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TEXTO PRINCIPAL

“Todas as coisas me são lícitas, mas


nem todas as coisas convêm; todas
as coisas me são lícitas, mas eu não
me deixarei dominar por
nenhuma.” (1 Co 6.12)
RESUMO DA LIÇÃO
A Igreja tem um relevante papel
com o coluna e firmeza da
verdade; e trata do mistério da
piedade, que é a sublime
revelação de Cristo.
1 TIMÓTEO 3.14-16
I) COMPREENDER o propósito de Paulo ao
escrever a Timóteo;

1- Uma palavra pessoal.


2- Mudança de planos.
3- “Mas, se tardar”.
II) CONSCIENTIZAR de como convém andar
na Igreja do Deus vivo;

1- “Com o convém andar”.


2- Casa de Deus.
3- O Deus vivo.
III) SABER a respeito do ministério da
piedade.
1- Coluna da verdade.
2- Verdade libertadora.
3- O conteúdo da mensagem.
4- Buscando o equilíbrio.
INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo, estudaremos os três
últimos versículos do capítulo 3 da Primeira Carta
de Paulo a Timóteo. Apesar de ser um trecho
pequeno, tem riquíssimo conteúdo. Nele Paulo
expressa o seu desejo de rever Timóteo,
possivelmente na própria Éfeso:
fala do relevante papel da Igreja com o coluna e
firmeza da verdade; e trata do mistério da
piedade, que é a sublime revelação de Cristo, o
Filho de Deus encarnado, ressurreto e glorificado.
Refletiremos a respeito do conteúdo da
verdadeira mensagem cristocêntrica e os perigos
de um evangelho político ou moral, denominado
evangelho social. São faces diferentes de um
mesmo problema. Manter a essencialidade bíblica
da pregação é um grande desafio para a Igreja
em todos os tempos.
O PROPÓSITO
DE PAULO
1- UMA PALAVRA
PESSOAL.
Com a expressão “escrevo-te estas coisas”, Paulo
volta a dar um tom bem pessoal ao seu texto,
principalmente ao dizer que esperava ir ao
encontro de Timóteo “bem depressa” (1 Tm 3.14).
Isso mostra que Paulo pretendia retornar da
Macedônia (Europa) para a Ásia Menor (atuaL
Turquia) a fim de reencontrar seu amigo e fiel
cooperador.
Como já estudamos, Paulo escreveu sua Primeira
Carta a Timóteo durante a viagem que fez depois
de seu primeiro aprisionamento em Roma,
quando visitou Creta (onde deixou Tito – Tt 1.5) e
algumas cidades da Ásia Menor, como Mileto (2
Tm 4.20), e possivelmente a própria Éfeso.
De Mileto, seguiu para Trôade, rumo à Macedônia
(Filipos, Tessalônica e Beréia), região de onde
escreveu a Primeira Carta a Timóteo ( 1Tm 1.3).
LIÇÃO PRINCIPAL
A Primeira Carta a Timóteo foi escrita
durante a viagem de Paulo após seu
aprisionamento em Roma, quando passou
por Creta e algumas cidades da Ásia Menor,
possivelmente Éfeso. De Mileto, seguiu para
a Macedônia, onde escreveu a carta.
2- MUDANÇA
DE PLANOS.
No versículo 13 do capítulo 4 Paulo também
expressa seu desejo de encontrar-se novamente
com Timóteo. Mas não há nenhuma evidência de
que tenha havido seu retorno para a Ásia Menor.
Escrevendo a Tito algum tempo depois, o
apóstolo informa que pretendia passar o inverno
em Nicópolis (Tt 3.12), na costa ocidental da
Grécia, ainda mais distante de Éfeso.
O mais provável é que, saindo da Ásia Menor pela
cidade de Trôade (2 Tm 4.13). Paulo tenha visitado
a Macedônia, descido a Corinto, na Acaia, e, de lá,
seguido para Nicópolis, onde provavelmente foi
preso e levado à Roma.
Assim como qualquer um de nós, Paulo também
fazia planos, mas ele havia entregado a sua vida
totalmente à direção de Deus, o que incluiu
sofrimentos e o próprio martírio (At 9.6,15,16;
20.22-24). Fazer a vontade de Deus é sempre o
melhor (Sl 18.30-34).
LIÇÃO PRINCIPAL
Paulo desejou encontrar Timóteo novamente,
mas não há evidências de seu retorno à Ásia
Menor. Ele seguiu uma trajetória antes de ser
preso em Nicópolis, na Grécia, confiando na
direção de Deus. Fazer a vontade de Deus é
sempre o melhor caminho. (At 9.6,15,16;
20.22-24).
3- “MAS, SE
TARDAR”.
Ao mesmo tempo em que esperava logo rever
Timóteo, Paulo cogitava que sua viagem pudesse
demorar. Assim, enviou por carta suas instruções.
O apóstolo se mostrou precavido e diligente,
fazendo o melhor uso possível do principal meio
de comunicação da época.
Timóteo ficou devidamente suprido de
orientações pastorais complementares àquelas
que havia recebido pessoalmente (1 Tm 1.3).
Quando usados sabiamente, os meios de
comunicação são uma bênção. Eles podem nos
edificar individualmente e a toda a igreja.
LIÇÃO PRINCIPAL
Paulo utilizou cartas como meio de
comunicação para fornecer instruções
pastorais a Timóteo quando uma
comunicação pessoal não era possível. Isso
destaca a utilidade dos meios de
comunicação para edificar a igreja.
À IGREJA DO
DEUS VIVO
1- “COM O
CONVÉM ANDAR”.
A construção gramatical utilizada por Paulo nos
permite entender que o ensino não era somente
para Timóteo, mas para todos os crentes de Éfeso
e, via de consequência, para os cristãos de todos
os tempos, pois visava a “igreja do Deus vivo”. São
instruções quanto ao comportamento de todos
que são chamados para pertencer à família de
Deus na Nova Aliança.
LIÇÃO PRINCIPAL
As instruções de Paulo não eram apenas
direcionadas a Timóteo, mas a todos os
crentes de Éfeso e, por extensão, a todos
os cristãos em todos os tempos. Essas
orientações abrangem o comportamento
de todos que pertencem à família de Deus
na Nova Aliança.
2- CASA
DE DEUS.
O sentido aqui não é físico. Paulo não está
referindo-se ao templo como um edifício, mas ao
corpo místico de Cristo, a Igreja, formada pela
reunião de todos os santos, os quais são templo
do Espírito Santo, habitação permanente de Deus
(1 Co 3.16; 6.19: 2 Co 6.16). É a “universal
assembleia e igreja dos primogênitos, que estão
inscritos no céu ”(Hb 12.23).
Jesus anunciou aos discípulos a edificação de sua
Igreja (Mt 16.18), usando um termo grego bem
conhecido na época: ekklesis, formado de eh,
“para fora de”, eklesis, “chamado”. De acordo com a
Bíblia de Estudo Pentecostal, tem o sentido literal
de “reunião de um povo, por convocação”.
É para esse povo, portanto, que são dirigidas as
instruções paulinas. Onde quer que nos
reunamos, precisamos nos comportar de acordo
com a Palavra de Deus.
LIÇÃO PRINCIPAL
Paulo se refere à "igreja do Deus vivo" como o
corpo místico de Cristo, composta por todos os
santos, e suas instruções são direcionadas a
todos os crentes para que vivam de acordo com
a Palavra de Deus, não importando onde se
reúnam.
3- O DEUS VIVO.
A expressão “igreja do Deus vivo” contrasta com
os inúmeros templos dos deuses pagãos da
época, ídolos mortos que não podiam esboçar
nenhuma reação ao culto que recebiam. Ali
mesmo, em Éfeso, muitos haviam se convertido a
Cristo, abandonando os seus ídolos, o que causou
grande alvoroço na cidade (At 19.1-20).
Hoje, igualmente, precisamos ter fé e convicção
de que estamos servindo a um Deus vivo. Não
podemos perder a poderosa presença de Deus em
nossa vida, individual e coletivamente.
Precisamos orar fervorosamente (At 4.31) e dedicar
tempo nos exercitando em piedade ou devoção, o
que inclui a prática de disciplinas espirituais que
nos levem a conhecer e amar cada vez mais a Deus
(1Tm 4.7,8).
LIÇÃO PRINCIPAL
A expressão "igreja do Deus vivo" destaca que
os cristãos servem a um Deus vivo, em
contraste com os ídolos mortos que são os
deuses pagãos. Hoje, é essencial buscar a
presença de Deus em nossa vida, dedicando-
nos ao exercício da piedade para conhecê-Lo
e amá-Lo cada vez mais.
O MISTÉRIO
DA PIEDADE
1- COLUNA
DA VERDADE.
Mais que um sentido geral, a verdade aqui tem um
sentido fundamental e específico, que é o “mistério
da piedade”. Esse “mistério” ou razão de nossa
devoção é Cristo, a Palavra encarnada, em torno de
quem estão escondidos os tesouros da sabedoria e
do conhecimento (Cl 2.2,3).
Para proclamar essa verdade, os líderes de Éfeso
precisariam ter uma firme estrutura moral e
espiritual, por isso as qualificações apresentadas
por Paulo eram fundamentais, o enfraquecimento
da liderança compromete a mensagem.
Há um risco enorme de se tentar reduzir o
evangelho a uma pregação de moral pública,
enquanto as qualificações individuais vão sendo
desprezadas. Em “tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1),
não são poucos os que estão reduzindo o
“evangelho” à defesa de pautas públicas. Uma
pregação aparentemente espiritual, mas bem
afastada da mensagem cristocêntrica.
LIÇÃO PRINCIPAL
A verdade é o "mistério da piedade" em
Cristo. Os líderes precisam ter qualificações
sólidas para proclamá-la e evitar reduzir o
evangelho a uma pregação de moral
pública, afastando-se da mensagem
cristocêntrica.
2- VERDADE
LIBERTADORA.
A única mensagem libertadora é o evangelho
bíblico completo, que expõe o “mistério da
piedade”: encarnação, morte, ressurreição e
glorificação de Cristo, e seu poder regenerador,
justificador e redentivo eterno.
Esta mensagem (e somente ela!) tem o poder de
libertar o homem e dar-lhe força interior para
vencer suas próprias inclinações pecaminosas,
afastando-o de toda a imoralidade e mundanismo
(1 Co 2.1-5).
Uma pregação moral, portanto, é como atacar as
consequências de um problema, deixando
inatingível a causa. Isso é o que tem sido feito
com parte da pregação evangélica, fazendo dela
um discurso político, na vã esperança de
transformação da sociedade.
O problema da humanidade, afinal de contas, não
é primariamente coletivo, mas individual. Não
existe libertação da sociedade se os indivíduos
permanecem presos em seus delitos e pecados
(Ef 2.1-5). Homens imorais já mais construirão
uma sociedade moralmente sadia.
O verdadeiro evangelho, portanto, apresenta a
Cristo, o Homem perfeito, único que tem o poder
de libertar, perdoando os pecados e produzindo
uma profunda transformação do caráter.
É a obra da regeneração, pela qual se inicia um
processo progressivo e permanente, que é o
crescimento em santificação (Hb 12.14). Somente
a graça de Deus nos faz alcançar virtudes
espirituais com o domínio próprio, fruto do
Espírito (Ef 5.22).
LIÇÃO PRINCIPAL
A mensagem libertadora é o evangelho
completo, que expõe o "mistério da piedade"
em Cristo. Pregar moralmente não atinge a
causa do problema. A transformação individual
por meio da graça de Deus é essencial para
uma sociedade saudável. O verdadeiro
evangelho oferece perdão, transformação e
crescimento em santificação.
3- O CONTEÚDO
DA MENSAGEM.
As igrejas da Europa e dos Estados Unidos da
América vivem trágicos resultados de um
processo de declínio da pregação. Isso,
infelizmente, se projeta no Brasil, com as facetas
próprias de um país tropical e continental,
altamente eclético no campo evangélico.
Há também um movimento de psicologização,
pela inserção de conteúdos motivacionais e de
autoajuda, como a Teologia do Coaching.
No campo pentecostal, há movimentos sem
solidez bíblica e doutrinária. Por isso,
rapidamente caem em descrédito, gerando frieza,
incredulidade e apostasia (Mt 7.21-23; 18.6).
Como “coluna e firmeza” da verdade, a igreja deve
sustentar a proclamação do “mistério da piedade”,
que Paulo expressou através do trecho de um
hino bem conhecido dos crentes primitivos:
“Aquele que se manifestou em carne foi
justificado em espírito, visto dos anjos, pregado
aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na
glória” (1Tm 3.16).
Em poucas palavras, uma profunda mensagem
cristológica. Apresenta a Cristo, o Filho de Deus
que se fez carne, morreu e ressuscitou como
prova de sua vitória sobre o pecado, a morte e o
inferno (Jo 1,14; Cl 2.12-15; Ap 1.18).
Sua vida e ressurreição, assim como sua ascensão
aos céus foi testemunhada pelos anjos (Lc 2.10;
At 1.9-11). Seu nome tem sido pregado aos
gentios, e crido por incontáveis pessoas em todas
as épocas e lugares, as quais esperam vê-lo
glorificado (1 Jo 3.2,3).
LIÇÃO PRINCIPAL
Igrejas enfrentam declínio na pregação.
Influências negativas incluem psicologização
e movimentos sem base bíblica. Mensagem
central é o "mistério da piedade" em Cristo:
sua encarnação, morte e ressurreição,
vitoriosa sobre o pecado. É uma mensagem
poderosa, crida por muitos.
4- BUSCANDO
O EQUILÍBRIO.
Ao tratar da centralidade do Evangelho, que é
Cristo, não podemos imaginar que não devemos
estudar muitos outros importantes temas da vida
cristã, também contidos nas Escrituras. O ensino
de Paulo visa ensinar “como convém andar” e isso
deve ser feito com equilíbrio.
O segredo do equilíbrio é ter Cristo sempre no
centro de todas as coisas, interpretando e
aplicando os ensinos relativos a todas as áreas da
vida. Nosso foco central deve ser a glorificação de
nosso Senhor e Salvador: “Porque dele, e por ele,
e para ele são todas as coisas: glória, pois, a ele
eternamente. Amém !” (Rm 11.36).
LIÇÃO PRINCIPAL
O Evangelho central é Cristo, mas devemos
estudar outros temas bíblicos. O equilíbrio
vem com Cristo no centro de tudo. Nosso foco
é glorificar a Ele em todas as coisas. (Rm
11.36).
CONCLUSÃO
Em tempos tão trabalhosos, com
tantos fundamentos destruídos,
é imperativo que, como Igreja,
cumpramos nosso papel de
defesa e proclamação da
verdade, que é Cristo e seu
Evangelho pleno.
Para essa importante missão,
precisamos manter um
comportamento apropriado,
cumprindo fielmente a Palavra de
Deus. Isso não é possível com as
nossas próprias forças, mas a
graça de Deus nos capacita.
IREMOS ESTUDAR NA

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