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DISCIPLINA: PSICOLOGIA EDUCACIONAL

ALUNO(AS):Gabriela André Remour, Lia M R Almeida, Marisa Gonçalves de

Andrade.

PROFESSOR: Maria Vitória Tiepo

CURSO: PSICOLOGIA

A interação entre Psicologia e Educação no Brasil possui raízes profundas


que remontam aos tempos coloniais. Desde essa época, as preocupações com a
educação e a pedagogia já contemplavam aspectos psicológicos, como
aprendizagem, desenvolvimento, motivação e formação da personalidade. No
entanto, foi no século XIX que essa relação começou a se institucionalizar de
maneira mais significativa, especialmente nas escolas normais.

A verdadeira consolidação da relação entre Psicologia e Educação ocorreu no


início do século XX, notadamente com a Reforma Benjamin Constant de 1890. Essa
reforma transformou a disciplina de filosofia em psicologia e lógica, reconhecendo a
importância da psicologia como uma ciência autônoma no Brasil. A partir desse
momento, a interdependência entre a psicologia e a educação se fortaleceu
consideravelmente.

A década de 1930 marcou um marco significativo, já que a psicologia passou


a desempenhar um papel mais proeminente no contexto educacional brasileiro.
Nesse período, a psicologia voltou-se para campos tradicionais de atuação, como a
atuação clínica e a intervenção na organização do trabalho, ambos com fortes

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vínculos com a educação. Além disso, o ensino formal de psicologia estava
frequentemente associado aos cursos de filosofia e pedagogia.

No entanto, nos anos 1960, surgiram críticas à atuação da psicologia na


educação. A utilização indiscriminada de testes psicológicos e interpretações
simplificadas de problemas educacionais tornaram-se motivo de preocupação. A
regulamentação da profissão de psicólogo em 1962 desempenhou um papel
importante na mudança de foco da psicologia escolar. A profissão começou a se
afastar do principal enfoque na educação e direcionou-se cada vez mais para
campos como a clínica e a organização do trabalho.

No entanto, algumas vozes na comunidade psicológica defenderam uma


abordagem mais voltada para o processo pedagógico. Isso exigiu uma crítica à
hipertrofia da psicologia na educação e uma compreensão mais profunda dos
fatores sociais, culturais e pedagógicos envolvidos no processo educativo. A partir
dos anos 1980, uma mudança gradual começou a ocorrer, e a psicologia escolar
passou a se concentrar mais nas relações escolares, promoção e prevenção da
saúde, oferecendo suporte para o desenvolvimento escolar. Essa nova abordagem
demonstrou a necessidade de uma psicologia comprometida com a educação e
capaz de abordar questões educacionais de forma mais integral e interdisciplinar.

Essa evolução histórica demonstra a complexidade da relação entre


Psicologia e Educação no Brasil. Desde suas raízes coloniais até os dias atuais, a
psicologia passou por diversas fases, incluindo o estabelecimento como uma ciência
autônoma, uma mudança de foco para áreas não educacionais e, finalmente, um
retorno à educação, buscando uma abordagem mais holística para lidar com as
complexidades do contexto educacional brasileiro.

Nos tempos coloniais, as preocupações com a educação e a pedagogia já


incorporavam aspectos psicológicos, mesmo que de maneira incipiente. Essa

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tendência se acentuou no século XIX, quando a relação entre psicologia e educação
começou a se institucionalizar, especialmente nas escolas normais, onde a
formação de professores ganhou destaque. No entanto, a verdadeira consolidação
dessa interdependência ocorreu no início do século XX, com a Reforma Benjamin
Constant de 1890, que transformou a disciplina de filosofia em psicologia e lógica,
reconhecendo a psicologia como ciência autônoma no Brasil.

A década de 1930 marcou um ponto crucial, pois a psicologia começou a


desempenhar um papel mais proeminente no cenário educacional brasileiro. Nesse
período, a disciplina expandiu seu escopo de atuação, abrangendo campos como a
atuação clínica e a intervenção na organização do trabalho, ambos com fortes
ligações com a educação. Além disso, o ensino formal de psicologia frequentemente
compartilhava espaços acadêmicos com cursos de filosofia e pedagogia,
aprofundando ainda mais os vínculos entre psicologia e educação.

No entanto, a partir dos anos 1960, surgiram críticas à atuação da psicologia


na educação. A utilização indiscriminada de testes psicológicos e interpretações
simplificadas de problemas educacionais tornaram-se motivo de preocupação. A
regulamentação da profissão de psicólogo em 1962 desempenhou um papel
importante nessa mudança de foco. A profissão passou a se afastar gradualmente
do principal enfoque na educação e direcionou-se cada vez mais para campos como
a clínica e a organização do trabalho, deixando um vácuo no contexto educacional.

No entanto, um grupo de profissionais da psicologia escolar começou a


defender uma abordagem mais voltada para o processo pedagógico. Isso exigiu
uma crítica à hipertrofia da psicologia na educação e uma compreensão mais
profunda dos fatores sociais, culturais e pedagógicos envolvidos no processo
educativo. A partir dos anos 1980, uma mudança gradual começou a ocorrer, e a
psicologia escolar passou a se concentrar mais nas relações escolares, promoção e
prevenção da saúde, oferecendo suporte para o desenvolvimento escolar.

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Em resumo, a relação entre Psicologia e Educação no Brasil é uma narrativa
complexa de evolução e desafios. Desde suas raízes coloniais até os dias atuais, a
psicologia passou por diversas fases, incluindo o estabelecimento como uma ciência
autônoma, uma mudança de foco para áreas não educacionais e, finalmente, um
retorno à educação, buscando uma abordagem mais holística para lidar com as
complexidades do contexto educacional brasileiro. A história dessas interações
reflete não apenas a evolução da disciplina, mas também as transformações na
educação e na sociedade brasileira como um todo.

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