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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

Camada de controle - serviços


Prof. Denis Cople

Descrição

Utilização do framework Spring para criação de aplicativos Java, segundo a arquitetura MVC, tanto no
modelo Web tradicional como estruturado em Web Services do tipo REST, focando nas camadas de controle
e serviço, incluindo os elementos de segurança do Spring Security.

Propósito

O aluno deverá estar apto a criar sistemas Web e Web Services REST com grande produtividade,
obedecendo ao padrão arquitetural MVC, através do framework Spring, além de lidar com elementos de
autenticação e autorização, via Spring Security. Com base no conhecimento adquirido, o aluno será capaz
de implementar controladores e serviços, alinhados às melhores técnicas adotadas pelo mercado, incluindo
os requisitos de segurança necessários.

Preparação

Antes de iniciar este conteúdo, acesse os arquivos dos projetos desenvolvidos. É necessário também
configurar o ambiente, com a instalação do JDK e IDE NetBeans completa, em versão com suporte a
projetos Maven, além de adicionar o servidor Tomcat EE na instalação da IDE. Lembre-se: de modo geral, o

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mundo da computação é colaborativo.

É comum, quando encontramos erros nas bibliotecas utilizadas, copiarmos o log de erro e procurarmos em
qualquer motor de busca. Provavelmente, alguma resposta será retornada em algum fórum de discussão,
como StackOverflow, Github, Reddit, entre outros. Não só isso é uma prática comum na comunidade de
desenvolvimento de software e computação, como também nos possibilita aprender cada vez mais.

Objetivos
Módulo 1

Implementação da camada de controle com Spring


Web
Empregar o Spring Web na construção da camada de controle para sistemas MVC.

Módulo 2

Implementação da camada de serviço


Aplicar o Spring Boot para a construção da camada de serviços no modelo REST.

Módulo 3

Implementação da camada de segurança com


Spring Security
Implantar o Spring Security no controle de acesso para sistemas Web e Web Services.

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meeting_room
Introdução
Vamos abordar os elementos essenciais para a construção de aplicativos comerciais robustos, de forma
ágil, com base no framework Spring. Nosso foco inicial será na definição de controladores e rotas, com base
no Spring Web, além da adoção de repositórios Spring Data, que diminuem muito o esforço de programação
necessário para a persistência. Ao longo do conteúdo, teremos a definição de serviços, com base no Spring
Boot, segundo o modelo REST, com utilização de dados no formato JSON.

Após a definição das camadas de controle e de serviços, utilizaremos o módulo Spring Security para
adicionar requisitos de segurança, cumprindo com as ações de autenticação e autorização, através de
diferentes modelos para controle de acesso, incluindo OAuth 2.0, onde o usuário é autenticado a partir de
empresas conhecidas, como Google e Facebook.

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1 - Implementação da camada de
controle com Spring Web
Ao final deste módulo, você será capaz de empregar o Spring Web na
construção da camada de controle para sistemas MVC.

Arquitetura MVC utilizando Spring

Framework Spring
Responsável por permitir a construção da camada de controle em uma arquitetura MVC (Model, View e
Controller) para a Web, sendo uma ferramenta de código aberto para a plataforma Java.

No Spring, temos a inversão de controle, no qual parte do fluxo de execução não é definido no código, mas
efetuado a partir de um container no servidor. Ao utilizar essa abordagem, ocorre uma minimização do
acoplamento no sistema, além de diminuir muito o esforço de programação necessário.

O núcleo de execução do container é organizado em módulos, vejamos:

Data Access / Integration

Com gerenciamento de transações, acesso a banco de dados, mapeamento objeto-relacional e conexão


com mensagerias.

Web

Para a construção de Servlets e Portlets, entre outros, dentro de uma arquitetura MVC.

Core Container
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Consiste no coração do framework, no qual temos classes estruturais, suporte à injeção de dependências,
comunicação com os componentes e a sintaxe para configurações gerais.

AOP / Instrumentação

Possui ferramentas para o carregamento de classes, suporte ao AspectJ e programação orientada a


aspectos.

Test

Para a implementação de testes unitários via JUnit ou TestNG.

Quando trabalhamos com Spring, devemos criar nossas classes com as anotações necessárias, e efetuar
as configurações gerais em um arquivo XML (Extended Markup Language).

Atenção!
Com utilização de um arquivo XML de configuração, temos acesso a diferentes serviços de middleware,
sem que o código-fonte do sistema precise de modificações.

A arquitetura geral do núcleo de execução pode ser observada a seguir.

Módulos do framework Spring.

Arquitetura MVC
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A utilização do Spring promove a divisão de responsabilidades dentro do padrão MVC. De forma resumida, o
spring-data fornece os recursos necessários para a camada de persistência. Sempre temos controladores
anotados, e as interfaces, em modo texto ou Web, sempre acessam os controladores para enviar e receber
dados, o que está em pleno acordo com as regras da arquitetura.

View
Componentes e responsabilidades:

Os componentes são as telas e interfaces do sistema.

Fornece as informações obtidas a partir do controle.

Envia as solicitações do usuário ao controle.

Controller
Componentes e responsabilidades:

São os componentes que definem o comportamento do sistema.

Mapeia as opções para consultas e alterações.

Define as regras de negócio do sistema.

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Model
Componentes e responsabilidades:

São os elementos voltados para a persistência de dados.

Encapsula o estado geral do sistema.

Trabalha com padrão DAO e mapeamento objeto-relacional.

Iniciamos com a criação da entidade, que, no caso, será a classe Produto, posicionada no pacote
unesa.model.

Java
content_copy

1 @Entity
2 @Table(name = "PRODUTO")
3 public class Produto implements Serializable {
4 @Id
5 private String codigo;
6 private String nome;
7 private Integer quantidade;
8
9 public Produto() { }
10
11 public Produto(String codigo) { this.codigo = codigo; }
12
13 public Produto(String codigo, String nome, Integer quantidade) {
14 this.codigo = codigo;

Código de criação de uma classe.

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A entidade JPA, definida pela anotação Entity, grava os dados na tabela de mesmo nome, conforme
especificado na anotação Table. No corpo da classe, temos apenas um POJO (Plain Old Java Object), com
um conjunto de atributos, alguns construtores, getters e setters, além da chave Id.

Deverá existir a tabela Produto no banco de dados e, aqui, utilizaremos o Derby, ou Java DB, de fácil
utilização no ambiente do NetBeans.

Captura de tela da Criação da tabela Produto no NetBeans.

Com o mapeamento objeto-relacional definido através da entidade JPA, criaremos a classe ProdutoDAO, no
pacote unesa.dao, com os métodos necessários para consulta e inserção.

Java
content_copy

1 @Component
2 public class ProdutoDAO {
3 @PersistenceContext
4 private EntityManager em;
5
6 public void persist(Produto produto) {
7 em.persist(produto);
8 }
9
10 public List<Produto> findAll() {
11 return em.createQuery("SELECT p FROM Produto p")
12 .getResultList();
13 }
14 }

Código de criação de uma classe.

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A anotação Component coloca a classe no contexto de execução do Spring. Temos a anotação


PersistenceContext, do JPA, aplicada a um gerenciador de entidades, do tipo EntityManager, onde a
conexão com o banco de dados será configurada ao nível dos arquivos XML.

O método persist irá adicionar os dados da entidade como um registro do banco de dados; findAll efetuará
a consulta e retornará uma coleção com todas as entidades que já foram armazenadas anteriormente.

A classe de serviço que utilizará ProdutoDAO, com as transações controladas pelo container, receberá o
nome GerenciadorProduto, compondo o pacote unesa.controller.

Java
content_copy

1 @Component
2 public class GerenciadorProduto {
3 @Autowired
4 private ProdutoDAO produtoDAO;
5
6 @Transactional
7 public void add(Produto produto){
8 produtoDAO.persist(produto);
9 }
10
11 @Transactional(readOnly = true)
12 public List<Produto> findAll(){
13 return produtoDAO.findAll();
14 }

Código de criação de uma classe.

A anotação Autowired efetua a configuração e utilização automática de ProdutoDAO através do Spring,


enquanto Transictional coloca o método em uma transação gerenciada pelo container. O método add será
utilizado para acrescentar um produto na base, e findAll utilizará o DAO para recuperar a coleção de
entidades, mas, como o segundo método não envolve modificação de valores, a transação pode ser definida
como somente leitura.

O arquivo de configuração será posicionado na raiz do projeto com o nome spring.xml, envolvendo os
componentes relevantes do projeto.

Xml
content_copy
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1 <?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>


2 <beans xmlns="http://www.springframework.org/schema/beans"
3 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
4 xmlns:context="http://www.springframework.org/schema/context"
5 xmlns:p="http://www.springframework.org/schema/p"
6 xmlns:tx="http://www.springframework.org/schema/tx"
7 xsi:schemaLocation="http://www.springframework.org/schema/beans
8 http://www.springframework.org/schema/beans/spring-beans-3.2.xsd
9 http://www.springframework.org/schema/context
10 http://www.springframework.org/schema/context/spring-context-4.3.xsd
11 http://www.springframework.org/schema/tx http://www.springframework.org/schema/tx
12
13 <context:component-scan base-package="unesa" />
14 <context:annotation-config />

Código de configuração.

Após incluir todos os namespaces necessários, temos as configurações, onde a mais simples foi a do
contexto, com a definição do pacote a partir do qual os beans serão pesquisados, que no caso é unesa,
permitindo o reconhecimento de GerenciadorProduto e ProdutoDAO no contexto do Spring.

A configuração da conexão com o banco de dados tem como base a classe DriverManagerDataSource,
onde as propriedades necessárias são o driver do Derby, a URL de conexão, usuário e senha. A conexão é
utilizada na definição de uma fábrica de gerenciadores de entidades, do tipo
LocalContainerEntityManagerFatoryBean, fazendo a ponte com driver JPA através da classe
EclipseLinkJpaVendorAdapter.

As configurações para controle transacional que, por trabalhar com o JPA, serão baseadas na classe
JpaTransactionManager, que encapsulará a fábrica de gerenciadores de entidades configurada
anteriormente.

Agora, precisamos adicionar as bibliotecas

code
Spring Framework 5.2.9
code
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EclipseLink (JPA 2.1)


code
Driver do Java DB
No ambiente do NetBeans, basta clicar com o botão direito na pasta Libraries, escolher a opção Add Libray,
e selecionar cada biblioteca.

Finalmente, a criação de uma classe principal para o projeto, utilizando todos os artefatos gerados nos
passos anteriores.

Java
content_copy

1 public class ExemploSpring001 {


2 public static void main(String[] args) {
3 ClassPathXmlApplicationContext ctx =
4 new ClassPathXmlApplicationContext("classpath:/spring.xml");
5 GerenciadorProduto gerenciador =
6 ctx.getBean(GerenciadorProduto.class);
7 gerenciador.add(new Produto("A001","Caneta", 100));
8 gerenciador.add(new Produto("A002","Lapis", 230));
9 for(Produto p: gerenciador.findAll())
10 System.out.println(p.getNome());
11 ctx.close();
12 }
13 }
14

Código de criação de uma classe.

O contexto do Spring é recuperado, a partir do arquivo XML de configuração, na variável ctx, o que nos
permite obter os beans criados com a anotação Component. Note que ao instanciar o GerenciadorProduto,
temos a adição automática do ProdutoDAO, por causa da utilização de Autowired, o que garante que as
operações sobre o banco de dados sejam efetuadas.

Na sequência, vemos algumas operações de inclusão e consulta ao banco de dados, através do gerenciador,
finalizando com o encerramento do contexto através do método close. Como resultado da execução,
teremos o acompanhamento das instruções SQL geradas, bem como a listagem com o nome de cada
produto que foi incluído na base de dados.
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Implementação da camada de controle

Controladores e rotas
Para a construção de sistemas Web modernos, é comum a adoção de controladores e rotas, onde os
primeiros definem as ações que serão executadas, e as últimas definem os endereços que levarão ao
acionamento das ações.

A base para a construção de aplicativos Web no spring é o pacote spring-web, onde temos a infraestrutura
necessária para tratar as requisições e lidar com o mapeamento de rotas. Para cada perfil de utilização na
Web, temos um pacote especializado, como:

Spring-webmvc
Com suporte à arquitetura MVC.

Spring-webflux
Usado com arquitetura de fluxo.

Spring-websocket
Voltada para jogos, streaming e outras comunicações binárias.

Vamos iniciar com a criação de um aplicativo Web, adotando o servidor Tomcat. Adicione o framework
Spring, ao final, sendo aqui utilizada a versão 4.3.29, em conjunto com JEE 7.

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Criação do projeto no NetBeans.

Criação do projeto no NetBeans.

Criação do projeto no NetBeans.

Criação do projeto no NetBeans.

Criação do projeto no NetBeans.

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Copie os pacotes unesa.model e unesa.dao, criados no primeiro projeto. A classe DAO deve ser alterada
para acrescentar o método de remoção e as anotações para o controle transacional, sempre lembrando que
a biblioteca EclipseLink (JPA 2.1) deve ser adicionada ao projeto.

Java
content_copy

1 @Component
2 public class ProdutoDAO {
3 @PersistenceContext
4 private EntityManager em;
5
6 @Transactional
7 public void persist(Produto produto) { em.persist(produto); }
8
9 @Transactional
10 public void remove(String codigo) {
11 em.remove(em.find(unesa.model.Produto.class, codigo));
12 }
13
14 public List<Produto> findAll() {

Código de criação de uma classe.

Como passo seguinte, vamos criar a classe ProdutoController, no diretório unesa.controller.

Java
content_copy

1 @Controller
2 @RequestMapping("/produtos")
3 @EnableTransactionManagement
4 public class ProdutoController {
5 @Autowired
6 ProdutoDAO dao;
7
8 @RequestMapping(value = "/dadosProduto",
9 method = RequestMethod.GET)
10 public ModelAndView dadosProduto() {
11 return new ModelAndView("dadosProduto", "command",

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12 new Produto());
13 }
14

Código de criação de uma classe.

Esse controlador inclui as transações RequestMapping, para definir nossas rotas,


EnableTransactionManagement, que habilitará o gerenciamento de transações, e RequestParam, que
mapeia os parâmetros da requisição.

Como temos uma rota definida ao nível da classe, todos os mapeamentos aplicados aos métodos serão
complementares à rota inicial, ou seja, para acessar o método listaProdutos, será utilizado o endereço
http://localhost:8080/NomeApp/produtos/listaProdutos. A mesma regra deve ser aplicada aos demais
métodos da classe, sempre indicando a rota e o método HTTP utilizado. Neste caso, estamos adotando
apenas GET ou POST.

A classe ModelAndView é responsável pelo relacionamento entre dados e componentes para visualização
na biblioteca spring-webmvc. Na utilização direta, através do construtor, temos a página JSP de destino, o
nome do atributo e o valor associado, conforme utilizado no método dadosProduto, enquanto nos demais
métodos temos um parâmetro ModelMap, que permite adicionar atributos diversos, e o nome da página JSP
é retornado.

Camada de Visualização
Na forma padrão de utilização do Spring, o fluxo de execução é direcionado pelo controlador para páginas
JSP, onde os dados serão tratados da forma adequada para a concepção da interface de usuário.

Vamos criar a página JSP com o nome dadosProduto, no subdiretório jsp, a partir de WEB-INF.

Html
content_copy

1 <%@taglib uri="http://www.springframework.org/tags/form" prefix="f"%>


2 <%@page contentType="text/html" pageEncoding="UTF-8"%>
3 <!DOCTYPE html>
4 <html>
5 <body>
6 <h1>Novo Produto</h1>
7 <f:form method="POST" action="addProduto">
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8 <f:label path="codigo">Codigo:</f:label>
9 <f:input path="codigo"/><br/>
10 <f:label path="nome">Nome:</f:label>
11 <f:input path="nome"/><br/>
12 <f:label path="quantidade">Quantidade:</f:label>
13 <f:input path="quantidade"/><br/>
14 <input type="submit" value="adicionar"/>

Código de página de interface.

O uso da taglib está relacionado à biblioteca de formulários do Spring, onde os atributos definidos no
ModelAndView permitirão o preenchimento automático dos campos a partir do atributo path, que indica o
campo da entidade relacionado. Para cada campo temos uma etiqueta (label) e uma caixa de entrada
(input), enquanto form define o destino como a rota addProduto, interceptada no controlador, utilizando o
método POST do HTTP.

Analisando o fluxo de execução, temos a chamada da rota dadosProduto, que o controlador irá direcionar
para a página JSP, e após o preenchimento dos dados pelo usuário e envio, com o clique no botão, ocorrerá
a chamada para a rota addProduto. Em seguida, os dados enviados são capturados em dadosProduto, do
tipo Produto, com o uso da anotação ModelAttribute, sendo efetuada a inclusão no banco através do DAO,
além da adição do atributo produtos e definição da página de destino como listaProdutos.

Vamos à criação da página JSP com o nome listaProdutos, no mesmo diretório da primeira.

Html
content_copy

1 <%@taglib prefix="c" uri="http://java.sun.com/jsp/jstl/core"%>


2 <%@page contentType="text/html" pageEncoding="UTF-8"%>
3 <!DOCTYPE html>
4 <html>
5 <body>
6 <h1>Lista de Produtos Cadastrados</h1>
7 <c:if test="${not empty produtos}">
8 <table width="80%" border="1">
9 <tr><td>Codigo</td><td>Nome</td><td>Quantidade</td>
10 <td>&nbsp;</td>
11 </tr>
12 <c:forEach var="prod" items="${produtos}">
13 <tr><td>${prod.codigo}</td><td>${prod.nome}</td>
14 <td>${prod.quantidade}</td>

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<td><a href="removeProduto?codigo=${prod.codigo}">X</a></td>
Código de página de interface.

Nessa página, temos a utilização da sintaxe JSTL padrão para a captura dos dados que foram enviados pelo
controlador. O comando forEach permite percorrer toda a coleção do atributo items, que deve ser produtos,
como no controlador, atribuindo à variável prod e gerando as linhas da tabela com os dados obtidos dos
campos de cada entidade englobada, sempre através de JSTL, como em ${prod.nome}.

A chamada para a rota removeProduto ocorre a partir dos links gerados dinamicamente na segunda página.
No fluxo de execução, o controlador irá interceptar a chamada, obtendo o código, enviado como parâmetro,
com base na anotação RequestParam, seguido da remoção a partir do DAO, preenchimento do atributo
produtos e retorno da página de listagem.

Neste ponto, é possível observar claramente a funcionalidade do módulo Spring Web, com a definição de
uma arquitetura MVC de forma automática para o sistema, onde temos o JPA sendo utilizado na camada
Model, incluindo as entidades anotadas e classes DAO, a camada Controller baseada nos controladores do
Spring, os quais são acionados a partir das rotas mapeadas nas anotações, e um conjunto de páginas JSP
implementando a camada View.

Configurações gerais e execução


Os arquivos de configuração do sistema são posicionados no diretório WEB-INF. Com relação ao
dispatcher-servlet.xml, não serão necessárias alterações, pois ele apenas define as resoluções de endereço
comuns, mas iremos acrescentar um arquivo com o nome app-servlet.xml, com os redirecionamentos para
nosso controlador, conforme a seguir.

Xml
content_copy

1 <beans xmlns="http://www.springframework.org/schema/beans"
2 xmlns:context="http://www.springframework.org/schema/context"
3 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
4 xsi:schemaLocation="http://www.springframework.org/schema/beans
5 http://www.springframework.org/schema/beans/spring-beans-4.3.xsd
6 http://www.springframework.org/schema/context
7 http://www.springframework.org/schema/context/spring-context-4.3.xsd">
8 <context:component-scan base-package="unesa" />
9 <bean class=
10 "org.springframework.web.servlet.view.InternalResourceViewResolver">

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11 <property name="prefix"><value>/WEB-INF/jsp/</value></property>
12 <property name="suffix"><value>.jsp</value></property>
13 </bean>
14 </b >

Código de configuração.

Aqui são configurados os redirecionamentos utilizados pelos controladores dos pacotes que podem ser
alcançados a partir do pacote unesa (base-package). Cada retorno dos métodos do controlador chama a
página a partir do diretório WEB-INF/jsp, com o acréscimo do sufixo jsp.

O arquivo applicationContext.xml será bastante modificado, pois precisará definir a conexão com o banco
de dados e sistema de transações utilizado.

Xml
content_copy

1 <?xml version='1.0' encoding='UTF-8'?>


2 <beans xmlns="http://www.springframework.org/schema/beans"
3 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
4 xmlns:p="http://www.springframework.org/schema/p"
5 xmlns:aop="http://www.springframework.org/schema/aop"
6 xmlns:tx="http://www.springframework.org/schema/tx"
7 xmlns:context="http://www.springframework.org/schema/context"
8 xsi:schemaLocation="
9 http://www.springframework.org/schema/beans
10 http://www.springframework.org/schema/beans/spring-beans-4.3.xsd
11 http://www.springframework.org/schema/aop
12 http://www.springframework.org/schema/aop/spring-aop-4.3.xsd
13 http://www.springframework.org/schema/tx
14 http://www.springframework.org/schema/tx/spring-tx-4.3.xsd

Código de configuração.

A configuração apresentada define a conexão com o banco de dados, no bean dataSource, uma fábrica de
gestores de persistência, denominada entityManagerFactory, além do controle das transações, através do
bean txManager. Com base nos elementos definidos, o framework será capaz de prover persistência com
controle transacional de forma automatizada, a partir das anotações e injeção de código.

As configurações finais são efetuadas no arquivo web.xml, responsável por organizar o conjunto de
componentes do aplicativo.
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Xml
content_copy

1 <?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>


2 <web-app version="3.1" xmlns="http://xmlns.jcp.org/xml/ns/javaee"
3 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
4 xsi:schemaLocation=
5 "http://xmlns.jcp.org/xml/ns/javaee http://xmlns.jcp.org/xml/ns/javaee/web-app_3_
6
7 <servlet>
8 <servlet-name>appServlet</servlet-name>
9 <servlet-class>
10 org.springframework.web.servlet.DispatcherServlet
11 </servlet-class>
12 <init-param>
13 <param-name>contextConfigLocation</param-name>
14 <param-value>/WEB-INF/app-servlet.xml</param-value>

Código de configuração.

As configurações efetuadas incluem a localização do arquivo de contexto, o applicationContext.xml, e a


definição de um servlet que funciona como controlador frontal para o Spring, interceptando as chamadas
efetuadas para os arquivos do tipo HTML. Temos ainda um trecho que deve ser adicionado, no início de
web.xml, para ativar as configurações definidas no arquivo app-servlet.xml, com a atribuição de um
segundo servlet, mapeado para a raiz do aplicativo, e tendo o parâmetro contextConfigLocation apontando
para o arquivo.

Nosso sistema pode ser executado, sendo necessário ativar o banco de dados Derby, antes da execução do
servidor Tomcat.

Execução do sistema baseado no Spring Web MVC.

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video_library
Arquitetura MVC com Spring
Confira agora a construção de aplicativo usando a arquitetura MVC, no Java, com base no framework
Spring.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1

A arquitetura MVC é considerada um padrão no desenvolvimento de aplicativos cadastrais, tanto em


sistemas Web, quanto desktop ou móveis. Segundo o padrão arquitetural, que divide o aplicativo em
três camadas bem definidas, qual camada deveria conter os componentes do tipo DAO?

A Controller

B Model

C Presentation

D View

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E Dispatcher

Parabéns! A alternativa B está correta.


Entre as camadas do modelo MVC temos a Model, que será responsável pelas atividades relacionadas
à persistência dos dados. Os componentes DAO visam concentrar as operações sobre o banco de
dados, meio mais comum de persistência dos sistemas cadastrais, sendo definidos ao nível da camada
Model.

Questão 2

O framework Spring permite a inclusão de funcionalidades nas classes de forma simples, com base em
anotações, as quais são reconhecidas pelo ferramental, gerando o código necessário para que se
obtenha o efeito desejado. Supondo que desejamos mapear uma rota específica para o controlador, ou
seja, associar determinado endereço a um processo de negócios de nosso sistema, qual seria a
anotação adequada?

A Controller

B EnableTransactionManagement

C Component

D RequestMapping

E Transactional

Parabéns! A alternativa D está correta.


A anotação Controller transforma a classe em um controlador, com as rotas para seus métodos
mapeadas através de RequestMapping. Para habilitar o gerenciamento de transações, nosso

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controlador deve ser anotado com EnableTransactionManagement, fazendo com que as transações
sejam utilizadas em qualquer método anotado com Transactional, o que normalmente é indicado para
os métodos do DAO que efetuam modificações sobre os dados.

2 - Implementação da camada de serviço


Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar o Spring Boot para
a construção da camada de serviços no modelo REST.

Conceitos

Interoperabilidade
Um sistema interoperável deve permitir acesso a suas funcionalidades, segundo padrões de comunicação
abertos aceitos pelo mercado, tornando transparente, ou quase, o processo de integração.

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O elemento principal para viabilizar a interoperabilidade seria a definição de padrões de interface abertos,
com o mínimo de acoplamento possível.

Saiba mais
Com a adoção de tecnologias como as citadas, o termo serviço tornou-se uma terminologia comum,
definindo uma funcionalidade oferecida para o ambiente externo, com base em uma interface aderente a
algum padrão específico, sem exposição dos elementos internos.

Para definir um serviço independente de plataforma, ou seja, um processo interoperável, iremos precisar de
alguns elementos arquiteturais específicos:

Sistema de registro e localização, para viabilizar acessos externos.

Interface de descrição de serviços, com a assinatura dos serviços disponibilizados.

Protocolo de comunicação, seguindo padrões abertos de ampla aceitação.

Com o surgimento crescente de sistemas para Web, a disponibilização de serviços se tornou muito comum,
e conceitos como B2B (Business to Business) e B2C (Business to Consumer) vieram para sintetizar os
objetivos da comunicação efetuada. B2C define a comunicação entre a empresa e o consumidor, que hoje
se popularizou no uso dos aplicativos para celulares.

Web Services
Os serviços disponibilizados na rede, ou Web Services, imediatamente adotaram padrões de comunicação
abertos, nos quais despontaram os modelos:

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SOAP
Simple Object Access Protocol.

REST
Representational State Transfer.

Com relação ao SOAP, ele é mais antigo, sendo continuamente substituído pelo REST no B2C, mas ainda
muito utilizado no B2B, devido ao seu alto nível de formalismo.

Devido ao baixo formalismo do tipo REST, onde há uma grande presença da sintaxe JSON (Java Script
Object Notation) na comunicação, é o tipo predominante na construção de sistemas que envolvam clientes
móveis.

Os Web Services REST apenas adotam os métodos do protocolo HTTP, como GET e POST, para efetuar
operações de consulta ou inclusão de recursos, sem um sistema de registro ou descritor de serviços. Claro
que a ausência do descritor de serviços irá inviabilizar a construção de clientes de comunicação de forma
automatizada, exigindo maior conhecimento do desenvolvedor acerca do padrão de chamadas.

Saiba mais
Uma API (Application Program Interface) se refere ao conjunto de chamadas disponibilizadas para acesso a
funcionalidades específicas de um sistema qualquer, comum em muitos utilitários e para o próprio sistema
operacional. Quando consideramos os diversos serviços oferecidos por um sistema na rede, via SOAP ou
REST, temos a API desse sistema.

Através do framework Spring, teremos grande facilidade para criar controladores do tipo REST, permitindo a
criação de APIs para sistemas corporativos Java de forma rápida.

Sintaxe XML e JSON

Padrão XML
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Padrões de escrita como XML (Extended Markup Language) e JSON (Java Script Object Notation) são
voltadas para a representação de dados. Utilizam texto, com neutralidade de plataforma e transparência
para firewalls, permitindo que os mais diversos sistemas trabalhem com os dados, sem risco de bloqueios
na comunicação.

Um documento XML bem formado é aquele que segue todas as regras de escrita,
possuindo uma gramática.

A gramática XML Schema Definition (XSD) pode ser observada na sequência. O uso de um namespace no
documento alvo, com base em um atributo xmlns, nos dá uma breve indicação de que podemos adotar mais
de uma gramática.

Xml
content_copy

1 <?xml version="1.0"?>
2 <xs:schema xmlns:xs="http://www.w3.org/2001/XMLSchema">
3 <xs:element name="nota">
4 <xs:complexType>
5 <xs:sequence>
6 <xs:element name="para" type="xs:string"/>
7 <xs:element name="origem" type="xs:string"/>
8 <xs:element name="assunto" type="xs:string"/>
9 <xs:element name="corpo" type="xs:string"/>
10 </xs:sequence>
11 </xs:complexType>
12 </xs:element>
13 </xs:schema>
14 <?xml version="1.0"?>

Exemplo de XSD e aplicação em documento XML.

O conhecimento acerca de XML é muito útil na implementação de sistemas com base em Spring,
particularmente no que se refere à construção dos arquivos de configuração, algo que podemos observar no
fragmento a seguir.

Xml
content_copy

1 <?xml version='1.0' encoding='UTF-8'?>

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2 <beans xmlns="http://www.springframework.org/schema/beans"
3 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
4 xmlns:p="http://www.springframework.org/schema/p"
5 xmlns:aop="http://www.springframework.org/schema/aop"

Código de configuração.

Note que temos um namespace default, para definir os elementos de bean, e diversos outros elementos
gramaticais, como o uso de tx para o gerenciamento de transacional, ou context para os elementos
relacionados ao contexto.

Padrão JSON
Para o JSON, temos apenas regras mínimas, sem qualquer especificação gramatical. As regras definidas
para escrita em JSON são:

Todo campo é um par chave-valor separado por dois pontos.

Nomes de campos, ou chaves, são escritos entre aspas.

Valores podem ser textos, numéricos, booleanos, nulos, listas ou objetos.

Objetos são grupos de pares chave-valor delimitados por chaves.

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Listas são definidas com o uso de colchetes.

Por exemplo, os produtos presentes em uma base de dados poderiam ser expressos pelo documento JSON
a seguir.

Exemplo
{
"produtos": [
{"id": 1, "nome": "Lápis", "quantidade": 500},
{"id": 2, "nome": "Caneta", "quantidade": 350},
{"id": 3, "nome": "Borracha", "quantidade": 400}
],
"total": 3
}

Web Service REST

Arquitetura REST
Os Web Services do tipo RESTful permitem o uso, entre outras opções, de JSON na comunicação, utilizando
um formato mais natural para os dados, além de diminuir o fluxo necessário. O nome RESTful está
relacionado à plena utilização REST.

A característica básica do REST é a utilização dos métodos do protocolo HTTP para oferecer os serviços de:

search
Consulta de dados
download
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Inclusão de dados
autorenew
Alteração de dados
cancel
Remoção de dados
No REST, a unidade de trabalho fundamental é a entidade, sempre associada a um endereço de base, e as
operações efetuadas sobre ela são determinadas pelos métodos HTTP.

A tabela seguinte resume a utilização dos métodos do HTTP pelo REST e exemplos de endereços para
acesso aos recursos que serão manipulados.

Operação Método HTTP Exemplos de Endereços

INCLUSÃO POST http://localhost:8080/cadastro/produtos

ALTERAÇÃO PUT http://localhost:8080/cadastro/produtos

REMOÇÃO DELETE http://localhost:8080/cadastro/produtos/1002

http://localhost:8080/cadastro/produtos
CONSULTA GET
http://localhost:8080/cadastro/produtos/1002

Tabela: Operações sobre entidades no REST.


Denis Cople.

Na inclusão ou alteração, iremos utilizar o mesmo endereço, formado pela junção do endereço de base do
sistema com o nome da entidade, onde temos a utilização de Produto nos exemplos. Em ambos os casos
temos a passagem dos valores, para a operação que será efetuada, no corpo (body) da requisição HTTP,
utilizando o formato JSON.

Apesar de utilizar o mesmo endereço, o método de tratamento será diferenciado, ao


nível do Web Service, com a identificação do método HTTP utilizado, podendo ser
POST ou PUT.

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Na consulta, com base no GET, podemos efetuar a chamada descrita no parágrafo anterior, onde serão
recuperadas todas as entidades do banco, na forma de uma lista JSON, ou podemos acrescentar a chave
primária da entidade desejada ao endereço, tendo como exemplo o código do produto, o que irá restringir a
busca, com o retorno de apenas uma entidade, com os dados expressos no formato JSON.

Na remoção de uma entidade, através do método DELETE, o endereço deve ser o mesmo que foi utilizado
para a consulta de uma entidade, ou seja, deve incluir a chave primária da entidade. A chave será extraída do
caminho (path), para que ocorra o tratamento, ao nível do Web Service, e respectiva exclusão da entidade no
banco de dados.

Spring Boot
Podemos criar de forma muito simples a camada de serviço REST, com base no Spring Boot, o qual define
um servidor minimalista, que encapsula a implementação do Tomcat, na porta padrão 8080.

A criação de projetos Spring Boot é simplificada com a utilização do gerenciador Maven, padrão do Eclipse,
onde a configuração do projeto é definida no arquivo pom.xml. As bibliotecas necessárias devem ser
referenciadas no arquivo, facilitando o acréscimo de funcionalidades do Spring.

Projeto ServicoSpring02

Configuração
Vamos iniciar com a criação de um projeto simples, tipo Maven, denominado ServicoSpring02, com Group Id
“unesa”.

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Projeto servidor REST.

Projeto servidor REST.

Para facilitar a configuração do projeto, vamos acessar a ferramenta Spring Initializr, disponível no
endereço site start.spring.io, onde podemos escolher as opções desejadas do framework Spring, sendo
gerado o arquivo pom.xml. Inicialmente, devemos escolher projeto do tipo Maven, linguagem Java, Spring
Boot 2.6.3, e definir os mesmos valores utilizados no projeto para Artifact e Group.

Configuração no Spring Initializr.

Em seguida, vamos adicionar as seguintes dependências, com a abertura da seleção efetuada através das
teclas CTRL+B, ou clique no botão ADD DEPENDENCIES, lembrando-se de segurar a tecla CTRL para a
seleção múltipla:

select_all
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Spring Data JPA


select_all
Spring Web
select_all
Apache Derby Database
As bibliotecas escolhidas, na imagem a seguir, fornecem uma estrutura mínima para o desenvolvimento,
incluindo a persistência via JPA, arquitetura para Web e driver para acesso ao Derby.

Dependências no Spring Initializr.

Ao final, clicar em GENERATE, ocorrendo o download do projeto compactado para Eclipse, substituindo
arquivo pom.xml pelo gerado. Outra opção é clicar em EXPLORE, copiar o código gerado e colar sobre o
conteúdo de arquivo.

Talvez seja necessário algum pequeno ajuste, de forma a obter o conteúdo apresentado a seguir no arquivo
pom.xml do projeto.

Xml
content_copy

1 <?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>


2 <project xmlns="http://maven.apache.org/POM/4.0.0"
3 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
4 xsi:schemaLocation="http://maven.apache.org/POM/4.0.0
5 https://maven.apache.org/xsd/maven-4.0.0.xsd">
6 <modelVersion>4.0.0</modelVersion>
7 <parent>
8 <groupId>org.springframework.boot</groupId>
9 <artifactId>spring-boot-starter-parent</artifactId>

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10 <version>2.6.3</version>
11 <relativePath/> <!-- lookup parent from repository -->
12 </parent>
13 <groupId>unesa</groupId>
14 if d i i / if d

Código de configuração.

Para reconhecer as modificações, clique com o botão direito sobre o projeto e escolha a opção Reload
POM. Clique no botão Resolve em Resolve Project Problems, caso necessário.

Resolução de problemas no NetBeans.

Camada de Serviços REST


Vamos copiar a entidade Produto dos projetos anteriores, mantendo o pacote unesa.model, sem
modificações. Depois, criar outra versão do DAO, no pacote unesa.dao, mantendo o nome anterior
(ProdutoDAO), de acordo com a listagem a seguir.

Java
content_copy

1 public interface ProdutoDAO extends


2 JpaRepository<Produto, String>{
3 }
4

Código de criação de uma classe.

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Note a simplicidade para a definição de um DAO com base na biblioteca Spring Data. Precisamos definir
uma interface descendente de JpaRepository, com o fornecimento dos tipos da entidade, no caso Produto,
e da chave primária.

Ao executar o servidor, a interface de repositório será identificada, e os códigos JPA necessários para
gerenciar nossas entidades serão gerados de forma automática. Entre os métodos gerados no processo,
podemos destacar:

Método save
Utilizado tanto na inclusão quanto na alteração da entidade.

Método deleteById
Utilizado para exclusão a partir da chave primária.

Método findById e findAll


Utilizados nas consultas.

Com a persistência definida, podemos criar o controlador, com o nome ProdutoController, no pacote
unesa.controller, utilizando a listagem apresentada a seguir.

Java
content_copy

1 @RestController
2 @CrossOrigin(origins = "http://localhost:3000")
3 @RequestMapping("/produtos")
4 public class ProdutoController {
5 @Autowired
6 private ProdutoDAO dao;

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7
8 @GetMapping
9 public List<Produto> obterTodos(){
10 return dao.findAll();
11 }
12 @GetMapping("/{codigo}")
13 public Produto obter(@PathVariable String codigo) {
14 return dao findById(codigo) get();

Código de criação de uma classe.

O primeiro passo foi o uso de RestController, uma anotação que avisa ao Spring para criar toda a
infraestrutura necessária para o serviço, com o mapeamento do endereço inicial, que no caso é produtos,
através de RequestMapping. Quanto à anotação CrossOrigin, ela serve para permitir acesso ao serviço a
partir de endereços e portas externos, sendo utilizado como exemplo o padrão de execução de aplicativos
ReactJS.

O relacionamento com o DAO é determinado pelo uso de Autowired, que coloca o repositório no contexto do
Spring, assumindo a conexão padrão com o banco de dados e o gerenciamento de transações pelo
contêiner.

Temos a utilização da anotação GetMapping para as consultas, onde obterTodos retorna todas as entidades
do banco, a partir de uma chamada para findAll, enquanto obter resgata a chave primária presente no
endereço, e utiliza findById para retornar o produto correto.

Comentário
Note como a parte dinâmica do endereço é definida entre chaves, sendo recuperada nos parâmetros de
obter através da anotação PathVariable.

Para a remoção, é utilizada a anotação DeleteMapping com a chamada para deleteById. Como não temos o
retorno de valor (tipo void), o serviço é classificado como one way.

Enquanto o método inserir é anotado com PostMapping, alterar recebe PutMapping, sendo que, em ambos
os casos, temos a passagem dos valores para a entidade fornecidos no corpo do método, no formato JSON.
Note a recuperação desses valores ao nível dos parâmetros de cada método, com base na anotação
RequestBody, e a chamada para o método save do DAO, serve tanto para a inclusão quanto para a alteração
de um produto.

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Conexão com o banco de dados


Agora, precisamos configurar a conexão com o banco, utilizando um arquivo de propriedades, o que deve
ser iniciado com a criação de um novo diretório de códigos-fonte, clicando com o botão direito sobre o
projeto e escolhendo a opção New, seguida de Folder.

Definição do diretório de recursos do Spring Boot.

Iremos criar, na raiz do novo diretório, um arquivo com o nome application.properties, onde ficarão as
configurações necessárias para a execução do Spring Boot.

Java
content_copy

1 # Derby connection settings


2 spring.datasource.url=jdbc:derby://localhost:1527/exemplo001
3 spring.datasource.username=exemplo001
4 spring.datasource.password=exemplo001
5 spring.datasource.driver-class-name=org.apache.derby.jdbc.ClientDriver
6
7 # HikariCP settings
8 spring.datasource.hikari.minimumIdle=5
9 spring.datasource.hikari.maximumPoolSize=20
10 spring.datasource.hikari.idleTimeout=30000
11 spring.datasource.hikari.maxLifetime=2000000
12 spring.datasource.hikari.connectionTimeout=30000
13 spring.datasource.hikari.poolName=HikariPoolExemplo001
14

Código de arquivo de configuração.

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Na primeira parte do arquivo, temos a configuração do JDBC (Java Database Connectivity), onde devem ser
fornecidos o endereço de conexão, usuário, senha e driver de acesso.

O pool de conexões, com base no Hikari, permite que um menor número de conexões atenda a uma grande
quantidade de usuários. Foi utilizada uma configuração comum, tamanho máximo de vinte conexões, com o
nome HikariPoolExemplo001.

Na configuração do JPA (dialeto do Derby), a escolha da opção none permite a criação automática de
tabelas, evitando que os dados sejam apagados a cada nova execução.

O programa principal, incluindo o método main, com a chamada para o método run de SpringApplication,
será denominado de ServicoSpring02, inserido no pacote unesa.

Java
content_copy

1 @SpringBootApplication
2 @ComponentScan(basePackages = "unesa")
3 public class ServicoSpring02 {
4 public static void main(String[] args) {
5 SpringApplication.run(ServicoSpring02.class,args);
6 }

Código de criação de uma classe para o programa principal.

Temos a anotação SpringBootApplication, para configurar a classe como principal do aplicativo, e


ComponentScan, definindo a busca por componentes a partir do pacote unesa. No código interno da classe,
temos a execução a partir da chamada para run, com a passagem da classe principal do sistema, que, no
caso, é a própria classe ServicoSpring02.

Podemos executar o sistema, lembrando de ativar o banco Derby antes, efetuando o teste com o acesso ao
endereço localhost:8080/produtos. O retorno será uma lista JSON com os produtos.

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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

Teste do serviço criado com Spring Boot.

REST com Retrofit

Retrofit
O uso de métodos como PUT e DELETE pelo nosso Web Service, além da adoção de JSON na comunicação,
pode dificultar testes tradicionais, baseados em formulários HTML. Retrofit, para a plataforma Java, permite
o uso de todos os métodos do HTTP de forma simplificada, trabalhando com diversos conversores, alguns
deles capazes de efetuar o mapeamento automático dos dados no formato JSON para objetos Java.

Projeto ClienteRest
Vamos definir nosso cliente em um projeto Java padrão, com base em Maven, adotando o nome
ClienteREST, e unesa como valor de Group Id, conforme observado a seguir.

Criação do projeto para o cliente REST.

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Criação do projeto para o cliente REST.

O passo seguinte será a inclusão da dependência referente ao Retrofit com o clique do botão direito sobre a
divisão Dependencies do projeto, escolhendo a opção Add Dependency. O Group Id será
com.squareup.retrofit2, Artifact Id terá o valor retrofit e a versão utilizada será 2.9.0.

Acréscimo de dependência em projeto Maven.

Repetiremos o processo, adotando os mesmos Group Id e versão, mas, agora, para o artefato converter-
jackson, e após acrescentar as dependências, nosso arquivo pom.xml estará com a codificação a seguir.

Xml
content_copy

1 <?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>


2 <project xmlns="http://maven.apache.org/POM/4.0.0"
3 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
4 xsi:schemaLocation="http://maven.apache.org/POM/4.0.0
5 http://maven.apache.org/xsd/maven-4.0.0.xsd">
6 <modelVersion>4.0.0</modelVersion>
7 <groupId>unesa</groupId>
8 <artifactId>ClienteREST</artifactId>
9 <version>1.0-SNAPSHOT</version>
10 <packaging>jar</packaging>
11 <dependencies>
12 <dependency>
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ti/03592/index.html# 39/82
10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

13 <groupId>com.squareup.retrofit2</groupId>
14 <artifactId>retrofit</artifactId>

Código de criação de configuração.

A biblioteca Retrofit permite trabalhar com todos os métodos HTTP, tanto de forma síncrona quanto
assíncrona, através de interfaces Java. Utilizaremos o modo síncrono, pela simplicidade do programa.

Definiremos uma classe de dados para Produto, onde poderíamos utilizar a entidade original, mas não
equivaleria a uma situação real, onde fosse adotada uma API de terceiros. Iremos criar a classe Produto, no
pacote unesa.data, de acordo com a listagem seguinte. Note que buscamos utilizar a forma mais simples
possível para os objetos que serão instanciados, com a utilização de atributos públicos equivalentes aos
campos do JSON.

Java
content_copy

1 public class Produto {


2 public String codigo;
3 public String nome;
4 public Integer quantidade;
5 }
6

Código de criação de uma classe (somente a estrutura de dados).

Em seguida, definimos a interface de comunicação ProdutoService, no pacote unesa.retrofit, contendo o


código a seguir.

Java
content_copy

1 public interface ProdutoService {


2 @GET("produtos")
3 Call<List<Produto>> obterTodos();
4
5 @GET("produtos/{codigo}")
6 Call<Produto> obter(@Path("codigo") String codigo);
7
8 @POST("produtos")
9 Call<Produto> inserir(@Body Produto produto);
10

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11 @DELETE("produtos/{codigo}")
12 Call<Void> deletar(@Path("codigo") String codigo);
13
14 @PUT("produtos")

Código de criação de uma interface.

As anotações GET, POST, PUT e DELETE irão definir o tipo de método HTTP utilizado, além da rota de
acesso ao recurso entre parênteses. No caso de caminhos com identificação do recurso, como na obtenção
de um produto pelo código, o trecho identificador é colocado entre chaves, sendo relacionado a um
parâmetro do método através da anotação Path, algo que pode ser observado nos métodos obter e deletar.

Para envio de dados JSON no corpo da chamada, basta definir um parâmetro do tipo da entidade, que, no
caso, é Produto, anotado com Body, e todos os métodos encapsulam o retorno em um objeto genérico Call.
O encapsulamento do tipo de retorno serve para trabalhar:

Tanto de forma síncrona

Através de uma invocação via execute.


close

Quanto de forma assíncrona

Através de uma chamada enqueue e a criação de um objeto CallBack.

Para que a interface de serviços seja implementada de forma automática, deve ser instanciado um cliente
Retrofit, onde o conversor de JSON será especificado. A criação do cliente segue o padrão de
desenvolvimento Builder, permitindo configurações diversas de uma forma muito dinâmica e simples.
Vamos ver como fica?

Resposta
Retrofit retrofit = new Retrofit.Builder()
.baseUrl("http://localhost:8080")
.addConverterFactory(JacksonConverterFactory.create())
.build();
ProdutoService service = retrofit.create(ProdutoService.class);

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Configurações para o Retrofit incluem o endereço de base das chamadas REST e a classe para conversão
dos dados, que, no caso, é a JacksonConverterFactory. Com o cliente instanciado, a interface é
implementada a partir de uma chamada do tipo create.

A seguir, a utilização das chamadas em nossa classe principal, a qual será criada no pacote
unesa.clienterest, com o nome ClienteREST.

Java
content_copy

1 public class ClienteREST {


2 public static void main(String[] args) throws Exception {
3 Retrofit retrofit = new Retrofit.Builder()
4 .baseUrl("http://localhost:8080")
5 .addConverterFactory(JacksonConverterFactory.create())
6 .build();
7 ProdutoService service = retrofit.create(ProdutoService.class);
8
9 // Processando de forma síncrona
10 Produto p1 = new Produto();
11 p1.codigo = "B002";
12 p1.nome = "MANGA";
13 p1.quantidade = 500;
14 service.inserir(p1).execute();

Código de criação de uma classe.

As chamadas efetuadas para o serviço são muito semelhantes à execução padrão de métodos Java, mas
todas seguidas de execute, pois estamos utilizando o modo síncrono dos objetos do tipo Call. Temos ainda
a captura do retorno, na forma de objetos e coleções Java, encadeando uma chamada para body.

A execução do cliente exemplo irá fornecer a saída ilustrada a seguir, lembrando que o servidor deverá estar
executando.

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Execução do cliente REST.

A biblioteca Retrofit é muito utilizada para a comunicação com Web Services REST nos aplicativos para
Android, onde, devido à exigência de processos paralelos para operações de entrada e saída, seria
necessário utilizar o modelo de chamada assíncrona, como a seguir.

Java
content_copy

1 service.obterTodos().enqueue(new Callback<List<Produto>>() {
2 public void onResponse(Call<List<Produto>> call,
3 Response<List<Produto>> response) {
4 for (Produto p : response.body()) {
5 System.out.println(p.nome+" ("+p.id+"): "+p.quantidade);
6 }
7 }
8 public void onFailure(Call<List<Produto>> call, Throwable t) {
9 System.out.println("Falha na conexão");
10 }
11 });
12

Modelo de chamada assíncrona.

Na criação de sistemas REST, tanto do lado cliente quanto do lado servidor, com a utilização das bibliotecas
e frameworks corretos, boa parte da implementação é delegada para ferramentais especializados, como
Spring Boot e Retrofit, permitindo um desenvolvimento ágil e de alta qualidade.

video_library
Web Service RESTful com Spring
Confira agora a construção de Web Service do tipo RESTful, no Java, com base no framework Spring.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1

Embora os sistemas cadastrais para Web tradicionais, dentro de uma arquitetura MVC, cumpram
efetivamente com as necessidades de gerenciamento de dados em uma empresa, a comunicação com
os clientes, no modelo B2C, deve se adequar às plataformas mais utilizadas por eles. Atualmente, é
inegável a preponderância dos dispositivos móveis como plataforma cliente, e os aplicativos precisam
se comunicar com serviços na Web, onde ocorre apenas o trânsito de dados, sendo delegado para
aplicativo a responsabilidade do desenho das telas. Qual o formato de arquivo adotado
preferencialmente na comunicação B2C?

A XML

B JAVA

C RSS

D DTD

E JSON

Parabéns! A alternativa E está correta.

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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

A forma mais utilizada de comunicação com clientes móveis, segundo um perfil B2C, é através de Web
Services do tipo RESTful, onde o JSON é adotado como formato padrão, para a troca de informações.
Serviços também podem ser utilizados na comunicação B2B, mas ocorre uma exigência maior quanto
ao formalismo, onde o XML pode ser mais adequado, já que permite a definição de gramáticas via XSD
ou DTD.

Questão 2

Para que um serviço seja aderente ao modelo REST, deve fazer o uso correto dos métodos
disponibilizados pelo protocolo HTTP, e o mapeamento das rotas do controlador REST, quando
utilizamos o framework Spring, é feito com base em anotações. Supondo que você queira definir o
mapeamento de um método, no controlador REST, que promova a inclusão de um registro na base de
dados, qual anotação deveria ser utilizada?

A DeleteMapping

B PutMapping

C PostMapping

D GetMapping

E PatchMapping

Parabéns! A alternativa C está correta.


No modelo REST, os métodos do HTTP apresentam relação direta com as operações efetuadas sobre o
banco de dados. Para efetuar uma consulta, usamos o método GET, inclusão de dados é feita via POST,
alterações são feitas com base em PUT, com dados completos, ou PATCH, para dados parciais, e a
remoção ocorre com base no DELETE. Se o método em questão causa uma inserção de dados, a
anotação correta seria PostMapping.

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3 - Implementação da camada de
segurança com Spring Security
Ao final deste módulo, você será capaz de implantar o Spring
Security no controle de acesso para sistemas Web e Web Services.

Camada de segurança

Autenticação e autorização
O framework Spring traz um componente denominado Spring Security, que simplifica todas as tarefas
relacionadas à manutenção da segurança.

Para que um usuário possa acessar um sistema com acesso controlado, primeiramente deve ser
autenticado, ou seja, através de algum processo de identificação, como login e senha, provedor OAuth 2.0,
ou integração com Active Directory, entre outros, precisa provar que é um usuário autêntico para o sistema.
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Neste contexto, é importante compreender a diferença entre:

code
Codificação

close
vpn_key
Criptografia

Codificação e Criptografia
A palavra codificação significa transformação ou modificação de formato, como na tradução de um
algoritmo em uma linguagem de programação. Um destaque, para o armazenamento e transmissão de
dados, é a codificação para Base64. Qualquer codificação deve utilizar uma função de transformação
reversível, para a obtenção da representação desejada, onde a recuperação do dado original é conhecida
como decodificação.

Na criptografia, precisamos de uma chave para efetuar as transformações, garantindo o sigilo. Temos dois
tipos de criptografia:

Criptografia simétrica
Utilizamos uma mesma chave para efetuar tanto a criptografia quanto a decriptografia.

Criptografia assimétrica
Utilizamos um par de chaves. As chaves costumam ser geradas a partir de grandes números primos.

Vamos entender um pouco mais sobre as chaves. Enquanto a chave privada é armazenada de forma
segura, a chave pública é distribuída, permitindo o envio de informações criptografadas por qualquer
pessoa, mas que só poderão ser abertas pela chave privada do destinatário. No caminho contrário, apenas a
chave privada é capaz de assinar um documento, enquanto a chave pública permite conferir a assinatura.

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Ainda temos a criptografia destrutiva, também conhecida como hash, onde ocorre
a perda de fragmentos dos dados originais, impedindo a decriptografia, o que a
torna útil para guarda de senhas, tendo como exemplos comuns os algoritmos MD5
e SHA1.

Existem dois níveis de autorização que devem ser considerados:

Relacionado à funcionalidade ou serviço


Por exemplo, o cadastro de aluno.

Relacionado aos dados de domínio


Por exemplo, como um aluno pode ver apenas suas próprias notas.

As de primeiro nível precisam apenas da identificação de recursos e definição de direitos de acesso aos
mesmos. Como seria complexo atribuir um grande conjunto de direitos a cada usuário, definimos perfis com
conjuntos de direitos, e associamos os usuários aos perfis.

De forma geral, a biblioteca Spring Security irá viabilizar a autenticação e a autorização de primeiro nível,
enquanto um segundo nível seria mais complexo e envolveria regras próprias do sistema.

Sistemas Web com Spring Security

Arquitetura do Spring Security


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Sistemas criados na plataforma Java para Web sempre trabalham com base em componentes do tipo
Servlet, mesmo quando utilizamos páginas JSP.

Para que a segurança seja efetiva, é necessário interceptar a chamada HTTP antes
do tratamento pelo Servlet, e como as rotas definem o acesso aos recursos,
tornam-se o local ideal para a configuração de regras de acesso.

Um padrão de desenvolvimento utilizado para o tratamento da requisição é o Intercept Filter, definindo um


filtro para interceptação, tratamento e direcionamento do fluxo de execução, o qual permite sua inclusão na
arquitetura, sem a modificação dos demais componentes que compartilham o ambiente. Podemos ainda
utilizar uma sequência de filtros, por onde a requisição deverá passar, antes de chegar ao Serlvet, formando
o que é conhecido como Filter Chain, e alguns deles podem atuar nas ações de autenticação e autorização.

A arquitetura do Spring Security é completamente baseada no padrão Filter Chain, mas como existem
diferentes formas de autenticação, além de diferentes rotas, utilizamos um filtro de segurança principal, do
tipo DelegatingFilterProxy, o qual faz um desvio temporário para uma ou mais cadeias de filtros, do tipo
SecurityFilterChain, responsáveis pela avaliação de cada regra de acesso adotada no sistema.

Utilização do padrão Filter Chain pelo Spring Security.

Saiba mais
Para saber mais sobre a utilização do padrão Filter Chain pelo Spring Security, coloque no seu site de
busca “docs.spring.io/spring-security/reference/servlet/architecture” e clique na primeira opção que surgir.

Cada componente do tipo SecurityFilterChain será responsável pelo tratamento de uma rota específica,
sendo composto por uma grande sequência de filtros do Spring Security, onde estão incluídos elementos
como CorsFilter, para verificação de regras de acesso cruzado, LogoutFilter, para efetuar a desconexão do
sistema, OAuth2LoginAuthenticationFilter, relacionado ao uso de autenticação via OAuth 2.0, entre diversos
outros.

Um filtro que merece atenção especial, e que fica posicionado próximo ao final da sequência, é o
ExceptionTranslationFilter, responsável por interpretar os erros detectados nos filtros anteriores e

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direcionar o fluxo para o endereço de resposta correto para cada tipo de erro.

O processamento efetuado por ExceptionTranslationFilter envolve três passos:

Inicialmente, é invocado doFilter, com passagem da requisição e reposta, para invocar o


processamento do resto da aplicação quando não ocorrem exceções.

No caso de uma exceção de segurança do tipo AuthenticationException, é iniciado um


contexto para autenticação, ou seja, o contexto de segurança é limpo, a requisição atual é
armazenada em cache para a continuidade do fluxo após o login, e o ponto de entrada para
autenticação (AuthenticationEntryPoint) é invocado, podendo ser uma página de login,
verificação por OAuth 2.0 ou através do protocolo HTTP, entre outros.

Para uma exceção do tipo AccessDeniedException, ocorre o desvio para o tratamento de


erros relacionados à autorização de acesso.

A imagem apresentada a seguir permite visualizar o fluxo de execução descrito para o filtro do tipo
ExceptionTraslationFilter.

Funcionamento do SecurityFilterChain.

Saiba mais

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ti/03592/index.html# 51/82
10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

Para saber mais sobre o funcionamento do SecurityFilterChain, coloque no seu site de busca
“docs.spring.io/spring-security/reference/servlet/architecture” e clique na primeira opção que surgir.

Exemplo com Spring Web


Com base nos recursos do Spring Security, a autenticação em um projeto Web tradicional envolve algumas
definições em arquivos XML ou uma classe para a configuração do acesso. Vamos voltar ao primeiro
exemplo com Spring Web (ExemploWebSpring01), que executa sobre o servidor Tomcat, e efetuar todas as
modificações necessárias.

Precisamos baixar as bibliotecas necessárias, e adicioná-las ao projeto através do clique com o botão
direito na divisão Libraries, e escolha da opção Add JAR/Folder. Todas as bibliotecas são oferecidas no
repositório Maven do Spring Framework, segundo os endereços indicados a seguir, onde foi adotada a
versão 4.2.9 do conjunto de bibliotecas:

Spring-security-web
Endereço para download:

https://repo1.maven.org/maven2/org/
springframework/security/spring-security-web/4.2.9.RELEASE/

Spring-security-config
Endereço para download:

https://repo1.maven.org/maven2/org/
springframework/security/spring-security-config/4.2.9.RELEASE/

Spring-security-core
Endereço para download:

https://repo1.maven.org/maven2/org/
springframework/security/spring-security-core/4.2.9.RELEASE/

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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

O repositório permite navegação ao estilo FTP (File Transfer Protocol), onde devemos buscar os arquivos de
extensão jar para cada uma das bibliotecas. Podemos observar o acesso da primeira biblioteca para
download na figura seguinte.

Download de biblioteca do Spring Security.

Após adicionar as bibliotecas ao projeto, vamos trabalhar apenas com elementos de configuração na
sintaxe XML. Criaremos o arquivo security.xml, na pasta WEB-INF.

Xml
content_copy

1 <?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>


2 <b:beans xmlns="http://www.springframework.org/schema/security"
3 xmlns:b="http://www.springframework.org/schema/beans"
4 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
5 xsi:schemaLocation="
6 http://www.springframework.org/schema/beans
7 https://www.springframework.org/schema/beans/spring-beans.xsd
8 http://www.springframework.org/schema/security
9 https://www.springframework.org/schema/security/spring-security.xsd">
10 <http auto-config="true">
11 <intercept-url pattern="/produtos/**" access="hasRole('USER')" />
12 </http>
13 <authentication-manager>
14 <authentication-provider>

Código de criação de configuração.

Temos a definição de dois usuários, usu1 e usu2, com respectivas senhas e perfis, onde aqui são definidos
ROLE_GUEST e ROLE_USER, no trecho user-service, interno às tags para definição do gerenciador de
autenticação, além da interceptação dos endereços relacionados a produtos, por meio da tag intercept-url,
condicionando o acesso para usuários com perfil USER.

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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

Precisamos efetuar alterações no arquivo web.xml, com o acréscimo do novo arquivo de configuração entre
os elementos de contexto, e a definição de um filtro para interceptação das requisições. A listagem seguinte
apresenta as inserções.

Xml
content_copy

1 <!-- Inicio do trecho modificado -->


2 <context-param>
3 <param-name>contextConfigLocation</param-name>
4 <param-value>
5 /WEB-INF/applicationContext.xml
6 /WEB-INF/security.xml
7 </param-value>
8 </context-param>
9 <listener>
10 <listener-class>
11 org.springframework.web.context.ContextLoaderListener
12 </listener-class>
13 </listener>
14

Código de criação de configuração.

Além de incorporar as configurações de segurança anteriores, temos a definição do componente


DelegatingFilterProxy, descrito anteriormente em nossa análise da arquitetura do Spring Security. As
configurações efetuadas são suficientes para o bloqueio da página com a listagem dos produtos, mas ainda
precisamos de modificações nos arquivos JSP para garantir a navegabilidade do sistema.

A alteração em listaProdutos.jsp envolve o acréscimo de um link para o índice, antes da tabela com os
produtos. Vejamos o trecho modificado.

Html
content_copy

1 <html>
2 <body>
3 <h1>Lista de Produtos Cadastrados</h1>
4 <a href="../">Página Inicial</a><hr/>
5 <c:if test="${not empty produtos}">
6
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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

Código de criação de página de interface.

Uma alteração levemente mais complexa será feita no arquivo index.jsp, onde apresentaremos o nome do
usuário logado, além de um botão para efetuar o logout, mas apenas quando ocorre uma autenticação
anterior.

Html
content_copy

1 <%@taglib prefix="c" uri="http://java.sun.com/jsp/jstl/core"%>


2 <%@page contentType="text/html" pageEncoding="UTF-8"%>
3 <html>
4 <body>
5
6 <c:if test="${not empty pageContext.request.remoteUser}">
7 <c:url var="logoutUrl" value="/logout"/>
8 <form class="form-inline" action="${logoutUrl}" method="post">
9 Usuário Logado:
10 <c:out value="${pageContext.request.remoteUser}"/>
11 <input type="submit" value="Log out" />
12 <input type="hidden" name="${_csrf.parameterName}"
13 value="${_csrf.token}"/>
14 </form>

Código de página de interface.

O código começa com o teste do usuário logado, reconhecido pelo atributo remoteUser, e se tiver ocorrido a
autenticação, criamos um form para chamada do endereço de logout, com a passagem de alguns campos
escondidos com o token da autenticação. Temos a exibição do nome do usuário logado, junto ao botão que
efetua o logout.

Executando o sistema, e clicando no link para a listagem de produtos, somos redirecionados para a tela de
login, sendo utilizada a tela padrão do Spring Security, mas podemos personalizar a página utilizada através
de algumas configurações nos arquivos XML.

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Login padrão.

Entrando com os dados de usu1, será liberado o acesso à listagem de produtos, onde podemos clicar no
link para retorno ao índice, verificando o nome do usuário logado. A partir daí, poderemos efetuar a
desconexão (logout) do sistema.

Índice do sistema com usuário logado.

Podemos efetuar o logout do sistema, e entrar com o usuário usu2, com perfil GUEST. Veremos um
bloqueio por falta de direitos, ou seja, erro 403, representando um usuário não autorizado.

Exemplo de acesso não autorizado.

Por questões de simplicidade, utilizamos usuários predefinidos, representados em memória, mas como
ainda não estamos criptografando as senhas, a alteração necessária para utilizar uma tabela de usuários
pode ser feita modificando o arquivo security.xml.

Xml
content_copy

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ti/03592/index.html# 56/82
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1 <?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>


2 <b:beans xmlns="http://www.springframework.org/schema/security"
3 xmlns:b="http://www.springframework.org/schema/beans"
4 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
5 xsi:schemaLocation="
6 http://www.springframework.org/schema/beans
7 https://www.springframework.org/schema/beans/spring-beans.xsd
8 http://www.springframework.org/schema/security
9 https://www.springframework.org/schema/security/spring-security.xsd">
10 <http auto-config="true">
11 <intercept-url pattern="/produtos/**" access="hasRole('USER')" />
12 </http>
13
14 <authentication-manager>

Código de configuração.

Foi definido um bean para acesso ao banco de dados, com o nome dataSourceSec, configurado para utilizar
o banco de exemplo que temos adotado desde o início do tema; temos como parâmetros o endereço do
banco, classe para acesso, usuário e senha.

Já no gestor de autenticação, passamos a utilizar a tag jdbc-user-service, fazendo referência ao bean de


conexão definido, com o nome dataSourceSec. Especificamos as instruções SQL para consulta ao usuário
pelo nome, no atributo users-by-username-query, e para a consultar o perfil do usuário, com base no
atributo authorities-by-username-query. A tabela deverá ser criada no banco de dados.

Criação da tabela de usuários.

Precisamos alimentar a tabela com os mesmos dados dos usuários em memória, que foram utilizados na
configuração inicial, e executar o sistema novamente.

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Usuários cadastrados na tabela.

Segurança no REST

Modelo de Segurança do REST


Quando trabalhamos com REST, temos acesso aos serviços pelo protocolo HTTP, sem uma tela de login,
como ocorria para um sistema Web padrão, o que nos leva à necessidade de um meio alternativo para
autenticação, diretamente pelo protocolo. Além disso, serviços não gerenciam estados, o que exige a
passagem das credenciais a cada chamada efetuada.

Na prática, o que temos é um token de acesso, com os dados necessários para a


autenticação, que deve ser fornecido através do cabeçalho da requisição.

Para exemplificar o modelo de segurança do REST, modificaremos nosso servidor de exemplo


ServicoSpring02, construído anteriromente. Começamos com o acréscimo da dependência necessária no
arquivo pom.xml, conforme o fragmento seguinte.

Xml
content_copy

1 <dependency>
2 <groupId>org.springframework.boot</groupId>
3 <artifactId>spring-boot-starter-security</artifactId>
4 </dependency>
5

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Código de configuração.

Pode ser necessário ativar a resolução de problemas, com o clique do botão direito sobre o nome do projeto
e escolha da opção Resolve Project Problems.

Podemos executar nosso projeto e acessar o endereço localhost:8080, onde já será verificada a atuação do
sistema de login.

Tela padrão de login para o Spring Boot.

Vamos começar a configurar os aspectos de segurança, desta vez, através do conjunto de anotações do
Spring Security. Criaremos a classe ConfigSeguranca a seguir no pacote unesa.security.

Java
content_copy

1 @Configuration
2 @EnableWebSecurity
3 public class ConfigSeguranca extends WebSecurityConfigurerAdapter {
4 @Bean
5 @Override
6 public UserDetailsService userDetailsService() {
7 UserDetails user = User.builder()
8 .username("usu1")
9 .password(passwordEncoder().encode("1234"))
10 .roles("USER").build();
11 return new InMemoryUserDetailsManager(user);
12 }
13
14 @Bean

Código de criação de uma classe.

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Criptografia com REST


No exemplo com REST passaremos a adotar criptografia, tendo como base um bean do tipo
BCryptPasswordEncoder. Ele fará a criptografia de senha dos usuários, e embora utilizemos aqui para
usuários em memória, seria declarado e invocado da mesma forma ao nível de um controlador associado à
persistência em banco de dados.

O método userDetailsService será responsável pelo retorno do bean padrão para gerência de usuários, onde
aqui temos apenas o usuário usu1, com senha criptografada e perfil USER, mas sendo possível incluir
usuários na sequência do builder. Ao final, é retornado o gerenciador em memória, instanciado como um
objeto do tipo InMemoryUserDetailsManager, tendo como parâmetro nosso usuário gerado no passo
anterior.

Finalmente, temos a sobrescrita do método configure, onde são definidas as regras de acesso para o
sistema, sempre a partir de http, do tipo HttpSecurity. Seguindo o fluxo de chamadas, é exigida
autenticação, mas com livre acesso para raiz e índice (permitAll), enquanto o caminho produtos é restrito ao
perfil USER (hasRole), o que é concatenado com o meio de autenticação, diretamente pelo protocolo HTTP
(httpBasic). Como o objetivo será autenticar via requisição, será necessário desabilitar a proteção padrão de
sistemas Web, utilizando csrf e disable.

Criaremos uma classe para respostas de texto, com o nome MensagemSimples, no pacote unesa.model, a
qual será utilizada na resposta padrão, ao nível da raiz.

Java
content_copy

1 public class MensagemSimples {


2 String titulo;
3 String mensagem;
4
5 public MensagemSimples(String titulo, String mensagem) {
6 this.titulo = titulo;
7 this.mensagem = mensagem;
8 }
9
10 public String getTitulo() { return titulo; }
11 public void setTitulo(String titulo) { this.titulo = titulo; }
12 public String getMensagem() { return mensagem; }
13 public void setMensagem(String mensagem) {
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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

14 this.mensagem = mensagem;

Código de criação de uma classe.

Definimos uma classe para representar respostas do servidor, com o título e a mensagem, que será utilizada
pelo controlador mapeado para a raiz. Em seguida, a criação do controlador, com o nome IndexController,
no pacote unesa.controller.

Java
content_copy

1 @RestController
2 @CrossOrigin(origins = "http://localhost:3000")
3 @RequestMapping("/")
4 public class IndexController {
5 @GetMapping
6 public MensagemSimples acessar(){
7 return new MensagemSimples("Status",
8 "Conexão efetuada com sucesso");
9 }
10 @GetMapping("index")
11 public MensagemSimples acessar2(){
12 return acessar();
13 }
14 }

Código de criação de uma classe.

O controlador concentra os mapeamentos para a raiz e para o endereço index, ambos com a mesma
resposta padrão. Já que o acesso para esses caminhos foi definido como livre (permitAll), podemos
executar o sistema e acessar a raiz, sem autenticar, obtendo a resposta a seguir.

Resposta padrão do servidor REST autenticado.

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Ao acessar o endereço localhost:8080/produtos, será solicitada a autenticação via HTTP, com a


apresentação do login padrão do navegador.

Solicitações HTTP do Retrofit


Vamos ajustar o cliente REST para trabalhar com autenticação, fornecendo as credenciais nas solicitações
HTTP do Retrofit.

Retornando ao projeto ClienteREST, acrescentar uma dependência no pom.xml, referente ao objeto


necessário para interceptar a requisição HTTP.

Xml
content_copy

1 <dependency>
2 <groupId>com.squareup.okhttp3</groupId>
3 <artifactId>okhttp</artifactId>
4 <version>4.9.3</version>
5 </dependency>
6

Código de configuração.

Após recarregar a configuração do Maven e solicitar a resolução de problemas do projeto, estaremos aptos
a utilizar a biblioteca para interceptação de requisições HTTP. Para tal, vamos criar a classe
InterceptadorLogin, no pacote unesa.security, com o código a seguir.

Java
content_copy

1 public class InterceptadorLogin implements Interceptor {


2 private String token;
3
4 public InterceptadorLogin(String token) { this.token = token; }
5
6 @Override
7 public Response intercept(Chain chain) throws IOException {
8 Request original = chain.request();
9 Request.Builder builder = original.newBuilder()

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10 .header("Authorization", token);
11 Request request = builder.build();
12 return chain.proceed(request);
13 }
14

Código de criação de uma classe.

O funcionamento da classe é baseado no método intercept, como implementação de Interceptor. A partir


da cadeia de execução (chain), obtemos a requisição corrente, geramos uma nova requisição a partir da
original, com a inclusão do token de autorização no header, e procedemos com a execução da nova
requisição. Como podemos observar, tudo o que a nova classe faz é inserir as informações de autenticação
no cabeçalho da requisição, sendo que o token deve ser fornecido no construtor.

Criaremos a classe GestorServico, no pacote unesa.security, para definição do cliente Retrofit com inserção
de credenciais.

Java
content_copy

1 public class GestorServico {


2 private final OkHttpClient.Builder httpClient =
3 new OkHttpClient.Builder();
4
5 private final Retrofit retrofit;
6
7 public GestorServico(String user, String password) {
8 String token = Credentials.basic(user, password);
9 InterceptadorLogin interceptador =
10 new InterceptadorLogin(token);
11 httpClient.addInterceptor(interceptador);
12 retrofit = new Retrofit.Builder()
13 .baseUrl("http://localhost:8080")
14 .client(httpClient.build())

Código de criação de uma classe.

Existe muita semelhança com o código do cliente REST sem autenticação, mas agora utilizamos um cliente
do tipo OkHttpClient na instância do Retrofit. Para configurar nosso cliente HTTP, primeiro obtemos o token
a partir do usuário e senha fornecidos, o que é feito pela classe Credentials, depois instanciamos um objeto
do tipo InterceptadorLogin com a passagem do token, e finalmente anexamos o interceptador ao cliente

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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

HTTP através de addInterceptor.

A classe principal ClienteREST precisa de uma leve modificação para uso do novo gerenciador, sendo o
trecho modificado apresentado a seguir.

Java
content_copy

1 public static void main(String[] args) throws Exception {


2 ProdutoService service =
3 new GestorServico("usu1", "1234").createService();
4 Produto p1 = new Produto();
5 // Todo o restante do método permanece inalterado
6

Código de modificação de um trecho de uma classe.

Podemos executar nosso cliente REST, obtendo os mesmos resultados da versão original, mas agora com
autenticação efetuada via token, através do protocolo HTTP.

Autenticação com OAuth 2.0

OAuth 2.0
Hoje é comum aceitar a autenticação por terceiros, como Google e Facebook, empresas em que o usuário já
confia, ocorrendo a solicitação da senha apenas no primeiro acesso. O protocolo por trás desse tipo de
comportamento é chamado de OAuth 2.0, relacionado à autenticação, com envio de dados do usuário de
forma padronizada, segundo o padrão OIDC (Open Id Connect).

Os papéis definidos no OAuth 2.0 são: cliente, acessado no navegador; autenticador, onde temos exemplos
como Google e Twitter; e o sistema em si. O login é solicitado no navegador, as credenciais são enviadas
para o autenticador, que envia um token de acesso para o cliente e para o sistema, e finalmente o cliente
utiliza o token para acessar o sistema, onde é feita a comparação com a versão recebida do autenticador.

Saiba mais
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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

Um Bearer Token é um texto codificado, adotado pelo OAuth 2,0, que não tem significado para os clientes.
Alguns servidores emitirão tokens como uma sequência de caracteres hexadecimais, enquanto outros
podem usar tokens estruturados, como JSON Web Tokens.

Exemplo MeuTesteOAuth
Para exemplificar o uso de OAuth 2.0 no Spring Security, vamos criar um projeto padrão, do tipo Maven, com
o nome MeuTesteOAuth, e alterar o arquivo pom.xml para a construção de um aplicativo Spring Boot, de
acordo com a listagem apresentada a seguir.

Xml
content_copy

1 <?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?>


2 <project xmlns="http://maven.apache.org/POM/4.0.0"
3 xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
4 xsi:schemaLocation="http://maven.apache.org/POM/4.0.0
5 http://maven.apache.org/xsd/maven-4.0.0.xsd">
6 <modelVersion>4.0.0</modelVersion>
7 <parent>
8 <groupId>org.springframework.boot</groupId>
9 <artifactId>spring-boot-starter-parent</artifactId>
10 <version>2.6.3</version>
11 <relativePath /> <!-- lookup parent from repository -->
12 </parent>
13 <groupId>unesa</groupId>
14 <artifactId>MeuTesteOAuth</artifactId>

Código de configuração.

As duas primeiras dependências são relacionadas ao cliente com autenticação OAuth 2.0, e na sequência
temos as dependências para o Spring Boot e Spring Web, para dar suporte à criação do aplicativo Web. As
duas últimas dependências servem para a interpretação de páginas JSP, com base no jasper, e suporte à
sintaxe JSTL.

Comentário
Após salvar o arquivo, lembre-se de recarregar as configurações com o clique do botão direito sobre o
projeto e escolha de Reload POM. Se necessário, faça uma compilação limpa do projeto, para que as novas

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bibliotecas sejam carregadas.

Vamos precisar de credenciais OAuth 2.0 para cada entidade autenticadora que formos utilizar, como o
Google, no endereço https://console.developers.google.com/apis/credentials, onde será necessário
configurar um projeto no Google Cloud. Com o projeto selecionado, devemos clicar em CRIAR
CREDENCIAIS, escolhendo a opção Id do cliente OAuth, o que irá redirecionar para a criação da página de
consentimento OAuth, caso ela ainda não esteja configurada. Serão solicitadas informações acerca do
aplicativo, segundo uma sequência de telas, de forma geral irrelevantes, à exceção da escolha do tipo de
usuário, que deverá ser externo, habilitando o acesso para qualquer pessoa com uma conta Google quando
publicado.

Nem todos os campos são obrigatórios, e após o preenchimento, teremos um aplicativo, mas não as
credenciais ainda. Devemos voltar para o painel de credenciais e clicar novamente em CRIAR CREDENCIAIS,
com a opção Id do cliente OAuth, onde agora devemos escolher o tipo de aplicativo como Aplicativo da
Web, adotando o nome de nosso projeto (MeuTesteOAuth).

Atenção!
Caso você já tenha um aplicativo cadastrado no console do Google, teremos apenas a segunda parte do
procedimento sendo efetuada.

Após a escolha do tipo de aplicativo e especificação do nome, o clique no botão CRIAR fará com que sejam
gerados o Id do Cliente e a Chave Secreta, exibidos na tela a seguir, permitindo a cópia.

Cadastro de cliente OAuth 2.0.

Ainda em relação ao AAuth criado, é importante observar que:

Comentário
Pode ser necessário voltar para a configuração da tela de consentimento, ocorrida na primeira parte, e
adicionar usuários de teste, para liberar a chave antes da publicação.

Vamos precisar adicionar dois diretórios ao projeto, a partir de src/main, onde o primeiro será resources e o
segundo webapp. Para cria-los, utilizamos o clique com o botão direito sobre o projeto e escolhemos a

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opção New, seguido de Folder, abrindo a tela seguinte.

Criação do diretório resources.

Ao final, teremos uma seguinte estrutura de diretórios.

Estrutura de diretórios do projeto.

Iremos adicionar, na raiz de resources, o arquivo application.properties, com as configurações gerais do


Spring Boot.

Java
content_copy

1 # View Resolver
2 spring.mvc.view.prefix=/jsps/
3 spring.mvc.view.suffix=.jsp
4
5 # Clientes OAuth
6 spring.security.oauth2.client.registration.google.client id=368238083842-3d4gc7p54
7 spring.security.oauth2.client.registration.google.client secret=2RM2QkEaf3A8-iCNqS
8 spring.security.oauth2.client.registration.facebook.client id=151640435578187
9 spring.security.oauth2.client.registration.facebook.client secret=3724fb293d401245
10

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Código de configuração.

As duas primeiras configurações estão relacionadas ao Servlet dispatcher do Spring Web, com o
relacionamento entre as rotas e os arquivos JSP. Segundo as informações apresentadas, será utilizado o
sufixo jsp e as páginas serão colocadas no diretório jsps de webapp.

Nas demais configurações efetuadas, estamos definindo o cliente-id e o secret-id para efetuar a
autenticação via Google e Facebook. É nesse ponto que devemos colocar os valores obtidos anteriormente
pelo console do autenticador, ou seja, o Id do Cliente e a Chave Secreta.

Com o ambiente preparado, vamos começar a codificar, com a criação da classe SecurityConfig, no pacote
unesa.security.

Java
content_copy

1 @Configuration
2 public class SecurityConfig extends WebSecurityConfigurerAdapter {
3
4 @Override
5 protected void configure(HttpSecurity http) throws Exception {
6 http.authorizeRequests()
7 .antMatchers("/oauth_login", "/loginFailure", "/", "/index")
8 .permitAll()
9 .anyRequest().authenticated()
10 .and()
11 .logout().clearAuthentication(true).deleteCookies()
12 .invalidateHttpSession(true)
13 .and()
14 .oauth2Login().loginPage("/oauth_login")

Código de criação de uma classe.

Definindo um cliente OAuth 2.0


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Cliente OAuth 2.0


Definir um cliente OAuth 2.0 é uma tarefa razoavelmente complexa, como podemos ver em nossa
configuração de segurança. Liberamos o acesso a algumas rotas, com permitAll, e exigimos autenticação
nos demais endereços, o que é definido com authenticated, mas começamos a ver diferenças a partir desse
ponto.

Concatenamos a configuração do logout, eliminando a autenticação corrente, deletando todos os cookies e


invalidando a sessão.

Essa configuração específica é necessária para eliminar todos os tokens utilizados


pelo OAuth 2.0 no cliente, causando a efetiva desconexão do usuário.

No terceiro segmento, utilizamos oauth2Login para definir o modelo de autenticação utilizado, com a
especificação da página de login e o endpoint para efetivar a conexão do usuário. Temos ainda a
configuração do repositório de requisições de autenticação, com base em um bean que utiliza um objeto do
tipo HttpSessionOAuth2AuthorizationRequestRepository.

Definimos o gerenciamento de tokens, através de tokenEndpoint, com a definição da resposta via objeto do
tipo DefaultAuthorizationCodeTokenResponseClient. Através desse trecho é fixada a política de
conversação controlada por Bearer Tokens.

Temos ainda a definição das páginas de login bem-sucedido (loginSuccess) e de falha no login
(loginFailure), no formato JSP. Temos ainda uma configuração adicional, em um bloco separado, para
desabilitar a proteção CSRF, facilitando o logout.

Podemos criar a classe LoginController, no pacote unesa.security, com o conteúdo apresentado a seguir.
Esse controlador será responsável pelas rotas relacionadas ao processo de login.

Java
content_copy

1 @Controller
2 public class LoginController {
3 private static final String baseUri = "oauth2/authorize-client";
4 @Autowired
5 private ClientRegistrationRepository clientRegistrationRepository;
6 @Autowired
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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

7 private OAuth2AuthorizedClientService authorizedClientService;


8
9 @GetMapping("/oauth_login")
10 public String getLoginPage(Model model) {
11 Map<String, String> oauth2Urls = new HashMap<>();
12 Iterable<ClientRegistration> registrations =
13 (Iterable<ClientRegistration>)
14 clientRegistrationRepository;

Código de criação de uma classe.

Inicialmente, definimos o endereço de base para efetuar a autenticação via OAuth 2.0, além do acesso a
dois beans, onde o primeiro nos dará acesso aos autenticadores que foram definidos no arquivo de
propriedades, e o segundo fornecerá os serviços para um usuário logado.

Na rota oauth_login, via método GET, temos a obtenção dos autenticadores a partir do bean, com a
conversão de tipo para um Iterable, e alimentamos um HashMap onde a chave é o nome do autenticador e o
valor é preenchido com o endereço de autenticação. Por padrão, formamos esse endereço anexando o id do
autenticador ao endereço de base.

No final do primeiro método, o HashMap é associado ao atributo urls, no modelo, e o nome da página JSP
de destino é retornado. Fica claro que devemos criar o arquivo oauth_login.jsp, que ficará no diretório jsps, a
partir de webapp.

Atenção!
Ocasionalmente, o NetBeans mapeia o diretório webapp para uma visualização padrão, em uma divisão com
o nome Web Pages. O processo ocorre de forma automática.

A página servirá para oferecer ao usuário as opções de login por terceiros disponíveis no sistema, e utilizará
uma biblioteca do Bootstrap para melhorar o aspecto visual.

O conteúdo do arquivo oauth_login.jsp pode ser observado na listagem seguinte.

Html
content_copy

1 <%@taglib prefix="c" uri="http://java.sun.com/jsp/jstl/core"%>


2 <%@page contentType="text/html" pageEncoding="UTF-8"%>
3 <!DOCTYPE html>
4 <html>
5 <link rel="stylesheet" href="https://maxcdn.bootstrapcdn.com/bootstrap/3

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10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

6 <body>
7 <div class="col-sm-3 well">
8 <h3>Logar com:</h3>
9 <div class="list-group">
10 <c:forEach var="url" items="${urls}">
11 <p>
12 <a href="${url.value}" class="list-group-item active">
13 ${url.key}</a>
14 </p>

Código de página de interface.

Observe como o atributo urls é utilizado, em uma expressão forEach, para oferecer os links de autenticação
para o Google e o Facebook, onde o campo value contém o endereço e o campo key traz o nome do
autenticador. O resultado pode ser observado a seguir, onde o usuário precisa clicar no autenticador
preferido para logar no sistema.

Tela de autenticação via OAuth 2.0.

Continuando nossa análise de LoginController, temos a rota loginSuccess, onde são obtidos os dados do
usuário a partir do autenticador, segundo o padrão OIDC. O endereço para o serviço de dados, que ficará na
variável userInfoEndpointUri, será fornecido pelo cliente autenticado.

O serviço de dados é um serviço REST, levando à adoção de um objeto do tipo RestTemplate, com a
passagem do Bearer Token, obtido através do cliente, no cabeçalho da requisição, e conteúdo vazio. A partir
de uma chamada exchange, com comportamento síncrono, via método GET do HTTP, acessamos o
endereço contido em userInfoEndpointUri, e recuperamos os dados no corpo da resposta (body), na forma
de um mapa (Map) com pares chave-valor.

Em seguida, o nome do usuário é recuperado do mapa, sendo associado ao atributo name no modelo de
dados, sendo retornado o nome da página de destino (loginSuccess). Devemos criar a página
loginSuccess.jsp, no diretório jsps, com o conteúdo apresentado a seguir.

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Html
content_copy
1 <%@taglib prefix="c" uri="http://java.sun.com/jsp/jstl/core"%>
2 <%@page contentType="text/html" pageEncoding="UTF-8"%>
3 <!DOCTYPE html>
4 <html>
5 <link rel="stylesheet" href="https://maxcdn.bootstrapcdn.com/bootstrap/3.
6 <body>
7 <h3>
8 <div class="label label-info">Bem-vindo ${name}</div>
9 </h3>
10 </body>
11 </html>
12

Código de página de interface.

A página inclui elementos de formatação do Bootstrap e a apresentação das boas-vindas, com o nome
fornecido pelo controlador. A página resultante pode ser observada a seguir, mas será apresentada apenas
quando não existir uma página de destino, ou seja, após uma ação de logout e reapresentação da tela de
login.

Tela de login bem-sucedido.

A última rota controlada por LoginController será loginFailure, sem informações adicionais, e com o simples
direcionamento para a página JSP. Criamos a página loginFailure.jsp, em jsps, com o conteúdo a seguir.

Html
content_copy

1 <%@page contentType="text/html" pageEncoding="UTF-8"%>


2 <!DOCTYPE html>

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ti/03592/index.html# 72/82
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3 <html>
4 <link rel="stylesheet" href="https://maxcdn.bootstrapcdn.com/bootstrap/3.
5 <body>
6 <h3>
7 <div class="label label-info">Falha de Login</div>
8 </h3>
9 </body>
10 </html>
11

Código de página de interface.

A nova página é muito semelhante a loginSuccess.jsp, com o mesmo aspecto visual, inclusive, mas utiliza
uma frase fixa, indicando a falha no login.

Todos os recursos necessários para o processo de autenticação estão concluídos, e agora criaremos a
classe GeneralController, no pacote unesa.controller, responsável pelas rotas do sistema em si. Veja o
código da nova classe a seguir.

Java
content_copy

1 @Controller
2 public class GeneralController {
3 @RequestMapping("/")
4 public String raiz() { return "index"; }
5
6 @RequestMapping("/index")
7 public String index() { return "index"; }
8
9 @GetMapping("protegido")
10 public String protegido() { return "protegido"; }
11 }
12

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Código de criação de uma classe.

Temos apenas as rotas index e protegido, ambas retornando o nome da página JSP de destino, e uma rota
para a raiz do sistema, apontando para o mesmo local de index. Não há controles específicos para as
páginas, pois não estamos lidando com dados cadastrais no exemplo.

Vamos criar a página index.jsp, no diretório jsps, com a listagem seguinte.

Html
content_copy

1 <%@page contentType="text/html" pageEncoding="UTF-8"%>


2 <!DOCTYPE html>
3 <html>
4 <link rel="stylesheet" href="https://maxcdn.bootstrapcdn.com/bootstrap/3
5 <body>
6 <div class="jumbotron text-center">
7 <h3>Página Inicial</h3>
8 <div class="list-group">
9 <a href="/protegido" class="list-group-item active">
10 Página Protegida
11 </a><br/>
12 <a href="/logout" class="list-group-item active">
13 Logout
14 </a>

Código de página de interface.

Ao executar o sistema, a página index será apresentada, oferecendo um link para a página protegida, que
direcionará para a tela de autenticação quando o usuário não estiver logado, ou abrirá a página
normalmente com o usuário logado, além de um link para efetuar o logout.

A tela inicial do sistema, representada por index, pode ser observada a seguir.

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Tela inicial do sistema com OAuth 2.0.

Também precisamos criar a página protegido.jsp, no diretório jsps, de acordo com o código a seguir. Devido
às configurações de segurança, só poderá ser acessada por um usuário já autenticado no sistema.

Html
content_copy

1 <%@page contentType="text/html" pageEncoding="UTF-8"%>


2 <!DOCTYPE html>
3 <html>
4 <link rel="stylesheet" href="https://maxcdn.bootstrapcdn.com/bootstrap/3
5 <body>
6 <div class="jumbotron text-center">
7 <h1>Página Protegida</h1>
8 <p>Se está vendo isso é porque está logado</p>
9 <div class="list-group">
10 <a href="/index" class="list-group-item active">
11 Página Inicial</a>
12 </div>
13 </div>
14 </body>

Código de página de interface.

Uma página simples, contendo um título, uma pequena mensagem, e um link para a tela inicial do sistema,
como pode ser observada a seguir.

Tela protegida através de OAuth 2.0.

Como passo final, definiremos a classe principal, com o nome MeuTesteOAuthApp, contendo o código a
seguir. A localização da nova classe não terá impactos sobre a compilação, mas é sugerido o pacote
unesa.meutesteoauth.

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Java
content_copy
1 @SpringBootApplication
2 @ComponentScan(basePackages = "unesa")
3 public class MeuTesteOAuthApp {
4 public static void main(String[] args) {
5 SpringApplication.run(MeuTesteOAuthApp.class, args);
6 }

Código de criação de uma classe principal.

Agora, vamos selecionar nossa classe principal, clicando com o botão direito sobre o projeto e escolhendo a
opção Properties. Em seguida, navegamos até a opção run, clicamos em Browse e selecionamos
unesa.meutesteoauth.MeuTesteOAuthApp.

Seleção da classe principal no projeto com autenticação OAuth 2.0.

Só falta executar o projeto, abrir o navegador no endereço http://localhost:8080, e utilizar as


funcionalidades relacionadas à autenticação via OAuth 2.0.

video_library
Autenticação com OAuth 2.0
Confira agora os princípios da autenticação com OAuth 2.0, demonstrando sua utilização pelo framework
Spring.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.


Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1

Criptografia é um ferramental essencial para o sigilo de dados, mas como temos utilizações
diferenciadas para cada tipo de informação, os processos criptográficos disponíveis adotam diferentes
estratégias de funcionamento. Por exemplo, o algoritmo 3DES caracteriza-se por ser um processo
reversível, onde a mesma chave, normalmente denominada Secret Key, é utilizada para criptografar e
para recuperar os dados originais, segundo um processo conhecido como:

A Criptografia assimétrica

B Codificação simples

C Assinatura digital

D Criptografia simétrica

E Criptografia destrutiva

Parabéns! A alternativa D está correta.


A criptografia simétrica é aquela na qual utilizamos a mesma chave para criptografar e para recuperar
os dados. Quando trabalhamos com criptografia assimétrica, temos a chave pública, utilizada para
criptografar e verificar assinaturas, e a chave privada, para recuperar os dados e assinar um pacote

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(assinatura digital). Já a codificação simples não envolve chaves, mas apenas um processo reversível,
enquanto a criptografia destrutiva não permite a recuperação dos dados.

Questão 2

Ao definirmos um Web Service do tipo REST, oferecemos diversas funcionalidades, a partir de


endereços e métodos HTTP específicos, mas nem todos os endereços devem ser disponibilizados para
o público em geral. Em um primeiro nível de segurança, podemos solicitar a autenticação do usuário,
mas mesmo os usuários do sistema podem ter restrições de acesso para algumas das funcionalidades,
o que nos faz trabalhar com processos de autorização., onde a forma mais comum é o uso de perfis de
utilização. Qual método de HttpSecurity permite definir o acesso ao endereço apenas para
determinados perfis?

A hasRole

B authorizeRequests

C permitAll

D roles

E authenticated

Parabéns! A alternativa A está correta.


Através do método hasHole, temos a exigência de um perfil específico para o acesso a determinados
endereços, enquanto permitAll define o acesso livre para os endereços. Toda a cadeia é iniciada com
authorizeRequests, onde authenticated é aplicado a endereços que devem ser acessados com
autenticação, sendo comum o uso de anyRequest, para que inicialmente todos os endereços exijam
autenticação. Já o método roles não pertence a HttpSecurity, e sim a UserDetails, definindo o conjunto
de perfis utilizados por determinado usuário.

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Considerações finais
No atual mercado de desenvolvimento, o tempo de resposta, em termos de implementação, é primordial,
algo que pode ser observado nas metodologias ágeis, como Scrum e XP, e a utilização de ferramentas de
produtividade, como o framework Spring, se tornou essencial para cumprir os prazos extremamente curtos,
mas ainda assim garantindo a qualidade necessária.

Com base no Spring, a construção de um sistema Web na arquitetura MVC acaba se tornando uma tarefa
extremamente simples, onde o uso de anotações para definição de controladores e rotas, bem como para a
captura de dados da requisição, se traduz no aumento de produtividade ao definir a camada de controle do
sistema. Aliado à estrutura do sistema, temos ainda recursos como o Spring Data, onde o mapeamento
objeto-relacional se reduz à definição de interfaces.

Não menos importante, a comunicação com dispositivos móveis, no modelo B2C, padronizou o uso de Web
Services do tipo REST, e o mesmo modelo da camada de controle do Spring pode ser utilizado agora para
criar uma camada de serviço, com dados no formato JSON.

Finalmente, tanto na utilização de controladores, em um sistema Web, quanto na definição de uma camada
de serviços REST, devemos poder restringir o acesso a alguns recursos, e o Spring Security fornece todo o
ferramental necessário para ações de autenticação e autorização.

headset
Podcast
Ouça agora um resumo dos recursos do framework Spring, devendo ser abordados os módulos Spring Web,
Spring Data e Spring Security, bem como sua utilização para a definição de controles e serviços, incluindo
elementos de autenticação e autorização.

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Referências
BOAGLIO, F. SPRING BOOT. 1. ed. São Paulo: Casa do Código, 2017.

BURKE, B.; MONSON, R. ENTERPRISE JAVA BEANS 3.0. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2007.

COSMINA, I.; HARROP, R.; SCHAEFER, C.; HO, C. PRO SPRING. 5. ed. USA: Apress, 2017.

DEITEL, H.; DEITEL, P. JAVA, como programar. 10. ed. São Paulo: Pearson, 2016.

JOHNSON, R. et al. Spring Framework Reference Documentation. 4.0.0.RC2. Consultado na internet em: 30
mar. 2022.

PATEL, N. SPRING 5.0 PROJECTS. 1. ed. Reino Unido: Packt Publishing, 2019.

SPILCA, L. SPRING SECURITY IN ACTION. 1. ed. USA: Manning, 2020.

TURNQUIST, G. LEARNING SPRING BOOT 2.0. 2. ed. Reino Unido: Packt Publishing, 2017.

VARANASI, B.; BELIDA, S. SPRING REST. 1. ed. USA: Apress, 2021.

WALLS, C. SPRING IN ACTION. 5. ed. USA: Manning, 2018.

ZOCHIO, M. Introdução à criptografia. 1. ed. São Paulo: Novatec, 2016.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ti/03592/index.html# 81/82
10/04/2023, 21:17 Camada de controle - serviços

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Confira agora as indicações que separamos especialmente para você!

Verifique a documentação Spring Tutorial, oferecida pela Editora Baeldung, com uma excelente trilha de
aprendizagem para o framework Spring.

Verifique a documentação Spring Tutorial – Spring Core Framework Tutorials, oferecida pelo Journal Dev,
com ótimas referências e exemplos acerca do Spring.

Pesquise o guia Building a RESTful Web Service, na documentação oficial do Spring, com todos os passos
necessários para a criação de Web Services RESTful com Spring.

Pesquise o guia Spring Boot and OAuth2, na documentação oficial do Spring, com os passos necessários
para utilização de OAuth 2.0 em sistemas com Spring Boot.

Pesquise o guia Spring Security na documentação oficial do Spring, descrevendo a estrutura que permite
fornecer autenticação e autorização para aplicativos Java.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ti/03592/index.html# 82/82

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