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SEMINÁRIO BATISTA LOGOS

MAYARA SANTOS MOTA DE SOUZA

ACONSELHAMENTO BÍBLICO E OS HÁBITOS ESCRAVIZADORES


RESENHA CRÍTICA DO LIVRO HÁBITOS ESCRAVIZADORES

SÃO PAULO
2023
SUMÁRIO

1. Introdução...........................................................................................................................2
1.1. O Propósito do Autor.......................................................................................................2
1.2. A Tese ou Tema do Autor................................................................................................2
2. O Esboço do Livro..............................................................................................................2
3. Análise do Livro.................................................................................................................4
3.1. Áreas Fortes.....................................................................................................................4
3.2. Áreas Fracas.....................................................................................................................4
4. Referências:........................................................................................................................5
1. Introdução

1.1. O Propósito do Autor

Ao escrever este livro, o autor tem como propósito incentivar tanto o


conselheiro bíblico quanto o viciado a fazer um autoexame a luz da palavra,
dado que antes de ajudar alguém, precisamos examinar nossas vidas, e
buscar ser testemunhas de Cristo, não somente em palavras, mas também
em ações.

1.2. A Tese ou Tema do Autor

Somente pelo poder do evangelho podemos ser libertos dos vícios que nos
escravizam.

2. O Esboço do Livro

O livro "Hábitos Escravizadores: Encontrando esperança no poder do


Evangelho" aborda de forma profunda os vícios e comportamentos compulsivos
que afetam negativamente a vida das pessoas. O autor explora as raízes desses
hábitos e a dificuldade em superá-los, fornecendo conselhos práticos para
auxiliar no processo de libertação.

Dentro de uma perspectiva bíblica, a obra não apenas busca ajudar


aqueles que enfrentam vícios, mas também orientar os conselheiros que desejam
apoiar nesse processo. O autor destaca a importância do autoexame, enfatizando
que os conselheiros devem analisar suas próprias vidas antes de ajudar os outros.
Eles devem ser modelos vivos, abertos ao diálogo, livres de julgamentos e ira, e
dispostos a trabalhar em conjunto com a orientação do Espírito Santo para
alcançar a libertação dos viciados.

Por meio de uma abordagem sensível e fundamentada nas Escrituras, o


livro busca oferecer esperança e encorajamento para aqueles que lutam contra
vícios e compulsões, apresentando um caminho de cura e esperança por meio do
poder do Evangelho.

A obra está dividida em três partes significantes. Na primeira parte, o


autor explora o vício sob uma perspectiva teológica, enfatizando a visão bíblica
de que o vício não deve ser encarado como uma doença hereditária inevitável, na
qual os seres humanos estão fadados a uma vida de derrota. Embora reconheça
que certas pessoas possam ser mais propensas a vícios do que outras, o autor
ressalta que a escolha individual desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento desses vícios. Ao buscar a satisfação de desejos por meio do
vício, seja em busca de prazer passageiro ou como forma de escapar de
problemas e dor, o indivíduo se entrega à idolatria, colocando seus próprios
desejos acima de Deus e pecando contra Ele. A Bíblia aborda o vício como uma
manifestação do pecado, como evidenciado no texto citado de Isaías 1.5,6,
ressaltando a importância de abordar o vício de acordo com o contexto geral das
Escrituras, em vez de se basear apenas em textos isolados. O pecado nos
aprisiona e, como Paulo afirmou, nos leva a fazer o que não queremos. Em
termos práticos, o vício não deve ser justificado, mas sim confessado a Deus

Para combater esse vício, é necessário buscar crescimento espiritual por


meio da Palavra de Deus, que serve como nosso guia e resposta para todos os
problemas decorrentes do pecado.

Na segunda parte, são abordados temas teológicos essenciais, refletindo


sobre a postura dos conselheiros diante daqueles que lutam contra o vício. É
fundamental ser sensível ao problema enfrentado pelo indivíduo, oferecendo
exortações respeitosas e amorosas. Deve-se esforçar para ser um bom ouvinte e
criar um ambiente acolhedor, no qual o aconselhado possa compartilhar suas
lutas e medos sem ser julgado. Compreende-se que lidar com esses problemas
não é fácil para familiares e amigos do viciado. Portanto, é necessário buscar
sabedoria em Deus para evitar afastar ainda mais o indivíduo durante o
confronto, pois muitas vezes ele tende a culpar os outros e inventar desculpas, o
que pode gerar compaixão nas pessoas ao seu redor.

Quando a família não sabe como lidar com a situação, é aconselhável


buscar ajuda, seja do pastor, de pessoas confiáveis e sábias, ou até mesmo de
grupos de apoio compostos por pessoas que estão passando por situações
semelhantes. É importante ressaltar que, antes de confrontar o viciado, é preciso
identificar o vício em questão (drogas, álcool, sexo, etc.), o que pode ser
desafiador, uma vez que muitas vezes se trata de um pecado oculto que está
debaixo do nariz de todos sem que percebam. Quando o vício é identificado, é
comum que o viciado negue sua existência.

Caso o viciado seja cristão, é importante seguir a orientação bíblica da


disciplina eclesiástica ao confrontá-lo. Se houver arrependimento, a pessoa foi
reconquistada e é possível iniciar o processo de restauração. Caso ela rejeite esse
processo, deve ser confrontada novamente na presença de duas ou mais
testemunhas, e então o corpo eclesiástico deve ser notificado para que as devidas
medidas sejam tomadas. No caso de um não cristão, a disciplina eclesiástica não
é possível. Nesses casos, assim como nos casos de cristãos, a pessoa deve ser
incentivada com amor a reconsiderar suas escolhas. Em situações mais graves,
podem ser necessárias medidas radicais, como expulsá-la de casa, retirar seu
acesso a recursos financeiros, proibir que ela fique sozinha com os filhos
enquanto estiver dirigindo, ou até mesmo considerar a internação em uma clínica
de reabilitação, dependendo da gravidade da situação e da disposição do viciado
em aceitar ajuda. O autor também aborda sobre a postura do viciado, que deve
abandonar o vício em resposta ao conhecimento e temor do Senhor. Sabendo que
tais práticas se originam pelo pecado, ao aproximar-se de Deus, o viciado tende
a lutar com mais afinco, já que buscará viver de forma que O agrade.
Ele encerra o livro com a terceira parte, onde incentiva o aconselhado e
conselheiro a buscar comunhão, adorando a Deus com outras pessoas,
compartilhando suas lutas e vitórias. Ele ressalta a importância de estar na
companha de pessoas sábias, que os exortarão e incentivarão a estar mais perto
de Deus

3. Análise do Livro

3.1. Áreas Fortes


Ainda que cite o AA, o livro usa como base os ensinamentos bíblicos,
sempre reforçando a origem do vício, que se dá pelo pecado, o qual precisa
ser combatido arduamente. Outro ponto de destaque, é que o livro não é
direcionado somente para o viciado, mas também para o conselheiro,
trazendo encorajamento e sugestões práticas de como lidar com o problema
em questão.

3.2. Áreas Fracas


O autor se aprofunda no vício do alcoolismo. Sabemos que as abordagens
são parecidas, mas seria mais interessante falar sobre outros pecados
escravizadores, como a pornografia, por exemplo.

3.3. Valor do Livro


No geral, "Hábitos Escravizadores: Encontrando esperança no poder do
Evangelho" apresenta uma abordagem abrangente e fundamentada para entender
e lidar com vícios e comportamentos compulsivos. A obra oferece orientações
práticas e incentiva uma abordagem sensível e amorosa para ajudar aqueles que
estão lutando contra essas questões. Com base nas Escrituras, o autor ressalta a
importância da busca espiritual, do autoexame e da confiança no poder do
Evangelho para encontrar esperança, cura e libertação.
4. Referências:

WELCH, Edward t. Hábitos Escravizadores: Encontrando esperança no poder do


evangelho. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: NUTRA Publicações, 2015. 352 p.

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