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DESENHO DE PESQUISA:

MÉTODOS QUANTITATIVOS
Pesquisa no mundo real – David E. Gray

OBJETIVOS

Depois de ler este capítulo, você será capaz de:


• Descrever as abordagens de pesquisa experimental e
quase-experimental.
• Formular perguntas e hipóteses adequadas.
• Identificar populações e amostras.
• Descrever os princípios de desenho de ferramentas de pesquisa.

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ETAPAS DO PROCESSO DE
DESENHO DA PESQUISA EXPERIMENTAL

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IDENTIFICANDO A QUESTÃO
OU PERGUNTAS DE INTERESSE
“Bons” temas de pesquisa podem surgir:
• Da leitura de uma bibliografia.
• De questões levantadas no local de trabalho.
• De um estudo-piloto anterior.
• De um patrocinador.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Quais as origens e
Quais as fontes definições do tópico?
principais?

Quais as principais
Quais as questões e A revisão questões(problemas) que
debates de maior bibliográfica do deveriam ser vistas?
relevância sobre o tema? tema de pesquisa

Qual a base
Quais as teorias, epistemológica e
conceitos e ideias ontológica para o
principais? assunto?
Fonte: adaptado de Hart (1998)

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DESENVOLVENDO PERGUNTAS E HIPÓTESES

Kerlinger e Lee (2000) afirmam que uma boa pergunta de pesquisa:


• Expressa uma relação entre variáveis (p.ex., a imagem de uma empresa e
os volumes de vendas).
• É enunciada de forma clara, na forma de pergunta.
• Deve ser capaz de ser operacionalmente definida (Black, 1993).

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TIPOS DE PERGUNTAS DE PESQUISA


APLICADA - COM EXEMPLOS
Tipo de perguntas de pesquisa Exemplo
Descritivas Qual a recorrência do uso de drogas entre
estudantes universitários?

Normativas Qual é a gravidade do abuso de drogas


entre estudantes universitários?

Correlativas Qual a relação entre gênero, desempenho


acadêmico e uso de drogas na
universidade?
Impacto Um programa de conscientização tem
qualquer efeito sobre o nível de uso de
drogas entre estudantes universitários?

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UMA HIPÓTESE

• É uma declaração especulativa sobre a relação entre duas ou mais


variáveis.
• Descreve uma pergunta de pesquisa em um formato testável que prevê a
natureza da resposta.
• Pode ser formulada como uma declaração direcional, como “Quando isso
acontece, então aquilo acontece”.

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IDENTIFICANDO VARIÁVEIS
INDEPENDENTES E DEPENDENTES
• Variáveis dependentes – uma variável que forma o foco da pesquisa e
depende de outra variável (independente ou explicativa).
• Variáveis independentes – usadas para explicar ou predizer um resultado
de uma variável dependente.
• Variáveis intervenientes – um declaração hipotética interna, usada para
explicar a relação entre duas variáveis observadas.

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REALIZAÇÃO DO ESTUDO

• Planejando o desenho.
• Coletando dados.
• Armazenando dados.
• Observando princípios éticos.

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USANDO ESTATÍSTICAS
DESCRITIVAS E INFERENCIAIS
Estatísticas descritivas Estatísticas inferenciais, p.ex.
• Dados Teste-t
• Dados Mann-Whitney U
• Dados qui-quadrado
• Dados rho de Spearman
• Dados Produto-Momento de
Pearson
• ANOVA

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ACEITANDO OU REJEITANDO HIPÓTESES

• É impossível provar que qualquer teoria esteja certa – todas elas são
provisórias e têm caráter experimental até serem refutadas.
• A aceitação ou rejeição de um hipótese baseada no peso das evidências
envolve:
– O risco da aceitação da hipótese como verdadeira (quando, na
verdade, é falsa).
– O risco da aceitação da hipótese como falsa (quando, na verdade, é
verdadeira).

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PREPARANDO O RELATÓRIO FORMAL

Por que o estudo foi realizado

Quais perguntas e hipóteses de


pesquisa foram avaliadas

Como elas foram transformadas


em um desenho de pesquisa

Quais diferenças foram observadas


entre hipóteses e resultados

Quais diferenças foram observadas


entre as hipóteses e os resultados?

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DESENHOS DE PESQUISA EXPERIMENTAIS

• O pesquisador tem controle sobre o experimento no que diz respeito a:


– Quem está sendo pesquisado (os sujeitos têm atribuídas aleatoriamente
suas condições).
– O que está sendo pesquisado.
– Quando a pesquisa será realizada.
– Onde a pesquisa será realizada.
– Como a pesquisa será realizada.

Normalmente, os pesquisadores com frequência não têm controle sobre o


“quem”, tendo que usar grupos pré-existentes - portanto, um desenho
quase-experimental.

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DESENHOS DE PESQUISA
QUASE-EXPERIMENTAIS
Os desenhos quase-experimentais são mais bem utilizados quando:
• A randomização for demasiada cara, inviável ou impossível de monitorar
de perto.
• A randomização for demasiada cara, inviável ou impossível de monitorar
de perto.
• Houver dificuldades, incluindo considerações éticas, para suspender o
tratamento.

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DIFERENÇAS NO DESENHO
DE PESQUISA QUANTITATIVA
Diferenças entre pesquisa experimental,
quase‑experimental e não experimental

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DESENHOS QUANTITATIVOS FALHOS

Fatores de um grupo, pré-teste/pós-teste:


• Efeitos de maturação
• Procedimentos de mediação
• Instrumentação
• Mortalidade experimental
• Variáveis estranhas

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ALGUNS DESENHOS CONSISTENTES (1)

Grupo experimental com controle

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ALGUNS DESENHOS CONSISTENTES (2)

Desenho quase-experimental com controle não equivalente

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GENERALIZANDO DE AMOSTRAS
PARA POPULAÇÕES
Para generalizar, as
amostras precisam ser
representativas da
população, através de:
•Amostragem por
probalidade aleatória (mas
tenha em vista o problema
do erro de amostragem)

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TIPOS DE AMOSTRAGEM ALEATÓRIA

• Amostragem aleatória simples (quando a população é relativamente


homogênea em relação às perguntas da pesquisa).
• Amostragem aleatória estratificada (amostra de vários estratos de acordo
com certas características p.ex., área geográfica, idade, gênero).
• Amostragem por clusters (p.ex., um município, famílias em uma rua,
escolas em uma cidade, etc.).
• Amostragem por etapas (extensão da amostragem por clusters que
envolve sucessivas seleções de amostra).

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TIPOS DE AMOSTRAGEM NÃO ALEATÓRIA

• Intencional: Sujeitos selecionados em relação a uma ou mais


características.
• Por cotas: Seleção não aleatória de sujeitos de estratos identificados, até
atingir o número planejado de sujeitos.
• Por conveniência ou voluntária.
• Bola de neve: O pesquisador identifica um pequeno número de sujeitos,
os quais, por sua vez, identificam outros na população.

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DESENHO DE INSTRUMENTO: VALIDADE

• Validade interna: mudanças na variável dependente podem ser atribuídas


à variável independente.
• Validade externa: possibilidade de generalização a partir dos dados para
uma população ou um contexto mais amplo.
• Validade de critério: forma como as pessoas responderam a uma nova
medição de um conceito com medições já existentes e amplamente
aceitas.
• Validade de construto: mediação de traços e conceitos abstratos, como
capacidade, ansiedade, atitude, conhecimento, etc.

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DESENHO DE INSTRUMENTO: CONFIABILIDADE

Confiabilidade é a coerência entre duas medidas da mesma coisa, como:


• Dois instrumentos separados.
• Duas metades de um instrumento (por exemplo, duas metades de um
questionário).
• O mesmo instrumento aplicado em duas ocasiões.
• O mesmo instrumento administrado por duas pessoas diferentes.

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RESUMO

• A estrutura de pesquisa experimental geralmente inclui duas etapas: de


planejamento e operacional.
• A pesquisa experimental começa com perguntas ou hipóteses a priori, as
quais a pesquisa é voltada a testar.
• As perguntas de pesquisa devem expressar uma relação entre variáveis.
Uma hipótese é preditiva e capaz de ser testada.
• As perguntas de pesquisa devem expressar uma relação entre variáveis.
Uma hipótese é preditiva e capaz de ser testada.

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RESUMO

• Em um desenho verdadeiramente experimental, o pesquisador tem controle


sobre o experimento: quem, o que, onde, quando e como o experimento é
realizado. Isso inclui o controle sobre o quem do experimento – ou seja, os
sujeitos são atribuídos às condições de forma aleatória.
• Onde qualquer desses elementos de controle for frágil ou ausente, o estudo é
chamado de quase‑experimento.
• Nos verdadeiros experimentos, é possível atribuir sujeitos a condições, ao
passo que, nos quase‑experimentos, os sujeitos são selecionados a partir de
grupos previamente existentes.
• Os instrumentos de pesquisa devem ser válidos e confiáveis. A validade
significa que um instrumento mede o que pretende medir; a confiabilidade
significa que ele é coerente em sua medição.

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