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O Colégio Integrado Polivalente (CIP) traduz-se pela participação efetiva de profissionais no

processo de promoção pessoal e de restituição da cidadania daquelas pessoas que em nosso próprio
território ou em outros não tiveram oportunidade de frequentar escola na idade apropriada. Instituir e
manter o Colégio exigem determinação e persistência da direção e professores envolvidos na “Qualidade
na arte de ensinar”.
Nascido originalmente em 15 de agosto de 1991 com o intuito de atender a comunidade num
contexto geral da educação, foi rapidamente ampliado e tem sido buscado por pessoas de várias
comunidades. Mantido pela Associação Educacional São Lázaro, o Polivalente no ano de 2001, obteve
junto a Secretaria de Educação e Conselho de Educação do Distrito Federal credenciamento e
autorização (Portaria nº 112 de 23 de março de 2001) para funcionamento dos Cursos
Técnicos em: Telecomunicações, Eletroeletrônica, Secretaria Escolar e Transações Imobiliárias.
Também, obteve credenciamento junto ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA)
e do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), órgãos que fiscalizam o exercício das
profissões de Técnico em Transações Imobiliárias, Técnico em Telecomunicações e Técnico em
Eletroeletrônica.
Esses credenciamentos auxiliam os nossos alunos na conquista do emprego e dos caminhos para o
registro profissional. Firmou convênios com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), Instituto
Brasil Global (IEG), Instituto Evaldo Lodi (IEL), e trocou experiências com outras instituições de
ensino e empresas como: FURNAS, CEB, CELG, CEMIG, Brasil Telecom, NET, TELEPAR,
TELEMAR, TELEMONT-TO que deram aos alunos a chance de conhecer novas realidades,
proporcionando uma formação que alia teoria à prática.
Em fevereiro de 2002, o Polivalente obteve junto à Secretaria de Estado da
Educação e Conselho de Educação do Distrito Federal aprovação para funcionamento da Educação de
Jovens e Adultos (EJA) de ensino médio na modalidade à distância (Parecer 302/2001 e portaria 75 de
8 de fevereiro de 2002) com o objetivo de atender aqueles que buscam conhecimento acadêmico e não
tiveram acesso à educação na época certa e têm pouca disponibilidade de tempo.
O êxito da Educação de Jovens e Adultos é positiva, pois muitos alunos já ingressaram em cursos
de nível técnico, tecnólogo superior, licenciaturas ou mesmo no mercado de trabalho. Em dezembro de
2003, foi implantado a Sede II do Colégio Integrado Polivalente no Distrito Federal, localizado na Av.
Santa Maria, CL 418 – lotes B e C, Santa Maria-DF, oferecendo Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Curso Normal Nível Médio (Ordem de Serviço nº 98 de 15 de dezembro
de 2003).
Santa Maria, CL 418 – lotes B e C, Santa Maria-DF, oferecendo Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Curso Normal Nível Médio (Ordem de Serviço nº 98 de 15 de dezembro
de 2003).
Para firmar-se no competitivo mercado de educação básica e profissional, a instituição apostou,
desde a sua criação em uma filosofia de interação com o mercado. Para o futuro, a instituição investirá na
criação de novas unidades, não só no Distrito Federal, mas também em diversas partes do Brasil.

A educação pode contribuir para transformar relações sociais, econômicas, culturais e políticas,
de forma tal que assegure a todos, um ensino de qualidade, comprometido com a formação de cidadãos
conscientes de seu papel na sociedade.
Nessa perspectiva, coloca-se a serviço da preparação de indivíduos para uma inserção crítica e
criativa no mundo, fornecendo-lhes por meio da aquisição de conteúdos da socialização, o instrumental
necessário à participação organizada e ativa na democratização social.
Assim, o Colégio Integrado Polivalente tem por missão, como instituição educacional, a
formação de indivíduos cientes de sua responsabilidade social, baseada na aprendizagem cidadã, capazes
de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

• Favorecer o desenvolvimento de todas as capacidades, respeitando a diversidade e as


possibilidades dos diferentes alunos;

• Incentivar o processo contínuo de construção do conhecimento, que favoreça o


Ao nortear suas ações educativas com base em teorias que se complementam, teoria crítico-social dos
prosseguimento de estudos;
conteúdos, teoria das aprendizagens significativas, e teoria da construção de competências, o Colégio
• Polivalente
Integrado Criar condições
elege ospara que o aluno
seguintes desenvolva
objetivos habilidades e competências, para enfrentar os
institucionais:
desafios do mercado
• Oferecer profissional;
aos alunos uma educação de qualidade, voltada para as questões sociais, com vistas a
uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade;
• Favorecer a gestão participativa, numa construção coletiva das decisões/ações, por parte dos
diferentes segmentos da escola;
• Valorizar o profissional de educação através de condições favoráveis para o aperfeiçoamento
profissional, tratamento digno, ambiente respeitoso, recursos disponíveis para o exercício de sua
função;
• Favorecer o desenvolvimento de todas as capacidades, respeitando a diversidade e as
possibilidades dos diferentes alunos;
• Contribuir para a realização de atividades com objetivos explicitamente educativos, criando
um ambiente propício para a elaboração do saber e a boa convivência;

• Avaliar de forma global e interativa as ações desempenhadas ao longo do ano letivo ou


período letivo;

• Valorizar os aspectos de desenvolvimento do discente na área motora,

cognitiva e afetiva;

• Divulgar e respeitar os direitos e deveres do cidadão dentro de uma visão crítica e


responsável da realidade social;

• Proporcionar aos alunos meios para construir novos conhecimentos, competências e


habilidades o que o fará mais funcional, mais complexo e mais capaz de resolver problemas;

• Favorecer o desenvolvimento de todas as capacidades, respeitando a diversidade e as


possibilidades dos diferentes alunos;

• Incentivar o processo contínuo de construção do conhecimento, que favoreça o


prosseguimento de estudos;

• Criar condições para que o aluno desenvolva habilidades e competências, para enfrentar os
desafios do mercado profissional;

• Planejar e avaliar a situação da prática educativa para direcionar as decisões e ações, que
priorizam a qualidade da educação oferecida.

Todos os cursos oferecidos via educação a distância pelo CIP são desenvolvidos por uma equipe
multidisciplinar e têm uma proposta pedagógica única, que combina momentos de interatividade online
com a utilização de várias mídias. O CIP mantém uma completa infraestrutura de produção (própria e ou
em parceria) especialmente voltada para o desenvolvimento de material de ensino permitindo que use da
mais avançada tecnologia para utilizar o canal de comunicação e a linguagem mais adequados ao assunto
proposto, o que confere uma dinâmica toda especial ao curso.
Um dos grandes diferenciais do CIP é a variedade de meios de aprendizagem oferecidos: CD-
ROM, acesso a nossa PLATAFORMA ONLINE para tutoria, manual de orientação do aluno, caderno de
atividades, exercícios disponibilizados e avaliados via online, chat e fóruns.
Vejamos algumas informações importantes que nortearão seus estudos tanto em relação ao curso
TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE, ao profissional da área e ao material didático do componente
curricular PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS.

Sobre o curso
O eixo tecnológico de AMBIENTE E SAÚDE compreende tecnologias associadas a melhoria da
qualidade de vida, preservação e utilização da natureza, desenvolvimento e inovação do aparato
tecnológico de suporte e atenção à saúde. Abrange ações de proteção e preservação dos seres vivos e dos
recursos ambientais, da segurança de pessoas e comunidades, do controle e avaliação de risco, programas
de educação ambiental. Tais ações vinculam–se ao suporte de sistemas, processos e métodos utilizados na
análise, diagnóstico e gestão, provendo apoio aos profissionais da saúde nas intervenções e no processo
saúde – doença de indivíduos, bem como propondo e gerenciando soluções tecnológicas mitigadoras e de
avaliação e controle da segurança e dos recursos naturais. Pesquisa e inovação tecnológica, constante
atualização e capacitação, fundamentadas nas ciências da vida, nas tecnologias físicas e nos processos
gerenciais, são características comuns deste eixo.
A organização curricular dos cursos contempla conhecimentos relacionados a: biossegurança,
leitura e produção de textos técnicos; raciocínio lógico; ciência, tecnologia e inovação; investigação
tecnológica; empreendedorismo; prospecção mercadológica e marketing; tecnologias de comunicação e
informação; desenvolvimento interpessoal; legislação e políticas públicas; normas técnicas; saúde e
segurança no trabalho; gestão da qualidade; responsabilidade e sustentabilidade social e ambiental;
qualidade de vida; e ética profissional.

Estruturação do curso

O Curso Técnico de MEIO AMBIENTE possui uma carga horária total de 950 horas e está
disponível na modalidade de Educação Profissional à Distância. Ele foi estruturado em 2 módulos
contendo 3 componentes curriculares cada (total de 6 componentes curriculares).
MÓDULO I
• Preservação dos Recursos Naturais
• Noções de Ecologia
• Noções de Ecossistema

MÓDULO III
• Análise de Circuitos
• Fibras Ópticas
MÓDULO II
• Impacto Ambiental
• Gestão Ambiental
• Legislação Ambiental

Perfil profissional de conclusão


• Coleta, armazena e interpreta informações, dados e documentações ambientais.
• Elabora relatórios e estudos ambientais.
• Propõe medidas para a minimização dos impactos e recuperação de ambientes já degradados.
• Executa sistemas de gestão ambiental.
• Organiza programas de Educação Ambiental com base no monitoramento, correção e prevenção
das atividades antrópicas, conservação dos recursos naturais através de análises prevencionista.
• Organiza redução, reúso e reciclagem de resíduos e/ou recursos utilizados em processos.
• Identifica os padrões de produção e consumo de energia.
• Realiza levantamentos ambientais.
• Opera sistemas de tratamento de poluentes e resíduos sólidos.
• Relaciona os sistemas econômicos e suas interações com o meio ambiente.
• Realiza e coordena o sistema de coleta seletiva.
• Executa planos de ação e manejo de recursos naturais.
• Elabora relatórios periódicos das atividades e modificações dos aspectos e impactos ambientais de
um processo, indicando as consequências de modificações.

Campo de atuação
• Instituições de assistência técnica, pesquisa e extensão rural.
• Estações de tratamento de resíduos.
• Profissional autônomo.
• Empreendimento próprio.
• Empresas de licenciamento ambiental.
• Unidades de conservação ambiental.
• Cooperativas e associações.

Possibilidades de formação continuada em cursos de especialização técnica no itinerário formativo


• Operador de Aterro Sanitário de Resíduos Sólidos Urbanos.
• Agente de Gestão de Resíduos Sólidos.
• Agente de Limpeza Urbana.
• Agente de Desenvolvimento Socioambiental.
• Curso superior de tecnologia em gestão de telecomunicações.
• Curso superior de tecnologia em redes de telecomunicações.
• Curso superior de tecnologia em sistemas de telecomunicações.
Possibilidades de formação continuada em cursos de especialização técnica no itinerário formativo
• Especialização técnica em controle ambiental.
• Especialização técnica em reciclagem.
• Especialização técnica em tratamento de efluentes.
• Especialização técnica em educação ambiental.
• Especialização técnica em gestão de resíduos sólidos.

Possibilidades de verticalização para cursos de graduação no itinerário formativo


• Curso superior de tecnologia em meio ambiente.
• Curso superior de tecnologia em gestão ambiental.
• Curso superior de tecnologia em saneamento ambiental.
• Bacharelado em engenharia sanitária.
• Bacharelado em engenharia ambiental.
• Bacharelado em engenharia ambiental e sanitária.
• Licenciatura em biologia.
O componente curricular PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS foi elaborado com
alguns itens que precisam ser destacados para melhor compreensão de leitura e contextualização dos
conteúdos abordados.

Momento de atiçar a curiosidade do estudante, propondo conceitos, fatos e situações


curiosas referente aos assuntos que estão sendo estudados.

Momento de fazer o estudante refletir sobre algum tema específico que deve ser
destacado, lembrado ou anotado como uma observação importante.

Momento de mostrar algumas aplicações dos conceitos estudados no material, em que o


estudante ao se tornar um profissional da área, perceberá que vários pontos abordados
nesse item serão úteis durante suas atividades como Técnico em Telecomunicações.

Momento destinado ao estudante para que ele possa pensar e tentar responder alguns exercícios
propostos visando verificar parte de sua abstração após a leitura completa do material.
Momento de apresentar sugestões de estudos complementares, com intuito de
propor um aprendizado contínuo e direcionado aos estudantes do curso.

São pequenos componentes educacionais (textos, vídeos, áudios, animações) que


disponibilizamos com intuito de agregar conteúdo, contextualizar o aprendizado e fortalecer a
retenção do conhecimento de forma objetiva e orgânica, melhorando o desempenho de nossos
estudantes e profissionais. Um recurso educacional utilizado para suportar um processo de
aprendizagem rápido, porém constante.
A pílula do conhecimento poderá ser aplicada como complementação teórica e prática
dos nossos cursos, como ferramenta de memorização e revisão de conteúdo sobre os aspectos
mais importantes do curso e/ou como reforço das ações de aprendizagem presenciais.

Se trata das respostas dos exercícios propostos do item “PENSE E RESPONDA”.

Contém as principais referências utilizadas como fonte de pesquisa para elaboração do


material.
• Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)____________________________________

• Código Florestal_____________________________________________________________

• Sistema Nacional de Unidades e Conservação____________________________________


Os chamados recursos naturais são elementos providos pela natureza como florestas, água,
minerais, vida selvagem, solo entre outros. As reservas desses recursos vêm sendo dilapidadas ao longo
dos últimos anos em demasia num ritmo que nos coloca diante de um cenário realmente assustador, aquele
em que não teremos mais como sobreviver e nem garantir a sobrevivência de nossos descendentes.
Uma das principais medidas de preservação dos recursos naturais é o consumo consciente de água
potável. Atitudes como fechar a torneira enquanto escova os dentes, varrer a calçada em vez de lavar com
mangueira e reaproveitar a água da chuva já fazem muita diferença. No que diz respeito às compras, a dica
é dar preferência para sacolas ecológicas e embalagens retornáveis, sem esquecer de descartar
corretamente o material reciclável. Além disso, você pode sempre tomar o cuidado de apagar as luzes ao
sair de um cômodo (o que gera economia de energia elétrica) e reaproveitar os resíduos orgânicos para
fazer adubo - reduzindo consideravelmente a quantidade de lixo descartado. Porém uma das questões que
tem impedido que haja mais políticas de preservação dos recursos naturais no mundo é a busca pelo
desenvolvimento econômico. Acredita-se que a conservação dos recursos poderia desencadear a redução
do crescimento de alguns setores da indústria. O ideal é que se criem políticas que consigam tanto atender
aos anseios de desenvolvimento quanto ao de manutenção dos nossos recursos.
É essencial que sejam criados e difundidos novos modelos de desenvolvimento sustentável em que
se consiga a criação de um ritmo saudável de crescimento assim como se tenha como base novos meios de
atender as demandas da população mundial. A destruição da natureza tem feito com que muitos países
entrem num caminho sem volta em que seu extremo desenvolvimento acarretará em perdas inestimáveis.
Quando o assunto é a preservação dos recursos naturais é necessário que sejam criadas e aplicadas
medidas legais. O ser humano somente deixará de degradar o meio ambiente consumindo os recursos
naturais que o cercam quando houver consequências legais para punir os seus desmandos. Além das leis,
que em algumas sociedades já existem, é importante contar com o trabalho de órgãos fiscalizadores que
estejam dispostos a realizar seu trabalho com pulso firme mesmo que não tenham muitos recursos a sua
disposição.

A crise ambiental, em sua dupla articulação com a dimensão social, é resultado direto de um modelo
de desenvolvimento, de base capitalista, que se baseia na ideia de crescimento infinito, que acaba gerando
concentração das riquezas e exclusão social. Além disso, gera-se também riscos socioambientais de todos
os tipos, a fragilização das instituições democráticas e um padrão ético individualista, competitivo e
utilitarista. Este modelo se estende por todo o globo e pouco importa a localidade em questão, existe uma
de desenvolvimento, de base capitalista, que se baseia na ideia de crescimento infinito, que acaba gerando
concentração das riquezas e exclusão social. Além disso, gera-se também riscos socioambientais de todos
os tipos, a fragilização das instituições democráticas e um padrão ético individualista, competitivo e
utilitarista. Este modelo se estende por todo o globo e pouco importa a localidade em questão, existe uma
tendência a uma uniformização do pensamento.

Figura 1: A degradação do meio ambiente.

Realizar o manejo de recursos naturais de forma sustentável significa, basicamente, buscar modos
de atuar sobre eles, beneficiando a sua preservação e, ao mesmo tempo, possibilitando sua utilização em
prol do desenvolvimento econômico e social das áreas em que estão inseridos. O manejo sustentável de
recursos naturais pode ser utilizado em áreas de floresta ou outros ecossistemas como a caatinga e o cerrado
ou para recursos específicos, como a água ou o solo.
O início das práticas de manejo é o conhecimento aprofundado da região onde será aplicado. A
partir deste estudo, é possível buscar formatos de produção e uso causando o mínimo de impacto. Outro
fator que precisa ser levado em conta é a realidade social da região a ser manejada. Este processo só poderá
ser considerado verdadeiramente sustentável se, de alguma forma, auxiliar as comunidades locais. Por isso,
quanto mais essas populações estiverem envolvidas no planejamento e na execução do plano de manejo,
melhor.
Com planejamento adequado, aplicação de conhecimento específico, uma visão social e, quando
necessário, tecnologia, os ecossistemas e os recursos naturais podem fazer parte do ciclo do
desenvolvimento sem serem levados à destruição. Trata-se de um tipo de prática que precisa ser cada vez
mais apropriada, principalmente em um país como o Brasil, tão rico em recursos naturais e o local da maior
floresta tropical do mundo.
desenvolvimento sem serem levados à destruição. Trata-se de um tipo de prática que precisa ser cada vez
mais apropriada, principalmente em um país como o Brasil, tão rico em recursos naturais e o local da maior
floresta tropical do mundo.

A ação do homem e os impactos negativos causados por ela no meio ambiente


ganharam força nos últimos 250 anos.
A Revolução Industrial mudou todo o cenário mundial. O novo modo de produzir voltado à
obtenção de lucro, à produção em massa e à mentalidade consumista estimulam cada vez mais
alterações no meio ambiente.
A produção industrial e o estímulo cada vez maior ao consumo fizeram com que houvesse a
necessidade de se aumentar a matéria-prima para as indústrias, visto que a maioria dos produtos tem
vida útil reduzida. Consequentemente, ações como desflorestamento, poluição de mares e rios com
esgoto industrial e agrotóxicos, empobrecimento dos solos, poluição atmosférica têm provocado uma
intensa degradação do meio ambiente.
Alguns problemas já são recorrentes no dia a dia de muitas pessoas, como aumento das temperaturas
causado pelo intenso desmatamento de áreas verdes, enchentes nas áreas urbanas, seca extrema em
diversas regiões provocada por alterações climáticas, extinção de diversas espécies que lidam com as
poluições de rios e mares, racionamento de água, aumento do aquecimento global, entre outros.
São muitos os impactos ambientais provocados pela ação antrópica que se tornaram pauta de
diversos debates, alcançando cunho científico e estudos acadêmicos. São exemplos:
• Destruição da camada de ozônio
• Chuva ácida
• Desmatamento
Há urgência de medidas que diminuam os impactos ambientais causados pela ação antrópica.
Para que as próximas gerações tenham um planeta habitável, é preciso que mudanças sejam feitas,
começando pela alteração de hábitos sociais comuns, por meio, por exemplo, do incentivo ao uso de
produtos ecológicos, da coleta seletiva, do uso consciente dos recursos hídricos acompanhado do
compromisso firmado pelas nações a fim de se diminuir a degradação do meio ambiente.

Consolidada na década de 1980, a biologia da conservação estuda as causas que levaram à


diminuição na biodiversidade genética, individual e do ecossistema de uma maneira geral. Trata-se de uma
matéria multidisciplinar, que busca recursos em áreas científicas como ecologia, ciências políticas,
biogeografia, biologia do comportamento, antropologia, genética e sociologia.
matéria multidisciplinar, que busca recursos em áreas científicas como ecologia, ciências políticas,
biogeografia, biologia do comportamento, antropologia, genética e sociologia.

Figura 2: Biologia da conservação.

A biologia da conservação defende os seguintes princípios:


• Toda espécie tem o direito de existir;
• Todas as espécies são interdependentes;
• As pessoas vivem dentro de limitações idênticas aos demais seres vivos e, portanto, não devem
prejudicar o meio ambiente e outras espécies;
• É de responsabilidade da sociedade proteger a Terra e utilizar seus recursos naturais
com consciência ambiental;
• O respeito pela diversidade biológica deve ser feito na mesma escala que o respeito pela diversidade
humana;
• A natureza deve ser respeitada além do seu valor econômico;
• Todos os esforços para manutenção da diversidade biológica são válidos.
O resultado desta combinação de competências é o estabelecimento dos principais agentes que
aceleram os processos de extinção de espécies, perda e fragmentação dos habitats, presença de espécies
invasoras que aumentam a competição entre espécies, e diversos outros aspectos que evidenciam a
degradação da biodiversidade no planeta. A partir do fim da segunda metade do século XIX, a criação de
UC's (Unidades de Conservação) firmou-se, no mundo e no Brasil, como a principal e mais amplamente
disseminada estratégia de proteção da natureza. Incluíram-se aí iniciativas para proteger exemplares
“carismáticos” da flora e da fauna, como árvores de grande porte e animais com forte apelo estético –
baleias, herbívoros da África, o bisão da América do Norte, aves diversas, entre outros.

Desde cedo, houve também preocupação com a manutenção dos mananciais e com o controle da
qualidade da água servida às populações urbanas. A preocupação com o abastecimento público exigia o
Desde cedo, houve também preocupação com a manutenção dos mananciais e com o controle da
qualidade da água servida às populações urbanas. A preocupação com o abastecimento público exigia o
trato prudente ou mesmo a recuperação de extensas áreas de bacias hidrográficas, áreas essas que os
habitantes das cidades passaram também a usufruir como opções de lazer e como laboratório de pesquisas
(NASH, 1982). O replantio de uma parte da Floresta da Tijuca, praticamente dentro da cidade do Rio de
Janeiro, entre 1861 e 1889, aproximadamente, é um exemplo brasileiro desse processo, em que a
preocupação com a oferta de água para uma grande população urbana gerou a gestão especial de uma área
que, muitos anos mais tarde, se transformou num parque nacional (DEAN, 1996; DRUMMOND, 1997).
O marco fundador mais reconhecido da moderna política de UC's foi a criação, nos EUA, do Parque
Nacional de Yellowstone, em 1872. Dos fins do século XIX até hoje, os parques nacionais multiplicaram-
se por todo o planeta e são hoje o tipo mais conhecido e tradicional de espaço natural protegido. Os
primeiros parques nacionais brasileiros surgiram apenas na década de 1930, 60 anos depois das propostas
de Rebouças: Itatiaia, criado em 1937, Iguaçu e Serra dos Órgãos, criados em 1939. No entanto, o primeiro
parque criado no Brasil com o objetivo explícito de proteção da natureza teve caráter estadual: o Parque
Estadual da Cidade, atualmente Parque Estadual da Capital, criado em 10 de fevereiro de 1896, pelo
Decreto 335, na cidade de São Paulo.
Com o passar do tempo, novos objetivos foram sendo agregados às UC's, que se desdobraram em
diversas categorias, para atender a objetivos distintos, dentro da meta mais geral de proteção à natureza.
Essa tendência de desdobramento de categorias foi sancionada em encontros internacionais e em leis e
políticas nacionais de diversos países. Mais recentemente, ela foi consagrada pelas metas ambiciosas da
Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB): a conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos
recursos naturais e a justa e equitativa divisão dos benefícios advindos da utilização dos recursos genéticos.
Novas categorias de UC's foram instituídas pela Lei no 6.902, de 27 de abril de 1981: as estações
ecológicas e as áreas de proteção ambiental. O Decreto no 89.336, de 31 de janeiro de 1984, criou duas
categorias a mais: as reservas ecológicas e as áreas de relevante interesse ecológico. Estas últimas foram
reconhecidas como UC's pela Resolução nº 12, de 14 de dezembro de 1987, do Conselho Nacional do
Meio Ambiente (Conama). As reservas extrativistas surgiram em 1987, com base na Portaria 627 do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas só foram reconhecidas como UC's por
intermédio do Decreto 98.897, de 30 de janeiro de 1990. Após várias iniciativas similares, porém
inconclusivas, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), foi instituída, pelo Decreto 1.992, de 5 de
junho de 1996, a categoria reserva particular do patrimônio natural, modalidade de UC's criada em terras
particulares, por iniciativa dos seus proprietários (DRUMMOND; BARROSPLATIAU, 2006). Havia,
ainda, outras UC's com denominações e finalidades diversas, criadas nas esferas de governo federal,
estadual e municipal.
estadual e municipal.

Biodiversidade ou diversidade biológica (bios do grego vida) é a diversidade da natureza viva.


Desde 1986, o termo e conceito tem adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e
cidadãos conscientizados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a
extinção, observado nas últimas décadas do Século XX.
Um dos mecanismos mais tradicionais utilizados no mundo para a conservação de biodiversidade
é o estabelecimento de um sistema representativo de unidades de conservação, geralmente na forma de
parques e reservas, acrescidos de áreas sob outras categorias de manejo, protegendo frações de
ecossistemas naturais sem a interferência do homem. Cerca de 130 países já criaram um total aproximado
de 8.000 áreas protegidas, equivalentes a 3% da extensão territorial dos países.

Figura 3: Exemplos de estratégia para conservação.

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92), em
1992, cerca de 175 países, incluindo o Brasil, assinaram a Convenção da Diversidade Biológica (CDB),
que foi ratificada em 1994, pelo Brasil. A partir daí foram traçados planos de estratégia para a conservação
e uso sustentável da biodiversidade, de modo a atender as exigências da CDB.
Entre os projetos mais amplos estão aqueles que tratam da biodiversidade dos principais biomas:
Amazônia, Pantanal, Pampas, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, muitos dos quais só restam áreas
fragmentadas e que são extremamente frágeis.

O Brasil possui hoje um sistema de unidades de conservação relativamente extenso, com cerca de 1.000
fragmentadas e que são extremamente frágeis.
O Brasil possui hoje um sistema de unidades de conservação relativamente extenso, com cerca de
1.000 unidades de conservação e reservas particulares, federais e estaduais, totalizando aproximadamente
70 milhões de hectares. Esse dado implica em que, teoricamente, 8% do território nacional esteja hoje sob
alguma forma de proteção oficial.
A manutenção de refúgios para a biodiversidade é a melhor opção para auxiliar o combate à perda da
biodiversidade. Dessa forma, a proteção de áreas de preservação permanente ao longo de cursos d'água e
a reserva legal em propriedades contribuem para a manutenção da biodiversidade.
As Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL) estão previstas no Código
Florestal Brasileiro (Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965) que define:

• Área de Preservação Permanente: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas.
• Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de
preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e
reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de
fauna e flora nativas.

Tais mecanismos contribuem para a manutenção da biodiversidade e dos serviços ambientais por
ela providos uma vez que a biodiversidade garante a vida. A produtividade dos ecossistemas, a manutenção
de ciclos como das águas e de nutrientes, bem como locais de refúgio de inimigos naturais de muitos
insetos ou polinizadores se encontram em habitats preservados. A perda da biodiversidade vem ocorrendo
rapidamente e estima-se que essa perda seja mil vezes superior à taxa natural. Ações como fragmentação
de habitats e destruição dos mesmos têm causado o declínio de várias espécies, colocando-as em risco de
extinção.
Infelizmente a evolução da própria espécie humana passou a ser, por si só, um fator extremamente
relevante na estruturação dos sistemas biológicos, em função do grande impacto do Homo sapiens sobre
as demais espécies do planeta. Esses impactos têm crescido enormemente devido a uma utilização cada
vez maior dos recursos naturais, causando uma perda cada vez mais acentuada da diversidade biológica
em diferentes níveis. Assim, devido à sua inerente complexidade e à dificuldade em se estabelecer pontos
de equilíbrio entre desenvolvimento humano e conservação (ou idealmente demonstrar a associação
intrínseca existente entre conservação e desenvolvimento), está claro que conservar a biodiversidade é uma
das tarefas mais árduas e um dos maiores desafios do século 21.
A Floresta Amazônica é a região com maior biodiversidade de todos os continentes: comporta
metade das espécies de aves hoje conhecidas (cerca de 1.622 espécies), possui a maior diversidade
de insetos (10 a 15 milhões), répteis (468 espécies) e anfíbios (517 espécies).

A evolução da política ambiental brasileira pode ser analisada a partir da década de 1930, quando
tiveram início ações de regulamentação da apropriação dos recursos naturais necessários ao processo de
industrialização. A partir da segunda metade do século XX, também é possível verificar marcos
internacionais importantes que influenciaram as políticas ambientais em âmbitos mundial e nacional.
Há uma relação direta entre problemática ambiental e políticas públicas. As demandas sociais
determinam intervenções político-administrativas, realizáveis por meio do aparato legal e das políticas
públicas.
A prática de delimitação de territórios para conservação, já realizada desde o final do século XIX
em países como os EUA, disseminou-se no Brasil a partir de 1934, com o Código Florestal. Entretanto, a
consolidação de uma legislação única que englobasse os principais aspectos de criação, implementação,
manutenção, gestão e fiscalização de áreas protegidas só viria a ocorrer no ano 2000, após décadas de
discussões de propostas entre a bancada ruralista e os representantes das diferentes tendências
ambientalistas.
Basicamente, a política ambiental no Brasil se desenvolveu em resposta às exigências do
movimento internacional ambientalista iniciado a partir da segunda metade do século XX, durante a década
de 1960. Assim, a criação das instituições e legislações designadas especificamente concentra-se nas
quatro últimas décadas do século XX. Para o entendimento do que hoje temos por política ambiental
brasileira, é plausível caracterizar as grandes linhas dessa evolução.

Política Nacional Do Meio Ambiente (PNMA)

A PNMA vem disciplinada pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 e foi recepcionada
pela Constituição Federal de 1988. É a referência mais importante na proteção ambiental. Ela dá
efetividade ao artigo Constitucional 225. O direito que está preceituado neste artigo é referente ao meio
ambiente equilibrado simultaneamente ao dever de responsabilidade, quando uma atividade gerar dano
ambiental. Portanto, esse dispositivo constitucional, regulador do meio ambiente, determina o não uso
indiscriminado de determinado bem, quando sua utilização colocar em risco o equilíbrio ambiental.
indiscriminado de determinado bem, quando sua utilização colocar em risco o equilíbrio ambiental.

Figura 4: Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA).

A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo tornar efetivo o direito de todos ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, como prevê o princípio matriz contido no caput do
art. 225 da Constituição Federal. E por meio ambiente ecologicamente equilibrado se entende a
qualidade ambiental propícia à vida das presentes e das futuras gerações.
Além disso, viabilizar a compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a utilização
racional dos recursos ambientais, fazendo com que a exploração do meio ambiente ocorra em condições
propícias à vida e à qualidade de vida.
Dessa maneira, o objetivo geral da Política Nacional do Meio Ambiente está dividido em
preservação, melhoramento e recuperação do meio ambiente.
• Preservar é procurar manter o estado natural dos recursos naturais impedindo a intervenção dos
seres humanos. Significa perenizar, perpetuar, deixar intocados os recursos ambientais.
• Melhorar é fazer com que a qualidade ambiental se torne progressivamente melhor por meio da
intervenção humana, realizando o manejo adequado das espécies animais e vegetais e dos outros
recursos ambientais. É a atribuição ao meio ambiente de condições melhores do que ele apresenta.
• Recuperar é buscar o status quo ante de uma área degradada por meio da intervenção humana,
a fim de fazer com que ela volte a ter as características ambientais de antes. A recuperação é o
objetivo mais difícil, em alguns casos até impossível, de ser alcançado, tendo em vista as
características próprias do dano ambiental.

Código florestal
• 84% dos entrevistados acreditam que o progresso não é sobre consumir mais, mas consumir
melhor;
• 75% entendem que o consumo excessivo está colocando nosso planeta em risco e gostariam de ter
Figura 5: Código florestal.

A Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, também conhecida como novo “Código Florestal”, estabelece
normas gerais sobre a Proteção da Vegetação Nativa, incluindo Áreas de Preservação Permanente, de
Reserva Legal e de Uso Restrito; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle
da origem dos produtos florestais, o controle e prevenção dos incêndios florestais, e a previsão de
instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objetivos.
Para atingir o seu objetivo de preservação, o código estabeleceu dois tipos de áreas: a Reserva Legal
e a Área de Preservação Permanente (APP). A Reserva Legal é a parcela de cada propriedade ou posse
rural que deve ser preservada, por abrigar parcela representativa do ambiente natural da região onde está
inserida e, por isso, necessária à manutenção da biodiversidade local. A exploração pelo manejo florestal
sustentável se dá nos limites estabelecidos em lei para o bioma em que está a propriedade.
O primeiro Código Florestal do país surgiu em 1934, em meio à forte expansão cafeeira que ocorria
à época, principalmente na região Sudeste. As florestas sofriam com o avanço das plantações, sendo
empurradas para cada vez mais longe das cidades, o que dificultava e encarecia o transporte de lenha e
carvão – insumos energéticos de grande importância nessa época.
Uma das inovações da Lei é a criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a previsão de
implantação do Programa de Regularização Ambiental (PRA) nos Estados e no Distrito Federal. Com o
CAR, será possível ao Governo Federal e órgãos ambientais estaduais conhecerem não apenas a
localização de cada imóvel rural, mas também a situação de sua adequação ambiental; o PRA, por sua vez,
permitirá que os estados orientem e acompanhem os produtores rurais na elaboração e implementação das
ações necessárias para a recomposição de áreas com passivos ambientais nas suas propriedades ou posses
rurais, seja em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal ou de Uso Restrito.
Outro ponto de destaque da Lei 12.651/2012, em seu Capítulo X, é a previsão da instituição do
“Programa de apoio e incentivo à preservação e recuperação do meio e energias renováveis.

Um estudo da Carbon Trust apontou uma oferta de R$400 milhões em linhas de financiamento e
instrumentos financeiros exclusivos para esta área no país.
“Programa de apoio e incentivo à preservação e recuperação do meio ambiente”, incluindo o incentivo
para a adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com
redução dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento ecologicamente
sustentável. Entre os incentivos são destacados o pagamento ou incentivo a serviços ambientais como
retribuição, monetária ou não, às atividades de conservação e melhoria dos ecossistemas e que gerem
serviços ambientais, e compensação pelas medidas de conservação ambiental necessárias, incluindo
benefícios creditícios, fiscais e comerciais.
Do ponto de vista da produção agropecuária, a implementação da Lei 12.651/2012 reveste-se de
especial importância, tendo em vista o reconhecimento dos impactos positivos no campo na busca de uma
produção sustentável. Tais benefícios, também apropriados pela sociedade urbana, de forma direta ou
indireta, se relacionam, entre outros, à oferta de serviços ambientais garantidos pela manutenção de
vegetação nativa em parcela da propriedade rural, como na manutenção de populações de organismos
benéficos, tais como polinizadores de culturas e inimigos naturais de pragas; na proteção do solo e controle
de processos erosivos, na estabilidade geológica, na produção e fornecimento de água para fins diversos,
dentre outros.

Sistema Nacional de Unidades de Conservação

Figura 6: Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC - LEI 9.985/2000) - é o conjunto de unidades de


conservação (UC) federais, estaduais e municipais. É composto por 12 categorias de UC, cujos objetivos
específicos se diferenciam quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam de maiores
cuidados, pela sua fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser utilizadas de forma sustentável
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC - LEI 9.985/2000) - é o conjunto de
unidades de conservação (UC) federais, estaduais e municipais. É composto por 12 categorias de UC, cujos
objetivos específicos se diferenciam quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam
de maiores cuidados, pela sua fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser utilizadas de forma
sustentável e conservadas ao mesmo tempo.
O SNUC foi concebido de forma a potencializar o papel das UC's, de modo que sejam planejadas
e administradas de forma integrada com as demais UC's, assegurando que amostras significativas e
ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas estejam adequadamente
representadas no território nacional e nas águas jurisdicionais. Para isso, o SNUC é gerido pelas três esferas
de governo (federal, estadual e municipal).
Além disso, a visão estratégica que o SNUC oferece aos tomadores de decisão possibilita que as
UC's, além de conservar os ecossistemas e a biodiversidade, gerem renda, emprego, desenvolvimento e
propiciem uma efetiva melhora na qualidade de vida das populações locais e do Brasil como um todo.
O SNUC tem os seguintes objetivos:
• Contribuir para a conservação das variedades de espécies biológicas e dos recursos genéticos no
território nacional e nas águas jurisdicionais;
• Proteger as espécies ameaçadas de extinção;
• Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais;
• Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;
• Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de
desenvolvimento;
• Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;
• Proteger as características relevantes de natureza geológica, morfológica, geomorfológica,
espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural;
• Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;
• Proporcionar meio e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento
ambiental;
• Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;
• Favorecer condições e promover a educação e a interpretação ambiental e a recreação em contato
com a natureza; e
• Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e
valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente.

As UC's, tais como parques, reservas extrativistas e reservas privadas (ou RPPN's), representam um
patrimônio nacional de valor inestimável, com um potencial enorme para promover benefícios
significativos ao bem-estar humano e ao desenvolvimento do país, de forma racional e sustentada.
As UC's, tais como parques, reservas extrativistas e reservas privadas (ou RPPN's), representam
um patrimônio nacional de valor inestimável, com um potencial enorme para promover benefícios
significativos ao bem-estar humano e ao desenvolvimento do país, de forma racional e sustentada.
Entre os serviços ambientais realizados pelas UC's estão o fornecimento contínuo de água de boa
qualidade; a melhoria microclimática nas regiões com temperaturas extremas e excesso de poluição; a
polinização, que garante a alta produtividade dos cultivos agrícolas, banco genético, proteção e
conservação do solo; a proteção de encostas diminuindo a gravidade dos desastres naturais; a mitigação
aos efeitos das mudanças climáticas; a sanidade da produção agropecuária, entre outros.
No entanto, passados 14 anos de criação do SNUC, a sensação é de que o país tem avançado
lentamente no que diz respeito à conservação de sua biodiversidade. Apesar de todo esse tempo, o SNUC
não tem uma estratégia de longo prazo para a consolidação do sistema e não tem um plano que garanta sua
sustentabilidade financeira.
“A existência das UC's não consegue frear os ímpetos de um modelo que busca o desenvolvimento
econômico a qualquer custo. O resultado disso tem sido o surgimento, nos últimos anos, de uma série de
projetos de lei que pretendem alterar os limites ou objetivos de criação dessas áreas”, afirmou o
Superintendente de Políticas Públicas do WWF-Brasil, Jean Timmers.
A gestão do SNUC é feita com a participação das três esferas do poder público (federal, estadual e
municipal). As competências dos órgãos para a gestão do sistema vão desde a coordenação e
acompanhamento do sistema, até a sua implementação propriamente dita.
O SNUC é gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições:
• Órgão consultivo e deliberativo: representado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), tem a função de acompanhar a implementação do SNUC;
• Órgão central: representado pelo Ministério do Meio Ambiente, tem a finalidade de coordenar o
SNUC;
• Órgãos executores: representados na esfera federal, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) e IBAMA, em caráter supletivo, e nas esferas estadual e municipal,
pelos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente. Os órgãos executores do SNUC têm a
função de implementá-lo, subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de
conservação federais, estaduais e municipais, mas nas respectivas esferas de atuação.

Nas décadas de 70 e 80, a proteção do meio ambiente entrou, definitivamente, na questão global,
ocasião em que vários países começaram a tratar desta problemática de forma mais incisiva em seus
territórios. Foi entregue na Assembleia das Nações Unidas, em 1987, um relatório que foi denominado:
“Nosso Futuro Comum” realizado na Comissão Brundtland.

Sabemos que o aquecimento global pode trazer graves e irreversíveis danos para o meio ambiente e para
territórios. Foi entregue na Assembleia das Nações Unidas, em 1987, um relatório que foi denominado:
“Nosso Futuro Comum” realizado na Comissão Brundtland.
Sabemos que o aquecimento global pode trazer graves e irreversíveis danos para o meio ambiente
e para nossa sociedade. À medida que aumenta a preocupação com as consequências desse fenômeno,
novos projetos ambientais que visam combater os seus efeitos são vistos pelo mundo. Muitos países,
organizações, empresas e pessoas estão refletindo sobre as suas práticas ambientais e promovendo
iniciativas inspiradoras, capazes de ajudar a construir um futuro sustentável.
Portanto conheça 5 grandes projetos que prometem trazer impactos positivos ao meio ambiente:
1. The Great Green Wall (O Grande Muro Verde) – África
Em uma das regiões mais pobres do planeta, o Sahel, localizado na margem sul do Deserto do Sahara,
mais de 100 milhões de habitantes já enfrentam os efeitos da mudança do clima, sofrendo com a seca, a
falta de alimentos e conflitos gerados pela escassez de recursos naturais. Por isso, é estimado que cerca de
60 milhões de pessoas migrem de áreas degradadas da África para a Europa em 2020.
Com o objetivo de reverter esse quadro, em 2007 surgiu a iniciativa The Great Green Wall, que reuniu
20 países parceiros em torno de uma missão: plantar uma barreira gigante de árvores para conter a expansão
do Deserto do Sahara. A ideia é que essa barreira cruze todo o continente, do Senegal ao Djibouti, atingindo
8.000 km de comprimento e 15 km de largura.
Os países envolvidos pretendem, com o apoio da comunidade internacional, restaurar 500 mil
quilômetros de terra e criar 350 mil empregos. Mas, mesmo com os avanços de países como o Senegal,
que já plantou aproximadamente 11 milhões de árvores, serão necessários esforços para financiar todo o
projeto, que tem um custo estimado de US$ 8 bilhões.
Apesar dos desafios, consequências positivas já podem ser vistas por moradores e especialistas desde
o início do plantio das árvores. Impactos na temperatura, redução da erosão do solo e o reaparecimento de
espécies animais trazem mais estabilidade para os moradores da região, levando esperança também a
outros lugares em que as condições ambientais se tornaram desafiadoras.

Figura 7: O Grande Muro Verde – África.

2. Hywind: O primeiro parque eólico flutuante do mundo – Noruega

Mesmo cobrindo 70% da superfície do mundo, o oceano ainda é subutilizado para a geração de energia e
para o crescimento econômico. Pensando no potencial para aproveitamento econômico dessa área, a
empresa petrolífera Statoil, da Noruega, desenvolveu turbinas eólicas em estruturas flutuantes, dando
2. Hywind: O primeiro parque eólico flutuante do mundo – Noruega
Mesmo cobrindo 70% da superfície do mundo, o oceano ainda é subutilizado para a geração de energia
e para o crescimento econômico. Pensando no potencial para aproveitamento econômico dessa área, a
empresa petrolífera Statoil, da Noruega, desenvolveu turbinas eólicas em estruturas flutuantes, dando
origem ao primeiro parque flutuante do mundo.
A empresa, buscando responder aos desafios trazidos pelo aquecimento global, procura diversificar a
sua matriz energética, investindo também em energias renováveis. Assim, pretende abrir novas portas para
a geração eólica offshore no mercado, oferecendo uma fonte de energia de grande potencial que pode ser
utilizada em várias regiões litorâneas.
Atualmente, 5 turbinas, cada uma com 253 metros de altura e 78 deles abaixo da água, compõem o parque,
que está localizado a 25 km da costa da cidade de Peterhead. O parque é capaz de fornecer energia para
20.000 casas, mas a expectativa para o futuro é que parques maiores, com entre 50 a 100 turbinas, sejam
construídos.

Figura 8: O primeiro parque eólico flutuante do mundo – Noruega.

3. Liuzhou: A “cidade floresta” – China


Até 2020, a China abrigará a primeira “cidade floresta” do mundo. Na região montanhosa de Guangxi,
localizada ao sul do país, uma área de 175 hectares se transformará em um projeto do arquiteto italiano
Stefano Boeri, que planejou uma cidade verde com casas, escritórios, escolas e hospitais cobertos por mais
de 100 espécies vegetais.
Além de mais de 40 mil árvores e mais de 1 milhão de plantas distribuídas pelos parques, jardins, ruas
e fachadas, a cidade será autossuficiente em energia, utilizando energia geotérmica para o funcionamento
de ares-condicionados interiores e painéis solares nos telhados dos edifícios para a geração de eletricidade.
Após a construção da cidade, que acolherá 30 mil pessoas, é estimado que ela absorverá cerca de 10 mil
toneladas de CO2 e, a cada ano, cerca de 57 toneladas de outros poluentes.

O projeto visa construir uma área urbana realmente sustentável, combinando a autossuficiência energética
toneladas de CO2 e, a cada ano, cerca de 57 toneladas de outros poluentes.
O projeto visa construir uma área urbana realmente sustentável, combinando a autossuficiência
energética e o uso da energia sustentável com o aumento da biodiversidade e a redução da poluição. Nela,
será possível reduzir a temperatura média do ar, criar barreiras sonoras e, ainda, abrigar espécies de
pequenos animais que habitam a região de Liuzhou.

Figura 9: A “cidade floresta” – China.

4. Cidade de Masdar – Abu Dhabi


Em 2008, um projeto ambicioso surgiu em Masdar, localizada em Abu Dhabi, um dos sete emirados
dos Emirados Árabes, com o objetivo de torná-la a cidade mais sustentável do mundo. Técnicas da
arquitetura árabe tradicional aliadas às novas tecnologias deram vida a uma cidade de design inovador,
com construções feitas a partir de materiais sustentáveis e que são abastecidas por energias renováveis,
como a solar.
A cidade, projetada para reduzir o consumo de água e energia em 40%, crescerá até ser capaz de abrigar
40.000 moradores e 50.000 visitantes todos os dias, que estudarão e trabalhar no local. Áreas residenciais,
culturais, comerciais e de lazer serão construídas para torná-la independente de outras regiões.
A tecnologia empregada e o design da cidade a tornam 10 graus mais fresca que outras regiões de Abu
Dhabi, trazendo mais conforto aos seus moradores mesmo nos períodos de verão mais intenso. Transportes
inteligentes também fazem parte de sua rotina: carros elétricos ficam disponíveis para facilitar o acesso
aos estabelecimentos de Masdar .
Figura 10: Cidade de Masdar – Abu Dhabi.

5. Terra e preservação: combate à pressão da mudança do clima na bacia de Martha Brae – Jamaica
Cockpit Country, na Jamaica, abriga uma das últimas áreas selvagens do país. Com mais de 200 km
quadrados de reserva florestal, a região possui uma topografia única e grande variedade de espécies nativas,
o que revela a sua importância global. Nessa região, a bacia hidrográfica Martha Brae abriga diversas
comunidades que têm como meio de subsistência os recursos naturais de Cockpit Country, entre eles a
água dos rios, usada em residências e para irrigação.
Porém, problemas ambientais ameaçam o sustento de comunidades como a Bunkers Hill, de
aproximadamente 2.000 habitantes, que sofre com inundações constantes. A erosão do solo, danos às áreas
agrícolas locais e à infraestrutura são algumas consequências desses eventos, capazes de trazer sérias
consequências para o trabalho dos agricultores.
Para reverter esse quadro, o país adotou um projeto de adaptação que tem como objetivo reforçar as
encostas dos rios de Cockpit Country, reduzindo o número de inundações na região e, consequentemente,
evitando a perda de terras agrícolas. Além disso, o projeto também busca fortalecer recursos comunitários,
como as terras de cultivo e pontes, para torná-los mais resistentes à inundações e à erosão.

Figura 11: Bacia de Martha Brae – Jamaica.


Dentre os programas e projetos atualmente desenvolvidos para a conservação da fauna e flora
brasileira estão o Projeto Tamar, uma das principais atividades de preservação marinha do mundo; o
Projeto Quelônios da Amazônia, com o objetivo de proteger as tartarugas que ocorrem na Amazônia; o
Programa Nacional de Florestas, que visa promover o desenvolvimento econômico em harmonia com a
conservação das florestas brasileiras e o Projeto Caravana Ecológica, com o objetivo de combater o tráfico
de animais silvestres.

Figura 12: Projetos do Brasil.

No mundo, diversos outros projetos que tem como objetivo preservar ecossistemas, reduzir
emissões de gases de efeito estufa e ajudar comunidades a se desenvolverem estão em andamento, embora
em escalas distintas de acordo com a região em que acontecem e com os recursos que elas possuem.
Esses projetos podem resultar em impactos positivos significativos não só para o meio ambiente,
mas também para sociedades afetadas por problemas ambientais, trazendo mais empregos, oportunidades,
resiliência à mudança do clima e, até mesmo, resolução para conflitos. A partir deles, tecnologias podem
se tornar mais acessíveis, regiões que enfrentam graves problemas podem se reerguer e um novo modelo
de desenvolvimento pode surgir.

O processo de valoração econômica do meio ambiente tem-se constituído em um amplo e


importante campo de pesquisas teóricas e trabalhos empíricos. Claramente, por tratar-se de um ramo da
ciência que envolve o comportamento humano, não é desprovido de controvérsias, advindas de
preferências teóricas e metodológicas.

De forma geral, o valor econômico dos recursos ambientais tem sido desagregado na literatura da seguinte
maneira: Valor Econômico Total (VET) = Valor de Uso (VU) + Valor de Opção (VO) + Valor de
Existência (VE).
De forma geral, o valor econômico dos recursos ambientais tem sido desagregado na literatura da
seguinte maneira: Valor Econômico Total (VET) = Valor de Uso (VU) + Valor de Opção (VO) + Valor
de Existência (VE).
O valor de uso (VU) representa o valor atribuído pelas pessoas pelo uso, propriamente dito, dos
recursos e serviços ambientais. O VU é composto pelo valor de Uso Direto (VUD) e pelo Valor de Uso
Indireto (VUI). O VUD corresponde ao valor atribuído pelo indivíduo devido a utilização efetiva e atual
de um bem ou serviço ambiental, por exemplo, extração, visitação ou alguma outra forma de atividade
produtiva ou consumo direto, com relação às florestas, e VUI representa o benefício atual do recurso,
derivado de funções ecossistêmicas como, por exemplo, a proteção do solo, a estabilidade climática e a
proteção dos corpos d’águas decorrentes da preservação das florestas.
O Valor de Opção (VO) representa aquilo que pessoas atribuem no presente para que no futuro os
serviços prestados pelo meio possam ser utilizados. Assim, trata-se de um valor relacionado a usos futuros
que podem gerar alguma forma de benefício ou satisfação aos indivíduos. Por exemplo, o benefício
advindo de fármacos desenvolvidos com base em propriedades medicinais ainda não descobertas de
plantas existentes nas florestas.
O terceiro componente, o Valor de Existência (VE), se caracteriza como um valor de não-uso. Esta
parcela representa um valor atribuído à existência de atributos do meio ambiente, independentemente, do
uso presente ou futuro. Representa um valor conferido pelas pessoas a certos recursos ambientais, como
florestas e animais em extinção, mesmo que não tencionem usá-los ou apreciá-los na atualidade ou no
futuro. A atribuição do valor de existência é derivada de uma posição moral, cultural, ética ou altruística
em relação aos direitos de existência de espécies não-humanas ou da preservação de outras riquezas
naturais, mesmo que estas não representem uso atual ou futuro para o indivíduo.
Segundo MARQUES & Comune (1996) existe a necessidade de valorar corretamente os bens e
serviços do meio ambiente, entendidos no desempenho das funções: provisão de matérias-primas,
capacidade de assimilação de resíduos, amenidade, estética e recreação, biodiversidade e capacidade de
suporte às diversas formas de vida no planeta terra. Há, também, necessidade de procurar integrar esses
valores apropriadamente estimados, às decisões sobre a política econômica e ambiental e aos cálculos das
econômicas nacionais.
Pode-se também afirmar que a valoração econômica permite atribuir valores monetários aos bens
e serviços derivados dos recursos ambientais, independentemente de existirem ou não preços de mercado
relacionados a eles. Quando compramos um bem, estamos indicando a nossa disponibilidade a pagar que
se expressa na troca de recursos monetários por bens.
Figura 13: Valoração econômica ambiental.

A Economia Ecológica, por sua vez, constitui-se em uma abordagem que procura compreender a
economia e sua interação com o ambiente a partir dos princípios físicos e ecológicos, em meio aos quais
os processos econômicos se desenvolvem. Em termos gerais, os métodos de valoração baseados nesta
abordagem utilizam o montante total de energia capturada pelos ecossistemas como uma estimativa do seu
potencial para a realização do trabalho útil para a economia. Neste processo de valoração, pode-se utilizar
um método simplificado por meio do uso do conceito de Produção Primária Bruta de um ecossistema. A
Produção Primária Bruta é uma medida da energia solar utilizada pelas plantas para fixar carbono. Este
índice de energia solar capturada pelo sistema é convertido em equivalente de energia fóssil.
Posteriormente, faz-se a transformação deste equivalente em energia fóssil em unidades monetárias,
utilizando-se uma relação entre o Produto Interno Bruto e o total de energia usada pela economia.

Evidências científicas mostram que os ecossistemas estão sob uma pressão sem precedentes,
ameaçando as perspectivas de desenvolvimento sustentável. Embora os desafios sejam assustadores,
também oferecem oportunidades de inovação para as comunidades locais, empresas e governo para o
benefício das comunidades, economias e meio ambiente global.
A restauração de ecossistemas degradados vem tomando importância crescente diante do quadro
cada vez mais drástico de crise ambiental e diminuição da qualidade de vida das populações humanas e
naturais. O que hoje domina no meio rural são grandes áreas intensamente cultivadas com monoculturas,
solo nu sofrendo intenso processo erosivo, zonas ripárias sem vegetação provocando o assoreamento dos
rios, e pequenos fragmentos florestais, isolados e permanentemente perturbados pelas atividades humanas.
Esse modelo mostra-se hoje insustentável, com consequências ambientais graves e irreversíveis, como o
aquecimento global, o esgotamento das fontes de água, a perda dos solos pela erosão e a extinção precoce
solo nu sofrendo intenso processo erosivo, zonas ripárias sem vegetação provocando o
assoreamento dos rios, e pequenos fragmentos florestais, isolados e permanentemente perturbados
pelas atividades humanas. Esse modelo mostra-se hoje insustentável, com consequências
ambientais graves e irreversíveis, como o aquecimento global, o esgotamento das fontes de água, a
perda dos solos pela erosão e a extinção precoce de espécies vegetais e animais.
No entanto, a fim de garantir as condições ambientais para a prosperidade, estabilidade e
equidade, são necessárias respostas oportunas que sejam proporcionais à dimensão dos desafios
ambientais. Na criação de tais respostas, os governos, a comunidade internacional, o setor privado,
a sociedade civil e o público em geral têm um papel importante a desempenhar. Como o Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) trabalha para articular, facilitar e apoiar
respostas apropriadas.
Ecossistemas promovem o bem-estar humano através do fornecimento dos mais variados
serviços. A gestão ecossistêmica é uma abordagem para o gerenciamento de recursos naturais
enfocada na capacidade dos ecossistemas de suprir as demandas ecológicas e futuras necessidades
humanas.
A gestão ecossistêmica se adapta a necessidades emergentes, a novas informações e
promovem o bem-estar humano através dos serviços oferecidos. Fomenta uma visão compartilhada
de um futuro desejável da integração de perspectivas sociais, ambientais e econômicas ao manejo
de sistemas ecológicos naturais definidos geograficamente.
Selecionada como uma das seis áreas prioritárias da estratégia do PNUMA para o período
2010-2013, a gestão ecossistêmica requer o desenvolvimento de metodologias, mecanismos e
instrumentos que o PNUMA vem aperfeiçoando e colocando à disposição dos países a
sua experiência em:
• Maior integração de abordagens ecológicas nos processos de planejamento e
desenvolvimento;
• Reforço de capacidades e apoio tecnológico para o uso de ferramentas de manejo do
ecossistema (conservação, proteção, restauração, gestão sustentável, legislação,
certificação);
• Realinhamento dos programas ambientais e financiamento de medidas de proteção contra a
degradação de serviços prioritários do ecossistema;
• Avaliação e monitoria (ex. Indicadores, pesquisa etc);
• Avaliação de riscos;
• Definição de metodologias para os pagamentos por serviços ecossistêmicos, mecanismos
de incentivos e financiamento;
• Governabilidade entre gestores públicos, privados e atores sociais relevantes.

Tendo em vista que os serviços ecossistêmicos são interligados e não podem ser considerados
• de incentivos e financiamento;
• Governabilidade entre gestores públicos, privados e atores sociais relevantes.
Tendo em vista que os serviços ecossistêmicos são interligados e não podem ser considerados
isoladamente, o PNUMA promove uma perspectiva holística para lidar com aspectos como
regulamentação, abastecimento, apoio e hábitos culturais, visando reverter o declínio de recursos através
de uma maior resiliência e melhor funcionamento dos ecossistemas.
Para que a restauração de ecossistemas venha a ser realmente efetivada por proprietários rurais,
empresas e órgãos governamentais é premente o desenvolvimento de alternativas que a viabilizem
economicamente. O fator econômico é hoje uma mola que incentiva ou freia as ações em qualquer esfera,
e deve ser considerado para que a restauração do que já foi degradado e a interrupção e transformação de
atividades degradantes realmente ocorram. Neste panorama, os sistemas agroflorestais podem cumprir um
papel inovador, conciliando restauração, conservação e produção.

Figura 14: Manejo sustentável.

O consumo consciente no seu dia a dia pode ser uma contribuição voluntária, cotidiana e
solidária de quem quer garantir a sustentabilidade do planeta, ou seja, o equilíbrio entre a
natureza e nossas ações.
Atitudes como diminuir o tempo do banho, fechar a torneira enquanto escova os dentes, evitar deixar
lâmpadas acesas em ambientes desocupados e jamais desperdiçar alimentos, são atitudes simples, que
fazem grande diferença para o meio ambiente.
Consumir é necessário, mas para evitar os impactos negativos para a sociedade e meio ambiente
no futuro, as pessoas precisam se conscientizar agora. Hoje em dia, a humanidade consome 25% a 30%
a mais de recursos naturais do que a Terra consegue sustentar. E mais: se continuar nesse ritmo, em
menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de alimentos,
energia e água.
consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia. Diminuir o tempo de banho ou fechar a
a mais de recursos naturais do que a Terra consegue sustentar. E mais: se continuar nesse ritmo, em
menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de
alimentos, energia e água.
Existem várias formas de se ajudar o meio ambiente. Uma delas, por exemplo, é encontrar
formas de diminuir o uso de carros que é uma maneira eficiente de ajudar a reduzir a poluição
atmosférica. Algumas alternativas são: usar mais os serviços de transporte público, fazer trajetos a pé
ou de bicicleta e participar de sistemas de rodízio de caronas.
Um outro problema que afeta o meio ambiente é o uso excessivo de plástico gerando grandes
problemas que precisam ser controlados para diminuir os impactos no meio ambiente, pois este
material tem um processo de decomposição muito lento. Quando o plástico que chega até os oceanos,
mares ou rios é responsável pela mortalidade de milhares de animais marinhos, o que aumenta o
desequilíbrio desse ecossistema. Para diminuir o uso do plástico pode-se evitar comprar produtos que
sejam vendidos em embalagens e sacolas desse material e não utilizar canudos, talheres e pratos feitos
de plástico. Também é possível adotar o hábito de usar sacolas feitas de tecido ou de outros materiais
recicláveis de longa duração, que podem ser reutilizadas inúmeras vezes.
Outro fator muito importante sobre ajudar a economizar recursos naturais e a gerar empregos
é a reciclagem. Portanto para ser um participante ativo desta empreitada, é preciso saber como separar
corretamente o lixo seco do lixo úmido. Isso facilita o trabalho dos catadores de lixo reciclável, que
conseguem recolher maior quantidade de material reaproveitado e aumentar a renda com a venda dos
resíduos. E para que isso funcione de maneira adequada não jogue lixo nas ruas, procure depositar o
lixo nos lugares que realizam o descarte no local correto para evitar maiores danos ao meio ambiente.
Para que uma sociedade sustentável exista de verdade, é necessária a ação de todos, tanto do
governo na elaboração de leis rígidas para o meio ambiente e com uma fiscalização correta, quanto
das instituições para conservarem os recursos naturais. Além disso, todos nós, cidadãos, devemos
economizar água, diminuir o consumo exagerado, produzir menos lixo e reciclar.
A ideia básica do consumo consciente é transformar o ato de consumo em uma prática
permanente de cidadania. O objetivo de consumo, quando consciente, extrapola o atendimento de
necessidades individuais. Leva em conta também seus reflexos na sociedade, economia e meio
ambiente.
Comece praticando o consumo consciente na sua rotina. Ele é uma contribuição solidária que
serva para garantir a sustentabilidade do planeta e o equilíbrio entre a natureza e nossas ações.
1. O que são os chamados recursos naturais?
a) São as principais medidas de preservação e consumo consciente de água potável.
b) São produtos utilizados na fabricação de produtos saudáveis.
c) É tudo que não envolve a natureza, como tecnologia e seus recursos.
d) São todos os alimentos feitos em laboratórios, ou seja, alimentos transgênicos.
e) São elementos providos pela natureza como florestas, água, minerais, vida selvagem, solo entre
outros.

2. Sobre os princípios da Biologia da conservação, marque as alternativas com V para as


verdadeiras e F para as falsas.
( ) As pessoas vivem dentro de limitações idênticas aos demais seres vivos e, portanto, não devem
prejudicar o meio ambiente e outras espécies.
( ) O respeito pela diversidade biológica deve ser feito na mesma escala que o respeito pela
diversidade humana.
( ) A natureza deve ser respeitada somente por conta do seu valor econômico.
( ) Todos os esforços para manutenção da diversidade biológica são válidos.
De acordo coma alternativas acima, marque a que corresponde a sequência correta.
a) V, F, V, F.
b) V, V, F, V.
c) F, F, V, V.
d) V, V, F, F.
e) F, V, F, V.

3. O primeiro Código Florestal do Brasil surgiu em meio à forte expansão cafeeira que ocorria
à época, principalmente na região Sudeste. As florestas sofriam com o avanço das plantações,
sendo empurradas para cada vez mais longe das cidades, o que dificultava e encarecia o
transporte de lenha e carvão – insumos energéticos de grande importância nessa época. De
acordo com informações, marque a alternativa que corresponde ao ano em que surgiu o
primeiro código florestal no Brasil.
a) 1934.
b) 1946.
c) 1938.
d)1965.
e) 1940.
c) 1938.
d)1965.
e) 1940.

4. Sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC - LEI 9.985/2000), marque a


alternativa INCORRETA.
a) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) é o conjunto de unidades de
conservação (UC) federais, estaduais e municipais.
b) O SNUC é composto por 12 categorias de UC's, cujos objetivos específicos se diferenciam quanto
à forma de proteção e usos permitidos
c) SNUC oferece aos tomadores de decisão possibilita que as UC's, além de conservar os
ecossistemas e a biodiversidade, gerem renda, emprego, desenvolvimento e propiciem uma efetiva
melhora na qualidade de vida das populações locais e do Brasil como um todo.
d) O SNUC promove a utilização dos recursos naturais de forma ampla para toda a população onde
todos possam usufruir de todos os recursos da natureza, uma vez que esses recursos são inesgotáveis.
e) O SNUC promove o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais.

5. Até 2020, será criada em um país a primeira “cidade floresta” do mundo. Numa região
montanhosa e uma área de 175 hectares se transformará em um projeto do arquiteto italiano
Stefano Boeri, que planejou uma cidade verde com casas, escritórios, escolas e hospitais
cobertos por mais de 100 espécies vegetais. Além de mais de 40 mil árvores e mais de 1 milhão
de plantas distribuídas pelos parques, jardins, ruas e fachadas, a cidade será autossuficiente
em energia, utilizando energia geotérmica para o funcionamento de ares-condicionados
interiores e painéis solares nos telhados dos edifícios para a geração de eletricidade.
A qual país o texto se refere?
a) Noruega.
b) Brasil.
c) China.
d) África.
e) Estados Unidos.
Vídeos
• Resumo da exploração dos recursos naturais no planeta terra pelo homem ao
longo se séculos.
https://www.youtube.com/watch?v=FR6WtHLrLFw

• A Sabedoria Popular e o Uso Sustentável dos Recursos Naturais.


https://www.youtube.com/watch?v=RqZ5wvF2ZmI

• Terra: Existe um Futuro? (Dublado) - Documentário Discovery Channel.


https://www.youtube.com/watch?v=ZeD7eBWwYSw

• Rio+20 Desafios da Sustentabilidade.


https://www.youtube.com/watch?v=dX-tu2ODL5g

Esse item se trata de uma metodologia disponibilizada em nossa plataforma, a qual você
poderá acessar e aprender sobre conceitos importantes referentes aos conteúdos abordados
nesta apostila.
Acesse nossa plataforma e veja a PÍLULA DO CONHECIMENTO sobre
PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS!

QUESTÃO ALTERNATIVA
1 E
2 B
3 A
4 D
5 C
• Ecologia, evolução e diversidade [recurso eletrônico] / Patrícia Michele da Luz. – Ponta
Grossa (PR): Atena Editora, 2018.

• Mendonça, Vivian L. Biologia: ecologia: origem da vida e biologia celular embriologia


e histologia: volume 1: ensino médio / Vivian L. Mendonça. -- 3. ed. -- São Paulo: Editora
AJS, 2016. - (Coleção biologia)

• Amador, D. B. Restauração de Ecossistemas com Sistemas Agroflorestais. M.Sc. em


Ciências Florestais, Professora da FAFRAM - Ituverava, SP, Coordenadora executiva da
ONG Mutirão Agroflorestal.

• Ana Flávia Oliveira PECCATIELLO*Políticas públicas ambientais no Brasil: da


administração dos recursos naturais (1930) à criação do Sistema Nacional de Unidades
de Conservação (2000).

• http://meioambiente.culturamix.com/recursos-naturais/preservacao-dos-recursos-
naturais

• https://www.blogs.unicamp.br/muitoalemdoverde/2018/05/02/criseambiental/

• https://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/manejo-sustentavel-e-seus-
beneficios-para-os-recursos-naturais/

• https://www.fragmaq.com.br/blog/conheca-principios-biologia-conservacao/

• https://aprender.ead.unb.br/pluginfile.php/28053/mod_resource/content/1/Drummond_e
tal_2010_UC_legislacao_historico.pdf

• https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf_chm_rbbio/_arquivos/Conservacao%20in%20si
tu.pdf

• http://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/biodiversidade/bio02.htm

• https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/858723/1/Preservacao.da.biodive
rsidade.pdf

• https://nathymendes.jusbrasil.com.br/noticias/321528492/politica-nacional-do-meio-
ambiente-pnma-lei-n-6938-81

• https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28574-o-que-e-o-codigo-florestal/

• https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal

• https://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao/sistema-nacional-
de-ucs-snuc.html

• https://www.wwf.org.br/wwf_brasil/?40382/sistema-nacional-de-unidades-de-
conservacao-snuc-completa-14-anos-de-avancos-e-desafios
• https://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao/sistema-nacional-
de-ucs-snuc.html

• https://www.wwf.org.br/wwf_brasil/?40382/sistema-nacional-de-unidades-de-
conservacao-snuc-completa-14-anos-de-avancos-e-desafios

• https://blog.waycarbon.com/2017/11/projetos-ambientais-que-vao-te-inspirar/

• https://www.ambientaltecnol.com.br/valor-economico-para-o-meio-ambiente-
valoracao-ambiental/

• http://web.unep.org/regions/brazil/other/manejo-de-ecossistemas
(61) 3083 9800

Módulo I, Lotes 20/24, Residencial Santa Maria, Santa


Maria – DF
http://www.colegiopolivalente.com.br/

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