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10 | ESTRUTURA PSICOTICA P DuBon ‘Aservacao meéillea“corrente” do psidtico certamente nao permite capo essencial da psicase, Tomamos como prova disso as tumerasas e muito lreqdentementeexcelenes desert ‘des que foram dadas sobre apsicese na literatura médica, sem verdadeiramente ter pretend do atingico essencia Bem antes de ser objeto de descrgdo, vista de fora ov pedendo, em too caso, ser “acelta" na sintaxe espaco-temporal que nos é habitual, a maniestaclo pscética tra, como primeira caracteristca, a de ser disposta em uma estraiicagio foraimence deren, merecendio vera deiramente, quanto a isso, o qualifiative de allenade que Ihe & contri. ‘Mlenago de cnteido, pos cero, tal como ela se manifesta na aluclnaggo, no deo, nas “ldélas loucas™ de toa natureza, mas sobretudo alienago guazto ao continente, eesté bem creo, a orginalidade da psicose(e sua gravidade, também, em rlagao ao funcionamento habitual considerado normal} a alienagdo de continent incideprimikivamente sobre propria estruturagdo do fendmeno mental, sobre a claboragdo do pensamento, al conta a vizemos ea conhecemes (bem mal, anda... ela se manifesta muito paricularmente sobre a maneira pela qual sistema nervoso, sensvelRsiologicamente As eiferengas percepeves(e nao 0s valores absoluras), esti ancorado de sada na dimensio diferencale, pols, na percept des dis las das relagtese das estrus. tsa sensibldade diferencal do sistema nervoso nos € restiufda em todas as ‘oumas de atividade mental No nivel do real ou do im. Na atvidade perceptiva, em que as dilerengas formais so sentidas no revo: espacial sinerdnico da imagem, Nas/fntasias, nas quals,além das precedentes varlagdes sincrOnlcas, se acrestentam as variagbes de ordem diacrénica da histria do evento e da memorizacio, No nivel do simbético Encontrarse-<4 ainda oeco dessa percep diferencal na estruturagao verbal qe retoma, io recorte opositivo do signlicante, a anticulagées dilerencals do significado (ct. Saussure. 1968, p. 162. ‘Assim, seo sucessivamenteintegradas, em uma rede de estrutaras cada vez nals dif rencladas, de valor semdnric crescente, as percepgbes inerentes 8 recepgio de formas reals € aos investimentos econtémicos que elas Implicam, por um lado (geradoras do funcionamento (a parce Imagindria do psiquismo), em proveto de uma omanizapdo cada ver mais simbiica, Paconwrowos 165, io deixando subsistr senao as lihas de articulagto esquemeética estrutras (ses limites), para reter apenas seus representantes verbals, Eles abandonam, assim, em parte, a ontam do real (¢ do econdmico que est ligado a ele) em favor da organdzagdo do semdntico: iss com pensa aquilo..ou, mals exatamente, isso completa agutlo Essa organizagio diferencial continua sondoa parte essencal do funcionamento psquico sadlo ou neurétio, ela necessta de existncta seperada bipolar de um sujeltoe de um mun- do objetal (ou das tepresemragées dest) Na impossiblidade de funcionar desse modo, nos encontraremos em presenca de uma ovgarizaaio unipolar (Boaret), funcionando seja na clvagem' absoluia (fundamentalmente ‘utr, aienada}, sea na fusdo (sm distanciamentoobjetalizane¢, pois, sem tomada decons ‘eéenela possivel}; assim aparece, em seu conjunta, @ que assume o lugar de pensamer9, 50 Psicétca,e esse nas parece sero fenémeno mais consideravel, que cemtaremos traduzirnesias poucas paginas. 0 conhecimento teérico desse mao de orgenizacdo psicdcica, seu enfoque Alnamico ¢clnico nes parece, com efit dever ser considerado como mais importante que a cxplicagéo direta dos conceides, ou as descrlgbes clinicas que os exprimen, Essa situagdo explica as ifculdades muito pariculares, encontradas pelos terapeutas habituades, antes de tudo, 2 elaboragao e ao estudo dos conteties, para abordara doscont rents, que &, para n6s, 0 primero momento da abocdagem do psicstca, tempo prime, mas neo tno, por cert, pols’ tempo do "sentido" propriamente dito também existe, no psc, mas relatlvamente dissociado, pos ele nem sempre & acelto como tal pelo paciente, que, du rante todo um periodo 0 pereorr,o acfona, mas nao o compreende ‘Euma empresa eminentemente drdua querer descreveretratar a pscose, s¢levarms em conta que a partcularidade primeira da vivénca pscarea cancer, como acabamos de ver, 30 Aesaparecimento relative do quadro mental de teferéncla, aquele que todo mundo recntiece Implicitamente como seu, como contedido de suas experiéncas, aquele mediante o qual se peteebe (ofedo, sobre o qual vém se inscrever as difrences de que falaremos), aquel= que, Por conseguinte, rege a colocagao em focma mais habitual de nossos contetidos, e que serve também, por isso, de quadeo de referéncia implicio para as desricSes clinleas a considera. ‘Aqui, ndo mas somente as personagens “Ioucas"; na psicose, poder-se-a dizer que 0 hi mais personage, endo hd mais "mundo": ha fusto do tedo ou o funcionamento de rae mentos dlvads, Como descrever, entdo, a psicose, sem dar primeiramente um esbogo desse Funcionamento particular que, bem antes de se exprimir por seus conteitdos signiicativos, comesaré por impor ao interlocutor urn medo existencial particular de meneaticapdo, no qual ‘9 cardterpréabjetal impora umm registra fencional eestrueuralpesfeitamente incomum que, em toda aiteridade, pela imatuidade da relagdo de objeto Fusional que ela comporta. Nos deicaremos mals a sentir. maneira do psiostco, a experincia vital que ele percoree sua manera deta lucia. Também, nesse nivel, faremos o registro que nee ocupa o lugar da tnguagen, de valot mals expressivo do que propriamente comutcadio, provavelmente mais prSximo, con vines, do mado de funcionamento pelo agér do que de um funcionamenta pele falar. chegatemes, ‘envio, aos aspoctas mais arcaios daexisténcia eda comunicago, verdadero aguén electoral prcximo da fusdo na qual, difeentemente do que se passa no neuratico ou no sujeto sad, aqui ‘ha somente uma expeiéncia fusionada (, por assin diet, um s6 lugar de ago), ou elvada, ‘© terapeuta¢ primelropanicipantee, por conseguint,esiruturante do sujelto er seu ser, anes de que sea introduzido, pelo ves de um dstanciamento nascent no registro rsonante « personado (Fromm ¢ Reichmann, 1947) do er, que funda, na aleridade, alae « romada de conscncta do rel. No psicéic, a insuficiénca,e mesmo a inapidao ao distanciamento imagindrc e simbs- ico do lugar, naturalmente, asisiemas equivalents de expresso diteta das pulses, nfo por rmentalizacao, mas por seca. Com efelto, no se trata de um fendmeno mental verdadero, de uma Wdéla ou de um desejo (que implica forcosamente a evocagio do ausente), mas de uma verladeiracosfengio de todo esboga de mentalizagdo. 0 carter normalmenteimagindrio do pensamenta di lugar a refice- io aluctnatria ou detrante pela qual uma neo- peeudo-ealidade substcu, na tranéncta ereebida de sia matertalidade, 0 carétr aleatéia e somente represencaivo do que seria uma atlvidade imagindria verdadeir, evocadora do ausente Essa tendéncia &reificagdo encontca igualmente uma sala na organtzagio mateializada « “acfonada” do campo existencal, no qual um certo recort organizador (com valor inter- ‘pretaivo) do real trna-se 0 depositiio excernoc rafcndo da que tera sida narmalmente ¢o ddominia intemna da intense edo desea Essa exteririzacao’reicante permite assim substitulr a tomada de conse incerna de um desejo (sto 6, ofsighe) por uma calocagto em cena dramatizada visando a uma cera otganizagao do fora (que eu chamaria, por essa razdo. de out-sigi, modalidaderelfcada © transposta para fora, com um efeito evidentemente defensivo, daguilo que deveia tr sido do sistema intemo e subjetivo do pensamento e do afeto; é 0 que crtas aurores chararam de pensamentareficante do psestieo"(Nechce Racamiet, 1958) ‘Um “recor” Interpretativoe projetivo do real assume lugar de pensamento servic de ‘campo relacional ao psiastco,enguanto que &a0caumpe de finguagen edo pensamenta, gar habitual de encontro eletivoe privilegiado, que € destinada normalmente essa func. Por todas essas razées, a abordagem do psiétic se realizaré bem melhor no nivel com carta do gesto, da mimica, tas exclamacoes ou dos grits, das conotagées ou das intengoes {que ele perce eletivamente em seus interlecutores, antes que no nivel verbalizade, trisnfo 4a elaboracto pré-conscente das pensémentos consclentes em uma atividade denetativa ri _gorosa. Além diss, é por essa mesma razdo que ele poder mais facilmente“deserypentar™ * esetermot de Feud, queda gues. "bq eta dent norma exter I. Pacorroiccn 167. suas pulses ou “ser desempenhado", em uma atvafizapo mimica ¢ acentuada, proxima do psicodrama, que née estard neste lugar em uma psicoterapia puramente verbal. No psictico, & I articulagao desses dos registres que se mostra primordia a roa aividade de comune. ‘Além disso, por sua apidio 2 se fdeneffcar com o fundo, mals que a sc evigt en wna forma separada,o psiestco “se integrard” melhor, por identificacdo, & conversacéo entre dois inverocutores préximas, do que a insergo em um verdadero didlogo (€ pela mesma razdo que cle vai prefer, as vezes, também falar de sina tercelra pessoa) HA nisso um vempo maturtl ‘vo ate € preciso saber respeitar no psictico a qualquer prego. ‘Mais sensivel aos vifares absolutas, s quancidades de energia que o animam e que ele percebe dlretamente em sua vivéncia corporal profunda, do que a percepxdo mats tneecteal tas difirengas e das quatidades,o psicética seré sempre mais sensivel “musica” que as *palavras”, Digamos, para sermos mas explctos, que nele wn ndo anda sem o outro > que o eesso ao tipo verbal secundsto deve Ser pecedido ox acompanhado logicamence dos dive 08 nivets do agi. ssa nogda deve continuar sendo, em meu entender, pedra de toque de toda conpreen so ede toda abordagem psicoterdpia da psicose e do psicsic. + A instituigio para psicéticos ssa particulardade do funcionamento psicétco nos leva a conslderar a importincia maior de sua sbordagem terapéuica em insctuicdo (endo unicamente sob a forma de ene ‘stas). institwigao para psestcosdevera, por suaestruturacdo, assim como em seu func: hamento, seo agar privlesiado dos asites, de sua coer ede sua inegracéo progrestiva em uma ganic significant verbal seeundéric gat. pois, de passagem eletiva do orrstght a0 insigh peo jogo das ineojegbes obtidas. ‘Sem entrar no dete desses métodos, mas para articular a telagdo de objeto particular do psicdtica com apart terapéutca, que todavia nao conceme aes resumo, eu sublinbara, a alo de exempl,duas modalidades de enfoque do psicbic plo agi institucional ie des- trevialgures, eds quis oletor interessado poder se refer Trata-$2, por um Ido, no plano weérico, de nessa intervengio no ColSquio de Lyon: “P3- quiatriae Psicologia Média no Hospital Geral~— de 20 a 22 de seteribro de 1974 ~(publicada fa revista: ycholage Médicale, 1975, tomo Vi, a4), em que precios as razdes weéricas a organizacio "mulicana”(o “Fazer edo ize) nas insides para psnstics,visando a Lunifcr, em wm eet de cotalizagio, 0 sueitodispersado etn agtesmaltplse clvadcs. for outro lado, em uma ordem de idas vain, descrevemos um med psicterspico institucional baseado na acentuagio possivel das imeriegtes estrturantes pea wilizao sues iva, com for refprco, dos tempos de presen ede auséncte na instituigo ou fora dela, "Tendo notada, na prdtca (e com a teria nos permiia esperar), que, depois do perodo de tratamento na instituigéo, a parcida por uma cera ¢uragiofixada de antemdo faa sulelto Passar de um sistema terapéuicoinstitacional rez! por soa presenca) a um sistema que apela ata a eracazdo fmaginrt (durane os priodes de auséncia, se reaza, de fat, quando se Sate respettar tum cero intervalo de ausércia (nem curtodemals, nem muito longo, vaidvel de acordo com 0s sujeitos e 05 periodos de tratamento), uma acenuaio consederve! das Itunes pelo jogo reereado des alterndncias de presences ¢ de ausénctas, etomande nisso o desenvolvimento genético da mentalizaao normal, igualment baseado na auséra © na presenga d objeto. Nib Insistremos mais, agt, nessa aplicaao pric: descreveros essa disposiio vera péuuca particular, que tamos apenas como exemplo, a propésite das uilizagies da inst {Go como lugar dosages, nates de um de nossos doutorandos (Estabol, 1974), 168__ jo Bexcswer © estudo da relacao de objeto dard lugar, progressivamente,d xganizagao clinica, semio gia, constituindo as dtas modalidades cifncas constitutivas de um certa reegrupamento stntomeético,defnido pela nosografaclssica. Mas, depos das refleases de ordem semialégica do capitulo precedence evitaremos dat aqui uma descrcio clinica do “exterior, o que levaia rapidamente a retomar 0 que excelentestratados apresentaram de modo fella e de manelca bem mats completa, bem antes de és, e que, de qualquer modo, nao corresponderla so objeto de nossas preccupagées no presente trabalho. ‘Aqut, oenfoque descrtivo puro intervém muito pouco, tendo em vista a “tomada" reco nal ¢ a0 mesmo tenipocerapevtca que ele Insiaura, ao propé-a, Enfim, € sobre as pariculai slades erapéuticas que uma tal compreenso deixa entrever que terminaremos esse esbego da psicose, conscientes da brevidade clfnica que nos impusemos voluntariamente, em preveita de uma pronidede dindmica mma cujo interessecinio eeujaefcdca terapeutica compen sardo a pobreza académica RELACAO DE OBJETO PSICOTICA Sem etomar aqui completamente o desenvolvimento da relaio de objeto normal (ue sala do quadro qu traamos),devemes, apesar de tudo, ita ugar da pseose na eval: Go genta dos indviios. manifest (Freud, 1905 e917; Abraham, 1949; Feder, 1955; Frenzi,1955: Spl 954, Fromme Reichmann, 1687, e mas tae Bout, Nacht L958 e Racanymie 1958) que ea es Sencialmentecaracterizada por uma ixacioe una noslrapassage do registro préobeta tal como esses autores a definiran. Admitese que, na erlgem, o lactente dela partic pa, por assim ize, ao modo dafusdo eda ienhicazao a uma foaltade fusion, em que no existe ainda separacio en osujeito © seu entoro,e na qual as oes ndo so pertbides como una aqalsigo (registro do ter), mas camo uma simples expansdo dese ser. Compreende-se, assim, a predominnca,nesa “Ailise, dos mecanismos de asorgaae de dfusao, progres & esse prfode, que levaram a detin-o como petencente a uma fase oral do desenvalwmento Lembremos, de imediat, que se entende, sob essa denominagao, no somente meats, tas sobvetio um nivel de estraaracdo(, pois, de pense) ses mecanim pSom em {ogo precisarmente as manfestagies de tipo oral (qualquer que sea ava de intaduc cons dead (bor, olhos, nai, Amis, pel, ec). Els precedem geneticamente a possiblilade de aistingu um dere de um fora (coms lies qu iss implica, naturalmente 0 espago que les delimiam, hase defo 0) (0s mods de funcionamento esse sistema, aparecendo como essencalmenteligaos {entrada ou a aida, sero presdios pelo fendmene de dla poltiade da fer (pit para dentro) ou da pofeao (pr para fora} sem que, eet, jamalshouvesse ness Tas, Anipoar por exceléncia, a constiugdo pssivel de um dstancamentoabeat vena. sem que houvesse, ambém, uma d/erenciago ente a raldade interior ¢ meio ambien te. A tepetig sucessva dos periodos de auséncta, depois de retro da mae ou da pessoa encaregada de Fornecercuidados & cian, acarteacé a Ineocdo scessva de psiodos aluctnatres de desis (com ainsuincia ds saisTagSes que iso waz consgo) esta die Fenclagioda saugfato verdadere pela presenga rat de objet exterior do qual a crianca tem necessidae, Com a alvenndncia de perodos de susagao ol de neessiade,corespe endo les pidprios as mangestagceselernadas das pudsds,patcalarmente da pulsdoallmentar (sem qu haja nessa fase, contuda,ausénca de experignclas de outra onde, a sensazbes ‘alternates de plenitude ede vaculdade, de bem-estar ede falta nao tardarao noomaiente Paconmrencn 169 a organizaro sujeito como entidade funcional, como lugar de experiéncia e, para dizer tudo como suit. Esse Lugar 6 primitivamente nico, no comego (existe apenas osujlto de impress que é ‘lactate, em sua vivéncia unipolar, ‘A tepeticao da presenca eda ausncia, em conjunto com a saisfacdo ea falta, perntird, pouco a pouco solar osujcio expertmencate de seu plo exterior que. pelo fatodessasexprién ‘as, no tardard age encontrar dssociado, de aoordo com uma lina de demarcac defnica pela ‘eusdncia possvel ea ala prdpria aos elements exteriors ea permanéncia do experimentado & ‘a mediavez da percepgo (delimitand osetorpriprio do swe e de seu melo iceron, ‘No sujelto normal, a passagem dessa situacio fasionale nacissta unipoar ao reconhe: cimento progressivo de wm distenctamento bipolar sujelto-objeto inaugura as primeitas mani- Festagbes de autonomizagdo do Ego, separado pouco a pouco do meio ambiente, A exiséncia “de um Ege separado do objeto que o funda” (Lebovil, 1986) assinala @ passagem de um ‘modo de existéncia unipolar bipolaridade objtal,e essa passagem separa o que os analisras chamam de siruagdo pré-bjetal, caracterizanda o mado de telagdode abjeto de mesmo nome, diferenciada da rclagao dita objeal, caracterizada pela separagio entre a sujltoe 0 obj, (0 resultado feliz desseprocesso maturaivo, dito de personage (Racamler, 1963) limita igualmente a ultrapassagem da zona de fencionamento pstcdtico ea entrada na probleraitica eurétoa ow normat. ‘No plano do funcionamento mental, a organizagio de um Ago separado de néo-Fz0 vai peemitir a dierenciaga entre a realidad exterior ea realidade interior (ou fantasmatic), por um lado, enquanto que, por euto lado, ela se mostra contemnpordnea da maneira de se= com: poreamental epsiquica particular, arculada de modo fundamental no reconhecimento impli- ‘to do sujeto separado dos objetos, separagio susctivel de so exprimida em seus coneidos psfquicas, pelasrepesencarbes (dstinguldas das percepeSes do real exterior) transmissive verbalmente.£ preclsamente a aqulsiio dessa existéncla separada,desse Fgo-pessod, que se ‘mostra falha no paciene pscstico Mae do psicético Independentrente dos fatores ongnicos que podem sempre nterir nos ransartos do desenvolvimento mental, ator educa, e, por caasegulnte,o papel dos elementos gent- cas, em partcular da eto mater primar como objeto primelo de endfengto eu tant}, evelam se exremamente importantes. (Um lugar muito patular deve ser reservado, nessa prspectva, & mae do pete, que pore, por sas attudes profundss, mater olacente,e mals tarde 0 paclent, em uma situa Gao impropia para faittaraelosa das manfestages personae: tina de Nperprotetor, no permlindod crlangaakangao registodo deseo, estando sempre presente prevenindo seus menoresdesejos, qu ela torn assim iexistentes) ‘Ue me sucene nas rarament), que nao permite que a cana gue (0 emp do lesa) a espera penosa eas representagdes do objeto desejado ‘essasduas ocsides,o clemento notével vem a ser a insula manifesta da fargo do deseo, 'No primeiro caso: uma insufiinca de motivago, ela pesenca excessiva da ma, evita a“hidncia” na quale deseo se inaugura Io eegtda caso a fguragio €tomada in, plo fto de qu ela nunca €completada {e. por assim dae, ceforgada como tempo smermeti)e, mas tae, cone sence ela tnperincia de sallsfagho nao mals conotada, para rlanga negligencada 170 _ pas Bencanes € também o caso da cianca sts inoportunamentecaso da me que ado entende emanda™ (aque Ihe dé de comer, quando ela em oon que eae, quando ela ste fome, cc) que era sou propio deseo Elsa uma forma de discordincia entre a ncessdadeistodigien, que eexprimee ose do deviate que ae he raz (um pouco como ent una intespetagao alsa a cranga gra a mée ndo sabe reconhecr¢ ramet « pls. Bla no pent integrar melhor mets tarde, or ideneenp, essa fango geadora do insight. Encontro, gui uma das mals slidas Tales danapidao a mentalzar (Deleue, 1969; Revd, 195) as pulses, arepresen'-as,c2 dat las. ambém una das manfestagdes mais egdentemeatsenconradas no psc, em auem aura do dese, pertubada, mostas incapazdesigrcur elmer o novinreto prusiona Nao obstane, a fungio matera nio se deter nese papel ~ Go importante ~ ce ligase (ou, se peferirem, de sldedure da mog pusinal em curs de emergincia com su objeto sgnifeante ‘essa fla prinipal em su papel estruturante, face ao cntnt (ou si, aodesen- mento das capactdades de rpresentagto pubionah se acrescentario as falas imzortantes no nivel dont, conseeutvas propria natuteza de seus consituntes @ em reac dre om sua oyganizaao mental: a me do pio no soe deixar se instar o exhag de uma felagho personada, leva, como se iu. sseneialents por sta prépria necessiade patolgi- cade excusiidate. tea dispsico de espritotenderaigvalmenteaalastar a crianxa de toda sala para o err e muito espelalmente para ess otro representa habitalmente pelo ai do psc. Nie somente a onfresengr mavema teva impossivelainstauracdo da elagto ene crianga eseu pai, mas alén disso, no plano matin (no plano da relagio este ent Jmaginério da mde eo ascene da cana), cla cliinardfundamentalmente de seus prprios dentro & sempre bom..", 0 sujeto pode, assim, sempre se amar ese considerar digno de amor, nessa sltuagio prviegiada FE ineressante constaar que, nessa fase especiica da relagio de objeto esqulzolénica, tudo parece mostrar uma imprecisdo considerdvel da funedo do sujeito,ropteamente dlsperso cemmuittiplas ites, caracerizandoa vivéncia dita “fragmentada” da existéncia esqulzolfnica, fem seu contexta clinica maior: « afenardo. Esta representa © funcionamento caractristico esses Egos estraturados, que Funcionam, por iso, unicamente ao modo parcelar do suelo parcial e do objeto parcial, sem poder jamais chegar a uma elaboracto mals completa ie um go diferenciado de seu mundo cbjeal. No plane cinico, essa atitude id se radu pelo as- pocto particularmente “Quruante* dos pacientes, que no podem, por assim dizer, jamais "se ajustar” a realidad do momento, Delirio paranéico ‘Tua vai ser muito diferente na organizagio da personalidad dita paransia. Esta, carac terizada clinicamente pela superestimagio de si mesmo e pelo desprezo aos autres, representa, ‘como disse Racamier (1963), a evidéncia de um “Ego organizado ¢ ndo-alienade” (ou sta, de um Ego epicamence erigide),capaz “de um process organizado, de um ato refletko, maldado fem uma forma social conhecida "Nessas estruturas mais “evoluidas” que as precedente, o Ego & aparentemente constitu do comoexistente(¢ digo muito aparentemente), mas ele no pede admit a existéncia ebetal a ndo ser na medida em que o objet lhe permite assumir a onipoténcia de seu contiolesobre cle, Ess é uma condicdo essencial da organizago objeta do paransie. Trata-se, de ato, de uma contrapartida narcistsraevidente, para um Ego partcularmente ‘dg, cuja oniporencie armada pode apenas compensar a perda (Sempre lesiva para onarti- sma) da onipresenca primitiva, Seo sujeto no esté mais por toda pat, € preciso peo me~ nos que ele sea o centr, o agente determinance e crkader, a qual © objeto {tal como o esravo ‘berado) “deverd sua vida e sua funcaot "Nessa fase importante edelicada da hstéria do Ego,“ objeto ndo & considerado por st mesmo, ele nao é jamals sendo um instrumento". Eu acrescentaria, de bom grado, que & um Instrumento que ndo seré jamais separado de seu crador, a nao ser para Ihe coyirmar, assim, facilmente, a impressdo de sua onipocénciae de seu formidvel aor, do qual ele nao pode se separar. ‘Do mesmo modo que, se o deseat, © parandide pod, dispersando-se, separar a parte boa de si mesmo da mé, que ele clivou, o paransico (consttuindo-sefcticiamente como “sujetto separado) ndo chega a Isso sendo na condicéo expressa de controlar a reparticio 176 _ jew Buxcter dos bens, apropriando-se a ro preco do que pode Ser bom. HA dois ou divers suetos _Fragientados no paranskde, para quem a constituigi do objeto permanece alata, e no th mais que um sujet petro eum obra (ou esget, Segundo Racami=t para ¢ paransio, que s pode eg se como entidae separada 3 condigdo de ser ame hor pate do sistema asso exc, além do mais, a escolha homassereal peferencil de tis pacers, que se buscam por td parte nese proceso. Deve-se near que essa esothahomostexual do para r6ieo, perfetareenteassinalada por Freud (1958), em Seu esto do caso Schreber, representa, de fato, come ee havia dito, uma escolha Intermedia e pr assim dizer um trode passa gem entre a naréssno ou amor de stnesmo 0 anor abet gualmenteno plano da relago com a mae, pode dizer que esquizofrnico representa uma parte no sparada desta itima, Farce, parao parang, que surge como multo rece ‘emente separado de seu objeto primo, qu el deve evita a qualquer prego o encont afet ‘woeengolior com esta hima, juleads pergosa demas, porque ainda demasiado inportante le defende, assim, a fagilidade de sux ctzonamic recente pela prjerd ejitadora face a esta ima jo defoda situagio que pode ex evocad. falta de poder manera fsdo tore vo confoco necsste que ela represen, o part dio mantém, nessa posiio, seu esta de bo set, proceido dos ataques da md mc chet, manda asset 2 distinc. le pode, desse modo. afrmarse como swt relativamene separa, ao mesmo tempo conseevande as vantagens narisistas qué ess projec The confere: 3 falta de entinuat a pessvir tio, elendo pee, nfm, fiona, 4nd ser na condigao express de se sen pos Sur de cud o que ébo. Essa dma preciso tora intl preisar penso, «lad dese! no sentido de delirante) cessaspersonaidades aparentemente muito seguras de seu incomensurdvle paslgic or _gulho, dose desprezo pelos outa, que eles abservam com una curasidace desc, © dos qs eles nao podem se aproximar senda com as mais exiremas resenvas (gf Sua waz ci habiua) para deter nees as eventuaisignomints. Tnapto a todo deseo, que ele considera como pergoso parandio rl sob ua psc dopotéacia, tears incessantemente se faze confrmar em sua boa consciéneia por outrem fle nto ter, assim, que descobrir seu desea de ser amo, Fara sso, le wiliza facitmente ula desafeivada da usp, a qual id buscar em interminaves processas, ou da raza, em discusses lgias, 85 ves surpreendentes, e onde arti de seu racccnio gostaria de esconde de smesin e dos outosaindgnca tga de sua dupa ssa breve descrigi do paransico, hipeesuzurad esistematizado, naquile qe se pde- sia consierar como uma “atapag caractra” ig, nos eva para mut long dotnet, ta auséncia de ote, para diver to, da tratidade ded averted sua naar da esquizagnic: «prance, Depressio ‘um outro nivel da onganizagao péobjetal dogo poder se representa pea poigao clinica da deressv, caja ognizade oe! se expe de aco com a cura wodalidade funcional que a caacteriza: quero flat, por oposicio & pry, da atvidade dia eeroee Nessa eventualidae que, de acordo com Melanie Nein, a mais préxima da posi objet serdar, tudo se pasa como seo sujet, perdendo suas lusSes megalomantacas e nae sisas de onipresenga ede onipeénca, consttusse uma pimela ldo rete obetiva com ‘mundo exterior, na qual ele se descobrira, em cantrapartda fds e mpocente, dependent, Pocommrotoais 1 perfeitamente fcqpar de afirmar seu Ego na assungaoe xo domiale® eal dos objets ob tos doravante sepzraas (ea conguisia), undamentalence diferentes dos prinelts cos consis da dericago pimdsia. E, 20 contro, na experinca degradanee perigosa da depend, face ao cbie-0 ma temo, de inicio, depois, simplemente aos objets. que € perebide, em uma vvénca funda imental deride aca ede deecteedo, 6 nev seiimerto de exis que 3s cabo ‘Atop desralzane do esqusghenico (atopia no sentido eile de auséncla de = ga ou hipertopta mantguesre do peranéco, armas baseadas na recs do teal que scapa ‘Roniptinca do Eg, oporemasa rivéci depress como caracterzaa plo reconnesimento teal do objeto comp existentesepradamenteealundando, co mesmo tempo, 0 suet, gue se ‘é asian “edualdo a suas préprias dimensses", no seneonento dramice do su impoienete Em certos pacientes, &corrente encontrar na sequéndia de acontecimentos divers Tuts, fracassos, peas de enesquerdos ou de cjetos amados, ou mesmo, 8s vezs, a0 coin satisfago ou sucessesInesperades, et) um retorao & pasito depress que aeabamos de Vishumbrar ena qua, come feud (1952) hem mosou, em seu wakaho ina “Lute eme Tancoia,opejuizo sofrid pelo sujeto (que nao pode se resolver a abandonar defnisvamen two.aberafrstraue 0 levatd no movimento retesivo inves, caracetizado pela eomada no interior de si mesmo, a0 mado da identficagao, por intro do objeto mt, destinado a conserst pesar deed. Essa idenifcagio,contendoo cerdtr mau da nova inteeuio, se waduaid pela cloagio aftivapanculr da depress: pola depraciapofardarenc pea triste, glo pessinismo basicoe pela auséncta de sade elt vet. la se mantestars, no plano clinic pelo abacmento pstemetar, pia cininuigdo de fi ede geo, peta ieago lent, pla dor mor. Eacatac teriza, com 0 abatien sia e a fuso com 0 objeto mau, na more, © quadroclssico da rmoencola Esse abatimento id drat de acord com o suelo, um tempo muito varivel, eles reso ver om Feqiéncia na movimento verso, dit movimento mania, na qulo caster fenoso Aaevdénctaobjeal er recusado, Um pouco como nando -fetenciagao exquzofénicaou na projeio do mau para fra, do patandco, encona-se ese movimento, de ceria maneta, na mana c iss0apcsar da constiuigéo do objeto como existete real eseparadamente,saposta UWerapassegem magica dadepencencia cea recusada. Vivid na excitago e no ttunyo maniac, na alegia borbulhante es vees clistca, com agitart psicomotor, fuga de ides, associacoes lds, oges de polavres, cm deco verbal egestul aonontedo,eses estates maniacesconsttuet, poder sea die, 2nepacto defensiva da depres, sso pemitecompreender a exstncl, nos mesmes pacientes, de perfedoscaracterzadas oa pla mania, ra pela depress, um send, por assim diz, aposigo delensva deoutto, relizandooquadro elise da psicase maniacs depressive, de Kraeplin. sso nos explica, igualmente, todas as variedades possivels dessa associate cinic, Inde do simples quate de melancelia eldvante, sem epsddio maniaco, com, ett esses dois extremes, « altemdacta dia ccee de uma ou de outa dessas formas paolglcas tentrcortadas de epis6dios de normaldade eliicahabitualmente completa. A exstnca, nesses pacientes, de uma relagio de objeto total jé constitu, pode expla, além dso, possibildade de cura clinica ulteiot na qual o comécio obetl normal, fora desses prio dos de descompensacio, permite reencontrar em cero limite, peiedos caracterizados por * No seihode pose 178 __ Jo Bncanen uma vivéneia ndo-pslcStica (nem metancélica, nem manaca),e faz justifca, pelos auto res antlgos, para a psicose dita manfaco-depressiva, um progndstico clinicorelatamente favorével RELACOES ENTRE DESREALIZACAO, DESPERSONALIZACAO E DELIRIO” J. BERGERET Passando rapldamente em revista alguns mecanismos psfgulcos primordlals em sua of dem regressva, pode-se considerar sucessivamente que o recaleameno, principal argumento neurbico, situa-se sobretude ne nivel d genital. Em caso de fracasso habitual do eecalcamen: to, 0 Fgo procura um mecanismo bastante feqiente em toda a patologialimite (gf: captulos sobre ‘0 problema das deesas” e sobre “bs estados-limitofes e seus anexos", a clivegem das ‘magos,ligada a outros mecanismos anexos de projecdo, de forlusdo, de recusa. Freud disse ‘que, assim, o Ego acelaria se deformar, antes de te de se agmentat Enretanio, se sse8 me canismos fracassam, nos ariscamos alr mals longe nos ataques &Integritade do Eg, em c- ‘ego aos processos psictcos: esse Ego comeca por se liv, pr se duplicat, antes de chegat, eventualmente, a sua iltima degradagéo: a explosio, a fragmentagio em niicleos esparsos, tendo perdido toda ligacio entre eles. ‘fase da clivagem das imagos corresponde a uma dupla relagao com a realidede: uma parte da realidade exterior, vivida como posiiva easseguradora, é apreendida cortamente pelo Ego, mas uma outta parte da realidade, considereda Inedmoda, fustrante, inculetante ‘1 perigasa se encontea ou deformada, em um sentido mais reconfortante, ou mais cu menos recusada, Eis af uma atitude muito corrente nos imaturos de todas as idades, meso fora de (eeu dria antes mesmo de) toda organizago estrutural claramentedefinida. Uma tal clive em, Incidindo sobre as representagdes objeals, pode conduzt a endmenos de desretzagdo, com frequéncia confundides equivocadaments com a despersonalizacée, Um exemplo muito tipico nas & dado por Freud, em sua carta a Romain Rolland: “Um distirolo de memsria na Aerspole” ‘A despersonalizacdo propriamente dita constitul uma operacio psiquica mats egressiva ainda. Se essa dicotomia,incidinde sobre as imagos, nd chega a conter a presso ansiogé nica, o Ego do sueite deve ir até sua progressva fragmentagdo; ele choga a dicotomizar a Si mesmo. Nao & mais somente o objeto extern, com o qual &necessdrie tomar precauées e distincias, mas o objet incern, ligade ao natcisismo primiio, que se encontta pouco a pouto sactifcado, mais ou menos perdido. Se essa perda narcisica vai até uma receperagio fantasmatiea sobre o corpo do sujeto, nos detemes nos mecanismos hipocondfacos; ou en to, se essa tentativa de recuperagio fantasmatica permanete no nivel do pedo ps quismo, chegamos & posigda autsta, Mas hd uma situagao, em geral poucoestivel, na qual nao hii "Tate de nogGesmulo corovenas em pscopatlogia: a confuses so freien. com eto, nite ‘cspersonalizao, esealpgse,delin Tagmentain do Fan clam do sea clvage do #8. apace dap arog cn ts de a ve oud no a a the PoxonowoGn 179 ainda necessidade de “delfrla® corporal nem psiguico, na qual o abjeto narcisita fol perdido (ou esté para perder-se), sem ter podido ainda obterrecuperagdo compensatérla, nem n> sentido tegressivo pré-objeal, nem no sentido salvador objetal: & 0 momento da cise de Adespersonalizacao. ‘Trata-se, com diz Bouvet, de escapar da situagao ansigena, nose encontrando mais af, ‘ao mesmo tempo que nda comprometendo, anda, em demasi, a estrutura da Ego. Além dessa fase, chega-se a ctivagen da personalidad, acentuando-se, Bs vezes, a€ sua fragmentagito completa em micieosesparsos. A partir desse momento, oda uma parte do Ego Feeonstoi una neo teaidace faniasmatica, mas asseguradora: € 0 detiro. Descealizacdo,despersonallzagio, clivagem do Eyo,fragmentagao e dlitio nao sio sena0 tapas sucessivas no sentido regressive de um Ego ndo em simples conflvo de manipalagao genital dos objetos (como nas neuroses léssicas), ou seja, em conto interno, consigo mes- ‘mo, mas em real difculdade de contato com os objtos externas internos, 0 conjunta d= suas representagdes se encontrando mals ou menos externalzado em tudo o que elas apresentam, de demasiado angustiante ‘A desrealizagdo, nos diz Freud. pode faclmente sobrevirem uma pessoa normal, uma simples fh do funcionamento mental; uma parc da realidade se torn estrana & sua prd- pria pessoa: enquanto que a despersonalizagio coresponile a uma parte do Ego que se torna strana a si mesma; é uma “ddvida de conscigncta", Quando as defesas contra as palsdes (em particular o recalcamento) ou conira a realidade (em particular, arecwsa) no podem bas tat, una parte das representagbes pulsionas e objetas precedentemente elimina reiorna ao consclente, que ndo as reconhecs. esse o lado “estranho” sentido pelo sujlt,tan-0 nos fenémenes de destealizagio como na despersonalizagio. £ um abatimento regressive co Ego lance do racasso das defesas antgas, e o sujeta nao ousa mais investir sua libido os ob Jetos externos, nem em seu prSprio corpo, endo pode mals se ientiiear com um objeto man {ido como tora uma parte do que era “interior” deve ser vivida como “exterior”, nos L mites do Ego. Encontramo-nos muito pesto das descrigies das ciancas em “depressdo anacitca” (Spitz, 1954) ou das eriancas “simbisticas" (Mahler). Do mesmo modo que a imagem de si: mesma, 0 sentimento do “Si-mmesmo total” se consltl, na celanga, a pars do conhcimento do objeto; mais tare, toda difculdade de reconhecimento, de apteenséo, de perda do chjeto, pode conduc a um transtoma do sentimente de realidade (desteallzagi ou da sentimenco e's (despersonalizacao) Enretanto, a despersonalizagio nao é de moda algum cantempordnea do deli, 2018 0 «statu fantasmatico do objeto nd é, nea, ainda totalmente ocultado; o lugar em que doveria ‘encontra-seo objeto permanece vazlo;o pacinte sabe, na mda em que é capaz de seni, que esse gar se acha desocupado(alucinzeso negativa). Nao iremos conciuir esse pardgrafo sem distinguirclaramente a despersonaltagto vende- Aeira (rise agua operada por um movimento regressivo pré-obetal fantasmético importante) da simples anguscia de despersonalizardo, to feqUente nas organizagdes imaturas, anda Inesteuturadas, do tpo, por exemplo, das diversas variedades de estados limites. 'Esses dois fendmenos esto ligados aos problemas da perda do objeto, mas o primiro se situa no nivel de uma regressio pré-objtal,enquanto que o segundo permanece, na maioria das vezes, detido em uma dialética oral. A despersonalizago verdadeira corresponde a um enfraquerimenio primario do narcsismo, etapa de alarme, e defesa contra 0 deli. A simples angistia de despersonalizacio assinala apenas um enfraquesimento progresiva e secundio do narcisismo; 6 sobretudo uma ecapa, um sinale uma defesa no registro depressivo antes que delirante), o que ndo quer dizer, por certo, que nao se possa passar. eventualmente, da segunda para a primeica série de fenémenos (¢: estados-limtroes, 180 _jow Bencarer O UNIVERSO PSICOTICO J.-P CHaRTER Sem ser univoca, a psicose constitul um universo psiguico estranho, incomur ¢ desco- hoc, ‘Aesttanhera, o prio pslcéico pode experimenti-a, em particular nos prinéidios da esquizofrenia, em que o insdlita se mistuea ao sentimenta de transformagdo do mando. P-C. ‘Racamierinsisteno Tato de que a emergénca fora da psicose apresentaigualmente uma fase de reorno a0 sentimento de estranheza Na ralidade, oestranho, para o picétco, 6 maleabilidade habitual do psiquisno hum ‘no, ele Ine eseapa, Fazend irrupco fra da histria individual. A sontnuidade de sta prSpria cxistincia nao pode tomar corpo sendo pele dominio da novidade (Binswanger), em ama pet £eagao do tempo cuja forma itima é a estitua eatatnica. ‘Na neurose a energla pulsional poe se ligat a uma interioridade psfqulca, por itermétio de um sistema pulsdo-defsa: pode-se falar, assim, de “conios ntrlotes", Na psiaxe, 28 mo- ‘ges pulsionals nao chegam a constulr um sistema pulsdo-defes, em Tuncdo da caréncla de Imagens de kentficagoes. Estas ima, com efit, peparam o fundamento, 0 apcio primar dial da inricago pulsdo-defesa. ora, agul elas sio labs, poco conféveis ou atenorizantes, 14 sempre, com efeto, uma Introjegi de imagos¢ isso mesmo no caso da psiccse, com a dliferenga, todavia, de que apenas as mais arcaicas ~oriundas da projegio da megalomania infantil tomam pé soba forma de umm Superegosidicoe onipotente, Na neurose, osadimento arcaic estérecabero por um Superege edipiano, humanizao peas imagens de Kéentificagbes patemas e maternas, Na psicose, a8 mocdes pulslonais ndo s80 conffontadas sexo com o Superego arcalco aervorlzance e neahum sistema ineriorizado pode ser consti. Ha uma ‘verdadeira “esqulze™~talvez a esquize mais fundamental do mundo pslesico~ entre palsdes ‘eo que poderia servi de defesas. Também, nao testa mals que uma solugao: a evacuagao pa ‘exterior, e em ordem dispersa, de todos esses elementos, dafo primado dos mecanismos de rojo. £ preciso, encretanto, se entender bem sobre as palavras: a projesio neurStca& funda- rmentalmente diferente, na medida em. que hd a projegio do conjunto do sistema pulsdo-dee sa, ou seia, da imagem preormada devida ao trabalho de Interovidade psiquica (po exemplo: © Fogo do policiale do ladrdo), Nao hé nada disso na psicase, na qual a projecao de sada fragmentada em elementes esparses: pulsées, Superego silico, vestigi de ideniicagées. Além disso, a projeo é uma necessidade vital, pois nao ha, como na neurose, wt sistema tampa arranjado, permitindo capitalizar a energia pulsional sem que ela s¢ tome, por isso, demasiado persecutria. Assim, preciso opor,&histia singular do ipo, na neurose, a geograiatotlitla da projegdo, na psicose eretirar disso todas as conseqdéncias, ssa geografia explicao dilema essencial da organizacdo psidtca: como projetar para o exterior sua substancla sem perder set conifole, ou sea, sem softer uma hemorragia dfntva (© sistema parandico obiém um ceto sucesso na resolucao dessedilema, situando na 6: bita os produtos de suas projees, sem peré-tos de vista. O contol paransico consist, pols, em manter os objets projetados a uma hoa disténcia, no muito perio, em Fungo do risco de Paconwoxocis 181 retomo da projgio, que toma a forma de uma perseguicdo, nem longe demais, em Fungéo da perda de substancia eda perspectiva da fragmentagioefetlvamenterealizada (Os mos para manter, custe o que cstar, essa boa distncia, so conslderdvels ¢divrsos ‘os autores da psiquatriacldsscafalavam de Fenémenos de “barragens", nogio que podemos extender para o conjunto dos mecanismos de defesa conta o retomo da projego.Eles podem Consist simplesmente na recusa a ouvir fala de outer, cuja frases so dilaceradas, as pa lavas fragmentadas, as letras podendo, a partic de eno, car gota a gota em seu “estdmage", ‘sem nenhum perigo. Ou ainda se encerrar no matismo e no sair dele a ndo ser em wmtacon versa entre tercelros, de maneira a escapar a0 sco de uma intrusdo direta, ao mesmo tempo ‘que supervislonando o desenvolvimento dos acontecimentos. Outs mes mals suis podem Conslstr em omar o sentido Figurado pelo sentido propria, c vie-versa. Enfim. em caso de ‘desamparo opaciente psicbtico pode tentar entupir seu interlocuer, transmitindo-the asocia bes louca, a fim de fazo se perder ou para pertubic-lo (Resnik, 1973) Mas o sucesso maior consiste em inva ocorpa do outta, em particular o do terapenta, © ‘em manipulé-lo do interior pela angista, que foi velelieralmenteinjetada,€ a denticagao projetiva, descrta por Melanie Kleia. ‘As vezes, 08 objelostornades satdltescessamn de ser perseguidores sto momentaneamen: te consierades como bons chet, pelo tiniofato de seu equlibrio geogréfco (nem muito pr to, nem longe demais). & 0 que pode se preduair, quando uni recém-vindo aparece no ambiente do psedtco, eel €tomado por um “bom objet". O psistieo parece coocar al seus tesouros, mas rapidamente a situagdo se narmaliza, ou sea, o recém-chegado loo faz parte, amber, das perseguidotes s obetos bons parecem ter sido contaminades peles maus. [Desse modo, a existencia dos cbetes bons néo 6, com Feqiéncia,sendo uma apartnca, devida a um equiltrio momentineo do sistema, Em compensagio, a dos objetos maus, ou fea, a necessidade do psicético de se rodear de seus perseguldores,deixa de ser um mistéio quando se tver compreenddo que se trata do retorno das projegSes que o sicsco deve, de algum modo, manter em segredo. 0 cardterpersecusrlo das projegées € uma tegra, por duas razbes jd comhecidas Tor um lado, as mogées pulsionas sio originalmente persecut6ras, & medida que o fracasso da domesticagdolsedugio, ue permite exitacdes primitivas se cransformarem er ‘um sistema amoriédio dina em estado selvagem um guarrum de tensdo que no deixa de se volta para o sujit, de manelra devastadorae aterrrizante.Compreende.se que, fgce a uma tal siuagio, a evacuagio projtiva sea a tinica sala possivel = For outta of Tragmentos do superego arcaico e megaldmano introjetados ito reson trir um mundo persecutéro,cuja nica Finalidace val ser edificar um deus vingador, pelo menos um chele de gangue todo-podereso, as outtas pessoas do entorno e a pepulagio por imeira nd sendo, em defnitivo, sendo fantoches. Essa € a razdo pela qual opsictic possui lum tropismo exacerbado por toda imagem de autoridade, lugar de escola de suas proegdes ‘megalemantacas: ele eneontra af a unica reconstitaigio de una imagem narcisista que, mes ‘mo louca, Ihe permite reencontrar uma certa unidade do universo ‘As propias pulsces sexuals sao igualmente evacuadas e feqientemente de mancira ee tiva, sobre o corpo das pais ou de seus substcutes, dando uma aparncla de lagos edipianes: “minha evde & uma puta", trator & meu pal que vem me viola noite”. Esse vestigio et plano nic esté mais sob a gide do recalcamento, do qual decore essa emergencia do Incons Ciente no psictic, mas ele ndo se integra mais na singularldade de um devit individual, ele cai na generalidade e nfo mals que um cadaver, pois falta a ele o trabalho dos pensamentos latenues (pré-consclent), 182_ Je 84 ‘Aerotizayao das condutas pscstcas, latentes ou deslocadas (anorexa, bulla), também no deve ser tomada pela expressao de um conflio eipiano:irata-se de uma erotlacao se cundéria, que muitas vezes assume uma forma toxieomaniaca. Apenas um conteido visual & 4s vezes depositrio de um tego auienticamente edipiano (voyeurisme, vestigios de imagos infantis, Ha, entretanto, projecdes que escapam realmente a regsto persecutério, so encontra dos, mutas vezes, vestigos de identiicagdes (sos reconhecimentos). A guestdo da existe cia de bons objetos reais se coloca, com efeto em certo niimero de casos, efalase, eno, da existncia de uma parte sada. Hla se manifesta essencialmente, pela procura de meios de con {engdo que escapam 20 registro paranico e que apelam para oberosInermedaios, eaté mes ‘mo transcionais: quer se trate do enquadramento do leo, dos mites da sala de psiccerapia, 4d “invélucro hospital” (Resntk) ou simplesmente das vestimentas: das palavras do wrapeuta, as quaiso paciente se envolve com cam uma coberta, eventualmente da camisa-t forca, quando ele mesmo a solicita, des medicamentos ou mesmo de cetificados administativos de Inernagdo, quando ele esta em saida de ensao. Trata-se, de fato, por essa contengio, de "se ajelar” um ego substitutiv externa, ponto de polo dos vestigios de entificagbes. imo meio de reconstrugio do mundo, « mecanismo de clivagem permite peservar 08 bons objetos da contaminacio dos perseguidores. Tudo pode ser uuizado para fazer isso, quer se trate da diferenca dos sexos ou da distingto de tertéros: os lugares de alvidade profi sional podem, por exemplo, escapar aos perseguldore, dferentemente da vida privada, ou inversamente Em dltima andlise, a elivager fundamental consiste em evacuar para o exterior 2s maus ‘objetos e emt ndo conservar sendo um abjto bom, encolhido,cuje limo recurso continwa sendo,evidentemente, a onipoténcta megalomantaca ‘A esquizofrenia assinala, ao contro, o acasso da contencio paransicae, per conse uinte, de toda tentativa de reconstrucio de uma coeréncia possvel do univers. it face da hhemorragialragmentadora que predomina, a megalomania ndo possui mais que uma via: a aniqullagao(deliio de negagao) da interioridade psiquica, que se projeta, em um primaio mo ‘menta, sobre o corp: “corpo sem Stes", dird Antonin Artaud, sem pulmo, sem esémago, sem ofvebro.Porém, essa anquilacdo interior € ainda fasufciente: ela prdpea € pojelada no universo, que se torna, por sua vez vazio, Tal & 0 recuisa autistco que ni tem nada a ver, ‘como Bleoler aereditava, com uma dobra sobre si, mas correspond, ao contréio, a evacasao ‘als total possivel daquilo que se arrscaria a constitulro embriso de uma exisacta pique marcha a grandes passos estereotipaos, olhos perddes no vazlo indlferenga total ac ambien te, E assim para 0 autismo, pega essencial da esqulzatrenlahebefiénica. Quanto &cetaton la representa a titima e implaciveltentativa do superego arcaico-sujeto vazio, estaulicade, {que ndo tem mats nada a trocar com um universo vazie e morta. Quanto esaulzolrenia “pa Fandide", ela representa uma tentauva abortada de organizagio paranéica, de ande vem seu nome: subsistem vestgios delirantes atiices¢ fragmentados, mas com frequéncia Bo ricos {que escapam do esteresipo paransico. ‘Aconclusio dessa descrio serd de ifs ordens, e a cada vez em contraponto da posiio newiicas ~ Suportr a existéncia de confios em seu psiguismo pressupse uma boa imagen de si ‘mesmo, ou sea, um nacis/smo suficientemente desenvolvdo. Na psicose, como essalimagem vem a gr falta, 6a megalomania, dnica arma de reserva, que assegura o revezament, =A auséncta de uma elaboragao de sentido edipiane, por meio dos avatars da vida ii: inal, rez. © mecanismo da psicose priridade absoluta do econdmica sobteo sexido. 0 simbolismo se reduza uma geogralla das projegdes:evacuacao e contengao Prcommoxocis 183, = A ubighdade do universo pscéico € a aresta cena da estruturapsleica: *# Por um lado, trata-se de um univers liberado do recalcamento, no qual incon ciente parece ser posto totalmente cru sobre a mesa, as comunicagdes sem limite: cont 0 pals mortos ha multes anos, os viainhos distantes de muitos qulldmetos, ou com a lua e as esuelas. £0 untverso sional = Por autto, essa relagfo com o mundo, feta de conrengo, de negagéo (no sentido da recusa) de projees esparsas conduz a um universo completamente Fragmentado, autistio ou refugiado em uma parandia inexpugndvel. E 0 universe vazio, Univers fusional euniverso vazo se corespondem, exatamente como ‘o compo penta” & “compo sem Srgios",descitos por Giles Deleaze a partir do universo de Antonin Arta, ‘A comunicagio por todos os melas corresponde 3 negagdo de cada comunicacéo, Ao con twério da neurose, em que a castrag, mola mesta da finiude, permite a comunicagéo com ommund. 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