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Aula 3 - Orientações Técnicas
Aula 3 - Orientações Técnicas
Orientações técnicas
Professora Vitoria Nathalia do Nascimento
Psicologia Hospitalar
Situações de
crise e
adoecimento
Natureza e gravidade da situação
História pessoal e experiências anteriores
Repercussões Faixa etária e compreensão da situação,
Objetividade e
para cada Procedimentos necessários e prognóstico,
resolutividade
sujeito e família etc.
“No hospital, o que é
familiar, se desfaz!”
Estudo de Caso
Aguda
• Brusca e inesperada
• Ameaça e risco iminente de vida
• Podem levar à óbito ou recuperação
• Respostas compensatórias e defensivas
Crônica
• Brusca ou lenta
• Permanecem por tempo indeterminado
• Dificilmente terá como fim a cura
• Exigem períodos extensos de adaptação às perdas
• Física ou de funcionamento, dos papeis sociais, sonhos...
• Atenção ao que está acontecendo e
as reações emocionais próprias do
adoecimento, como inconformismo,
negação, passividade ou regressão,
por exemplo.
• Psicóloga(o) busca medidas
terapêuticas baseadas no suporte
emocional, apoio psicológico,
intervenções clínicas breves e focais
que favoreçam reflexões e novos
padrões adaptativos -> validar
sentimentos.
Estudo de Caso
O • objetivo (profissional
observa)
A • análise (hipótese
diagnóstica)
P • plano (terapêutico,
intervenções)
Identificação, data e
local
• Paciente encontra-se lúcido, orientado, sem
alteração do pensamento ou sensopercepção.
No momento, apresenta humor estábvel,
referindo sentimentos positivos com relação a
recuperação do seu quadro clínco. Mostra-se
participativo e colaborativo com seu
tratamento. Mantém investimento em si,
verbalizando planos de futuro. Utiliza-se de
mecanismos de defesa adequados para a
situação. Apresenta bom suporte familiar e
social.
• Conduta: preparação para a alta.
Identificação, data e
local
• Paciente encontra-se lúcido, orientado, sem
alteração do pensamento ou sensopercepção.
No momento, mostra-se com humor
entristecido, reativo ao processo longo de
internação. Apresenta dificuldade de
adaptação ao tratamento, recusando os
procedimentos de enfermagem. Observa-se
recursos de enfrentamento inadequados e
frágil suporte familiar.
• Conduta: incentivar a participação do paciente
no seu processo de recuperação. Orientação a
família quanto ao manejo do paciente.
Identificação, data e
local
• Paciente encontra-se lúcido, orientado,
sem alteração do pensamento ou
sensopercepção. Paciente refere uso de
álcool e drogas desde a adolescência.
Durante o atendimento foram
trabalhadas questões referente a
adesão ao tratamento e
encaminhamento ao CAPS.
• Conduta: manter acompanhamento e
entregar encaminhamento para o
CAPS. Realizar matriciamento com o
serviço.
Filtros se eu fiquei
na dúvida
• O que a pessoa acharia se
você lesse na frente dela?
• O que você falaria para a
equipe se encontrasse?
• Essa informação auxilia no
tratamento dessa pesosa?
• Em casos de violência, é uma
situação atual?
Avaliando alguns registros
Paciente relata infidelidade conjugal antes da descoberta do diagnóstico e
acredita que esteja relacionado a um castigo divino.
Paciente refere sintomas ansiosos e ter pouca clareza sobre o prognóstico.
Paciente relata que não tem sido visitado pela equipe médica.
Paciente não foi encontrado no leito.
Realizado acolhimento e apoio psicológico. Percebe-se esperançoso com o
prognóstico.
Paciente apresenta sintomas depressivos e deve tomar medicação psicotrópica.
Possui rede de apoio presente e protetiva, estando acompanhada pela mãe.
Refere histórico de abuso sexual na infância
Refere episódios atuais de violência doméstica e apresenta hematomas no corpo
Paciente parece preocupado com a doença. Conversar com o paciente e tentar
animá-lo.
https://www.youtube.com/watch?v=-Fdtd5cdUEI
O processo de trabalho
I. Processos de acolhimento
• Diretriz na PNH, como postura ética de todo profissional
• Atenção aos familiares em diversas unidades do hospital
• Demanda “acabe com os problemas”, “resolva os conflitos”
• Recuperar a individualidade do sujeito
II. Processos de acompanhamento
• Intervenção longitudinal, das mudanças que reverberam no sujeito
• Pré e pós-operatório
O processo de trabalho
Os medos e fantasias
frente ao tratamento A participação ativa
que possam aparecer no processo;
e ser expressados;
• Cuidados paliativos e morte • Notificações compulsórias em
• Viver com qualidade de vida; casos de violência
• Realizada pelo médico,
• Recebendo suporte social, profissionais de saúde ou
emocional e espiritual; responsáveis pelo serviço;
• Dar suporte aos familiares e • Realizado em conjunto com
cuidadores demais encaminhamentos e
orientações
Referências
• CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Introdução e Eixo 2 e 3.In: CFP. Referências
técnicas para atuação de psicólogas(os) nos serviços hospitalares do SUS.
Conselhos regionais de psicologia e Centro de Referência técnica em Psicologia e
PolíVcas Públicas 1. Ed. Brasília: 2019.
• MOERSCHBERGER, Mayara Schirmer; CRUZ, Fabiana Rosa da; LANGARO, Fabíola.
Reflexões acerca da éVca e da qualidade dos registros psicológicos em prontuário
eletrônico mulVprofissional. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 20, n. 2, p. 89-100, dez.
2017 . Disponível em
hip://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_ariext&pid=S1516-
08582017000200006&lng=pt&nrm=iso .