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Ãrea de Concentração de Pós-Graduação 5.

História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanisrno


tr

O INSTITUTO DE
CONTEM PORÂN EA DO M USE
ARTE MODERNA (MAM) DE
PAU LO DOS ANOS 1,
Ethel Leon

* lr¡baLho fi¡at 0 Instìtuto de Arte Contemporânea foi a


apresentado à prol ll¿ria
primeira esco[a de design no BrasiL. Anunciada
Possíveís razões para a curta extstêncía e para o fecha- Irefe 5z¡ìrecsanyi na

clìscipLina Necessidades enr 1950 por Pietro lvlaria Bardi, funcionou no


ntento do Instituto cle Arte Contenporonea do 14useu de Arte l)opulares e (,onsumo
Museu de Arte de São Pauto de 1951 a 1953.
de São Pattlo (l4AC) sao debotidas, opesar de a genealogia Cut[ura[, do crrrso de pós-

a
qraduação (la FAU-USP. Com apenas trinta vagas e um programa
declorada dos funcladores da escoLo estender'se Bouhous à prolessora
^gradeço
s(gestòes aq!i completamente inovador no quadro da chanrada
Dessau e oo Institute of Design de Chicogo. Aponta-se para a
(lesenvolvid¿s
educaçào artística, tem recebido pouca atenção
hipótese de a escola ter tido curto duração por nõo tet quaL-
1 l'1aria te(itr¿ [osclliavo dos estudiosos cle designr que, recentenente,
quet utitidade para os ittdtisttias poulistas, cujos responso- o Il\C
dos 5ailtos nlefciorìa
enl su¡ lese de doulorado
passaranr a citá-[a, reparando a histórica injustiça
veis apoiovom se ent n¡entalídade olheia oo ttniverso do pro-
Tto(ltçoo e l'lo(leilidode ûo
jeto como campo de inovaçao, que exclut o procedintento da l'lovel Btasileito Visoes de
de considerar a Escola Superior de Desenlro
Utopi( ûû 01)¡Li de Cottero, IndustriaL (ESDI), fundada no Rio de Janeiro ern
copia e clepende de nível íntelectttol eLevado. feneiro, lotiiile e Sérgio
nodliqûes, f:AtJ-tJSP, 1991. 1963, como a primeira escoLa de design do Brasì1.
LIcy Nie[]eyer, ao esLudar
d ESDI (Dcsigil tþ Brosil, Apesar de sua curta duraçãoe de seu pequetlo
0t¡getß e l\staloçoo. R\o de
número de aLunos, o IAC teve grande vigor, se
Possíble reosons to the brief existence and the closure of Jarìeiroi 2AB, 2000), cita o
IAC, ð l)arlir de ilatérja considerarmos que entre seus atunos estavam
Museu de Arte de São Poulo's InstitLtto de Arte ContenporÔ- sobre Pìetro 1,1¡ria Bardi
assinâda por nrinl rta muitos daqueLes que forntarianr unr canlpo
nea (Contentporary Art Institttte) ore debated stortínq front revjsfa ,e5i!,r,r & ltitetiores,
Nào há Lìvros dc história do específico de trabalho e que talnbém serianr
declored geneology of the school Jounclers to Bauhaus Dessatt
desi(jn brasjtoiro e resnìo o
fundamentais na definìção ideo[Ógìca do papeI
ond Institute of Design, Chicago. Hypotheses of the schooL's texto .le Jirtio Kãliflsky

is its non'usefutness Lo indttstries of Sõo Poulo,


publj.ado por l!atlcr Zaninj do designer, atérr de partiIharenl unl saber
short term e¡r !uå HiJtol,o da Atte 1¡o
Brasil rão faz referència ao raciona|.ista. Pois perfiLam-se etltre os estudantes
whose entrepreneLtrs were not awate of design as a field of
lAC, eorbor¡ f¡te (la escola
do l'1ASP A tinic¡ anátise do IAC ALexandre WoLLner, EnliLìe Chanrie, lvlaurício
innovotion whích excludes the copy os o¡t industria[ procedure
nìais dctailtacla de utD
Nogueira Lima, Antonio lvlatuf, Ludovico Martino,
ond depends on elevoted intellectuaL level' proqrama do IÂC qre
conheço está [o tivro (le Irene Ruchti, EsteILa Aronis, Attitìo Baschera,
l'larLerreAc¡y¡ba, ¿Io¡,Co €
Preto (S.ìo l)aulor lnsttluto Aparício BasíLio da Silva entre outros.
I in¡ ßo e l) 14 B¡rrlj, i99¿)
crrr qte ó arallsarla a Muita sào as questões suscitadas peLa
t)rotosl,ì dc curso de fundaçã0, peLo programa e peIo dosentpenlrc
loùposiç¡o rle J.rcob
lìLr.lìt ì
dessa prìmeira esco[a de design brasileira. Nesse
trabatho, proponho-me a acenar para atgumas 0u, ainda, como publicado no Diário de São

detas que dizem respeito à sua curta duraçã0, já Pauto, em fevereiro de 1951:
que, a rìgor, a escola tinha um projeto de curso São Pau[0, como cidade tìPicamente
de quatro anos, que não chegou a completar. 0u industriat, é a que oferece grandes possibi[idades
seja, a primeìra turma da escota, que ìngressou de concretizar esse empreendimento (o IAC), pois

no curso em 1951, não conseguiu conc[uí-to. uma escota com tais objetivos tem que viver
Apesar dìsso, é opinìão unânime, entre seus ex- forçosamente em paral,eto com as'industrias, a I
H

participantes, a enorme ìmportância que a escota exempLo do que foi feito peta'Bauhaus'na t
2
teve em sua formaçäo .' P^r^ a[guns, tratou-se Atemanha (Diário de S. Pauto: 28/0211'95I)' EnìiLie ChÀùie. Este[¿ Aroris,
Ludovico Martino, Luz Hossakô,
f,

Jacob Ruchti esclarece, em artigo pub[ìcado t


da única esco[a profissionaI cursada. Para outros, Atexandre Woltner e Irene Ruchli
t"
retat¿ranì a iilportância da Þ.
que fizeram novos cursos posteriormente, tratou- na revista Habitat, que Èi
escota n¿ sua [orilação enr t:,

se de uma ìmportante bagagem teórico-prátìca, depojnrenlos à autora s:


t,,,

que pavimentou a base de uma prátìca profissionaI 0 curso do LA.C. ent Sõo Paulo é uno adatação 'l

r
3. 0s texlos de PieLro l"laria Ë

de design no Brasi[. (sic) òs nossos condições e possíbílidodes do célebre Bardi citados nesse trôbatho são ?,

[anüscrjLos ou daLitografados e t'


curso do Institute of Design de Chícago, dírígído pelo I
A base do pensamento de Bardi Para a se enconLranr no atquivo do t
formação do IAC parecia adequada à pujança 0rquíteto Serge Chermayett (sic), e fundado em 1937 MASP, a [ìaiorì¿ detes senì data I
Há atguns deles que se !r

industriaI demonstrada por 5ão Pauto nos anos por Walter Gropius e Moholy-Nagy como umo encontrail repelidos Lais quais
t,

en jornais pertencetltes aos


que se seguìram ao final da II Guerra. No texto continttação do fantoso Bauhotts de Dessau 0 I'A'C'
Diótios AssociIdos. 5e¡\
'intitutado Uma Escola de Desenho IndustriaL no representa portonto em São Paulo - de unta maneíra assinatura 0 professor Ftávio
I'lotla, em entrevista à autorð,
Itluseu, Bardi anuncia a ìnauguração da esco[a indireta - as príncípaís icléías da Bauhaus, depois de
confirnou que os quadtos

com as seguintes Palavras: seu contocto com a organização índustrial norte' dirigenles do MASP tinhanl
espaço fixo nos jornais de
omericona (Ruchti, Jacob, 1951: 62). clìãteâúbri¿¡ìd

Masp inaugurora unto escolo de Desenho


0
4. Nåo é be¡ì assirn 0e ðtguns
Industrial especialmente dedicada aos jovens que 0 texto a seguìr exPlicita methor a ðnos DaÍa cá, o Masp está err þ
I'
desejam se íniciar nas artes índustríais' 0 Desenho aproximação com a indústria norte-americana: franca decadência ti
t
Indttstriol no Brasíl ainda esta para ser Jeito e enormes
possibitidades deJrontam-se paro todos aquetes que, Surgiu então a Jomoso'Bouhous'cont Gropìus, I
dedicondo-se a este romo de atividades, saberão Breuer e outros, a escola de desenho industrio[
ocomponhor o espírito nitidamente contemporÔneo criaclora de inúnteras sotuções novas que hoje nos são
aç0, móveis de
de nossa época adaptando as mesmas línhos estétìcas fantiliares como as cadeiras de tubo de

das artes puros às assint chamadas artes oplicadas e aço etc. Depois os anterîconos continuarant e

criando unta corresponcia (sic) de voLores estéticos desenvolveran esso experiëncia no conhecido Institute

entre untls e outrls de forma que o atividade das of Design rte Chicago, chefiodo por Moholy-Nagy' ex-

primeiras nao contínue despreendida das necessídades professor da Batthaus.'., Toclas essas inícíativas não

e utilidades diórios da vido prdtica, mas engendre podem passor ignoradas no Brasil, princípoltnente ent

São Paulo, grande centro industrial. Hoje a arte não


uma vísão de conjunto har¡noniosa de todas as artes

dentro de uma concepção orgnaíca (sic)'' pode maís ser vísto conto especialidacle de unt grupo

fechado. EIo tent que ir ao encontro rlessa


Num outro texto de Bardi, se¡r data, [ê-se: transformaçao da fisionontio clo ntundo feito peLa
íttdústrio e nas mesmos proporçoes (Dìarío de Sao

Não visa a escoto criar artistas, nlos sin oríentar os Paulo, I de morço de 1950).

jovens com uma preporaçoo técnico e attística bent

dirigido, no sentído de dor'lhes a possibilidade de a escola era tão boa, segundo seus ex-
Se

trabalhar, críar e contribuír para o incremento do atunos; se estava ancorada no Masp, instituição
índústria em gerol dentro tle um espírito e unÌ gosto que näo parou de crescer em importância cultural

ap tt rad a nt ente conte m P oro n eos. no cenário brasiteiro'', se seu programa se baseava
na necessidade de responder à crescente escota Bauhaus, da segunda fase, quando
ìndustriatização de São Pauto nos anos 1950; se funcionou na cidade de Dessau, na A[emanha,
havia ctareza programática de seu fundador, Pietro abandonando, nesse período, o ideárjo místico e

Maria Bardi, dos [aços que a escota deveria expressionista de sua imptantaçã0, na cidade de
constituir com a jndústria, o comércio, os serviços Weimar. Em Dessau, sob a dìreção de Walter
e as novas'instituiçöes cutturais, por que ela não Gropius e, mais tarde, de Hannes Meyer, a escota
vingou? buscou formar artistas para a indústria dentro de
Dentre as injciativas do Masp daquete um ideár'io técnìco-produtivista, que não abria
5 É extensa a bìbtiografla sobre período esteve a constituição de uma Escota de mão do rigor formaListau.
a B¿uhaus Anolo àquj, peta
Propaganda, que deu origem, posteriormente, à Depois do fim da Bauhaus, com a emigração
riqueza docuNental o texto de
0R005TE, t'lagdatena/ Bauhaus Escota Superìor de Propaganda e Marketing, de muitos de seus professores para os Estados
I
a¡cl¡iv, EauhaLts I 19- 1933. Kö|n.,
Taschen.2002, Para una autônoma. 0u seja, mesmo que o Masp tenha-se Unidos, a escoLa de desígn situada em Chicago -
aprecja(ão crít¡ca dos periodos desobrigado a dar continuidade a um projeto Institute of Des'ign de Chicago - tornou-se a
Weinrar e Oessau, vate a pena
consuttar 50UZA. Pedro Luiz pedagógico, taL projeto encontrou pouso em outras herdeira do ideário da Bauhaus.
Percirc de Notos poro unrc
instituições e seguiu sua rota, tornando-se centro No entanto, o sentido da Produção da
Histótio do Desig¡. Rio de
Janeìro: 2AB, 1998 formador de profissionais de uma atividade arquìtetura e do design modernos nos Estados
fundamentaI do capitalismo: a pub[icidade. Unidos atterou-se profundamente. Na ALemanha,
Eo design? Não seria atividade fundamentat? a Bauhaus decantou as vanguardas artísticas do
Não viveu um crescimento extraordinário dos anos começo do sêcuto XX, empenhada, ao mesmo
1950 até hoje? Não passou a lazer parte da tempo, numa radicaI quebra de padrões escotares
formutação de potítìcas industriais de paÍses como herdados da Acadcmia.0u seja, tornara-se uma

a Ingtaterra, a Espanha, a China, o Japão, a Coréia escota em que a dìvisão entre arte e artesanato

do SuI e tantos outros? Não foi motor de era profundamente questionada' Apesar de ter
reconstrução industriaI do pós-II Guerra MundiaI como horizonte a produção industriaI e, para esse
na Itátia e, em parte, na Atemanha, sentido dìrìgir boa parte de suas pesquisas,
independentemente de açoes oficiais? Não se trazendo para o campo de experìmentos materiais

estendeu na abertura de escolas e escritórios nos barateados peta II Revotução Industrìat, como o

Estados Unidos? Por que no BrasiL, apesar da aço utitìzado em projetos de mobi[iárì0, a Bauhaus

inicìativa de Bardi, apesar de uma base industriaL, reconhecia a cuttura artesanaI como depositárìa
apesar dos avanços da arte, o design não se tornou de unl saber indispensáveI ao projeto de artefatos
parte da estratégìa de desenvotvimento industriais. Nesse sentido, fundava seus

econômico? Talvez esta seja a pergunta maìs ensinamentos em oficinas artesanais, que
profunda a ser feita para entender a näo-vìgência ocupavam seus estudalltes tanto quanto o
do IAC. No entanto, antes de chegar a ela, aprendizado teórico tigado às formas (Argan,
gostaria de examinar algumas hipóteses. 1988 42).
Nos Estados Unidos, quando as vanguardas

IAC anticapitalista? européias foram descobertas pelo MoMA e peLas


etites, tratava-se de empunhar uma bandeira
A primeira detas diz respeìto às relações estética adequada à grandeza das grandes
de tensão que poderiam existir entre uma escota corporações capitatistas. Se a Bauhaus, na
artisticamente avançada e o ambiente no quaI Atemanha, fora perseguida, durante todo o
esta se inseriu, a exempto do que ocorreu com a tempo de sua existência, petos conftitos po[ítico-
próprìa Bauhaus Weimar, Dessau e Berlim' socjais da sociedade al.emã do período, e era
0 IAC foj um empreendimento pioneiro no vista, com freqüência, como cêluta de

Brasit, que visava formar um saber de novo tipo, "botcheviques", tanto petas administrações
artistas para a indústria. Teve como referência a [ocais, como peIo governo naz'ista, a partir de
tornou-se o 0u ainda:
1932, nos Estados Urlidos, a escota
"estito Bauhaus", devìdamente domado
e
o lttusett críar unt Ittstituto
instrumental Assit¡t sendo, decidiu
co[ocado a serviço da raciona[ìdade
de Arte ContemporÔnea que funcíonará com caractet
capitatista das grandes corporaÇoes' a t'ormar
essencíalntente didóttco destínando'se
0 lAC, ao se fundamentar na Bauhaus cetÔnica' artes groficas'
unra técnicos ett¡ assuntos cotttr¡
Dessau e no Instìtuto de Chicago' montou l¡ordodos' esntaltes'
da indústria' tecelagettt, ¡netais, mobiliatio'
escota subordinada às necessidades e plóstìca en gerol
de jordinagettt, desenho, pintura
aIheìa a ctamores da sociat-democracia tttttcionando ent
a essa fìtìação a adaptados para fins ìndustrioís'
esquerda atemã' Acrescente-se próprio Mttsett tent o escola a vantagen
conjtrttto cont o
Dessau, que Pietro Maria Bardi
a admiração díddtico' da coleçao
(sic) de valet'se de totlo o tt¡ateriol
nos contatos com
manifestava em seus cursos e bìblíoteca
franco- de fotogrofias, objetos otìginais
os estudantes do IAC pelo designer
especi olízada '
considerado o tlaior
amerìcano Raynrond Loewy' oríentar os
a escola crior artistas' mas sínt
o nlodeto Nao visa
cxpoente rJo styLing e consideraclo e o¡tística bent
que se joverts cottt uttto pteporaçao técttico
pioneiro de utna re[ação design-indústrìa de
dírigida, tto setttido de dat'lhes a possibiLidade
nos Estados
constituìria a partìr dos anos 1930 e cotftríbuír pata o incrente¡¡to do
atributos' trabalhat, c¡íat
Unidos. Loewy, entre outros
é
espítito e Lttlt goslo
que motdou um it'tdústtía ent qerol dentro de unt
reconhecido conlo o designer neos'
empresas a p tt rad a nt en te con tem P or o

padrão re[acionanlento conlercìaI conl


c.le
do design
. qr. inuugrrou ou vaticlou um discurso de
Bardi emPunhava a bandeira
uma
sucesso de
co¡no ìnstrunlento de marketing' de Enr nenhum
obtençáo de atuatização cu[turaI clos ìndustriais'
vendas, ou seja, de seu papel na quatquer referêncìa
ûrolnento de seu discurso há
[ucros. do clesign' seu papeI
operado por a um caráter utópico
Esse amá[gama referertciaL que virìa a ser
hìpótese de a escota democratizador, bandeira
Bardi no iAC afasta qua[quer da esco[a de Ulrr'o f) 0 a/e5i0rì colro (lisciplllì¿ ellc¡

postura antìcapita[ista empunhada petos dirigentes esL.i nð oliqel¡ do Pell5¿nìelìlo


não ser aceìta por quatquer
Va[e [embrar que' depois da
Bauhaus e rle nruiLos Pocle \e ¿quì ¿
'ìt¡r
ìndustriaìs paulistanos' Em um
dos
pelos meios rraLrìz dessa collcePçao conì
Unidos' o IAC era
do MASP e suas "recriações" nos Estados Wiltìanr l'4orlis, que se(lÙlar¡i:ilte
escritos guardados peto arquìvo a repercutiu elrl HenrY v¡lì de
tatveza primeira inìciativa de dar continuidade
assinados por Pìetro Marìa
Bardi [ê-se: Velde e en1 Watter CroPìus Nos
um ensino que combinasse
arte e técnìca em anos 1970, o Leórico do '/e5rq'

grande estì|.o. Fazia parte de


um pr0grama ¡mbie¡tà[ Vrctot l)¡Palìek

Sera solicitada tantbént o


coloboração dos el0ltlou css¡ liPo rle
que se assentava na criação de um 5¡r¡eo lo
peLo "desenho" pedagógico Dcr r
i.
ínclustriois que denlonstratlt intetesse
I
no MASP' amparado le tlpor¿rlc¡l¡clìte, ¡té¡r rlc
acervo internacional de arte
Cof
t:,
podroes de seus joverts deriqrtels viûc(lados ¿o
de suas produções' atuolizondo os de arte contetrp0ranea ecotlesiqtt on ao soci¿l
!.
por exposições ternporárias
t¡,.

ut11 gosto essencilonente


(sic) '/P5iqrì
produtos dentro de dentre as en(0tìtr¿lros os llscritos de [_¡20
s
se t'ossilizoren ent típos e estilos
c por inicìativas pedagógicas diversas' l'1ari que se leferenci¡rtt ¡¡
ft
contempotãt1eo sent e gravura' A
do desenho quais os cursos [ivres de desenho crítìca i[1pLôcávet do desigrt conto 41.

Lanlentavelmente o problenta
Y.
obsoletos' iilsIrunlenLo de gerar consunto' 'f.
prectosas'
qintórdios' idéia das formas Llnìversatmente qualclan.lo referôncìas tttópìc'rs v.
industtial otttalizado uindo esta em
seLts
projeto estético' seja no
capazes de informar o
cìo peIs¿¡ìellto de t"lotris
ptoduzindo en sé¡íe
Mttitos ittdustrinis continttttnt apticada'se
plano da arte, seja no plano da'arte
t.
gosto passado' I
objetos que ober)ecenl a Ltn das Formas do l,

materiatìzava na chamada Vitrine :i,


níveL artístico qtte ii
responsabilizondo-se pelo boíxo \i

cotocte¡iztt o gosto do ptibtico'


0 Instituto de AÌte I'4 AS P.
i

dar uttto unidade às


Corrtenrporanea pretende
{r
a cutiosa tatz
Estao expostos nesto vittitte
de5de
ntoniJestaçoes estéticos do
vitla hodierno e¡tsina¡tdo !

até o últittto típo de ntaqttino cle escrever


gtot'icontente' t'otntar de unta orvore
a ntodelar, desenhar' contpot gregos'
Ìlívetti, passontlo-se pelos vosos egípcios' !
vídros' clentro de trnt espirtto
tecîdos, forjar cero¡nicos' apresenta I
o nlóquino de esc¡ever alí se
atuolizodo t'loretttinos etc'; ';
de Progresso sentPre I
como um típico exempto das possibilídodes estétícas

de um produto industrial, que foi devidamente os ideoloqias construtivas estão org0nicamente


projetado por um desenhista índustríal (Wollner, ligodas oo desenvolvimento culturot do Américo Lotina

200i:49). no petíodo de 1940 a 1960. Encoixavon-se cont


perJeíçao os projetos reformistas e aceleradores dos

Tratava-se, portanto, de dar às formas poíses desse continente e servirant, até certo ponto,

cotidjanas o mesmo estatuto da produção como 0gentes de Iibertaçao nocìonal frente oo domínio

a rtísti ca . da cuttura européía, ao mesmo tenlpo em que


sígnifícavom unto ínevitavel dependêncía a ela. A

IAC - moderno demais? pergunta óbvia é a seguinte: de que moneiro poderiant

servir à emancipação cultura[ desses poíses frente òs

Uma segunda hipótese para entender a curta suas tradiçoes colonizadas? Uma resposta possivel díz

duração da escoIa seria uma modernidade respeito ò aspíraçao tipicantente consttutíva de


"excessiva" de seu conteúdo. A visão nloderna, planejar o antbiente socíal segundo os ntoldes de uma

universatizante de Bardi, que convenceu racionatizaçao nodernizadora que entrovo


Chateaubriand a não montar um museu tradicionaI sistemoticamente em choque com a mentatidode
como o de Betas Artes no Rio de Janeiro, poderìa vigente e colonízado. E, mesnto que esszs modernízaçao

ser dificiI de absorver por nossas etites acanhadas tivesse um caráter basicomente capitalista, ímplicavo

cu ltu ratmente? a formação de quodros nacionaís, aptos a equacionar


7, BRITo, RonÀtdo. "As Quero fazer um museu de arte antiga e as soluções odeqttatlas a reatìdode local ' (Brito, '197 7 :

Ideologìas ConstruLivas no
moderna" dizia Chateaubriand a Bardi. Ao que 303).
Anrhiente CultúraI BrasiLeiro" ln
Projeto Construtívo Btosileûo no o jorna[ista que nos anos 20 fo'i redator do
Áde, cooordenação de Aracy A
Corriere della Sero retrucou: "Arte não é antiga No dizer de Jútio Katinsky, referindo-se ao
Amar¿t, Rio de Janeiro, l"luseu de
Arte Moderna; 5ão Pauto, nem moderna. A arte está em tudo, nas ruas. concretismo:
Pinacoleca do Eslado, 1977
Faça um museu de arte, o MASP" (leon,1990:
6 5-6e ). Na verdade, os concretistos, com uml defasogenr

Nossas classes dirigentes pareciam absorver de dez anos, tombém procuroram satísfazer unt onseio

muito bem as idéias modernas no campo da arte de "atualidade" de pequena porcela cla classe médía
e da arquitetura. 0 projeto moderno desenvotvia- paulista, frente ao ambiente apótico tla província,

se no Brasil e, especiatmente em São Paulo, de íguol como os integtantes cla 'família artístico', e

forma exemptar. 0 IAC foi pensado e efetivado como taìs são a continuaçòo necessótia do esforço
no mesmo período em que se desenrotavam as paulista paro ínstituir o orte no cidode (Katinsky,
ações de comemoração do IV centenário da cidade, 1977: 329).
tão bem estudadas por Maria Arminda do
Nascimento Arruda (2001.: 77-104). A abertura A atuatização cutturat, a superação do
da escola se deu no mesmo ano da realização da provincianismo também fazia parte do programa
I BienaI de Artes. 0u seja, o aggiornamento do IAC, conforme se pode ler nas notas redigidas
cutturat, am parado no desenvolvi mento ìn d ustria [, por Bardì:
da cidade parecia o cenário perfeito para a

instatação de uma escola de desþn industrial. E Pois bem, sint, o Museu de arte criou a escolo tle

tambêm, os preceitos do IAC o aproximavam da orte contemporanea com o intento de oiar qualquet
arte construtiva, que teve extraordinárja coiso de antítlîletonte, de especíolízado, com o intuito

penetração nos meios artísticos brasileiros do de colocar o grande problemo tlo equipomento
período, e se ancoravam também na do¡nestíco (leia-se móveis, tecidos, objetos) sobre
metropo[izaçäo/industriatização do país. bases 'huntanas' e ntoraís, procuranclo endereçot os

Como observou Ronatdo Brito, responsaveis pelos objetos basilares cla vido do H)MFM
(leia-se ntóveis, tecidos, objetos) que tanto reatizada na Feira NacionaI das Indústrias, o 1

influenciam no suo formoção psíquica e moral dos Satão de Arte.


indivídttos, ent um sentido honesto e correspondente
oos tenlpos. Ero, pois, sent dúvida, qualquer coisa cle inédito o

Ent poucas palavras, cria¡ unta ctosse de oco¡ttecintento, sígnifícondo que os honrens do
desenhistas industriais especializados, [ibet tando a produçao, os hontens da indústria e ¡1o contércio, os

huntanidode do ctasse dos tapeceiros especuladotes, home¡ts tle negócios, em suno, vinhont ao enco¡ttto

dos Jabricantes de ntóveis de bom mercado e dos dos artistas, propiciantlo-lltes, rlentro de sua
'decorodores^ (\ardi, s/ dato). organtzação, utn lugor p0ro una paroda das ottes 8 , tl¡bene si, ìt lvlrseo (lì ¡rl(,
há creaLo l.l s.ilolå d'arte
plosticos... (AImeida, 1976: 185- 188).
coilteilporarea (on I inteilto di
Sua conexão com o movirÌìento concreto fica cre.rte urr quatclre cosa di
anliditettantesco, di
evidente nas palavras de Alexandre WoLLner: En 1951., São Paulo já tinha dois museus sDeci.ltizzato, (o¡ l'intenlo Lle

que apresentavanl exposiçoes de arte nloderna, inpostare ìL qrosso problenr¿


delt'atrezz.rtura (lo0rL,sticil (teqgi
0s artistos do ntovintento de arte concreto ent São lvlASP e MAM. Já se fazianl cartazes de feição nrobili, stoffe, oqqetti) su basr
"uilìane" e nrordli, cercà¡rlo di
Pouto, por meio clo ManiJesto Rupturo e do exposição construtiva para instituiçöes e ìniciativas culturais.
indirizzôre i resporrsabiti dcgti
de 1952, romperant cont o dontínio cultural Jrancês - 0 IAC não destoava, portanto, do conjunto de ¿Llrezzi basitar¡ delt¡ vit¿
dett'U0140 (teqql nrot)rti, sLolfe,
embora, jd em 1951, [ano] inaugural do IAC, Lino iniciativas culturais que pareciarn cotocar o BrasiI
oggetti) che L.rrto irìftûiscono
Bo Bardi e Jacob Ruchti houvessent se antecipado ao na rota da contemporaneidade. sutlå foírazio¡c Ds¡(hlc.r e f
I
rnoralc deq[ì if(l]vidri, iil Lrn
I
contexto do manifesto. E assínt nós, Maurício Nogueira sentido oilesto e rrs¡rorrdo rti ai i

Lima, Antônio l4aluf, Emilie Cltantíe e eu, seus olunos, IAC - escota sofrível? ter¡ l)i
I¡ po(he l)¡rolc crc.ìre (¡il¡
i'
porticipantes do ntovitncnto de orte concreto, ¡tos ct¿ssc dì (lrseqr,rtoil ì[dr 5tr iaLì

tornamos pioneítos no contpo do design (WoL[ner, LJma terceira hìpótese de trabaLho é a de st)eci¡tiiz¿ti, liher¡ildo l'1r¡n.ïrta ,.
":,
dot[¡ ( tð\sc ,li 1¡pl)ozlieir
2003:59). que o IAC tenha sìdo uûìa escoLa acanhada, sDecul¿tori, cloi nrobìlieri ¿ buorì i
[ìerc.]lo e dei " decor¡lori"
incapaz de dar boa formação a seus estudantes. f.

BARDì, Pietro l"1ari.r, l'lanuscritos v


E tambem: Em primeìro Lugar, é 'importante destacar que sobre o IAC, scrrr c1.rta. Arquivo Ì.
do ¡4^5P tr¡cl(Lào da ¡utor.
o IAC foi aberto no mesmo período etn que a escota
'|

0 ntovimento dcl lrte concreta dos anos 50 teve o de Utm (Hochschu[e für Gestatturrg U[m) estava I

poder de modificor o conportdmento dos artistas, sendo pensada por urn cotetjvo do quaI fazia parte

fazendo-os partícípar de projelos o serviço das Max Bjtt. 0u seja, a pertinência de unra esco[a que i!

t¡ecessitiades comttnítarias, transformondo-os ent atendesse a indústrìa e que retomasse alguns ;


I

designers. As ícléias da Bauhous e, aqui no Btasí\, a preceitos bauhausianos se confirnraria na derrotada '!'

criaçõo do IAC, ogregadas ao interesse pattÌcipativo A[emanha. 0 design industriaI e gráfico soava i
i:
ti
dos artistas concretos (píntotes, escultores e poetas) estratégico para a reconstrução de unl sal¡er
lr
e ò propria muclanço da ntentalidode de liberdade do industriat "mode in Germany", 1..

expressionisno abstracionista ¡tortt o otítucle cle rigor Não houve [aços entre as duas escoLas, pois I

e objetivtdade do orte concreto, detan origent a unt Utnr abriu suas portas enr 1954, quando o lAC
'

dos movinentos mais impottontes de nossa cuLtttt o. não nrais existia. Mas, ao vìr ao BrasiI enl 1953,
No neu er¡tender, rnais intportonte e ontplo do c¡tte a Max Bitt, grande prerniado na nossa I Bienat,
Semana de Arte Mocletno de 1922 (Wollne¡ 2003: encontrou-se conl Bardi e pediu-[he o nonle de
5e ). um atuno da escota para treqüentar os cursos elrl ¡

Utm - setecionados com grande grau de rìgor, !¡


l;

Já se havìam passado dez anos desde que compondo uma escota etitista. QLlenr narra o i'
I

uma mostra de arte fora ¡¡ontada dentro da Feira episódio é ALexandre WoLLner:

NacionaI das Indústrias. Em 1941, conforme retata


Pauto Mendes de Atnlejda, o pintor Quirino da l,lox Bill veio oo poís ent 1953, tt r.t¡ttviLe do govrttrto

Silva esteve à frente de unla nlostra de arte btasíleíto, pota reoLtzat plleslr0s cn¡ 5õo Pttulo e no

I+.,,þ'¡;:,' ,,,i[!
iïl;'::¡El

Rto. Atém de receber o prêmio cla I Biena[, contunicou da otte), Lina Bo Bardi (design inclusttial), Jacob
o formação da escola de UIm, baseacla no conceito do Ruchti (curso t'undomental), Roberto Sambonet, unt

Bauhotts. Em encontro com Pietro lvlaria Bardi, solícitou ptntor ita[iano, nais tarde designer renomodo no

o recomendoção de unt aluno para a esco[o. 0s Itátio (desenho livre), Leopoldo Haor (desígn gróJico),
setecionados para Ulm devetiont ter olgunta experiencio Cartos B¡atke (materíais), Flóvio Motto (historia da

profissíonal, cont lintite de ídade até 25 anos. Esse ctrte), Salvador Candia (orquitetura), íloger Bostide
alunos - a primeira turmo -, além de conhecintento (socio[ogio e ontropologio), Roberto Tibou (geonteûio

prdtíco paro auxiliar no projeto e execução tle ntóveis, e desenl¡o técnico), Carlos Nicolaiesky (tipogroJio),
teriom de instalar equiponlentos e mostror preparo Gostone Novelli (pintura), Poty Lazzaroto (grovuto),
íntelectual poro serem adnittdos tios cursos tesso[tando também Clara Hartok, aluno cle Anni Atbers

programados pelo escola. no Bouhaus (teceLagent), entre outros).


Bardí sugeriu meu non1e. Bill escolhera Geraldo Lina e Pietro M. Bardi ntovin¡entarant os otividades

de Borros, que, além de estar casado e recém-chegado clo museu, trozendo para o Brasil personalÌdodes
de uma víagem o Paris conto bolsisto, era funcionório inte¡nacionaìs de eferuescente e patticiponte culluta

de carreíra do Banco do Brosí\, e assim, viu-se obrigado contemporaneo, foro do dontinante eixo cultutol
o declinor o convíte e ¡ne recontendou. Ftti ovaliodo parisiense, como Walter Gropíus, Le (orbusiet,
por Max Bitl e aceíto (WoLLner, 2003: 61). Alexondte Calder, Soul Steinberg, Gío Pontí, Piet Luigi

Nerví, pora polestras com o público ent qeral, olent cle

A esco[a, atiada ao Museu e suas atividades, porticipoções especiais para os alunos da escola.

formava um conjunto mais do que propício ao Entre os convites a estrangeiros, un foí poro [|ox
desenvolvimento de um ensino de atta qual,idade, Bill, arquiteto, designer, pintor, escultor, ex-aluno do

buscado também por Bil.t em Utm. A Hochshute Bauhous e teórico da arte concreta suíço. A intençao

für Gestattung UIm deveria responder à era que ele inaugurosse o IAC, ntas nao Lhe foi possÍvel
reconstrução aLemã após a II Guerra Mundiat. chet¡ot a tenrpo do oberturo oficíal. 0 Mosp, no entoùto,

Deveria dar continuidade ao projeto Bauhaus. em 1951 (pouco trntes da I BienoL de hte de Soo

Deveria responder à apropriação norte-anrericana Paulo, ent que Bill receberio o Prênio IntetnacionaL

dos ensinamentos da Bauhaus; deverìa criar por stta escultura Unídode Iriportido, hoje no acervo

instrumentos de fazer brotar novos marcos do MAC/USP), orgonízou uma exposição retrospectiva
jndustriais numa Atemanha arrasada pe[a guerra. de suos obros (Wollner, 2003: 51).
0 IAC deveria responder à jndustriahzação e
metropotização de São Paulo. Deveria fornecer Apesar de não ter aparelhamento à aLtura
os meios de mudar os produtos de uma indústria do que se esperaria de uma escota de design, o
de móveis e utiLitários adequados à arqtritetura IAC cumprìu prinrorosamente sua função
moderna brasilejra, já consagrada. pedagógica.0 depoimento de Alexandre WoLLner

Pietro Maria Bardi reuniu os nomes que reitera essa visão:


consjderou methores para formar utn curso de
atto nívet, tanto do ponto de vista técnico, quanto Todos essas atividades dent¡o do lutosp e os auLos

da formação em história da arte e em do IAC tinhom co¡ttctetísticas próticas e teóticas


humanidades. bósicos, com poucos inJorntoções sobre a otitttde
proJissionol, 0té por nao haver no Brosí|, no époco,

Jacob Ruchti ttouxe para o IAC, atén¡ do progranta designers ou atívidodes indust¡íais ofins. 0 ptofessor

do cttrso fundantentol de Wassíly Kandinsy (pottto, Leopo[do Hoor tontbéttt atuava cot]lo cottozisto
linha, plono), implantoclo na Bouhaus, os intençoes conerciol, llobe¡to Sanbonet, pintor, etrsinava
de ltloholy-Nagy paro o formação de desiqnets do expressõo attísttco e a 0tquiteta Ltna tso Botdi,

Chicogo Institttte of Design. 0 corpo docenLe iniciaL desiqnet de vórías codeíros. Toclos ttos t¡ansntítiront

do instituto loi Jotntodo pot Pieûo 14. l|otdi ¡hístória alguns exetcicios de execuçc1o ptaLicu, o esLtoçrtr do>
de Bardi para
no ptocesso técnico de as5inatando a pertinência da anál'ìse
projetos, potént sent entrdr
a fundaçáo do IAC.
execução e ProauÇao
de
No IAC, nao itovia instalaçoes odeqt:ad'as XX ttilhava os
São Paulo de ¡tteados do sécttlo
protótipos oLt
oficinos ottde pudessenos execLttot rocionalidade
rLrtttos do progresso, rla modernizaçoo' do
impintir projetos. Mesmo assit¡¡ os exercícios técnicos
(Atruda'
ntuito e de uttta culturo c¡escentenente técttico
ntinistrados por Leopoldo Httar t'oroni
progresso dos alunos' trazendo
2A01:49).
importantes para o
príncipalnente da
ínfluências positìvas' Letnbro-nte
do Na décctclo de 50' algurts íntaginovant até clLte

evolução de alguns colegos que segttíram na área de ttnta ttovq


Nogueira Líma' estoríomos assístintlo ao nascinte¡'¡to
desigrt, cono AntÔnìo Malut'' l'laurício
civilizoçoo nos ttopícos, que cotttbittovo o incorporaçoo
Estella T'Aronis, Lttclovíco Martíno
e Emilie Chomie'
cottt
conqttistos nlaLettats do copítttlísnto
tr
t¡tínho fotntaçoo de
0 inslituto Joi decisivo ent ote¡ qLte
persÌstencio r/o-s oços de cat
tr
uos
conpo da arte
profissional' Até então, eLt otuovo no co¡tliolidode'
sittgularizavarì1 cotlìo povo: a
a

conto gravador e desenhista' condicionado ttnicantente


a tolerôncío (Mello e Novots' 1998: 560) '
ctiotividacle,
por elententos intuítivos e a¡tísticos' sem nenhunta
una vivência nc
funçoo objetivo.
0 IAC propiciot) me
bent cottto 0 iAC Parecia ter justamente estas
a convivêttcio con vários prot'essores'
hibridas - entre as quais a Já
nteío e
palestras no l4asp' o caracteristicas
oportunídade] de vet e cuvír
1..

[o nutria por .;i

intuitiva e perntititr mencìonada arlmiração que Bardi


t1ue apritnorou ntinha capacídacle'
o ttossil'¡iliclude de portícipoçao Gropius e por Loewy - que o lornarlanr i
(ltte eu percebesse
nos5a reatidade
extretramente adequado para
sociaL e cttltu¡al do artísta por rneio do desiqn (WollneL aptos a
A formação de quadros nacionais
2003: 53-55) ' IocaI era o f:
sotucìonar questoes da reatidade \
brutais que
objetìvo do IAC. As transformaçoes
A área de infl'uência do iAC também pareciam indicar
o a[to níve[ de seus se processavalrì no país também
denotava a singutaridacle e Enr L950 havia
à autora' Emitie a pertìnêncìa do projeto do IAC'
ensinamentos. Enr depoimento nas cidades contra 41
a pessoas' 1.0 m'iLhões de habitantes
Chamie e Estetta Aronis referiram-se Nos anos 1950
mil,hões de habitantes rurais'
cujos nomes e[as não [embram' que gravitavam
nrjgraram para as cidade
8 nli[hoes de pessoas'
conta:
enr torno da esco|La' E Atexandre Wottner
(luletto e Novais, 1998: 574
e 581) A Companhia
ìid.rúrgl.u Nacional fora fundada em 9 de abril
ao o bolsista cearettse
lutto artista ìigodo MAl4
' enr Lo de
desenhisto e de 1941 e inìciou suas operações
Gttstovo Gocbel Weyne Rodrigttes' foi trazida para o
outubro de 1946' A televisão
gravodor (conhecidocono Goebel V/eyne desde os o
BrasiI em 1950, por Assis Chateaubriand'
de arles plasticos cnt tottaleza)' tínho
do MASP' A Petrobrás foi fundada
saloes etn
para fundador
intençoes de feqüentor o IAC' mas as inscríções foi ce[ebrado em
asstt¡t' ao 1953' 0 IV Centenário de SP
o cttrso jó ltoviont sítlo ertce¡tados Mesn¡o moderna o e
1954, fazendo ecoar a arquìtetura !
estavo ele' itttc¡essaclo em
oLhot
té¡tttino das attlos' lo 11

origern raciona[ista'
design grâfico tanlbêm de
ï..
de Maurício' {
e discuti¡ os trabolhos, principolntente os IAC precederanr 0
0s anos de funcionamento do
fL;

Emilie, Maluf e os meLts (Wollncr' 2003: 57)' por Joào


I

grande satto industrìaI caracterizado


Carcloso de Metlo e
que se estabeteceu a
Manuel
IAC - São Pauto
partir de 1956, corr o qoverno
JusceLino

já muito conhecidas' as Kubitschek


Embora sejam
de São Pauto como A anrptiação do rrercado cotrsumidor'
características do crescinlento conquistas ntateriaìs dos
naquete urbano e llaseado nas
cidade industrìaI e sua rnodernização
ír.
períodomerecemserbreVen]entedestacadas,EstadosUnidos,eaexistênciadeutngratlde Ë.1

ri
ill
f1
'l
tr
número de indústrias de bens de consumo no José Erntírio de Morais, alguns donos de grondes
período tambénl faziam prever unl crescente inrlústrias, cofito, por exenlplo, Crespi, Calfat, Pignatori,
mercado de trabatho para desenhistas jndustriais. Klabin, GuiLhernte da Silveira, alguns qrandes
cotnerciontes. Nos comunicaçoes encontratnos Ltnl

Ja no finot do século XIX ent diante, e potentodo, Assis Chateaubriond, dono de ntuitos
acentuadantente o portir dos anos 50, o grande jornais, radios e IVs, e unto meia dúzía de donos de

fascínio, o modelo a ser copiodo passa o ser cado vez grandes jornaís e raclìos, Havio, isto sint, unto ntasso

nrais o American way of ltfe. Fascínio, printeíro, clo de peqttenos e médios empresdrios, do indtisttia e dos

empresariodo e da classe ntédia olto, que, clepois, foi setviços, Uma boa parte dos pequenos emptesotios
se espraiando para baixo, por forço do cinema e da não detinha uma rendo muíto dtferente da aufetída
exibiçao, nas cidodes aos olhos dos 'inferiores', do por unt profíssional Iiberol mois ou ntenos bent-

cotlsumo moderno dos'superiores', dos ricos e suceditlo; olguns gonhavam menos.


prívílegiados,., (l4elto e Novais, 1998: 604-605), 0 desenvolvintento economico ropido da décodo

dos 50 criott uma ampla ganta de oportunidodes de


No plono econontico, a recessão e 0 guerro investimento, especialmente rto período do governo
repercutiram de modo ontes positívo que negatívo Juscelino Kttbítschek (1956-1960) (lvlello e Novais,
sol¡re o ritnto de atividodes, tendo en vista a diretriz 1998: 589-590),
anti-recessiva da político econômica do primeiro
governo de Vargas e sobretudo o impacto do situação Explicaçoes do fracasso
de conflito ínternacional. A guerro não só ojudou o

preservnr o mercodo ínterno poro a índústria nacional Há várias expLicações para o fracasso do
como abriu espoços no mercado exterior paro artigos projeto IAC.0 próprio Pietro Maria Bardi
de consumo fobricados no Brasil. 0 rítnto de atividade apresentou algumas deLas. Uma primeira se
da índústria brosileira no conjunturo tle guerra foi assenta na mentaLidade dos jovens que cursaratn
intenso, a capacidocle ociosa desoporeceLt e a o Instituto. Alexandre Wo[[ner, enr seu Iivro,
lucratividade Joi consideróve[, Do ponto de visto registra o artigo de Bardi a esse respeito:
geogrdlico, o indústría sedíada ent São Paulo, entre
1920 e 1940, chegou a suplontar o do Rio de Janeiro 0 professor Batdi fechou o IAC ent fins de 1953.
e sua copitoL totnou-se o principal centro econômico No ortiqo "Gropius, o Arte Funcional", publicado na
do país (Durand, 1989: 117). FoLho da l,lanha do dio 7 de juLho de 19u4, diz:
"Quondo eLi mesnio no Masp tentei, em 1950, obrit

Também a grande quantidade de pequenas unta escoLo de design, ero noturoL que lentùosse de

e médias indústrias ao [ado de atguns grupos Gropíus, a ponto de nos opelítlarem tle bauhousuthos.

econômicos poderosos, pareciar.rì conformar a A escola se coroou com um signílicotivo fracosso, apesot

base materiaL perfeita para o desenvolvimento de contar com professores de mérito e de comprovodo

9. E interess.lnte observar que do desenho industria[.n experiêrtcia européio, conto Lino Bo Bo¡di e o valotoso
erì atguDs periodos/ pàises enl
Jacob Rttchti. 0 frocosso deveu-se à tnentolidode tlos
que o desenho i¡dustri¿[ se
destacou houve ini.iàtiva de No início dos anos 50, nosso empresariado obrigava a[unos, solvontlo-se All, todos por demats o¡tsiosos
(trarìdes, ûéd¡¿s e pequenas
enrpresas, Pelsentos na
unt conjunto reduzido de capítotistos de maior porte. em se produzir conto personatidades outononcts e

Deutscher Werkbund e na AEG Eram sobretudo banqueiros ou homens [dedicados] fazendo prevaleca o eu que se distinque actn¡a dos
acomparrhada de unr grupo de
pequenas indúsLri.ìs; Ia Europa
direto ou indiretomente (por exenpto, os Guinle, oLtttos eus, qrnse temf,,e genios nõose consideranclo'
do Norte, em que ¿ [letrolux ou detentores do concessõo do porto de Santos) oo gregórios no conceíta operativo de Gropius (Wollner,
a Volvo convivefa[] com
pequenas fábrjcas de (erårìjca e comércio de exportaçõo e iryportoção. No índústría, 2003:73).
vidro; ¿ Itá[i¿ co[] ¿ l-iat e as
ho uns pòucos mognotos que chefiom grupos
olicin¿s dos cclozzie¡e ou a

0[i!ettr e as pe(lùerì¿s fábric¿s econônticos fíncados nos setotes trodicionois Parece, no entanto, inqênuo, creditar à
rie ¡rovcis c objetos drnresltcos
(alimentos, textil, ctntento etc.), conro Motorazzo e nrentaIidade dos alunos o fracasso da escoIa.
Talvez esse discurso merecesse uma pergunta feita econon¡íca. Isso acontece nttnn fose en que o espitito

de revés: houve projeto cotetivo capaz de oferecer píoneiro tlo empreendedor pré-capíto[ista deixa cle ser

oportunidades aos jovens formandos? A questão ctiodor e produtivo ent face do contplexidode dos

fica apenas levantada. probLemos a serent tesolvidos na esfeto da prótíca' As

No mesmo Livro, WoL[ner dá sua própria exigêncios novas da sítuação históríco-social inpoent

versão dos fatos: modiJicações que não ofetan, openas, fonnos isolodas

de attração oLt de cotllpottantenLo econôntico' F- o

Quando o prot'essor Bard¡, en pñncípios dos anos horizonte intelectttal do entpreenderlor qtte precisa

50, pensou na críaçao do Instituto de Arte se¡ olte¡aclo, cotno reqttisito para a forntoçõo de ttnta

Contemporoneo, suo intenção Joi fornar designers nentoLidade econonico contpatível cont o grou de

profissionais para integrorent-se a indústria brasileíro racionalizaçoo dos ntodos de pensar, de sentit e de

emergente, que devería se preporil poro desertvolver oqir ínerentes à econotnia copitaLista (Fetnandes,
produtos criativos e de níve[ competitívo, vísondo a 1974: 62).

expoftaçao. fechar a escola três anos depois, por


Teve de

destnteresse dct indústria no aproveitantento dos jovens 0 horjzonte intetectuaI do enrpreendedor


designers que fonnou, A grotde ntaioia dos industriais precisaria compreender o atcance que o ensino
brasileiros preferio pagor royalties paro produzir aqui artístico aptìcadoindústria poderìa ter na criação
à

ou itnportm produtos criados no exterior (no naioría de novos objetos industriais. Enquanto no BrasiL
dos cosos tnodequados à nossa cuLtttra e tecnologia) era por nìeio de unra escota que se tentava
ao invés de investir no proprío tlesenvolvimento. lsso estabetecer a rel,ação artìstas/indústria, na ItáLja
vent acontecendo ha cinqüento anos e conti¡tua assim do pós-guerra foi a união de um grupo de

até hoje! (WoLlner, 2003: 295). arquitetos e artistas coln atguns empresários que
conseguiu criar o desenlro industriaL mais
Essa visão coincide com a que Pietro Maria ceIebrado dos últinlos 50 anos do lrundo. No
Bardì passou à autora, ent entrevista concedida Brasit, a pesquìsa aìnda rnuito parciaI sobre
em janeiro de 1990. empresários que investiranl nc) design industriaI
e mesmo no design gráf ico, apotltam, em a[guns
A escola fechou porque os enpresorios ttão casos, para protagonistas de sótida formação
entenderont nada, não qttiserttnt adotar o desígtt. cuLtura[. É o caso, por exenrp[0, do industriaI lleitor

Tontbém a prefeitura não c:olaborou, noo repossotr l'4anarini, proprìetário da fábrica Equipesca,
verbos pata nonter o escolo'.' freqüentador clos círcuLos concretistas. Foi a partìr
de sua inserção no nlundo artístico/intetectuaI
A questão é : por que os empresários não que e[e levou o design para stra indústria, tanto
haveriam de apLaudir e aproveitar o potenciaI em progranra de identidade vìsuat, na eLaboração

criado com o IAC? Em que medida o design (ou o de unìfornres'ergonômicos' para os operários
desenho industrìat, cot'rìo se denomìnava entäo) quanto na eLaboração de aIgLrns produtos,
não poderia contribuir para o programa estratégìco reaLìzados, respectivantente por Alexandre
da industria[ização paul.ista/brasileira do período? Wottner, Estetla Aronis e Kar[ Heinz BergnriLter' l0 fìe5la ìììveslr(l¿r re css¿s

Uma chave para a compreensão da questão Pode-se [errbrar tambénr da indústria MetaI Leve, rela(oes cuttura/desìqtl se
confirnr¡¡t. I l¡rnbértt se
pode ser encontrada na anátìse feita por FLorestan do enrpresárìo José Mindl'in, conhecido bibtiófito clecoilerr d. visóes t¡rìrbatn
Fernandes sol¡re a industriatização brasiLeira. Enr e apoiador de iniciativas cuLturais e artísticas de .ivjliz¡tóri¡\. 0il sej,l, o ¡esi(trì
rì:io seriô (orrcel)ido rotl¡o fot(¡
conferência na FIESP/CIESP em 6 de agosto de São Pau[o, que contratou Alexandre Wottner para propulsora ile nrLrtlarrças rra

prodüçiio if (l!stÌì¿t.
1959, Ftorestan Fernandes alertava: desenhar a nlarca da rua amPrara"'.
FLorestan Fernandes expLica os irrpulsos da

. t'igttro típico do entpresorio ntode¡tto comeÇl a


.a industriaLização brasileira corno tendência à

definir-se tono cctLegotitt hisLótica ent ttossa vído ìmitação construtiva, na qual está presente a idéìa
;ir¡ilrt:l$#+' E
de industriatjzação como missão civitizatória e não A reprodução de padroes, a assimiLação de
corno força sociat. técnicas criadas em outros universos sócio-
cuLturais isentou os industriais brasiteiros de
Ero preciso que a própria sociedode brosileiro se investir na invenção. 0u, no dizer de João ManueI
transformasse, a ponto de converter a industria[Ìzaçõo Cardoso de Me[Lo e Fernando Novaes: "No sécuLo
em olgo sociolmente viavel, pata qLte as tenclencias a XX, graças à relativa estabilidade dos padroes
inritação construtíva pudessent ser oproveitodos de tecnoLogicos e de produÇõo nos países
ntodo produtívo. Por ísso, o industrializaçao aparece desenvoLvidos, pudemos desfrutar das facitidodes
conto vator sociol, na cena histórica brasileiro, por do copia" (Mell.o e Novais, i.998: 645-646).
volto de 1850, no era e sob o égide de Maud; ntos só 0 carátelinovador do design de produtos
se transforma em forço social quose unt século mais muitas vezes se firmou em consonância conr
tarde! Nesse intervaLo de tempo, muitas ettergias ìnovações do tipo técnico.0 exempLo mais antigo
Jísicas e recLtrsos ntateriois incolculoveis forant e mais conhecido desse tipo de intervenção está
subntetidos o uma devastaçao ntais ot) menos na fábrica de móveis Thonet. A técnica de vergar
improdutiva, ínspirada, nõo raros vezes no ofã de fazer a madeira com vapor e o uso de parafusos enr
do Brosil'um país civilizado' (Fernandes, 1974: 64). substituição aos encaixes da marcenaria foranl
fundanlentais para a criação de um objeto
A transpLantação de técnicas e instituições inovador enl sua tipotogia e adequado à expansão
se fez com evidentes [acunas com prejuízo do urbana de meados do sécu[o XIX. Taml¡énr sua
universo que faz vater a empresa capitalista: forma, decorrente do vergamento da cadeira,
prenunciou os "qolpes de chicote" que serianr
...a industriolização adquíre, desde o inící0, o uma das bases formais do Art Nouveau.
corriter de um processo sócio-economico culturalntente Procedimentos semethantes podem ser
vinculado à assimílação de tecnicos, instituições e encontrados, por exemplo, nas cadeiras tubulares
valores sociais importodos da Europo, ou, em menor de Mart Stam, Marcel Breuer e Mies van der
escaLo, dos Estodos Unidos. Essa condição deu origenr Rohe rros anos 1920, no uso do compensado
o 'saltos' decisivos no evolução histórico do civilizaçao Larninaclo por A[var AaLto nos anos 1930, na
c¡cídentol no Erasi[, sendo o principol fotor que explico introdução da fibra de vidro em mob'iL'iário por
como e por que não e moior a distôncío culturaL Charles e Ray Eanìes nos anos 1950 ou na prosaica
existente entre a sociedode brositeita e os grondes concha de potipropiLeno da cadeira Hitte, de Robin
centros produtores daquela civilizaçã0. No entanto, Day, nos anos 1960.
os condições econômicos e socio-culturais internas Desse modo, inovação técnica, nlesmo que
não continhont etementos que possibílitassem a efetuada enì campo alheio ao design de produtos,
LranspLantação literat dos técnicas, instituiçoes e nìigra para o desenho de equipanrentos, móveis
vaLores pertinentes aos ntodelos ídeais de orgonizoção e utensíLios e, nessa migraçäo, está a criação
e de expLoração economicas da enpresa industria[. autóctone. E[a requer, no entanto, aténr de grande
F-les Joram reproduzidos, mas na escala em qLte o intinridade com as inovaçöes técnicas,
permitio o situação histórico-social brasileita. 0u seja, investìnrento em projeto, ou seja, pesquisa e
passando por um processo de reinterpretação e de experìnrentaçã0, reatìzação de modeIos,
reintegração culturol que acorretarom, em regra: perdo possibitìdade de vottar atrás e reconreçar -
da eficócia instrumentol das técnicos; empobrecínento exatamente o tempo da consecução artesanaI
do poder organízatório e clinantico das instíLuições; e detida, dentro do processo de produção industria[,
tecluçao, em superficie e em proJundidacle, clos influxos na atividade de projeto.
tnorais no comportomento huntano, nos clíJetentes Ainda é Ftorestan Fernandes que fata das
níveis da empreso índusttiol (Fernancles, I9Z4: diferenças entre o desajustamento da máquina
66 67). na Êuropa c no Brasil:
w;
Se na lnglatetra, na França, na ALema¡tho e nos As condições de recriação industriaI e sua

Estoclos Unidos o ntdquina provocoLt desajustomente irnportação, assentadas nunt unìverso intelectuaL
(sic) retacionados com o ritnto de mudança de natureza acanhado e [imitador se agravam dìante de
humano, ent ttnt país conto o B¡osil ela teño de ossocior- atgumas características do enrpresárìo bras'iteiro.
se o desajustanentos ainda tnois qaves. A razoo disso Ao conrentar o comportamento do

esta na fonno abrupta de introduçao do tnaquìna e no enpresár-io, Ftorestan Ferlrarrdes observa "o
falta de expetíencio socializorlora prévia. 0 hotnetn teve propensoo a reduzit o aLcance tlas teinversões na
poLtco tempo para ajustot-se as situaçòes novas, propria etnpreso", assjnl como "o inverter parceLas
passando do corro de boi e do lotnpoina para o auto¡ttoveL elevadas em gastos suntudrios" e aitlda "é preciso
e a e[etriciclade - sem folar no energio otôntico - ent noo ignorar a tendência mais sutiL, associada ao

um abrir e fechor de o[hos A andlise sociológíca de desinteresse relativo dos entpreendedores por uma

fatos dessa espécíe clenonstra que técnicas, autêntica política de aceletaçoo do itrdttstriaLização
instituições e valores soctais foron expLoraclos no país (Fernandes, 1,974: B0).
praticamente, ent escala coletivo, antes de adquirit o 0ra, a atìvidade do desenlro industriat, peLo

homem noções definidas sobrc o signifícodo e a utilidode tempo de trabaIho necessárìo para a forrnu[ação
delas. Mos não ocorreu somente isso. As vezes, as de um projeto autônonlo, é muìto maior e
tronsferencíos se consLtmotonl lutes ntesno de terntos corrptexo do que a sinlptes cópia de nlodeIos
possibítidades concretos de tedelittiçõo psìco-sociol dos im portados.
elententos importados. Isso se deu, especialmente, conr Ao conleutar seu retorno ao BrasiL, depois
técnicos, ittslitrtiçòes e volores cuja contpreensoo rcqüet de cursado a escota de Utrr, Alexandre Wol[ner
.prfo ntôñtp\so nrpvio nn esfern do neÌ]santeilto refere-se aos prob[ernas do estabeLecinrento do
secttlarizatlo e racionol. A assintilaçao de invençòes 'forminfornl', pri meiro escritório de desenho

cuLturais recentes se processoLt, pononb, cont unt ritno industriaL e cornunicação visuaI brasi[eiro forlrado
acentLtadometite maís acelerado tlue o do por eLe, Geraldo de Barros, Ruben lr4artins e Walter
clesenvolvintento rlo hotizonte íntelectuaL do hotnen¡ lvlacedo, ern 1958:
brasileiro.
Isso cotrdiçao constiLuí o p(1lan](tt bósico, no quaL Com o design de prodtttos portt a i¡tdtistria l:rosileùa

se alicerçou o introduçao e a expansao clo entpreso a h¡stóríct ia loi bent diJetente. Noo hovio unta cuLturo

industriol no ùastl 0s problentos surgen e desqastant, industtin! puto i¡tvestintentas r:m pesquisa de potltttos

irtgotamente, os energios ltttn¡a¡tos, senl que possotl) no ßtasíl Ptoticontettte Lodo o ¡trodttção btosileiro eto

ser enjtentodos cotl1 sucesso optecioveL. Noo porque o odaptoda ott copioclo. A tntençòo do fotntinfotnt era

hontem sejo incapoz de etfientá-los ott resolvê-los, aLttor e pcttLicìpat tlo prccesso cvrtltttivo do ptaduto

conto já se pensou, por ser'ntestiço' e'inferiot', fodovia, luasileí¡o, aproveitando a oporlLtttidode cla alsettura

sempre o seu horízonte ínteLectual pernoneceLt política clesenvolvintentisto do ptesidente Juscelí¡to

acanhodo, estreito e împotente tlionte de um destitto Kubitsheck. Unct das intenções clo vinda de IKarl

histót ico-socíol captatlo por tt onsplantaçao Heinzl Bergmiller oo BtosiI ero o¡ttoveitá-la para
(fetnondes,1974:76). desenvoLve¡ projetos cle indttstttal destgn (WoLLner,

2003: 12/ )
A rapidez das transfornlações a que se Eù 1959, ttabolhotnos poro a indtistrío de
refere F[orestarì Fernandes está diretametrte [igada entbctLttgen: ittdttstt iois Il¡esu. ItttciolntenLe,
à questão da inexistência de um terltpo de obr¡rdot¡tos a ptoqaùt0 de irlt:ttttrlorle vist.tctL do entptesct

gestação - de projeto - que caracteriza a indústria e de tu¡t de setts ptodtrtos: os qelcttleitas ìelontatic
brasiLeira. E que se agrava com o 'horizonte Senpte t¡tre possível, cliscttLíantos sobte o víobilídade

intelectual aconhado, estreito e impotente diante cle desenltot as qelodeitos ptctriltztdus pelo ind(tstrio.

de unt destino histórico-sociol coptado por BetgntilLer oss¿urri¿t o ¡trojel.o I tti r!esenvolvido tt¡tto

tra nsp La ntoçao'. hnl¡o de sett' n¡odelos teLíltneos, t¡tte visavrtnt itttlttstve
t¡,ili¡;:.1j;j¡:1¡i1;¡0,¡¿pl

a econon¡io na prorlução industnal conto uso de WiLdo, diretor de arte alemão, e tendo r.onto colegos

ferromentas preexistentes. Por dificutdades como a hed Jordon, cartozisto e ilustrodor alenao, e Dorctt
incompteensão dos empresórios e o poLtco experiencio Pet¡tectdo, desenhtsto, ilustrodot e pintor l¡t osite¡¡o,

dofotntínforn, o projeto nao foi adiatfte (WotLner ontbos en início tle carreira, Fui, depois cle um ntes cle

2003:127). estogío, despedido, pois Wilda me ochou incoùtpetente


poto pttb[icidade - pelo que lhe sou, até hoje,
A comunìcação visuaL do produto, atividade extremamente qato (ltlolLner, 2003: 5S).
mais próxìma da propaganda, já que representa
o produto, pôde ser exercjda, pois não intplicava Cuttura, aticerces invisíveis
grandes jnvestimentos (em ferramenta e

pesquisa), o que ê sempre exigido no projeto de FLorestan Fernandes mostra a d.i lrânlica
desenho industriat. negativa da indústria e da sociedade brasiLeira
Um fato que reafìrma essa espécie de vigentes em 1959.
esquìzofrenia que veio a atingir o desenho
industrjaI brasileiro (ênfase no design gráfìco e Ent conjunto, pois, a empresa índustrial é ntinado
arremedo do design de produto) foi o por v(trios fatotes irrocionois, que solctpom suo
estabeLecimento de unra "fiLiat" do escritório de ínteqtoçao orgôníca, seu renclíntento e crescintento,
Raynrond Loewy em 5ão Pauto. Em depoirnento à e os influencios que ela poderio desencocleat tto

autora, Char[es Bosworth, engenheìro catiforniano tronsfotmoçao do tneio socia[, Mas este, pot sLt0 vez,

responsáveL peLa abertura da fìLiaL pautista, disse res0inge cle várias lormas as possibilidades de exponsao
que Loewy imaginava uma grande carteta de da etnpresa industriol. Isso é porticulormente visível
ctientes, em todas as áreas de design. A esperança ent t¡es níveis dístintos: noquele eìn qLte cl
não se concretizou.0 escritório de São Pauto diferencraçoo e a integroção do sistento econonico
conseguiu reatizar aIgumas marcas, aLgumas depencle, de tnaneira direto, dos padrões de orgonizoçito

enrbalagens e acabou participando de projetos dct socieclade; no das reloções econòmícas cont cts

imobitiários... insl ituições políticas; e, por fitn, nas conexões clo vicla

Atexandre Wotlner chegou a estagiar tlesse econo¡lico cont elen¡entos ou processos sócio-cultLt¡ ois
escritório, conforme retata em seu [ivro: qtte constítuent os olicerces invisíveis de lodo o

prôgtesso econontíco (Fernondes, 1974: 8l).


Batdi me incentivou a fazer alguns esttigios ent

agencías de pubticidade. Printeíto, indicou-nte o bureau 0 que as anáLises de José Carlos Durand
do famoso estilista antericano Rayntond Loewy ostentanl, em princípio, é que o território da arte
(cigorros Lucky Stríke, Coca-Cola, Studbaker etc.) (sic), (que faria parte do unìverso cu[tura[) parecia
que desde 1949 estova tatlicado em Sõo Paulo, na extrínseco aos processos produtivos. De modo
ruo 14arconi. Tive umo enùevisto cotn o ptincípol gera[, a arte operaria como campo de privitégìo
encorregado do escrítorio, o engenheito americono e distinçã0, atheia, portanto ao fazer intrínseco
Chatles Bosworth, que me deixou assistit a evoLuçõo da ernpresa capìtatista. Ao anatisar as esco[as
(sic) de alguns trabalhos que reolizavo no Brosil: a do Masp, Durand aventa a lripótese de que os
ínstolaçõo dos lojas tle calçados Clork, a Linho de cursos de propaganda e design prepararianr
entbatagens dos sal¡onetes Fantasia, das Indústrias profissionais para o conplexo enrpreendimento
Matorazzo, e 0s tnorcos Lanrinaçõo Nocionol de Metois de indúslria cu[turaL de Chateaubriand, e¡tbora
e Grupo Inclust¡ioI Pignatarr. Em ]952, o ¿sc¡itotio náo se s¿iba de nenhunl fornlando do IAC que
foi desotívodo por insuficíêncío de úttbalho rentáveI tenha trabathado para os Diarios Associados. De

pota L.tnt toL empreenditnento. Logo após, fiz utn estágto toda nraneira, ainda que assint fosse, os
ntt ogencio cle ptopogondo on¡ericot¡a Mtcunt¡ Et ickson profissiorrais folrados no canrpo do design
cotno ossistente de desenhísto, cltefiodo por f,etald prestariam serviços no canlpo da ìdentidade
ffi-l

visua[, da emba[agem, da anirnação, enfim, no o pessoal obrangido pela enpresa índustrial. E dífícil

campo do desþn visual que, de fato, sofreu uma pensor que tal coísa venho o acottLecer, na escolo

expansão bem major e fecunda do que o design necessoria. setn olterações conconlil0nles na esfera

de produtos no Brasit. da tecttoLogia, clo edttcaçoo e da pesquisa científica,


Florestan Fernandes reconhece que, apesar qLte assegLttem novas modolitlades de optoveitanento

de responder a so[icìtaçoes varjadas do meio dos resultados delas na vido econotnica btasileirct

socia[, o sistema tecno[Ógico (Fetnandes,1974:88)

não tem capacídode pora ltuor como um elemento 0 texto deFtorestan Fernandes é de 1959,

dinantico no processo de industrializoçoo, sejo no quando o governo Juscetino Kubitscheck já instìtuíra

sentido de aumentû sua clìferenciaçõo e de integrá- seu Ptano de Metas, dando abrìgo às empresas
la segundo podrões tecnológìcos tnodernos, sejo no internacionais fabricantes de autonlóveis e outros
sentido de sanor os inconsistências do empreso bens de corlsunro duráveis. Sua anátìse de [ongo
industnol brasileiro e de aceLetar seu ritmo de termo e sua fata dìrìgida aos próprios empresários
desenvolvitnento. Fsses fotos eslõo assocíados òt reveIa pontos de estranguLanlento do

incontpreensõo da importÔncio do ensíno basico e do desenvotvimento industriaI brasileiro que tênr direta

cíencia para o urbanizaçõo, o renovaçõo clas técnícas ou indiretamente conexões com a atividade do
ogríco[os e, em partícular, pora a industriolízação. Na design: tecnologia, educação e pesquisa científica.

verdade, os inclustríais brasileíros quase nòo fizerant Ao discorrer sobre o desþn industriaI como
pressão algtrnta pota alterar o sistenta edttcacional fator de integração socia[, GiuLio Carlo Argan nos

brositeiro e para expandir a prodtrçoo de conhecintentos diz o seguinte:


científicos no país. A empreso ittdustria[ brosileira
dependeu, de modo quose exclttsívo oté poLtco tetnpo, Cotno cottsttttoçao de Jato, o design - /ros sl/os

nttts da oferta de grande ntasso de trobalho, que de varias espécies que investem todo o tanpo das Jonnas,

trobatho qualíficado e especialízodo Ent conseqüêncio, dos móveis e utetlsilios às grandes estruturas urblnos

os escolas profissionais que se criorant, nesse período - tende o inadiat'se tanto no terreno estético quanto
rle tentpo, ou eron um lardo e uma superatetaçào no econo¡ttíco e a cancelat o Iimite que
nantidos pelas indtistrios pota salvar as aparências, tradicíonalmenle os separa. Ele se cok¡co, pottanto,

ott fornavant especialÌstas ent cantpos de tecnologia conto fotot tle tntegtaçoo socittl e Lent como obietivo
i
qtre exígem conhecintentos cotttplexos, òs vezes de atingir seus firts pot nteio tle ttnta ntetodologia ntois t.

nível strperior. As escolas destinadas aos operários, clo qtte pot nteio do intposiçao e divulqoçao de unt i:.

Ì
principalmente nao forant orientadas na direção de tlodo gosto Jorntal, 0 caróter ntetoclologíco do desigtt é å,.
[':.
absorver, pautatínamente, a totalidade dos candidotos confirmodo peto fato cle que ele impltca no proptío

princípío a idéío de projetar ott de plonejor e, portatlto,


I
a essas catreì¡as, Essa necessídade ainda nao é

clo ptóptio e co¡ttítttto superol-se; ele pode, portlnlo,


reconhecido conto essencial, tenet)do os empresarios
qtre ela redttnde en fatu de encorecimento da ntoo- considetor se coilo o nteio especít'íco do pogresso no

cle-obto e de oLlmento das difiruldades t1o ojustamento prodttçao e, se se assLtme a prorluçao conto funçao do

dos opetatios òs condiçoes cle trobolho (Fernondes, socieclode, conto nteio de ptoqesso sttcial' . Devenos

1974:86). tetel (lue o clesign seja trnt Jato de tneta aplicação


artístico ou, de fato, Lttll ptocesso extra-artístico,

0u também inerente òt prodtrçao econòntico e utilttorio? 0u que

seja a contribuìção de toda Ltna oLtlt(t ttodição ctrlttttal

...a inclusttíolização atingirr e noo seja de ntoclo olqttn cr.tncilitiveL cont o nosso?
trntn fase, na socierlode
l¡rosi'Leíta, qLte teqLtu Lttlt(1 utgenle ntodíJicoçoo nos (A¡qan, 2003: 71) (Ttoduçao do outaro).

estílos de pens0ntettto e de olttoção protica dos Dutttos ¡tot den¡onsbotlo que o desigtt, ptopotrdo'

emptesaríos inclusttiais, de setts associados e de todo se o trazet o t¡uolidode na série, nao víso apettas
¡.rrEl

otualizor os processos artísticos adequondo-se oos empresas, prática possíveL de ser adotada rro
grandes nreios de produção, mos a relornor os próptíos Brasi[. Quanto ao design de produtos, aLém
conclições do ptodução industrio[, qLte em regine daque[e reaLizado pe[os próprios designers, fot unt
capitalista parece Ìnspíror-se em interesses purcnÌente terreno [entamente aberto em espaços e nredidas
quantitativos (Argan, 200j: 75) (Tratluçao da que ainda estão sendo estudados. A

autora). instìtucionaIização do ensino de desenho


industriaI só irìa ocorrer em 1962 na Facutdade
Essa refornla das condições da produção de Arquitetura e Urbanismo da Unìversìdade de
industria[, constitutiva da natureza do design, sô São Pauto e em 1963 na EscoLa Superìor de
pode ser exercida no quadro de interesses do Desenho IndustriaI no Rio de Janeiro.
empresário, aqueLe de quem "depende o poder
ser de um projeto", nas patavras de Enzo Mari.
Segundo Mari, o projeto que resutta em atta BIBLIOGRAFIA
quatidade só pode ser reaIizado a partir de
ACAY^UA, l4arte re, 8tatrco e Ptrlo, 5ão Pautor Instituto Lìna tJo e P
menta[idades empresariais que se envolvam conl l'1

B¡rli,199(
o projeto; que tenham necessidade de ser úteis ÂLlt/tlDA, ']arrtrr Mencles de Drr ¡ritú oo tl¿l5e¡r 5ào Pa([0: Éd Per\t)ecliv¿,
t976
ou que queiram passar para a história - no sentido
Giiltjo lÃtlo. Pñqetlo e O(Jgel¿o !lilano: l4edus.r, 200 i
de contribuir para methorar o mundo tornando ^RGAN,
AR6ÂN, 6rilLio l^rlo Wnltù 6ropius e lo Sorhdr15 Tonnor ('ìulio IjD¿udi
eclitore, l()Bu
possíveI a produção de objetos de quatidade ARIìuDA, l'1aria Arnìind¡ do Nascinrento Metrópole e Ullutu, tao l\iltlo t¡o

exempLar (Mari, 2001: 55). Neio SëcLtk) X,\ 5ão Pauto: Edilsc, 2001,
BRIf0, Rorì¡ldo "As Ideologìas Construtivas il0 Anrbientc Cultürat
Para Gropìus, segundo anáLise de Argan, ßrasiteiro' If l'rcjeto hilstiltLi|o Erosileitu ùa Afte. cooordenaçáo rlc Aracy
"a afte é modo perfeito" (Argan,1988: 19). Argan A Ajn¡r¿1, fli0 (lc J¡neiro, l'1uscu de Arte I'lodern.r ; Sào fr¡u(o , PjD¡.otc.,ì
do ljstad0, l1)7 /
dìz que Gropìus queria ensìnar a classe dìrigente C^R00S0, l{ai¡('t (org) A Desny,0ùles do qe\tqù 5áo Paillor fosa(Naily

a produzir bem e para isso é preciso preparo 200',


0R005It, l¡¡qd¡Leil¿/ ll¿uhau5 ¡rchiv EaLthous 1919-1911 KDLil., l¡s(lìc r,

técnico. Segundo Argan, ainda, a fundação da 2002


0URAN0,.lcsé {.Ì[05 Arte, Pilvitêqio e Di5tj¡ç¡o Artes ptásti.as,
Bauhaus, para Watter Gropius era urra tentativa
At(tu¡tetût( e Clilsse Dùigeùte ilo Dtosil 1855-1985 5ào P¡![o, Editor¡
vitaI de reformar a c[asse dirigente atemã. E taLvez Perspectiv.r, l9B9
fERN^NDt'S, l:torestan. "0bstácuLos extra-econònrjcos à industriatiz¡ção fo
fosse esse o intuito de Bardi com o IAC, só que ßrasi[" Irì rludlr,çoJ so.iois no Atasil 5ão Paulo: Difirsào [uropèia do Livro,
taLvez essa reforma das nossas classes dirigentes 797 4

KAflNSKY,.lútìo Roberto "0 [orìcretisilo e o 0esenl]o Lrclustil¡t" ln p'oje¡o


esbarrasse em atguns fatores de [imitação, entre Coùsttutì\,o Bto\tleùo no Arte, coordena(ão de A lljo (lê
^ra(y ^¡raral,
etes a distância das etites brasiteiras de um J¿neìro, ¡1!sc! de Arte l4odeilr¡;5ão På![0, Pin¿cotec¡ clo Fst.rdo, 197/

[0URIN(0 l,1ari¿ Cecili.r fìarì(a 1peñ¡ios do l4odetDñod( S¡o Pa\Iol


projeto democrático, de unr projeto nacionat. llucitcc/[du!p,1995
MAf{1, tn/o P¡t)getto e PasstotÊ lorì¡or Botl¿li Boriilqlìrerì, 200
Conlo observam João f4anuel Cardoso de Metto e
'(¡pit¡lis¡r(ì l¿rdio
L

14EIl 0, J0.i0 l"1,rnueI C¡(loso (lcj N0VAIS, Fer¡¡r]do e

Fernando Novais: "A concepçao do Brosil como ^


Soci¿bitirl¡dt' ¡ioderfa" lni S(llWARtZ, I ili¡ florìlz (a¡q) ll¡\tórto dl Vidil
P¡ivorln nt Btctsil (oùLtosLes (lo Itttiniclade CoItcrrpo/ri),fo Sá0 flrùlo:
simpLes espaço para bons negócios, e não como vo[
Co¡rpanhìn d¿s Letras, 199B, 4,

noçao, continuou a predominar tranqüiLamente NIEI'1tYtlì, Lucy Desigil ilo 0tûsil, 0igeils e It)staloçòo fìio cle.J¡rreiro: 2AB,
2000
entre os ricos e os priviLegiados" (Metto e Novais, SANT05, l'1¡f¡ (.ecítia I oschiavo (los lto(liçoo e l\lo(lerti(lade ûo þ1(ivp.l

1998:606). B¡osileito ltisoc¡ rle Ulopia m olto cle Core¡0, Teûteito, l1ilitte e \ùqio
t1 0 La¡rjficjo Fileppo enqajou-
no¿,iqre\ lr^Ll USP, llrql
se en projeLos de dcsign
0 IAC, ao que parece, näo foi uma escola à 50LlZÂ, Po,lro l Lriz frer0r¡ (le Nolos Doto tùte lltsloü0 do Delir/,¡ lìio rl¡
nrodenros corno ¡¡ fállr¡c.r de
frente do seu tempo, ¡nas desLocada no tempo/ J.r¡ciror ,'i\B i998
rnóvei5 Brânco e Preto, 0
W0l LNtR, ALdx rûdre ,esrytt lltstol 50 ¡,,0J S¡o f).uto: ( os¡( 3, N.ff, 2(x)i
p¿rentesco dos donos do
espaÇo do capitaLisnto brasiLeiro. Seus atunos Z^NtNL W,ìttor |i¡slòtRt ft!ol út Atle tþ ßt4stl ? voklrr'i lr\trtr lo
L.lnificio conr ¡rqúìteLos da
lloreir¡ Srlles \ào P.rrlo. L9¿i
llran(o e Preto rndìcarI que clregaram a executar alguns trabalhos cotno
talvez esse seja nr¿rs !nr caso de
eilrpre5áiìos cuLlos, LaDa¿cs de
vitrines do Mapp'in; a nlarca do Lanifício Fiteppo
Jornais e revistas:
¿bsorver o deJeilho inalustriàt e da fábrica de cristais Prado". 0u seja, estava
dado o campo do design grâhco como território
I E0N, ttlr,,t 0 \ùthot 1,1û\l lrì: Deslq¡ & Interrores Ir0irto I rlit0r,5
do estal¡elecimento da identidade corporativa das r.l(,(ì\ tt(l,r 5åo P¡rrlo. l(jrr0
^ssor
r:.
Irici¿-se Arnanhá o FuncioIan]ento do Instituto de Entrevistas à autora:
Arte CortteilporaÍrea,
D¡ár¡o de 5, Paulo 28 de fevereiro de 1951
No Museu de Arte Instatação do [nslitúto de Atexanclre Wotlner tortcedida en 23 de inlllo.le 2004 (
Arte ConLemporanea, Chafles Bosvrorth concedid.ì ent j¡neiro de 1q90
Diário de 5ào Pauto, B de mar(o de 19'ì0 Estetta Aronjs concedida en 10 de janeiro d€ 2005 i.'

R|CHTl, Jacob 0 Curso de 0esjgn do tnstiLuto de Arie Conteilporânea Ludovìco l"lartiilo concedida ent 06 de j¡neiro de 2005 {i
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Revista Habitat ro 3, 5ão Pauto, 1951. Pietro M¿rìa B¡rdi co¡cedida ent janeiro de 1990

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