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E-Book - Sau?de Emocional
E-Book - Sau?de Emocional
Franciele Maftum
SAÚDE EMOCIONAL
1ª edição
Curitiba/PR
Franciele Belinski Maftum
2020
Introdução
Com amor.
Franciele Maftum
3
Saúde Emocional
1º Entender o que quer da sua vida: isso é muito difícil, pois, às vezes,
nós queremos o que os outros querem e não o que, realmente, nós
desejamos;
2º Entender o que você sente: entender as suas emoções, o que você
sente, nomeá-las e entender como seu corpo as sente.
3º. Saber o que fazer com o que você sente de modo que seja benéfico
para você.
Por exemplo, entender que ficou triste por algum motivo e decidir o que fazer com esse
sentimento, como eu estou chateada comigo mesmo e fico sem paciência com meu
filho, o que o deixa confuso e me deixa mais irritado. Mas, ao perceber que, minha falta
de paciência com ele é, na verdade, comigo mesmo, por algo que não fiz por mim ou
por não me sentir competente suficiente para que ele faça o que eu quero, então, eu
posso acolher o que sinto, respirar fundo e pedir desculpas por descontar minha
frustração nele. Assim, acalmo-me
4
Quando você consegue fazer isso, consegue entender quais são as
crenças - as ideias de você e do mundo - que te limitam de conseguir
ser uma pessoa com equilíbrio e com uma vida plena, as crenças que te
limitam de conseguir fazer as coisas que deseja para a sua vida e que
te limitam de ser a pessoa que você deseja ser. Por outro lado, você,
também, precisa entender quais são as suas crenças que te ajudam a
estar bem, a ser feliz e tranquilo para que continue fazendo isso de
maneira consciente.
Nesse guia, você irá encontrar ferramentas para identificar essas
crenças e estratégias para modificá-las. Todas as ferramentas e
estratégias têm como base os estudos da neurociência - em como
nosso cérebro funciona - e, também, na terapia cognitiva
comportamental (TCC), aliada à minha prática com o desenvolvimento
de pessoas ou, como gosto de dizer,
Vamos lá?
5
Fotografia da
realidade
Coisas que não gosto e faço Coisas que não gosto e não faço
6
Como funciona essa ferramenta? Ela é uma ferramenta dinâmica,
porque ela é, literalmente, uma fotografia da sua realidade. E mostra
o que está te causando descontentamento e o porquê; e o que te
causa contentamento e o porquê.
Coisas que gosto de fazer e não faço: você deve escrever coisas
que você gosta de fazer, mas não faz por algum motivo (não escreva
o motivo ainda, apenas o que você não faz).
Por exemplo: eu gosto de dançar e não danço; gosto de sair com meus amigos e
não estou saindo; gosto de ver a minha família e não os vejo; gosto de criar e não
tenho espaço para isso no meu trabalho; gosto de fazer exercício e não estou
fazendo; gosto de cuidar de mim e não cuido; etc.
Coisas que não gosto e não faço: você deve escrever as coisas
que você não gosta e não faz.
Por exemplo: ter rotina; ser obrigado a frequentar lugares que não me sinto à
vontade; sair de casa depois de determinado horário; ir a reuniões de família; ser
grosso com as pessoas; etc.
7
Coisas que não gosto e faço: você deve escrever as coisas que
você não gosta de fazer, mas tem que fazer mesmo assim.
Por exemplo: limpar a casa; cumprir as regras de trabalho; trabalhar com prazos;
usar uniforme1.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Satisfação
Alegria
Felicidade
Amor
2. Gosto e não faço: O que você sente quando não faz essas
coisas? Use a escala de 1 a 10 (sendo 1 para nada e 10 para
1
Os exemplos citados nesse guia, em diversos momentos, são as frases que mais escuto em minha vida profissional.
8
muito)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tristeza
Angustia
Ansiedade
Culpa
3. Não gosto e faço: O que você sente quando não gosta e deve
fazer algo? Provavelmente, as suas emoções vão ser
negativas. Use a escala de 1 a 10 (sendo 1 para nada e 10
para muito)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Raiva
Depressão
Ansiedade
Tristeza
4. Não gosto e não faço: Você não precisa fazer uma escala.
Como que você faz isso? Escolha uma coisa para aumentar e
9
uma coisa para diminuir durante a semana.
10
Escala de crenças e
emoções
Eu gostaria de fazer aula de piano, mas não tenho tempo. Essa resposta é
válida, pois, pode ser que, você realmente não tenha tempo.
Eu gostaria de me alimentar melhor, mas não tenho tempo. Essa resposta
não é válida, pois não é falta de tempo, são crenças limitantes.
Eu gostaria de fazer atividade física, mas não tenho tempo . Essa resposta
não é válida, pois é uma crença limitante de que para fazer
exercício, você precisa de 1 hora ou mais por dia. E, na verdade,
um bom exercício físico pode ser bom durando até 20 minutos por
11
dia.
Essa crença pode ser para uma atividade de trabalho, para uma
atividade de lazer, para uma atividade de artes e para
relacionamentos.
Quase todos nós temos essa crença, pois ela vem de uma criação por
obediência, por exemplo: você não pode tirar nota baixa; você não
pode errar; você tem que fazer tudo que esperam de você.
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Essa crença pode estar ligada às compulsões, ao pânico, às
ansiedades e, às vezes, algumas depressões. Ela é uma das crenças
mais difícei
te dá sensação de
estar sempre devendo para você e para os outros.
Por exemplo: O que os outros vão falar de mim? O que os outros vão pensar que eu
sou? Eu não posso brigar; Eu não posso falar a verdade; Eu tenho sempre que ser
gentil; etc.
Essa crença é a que te diz que você precisa ser suficiente; precisa
dar conta de tudo sozinho (da casa, do trabalho, dos filhos); que você
não pode pedir ajuda e; que não deixa que você fale que não sabe
sobre determinado assunto. Ela é uma crença que te impede de ser
uma pessoa muito mais feliz e que pode te causar compulsões
mentais e alimentares.
Essa é uma crença que nos dá à ideia de que existem condições para
que as pessoas nos amem e nos aceitem. Ela também vem da sua
infância e da sua criação.
13
Sobre essas crenças
Você vai escolher quais as frases acima que mais tem a ver com
14
coisas.
Por exemplo: eu adoro passear e não saio muito porque tenho que cuidar da casa,
do filho e ainda trabalho. Isso, geralmente, esconde uma crença disfuncional de: não
ser suficiente, precisar fazer sempre tudo certo, sempre ter que dar conta.
Esse não é um processo fácil, mas existe uma dica que pode te
ajudar:
Quando você escutar sobre determinada crença que possui, sentirá
uma espécie de
que você sente muito. Abaixo, te ajudo um pouco com cada um
delas.
15
Para que serve: ão
As pessoas que têm essa crença devem saber que é uma crença
disfuncional, portanto, ela não é real e não funciona de maneira
positiva para a nossa vida.
16
A crença do eu não posso errar será acionada em sua cabeça,
geralmente, quando:
Todos esses exemplos acima são as suas crenças falando por você,
ou seja, você já começa a ter a limitação de uma mente que aprendeu
que não podia errar, não podia fracassar e que você deveria sempre
fazer certo.
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Se você tem essa crença, a primeira coisa que você vai fazer é:
Por exemplo: eu tinha essa crença muito latente desde que eu era muito pequena
(essa crença nasce na nossa infância) e eu comecei a identificar nessa crença quais
eram as pessoas e as situações que faziam eu me sentir desconfortável, pois eu
tinha que estar certa ou tinha que me fazer ouvir. Em mim, Franciele, vinha dessa
maneira. Apesar de eu ser uma pessoa que sempre errei muito, mesmo assim ainda
me fazia mal.
18
Você ter a crença de que não pode errar não quer dizer,
necessariamente, que você não erre. Inclusive trabalhar essa crença
não quer dizer que você vai errar menos, quer dizer que você errar
mais. Por quê?
2
Flett, G.L., Greene, A. & Hewitt, P.L. Dimensions of Perfectionism and Anxiety Sensitivity. Journal of Rational-Emotive &
Cognitive-Behavior Therapy 22, 39 57 (2004). https://doi.org/10.1023/B:JORE.0000011576.18538.8e
er, E., Zohar, A.H., Kremer, I., Elizur, Y., Nemanov, L., Golan, M., Blank, S., Gritsenko, I. and Ebstein, R.P.
(2007), Anorexia nervosa, perfectionism, and dopamine D4 receptor (DRD4). Am. J. Med. Genet., 144B: 748-756.
doi:10.1002/ajmg.b.30505
Kljajic, Kristina & Gaudreau, Patrick & Franche, Véronique. (2017). An investigation of the 2 × 2 model of perfectionism with
burnout, engagement, self-regulation, and academic achievement. Learning and Individual Differences. 57. 103-113.
10.1016/j.lindif.2017.06.004.
19
Qual é o próximo passo?
Exemplos:
20
Essa maneira de se comportar depende muito da maneira que você
aprendeu em sua infância, em como você podia se comportar dentro
de sua casa, do que aprendeu que podia fazer e dos comportamentos
que eram aceitos pelos seus pais ou cuidadores.
Crença:
Situação: Reunião Comportamento:
com meu chefe e Preciso fazer certo
Emoção: Fiquei quieto e e quando meu
ele me diz que o
meu relatório está Raiva e Tristeza preocupado o chefe me disse
atrasado resto do dia isso, ativou o
fracasso
Crença:
Situação: Conversa
com meu pai, ele Emoção: Comportamento: Preciso fazer certo
me disse para não e quando meu pai
Raiva Gritei com ele
tomar uma decisão disse isso, ativou o
fracasso
21
É importante que você identifique as situações e verbalize o que você
está percebendo.
Por exemplo:
Sempre que você tiver algum tipo de pulsão assim, essa crença
estará ativada.
Se você conseguir isso no seu dia a dia, você já está com o seu
processo de cura dessa crença em 50% e o próximo passo é saber
como que você reprograma essa crença na hora que percebe que
está se esquivando, se defendendo ou se controlando.
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Primeira coisa que eu preciso dizer para vocês é: nem sempre vai dar
certo, porque nós fazemos isso, muitas vezes, sem perceber.
Muitas vezes, você só irá perceber que você teve essa reação depois
que você já fez. Isso é normal.
Depois, escolha, dentre as frases abaixo, qual cabe melhor para você.
23
essa frase é usada por quem se defende.
Quanto mais você fizer isso, durante o seu dia, melhor será o seu
resultado. E o resultado é, impressionantemente, bom.
Se você fizer isso todos os dias, em uma semana, você já vai estar se
sentindo melhor. Se você continuar, depois de dessa semana, você
vai começar a não reagir tanto pelas situações e vai diminuir a
frequência de ficar se sentindo mal, porque você convence o seu
cérebro de que você pode errar.
Mas como você sustenta isso? Como você se torna uma pessoa
mais tranquila em relação a você mesma? Como você muda o
seu paradigma de vida para que ele não te domine mais?
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Comece a fazer pequenas coisas novas. Você precisa colocar o
cérebro para se acostumar a errar, tente começar com pequenas
coisas, pois sempre que começamos algo é comum cometermos
erros. É importante que você faça isso consciente de que você vai
começar algo novo e que irá errar, mas que essa é a sua intenção
para conseguir fazer essa reprogramação.
Por exemplo: Eu vou começar a cozinhar de uma maneira diferente, ou seja, estou
acostumado a sempre cozinhar com a receita ao meu lado, amanhã eu vou fazer
diferente: eu vou fazer sem receita.
Você sabe que você vai se sentir mal, você vai ficar ansioso e irá ficar
com raiva, mas você vai reprogramar e continuar.
Você pode fazer isso duas vezes por semana, pois você estará
ensinando ao seu cérebro que vão existir momentos em que ele irá
errar e que está tudo bem.
Outro exemplo: eu sempre vou para o trabalho pelo mesmo caminho e, amanhã, irei
pegar uma rua diferente.
Talvez, você se perca ou não. Só que você vai fazer isso
conscientemente, você não vai ser pego de surpresa, pois é um risco
calculado.
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Um exercício fácil de fazer é: faça o processo do seu banho de
maneira diferente. Pode parecer besteira, mas ele funciona
mesmo. Se você reparar, nós já temos um processo mental
automático de tomar banho começamos a nos lavar por um lugar
e terminamos em outro ou começamos a nos secar por um lugar e
terminamos em outro. Você vai mudar esse processo e começar
por onde você termina.
Você irá se sentir desconfortável, mas esse é o nosso objetivo e
você estará no controle. Você vai experimentar esse desconforto.
Você vai se sentir um pouco confuso, mas vai estar consciente de
que está errando de propósito.
Essa sensação de errar de propósito é muito boa, porque você
descobre algo sobre você que não sabia e cria uma memória
positiva sobre o erro. Por isso que é bem importante errar nessas
coisas bem pequenas.
Você deve se sentir bonito (a), mas é o diferente daquilo que você
acha que deveria ser.
Por exemplo: no trabalho, eu sempre tenho que estar de calça, blusa e sapato
fechado; no mercado, eu tenho que ir de calça, blusa e chinelo.
26
Você pode escolher apenas uma dessas vestimentas e quebre
essa conduta.
Esses exemplos que eu dei são para você sustentar e modificar o seu
padrão cerebral. Para você regular a emoção e não entrar mais em
defesa/controle/esquiva.
27
Pessoas que têm medo de errar, que têm medo de se expor, que têm
medo de estar inadequadas, que precisam sempre fazer certo, que
têm um padrão de perfeição interno (no trabalho, com a imagem, com
elas mesmas) são pessoas que, em algum momento da vida,
aprenderam que é mais importante o impacto do que os outros
pensam sobre ela do que aquilo que realmente ela é.
Por exemplo: tudo que eu faço na minha vida (pessoal e profissional) tem que ter um
propósito, que vá além do dinheiro; eu preciso sempre estar me sentindo bem
comigo mesma, independente de qual seja a situação.
29
Essa ideia e essa história que contamos para nós mesmos é uma das
maneiras de ativar as nossas crenças de não ser suficiente .
que não
queremos admitir que nós a temos, mas, infelizmente, ela existe e a
maioria de nós a tem.
Eu deveria ser:
Mais: magro (a), bonito (a), espontâneo (a), inteligente, rico (a), extrovertido
(a), legal, social, moderno (a), etc.
A crença de não ser suficiente sempre vem acoplada com uma regra
de que você deveria ser mais em algumas coisas e menos em outras
para que possa ser realizado e para alcançar os seus objetivos
pessoais. Ela está muito condicionada a uma felicidade plena,
realização plena e ao amor pleno.
30
Nós sempre colocamos uma condição, que não é a nossa realidade
no momento, para a nossa felicidade, para o nosso bem estar e para
a nossa saúde mental.
Culpa: culpa do passado; culpa por não ter dito; culpa por não
fazer; culpa por não conseguir.
31
deveria ter feito algo.
Raiva
Essas das emoções se oscilam
Culpa
Vergonha
32
apenas tomar o remédio sem curar a crença. Se você vir alguém
com uma explosão de raiva, não adianta você ter mais raiva, pois
essa pessoa precisa de acolhimento e não de julgamento.
Choro desesperado.
Engolir seco: ou seja, não sentir nada.
Outros sinais que podem indicar a ativação dessa crença: pessoas que
têm insônia, bruxismo e problemas gástricos inexplicáveis, porque o seu
corpo já cansou de você não sentir e, como defesa, começa a adoecer.
4
Holland, A. C., & Kensinger, E. A. (2010). Emotion and autobiographical memory. Physics of life reviews, 7(1), 88
131. https://doi.org/10.1016/j.plrev.2010.01.006
A mente vencendo o humor : mude como você se sente, mudando omodo como você pensa [recurso eletrônico] /
33
Primeiramente, você tem que entender quais são os comportamentos
que você possui quando está desconfortável. Fique atento a esses
comportamentos, pois, assim, irá saber o que está acontecendo.
Algumas vezes, você só vai lembrar a noite sobre esses
comportamentos e pode ser que isso te cause ansiedade. Nesse
caso, faça os mesmos exercícios abaixo:
Dennis Greenberger, ChristineA. Padesky ; pre ácio: Aaron . Beck ; tradução: Sandra Maria Mallmann daRosa ;
revisão técnica: Bernard Rangé. 2. ed. Porto Alegre : Artmed, 2017
34
Como que você aprende a ter desconforto?
Você sai da ilusão do que acha que está acontecendo e volta para a
realidade. Porém, isso não é fácil de ser feito. Voltar para realidade
significa pensar o que é que você está sentindo no momento e qual
história está contando para você mesmo.
Por exemplo: quando eu estou realizando uma live e percebo que algumas pessoas
estão saindo, isso está me causando um desconforto. Portanto, foi acionado o meu
medo de não ser suficiente. Nesse momento, eu posso seguir por alguns caminhos:
acabar a live o mais rápido possível (porque eu estou desconfortável e não quero
me sentir assim) ou eu posso ser irônica e falar que quem está saindo é porque não
quer se desenvolver. Acontece que isso não vai me curar, o que vai me curar é falar
que eu estou desconfortável porque as pessoas estão saindo, ou seja, eu pergunto:
que eu estou sentindo? Eu estou sentindo que estou desconfortável e estou com
medo de estar sendo rejeitada ou de não ser suficiente para elas. Nesse momento,
eu falo: Tudo bem, esse é um medo que eu tenho. O que eu realmente estou
sentindo é que, de repente, eu posso não estar ajudando todo mundo e isso me
causa vergonha. Se isso me causa vergonha, esse sentimento é meu, não tem a ver
com os outros. E eu não preciso ter vergonha de quem eu sou, do que eu faço e do
que eu penso.
Você terá que fazer essa reprogramação da sua história: você sai da
elucubração de que estão pensando isso de você, volta para o seu
sentimento e fala: sentir vergonha
pelo que eu sou .
Se você sentir que não vai funcionar, você está elucubrando de volta,
você vai ter que fazer a repetição da sua realidade e ver o que você
está sentindo. Até funcionar.
Isso é para quem está latente, ou seja, quando você sente que está
em uma situação em que você não anda, pois você tem essa crença
de insuficiência. Nesse momento, você deve escreve a sua história.
1. Que história você contou para si mesmo sobre o que precisa ser?
O que você precisa ser afinal de contas?
Por exemplo: Eu preciso ser mais inteligente, mais disciplinado, mais alegre,
mais magro para ser feliz, etc.
37
Eu vou te dizer o que você realmente precisa: você precisa acreditar
que as memórias que você tem de não ser suficiente não são reais e
que, a partir do momento que você desejar entender as suas
emoções, você já é suficiente para você mesmo.
A resposta nunca será do outro, a resposta sempre tem que ser sobre
você. Por exemplo: Vamos supor que filho começa a chorar
desesperadamente e você precisa fazer algo muito importante no
trabalho. Você se sente insuficiente, porque você não está sendo uma
mãe boa para dar conta do seu trabalho e do seu filho e, além de
tudo, você não consegue fazer o seu filho parar de chorar. Você
começa a se sentir culpada e tem uma explosão de raiva. Nessa hora,
você vai falar assim: o problema não é meu filho e, muito menos, que
eu não consigo trabalhar e dar conta dele, o problema é que estou
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com vergonha, porque achava que eu tinha que dar conta de tudo
isso.
A hora que você disser que você achava que tinha que dar conta de
tudo, mas que você não tem e que você pode fazer uma coisa de
cada vez, você irá se acalmar.
Exercício do banho
39
A neurociência descobriu que a necessidade de pertencer a um grupo
e a um núcleo familiar é uma necessidade inata do ser humano,
inclusive, é uma característica que vem com uma conexão neural.
Nós temos dentro do nosso cérebro uma parte de networking social,
que é a parte que conecta quando estamos necessitando pertencer.
Essa parte do nosso cérebro, junto com a amígdala cerebral
(responsável pela emoção), é uma das partes que ao nascermos já
está ativada5.
5
Saiba mais em: Lieberman, M. D. (2013). Social: Why our brains are wired to connect. Crown Publishers/Random House.
40
e depois buscamos em nossos grupos sociais. Quando você busca
ser aceito, você busca não ser rejeitado. Isso se torna uma crença
limitante quando essa nossa necessidade, que é biológica de
pertencer, vira um medo.
41
Preciso pertencer
42
Ou seja, de alguma maneira, todos nós estamos buscando ser aceitos
e buscando essa pertença em algum lugar6.
O medo de ser rejeitado e de achar que temos que dar conta de tudo,
pois pessoas que não dão conta das coisas são pessoas que não são
aceitas.
Você já percebeu essa ideia social de que é muito ruim quando uma
pessoa não consegue ser autônoma e não consegue fazer as coisas
por ela mesma?
Esse medo vem dessa ideia social de que para que nós sejamos
aceitos e pertencentes, precisamos ser extremamente
competentes e autossuficientes. Só que nós não somos
extremamente autossuficientes, porque o ser humano precisa das
outras pessoas.
6
Salvo as pessoas com psicopatia, mas isso é assunto para outro momento.
43
Toda vez que você está em um relacionamento com outras pessoas
que te importam. Por exemplo: um grupo de relacionamento de
trabalho (onde irá buscar pertença); um grupo de relacionamento
familiar (onde irá buscar aceitação); em um grupo social (onde irá
buscar aceitação e pertença).
Em toda relação que você tem com outras pessoas que importam
para você. Nesses lugares, você pode tender a se sentir deslocado e
ter medo de não ser aceito e você vai, provavelmente, se
sobrecarregar mentalmente com muitas atividades para que seja
aceito nesse grupo.
44
Toma decisões baseado no outro ou no grupo. Chamamos isso de
7
. Essa é a crença
acionada de que você precisa pertencer, de que não pode ser
rejeitado e que você pode tender a concordar com a maioria do grupo,
mesmo você tendo a certeza de que não concorda com aquilo.
Síndrome do Pânico;
7
ar
diversas pesquisas que foram feitas relacionadas ao tema.
45
As que tentam se adaptar: que são altamente adaptativas e que
as pessoas gostam; que são competentes e estão freneticamente
se adaptando e não entrando em contato com seus sentimentos e
travando-os. Porém, uma hora esses sentimentos irão se explodir:
em pânico, em uma alergia ou em uma gastrite.
As que não se relacionam: por ter essa crença, mantém o
distanciamento das relações pessoais.
Começa a tomar decisões de vida que não são para você; Decide a
sua carreira baseada nisso; Decide suas ações baseadas nisso;
Decide, muitas vezes, até a pessoa com quem irá se casar baseado
46
vezes, permanece em trabalhos que não te realiza por essa mesma
crença.
Muitas vezes, a pessoa que possui essa crença, nem sente uma
sensação ruim porque ela bloqueia os seus sentimentos, vivendo
aquela vida sem sentir nada, até que um dia começa a ter crises de
pânico e problemas de saúde que não tem explicação.
Qual é a regra?
A regra por trás dessa crença é que você tem que se virar sozinho e
que se sentir sobrecarregado é normal. Geralmente, as pessoas que
se sentem sobrecarregadas sempre são pessoas que têm essa
crença, porque elas estão tentando se adaptar e fazem de tudo para
isso: ela é a melhor funcionária, a melhor esposa, a melhor filha, etc.
Se ela falhar em alguma área da sua vida, ela correrá o risco de ser
rejeitada.
Emoções
48
O tratamento para isso é fazer você sentir, ou seja, é fazer
com que você entre em contato com as emoções. Pode demorar
um pouco, mas você irá entrar em contato com a tristeza e irá
conseguir falar da solidão e da angustia. Em cima disso, você
começa a conseguir tratar essas emoções.
Plano de cura
Quer dizer que o seu plano de cura tem que envolver, em primeiro
lugar, a sua real disponibilidade em olhar para si mesmo, sem medo
de entender o que está acontecendo com você. Porque quando você
tem essa crença acionada, tem muito medo de olhar para si e porque
existe uma ideia muito equivocada que você tem algo que não é
suficiente.
49
É muito comum as pessoas terem a ideia equivocada que, ao parar
de se adaptar ao meio ou ao se mostrar como são realmente, elas
irão perder amor. E, quando perdem amor, elas perdem pertença e
conexão.
50
realmente gosta (que tipo de ovo que ela gosta, que estilo de roupa
que ela gosta, qual o trabalho que ela gosta).
É, exatamente, isso que eu estou propondo para você: fazer esse
mapeamento: experimentando e percebendo (anotando) o que você
gosta e o que você não gosta.
Você deve anotar tudo - desde o que você come até o que faz tudo
o que você gosta e o que você não gosta.
51
Para quem tem essa crença é uma atividade muito complicada, pois
as pessoas partem do princípio que se adaptam fácil, mas isso não é
verdade.
Essa é a parte mais difícil porque, talvez, você não saiba o que está
sentindo. Mas, não entre em pânico se não souber, você pode colocar
que não sabe.
Comece a fazer aulas que nunca fez; assistir lives que nunca assistiu;
aprender trabalhos manuais que nunca teve coragem. Experimente!
Vamos supor que você comece a lista do que você gosta essa
semana. Comece a lista do que você quer duas semanas depois. Por
quê?
52
Porque você não vai saber muito bem o que você quer se você não
sabe, ainda, nem o que você gosta. Você vai aprender a se adaptar.
Talvez, o que você queira seja aquilo que você aprendeu que você
tinha que querer (como casar e ter filhos) ou não.
Por exemplo: eu gosto disso? É o que eu quero? Eu quero fazer mais dessa coisa;
Eu quero mais atividades assim; eu quero menos encontros com pessoas assim; eu
quero me alimentar mais dessa forma, etc.
Por exemplo: Será que eu não gostei do que está acontecendo? Será que eu me
doei demais aqui e não deveria?
53
Você precisa ser o mais honesto possível com você nessas
perguntas. Talvez, você não tenha resposta logo nas primeiras vezes,
mas, você irá continuar a cada sentimento de frustração entendendo
o motivo desse sentimento.
A hora que você começar a sentir tristeza, você já estará mais do que
na metade do seu processo de cura, porque depois da tristeza, vem o
sentimento da alegria real e, assim, você preencherá a sua lista de
eu gosto sentindo que você gosta de verdade.
54
Como aplicar tudo
isso que você
aprendeu e mudar a
sua vida?
55
de gestão de mudanças (o que faz as pessoas mudarem e o que não
faz) 8.
Alguns exemplos:
Eu quero ser uma pessoa mais feliz esse ano e, por isso, eu decidi rever as
minhas crenças para que eu consiga regular-me e me sinta mais feliz;
Eu quero conseguir ser uma pessoa mais saudável, mentalmente e fisicamente,
isso envolve mudar alguns hábitos da minha vida;
8
Durante a explicação dos passos, algumas vezes, terei que explicar qual é a diferença para pessoas que estão mudando de
hábitos e pessoas que estão mudando de comportamentos.
56
Eu quero ter mais paciência com a minha família, porque isso me faz mal e eu
fico cansado;
Eu quero conseguir mudar de emprego.
Depois que você definir porque você deseja mudar e o que você quer
mudar, você tem que definir para quem você está fazendo isso.
Por exemplo: Eu estou fazendo isso para mim; para postar nas redes sociais; para
mostrar para a minha família que eu sou uma pessoa sensacional; etc.
57
Por exemplo: Eu tenho algumas atividades de trabalho e, recentemente, eu tive que
decidir onde eu iria colocar mais energia, porque os meus trabalhos me consomem
muito tempo, eu senti que isso estava me cansando muito e que eu já não tinha
mais a mesma motivação para fazer todas as funções. Uma das atividades que eu
faço para empresas dá muito lucro e eu fiquei muito tempo pensando nisso (faço ou
não faço; continuo ou não continuo) e a emoção que me vinha era uma sensação
de culpa com depressão (que são partes da curva da mudança) e a pergunta
decisiva que eu fiz para mim foi: Para quem eu vou fazer isso? E foi o que me
ajudou a tomar uma decisão. Eu vou continuar fazendo para a minha empresa
prosperar? Eu vou fazer para ter o status de ser a única no Brasil que oferece essa
atividade? Vou continuar fazendo porque acredito nisso e porque eu vou ser mais
feliz? A resposta foi que não era para mim, que era para ter status e para a empresa
continuar lucrando. E a minha decisão, diante disso, foi que eu não iria continuar
fazendo, porque isso não me traria nenhum tipo de saúde. Podia até me trazer um
pouco de saúde financeira, mas até que ponto?
Por exemplo: Eu começo a tentar e falo que não deu certo; que eu passei
mal; que isso não é para mim; eu realmente não consigo; isso não se aplica
na minha vida; essa profissional não vai conseguir me ajudar.
58
negação. Na raiva, nós culpamos os outros ou nós mesmo, nos
justificamos ou culpamos o cenário isso também é uma
emoção da mudança.
Por exemplo: Eu não consigo porque minha família não me ajuda; eu não
consigo porque eu não tenho tempo; eu não consigo porque eu não tenho
dinheiro.
Aceitação.
59
os seres humanos sentem isso quando mudam. Se você souber o
que está sentindo, você acolherá o seu sentimento.
Você vai dar uma nota referente ao quanto você tem disso que você
quer alcançar.
Por exemplo: A minha mudança é que eu quero ser mais disciplinado em minha
vida. Então, quanto eu sou disciplinado hoje de 1 a 10? Eu sou 2 e quero chegar no
8. A minha meta tem que ser projetada para daqui dois ou três meses.
60
Isso tem a ver com a maneira como aprendemos e tem a ver com a
questão de manter o seu foco na mudança e de não se frustrar tanto
durante o seu processo.
Você deve avaliar o seu estado atual, dar um peso/nota para ele e se
posicionar para que você consiga acompanhar o seu pequeno
progresso. Você vai estipular uma ação por semana para essa sua
mudança.
Se você fizer mais do que uma atividade por semana, você vai travar
e não vai conseguir. Nós só conseguimos, neurobiologicamente,
aprender duas coisas por vez. Porém, nós já temos a nossa vida e
muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, então, essa já é a sua
primeira coisa.
Por que eu estou dizendo isso para vocês? Porque existem várias
pessoas no mercado vendendo que: se você quiser, você se supera;
que você tem que ultrapassar os seus limites.
61
A sua meta de mudança tem que ser estipulada, uma coisa por
semana e, se for algo muito difícil, uma coisa a cada quinze dias.
Vamos supor que você está fazendo seu processo e acredita que não
consegue porque a sua família não colabora ou porque o seu chefe é
um chato. Isso é culpa do outro e é uma defesa emocional, ou seja,
você não está mais racionalizando. Você está projetando um cenário
em que você está, emocionalmente, alterado e quem está falando por
62
você são as suas crenças limitantes. Você precisa lembrar que
quando você sentir a angustia e culpar o cenário, você deve parar e
falar: isso é uma defesa emocional, eu preciso continuar .
Mas, Franciele, eu aprendi que eu não posso falar sobre as coisas que eu quero
64
Bom, você precisa encontrar pessoas em sua vida que você possa
falar que você quer mudar. Porque querer mudar é maravilhoso.
Existem muitas pessoas que acreditam que devem se envergonhar
de querer mudar alguma coisa, porque fazer uma mudança significa
que algo está
conseguimos falar que queremos mudar, nós conseguimos
movimentar o outro também a ter o direito de mudar.
Obviamente, você não precisa anunciar nas suas redes sociais, mas
comunique às pessoas que você gosta. Fale que você está tentando
mudar e está tentando ser melhor para você mesmo.
9. Você vai cair, você vai falhar: acostume-se com essa ideia.
Se você falhar, não tenha vergonha. Você vai falhar! Você não vai
conseguir manter uma mudança por 24 horas, durante um ou dois
meses. Isso faz parte da nossa vida. A nossa vida não é um livro de
regras que precisamos seguir todos os dias. Isso não acontece, nós
temos oscilações de humor durante o dia, temos vontades e temos
65
problemas que, às vezes, não sabemos lidar e acabamos
descontando em outra coisa. Então, você vai falhar. O importante é
você não deixar que a falha te impeça de continuar. É por isso que
nós precisamos de suporte.
10. Pesquise sobre o que você quer mudar, estude sobre isso.
Pesquise sobre o que você quer mudar, mas não fique obsessivo
sobre o que você está pesquisando. Pesquise em três fontes: uma
pessoa que passou por isso, um profissional da área e algo técnico
(uma pesquisa ou um livro). Obviamente, essas pesquisas têm que
ser realizadas em sites sérios, em livros, em pesquisas científicas, em
pessoas que vocês confiam.
66
Mas, importante, não pesquise histórias de sucesso. Pesquise
histórias que tiveram fracassos, porque as histórias que só contam o
sucesso, provavelmente, são uma grande mentira.
67
Volte para o plano que eu te ensinei ou para algo que te
dê segurança e tente sair do looping da crença, ou seja,
preocupado e mastigando o pensamento por muito
tempo.
Quando o meu chefe falar alguma coisa que mexe muito comigo, o que eu vou
fazer? Eu vou reprogramar; eu vou pensar que isso não vai me afetar; eu vou
conversar com alguma p
Por que o ritual precisa ser toda manhã? Porque de manhã é a hora
que você vai programar a sua mente para o seu dia. A maneira que
você programa a sua mente de manhã conduz as suas emoções e as
suas vontades durante o dia. Se você acorda achando que vai ser
tudo ruim, provavelmente, você vai levar sua mente para produzir
pensamentos negativos e vai ter menos motivação para fazer o seu
plano acontecer.
68
A minha sugestão é que as pessoas sempre tenham um ritual de
manhã. Eu trouxe um exercício no qual eu sempre faço comigo que é:
Ouça algo que te faça bem. Por exemplo: existem músicas que
têm vibrações e frequências específicas de cura que mexem
com as nossas frequências alfa e beta do cérebro e que nos dá
uma sensação de bem estar. Você pode ouvir, também, alguma
motivação espiritual se for religioso.
69
Tome a decisão de tentar e se você não conseguir, não
conseguiu, mas você vai tentar.
uma coincidência.
13. Celebre!
Celebre com algo que faça bem para você. Por exemplo: comprando
algo; dando parabéns para você mesmo; dormindo até mais tarde;
etc.
70
Vamos supor que a sua meta da semana era tomar banho todos os
dias no mesmo horário. Se você conseguiu fazer isso três vezes na
semana, você já vai celebrar, porque já é mais do que você fazia
antes. Foque no que você conseguiu e não no que não conseguiu.
Celebre o seu esforço, porque ele vai fazer muita diferença para que
você continue tentando. Se você falhar e no outro dia continuar,
celebre mentalmente ou faça alguma coisa que te faça bem.
71
Técnicas de Saúde
Emocional
Contudo, essa conta não fecha dessa maneira: por mais que
tentemos não reviver as memórias que nos causam desconforto e
dor, as emoções continuam em nós - no nosso sistema nervoso,
na nossa memória afetiva - e continuam, sobretudo, nos
controlando, pois na tentativa de não sentir o passado, as
emoções tomam outra forma: de medo, de ansiedade, de TOC
(transtorno obsessivo compulsivo), de TEPT (Transtorno de
estresse pós-traumático), de rigidez de pensamento, de pânico,
etc.
9
Essa informação não é uma regra, ela pode variar de caso para caso.
73
quando sentimos é porque a nossa amigdala está acionada em
nosso cérebro, isso quer dizer que um bebê recém-nascido já
nasce, biologicamente, programado para sentir.
10
C -acceptance links early life stress and blunted cortisol
reactivity to social threat. Psychoneuroendocrinology. 2015;51:176-187. doi:10.1016/j.psyneuen.2014.09.026
75
conhecer, aceitar e regular as nossas emoções de maneira
funcional para a nossa vida. Ou seja, podemos aprender diversas
maneiras de sentir que nos façam bem, que nos ajudem a evoluir.
Entendam, nunca vamos parar de sentir: sentiremos medo,
ansiedade, tristeza, alegria, raiva. Tudo isso faz parte de uma
vida normal e saudável. Mas entender quando as emoções ficam
grandes demais e nos atrapalham é extremamente importante
para seguirmos em frente na saúde mental.
Por fim, todas essas práticas abaixo foram descritas como parte
quilibre-
pessoas a aplicarem essas práticas no dia a dia de suas vidas
para viverem melhor.
76
Trabalhando a exaustão e o desamparo
1. Emoções
As emoções são um despertar, toda vez que nosso corpo é
acionado por alguma emoção, que nós de alguma maneira
demos um significado para ela (isso é bom ou ruim), nós estamos
vivendo de um filtro mental, criado, geralmente, na nossa
infância. Isso quer dizer que quando sentimos algo é a
interpretação que demos para aquilo (nossas memórias de
passado) que irão definir como iremos reagir e como nosso corpo
irá reagir.
2. Exaustão
3. Estresse
77
cérebro entra em estado de luta ou fuga - ele irá agir correndo ou
fatigando para lidar com a ameaça que estamos presenciando. O
que acontece é que quando estamos preocupados o tempo todo,
estamos produzindo o estresse e o medo o tempo todo. E que
corpo aguenta fazer isso?
4. Desamparo Aprendido
5. Pensamentos negativos
São aqueles pensamentos inconscientes que saltam em nossa
mente, junto com a emoção, que temos a sensação de não
conseguir controlar, por estarem ligados a nossa emoção.
PRÁTICA 01
78
Quando os pensamentos negativos vierem, repita: Está tudo
bem, eu estou bem, esses pensamentos são do meu passado,
não estão válidos agora. Eu me acolho, eu cuido de mim .
Abrace a si mesmo.
PRÁTICA 02
1. Exercício de comportamento
2. Pensamentos negativos
Perceba, não os negue, são seus e está tudo bem. Mas, quando
eles vierem, diga a eles: podem ir, vocês não são bons para
mim . Repita quantas vezes precisar. Dessa forma, você irá fazer
uma diminuição progressiva de pensamentos. Durante dois dias
conte quantas vezes esses pensamentos vêm. Por exemplo: se a
sua contagem deu 30 vezes, amanhã você terá um teto com 5 a
menos. E depois de amanhã 5 menos. Quando você contou que
já teve o seu teto de pensamentos negativos durante o dia, dirá a
79
si mesmo: agora chega, não venham mais . E, se vierem você,
gentilmente, os manda embora e diz: só amanhã .
80
Validação para angústia e ansiedade
1. Angústia
2. Ansiedade
81
TOC vem da ansiedade e são pensamentos compulsivos ou repetitivos
em relação a coisas específicas: limpeza, doença, perfeição, comida.
O perfeccionismo, geralmente, traz consigo pensamentos compulsivos.
Olhe para sua angústia e ansiedade e não tente lutar contra essas
emoções.
82
Lembre-se que a respiração muda sua frequência. Sinta,
nomeie e diga a ela pra ir embora, você não precisa mais
dela.
PRÁTICA 02
o Para lidar com os medos: "eu posso sentir medo, mas não
preciso viver com ele, está tudo bem"
83
Suspensão para emoções e pensamentos
negativos
PRÁTICA 01
Não se culpe. Somente observe como se estivesse vendo sua história de longe.
Esse significado forte que você deu para sua emoção é o que chamamos de
sentimento. O sentimento vem cheio de histórias que você acreditou sobre si
mesmo e que fazem você sempre agir da mesma maneira quando sente essa
emoção. Mas não precisamos ter raiva dele, só entender que ele não precisa
mais existir. Então, agora, olhe para essa emoção e diga para ela: você pode
existir, mas sou eu que controlo você e não preciso sofrer por sua causa. Pode ir
embora. Vá!
84
Mexa o corpo para que consiga ter mais alívio na mente.
85
Relaxamento da resistência e fortaleza no
amparo
1. Enfrentamento
PRÁTICA 01
86
Vamos entrar em contato com algo que desejamos e não
estamos conseguindo. O que você sente, nesse momento,
quando pensa nisso que você deseja? Acolha.
PRÁTICA 02
PRÁTICA 03
87
Vamos fazer uma meditação guiada, durante 5 minutos.
Feche os olhos;
88
Visualização para angústia, ansiedade e
medos
PRÁTICA 01
Como você deseja que sejam os seus próximos dias? Como você
quer se sentir?
89
Visualize você do jeito que você quer estar amanhã: o seu
humor, sua aparência, sua energia. Como você quer estar?
Tire uma foto mental desse momento, olhe para essa foto.
Abra os olhos.
PRÁTICA 02
90
acontecendo. Faça força para imaginar você desfrutando
desse momento. Você está feliz, está em paz. Respire.
Foque em olhar você bem e já agradecendo por ter
conseguido, feliz, quente, leve. Fique um pouco nesse
lugar, aproveite.
91
Reprogramação de estados emocionais
PRÁTICA 01
1. ANSIEDADE
Feche os olhos, visualize a palavra ansiedade e você ficando
ansioso. Agora, respire fundo e imagine você se acalmando,
tomando controle dos seus pensamentos, deixando a ansiedade
ir embora. Diga a si mesmo: a ansiedade não me consome
mais . Se veja bem, se sinta bem. Sinta seu peito leve e sua
mente sã.
2. TRISTEZA
Imagine você fazendo alguma coisa e, de repente, se percebe
triste. Respire fundo. Imagine você acolhendo a tristeza com
92
amor, sem rancor e dizendo a si mesmo: o que você veio me
ensinar sobre mim? Imagine você se abraçando e se sentindo
acolhido e bem. Diga a si mesmo: sentir é bom . Sinta a
satisfação de se acolher na tristeza.
3. MÁGOA
Imagine você chateado, magoado com você mesmo ou com outra
pessoa. Você percebe que está assim, que isso não te faz bem e
respira fundo se respeitando e respeitando seus sentimentos.
Então, você identifica a história maluca que já criou na sua
cabeça sobre você e sobre os outros e muda a história. Seu
corpo começa a se sentir mais leve, a angústia sai do seu peito.
Você se perdoa e fica bem por ter conseguido. Respire fundo ao
terminar.
4. ALEGRIA
E, agora, você vai imaginar uma pequena coisa no seu dia que é
boa (pode ser um tempo para você, o sorriso do seu filho, uma
notícia boa, um momento bom, um sentimento de esperança). E
você percebe que quer ficar alegre e se permite sentir alegria. A
alegria invade seu corpo todo, você se sente com energia e uma
sensação muito boa dentro de você. Você reconhece a alegria,
agradece a si mesmo por poder sentir.
Vamos agora respirar e repassar rapidamente a sensação de refazer as
emoções, de poder senti-las em peso e de como é possível.
93
2 - O que você faz por elas ou dá a elas? Seu tempo, sua
atenção, sua dedicação invisível, suas preocupações. Escreva
tudo.
3- Agora, você irá inserir uma pessoa nessa lista: você. Escreva
seu nome nessa lista. E nós vamos vizualizar você estando
dentro dela.
5- Olhe o amor que você tem pelos outros. Sinta ele e traga-o
para você, como uma luz enorme. Sinta-o e diga a si mesmo: eu
posso me amar .
94
Criando novas memórias de amparo e
calma
Vamos voltar para nossa infância e criar memórias de amparo. Isso é uma
maneira de curarmos a nossa criança interior.
PRÁTICA 01
Primeiro lembre-se da sua cara de quando era criança. Lembre-
se de como você era.
Eu te amo.
Você é suficiente.
95
Continue cuidando de si - Conclusão
Respiração diafragmática;
Meditações curta.
2. Reveja técnicas
Praticar a autocompaixão;
Faça as técnicas
para curar sua criança interior.
97
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