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Em 1995, o americano Robert Brock resolveu

processar a si mesmo e pedir uma indenização


de US$ 5 milhões, alegando que violou suas
crenças religiosas quando cometeu os crimes
que o levaram à prisão (agredir pessoas num bar
e dirigir embriagado). Como estava preso,
Robert esperava que o Estado tivesse que pagar
a indenização a ele. “É possível dever para si
mesmo”, explica Fornaciari. “Se você deve para
seu pai e ele morre, você passa a ser credor de
você mesmo. Mas a dívida é automaticamente
anulada. Não se pode processar a si mesmo”. A
Justiça americana não aceitou o processo.

Em 2008, o prefeito da cidade de Batman, na


Turquia, entrou com um processo contra a
Warner Bros e o diretor Christopher Nolan pelo
uso do nome Batman no filme Cavaleiro das
Trevas. A cidade de 300 mil habitantes ganhou
esse nome em 1957, e hoje é a sede do maior
ponto de exploração de petróleo do país. Em seu
processo, o prefeito Nejdet Atalay alegou que o
filme se apropriava indevidamente do nome da
cidade – apesar de o personagem ter surgido
antes, em 1939.

Atropelada pelo Google


Em 2009, a americana Lauren Rosenberg
buscou no Google Maps o melhor caminho para
fazer a pé. Foi atropelada e agora processa a
empresa em US$ 100 mil, pois o site não
informou que a rua não tinha calçada. O Google
diz que a informação estava disponível – mas
Lauren alega que, no Blackberry dela, ficou
ilegível. “No Brasil, há processos movidos por
motoristas induzidos pelo GPS a entrar em
favelas”, conta Fornaciari.

O cafezinho de US$ 2,86 milhões


Este caso é tão clássico que deu origem ao
Prêmio Stella – que celebra as decisões judiciais
mais bizarras do ano. Em 1992, Stella Liebeck,
de 79 anos, processou o McDonald’s porque se
queimou ao abrir um copinho de McCafé.
Ganhou US$ 2,8 milhões, pois seus advogados
provaram que a lanchonete servia o café
pelando, a 70° C – temperatura considerada alta
demais para o consumo do produto.

Condenado a 20 anos de prisão por assassinato,


Mircea Pavel, de 41 anos, processou Deus. A
alegação: quando ele foi batizado, Deus
prometeu protegê-lo do Diabo. Como o seu
crime foi obra do demônio, Deus não cumpriu
sua parte no contrato. Em 2011, a corte decidiu
que o processo estava fora de sua jurisdição.

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