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C) A restauração da alma não vem por meio de reconhecer nossa necessidade dela. Isso
é o primeiro passo, sem dúvida. Porém, da mesma forma que uma pessoa reconhecer
que tem câncer não resolve o problema; da mesma forma, simplesmente reconhecer que
temos traumas emocionais não é suficiente. Precisamos nos responsabilizar para
procurar uma ajuda, aconselhamento ou tratamento que esteja a altura de nossas
carências.
D) A restauração da alma não é algo que recebemos quando alguém faz uma oração
especial por nós, ainda que essa pessoa tenha dons especiais. A oração de outros
normalmente é indispensável na cura, mas ela também requer a nossa participação.
Repetidas vezes encontramos pessoas que passaram por uma ministração de libertação
ou cura sem ver mudanças significativas. Quando perguntamos, descobrimos que foram
passivas, ficando quietas enquanto que outras pessoas oravam e ministravam. Quando
ministramos de novo, nesta vez a pessoa assumindo um papel ativo, as mudanças após a
ministração são notáveis.
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E) A restauração da alma normalmente não vem em um ou dois encontros, se a pessoa
estiver seriamente ferida ou traumatizada. Requer um processo sério de meses ou anos,
dependendo do trauma da pessoa e a seriedade com a qual ela se entrega a sua
restauração. Às vezes, vem em diferentes etapas, segundo o que estamos prontos a
suportar. Jesus é muito sensível às nossas limitações. É como alguém que vai passar por
uma cirurgia e precisa de um certo nível de saúde para sobreviver. Assim, a pessoa
traumatizada muitas vezes nem reconhece o nível de sua doença emocional, até saber
que tem em Deus, suficiente força para agüentar a cirurgia emocional. Depois de três
anos com os discípulos, Jesus falou “Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o
podem suportar agora” (João 16.12).
Nós temos aprendido a não ministrar cura para pessoas que não tem demonstrado
seriedade quanto à restauração de suas vidas. Apenas ministramos para pessoas em
grupos de apoio, porque quando a ministração é divina, o processo de firmar o que Deus
fez precisa de uma caminhada longa e séria com o apoio de pessoas comprometidas com
a nossa restauração. Normalmente o efeito de uma ministração sem seguimento e apoio
sério acaba sumindo dentro de algumas semanas.
Quais comentários ou perguntas vêm a sua mente ao ler esta definição? Anote suas
idéias e procure uma forma de compartilha-las com alguém, sua família ou um grupo
pequeno.
1. A restauração:
o da esperança daquele que pensou que estava perdido.
o dos propósitos de Deus.
o dos relacionamentos que Ele sempre quis para nós.
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o do amor e alegria pelos quais fomos criados (e para os quais fomos
criados!)
o da imagem de Deus.
o da glória de Deus. Cristo em nós. . . a esperança da glória!
Restauração! Que palavra mais bela. Quantas coisas lindas estão embutidas
nessa única palavra! Glória a Deus! Ele nos tem restaurado. E está nos
restaurando. E nos restaurará completamente quando o virmos face a face!
Feridas profundas que só Deus pode curar, almas que só Ele pode restaurar.
Sublinhe as frases nesta leitura de Isaías 53.2b-5 que expressam que Jesus
participou dos momentos mais terríveis pelos quais você tem passado:
Ele (Jesus) não era bonito nem simpático, nem tinha nenhuma beleza que chamasse a
nossa atenção ou que nos agradasse. Ele foi rejeitado e desprezado por todos; ele
suportou dores e sofrimentos sem fim. Era como alguém que não queremos ver; nós
nem mesmo olhávamos para ele e o desprezávamos. No entanto era o nosso sofrimento
que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando. E nós
pensávamos que era por causa das suas próprias culpas que Deus o estava castigando,
que Deus o estava maltratando e ferindo. Porém ele estava sofrendo por causa dos
nossos pecados, estava sendo castigado por causa das nossas maldades. Nós somos
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curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu.
Isaías 53.2b-5 (BLH)
Encorajamos você a entrar num momento especial de oração expressando para Deus o
que estiver sentindo.
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A Base Bíblica para o Ministério de Restauração
A seguir veremos, de forma resumida e apenas esboçada, três aspectos da base bíblica
quanto ao ministério de restauração:
1. O Antigo Testamento
2. A missão de Jesus Cristo e a Nossa
3. O Ensino de Paulo e Pedro
1. O Antigo Testamento
A. Os nomes de Deus expressam Seu caráter: Jeová-Rafa : “Sou o Senhor que te sara”
(Êx 15.26)
B. “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se
converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados
e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14). Este famoso versículo fala de um processo coletivo de
restauração com quatro elementos do que nós precisamos fazer e que ainda hoje
funcionam; como também três aspectos do amor de Deus para com seu povo que
procura restauração.
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar
boas-novas aos quebrantados, (aos desanimados e aflitos), enviou-me a curar os
quebrantados de coração (os que tem o coração partido), a proclamar libertação aos
cativos (aos presos) e a pôr em liberdade os algemados. Ele me mandou anunciar a
chegada do dia em que o Senhor vai mostrar a todos a sua graça, e também o dia em
que Deus vai Se vingar de Seus inimigos. Ele Me mandou consolar os que estão
chorando, e dar a todos os que estão de luto em Israel, uma bela coroa em vez de
cinzas sobre a cabeça, perfume de alegria em vez de lágrimas de tristeza no rosto,
roupas de festa e louvor em vez de um espírito triste e abatido (angustiado). Porque o
Senhor vai plantar esse povo; eles serão fortes e belos como carvalhos, e darão glória
a Ele. Eles vão reconstruir, edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão
os de antes destruídos, e renovarão as cidades arruinadas, destruídas de geração em
geração (Isaías 61.1-4 – ERA e BV).
D. Existem muitos outros textos no Antigo Testamento que falam sobre restauração.
Diversos deles são citados nos livros: Introdução à Restauração da Alma, Aprofundando
a Cura Interior Através de Grupos de Apoio, Volumes 1 e 2 do David Kornfield, como
indicado no Índice de Versículos ao final desse último livro, inclusive vários do Antigo
Testamento.
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2. A Missão de Jesus Cristo e a Nossa
Daremos continuidade ao assunto vendo a interpretação que Jesus fez de Isaías 61.1-4
em Lucas 4.18, 19 (NVI).
O Espírito do Senhor está sobre mim porque ele me ungiu para pregar boas novas aos
pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos
cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor .
Anote algumas perguntas ou observações quanto às frases que chamam sua atenção. Os
versículos a seguir indicam que esta missão de Jesus não terminou com sua vida ou
morte aqui na terra.
Segundo estes versículos, você tem sido enviado como Jesus foi enviado? Sim/Não.
Jesus foi enviado para cumprir Lc 4.18-19 (e Is 61.1-4). Você também tem essa missão?
Sim/Não
Novamente Jesus disse: “Paz seja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os
envio”. E com isso, soprou sobre eles e disse: “Recebam o Espírito Santo. Se
perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não
estarão perdoados” (João 20.21-23).
Observações:
Tome cinco minutos para escrever o que Deus está dizendo para você em relação a Lc
4.18, 19 e os versículos citados em João acima. Releia todos as três passagens e então
fique quieto para ouvir o que Deus está dizendo. Depois anote o que você está ouvindo
ou as suas reflexões.
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3. O Ensino de Paulo e Pedro
A. O momento da derrota
1. “Sou carnal” (v. 14, ERA). Neste momento a pessoa age como um animal,
dominado por sua carne, satisfazendo seu corpo e os desejos da carne. A
identidade de ser pecador (carnal) é mais real e poderoso do que a nova
identidade em Cristo de ser santo.
2. “Vendido à escravidão do pecado” (v. 14). De forma parecida, um pouco depois,
Paulo diz que ele é “prisioneiro da lei do pecado” ( v. 23). Esta pessoa vive em
escravidão. Ele não tem controle sobre o pecado. O pecado tem controle sobre
ele.
3. “Miserável” (v. 24). Esta pessoa não tem esperança de ser liberta.
B. O momento da vitória
De forma parecida, nós como crentes não estamos mais sob a autoridade do reino de
Satanás, nosso velho exército. Infelizmente, esquecemos disso ou às vezes achamos,
como o povo de Israel no deserto, que seria melhor voltar à velha forma de vida e
acabamos escolhendo o pecado. Mas essa escolha, apesar de errada, não é a mesma
coisa que estar sob a autoridade e domínio do pecado.
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momento: o de sofrimento e fraqueza (8.17-27). Este estudo é elaborado no Manual
para Equipes de Cura Interior, Capítulo 1.
Vejamos com mais detalhes, sete características de alguém que está vivendo neste
terceiro momento, o de sofrimento e fraqueza. Esta pessoa:
Muitas pessoas que passam por este momento (que pode demorar horas, semanas ou
anos) não entendem que existe um terceiro momento da vida cristã. Por entender apenas
dois momentos e saber que não estão no momento vitorioso se julgam derrotados. Mas a
vida de sofrimento e fraqueza descrita em Romanos 8 é parte íntegra da vida no
Espírito. O final de Romanos 8, começando em versículo 28, descreve segredos que
levam alguém que está vivendo este terceiro momento, a ser vitorioso no meio do
mesmo e não apenas quando esse momento passa.
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1. ____ Estou sofrendo (se for muito, coloque um número alto).
2. ____ Estou confiante que a glória de Deus será revelada em mim durante e ao
final de meus sofrimentos.
3. ____ Sinto dor, às vezes sentindo desejo de chorar ou gemer.
4. ____ Tenho esperança, uma ardente e inabalável expectativa de que minha vida
melhorará.
5. ____ Sinto fraqueza.
6. ____ Não sei como orar para superar o sofrimento ou a fraqueza.
7. ____ O Espírito intercede por mim, especialmente por meio de outros irmãos
com quem eu tenho compartilhado minhas fraquezas.
Procure alguém com quem pode compartilhar este estudo e as notas que mais lhe
preocupam na lista acima. Orem juntos, separando tempo para ouvir a Deus no meio
disso.
Cada ano inclui 17 dias de treinamento: dez em três módulos anuais de 3-4 dias no
começo, meio e fim do ano e sete encontros mensais de um sábado oferecido nos
diversos Estados onde MAPI tem coordenadores ou representantes estaduais do
REVER. Um certificado reconhecendo competência como ministro e instrutor de cura
interior é entregue a todos os que participam do treinamento por três anos e
implementam com êxito este ministério em sua igreja.
Abaixo seguem as dicas para enviar uma equipe a fim de iniciar o primeiro ano de
treinamento. Para mais informações, ligue para o MAPI Nacional em São Paulo (11)
5523-2544 ramal 142 ou para o escritório Nacional do REVER em Joinville (47) 3472-
2056.
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Critérios:
1. Kornfield, David;
Introdução à Restauração da Alma,
Editora Sepal.
Este primeiro livro da Série Grupos de Apoio para Pessoas Feridas tem uma
auto-avaliação para iniciar cada capítulo, ajudando assim as pessoas a se
conhecerem como nunca antes e a decidirem, até o final do curso, se precisam
passar para um tratamento maior nos grupos de apoio. Cada capítulo tem livros
comentados, para os que querem se aprofundar mais naquele tema.
2. Kornfield, David;
Aprofundando à Cura Interior Volumes I e II,
Editora Sepal.
Baseado nos Doze Passos de Alcoólatras Anônimos, com estudos bíblicos para
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cada passo. Estes livros formam a base para abrir grupos de apoio na igreja local
sob a supervisão e liderança de uma equipe de ministério de restauração.
3. Kornfield, Débora;
Vítima, Sobrevivente, Vencedor (Perspectivas sobre Abuso Sexual),
Editora Sepal, 2000.
Não existe outra área em que nós conhecemos, que mais destrói a estrutura
interior de uma pessoa. Este livro dá dicas especiais para ajudar
aproximadamente um em sete que tem sofrido abuso
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