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CITRICULTURA

Disciplina: Docência em Fruticultura II


Mestranda: Caroline de Fátima Esperança
CITROS
ou
CITRUS
Origem
• Regiões Subtropicais e Tropicais da China
ao Japão, do Sudeste da Ásia, incluindo
áreas do Leste da Índia, Bangladesh,
Filipinas, Indonésia, Austrália e África.
Fonte: Webber, adaptado
Histórico

• Idade média chegou na Europa sendo levada para as


Américas por volta de 1500

• Espalhou-se pelo mundo sofrendo mutações e originando


novas variedades

• XX EUA lideravam as tecnologias em produção de laranjas


Histórico
• 1800 - Surgimento da laranja Bahia ou de “umbigo”

• 1873 – Riverside recebe 3 mudas da cultivar Bahia.

• 1980 Brasil era detentor de mais de 1 milhão de plantas


de laranja

• 70% da produção para suco


Presidente Roosevelt plantando muda de laranja em Riverside, na Califórnia
Histórico
• 1927 – Primeiro esboço de classificação para exportação

• 1939 – A laranja estava entre os 10 produtos destaques na


exportações

• 1940 – II Guerra Mundial – Pomares abandonados

• Renascimento- 1977 – Fundecitrus


Fundo de desenvolvimento da citricultura
• Rendimento: Caixa com 40,8 Kg

• 3,5 a 4,0 Kg de Suco concentrado

• 4,5 a 5,0 Kg de Ração animal (Bagaço)

• 1,0 a 1,2 Kg de Essência extraído do suco

• 0,1 a 0,15 Kg de Óleo essencial a partir da casca (perfumaria)

Fonte: Neves, 2012


• Fábricas Brasileiras de Suco de Laranja se instalaram nos
EUA

• Brasil consumo per capita de 2 L/hab contra Americanos 18,5


L/hab – 2% consumo interno

• 89,3% Laranjas; 4,9% Limas/Limões e 5,8% Tangerinas

Fonte: Neves, 2012


Produção mundial de citros

1° China 31.700.000 t
2° Brasil 20.258.507 t
3° Estados Unidos 10.619.510 t
4° India 8.000.000 t
5° México 6.750.161 t

FAOSTAT, 2014
Produção mundial de citros

• Fruit, citrus 12.840.318 t


• Grapefruit (inc. pomelos) 8.040.038 t
• Lemons and limes 15.118.462 t
• Oranges 68.223.759 t
• Tangerines, mandarins, clementines,
satsumas 27.060.756 t

FAOSTAT, 2014
Situação cultural
• Área cultivada no Brasil com cerca de 882.604
mil/ha
• Sudeste 649.626 mil/ha
 Minas Gerais 39.796 mil/ha
 Espirito Santo 1.751 mil/ha
 Rio de Janeiro 4.528 mil/ha
 São Paulo 603.551 com rendimento médio 29.72t/ha

• Sul 58.758 mil/ha


 Paraná 21.200 mil/ha
 Santa Catarina 6.565mil/ha
 Rio Grande do Sul 30.993 com rendimento médio 14.151t/ha

Fonte: IBGE, 2012.


Sudeste 649.626 mil/ha

Sul 58.758 mil/ha

Fonte: IBGE, 2012.


Classificação Botânica
• Swingle, 1967
• Ordem: Geraniales
• Família: Rutaceae
• Gênero: Citrus
Fortunella
Poncirus
Classificação Botânica
• Citrus:

• Citrus aurantifolia - Limas ácidas (limão


galego, tahiti)

• Citrus paradisii – pomelos

• Citrus grandis – toranjas

• Citrus medica – cidras


Classificação Botânica
• Citrus:

• Citrus sinensis - laranja doce

• Citrus aurantium – laranja azeda

• Citrus reticulata – tangerinas

• Citrus limon – limão verdadeiro (Siciliano, Cravo)

• Citrus limmettioides – limas doces


Classificação Botânica
• Fortunella

• Fortunella margarita - Ornamental:


Kunquat ou laranjinha de jardim

• Fortunella japonica

• Fortunella poliandra - Porta


enxertos com sistema radicular
fraco

• Fortunella hindsii - Resistentes ao


frio

Fonte: Kretzschmar, 2011.


Classificação Botânica
• Poncirus trifoliata
• Porta enxerto, menor porte
• Fruto perfumado
• Presença de espinhos
• Resistência à gomose
• Intolerante ao declínio
• Resistência ao frio (caducifólio) confere brotação
tardia à copa.
Características
• Perenes
• Características mesofítica
• Perenifólia
• Ciclo de desenvolvimento podendo variar
de 6 a 16 meses
Características
• Arvores ou arbustos

• Primavera - folhas novas

• Folhas perenes (2 a 3 anos)

• 3 Fases de crescimento:

1ª Crescimento radicular
2ª Crescimento vegetativo
3ª Maturação dos ramos novos
Características
• Folhas – Largas, pouco espessas, com estômatos superficiais,
ausência de pelos e cutícula fina

• Sistema radicular – Pode atingir de 6 a 7 m (Limão cravo e


laranja caipira)

• 60% do sistema radicular se encontra a 30 cm

• Flores completas – 5 a 6 pétalas;1 pistilo e 20 estames

• Alógamas
Fonte: USP, 2011.
Características
• Temperaturas ideais são entre 22 a 33 °C

• Acima de 40 °C e abaixo de 13 °C, a taxa


de fotossíntese diminui, o que acarreta
perdas de produtividade
Morfologia
Florescimento e a maturação
dos frutos
• Vegetação – fim do outono e
início do inverno

• Indução ou diferenciação
floral – com a intensificação
do frio e do estresse hídrico,
as gemas vegetativas se
transformam em gemas
reprodutivas.

• Florescimento – entre o final do inverno e o início da primavera

• Frutificação – a produção final de frutos é resultado da fixação de


apenas 1 a 3% das flores produzidas pelos citros
Variedades
Laranjas de umbigo Laranja de baixa acidez

Baía Baianinha Lima


Citrus sinensis Citrus sinensis Citrus sinensis
Variedades
Laranjas comuns

Hamlin Pera Natal


Citrus sinensis Citrus sinensis Citrus sinensis
Variedades
Laranjas comuns

Sanguínea Seleta Valência


Citrus sinensis Citrus sinensis Citrus sinensis
Variedades
Limas e limões

Lima da Pérsia Galego Tahiti


Citrus limettioides Citrus aurantiifolia Citrus latifolia
Variedades
Limas e limões Limão Verdadeiro

Cravo Siciliano
Citrus limonia Citrus limon
Variedades
Tangerinas

Clemenules Cravo
Citrus clementina Citrus reticulata
Variedades
Tangerinas

Dekopon Mexerica
(Citrus unshui x Citrus deliciosa
Citrus sinensis) x
Citrus reticulata
Variedades
Tangerinas

Murcott W Murcott (Afourer) Pokan


Citrus reticulata x Citrus reticulata x Citrus reticulata
Citrus sinensis Citrus sinensis
Porta-enxerto
• XX início– Laranja caipira baixa resistência a
seca e a phytophora

• 1920 a 40 – Laranja azeda Intolerante ao vírus


da tristeza

• 1970 – Limão cravo predominante 99%

• 1977 – Surgimento do Declínio (limão cravo


suscetível)
Fonte: Kretzschmar, 2011
Porta-enxerto
• 90% limoeiro cravo • precocidade de produção
• muitas sementes • produz muda mais
• resistente à seca rapidamente
• tolerância a tristeza dos
citros
Clima
• Clima mais ameno, solos adequados e
cerca de 1.200 mm anuais de regime pluvial
bem distribuídos.
• Climas frios tem melhor coloração da casca
e da polpa, teores mais altos de açúcares e
ácidos.
• Climas quentes os frutos são menos
coloridos, porém de frutos mais doces mas
de paladar mais pobre.
Escala de resistência ao frio
• P. trifoliata > cunquat > tangerinas> laranja azeda>
laranja> pomelo> limão> lima >cidra

• A planta cítrica suporta temperaturas de até 3C por 5 - 6


horas.

• Regiões com TC # dia e noite - coloração mais


acentuada da casca e polpa; melhor balanço
acidez/açúcar

• Regiões mais quentes = frutos amarelos e mais doces


Solos
• Adaptam-se tanto a solos arenosos como
argilosos, ajudando-as nessa adaptação o
uso de diferentes porta-enxertos.
• Areno-argilosos são os mais indicados.
• Não toleram solos impermeáveis;
• Devem ser evitados solos rasos ou que
encharcam com facilidade.
• pH 5,5
Nutrição mineral
• Assimilação de CO2 (que depende de luz,
temperatura, água, nutrientes, área foliar
etc.)
• Partição do C fixado para formação e
manutenção dos seus vários órgãos.
• Ausência ou deficiência dos nutrientes
minerais, absorvidos, principalmente pelas
raízes resulta em injúria, desenvolvimento
anormal ou morte da planta
Nutrição mineral
• As recomendações da adubação N, P e K
para os citros são distintas para:
Plantio
Formação - árvores jovens <5 anos
Produção - árvores adultas
(grupos de variedades de laranjas, lima ácida
e limões, e tangerinas e tangor).
Propagação
• MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO
• PROPAGAÇÃO SEXUAL

• SEMENTES APOMÍTICAS: forma-se mais de um


embrião, oriundos do zigoto e de um conjunto de
células do saco embrionário ou da nucela (mesma
constituição genética do progenitor feminino)

• SEEDLING OU PLÂNTULAS: plantas jovens


propagadas por sementes
Propagação
• CITRUS = SEXUAL X ASSEXUAL
MÉTODOS:
• Apomixia semente
• Enxertia
• Estaquia
• “In vitro” – micropropagação
Propagação
• Apomixia: obtenções de porta enxertos
uniformes, com características genéticas e
morfológicas da planta mãe.

• Vantagens:
• Não transmissão de vírus
• Ausência de segregação
• Permitir o rejuvenescimento dos clones
Propagação
• A enxertia é método mais utilizado
• Plantas uniformes e idênticas a planta mãe

Semeadura

12 meses
Março/Abril Setembro Muda Pronta

Enxertia
Propagação
• ENXERTIA
• APLICAÇÕES:
Propagação de plantas com difícil enraizamento
Obter benefícios do porta-enxerto
Trocar cultivares de plantas estabelecidas
Evitar juvenilidade
• MÉTODOS:
Borbulhia: - ‘T’ normal e invertido
Placa ou escudo e anel
Garfagem
Propagação
• ESTAQUIA
• Vantagens:
Manutenção das características agronômicas
Redução da fase juvenil
Obtenção de plantas uniformes
Combinação de clones na enxertia

• Desvantagens:
Transmissão de enfermidades
Risco de mutação de gemas
Risco de dano generalizado na área de produção
Legislação
Propagação
• Prática:
• Estaca semi-lenhosas
(25 - 30 cm)
• Corte da base em
bisel
• 3 a 4 folhas
• AIB
• Nebulização
intermitente
Propagação
• CONDUÇÃO DA MUDA
• Tutoramento
Quando broto estiver com 10 cm de
comprimento
Tutor no lado oposto ao enxerto, de 1 m
de altura taquara, varas de madeira ou fios
de aço
Fazer amarrio quando o broto estiver
crescendo
Propagação
• Formação da copa

• Quando a haste estiver com ± 80 cm de


altura do solo, fazer o desponte

• Selecionar 3 a 4 brotações laterais


alternadas (taça) - 25 dias após
Propagação
• Arranquio ou desplante das
mudas

• Fazer seleção pelo tamanho


e diâmetro do tronco

• Fazer poda das pernadas,


deixando-as com 20 a 25 cm

• Com uma pá de corte desplanta-se as mudas com


cuidado (evitar danos as raízes)
Propagação
• Fazer a poda das raízes laterais e a pivotante:
cuidado

• Lavar as mudas e embarrear com barro mole à


terra do subsolo sem M.O.

• Enfardar as mudas com capim ou saco de


estopa

• Manter à sombra e protegida do vento até a hora


do plantio no pomar
Implantação do pomar

• Solo profundo, bem drenado, sem encharcamento

• Pouca declividade, quebra-ventos e limpeza terreno

• Correção – ½ dose calcáreo

• Subsolagem, lavração 40 cm, gradeação

• ½ Dose calcáreo + adubos corretivos


Tratos culturais - poda

• Poda de formação – (nas mudas); retirada dos ramos


indesejáveis e formação das pernadas

• Poda de limpeza – eliminação de ramos doentes e


quebrados

• Poda de manutenção – eliminação de ramos secos, ramos


que arrastam no solo e ladrões
Tratos culturais - poda
• Poda de rejuvenescimento - poda drástica para forçar a
formação de ramos e folhas novas

• Realizada quando o pomar está velho e com baixa


produção
Implantação
• Propagação legislação e produção de mudas

 São Paulo:
• 1985: 2000 viveiros clandestinos

• 1989 projeto técnico para a produção de borbulhas


certificadas de citros

• 1993 e 94: (Clorose Variegada dos Citros) CVC e normas


para a Produção de mudas certificadas de citros
Implantação
• 1994: produção monitorada de mudas

• 1o Janeiro 2001: Sementeira telada

• 1o Janeiro 2003: toda a produção em


sistema protegido

• 1996 – 2000: aumento da cvc de 24 – 34% das


plantas cultivadas

• 1994 – 2001: 2,3 milhões mudas contaminadas com


cancro cítrico, todas em viveiros a céu aberto
Implantação
• Muda cítrica insumo mais importante na formação de
um pomar

• Leva 6 a 8 anos para expressar seu máximo potencial

• 1,7 milhões de mudas produzidas

• Produção em 36 meses de idade


12 24 36 meses

• SEMENTEIRA VIVEIRO 1 VIVEIRO 2


ENXERTIA
Implantação
ORIGEM DA SEMENTE DOS PORTA ENXERTOS -
Origem incerta

Compra Outros
mudas 9%
prontas
Centros de 9%
pesquisa
0%

Coleta nas Produz na


proximidade propriedade
s 65%
17%

Fonte: Schäfer, 2000


Implantação
MOTIVO DA ESCOLHA DO PORTA-ENXERTO

Fonte:Schäfer, 2000
Implantação
• Qualidade das mudas cítricas

• Origem genética e sanitária garantida

• Bom vigor

• Sistema radicular bem formado

• Fiscalizada com atestado


Implantação

• CARACTERÍSTICAS DO LOCAL

• Totalmente cercado e longe de pomares

• Uso de quebra vento e água

• Restringir acesso e usar proteção para visitantes

• Usar rodolúvios e pedilúvios nas estufas (fungicidas e


bactericidas - amônia quaternária)
Implantação

Fonte: Andrade, 2005.


Implantação

• Plante a muda com cuidado


para não desagregar o
torrão.
• Após plantio, compactar
com os pés e irrigar.
• Não aterrar acima do colo,
para evitar a gomose e o
franqueamento.

Fonte: Andrade, 2005.


Fonte: Andrade, 2005.
Implantação

Fonte: Andrade, 2005.


Implantação
• No inverno manter cobertura de solo, (adubação verde) e
no verão culturas anuais de porte baixo, respeitando:
• 1º Ano - 50cm de cada lado da planta em faixa ou coroa.

Fonte: Andrade, 2005.


Implantação
• No inverno manter cobertura de solo, (adubação verde) e
no verão culturas anuais de porte baixo, respeitando:
• 2º Ano - 1 metro de cada lado da planta em faixa ou coroa

Fonte: Andrade, 2005.


Implantação

• No inverno manter
cobertura de solo,
(adubação verde) e no
verão culturas anuais
de porte baixo,
respeitando:
• 3º Ano - 1,5 metro de
cada lado da planta
em faixa ou coroa.

Fonte: Andrade, 2005.


Implantação

Fonte: Andrade, 2005.


Implantação
• ANÁLISE FOLIAR:
• Folhas sadias, geradas na primavera
• 4 a 7 meses de idade (dezembro a março)
• De ramos com frutos
• 5 a 20 folhas/planta
• Altura 1,20 a 1,40 do solo, parte externa da planta
• Separação por talhões
• Identificar, secar e enviar ao laboratório
Implantação

Fonte: Andrade, 2005.


Implantação
PADRÕES PARA ANÁLISE FOLIAR:

Gramas/kg Miligramas/kg
N 23 A 27 B 36 a 100
P 1,2 A 1,6 Zn 25 a 50
K 10 A 15 Fe 50 a 120
Ca 35 a 45 Mn 35 a 50
Mg 2,5 a 4,0 Cu 4 a 10
S 2a3 Mo 0,1 a 1,0
Fonte: Kretzschmar, 2011.
Implantação
• Equilíbrio entre as substâncias que as raízes retiram do
solo e os compostos de carbono que as folhas produzem à
custa do carbono atmosférico x respiração

• Plantios densos ocasionam sombreamento e dificultam a


passagem de máquinas

• A poda realizada mecanicamente com serras circulares a


intervalos de 3 a 4 anos, para reduzir o comprimento dos
ramos de 100 para 50 cm.
Implantação

• Redução do número de frutos, tanto manual como


químico

• Racionalizar a utilização das reservas nutricionais

• Evitar o esgotamento da planta

• Possibilitar produções regulares

• Boa qualidade todos os anos


Fonte: Andrade, 2005.
Tratos culturais
• ADUBAÇÃO
• No plantio
• Manutenção

• DESBASTE DOS FRUTOS


• Variedades de tangerinas é necessário para evitar
alternância de safra
• Manual – quando o fruto atinge 2 a 3 cm de
• diâmetro (novembro)
• Químico – etileno. Aplicar em frutos com 0,5 ou 0,6 cm de
diâmetro
Reguladores de Crescimento
• Ácido Giberélico: Aplicado a um número pequeno
de frutos por árvore estimula o seu crescimento e
aumenta o seu tamanho final (Hield et al., 1958;
García Martinez e García Papi, 1979).
• As auxinas tem efeitos mais eficazes para
aumentar o tamanho final dos frutos.
• Ethephon tem sido utilizado com êxito para
provocar o desbaste de frutos.
Reguladores de Crescimento
• Tioester etílico do ácido 4-cloro-o-toliloxiacético, no Brasil
conhecido como Calibra® substância que apresenta
efeitos auxínicos.
• 2,4-DP Clementgros® é eficaz para aumentar o tamanho
dos frutos.
• 3,5,6-tricolo-2-piridil-oxiacético (3,5,6-TPA Maxim®
dependendo da época de aplicação e concentração é um
potente promotor no desenvolvimento dos frutos com
desbastes moderados.
Pragas
• Plantas novas de até quatro anos são
as mais afetadas e sofrem mais com o
ataque das pragas.
Pragas
• Moscas-das-frutas

• Anastrepha spp

• Ataca frutos maduros


onde deposita seus ovos

• Controle: uso de armadilhas


Pragas
• Acaro da Leprose - Brevipalpus
phoenicis

• Transmissor de vírus (leprose)

• Larvas, ninfas e adultos do


ácaro são igualmente capazes
da transmissão

• Controle: acaricidas
Pragas
• Ácaro da Falsa Ferrugem -
Phyllocoptruta oleivora
• Tem aspecto vermiforme,
assemelhando-se a uma pequena
vírgula;
• A casca das laranjas tornam-se
escurecidas (marron) e a dos
limões e limas tomam a coloração
prateada;
• Nas folhas aparecem manchas
escurecidas denominadas
“manchas graxa”;
Pragas
• Cochonilha verde – Coccus viridis;
C. hesperidium

• Atacam ramos novos e a face


inferior das folhas ao longo de sua
nervura principal

• As folhas têm sua superfície


fotossintética diminuída pelo
desenvolvimento de fungos
causadores de fumagina.
Pragas
• Cochonilha picuinha – Parlatoria
pergandii; P. cinerea

• Atacam ramos novos e a face inferior


das folhas ao longo de sua nervura
principal

• As folhas têm sua superfície


fotossintética diminuída pelo
desenvolvimento de fungos causadores
de fumagina.
Pragas
• Pulgão preto dos citros - Toxoptera
citricida
• Inseto sugador presente em folhas
novas;
• Ao sugar injetam toxinas que
enrolam as folhas para a sua
proteção;
• Vetor da tristeza dos citros

• Controle:
• Biológico (joaninha-inseto Predador
do pulgão) ou Inseticidas fosforados
ou Neonicotinóides
Doenças - Vírus
• TRISTEZA

• Declínio rápido da planta, seca de


galhos, podridão das radicelas

• As plantas chegam a morrer, frutos


miúdos e deformados

• Controle: uso de variedades


resistentes, premunização da planta
com estirpes fracas, que protege
contra a estirpe forte
Doenças
• LEPROSE

• Afeta principalmente folhas, frutos e


ramos

• Transmitida pelo ácaro

• Controle: eliminando-se as fontes de


inóculo, pela poda
Doenças
• MORTE SÚBITA DOS CITROS (MSC):

• Sem causa ainda confirmada

• Manifesta os sintomas na região da enxertia em plantas


sobre porta-enxertos intolerantes

• Suspeita-se que seja causada por um vírus

• Sintomas:
• Perda de brilho das folhas, desfolha, grande quantidade
de raízes mortas
• Leva a morte as plantas enxertadas sobre o limão cravo
Doenças - bactérias
• CANCRO CÍTRICO

• Causado pela bactéria xanthomonas Axonopodis pv. Citri

• Lesões salientes nas folhas, frutos e ramos

• Erupções levemente salientes, puntiformes e de coloração


creme na superfície do tecido afetado

• Posteriormente adquirem cor parda, circundada por uma


halo amarelado
Doenças - bactérias
• Controle: erradicação do material contaminado, resistência
varietal, controle químico, uso de quebra ventos

• Medidas integradas erradicação de plantas focos e raio de


30 metros.

• Mais suscetível à infecção entre 7 a 14 dias após o início


do desenvolvimento
Doenças
• DECLÍNIO

• Afeta partes da árvore, deixando-


as sem folhas e com coloração
opaca

• Reduz a produção e tamanho dos


frutos – morte da planta

• Controle: erradicação da planta


doente, porta-enxertos tolerantes
Doenças - bactérias
• CVC OU AMARELINHO – Clorose Variegada dos Citros
• Causada pela bactéria Xylella fastidiosa
• Clorose foliar generalizada, frutos miúdos, amarelecem
precocemente – imprestáveis
• Controle: poda dos ramos infectados, eliminação da
planta, mudas sadias, manter as ruas do pomar limpas,
quebra-ventos
Doenças - fungos
• FELTRO OU CAMURÇA – Septobasidium
spp.
• Revestimento de coloração creme nos
ramos, pedúnculos e pecíolos;
• Tem associação simbiótica com cochonilhas,
que produzem secreções para o
crescimento do fungo.
• Controle:
• Raspagem e pulverização com produtos a
base de cobre; combate das cochonilhas,
poda de limpeza e arejamento da planta.
Doenças
• VERRUGOSE

• Lesões salientes irregulares e de cor acinzentada

• Controle: pulverizações preventivas a base de cobre no


início da formação dos frutos;
Doenças
• RUBELOSE - Corticium salmonicolor

• Inicia com um revestimento branco (micélio) na base dos


ramos, que ao penetrar na casca destrói, causando
escamação e fendilhamento, provocando a seca e morte
dos ramos.
Doenças
• ANTRACNOSE - Gloeosporium
limetticola

• Lesões necróticas em folhas e frutos

• Queda de frutos logo após o


pegamento, com retenção do cálice

• Ataca principalmente as limas ácidas


(limão galego e limão taiti).
Doenças
• GOMOSE - Phytophthora nicotianae e Phytophthora
citrophthora

• Penetra na planta e causa exsudação de goma, folhas


tornam-se cloróticas
Doenças
• Controle:

• Usar materiais certificados, isentos de doenças

• Nas áreas afetadas, recomenda-se a sub enxertia com


porta-enxertos tolerantes
Doenças
• GREENING - agente causal - bactéria com crescimento
limitado ao floema - Candidatus liberibacter spp.

• Transmissão - Diaphorina citri

• Pequeno inseto - 3 a 4 mm

• Comum nos pomares brasileiro e na planta ornamental


conhecida como falsa murta (Murraya paniculata)
Colheita
• Período total de desenvolvimento dos frutos
• Cultivares precoces – 5 a 7 meses
• Cultivares de meia estação – 7 a 9 meses
• Cultivares tardias – 10 a 14 meses
• Coloração da casca
• 50% laranja / 5% tangerinas
• Quantidade de suco
• Quanto > a quantidade de suco + próximo da maturação
• Sólidos solúveis totais - 18ºBrix
Colheita e pós-colheita
• PARÂMETROS DE MATURAÇÃO UTILIZADOS
• Quantidade de suco:
• Determinada a partir de amostras representativas
coletadas no pomar (12 a 15 frutos)
• Extração com espremedor manual ou centrífuga
• Avalia o teor de suco em relação ao peso total
• Laranjas: acima de 40%
• Limões e limas ácidas: acima de 30%
• Tangerinas: acima de 35%
Colheita e pós-colheita
• PARÂMETROS DE MATURAÇÃO UTILIZADOS:
• Relação açúcar/acidez (Ratio);
• Varia de 6,0 a 20,0 - Faixa ideal entre 11 e 14
• Tangerinas: 8,5 a 10,0
• Laranjas: 9,5
• SST medido com refratômetro (Graus Brix)
• Acidez: amostra de suco titulada com hidróxido de
sódio 0,1N
Colheita e pós-colheita
• PARÂMETROS DE MATURAÇÃO UTILIZADOS:
• Coloração/aparência da casca:
• Laranjas – 50% da superfície corada
• Limões e limas ácidas – cascas lisas e brilhantes
• Tangerinas – mínimo 5% casca corada
• Exceção: Murcott e Dancy – maior %
Fonte: Neves, 2012.
Colheita e pós-colheita

• Indústria: normalmente sofrem apenas uma


lavagem
• Consumo in natura: lavagem, água (45ºC) e
agitação na presença de detergentes especiais.
• Os frutos recebem o polimento, posteriormente
são calibrados, classificados e embalados de
acordo com seu destino (mercado interno ou
externo)
• Normas e padrões do Ministério da Agricultura
Fonte: Neves, 2012.
Fonte: Neves, 2012.
Custo de produção

Fonte: Botelho, 2011.


Custo de produção

Fonte: Botelho, 2011.


• http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageI
D=567#ancor

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