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Fasciculo de Direito Aplicado Ao Marketing
Fasciculo de Direito Aplicado Ao Marketing
MANUAL DE DIREITO
APLICADO AO MARKETING
SOYO -2023
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APRESENTAÇÃO
Muito Obrigado!
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ÍNDÍCE
CAPÍTULO I. BREVE INTRODUÇÃO AO DIREITO.................................................................6
1.1. Etimologia da palavra Direito............................................................................................6
1.2. Conceito de Direito.............................................................................................................6
1.3. Sentidos do termo “Direito”................................................................................................6
1.4. O homem como ser eminentemente social.....................................................................7
1.5. A necessidade do Direito na sociedade...........................................................................8
1.6. Fontes do Direito.................................................................................................................8
1.6.1 Fontes imediatas ou directas:.....................................................................................8
1.6.2 Fontes mediatas ou indirectas:...................................................................................9
1.7 Os Ramos do Direito.........................................................................................................10
1.7.1 Direito Público:............................................................................................................10
1.7.2 Direito Privado.............................................................................................................10
1.8. Ordens sociais normativas..............................................................................................11
1.9. A relação jurídica..............................................................................................................12
1.10. Actos jurídicos.................................................................................................................13
1.11. Aplicação da Lei no Tempo e no espaço....................................................................14
CAPÍTULO II. REGIME JURÍDICO DA PUBLICIDADE.........................................................16
2.1 Direito da Publicidade........................................................................................................16
2.2 Conceito de Publicidade...................................................................................................17
2.3 Publicidade e propaganda................................................................................................18
2.4 Marketing e Publicidade....................................................................................................18
2.5 Relações jurídico-publicitárias..........................................................................................19
2.6 Princípios gerais da publicidade......................................................................................20
2.7 Publicidade enganosa.......................................................................................................22
2.8 Publicidade oculta ou dissimulada...................................................................................22
2.9 Restrições ao conteúdo e objecto da mensagem..........................................................23
2.9.1 Restrições ao conteúdo.............................................................................................24
2.9.2 Restrições ao Objecto da Publicidade.....................................................................24
2.10 Contratos publicitários.....................................................................................................26
CAPÍTULO III. A TUTELA DOS DIREITOS DE AUTOR NA OBRA PUBLICITÁRIA.......29
3.1 Direitos Autorais.................................................................................................................29
3. 2 Obra publicitária................................................................................................................31
3.3 Direitos do Autor na obra publicitária..............................................................................32
CAPÍTULO IV.O DIREITO DO CONSUMIDOR.......................................................................33
4.1 Direito do consumidor..................................................................................................33
4.2 Relação de consumo.........................................................................................................33
3
4.3 Defesa dos direitos do consumidor.................................................................................34
4.4 Práticas comerciais desleais............................................................................................35
4.5 Relevância contratual de mensagens publicitárias e rótulos.......................................40
4.6 Cláusulas contratuais abusivas........................................................................................41
4.7 Contratos celebrados à distância e fora do estabelecimento.....................................42
4.8 Venda de bens de consumo.............................................................................................43
4.8.1 Classificação dos bens de consumo........................................................................44
4.9 Responsabilidade objectiva do produtor.........................................................................45
4.10 Regime jurídico da fixação de preços...........................................................................46
4.11 Meios de tutela.................................................................................................................46
CAPÍTULO V. WEB-MARKETING E REGIME JURÍDICO DO COMÉRCIO
ELETRÓNICO..............................................................................................................................47
5.1 Marketing Digital.................................................................................................................47
5.2 Regime Juridico do Comércio Electrónico......................................................................48
5.3 Prestadores de serviços....................................................................................................49
5.4 SPAM...................................................................................................................................50
5.4.1 Tipos.............................................................................................................................51
5.4.2 Meios de envio............................................................................................................52
5.5 Proteção dos consumidores nos contratos celebrados através da Internet..............52
1.5.1 Direitos básicos do consumidor:...............................................................................54
1.5.2 Os riscos que os consumidores estão expostos em compras pela internet.......54
CAPÍTULO VI. A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS.....................................................56
6.1 Dados pessoais..................................................................................................................56
6.2 Dados pessoais sensíveis................................................................................................56
6.3 Tratamento de dados pessoais........................................................................................56
6.4 Protecção de dados Pessoais..........................................................................................57
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................58
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INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO I. BREVE INTRODUÇÃO AO DIREITO
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Exemplo: direito à vida, direito à integridade física, direito ao bom nome e a
privacidade, etc.
O Direito Natural e o Direito Positivo, constituem duas ordens distintas, mas que
possuem recíproca convergência. O Direito Natural revela ao legislador os
princípios fundamentais de proteção ao homem, que forçosamente deverão ser
consagrados pela legislação, a fim de que se obtenha um ordenamento jurídico
substancialmente justo.
Na Grécia Antiga, o Homem tomara consciência de que a sua vida social (política)
lhe conferia uma condição superior à Natureza (mineral, vegetal, animal).
Aristóteles dizia que “o Homem, mais do que qualquer outro animal que viva em
enxames ou rebanhos, é, por natureza, um animal social.
Na Antiguidade se dizia que onde existe o Homem existe Sociedade (ubi homo,
ibi societas). Mas também se dizia que onde houver Sociedade haverá Direito (ubi
societas, ibi ius).
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A "Lei é uma regra geral, que, emana de autoridade (estadual) competente, é
imposta, coactivamente, à obediência de todos sem exclusão de ninguém.
Para que um costume seja reconhecido como fonte de Direito deve reunir
determinados requisitos.
a) que seja contínuo (factos esporádicos, que se verificam vez por outra não
são considerados costumes);
b) que seja constante (a repetição dos factos deve ser efectiva, sem
dúvidas, sem alteração);
c) que seja moral (o costume não pode contrariar a moral ou os bons
hábitos, não pode ser imoral);
d) que seja obrigatório, isto é, que não seja facultativo, sujeito a vontade das
partes interessadas"
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e reflexões teóricas e de princípios metodicamente expostos, analisados e
sustentados pelos autores, tratadistas, jurisconsultos, no estudo das leis.
Como fonte indirecta do Direito, não vincula o juiz, mas costuma dar a este
importantes subsídios na solução de cada caso. para efeitos de consideração
ulterior no julgamento de casos semelhantes submetidos a outros tribunais de
igual ou menor nível. Com efeito, as sentenças ou acórdãos dos tribunais
superiores sobre determinados casos servem de referência no julgamento de
casos idênticos, contribuindo para uma interpretação e aplicação uniformes (ou
tendencialmente uniformes) das normas jurídicas
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versa sobre as relações dos indivíduos entre si, tendo na supletividade de seus
preceitos a nota característica, isto é, vigora apenas enquanto a vontade dos
interessados não disponha de modo diferente que o previsto pelo legislador.
Exemplos práticos
Para melhor compreensão destes dois ramos de Direito, tomemos dois exemplos:
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roubar poderá ser moralmente condenável, mas será um acto indiferente perante
o Direito.
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b) A ordem religiosa – são aquelas que emanam de alguma autoridade
religiosa , como uma igreja, burocracia sacerdotal ou líder espiritual.
Conseqüentemente, eles são aceitos e praticados por seus membros, a fim de
respeitar algum tipo de princípios místicos ou espirituais, que constituem a
doutrina de sua fé, tem por função regular as condutas humanas em relação a
Deus, com base na Fé;
Entende-se, pois, por relação jurídica toda a relação entre pessoas a que a ali
atribui efeitos. Na verdade, qualquer relação da vida social que seja juridicamente
relevante, isto é, a que o direito atribua efeitos constitui relação jurídica em
sentido lato. Será relação jurídica em sentido restrito a relação interpessoal que o
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Direito regula através da atribuição de um sujeito de um direito e da imposição a
outro de um dever ou sujeição.
quando se fala em relação jurídica tem-se em vista, uma relação entre, pelo
menos, dois sujeitos com personalidade jurídica, tendo um deles o poder jurídico
de exigir do outro determinada conduta e este o dever jurídico de sujeitar-se a
essa conduta.
Numa relação jurídica, os sujeitos produzem factos ou actos voluntários que têm
determinados efeitos jurídicos. Esses actos ou factos tomam a denominação de
actos jurídicos.
Acto jurídico é, pois, o acto ou facto voluntário que produz efeitos jurídicos.
Exemplo: o matrimónio. A natureza dos efeitos dos actos jurídicos varia
consoante o do acto praticado voluntariamente pelos sujeitos. Assim, se o acto
está de acordo com as normas legais, estamos perante um acto lícito; se, pelo
contrário, viola a lei, estamos face a um acto ilícito. No entanto, quer os actos
lícitos quer os ilícitos produzem efeitos jurídicos, que obviamente se traduzem em
diferentes implicações para os sujeitos.
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produzam efeitos. Este prazo é conhecido por “vacatio legis”, podendo ele ser
regulado de duas formas: cada lei aprovada pode determinar um prazo de entrada
em vigor (vacatio legis especial);
Assim como começam a ser aplicadas, as normas jurídicas deixam de ter vigência
ou aplicação no tempo, ou seja, extinguem-se com o tempo os seus efeitos. A
cessação da vigência das normas jurídicas pode verificar-se por caducidade ou
revogação.
Há revogação expressa, quando a lei nova declara, de forma explícita, que a lei
anterior deixa de vigorar no seu todo ou em parte, indicando, no segundo caso, as
normas jurídicas abrangidas pela revogação.
A revogação das leis pode ainda ser total ou parcial, conforme a lei nova tiver
alterado global ou parcelarmente a lei anterior, respectivamente. Normalmente, as
normas jurídicas aprovadas devem projectar os seus efeitos para o futuro e não
para o passado: é o princípio da irretroactividade das leis e demais normas
jurídicas. No entanto, as normas jurídicas têm, por vezes, eficácia para além dos
limites temporais da sua existência. É assim que, excepcionalmente, os actos
legislativos e normativos podem ter carácter retroactivo, aplicando-se a situações
ou factos ocorridos antes de sua aprovação e publicação.
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Quanto à vigência das normas jurídicas no espaço, vigora o princípio básico da
territorialidade, isto é, a lei é ditada para reger no território de um determinado
Estado. Todavia, em determinadas situações, as normas jurídicas podem ter um
alcance maior em termos de aplicação espacial, casos em que se revestem da
característica de extraterritorialidade, ou seja, podem aplicar-se a cidadãos ou
organizações que se encontrem fora do território do Estado em questão.
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A intervenção do Direito na actividade publicitária prossegue um duplo objetivo
concreto: Por um lado, a criação de regras obrigatórias tendo em vista a
proteção dos interesses e expectativas dos consumidores, mas por outro,
visa-se também a proteção do interesse das empresas.
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marketing, e o equilíbrio entre eles faz uma marca se fortalecer junto ao seu
público-alvo.
No Preço, foca-se nos custos da empresa e nas projeções de lucro, mas também
no perfil do público-alvo, que deve estar disposto a pagar aquele valor, já a Praça
se refere aos locais onde se oferta os produtos, como a loja física ou virtual, bem
como os canais de distribuição e armazenamento; o Produto envolve as
estratégias sobre os atributos tangíveis (cor, forma, embalagem) e intangíveis
(qualidade, reputação, status) do produto; por fim a Promoção que envolve a
publicidade.
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O profissional, pessoa singular, e a agência, pessoa coletiva, actuam, no cenário
publicitário, por conta do anunciante, criando, executando e controlando toda a
campanha publicitária e contratando determinado suporte publicitário para
veicular a mensagem. O anunciante não se pode intrometer nas competências
técnicas utilizadas pelo profissional ou agência ao longo do seu trabalho, não
sendo também garantidos quaisquer resultados comerciais ou rendimentos
relativamente à campanha. No entanto, a agência, ou profissional, compromete-
se a cumprir o contracto, sendo o critério de avaliação a diligência que teria uma
pessoa média, colocada nas mesmas circunstâncias de actuação. O profissional
ou agência respondem civilmente, em caso de incumprimento.
Licitude: toda a publicidade deve, pela sua forma, objecto e fim, respeitar os
valores, princípios e instituições fundamentais constitucionalmente consagrados e
protegidos por lei. Trata-se de algumas situações sobre as quais a publicidade
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não pode versar. Este princípio constitui ainda uma limitação por exemplo ao uso
de línguas estrangeiras na publicidade efectuada no território nacional.
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consumidor e fisgá-lo para que acompanhe a campanha publicitária, até que seja
revelado o produto final, em razão do seu formato.
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Publicidade testemunhal: a publicidade testemunhal deve integrar depoimentos
personalizados, genuínos e comparáveis, ligados à experiência do deponente ou
de quem ele represente, sendo admitido o depoimento personalizado, desde que
não seja atribuído a uma testemunha especialmente qualificada, designadamente
em razão de uso de uniformes, fardas, vestimentas características de
determinadas profissões.
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técnicas destinadas a profissionais de saúde. O serviço privado de saúde pode
publicitar a sua actividade, desde que não atente contra o disposto no número
anterior e respeite as normas sanitárias em vigor.
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Esse instrumento traz mais garantia e segurança tanto para a empresa
contratada quanto para a contratante. Afinal, ele oferece respaldo para solucionar
qualquer problema que possa aparecer no decorrer do processo criativo, por
exemplo. Por meio das cláusulas determinadas no documento, pode-se entender
qual a melhor decisão a ser tomada diante de um impasse. È necessário que no
contracto publicitário se faça constar os seguintes itens:
A maior parte das disputas judiciais ocorre em decorrência desse item. Assim
sendo, quanto mais claras estiverem as suas descrições, menos dúvidas o
contratante terá e menos problemas você vai enfrentar.
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desenvolvimento de um serviço pode conter os serviços de gerenciamento de
redes sociais, por exemplo.
g) Condições de pagamento
Todas essas questões devem ser descritas nessa parte. Sem falar que também é
recomendado determinar um prazo mínimo para que a contratante avise a
contratada que não vai mais querer os serviços e definir regras para a rescisão,
como o pagamento de 10% do valor acordado no momento em que o negócio foi
fechado.
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resguardada quanto à garantia de remuneração, principalmente no que se refere
aos valores dos serviços realizados.
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CAPÍTULO III. A TUTELA DOS DIREITOS DE AUTOR NA OBRA
PUBLICITÁRIA
Mas, sabe-se que existem pessoas imbuídas de má-fé, que procuram apropriar-
se de bens e direitos alheios, fazendo surgir conflitos de interesses e disputas de
direitos. Assim, se o autor pretender assegurar o seu direito contra o abuso ou
uso indevido deste direito por parte de terceiros, deverá registá-lo. Porque a lei
estabelece que, para efeitos constitutivos, declarativos ou de publicidade, é
exigível o registo para conferir eficácia aos direitos, e constitui meio probatório da
titularidade dos direitos de autor e conexos o documento autêntico passado pelo
órgão competente pela gestão administrativa de Direitos de Autor e Conexos (n.º
2 e 3 do art. 25.º), que, actualmente, é a Direcção Nacional dos Direitos de Autor
e Conexos, no Ministério da Cultura.
Existe muitos tipos de obras qualificaveis para proteção de direitos autorais, por
exemplo: obras audiovisuais, como programas de TV, filmes e vídeos on-line;
gravações de áudio e composições musicais; obras escritas, como palestras,
artigos, livros e composições musicais; obras visuais, como pinturas, cartazes e
anúncios; videogames e softwares de computador; obras dramáticas, como peças
e musicais.
Pode-se de forma legal, usar-se conteúdo de uma obra protegida por direitos
autorais, os detentores dos direitos autorais têm o direito de controlar a maioria
dos usos das próprias obras. Em algumas circunstâncias, é possível usar uma
obra protegida sem infringir os direitos autorais, alguns detentores de direitos
autorais disponibilizam as próprias obras para reutilização não remunerada, com
alguns requisitos. Em alguns casos, você pode usar o conteúdo de uma obra
protegida por direitos autorais sem a permissão do detentor. Isso ocorre porque
alguns usos de obras protegidas por direitos autorais são considerados "uso
aceitável" ou podem se enquadrar em uma limitação ou exceção da lei de direitos
autorais, como o tratamento aceitável
3. 2 Obra publicitária
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prestadora de serviços em comunicação 'produz idéias e oferece meios
necessários para a concretização dessas idéias,
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CAPÍTULO IV.O DIREITO DO CONSUMIDOR
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Sendo assim, os estabelecimentos comerciais devem ter um livro de reclamações
para que os direitos dos consumidores possam ser reclamados, por clientes.
Além disso, essa vulnerabilidade pode ser aplicada às empresas, se elas forem
as destinatárias finais dos produtos ou serviços. A certificação dessa condição
pode acontecer de três formas distintas: técnica, jurídica ou econômica.
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demonstrando que agindo corretamente eles respeitam o consumidor e ampliam
seu mercado de consumo contribuindo para o desenvolvimento do país.
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É possível decompor esta definição nos seguintes elementos: 1) Prática
comercial; 2) Desconformidade da prática à diligência profissional; 3) Efeito ou
susceptibilidade de distorcer de maneira substancial o comportamento económico
do consumidor seu destinatário ou de afectar este relativamente a certo bem ou
serviço.
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conduzindo-o, por conseguinte, a tomar uma decisão de transacção que não teria
tomado de outro modo”. Este requisito estabelece que “o carácter leal ou desleal
da prática comercial é aferido utilizando-se como referência o consumidor médio,
ou o membro médio de um grupo, quando a prática comercial for destinada a um
determinado grupo de consumidores”. A utilização deste critério do consumidor
médio tem vindo, porém, a ser objecto de críticas, por se considerar que os
profissionais não devem poder exonerar-se invocando a especial ingenuidade ou
credulidade de alguns consumidores.
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Considera agressiva a prática comercial que, devido a assédio, coacção ou
influência indevida, limite ou seja susceptível de limitar significativamente a
liberdade de escolha ou o comportamento do consumidor em relação a um bem
ou serviço, e, por conseguinte, o conduza ou seja susceptível de o conduzir a
tomar uma decisão que de outro modo não teria tomado.
Apesar da sua disciplina legal, permanece ainda uma certa benevolência perante
a puublicidade, que motiva uma “consciência jurídica generalizada de que se
trata, até certo ponto, de uma conversa de vendedor desta tolerância são as
palavras de Adalberto Pasqualotto, o homem não ignora a fantasia, também vive
dela e, segundo os padrões normais, sabe separá-la da realidade.
As mensagens publicitárias podem habitar esse mundo onírico desde que não
enganassem o público no essencial, naquilo que possam conter de
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suficientemente preciso onde o autor simultaneamente introduz como limites a
objectividade e veracidade. Tolerar contratos viciados por erro ou dolo, não
proteger a boa-fé e a confiança legítimas criadas pela publicidade no consumidor
e permitir a publicidade enganosa são na clara perspetiva de Calvão da Silva os
perigos que advém de não reconhecer importância ou valor jurídico à publicidade,
por contraponto à justiça, integridade do consentimento e efetividade do direito à
informação do consumidor.
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indeterminada de destinatários, às quais a contraparte (consumidor) se limita pura
e simplesmente a aderir ou a rejeitar em bloco.
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Os contratos celebrados à distância entre o consumidor e o fornecedor de bens
ou o prestador de serviços sem presença física simultânea de ambos, mediante a
utilização exclusiva de uma ou mais técnicas de comunicação à distância até à
celebração do contracto, são objecto de regras jurídicas próprias no Direito.
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Segundo a teoria econômica, um bem é tudo aquilo que tem uma utilidade e pode
satisfazer a uma necessidade, sendo tipicamente algo tangível, o que diferencia
os bens dos serviços de forma geral. Exemplo, carro, guarda-chuva, maquinário,
parafuso
Os bens econômicos são tantos e tão variados que foi preciso criar uma
classificação para eles. Assim, temos os bens de produção, de capital, de
consumo, os bens duráveis e não duráveis, respectivamente produzidos pelas
indústrias de base, indústrias intermediárias e indústrias leves.
Já os bens de consumo não-duráveis são os que possuem uma vida útil menor.
Estes são produzidos para um consumo mais imediato, com um tempo menor de
duração, alguns exemplos de bens de consumo não-duráveis são: Alimentos;
Cosméticos; Medicamentos; e Perfumes.
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Há ainda economistas que considerem os bens de consumo semiduráveis. Estes
se desgastarão em um tempo menor do que os bens de consumo duráveis, mas
levarão mais tempo para isso do que os não-duráveis. Essa duração irá variar de
acordo com a qualidade da matéria-prima utilizada na fabricação do produto e a
forma como o consumidor o utiliza. As roupas e sapatos fazem parte deste
conjunto. Isso porque elas não são totalmente consumidas tão rapidamente
quanto os alimentos, nem tão vagarosamente quanto um carro, de modo geral.
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No mesmo normativo legal, encontramos os conceitos estruturantes desta
responsabilidade. O conceito de produtor é bastante amplo, devendo ser
estudado o caso em concreto uma vez que podemos estar perante um produtor
real, aparente ou presumido. Em relação ao defeito, a questão central a ser
colocada para a verificação da responsabilidade objetiva é se o produto
defeituoso é ou não seguro.
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Nacional de Defesa do Consumidor, é um Instituto Público destinado a promover
a politica de de salvagiarda dos direitos dos consumidores , bem como coordenar
e executar as medidas tendentesa sua protecção, informação, e educação, e de
apoio as orgasnizações de consumidores. Artigo 35. ( Conselho Nacional do
Consumo, orgão independente de consulta e acção pedagogica e preventiva
exercendo a sua acção em todas as materias relacionadas com o interesse dos
consumidores. Artigo 36 da LDC.
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CAPÍTULO V. WEB-MARKETING E REGIME JURÍDICO DO COMÉRCIO
ELETRÓNICO.
O marketing digital tem sido um grande aliado das empresas, onde a internet é
utilizada como uma ferramenta de diálogo entre organizações e consumidores,
tornando-se assim um diferencial competitivo. Esta é uma forma das empresas se
fazerem presentes nos negócios focando a utilização das mídias sociais para
estabelecer um contato direto e transparente com os clientes, com o intuito de
conhecer e se aproximar do seu público-alvo, mantendo-se a frente das
concorrentes, tornando assim um diferencial competitivo.
Limeira (2010) diante desse contexto leciona que há uma grande probabilidade
das empresas adoptarem o marketing digital como uma tática competitiva,
consagrando o mesmo como uma oportunidade de negócio e consequentemente
uma vantagem competitiva para ganhar e manter clientes, através do grande
avanço tecnológico da informação, comunicação e principalmente da internet.
Permite-se assim uma maior aproximação entre empresa e clientes, onde a
empresa procura atender demanda dos clientes possibilitando a customização e
personalização dos serviços ofertados, delimitando produto ou serviços que
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melhor atendam as necessidades e desejos, tendo um papel ativo na escolha
final, que resulta numa maior fidelização.
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estoque, menor contratação de mão de obra, além de ter os produtos expostos,
entre outras vantagens
Essa proposta de regulamento, que pode evoluir para uma lei - admite o
Mindcom, resulta do facto de a legislação existente no país não ser precisa,
relativamente ao Comércio Electrónico e por abordar de forma genérica a
situação da economia digital.
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Portugal, Moçambique e Cabo Verde. Com uma vasta experiência, o Grupo
ZWELA presta um serviço totalmente integrado de comunicação.
5.4 SPAM.
Em Angola não existe propriamente uma Lei que regula esta matéria em concreto
sobre SPAM, por isso não é considerado crime. De acordo com o Site SNN, é o
mais menos infectado pelo SPAM. Esta noticia, que dá conta dum mapa mundo
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com a taxa de infecção via Malware/SPAM, onde Angola esbanja segurança se
compararmos com países como a Russia, Brasil ou mesmo Portugal.
5.4.1 Tipos
Boatos (hoaxes): O termo hoax está associado a histórias falsas, escritas com o
intuito de alarmar ou iludir aqueles que a leem e instigar sua divulgação o mais
rapidamente e para o maior número de pessoas possível.
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Ofensivos: divulgam conteúdo agressivo e violento, como por exemplo
acusações infundadas contra indivíduos específicos, defesa
de ideologias extremistas, apologia à violência contra
minorias, racismo, xenofobia e abuso sexual de menores.
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essas questões mostrando que muitos que fazem parte do chamado e-commerce
não agem conforme as leis.
Mas para conseguir entender quais os direitos que podem ser transgredidos nas
compras virtuais se faz necessário compreender quem pode ser conceituado
como consumidor e quais direitos goza. A lei de Defesa do Consumidor,
conceitua consumidor como “toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final”. Esse destinatário final pode ser todo
aquele que consome o produto ou faz uso do serviço, ou seja, qualquer individuo
com poder de compra para adquirir algo.
Nas palavras de Nunes (pág.124, 2018), portanto “há, por isso, uma clara
preocupação com bens típicos de consumo, fabricados em série, levados ao
mercado numa rede de distribuição, com ofertas sendo feitas por meio de
dezenas de veículos de comunicação”, para que alguma pessoa em certo e
oportuno momento os adquira. Essa preocupação revela nas linhas do próprio
LDC que o consumidor se torna a parte mais frágil e indefesa nessa relação de
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consumo, sendo exposta a diversas fraudes e instigada ao erro com propagandas
enganosas. Nunes (pág. 130, 2018) narra a distinção entre quem seja o
consumidor que será protegido pela Lei de Defesa do Consumidor:
Tratando de compras pela internet não há distinção entre direitos. Todos são
inerentes aos consumidores devendo ser respeitados pelos fornecedores de
produtos ou serviços.
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coronavírus, o uso da internet se tornou ilimitado e os consumidores passaram a
consumir em grande escala através dela.
Podemos considerar que esse tipo de prática como abusiva, “Ocorre a lesão
quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga
a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta”.
Nesse caso é possível a revisão do valor para o cliente.
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CAPÍTULO VI. A PROTECÇÃO DE DADOS PESSOAIS
Dados pessoais que tenham sido tornados anónimos de modo a que a pessoa
não seja ou deixe de ser identificável deixam de ser considerados dados
pessoais. Para que os dados sejam verdadeiramente anonimizados, a
anonimização tem de ser irreversível.
Os titulares dos dados, tem Direitos tais como: informação, acesso, rectificação
cancelamento, oposição, segurança segredo.
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BIBLIOGRAFIA
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