem hipóteses acerca dos eventos geológicos e processos evolutivos que
podem ter gerado o padrão de distribuição espacial das espécies aparentadas acima.
b) Se não existisse qualquer separação física entre as regiões, seria possível ser observado o
mesmo padrão? Isto é, seria possível ocorrer especiação sem que haja isolamento
geográfico? Explique sua resposta.

Referência: :

101
Formação da Bacia Amazônica
Os eventos geológicos melhor estudados na região da Bacia Amazônica dizem respeito à penetração do
oceano Pacífico e do Mar do Caribe no interior da alta Amazônia e ao soerguimento da cordilheira dos
Andes. Ao longo do Mioceno (entre 5 e 25 milhões de anos atrás), houve frequentes incursões marinhas
provenientes do Caribe na região da atual bacia amazônica, o que provocava o isolamento de diversas
áreas mais altas que permaneciam não inundadas. Posteriormente, a conexão entre a alta Amazônia e o
mar do Caribe deve ter sido fechada devido ao intenso soerguimento dos Andes, o que deu origem ao
curso dos rios que compõem a bacia hoje em dia.

Representação da formação da bacia hidrográfica amazônica. Observar a incursão marinha proveniente do Mar do Caribe e o
soerguimento da Cordilheira dos Andes. Imagem retirada de http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-
fosseis/biodiversidade-da-amazonia-explicada.

Reflita e responda:
a) Em grupo, discutam e formulem hipóteses acerca de como a formação da bacia
hidrográfica pode estar relacionada à grande biodiversidade da fauna presente na
Amazônia. 

b) Com o processo de assoreamento, gerado pela retirada da mata ciliar, a largura dos rios
pode aumentar e impossibilitar a migração de algumas aves de um lado para o outro. O
que pode acontecer com populações de uma espécie de ave que habita ambas as margens
de um rio que está sendo assoreado? 


Referência:
BORGES, Sérgio H.. Análise biogeográfica da avifauna da região oeste do baixo Rio Negro, amazônia
brasileira. Rev. Bras. Zool., Curitiba , v. 24, n. 4, dez. 2007.
MORNER, N.; D. ROSSETI & P.M. TOLEDO.
2001. The Amazon rainforest only 6-5 millions years old, p. 3-18.

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

102
SUGESTÃO VII – SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA - ARTRÓPODES
Sumário
AUTORES: Bruno Fancio Lima, Lucas Romero de Oliveira e Mariana H. Bressan Martins.

PÚBLICO-ALVO: 3o ano do Ensino Médio.

CONTEXTO: Os currículos de ciências não trazem a zoologia em si, mas retratam


intensamente a biodiversidade biológica. Consideramos que entender sistemática filogenética
seja de grande importância para que os alunos entendam a evolução e as relações entre os
organismos atuais. Além de desmistificar a ideia de que o ser humano é mais evoluído ou
superior que os demais organismos, que normalmente as pessoas carregam. Esta sequencia
didática pretende discutir também o porquê de certos animais serem utilizados em testes da
indústria química e farmacêutica e outros não.
Geralmente, no 2º ano os alunos já estudaram aspectos da biologia celular, molecular,
genética e iniciaram os estudos de evolução e diversidade dos organismos. Esta aula seria
proposta antes do início destes estudos para que o recurso cladograma pudesse ser usado nas
aulas conseguintes e tornarem mais claras as mudanças evolutivas e relações filogenéticas.
A sequencia didática contém 4 aulas introdutórias, nos quais serão abordadas a
teoria da evolução de Darwin e sua explicação para o processo de especiação
(surgimento de novas espécies), e como essa explicação se relaciona ao conceito de
árvore da vida. Nessas aulas também serão abordadas as técnicas de construção de
um cladograma, utilizando exemplos fictícios. Em seguida, na 5ª aula, faremos um jogo
relacionando a evolução de um grupo real, os artrópodes, com as características que
foram surgindo ao longo da evolução dos integrantes deste grupo. Finalmente, na aula
final, os alunos deverão montar a filogenia dos artrópodes utilizando os caracteres
utilizados no jogo de cartas. (resumo com a descrição geral da SD a ser desenvolvida,
com as estratégias didáticas utilizadas e o(s) produto(s) gerado(s).)

OBJETIVOS: Ao final das aulas, espera-se que os alunos alcancem os seguintes


objetivos:

Conceituais: conceitos referentes à sistemática filogenética (cladograma, grupos,


monofilético, parafilético, polifilético, apomorfias, plesiomorfias etc.); definição de
Arthropoda e as sinapomorfias dos grandes grupos de artrópodes.

103
Atitudinais: atividade em grupo (respeito ao próximo); atividade de jogo (observar as
regras, respeitar os outros jogadores); escutar durante as aulas expositivas; raciocinar
e resolver problemas.
Procedimentais: jogar; elaborar cladograma; argumentar nas mesmas (apesar de
expositivas, tentar-se-á torná-las o mais dialogadas possível).

MATERIAL:
1. Projetor de slides;
2. Lousa;
3. Jogo.

DINÂMICA: Serão sete aulas, assim divididas:

Aula 1 - Teórica introdutória sobre a teoria da evolução de Darwin e conceitos de


espécie (introdução de conceitos); aula com o objetivo de fazer os alunos relembrarem
o que já sabem, ou ouviram falar, sobre a Teoria de Darwin e problematizarem este
conhecimento: quando e onde ouviram falar, em que contexto etc., para averiguar se
ele está bem consolidado.

Aula 2 - I t odução do o eito de á o e da ida e o o ele se apli a de t o do


conceito de especiação de Darwin: serão pedidos aos estudantes hipóteses de como as
novas espécies vão se originando, e porque o diagrama sempre aparece ramificado.

Aula 3 - Introdução da ideia de que agrupamos os seres vivos em grupos devido às


características que eles apresentam. Introdução do conceito de sistemática
filogenética como modelo de organização da diversidade biológica. Discutir a
adequação deste método para descobrir relações de parentesco através de atividade
em que os alunos devem separar determinados animais apenas com base na
semelhança morfológica. Nesta aula o objetivo maior será incutir nos alunos o aspecto
transitório e instável de um conhecimento científico, ou seja, a ideia de que ele é
construído com base nos paradigmas vigentes que podem ou não ser modificados.

Aula 4 – Construção de um cladograma utilizando animais imaginários (anexo 1). Os


alunos deverão construir uma matriz de caracteres e após sua construção, plotar os

104
dados e construir uma árvore filogenética. O importante não é o cladograma estar
correto, mas sim a observação do esforço do aluno ao utilizar o conceito de
sistemática filogenética na construção do mesmo.

Aula 5 – Explanação sobre a evolução dos artrópodes, para eles terem uma ideia das
características que cada grupo dentro deste filo apresenta. Esta aula será importante
para o bom andamento do jogo de cartas sobre artrópodes na aula seguinte.

Aula 6 – Jogo de cartas de artrópodes (anexo 2), onde os alunos deverão reunir todas
as cartas representando as características do mesmo grupo. Vence o jogador que
conseguir reunir todas as cartas-características de um mesmo grupo, justificando a sua
vitória encaixando as cartas corretamente no cladograma.

Aula 7 – Com base na atividade anterior, montar um cladograma, entregue pelo


professor, justificando o encaixe de cada característica no local apropriado com
consulta ao resultado do jogo. Por fim, cada aluno deverá escrever ou propor a
importância que cada grupo estudado tem ecologicamente e para o ser humano.
Também pede-se aos alunos discutir qual a importância de se saber as relações de
parentesco entre os seres vivos (possíveis temas discutidos girariam em torno de
testes em animais, conservação biológica, descoberta de novas substancias
interessantes ao homem, descoberta de novas espécies etc.).

AVALIAÇÃO: –
1. Exercícios de aula; apresentação de espécies fictícias e suas características para
aprendizado, levando em conta a tentativa de construção do cladograma (este
exercício servirá para mostrar ao professor dúvidas que ainda não estejam claras para
os alunos).
2. Trabalho final; os alunos deverão montar em grupo um cladograma com alguns
grupos de artrópodes a partir de material fornecido pelo professor que conterá
características das famílias destes grupos. Os alunos ainda devem salientar 3 grupos
irmãos e o nó de seus respectivos ancestrais comuns e 3 grupos parafiléticos
explicando por quê o são.

105
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:

BRUSCA, R.C. & BRUSCA, G.J. Invertebrados. 2a.ed., Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro,
2007.
HICKMAN-JR., C.P., ROBERTS, L.S. & LARSON, A. Princípios integrados de Zoologia. 11a. ed.
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2004.
KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo, EDUSP, 2004. Cap. 3
RIBEIRO-COSTA, C.S. & ROCHA,R.M. Invertebrados: Manual de aulas práticas. Holos Editora,
Ribeirão Preto, 2002.
RUPPERT, E.E., FOX, R.S. & BARNES, R.D. Zoologia dos Invertebrados.7ª ed., Ed. Roca, São
Paulo, 2005.

106
ANEXOS

ANEXO 1:
Animais criados para cladograma (aula 04).

ANEXO 2:
Jogo Bu a o dos A t podes
Indicado para o 3º ano do ensino médio:
- Número de participantes: de 2-4 pessoas.
- Duração: 10-20 min.
Objetivo: reunir 7 cartas-características diferentes de um mesmo grupo de artrópode, como definidas
no cladograma anexo ao jogo, ou seis cartas-características mais uma carta-imagem do mesmo grupo.
Instruções:
- o primeiro jogador deve pegar uma carta do monte. Caso lhe interesse ele pode ficar com ela,
obrigatoriamente descartando uma da mão ou caso não lhe interesse, descartar a mesma;
- o próximo jogador pode pegar a ultima carta do monte de descarte caso lhe interesse ou pegar uma
carta inédita no monte de busca;
- caso as cartas inéditas acabem, e todas entrem no monte de descarte, elas devem ser embaralhadas
e viradas para baixo se tornando o novo monte de busca;
- não é possível contar duas cartas-imagem para ganhar o jogo.
Material:
- Cartas (35 cartas características e 10 cartas-imagem) e filogenia dos artrópodes abaixo - Papel cartão
verde
Colar as cartas e a filogenia no papel cartão e recortá-las.

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Fonte das imagens:
Caranguejo: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/verao/o-caminho-e-a-
preservacao-bf8nk0euyvelb4ijp50bpw7ke

Lagosta: http://m.natelinha.uol.com.br/mulher/2015/04/17/uma-viagem-pelas-belas-paisagens-
de-porto-de-galinhas-88041.php

Centopeias: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/muitas-mas-nem-tantas-pernas/
http://cashmancuneo.net/anking/Diplopoda.htm

Lacraias: http://animais.culturamix.com/informacoes/lacraia-genero-scolopendra-animal-
peconhento

Aranha: https://www.greenme.com.br/informar-se/animais/3310-voce-aranhas-em-casa

Barbeiro: http://animais.culturamix.com/informacoes/insetos-e-aranhas/fotos-barbeiro

Borboleta: https://br.pinterest.com/3set/borboletas/

Opilião: https://pt.wikipedia.org/wiki/Opilião

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OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

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SUGESTÃO VIII – OS VERTEBRADOS E OS AMBIENTES
Sumário
AUTORES: Anderson Tatsuki Tamakoshi, Rafael Buoro Takahashi, Renata Andrade M.
de Araujo e Stefane Saruhashi.

PÚBLICO-ALVO: 2º ano do Ensino Médio.

CONTEXTO: Escolhemos esse tema por estar presente nos parâmetros curriculares e
ser um tema bastante recorrente nos vestibulares. É um tema que, geralmente, é
tratado de maneira monótona. Os alunos apenas decoram as características de cada
grupo de vertebrados, ao invés de conhecer a biodiversidade existente e os processos
que geraram a atual diversidade dos animais.
A sequência didática será trabalhada dentro do tema diversidade dos seres
vivos, mais especificamente diversidade de animais vertebrados. Preferencialmente,
esse conteúdo será apresentado depois que os alunos já tiverem visto o conteúdo
conceitual dos invertebrados. Tal sequência conta com diferentes estratégias para
alcançar seu objetivo principal (descrito abaixo). Os alunos trabalharão, quase que o
tempo todo em grupos, jogando, discutindo, pesquisando e apresentando coisas
juntos.

OBJETIVOS:
Gerais: trabalhar como as condições ambientais se relacionam com a diversidade dos
grandes grupos de vertebrados.
Específicos:
1. Conteúdos conceituais: seleção natural e evolução aplicada a zoologia dos
vertebrados. Os alunos devem reconhecer quais são as principais características dos
principais s grupos de vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos).
2. Conteúdos procedimentais: noções básicas de como se monta uma filogenia e como
interpreta-la.
3. Conteúdos atitudinais: trabalho em equipe, discutindo, expressando suas opiniões e
argumentando, expondo para a classe uma pesquisa.

MATERIAL:
1. Jogos;

115
2. Livros;
3. Revistas;
4. Artigos;
5. Internet.
DINÂMICA: A sequência terá 6 aulas, assim divididas:

Aula 1: Jogo semelhante ao Super-T u fo™, o animais fictícios (Anexo 1). Cada
animal terá uma série de características e haverá uma roleta (Anexo 3) que indicará as
variações ambientais que acontecem. A cada rodada, um grupo de animais terá
vantagem sobre os outros. A ideia central desta atividade é de iniciar o pensamento
sobre diferentes adaptações serem ou não vantajosas em diferentes tipo de
ambientes.
Obs.: iniciar a sequência de aulas com um jogo ao invés de uma aula teórica expositiva
busca fugir da convencional aula expositiva e para gerar um primeiro contato com o
assunto de maneira lúdica e instigante. Fazer o jogo antes e retomar seus conceitos
depois parece uma estratégia mais proveitosa do que usar o jogo como uma
demonstração do que foi falado na aula teórica.

Aula 2: Discussão so e o jogo: i i ia a a o dage pe gu ta do aos alu os Qual o


elho a i al de todos? . O p ofesso de e á edia a o e sa pa a ue a tu a
chegue num consenso de que não há um animal melhor que o outro, que tudo
depende do ambiente e de mutações ao acaso. Como parte da aula, recomendamos ao
professor fazer uma relação com grupos reais e pedir aos alunos que apresentem
exemplos de animais reais. Um bom exemplo que pode ser explorado durante essa
aula é o do ser humano e a crise de obesidade enfrentada atualmente. No passado,
por terem um hábito ativo e disponibilidade de alimentos limitada e inconstante, os
seres com uma taxa metabólica reduzida e grande capacidade de criar reservas de
gordura foram selecionados e passaram essas características para as outras gerações.
Atualmente essas mesmas características associadas com a mudança de
disponibilidade de alimentos, muito mais frequentes, ricos em gordura e hábito
sedentário estão levando os seres humanos a uma crise mundial de obesidade.

116
Aula 3: Novamente o jogo do Super-T u fo™, po ago a o os grandes grupos de
animais vertebrados existentes atualmente (Anexo 2). Aqui, o objetivo principal
(diferente da aula 1, em que os animais eram fictícios) é que os alunos se familiarizem
com as principais características dos grupos de vertebrados existentes. A roleta (Anexo
4) indicará características diagnósticas de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Ao contrário do primeiro jogo, o qual foi criado de uma maneira que não desse
empate, a chance desse segundo jogo empatar a cada rodada é grande. O professor
deve atentar aos alunos para que observem quando o empate ocorre e porquê, ou
seja, quais grupos de animais têm características semelhantes e quais pertencem a
um mesmo grupo. O professor pode pedir para os alunos anotarem o que observarem
nos empates.
Obs.: esse segundo jogo obedece à uma gradação de dificuldade em relação ao
primeiro. É um jogo mais complexo tanto porque são mais informações como porque
os conceitos são mais difíceis.

Aula 4: Discussão da aula 3 recapitulando as ideias da aula 2. Por ser uma


recapitulação, essa parte tende a ser mais breve que a da aula 2. Introdução da ideia
de construção da filogenia, ancestrais comuns etc. Nessa aula os alunos vão construir
uma filogenia com os animais reais (avaliação por observação). Nessa aula, será
aproveitado o momento para se tratar de questões sobre a Natureza da Ciência, por
exemplo o fato de em ciência não haver verdades absolutas, e que no máximo há
evidências e hipóteses que são refutadas ou não. Nesse momento deve ser discutido o
porquê uma teoria é mais aceita que outra e que as teorias são baseadas em
evidências. A filogenia construída pelos alunos será feita a partir de uma tabela dada
pelo professor. Há a possibilidade de os alunos preencherem a tabela enquanto jogam
o segundo jogo (dos animais reais).

Aula 5: Os alunos deverão, em grupo, realizar uma pesquisa em livros, revistas ou


internet, de algum vertebrado que eles escolherem, seu respectivo ambiente, bem
como as adaptações destes animais para os ambientes em que vivem. Cada grupo de
alunos deve trabalhar com um animal e um ambiente diferente. Os alunos trabalharão
em aula, supervisionados pelo professor.

117
Aula 6: Avaliação: Socialização da pesquisa da aula 5 para os colegas de sala. Os alunos
poderão desenhar os animais, mostrar fotos, recortes de revistas etc.. E também
devem mostrar ou falar como é o ambiente. Os alunos devem expor para a sala quais
são as adaptações que eles julgam que favorecem à vida daquele animal naquele
ambiente.
AVALIAÇÃO: Serão dois momentos de avaliação da sequência. O primeiro é na aula 4,
com a montagem das filogenias e o outro é na aula 6, quando os grupos expuserem
sobre as adaptações dos animais que escolheram.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E SUGERIDA:

ESTRELA. Jogo da Vida. Disponível em <www.estrela.com.br/jogo-da-vida>. Acesso em


10/04/2014
GROW. Super-Trunfo. Disponível em <www.grow.com.br/produto/super-trunfo-p
ixar>. Acesso em 10/04/2014
HILDEBRAND, M. & GOSLOW, W. 2006. Análise da Estrutura dos Vertebrados. 2a. ed.
São Paulo, Atheneu Editora São Paulo.
POUGH, F.H.; JANIS, C. M.; HEISER, J.B. 2006. A Vida dos Vertebrados. 4 ed. São Paulo,
Atheneu Editora São Paulo

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ANEXOS

Anexo 1: Cartas para jogo Super trunfo com animais fictícios.

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Anexo 2: Cartas para jogo Super trunfo com animais vertebrados.

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124
125
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Fonte das imagens:
https://br.pinterest.com/samwilson247/common-gliding-lizards/
http://youngscientists-sing.blogspot.com.br/2010/01/fish-that-walk-on-land.html
https://pt.dreamstime.com/
https://sites.google.com/site/redealmeidense/o-maior-elelefante-do-mundo
http://revistafosil.blogspot.com.br/2013_11_01_archive.html
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19949
https://www.curioso.blog.br/post/animais-flexiveis/
https://plus.google.com/photos/106242835250416023616/albums/5937575814630270561/5
937575814126062610?sqi=104467007540142104838&sqsi=4981f573-d10e-4516-8d26-
839c4c5dddc3

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Anexo 3: roleta do primeiro jogo

Anexo 4: roleta do segundo jogo

OBS. IMAGENS UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE PARA FINS ACADÊMICOS

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