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Política Linguística
Política Linguística
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Índice
Introdução...............................................................................................................................4
Objectivos do trabalho............................................................................................................4
Metodologia............................................................................................................................4
Política Linguística.................................................................................................................5
Planificação Linguística..........................................................................................................5
Considerações Finais...............................................................................................................9
Referências bibliográficas.....................................................................................................10
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Introdução
Objectivos do trabalho
Objectivo Geral:
Objectivos Específicos:
Metodologia
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Política Linguística
A política linguística consiste num corpo de ideias, leis, regulamentos, regras e práticas que
visa materializar uma pretendida mudança linguística numa determinada comunidade de
falantes. Ou, como, perante uma audiência sobretudo de educadores, Luís Bernardo
Honwana (2011) magistralmente procurava definir o conceito para o caso moçambicano e
talvez não só, recorrendo a enfoques de natureza ideológica e histórica:
Por seu turno, a planificação linguística, outrora conhecida por ‘engenharia linguística’,
consiste num conjunto de actividades que visa conceber mudanças linguísticas numa
determinada comunidade, e cuja intenção, ao nível das autoridades competentes, assenta na
manutenção da ordem civil, na preservação da identidade cultural e no melhoramento da
comunicação (Lopes, 2002: 19).
Planificação Linguística
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Política e planificação linguística de Moçambique.
Além desta Declaração, recorde-se que na secção II, relativa ao ensino, o artigo 23. ° da
Declaração Universal dos Direitos Linguísticos estatui que:
Veja-se:
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Este refere, ainda, que a atribuição de direitos e de estatuto de línguas oficiais às línguas
bantu seria um caminho adequado e um dos primeiros passos para a revitalização e
promoção explícita destas línguas, num enquadramento orientado para a manutenção.
Lopes (1997), Firmino (2002) e Lindonde (2005) referem que as línguas autóctones
constituem parte do processo de construção da ‘nação estado’ e agem como indicadores
mais salientes na simbologia da identidade étnica; são repositórios da herança cultural
moçambicana; têm o mesmo valor e são capazes de exprimir quaisquer pensamentos e
conceitos; têm os mesmos direitos e podem ser utilizadas em vários domínios, incluindo na
educação. Todavia, não acontecendo, implica condenar à exclusão social, cultural,
económica, uma grande camada da sociedade ou negar a sua tradição, a sua história e a sua
cultura.
Nesta ordem de ideias, Liphola (s/d) considera que dissociar o sistema de educação dos
papéis estabelecidos pela comunidade a que o indivíduo se integra é uma espécie de
destruição de uma das bases em que assentam as diversas políticas de desenvolvimento, já
que as línguas moçambicanas garantem a integração do indivíduo na sua comunidade.
Por seu turno, Gundane (2010) propõe um modelo de ensino bilingue na alfabetização em
que o processo de ensino e aprendizagem é feito, quer em Xichangana, quer em Português,
e, a partir de Vygotsky (1962), encara a alfabetização como uma necessidade de
aprendizagem relacionada com contexto social e cultural. Este autor reitera que a
alfabetização numa língua conhecida é mais vantajosa e um bom caminho especificamente
para comunidades camponesas do que numa segunda língua (L2) pouco conhecida.
Por isso, no seu trabalho, Macaringue (2014) mostra que as políticas que Moçambique
adoptou depois da independência sequenciaram as políticas linguísticas do governo colonial
português na vertente de massificação da língua portuguesa, porém, com algumas
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adaptações, tendo em conta os papéis multifuncionais que oficialmente foram atribuídas ao
Português, como são os casos de língua oficial, de unidade nacional, de instrução e de
construção do Estado Nação, o que fez com que as línguas bantu fossem silenciadas.
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Considerações Finais
Após o término da pesquisa do presente trabalho que pretendia fazer um estudo sobre as
Política e planificação linguística de Moçambique conclui que a política linguística vigente
não está direcionada para a realidade linguística do país, ao mesmo tempo que não está
alinhada com a formação de uma sociedade letrada, limitando-se apenas à alfabetização.
Uma política linguística efetiva, para Moçambique, seria aquela que priorizaria um
planejamento linguístico e não apenas uma política propriamente dita. Quanto a
planificação linguística compreendeu-se ela mantém laços estreitos de relacionamento com
o campo da linguística social, que estuda as forças sociais que influenciam a mudança
linguística e os tipos de mudança motivados pelas forças sociais
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Referências bibliográficas
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