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Manual de Direito Aplicado Ao Marketing-2023
Manual de Direito Aplicado Ao Marketing-2023
MANUAL DE DIREITO
APLICADO AO MARKETING
SOYO -2023
1
APRESENTAÇÃO
Muito Obrigado!
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ÍNDÍCE
CAPÍTULO I. BREVE INTRODUÇÃO AO DIREITO ................................................................. 6
1.1. Etimologia da palavra Direito ............................................................................................. 6
1.2. Conceito de Direito .............................................................................................................. 6
1.3. Sentidos do termo “Direito” ................................................................................................ 6
1.4. O homem como ser eminentemente social ..................................................................... 7
1.5. A necessidade do Direito na sociedade ........................................................................... 8
1.6. Fontes do Direito.................................................................................................................. 8
1.6.1 Fontes imediatas ou directas: ...................................................................................... 8
1.6.2 Fontes mediatas ou indirectas: ................................................................................... 9
1.7 Os Ramos do Direito .......................................................................................................... 10
1.7.1 Direito Público: ............................................................................................................. 10
1.7.2 Direito Privado .............................................................................................................. 10
1.8. Ordens sociais normativas ............................................................................................... 11
1.9. A relação jurídica ............................................................................................................... 12
1.10. Actos jurídicos .................................................................................................................. 13
1.11. Aplicação da Lei no Tempo e no espaço..................................................................... 14
CAPÍTULO II. REGIME JURÍDICO DA PUBLICIDADE. ........................................................ 16
2.1 Direito da Publicidade ........................................................................................................ 16
2.2 Conceito de Publicidade .................................................................................................... 17
2.3 Publicidade e propaganda ................................................................................................. 18
2.4 Marketing e Publicidade..................................................................................................... 18
2.5 Relações jurídico-publicitárias .......................................................................................... 19
2.6 Princípios gerais da publicidade ....................................................................................... 20
2.7 Publicidade enganosa ........................................................................................................ 22
2.8 Publicidade oculta ou dissimulada ................................................................................... 22
2.9 Restrições ao conteúdo e objecto da mensagem.......................................................... 23
2.9.1 Restrições ao conteúdo .............................................................................................. 24
2.9.2 Restrições ao Objecto da Publicidade ..................................................................... 24
2.10 Contratos publicitários ..................................................................................................... 26
CAPÍTULO III. A TUTELA DOS DIREITOS DE AUTOR NA OBRA PUBLICITÁRIA ...... 29
3.1 Direitos Autorais .................................................................................................................. 29
3. 2 Obra publicitária ................................................................................................................. 31
3.3 Direitos do Autor na obra publicitária............................................................................... 32
CAPÍTULO IV.O DIREITO DO CONSUMIDOR ....................................................................... 33
4.1 Direito do consumidor ................................................................................................... 33
4.2 Relação de consumo.......................................................................................................... 33
4.3 Defesa dos direitos do consumidor .................................................................................. 34
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4.4 Práticas comerciais desleais ............................................................................................. 35
4.5 Relevância contratual de mensagens publicitárias e rótulos ....................................... 40
4.6 Cláusulas contratuais abusivas ........................................................................................ 41
4.7 Contratos celebrados à distância e fora do estabelecimento ..................................... 42
4.8 Venda de bens de consumo ............................................................................................. 43
4.8.1 Classificação dos bens de consumo ........................................................................ 44
4.9 Responsabilidade objectiva do produtor ......................................................................... 45
4.10 Regime jurídico da fixação de preços ........................................................................... 46
4.11 Meios de tutela .................................................................................................................. 46
CAPÍTULO V. WEB-MARKETING E REGIME JURÍDICO DO COMÉRCIO
ELETRÓNICO. .............................................................................................................................. 47
5.1 Marketing Digital ................................................................................................................. 47
5.2 Regime Juridico do Comércio Electrónico ...................................................................... 48
5.3 Prestadores de serviços. ................................................................................................... 49
5.4 SPAM. ................................................................................................................................... 50
5.4.1 Tipos .............................................................................................................................. 51
5.4.2 Meios de envio ............................................................................................................. 52
5.5 Proteção dos consumidores nos contratos celebrados através da Internet.............. 52
1.5.1 Direitos básicos do consumidor: ............................................................................... 54
1.5.2 Os riscos que os consumidores estão expostos em compras pela internet ...... 54
CAPÍTULO VI. A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS ..................................................... 56
6.1 Dados pessoais ................................................................................................................... 56
6.2 Dados pessoais sensíveis ................................................................................................. 56
6.3 Tratamento de dados pessoais ........................................................................................ 56
6.4 Protecção de dados Pessoais .......................................................................................... 57
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 58
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INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO I. BREVE INTRODUÇÃO AO DIREITO
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Direito Positivo: compreende o conjunto de regras ou normas jurídicas em vigor
num determinado país. É o Direito objectivamente estabelecido e encontrado em
leis, códigos, tratados internacionais, decretos, regulamentos, costumes, etc. é o
Direito cuja existência não é contestada por ninguém.
O Direito Natural e o Direito Positivo, constituem duas ordens distintas, mas que
possuem recíproca convergência. O Direito Natural revela ao legislador os
princípios fundamentais de proteção ao homem, que forçosamente deverão ser
consagrados pela legislação, a fim de que se obtenha um ordenamento jurídico
substancialmente justo.
Na Grécia Antiga, o Homem tomara consciência de que a sua vida social (política)
lhe conferia uma condição superior à Natureza (mineral, vegetal, animal).
Aristóteles dizia que “o Homem, mais do que qualquer outro animal que viva em
enxames ou rebanhos, é, por natureza, um animal social.
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b) Concepção contratualista da sociedade: Segundo autores como Jhon Locke,
Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau, a origem da sociedade baseia-se no
contrato social. Pare eles, a vida do Homem em sociedade não era natural, mas
antes resultava de um acordo de vontades entre os homens. Defendem que, antes
de viverem em sociedade, os homens viviam num estado pré-social ou “estado de
natureza” (status naturalis), caracterizado por uma vida solitária e errante, sem
vínculo comunitário, sem leis nem autoridade.
Por esse contrato social os homens criam um ente regulador da vida em sociedade
tendo em vista o bem comum, surgindo, desta forma, o Estado1 e, com ele, as
normas que constituem o Direito (normas jurídicas).
Na Antiguidade se dizia que onde existe o Homem existe Sociedade (ubi homo, ibi
societas). Mas também se dizia que onde houver Sociedade haverá Direito (ubi
societas, ibi ius).
Lei: para dirimir uma questão submetida à apreciação do Poder Judicial, a primeira
fonte de que se lança mão é a lei. Em Angola o Direito é escrito, a lei assume papel
de suma importância, figurando como a principal fonte do Direito. A "Lei é uma
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regra geral, que, emana de autoridade (estadual) competente, é imposta,
coactivamente, à obediência de todos sem exclusão de ninguém.
Para que um costume seja reconhecido como fonte de Direito deve reunir
determinados requisitos.
a) que seja contínuo (factos esporádicos, que se verificam vez por outra não
são considerados costumes);
b) que seja constante (a repetição dos factos deve ser efectiva, sem dúvidas,
sem alteração);
c) que seja moral (o costume não pode contrariar a moral ou os bons hábitos,
não pode ser imoral);
d) que seja obrigatório, isto é, que não seja facultativo, sujeito a vontade das
partes interessadas"
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Jurisprudência: A Jurisprudência é o resultado da actividade jurisdicional,
atribuída aos magistrados por força da jurisdição. A Jurisprudência evidencia-se,
pois, através de regras gerais que se extraem das reiteradas decisões de tribunais
(em geral, de maior hierarquia) num mesmo sentido, numa mesma direcção
interpretativa. Sempre que uma questão é decidida reiteradamente no mesmo
modo surge a jurisprudência.
Como fonte indirecta do Direito, não vincula o juiz, mas costuma dar a este
importantes subsídios na solução de cada caso. para efeitos de consideração
ulterior no julgamento de casos semelhantes submetidos a outros tribunais de igual
ou menor nível. Com efeito, as sentenças ou acórdãos dos tribunais superiores
sobre determinados casos servem de referência no julgamento de casos idênticos,
contribuindo para uma interpretação e aplicação uniformes (ou tendencialmente
uniformes) das normas jurídicas
versa sobre as relações dos indivíduos entre si, tendo na supletividade de seus
preceitos a nota característica, isto é, vigora apenas enquanto a vontade dos
interessados não disponha de modo diferente que o previsto pelo legislador.
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Quando falamos em Direito privado, estamos falando sobre a área que se relaciona
com ações de interesse privado, como patrimônio familiar e sucessões etc. São
áreas do Direito privado: o Direito Civil, Direito Empresarial, Direito do Trabalho e
Direito do Consumidor.
Exemplos práticos
Para melhor compreensão destes dois ramos de Direito, tomemos dois exemplos:
Exemplo 1: Supondo-se que o salário mínimo é fixado como obrigatório por lei,
imagine-se um contrato de trabalho pelo qual trabalhador e empresário
convencionam que o primeiro ganhará 2/3 do salário mínimo, visto que ele não tem
mulher nem filho. É válido o acordo? Obviamente, não. O patrão terá que pagar de
qualquer forma o salário mínimo, por se tratar de uma norma de ordem pública. de
protecção ao trabalhador.
Exemplo 2: Um cidadão recebe por empréstimo, 2 sacos de arroz, a lei diz (Código
Civil) diz que este é obrigado a restituir esse género, na qualidade e quantidade
recebidas. No entanto, quem emprestou aceita que o devedor faça a devolução em
sacos de milho. É válido o acordo? Sim, porque aqui estamos no terreno do Direito
Privado, onde o particular pode exigir ou deixar de exigir o cumprimento da lei.
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b) A ordem religiosa – são aquelas que emanam de alguma autoridade religiosa ,
como uma igreja, burocracia sacerdotal ou líder espiritual. Conseqüentemente, eles
são aceitos e praticados por seus membros, a fim de respeitar algum tipo de
princípios místicos ou espirituais, que constituem a doutrina de sua fé, tem por
função regular as condutas humanas em relação a Deus, com base na Fé;
Entende-se, pois, por relação jurídica toda a relação entre pessoas a que a ali
atribui efeitos. Na verdade, qualquer relação da vida social que seja juridicamente
relevante, isto é, a que o direito atribua efeitos constitui relação jurídica em sentido
lato. Será relação jurídica em sentido restrito a relação interpessoal que o Direito
regula através da atribuição de um sujeito de um direito e da imposição a outro de
um dever ou sujeição.
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quando se fala em relação jurídica tem-se em vista, uma relação entre, pelo menos,
dois sujeitos com personalidade jurídica, tendo um deles o poder jurídico de exigir
do outro determinada conduta e este o dever jurídico de sujeitar-se a essa conduta.
Numa relação jurídica, os sujeitos produzem factos ou actos voluntários que têm
determinados efeitos jurídicos. Esses actos ou factos tomam a denominação de
actos jurídicos.
Acto jurídico é, pois, o acto ou facto voluntário que produz efeitos jurídicos.
Exemplo: o matrimónio. A natureza dos efeitos dos actos jurídicos varia consoante
o do acto praticado voluntariamente pelos sujeitos. Assim, se o acto está de acordo
com as normas legais, estamos perante um acto lícito; se, pelo contrário, viola a lei,
estamos face a um acto ilícito. No entanto, quer os actos lícitos quer os ilícitos
produzem efeitos jurídicos, que obviamente se traduzem em diferentes implicações
para os sujeitos.
Negócio Jurídico é, assim, um acto jurídico, em que existe uma ou mais declarações
de vontade prosseguindo um fim prático e determinado, predominantemente de
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natureza económica ou patrimonial, com o propósito de que esse fim seja tutelado
pelo direito (norma). Exs: testamento, compra e venda de um carro.
Em relação à vigência das normas jurídicas no tempo, importa referir que, em regra,
os actos legislativos e normativos começam a aplicar-se e tornam-se obrigatórios a
partir do momento em que entram em vigor na ordem jurídica, podendo
estabelecer-se entretanto um prazo, desde a sua publicação, para que produzam
efeitos. Este prazo é conhecido por “vacatio legis”, podendo ele ser regulado de
duas formas: cada lei aprovada pode determinar um prazo de entrada em vigor
(vacatio legis especial);
Assim como começam a ser aplicadas, as normas jurídicas deixam de ter vigência
ou aplicação no tempo, ou seja, extinguem-se com o tempo os seus efeitos. A
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cessação da vigência das normas jurídicas pode verificar-se por caducidade ou
revogação.
A caducidade é a forma de cessação de vigência das leis pelo decurso tempo (do
respectivo período de eficácia), pelo desaparecimento do objecto ou fim a que se
destina ou em virtude de se tornar obsoleto, insusceptível de regular eficazmente
as situações.
Há revogação expressa, quando a lei nova declara, de forma explícita, que a lei
anterior deixa de vigorar no seu todo ou em parte, indicando, no segundo caso, as
normas jurídicas abrangidas pela revogação.
A revogação das leis pode ainda ser total ou parcial, conforme a lei nova tiver
alterado global ou parcelarmente a lei anterior, respectivamente. Normalmente, as
normas jurídicas aprovadas devem projectar os seus efeitos para o futuro e não
para o passado: é o princípio da irretroactividade das leis e demais normas
jurídicas. No entanto, as normas jurídicas têm, por vezes, eficácia para além dos
limites temporais da sua existência. É assim que, excepcionalmente, os actos
legislativos e normativos podem ter carácter retroactivo, aplicando-se a situações
ou factos ocorridos antes de sua aprovação e publicação.
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CAPÍTULO II. REGIME JURÍDICO DA PUBLICIDADE.
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2.2 Conceito de Publicidade
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2.3 Publicidade e propaganda
No Preço, foca-se nos custos da empresa e nas projeções de lucro, mas também
no perfil do público-alvo, que deve estar disposto a pagar aquele valor, já a Praça
se refere aos locais onde se oferta os produtos, como a loja física ou virtual, bem
como os canais de distribuição e armazenamento; o Produto envolve as estratégias
sobre os atributos tangíveis (cor, forma, embalagem) e intangíveis (qualidade,
reputação, status) do produto; por fim a Promoção que envolve a publicidade.
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A Promoção são todas as estratégias de divulgação do produto para alcançar o
público-alvo. A Publicidade é uma destas estratégias, mas também pode envolver
acções de assessoria de imprensa, relações públicas, patrocínios, entre outras.
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Segundo (Lopes Sousa (2000), O suporte publicitário é a pessoa singular ou
colectiva, de natureza pública ou privada, que ‘se dedica à difusão de publicidade
através dos seus meios de comunicação social’. Esta difusão faz-se, quer por meio
de veículos destinados exclusivamente à comunicação de mensagens publicitárias,
quer através de meios que, paralelamente à sua função informativa, difundem
também o resultado da actividade publicitária. A escolha deve ser feita em função
do público que se quer atingir, por forma a conseguir um maior impacto e eficiência
da campanha publicitária.
Licitude: toda a publicidade deve, pela sua forma, objecto e fim, respeitar os
valores, princípios e instituições fundamentais constitucionalmente consagrados e
protegidos por lei. Trata-se de algumas situações sobre as quais a publicidade não
pode versar. Este princípio constitui ainda uma limitação por exemplo ao uso de
línguas estrangeiras na publicidade efectuada no território nacional.
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publicitário for a rádio ou a televisão, a publicidade deve ser claramente separada
da restante programação, por sinais acústicos ou ópticos. A complementar este
princípio encontramos ainda a proibição da publicidade oculta ou dissimulada
considerada precisamente como aquela em que os destinatários não tomam
consciência da natureza publicitária da mensagem
O conceito de engano é por este motivo, um conceito lato, sendo relevante qualquer
que seja a forma utilizada, ou seja, o engano (ou a suscetibilidade de indução em
erro) pode derivar de afirmações, como de omissões.
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Na sociedade pós-moderna, há o aprisionamento do sujeito frente às diversas
técnicas de persuasão utilizadas no mercado, as quais nem sempre são pautadas
em métodos transparentes e leais. As organizações usam tácticas que realizam
verdadeiros constrangimentos morais e psicológicos, a fim de criar falsas
necessidades e seduzir o consumidor.
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2.9.1 Restrições ao conteúdo
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estabelecimentos de ensino, hospitalares, de caridade e similares, bem como em
publicações, programas ou actividades especialmente destinadas a menores.
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de sigilo. Nessa parte é crucial determinar as regras gerais para que o serviço
aconteça sem conflitos.
A maior parte das disputas judiciais ocorre em decorrência desse item. Assim
sendo, quanto mais claras estiverem as suas descrições, menos dúvidas o
contratante terá e menos problemas você vai enfrentar.
g) Condições de pagamento
Todas essas questões devem ser descritas nessa parte. Sem falar que também é
recomendado determinar um prazo mínimo para que a contratante avise a
contratada que não vai mais querer os serviços e definir regras para a rescisão,
como o pagamento de 10% do valor acordado no momento em que o negócio foi
fechado.
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CAPÍTULO III. A TUTELA DOS DIREITOS DE AUTOR NA OBRA PUBLICITÁRIA
Mas, sabe-se que existem pessoas imbuídas de má-fé, que procuram apropriar-se
de bens e direitos alheios, fazendo surgir conflitos de interesses e disputas de
direitos. Assim, se o autor pretender assegurar o seu direito contra o abuso ou uso
indevido deste direito por parte de terceiros, deverá registá-lo. Porque a lei
estabelece que, para efeitos constitutivos, declarativos ou de publicidade, é exigível
o registo para conferir eficácia aos direitos, e constitui meio probatório da
titularidade dos direitos de autor e conexos o documento autêntico passado pelo
órgão competente pela gestão administrativa de Direitos de Autor e Conexos (n.º 2
e 3 do art. 25.º), que, actualmente, é a Direcção Nacional dos Direitos de Autor e
Conexos, no Ministério da Cultura.
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razões apuradas sobre a baixa utilização de algumas modalidades de Propriedade
Intelectual decorrem de um conjunto de factores: ausência de estratégias
empresariais; desconhecimento da utilidade e importância das matérias; ausência
de políticas públicas concretas de fomento e incentivo à inovação tecnológica; e a
inexistência de actividades de pesquisa e desenvolvimento.
Existe muitos tipos de obras qualificaveis para proteção de direitos autorais, por
exemplo: obras audiovisuais, como programas de TV, filmes e vídeos on-line;
gravações de áudio e composições musicais; obras escritas, como palestras,
artigos, livros e composições musicais; obras visuais, como pinturas, cartazes e
anúncios; videogames e softwares de computador; obras dramáticas, como peças
e musicais.
Pode-se de forma legal, usar-se conteúdo de uma obra protegida por direitos
autorais, os detentores dos direitos autorais têm o direito de controlar a maioria dos
usos das próprias obras. Em algumas circunstâncias, é possível usar uma obra
protegida sem infringir os direitos autorais, alguns detentores de direitos autorais
disponibilizam as próprias obras para reutilização não remunerada, com alguns
requisitos. Em alguns casos, você pode usar o conteúdo de uma obra protegida por
direitos autorais sem a permissão do detentor. Isso ocorre porque alguns usos de
obras protegidas por direitos autorais são considerados "uso aceitável" ou podem
se enquadrar em uma limitação ou exceção da lei de direitos autorais, como o
tratamento aceitável
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3. 2 Obra publicitária
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3.3 Direitos do Autor na obra publicitária
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CAPÍTULO IV.O DIREITO DO CONSUMIDOR
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Sendo assim, os estabelecimentos comerciais devem ter um livro de reclamações
para que os direitos dos consumidores possam ser reclamados, por clientes.
Além disso, essa vulnerabilidade pode ser aplicada às empresas, se elas forem as
destinatárias finais dos produtos ou serviços. A certificação dessa condição pode
acontecer de três formas distintas: técnica, jurídica ou econômica.
A defesa do consumidor não se baseia apenas na punição dos que praticam actos
ilícitos e violam os direitos do consumidor, como também na conscientização dos
consumidores de seus direitos e deveres e conscientizar os fabricantes,
fornecedores e prestadores de serviços sobre suas obrigações demonstrando que
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agindo corretamente eles respeitam o consumidor e ampliam seu mercado de
consumo contribuindo para o desenvolvimento do país.
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É possível decompor esta definição nos seguintes elementos: 1) Prática comercial;
2) Desconformidade da prática à diligência profissional; 3) Efeito ou
susceptibilidade de distorcer de maneira substancial o comportamento económico
do consumidor seu destinatário ou de afectar este relativamente a certo bem ou
serviço.
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conseguinte, a tomar uma decisão de transacção que não teria tomado de outro
modo”. Este requisito estabelece que “o carácter leal ou desleal da prática
comercial é aferido utilizando-se como referência o consumidor médio, ou o
membro médio de um grupo, quando a prática comercial for destinada a um
determinado grupo de consumidores”. A utilização deste critério do consumidor
médio tem vindo, porém, a ser objecto de críticas, por se considerar que os
profissionais não devem poder exonerar-se invocando a especial ingenuidade ou
credulidade de alguns consumidores.
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de conduzir o consumidor a tomar uma decisão de transacção que não teria tomado
de outro modo.
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solicitando o pagamento, dando ao consumidor a impressão de já ter encomendado
o bem ou serviço comercializado, quando tal não aconteceu;
Apesar da sua disciplina legal, permanece ainda uma certa benevolência perante a
puublicidade, que motiva uma “consciência jurídica generalizada de que se trata,
até certo ponto, de uma conversa de vendedor desta tolerância são as palavras de
Adalberto Pasqualotto, o homem não ignora a fantasia, também vive dela e,
segundo os padrões normais, sabe separá-la da realidade.
As mensagens publicitárias podem habitar esse mundo onírico desde que não
enganassem o público no essencial, naquilo que possam conter de suficientemente
preciso onde o autor simultaneamente introduz como limites a objectividade e
veracidade. Tolerar contratos viciados por erro ou dolo, não proteger a boa-fé e a
confiança legítimas criadas pela publicidade no consumidor e permitir a publicidade
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enganosa são na clara perspetiva de Calvão da Silva os perigos que advém de não
reconhecer importância ou valor jurídico à publicidade, por contraponto à justiça,
integridade do consentimento e efetividade do direito à informação do consumidor.
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de direitos; b) subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga
nos casos previstos pela lei, transfira resposnabilidades à terceiros, estabeleçam
obrigações consideradas iníquias e abusivas que coloquem o consumidor em
desvantagens exageradas ou sejam incompativeis com a boa fé e a equidade,
estabeleçam inversão do onus da prova em prejuizo do consumidor, determinem
a utulização compulsoria arbitragem, imponham representante para concluir ou
realizar outro negocio juridico pelo consumidor., deixem ao fornecedor a opção de
concluir ou não o contracto em bora obrigando o consumidor.
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regime jurídico dos contratos celebrados à distância, tendo presente o nível e o
volume das aquisições de bens e serviços através da Internet.
Segundo a teoria econômica, um bem é tudo aquilo que tem uma utilidade e pode
satisfazer a uma necessidade, sendo tipicamente algo tangível, o que diferencia os
bens dos serviços de forma geral. Exemplo, carro, guarda-chuva, maquinário,
parafuso
Os bens econômicos são tantos e tão variados que foi preciso criar uma
classificação para eles. Assim, temos os bens de produção, de capital, de consumo,
os bens duráveis e não duráveis, respectivamente produzidos pelas indústrias de
base, indústrias intermediárias e indústrias leves.
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Bens de consumo: os bens de consumo são bens finais, diretos, que completaram
o ciclo de produção e são efectivamente utilizados pelos indivíduos e pelas famílias.
Ou seja, são produtos finais vendidos directamente ao consumidor.
As indústrias leves são as responsáveis pela produção dos bens de consumo, que
podem ser divididos em: Bens de consumo duráveis: São aqueles que podem ser
utilizados por períodos longos, como automóveis, móveis, eletrodomésticos,
roupas, etc. Bens de consumo não-duráveis: São os bens de consumo destinados
à utilização imediata, sendo os alimentos os melhores exemplos.
Já os bens de consumo não-duráveis são os que possuem uma vida útil menor.
Estes são produzidos para um consumo mais imediato, com um tempo menor de
duração, alguns exemplos de bens de consumo não-duráveis são: Alimentos;
Cosméticos; Medicamentos; e Perfumes.
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4.9 Responsabilidade objectiva do produtor
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4.10 Regime jurídico da fixação de preços
Os meios de tutela são entendidos como instrumentos que o consumidor tem para
poder recorrer aos órgãos judiciais (tribunais), com a finalidade de proteger e
salvaguardar o seu direito que está a ser violado ou que foi violado e possuem
garantia constitucional.
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CAPÍTULO V. WEB-MARKETING E REGIME JURÍDICO DO COMÉRCIO
ELETRÓNICO.
O marketing digital tem sido um grande aliado das empresas, onde a internet é
utilizada como uma ferramenta de diálogo entre organizações e consumidores,
tornando-se assim um diferencial competitivo. Esta é uma forma das empresas se
fazerem presentes nos negócios focando a utilização das mídias sociais para
estabelecer um contato direto e transparente com os clientes, com o intuito de
conhecer e se aproximar do seu público-alvo, mantendo-se a frente das
concorrentes, tornando assim um diferencial competitivo.
Limeira (2010) diante desse contexto leciona que há uma grande probabilidade das
empresas adoptarem o marketing digital como uma tática competitiva, consagrando
o mesmo como uma oportunidade de negócio e consequentemente uma vantagem
competitiva para ganhar e manter clientes, através do grande avanço tecnológico
da informação, comunicação e principalmente da internet. Permite-se assim uma
maior aproximação entre empresa e clientes, onde a empresa procura atender
demanda dos clientes possibilitando a customização e personalização dos serviços
ofertados, delimitando produto ou serviços que melhor atendam as necessidades e
desejos, tendo um papel ativo na escolha final, que resulta numa maior fidelização.
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5.2 Regime Juridico do Comércio Electrónico
Significa dizer que é uma relação de consumo sem o contato direto do consumidor
com o fornecedor do bem ou serviço, ou seja, é um negócio jurídico celebrado à
distância, e a ferramenta utilizada nesse tipo de transação vai desde um telefone
até um computador.
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Segundo a Angop (31.01.22) O Ministério da Indústria e Comércio de Angola
(Mindcom) vai submeter à consulta pública a proposta do regulamento sobre
supervisão do Comércio Electrónico no país, a fim de promover segurança e
eficiência de resposta das infra-estruturas do mercado cibernético.
Essa proposta de regulamento, que pode evoluir para uma lei - admite o Mindcom,
resulta do facto de a legislação existente no país não ser precisa, relativamente ao
Comércio Electrónico e por abordar de forma genérica a situação da economia
digital.
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Dma: Como uma agência moderna e de serviço completo, a Digital Marketing
Angola combina as melhores qualidades de marketing e publicidade digital
e tradicional para atingir seus objetivos com eficiência. Postura Global: A Postura
Global Angola é uma empresa de direito Angolano vocacionada para a área de
desenvolvimento. Xbytes: A Xbytes Soluções é uma empresa angolana que opera
no mercado das tecnologias de informação e marketing digital. Kuenda: A Kuenda
Digital é uma renomada agência de marketing com mais de quatro anos de
experiência em ajudar empresas a atrair, conquistar e fidelizar clientes através da
internet. YO: A YO!Angola Marketing e Projetos é uma agência especializada em
estratégias inovadoras de marketing no amplo sentido do segmento.Papaya: uma
equipa de profissionais, com valências em diferentes áreas dentro do Marketing
Digital, Produção de Conteúdo, Desenvolvimento de Web.
5.4 SPAM.
Em Angola não existe propriamente uma Lei que regula esta matéria em concreto
sobre SPAM, por isso não é considerado crime. De acordo com o Site SNN, é o
mais menos infectado pelo SPAM. Esta noticia, que dá conta dum mapa mundo
com a taxa de infecção via Malware/SPAM, onde Angola esbanja segurança se
compararmos com países como a Russia, Brasil ou mesmo Portugal.
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5.4.1 Tipos
Boatos (hoaxes): O termo hoax está associado a histórias falsas, escritas com o
intuito de alarmar ou iludir aqueles que a leem e instigar sua divulgação o mais
rapidamente e para o maior número de pessoas possível.
51
5.4.2 Meios de envio
Mas para conseguir entender quais os direitos que podem ser transgredidos nas
compras virtuais se faz necessário compreender quem pode ser conceituado como
consumidor e quais direitos goza. A lei de Defesa do Consumidor, conceitua
consumidor como “toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final”. Esse destinatário final pode ser todo aquele que
consome o produto ou faz uso do serviço, ou seja, qualquer individuo com poder
de compra para adquirir algo.
Nas palavras de Nunes (pág.124, 2018), portanto “há, por isso, uma clara
preocupação com bens típicos de consumo, fabricados em série, levados ao
mercado numa rede de distribuição, com ofertas sendo feitas por meio de dezenas
de veículos de comunicação”, para que alguma pessoa em certo e oportuno
momento os adquira. Essa preocupação revela nas linhas do próprio LDC que o
consumidor se torna a parte mais frágil e indefesa nessa relação de consumo,
sendo exposta a diversas fraudes e instigada ao erro com propagandas enganosas.
Nunes (pág. 130, 2018) narra a distinção entre quem seja o consumidor que será
protegido pela Lei de Defesa do Consumidor:
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1.5.1 Direitos básicos do consumidor:
Tratando de compras pela internet não há distinção entre direitos. Todos são
inerentes aos consumidores devendo ser respeitados pelos fornecedores de
produtos ou serviços.
Podemos considerar que esse tipo de prática como abusiva, “Ocorre a lesão
quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a
prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta”. Nesse
caso é possível a revisão do valor para o cliente.
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CAPÍTULO VI. A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS
Dados pessoais que tenham sido tornados anónimos de modo a que a pessoa não
seja ou deixe de ser identificável deixam de ser considerados dados pessoais. Para
que os dados sejam verdadeiramente anonimizados, a anonimização tem de ser
irreversível.
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titular, pelo seu representante legal, em situação de incapacidade; Execução de
missão de interesse público; Prossecução de interesses legítimos do responsável.
Os titulares dos dados, tem Direitos tais como: informação, acesso, rectificação
cancelamento, oposição, segurança segredo.
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BIBLIOGRAFIA
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