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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Mecanismos discursivos em textos do livro do aluno: caso de Língua Portuguesa –


7ªclasse.

Lucrencia Pedro Barraça: 41210838

Maxixe, Setembro, 2023


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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Mecanismos discursivos em textos do livro do aluno: caso de Língua


Portuguesa – 7ªclasse.

Trabalho de Campo a ser


submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em Ensino
de Português da UnISCED.

Tutor: Isaías Mate

Lucrencia Pedro Barraça: 41210838

Maxixe, Setembro, 2023

Índice

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Introdução..........................................................................................................................4

Objectivos do trabalho.......................................................................................................4

Objectivo geral...............................................................................................................4

Objectivos Específicos:..................................................................................................4

Metodologia...................................................................................................................4

Mecanismos discursivos....................................................................................................5

1. Marcadores discursivos..........................................................................................5

2. Modalização...........................................................................................................5

3. Deixis......................................................................................................................5

4. Anáfora e catáfora..................................................................................................5

Mecanismos discursivos em textos do livro do aluno: caso de Língua Portuguesa –


7ªclasse..............................................................................................................................5

Marcadores Discursivos: funções textuais e internacionais..........................................5

Formas discursivas usadas nos textos do livro do aluno da 7ª classe................................8

Considerações Finais.........................................................................................................9

Referências bibliográficas...............................................................................................10

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Introdução
O presente trabalho de campo têm como tema de Mecanismos discursivos em textos do
livro do aluno: caso de Língua Portuguesa – 7ªclasse, onde veremos que os mecanismos
discursivos como um todo são tidos como são ferramentas linguísticas que ajudam a
estruturar o discurso e a estabelecer relações entre diferentes partes do texto ou entre os
interlocutores, de salientar que eles são essenciais para a coerência e a coesão do
discurso. Na questão específica da 7ª classe quanto aos mecanismos, nota se que há uma
ausência de consenso terminológico, pois é possível encontrar, referindo-se a esses
mecanismos, expressões como marcadores conversacionais, operadores discursivos,
marcadores de estruturação da conversação, apoios do discurso.

Objectivos do trabalho
Objectivo geral
 Analisar os Mecanismos discursivos em textos do livro do aluno: caso de Língua
Portuguesa – 7ªclasse.

Objectivos Específicos:
 Explicar os mecanismos discursivos
 Estudar Mecanismos discursivos em textos do livro do aluno: caso de Língua
Portuguesa – 7ªclasse;
 Ilustras as formas discursivas usadas nos textos do livro do aluno da 7ª classe

Metodologia
A concepção deste trabalho de campo esteve directamente ligada ao uso correcto das
técnicas de investigação aprendidas na disciplina de MIC respectivamente:

 Uso das referências bibliográficas recomendadas;


 Consulta de manuais da disciplina;
 Uso de artigos científicos com base na internet.

Segundo Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e


técnicos utilizados para atingir o conhecimento.

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Mecanismos discursivos

Os mecanismos discursivos são ferramentas linguísticas que ajudam a estruturar o


discurso e a estabelecer relações entre diferentes partes do texto ou entre os
interlocutores. Eles são essenciais para a coerência e a coesão do discurso. Aqui estão
alguns exemplos:

1. Marcadores discursivos: São palavras ou expressões que estabelecem relações


lógicas entre as ideias, como “no entanto”, “além disso”, “por outro lado”, etc.
2. Modalização: Refere-se à maneira como o falante expressa sua atitude em
relação ao que está sendo dito, seja através de verbos modais (como “poder”,
“dever” “querer”), seja através de outros meios linguísticos.
3. Deixis: É um mecanismo que permite ao falante apontar para algo no contexto
da conversa. Isso pode ser feito através de pronomes demonstrativos (como
“este”, “aquele”), advérbios de lugar (como “aqui”, “lá”) ou verbos de
movimento (como “vir”, “ir”).
4. Anáfora e catáfora: São mecanismos que se referem ao uso de pronomes ou
outras palavras para se referir a algo mencionado anteriormente (anáfora) ou que
será mencionado posteriormente (catáfora) no discurso.

Esses são apenas alguns exemplos dos muitos mecanismos discursivos que existem na
linguagem. Eles desempenham um papel crucial na comunicação eficaz e na
compreensão do discurso.

Mecanismos discursivos em textos do livro do aluno: caso de Língua Portuguesa –


7ªclasse
Nos textos de português da 7ª classe sobre o assunto dos mecanismos, nota se que há
uma ausência de consenso terminológico, pois é possível encontrar, referindo-se a esses
mecanismos, expressões como marcadores conversacionais, operadores discursivos,
marcadores de estruturação da conversação, apoios do discurso etc.

Marcadores Discursivos: funções textuais e internacionais


Podemos observar, em diferentes autores, uma distribuição geral dos marcadores
discursivos em dois grupos, um integrado mais estreitamente aos componentes
ideacional e textual, e outro, ao componente interpessoal do sistema linguístico

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(Halliday, 1978), os quais identifico aqui como “funções textuais” e “funções
interacionais”, respectivamente.

Risso et al. (1996, p.55) apresentam a seguinte propriedade dentre o conjunto de traços
que definem como núcleo piloto na delimitação dos marcadores discursivos:

Como mecanismos verbais da enunciação, atuam no plano da enunciação textual-


interativa, com funções normalmente distribuídas entre a projeção das relações
interpessoais quando o foco funcional não está no sequenciamento de partes do texto e a
proeminência da articulação textual quando a dominante deixa de estar no eixo da
interação.

O mecanismo discursivo dos textos de língua portuguesa da 7ª classe é também


gramaticalmente funcional: expressões que não podem ser analisadas como orações nem
como fragmentos de orações e que podem estar sozinhas, ou preceder, seguir, e até
mesmo interromper uma oração, estando associadas a ela de forma mais frouxa do que
os constituintes que fazem parte.

Os moderadores discursivos exercem funções textuais quando atuam na organização do


conteúdo informacional do discurso. Nesse caso, integram-se aos componentes
ideacional e textual da linguagem, operando num nível hierarquicamente superior ao da
sentença.

Funcionam como mecanismos de coesão textual, estabelecendo algum tipo de relação


semântica, e, às vezes, quase puramente estrutural, entre diferentes unidades
discursivas. Propiciam, por exemplo, abertura, expansão, retomada e fechamento de
tópicos e distinção de estruturas de figura e fundo.

Algumas formas típicas que realizam essa função são: depois, então, agora, no entanto,
e também, mas, mesmo, etc. Os moderadores discursivos exercem funções interacionais
quando atuam no processamento da interação conversacional, quando cumprem alguma
função advinda diretamente da relação face a face entre os interlocutores, integrando,
portanto, o componente interpessoal da linguagem.

Como os moderadores do discurso textuais, os marcadores interacionais não são


constituintes sentenciais, são exteriores ao conteúdo proposicional e sintaticamente
independentes de suas unidades adjacentes. Algumas formas típicas são: claro, olha, viu,
entendes, ya, hummm..., ish etc.

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Há uma forte tendência para os marcadores do discurso desempenharem
simultaneamente uma função textual e uma função interacional. Embora em alguns
casos seja difícil constatar isso, a simultaneidade de funções é um traço característico
dos moderadores linguísticos.

Risso et al. (op. cit.) mostram que essa relação pode se dar de três formas diferentes:

1. com predominância de uma das funções, que é a situação mais frequente;


2. com expressão forte das duas funções;
3. com uso fracamente expressivo de ambas as funções ...

A sensibilidade a morfologia da língua é fundamental para o desenvolvimento do


conhecimento ortográfico. Desta forma um dos passos que tem que se ter em conta ao
falarmos dos moderadores linguísticos é o recurso contante da língua portuguesa desde
os primeiros anos escolares até a conclusão do nível básico.

O professor deve compreender os esforços dos alunos no sentido de perfeição a nível


dos mecanismos linguísticos mesmo existindo situações de dificuldades nesta matéria.
Deve considerar que a apropriação do sistema de escrita é um processo evolutivo no
qual o leitor vai elaborando hipóteses ou ideias a respeito do que é a interpretação de
textos, as quais revelam diferentes graus de conhecimento que estão sendo moldados.
Ocorrem também nos textos do livro de português da 7ª classe situações em que as
expressões não claras quanto ao tipo de marcador discursivo empregue.

A escola deve implementar metodologias de leitura e interpretação de textos, incentivar


a prática a leitura para suprir dificuldades relacionados com a frágil fundamentação
teórica e prática dos seus alunos. A leitura é um objecto particular que participa das
propriedades de linguagem enquanto objecto social, mas que possui uma consistência e
uma permanência.

É precisamente esta característica de objetividade de existência que se prolonga ate ao


acto da interpretação exaustiva. Porém a interpretação é uma tarefa conceitual e se bem
que necessário a existência de modelos enquanto ocasião do desenvolvimento do
processo cognitivo.

Os alunos apresentam dificuldades na interpretação que demostram de certa forma as


diferenças culturais ente os autores dos textos e os alunos-leitor. Porém, é possível
também haver professor na 7ª classe

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Formas discursivas usadas nos textos do livro do aluno da 7ª classe
Levando em consideração o nosso objecto de análise, podemos dizer que nos textos que
contam no livro da 7ª classe encontramos duas formações discursivas diferentes:

 De um lado, os autores com o papel de informar o interlocutor sobre um


determinado assunto, como é o caso de Notícias e reportagem, de persuadir aos
leitores, como é o caso de anúncio, ou mesmo de dar atenção aos leitores como é o
caso de avisos; assim, os autores usam todos os possíveis meios de forma positiva,
para que, esses “textos” checam aos seus objectivos.

Todos os argumentos dos autores, presentes nos diferentes textos levam à conclusão de
que o eixo da “escrita” e “Oralidade”, atende às demandas educacionais em destaque em
nosso tempo.

Para Orlandi (2012, p. 28, cit. em Apinagé, Santos e Leite, s/d), “Os sentidos – sempre
aí em seu movimento de produzir rupturas, acontecimentos – não estão, no entanto,
jamais soltos (desligados, livres), eles estão administrados (geridos)”.

 Por outro lado, os avaliadores, na posição de avaliar o livro e informar aos seus
interlocutores as características pedagógicas da obra, têm a função de assinalar seus
pontos fortes e suas limitações. Para isso, eles revelam os possíveis pontos positivos
e negativos do material em análise, e é aí que encontramos os pontos discrepantes
entre ambos.

Essa configuração é constitutiva para a AD, pois, como explica Orlandi (2012, cit. em
Apinagé, Santos e Leite, s/d), “as palavras não significam por si, mas pelas pessoas que
as falam, ou pela posição que ocupam os que falam. Sendo assim, os sentidos são
aqueles que a gente consegue produzir no confronto do poder das diferentes falas”. Há,
também, outros factores que são constitutivos dos discursos como, por exemplo, o
mecanismo da Antecipação e da relação de forças.

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Considerações Finais
Terminada a pesquisa deste trabalho de campo que pretendia fazer um estudo sobre
mecanismos discursivos em textos do livro do aluno: caso de Língua Portuguesa – 7ª
classe concluí que quanto a análise dos Mecanismos discursivos patente em textos desse
livro, fomos verificar que os autores usam linguagem simples e subjectiva que de certa
forma adopta o nível de conhecimento de alunos que cursam aquela classe. Os autores
ao escreverem os textos vem com o intuito de informar, convencer, tomar atenção aos
leitores em relação a um certo aspecto.

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Referências bibliográficas
ORLANDI, Eni. Análise de Discurso: princípios & procedimentos.7. ed. Campinas:
Pontes Editores, 2007

Da Silva, J. B. (s/d). Os mecanismos linguísticos-cognitivos na produção escrita.


UNINTER

GUEDES, P. C. Da redação à produção textual: o ensino da escrita. São Paulo:


Parábola, 2009. KOCH, I. V. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto,
2003.

MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A.P.;


MACHADO, A.B.; BEZERRA, M.A. Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2002.

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