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O Colégio Integrado Polivalente (CIP) traduz-se pela participação efetiva de profissionais no

processo de promoção pessoal e de restituição da cidadania daquelas pessoas que em nosso próprio
território ou em outros não tiveram oportunidade de frequentar escola na idade apropriada. Instituir e
manter o Colégio exigem determinação e persistência da direção e professores envolvidos na “Qualidade
na arte de ensinar”.
Nascido originalmente em 15 de agosto de 1991 com o intuito de atender a comunidade num
contexto geral da educação, foi rapidamente ampliado e tem sido buscado por pessoas de várias
comunidades. Mantido pela Associação Educacional São Lázaro, o Polivalente no ano de 2001, obteve
junto a Secretaria de Educação e Conselho de Educação do Distrito Federal credenciamento e
autorização (Portaria nº 112 de 23 de março de 2001) para funcionamento dos Cursos
Técnicos em: Telecomunicações, Eletroeletrônica, Secretaria Escolar e Transações Imobiliárias.
Também, obteve credenciamento junto ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA)
e do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), órgãos que fiscalizam o exercício das
profissões de Técnico em Transações Imobiliárias, Técnico em Telecomunicações e Técnico em
Eletroeletrônica.
Esses credenciamentos auxiliam os nossos alunos na conquista do emprego e dos caminhos para o
registro profissional. Firmou convênios com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), Instituto
Brasil Global (IEG), Instituto Evaldo Lodi (IEL), e trocou experiências com outras instituições de
ensino e empresas como: FURNAS, CEB, CELG, CEMIG, Brasil Telecom, NET, TELEPAR,
TELEMAR, TELEMONT-TO que deram aos alunos a chance de conhecer novas realidades,
proporcionando uma formação que alia teoria à prática.
Em fevereiro de 2002, o Polivalente obteve junto à Secretaria de Estado da
Educação e Conselho de Educação do Distrito Federal aprovação para funcionamento da Educação de
Jovens e Adultos (EJA) de ensino médio na modalidade à distância (Parecer 302/2001 e portaria 75 de
8 de fevereiro de 2002) com o objetivo de atender aqueles que buscam conhecimento acadêmico e não
tiveram acesso à educação na época certa e têm pouca disponibilidade de tempo.
O êxito da Educação de Jovens e Adultos é positiva, pois muitos alunos já ingressaram em cursos
de nível técnico, tecnólogo superior, licenciaturas ou mesmo no mercado de trabalho. Em dezembro de
2003, foi implantado a Sede II do Colégio Integrado Polivalente no Distrito Federal, localizado na Av.
Santa Maria, CL 418 – lotes B e C, Santa Maria-DF, oferecendo Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Curso Normal Nível Médio (Ordem de Serviço nº 98 de 15 de dezembro
de 2003).
Santa Maria, CL 418 – lotes B e C, Santa Maria-DF, oferecendo Educação Infantil, Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Curso Normal Nível Médio (Ordem de Serviço nº 98 de 15 de dezembro
de 2003).
Para firmar-se no competitivo mercado de educação básica e profissional, a instituição apostou,
desde a sua criação em uma filosofia de interação com o mercado. Para o futuro, a instituição investirá na
criação de novas unidades, não só no Distrito Federal, mas também em diversas partes do Brasil.

A educação pode contribuir para transformar relações sociais, econômicas, culturais e políticas,
de forma tal que assegure a todos, um ensino de qualidade, comprometido com a formação de cidadãos
conscientes de seu papel na sociedade.
Nessa perspectiva, coloca-se a serviço da preparação de indivíduos para uma inserção crítica e
criativa no mundo, fornecendo-lhes por meio da aquisição de conteúdos da socialização, o instrumental
necessário à participação organizada e ativa na democratização social.
Assim, o Colégio Integrado Polivalente tem por missão, como instituição educacional, a
formação de indivíduos cientes de sua responsabilidade social, baseada na aprendizagem cidadã, capazes
de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

• Favorecer o desenvolvimento de todas as capacidades, respeitando a diversidade e as


possibilidades dos diferentes alunos;

• Incentivar o processo contínuo de construção do conhecimento, que favoreça o


Ao nortear suas ações educativas com base em teorias que se complementam, teoria crítico-social dos
prosseguimento de estudos;
conteúdos, teoria das aprendizagens significativas, e teoria da construção de competências, o Colégio
• Polivalente
Integrado Criar condições
elege ospara que o aluno
seguintes desenvolva
objetivos habilidades e competências, para enfrentar os
institucionais:
desafios do mercado
• Oferecer profissional;
aos alunos uma educação de qualidade, voltada para as questões sociais, com vistas a
uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade;
• Favorecer a gestão participativa, numa construção coletiva das decisões/ações, por parte dos
diferentes segmentos da escola;
• Valorizar o profissional de educação através de condições favoráveis para o aperfeiçoamento
profissional, tratamento digno, ambiente respeitoso, recursos disponíveis para o exercício de sua
função;
• Favorecer o desenvolvimento de todas as capacidades, respeitando a diversidade e as
possibilidades dos diferentes alunos;
• Contribuir para a realização de atividades com objetivos explicitamente educativos, criando
um ambiente propício para a elaboração do saber e a boa convivência;

• Avaliar de forma global e interativa as ações desempenhadas ao longo do ano letivo ou


período letivo;

• Valorizar os aspectos de desenvolvimento do discente na área motora,

cognitiva e afetiva;

• Divulgar e respeitar os direitos e deveres do cidadão dentro de uma visão crítica e


responsável da realidade social;

• Proporcionar aos alunos meios para construir novos conhecimentos, competências e


habilidades o que o fará mais funcional, mais complexo e mais capaz de resolver problemas;

• Favorecer o desenvolvimento de todas as capacidades, respeitando a diversidade e as


possibilidades dos diferentes alunos;

• Incentivar o processo contínuo de construção do conhecimento, que favoreça o


prosseguimento de estudos;

• Criar condições para que o aluno desenvolva habilidades e competências, para enfrentar os
desafios do mercado profissional;

• Planejar e avaliar a situação da prática educativa para direcionar as decisões e ações, que
priorizam a qualidade da educação oferecida.

Todos os cursos oferecidos via educação a distância pelo CIP são desenvolvidos por uma equipe
multidisciplinar e têm uma proposta pedagógica única, que combina momentos de interatividade online
com a utilização de várias mídias. O CIP mantém uma completa infraestrutura de produção (própria e ou
em parceria) especialmente voltada para o desenvolvimento de material de ensino permitindo que use da
mais avançada tecnologia para utilizar o canal de comunicação e a linguagem mais adequados ao assunto
proposto, o que confere uma dinâmica toda especial ao curso.
Um dos grandes diferenciais do CIP é a variedade de meios de aprendizagem oferecidos: CD-
ROM, acesso a nossa PLATAFORMA ONLINE para tutoria, manual de orientação do aluno, caderno de
atividades, exercícios disponibilizados e avaliados via online, chat e fóruns.
Vejamos algumas informações importantes que nortearão seus estudos tanto em relação ao curso
TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE, ao profissional da área e ao material didático do componente
curricular GESTÃO AMBIENTAL.

Sobre o curso
O eixo tecnológico de AMBIENTE E SAÚDE compreende tecnologias associadas a melhoria da
qualidade de vida, preservação e utilização da natureza, desenvolvimento e inovação do aparato
tecnológico de suporte e atenção à saúde. Abrange ações de proteção e preservação dos seres vivos e dos
recursos ambientais, da segurança de pessoas e comunidades, do controle e avaliação de risco, programas
de educação ambiental. Tais ações vinculam–se ao suporte de sistemas, processos e métodos utilizados na
análise, diagnóstico e gestão, provendo apoio aos profissionais da saúde nas intervenções e no processo
saúde – doença de indivíduos, bem como propondo e gerenciando soluções tecnológicas mitigadoras e de
avaliação e controle da segurança e dos recursos naturais. Pesquisa e inovação tecnológica, constante
atualização e capacitação, fundamentadas nas ciências da vida, nas tecnologias físicas e nos processos
gerenciais, são características comuns deste eixo.
A organização curricular dos cursos contempla conhecimentos relacionados a: biossegurança,
leitura e produção de textos técnicos; raciocínio lógico; ciência, tecnologia e inovação; investigação
tecnológica; empreendedorismo; prospecção mercadológica e marketing; tecnologias de comunicação e
informação; desenvolvimento interpessoal; legislação e políticas públicas; normas técnicas; saúde e
segurança no trabalho; gestão da qualidade; responsabilidade e sustentabilidade social e ambiental;
qualidade de vida; e ética profissional.

Estruturação do curso

O Curso Técnico de MEIO AMBIENTE possui uma carga horária total de 950 horas e está
disponível na modalidade de Educação Profissional à Distância. Ele foi estruturado em 2 módulos
contendo 3 componentes curriculares cada (total de 6 componentes curriculares).
MÓDULO I
• Preservação dos Recursos Naturais
• Noções de Ecologia
• Noções de Ecossistema

MÓDULO III
• Análise de Circuitos
• Fibras Ópticas
MÓDULO II
• Impacto Ambiental
• Gestão Ambiental
• Legislação Ambiental

Perfil profissional de conclusão


• Coleta, armazena e interpreta informações, dados e documentações ambientais.
• Elabora relatórios e estudos ambientais.
• Propõe medidas para a minimização dos impactos e recuperação de ambientes já degradados.
• Executa sistemas de gestão ambiental.
• Organiza programas de Educação Ambiental com base no monitoramento, correção e prevenção
das atividades antrópicas, conservação dos recursos naturais através de análises prevencionista.
• Organiza redução, reúso e reciclagem de resíduos e/ou recursos utilizados em processos.
• Identifica os padrões de produção e consumo de energia.
• Realiza levantamentos ambientais.
• Opera sistemas de tratamento de poluentes e resíduos sólidos.
• Relaciona os sistemas econômicos e suas interações com o meio ambiente.
• Realiza e coordena o sistema de coleta seletiva.
• Executa planos de ação e manejo de recursos naturais.
• Elabora relatórios periódicos das atividades e modificações dos aspectos e impactos ambientais de
um processo, indicando as consequências de modificações.

Campo de atuação
• Instituições de assistência técnica, pesquisa e extensão rural.
• Estações de tratamento de resíduos.
• Profissional autônomo.
• Empreendimento próprio.
• Empresas de licenciamento ambiental.
• Unidades de conservação ambiental.
• Cooperativas e associações.

Possibilidades de formação continuada em cursos de especialização técnica no itinerário formativo


• Operador de Aterro Sanitário de Resíduos Sólidos Urbanos.
• Agente de Gestão de Resíduos Sólidos.
• Agente de Limpeza Urbana.
• Agente de Desenvolvimento Socioambiental.
• Curso superior de tecnologia em gestão de telecomunicações.
• Curso superior de tecnologia em redes de telecomunicações.
• Curso superior de tecnologia em sistemas de telecomunicações.
Possibilidades de formação continuada em cursos de especialização técnica no itinerário formativo
• Especialização técnica em controle ambiental.
• Especialização técnica em reciclagem.
• Especialização técnica em tratamento de efluentes.
• Especialização técnica em educação ambiental.
• Especialização técnica em gestão de resíduos sólidos.

Possibilidades de verticalização para cursos de graduação no itinerário formativo


• Curso superior de tecnologia em meio ambiente.
• Curso superior de tecnologia em gestão ambiental.
• Curso superior de tecnologia em saneamento ambiental.
• Bacharelado em engenharia sanitária.
• Bacharelado em engenharia ambiental.
• Bacharelado em engenharia ambiental e sanitária.
• Licenciatura em biologia.
O componente curricular GESTÃO AMBIENTAL foi elaborado com alguns itens que precisam
ser destacados para melhor compreensão de leitura e contextualização dos conteúdos abordados.

Momento de atiçar a curiosidade do estudante, propondo conceitos, fatos e situações


curiosas referente aos assuntos que estão sendo estudados.

Momento de fazer o estudante refletir sobre algum tema específico que deve ser
destacado, lembrado ou anotado como uma observação importante.

Momento de mostrar algumas aplicações dos conceitos estudados no material, em que o


estudante ao se tornar um profissional da área, perceberá que vários pontos abordados
nesse item serão úteis durante suas atividades como Técnico em Telecomunicações.

Momento destinado ao estudante para que ele possa pensar e tentar responder alguns exercícios
propostos visando verificar parte de sua abstração após a leitura completa do material.
Momento de apresentar sugestões de estudos complementares, com intuito de
propor um aprendizado contínuo e direcionado aos estudantes do curso.

São pequenos componentes educacionais (textos, vídeos, áudios, animações) que


disponibilizamos com intuito de agregar conteúdo, contextualizar o aprendizado e fortalecer a
retenção do conhecimento de forma objetiva e orgânica, melhorando o desempenho de nossos
estudantes e profissionais. Um recurso educacional utilizado para suportar um processo de
aprendizagem rápido, porém constante.
A pílula do conhecimento poderá ser aplicada como complementação teórica e prática
dos nossos cursos, como ferramenta de memorização e revisão de conteúdo sobre os aspectos
mais importantes do curso e/ou como reforço das ações de aprendizagem presenciais.

Se trata das respostas dos exercícios propostos do item “PENSE E RESPONDA”.

Contém as principais referências utilizadas como fonte de pesquisa para elaboração do


material.
• Relação homem - natureza_____________________________________________________

• Crise ambiental e a evolução da tomada de consciência______________________________

• Formação do conceito de desenvolvimento sustentável_______________________________

• Movimentos em prol do desenvolvimento sustentável__________________________________

• Movimentações das empresas em relação ao desenvolvimento sustentável______________

• Economia Circular___________________________________________________________

• Capital Natural______________________________________________________________

• O estilo de vida sustentável e o brasileiro_____________________________________________

• Qual o papel do CEBDS para o desenvolvimento sustentável?_______________________

• Clima e energia_______________________________________________________________

• Comunicação e educação___________________________________________________________

• Finanças sustentáveis_________________________________________________________

• Água_______________________________________________________________________

• Biodiversidade e Biotecnologia_________________________________________________

• Logística e transporte_________________________________________________________

• Impacto social_______________________________________________________________

• Recursos naturais renováveis __________________________________________________

• Recursos naturais não renováveis ______________________________________________

• Licenciamento ambiental_____________________________________________________
• Estudo de Impacto Ambiental __________________________________________________

• Geoprocessamento___________________________________________________________

• Educação Ambiental__________________________________________________________

• Planejamento Ambiental______________________________________________________

• Auditoria Ambiental__________________________________________________________
Gestão Ambiental é composta de graduados capacitados a avaliar impactos ambientais decorrentes
das atividades humanas e planejar, desenvolver e gerenciar atividades de proteção e controle ambiental. O
profissional formado tem conhecimento de técnicas de coleta, análise, tratamento e gerenciamento de
recursos e resíduos e de legislação e normas ambientais. Está preparado para promover a educação
ambiental e desenvolver projetos que visem a reduzir os impactos ambientais, de modo a contribuir para o
desenvolvimento sustentável: eficiência socioeconômica associada à sustentabilidade ambiental.
A Gestão Ambiental é o campo de estudo da administração do exercício de atividades econômicas
e sociais de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais, incluindo fontes de energia,
renováveis ou não. Faz parte do arcabouço de conhecimentos associados à gestão ambiental as técnicas
para a recuperação de áreas degradadas, técnicas de reflorestamento, métodos para a exploração
sustentável de recursos naturais, e o estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de novos
empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas.
A prática da gestão ambiental introduz a variável ambiental no planejamento empresarial, e quando
bem aplicada, permite a redução de custos diretos pela diminuição do desperdício de matérias-primas e de
recursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como água e energia e de custos indiretos
representados por sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de
funcionários e da população de comunidades que tenham proximidade geográfica com as unidades de
produção da empresa. Um exemplo prático de políticas para a inserção da gestão ambiental em empresas
tem sido a criação de leis que obrigam a prática da responsabilidade pós-consumo.
Pode-se então concluir que a Gestão Ambiental é consequência natural da evolução do pensamento
da humanidade em relação à utilização dos recursos naturais de um modo mais sábio e responsável, onde
se deve retirar apenas o que pode ser reposto ou caso isto não seja possível, deve-se, no mínimo, recuperar
a degradação ambiental causada.

A humanidade, procurando superar suas limitações evoluiu continuamente rumo a um


desenvolvimento econômico baseado na acumulação de riqueza, passando a utilizar os recursos naturais
não mais para suprir suas necessidades básicas. No entanto, na busca por um crescimento econômico
infinito o homem esgota ao mesmo tempo suas próprias fontes de riqueza e sustentação. A natureza passa
a ser um objeto que deve ser possuído e dominado e essa visão se fortalece após a Revolução Industrial
com a instituição do capitalismo.
a ser um objeto que deve ser possuído e dominado e essa visão se fortalece após a Revolução Industrial
com a instituição do capitalismo.
De acordo com o geógrafo Milton Santos em “Técnica, espaço e tempo. Globalização e meio
técnico-científico informacional” a história do homem sobre a Terra é a história de uma ruptura
progressiva entre o homem e o entorno. Esse processo se acelera quando, praticamente ao mesmo tempo,
o homem se descobre como indivíduo e inicia a mecanização do planeta, armando-se de novos
instrumentos para tentar dominá-lo. Ainda segundo o autor, natureza artificializada marca uma grande
mudança na história humana da natureza.
Atualmente o mundo se defronta com limitações de recursos e sofre com a degradação ambiental
e os problemas ambientais se agravam e tornam-se mais nítidos. A crise ambiental global passa a
impulsionar a humanidade despertando gradativamente a conscientização dos seres humanos sobre os
problemas ambientais. A humanidade chega enfim, a um estágio de permanente busca por alternativas
sustentáveis para minimizar os impactos causados por suas ações.

Relação homem – natureza

A história da humanidade pode ser vista através das diferentes formas pelas quais as sociedades
produziram sua riqueza e como a distribui ao longo do tempo. A evolução do modo de produção utilizado
pelo homem retrata sua relação com a natureza. Para superar suas limitações, o homem passou a modificar
consideravelmente o ambiente natural.
Durante um longo período de tempo as organizações sociais humanas viveram unicamente da caça
de animais e colheita de gêneros alimentícios. Na maioria das tribos, os homens caçavam e colhiam frutos
enquanto as mulheres exerciam atividades relacionadas ao lar e aos filhos. Tais atividades possibilitaram
a sobrevivência do homem até mesmo nas condições climáticas mais adversas, sendo, portanto, o meio
de vida mais maleável e próspero quanto à utilização dos recursos naturais já adotado pelos seres humanos
e o que menos males ocasionou aos ecossistemas naturais.
No livro “Uma história verde do mundo” Clive Poting afirma que esses grupos viviam em estreita
harmonia com o meio ambiente, provocando danos mínimos aos ecossistemas naturais. A colheita de
alimentos exigia um conhecimento muito detalhado e uma compreensão considerável dos locais onde
esses alimentos poderiam ser encontrados, nas diferentes épocas do ano, para que o ciclo anual das
atividades de subsistência fosse organizado adequadamente, da mesma forma, a criação e caça de animais
exigia um estudo apurado de seus hábitos e movimentos.
Após alguns milhares de anos, a humanidade passa pela primeira grande transição, com
surgimento e evolução gradual da agricultura (Figura 1) e a possibilidade de sustentar populações maiores,
surgindo assim, as primeiras cidades. Com a oferta de maiores quantidades de alimentos, tornou-se
possível a evolução de sociedades estabelecidas e de elites religiosas, políticas e militares. O homem
nômade torna-se sedentário, passando a modificar os ecossistemas naturais com a derrubada de florestas
objetivando produzir grãos e pasto para os animais.
possível a evolução de sociedades estabelecidas e de elites religiosas, políticas e militares. O homem
nômade torna-se sedentário, passando a modificar os ecossistemas naturais com a derrubada de florestas
objetivando produzir grãos e pasto para os animais.
Segundo Ponting, durante aproximadamente dois milhões de anos os seres humanos viveram da
colheita, do pastoreio e da caça, passando após alguns milhares de anos a um modo de vida radicalmente
diferente, baseado em importante alteração de ecossistemas naturais, objetivando a produção de grãos e
de pasto para os animais.
Dias (2008) relata que com o homem produzindo os alimentos de que necessitava, houve um
excedente de alimentos, o que permitiu que se aumentasse a complexidade de funções que existiam.
Puderam surgir ofícios não diretamente ligados à produção de alimentos, aumentando a divisão do
trabalho. Com o aumento da complexidade das sociedades, cresceu a necessidade de cooperação
continuada de numerosas pessoas para um fim específico, de manutenção da qualidade de vida. Poting
(1995) acrescenta ainda que a adoção da agricultura, acompanhado de suas duas maiores consequências –
as comunidades assentadas e uma população continuamente crescente – submeteram o meio ambiente a
uma tensão constante.

Figura 1: Evolução da Agricultura.

A segunda grande transição na história humana ocorreu com a exploração dos estoques de
combustíveis fósseis, dando início a uma era de energia abundante, necessária para iluminação, calor e
força. Segundo Ponting (1995), a segunda grande transição na história humana, comparável em
importância à adoção da agricultura e ao surgimento das sociedades estabelecidas, envolveu a exploração
dos vastos (mas limitados) estoques de combustíveis fósseis, tornando possível uma era de energia
abundante. Desde então, tais suprimentos de energia estão sendo utilizados como se fossem inexauríveis.

O homem vem consumindo os recursos naturais como se não fosse parte do meio em que vive, sem
maiores preocupações com a conservação destes recursos. Tais ações resultam da separação homem-
abundante. Desde então, tais suprimentos de energia estão sendo utilizados como se fossem inexauríveis.
O homem vem consumindo os recursos naturais como se não fosse parte do meio em que vive,
sem maiores preocupações com a conservação destes recursos. Tais ações resultam da separação homem-
natureza, uma característica marcante do pensamento que domina o mundo ocidental e coloca o homem
como o centro do mundo, devendo este dominar a natureza. Mantovani (2007) coloca que ao longo do
tempo, a ideia que o homem faz da natureza foi alterada, passando de uma visão mágica, por uma visão
mecanicista até o olhar utilitarista, como fonte de recursos.
A natureza passa a ser um objeto que deve ser possuído e dominado. Visão essa que se fortalece
após a Revolução Industrial com a instituição do capitalismo, pois os recursos naturais – que antes eram
utilizados para satisfazer as necessidades humanas mais básicas passam a ser utilizados para acumular
riqueza, alimentando um consumismo crescente. Gonçalves (2000) argumenta que a ideia de uma natureza
objetiva e exterior ao homem, que pressupõe uma ideia de homem não-natural e fora da natureza,
cristaliza-se com a civilização industrial inaugurada pelo capitalismo.
Para Hawken et al. (1999), a Revolução Industrial deu origem ao capitalismo moderno,
expandindo extraordinariamente as possibilidades de desenvolvimento material da humanidade. A partir
de meados do século XVIII destruiu-se mais a natureza que em toda a história anterior.
Este conflito entre a lógica capitalista e a perspectiva ambiental é histórico. Hoje o mundo se
defronta com limitações de recursos e sofre com a degradação ambiental. O cenário atual reflete
nitidamente os efeitos das ações humanas que não respeitaram pressupostos básicos para que a dinâmica
natural fosse mantida. Segundo Merico (1996), para conservar esta dinâmica seria necessário não retirar
dos ecossistemas mais do que sua capacidade de regeneração e não lançar aos ecossistemas mais do que a
sua capacidade de absorção. Entretanto, o homem busca um crescimento econômico infinito e todas as
suas ações estão direcionadas para a acumulação de capital, esgotando ao mesmo tempo suas próprias
fontes de riqueza e sustentação, comprometendo ainda a qualidade de vida das recentes e futuras gerações.

Crise ambiental e a evolução da tomada de consciência

A crise ambiental global tem despertado gradativamente as recentes gerações em direção a valores
ecológicos. A percepção do homem em relação à natureza e aos problemas ambientais sofreu grandes
transformações ao longo do século XX. Conforme Dias (2008), na segunda metade do século XX, com a
intensificação do crescimento econômico mundial, os problemas ambientais se agravaram e começaram a
aparecer com maior visibilidade para amplos setores da população, particularmente dos países
desenvolvidos, os primeiros a serem afetados pelos impactos provocados pela Revolução Industrial.
Segundo Camargo (2003), os efeitos devastadores das duas grandes guerras mundiais foram
decisivos para que houvesse um impulso na conscientização dos seres humanos a respeito dos problemas
ambientais. No contexto pós-Segunda Guerra inicia-se uma mudança de valores no sentido de reagir e
apresentar alternativas aos problemas causados pela degradação ambiental. Tais mudanças foram
chamadas de revolução ambiental, como também foram denominadas de movimento ecológico, surgiram
ambientais. No contexto pós-Segunda Guerra inicia-se uma mudança de valores no sentido de reagir e
apresentar alternativas aos problemas causados pela degradação ambiental. Tais mudanças foram
chamadas de revolução ambiental, como também foram denominadas de movimento ecológico, surgiram
inicialmente nos países desenvolvidos e aos poucos alcançaram o resto do mundo ao longo do século XX.
A década de 50 foi marcada pela preocupação ecológica da comunidade científica. Já a década de
60, pela preocupação ecológica relacionada aos atores do sistema social, criticando não só um modo de
produção, mas o modo de vida. Os fatos mais marcantes nesta década foram a criação, em 1961, do World
Wildlife Fund (WWF) – primeira ONG ambiental mundial e, em 1962, a publicação do livro Silent Spring
(Primavera Silenciosa) por Rachel Carson denunciando os estragos causados pelo uso do DDT
(diclorodifeniltricloroetano é o primeiro pesticida moderno, tendo sido largamente usado durante e após a
Segunda Guerra Mundial para o combate aos mosquitos vetores de doenças como malária e dengue) e
outros agrotóxicos, contribuindo para a proibição desse produto e criação da Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos (EPA).
A década de 70 foi marcada pela criação de diversas organizações internacionais com o objetivo
de discutir problemas ambientais em âmbito mundial e também dos primeiros movimentos ambientalistas
organizados como o Greenpeace. Registrou-se o começo da preocupação ambiental pelo sistema político.
A década de 80 foi marcada pelo surgimento de leis regulamentando a atividade industrial em
grande parte dos países no que se refere à poluição e só então na década de 1990 ocorre um grande impulso
com relação à consciência ambiental na maioria dos países.
No Brasil, a Rio 92 chamou a atenção do mundo para a dimensão global dos perigos que ameaçam
a vida na Terra e para a necessidade de uma aliança entre todos os povos em prol de uma sociedade
sustentável. Como resultado houve a aprovação de vários documentos como a declaração do Rio de
Janeiro sobre o meio ambiente e o desenvolvimento; a convenção sobre mudanças climáticas; declaração
de princípios sobre florestas e a Agenda 21. Esta foi identificada como uma agenda de trabalho para o
século XXI, em que se procurou identificar os problemas prioritários, os recursos e os meios necessários
para enfrentá-los, bem como as metas a serem atingidas nas próximas décadas.
A década de 90 foi a década da Gestão Ambiental em que foram elaboradas uma série de normas e
suas ferramentas para as empresas voltadas ao meio ambiente – como as normas da ISO série 14.000. A
carta da Terra foi outro marco da década de 90, contemplando todas as dimensões do homem em sua
interação com a natureza e servindo como um código ético planetário – equivalente à declaração Universal
dos Direitos Humanos – buscando promover um diálogo mundial sobre os valores compartilhados, ética
global, de modo a servir como um tratado dos povos, na promoção de uma aliança global em respeito à
Terra e à vida.

Diante do exposto, percebe-se que houve uma revolução de valores nos últimos 50 anos. Em uma primeira
fase, foram percebidos os problemas ambientais localizados; em uma segunda fase, a degradação ambiental
foi percebida como um problema generalizado, restrito aos limites territoriais dos Estados nacionais e,
Diante do exposto, percebe-se que houve uma revolução de valores nos últimos 50 anos. Em uma
primeira fase, foram percebidos os problemas ambientais localizados; em uma segunda fase, a degradação
ambiental foi percebida como um problema generalizado, restrito aos limites territoriais dos Estados
nacionais e, em uma terceira fase a degradação ambiental foi percebida como um problema planetário que
atinge a todos.

Formação do conceito de desenvolvimento sustentável

Em 1973, a palavra ecodesenvolvimento foi utilizada por Maurice Strong (Figura 2) pela primeira
vez para definir uma proposta de desenvolvimento ecologicamente orientado. Para Sachs (1986, apud
CAMARGO 2003), é o desenvolvimento socialmente desejável, economicamente viável e
ecologicamente prudente. Dessa forma, a teoria do ecodesenvolvimento implica em melhoria não apenas
em termos quantitativos, mas prevê uma mudança qualitativa das estruturas produtivas, sociais e culturais
da sociedade.

Figura 2: Maurice Strong.

O termo ecodesenvolvimento foi substituído por desenvolvimento sustentável e ambos vêm sendo
utilizados como sinônimos. A definição mais elaborada do conceito de desenvolvimento sustentável foi
apresentada no relatório produzido na Comissão de Brundland (Nosso Futuro Comum); dentre elas: “O
desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer de as
gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”.
Contudo, não há um consenso quanto ao seu real significado. Muitos acreditam que a expressão
desenvolvimento sustentável parece ambígua unindo duas palavras que por definição são antagônicas.
Para alguns, o desenvolvimento sustentável é um conceito em evolução. Brügger (1984, apud
CAMARGO 2003) ressalta, contudo, que a expressão pode ser utilizada para ocultar, por meio de uma
“maquiagem verde”, as mesmas estruturas que vem causando a degradação da natureza. Herculano (1992,
apud CAMARGO 2003) ressalta que o significado de desenvolvimento que ainda predomina é o de
crescimento dos meios de produção, acumulação, inovação técnica e aumento da produtividade, ou seja,
o de expansão das forças produtivas e não a alteração das relações sociais de produção.
crescimento dos meios de produção, acumulação, inovação técnica e aumento da produtividade, ou seja,
o de expansão das forças produtivas e não a alteração das relações sociais de produção.
Embora seja um conceito amplamente utilizado, pouco se conhece como promover o
desenvolvimento sustentável e o grande desafio da atualidade tem sido a busca da sua viabilidade e
operacionalização. Dias (2008) coloca que somente com os avanços da adoção de Sistemas de Gestão por
parte das empresas teremos uma perspectiva de rumarmos para um desenvolvimento minimamente
sustentável.
O homem percorreu um longo caminho em direção ao desenvolvimento, perdendo a percepção
sagrada que tinha em relação à natureza, devendo esta ser respeitada. No cenário atual, marcado pela busca
constante de um desenvolvimento em harmonia com a natureza, o homem tenta encontrar meios para
materializar a sustentabilidade. A humanidade chega finalmente a um estágio de permanente busca por
alternativas sustentáveis para minimizar os impactos causados por suas ações.
Segundo Sachs (1986), a questão central é encontrar modalidades de crescimento que tornem
compatíveis o progresso social e o gerenciamento sadio dos recursos e do meio. Contudo, os atuais
padrões de produção e consumo são incompatíveis com os ideais de sustentabilidade e esta tem sido
tratada como uma utopia, sendo assim, torna-se necessário refletir sobre quais são as reais necessidades
básicas de consumo que deveriam ser adotadas pela humanidade sem comprometer a qualidade de vida
das atuais e futuras gerações.

O desenvolvimento sustentável é aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem


colocar em risco a capacidade de atender as gerações futuras. Por isso, conforme já citado neste artigo, a
definição está vinculada aos termos “legado” e “continuidade”.
Desenvolver-se de forma sustentável, seja em pequena esfera (no contexto de uma empresa, por exemplo),
ou em larga esfera (no contexto de um país), pressupõe possibilitar às pessoas, agora e futuramente, atingir
um nível satisfatório de desenvolvimento socioeconômico e cultural, fazendo uso razoável dos recursos
naturais de forma a não esgotá-los para as próximas gerações.
Para conquistar tais resultados é necessário planejamento, bem como o entendimento de que os
recursos são finitos. Por isso, não podemos confundir desenvolvimento sustentável com crescimento
econômico, uma vez que este último costuma depender do consumo crescente de energia e recursos
naturais. A grande diferença deste pensamento está em promover o equilíbrio entre os objetivos de
desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e a conservação ambiental.

Movimentos em prol do desenvolvimento sustentável


Até o momento não há possibilidade de habitarmos a Lua ou qualquer outro planeta
do sistema solar, e nem mesmo o mais otimista cientista tem coragem de afirmar que será possível
fazer viagens intergalácticas em curto prazo. É certo que esse tipo de coisa permanecerá por um longo
tempo como parte apenas dos filmes de Hollywood, pois não podemos habitar nenhum outro planeta
que não seja o nosso.
Por isso tudo é que a responsabilidade pela preservação do ambiente não pode ser deixada
apenas ao encargo de governos e especialistas, mas tem de ser assumida por todos.
É necessário, portanto, repensar o modo de vida, o consumo, a produção voltada unicamente
para o lucro e sem nenhuma preocupação com o futuro da biosfera. Essa é a grande mensagem que o
movimento ecológico trouxe para a vida de cada um de nós.
O planeta Terra é um lugar sem igual, o que nos leva a assumir uma postura responsável.
Temos que cuidar dele, pois ele é a nossa casa e certamente que nenhum de nós quer perder essa
belíssima morada. Pense nisso e passe a fazer parte daqueles que lutam pela sua proteção !!!

Movimentos em prol do desenvolvimento sustentável

A preocupação da comunidade internacional com os limites do desenvolvimento do planeta é uma


realidade: estão sendo feitas desde grandes ações como o Acordo de Paris e os ODS (Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável), até ações cotidianas de empresas. Entenda melhor:

Sobre o Acordo de Paris


O Acordo de Paris, firmado na COP 21 (Conferência das Partes, promovida pela ONU), passou a
valer a partir de 4 de novembro de 2016 e traz um compromisso e plano de ações a serem desenvolvidas
pelas nações para combater as mudanças climáticas.

O que são ODS?


ODS é a sigla para Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e faz parte do documento
“Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” publicado pela
ONU. O documento é composto, entre outros itens, por 17 ODS que visam a melhorar a qualidade de vida
das pessoas, preservando o ecossistema e garantindo prosperidade econômica. Para mais informações,
confira este artigo.

Movimentações das empresas em relação ao desenvolvimento sustentável


Apesar da conscientização de que as mudanças não são opcionais, mas primordiais, ainda existe a
necessidade de maior adaptação do setor empresarial. Aderir ao desenvolvimento sustentável vai muito
além de ser bom para o planeta: a mudança de atitudes garante a continuidade dos negócios.
Em pesquisa realizada no Brasil, dos 100 líderes empresariais dos maiores grupos corporativos
presentes em diferentes setores, 99% acreditam que a sustentabilidade é importante ou muito importante
para os negócios e que as empresas desempenham papel imprescindível para viabilizar a mudança de
modelo. A pesquisa reforça a tese de que os grandes desafios econômicos, ambientais e sociais podem e
devem ser transformados em oportunidades.

Economia Circular

As empresas enfrentam um desafio crescente para expandir e criar valor em meio a um cenário de
instabilidade e escassez no fornecimento de recursos, com elevação de custos e incertezas nos negócios.
A chave para gerir este desafio é a Economia Circular, modelo alternativo que dissocia crescimento
de utilização de recursos escassos, pois possibilita o desenvolvimento econômico dentro dos limites dos
recursos naturais e promove a oportunidade às empresas de inovar.
O conceito consiste em um ciclo de desenvolvimento positivo contínuo que preserva e otimiza o
capital natural, a produção de recursos e minimiza riscos sistêmicos, administrando estoques finitos e
fluxos renováveis.
De forma mais prática, entre os modelos de negócio da Economia Circular está a extensão do ciclo
de vida de produtos, que visa estender o ciclo de vida útil de mercadorias e seus componentes por meio de
reparo, upgrade e revenda. Para elucidar melhor o conceito e os outros modelos de negócio propostos pela
economia circular, basta acessar este documento.

Capital Natural

Atualmente, podemos contar com muitas ações e ferramentas para a implementação de estratégias
de sustentabilidade bem-sucedidas nas empresas. Um exemplo disso é a valoração do capital natural que
dá a dimensão de quanto custa cada ação contra a natureza e para os negócios. As instituições financeiras
passaram, em diversas situações, a incorporar esse conceito quando fazem as análises de projetos que
buscam financiamento, pois entenderam as repercussões dos riscos associados ao uso intensivo dos
recursos naturais do planeta e seus impactos eventuais na atividade/produtividade das corporações.

O estilo de vida sustentável e o brasileiro

Segundo o estudo: “Estilo de vida sustentável no contexto brasileiro”, realizado pelo Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em parceria com a HAVAS, os
brasileiros parecem estar conscientes dos riscos do consumo excessivo:
• 84% dos entrevistados acreditam que o progresso não é sobre consumir mais, mas consumir
melhor;
• 75% entendem que o consumo excessivo está colocando nosso planeta em risco e gostariam de ter
brasileiros parecem estar conscientes dos riscos do consumo excessivo:
• 84% dos entrevistados acreditam que o progresso não é sobre consumir mais, mas consumir
melhor;
• 75% entendem que o consumo excessivo está colocando nosso planeta em risco e gostariam de ter
uma melhor sociedade em que as pessoas compartilhassem mais e possuíssem menos.
• Porém, no Brasil o consumo é fortemente associado com sucesso:
• 67% das pessoas dizem que respeitam/admiram as pessoas que têm dinheiro suficiente para
comprar o que quiserem;
• 57% afirmam que se as pessoas consumirem menos, irão acabar com os empregos;
• 50% das pessoas acreditam que uma economia saudável requer um nível elevado dos gastos dos
consumidores.
O paradigma do consumo atual: os brasileiros têm boas intenções, mas ainda compram muito.

Qual o papel do CEBDS para o desenvolvimento sustentável?

O CEBDS dedica-se a impulsionar soluções e inovações sustentáveis no setor empresarial, além da


capacitação e disseminação de conhecimentos.
Existem diversos temas e áreas importantes que são trabalhados pela organização por meio das
Câmaras Temáticas (fóruns que reúnem representantes de empresas associadas ao CEBDS para construção
e desenvolvimento de projetos relacionados aos grandes temas da sustentabilidade), que abarcam sete áreas
prioritárias:

Clima e Energia

Muitas empresas nacionais e internacionais já começaram a gerenciar o impacto de suas atividades


sobre o clima, reconhecendo, comunicando ou estabelecendo metas de redução de emissões de Gases de
Efeito Estufa (GEE).
Algumas delas também exploram estratégias orientadas para o mercado. Mesmo com as incertezas
referentes ao futuro das regulamentações e pressões de mercado, o momento atual já é suficiente para que
as empresas obtenham benefícios por gerenciarem seus impactos sobre o clima.
No Brasil, o financiamento pró-clima consiste em recursos de instituições públicas, como o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entretanto, existe a participação crescente
de outros bancos e agências de desenvolvimento. O Banco do Nordeste e a agência de Fomento e
Desenvolvimento de São Paulo são alguns dos exemplos.
Esse aumento de participação acontece tanto pelo repasse de linhas do BNDES, como pelo
investimento de recursos próprios e participação em consórcios bancários. Grande parte do financiamento
climático do país é direcionado para investimentos em projetos e tecnologias de eficiência energética e
energias renováveis.
investimento de recursos próprios e participação em consórcios bancários. Grande parte do financiamento
climático do país é direcionado para investimentos em projetos e tecnologias de eficiência energética e
energias renováveis.
Um estudo da Carbon Trust apontou uma oferta de R$400 milhões em linhas de financiamento e
instrumentos financeiros exclusivos para esta área no país.

Comunicação e Educação

A dinâmica do desenvolvimento sustentável aplicada aos negócios das empresas concretiza o


conceito de sustentabilidade, visando à manutenção, continuidade e sobrevivência dos negócios.
Essa dinâmica afeta a reputação da empresa e, consequentemente, desempenho, aceitação ou a
rejeição de seus públicos. Há empresas que assumem um compromisso com o mundo e não só repensam
seus processos para torná-los amigáveis ao futuro, como disseminam essa ideia.
Nesse contexto, a comunicação e a educação são estratégicas para que as empresas se comuniquem de
forma efetiva e produtiva com seus stakeholders, além de instituições governamentais e da sociedade civil,
e inspirem mudanças de comportamento rumo a um modelo de desenvolvimento mais sustentável.
As empresas podem ser agentes de mudança local, regional e até planetária, informando
corretamente suas ações, atitudes e posturas em busca da sustentabilidade. É preciso que a empresa tire o
foco de si e valorize a multiplicação dos aprendizados, estimulando processos que educam o outro para
ajudar a construir uma realidade mais sustentável.

Finanças sustentáveis

As instituições financeiras têm papel fundamental na construção do desenvolvimento sustentável.


Apesar de gerarem um impacto direto menor, se comparados a outros setores da economia, os bancos têm
a grande responsabilidade de conceder crédito e financiar empreendimentos impactantes em termos
socioambientais.
Por isso, cada vez mais as instituições financeiras precisam lidar com a inclusão de critérios sociais
e ambientais à tradicional avaliação econômica dos projetos. Isso faz com que a análise fique muito mais
complexa e os bancos que primeiro incrementarem a sua capacidade de avaliação estarão em vantagem.
A Câmara Temática de Finanças Sustentáveis (CTFin) é um dos grupos de trabalho do CEBDS e
reúne as maiores instituições financeiras do Brasil. Lançada oficialmente em 2005, a CTFin já consolidou
sua posição como fonte indutora de um novo modelo de desenvolvimento, trabalhando temas de vanguarda
para o setor financeiro.
A CTFin contribui para que as instituições financeiras assumam seu papel na promoção do
desenvolvimento sustentável, fomentando a discussão de princípios e melhores práticas.

Água
desenvolvimento sustentável, fomentando a discussão de princípios e melhores práticas.

Água

Há uma relação simbiótica entre o uso de recursos hídricos e os negócios. Além da dependência direta
e indireta desse recurso natural essencial, algumas questões são pontos sobre os quais o setor empresarial
precisa discutir e agir proativamente, como:
• Uso múltiplo das águas;
• Relacionamento dos usuários empresariais com suas contrapartes em uma mesma bacia;
• Adaptação às intempéries climáticas;
• Preocupações relacionadas ao nível de saneamento no país.
Um maior entendimento do papel do setor empresarial na dinâmica dos recursos hídricos é um fator
importante para melhor alocação dos recursos, ganhos em eco-eficiência, diminuição de custos, aumento
dos lucros e, principalmente, avanço da sustentabilidade a partir de um movimento decisivo deste setor.

Biodiversidade e Biotecnologia

A biodiversidade sustenta o funcionamento dos ecossistemas dos quais dependemos para:


• Alimentação;
• Água potável;
• Saúde;
• Lazer;
• Regulação do clima;
• Proteção contra desastres naturais.
A sua degradação, portanto, afeta a capacidade dos ecossistemas de prestarem serviços essenciais para
o bem-estar humano e para os negócios.
As empresas que antecipadamente já perceberam a necessidade da mensuração do seu impacto, da sua
dependência dos serviços ambientais e têm estratégias claras para utilizá-los da melhor maneira possível,
estão em vantagem competitiva em relação às demais.
A Câmara Temática de Biodiversidade e Biotecnologia (CTBio) é formada por grandes empresas
brasileiras e visa ajudar o setor a aproveitar novas oportunidades de mercado e minimizar seus riscos
oriundos do uso da:
• Biodiversidade;
• Acesso ao patrimônio genético;
• Uso e conservação de serviços ecossistêmicos;
• Ferramentas de capital natural.

A CTBio acompanha e participa das Conferências das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica
(CDB) e de fóruns do Governo Federal e da sociedade civil, como o PainelBio e a Iniciativa Brasileira de
• Ferramentas de capital natural.
A CTBio acompanha e participa das Conferências das Partes da Convenção sobre Diversidade
Biológica (CDB) e de fóruns do Governo Federal e da sociedade civil, como o PainelBio e a Iniciativa
Brasileira de Negócios e Biodiversidade – IBNBio.

Logística e Transportes

A logística é parte fundamental do processo de qualquer empresa, passando pela infraestrutura


disponível até a dinâmica de contato com fornecedores e o escoamento final dos produtos. Uma malha
multimodal capilarizada e com boa qualidade são fatores fundamentais à distribuição dos bens e serviços.
Entretanto, as questões de sustentabilidade devem ser consideradas nesta dinâmica. Por exemplo, a
grande dependência do modal rodoviário – no caso brasileiro -, cujas rodovias não possuem um estado
razoável de conservação para um país com dimensões continentais. Isso implica em:
• Rede saturada;
• Rede ineficiente;
• Grandes emissões de GEE.
O cenário de mobilidade urbana também apresenta sinais de defasagem. O aglomerado urbano, o baixo
planejamento das vias e o transporte público escasso e de baixa qualidade vêm transformando as cidades
em um ambiente caótico para o deslocamento.
O resultado é a elevação do custo de trânsito tanto para o cidadão, quanto para as empresas. Com este
cenário é extremamente necessário que se torne sustentável e eficiente a rede logística e a mobilidade
urbana.
O setor de transportes é um dos principais responsáveis pelas emissões de GEE no Brasil e no mundo,
em grande parte por conta da queima de combustíveis fósseis.
O Acordo de Paris converteu a promessa de redução das emissões em um compromisso legal, cujo
objetivo central é manter a temperatura média global 2ºC abaixo dos níveis pré-industriais. O Brasil se
comprometeu – por meio da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) – a reduzir em 37% das
emissões absolutas até 2025, necessitando assim uma força tarefa na área de transportes.

Impacto social

Os negócios constituem um fator significativo de impacto social na medida que:


• Criam empregos;
• Capacitam trabalhadores;
• Constroem infraestrutura física;
• Adquirem matérias primas;
• Transferem tecnologias;
• Pagam impostos;
• Aumentam o acesso a produtos e serviços desde alimentos até energia e tecnologia da informação.
• Transferem tecnologias;
• Pagam impostos;
• Aumentam o acesso a produtos e serviços desde alimentos até energia e tecnologia da informação.
As empresas afetam bens, capacidades, oportunidades e qualidade de vida das pessoas. Como essas
pessoas são funcionários, clientes, fornecedores, distribuidores, varejistas e vizinhos, seu crescimento e
bem-estar são muito importantes para o sucesso financeiro da empresa.
Atualmente, uma organização com clientes satisfeitos, cadeias de valor saudáveis, comunidades locais
contentes e apoio dos governos e outros stakeholders é bem vista. Em consequência, o setor empresarial
está cada vez mais interessado em medir seu impacto socioeconômico por uma série de motivos, desde a
redução dos custos até a criação e aproveitamento das oportunidades.

As organizações ambientais são aquelas cujas atividades visam preservar o meio ambiente. Existe
uma grande variedade de organizações ambientais em todo o mundo e cada uma tem um foco próprio de
atuação que pode ser a preservação dos animais, reflorestamento enfim uma causa. Em geral essas
instituições têm uma causa que defendem de forma principal, mas é claro que são organizações que tem
como primeiro objetivo conscientizar as pessoas da importância de cuidar do planeta e dos seres vivos
(Figura 3).

Figura 3: Organizações Ambientais.

O meio ambiente se tornou um dos principais assuntos da grande mídia devido a problemas como
a necessidade de frear o aquecimento global e a escassez de recursos como a água, por exemplo. Todo
mundo pode fazer a sua parte em nome de uma causa ambiental como evitar desperdícios de água e luz
entre outras ações do dia a dia. Também é possível colaborar financeiramente para essas causas como
algumas empresas fazem através de patrocínios a projetos ambientais. O papel das organizações ambientais
nesse contexto é ajudar a organizar as ações de contenção do uso de recursos que estão caminhando para
a escassez, alertar para a matança de animais, para o desmatamento entre muitas outras questões. Essas
algumas empresas fazem através de patrocínios a projetos ambientais. O papel das organizações ambientais
nesse contexto é ajudar a organizar as ações de contenção do uso de recursos que estão caminhando para
a escassez, alertar para a matança de animais, para o desmatamento entre muitas outras questões. Essas
organizações são conhecidas como ONGA (Organizações Não Governamentais Ambientais). No mundo
todo existem muitas ONGA's que trabalham na divulgação de importantes bandeiras ambientais e que
através de projetos concretos e protestos alertam as pessoas para a necessidade de cuidar do meio ambiente.
A seguir veja algumas das mais importantes.

WWF – World Wide Fund for Nature

A organização World Wide Fund for Nature (Fundo Mundial para a Natureza) conhecida
mundialmente somente como WWF (Figura 4) é uma das principais organizações não governamentais
que atuam internacionalmente difundindo a conservação, recuperação ambiental e investigação de crimes
contra a natureza. Durante muito tempo o nome oficial dessa ONGA era World Wildlife Fund, nome que
permanece oficial no Canadá e Estados Unidos.
A organização foi fundada em 1961 na Suíça por cientistas que estavam preocupados com o avanço
da devastação da natureza e nas suas implicações para o bem-estar do planeta. A mudança de nome
aconteceu no ano de 1986 devido a expansão dos objetivos da WWF. O objetivo deixou de ser apenas
preservar algumas espécies isoladas e sim trabalhar na proteção das espécies como um todo. A sigla WWF
permaneceu para não causar confusão e por que já era bastante difundida. A organização se tornou uma
entidade com presença no mundo todo sempre trabalhando em defesa do meio ambiente e com
representações em diversos países. O apoio a rede da WWF é dado por pessoas diferentes com objetivos
em comum, ou seja, preservar o planeta que é a nossa casa. A WWF é a maior organização independente
de proteção ambiental. As campanhas realizadas pela organização falam de questões como a defesa do
urso panda na China e também a preservação do meio ambiente. A entidade faz a edição de livros, revistas
e cartilhas que ensinam como cada um pode preservar o meio ambiente.

Figura 4: World Wide Fund for Nature.


Greenpeace

A organização não governamental ambiental Greenpeace (Figura 5) tem a sua sede em Amsterdã, nos
Greenpeace

A organização não governamental ambiental Greenpeace (Figura 5) tem a sua sede em Amsterdã,
nos Países Baixos e conta com uma rede de escritórios espalhados em 40 países inclusive no Brasil. O
trabalho do Greenpeace é realizado internacionalmente e está relacionando a questões como a preservação
do meio ambiente, luta contra o desmatamento, desenvolvimento sustentável, clima, energia nuclear,
engenharia genética, oceanos, substâncias tóxicas, fontes de energia renováveis e transgênicos.
A atuação do Greenpeace busca sensibilizar a opinião pública através de ações, publicidade e outros
meios a respeito das questões que defendem. O que diferencia o Greenpeace de grande parte das
organizações ambientais é que as suas ações se baseiam em pilares filosófico-morais da desobediência
civil.
A fundação do Greenpeace aconteceu no ano de 1971 no Canadá por imigrantes americanos e hoje
conta com cerca de três milhões de colaboradores no mundo todo, desses cerca de 40 mil estão no Brasil.
Os colaboradores doam quantias mensais de acordo com as suas possibilidades e também realizam
ativismos.

Figura 5: Greenpeace.

PETA – People for the Etical Treatment of Animals

A organização PeTA (People for the Etical Treatment of Animals) (Figura 6) é uma
organização ambiental não governamental que tem como foco a defesa dos animais. A sua
fundação aconteceu em 1980 e já possui mais de 2 milhões de membros. O lema da organização
é: “Animals are not ours to eat, wear, experiment on, or use for entertainment” (“Animais não são
nossos para comer, vestir, usar em experiências ou para entretenimento”). Dentre as ações do
PeTA podemos destacar as ações educacionais, investigações, pesquisas, resgate de animais,
campanhas de protesto e até mesmo participação de celebridades. A PeTA realiza diversas
campanhas contra o uso de pele de animais para fazer casacos e na indústria da vestimenta como
um todo além de lutar contra o uso de animais para testes de cosméticos.
campanhas de protesto e até mesmo participação de celebridades. A PeTA realiza diversas campanhas
contra o uso de pele de animais para fazer casacos e na indústria da vestimenta como um todo além de
lutar contra o uso de animais para testes de cosméticos.

Figura 6: PeTA - People for the Etical Treatment of Animals.

Projeto Baleia Franca


O Projeto Baleia Franca (Figura 7) realiza pesquisas com foco na conservação das baleias-francas,
a segunda espécie de baleia mais ameaçada de extinção do planeta. O projeto é mantido pela Petrobras e
pela IWC/Brasil e a sua sede fica na Praia de Itapirubá, no município catarinense de Imbituba.

Figura 7: Projeto Baleia Franca.

Lemur Conservation Foundation


A Lemur Conservation Foundation (LCF) também é conhecida como Fundação para Conservação
dos Lêmures (Figura 8) e se trata de uma pequena organização americana que não tem fins lucrativos e
que trabalha junto com o LCF Scientific Advisory Council, Duke Lemur Center, Prosimian Taxon
Advisory Group (TAG), Associação de Zoológicos e Aquários (AZA) e com Species Survival Plan (SSP).
A LCF tem uma reserva que fica em Mayakka City, um local em que busca a preservação de todas as raças
de lêmures que existem e a educação da população para que não mate ou cace esses animais.
A LCF tem uma reserva que fica em Mayakka City, um local em que busca a preservação de todas as raças
de lêmures que existem e a educação da população para que não mate ou cace esses animais.

Figura 8: Lemur Conservation Foundation (LCF).

Cempre

O Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) é uma associação que não tem fins
lucrativos que se dedica a promoção da reciclagem de acordo com um conceito de gerenciamento
integrado do lixo. Foi fundada no ano de 1992 e tem a sua sede em São Paulo, o Cempre (Figura
9) é mantido por empresas privadas de vários setores. O trabalho do Cempre tem como foco
conscientizar a sociedade sobre a importância da redução, reciclagem e reutilização do lixo. Para
isso o Cempre faz publicações, pesquisas técnicas e cria um grande banco de dados.

Figura 9: Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre).

Recursos Naturais

Os recursos naturais são os elementos da natureza utilizados pelas sociedades para o


desenvolvimento das atividades econômicas, principalmente para a produção de matérias-primas
empregadas na fabricação dos mais diversos produtos ou para a geração de energia, entre inúmeras outras
importâncias. Dessa forma, temos como exemplo de recursos naturais as florestas, o solo, a água, os
minerais, os ventos, a luz solar e inúmeros outros casos.
desenvolvimento das atividades econômicas, principalmente para a produção de matérias-primas
empregadas na fabricação dos mais diversos produtos ou para a geração de energia, entre inúmeras outras
importâncias. Dessa forma, temos como exemplo de recursos naturais as florestas, o solo, a água, os
minerais, os ventos, a luz solar e inúmeros outros casos.
Os recursos naturais são subdivididos em duas principais categorias: os renováveis e os não
renováveis.

Recursos naturais renováveis

São aqueles que apresentam a capacidade de se recompor naturalmente ou com o auxílio das
atividades humanas, tais como as florestas, a água e os solos. Citam-se também como recursos renováveis
aqueles que são considerados inesgotáveis, a exemplo dos ventos e da luz solar (Figura 10).

Figura 10: Energias Renováveis.

Recursos naturais não renováveis

São aqueles que, em um curto ou longo prazo, terão a sua disponibilidade na natureza esgotada, a
exemplo dos recursos minerais, que são finitos, tais como o carvão mineral, o alumínio, o ouro e o petróleo
(Figura 11).
Figura 11: Energias não renováveis.

Os seres humanos aprenderam, com o tempo, a desenvolver meios e técnicas para melhor utilizar
os recursos naturais. Assim, através do trabalho, as sociedades utilizam-se desses recursos para construir
e alterar o espaço geográfico com base na transformação do espaço natural.
É importante lembrar que, no entanto, a forma indiscriminada e predatória com que os seres
humanos muitas vezes utilizam os elementos da natureza contribui para que os recursos fiquem cada vez
mais escassos, e isso inclui até mesmo os recursos naturais renováveis, pois a degradação da natureza pode
interromper ou prejudicar os seus ciclos de renovação. Um exemplo é a água, que só pode ser consumida
em sua forma potável, que existe em uma limitada quantidade. Com a poluição dos rios e das reservas
hídricas em geral, além da destruição de boa parte das nascentes, esses recursos vêm ficando cada vez mais
em falta no mundo.
Portanto, o mais importante é o desenvolvimento de alternativas econômicas e sociais que visem à
construção de sociedades economicamente sustentáveis, ou seja, que visem à preservação da natureza e de
seus elementos para as gerações futuras sem comprometer a disponibilidade dos recursos por ela
oferecidos.

Diante da evolução das respostas do setor produtivo à questão do meio ambiente, surgiu a ideia de
gestão ambiental que versava sobre uma gerência global nesta área.
Segundo D’Avignon (1995), gestão ambiental é a “parte da função gerencial que trata, determina
e implementa a política de meio ambiente estabelecida para a empresa”. No dicionário básico de meio
ambiente encontra-se a seguinte definição para gestão ambiental: “tentativa de avaliar valores e limites das
perturbações e alterações que, uma vez excedidos, resultam em recuperação demorada do meio ambiente,
e de manter os ecossistemas em condições de absorver transformações ou impactos, de modo a maximizar
a recuperação dos recursos do ecossistema natural para o homem, assegurando sua produtividade
prolongada a longo prazo”. Desta maneira, implementar um sistema de gestão ambiental em uma organização
e de manter os ecossistemas em condições de absorver transformações ou impactos, de modo a
maximizar a recuperação dos recursos do ecossistema natural para o homem, assegurando sua
produtividade prolongada a longo prazo”. Desta maneira, implementar um sistema de gestão
ambiental em uma organização implica em alterações em políticas, estratégias, reavaliação de
processos produtivos e principalmente, no modo de agir.
A mudança de comportamento não se refere somente à introdução da filosofia de proteção
ao meio ambiente nas atividades organizacionais, na verdade, implica em uma revisão de valores
também das pessoas que trabalham na organização. E assim alcançar uma administração realmente
ecológica.
Nas organizações, nem sempre gestão ambiental significa um cuidado verdadeiro com o
meio ambiente. Em Callenbach et al. (1993) encontra-se uma distinção entre administração
ambiental e administração ecológica (ou gerenciamento ecológico). A primeira significa abordagem
defensiva e reativa, exemplificada pelos esforços ambientais reativos e pela auditoria de
cumprimento; o segundo termo implica na abordagem ativa e criativa com o objetivo de minimizar
o impacto ambiental e social das empresas, e tomar todas as suas operações tão ecologicamente
corretas quanto possível".
O novo paradigma parte, então, do reconhecimento de que os problemas ecológicos do
mundo não podem ser entendidos isoladamente, mas sim de forma sistêmica – interligados e
interdependentes" (Callenbach et al., 1993). Reforça esta visão sistêmica Kinlaw (1997): “um
sistema ecológico é o fluxo de matérias ou informações que partem dos elementos inorgânicos para
os elementos vivos e de volta para os primeiros, e assim por diante”. Este novo modo de pensar
exige uma mudança de valores, passando da expansão para a conservação, da quantidade para a
qualidade, da dominação para a parceria.
Assim, para que uma organização passe a realmente trabalhar com “gestão ambiental” ou
com “gerenciamento ecológico” deve, inevitavelmente, passar por uma mudança em sua cultura
empresarial, por uma revisão de seus paradigmas.
Na visão do gerenciamento ecológico, as preocupações sociais e ambientais não devem
competir. Se as questões sociais, trabalhistas ou culturais parecerem conflitar com a pauta
ambiental, a empresa pode estar no caminho errado. A gestão ambiental inclui não só a preocupação
com o meio ambiente enquanto recursos naturais, mas também uma relação de respeito com a
sociedade. Sociedade esta que, cada vez mais, se mostra mais consciente quanto à questão
ambiental.
A pressão da sociedade também é um dos fatores que leva as empresas à mudança de
comportamento. Cresce então a responsabilidade social das organizações neste contexto de
mudança de valores na sociedade. Mudanças essas que incluem a responsabilidade de ajudar a
sociedade a resolver alguns de seus problemas sociais, muitos dos quais as próprias organizações
ajudaram a criar.
mudança de valores na sociedade. Mudanças essas que incluem a responsabilidade de ajudar a sociedade
a resolver alguns de seus problemas sociais, muitos dos quais as próprias organizações ajudaram a criar.
Menciona Donaire (1995) o contrato social entre empresa e sociedade, ou seja, a sociedade dá à
organização a liberdade de existir e trabalhar por um objetivo legítimo. O pagamento dessa liberdade é a
contribuição da empresa com a sociedade. Os termos deste contrato estão permanentemente sendo
reavaliados de acordo com as modificações que ocorrem no sistema de valores da sociedade. E entre as
mudanças mais evidentes atualmente, no que se refere à questão ambiental, é a percepção de que
crescimento econômico não está necessariamente relacionado ao progresso social. Muitas vezes, está
associado à deterioração física do ambiente, condições insalubres de trabalho, exposição a substâncias
tóxicas, discriminação de certos grupos sociais e outros problemas sociais.
As pressões sociais que impõe à alta administração a obrigatoriedade de direcionar suas ações de
modo a ter um comportamento ecologicamente correto, contam com a contribuição de diversos agentes de
mudança. Os agentes são o governo, a sociedade, as empresas e as organizações internacionais e nacionais
de administração ambiental, os quais exercem pressões em direção à mudança.
As empresas estão sob uma crescente pressão para mudar. De acordo com Kinlaw (1997), as
pressões sobre as empresas para que respondam às questões ambientais incluem:
1) Observância da lei: a quantidade e o rigor cada vez maiores das leis e regulamentos.
2) Multas e custos punitivos: as multas por não-cumprimento da lei e custos incorridos com respostas
a acidentes estão crescendo em frequência e número.
3) Organizações ativistas ambientais: tem havido uma proliferação desses grupos em níveis
internacionais, nacional, estadual e local.
4) Cidadania despertada: os cidadãos estão ficando informados e estão buscando uma série de canais
pelos quais possam expressar seus desejos ao mundo empresarial.
5) Sociedades e associações: associações de classe, de comércio e várias coalizões estão dando início
a programas que possam influenciar um comportamento empresarial voltado ao meio ambiente.
6) Códigos internacionais de desempenho ambiental: os “Princípios Valdez”, publicados pela
Coalization for Environmentally ResponsibleEconomies, e a “Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentável”, desenvolvida pela International Chamber of Commerce, estão
criando pressões globais para o desempenho ambiental responsável.
7) Investidores: o desempenho ambiental das empresas e o potencial risco financeiro do desempenho
fraco (multas, custos de despoluição e custas de processos) ajudarão a determinar o quão atraente
serão suas ações para os investidores.
8) Consumidores: os consumidores estão em busca de produtos e serviços que preservem o meio
ambiente e se tornando informados o bastante para questionar as campanhas maciças de
propaganda ambiental.

9) Mercados globais: a concorrência internacional existe hoje no contexto de uma enorme gama de
leis ambientais que não mais permitirão que empresas de países desenvolvidos exportem sua
propaganda ambiental.
9) Mercados globais: a concorrência internacional existe hoje no contexto de uma enorme gama de
leis ambientais que não mais permitirão que empresas de países desenvolvidos exportem sua
poluição para países em desenvolvimento.
10) Política global e organizações internacionais: uma variedade de organizações e fóruns
internacionais exercem uma pressão direta sobre as nações, o que afeta o mundo empresarial.
11) Concorrência: a pressão que se coloca na interseção de todas as outras provém da concorrência e
daquelas empresas que estão adotando o desempenho sustentável, reduzindo seus resíduos e custos
e descobrindo novos segmentos de mercado.
Importante observar que nenhuma pressão existe independente de outras, e todas elas têm um impacto
na capacidade de competir.
A ampliação do conceito da qualidade a ponto de incluir a qualidade ambiental, a mudança de
paradigma representada pela gestão ambiental e as pressões para mudança levaram ao questionamento do
atual paradigma de crescimento econômico. Surge então o conceito de desenvolvimento sustentável,
conforme discutido a seguir.
A gestão ambiental tem sido tradicionalmente vista como um dispendioso impedimento à
produtividade. De acordo com Porter (1995), a visão que prevalece ainda é: ecologia versus economia, ou
seja, de um lado estão os benefícios sociais que se originam de rigorosos padrões ambientais, e de outro
lado, os custos que, neste enfoque, conduzem a altos preços e baixa competitividade. No entanto, Porter
reconhece que os padrões ambientais podem desencadear inovações que venham a diminuir o custo total
de um produto ou mesmo aumentar o seu valor. Tais inovações permitem às empresas utilizar suas entradas
de forma mais produtiva, compensando os custos de diminuição dos impactos ambientais e acabando com
o impasse entre economia e proteção ambiental.
O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu em 1987, no relatório da Comissão Mundial das
Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (World Commission on Environment and
Development). Os termos de requisição para o desenvolvimento do relatório eram:
1) Propor uma estratégia ambiental de longo prazo para o alcance do desenvolvimento sustentável por
volta do ano 2000;
2) Identificar como as relações entre as pessoas, recursos, ambiente e desenvolvimento poderiam ser
incorporadas em políticas nacionais e internacionais.
A Comissão se concentrou no desenvolvimento sustentável como uma abordagem que utiliza os
recursos naturais sem comprometer a capacidade de futuras gerações atenderem às suas necessidades.
Significa o equilíbrio do crescimento econômico com a proteção ambiental.

3)
4) De acordo com Maimon (1996), o desenvolvimento sustentável é mais do que um novo conceito,
é um processo de mudança, onde a exploração de recursos, a orientação dos investimentos, os
rumos do desenvolvimento ecológico e a mudança institucional devem levar em conta as
De acordo com Maimon (1996), o desenvolvimento sustentável é mais do que um novo conceito,
é um processo de mudança, onde a exploração de recursos, a orientação dos investimentos, os rumos do
desenvolvimento ecológico e a mudança institucional devem levar em conta as necessidades das gerações
futuras. A ênfase na ecologia está na origem do termo sustentável, quando da procura do equilíbrio entre
os ritmos de extração que assegurem um mínimo de renovabilidade para o recurso. A ênfase no econômico
acarreta a busca de estratégias que visem à sustentabilidade do sistema econômico. A ênfase no social visa
criar as condições socioeconômicas da sustentabilidade, ou seja, o atendimento às necessidades básicas,
melhoria do nível de instrução, etc.
Além disso, o desenvolvimento sustentável não questiona a ideologia do crescimento econômico,
que é a principal força motriz das atuais políticas econômicas e, tragicamente, da destruição do ambiente
global. O que se rejeita é a busca do crescimento econômico irrestrito, entendido em termos puramente
quantitativos, como maximização dos lucros.
A nova maneira de fazer negócios para a qual as empresas estão convergindo é o “desempenho
sustentável” (Kinlaw, 1997). Este movimento está ocorrendo devido às pressões que estão criando a
necessidade de mudança para um desempenho coerente com o desenvolvimento sustentável. Assim, a
variável ecológica se faz presente nas organizações empresariais modernas.
A partir da década de 80 houve uma mudança na postura das empresas, ou seja, começaram a ser
descartadas algumas das práticas reativas ao meio ambiente. A responsabilidade ambiental passa,
gradativamente, a ser encarada como uma necessidade de sobrevivência. A estrutura empresarial voltada
para os velhos padrões capitalistas já não serve para um mundo em ritmo de globalização, onde a
consciência ecológica está em franco desenvolvimento.
As organizações encontram-se frente a uma nova situação. Na visão da empresa apenas como uma
instituição econômica, suas preocupações são voltadas quase que exclusivamente para a maximização dos
lucros e minimização dos custos. Baumol & Oates (1979, in Maimon, 1996) denominam este
comportamento como reativo, onde a empresa responde à sinalização do mercado e à regulamentação dos
órgãos de controle ambiental. A empresa vivencia uma contradição entre a responsabilidade ambiental e o
lucro.
Na visão moderna da empresa, o contexto é muito mais complexo e amplo. Muitas das decisões
internas da organização requerem considerações explícitas das influências do ambiente externo, incluindo
considerações de caráter social e político que se somam às tradicionais considerações econômicas.
Callenbach et al. (1993) comenta que é possível que os investidores e acionistas usem cada vez mais a
sustentabilidade ecológica, no lugar da estrita rentabilidade, como critério para avaliar o posicionamento
estratégico de longo prazo das empresas.

As preocupações relativas às questões de proteção ambiental, vem dando resultados, mudando o


comportamento das empresas e promovendo um novo modelo de comportamento em âmbito mundial. A
empresa que aceita e bem conduz suas responsabilidades ambientais preservando seu lucro tem um
As preocupações relativas às questões de proteção ambiental, vem dando resultados, mudando o
comportamento das empresas e promovendo um novo modelo de comportamento em âmbito mundial. A
empresa que aceita e bem conduz suas responsabilidades ambientais preservando seu lucro tem um
desempenho sustentável, ou seja, traduz o conceito de desenvolvimento sustentável em práticas
empresariais.
O desempenho sustentável representa uma nova forma de percepção da empresa como um sistema,
redefine as relações tradicionais entre os elementos de insumo, processo de trabalho e produto final.
Portanto, as empresas do século XXI têm pela frente novos desafios a serem enfrentados. As
tendências que provavelmente farão parte do cenário futuro incluem em sua maioria a questão ambiental.

Os instrumentos de gestão ambiental são ferramentas que visam a auxiliar no processo de


planejamento, bem como na operacionalização da gestão ambiental, de modo que esta gestão possa ser
integrada de maneira estratégica por todas as suas atividades.
Entende-se como instrumentos de Gestão Ambiental:
• Licenciamento ambiental
• Estudo de Impacto Ambiental
• Geoprocessamento
• Educação Ambiental
• Planejamento Ambiental
• Auditoria Ambiental

Licenciamento ambiental

O licenciamento ambiental é um instrumento utilizado pelo Brasil com o objetivo de exercer


controle prévio e de realizar o acompanhamento de atividades que utilizem recursos naturais, que sejam
poluidoras ou que possam causar degradação do meio ambiente. Este instrumento, o licenciamento
ambiental, é um processo administrativo que resulta, ou não, na emissão de uma licença ambiental. Foi
introduzido no país com a lei da Política Nacional do Meio Ambiente, em 1981.
Da forma como ocorre no Brasil, o licenciamento ambiental pode ser considerado único no mundo,
pois engloba três tipos de licença (licença prévia, licença de instalação e licença de operação) que cobrem
desde o planejamento até a execução da atividade regulada, englobando todos os aspectos tanto do
ambiente natural (meio físico e meio biótico) como do ambiente humano (meio social e meio econômico).
Outro ponto singular é a inclusão da avaliação de impactos ambientais (por meio do estudo de impacto
ambiental ou de outros tipos de estudos menos exigentes) dentro deste processo, desde que foi criado.

O processo brasileiro foi inspirado nas licenças de controle da poluição do ar e da água,


ambiental ou de outros tipos de estudos menos exigentes) dentro deste processo, desde que foi criado.
O processo brasileiro foi inspirado nas licenças de controle da poluição do ar e da água, emitidas
de forma específica para estes fins em países do hemisfério norte, como as previstas no Clean Air Act e
no National Polluant Discharge Elimination System Permit Program, ambas norte-americanas. A diferença
é que as licenças ambientais brasileiras são globais, unificando em um certificado todas as medidas de
proteção ambiental necessárias a determinado projeto.
Como política pública, o licenciamento ambiental é um instrumento de comando e controle que
visa promover o desenvolvimento econômico, mantendo a qualidade do meio ambiente e a viabilidade
social, com o objetivo final de promover o desenvolvimento sustentável.

Estudo de Impacto Ambiental

É um relatório técnico onde se avaliam as consequências para o ambiente decorrentes de um


determinado projeto. Nele encontram-se identificados e avaliados de forma imparcial e meramente técnica
os impactos que um determinado projeto poderá causar no ambiente, assim como apresentar medidas
mitigadoras. Por estas razões, é um importante instrumento de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA).
A Lei 6.938/81 que instituiu no Brasil a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), incluiu as
avaliações de impacto ambiental como instrumentos da política nacional do meio ambiente. Neste sentido,
a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) N.º 001/86, de 23 de janeiro de 1986,
definiu, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da
Avaliação de Impacto Ambiental.
Esta mesma resolução define quais são as atividades que estão sujeitas a elaboração do Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA), quando da
solicitação de licenciamento. Consultando a referida resolução podem-se encontrar as diretrizes gerais
básicas para a elaboração do EIA, bem como as atividades técnicas mínimas que devem ser cumpridas em
relação ao diagnóstico ambiental da área, previsão e análise dos impactos ambientais, definição de medidas
mitigadoras e atividades de acompanhamento e monitoramento.
Neste caso, o licenciamento ambiental pode necessitar de uma série de procedimentos específicos,
inclusive realização de audiência pública que envolve diversos segmentos da população interessada ou
afetada pelo empreendimento.
A exigência do estudo de impacto ambiental foi mencionada pelo artigo 225. 1º, IV da Constituição
Federal de 1988 nos seguintes termos: Art. 225. 1º, IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade.

ambiental ou de outros tipos de estudos menos exigentes) dentro deste processo, desde que foi
criado.
O EIA também é considerado um dos principais instrumentos da Gestão Ambiental. São
apresentados geralmente em audiências públicas através de RIMA's, documentos com linguagem mais
acessível para não especialistas da área ambiental.

Geoprocessamento

O geoprocessamento é o processamento informatizado de dados georreferenciados. Utiliza


programas de computador que permitem o uso de informações cartográficas (mapas, cartas topográficas e
plantas) e informações a que se possa associar coordenadas desses mapas, cartas ou plantas. Pode ser
utilizado para diversas aplicações.
O termo geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas
e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem influenciando de maneira
crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e
Planejamento Urbano e Regional.
As ferramentas computacionais para geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação
Geográfica (GIS – sigla em inglês para Geographical Information System) permitem realizar análises
complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados. Tornam
ainda possível automatizar a produção de documentos cartográficos.
Muitos pesquisadores e especialistas na área preferem o termo "Geoinformática", que é mais geral
que o termo "Geoprocessamento", e corresponde a uma analogia ao termo "Bioinformática". A Sociedade
Brasileira de Computação (SBC) prefere este termo. A SBC possui uma comissão especial de
Geoinformática. O Simpósio Brasileiro de Geoinformática (GeoInfo) é organizado anualmente por
pesquisadores da área, com apoio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Educação Ambiental

Educação ambiental é um processo de educação responsável por formar indivíduos preocupados


com os problemas ambientais e que busquem a conservação e preservação dos recursos naturais e a
sustentabilidade, considerando a temática de forma holística, ou seja, abordando os seus aspectos
econômicos, sociais, políticos, ecológicos e éticos. Dessa forma, ela não deve ser confundida com ecologia,
sendo, esta, apenas um dos inúmeros aspectos relacionados à questão ambiental. Portanto, falar sobre
Educação Ambiental é falar sobre educação acrescentando uma nova dimensão: a dimensão ambiental,
contextualizada e adaptada à realidade interdisciplinar, vinculada aos temas ambientais e globais.

Planejamento Ambiental

Existem várias definições sobre o que seria o planejamento ambiental decorrente da evolução do
outros tipos de estudos menos exigentes) dentro deste processo, desde que foi criado.

O processo brasileiro foi inspirado nas licenças de controle da poluição do ar e da água,


conceito ao longo do tempo e que às vezes confundem-se com gestão ambiental ou gerenciamento
ambiental. O consenso entre as definições é de que é um processo que possui metas e objetivos e estabelece
meios adequados para visualização do cenário socioambiental futuro quando se pensa em uma construção,
como por exemplo, uma hidrelétrica.
O planejamento é um processo contínuo em que se envolve a coleta, organização e análises de
informações com procedimentos e métodos específicos. O objetivo desse processo é necessário para fazer
escolhas ou tomar decisões a respeito de como utilizar os recursos disponíveis da melhor forma possível.

Auditoria Ambiental

Atualmente, a auditoria ambiental é considerada uma das ferramentas da gestão ambiental de mais
destaque. A competição internacional e o processo acelerado de fusões e aquisições de empresas, passou
a requerer verificações rigorosas, para que passivos ambientais existentes pudessem ser avaliados e seu
valor levado em consideração nos negócios, criando assim a necessidade de auditorias ambientais. Além
de necessitarem de grandes custos para sua remediação, passivos e danos ambientais podem ferir a imagem
de uma empresa, o que levou as organizações a estabelecerem processos sistemáticos de verificação dos
cuidados com o meio ambiente, como a auditoria ambiental, em suas matrizes e filiais.
A Norma NBR ISO 14.010 define Auditoria Ambiental como o "processo sistemático e
documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria
para determinar se as atividades, eventos, sistemas de gestão e condições ambientais específicos ou as
informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria e para comunicar os
resultados deste processo ao cliente".
Resumindo e simplificando o conceito acima temos que a Auditoria Ambiental é “um processo sistemático
e formal de verificação, por uma parte auditora, se a conduta ambiental e/ou desempenho ambiental de
uma entidade auditada atendem a um conjunto de critérios especificados.” (Philippi Jr. & Aguiar, 2004)
A auditoria ambiental é o retrato do desempenho ambiental da empresa em um determinado
momento, ou seja, verifica se até aquele ponto a empresa está atendendo os padrões ambientais
estabelecidos pela legislação ambiental vigente. Ou seja, a auditoria ambiental visa principalmente
verificar o sistema de gestão ambiental de uma organização.
A auditoria ambiental é uma ferramenta importante que deve ser usada pelas empresas para
controlar a observância a critérios e medidas estipulados com o objetivo de evitar a degradação ambiental,
que em geral decorre quando há falta ou pouco controle do impacto ambiental das operações.
A auditoria ambiental identifica áreas de risco e problemas de infração ou desvio no cumprimento
das normas padronizadas, apontando tanto os pontos fortes da operação quanto os fracos. Assim é
interessante que a operação candidata à certificação ambiental estude e conheça mais sobre os benefícios
e exigências da ferramenta auditoria ambiental antes da implantação de um sistema de gestão ambiental.

É importante diferenciar que a auditoria ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental e não um
e exigências da ferramenta auditoria ambiental antes da implantação de um sistema de gestão ambiental.
É importante diferenciar que a auditoria ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental e não um
instrumento de controle ambiental. Pois a auditoria não estabelece as normas e padrões a serem seguidos
e a tecnologia necessária para tal, mas sim busca avaliar se as normas existentes estão sendo observadas
pela operação, se a empresa possui uma política ambiental e se é capaz de melhorar o seu desempenho
ambiental constantemente (melhoria contínua).
Assim, o sistema de gestão ambiental passou a sistematizar a auditoria ambiental como a prática
que permite melhoria contínua, pois sua metodologia permite identificar práticas que não estão em
conformidade (práticas não adequadas também chamadas comumente de práticas não-conformes) e quais
as medidas necessárias para corrigir esses erros.

Está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e a políticas que tenham como um dos principais
objetivos a sustentabilidade. Todos são responsáveis pela preservação ambiental: governos, empresas e
cada cidadão.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) desenvolve políticas públicas que visam promover a
produção e o consumo sustentáveis. Produção sustentável é a incorporação, ao longo de todo ciclo de vida
de bens e serviços, das melhores alternativas possíveis para minimizar custos ambientais e sociais. Já o
consumo sustentável pode ser definido, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA), como o uso de bens e serviços que atendam às necessidades básicas, proporcionando uma
melhor qualidade de vida, enquanto minimizam o uso de recursos naturais e materiais tóxicos, a geração
de resíduos e a emissão de poluentes durante todo ciclo de vida do produto ou do serviço, de modo que
não se coloque em risco as necessidades das futuras gerações.
O Plano de Ação para a Produção e Consumo Sustentáveis é uma ação do MMA que tem o objetivo
de fomentar políticas, programas e ações que promovam a produção e o consumo sustentáveis no país.
Enfoca em seis áreas principais: educação para o consumo sustentável; varejo e consumo sustentável;
aumento da reciclagem; compras públicas sustentáveis; construções sustentáveis e agenda ambiental na
administração pública (A3P). Esse último programa incentiva a incorporação de atitudes sustentáveis na
rotina dos órgãos públicos do país.
Para que as políticas públicas sejam cada vez mais próximas aos cidadãos, o MMA coordena as
conferências do meio ambiente, cuja proposta é ouvir governo nacional e local, iniciativa privada,
organizações não governamentais e cada brasileiro sobre a gestão ambiental no país.
Sabia que a natureza leva 2 a 6 semanas a decompor um jornal, 1 a 4 semanas as embalagens
de papel, 3 meses as cascas de frutas, 3 meses os guardanapos de papel, 2 anos os fósforos, 200 a
450 anos os sacos e copos de plástico, 100 a 500 anos as pilhas, 100 a 500 anos as latinhas de alumínio
e um milhão de anos o vidro? Viu por que não dá para jogar lixo por aí?

1) 1) Não desperdice água

Você já parou para pensar na quantidade de água que usa por dia? Já pensou se você
pode diminuir esse consumo? Atitudes simples como essas podem contribuir muito para
a preservação do meio ambiente.
De acordo com a Organização das Nações Unidas, cada pessoa necessita de 3,3 m³/mês (cerca de
110 litros de água por dia para atender as necessidades de consumo e higiene). Porém, no Brasil, o
consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia. Diminuir o tempo de banho ou fechar a
torneira enquanto escova os dentes ou faz a barba são os primeiros passos para não desperdiçar água.

2) Jogue sempre lixo no lixo!

Sempre procure uma lixeira perto de você. Não seja a pessoa que suja o mundo. Lixo fora de lugar
provoca enchentes e mata peixes e animais silvestres.

3) Opte por uma mobilidade sustentável

As cidades brasileiras estão entupidas de carros. Mas atualmente há muitas outras opções de
mobilidade, como taxis, aplicativos de transporte, ciclovias e mesmo, o bom e velho hábito de andar a
pé. É importante ampliar os horizontes da mobilidade para outras áreas, o transporte coletivo tem
melhorado muito. Quando você não está dirigindo o mundo parece mais tranquilo e dá para apreciar
melhor a paisagem, as vitrines, as pessoas e tudo o que a cidade oferece.

4) Separe o lixo

Essa é uma prática que já deveria ter sido adotada em todo o mundo, mas ainda tem gente que
não separa o lixo orgânico do reciclável. Ao fazer essa separação, você contribui para a destinação
correta do lixo. Assim, os resíduos são reciclados, não vão parar na natureza e você ainda ajuda na
economia dos recursos naturais que já são escassos.

5) Não consuma sem necessidade

Talvez essa seja uma das dicas mais difíceis de cumprir já que vivemos em uma sociedade
extremamente consumista, mas saiba que aquela troca desnecessária de produtos, especialmente os
eletrônicos, contribui com a não preservação do meio ambiente, principalmente se pensarmos que a
maioria desses aparelhos eletrônicos não são descartados corretamente.

Que tal trocar o celular ou o computador só quando eles não tiverem mais conserto? Além de preservar
o meio ambiente, você ainda economiza um bom dinheiro.
eletrônicos, contribui com a não preservação do meio ambiente, principalmente se pensarmos que a
maioria desses aparelhos eletrônicos não são descartados corretamente.
Que tal trocar o celular ou o computador só quando eles não tiverem mais conserto? Além de
preservar o meio ambiente, você ainda economiza um bom dinheiro.

6) Reaproveite

Esse produto realmente precisa ir para o lixo ou você pode usá-lo de outra forma? Pense nisso
cada vez que for jogar algo no lixo. Ao reaproveitar os objetos, você evita o aumento do acúmulo de
resíduos no planeta.
Mude pequenas atitudes do dia a dia, assim você faz sua parte e contribui, de alguma forma,
para a melhora da saúde do nosso planeta.

1.São aqueles que em um curto ou longo prazo terão a sua disponibilidade na natureza
esgotada.
a) Recursos Naturais não renováveis
b) Recursos Naturais renováveis
c) Recursos Naturais Geotérmicos
d) Recursos Naturais Solar
e) Recursos Naturais Eólicos

2. É um instrumento utilizado pelo Brasil com o objetivo de exercer controle prévio e de


realizar o acompanhamento de atividades que utilizem recursos naturais, que sejam poluidoras
ou que possam causar degradação do meio ambiente.
a) Educação Ambiental
b) Geoprocessamento
c) Licenciamento Ambiental
d) Auditoria Ambiental
e) Estudo do impacto Ambiental

3. É um processo contínuo em que se envolve a coleta, organização e análises de informações


com procedimentos e métodos específicos.
a) Geoprocessamento
b) Planejamento Ambiental
c) Auditoria Ambiental
d) Educação Ambiental
e) Licenciamento Ambiental
4.Passou a valer a partir de 4 de novembro de 2016 e traz um compromisso e plano de ações a
serem desenvolvidas pelas nações para combater as mudanças climáticas.
a) ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável)
b) WWF (World Wildlife Fund)
c) Greenpeace
d) Acordo de Paris
e) Projeto Baleia Franca

5. É aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem colocar em risco a capacidade
de atender as gerações futuras.
a) Licenciamento Ambiental
b) Desenvolvimento Econômico
c) Desenvolvimento Ambiental
d) Auditoria Ambiental
e) Desenvolvimento Sustentável

Vídeos
• ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental:
https://www.youtube.com/watch?v=TBTyJNokg7k

• Recursos Naturais – O que são e como são classificados:


https://www.youtube.com/watch?v=pBLhXKNa6dQ

• Impactos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável:


https://www.youtube.com/watch?v=QGHHhYCdErs

Esse item se trata de uma metodologia disponibilizada em nossa plataforma, a qual você
poderá acessar e aprender sobre conceitos importantes referentes aos conteúdos abordados
nesta apostila.
Acesse nossa plataforma e veja a PÍLULA DO CONHECIMENTO sobre GESTÃO
AMBIENTAL!
QUESTÃO ALTERNATIVA
1 A
2 C
3 B
4 D
5 E

• https://www.ufrgs.br/soft-livre-edu/ambiente/o-que-e-gestao-ambiental.html
• SANTOS, M. Técnica, espaço e tempo. Globalização e meio técnico-científico
informacional. São Paulo: Hucitec, 1994.
• POTING, Clive. Uma história verde do mundo. Rio de Janeiro: Civ. Brasileira, 1995.
• HAWKEN, P.; LOVINS, A.; LOVINS, L. H. Capitalismo natural: criando a próxima
Revolução Industrial. SP: Cultrix, 1999.
• MERICO, Luiz. F. K. Introdução à economia ecológica. Blumenau: FURB, p. 30, 1996.
• DIAS, R. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. São Paulo:
Atlas, 2008
• GONÇALVES, C. W. P. Os (Des) caminhos do Meio Ambiente. São Paulo: Contexto,
2000
• SACHS, I. Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo: Vértice, 1986
• CAMARGO, Ana Luíza de Brasil. Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios.
Campinas: Papiros, 2003
• MANTOVANI, Waldir. O debate da ecologia com a sociedade. In: VIII Congresso de
Ecologia do Brasil, 2007. Caxambu – MG. Anais… Caxambu: SEB, 2007. p. 1-6.
• VERGARA, S. C.; Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São Paulo:
Atlas, 2007.
• BEZERRA, A. S. A.; et al. Evolução Histórica da Questão Ambiental. Campina Grande:
2009
• CALLENBACH, Ernest, et al. Gerenciamento ecológico. São Paulo: Cultrix/Amana,
1993.
• D’AVIGNON, Alexandre L. de Almeida. “Sistemas de gestão ambiental e normalização
ambiental”. Segmento da apostila utilizada no curso sobre “Auditorias Ambientais” da
Universidade Livre do Meio Ambiente. Curitiba, 1996.
• DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Atlas, 1995.
• DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Atlas, 1995.

• KINLAW, Dennis C. Empresa competitiva e ecológica. São Paulo: Makron Books, 1997.

• MAIMON, Dalia. Passaporte Verde: gerência ambiental e competitividade. Rio de


Janeiro: Qualitymark, 1996.
• PORTER, Michael e LINDE, Class van der. "Green and competitive: ending the
stalemate". HBR - Harvard Business Review. Set./out., pgs. 120-134, 1995.
• http://mensagens.culturamix.com/natureza/organizacoes-ambientais-informacoes-sobre-
as-mais-importantes
• https://alunosonline.uol.com.br/geografia/recursos-naturais.html
(61) 3083 9800

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http://www.colegiopolivalente.com.br/

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